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Sumário Ano. 26 - Junho / 2019 - Nº 295
Foto: Divulgação
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Rio 2C
Em um artigo a oito mãos, Daniel Figueiredo, Livia Lacerda, Gustavo Gama Rodrigues e Júlio Mauro contam como foi o encontro de negócios da cultura.
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O guitarrista, compositor e arranjador Heitor Pereira, que já foi conhecido como Heitor TP, mostra, em um papo de músico com o também compositor de trilhas Daniel Figueiredo, um pouco dos caminhos que percorreu na música.
NESTA EDIÇÃO 08 Vitrine áudio O Nexo GEO M6 oferece som com alcance total em uma ampla variedade de instalações fixas e aplicações móveis. Veja também o monitor Martin Audio LE100, o D.A.S. Altea Series e o POwersoft XSeries X4L.
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Rápidas e Rasteiras Entre os destaques, a Segunda Instrumental na Igreja Nova Vida da Freguesia, os lançamentos da Universal Music e o curso de produção do IATEC em Porto Alegre.
20 Play Rec Nesta edição, os lançamentos de Grupo Rumo, Dr Pheabes, Alfredo Dias Gomes e Boca Livre.
22 Por Aí Gustavo Victorino traz as notícias mais quentes do mercado.
32 Preview Power Click Proporcionar audição com qualidade, diminuindo as microfonias e o som no ambiente é o objetivo do Power Click RK8.
38 Áudio Fundamental Pedro Duboc escreve sobre os segredos do som que todos precisam saber.
48 Vida de Artista Luiz Carlos Sá faz uma homenagem ao parceiro Zé Rodrix, que tera feito aniversário em maio.
Edição295 -Junho 2019 Foto: Divulgação
Musikmsse & Pro Light+Sound na China As fronteiras da indústria do áudio, da música e do entretenimento se estendem ao oriente com a Pro Light+Sound em Xangai.
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ILUMINAÇÃO 18
Expediente Diretor Nelson Cardoso nelson@backstage.com.br Gerente administrativa Stella Walliter stella@backstage.com.br Financeiro adm@backstage.com.br Coordenador de conteúdo Miguel Sá redacao@backstage.com.br Revisão Miguel Sá Colunistas: Cezar Galhart, Gustavo Victorino, Luiz Carlos Sá e Pedro Duboc Ed. Arte / Diagramação / Redes Sociais Leonardo C. Costa arte@backstage.com.br Capa Arte: Leonardo C. Costa Foto: divulgação Publicidade / Anúncios PABX: (21) 3627-7945 arte@backstage.com.br Webdesigner / Multimídia Leonardo C. Costa multimidia@backstage.com.br Assinaturas Maristella Alves PABX: (21) 3627-7945 assinaturas@backstage.com.br Coordenador de Circulação Ernani Matos ernani@backstage.com.br Assistente de Circulação Adilson Santiago Crítica broncalivre@backstage.com.br
Vitrine iluminação Ampla paleta de cores e mudanças de cor ultrarrápidas: é o que promete o Cameo OPUS SP5 FC. Conheça também o Cameo Azor B1 Moving Head, o Robe Robospot e o controlador Elation NX2.
Backstage é uma publicação da editora H.Sheldon Serviços de Marketing Ltda. Rua Iriquitiá, 392 - Taquara Jacarepaguá Rio de Janeiro -RJ - CEP: 22730-150 Tel./fax: (21) 3627-7945 / 2440-4549 CNPJ. 29.418.852/0001-85 Os artigos e matérias assinadas são de responsabilidade dos autores. É permitida a reprodução desde que seja citada a fonte e que nos seja enviada cópia do material. A revista não se responsabiliza pelo conteúdo dos anúncios veiculados.
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Iluminação Cênica Cezar Galhart mostra como foi o show de Dee Snider no festival For The Love Of Metal.
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CARTA AO LEITOR | www.backstage.com.br
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A rede da música N
ão é novidade que, hoje em dia, há cada vez menos barreiras para trabalhar com o que se egosta. Não que seja fácil hoje, mas, há 15 ou 20 anos atrás, pensar em ganhar o mundo trabalhando com música poderia até ser chamado de sonho. Por isso, se temos sempre notícias de pessoas indo para a Europa ou EUA trabalhar com áudio e música com alguma facilidade hoje, é ainda mais incrível conhecer os caminhos abertos por pessoas como Heitor Pereira, conhecido nos meios musicais brasileiros como Heitor T.P. Nos anos 90, os cadernos de cultura e música dos antigos jornais impressos ficavam fascinados com a história do guitarrista brasileiro que ganhou espaço entre os grandes do pop mundial na época. Sempre que o Simply Red vinha fazer um show no Brasil, era ressaltada a presença de Heitor. Até porque era um instrumentista fazendo sucesso fora dos circuitos do jazz e da bossa nova, frequentado pelos músicos brasileiros desde os anos 60. Mas o guitarrista saiu da banda e abriu novos caminhos para a sua música. Hoje, Heitor é compositor com um trabalho consistente e bem-sucedido no cinema hollywoodiano, mostrando que o sucesso na carreira vai além dos palcos e da música pop. É esta a trajetória que ele conta ao também trilheiro, compositor e arranjador Daniel Figueiredo em uma entrevista rica e imperdível aqui nas páginas da sua Revista Backstage. Ainda sobre novas fronteiras, nesta edição vemos como foi a conferência Rio 2C: um dos maiores encontros de economia criativa do Brasil. São músicos, cineastas, produtores e CEOs se reunindo, conhecendo e trocando ideias durante vários dias na Cidade das Artes, na Barra da Tijuca, no Rio. Também ficamos sabendo como será a Pro Light + Sound em Xangai, na China, expandindo os negócios do áudio para o oriente. E, como sempre, você fica sabendo dos mais recentes lançamentos da indústria nas vitrines de áudio e iluminação, além do preview e dos colunistas trazendo novidades e olhares diferentes sobre o dia a dia da música. Esta é a nossa edição de junho. Boa leitura! Miguel Sá
facebook.com/backstage.revista
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NEXO GEO M6 SYSTEM
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https://nexo-sa.com/nexo-systems/ O Nexo GEO M6 oferece som com alcance total em uma ampla variedade de instalações fixas e aplicações móveis. Graças ao design compacto, um sistema interno de aparelhamento e opções de cores personalizadas, o impacto visual do GEO M6 é sutil. Composto por dois gabinetes idênticos - o GEO M620 e GEO M6B - e complementado por uma ampla gama de acessórios de montagem, o GEO M6 oferece às locadoras um sistema confiável. Os gabinetes de extensão de graves GEO M620 e M6B podem ser montados no mesmo conjunto para criar um sistema compacto, potente e discreto, ideal para instalação em pequenos teatros e salas de conferências.
MARTIN AUDIO LE 100 https://martin-audio.com/products/stage-monitors/le100 O LE100 é um monitor passivo de duas vias compacto. Possui um driver de dispersão com diferencial coaxial HF de saída de 12” (300 mm) e LF / 1”(25 mm) para distribuir o som uniformemente no local da cobertura. A seção do driver LF possui uma bobina de voz de 2,5 ”(65 mm) e um sistema de motor com um anel de desmodulação de alumínio para minimizar a distorção. O driver coaxial HF utiliza uma cúpula de 1,75”(44 mm) e possui um plug de fase de baixa compressão para reduzir a não linearidade associada a taxas de compactação excessivamente altas. O monitor de palco tem como caracteristicas básicas ser compacto, bi-direcional, coaxial, a tecnologia Differential Dispersion, o plano de cobertura definido e quase retangular na altura da cabeça, o suporte de montagem integral com batoque removível e vários conectores para implantação flexível.
D.A.S ALTEA SERIES https://www.dasaudio.com/en/cp/altea-series/ A Série Altea de soluções de som portáteis foi projetada e construída para oferecer aos músicos, DJs e artistas grandes sistemas de som que combinam o que há de mais recente em engenharia próáudio com aparência e um conjunto de recursos fáceis de usar. Os Alteas 715A e 712A são modelos de amplificação ativa de potência alta. Eles estão equipados com amplificadores classe D em dois canais com potência de 1500W que proporcionam um range de frequências com bom range dinâmico e o mínimo de distorção. O processamento de sinal dos sistemas Altea 700 incluem filtros digitais FIR (Finite Impulse Response). A interface DASControl permite aos usuários configurar os ajustes, modos de equalização, delay, controle de ganho e mixagem das fontes de sinal por meio de um DSP de 24 bits. O aplicativo de monitoração e controle remoto DASLink permite aos usuários compartilhar música em estéreo em alta definição a partir de dispositivos móveis.
POWERSOFT X SERIES X4L https://www.powersoft-audio.com/pt/turne/serie-x#X4L A fonte de alimentação da Powersoft funciona em instalações monofásicas, bifásicas ou trifásicas, de 85 V até 460 V, sem necessidade de seleção. O balanceamento de carga True Three Phase é obtido diretamente sem qualquer atribuição de carga complexa no sistema de distribuição de energia. O Powersoft X4L oferece quatro canais totalmente processáveis e entradas selecionáveis de fontes analógicas, bem como o digital AES3 e dois fluxos redundantes Dante. A mixagem e o roteamento de canais podem ser realizados de forma simples por conta do DSP integrado de baixa latência, proporcionando alto grau de liberdade na modelagem de som e no gerenciamento de alto-falantes. O suporte de 100 Mbps e Gigabit Ethernet facilita a integração do Powersoft X4L em qualquer infraestrutura existente. Completamente integrado ao ArmoníaPlus, a interface Powersoft X4L também está disponível para smartphones e tablets.
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Foto: Fernanda Tine / Divulgação
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PITTY, GILBERTO GIL, DUDA BEAT E TULIPA RUIZ NO MECAINHOTIM
A 5ª edição do MECAInhotim ocorreu entre os dias 17 e 20 de maio, reunindo mais de 3 mil pessoas no maior museu a céu aberto do mundo. No palco, uma das atrações mais esperadas do festival, Pitty, relembrou alguns dos primeiros sucessos da carreira como Chip Novo e Semana que vem. Ao longo de pouco mais de 1h, a cantora baiana mesclou outros hits cantados em coro pelo público com as músicas de seu novo disco Matrix, lançado no final de abril. Na mesma noite houve apresentação de Castello, com um repertório que variava entre o eletrônico e arranjos mais tranquilos, como em Não me Confunda, Crer-Sendo e Necessidade. Já MC Tha fez a multidão que lotou a Magic Square do Inhotim dançar numa mistura de batidas de Rito de Passá, Bonde da Pantera e Céu Azul, Entre as outras atrações do MECAInhotim, destaque para o Heineken Art Stage, palco criado pelo estúdio Bijari com a proposta de misturar música, arte e audiovisual durante os três dias do evento. Nos intervalos dos shows principais, o espaço reuniu centenas de pessoas para ver o trabalho de Gabriel Ribeiro, diretor de arte, artista urbano, videomaker, fotógrafo e integrante do Instinto Coletivo, e, posteriormente, do artista Kleber Matheus, que discotecou com a participação especial da DJ Corvina. No sábado, o palco ficou por conta de Ana Strumpf (designer de interiores, ilustradora e diretora criativa) e o grafiteiro Cranio. No domingo o espaço recebeu Hanna Lucatelli e Felipe Morozini.
Segundas instrumentais
na Igreja Nova Vida
da Freguesia
Como vem ocorrendo nas segundas feiras dos meses impares, no dia 13 de maio ocorreu a segunda instrumental na igreja cristã Nova Vida na Freguesia, bairro do Rio de Janeiro. Desta vez, o evento foi dedicado às mães. A segunda Instrumental de maio teve abertura do maestro e pianista Angelito Loreti, seguido pela apresentação do grupo musical Confraria Instrumental. O grupo, quase uma big band, com a sonoridade calcada nos sopros, tem Josimar dos Santos no sax alto, flauta e direção musical, José Maria no sax Alto e sax
Soprano; Levy Carvalho no sax tenor; Everton Germano, que além de tocar sax soprano e flauta é responsável pela direção executiva do grupo; Bebeto Germano e J. Souza nos trombones, Jorginho Marques e Junior Abreu nos trompetes, Natan Gomes no piano, Diógenes Souza no baixo e Rafael Nascimento na bateria. No repertório, pérolas da música brasileira instrumental ou não, como Brooklin High, de Nelson Faria e Incompatibilidade de Gênios, de Aldir Blanc e João Bosco. No dia 8 de julho acontece a próxima Segunda Instrumental.
A abertura do evento ficou por conta do maestro e pianista Angelito Loreti.
Foto: Tati Wexler
BARBATUQUES LANÇA NOVO SHOW
O grupo Barbatuques fez show de lançamento do seu novo trabalho no Teatro do Sesc Guarulhos. Só + 1 Pouquinho é o quinto disco do grupo, mas o segundo criado especialmente para o público infantil, desta vez dialogando também com as crianças maiores. O novo disco traz 11 faixas, divididas em 10 músicas inéditas, composições dos integrantes André Hosoi, Helô Ribeiro, Renato
Epstein, Charles Raszl, Lu Horta, Luciana Cestari e Giba Alves, e uma 11ª faixa bônus com um pot-pourri de congadas do folclore brasileiro. Os ritmos são variados e as letras trazem crônicas divertidas, centradas nas relações entre filhos e familiares e em situações que fazem parte do cotidiano: hora de dormir, inseguranças na escola, a formação da identidade, bichos de estimação, ami-
zade; sem esquecer das fantasias imaginativas tão presentes e importantes na infância. Um repertório inspirado em toda família. Show e disco buscam também inspirar crianças de diversas idades e despertar seus sentidos para a música pela percussão corporal e vocal, um “instrumento” tão acessível a todos. O envolvimento do grupo com as crianças já vem de longa data. Em 21 anos de carreira internacional, o grupo foi cada vez mais atraindo a atenção do público infantil, até que os pequenos se tornaram presença constante na plateia. Afinal, a música e percussão corporal soa espontânea e divertida, assim como são as crianças. Para acompanhar também o crescimento deste público, o disco novo ganha temática mais amadurecida que o anterior, Tum Pá. O disco digital está disponível em todas as plataformas para download ou streaming: iTunes, Google Play, Spotify, Deezer e Apple Music.
