Revista Estação Aeroporto #29

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Ano III - #29 - Distribuição gratuita

A hora da estrela Uma das atrizes mais belas da nova geração, Paola Oliveira esbanja talento como protagonista da novela Insensato Coração, gravada em Florianópolis.

Turismo | Cultura | Moda | Beleza | Comportamento | Arquitetura | Tecnologia | Gastronomia | Vinhos


MAIS DO QUE UM RESORT, UM PARAÍSO ESCULPIDO PELA NATUREZA.

Informações e Reservas: Hotel T: + 55 71 3676 4000 | Toll Free: 08000 71 88 88 Escritório Comercial T: + 55 11 3813 73 66 | Toll Free: 0800 11 82 89 E: reservas.htpf@tivolihotels.com www.tivolihotels.com | www.ecoresort.com.br Consulte o seu agente de viagens 2


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Editorial Senhoras e senhores, leitores da Revista Estação Aeroporto... Sintam-se prontos para mais uma partida. Em suas mãos uma edição Premium... A nossa homenagem a Florianópolis, cidade maravilhosa e encantadora, cheia de atrações e magia. Neste mês de março a cidade completa 284 anos, e foi homenageada este ano na escola de samba Grande Rio, direto da Sapucaí. Pena ser tão pouco o espaço para ilustrar nossa ilha tão rica em sua natureza privilegiada, de tanta beleza. Como o poeta Zininho já dizia, “Jamais algum poeta teve tanto pra cantar”, em nosso hino Rancho do Amor à Ilha. A capa da edição é a linda Paola de Oliveira, estrela da hora e protagonista da novela das oito, Insensato Coração, da Rede Globo. Umas das grandes e talentosas atrizes desta geração, Paola tem carisma e popularidade ímpar. Já no inicio da edição, em Horizontes, ilustramos nossa ilha, da jovem faceira, da velha rendeira....Um pedacinho de terra perdido no mar. Difícil escolher os desembarques em uma ilha tão rica e onde se tem 42 praias. Selecionamos as de maior evidencia e visibilidade no momento, lugares em foco, onde o agito se faz conhecido na preferência dos turistas no território nacional. Desembarcamos na Ilha dos Papagaios, paraíso onde a paz reina em meio ao verde. Uma ilha particular inserida no belo litoral catarinense. Com cenário deslumbrante, águas cristalinas, flora e fauna riquíssimas em variedades de flores, principalmente bromélias e orquídeas. Seguimos para Jurerê internacional, umas das praias mais disputadas do País, com uma qualidade de vida invejável e copiada em todo mundo. Mansões sofisticadas sem muro e com belos jardins, pessoas famosas, carrões, levaram Jurerê internacional, em Florianópolis, a ser comparada com Beverly Hills, em Los Angeles, EUA. Não podíamos deixar de encerrar nosso desembarque senão na

disputadíssima “Praia Brava”. Cercada de morros, montanhas, com sua localização distante e acesso difícil, seleciona seus freqüentadores. Outro recanto de gente bonita, bem sucedida, também famosa pelas ondas e muito freqüentada por surfistas. Habitat mostra ainda em Jurerê o charmoso Il Campanário Villagio Resort, inspirado na arquitetura da Costa Amalfitana, nas rivieras francesa e italiana e nas ilhas Gregas. Foi com muito orgulho que apresentamos a maravilhosa gastronomia do restaurante Pé na Areia, ali mesmo na famosa Cacupé. Montado para quem gosta e aprecia frutos do mar selecionadissimos feitos na grelha e também um saboroso bacalhau. Em Turismo internacional, Luis Filipe relata um pouco da misteriosa Islândia, uma ilha cercada pelo gelo da Groelândia e Noruega. “A Islândia é um mágico paraíso natural”, comenta Luis. Na edição de março, em homenagem a todas as mulheres, nossa pauta são “Mulheres à frente da sua época”, elas foram as protagonistas de seu tempo. Fizemos uma reverência a mulheres de coragem, que com muita luta, conseguiram desempenhar os papeis que eram exclusivos dos homens. Folheiem ainda todas as dicas de beleza, decoração, mimos, cultura, entrevistas. A revista vem cheia de novidades em moda. O editorial de moda clicado pelo Fotógrafo Paulo Carotini é digno de Oscar! As modelos da agência Ford, lindas, os vestidos deslumbrantes e arranjos que mostram a elegância dos estilistas e demais profissionais. Assim, deixo por conta e preferência de cada um se deliciar pela edição que foi feita exatamente para o deleite de cada qual. Beijo no coração! Fiquem com Deus... Narrimann Chede

Expediente Diretora Narriman Chede narrichede@estacaoaeroporto.com Jornalista Responsável Rodrigo Brasil rodrigobrasil@hotmail.com Editor Executivo Dani Ferrera daniferrera@estacaoaeroporto.com Direção de Arte Karin Orofino karinorofino@yahoo.com.br Jornalista de Moda e Beleza Ana Marta Flores ana.marta.moreira.flores@gmail.com Diretora de Marketing Ana Carolina Rotolo anacarolina@estacaoaeroporto.com Coordenador de Marketing Mauricio Mendonça Marketing e Relações Institucionais (31)9798-0964 mauricio.mendonca@estacaoaeroporto.com mauricio@mmmarketing.com.br Colunistas Raul Caldas contato@raulcaldasfilho.com.br

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Edson Ubaldo ubaldo@laraecorrea.com.br Juliana Pamplona estacaodepartida@gmail.com Diretora Comercial Sonia Meireles (11) 92501273 | (48) 96161276 Rua Marins de Araujo Viana,85 São Paulo SP CEP 02420-040 soniameireles8@yahoo.com.br Grande Vale Mirla Fabiane (47) 33679996 | (47) 84516774 mirla.icone@terra.com.br Rio de Janeiro DD9 . Chroma Design (21) 2619.2099 grupodd9@gmail.com Brasília Alberto Moreira Rosa Neto (61) 33234701 betico@centralcomunicacao.com.br Goiânia Gisella Silva Oliveira (62) 99796413 Gisellla.oliveira@estacaoaeroporto.com Curitiba Mirian Lins (41) 32323466 Paraná@centralcomunicacao.com.br

Comercial Internacional Piquet Business Consulting 80 SW 8th Street 20th floor | 33130 Miami, Fld ( 305 ) 781-8823 | (786)314-0886 luiz@piquetbusiness.com taina@piquetbusiness.com Redação Rua Araújo Figueiredo,119 | sala 1002 Centro Executivo Velloso Florianópolis SC (48) 32221840 | (48) 33658191 A Revista Estação Aeroporto pertence à E Editora Ltda. Apenas as pessoas que constam no expediente tem autorização para representá-la. Os conceitos emitidos em artigos assinados são de responsabilidade de seus autores.

Redes sociais www.facebook.com/estacao.aeroporto www.twitter.com/estacao


Sumário

24 Paola de Oliveira

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Mimos

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Mais Estação

08 Horizontes 12 Lugares por onde andei 14 Beleza 16 Aposte 18 Decoração 20 Turismo Internacional 22 Habitat 30 Estação do mês 34 Entrevista 36 Tecnologia 38 Cultura

50 Desembarque 62 Homenagem 59 Gastronomia 61 Vinhos 62 Velocidade 64 Estilo 70 Desfile 82 Perfil 84 Estação Final 89 Crônica 90 Página Poética

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Moda


Horizontes

Florianópolis | SC

Fotos: Embratur/ Divulgação

Cenário para celebrar

A Avenida Beira-Mar, cenário de destaque na novela Insensato Coração.

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lorianópolis, a Ilha da Magia, completa 284 anos no dia 23 de março. A data é um ótimo pretexto para curtir as paisagens lindíssimas, a qualidade de vida e a riqueza cultural da capital catarinense. Nesta edição, a Estação Aeroporto reserva suas páginas de turismo para mostrar um pouco desse lugar que consegue corresponder ao título de paraíso. A cidade foi homenageada pela Escola de Samba Grande Rio em seu desfile deste ano, com o enredo Y-Jurerê Mirim: A encantadora Ilha das Bruxas (um conto de Cascaes). A paisagem cinematográfica da cidade também foi escolhida para cenário da novela Insensato Coração, da Rede Globo. Floripa destaca-se por ser a capital brasileira com o melhor índice de desenvolvimento humano (IDH), da ordem de 0,875, segundo relatório divulgado pela ONU em 2000. A população, de cerca de 400 mil habitantes, chega a ultrapassar um milhão durante o Verão, com a chegada dos turistas. Um patrimônio histórico riquíssimo mantém-se preservado no Centro da cidade. Basta um olhar atento ao percorrer as ruas para deparar-se com casarões centenários, igrejas do século 18 e museus históricos. A região abriga mais de 50 construções e cerca de 12

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ruas ou conjuntos urbanos tombados pelo Patrimônio Histórico. Na rua Victor Meirelles, 59, situa-se o Museu Victor Meirelles, casa onde o pintor nasceu, datada do século 18. Perto dali, está o Museu Histórico de Santa Catarina – Palácio Cruz e Sousa, onde o turista pode conhecer uma extensa coleção de obras sobre os açores. A Avenida Beira-Mar Norte, que margeia a baía Norte ao longo de 6 km, tem paisagem inconfundível: edifícios altos, seis pistas separadas por um largo canteiro e uma pista de jogging e ciclismo sempre movimentada. Na região localizam-se dois dos shoppings da cidade, centros comerciais, lojas, restaurantes e bares. A Lagoa da Conceição concentra a movimentação noturna da cidade, principalmente no verão. A região reúne a maioria dos bares, restaurantes, lojas e cafés da Lagoa. Próximo dali, estão as badaladas praias Mole, da Joaquina, Barra da Lagoa, entre outras. Na Costa da Lagoa, o visitante encontra restaurantes sobre a água e mirantes com vista da região. Um passeio muito agradável é a travessia para a Costa, feita por barcos que saem do terminal ao lado da


Saiba mais: Informações turísticas: (48) 3271-7028 Página da Prefeitura: www.pmf.sc.gov.br/turismo

Praia Mole, um dos points da juventude.

Lagoa do Peri, no sul da Ilha.

Ponte Hercílio Luz, cartão postal da cidade.

Forte de Ratones.

ponte de pedra, no início da Avenida das Rendeiras. Do trapiche da Lagoa até o local são menos de 40 minutos de barco. Na pequena vila de pescadores, 13 restaurantes especializados em frutos do mar disputam espaço à margem da lagoa. Também se pode acessar o local percorrendo uma trilha de sete quilômetros, que começa no Canto dos Araçás. As rendas de bilro e peças de cerâmica destacam-se no artesanato local. Os melhores lugares para encontrar estes artesanatos são a Casa da Alfândega, no Largo da Alfândega (Centro, de segunda a sexta), Feira das Alfaias (Santo Antônio de Lisboa, nos fins de semana) e na Feira de Artesanato da Lagoa da Conceição (nos fins de semana). A culinária típica é baseada em peixes – fritos, escalados, grelhados ou em caldeiradas irresistíveis – e frutos do mar, com destaque para as ostras e os camarões. Experimente o pirão – a farinha de mandioca feita nos engenhos locais é deliciosa.

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Mimos Cálculo em blocos Os bloquinhos coloridos de montar fizeram parte da vida da maioria das crianças. Com esse ar saudosista, a importadora Brodes traz ao Brasil a calculadora da fabricante asiática Homade. De design bem humorado, a calculadora em formato de “lego” é uma proposta diferente, que torna a hora de fazer contas algo mais leve e repleto de originalidade. “É um presente divertido, criativo e super versátil, que combina perfeitamente com a personalidade brasileira”, comenta Sérgio Bromberg, diretor da Brodes. As calculadoras Homade estão disponíveis em várias lojas do país, nas opções de cor azul, preta, verde e vermelha. Saiba mais: http://goo.gl/r5tDc

Passo firme

Lacinto! Há algumas temporadas o ar fofo dos laços invadiu a moda e os acessórios. Ligada na fofurice, a Damyller investiu nos cintos com fivela de lacinhos em tom de dourado envelhecido. Os modelos mais cotados são os estreitos, ideais para serem usados com baby t-shirts ou vestidinhos, marcando a cintura, bem ao estilo lady like. Os cintos são acessórios ideais para quem curte dar um up no visual, envolva-se! Saiba mais: www.damyller.com.br

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Fotos: Divulgação

Ainda faltam alguns meses para chegar o inverno, mas a coleção Jorgito Donadelli Footwear, exclusivo para eles, vai fazer você contar as horas para os dias de frio. Isso porque o inverno 2011 do designer, lançado na Feira Couro Moda, vem totalmente alinhada com o mundo fashion. O estilo botina com detalhes elegantes à la Oxford traz bicos mais arredondados, resultando em sapatos menos alongados. As botas com aspecto envelhecido são a aposta do designer para a próxima estação. Saiba mais: www.jorgitodonadellifootwear.com.br


Acessórios maxi A coleção outono-inverno 2011 da catarinense Gabriela Faraco promete despertar o desejo das mulheres mais estilosas. Seguindo tendências internacionais, tudo é maxi! De colares, pulseiras a anéis, os brincos também vêm no tamanho XL! O mix de materiais, as cores sóbrias, como preto, azul marinho e caramelo, quebram a monotonia do monocromático quando misturados aos tons turquesa, rosé, vermelho e berinjenla presentes na coleção. Materiais como crochê, pérola, metais, cristais e pedras brasileiras e resinadas dão um toque romântico e autêntico a cada peça. O melhor? A recém lançada jóia virtual já tem a nova coleção à venda! Saiba mais: www.loja.gabrielafaraco.com.br

Chalé urbano

Fotos: Divulgação

A Arezzo apresenta o preview do inverno 2011 cheia de tendencinhas que vão encantar a gregos e troianos! A tendência pelemania contribui para o clima sofisticado da temporada, determinando a volta tão anunciada das peles para as passarelas e para as ruas, agora com o incremento das versões de fake, que salvam milhares de bichinhos! O chalé urbano da Arezzo traz botinas e acessórios com um quê de casa de campo sempre cheios de estilo. A bolsa-pasta é ultra-moderna com o tratamento craquelado do couro e os detalhes em pele. Saiba mais: www.arezzo.com.br

Zip Zip! Basta começar a fechar o zíper para que uma simples fita se transforme em criativas mochilas e estojos. Com toda essa praticidade, a inovadora linha da fabricante israelense Zip It promete conquistar a garotada na volta às aulas. A linha conta com diversas opções de cores e modelos, entre descolados estojos e versáteis mochilas. Todas essas peças são apresentadas ao consumidor em chamativos displays, com amostras disponíveis para que o cliente possa testar e “zipar’ antes de comprar. Zip zip! Saiba mais: www.brodes.com.br

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Lugares por onde andei Por Brunna Remor Borghezan

Fotos: Acervo pessoal/Ila Brognoli.