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Foto: Divulgação
Com o slogan “O Futuro É Mix”, a edição 2019 do VillaMix Festival Goiânia terá diversas estrelas no palco principal. O evento será nos dias 29 e 30 de junho no estacionamento do Estádio Serra Dourada. Neste ano, o maior palco do mundo de acordo com o Guiness World Records – o famoso livro dos recordes - recebe a poderosa atração internacional Liam Payne. O line up conta ainda com grandes nomes nacionais, entre eles: Jorge & Mateus, Alok, Matheus & Kauan, Gusttavo Lima, Leonardo, Wesley Safadão, Luan, Simone & Simaria, Xand Avião, Kevinho, César Menotti & Fabiano e Jefferson Moraes.
volta às lojas em lançamento da Polysom Foto: Divulgação
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Clássico de Nelson Angelo e Joyce
VILLA MIX GOIANIA
Foto: Divulgação
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ADRIANA CALCANHOTO
Adriana Calcanhotto constrói e desconstrói a arte com pincel e tinta no vídeo da nova música, Lá, Lá, Lá. Disponível nas plataformas digitais, a faixa segue a levada próxima da natureza com o som do mar entre os elementos, assim como as muitas referências na letra, que passeiam da onda à areia. Murilo Alvesso é o diretor do clipe. O vídeo segue como uma folha em branco, em que Adriana com um pincel e tinta azul, começa a escrever Lá na tela, seguindo para as paredes, até seu próprio corpo estar inundado de azul. Lá, Lá, Lá começou a ser escrita antes mesmo da gravação de Maré, segundo disco da trilogia do mar. Esta composição da cantora é o terceiro single do álbum Margem, com previsão de lançamento para agora, em junho, que encerra a trilogia do mar iniciada com Maritmo em 1998 e seguida de Maré em 2008. As outras faixas já divulgadas do disco são: Margem e Ogunté.
No início da década de 70 Nelson Angelo, um dos membros do Clube da Esquina, se juntou à parceira Joyce Moreno para gravar treze músicas acompanhados de diversos artistas consagrados. A obra Nelson Angelo e Joyce tornou-se um ícone da música setentista brasileira e está de volta às lojas num lançamento da Polysom em parceria com a Universal Music. A novidade chega em disco de 180 gramas pela coleção Clássicos em Vinil. Com arranjos que vão do folk à psicodelia, o álbum aborda o bucolismo do interior mineiro em canções como Ponte Nova (cidade natal de Angelo), além de apresentar reflexões sobre a passagem do tempo em faixas como Meus Vinte Anos. Além disso, é notável a influência do Clube da Esquina, seja através das criações de Angelo ou de outros par-
ceiros do grupo que participam do registro. Dentre os destaques do disco, há pérolas como Comunhão (Nelson Angelo), Sete Cachorros (Nelson Angelo) e Um Gosto de Fruta (Nelson Angelo). Além disso, o trabalho tem composições de outros eminentes do Clube, como Ronaldo Bastos e Márcio Borges. Joyce também escreve, ao lado de Bastos, Meus Vinte Anos, enquanto Vivo ou Morto tem autoria de Danilo Caymmi e José Carlos Pádua. Rico em seus arranjos e com influências de diversos gêneros da sua época, o álbum possui participação de Lô Borges e Toninho Horta nos violões, Beto Guedes nos vocais e Wagner Tiso no cravo e órgão, entre outros músicos. Um registro que reúne a atuação conjunta de alguns dos maiores nomes da MPB capitaneados por Joyce e Angelo.
Foto: Divulgação
TATI VERAS LANÇA SINGLE BARRO
Após mais de 20 anos de carreira a frente da banda Raiz do Sana, a vocalista e instrumentista Tati Veras lança seu primeiro trabalho solo, o single
Barro. Neste novo momento, a cantora apresenta ao público um trabalho mais pessoal. Em junho, a cantora e compositora dá início à sua 4ª turnê partindo pela Europa. E para abrir os caminhos dessa nova fase, traz, em seu primeiro lançamento, um single em parceria com Seu Jorge. A música Barro retrata a realidade de muitos brasileiros que migraram do interior em busca de melhoria de vida, da estimada “felicidade”, e com a falta de oportunidades nas grandes metrópoles, tiveram seus sonhos de pros-
peridade no novo mundo revelados como uma ilusão. A saudade da terra natal e o sofrimento pelo sonho despedaçado fortalecem o sentimento pela sua verdadeira raiz, e no decorrer de uma jornada de reconquista do próprio lar, escolhem trocar o asfalto pelo barro. Além da participação de Seu Jorge, a faixa conta também com os músicos Nandinho Barros (arranjo e sanfona), Edu Krieger (violão 7 cordas), Marcelo Campos (conga e ganzá) e Diane Terra (triângulo e zabumba). O single foi produzido no estúdio CodaJazz, no Rio de Janeiro, por Ricardo Muralha e Miguel Dorneles, com exceção da voz de Seu Jorge, gravada no MCJ Sound por Mário Caldato, em Los Angeles, Estados Unidos. Além disso, a música conta com um clipe gravado na comunidade das Baixas do Sertão do Inajá, em Pernambuco, com produção e direção de Bani Silva, e imagens cedidas pela ONG Pão e Vida.
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A MTV promove o retorno do Acústico MTV, projeto musical que recebeu performances épicas e deu origem a diversos álbuns de sucesso de grandes artistas do cenário nacional e internacional. E, para marcar essa nova fase, Tiago Iorc apresentou, pela primeira vez, seu novo álbum, Reconstrução. O show exclusivo para convidados foi gravado em 30 de maio. A apresentação será exibida pelo canal em data ainda a ser definida. O retorno do projeto foi viabilizado através de uma parceria entre a Viacom/MTV, a F/ Simas, escritório que gerencia a carreira do artista Tiago Iorc, e a Universal Music. Unindo as três frentes, o projeto ganhou força e, ao final deste mês de maio, foi concretizada a gravação para convidados, em São Paulo. No Brasil, o Acústico MTV já recebeu nomes como Legião Urbana, Rita Lee, Gilberto Gil, Capital Inicial, Charlie Brown Jr, Cidade Negra, Kid Abelha, Zeca Pagodinho, Ira, Titãs, Gal Costa, Os Paralamas do Sucesso, Lulu Santos, Cássia Eller, Roberto Carlos, Jorge Ben Jor, O Rappa e Sandy & Junior. A última edição brasileira foi gravada em 2011, com Arnaldo Antunes. O Acústico MTV do Kid Abelha, até agora, é o mais vendido da história do projeto: mais de 2 milhões de cópias em formato físico somente no Brasil. O Acústico dos Titãs era o antigo recordista, com mais de 1,7 milhão de cópias. O projeto já ganhou no total seis Grammys nas categorias ‘Melhor Álbum de Rock Brasileiro’ (Paralamas do Sucesso, Cássia Eller e Lobão), ‘Melhor Álbum de Pop Contemporâneo Brasileiro’ (Lenine) e ‘Melhor Álbum de Samba/Pagode’ (Zeca Pagodinho e Paulinho da Viola).
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Em novembro acontece mais uma edição do Popload Festival. Este é o sétimo ano do evento, que já começa a lançar o line up. Para começar, esta será a primeira apresentação de Patty Smith em São Paulo. Além disso, a escalação tem o supergrupo The Ranconteurs, de Jack White, a rapper inglesa Little Simz e o trio texano Khruangbin, todos estreando em palco brasileiro. Já Beirut e Hot Chip voltam ao Brasil com novos trabalhos. A cantora baiana Luedji Luna representa a cena nacional com cortejo especial do bloco afro ILÊ AIYÊ. Outras atrações serão anunciadas em bre-
ve. O evento tem patrocínio do drink enrgético TNT e acontece no feriado nacional do dia 15 de novembro no Memorial da América Latina, mesmo local que abrigou a edição do ano passado. A edição do festival em 2019 marca o início da associação do Grupo Popload com a Time For Fun (T4F). O Popload Festival já colocou em seu palco nomes como Wilco, PJ Harvey, Lorde, Phoenix, The XX, Tame Impala e Iggy Pop. Nestes sete anos, consolidou-se como um dos principais festivais de música da cidade, atraindo público de todas as idades e regiões do Brasil.
CURSO DE PRODUÇÃO DO IATEC EM PORTO ALEGRE A Opinião Produtora, em parceria com o Instituto de Artes e Técnicas em Comunicação (IATEC), irá realizar uma série de cursos para todos aqueles que têm interesse em atuar no mercado do show business. A atividade, adotando a metodologia Living Case Study, terá o seu primeiro módulo nos dias 22, 23 e 24 de julho, no Opinião, reunindo pessoas que querem conhecer ou se atualizar na área. Além de uma parte teórica, ministrada pela produtora artística Elsa Costa, os alunos que se inscreverem no curso Produção Executiva de Shows e Eventos também irão participar, de maneira prática e didática, da pré-produção de um show no Opinião.
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Popload festival
ACÚSTICO MTV VOLTA COM TIAGO IORC
show do projeto Amigos, marco da música sertaneja
Chitãozinho & Xororó, Zezé Di Camargo & Luciano e Leonardo voltam a cantar juntos no palco da maior Festa do Peão da América Latina, depois de 20 anos. Muitas histórias foram vividas, incontáveis shows realizados, mas aquela saudade de reviver momentos inesquecíveis que a década de 90 proporcionou aos fãs do sertanejo permaneceu. O projeto Amigos, que reúne no mesmo palco Chitãozinho & Xororó, Zezé Di Camargo & Luciano e Leonardo, está de volta e entre os destinos previstos na nostálgica turnê Amigos 20 Anos - A História Continua está a 64ª Festa do Peão de Barretos, que acontece entre 15 a 25 de agosto. O projeto Amigos surgiu, originalmente, com uma série de especiais musicais criada para a programação de final de ano da Rede Globo, reunindo as duplas sertanejas Chitãozinho & Xororó, Zezé Di Camargo & Luciano e Leandro & Leonardo. Entre os clássicos previstos no repertório estão Evidências, É o Amor, Sinônimo e Pense em Mim. A apresentação será no Palco Estádio, no dia 23 de agosto, uma sexta-feira. Os ingressos, tanto para arquibancadas quanto para setores especiais como os Camarotes Arena Premium, Brahma e Super Bull, Área VIP ou Pista Gold, podem ser adquiridos através do site barretos.totalacesso.com
Foto: Divulgação
Barretos terá
J QUEST
Este ano acontecem as últimas apresentações do espetáculo Acústico Jota Quest - Músicas Para Cantar Junto, que chegam acompanhadas do lançamento do EP digital comemorativo com raridades e jam-sessions do Acústico. Há 20 meses na estrada com os shows de sua primeira incursão desplugada, a empreitada dos mineiros já soma mais de 150 apresentações, em 130 cidades, para mais de 600 mil espectadores. Entre os meses de maio e novembro de 2019, a Saideira Acústico Tour vai rodar o país de pontaa-ponta com shows especiais já confirmados para 12 capitais brasileiras, entre as quais, Brasília, Goiânia, Curitiba, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Fortaleza, Belém, Salvador, Porto Alegre, Florianópolis, Recife e São Paulo. A turnê inclui ainda passagens por Buenos Aires, na Argentina, e retorno a Lisboa, em Portugal. Para embalar os festejos, e para alegria geral de fãs e seguidores, o grupo cumpre a promessa e disponibiliza EP digital com cinco canções que haviam ficado de fora do repertório do CD/DVD, ambas pinçadas de ensaios e jam-sessions do Acústico. No repertório, a balada Vício, a soul-music Todas As Janelas, a balada romântica Palavras de um Futuro Bom, e ainda, as novas versões de Além do Horizonte, clássico de Roberto & Erasmo, e do samba-bossa-jazz 35, de Heleno Loyola, que traz incidental de O Telefone Tocou Novamente, do lendário Jorge Ben Jor. O EP Saideira Acústico Sessions foi lançado nas plataformas digitais em maio.
EX-ENGENHEIRO DO HAWAII, AUGUSTO LICKS FAZ SHOW E LANÇA BIOGRAFIA O guitarrista Augusto Licks, que integrou a banda Engenheiros do Hawaii em sua época áurea, encerrou, em maio, a primeira temporada do espetáculo Licks Blues. O show é uma parceria com o violonista clássico e seu irmão José Rogério Licks. Apesar do nome, a apresentação é um recital acústico de violões que passeia pelo jazz, música clássica e composições próprias. Esse evento foi produzido, inteiramente por iniciativa de fãs, também para divulgar a biografia do guitarrista Contrapontos: uma biografia de Augusto Licks, escrita por Silvia Remaso e Fabrício Mazzoco, lançada no início do ano. O encerramento da turnê aconteceu no Conservatório Brasileiro de Música, no Rio de Janeiro. O show aconteceu em cidades como Juiz de Fora e Porto Alegre e a turnê deve ser retomada agora no segundo semestre.