A surpreendente Montreal

Uma viagem a trabalho surgiu de repente, apesar dos rumores que me inquietavam nos meses anteriores. Destino: Montreal, Quebec, Canadá. Um dia antes emitiu-se a passagem. Durante a madrugada, arrumei uma pequena bagagem e passei a imaginar, até o momento do embarque, como seriam o lugar, as pessoas que iria encontrar. A inquietação apaziguou-se em virtude das futuras novidades, e a expectativa acompanhou-me durante parte da viagem. Não menos importante que a responsabilidade do trabalho, estava a caminho da busca de novas experiências e aventuras, nas quais desbravaria a fronteira do segundo maior país do mundo e superaria meu limite no frio. Assim, após 24 horas, pus meus pés na estrada, andei pela rua e senti meu calcanhar abraçar aquela terra que me recebia com seus calorosos -18° com uma sensação térmica de -28°. – Uau! – exclamei, sem me dar conta das mudanças com as quais estava me deparando, até sentir que essas alterações eram fisiológicas. A primeira reação de reestabilização foi comer não só por fome, mas pela tentativa desenfreada de reforçar meu tecido adiposo e metabolicamente gerar calor para resistir a qualquer frente fria mais rigorosa que desencanasse do Alasca!!!! Como bem sabemos, o Hemisfério Norte é contemplado neste trimestre com o inverno, e o Canadá, especialmente, surpreendeu-me com seu modelo de sobrevivência. É lei do Estado soberano

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a calefação em todos os ambientes e residências. Montreal também possui a maior cidade subterrânea do mundo, interligando dezenas de quarteirões, entre edifícios empresarias, comerciais e o metrô, criado ainda na década de 60. Em função do modelo de vida adotado no país, o relatório encomendado pelo PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) deu aos canadenses o melhor status em nível geral de educação, saúde, desenvolvimento e grau de satisfação das pessoas. No Quebec observa-se uma forte preocupação com a defesa dos direitos básicos ou universalizáveis de cidadania. O governo recolhe, na forma de imposto sobre a prestação de serviço e comércio, o montante de aproximadamente 13% referente a quaisquer consumo, o que em contrapartida vem a garantir a segurança e o entretenimento. A segurança nesse país é um simples reflexo do alto nível educacional, e notícias de homicídios dificilmente são impressas nas páginas dos jornais, pois esses crimes são raros. Festivais de todas as vertentes, durante todas as estações do ano, são uma das características da cidade. Esses festivais são frequentados sobretudo pelos jovens, sendo eles oriundos das seis universidades locais, que juntas somam mais de 300 mil estudantes ávidos por conhecimento, consumo e diversão, bem como por aqueles imigrantes que se adequaram bem aos costumes e às condições dispostas pelo provedor governo. Além dos grandes


Fotos: Acervo pessoal/Ila Brognoli.

agitos populares e gratuitos, a cultura produzida pelo povo canadense é retratada em uma série de museus ou através das imagens captadas pela câmara fotográfica ao longo da margem do Rio São Lourenzo. Ali, visualiza-se uma bela ponte, que liga a ilha harmônica de Montreal ao resto do Canadá. Antigos palacetes hoje se tornaram pontos turísticos, como o mercado público e as demais galerias de arte e souvenir, pontos procurados para desfrutar de todos os quitutes derivados da típica folha “Maple”, também estampada na bandeira. Isso logo que degustar as gordinhas e suculentas batatas flambadas tradicionalmente conhecidas como “putines”. Apesar das oscilações de temperatura, encarei as noites da cidade, por tamanha oferta e variedade gastronômica, digna de reis e plebeus. Aliados às delícias estão os clubs e bares, onde, em sua grande maioria, não é cobrada entrada. Também os cafés mantêm-se abertos noite a fora, para aquecer almas e corações, quando não se quer agitar somente o corpo em qualquer gênero de festa a ferro e fogo, o que faz jus ao rótulo de “Sin City” dado à cidade nos períodos entre guerras mundiais. Enfim, foram 10 dias ‘úteis’ em um país peculiar, que me superou em todos os aspectos de modo inenarrável. A organização, a educação e principalmente as oportunidades brotam entre arranha-céus cravados sobre o solo sagrado. Solo este que durante anos dividiu anglicanos de francófonos, e no fim os unificou numa só sociedade capitalista em prol do mesmo objetivo, o desenvolvimento. Com meus olhos bem abertos, contemplei e admirei as belezas das paisagens, venerei a exuberância da neve, respirei profundamente para recuperar o fôlego, dancei com o vento e brinquei com a liberdade. Voltei ao Brasil, concluindo que todas as vezes em que parto rumo a um destino devo criar uma meta a ser alcançada, pois uma viagem representa indiretamente a concretização dos sonhos que alimentamos durante anos.

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Pele perfeita O primer vem sendo o melhor companheiro do make no dia a dia. Esta edição de pré-maquiagem da Tracta, o HD Primer Facial, forma um filme leve e imperceptível sobre a pele. Assim, ele garante uma melhor fixação da maquiagem e diminui a oleosidade da pele ao longo do dia ou da noite. Funciona como uma preparação para a maquiagem, preenchendo as linhas de expressão e os poros. Deixa a pele aveludada e macia com um toque. Pode ser aplicado antes de qualquer maquiagem, mas tem uma melhor performance com produtos minerais. Preço: R$ 49,00. Saiba mais: www.tracta.com.br

Unhas 3D A nova coleção da Impala foi lançada na mais recente edição da SPFW. As cinco cores vêm inspiradas na estética militar vintage: os perolados Vermelho de Guerra e Metal Glam, os cremosos Azul Aviador e Verde Militar, e o inovador Na Mira 3D – primeiro esmalte com efeito tridimensional da indústria brasileira. Muito brilho em 3D sem precisar de óculos especiais! Preço: R$ 19,90 (coleção completa). Saiba mais: www.impala.com.br

Pós-barba 2 em 1 O gel da Bel Col Homem é a definição de praticidade para os homens. Com textura leve, de toque sutil e sensorial fresco, o produto é indicado especialmente como pós-barba, mas também é um eficiente aliado no tratamento diário da pele masculina. O gel é composto por cryogenyl (atividade refrescante), colágeno (reparador) e própolis (suavizante), colabora para a redução da sensibilidade da pele e evita a formação de pêlos encravados. Outra característica importante do gel Bel Col Homem é a sua capacidade de controlar a oleosidade típica da pele masculina, reduzindo a dilatação dos poros e a tendência à acne. Preço: sob consulta. Saiba mais: www.belcol.com.br

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Fotos: Divulgação

Beleza


Demaquilante bifásico Fotos: Divulgação

Demaquilante bifásico em forma de emulsão a partir da mistura de óleos de arroz, soja e extratos de laranja e papaya. Ideal para remover maquiagens pesadas e à prova d’água, especialmente na região dos olhos e boca, pode ser usado em toda a pele. Preço sugerido: R$ 79,00. Saiba mais: www.nyxcosmeticos.com.br

Proteção especial para o rosto Usar protetor solar já virou rotina, mas é importante selecionar o produto ideal para a sua pele. Focada nos cuidados com a pele do rosto, a marca Anna Pegova traz o protetor solar Pegotan FPS 60, com filtros fotoestáveis de última geração. Bioprotetor anti - idade, evita e retarda o fotoenvelhecimento da pele. À prova d’água. Preço: R$ 110,00 Saiba mais: www.annapegova.com.br

Make B., Classe A O desenvolvimento dos itens de Make B. da Coleção Lumière contou com a consultoria do make up artist Fernando Torquatto – que atua há quatro anos como consultor estratégico da empresa. Entre os destaques está a Palette de Maquiagem Make B. Coleção Lumière, que traz estojo fashion com itens para compor um look completo – blush, sombras, minimáscara para cílios e batom. Quatro opções de lápis batom, lápis para olhos, duo e quarteto de sombras, blush, bases com tecnologia luminosa e brilhos ultrarreflexivos compõem a coleção. Graças à parceria entre o Boticário e a Swarovski Elements, algumas embalagens de Make B. possuem um cristal aplicado, que garante sofisticação e agrega à marca premium de maquiagem o DNA da moda. Preço: sob consulta. Saiba mais: www.oboticario.com.br

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Aposte Maquiagem na linha!

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s semanas de moda e o gosto pelo traço mais sedutor de todos os tempos no make prometem ser destaque no próximo inverno. O delineador nunca saiu de moda e é puro glamour desde que musas do cinema como Sophia Loren e Brigitte Bardot adotaram o visual. Da década de 1960 para cá, houve muita inovação no modo de aplicar o eyeliner, na qualidade de produtos revolucionários e na cartela de cores. No entanto, o inverno 2011 vem apostando no preto clássico e no olho tipo gatinha, com o famoso traço estendido por toda a pálpebra superior até sair um pouco para fora do olho. A semana de moda de Milão trouxe o make em várias opções, ora usando o tradicional delineador, ora usando sombra negra aplicado com o pincel chanfrado. Na passarela do inverno europeu 2011/2012, a Moschino, que tem a beleza assinada por Tom Pecheux para a Mac Cosmetics, usou a sombra preta em uma versão renovada e gráfica. Aplicada com pincel, a sombra é levemente esfumada na pálpebra móvel para o lado externo do olho. Já a maquiagem das grifes italianas Gianfranco Ferré e D&G veio bem clássica, relembrando os ícones de estilo de meio século atrás. A diferença é que na Gianfranco Ferré o make foi feito com delineador líquido e na D&G foi aplicado com lápis de consistência mais cremosa. No Brasil, o delineador veio com força na passarela-palco da Neon. A marca, que por si só já é uma performance, trouxe um make mais clean, valorizando a boca e investindo no olho marcado e delicado ao mesmo tempo. Agora é apostar no produto que mais combina com a sua pele, seja líquido, pó ou cremoso e treinar a mão firme. Maquiagem na linha!

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Sophia Loren

Neon

Gianfranco Ferré

Brigitte Bardot

D&G

Moschino


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Decoração La Grande Dame

Porcelanas Missoni A 6F Decorações, importadora de luxo, acaba de trazer para o Brasil as porcelanas Missoni, exclusivamente para a Daslu Casa! A linha Margherita traz pratos, souplasts, xícaras e soupeiras, tudo harmonicamente coordenado e com a cara da Missoni. Preço: de R$ 380,00 a R$ 1.500,00 Saiba mais: www.daslu.com.br

Móvel ou escultura? A linha Guaimbê, criada pelo designer Paulo Alves, é um emaranhado milimetricamente calculado de galhos feitos de retalhos de madeiras nobres. Presos uns aos outros, resultam em um corpo único que garante a sustentação de uma caixa, para uso como bar, móvel de apoio ou de um gaveteiro para servir de cômoda. Preço: R$ 10.340,00 Saiba mais: www.dpot.com.br

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Foto: Divulgação

Nada mais interessante na sua adega pessoal que ter um vinho de prestígio, o mais fino e delicado champagne, para receber visitas especiais. A própria essência do estilo Veuve Clicquot Ponsardin, a obra-prima de seus enólogos. Uma homenagem à “Grande Dame” da Champagne, a Madame Clicquot. Produzido somente em safra excepcionais. As últimas grandes safras para La Grande Dame foram 1990, 93, 95 e 98. Preço: R$ 750,00 Saiba mais: www.veuve-clicquot.com


Decoração Decoração olfativa

Fotos: Divulgação.

Tanto quanto a decoração na sua casa, o aroma é um elemento discreto que pode garantir um bem-estar especial. Os incensos da EOS, que valorizam a água, vêm nas fragrâncias batizadas de Summer Water, Fresh Water e Spring Water. O cheirinho do Summer Water mistura musk, jasmin e ylangue ylangue. Um toque de conforto e bem-estar com uma combinação de notas cítricas de Lima da Pérsia e Mandarina se mistura com a delicadeza das notas de Chá Verde e Capim Limão na essência de Fresh Water. Já na essência primaveril, a sofisticação da sensibilidade da ameixa com o cítrico da bergamota na saída, combinada com um corpo composto por um inusitado bouquet floral transparente, de onde sobressaem notas de muguet e gerânio, que trazem ao ambiente uma sensação prazerosa e harmônica. Preço: R$ 30,00 (embalagem com 20 varetas). Saiba mais: www.eoscosmeticos.com.br

Mesinha fiel Para o ambiente preferido da casa, a Laeder desenvolveu o criado-mudo “The dog”, ultra prático para qualquer ambiente. O nome inusitado veio pelo design do móvel possuir quatro rodinhas deslizantes com trava para facilitar a locomoção na hora de mudar a decoração. O criado-mudo possui três gavetas, puxadores de metal cromado e estrutura de madeira revestida em couro pespontado. A peça está disponível nas cores café, preta, pinhão ou whisky. Preço: R$ 1.895,00. Saiba mais: www.laeder.com.br

Celina Dias + Ralph Lauren A Celina Dias traz em seu catálogo de produtos os tecidos da grife inglesa Ralph Lauren para casa. Compostas por bases em linho e algodão, os tecidos vêm com estampas listradas, em tons claros e com combinações de azul e branco. A coleção completa Ralph Lauren já está nas lojas Celina Dias. Preço: sob consulta. Saiba mais: www.celinadias.com.br

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Turismo internacional

Na Terra do Gelo

Islândia

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Islândia (1944) é uma república parlamentar situada ao norte da Europa, numa ilha perto do Círculo Polar Ártico, entre a Groelândia e a Noruega. Apesar da elevada latitude da ilha, o clima não é hostil no litoral oeste, devido à influência da corrente do golfo. Por essa razão e apesar do nome - Terra do Gelo -, tem invernos surpreendentemente suaves. Embora seja comum fazer sol e chuva ao mesmo tempo, o clima muda rapidamente, dando origem ao provérbio local: “Se não gosta do tempo, espere quinze minutos”. O mais jovem país da Europa, geologicamente falando, está ainda em formação. Um pouco por todo o lado, no alto das montanhas e debaixo dos glaciares, há um rio de fogo que vai modificando a paisagem primitiva desta ilha, com mais de duzentos vulcões, gêisers, icebergs, fiordes, lagoas, grandes cascatas e quedas de água. Aqui estão reunidos alguns atrativos que dificilmente poderemos encontrar num outro lugar. A sua natureza é árida, agreste e no solo de lava escura existe pouca vegetação, para além de líquenes e algumas plantas rasteiras. A Islândia é, sem dúvida, um mágico paraíso natural, e não está tão longe como se pensa, mas é bem diferente do que realmente imaginamos.