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Foto: Alice Venturi
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Lançamentos Universal Music
ROBERTA SÁ ESTREIA NOVO CLIPE
Acaba de estrear o vídeo clipe de Ela diz que me ama, primeiro single do álbum Giro, novo projeto de Roberta Sá, que reúne 11 novas canções de Gilberto Gil e parceiros. A canção, que virou clipe produzido pela Conspiração Filmes, foi composta por Gilberto Gil e Jorge Ben Jor a pedido de Roberta, e marca a retomada da parceria dos dois desde que lançaram o álbum Gil & Jorge: Ogum, Xangô, em 1975. Com direção de Andrucha Waddington e Fernando Young na direção de fotografia, o clipe reúne os três protagonistas em um encontro inédito. Gilberto Gil, Roberta Sá e Jorge Ben Jor recriam a canção no clima de improviso e descontração proposto pelo diretor. O álbum Giro chega às lojas físicas e digitais dia 26 de abril, pela dobradinha Rosa Produções/ Deck. O clipe de Ela diz que me ama tem produção artística de Christiane Amback, styling de Rogério S e Lucas Magno, beleza de Laura Peres e Letícia Garcia.
ROCK IN RIO: PALCO SUNSET DIAS 3,4 E 5 Na quinta-feira, 3 de outubro, o dia inicia com o encontro de latinidades entre as bandas Francisco, el hombre e Monsieur Periné. Após o show Pará Pop, no segundo dia, Emicida recebe as gêmeas do duo Ibeyi. O show Hip Hop Hurricane fecha o palco com a Nova Orquestra, Rael, Agir, Baco Exu do Blues e Rincon Sapiência. No sábado, dia 5, a Funk Orquestra fará um passeio pelas fases do ritmo com a participação de Ludmilla, Fernanda Abreu, Buchecha e MC Sapão. O cantor de country pop americano Kane Brown tocará com a revelação Giulia Be. A dupla Anavitória e o cantor Saulo farão uma ode ao amor no show que acontece antes da apresentação de Charlie Puth.
Carlos Santana segue apresentando seu novo álbum, Africa Speaks, que teve o lançamento no dia 7 de junho. Entre os conteúdos relacionados ao álbum, um vídeo mostra Carlos e Buika falando sobre o disco. Também há imagens no estúdio com Rick Rubin.Isto pode ser assistido no link: https://youtu.be/ pB4UtKmDH3w. A faixa Yo Me Lo Merezco também é um dos destaques do álbum do guitarrista. Ela pode sewr ouvida e baixada em https://umusicbrazil.lnk.to/ YoMeLoMerezco Outros destaques são as músicas Breaking The Door Down (https://umusicbrazil.lnk.to/ Breaking DownTheDoor) e Los Invisibles (https://umusicbrazil.lnk.to/ LosInvisibles). Contando com o renomado produtor Rick Rubin, Santana e sua banda se reuniram no Rubin’s Shangri-La Studios, nos EUA. Lana Del Rey apresentou sua versão de Doin´Time, clássico da banda Sublime. Ouça e baixe aqui: https://umusicbrazil.lnk.to/ DoinTime. A música foi produzida por Andrew Watt e é parte do repertório do documentário Sublime, dirigido por Bill Guttentag, que descreve a história da icônica banda californiana. No final de 2018, a cantora lançou a música Venice Bitch (https://umusicbrazil.lnk.to/ VeniceBitch), cujo videoclipe já ultrapassa 7 milhões de views (assis-
ta agora: https://youtu.be/Qg3DxELVPj4), além de Mariners Apartment Complex, também apresentada no final do ano, no programa de rádio de Annie Mac, na BBC Radio 1, como “A Gravação Mais Esperada do Ano”. Ouça e baixe aqui: https:// umusicbrazil.lnk.to/MarinersApartmentComplex. O último álbum de Lana, Lust For Life, lançado em 2017, foi o quinto da discografia da cantora. Ouça e baixe aqui: https:// umusicbrazil.lnk.to/lustforlife . Iggy Pop apresentou hoje mais uma das músicas da reedição do clássico álbum Zombie Birdhouse (1982), que tem previsão de lançamento para o dia 28 de junho. Ouça Watching The News em todas as plataformas digitais https:// umusicbrazil.lnk.to/WatchingTheNews. Recentemente, o cantor disponibilizou a faixa The Villagers (https:// umusicbrazil.lnk.to/TheVillagers). Produzida por Chris Stein, de Blondie, a faixa vintage apresenta um monólogo de Iggy. A nova versão de Zombie Birdhouse conta com uma mistura inebriante de sintetizadores, afrobeats e grandiosas letras, que o representam em seu melhor estilo. O novo lançamento acompanha a estreia do filme The Dead Don’t Die, do cultuado cineasta Jim Jarmusch, no qual Iggy estrela como uma versão zumbi de si mesmo. O longa-metragem tem previsão de estreia para junho.
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CADERNO ILUMINAÇÃO
CAMEO MOVING HEAD OPUS SP5 https://www.cameolight.com/en/solutions/install/moving-lights/profile-moving-heads/19892/opus-sp5-fc?c=2061 Ampla paleta de cores e mudanças de cor ultrarrápidas: é o que promete o Cameo OPUS SP5 FC. O potente Head Spot Moving Profile reproduz projeção sem sombras de cor graças ao seu sistema ótico de alta qualidade. Ele possui um alcance de zoom que vai de 6 ° a 44 °, além de um diafragma de íris continuamente variável e foco motorizado. Um frost filter continuamente ajustável fornece uma propagação suave e semelhante a um wash. Com uma operação sem oscilação e quase sem ruído, além de um índice de reprodução de cores de mais de 90, o foco é adequado para uso em produção de cinema, teatro e TV. O equipamento tem ainda quatro controles deslizantes de diafragma para criar uma variedade de formas geométricas. Estes podem ser individualmente inclinados e inseridos até o sombreado completo. O sistema deslizante de diafragma completo gira +/- 45 ° para posicionamento preciso. Efeitos de metamorfose são criados com o uso simultâneo de ambas as rodas gobo com 6 gobos de vidro rotativos e 7 estáticos. Estes podem ser combinados com a roda de animação para fazer projeções. O holofote oferece um prisma triplo circular rotativo e intercambiável e um prisma linear sêxtuplo rotativo e indexável para a reprodução da projeção. Além disso, quatro curvas de dimmer de 16 bits estão disponíveis para escolha.
CAMEO AZOR B1 BEAM MOVING HEAD https://www.adamhall.com/shop/gb-en/lighting-equipment/ moving-lights/moving-heads/19886/azor-b1 O Cameo AZOR B1 é um Beam Moving Head com uma lente de vidro de alta qualidade, um ângulo de feixe extremamente estreito de 2 ° e foco motorizado. Motores trifásicos de 16 bits fornecem uma panorâmica de 540 ° e inclinação de 270 ° com correção de posição automatizada. Um LED 100 W branco frio com temperatura de cor de 9.200 K atinge 180.000 lx de intensidade de luz a 3 metros, enquanto a roda de cores oferece 14 cores intensas, além de luz branca e fachos divididos. As características adicionais do AZOR B1 incluem 17 gobos estáticos, um prisma circular de oito e um prisma linear de seis que são rotativos e indexáveis. Ao usar como autônomo, quatro macros estão disponíveis para programar livremente e podem ser sincronizadas na operação mestre-escravo ou invertidas. O foco também possui uma função estroboscópica rápida e uma ventoinha silenciosa com temperatura controlada. A configuração é facilitada pelo display OLED do AZOR B1 com quatro botões, além das entradas e saídas DMX de 3 e 5 pinos, enquanto os soquetes Power Twist garantem o encaixe. O equipamento é fornecido com três suportes Omega e um cabo de alimentação.
ROBE ROBOSPOT https://www.robe.cz/robospot/ O sistema RoboSpot follow é um dispositivo que permite aos operadores controlar remotamente até 12 luminárias simultaneamente sem as preocupações de segurança ao se colocar equipamentos em lugares de difícil acesso, como pode acontecer em estádios, arenas internas, salas de concerto, teatros, TV e cenários. Os operadores podem agora controlar com segurança vários equipamentos, como a linha de produtos BMFL (ex. BMFL Wash), Profile T1, Profile FS T1, DL7S, DL4S, MegaPointe e Pointe de qualquer lugar, reduzindo o tempo de configuração e os custos operacionais. O sistema RobeSpot possui uma BaseStation com tela sensível ao toque HD de 15,6 polegadas para o operador observar o desempenho de um ponto de vista de “primeira pessoa” e uma gama completa de controles manuais para operar os equipamentos como pan, tilt, intensidade, foco, faders e muitos outros, todos configuráveis de acordo com as necessidades do operador. A tela recebe a transmissão de vídeo ao vivo do RoboSpot Motion Camera ou da câmera RoboSpot montada no equipamento, e os comandos do operador são instantaneamente transferidos para as luminárias via controle DMX sem atraso para um perfeito rastreamento de movimento no palco.
ELATION NX 2 https://www.elationlighting.eu/en/nx-2.html O NX 2 é um controlador de iluminação compacto integrado, membro da plataforma ONYX, da Obsidian Control Systems. O NX 2 inclui uma tela multitoque full HD de alto brilho, oito codificadores de parâmetros ajustáveis, uma mini-tela sensível ao toque auxiliar, teclado completo e seção de comando, um master dedicado e dez reproduções completas com quatro botões livremente designáveis. O equipamento usa um processador Intel Hexa-Core, unidade SSD NVMe de alta velocidade e 16 GB de RAM DDR4. Os tempos de inicialização são rápidos e a operação instantânea. O NX 2 é ergonômico, de tamanho compacto, tem comando ONYX completo e seção de teclado e tela de toque HD brilhante e ajustável.
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MIGUEL SÁ | REDACAO@BACKSTAGE.COM.BR
ARMY OF THE SUN Doctor Pheabes
O Grupo Rumo, com Akira Ueno, Ciça Tuccori, Gal Oppido, Geraldo Leite, Hélio Ziskind, Luiz Tatit, Ná Ozzetti, Paulo Tatit, Pedro Mourão e Zecarlos Ribeiro em sua formação original, tem história na música brasileira. Vários desses integrantes tiveram, mais tarde, papel de destaque na música brasileira. Tudo começou no ano de 1974. O Rumo começou a produzir canções com novo tratamento em termos de composição e de arranjo. Merecem destaque o papel das entoações da fala cotidiana nas composições e o papel da instrumentação valorizando a linha principal do canto nos arranjos. A partir de 1977, o grupo, com 10 integrantes iniciou uma atividade paralela de recriação interpretativa de canções da tradição brasileira, com músicas menos divulgadas de compositores como Noel Rosa, Lamartine Babo, Sinhô e outros. Isso resultou, na gravação, em 1981, de dois LPs independentes, lançados simultaneamente. Esses discos, Rumo e Rumo aos Antigos, chegaram a 20 mil cópias vendidas e deram ao grupo dois prêmios da APCA (Associação Paulista de Críticos de Artes) de “Melhor Grupo Vocal” e “Melhor Grupo Instrumental” de 1981. Em 1983, o RUMO lança Diletantismo, que teve boa execução em rádios de São Paulo e Rio com a canção Ladeira da Memória. O grupo ainda viria a lançar mais quatro álbuns entre 1985 e 2010: Caprichoso, o infantil Quero Passear, O Sumo do Rumo, Rumo ao Vivo e Sopa de Concha , além do lançamento dos álbuns em CD no ano de 2004. Eis que agora, em 2019, o grupo decide lançar mais um trabalho: o Universo, lançado pelo Selo Sesc. O álbum tem a produção e participação musical de Marcio Arantes. Ele foi lançado com versões em CD e também nas plataformas digitais, com catorze canções inéditas. As gravações foram feitas nos estúdios Space Blues e Audiorama, por Alexandre Fontanetti e Marcio Arantes. A mixagem foi feita por Gustavo Lenza e a masterização por Felipe Tichauer.
A banda Doctor Pheabes tem dez anos de existência. Formada por dois pares de irmãos amigos de infância, Eduardo e Fernando Parrillo e Fabio e Paulo Ressio, os componentes tocam juntos desde a adolescência, como uma banda de garagem. Se espelhando nos ídolos do Led Zeppelin, Iron Maiden, Scorpions e outros, eles começaram se apresentando em colégios como banda Escargot, quando faziam um som mais leve e cantavam em português. Depois de alguns anos parados, o quarteto voltou como Doctor Pheabes, com o álbum Seventy Dogs. Desde este lançamento, o grupo já começou a participar de eventos como o Monsters of Rock de 2013 e foram
banda de abertura em outros grandes concertos de bandas como Guns N’ Roses (2014), Black Sabbath (2016) e Rolling Stones (2016). Retornaram ao Monsters of Rock em 2015, tocaram no Lollapalooza de 2015 e 2017 e no Rock in Rio de 2017. O segundo disco foi o Welcome to my House, menos cru, com mais teclados e um trio de backing vocals femininos. O crescimento da Doctor Pheabes abriu caminho para a evolução no terceiro disco, Army of the Sun, com onze faixas. A produção deste terceiro surgiu a partir da amizade com Kato, norte-americano que trabalhou, como engenheiro de som, com nomes como Papa Roach, Breaking Benjamin, Paramorer e My Chemical Romance e produziu discos como Panic of Girls, do Blondie, Going To Hell e Who You Selling For, do The Pretty Reckless. O produtor faleceu em 2018 devido a um acidente de moto, mas em maio deste ano a banda lançou Army of The Sun, que pode ser ouvido no Spotfy.
Para saber mais, acesse: http://www.gruporumo.com.br/
Para saber mais, acesse: http://doctorpheabes.com/
Foto: Silmara Ciuffa / Divu lgação
UNIVERSO (SELO SESC) Grupo Rumo
MIGUEL SÁ | REDACAO@BACKSTAGE.COM.BR
SOLAR Alfredo Dias Gomes
VIOLA DE BEM QUERER Boca Livre
Até 1993, o músico baterista Alfredo Dias Gomes acompanhou shows e gravações de artistas. Depois, engrenou carreira solo bastante fértil, com 11 trabalhos lançados. Este ano o músico lança Solar, fundado na sonoridade do jazz brasileiro. Ele chega a este trabalho após já ter tocado com Hermeto Pascoal, Sérgio Dias, Lulu Santos, Kid Abelha, dentre muitos outros. Gravado no seu próprio estúdio, o álbum tem oito Foto: Divulgação
Foto: Leo Aversa / Divulgaç ão
faixas próprias e inéditas. Filho de Janete Clair e Dias Gomes, o disco inclui a primeira música que fez , composta para um personagem de uma novela da mãe, a Viajante. No repertório, também estão incluídas Solar – tema intrincado composto em 7/4 – Trilhando, que caminha nos passos do jazz tradicional, e a balada Corais. As outras músicas são Smoky, El Toreador, Alta Tensão e Finale As faixas, produzidas por Alfredo Dias Gomes, foram gravadas e mixadas por Thiago Kropf e masterizadas por Alex Gordon no Abbey Road. Além de Alfredo Dias Gomes, que tocou bateria e teclados, participou também o músico Widor Santiago nos sopros. O trabalho está disponível em CD e para download e streaming no iTunes, Spotify, Napster e CD Baby.
Viola de bem querer é o 13º álbum do grupo vocal Boca Livre. O single que lançou o álbum no mercado foi Amor de Índio, de Beto Guedes. A banda começou a carreira com o festejado LP independente Boca Livre, de grande sucesso em 1979, com sucessos como Toada e Quem Tem a Viola. O trabalho evoca a natureza usando o clima das toadas em uma releitura urbana, como é a característica do grupo vocal. A formação continua a mesma, com David Tygel (voz e viola de dez cordas), Lourenço Baeta (voz e flauta), Mauricio Maestro (voz e baixo) e Zé Renato (voz e violão). Entre as canções, está Santa Marina, de Lourenço Baeta e Cacaso (1944-1987); Noite (Zé Renato/Joyce Moreno) e Um Violeiro Toca (Almir Sater e Renato Teixeira, 1989). Há também músicas recentes inéditas em outras vozes, como a composição de Geraldo Azevedo e Fausto Nilo Um Paraiso Sem Lugar Detalhes como a viola caipira de David Tygel trazem o tempero da toada que dá a base para os arranjos vocais de alto nível de Maurício Maestro que caracterizam o grupo. A banda que tocou no disco é composta por
Pantico Rocha (bateria), João Carlos Coutinho (piano elétrico e acordeão), Bernardo Aguiar (pandeiro), Thiago da Serrinha (percussão) e Marcelo Costa (percussão). O disco foi gravado e mixado por Paulo Brandão no BRand Estúdio (RJ) em outubro de 2018 e masterizado por Luiz Tornaghi. A direção musical é do grupo Boca Livre.
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tras no norte do estado do Rio de Janeiro. Imperdível!
SHALLOW Por favor, não me peçam para opinar sobre a versão brasileira da única canção que venceu todos os maiores prêmios musicais do planeta no mesmo ano. Gosto da Paula Fernandes, mas...
FIM DE UMA ERA
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A Multisom, uma das maiores redes de lojas de eletrônicos do país anunciou oficialmente que não venderá mais CDs e que estuda a mesma medida para DVDs e Blurays. Com quase uma centena de lojas no sul do país, a empresa enfrenta dificuldades e vem sendo negociada com a rede Schumann também do sul do Brasil. Juntas vão compor um sistema com quase 200 pontos de vendas. E sem vender CDS...
MAIOR E MAIS FORTE DO QUE NUNCA As estripulias do dólar não assustam mais o mercado. Como um verdadeiro eletrocardiograma, o sobe e desce da moeda americana já foi assimilado pelo mercado que, mesmo não admitindo, já trabalha com uma margem de oscilação sempre prevista em suas operações.
Sempre renovado e mais forte do que nunca, a edição 2019 do Rio das Ostras Jazz & Blues (http://www.riodasostrasjazzeblues.com) mostra porque o maior festival do gênero na América Latina, e um dos maiores do mundo, se consolidou além-fronteiras e mostra uma força digna de aplausos. Entre as dezenas de atrações confirmadas para mais de 30 shows pela cidade estão nomes como Romero Lubambo & Dianne Reeves Quartet, Bob Franceschini, os incríveis holandeses do The Jig, Big James & The Simi Brothers, Lucky Peterson, o maior guitarrista slide do mundo Roy Rogers, os haitianos do Vox Sambou, além de atrações nacionais com destaque para Serginho do Trombone e sua banda. E tudo isso de graça... de 20 a 23 de junho a música tem um endereço e fica na cinematográfica cidade litorânea de Rio das Os-
COREIA POP O mais novo modismo nas paradas musicais adolescentes é o K-Pop, artistas oriundos da Coreia do Sul e região que descaradamente fazem uso extremado da tecnologia para gerar músicas que poderíamos classificar de eletrônico-farofa ou taekwondo- dance. Com exceção do olho puxadinho, é a mesma chatice monocórdica embalada por artistas adolescentes (outros nem tanto...) cantando, pulando e soltando os gritinhos inerentes à faixa etária. Segue a ruindade padrão.
IMBECILIDADE A morte do cantor Gabriel Diniz serviu mais uma vez para mostrar o grau de imbecilidade que infelizmente habita a internet. Em total desrespeito aos familiares e fãs do cantor, alguns babacas publicaram piadinhas de mau gosto e ironias até de cunho político. Gostar ou não de um artista não dá direito a ninguém de faltar com a civilidade e o res-
GUSTAVO VICTORINO | VICTORINO@BACKSTAGE.COM.BR
peito na hora da dor de uma perda. Umberto Eco tinha razão... “A internet deu voz aos idiotas”.
indenizatórias que sacodem produtoras e artistas. E tudo isso para benefício de muito poucos, mas onde perdem todos...
COMPARAÇÃO Como previsto, não demoraram as comparações entre o premiado filme Bohemian Rhapsody e a novidade Rocketman, contando a história respectivamente de Fred Mercury e de Elton John. Fãs do Queen torcem o nariz enquanto fãs de Elton John usam o caráter mais anárquico do filme do seu ídolo para classifica-lo como mais divertido e intenso. Sem ficar em cima do muro, deixo claro o meu sentimento de que são filmes diferentes e compara-los tem caráter mais midiático do que técnico.
LIBERADAS Tem gente esfregando as mãos com a chegada do próximo ano. Em 2020 praticamente todas as músicas do Beatles estarão com os direitos prescritos em dezenas de países e as regravações vão proliferar em todos os estilos. A dupla Lennon e McCartney continua sendo a mais regravada na história da música e os dados da RIAA americana dão conta de que a procura deve dobrar sem a obrigatoriedade do pagamento de royalties.
GUERRA AMPLIFICADORES FUTURISTAS A moda dos amplificadores de guitarra com DSP (multi efeitos, para não iniciados) chegou às grandes marcas mundiais e salvo uma ou outra mais conservadora, promete ser o futuro dos amplificadores transistorizados. Algumas, como a Peavey, chegam a mesclar os recursos das válvulas com os modernos processadores de sinais e simuladores desenvolvidos com algoritmos que entregam cada vez mais fidelidade ao anseio sonoro do guitarrista.
PEDRA NO SAPATO Apesar das mudanças na lei, a justiça do trabalho mantém uma ferrenha resistência na aplicação dos novos dispositivos que restringem as ações trabalhistas de cunho oportunista. Com isso, o segmento musical continua sofrendo sobressaltos com sentenças
A disputa comercial entre China e USA pode sutilmente beneficiar o Brasil. Sofrendo restrições no maior mercado consumidor do mundo, os chineses não perdem tempo chorando pelos cantos e já iniciaram uma estratégica conquista de novos e ampliação de velhos mercados. O Brasil fica na segunda categoria e com boas negociações, já é possível perceber o aumento da boa vontade oriental no quesito preço e prazo de entrega.
MADEIRA OU PLÁSTICO Algumas guitarras e baixos populares fabricados a base de aglomerados andam mostrando uma faceta já percebida por luthiers. A liga utilizada para solidificar o restolho de madeira cada vez mais rarefeito está mais rígida e alguns instrumentos tem a construção do seu corpo com mais plástico resinado do que madeira. É claro que isso se reflete no som e na durabili-
dade do instrumento. Tudo em nome da economia.
LANÇAMENTOS Nesse mês a Casio lança em um evento em SP a sua nova linha de teclados para 2019/2020. Muitas novidades tecnológicas e o melhor de tudo, a manutenção da política de preços para o Brasil. Isso tem feito com que produtos de uma mesma faixa de preço sejam atropelados pelos teclados na Casio no quesito recursos e tocabilidade. Roland, Yamaha, Korg, Nord e Kurzweil precisam acordar por aqui.
PERIGO VIRTUAL Ao longo do tempo tenho alertado para os perigos de alterar características originais dos equipamentos digitais utilizando aplicativos, dicas de amigos ou softwares piratas. Não bastasse isso, agora surgem vídeos com “dicas” para melhorar o desempenho de equipamentos digitais de alta tecnologia que operam com softwares proprietários. A tentação de experimentar os “milagres” dessas gambiarras já custou caro a muita gente e em alguns casos inutilizou o equipamento. Conserto ou ajuste só se faz em assistência técnica autorizada, com nota fiscal descritiva e garantia. Fora disso é arriscar o seu bolso e o seu equipamento.
REALISMO Os shows internacionais ficaram caros para o grande público. Mesmo com patrocínios e ingressos em alta escala, poucos são os espetáculos que ficam abaixo de US$ 50 a entrada. Para quem não sabe, isso é 20% do salário mínimo nacional. É o preço que pagamos pela moeda fraca.
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HEITOR PEREIRA: DA MÚSICA POP INTERNACIONAL ÀS MELHORES TRILHAS DO CINEMA H
O guitarrista, compositor e arranjador Heitor Pereira, que já foi conhecido como Heitor TP, mostra, em um papo de músico com o também compositor de trilhas Daniel Figueiredo, um pouco dos caminhos que percorreu na música.
Por Daniel Figueiredo e Livia Lacerda Fotos: Divulgação
eitor Pereira já era um músico de sucesso no Brasil – participando de trabalhos com Ivan Lins e Milton Nascimento, por exemplo - quando foi tocar com a banda de pop soul inglesa Simply Red, de muito sucesso durante os anos 90. Depois de encerrar o trabalho com a banda, ele continuou a percorrer novos caminhos musicais pelo mundo: o músico, nascido no Rio Grande do Sul e criado em Niterói, foi morar em Los Angeles e passou a atuar compondo trilhas de cinema em filmes como Gladiator, Melhor Impossível e Angry Birds, entre muitos outros. Heitor veio ao Brasil para a Rio2C e,
durante um intervalo dos ensaios com a Orquestra Petrobras Sinfônica, com quem fez um concerto apresentando seus temas, ele bateu um papo de músico com o também compositor Daniel Figueiredo sobre trabalho, Brasil, trilhas sonoras, a relação entre sucesso e esforço e muito mais. Daniel Figueiredo - Agora, uma coisa muito curiosa sobre o seu nome. Você começou... Eu nem sei se você começou como Heitor Pereira. Eu acho que sim, né? Heitor Pereira - Não. Meu nome é Heitor Teixeira Pereira. Ai eu e o Arthur Maia
fizemos um show na Pasárgada, uma livraria em Niterói. E(o terceiro músico) não era o Claudinho Infante não. Era uma outra pessoa com dois nomes. O Artur era dois nomes e meu era três. Ai os caras falaram: sacanagem.. (risos). DF - Ia chamar mais atenção do que os outros... (risos) HP - Ai eu falei: pô, já que é sacanagem, então, vamos fazer o seguinte. Então faz só T. P. e vocês ficam com a maioria das letras. E foi aí que surgiu T. P., pra ajudar na diagramação (risos) DF - Mas aí então chegou um momento que você mudou pra Pereira. O que causou isso? Como é que foi? HP - O lance do Pereira é assim: o Ivan (Lins) de vez em quando me chamava de Heitor Pereira. O Milton (Nascimento) gostava de me chamar de Heitor Teixeira Pereira ou Heitor TP. Mas aí quando eu cheguei no Simply Red, o Mick (Hucknall) sempre falava “Heitor Pereira” (com sotaque), porque o Teixeira é muito difícil de falar pra quem tem uma inflexão de inglês. Então falava “Heitor Pereira, Heitor Pereira”. Aí pegou. Então, quando eu fiz um disco solo na Inglaterra, eu acho que saiu como Heitor Pereira, né? Heitor e na parte de trás Heitor Pereira. Foi essa mais ou menos a transição. Mas muitas pessoas aqui ainda me chamam de Heitor T.P. Tudo bem, mas ninguém nos Estados Unidos, ou seja onde for, me conhece como Heitor T.P, me conhecem como Heitor Pereira. No Simply Red meu nome já era Heitor Pereira. Também acharam que porque era Mick Hucknal, Tony Bowers, Fritz McIntyre, Heitor Teixeira Pereira, que p... é essa de novo, né? É cara, o Teixeira sambou, coitado. Foi herdado da parte da minha mãe, que é
onde eu tive a maior influência musical, que são todos os meus tios. DF - Como foi o seu início na música? HP - Minha família. Desde muito, muito, muito pequeno. Acho até que o fato dos meus pais, tios, serem músicos, de ter música o tempo todo em casa, o amor do meu avô por passarinhos... Eu acho que é importante que, quando nós falarmos de música, pra mim é o mundo do som, e não só das notas organizadas que nós chamamos de música. Então, pra mim, a música é também dos passarinhos, sacou? Nós vivemos música sempre no ar.