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Com erupções a cada 5 a 10 minutos atingindo 25 metros de altura, o géiser Strokkur é uma das principais atracções do vale Haukadalur.

Fotos: Luís Filipe Gaspar.

Icebergues coloridos flutuam nestas águas, formando um imenso labirinto. A lagoa Jokulsarlon é alimentada pela grande geleira Vatnajokull.


Serviço:

http://issuu.com/luisfilipegaspar/docs/islandia http://www.luisfilipegaspar.com

Entre campos de lava, surge a lagoa Grindavik, de água salgada mineralizada a 40º, formando uma piscina natural geotérmica ao ar livre.

O arco-íris aparece quando metade do céu ainda está escuro com nuvens de chuva e o observador colocado num local com céu claro. A Islândia era bastante frequentada pelos barcos franceses da pesca do bacalhau. Por essa razão, em Faskrudsjordur (1903), foi construído este hospital.

Neste vale, Thingvellir, onde se reunia o mais antigo parlamento do mundo, passa a falha que separa a placa tectónica americana da euro-asiática.

Praia, Baía de Lón, no Sul da Ilha Por tolerar melhor a humidade, o peixe não necessita de secagem interior, por isso é pendurado a secar ao ar livre.

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Habitat O

IL Campanário Villagio Resort é inspirado na arquitetura da Costa Amalfitana, nas rivieras francesa e italiana e nas Ilhas Gregas. O estilo Mediterrâneo adotado na decoração dá um ar leve e aconchegante aos ambientes. O hotel localiza-se no coração de Jurerê Internacional, em Florianópolis, uma das mais disputadas praias do país, com uma qualidade de vida invejada e copiada por todo o mundo. A arquitetura de interiores segue o estilo provençal, que valoriza o casual, rústico e personalizado. Os detalhes remetem a um aconchego que prioriza o estilo de vida junto ao mar. Estofados e camas são revestidos com estampas toile de jouy em cores claras, cortinas de textura suave em tons verdes ou azuis e móveis em acabamento vintage. Completam o conceito o leve perfume de alfazema, característico da Provence. O colorido vibrante é típico das habitações dos povos mediterrâneos, que usavam as cores como forma

O resort traz decoração provençal e cores do Mediterrâneo em sua arquitetura.

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Jurerê Internacional | Florianópolis, SC de afirmar seu individualismo e orgulho étnico. O azul e branco das cadeiras combina-se ao tom terracota das paredes e as listras em verde oliva. As flores, madeiras e objetos de ferro são iluminados pela luz do sol penetrando pelas janelas. O IL Campanário Villaggio Resort disponibiliza 288 suítes com capacidade para até quatro pessoas. Todas possuem sacada com vista lateral para o mar, cofres individuais, TV a cabo, home theater e DVD, ar-condicionado, banheiro com hidromassagem vertical de oito jatos e internet wirelles. Entre as opções para o lazer, o hotel possui cinco piscinas, sauna seca e úmida, academia com personal trainer e massagem, recreação infantil, teen e para adultos, além do espaço gourmet. Entre os serviços e facilidades, também se destacam a conciergerie, room service 24h e mensageiros 24h, além de dois bares e dois restaurantes.

Fotos: Divulgação.

Cores do Mediterrâneo


Serviço:

IL Campanario Villaggio Resort Av. dos Búzios, 1760 - Jurerê Internacional Florianópolis | Santa Catarina | Brasil Tel.: +55 48 3261-6000

Vista do pátio interno.

Detalhe da lareira. Quarto Suíte Jr.

Colorido das cadeiras combina-se com terracota das paredes.

Resort disponibiliza 288 suítes com vista lateral para o mar.

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Capa

A hora da estrela Por Rodrigo Brasil

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ma das atrizes mais belas e talentosas da nova geração, Paola Oliveira, 28 anos, destaque da novela Insensato Coração, da Rede Globo, mostrou estar à altura do desafio de protagonizar a novela das nove. A atriz define sua personagem, Marina, como uma “mocinha real, que não fere ninguém, mas não deixa de lutar pelo que quer”. Segundo ela, é exatamente no realismo do texto de Gilberto Braga, em parceria com Ricardo Linhares, que reside a maior dificuldade do papel. Antes de ser atriz, Paola cursou faculdade de Fisioterapia. Aos 17 anos, começou a fazer comerciais em revistas e na televisão. Por conta desses comerciais, achou necessário estudar teatro na Oficina Mazzaropi, em São Paulo. Ainda antes de se formar na faculdade, estudou mais artes cênicas na Escola de Atores Wolf Maya. Estrela de importantes campanhas publicitárias, ela destacou-se como a vilã Verônica na novela das 18h, Cama de Gato, em 2009. No segundo semestre de 2010, atuou nas minisséries “As Cariocas”, de Daniel Filho, e “Afinal, o que querem as mulheres”, de Luiz Fernando Carvalho. A atriz conquistou o público no papel

da sonhadora Giovana, seu primeiro papel relevante, na telenovela Belíssima (2006). Ela também foi protagonista em O Profeta (2006), no papel de Sônia. Em Ciranda de Pedra (2008), fez a personagem Letícia. Paola já teve boas experiências no cinema, com os filmes “Entre Lençóis” (2008), “Budapeste” (2009), “Eu e Meu Guarda-Chuva” (2010). Em março de 2011, ela estará nas telonas com o filme “Uma Professora Muito Maluquinha”, baseado na obra de Ziraldo. Segundo o diretor de núcleo da Rede Globo, Ricardo Waddington, a atriz possui um dos closes mais bonitos da televisão brasileira. Os atributos físicos levaram-na a ser convidada duas vezes seguidas para rainha de bateria da escola de samba Grande Rio – que neste Carnaval homenageia Florianópolis. Em função das filmagens na capital catarinense, ela a princípio não desfilaria este ano, mas depois voltou atrás e decidiu desfilar – dessa vez com o terninho branco da diretoria.

Acho que interpretar qualquer personagem implica uma responsabilidade muito grande, independentemente de ser protagonista da novela das nove ou não.

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25 Fotos: Rodrigo Lopes.


Você tem alguma personalidade parecida com a Marina? A Marina é muito real, tem sentimentos de A a Z, como a gente tem na vida. Às vezes a gente fica com raiva, fica brava, me pareço nesse sentido. Você está de visual novo para o personagem. Como é pra vocês artistas viver mudando? Você já se acostumou, ou é sempre estranho? Eu me adapto rápido, já me acostumei com as mudanças. As pessoas sempre falam que eu fico nervosa na hora de mudar, mas na verdade é mais por ansiedade. Fico ansiosa até saber qual será o resultado final e o que aquela mudança vai me trazer de novo, isso acontece. Você também fez o filme “Entre Lençóis”, que basicamente traz uma história sobre paixão à primeira a vista. Você acha que isso é possível? Acho que sim. Alguns capítulos da novela foram gravados em Florianópolis. Você já conhecia a cidade? Como foram as gravações? Já conhecia, é um lugar lindo. Gravei pouco lá, foi ótimo, deu para me aproximar mais da personagem, já que tudo tinha acontecido de repente. Ser protagonista da novela das nove é mais responsabilidade? Acho que em qualquer personagem existe uma responsabilidade muito grande, independentemente de ser protagonista das nove ou não. Na verdade não dá para negar que há maior diferença e maior exposição, pois a novela das nove é muito mais vista. Quais são seus planos para 2011? Por enquanto, vou me dedicar inteiramente à novela Insensato Coração. Você chegou a se formar em fisioterapia. Por que decidiu ser atriz? Como isso aconteceu? Quando estava na faculdade, fazia comerciais para ajudar a pagar a mensalidade. Para me aprimorar nas inter-

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Fotos: Andrew Macpherson.

Estação Aeroporto: Como é sua personagem e o que você fez para compô-la? Paola Oliveira: A Marina é muito real. Considerando que é a mocinha, tento deixá-la mais forte, assim como quando fiz a vilã procurava a humanidade. A Marina é uma mocinha que já vem forte, é determinada e extremamente emocional. Ela tem a oportunidade de se redescobrir ao ser tomada por um amor inesperado. Acabei descobrindo muita coisa com o próprio texto, que é muito rico de informações. Também vendo filmes e procurando nas várias mulheres fortes que encontramos o ponto fraco, nesse caso: o amor.


pretações das campanhas, procurei fazer um curso de teatro. A partir daí, me interessei pela área e as coisas foram acontecendo. O mais bacana foi ter decidido continuar a carreira de atriz, porque de certa forma essa profissão me deu asas. Posso ser várias pessoas e ter personalidades diferentes, atuar me faz ser criativa e me possibilita emprestar toda minha inquietação pessoal para os dramas das minhas personagens. O que você acredita que um bom ator deva ter para alcançar o sucesso que você tem hoje? Dedicação, estudo, e manter sempre o pé no chão. Você está substituindo a Ana Paula Arósio. Sente-se com mais responsabilidade por ter tantos olhares na sua direção? Para mim, maior do que o fato da substituição, é ter sido escolhida para ocupar um lugar tão importante dentro deste grande trabalho e dentro desta grande emissora. Sou muito grata por isso. O restante é muito trabalho e dedicação. Senti mais no início, mas agora estou mais tranquila. Foi uma ótima oportunidade, e oportunidade a gente não perde, pega e faz acontecer. Você tem se destacado também por sua beleza. Em relação ao corpo, quais são os seus cuidados? Faço academia com a ajuda de um personal e há alguns anos fiz uma reeducação alimentar. O que faz para manter a pele e os cabelos bonitos? Procuro usar protetor solar fator 50 no rosto. Para os cabelos, tem uma coisa que não abro mão: o RD (proteína em pasta), que é um finalizador/tratamento. Também uso a linha Elsève Colorvive para cabelos coloridos. Além de simpática, você é muito carismática. Já se acostumou com a fama e com os fãs? Já me acostumei, não mudou muita coisa, continuo a mesma de sempre, isso me ajudou na adaptação. Eu adoro os meus fãs, fico muito grata pelo carinho que recebo deles. Você já interpretou vilã e mocinha. Qual desses dois personagens você gosta mais de interpretar? Qual deles mais te desafia? Cada uma tem suas dificuldades. A vilã é um sonho, é quase irreal, pode ser tudo. A mocinha, normalmente, nos faz tentar transformar o tradicional em cativante, ou interessante, o que acaba sendo uma grande dificuldade, mas não deixa de ser desafiador e delicioso.

Televisão 2009 – “Cama de Gato” Novela de Duca Rachid e Thelma Guedes Personagem: Verônica Tardivo

2008 – “Casos e Acasos” Minissérie Personagem: Verônica

2008 – “Faça sua História Minissérie Personagem: Georgette

Cinema 2011 – “Uma Professora Muito Maluquinha”

2008 – “Ciranda de Pedra”

Personagem: Catarina “Cate” (Protagonista)

Novela de Alcides Nogueira Personagem: Letícia Garcia Cassini

2010 – “Eu e Meu Guarda Chuva”

2006 – “O Profeta” Novela de Ivani Ribeiro Personagem: Sônia Carvalho Oliveira (protagonista)

Personagem: Frida

2009 – “Budapeste” Personagem: Aquela

2005 – “Belíssima” Novela de Silvio de Abreu Personagem: Giovanna Guney Sabatini

2008 – “Entre Lençois” Personagem: Paula (Protagonista)


Mais Estação

Imaginário e cotidiano permeiam obra de Cascaes

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urante 40 anos, o artista, professor e folclorista Franklin Cascaes (1908-1983) pesquisou diversos temas envolvendo o homem do litoral catarinense e as comunidades pesqueiras da Ilha de Santa Catarina. De forma quase solitária, trabalhou incansavelmente recolhendo as histórias, rabiscando a mitologia, desenhando as formas, moldando as figuras, e mostrando domínio nas várias artes. “Tive a felicidade de ser um dos primeiros a penetrar no interior da Ilha de Santa Catarina, antes mesmo de terem lá chegado os massivos meios de comunicação. Em alguns lugares não havia instalação elétrica, nem estradas, o que fazia com que as comunidades vivessem um mundo próprio, longe das influências dos centros urbanos, permitindo que suas vivências e manifestações se mantivessem livres de alterações provocadas por agentes externos”, afirmou Cascaes. Cascaes se preocupava com o progresso, com as tradições que estavam sendo ameaçadas. Assim, procurou registrar os temas do saber fazer, o trabalho, o folguedo, a religiosidade, as brincadeiras e lendas legadas pelos açorianos. “Franklin Cascaes é um fenômeno , até hoje incom-

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preendido. Ele registrou o folclore vivaz e a alma da nossa gente. Tinha uma fala muito intensa com os trabalhadores e conhecia o calendário cultural das comunidades, onde tudo era feito com muita fé e alegria, cantorias e comilança. Foi criado nesse meio, era também um portador dessa cultura”, comenta Gelci José Coelho, o Peninha, ex-diretor do Museu Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e maior pesquisador da vida e obra do artista, a quem conheceu no início dos anos 70. Em sua pesquisa para criar o enredo da Grande Rio em homenagem a Florianópolis, o carnavalesco Cahê Rodrigues acertadamente recorreu ao universo riquíssimo do folclorista catarinense. “O desafio foi sair de um lugar comum, e a gente conseguiu através de Cascaes”, afirma. Franklin Joaquim Cascaes nasceu em 16 de outubro de 1908, em Itaguaçu, bairro hoje pertencente ao município de Florianópolis. Na casa paterna, toda a produção era realizada na propriedade, como o trabalho no engenho de açúcar, de farinha de mandioca, além da charqueada. Entre 12 irmãos, era o filho mais velho, educado para exercer


Fotos: Divulgação/Acervo Museu Universitário.

toda e qualquer atividade necessária ao desempenho da subsistência. Entre elas, a confecção de balaios, cordas de cipó, cercas de bambu e tarrafas. Entre todas as atividades e conhecimentos que dominava, o que mais gostava de fazer era rabiscar desenhos usando carvão, ou moldar bonecos imitativos das imagens dos altares e das miniaturas de bichinhos de cerâmica feitos nas olarias: “Meus avós tiveram muitos escravos, era gente muito rica, moravam em Itaguaçu, ali no outro lado da baía Sul. Meus bisavós foram os primeiros colonos a chegar ali. Uns parentes tinham engenho de farinha; e meus pais tinham charqueado, porcos, redes e canoas, aquela coisarada toda. Eles tinham muitos trabalhadores e muitos escravos. Ainda encontrei toda aquela gente lá. Então fui ouvindo essas histórias todas e fui gostando, escutando...” Manifestou desde cedo interesse pelas histórias e eventos que diziam respeito ao processo de ocupação e colonização do litoral catarinense, mais especificamente da Ilha de Santa Catarina e ao modo de vida local. Transformou, com suas habilidosas mãos, esse universo cultural num conjunto de desenhos, manuscritos e esculturas, criando ao longo de sua vida um acervo documental sobre a cultura popular do litoral catarinense. Cascaes foi descoberto pelo professor Cid Rocha Amaral, diretor da Escola de Aprendizes e Artífices de Santa Catarina, ainda na adolescência, esculpindo na praia de Itaguaçu, onde iniciou sua formação profissional. Em 1941, foi admitido como professor da Escola Industrial de Florianópolis. As histórias dos seres fantásticos presentes no folclore catarinense, como bruxas, lobisomens, vampiros e assombrações, resultaram no realismo fantástico ilhéu. “Ele criou links, uma ponte com o que há de mais lindo no imaginário da Ilha, documentando valores simbólicos e materiais que ajudam a compreender e dimensionar a cultura do lugar até a atualidade”, afirma a jornalista Bebel Orofino, que preside a Associação dos Amigos do Museu Universitário. A obra de Cascaes hoje se encontra no Museu Universitário Professor Oswaldo Rodrigues Cabral/UFSC. Sua coleção leva o nome de Professora Elizabeth Pavan Cascaes, em homenagem à sua esposa. A coleção é composta de manuscritos, esculturas em argila crua e gesso, sendo os adereços confeccionados em tecido, madeira, papel, metais, desenhos a bico de pena e grafite. A representação destas imagens ocorre com formas e temáticas diferenciadas que, no seu conjunto, narram uma trajetória. Neste caso, a do homem do litoral catarinense e das comunidades pesqueiras da Ilha, num espaço de 40 anos, entre 1940 a 1980. Mais informações: Museu Universitário/UFSC Campus Universitário, Trindade, Florianópolis (SC). Tel.: (048) 331-9325/ 331-8821.

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Mulheres à frente de sua época Por Rodrigo Brasil

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oje em dia as mulheres praticamente possuem uma condição de igualdade com relação aos homens na sociedade – acabamos de eleger a primeira presidente do Brasil, por exemplo. Mas nem sempre foi assim. No passado, algumas mulheres tiveram que ter muita coragem para romper com as convenções sociais e desempenhar papéis até então exclusivos dos homens. No dia 8 de março, quando se comemora o Dia Internacional da Mulher, lembramos algumas dessas precursoras. A seguir, o perfil de algumas dessas mulheres que tiveram coragem de se tornar protagonistas de sua época.

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Fotos: Divulgação.

Estação do mês

Mulheres Correndo na Praia (1922), pintura de Pablo Picasso.


Primeira servidora de Santa Catarina Em 1928, aos 29 anos, Alice Guilhon Gonzaga Petrelli (1899-1990) foi nomeada escrituraria da então Secretaria da Fazenda, Viação, Obras Públicas e Agricultura, tornando-se a primeira funcionária pública do Governo do Estado de Santa Catarina. Nessa repartição, conheceu o engenheiro italiano Leonardo Petrelli, com quem se casou em 1933. Em 1935, nasceu seu único filho, Mário José Gonzaga Petrelli. Sempre comprometida com o bem-estar da comunidade, Alice apoiou a criação da Casa do Estudante Universitário, em 1960, com o objetivo de amparar e facilitar a vida de estudante do interior que vinha estudar na capital, sem ter recursos para moradia. Ela faleceu em 7 de outubro de 1990, com a idade de 91 anos. A Medalha do Mérito Funcional Alice Guilhon Gonzaga Petrelli foi criada em 1999 para homenagear servidores que se destacam em seus trabalhos e ultrapassam a atuação tradicional de seus deveres funcionais.

Alice Guilhon Gonzaga Petrelli

Multiplicadora da solidariedade

Zilda Arns Neumann

Zilda Arns Neumann (1934-2010) foi uma médica pediatra e sanitarista brasileira. Irmã de Dom Paulo Evaristo Arns, também foi fundadora e coordenadora internacional da Pastoral da Criança e da Pastoral da Pessoa Idosa, organismos de ação social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Recebeu diversas menções especiais e títulos de cidadã honorária no país. Da mesma forma, à Pastoral da Criança foram concedidos diversos prêmios pelo trabalho que vem sendo desenvolvido desde a sua fundação. Na Pastoral da Criança, desenvolveu a metodologia comunitária de multiplicação do conhecimento e da solidariedade entre as famílias mais pobres, baseando-se no milagre da multiplicação dos dois peixes e cinco pães que saciaram cinco mil pessoas, como narra o Evangelho de São João (Jo 6, 1-15). Após 25 anos, a Pastoral acompanha mais de 1,9 milhões de gestantes e crianças menores de seis anos e 1,4 milhão de famílias pobres, em 4.063 municípios brasileiros. Seus mais de 260 mil voluntários levam fé e vida às comunidades mais pobres, em forma de solidariedade e conhecimentos sobre saúde, nutrição, educação e cidadania. Em 2004, Zilda Arns recebeu da CNBB outra missão semelhante: fundar, organizar e coordenar a Pastoral da Pessoa Idosa. Atualmente, mais de 129 mil idosos são acompanhados todos os meses por 14 mil voluntários.

Feminista e revolucionária

Maura de Senna Pereira

A poeta Maura de Senna Pereira (1904-1992), considerada a maior expressão feminina da literatura catarinense, soube transgredir bravamente o parnasianismo literário e o conservadorismo social de sua época e impor-se como uma precursora do modernismo e do feminismo. Maura lutou para complementar o sustento da família, após a morte do pai, e empunhou a bandeira dos direitos das mulheres. Desiludida no casamento, transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde encontrou o grande amor de sua vida, o professor e poeta José Carvalho de Almeida Cousin. Primeira jornalista de Santa Catarina, iniciou a carreira em Florianópolis, escrevendo especialmente artigos sobre as qualidades e conquistas femininas e a busca dos direitos da mulher. Sua estreia na poesia deu-se em 1949, com Poemas do Meio-Dia, quando já estava no Rio. Publicou dez obras poéticas e as antologias Busco a palavra e A dríade e os dardos. Eleita para a ACL em 1930, aos 26 anos, Maura foi a primeira brasileira a se tornar uma imortal. Ali encontrou um ambiente tardiamente parnasiano, refratário ao Movimento Modernista de 1922. Ela, porém, não adotou a posição conservadora da Academia e logo aderiu ao modernismo. Cultora basicamente do verso livre, sua linguagem poética se substancia de tocante ternura humana. Do lirismo amoroso de alguns poemas, estende-se ao lirismo participante, nutrido na consciência das imensas contradições sociais e no desejo de um mundo de justiça e liberdade.

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Precursora na política

Antonieta de Barros

Ao longo de sua vida, Antonieta de Barros (1901-1952) atuou como professora, jornalista, política e escritora. Como tal destacou-se, entre outros aspectos, pela coragem de expressar suas ideias dentro de um contexto histórico que não permitia às mulheres a livre expressão e principalmente por ter lutado pelos menos favorecidos, visando sempre à educação da população mais carente. Nascida em Florianópolis, de família muito pobre, Antonieta ficou órfã de pai ainda criança, sendo criada pela mãe. Ingressou com 17 anos na Escola Normal Catarinense, concluindo o curso em 1921. Em 1922, fundou um curso particular voltado para a alfabetização da população carente. Notabilizou-se por ter sido a primeira deputada estadual negra do país e a primeira deputada de Santa Catarina. Antonieta teve que romper muitas barreiras para conquistar espaços que, em seu tempo, eram inusitados para as mulheres, principalmente para uma mulher negra. Nos anos 20, deu início às atividades de jornalista, criando e dirigindo em Florianópolis o jornal A Semana, mantido até 1927. Três anos depois, passou a dirigir o periódico Vida Ilhoa, na mesma cidade. Lutou sempre pela valorização do magistério: exigiu concurso para o provimento dos cargos, sugeriu formas de escolhas de diretoras e defendeu a concessão de bolsas para cursos superiores a alunos carentes. Além da militância política, Antonieta participou ativamente da vida cultural de seu estado. Com o pseudônimo Maria da Ilha, escreveu, em 1937, o livro Farrapos de Ideias.

Mulher de fibra Ana Maria de Jesus Ribeiro, mais conhecida como Anita Garibaldi (1821-1849), foi a combativa companheira do revolucionário Giuseppe Garibaldi. Chamada de “Heroína dos Dois Mundos”, ela é considerada, até hoje, uma das mulheres mais fortes e corajosas de sua época. Anita nasceu na aldeia de Morrinhos, subúrbio do município de Laguna, em Santa Catarina. Seus pais eram descendentes de imigrantes dos Açores. Depois de perder o pai, casou-se, aos 15 anos, por insistência da mãe, com Manuel Duarte Aguiar. Esse matrimônio sem filhos foi um fracasso e durou pouco. Em 1837, durante a Guerra dos Farrapos, Giuseppe Garibaldi, a serviço da República Rio-Grandense, tomou a cidade portuária de Laguna, transformando-a na primeira capital da República Juliana. Ali, conheceu Anita - e desde então permaneceram juntos. Entusiasmada com os ideais democráticos e liberais de Garibaldi, ela aprendeu a lutar com espadas e usar armas de fogo, convertendo-se na guerreira que o acompanharia em todos os combates. Durante a batalha de Curitibanos, Anita foi capturada pelo exército imperial, mas conseguiu fugir e unir-se novamente a Garibaldi. Poucos meses depois, nasceria o primeiro Anita Garibaldi filho dos quatro que tiveram. Posteriormente, em 1841, Anita e Garibaldi seguiram para Montevidéu. A cidade estava sitiada pelas forças do argentino Juan Manuel de Rosas, que apoiava Manuel Oribe contra o ditador Fructuoso Rivera. O casal lutou ao lado de Oribe. O sítio durou cerca de nove anos, ao fim dos quais Rivera foi derrotado na batalha de Arroyo Grande. Anita e Garibaldi casaram-se em 26 de março de 1842, na paróquia de San Bernardino. Em 1847, Garibaldi enviou Anita à Itália, como sua embaixadora, a fim de preparar o terreno para o grande retorno de seu marido, que, acompanhado de um exército de mil homens, pretendia desembarcar na Itália para lutar contra a Áustria na primeira guerra da independência italiana. Depois da chegada de Garibaldi, eles seguem para Roma, onde é proclamada a República Romana. A cidade, contudo, é atacada por tropas franco-austríacas, e Anita, grávida do quinto filho, luta ao lado de Garibaldi na batalha de Gianicolo. Obrigado a bater em retirada, o casal foge acompanhado de um exército de quase quatro mil soldados. Durante a fuga, quando chegam a San Marino, que também havia se libertado dos austríacos, Garibaldi e Anita não aceitam o salvo-conduto oferecido pelo embaixador norte-americano e decidem prosseguir na fuga. Anita, entretanto, contrai febre tifóide e não resiste. Falece na fazenda Guiccioli, perto de Ravenna, em 4 de agosto de 1849. Anita está enterrada, ao lado de Garibaldi, na colina de Gianicolo, em Roma, onde ambos são homenageados com estátuas equestres.

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Não há nada como trabalhar num local moderno, sofisticado, com o seu estilo e ainda cercado por bons restaurantes, academias, salões de beleza. Sua vida

Fotos: Divulgação.

mais prática do que nunca.

Plantas funcionais, feitas para empresas de diferentes estilos e tamanhos. Salas de 25 a 405m2

Carga e descarga

Estacionamento rotativo

Fácil acesso ao transporte urbano

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3322 0064

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Registro de Incorporação – Matrícula nº 75.054-R3 – 1º Ofício de Registro de Imóveis de Florianópolis – Creci: 2227-J. A Koerich Imóveis informa que móveis e objetos têm caráter apenas ilustrativo, bem como se reserva o direito de alterar as especificações deste material publicitário, prevalecendo as condições informadas no ato da venda e estabelecidas em contrato.

MAIS QUE UM ENDEREÇO COMERCIAL, UM PONTO DE REFERÊNCIA NO CENTRO DA ILHA.


Entrevista

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oceli de Souza, que assumiu a presidência da Fundação Catarinense de Cultura (FCC) no início do ano, tem pela frente o difícil desafio de concluir a reforma do Centro Integrado de Cultura (CIC), principal complexo cultural do Estado, situado no bairro Agronômica, em Florianópolis. “Pretendo dar à cultura o que é da cultura. Nesse contexto, a prioridade de minha gestão é entregar o CIC à sociedade catarinense”, afirmou, em entrevista à Estação Aeroporto. Souza disse que, ao assumir o cargo, ficou impressionado com o volume de obras que ainda nem tinham sido iniciadas, entre elas, as do Teatro Ademir Rosa e da sala de cinema. O atraso nas obras - que começaram em setembro de 2009 - criou uma situação desconfortante junto à opinião pública. “Pretendo abordar o problema de modo diferente – concluir as obras por módulos. Com o fechamento de todo o complexo, houve uma ruptura abrupta nos serviços prestados à sociedade. Assim, entregaremos primeiro a parte sul (lado esquerdo) do prédio, que possui quase cinco mil metros quadrados, para que as oficinas de arte possam retomar suas atividades”, observou o presidente.