nunca vou esquecer. Porque também, eu tava tão excitado, tanto eu quanto o Arthur, que a gente não parou de tocar o tempo todo, e no final do show o Gilson Peranzzetta falou assim pra moça que tava arrumando o teatro: “posso pegar essa vassoura aqui?”. Ela disse “pode” . “Agora vocês dois vão varrer aqui o palco que tá cheio de nota jogada fora.”Então...(risos). DF - Como foi o convite pro Simply Red? HP - Eu estava tocando com o Ivan Lins, fazendo um disco internacional aqui na Som Livre e o produtor do primeiro disco do Simply Red, me
Quando cheguei em casa, fui pago e joguei o dinheiro pra cima, mostrando pros meus pais: “olha só que legal, eu sou profissional agora”, isso foi uma coisa que eu nunca vou esquecer. Isso eu tenho certeza, que como o músico que sou hoje, a minha influência musical veio tanto das pessoas que me ensinaram ou mostraram a música organizada, MPB e música clássica ou jazz, ou essa coisa do mundo sonoro, sabe? Hoje em dia, pra mim é tão importante quanto a harmonia, a melodia e tudo mais. DF - Qual o foi o primeiro o primeiro artista ou a primeira gravação importante que você fez? Aquela coisa de: «Agora sou profissional». HP - Acho que foi um show que eu e o Arthur Maia tocamos. Foi a primeira vez que eu toquei com o Ivan Lins profissionalmente. Acho que foi na Hebraica, aqui no Rio. E pra mim, quando cheguei em casa, fui pago e joguei o dinheiro pra cima, mostrando pros meus pais: “olha só que legal, eu sou profissional agora”, isso foi uma coisa que eu
perguntou se eu queria tentar gravar com eles. E aí nós fomos, eu fui pra lá, conheci, deu certo e foi o maior barato. DF - Eu lembro que pra mim foi uma emoção muito grande quando vi você no Rock in Rio. Eu já sabia que você era brasileiro e eu ficava meio indignado por 99,9 % das pessoas no Brasil não saberem. HP - Sim, hoje talvez já seria diferente, por causa do Youtube, Internet e tudo mais… DF - Você acredita que as influências de músicas brasileiras colaboraram para você, ou somaram de alguma maneira? Alguma experiência que o seu background de música brasileira, tenha dado um “plus a mais”? HP - Completamente. Do Jackson do Pandeiro a Radamés Gnattali, de Guerra-Peixe a Elomar, sacou?
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Passando por Carlos Gomes, VillaLobos, Tom Jobim, Smetak e a MPB, obviamente, em geral. Mas me lembro a primeira vez que eu vi o João Carlos Martins tocando as partituras e o Concerto de Brandenburg. Pô cara, aquilo ali mexeu comigo assim de uma forma... A primeira vez que vi o Nelson Freire tocando Chopin. Então, quer dizer : sim, completamente. Eu posso escrever essa resposta de várias formas: Egberto, Hermeto, todo mundo. Mas eu acho que, na verdade, a coisa principal é que a música, a nossa música brasileira, a visão que nós temos da música brasileira, eu acho que é ainda
dizer que a influência que teríamos do Tupi Guarani na nossa música... Temos. Porque falamos várias palavras: Ipanema, Itacoatiara. Mas, como a Marlui Miranda fez, sabe? E fez um trabalho bonito de pesquisa e depois usou a fonética Tupi Guarani. Estou falando só da linguagem principal da época em que os portugueses estavam aqui. E tem a quantidade de dialetos, sabe? Graças a Deus eu tive a oportunidade de poder estudar isso um pouquinho. Então eu só digo isso, nessa ideia que você tá me perguntando: eu só gostaria de lembrar às pessoas que existe essa sonoridade
A coisa principal é que a música, a nossa música brasileira, a visão que nós temos da música brasileira, eu acho que é ainda incompleta. Porque nós nunca mencionamos o lado indígena. E só bem mais tarde é que nós realmente assumimos a influência africana, sabe? Mas o Martinho da Vila já estava o tempo todo dizendo. incompleta. Porque nós nunca mencionamos o lado indígena. E só bem mais tarde é que nós realmente assumimos a influência africana, sabe? Mas o Martinho da Vila já estava o tempo todo dizendo. Já foi para Angola, já foi para Moçambique, e mostrou tantas coisas, tantas bandas. Luiz Melodia tinha essa força também. E eu dei sorte de estar em um ambiente onde eu era constantemente lembrado dessas coisas. E o mesmo se aplica à música nativa brasileira, que é o que Marlui Miranda fez de uma forma tão digna e tão linda e tão ampla. E eu acho que, vamos dizer assim, o Tom Jobim usou um pouquinho, outras pessoas usaram um pouquinho. Mas, na verdade, se a ideia é que o português ditou o charme das melodias, então é certo
de uma língua, dessa língua talvez esquecida, que ainda pode gerar tanta música. Porque a fonética e todos os ritmos e melodias que estão escondidos dentro dessa linguagem indígena brasileira ainda pode gerar muita música nova. O Egberto Gismonti, com Sapaim na Dança das Cadeiras com Naná Vasconcelos... DF - Coincidentemente eu estava com o Gismonti ontem e ele estava justamente contando essas incríveis experiências dele com os índios. HP - Eu acho que deve ser uma coisa muito poderosa, né? Você chega num lugar e descobre que grande parte sua não está ainda representada naquilo que você decidiu fazer pro resto da vida. Eu acho que é tão bonito ele mostrar isso na música dele e tudo mais. Eu posso estar me
esquecendo de outras pessoas, sei que o Guerra-Peixe fez um pouco disso, o Villa-Lobos de uma forma “europeizada”, representando a música indígena brasileira, mas eu acho que a Marlui Miranda foi a pessoa que, pra mim, impactou muito. O Naná Vasconcelos, e tantos outros... A Marlui influenciou, por exemplo, a Tetê Espíndola, na época, e o Arnaldo Antunes. A Tetê conhecia um pouco desse material e brincava um pouco com isso também, sabe? DF - O seu primeiro disco solo, como foi essa experiência? HP - Nos meus discos solo, acho que não alcancei o que eu gostaria de ter alcançado com essas duas oportunidades. Porque só depois da “música para cinema” é que eu descobri, vamos dizer assim, realmente o prazer de envolver um número grande de pessoas em um projeto. Então, nos meus discos solo, por causa da palavra solo, eu assumi que as decisões maiores deveriam sair de mim. E eu acho que eu não fui fiel, eu não fui legal com a música. Até porque, naquela época, eu não era ainda um músico formado o suficiente pra dizer assim: “isso é tudo meu!”. Acho que se eu tivesse dado mais oportunidade, entendido mais essa ideia de colaboração, eu teria proporcionado ao ouvinte um material mais legal, mais completo. Então eu sou super honrado e feliz com o disco solo, uma experiência de vida. Eu acho legal. Eu gosto muito! Representa muitas coisas pra mim. Mas eu sinto que hoje em dia, eu acho que essas músicas representam muito do que eu sou, mais do que um disco chamado “solo”. Acho que uma outra coisa que eu descobri também com o tempo é o fato de se usar a linguagem antes de começar uma música, porque música instrumental tem essa coisa de não
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ter letra, né? Mas o fato de que não tem letra não quer dizer que não tem mensagem, e eu senti que, as músicas que eu escrevi, elas tinham uma mensagem escondida ali. Mas eu não era capaz de comunicar o que que essa música realmente representa. Fui feliz em algumas delas. Então eu acho que a música de cinema me ajudou exatamente a comunicar qual é a mensagem por trás desse material. A mensagem, no caso, tem muito a ver com a narrativa da história que nós estamos ajudando. Com um personagem, com um momento dramático ou feliz da história. Mas quando você tira o filme e agora quer fazer uma instrumental que represente você, eu acho que, hoje em dia, definitivamente faria uma música muito mais pessoal. Acho que estou mais voltado pra uma música que se explica um pouco mais, com mais significado para vida dos outros. Porque aí as pessoas podem se relacionar um pouquinho mais. No entretenimento mesmo, sabe? A arte às vezes se esquece que a função dela é de entreter. Eu espero que com o tempo as pessoas comecem a dar mais valor aqueles que trabalham pesado e, pelo menos, não só deem valor aqueles que tem talento. Porque eu acho que essa coisa do talento, às vezes, é como se fosse um jogador de futebol que sabe chutar com as duas pernas, mas não sabe cabecear. Então, o importante é que essa pessoa treine pra caramba cabeçada também. Mas o fato é que ele ou ela são tão bons com a perna direita e com a perna esquerda e fazem tantos gols que isso já é suficiente. Agora, o importante, no fundo de tudo, é que esse futebolista e o amor dele ou dela seja pelo futebol. Então, se você quer ser um futebolista completo, o que você vai fazer? Você vai todo dia de manhã treinar cabeçada, porque é o que
você precisa ainda praticar para se tornar um praticante daquilo que gosta tanto. DF - A complexidade da sua música as vezes me lembra Frank Zappa. HP - Primeiro, você sabe que todo músico que era convidado pra tocar com o Frank Zappa era como se fosse uma vitória. Porque ele ou ela sabiam que todo aquele hard work, paid off valeu a pena. DF - Um selo de qualidade... HP - Exato. Então eu acho que esse lado do trabalho, o prazer é o processo e não o resultado. Muito embora, com um bom processo árduo,
você muito provavelmente vai chegar a um bom resultado. DF - Quando começou a trabalhar com trilha sonora? HP - Há vinte e poucos anos. O Hans Zimmer precisava de uma música brasileira para um filme chamado As Good as It Gets, que eu não sei qual o nome em português, mas é um com Jack Nicholson, super famoso... Melhor impossível! Um amigo em comum me apresentou ao Hans e ao diretor. Então eu toquei o tema dele. Aí o diretor falou: “tem mais alguma coisa nesse estilo?”. Eu fiquei sem graça e falei com o Hans: “Olha, eu tenho
outros temas que são meus, mas não quero tocar nenhuma música minha sem falar com você”. Ele falou: “toca todas”. Aí eu fui lá e toquei um monte de temas meus e o cara falou: “gostei desse, dá pra botar uma letra, fazer uma música?”. Falei: “dá! Dá pra fazer tudo!” E esse foi o primeiro encontro com o mundo do cinema. E essa idéia do Hans, assim, uma coisa tão reveladora e tão bonita, muito embora ele fosse o dono da bola... Qual o sentido de ter a bola, se você não tem os jogadores? E de não valorizar o que cada jogador tem de especial para que essa partida seja feita, entende? DF - E se renovar, sempre. HP - Você falou tudo. A cada novo filme, eu vou lá e encontro o Hans. Até agora nós fizemos 25 filmes juntos. E ele começou minha carreira dizendo: “esse tem que ser você”. Ai meu Deus! (risos). Acho que foi o Curious George, que já era um filme de animação com orquestra. Ele falou: “sabe o que que você tem que fazer? Você tem que botar a guitarra no chão e começar a pensar nas suas ideias com som de orquestra”. Aí, um dia eu peguei o violão, bati na porta dele, falei assim: “olha só, é assim que a orquestra vai soar”, e mostrei no violão. Ele falou: “pra isso você pode tocar o violão”. Então eu não vejo a hora, o dia, seja aqui no Brasil, ou na Europa, ou nos Estados Unidos, de achar alguns filmes onde eu possa escrever quase como se fosse um concerto para violão e orquestra. Mas eu não posso impor essa música na narrativa do filme. Então nunca forcei a barra. Mas foi assim que a coisa começou, através do Melhor Impossível. Sempre procurei dar títulos para as minhas músicas. Eu talvez estivesse fazendo um filminho emocional dentro da minha cabe-
ça que tava seguindo a narrativa da letra. Por isso que eu e o Ivan e o Vitor Martins nos amamos. Porque o Vitor é um grande escritor, sabe? Um escritor mais clássico. E as letras dele são tão coloridas. Propõem visuais tão legais. Sempre curti trabalhar com ele, e o Ivan sempre me deu a oportunidade de fazer arranjos pras músicas dele porque eu sempre pensei muito na letra também. E, hoje em dia, a letra é o filme. DF - Eu lembro de um vídeo com você e o Hans se divertindo muito em uma gravação no estúdio, não me lembro se era você ou ele tocando guitarra. Dava pra sentir a “vibe”. Vocês se esbaldando ali no estúdio, gravando aquela guitarra pesada! HP - Sim! Missão Impossível. Com Tom Cruise. Eu acho que isso aí, no final de tudo... Eu conheço tantos músicos que merecem um espaço muito maior pra essa musicalidade deles e delas que, se isso não aconteceu ainda, eu sei que a
titivo do mundo, na nossa área. HP - Aquele grupo de pessoas está ali te apoiando para que você faça o seu melhor. Para que o seu melhor, junto com o melhor deles, faça uma coisa melhor ainda. Então acho que minha benção também tá nisso, sabe? Eu sempre encontrei pessoas positivas. Todo dia que eu vou trabalhar, celebro isso de uma certa forma. Acho que é mais ou menos por aí. DF - Como é seu processo criativo? Existe algum processo sequencial ou é aleatório? HP - Em relação à criação, o que acontece é o seguinte: eu escolho a música do personagem. Aí eu estudo a história do personagem no filme inteiro. Descubro se aquele personagem vai ter momentos felizes e tristes. Então, eu tento escrever um material rítmico, melódico e harmônico, que, pelo menos a princípio, signifique todos esses capítulos na vida desse personagem. Então, o que eu faço? Eu escrevo uma suíte. Muito embora,
Eu escolho a música do personagem. Aí eu estudo a história do personagem no filme inteiro. Descubro se aquele personagem vai ter momentos felizes e tristes. Então, eu tento escrever um material rítmico, melódico e harmônico, que, pelo menos a princípio, signifique todos esses capítulos na vida desse personagem minha tá acontecendo e eu tenho uma responsabilidade em relação a isso. Então eu procuro curtir esses momentos que você viu, até mesmo como o Artur era: uma pessoa que parecia que tinha uma responsabilidade com o bom astral, sabe? DF - Imagino que as vezes seja bem difícil manter o alto astral com tanta pressão e responsabilidade ainda mais trabalhando em Hollywood, o lugar mais compe-
em um filme de animação, o que você escuta muitas vezes são as três primeiras notas repetidas over and over and over. Mas, pelo menos pra mim e os film makers, eu mostro que esse personagem tem essa história musical para ajudar. Por causa desse tipo de coisa, por exemplo, no Angry Birds 1, a produção, graças a Deus, gostou tanto da música que, no DVD, eles lançaram também a versão do filme sem diálogo, só com a música.