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Por Rodrigo Brasil Fotos: Divulgação

Desafio para o setor cultural

A intenção é reinaugurar a Oficina de Artes na segunda quinzena de março. O espaço teve os trabalhos interrompidos há dois anos. “Estaremos entregando a comunidade este instrumento cultural que tanto tem feito falta, mas ele retornará reestruturado e em alto estilo”, disse, satisfeito, o presidente da FCC. Este primeiro módulo a ser entregue à comunidade está totalmente revitalizado e adequado ao ensino contemporâneo das artes plásticas. O próximo módulo a ser entregue é o espaço que abrigará o Museu de Artes de Santa Catarina (MASC), em data ainda a ser definida. A reforma do CIC foi orçada inicialmente em R$ 6,5 milhões. Hoje, já chega a R$ 9 milhões. A polêmica restauração já consumiu cerca de R$ 5,5 milhões dos cofres do Estado, que deve gastar mais R$ 3,5 milhões até a conclusão do projeto. A Secretaria pretende realizar uma auditoria para apurar em que situação está a obra e as respectivas contas. O mesmo procedimento deverá ser feito pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE). A segunda etapa da reforma do CIC deve ter o edital


lançado ainda no mês de março, conforme Souza. “O governador e o secretário estão tomando ações imediatas para estudo e lançamento do edital, que está sendo finalizado”, avisa. A segunda etapa deve custar em torno de R$ 5 milhões e será praticamente voltada para o teatro e cinema. Paralelamente a essas ações, o novo presidente pretende, por meio da política de editais, levar as atividades da FCC a cada um dos 293 municípios do Estado. “O Edital Elisabeth Anderle prevê a seleção de 229 projetos, com orçamento de R$ 6,9 mil”, informa. “Se é verdade que a FCC passa por um momento delicado, em que se faz necessária a intervenção para que os serviços básicos que presta à sociedade não sofram solução de continuidade, também é verdade que esses serviços devam ser levados a toda Santa Catarina”, enfatizou. Souza deixa claro que sua proposta é de muito diálogo com todos os segmentos culturais. “Queremos que as pessoas de nosso Estado sejam as beneficiárias de todas as ações, mas com visão e sensibilidade para os criadores, artistas, os construtores do campo simbólico”. O presidente da FCC pretende ainda direcionar ações para o patrimônio histórico. “Temos em torno de 300 bens tombados no Estado e não existe uma forma de incentivo do poder público para a recuperação”, afirma. Também quer promover a economia da cultura e fazer parcerias com as SDRs (Secretaria Regional de Desenvolvimento), para permitir a circulação e o consumo dos produtos culturais. Outra prioridade será resgatar o Prêmio Cinemateca Catarinense, que foi aprovado em lei e até então não teve nenhum recurso destinado para sua realização este ano. Nascido em Florianópolis em 1954, Joceli de Souza é formado em Administração pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc/1983) e especialista em Administração Pública pela mesma universidade. Nos últimos oito anos, atuou como consultor de Relações com o Mercado na Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte. Trabalhou também na elaboração do Edital Elisabete Anderle de Estímulo à Cultura. O presidente coordenou as obras de restauração da Casa José Boiteux, inaugurada em dezembro de 2010. Joceli de Souza

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Tecnologia Os smartphones HTC Salsa e HTC ChaCha vêm com Android 2.4 e são os primeiros aparelhos a ter um botão dedicado ao Facebook. O atalho fará atualizações rapidamente na rede social. O HTC Salsa tem tela sensível ao toque de 3,4 polegadas com resolução de 480 x 320 pixels. Ele possui duas câmeras: a frontal, com sensor VGA, e a traseira com 5 megapixels de resolução. Seu processador é modesto, de 600 MHz. O HTC ChaCha tem a mesma CPU. Sua tela também é sensível ao toque, mas é menor. Tem 2,6 polegadas e vem acompanhada de um teclado físico Qwerty. A câmera traseira é outro item que não muda em relação ao HTC Salsa, mas não há câmera frontal. Preço: não divulgado. Mais informações: www.htc/pt

Conexão poderosa A Apple anunciou a atualização da linha MacBook Pro, com a tecnologia Thunderbolt, da Intel, para a conexão de monitores e outros periféricos. No conector Thunderbolt poderão ser acoplados monitores, unidades de disco externas e até cabos de rede. A velocidade nominal de transferência de dados, de 10 gigabits por segundo, é bastante maior que a de outras conexões em uso nos computadores, como a USB 3.0. A nova conexão permite, por exemplo, transferir um filme em alta resolução inteiro em apenas 30 segundos. Outro avanço é que o cabo Thunderbolt é capaz de fornecer até 10 watts de energia ao aparelho conectado – capacidade bastante superior à das atuais portas USB. Os novos modelos, com telas de 13, 15 e 17 polegadas, trazem processadores mais velozes que os da série MacBook Pro anterior, além de chips gráficos também mais poderosos. Preço sugerido: No Brasil, os novos modelos estão sendo vendidos por R$ 3.599,00 (Pro de 13,3 polegadas) a até R$ 9.199,00 (Pro de 17 polegadas). Mais informações: www.apple.com/br

Mais fino do mundo

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A japonesa NTT DoCoMo apareceu aqui por esses dias com uma tela 3D diferente. Agora ela volta ao blog alegando que distribuirá o mais fino smartphone com Android do mundo, o Medias N-04C. O aparelho tem apenas 7,7 milímetros de espessura e pesa 105 gramas. O celular vem com a versão Froyo do Android com suporte a Flash 10.1. Sua tela é de LCD com revestimento em Gorilla Glass, 4 polegadas e resolução de 854 x 480 pixels. O N-04C tem processador de 800 MHz. Sua memória RAM não foi divulgada, mas o armazenamento fica por conta de um slot para cartões microSDHC de até 32 GB. A câmera traseira tem 5,1 megapixels de resolução e o aparelho se conecta à rede Wi-Fi. Ele também tem sintonizadores de GPS e TV no padrão 1Seg. O smartphone estará disponível no Japão a partir de 15 de março. Preço: não divulgado. Mais informações: www.nttdocomo.com

Fotos: Divulgação

Smartphone com Facebook


Tecnologia Fotos: Divulgação

Geladeira com Wi-Fi A Samsung lançou durante a CES 2011 seu novo modelo de geladeira, a RF4289, que é o primeiro eletrodoméstico do gênero a possuir acesso integrado ao Twitter. Além de possuir todas as funções “normais” de uma geladeira, este modelo conta com uma tela de 8 polegadas e receptor WiFi que possibilita ouvir músicas em rádios online, ler notícias e até usar o Twitter! Se você quiser, pode ainda ver as fotos e filmes feitos com sua câmera digital, já que é possível utilizar as entradas de cartões MMC e SD Card, com essa finalidade. Preço sugerido: não divulgado. Mais informações: www.samsung.com

Vaio colorido A Sony colocará à venda novas opções da linha Vaio que foram expostas na CES. Dessa vez, os escolhidos foram os coloridos portáteis da série C. Os notebooks têm opções de acabamento com tons berrantes de laranja, rosa ou verde. O teclado e o touchpad são pretos ou cinzas, mas os botões também brilham. As teclas separadas são retroiluminadas, acentuando o efeito neon criado pelo aparelho. A configuração básica dos novos Vaio C tem um processador Sandy Bridge com Intel Core i5-2410M, memória RAM de 4 GB e placa de vídeo AMD Radeon HD 6470M. As conexões são Bluetooth, Wi-Fi Direct, leitor de cartões SD, drive de DVD e porta USB 3.0. Haverá dois modelos iniciais dos novos notebooks. o CA, com tela de 15,5 polegadas, e o CB, com 14,5 polegadas. Outros detalhes dos aparelhos serão divulgados até 13 de março, data em que eles começarão a ser vendidos pela Sony americana. Preço: A partir de US$ 880,00. Mais informações: www.sony.com

Smartphone 3D A LG apresentou seus novo smartphone Optimus 3D e o tablet Optimus Pad, durante a Mobile World Congress (MWC), realizada em Barcelona, na Espanha. A empresa aposta em dispositivos com tecnologia 3D embarcada, como é o caso do tablet Optimus Pad e do smartphone Optimus 3D, que possuem dual-câmeras capazes de gravar e reproduzir conteúdos em terceira dimensão. O aparelho possui processador dual-core 1GHz OMAP4, duas memórias RAM e duplo canal de comunicação entre chipset e memória, HDMI e DLNA. O Optimus 3D traz duas câmeras na parte traseira para capturar imagens em terceira dimensão e que podem ser visualizadas na tela 4,3 polegadas WVGA sem a necessidade de óculos especiais. O smartphone da LG chega ao mercado norte-americano e europeu ainda no primeiro trimestre, e desembarca no Brasil até o final do ano. Preço: não divulgado. Mais informações: www.lge.com/br

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Cultura . teatro

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mor e obsessão são sentimentos que nem sempre possuem uma fronteira bem definida. Quando eles se envolvem em um triângulo amoroso, o resultado costuma ser devastador. Em “Inverno da Luz Vermelha”, o americano Adam Rapp construiu um delicado estudo sobre o tema, ao retratar as consequências que uma noite em comum pode trazer à vida de três pessoas. Indicado ao Prêmio Pulitzer em 2006, o texto é o responsável pela volta de Monique Gardenberg à direção teatral depois de três anos. Com André Frateschi, Marjorie Estiano e Rafael Primot no elenco, o espetáculo chega ao Rio no próximo dia 18 de março e será encenado no Teatro Gláucio Gill, depois de temporadas bem-sucedidas em São Paulo e Brasília. Em uma noite no Red Light District, conhecido como o ‘Bairro da Luz Vermelha’, em Amsterdam, os amigos e turistas David (André Frateschi) e Matheus (Rafael Primot) têm contato com uma mesma mulher (Marjorie Estiano). De personalidades quase opostas, cada um absorve a experiência de forma diferente. Um ano depois, já de volta ao seu país de origem, ela os reencontra e o público percebe como a experiência mexeu – em graus bem diferentes – com cada um dos envolvidos. A trama bem urdida com diálogos realistas apresenta aos poucos a complexa personalidade de cada um dos três personagens. “Fui aos poucos descobrindo as manobras do Adam Rapp, a sensibilidade dele para criar diálogos que soariam perfeitos na boca do elenco, jogos de cena deli-

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ciosos e uma qualidade poética que se esconde atrás de situações e falas banais”, conta Monique, que foi apresentada ao texto por Rafael Primot. Na época, o autor estava em busca de uma diretora para a peça, pois acreditava que o tema pedia um olhar feminino. Ainda suspeitando da força do texto, mas movida por sua admiração por Rafael, ela aceitou o convite e também assumiu a adaptação do original. Adam Rapp – assim como Robert Lepage, Neil LaBute e Jon Fosse – é mais um autor que tem sua obra encenada pela primeira vez em palcos brasileiros sob o olhar da diretora. Com três longas no currículo (“Jenipapo”, “Benjamim’” e “Ó Paí Ó”), Monique ficou conhecida por imprimir um rigor cinematográfico em suas direções teatrais. Seja pela sucessão de efeitos cênicos no fenômeno “Os Sete Afluentes do Rio Ota” (2002) – montagem que levou mais de 150 mil espectadores ao teatro – ou mesmo pela filigranada direção de atores em “Baque” (2004) ou “Um Dia, No Verão’ (2007). Serviço: O que: “Inverno da Luz Vermelha”. Onde: Teatro Gláucio Gill (Praça Cardeal Arcoverde, s/n. Tel: 2547-7003). Quando: De 18 de março a 10 de abril. Sextas e sábados, às 21h. Domingos, às 18h. Quanto: R$ 30,00.

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Amor sem fronteiras


Cultura . teatro

Nos meandros da mente

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Grupo Físico de Teatro convidou o dramaturgo Jô Bilac, apontado no meio artístico como um dos mais promissores nomes da nova safra de autores cariocas, para a criação do espetáculo “Savana Glacial”, segunda montagem teatral da companhia. O espetáculo foi eleito um dos dez melhores do Rio em 2010 pelo jornal O Globo. Na trama, dirigida por Renato Carrera, um jovem casal, interpretados por Andreza Bittencourt e Renato Livera, muda-se com o objetivo de resgatar a vida amorosa após um acidente. No novo apartamento, eles conhecem uma jovem maquiadora, interpretada pela atriz Camila Gama, que transformará definitivamente a vida dos dois. O último personagem é o misterioso motoqueiro vivido pelo ator Diogo Cardoso, que completa a intrigada relação entre quatro indivíduos, numa encenação de humor e suspense, em que o jogo entre realidade e ficção se torna cada vez mais explícito, patético e perigoso. A montagem explora o conceito da obra dentro de uma obra, em uma espécie de metateatro. Desta vez, o grupo aposta em uma encenação baseada em edições cinematográficas e climas de suspense, revelando planos que permeiam a realidade e a imaginação da mente de um escritor e de sua mulher que, devido a um trauma do acidente, não tem memória recente. “Ao entrar nesta Savana você precisa se deslocar de algum lugar para lugar algum. Para o escuro espaço da mente, da lembrança, do

esquecimento, das rupturas, do desapego. Os personagens permanecem sobre uma leve camada de gelo”, afirma Renato Carrera. A perda e o desapego se tornam o fator principal na busca dos atores, na construção do espetáculo e do personagem em si. Durante os ensaios, a cena e o texto são levantados ao mesmo tempo. Numa mesma época, num lugar comum, no qual o tempo dialoga com a necessidade, numa busca frenética da realização. O Grupo Físico de Teatro surgiu de uma inquietação artística entre as paredes de um projeto universitário, em 2006. Desde então, os idealizadores Camila Gama e Renato Livera dão continuidade à proposta de parceria com diferentes pensadores e realizadores contemporâneos. A fisicalidade aparece como uma condição essencial nas propostas apresentadas e torna-se o elo entre diferentes pensamentos e atitudes que viabilizam a produção e o desenvolvimento cultural. Serviço: O que: “Savana Glacial”. Onde: Sesc Belenzinho - sala de espetáculos 2 (rua Padre Adelino, 1.000, Quarta Parada, zona leste, São Paulo, SP. Tel.: 0/xx/11/2076-9700). Quando: De 29/3 a 5/5. Terças, quartas, e quintas, 21h30. Quanto: R$ 6,00 a R$ 24,00.

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Cultura . música O “MTV Ao Vivo – Caetano – Zii e Zie” é uma oportunidade para conhecer o que Caetano e os meninos da Banda Cê definem como transambas e transrock. Outra coisa que merece destaque no projeto é a maneira como Caetano se comporta. Solto, pulando como um garoto, o baiano comprova que nos palcos o tempo não passa para ele. Além dos formatos CD e DVD, ainda terá uma edição especial para fãs e colecionadores – um DVD duplo contendo o esperado registro da temporada Obra em Progresso, shows que foram o embrião do projeto Zii e Zie, gravados em diversas apresentações no mesmo Vivo Rio, em maio de 2008. No repertório, sucessos e uma seleção musical afetiva de Caetano, como “Desde que o samba é samba”, “Uns”, “Três travestis” e “Você já foi à Bahia?”. O álbum duplo ainda traz nos Extras o making of do projeto Zii e Zie, com os bastidores do show e a relação do artista com sua equipe. Álbum: MTV Ao Vivo – Caetano – Zii e Zie. Artista: Caetano Veloso. Quanto: R$40,00. Lançamento: Universal Music.

Lope Simultaneamente ao lançamento nos cinemas, chega às lojas a trilha sonora de Lope, composta por Fernando Velázquez. Um dos destaques é a canção-tema “Que el soneto nos tome por sorpresa”, do compositor uruguaio Jorge Drexler. Drexler recebeu o prêmio Goya 2011 como melhor canção original. Segundo Velázquez, as canções do filme estão baseadas em determinados temas da época e foram criados sob a perspectiva narrativa clássica, algo não muito comum hoje em dia. Em certos momentos o compositor usa a guitarra espanhola para transmitir jovialidade e ternura à obra. Álbum: Trilha Sonora de Lope. Artista: diversos. Quanto: R$40,00. Lançamento: Warner Music .

Frank Zappa The Torture Never Stops” foi filmado ao vivo, no dia 31 de outubro de 1981, no Palladium Theatre, em Nova York, como parte do evento anual de Halloween, no qual Frank Zappa reunia sua banda para um concerto na madrugada em homenagem ao Dia das Bruxas. Esse documentário pertence aos arquivos do próprio Frank Zappa, que depois de sua morte é administrado por Gail Zappa, viúva do músico. O repertorio inclui 24 canções de autoria de Zappa, apresentando sua proposta musical única, um mix de rock, jazz, avant-garde e nonsense, impossível de ser copiado. Este registro contribui com a reputação de Zappa como um dos artistas mais inovadores e desafiadores do século 20. DVD: An Evening With Frank Zappa during which…The Torture Never Stops. Artista: Frank Zappa. Quanto: R$50,00. Lançamento: ST2 Vídeo.

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Tio e Tia


Cultura . música Bee Gees “In Our Own Time” é um novo documentário sobre a extensa e lendária carreira do grupo Bee Gees. Do início modesto ao incomparável sucesso mundial nos anos 1970, até a tragédia da perda dos irmãos Maurice e Andy, toda a história da banda é contada nas “palavras” de Barry e Robin . Traz ainda, imagens do arquivo pessoal de Maurice, vídeos, participações na TV e apresentações ao vivo, além de imagens raras dos músicos ainda adolescentes em ensaios caseiros e as primeiras tentativas de criar um repertório próprio.

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DVD: In Our Own Time. Artista: Bee Gees. Quanto: R$49,00. Lançamento: ST2 Vídeo.

Panic! At The Disco Em Vices & Virtues, primeiro álbum como dupla do Panic! At The Disco, o líder/multi-instrumentista Brendon Urie e o baterista/percussionista Spencer Smith provam que suas melhores ideias estão apenas começando a se realizar. E o disco não marca apenas o começo de uma nova era para este grupo indicado ao Grammy. Um rock baseado na cena de Las Vegas, mas que em muitas vezes também soa como um novo período de crescimento musical e emocional que não mostra sinal de rebaixamento. Do pop alegre de “Ready To Go (Get Me Out Of My Mind)” ao groove perfeito de “Hurricane” e a grandeza acima do normal de “The Calendar”, Vice & Virtues mostra um novo lado da banda, sem sacrificar a identidade pela qual eles trabalharam muito para estabelecer ao longo de sete anos. Álbum: Vices & Virtues. Artista: Panic! At The Disco. Quanto: R$35,00. Lançamento: Warner Music.

COLLAPSE INTO NOW O que ainda falta dizer sobre uma banda com uma história de 30 anos de carreira? Quase tudo foi falado. Realmente, o que falta? Bem, que tal algo simples como isso: o R.E.M. fez o seu melhor álbum em 20 anos. Collapse Into Now é o R.E.M em seu melhor, uma coleção de rock, alguns momentos melancólicos e mid-tempo desafinados, em canções como “All The Best” e “Alligator_Aviator_Autopilot_Antimatter” , esta última com os backing vocals do Peaches e guitarra solo de Lenny Kaye.Todas as músicas são fogo e fúria. “Überlin” é uma faixa com base acústica brilhante que não poderia estar fora. Outro destaque é a sublime “It Happener Today”. Álbum: Collapse Into Now. Artista: R.E.M Quanto: R$ 38,00. Lançamento: Warner Music.

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Corpos Celestes Marcado por um fato em seu passado, ao qual deve sua prolífica carreira, o astrônomo Francisco (Dalton Vigh), entre a insignificância do homem e a imensidão do Cosmos, terá de aprender a lidar com um surpreendente mistério: seus sentimentos para com Diana (Carolina Holanda), uma moça bem à vontade com seu lugar no Universo. “Corpos Celestes” foi realizado por dois diretores, Marcos Jorge e Fernando Severo, amigos há mais de 20 anos. Marcos Jorge é o diretor do consagrado “Estômago”, filme brasileiro mais premiado, nacional e internacionalmente no biênio 2008-09. Fernando Severo faz em “Corpos Celestes” sua estreia em longas, depois de ter se destacado como um dos mais importantes nomes da geração que renovou o curta-metragem brasileiro na década de 80. A trilha sonora original foi composta pelo maestro Ruriá Duprat, ganhador do Grammy em 2009.

Jogo de Poder Como agente secreta do departamento da CIA contra proliferação, Valerie Plame (Naomi Watts) descobre que, ao contrário do que foi divulgado pelo governo dos EUA, o Iraque não tem nenhum programa de armas nucleares. Enquanto isso, seu marido, o diplomata Joseph Wilson (Sean Penn), é enviado à África para investigar os rumores da possível venda de urânio enriquecido para o Iraque. Não comprovando tais negociações, Joseph escreve para o The New York Times delineando suas conclusões, que acende uma tempestade de controvérsias. Logo, a identidade ultrasecreta vaza para jornalistas em Washington. Mas na verdade é um acidente infeliz ou uma campanha coordenada para retaliar o artigo escrito pelo seu marido? Com seus contatos no exterior vulneráveis, a agente fica dividida entre o ponto de ruptura em sua carreira e o colapso da sua vida privada. Amigos e familiares ficam indignados e ela passa a receber ameaças de morte anônimas. Após 18 anos de serviço ao governo, Valerie, uma mãe, esposa e oficial de campo com um impecável currículo, agora luta para salvar sua reputação, sua carreira e seu casamento. Envolvente, com diálogo afiado cheio de intrigas e suspense, “Jogo de Poder” é um relato emocionante da luta de uma mulher que foi traída e precisa recuperar a sua vida.

Esposa de Mentirinha “Esposa de Mentirinha” gira em torno de um cara normal que deixa que uma mentira sem maior importância escape ao controle. Danny (Adam Sandler) está prestes a se casar quando tem o coração partido. Na mesma noite em que ele é brutalmente magoado, enquanto ainda está usando a sua aliança, uma garota em um bar o trata bem, pois, sendo casado, ele será inofensivo e não tentará fazer nada do que os outros caras tentam. A aliança se torna sua estratégia para evitar sofrer outra vez: as mulheres o consideram fora do jogo, e como não há compromisso, ninguém sai ferido. Mas quando ele conhece Palmer (Brooklyn Decker), a garota dos seus sonhos, suas mentiras se voltam contra ele – ela acha que ele é casado. E em vez de confessar a verdade, ele decide complicar a trama com mais histórias e inventa uma esposa de mentirinha, interpretada por sua sofrida assistente, Katherine (Jennifer Aniston), de quem se divorciará de mentira para deixar o ca42 minho livre para que ele fique com Palmer.

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Cultura . cinema


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Cultura . cinema O Retrato de Dorian Gray Quando o belo Dorian Gray (Ben Barnes) chega a Londres vitoriana, ele é levado para a alta sociedade pelo carismático Henry Wotton (Colin Firth), que o apresenta aos prazeres hedonistas da cidade. Basil Hallward (Ben Chaplin), artista socialite, amigo de Henry, pinta um retrato de Dorian para capturar o poder de sua beleza jovial . Quando a pintura lhe é revelada, Dorian faz uma promessa leviana: ele daria tudo para ficar como está no quadro – até mesmo sua alma. Estimulado por Henry, as aventuras selvagens de Dorian continuam, mas enquanto ele aparece como inocente e belo como sempre, seu retrato, agora trancado no sótão, cresce mais feio e mais terrível, com todo o mal feito que ele comete. Parece que ele agora pode saciar todos os desejos proibidos sem consequências para si mesmo, mas quando Basil insiste em ver o retrato, Dorian é forçado a matá-lo e a fugir do país. Vinte e cinco anos depois, ele retorna, e para o choque de seus velhos amigos, não parece um único dia mais velho. Ele é perseguido pelo seu passado e insultado pela monstruosidade no sótão. E então Dorian conhece Emily (Rebecca Hall), filha de Henry, que fará de tudo para mantêlos separados. Surgem sussurros de um pacto com o Diabo. Henry resolve expor o amante anormal de sua filha. Dorian terá uma última chance para o amor e a redenção. E o mais importante - ele poderá escapar com vida?

Lope Ao retornar da guerra contra a Inglaterra, o soldado Lope (Alberto Ammann) abandona a Armada Espanhola em busca de sua verdadeira vocação. Reencontra a mãe Paquita (Sonia Braga), para logo perdê-la, e contrai dívidas para oferecer-lhe um enterro digno. Através de um poderoso empresário teatral, Jerônimo, Lope descobre a paixão pela dramaturgia. Oferece-se para escrever peças, mas é contratado apenas como copista. Destemido, ousa interferir em obra do intocável Miguel de Cervantes e propõe uma revolução teatral, ao misturar tragédia e comédia com grande sucesso. A paixão pelo teatro mistura-se com a paixão por Elena (Pilar López de Ayala), a sedutora filha de Velasques. Para pagar dívidas, Lope concorda em escrever poemas para o poderoso Marquês de Navas (Selton Mello), que tem como alvo Isabel (Leonor Waltling), uma amiga de infância. Condenado ao desterro, ele parte com Isabel para iniciar uma nova vida aos 26 anos. Ao morrer, em 1635, Félix Lope de Vega deixou um dos maiores legados da língua espanhola, com mais de 1.800 textos, entre poemas e peças, o papel de transformador do teatro espanhol e uma vida plena de aventuras, onde a voz do poeta sempre falou mais alto. Andrucha Waddington não poderia ter escolhido melhor forma de iniciar sua carreira internacional. 43


Cultura . home video Senna eterno

Blu-ray: Senna – O Brasileiro, O Herói, O Campeão. Quanto: R$ 79,90. Lançamento: Universal Pictures.

A Rede Social

Em uma noite de outono em 2003, Mark Zuckerberg (Jesse Eisenberg), analista de sistemas graduado em Harvard, começa a trabalhar uma nova ideia. Apenas seis anos e 500 milhões de amigos mais tarde, Zuckerberg se torna o mais jovem bilionário da história, com o sucesso da rede social Facebook. O sucesso, no entanto, trouxe à tona as complicações de sua vida profissional e social. Afinal, ninguém faz 500 milhões de amigos sem fazer alguns inimigos. Filmado com uma brutalidade emocional e um humor inesperado, o filme faz uma crônica sobre a criação do Facebook, revelando uma teia de lealdade, traições, ambições e conquistas. Dirigido por David Fincher, “A Rede Social” é uma história surpreendente sobre uma nova raça de rebeldes culturais: um gênio que deflagrou uma revolução e mudou a cara da interação humana de toda uma geração. Uma mudança que talvez perdure para sempre. Blu-ray: A Rede Social. Quanto: R$ 59,90. Lançamento: Sony Home

Justified 1ª Temporada

O auxiliar de xerife Raylan Givens (Timothy Olyphant) fica exilado em sua cidade natal, Harlan County, no Kentucky, depois que a morte de um assassino a serviço do cartel de drogas de Miami levanta discussões sobre o estilo brutal de ele exercer a lei. Infelizmente, não demora para que as pessoas de quem ele está fugindo comecem a aparecer das formas mais inesperadas. O novo trabalho do xerife é apanhar detentos fugitivos, condenados foragidos e um xerife corrupto, e esse novo trabalho não lhe dá nenhum descanso. Descubra se há justificativa para o estilo caubói pistoleiro de Raylan Givens nas fortes emoções desta primeira temporada de Justified. DVD: Justified 1ª Temporada. Quanto: R$ 99,90. Lançamento: Sony Home.

Os Dez Mandamentos Um brilhante e espetacular evento cinematográfico, poucos filmes podem ser igualados ao esplendor da refilmagem de Cecil B. DeMille, realizada em 1956, do épico “Os Dez Mandamentos”. Filmado no Egito e no Sinai, em um dos maiores cenários construídos para um filme, esta versão conta a história da vida de Moisés (Charlton Heston), favorito na corte do Faraó (Yul Brynner), que deu as costas a uma vida privilegiada para liderar seu povo em busca da liberdade. A versão traz uma rara apresentação feita pelo próprio Cecil B. DeMille. O filme original homônimo, lançado em 1923, também foi dirigido por Cecil B. DeMille. Além disto, esta segunda versão do diretor inspirou o longa de animação “O Príncipe do Egito”, lançado 42 anos depois. Blu-ray: Os Dez Mandamentos. Quanto: R$ 89,90. Lançamento: Paramount Home.

Super Fofos Salvem os Beetles O porquinho-da-índia Linny, o patinho Ming-Ming e a tartaruga Tuck, cantores e colegas de classe, fazem parte da turma Super Fofos, uma série animada da Nickelodeon destinada às crianças de 0 a 5 anos. Atualmente em exibição no Canal Nick e na TV Cultura, a série, que já ganhou o prêmio EMMY, aborda o trabalho em equipe deste trio. A missão dos três animais é percorrer diversas regiões do mundo para ajudar outros animais. Entre muitas aventuras nesse DVD, Os Super Fofos viajam para Liverpool para salvar quatro besouros presos num submarino amarelado… E percebem a importância de trabalhar em equipe, enquanto cuidam de um novo bichinho na sala de aula. Para pais e filhos.

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DVD: Super Fofos Salvem os Beetles. Quanto: R$ 24,90. Lançamento: Paramount Home.

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A notável história de Ayrton, pontuando suas realizações físicas e espirituais nas pistas e fora delas. Sua busca pela perfeição e o status de mito que ele alcançou são os temas de “Senna”, um documentário que abrange os anos do ídolo de uma geração como piloto de F-1, desde sua temporada de estreia em 1984 à sua morte precoce uma década depois. Muito mais que um filme para fãs da F-1, a produção expõe uma história extraordinária de maneira igualmente incrível, evitando o uso de muitas técnicas padrões de documentários e favorecendo uma abordagem mais cinematográfica, que faz uso total de filmagens estarrecedoras, boa parte inédita, tirada dos arquivos da F-1.


Cultura . home video As Crônicas de Nárnia: A Viagem do Peregrino da Alvorada

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Quando os adolescentes Lúcia(Georgie Henley)e Edmundo Pevensie(Skandar Keyes), acompanhados por seu primo Eustáquio(Will Poulter), são engolidos por um quadro e transportados para Nárnia, eles se unem ao Rei Cáspian (Ben Barnes ) e ao rato guerreiro Ripchip (Simon Pegg ) no Peregrino da Alvorada - um veleiro imponente com aspecto inspirado nos dragões. Os viajantes visitam ilhas misteriosas, enfrentam perigosas criaturas místicas e se reencontram com o grande Leão Aslam (Liam Neeson), em uma missão que pode determinar o destino de Nárnia. O motivo da viagem do rei Cáspian para o leste nesta terceira parte é o de cumprir a promessa de encontrar os sete Lordes de Telmar. Blu-ray: As Crônicas de Nárnia: A Viagem do Peregrino da Alvorada. Quanto: R$ 79,90. Lançamento: Fox Home.