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DF - Sempre gosto de fazer uma pergunta meio inusitada mas, porque, com ela, já recebi respostas muito interessantes: Qual foi o seu pior momento? HP – O pior momento, o momento que eu trabalho feito um louco pra evitar que aconteça, é descobrir, quando eu escuto uma coisa que eu fiz, que não fui tão fundo quando eu deveria ter ido.
DF - Qual a sua conexão com o Brasil hoje em dia? Existe? Você tem alguma coisa aqui? Você vem aqui de vez em quando, ou é apenas uma boa lembrança? HP - Muito pelo contrário, o lance da minha família que tá aqui, os meus amigos, muitos amigos. Quando eu falo: “Jackson do Pandeiro tá nos ritmos de Angry Bird”, realmente tá um pouquinho, sabe? Do meu jeito, da forma que o filme pede, mas foi ali que nasceu, mais ou menos. Então, o que eu sinto... DF - É que você saiu do Brasil, mas o Brasil não saiu de você. HP - Exato. Eu fico com vontade de poder voltar aqui, de poder fazer um trabalho mais ligado à educação. Também não forço não, porque eu acho que isso vai acontecer, como muitas outras coisas aconteceram, sem forçar a barra. Isso vai acontecer. O Brasil, foi como você falou, nunca saiu de mim. DF - Quais músicos, artistas que mais te inspiraram e continuam te inspirando? Que eram uma re-
ferência pra você, além desses brasileiros que você falou? HP - Eu devo confessar a você que eu não tenho muita influência de compositores de música de cinema não, sabe? Na verdade, eu evito. Porque só assim, eu vou poder trazer um pouco mais de profundidade em quem eu sou, ao invés de, através de uma escolha musical, demonstrar que eu estou homenageando um compositor de cinema. Então, eu prefiro, de volta à sua pergunta, sem desmerecer, prefiro escutar música clássica, do repertório clássico. Então, eu adoro, obviamente, Villa-Lobos, eu adoro Guerra-Peixe... Aqui do Brasil, esses dois. Mas eu gosto muito de música africana. Principalmente do Mali. Até hoje eu escuto isso. Violão, gosto do de Madagascar. Tem o D’Gary. que é uma coisa que eu escuto o tempo todo. Salif Keita, do Mali, Baobab do Senegal e outras coisas assim. Eu gosto de todos os compositores de poema sinfônico, sacou? E também gosto pra caramba de compositores do período... Ravel, Debussy... Do período impressionista.
DF – Foi uma surpresa pra você ter dado tão certo nesse ‘nicho’ de animação? Minions, Angry Birds … Quando você viu já estava lá? HP - Eu estou sempre batalhando para não só fazer animação, e estou sempre batalhando para, como eu te disse, adicionar esse outro lado, vamos dizer assim, com um motivo social e de ajuda ao próximo. Não me pegou de surpresa, porque quando aconteceu, e desde então, eu não faço nada diferente dos outros 15 anos, quando não fazia sucesso. Porque o processo é o mesmo. Não tem nada, nada de diferente. DF - Animação é um dos estilos mais trabalhosos para qualquer compositor, concorda?. HP - É, por isso que você precisa de outras pessoas. É por isso que você não pode pegar essa responsabilidade toda nas suas costas. Não é nem legal com as pessoas que gastaram 80 milhões pra fazer aquilo, sabe? Eu acho que eu estou numa fase da minha vida onde estou tentando fazer isso. Talvez proteger um pouco esse ser humano, para que as minhas decisões sejam as mais claras possíveis. Mas sempre com a ajuda de outras pessoas. DF – Quais os próximos projetos? HP - Quando eu sair daqui, eu volto pra Los Angeles, acabo o Angry Birds 2 e gravo a orquestra em Londres daqui a três semanas. Aí, espero duas semanas e
começo a escrever música pro Minion 2. E, nesse meio tempo, enquanto isso tudo tá acontecendo, eu estou fazendo vários projetos que tem mais a ver com aquilo que eu tava te falando antes. Estou trabalhando com um grupo de cientistas onde eles me dão toda essa informação, e eu vou escrever uma música baseada nesses dados, em todos esses gráficos e tudo mais. Mas eu estou tentando descobrir qual é a minha forma de analisar isso e tornar isso uma coisa musical e, mais importante de novo, entertaining. Então, quando as pessoas veem aquilo... A missão vai ser cumprida quando as pessoas entenderem a informação e aquele aquele material dos cientistas que trabalharam pesado tenha um impacto na vida delas.
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POWER CLICK lança o monitor
O Power Click modelo RK8 é um monitor de áudio especialmente projetado para uso com fones.
redacao@backstage.com.br Fotos: Divulgação
DE ÁUDIO RK8 P
roporcionar audição com qualidade, diminuindo as microfonias e o som no ambiente é o objetivo do Power Click RK8. O equipamento é um mo-
nitor standard, de manuseio simples e alta eficiência. Este é mais um novo produto da empresa que fez a opção de ouvir os músicos para construir os pro-
dutos, que passam por vários estágios antes de serem lançados: a identificação de mercado, o projeto teórico, o protótipo, testes em laboratório e, finalmente, os testes práticos com os endorses. O RK8 é o mais novo produto da empresa, que monta os equipamentos no Brasil.
CARACTERÍSTICAS O equipamento possui duas entradas: o L e o R, e daí distribui o som igualmente para oito fones. No L e no R, este último tem duas funções: audição do canal direito e audição em mono. Ou seja: se ligar somente no input R, o som será automaticamente distribuído, por igual, nos dois lados do fone (função MONO). Ao conectar o plug no input L, a função estéreo entrará em operação automaticamente, direcionando o input R para o lado
direito do headphone e o input L para o lado esquerdo do fone. As entradas do RK8 são para alta impedância e compatíveis com saidas de mesas de som (main, direct, aux, etc), instrumentos musicais eletrônicos, saidas de DVD, CD, computadores ou outros aparelhos correlatos. As entradas são compatíveis com conectores tipo P10 mono para cada entrada. O Power Click RK8 pode ser usado com qualquer modelo de fones de ouvido, sendo compatível com fones diferentes ao mesmo tempo, em qualquer um dos oitos canais. Cada canal de fone possui volume próprio, sem interferir nos volumes dos outros fones. O controle de volume de cada fone atua por igual tanto no L quanto no R. Não é indicado o uso plug mono no conector de fones. Também não é indicado o uso do RK8 muito per-
to de campo magnético intenso, como transformadores, fios de alta tensão, etc. Isto poderá induzir ruídos. O RK8 possui seleção automática de voltagem (110 ou 220). Basta ligar na rede elétrica, obedecendo ao modelo brasileiro de conectores.
Mais informações:
http://www.powerclick.com.br/site/
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REPORTAGEM| www.backstage.com.br
Entre os dias 23 e 28 de abril aconteceu, na Cidade das Artes, no Rio de Janeiro, a Rio2C: evento que promove o intercâmbio entre executivos, profissionais de mídia e artistas do
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Brasil e do exterior. Foram tantas as experiências, emoções, negócios, oportunidades, aprendizados e as conexões possíveis que Daniel Figueiredo decidiu chamar outros profissionais para escrever sobre a conferência para a Backstage juntando um grupo de profissionais ligados às diferentes áreas do evento que assinam este artigo.
Por Daniel Figueiredo, Livia Lacerda, Gustavo Gama Rodrigues e Júlio Mauro Fotos: Divulgação
CULTURA, AUDIOVISUAL, MÚSICA, CIÊNCIA E ARTE EM CONEXÃO GLOBAL
S
ediado na Cidade das Artes, no Rio de Janeiro, o evento ocorreu de 23 a 28 de abril e durante essa inesquecível semana, cada canto imaginável daquele prédio abrigou rodadas de negócios entre players internacionais e realizadores brasileiros, palestras e painéis sobre os mais diversos temas, performances musicais, sessões de cinema, experiências em games, encontros improváveis e megacriativos, que criaram sinergia entre ciência, cultura, música, inovação e arte.
O EVENTO É desafiador mostrar, em poucas palavras, o que vivemos no Rio2C 2019, um dos principais eventos internacionais das áreas das artes, do audiovisual e da inovação. A Conferência conseguiu mesclar a identidade, memória, expressões, com ciência, tecnologia, entretenimento, em um encontro do qual fizeram parte diversos países do mundo. Apesar de amplo e abrangente, o evento permitia pequenas reuniões, rodadas de negócios, shows, variados e deliciosos espaços de convivência, numa conferência criativa que demonstra clara-
mente a importância da Cultura na geração de renda, empregos e seus impactos na economia. Acima de tudo, o que desfrutamos durante os dias de Rio2C foi da característica mais valiosa da Cultura: a capacidade de conectar nações e economias do mundo inteiro, gerando inúmeros impactos positivos. É certo que o setor de audiovisual estava tenso, atônito com a paralização da área por problemas enfrentados pela agência reguladora, mas foi no Rio2C que profissionais da área buscaram uma brisa renovadora, içaram suas velas e mergulharam numa pausa de mil compassos, abraçados à esperança de viabilizar projetos de todos os tipos e em várias fases de execução. Para o audiovisual, a nova Edição do Rio2C foi como um broto de planta viçoso que ousa nascer entre a pedra e o concreto. Uma delícia ouvir Halder Gomes explicando os desafios que enfrentou na direção do seu Shaolin do Sertão, ou Waltinho Carvalho contando causos sobre Raul Seixas. Uma maravilha escutar Heitor Pereira falando sobre sua trajetória e seus trabalhos mais recentes – e ainda poder saborear alguns dos seus temas tocados pela belíssima
Da esquerda para a direita: Gustavo Gama (Cinemauro), Luis Helenio e Júlio César da Silva (Music Solution), Daniel Figueiredo e Júlio Mauro (Cinemauro)
Orquestra Sinfônica Petrobras. Impressionante as filas que se formaram para lotarem o Teatro de Câmara, fosse para escutar sobre os caminhos incentivados para o financiamento de séries e filmes ou para conhecer o trabalho de Kondzilla, a maior produtora de conteúdo audiovisual de música eletrônica de periferia do Brasil. Que beleza reencontrar amigos e antigos colegas de trabalho que vieram de longe para participar, propor, apresentar, aprender ou simplesmente trocar. Uma delícia assistir e participar dos pitchings, ver o Rio transbordando de ideias incríveis e inovadoras, vindas de cada canto do país, do mundo e…. de muitos outros mundos inimagináveis. Imagine poder aprender sobre Big Data e ver que as futuras guerras não serão com armas e sim com Inteligência, falar sobre Real Time: Contexto, Propósito e Timing, A Arte da Direção, esport entretenimento, engajamento e mídia, acompanhar o debate sobre blockchain e criptomoedas, transportando-se para um mundo sem dinheiro ou conhecer os desafios tributários das coproduções internacionais. Já seria incrível reunir todos esses temas numa mesma conferência, mas isso é só uma pequena mostra do que encontramos por lá. Falando sobre música, além dos shows, o evento trouxe o RIOgaleão PitchingShow, que apresentou bandas para a comissão da música, composta de 18 mentores com capacidade de promover carreiras de talentos e bandas. A semana foi tam-
bém de encontros internacionais muito produtivos, que debatiam sobre direitos autorais no streaming, políticas para Music Venues no mundo, transformações da indústria fonográfica, videografismo para shows, 360 graus sobre o mercado da Música, AI Tools for music, contando sobre o Spotify Creator Research Laboratory, debates com produtores musicais, sobre o negócio dos musicais etc. Como conectar é a palavra de ordem dessa edição do evento, durante toda a semana a música esteve presente, seja como tema central, seja pela sua interação com a ciência, inovação, tecnologia, games, ou seja, estava presente nos encontros com os quase 1000 palestrantes que compartilham conosco seus conhecimentos nas mais de 600 horas de programação da Conferência. O Rio2C agita a economia criativa, porque viabiliza negócios. Fo-
ram mais de 400 players em mais de 1.500 rodadas de negócios, além dos projetos no Pitching do Audiovisual, e o Pitching de Startups. O Summit Rio2C by Meio & Mensagem, que abriu o evento, discutiu os novos hábitos de consumo de mídia, a transformação digital que agências e clientes enfrentam e os desafios para quem produz e distribui conteúdo. O Rio2C a EXPO ocupava o térreo da Cidade das Artes, dedicada ao conteúdo e ativações de marcas. O espaço contou com uma programação exclusiva de XR/Game Stage, com curadoria do XRBR, além do Espaço Jornada pelo conhecimento Petrobras, Arena Petrobras Robocup, diversos estandes e food trucks com deliciosas opções. A Festivalia é voltada para o público jovem, que quer se aproximar do mundo do entretenimento, experienciar suas capacidades criativas e conhecer as múltiplas possibilidades profissionais do setor. Foi muito interessante ver a Cidade das Artes lotada de jovens, ávidos por participar, trocar e aprender. O objetivo foi oxigenar as mentes inovadoras para a proposição de um novo mundo. Para quem se interessou, fiquem atentos: o próximo Rio2C será no dia 05 de maio de 2020.