Jackass 3 Três vezes mais gargalhadas. Três vezes mais idiotices. Três vezes mais dores. Os rapazes do Jackass estão de volta para a mais alucinada de todas as rodadas de baderna e destruição. Você vai se matar de tanto rir (se tiver estomago ) quando Johnny Knoxville anda de skate numa manada de búfalos, com Bam Margera em um túnel de armas paralisantes de alta-voltagem, e quando Steve-O vai parar no céu dentro de um banheiro químico. Você vai vibrar com a versão do cinema e também a versão estendida, repleta de cenas incríveis nunca vistas no cinema. Prepare-se para as inacreditáveis e incensuráveis proezas totalmente explícitas dos idiotas que você aprendeu a ver e amar, de uma segura e saudável distância. Blu-ray: Jackass 3. Quanto: R$ 89,90. Lançamento: Paramount Home.

RED – Aposentados e Perigosos Baseado na brilhante graphic novel da DC Comics, “RED – Aposentados e Perigosos” é uma explosiva comédia com muita ação, estrelada por Bruce Willis, Morgan Freema, Helen Mirren e John Malkovich. Frank (Willis), Joe (Freeman), Marvin (Malkovich) e Victoria (Mirren) costumavam ser os maiores agentes da CIA - mas os segredos que eles guardam apenas serviu para torná-los os maiores alvos da agência. Agora, acusados de assassinato, eles devem usar toda a sua experiência, astúcia e o trabalho de equipe para manterem-se vivos e um passo à frente de uma nova geração de agentes treinados. Para interromper a operação da agência de inteligência, a aposentada equipe embarca em uma missão impossível para invadir a sede da CIA, onde descobrirão uma das maiores conspirações e encobrimentos da história do governo. Blu-ray: RED – Aposentados e Perigosos . Quanto: R$ 79,90. Lançamento: Paris Filmes.

Edição de 60º Aniversário Esta nova edição de “Alice No País das Maravilhas” celebra mais um aniversário de um dos clássicos da Walt Disney, com muita música e fantasia, totalmente restaurada e com material extra imperdível. Alice conduzirá você em uma aventura mágica repleta de acontecimentos surpreendentes em um mundo estranho, fantástico e com muita diversão. Junte-se a Alice quando ela persegue o Coelho Branco e se aventura no País das Maravilhas, onde encontra personagens maravilhosos como o Chapeleiro Maluco e o Gato Risonho, entre outros, nesta edição de aniversário. Além disso, o filme conta com imagens inéditas, uma galeria de arte interativa, jogos e muito mais. Blu-ray: Alice no País das Maravilhas Edição de 60º Aniversário. Quanto: R$79,90. Lançamento: Walt Disney Studios Home Entertainment.

Big Bunny “Hugh Hefner: Playboy, Ativista e Rebelde” tem um olhar revelador sobre o excêntrico fundador do império Playboy. Com humor e perspicácia, o filme mostra as batalhas ferozes do empresário contra o governo, a direita religiosa e militantes feministas. Imagens e entrevistas raras com Hefner e um notável acervo de depoimentos de várias personalidades da cultura pop do Século 20, como George Lucas, Jesse Jackson, James Caan, Tony Benett e Gene Simmons fornecem um retrato brilhante e divertido da vida de um homem extraordinário e as controvérsias que o rodeavam. DVD: Hugh Hefner: Playboy, Ativista e Rebelde. Quanto: Apenas para locação. Lançamento: Paris Filmes.

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Cultura . artes visuais

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ndré Muráh é uma personalidade que hoje se destaca no cenário artístico, e desafia a ideia de que artista se descobre desde cedo. Após longa experiência como vendedor, seu foco de atuação passava longe das telas de arte e aquarela de cores. Mas com uma mente aberta, prestes a se revelar, Muráh, como é conhecido na cena artística, confessa que nunca pensou ser um dia artista plástico. “Nunca imaginei ser artista plástico. Aprendemos, desde a infância, que muitas vezes as coisas acontecem de forma inesperada. No meu caso aconteceu de um jeito inusitado”, conta ele. Tudo começou num dia chuvoso de domingo. Para entreter seus filhos, ele optou por uma tarde artística. Comprou algumas telas, pincéis e tintas. Pronto, era só começar a brincadeira. O que ele não imaginava é que aquela tarde mudaria sua vida. “Mexer com pinceladas de cores nas telas brancas trouxe um inusitado efeito de descontração e calma. Percebi que me fazia bem, e que mais sessões como aquelas de domingo estavam por vir”. Foi o que

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Por Luciana de Moraes. aconteceu, e hoje ele cria e vende suas telas. Em 2008, o artista novamente teve sua arte reconhecida no centenário da imigração japonesa, ao ser convidado a ingressar junto a grandes nomes (Maurício de Sousa, Gustavo Rosa, Romero Brito, Ana Maria Braga e Xuxa entre outros) no projeto beneficente Japão Brasil Parade. Pintou um dos Yukkis (bonecos japoneses) com 1,80 m de altura. O trabalho de Muráh conquistou os jurados e estampou um dos 25 totens que ficaram expostos em pontos estratégicos de São Paulo. Hoje ele figura como um pintor criativo, humorado e cheio de ideias, que está sempre lançando novos padrões de arte. Seu trabalho é prestigiado por vários arquitetos de interiores e decoradores, entre eles, Kátia Menezes e Claudia Couto. Algumas de suas telas podem ser encontradas em Florianópolis na loja Amazônia, no Shopping Casa & Design. Em São Paulo, participa da 2ª Mostra Artefacto Beach & Country, com os arquitetos Paulo Marcelo e Eurico Guedes.

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Artista por obra do acaso


Cultura . artes visuais

O processo criativo de Leonilson

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secreto, o particular e o romântico de um artista fundamental para a arte visual brasileira dos anos 1980. A exposição Sob o Peso dos Meus Amores, que acontece de 17 de março a 29 de maio, explora o cotidiano e o processo criativo de José Leonilson. São mais de 300 obras - algumas inéditas no país -, além de agendas e cadernos do artista. O evento ocorre na sede do Itaú Cultural, em São Paulo, e conta com debates sobre a obra de Leonilson - o trabalho de manutenção e divulgação desse arquivo - e a apresentação dos espetáculos de dança “O Tempo da Paixão ou O Desejo É um Lago Azul” (2004), da Companhia da Arte Andanças de Fortaleza; e “El Puerto” (2006) e “Dedicate” (2010), de Marcos Sobrinho, todos eles inspirados na produção do homenageado. Para as crianças, uma atração especial: na oficina de animação Click Play, elas aprendem a criar personagens em stop motion e produzir vídeos inspirados nas obras da exposição. As aulas acontecem todos os sábados, das 14h30 às 17h30. Para participar, é preciso fazer inscrição pelo telefone 11 2168 1876, a partir de 14 de março.

A mostra também acontece fora do instituto. A partir do dia 20 de março, a Capela do Morumbi, em São Paulo, exibe uma instalação do artista. A obra foi montada em 1993 e não chegou a ser vista pelo autor, que faleceu pouco antes. Sob o Peso dos Meus Amores tem curadoria do pesquisador Bitu Cassundé e de Ricardo Resende, consultor e colaborador do Projeto Leonilson - entidade responsável pela catalogação e manutenção das obras do artista. A parceria entre o Itaú Cultural e o projeto já tem mais de uma década: nesse período, o instituto ofereceu suporte para a digitalização de mais de três mil itens, entre correspondências, anotações, desenhos, etc. Serviço: O que: “Sob o Peso dos Meus Amores - Leonilson” Onde: Itaú Cultural | Av. Paulista 149 - Paraíso - São Paulo SP. Tel.: 11 2168 1777 | atendimento@itaucultural.org.br Quando: De 17 de março a 29 de maio; terça a sexta: 9h às 20h; sábado, domingo e feriado: 11h às 20h. Quanto: Entrada gratuita.

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Cultura . literatura Dias felizes Com tradução do professor e ensaísta Fábio de Souza Andrade, especialista na literatura beckettiana, também tradutor de Fim de partida e Esperando Godot, a edição de Dias felizes, de Samuel Beckett (1906-1989), que a Cosac Naify publica agora pela coleção Prosa do Mundo, conduz o leitor por uma versão em português realizada em consonância com as especificidades do texto original. Somada à apresentação do tradutor e ao apêndice, funciona como um guia para quem quer se familiarizar com uma das prosas mais perturbadoras do século XX. A obra de Beckett é marcada pelo intenso anseio de silêncio e aniquilação. Para ele o mundo carece de sentido e toda expressão é fútil, não cabendo ao escritor outro papel que não seja o de expressar essas ideias. O autor esvaziou o mundo da narrativa tradicional de seus elementos básicos, optando por criar histórias despojadas de enredo e brilho.

Marco, o barco

Autor: Samuel Beckett. Quanto: R$ 56,00. Editora: Cosac Naify. Páginas: 136.

O designer Jim Downer escreveu e ilustrou Marco, o barco na década de 1950. Logo a seguir, mostrou o livro a seu amigo, o poeta inglês Ted Hughes. Ted elogiou educadamente os versos “precários” de Jim e, tendo gostado muito das ilustrações e do mote da história, pôs-se a reescrevê-la, em seus versos rimados, colando sobre as páginas do original os novos versos datilografados. A vida levou os dois amigos para lados diferentes, e o original, que havia ficado com Ted, nunca mais foi visto. Há pouco, revirando o arquivo do poeta, sua mulher o achou e o devolveu a Jim, que descobriu, com alegria, que o amigo havia mesmo escrito os versos. O resultado é este belo poema narrativo, que conta a história de Marco, um barco rebocador que se sentia ultrapassado. Ao se libertar do cais onde enferrujava, passa a buscar sua identidade, tentando várias vezes salvar barcos e peixes, sem sucesso. Finalmente, ao conseguir ajudar uma embarcação a vela, Marco encontra sentido e uma nova parceira e amiga. Autor: Jim Downer e Ted Hughes. Quanto: R$ 45,00. Editora: Cosac Naify. Páginas: 44.

Os Melhores Contos de Moacyr Scliar Moacyr Scliar narra os acontecimentos de tal forma que acaba desvelando a outra face das coisas, pessoas e acontecimentos. São contos que se revelam parábolas da sociedade contemporânea. Desde seu primeiro livro, estabiliza algumas características deles. A primeira é a preferência por personagens carentes de identificação - seres sem nome ou qualquer outro traço que os individualize. Outra característica é a preferência pelo insólito. Não pelo impossível ou sobrenatural, mas pelos fatos, no mínimo, fora do comum. Scliar nasceu em Porto Alegre (RS), em 1937, e morreu recentemente, no dia 28 de fevereiro. Formou-se em Medicina em 1962, com especialização em Saúde Pública. A partir de 1968, praticou o exercício de escrever ficção, ensaios, crônicas e literatura para jovens, sendo autor de aproximadamente 70 livros. Suas obras foram traduzidas em mais de 20 países. Autor: Moacyr Scliar. Quanto: R$ 40,00. Editora: Global. Páginas: 260.

O tempo envelhece depressa “Perguntei-lhe sobre aquele tempo, quando ainda éramos jovens, ingênuos, impetuosos, tontos, despreparados.” Dita por um velho professor, a frase que abre O tempo envelhece depressa antecipa a paisagem das nove histórias que virão a seguir: relatos marcados pela passagem do tempo, a memória, uma sutil melancolia e a necessidade de recorrer ao (incontornável) passado. No seu livro de estreia na Cosac Naify, Antonio Tabucchi parte do mínimo para alcançar uma prosa que muito bem se enquadraria numa das propostas que Italo Calvino forjou para o século XXI: a leveza. Com histórias que se passam em diversos países, como Alemanha, Grécia, Hungria e ex-Iugoslávia, o autor italiano cria situações contornadas por sutis reflexões sobre política, história, civilização e barbárie. A guerra também paira sobre os relatos de O tempo envelhece depressa, eleito pela prestigiosa revista francesa Lire como o melhor livro de contos de 2009.

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Autor: Antonio Tabucchi. Quanto: R$ 42,00. Editora: Martins Fontes. Páginas: 118.


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Desembarque U

ma ilha particular com águas claras e muito verde inserida no belo litoral de Santa Catarina. É este o cenário deslumbrante da Ilha do Papagaio, localizada no município de Palhoça, a 32 km ao sul de Florianópolis. A ilha tem 142.000 metros quadrados, dos quais 80% são cobertos por Mata Atlântica nativa. Desde 1992, os descendentes de alemães da família Sehn, proprietária do paraíso, transformaram as instalações em uma pousada, que hoje conta com 20 chalés. O local é muito procurado por casais em lua-de-mel que buscam um recanto de paz. A Ilha do Papagaio é cortada por oito trilhas que proporcionam agradáveis caminhadas em contato com a flora e fauna locais. Além disso, abriga inscrições rupestres, oficinas líticas e oferece uma incrível vista da baía da Pinheira. Vale ressaltar a grande variedade de flores, principalmente bromélias e orquídeas de rara beleza, espalhadas ao longo das trilhas. A presença de pássaros também é marcante, e o contraste entre pássaros nativos da Mata Atlântica e pássaros marinhos é uma atração à parte. Mergulho, wakeboard, esqui-aquático, pesca e caiaque são outras opções de lazer. Para quem quer ficar em terra firme, há partidas de vôlei de areia, frescobol, uma academia e a sala de massagens. Os passeios de barco são atrações à parte. É possível conhecer lugares como a Praia do Sonho ou a Guarda do Embaú. A 500 metros da Ilha do Papagaio, está localizada a Ilhota de Araçatuba, mais conhecida como “Ilha do Forte”, por abrigar a Fortaleza de Nossa Senhora da Conceição. Trata-se de uma fortificação militar construída pelo império em 1746, para a proteção da Ilha de Santa Catarina. Destaque também para a Ilha Moleques do Sul, que apresenta um totem natural em forma de cabeça de índio, uma grande colônia de pássaros marinhos e uma espécie endêmica de preá. Ao norte, avista-se o sul da Ilha de Santa Catarina e a baía de Naufragados. Em frente ao Farol está a Ilha de Araçatuba, onde em 1742 o forte de Nossa Senhora da Conceição foi erguido pelos colonizadores portugueses para proteger a Ilha da invasão dos espanhóis e piratas. Mais informações: www.papagaio.com.br

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Ilha do Papagaio | SC

Fotos: Embratur/ Divulgação

Reduto de paz em meio ao verde

Caiaque, mergulho, wakeboard, esqui-aquático e pesca são opções de lazer.

A Ilha é cortada por oito trilhas, que proporcionam caminhadas agradáveis.


A atmosfera romântica é muito procurada por casais em lua de mel. Mar apresenta águas claras e verdes.