Gustavo Gama Rodrigues (Cinemauro) e Lívia Lacerda (Mapa Filmes)
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PRO LIGHT + SOUND
NA CHINA EM 2019 As fronteiras da indústria do áudio, da música e do entretenimento se estendem ao oriente com a Pro Light + Sound em Xangai redacao@backstage.com.br Fotos: Divulgação
E
ste ano acontece, em Xangai, a 17ª edição do Prolight + Sound Shanghai (PLSS), no Shanghai New International Expo Center. O evento acontece entre 10 e 13 de outubro utilizando 48 mil metros quadrados de espaço em quatro salas. Serão mais de 650 empresas e marcas presentes na exposição. Ao mesmo tempo, haverá mais de 60 eventos que abrangem uma infinidade de desenvolvimentos futuros nas tecnologias relacionadas ao setor de áudio, música e entretenimento.
ZONAS TEMÁTICAS Entre as áreas contempladas pela feira está a de áudio-visual. Dados econômicos recentes mostram oportunidades na área. O Resumo Global do 2018 AV Industry Outlook e Trends Analysis (IOTA) declarou, recentemente, que a Ásia está no caminho para se tornar o maior mercado de áudio-visual até 2023, com 36%. Em declaração feita por meio da assessoria de impresa da Feira, Judy Cheung, vice-gerente geral da Messe Frankfurt Hong Kong, destacou a posição
Judy Cheung
A Pro Light + Sound Shangai pretende mostrar as tendencias do mercado no oriente
da feira em relação ao cenário atual do mercado, levando em conta não só fatores econômicos, mas também enfatizando o fato de Pequim ser a sede das olimpíadas de inverno de 2022: “a tecnologia de eventos pode ser melhorada por sermos sede das Olimpíadas de Inverno em 2022. Nossas ofertas atuais de produtos, com zonas temáticas, estão bem alinhadas às tendências de mercado atuais da região”.
PRODUÇÃO E GRAVAÇÃO Com uma gama completa de equipamentos de gravação, processamento de áudio e monitoramento, a Zona de Gravação e Produção, no Hall N1, tem sido considerada como um foco central do programa aos olhos dos visitantes da feira. Ano passado, o local acomodou mais de 100 marcas. Em 2018, a estreante Associação Internacional de Comércio de Software Musical (IMSTA, na sigla em inglês), trouxe 11 de seus membros internacionais para o Pro Light + Sound Shangai(PLSS) que expuse-
ram no Recording Software Quarters, para equipamentos e software. A exposição sobre as tecnologias de eventos ao vivo definiu o local como um polo para que os expositores tenham mais facilidades de acessar os mercados-alvo.
ILUMINAÇÃO E PALCO Alguns dos principais fornecedores de equipamentos e serviços se reunirão e exibirão seus produtos em tecnologia de iluminação, teatro, palco e produção de eventos no Hall N4. A feira também vem com um programa estruturado para mostrar aos visitantes a trajetória dos desenvolvimentos da indústria na Ásia. Já na frente da educação, a Academia PLSS será a fonte de conhecimento especializado em tecnologias para resolver os desafios da indústria. Os visitantes podem esperar por um amplo espectro de assuntos em soluções de tecnologia pro áudio, iluminação, multimídia, eventos e mídia AV. Ao lado dos locais de exposição, o
Comitê de Profissionais de Áudio da Sociedade Chinesa de Engenheiros de Cinema e Televisão (CSMPTE) colaborará com o PLSS para o Fórum Internacional de Tecnologia de Cinema e Televisão de Xangai - Sound (IFTT) 2019, reforçando os desenvolvimentos do setor. nos setores de cinema, televisão, som e gravação. Já a Concert Sound Arena é também parte importante da Pro Light + Sound. Nela acontecem demonstrações ao ar livre com cerca de 20 marcas. Os participantes tem a oportunidade de sair das salas de exposição e experimentar as instalações de áudio. A Prolight + Sound Shanghai, realizada simultaneamente com a Music China, é uma exposição internacional anual para as indústrias de música, eventos, tecnologia de mídia e entretenimento na Ásia organizada pela Messe Frankfurt e Shanghai Intex Exhibition Co Ltd. O evento é da mesma empresa que promove a exposição anual Prolight + Sound em Frankfurt, Alemanha.
Para saber mais
Para mais detalhes e informações sobre o show, visite www.prolightsound-shanghai.com.
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ÁUDIO FUNDAMENTAL| www.backstage.com.br 38
Queridos leitores da revista Backstage, nesta edição iniciaremos uma fantástica viagem pelo mundo do som. Se somos músicos, engenheiros de áudio, produtores musicais, o som sempre será nossa matéria prima nesse universo em que estamos inseridos. Mas o que é o som? Qual a relação do som com a engenharia, ou com a música? Como enxergamos esse material de trabalho tão abstrato e ao mesmo tão real e único? redacao@backstage.com.br Fotos: Divulgação
O SOM A MÚSICA
E O ÁUDIO Pedro Duboc é Técnico de Áudio e membro da Sobrac (Sociedade Brasileira de Acústica), ABPAudio (Associação Brasileira de Profissionais de Áudio), ASA (Acoustical Society of America) e AES (American Engineering Society).
A
ntes de tudo precisamos entender o que é o “som”, ou o que ele pode ser, dependendo do nosso ponto de vista. Por exemplo, uma sirene tocando, um apito, uma martelada, ou mesmo uma sinfonia, tudo isso é na verdade “som”. Mas, então, como o classificamos ou o definimos melhor? Vamos partir de algo totalmente subjetivo. Por exemplo: uma sirene tocando na madrugada pode chamar nossa aten-
ção de duas formas. Para aquele que está tocando a sirene - pode ser um motorista de ambulância - ela é, na verdade, um sinalizador de emergência. E, da mesma forma, para aquele que está em sua casa dormindo, a mesma sirene é um ruído extremamente perturbador. Percebemos que quando falamos de som, falamos de um universo de grandes possibilidades de interpretação e bastante subjetivo. Portanto, precisaremos ini-
ciar nosso entendimento partindo de um ponto inicial definido. Por isso escolheremos o som como música. O material básico para música é o som e o tempo. Quando tocamos um instrumento ou cantamos, estamos produzindo sons, por isso é importante uma compreensão muito boa sobre esse material. Os sons são usados para estruturar o tempo na música, ou seja, o tempo ocorre na duração dos sons e dos silêncios entre os sons. Nosso foco será compreender a complexa relação entre esses dois materiais, o som e o tempo. Quando olhamos para o som como músicos, entendemos que iremos trabalhar com o “som” e o “tempo”. Também como engenheiros de som, entendemos que nosso trabalho será sobre o “som” e o
“tempo”, apenas a forma de lidar com isso é que é bastante peculiar em ambos os mundos. Veremos isso mais adiante. Mas o que é o som? É a sensação percebida pelos órgãos da audição quando vibra-
uma substância. Quando tocamos um instrumento, partes do instrumento (cordas, tampo, etc.) e o ar dentro em torno do instrumento vibram produzindo som. Essas vibrações se alternam, criando períodos de compressão e de
Quando olhamos para o som como músicos, entendemos que iremos trabalhar com o “som” e o “tempo”. Também como engenheiros de som, entendemos que nosso trabalho será sobre o “som” e o “tempo”, apenas a forma de lidar com isso é que é bastante peculiar em ambos os mundos. ções (ondas sonoras) alcançam os ouvidos. E, no que diz respeito ao som, o que são vibrações? São movimentos periódicos de
rarefação na pressão do ar. Essa alternância tem uma frequência, ou seja, um número de compressões e rarefações em um tempo determinado, normalmen-
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te um segundo. Diz-se que nossa audição consegue compreender essas vibrações entre 20 e 20.000 vezes por segundo. Talvez não seja tão exatamente isso, ou, para alguns, isso funcione. Mas para a maioria eu diria que ficamos com uma boa compreensão entre 20 (dependendo da intensidade) e 18.000. Mais pra frente falaremos da curva de loudness e vamos ver isso mais detalhadamente. O curioso é que essa frequência é, na verdade, a base de tudo, e é interpretada de forma diferente por músicos e engenheiros de som. Por exemplo, um pianista entende que uma frequência de 440 movimentos vibratórios por segundo é uma nota lá logo acima do dó central, enquanto um engenheiro de som entende a mesma vibração como 440Hz (Hz é a abreviação de Hertz, que é o nome do padrão de medida para ciclos por segundo).
ção e Timbre. Parece simples né? Aliás, isso está em todos os livros de música e de áudio disponíveis, mas vamos entender uma coisa: aqui, nessas propriedades, temos a chave para todas as coisas no trabalho com música. Esse é o ponto comum entre todos os profissionais do som, o engenheiro, o músico, o produtor, etc. Por isso, precisamos ter uma compreensão ampla dessas propriedades. Como já falamos, o pitch é a altura do som em que o mais alto é mais agudo enquanto o mais baixo é mais grave, e isso está diretamente relacionado à frequência de vibração. Por exemplo, o tom da música é uma frequência definida, ou uma altura definida. Intensidade ou amplitude é compreendida erroneamente como a altura de um som. Na verdade precisamos entender isso melhor. Altura é número de vibrações, que define o som mais grave ou mais
Diz-se que nossa audição consegue compreender essas vibrações entre 20 e 20.000 vezes por segundo. Talvez não seja tão exatamente isso. Ou, para alguns, isso funcione. Mas para a maioria eu diria que ficamos com uma boa compreensão entre 20 (dependendo da intensidade) e 18.000. Quando aumentamos o número de vibrações por segundo, observamos uma alteração em uma das quatro propriedades do som: a altura, ou pitch. E aqui a coisa começa a ficar bem interessante. Como músicos, engenheiros de som ou produtores musicais, nossa função sempre será lidar com a interação dos sons com o propósito de fazer a música agradável aos ouvidos. Por isso precisamos aprender a trabalhar com as quatro propriedades do som, que são: Altura (pitch), Intensidade, Dura-
agudo. Já a intensidade é definida pela quantidade de energia que afeta o corpo em vibração. Os físicos medem essa intensidade em uma escala de 0 a 130 em decibels. Na música entendemos o nível de intensidade através de uma inscrição de abreviações de palavras italianas que descrevem a intensidade de execução, como por exemplo pianíssimo, ou “pp”, que pode ser interpretado como muito suave, algo em torno de 40 decibéis. O Mezzo piano por sua vez, que é abreviado para “mp”, indica a in-
tensidade média de 60 decibéis. Duração é a quantidade de tempo que uma nota, ou frequência, ou pitch (nosso vocabulário está amplo) permanece ativo e é percebido. Temos na música padrões de duração que são chamados de métrica ou ritmo. Métrica descreve a regularidade em que o som ocorre em durações iguais, normalmente em padrões de dois, três, quatro ou mais, enquanto ritmo funciona em conjunto com a métrica, porém é um padrão de duração irregular. É interessante entender que assim como o músico em uma partitura interage com todas essas propriedades ao mesmo tempo - como, por exemplo, em uma apenas uma figura musical temos duração e altura ao mesmo tempo, ou, ao lermos uma partitura, ao longo dela, temos indicações de intensidade, tempo e altura - os engenheiros de som, da mesma forma, precisam compreender tais propriedades para garantir a sonoridade desejada e precisam manipular o som através de controles de dinâmica e efeitos como os compressores, reverbs, delays etc, em que os parâmetros estão totalmente ligados à intensidade, duração e sobretudo altura, ou (aqui cabe melhor) frequência.
Produtores musicais precisam de porção dobrada de conhecimento, pois constantemente precisam sugerir efeitos, mudança de tonalidade de execução e até mesmo mu-
clarineta. Essa qualidade sonora é determinada pela forma e o material do corpo que vibra, assim como o método usado para coloca-lo em vibração. Timbre é tam-
Produtores musicais precisam de porção dobrada de conhecimento, pois constantemente precisam sugerir efeitos, mudança de tonalidade de execução e até mesmo mudança de padrões rítmicos. dança de padrões rítmicos. Agora finalmente, e não menos importante, temos o timbre, que nada mais é do que a qualidade do som. Ou, como dizem os produtores, a cor do som. Essa é a propriedade que nos permite distinguir a diferença entre um Oboé e uma
bém o resultado da percepção do ouvido humano sobre uma série de sons chamados de série harmônica e que é produzida por todos os instrumentos. Até aqui vimos que uma boa compreensão das quatro propriedades do som, que é a nossa matéria pri-
ma, define todo nosso trabalho. Seja um projeto acústico, uma mixagem de um show, a produção de uma trilha sonora ou a composição de um hit, tudo está atrelado à nossa matéria prima: o som. Nas próximas edições vamos dar continuidade a essa maravilhosa série de matérias sobre os mistérios do som, sua relação com a matemática, com o corpo humano, com as emoções e com todo o universo. O som é algo de uma profundidade impressionante e ao mesmo tempo de uma simplicidade divina. A compreensão de sua totalidade nos leva a infinitas possibilidades que vão desde ouvir uma boa música numa tarde de domingo até experimentar curas através de musicoterapia ou nos motivar a resultados incríveis! Até a próxima.
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CADERNO ILUMINAÇÃO
Projetos de iluminação cênica requerem conhecimentos técnicos, específicos integrados com a operação do evento/show e vinculados à proposta
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conceitual, mesmo que para isso seja necessária uma redução ou simplificação de alguns elementos visuais. Como desenvolver um projeto compatibilizando técnica com o conceito da apresentação ou turnê? Nesta conversa,
Dee Snider e banda, na For The Love Of Metal Tour, realizado no Teatro Ópera de Arame, 21/03/2019.
SOB LUZES E BRILHO
DEE SNIDER EM CURITIBA
centrada na apresentação de Cezar Galhart é técnico em eletrônica, produtor de even-
Dee Snider em
tos, baixista e professor dos Cursos de Eventos, Design
Curitiba, conceito,
de Interiores e Design Gráfico do Unicuritiba e pesquisador em Iluminação Cênica.
alinhamento e simplificação serão abordadas com intensidade e muito brilho.
A
década de 1980 foi marcada por diversas pluralidades, ideológicas, culturais e sociais. Se nas áreas das artes e manifestações culturais – música,
literatura, artes visuais – houve uma diversidade de estilos, mesmo que inspirados em outros movimentos anteriores ou contemporâneos, a necessidade
Visão geral da apresentação do cantor americano Dee Snider e banda
de transgressão influenciou toda uma geração. Alinhada aos preceitos do Pós-Punk e elementos da New Wave, repleta de efeitos sonoros e eletrônicos, e também inspirada na trilogia de Berlin, de David Bowie, a sonoridade da década de 1980 se tornava tão profusa quanto confusa, compreendendo também referências das artes visuais e elementos filosóficos com inspirações tão prolixas quanto abrangentes, de Star Wars a George Orwell. Foi nesse cenário tão diversificado que a banda americana Twisted Sister conseguiu status e fama.
Mesmo originada no início dos anos 70, fortemente inspirada pela sonoridade Glam e Hard Rock de Alice Cooper, David Bowie e New York Dolls, a banda consolidaria sua sonoridade com a assinatura do primeiro contrato, em 1982, com influências definitivas do Hard Rock e Heavy Metal da NWOBHM. Nas letras, mensagens repletas de rebeldia, auto-afirmação e inconformismo. O líder, vocalista, principal compositor e letrista dessa banda, Daniel “Dee Snider”, seria protagonista de outro movimento cultural e político: a moção para o
impedimento do sistema de controle de alerta (censura) movido pela Parents Music Resource Center (PMRC), cujo objetivo era rotular os álbuns de música a partir das mensagens interpretadas por um comitê avaliador. Snider se notabilizou por testemunhar contra esse sistema, que de fato nunca foi implementado, ainda que tenha suscitado a inclusão de uma advertência para conteúdos ‘explícitos’. É com esse background contestador que se apresenta o personagem central desta conversa, em sua atual turnê, com passagem em duas capitais brasileiras naquela que foi
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CADERNO ILUMINAÇÃO
Dee Snider
intitulada a For The Love Of Metal Tour (21 de março de 2019, no Teatro Ópera de Arame, em Curitiba; no dia 23 de março de 2019 no Tom Brasil, em São Paulo). Com duração de aproximadamente 90 minutos, o show compreendeu seis
guitarras e Nicky Bellmore na bateria. Como resultado, um show vibrante e empolgante. Mesmo com cenas relativamente dinâmicas, as transições de cores eram praticamente inexistentes ou substancialmente sutis. Isso de fato não compro-
Mesmo com cenas relativamente dinâmicas, as transições de cores eram praticamente inexistentes ou substancialmente sutis.
das doze canções do último álbum de Snider, que dá nome à turnê, além de outras seis canções da banda Twisted Sister. Foram ainda tocadas as covers Ready To Fall, da banda Widowmaker, também liderada por Snider; e Highway To Hell, da banda australiana AC/DC. Além de Snider nos vocais, a banda foi formada por Joakin Agnemyr no baixo; Charlie Bellmore e Nick Petrino nas
meteu a qualidade e a produção de um espetáculo que preza pela interação carismática e irrequieta de Snider, que controla a domina a plateia de modo orquestral e sincronizado. Esse domínio é de fato um dos pilares do conceito do show, centrado em força e intensidade. A adoção de um esquema monocromático, fundamentado na escolha de uma única
A apresentação foi realizadoa no Teatro Ópera de Arame, 21/03/2019.
cor predominante e essencialmente dominante – elaborado a partir de uma das três cores primárias da luz, cuja resultante é chamada de mistura aditiva (ou modelo RGB) – também pode apresentar variações. Essas variações são resultantes e criadas pelo
show. Enquanto a maior presença de uma iluminação mais dominante e constante propiciava uniformidade e unidade, a alternância de fachos paralelos e simétricos trazia movimento e ritmo, princípios que se alternavam em praticamente todas as canções.
A adoção de um esquema monocromático, elaborado a partir de uma das três cores primárias da luz, cuja resultante é chamada de mistura aditiva (ou modelo RGB), também pode apresentar variações, resultantes e criadas pelo ajuste do brilho, pela saturação dessas cores. ajuste do brilho e pela saturação das cores primárias, assim como pela sobreposição delas, o que também pode provocar efeitos intrigantes. Além desses aspectos, a simplificação do projeto também permite uma mais constante repetição dos padrões e configurações elaboradas na criação e reprodução das cenas. Isto sem reduzir o interesse ou atratividade do
Nessas, destacaram-se naturalmente as covers de Twisted Sister You Can’t Stop Rock ‘n’ Roll, Burn in Hell, We’re Not Gonna Take It, The Price, Under the Blade e “I Wanna Rock, temas que marcaram gerações de fãs que, com plenos pulmões, entoavam as letras como hinos de uma banda idolatrada. A variação sutil das cores, como an-
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teriormente mencionado, conferiu ao espetáculo outra qualidade: continuidade. Mesmo nas transições mais evidentes, a presença das cores fundamentais se fazia presente pela aproximação dos padrões e pela associação direta às cores análogas – o que também torna confortável a combinação e composição visual. Nas paletas dos azuis e violetas, ou seja, cores mais frias, uma certa sobriedade, mesmo que nesses momentos ocorressem as mais irônicas e divertidas mensagens das canções. Em um espetáculo musical, essa coerência visual se torna fundamental para que outras sensações – como as sonoras – também sejam enfatizadas e valorizadas pela aplicação de outras cores quentes e mais vibrantes com a utilização do
princípio do contraste, também sutil e comedido, enaltecendo formas e emoldurando os personagens no palco. Em uma narrativa teatral e performática, esse elemento do contraste se destaca e possibilita um mais significativo reconhecimento das expressões, das emoções e das interações visuais do espetáculo. Ainda sobre o resultado do espetáculo, para um conceito centrado em elementos tonificantes e precisos, a utilização de estruturas mais simples, embora versáteis, permite uma melhor contextualização dos elementos visuais e cênicos às ideias propagadas pelos artistas. Cabe à técnica o melhor aproveitamento e preenchimento do espaço cênico, proporcionando também atratividade, visibilidade, delimitação e contrastes para o atendimento às
necessidades de percepção e sensibilização. Complementar a tudo isso o controle do brilho, com criatividade e eficiência, oferecendo sofisticação e suavidade, em contrapartida à expressão musical, enérgica e intensa, qualificando o espetáculo com equilíbrio e deslumbramento. Para finalizar, deve- se destacar novamente o comprometimento do artista em entregar um show divertido, nostálgico e empolgante, contagiando a plateia com energia, empatia e significativos e memoráveis momentos de alegria e realização, com intensidade e brilho. Abraços e até a próxima conversa!
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ZÉ RODRIX
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ERA MUITOS Foto: George's Studio
D
ia 22 de maio completamos 10 anos sem Zé Rodrix. Uma pena essa regra geral de festejar o artista depois de morto. Não que Zé tenha primado pelo anonimato: ele gostava de e sabia como aparecer. Mas estranhamente os caminhos que o teriam levado a ser visto como a pessoa e o artista diferenciados que era, se truncaram e acabaram por não deixar que fosse feita a devida justiça a essa figura multicelular, mistura de enguia elétrica com polvo, às vezes incompreensível até mesmo para os mais próximos. Acredito que isso ocorresse porque Zé Rodrix – parafraseando o dito de Guimarães Rosa sobre Minas Gerais – era muitos. Alguns deles eu podia compreender por sermos ambos filhos únicos, se é que isso pode significar algo além de psicanálise de botequim. Nossa teimosia em manter posições que às vezes sabíamos frágeis, nossa vontade de voar além dos horizontes possíveis, nossa solidão dentro de nós mesmos... Mas enquanto eu recorri a Lacan para procurar minhas soluções, Zé preferiu encarar um caminho mais difícil e solitário para o auto entendimento. Lembro-me de vezes em que ele debochava das minhas certezas Freud/Lacanianas e de outras onde ele partia para conclusões absolutamente psicanalíticas sem jamais admitir esse “detalhe”. Talvez isso fizesse parte do que ele poderia achar imperdoável nele mesmo, embora Zé jamais deixasse transparecer nenhum traço de arrependimento em suas decisões. Me vi perplexo quando
num de nossos primeiros shows depois da ressurreição do trio Sá, Rodrix & Guarabyra no Rock’n’Rio de 2001, ele parou pra dizer ao público do seu “arrependimento brega” e - modificando a letra do seu hiper-sucesso “Soy Latino Americano”, cantou: “Fui (Soy, no original) latino-americano mas vi que era engano, mas vi que era engano...”. (parênteses para explicação: depois de deixar nosso trio, Zé partiu para uma carreira solo. Pressionado pela gravadora, gravou um hit-instantâneo e – na época – apelativo, chamado “Soy Latino-Americano”. A música explodiu nas rádios, mas tirou dele uma boa parte da credibilidade que ele conseguira com o trio. Naqueles tempos de ditadura e patrulhamento de lado a lado, o sucesso comercial podia ser bem traiçoeiro). O mais engraçado é que tocada anos depois, nos shows do trio, a música retomou seu charme de sátira inteligente e bem urdida. O que o tempo e as circunstâncias não fazem... Enfim, essa música, aliás, foi pivô de uma amarga discussão no icônico bar paulistano Lei Seca, quando nos reencontramos casualmente depois de uns anos de separação sem palavras. Ainda amargurado pelo desmanche do trio que eu amava, quis acusá-lo de tudo o que era possível, viável, visível e invisível, de “traidor” a “vendido”, esvaziando a mesa de amigos que preferiram levantar-se, constrangidos diante da virulência do bate-boca. Zé esgrimia de volta com a habilidade de polemista profissional que o acompanhou vida afora,
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repetindo que “fizera o que fora necessário fazer”. Acabei por ir embora do bar, indignado com o que achava ter sido um caso de indiferença e frieza, mas que na realidade me atingia de outra maneira, com a saudade de nossas harmonias vocais e da química que fazia de nós verdadeiras máquinas de compor músicas. Mas como o Tempo é um bandeide poderoso, acabamos por nos ver de novo juntos no palco, no lançamento do “10 Anos Juntos”, disco da dupla. Chamamos o Zé para uma participação especial e nos abraçamos diante de cerca de cinco mil pessoas apertadas na tenda circense montada num terreno baldio da Martinho Prado, espécie de circo voador paulistano. Dali em diante, continuamos amigos, embora distantes: Zé, morando em São Paulo, abandonara a “vida de artista” e dedicava-se exclusivamente à propaganda, exaurido que fora por intermináveis viagens devidas justamente ao sucesso popular que ele tanto desejara (o paradoxo fazia parte integrante da sua existência) e eu – gato escaldado, morando no Rio - ainda tinha dúvidas quanto ao nosso entendimento futuro, mais por mim que por ele. Mesmo assim, em fins da década de 90 e a bordo de inumeráveis reaudições dos dois discos do trio, fui procurá-lo. Daí, continuamos nos falando e acabamos por refazer a parceria. Eu viajava frequentemente a São
Paulo e ficava hospedado em sua ampla “casa no campo”, no Pacaembu, onde voltamos a compor como coelhos, parindo músicas em série. Dali a refazer o trio foi só uma questão de convencer o Guarabyra. No início do novo século já estávamos os três compondo juntos de novo, nossa engrenagem parecendo ter sobrevivido, intocada. Gravamos dois CDs e um DVD, prosseguindo juntos até aquela madrugada fatídica em que um telefonema do Tavito me acordou com a inacreditável notícia da morte do Zé. Nós três, adeptos do humor negro, brincávamos seguidamente com a ideia da morte. Aquilo não nos incomodava de perto, porque - mesmo já sexagenários nossas cabeças e nossos corpos não acompanhavam a cronologia “normal”. Desmentindo Belchior, não seríamos como nossos pais e provavelmente viveríamos ad eternam. Mas, segundo Guarabyra, a pilha do Zé gastou. Justamente porque ele tinha essa intensidade espiritual. Careta convicto, jamais cultivou drogas. Não bebia. Pouco fumou. Mas era um Polvo Elétrico, queimandose na água e afogando-se em terra, tentando abarcar num curto espaço de tempo todas as possibilidades de vivência artística ao alcance de um ser humano. E como isso é impossível...
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