Local tem 80% de seu território cobertos por Mata Atlântica nativa. 51


Desembarque Jurerê Internacional | Florianópolis, SC

Fotos: Divulgação.

Sofisticação à beira-mar

Avenida dos Búzios.

Mais informações: Site oficial: www.jurere.com.br

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ansões sofisticadas, sem muro e com belos jardins, pessoas famosas e carrões importados levaram o bairro de Jurerê Internacional, em Florianópolis, a ser comparado com Beverly Hills, nos EUA. São pouco mais de três quilômetros de extensão de areia fina e clara, que propiciam uma caminhada agradável. Com águas verdes, quentes e tranquilas, a praia é perfeita para levar as crianças e praticar esportes náuticos. Na água, os veleiros e lanchas dão um toque sofisticado ao visual. Nas areias e nos decks dos beach lounges, socialites, milionários, playboys e celebridades são a regra e não a exceção. Gisele Bündchen e o piloto alemão Michael Schumacher já apareceram por lá. Ferraris, Porsches e Maseratis desfilam constantemente pelas ruas. Em janeiro, o programa Fantástico, da Rede Globo, enviou o sambista Dicró,um dos reis da malandragem carioca, para investigar como os milionários se divertem na famosa praia catarinense. “Mas tem um problema: até malandro enjoa de farofa. Eu estou aqui em uma praia linda e maravilhosa, água afrodisíaca, só para ver como é que bacana curte uma praia”, resumiu Dicró, no quadro Repórter por Um Dia.

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Situado a 27 quilômetros do Centro da cidade, Jurerê Internacional possui shopping a céu aberto, bares, restaurantes, boates e muito agito nos meses de verão. A juventude endinheirada faz a festa no por do sol em casas como Café de la Musique, Parador P12 e Taikô. O bairro é seguramente o balneário mais bem planejado e sofisticado do Brasil. Construído a partir do zero, obedece a um rigoroso planejamento onde cada espaço vem sendo ocupado de forma ordenada. A infra-estrutura é diferenciada, com gestão própria da água, limpeza pública e monitoramento da balneabilidade. Tudo isso aliado a excelentes condições de segurança comunitária e privada, lazer, educação e conservação ambiental. No canto direito está a parte conhecida como Jurerê Tradicional. Ali estão os moradores mais antigos do bairro, com seu toque de manezinho e restaurantes com culinária típica da Ilha. Ao lado sul da baía está a Fortaleza São José da Ponta Grossa, uma das fortificações históricas de Florianópolis. Ao norte dali estão as concorridas praias Brava, também reduto do surf, e Canasvieiras, destino preferido pelos argentinos.


Café Riso.

Café de La Musique.

Passeio dos Namorados.

Taikô.

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Desembarque Praia Brava | Florianópolis, SC

Photos by GEREMIA.

Fotos: Werner Zotz/ Divulgação

Beleza indomável

Costão direito da Praia Brava.

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Praia Brava, localizada a 38 km do centro de Florianópolis, é uma das mais lindas e charmosas de toda a Ilha. A enseada de pouco mais de 1,5 km de extensão apresenta mar azul contrastando com o verde da Mata Atlântica, que cobre boa parte das encostas. A faixa de areia clara, fina e fofinha pode chegar a 150 metros de largura, atraindo muitos banhistas. Protegida por morros, para chegar à Brava é necessário passar por um mirante, que proporciona uma bela vista panorâmica da praia. No caminho, leve uma lembrança da paisagem: pare no mirante e tire fotos com seus amigos e sua família. No alto do morro encontra-se também uma rampa para prática de parapente e voo livre. Com uma extensão de 1600 metros, o local, como o próprio nome indica, possui mar agitado com ondas fortes, ideias para a prática de surf. As águas cristalinas, por sua vez, são ótimas para mergulho e outros esportes radicais. Porém, quem não sabe nadar bem, deve tomar cuidado ao se banhar nestas águas com forte repuxo. A Brava é muito visitada, tanto por turistas quanto

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Mais informações: www.belasantacatarina.com.br

pela população local - o que provoca congestionamentos durante o verão. A praia tem sido ponto de encontro de pessoas jovens e bonitas. Juntamente com Jurerê e Mole, forma o trio das praias mais badaladas de Floripa. A paquera rola solta tanto no Kioske do Pirata. Destaque para os drinks coloridos do bar, à base de frutas, batidas, caipiras e sucos de frutas. Praticamente desconhecida até a década de 1970, a Brava teve seu crescimento impulsionado nos últimos anos e tornou-se uma das praias mais elitizadas de Santa Catarina. O local possui boa infra-estrutura de hospedagem, e muitos condomínios de luxo foram construídos em toda extensão. Seus prédios de alto padrão são destinados a pessoas dispostas a pagar caro pelo status e o prazer de ter um imóvel num dos lugares mais cobiçados da Ilha. No entanto, esse crescimento rápido acarretou de certa forma algumas mudanças nas belezas naturais do lugar. Mudanças essas compensadas pelo charme e elegância de seus novos frequentadores.


Photos by GEREMIA.

Fotos: Divulgação

Vista aérea do costão esquerdo da Praia Brava.

A Praia Brava é perfeita para a prática do surfe.

Quiosque mais badalado, Bar do Pirata.

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Estação

DE PARTIDA

Por Juliana Pamplona Jornalista, apaixonada por viagens de todos os tipos, curtas ou longas, à cidade vizinha ou ao outro lado do mundo. Carrega na bagagem um passaporte carimbado em diversos países, experiências e descobertas, que divide aqui com vocês, leitores. estacaodepartida@gmail.com

TURISMO GELADO Se a sua curiosidade pela Antártida for do tamanho da minha, indico assistir ao documentário de Amyr Klink, feito em parceria com a National Geographic. “O Continente Gelado” mostra a grande expedição do navegador solitário, a bordo de um barco idealizado por ele mesmo, o Paratii 2, um inovador veleiro com estabilidade de forma e sem lastro. Nos últimos anos, aliás, tem crescido cada vez mais a atração de turistas por este território remoto e congelado. A visita é feita em navios de cruzeiro, que partem de Ushuaia, na Argentina, na região da Tierra del Fuego – o porto mais próximo. As rotas são muitas e as opções variam de cruzeiros simples a expedições em luxuosas embarcações.

APLICATIVOS

KIT VIAGEM

Os aplicativos feitos para Iphone estão cada dia mais presentes na vida dos viajantes. O grupo Accor de hotéis, por exemplo, tem um aplicativo onde você pode pesquisar a disponibilidade e as tarifas de todos os hotéis da rede, como Formule 1, Ibis, Etap ou Mercure, em cidades do mundo inteiro. Na hora você fica sabendo se tem vaga, quanto custa, onde é e já pode efetuar a reserva. Há aplicativos para passagens aéreas, câmbio, guias de viagem, mapas, metrôs, enfim, uma infinidade de informações para ajudar.

Várias marcas, especialmente de cosméticos, possuem kits de viagens com frascos vazios e saboneteiras para você armazenar de forma prática e segura seus cremes, perfumes, shampoos e condicionadores na hora de viajar. Sem fazer volume ou causar sujeira, é a forma mais segura de transportar estes produtos. A Sephora, por exemplo, tem um lindo e a Natura também. Fica a dica de compra do mês!

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VERDE Um destino ainda pouco explorado pelos brasileiros nos Estados Unidos é o Yosemite National Park. Localizado nas montanhas da Serra Nevada, na Califórnia, oferece mais de 3 mil quilômetros quadrados de paisagens inesquecíveis, entre sequóias gigantes, rochas graníticas, plantas raras, cascatas, desfiladeiros de granito e bosques. A visita pode ser feita desde São Francisco, durando cerca de três horas e meia de carro, ou desde Los Angeles, durando quase o dobro, cerca de seis horas. Conheci o parque no mês de março de 2009 e achei o período do ano fabuloso por não estar nem quente e nem frio demais.

TRAÇANDO MADRID Uma maneira divertida de saber mais sobre a capital da Espanha é ler o sexto volume de crônicas de viagem da série Traçando, que reúne os primorosos textos de Luis Fernando Veríssimo e ilustrações de Joaquim da Fonseca. Traçando Madrid foi escrito após uma visita de ambos ao local, em 1996, por ocasião das comemorações dos 250 anos do nascimento do pintor Goya. Ironicamente, Veríssimo transforma o próprio fantasma de Goya em seu anfitrião, visitando em sua companhia museus, restaurantes e lugares fantásticos. São 143 deliciosas páginas de leitura e belas ilustrações dos principais pontos turísticos de Madrid.

GIRO TAM A TAM lançou uma promoção super interessante para quem parte dos destinos Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte ou Salvador. Comprando um trecho de ida e volta dentro do Brasil, a partir destas capitais, você pode escolher até três cidades para conhecer no meio do caminho, sem pagar nada a mais por isso. Através do portal www.girotam.com.br você escolhe as cidades e recebe o valor calculado da rota na hora, pagando apenas o valor correspondente ao trecho entre o destino inicial e o final. As cidades intermediárias podem ser sugeridas pela TAM ou você pode montar a sua rota. Não é uma maravilha? Uma única passagem que vale por quatro viagens.

Pior que não terminar uma viagem é nunca partir.

Amir Kilnk

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Gastronomia Sabor paradisíaco

Por Mônica Corrêa.

Peixes e frutos do mar grelhados podem ser apreciados em um dos lugares mais charmosos da ilha.

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empresário Nuno Cunha sempre gostou de cozinhar. Criado em Portugal desde pequeno, sempre apreciou a cozinha latino ibérica. De volta ao Brasil, resolveu realizar seu grande sonho, ter um restaurante. Durante anos procurou um local em Florianópolis que pudesse abrigar o empreendimento que gostaria de montar. Descobriu uma bela casa em Santo Antônio de Lisboa, um dos lugares mais charmosos e bucólicos da ilha, ficou sócio do melhor amigo e ali resolveu abrir seu restaurante. A reforma durou meses. Atento a todos os detalhes, mesmo não sendo arquiteto, o empresário conseguiu criar um cenário único. O restaurante fica de frente para a Baía Norte e a decoração retrata detalhes da cultura açoriana. Os clientes ficam encantados com o lugar. No cardápio, nada de frituras. Peixes e frutos do mar grelhados, bacalhau, ostras e vieiras acompanhados de purê de mandioquinha e batatas recheadas com legumes cozidos. A variedade de peixe fresco também é grande. Garoupa, linguado e bacalhau, além de camarão e carpaccio de robalo, um dos sucessos da casa. Para sobremesa, a sugestão é banana e manga flambada com sorvete. A carta de vinhos também é uma das melhores da cidade. E a soda italiana faz um tremendo sucesso. Com pouco mais de cinco meses, o Restaurante Pé na Areia está se transformando em uma das melhores opções gastronômicas da ilha. Sucesso garantido para quem gosta de comer bem e apreciar um cenário de cinema. Serviço: Endereço: Rodovia Gilson da Costa Xavier, 51 – Santo Antônio de Lisboa, Florianópolis/SC Telefone: (48) 3234.2121 Horário de Funcionamento: todos os dias, das 11h45 às 23h45.

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Vinhos Foto: Divulgação

Por que e quando beber vinho?

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esquisas arqueológicas comprovam que a primeira bebida alcoólica elaborada pelo homem foi o vinho e a seguir a cerveja. Desconhecendo a causa das estranhas reações produzidas no cérebro e refletidas nos sentidos e no comportamento, os povos primitivos atribuíam os efeitos do álcool à intervenção dos deuses. Por isso a busca da iluminação divina através da ingestão de bebidas alcoólicas, desde tempos imemoriais, é prática até hoje comum a pajés, caciques, xamãs e feiticeiros tribais, tanto em festas quanto em rituais de passagem e cura. O cauim dos nossos índios (à base de mandioca mastigada pelas mulheres), a chicha dos povos andinos (espécie de cerveja de milho) e a própria cachaça aqui consumida (no Caribe é o rum) nos rituais de origem africana (marafo, mi zi fío) são exemplos bem conhecidos. O vinho era o elemento motor das celebrações gregas dos Mistérios de Elêusis, dos Mistérios de Dyonisos e das Bacanais romanas. Nos dias atuais, continua sendo usado em rituais religiosos e filosóficos. Na missa católica simboliza o sangue de Cristo (hic est enim sanguinis meus), e na iniciação ao 14º grau da maçonaria escocesa é compartilhado por todos de um só copo, como prova de igualdade e união. Para manter as igrejas e suas próprias mesas abastecidas, os monges medievais tornaram-se exímios vitivinicultores. A eles devemos algumas descobertas e invenções que, aperfeiçoadas pela tecnologia atual, são responsáveis pelos melhores vinhos que hoje saboreamos. Claro está que o homem da Idade Moderna não consome vinho por motivos religiosos, mas por razões que uma velha máxima, pelos fiéis de Baco batizada como “AS CINCO RAZÕES PARA BEBER”, assim define: 1ª - Em razão do próprio vinho. 2ª - Para homenagear um amigo. 3ª - Para aplacar a sede presente. 4ª - Para prevenir a sede futura. 5ª - Por qualquer outra razão, ainda que não identificada. O conteúdo dessas sábias definições, ao mesmo tempo sérias e jocosas, explica com perfeição por quê se bebe vinho. A primeira razão contém a noção do prazer de degustar uma taça, descobrir e apreciar as qualidades da bebida: a cor, o brilho, os aromas, buquês e sabores, que se abrem e se modificam aos poucos, a intensidade alcoólica, a acidez, a maciez ou agressividade dos taninos, a persistência do gosto na boca, enfim, todos aqueles detalhes que levam à avaliação do produto, tanto para incluí-lo quanto para excluí-lo de nossa lista de preferências. A segunda razão é a mais nobre de todas, pois a melhor homenagem que podemos prestar a um amigo é abrir-lhe uma boa garrafa – não necessariamente cara – e com ele compartilhar momentos de conversa alegre e descontraída. Discutir trabalho e negócios sorvendo qualquer bebida alcoólica, além de chato, é temerário. Os convivas acabam

Edson Ubaldo*

encrencando por ninharias profissionais ou um deles depois se arrependerá do péssimo negócio que fechou. E se a bebida for vinho, esta regra deverá ser levada ao pé da letra, sob pena de todos perderem o prazer maior do encontro, que é o próprio vinho, além da companhia dos amigos. As razões 3ª e 4ª são meras brincadeiras, embora encerrem uma verdade química incontestável: mais de 80% de cada garrafa de vinho é composto de água proveniente da própria uva. Indicam, ainda, que os apreciadores mais requintados não ingerem água senão depois de esgotada a última gota da taça final. A 5ª razão é a mais perfeita e completa da lista, pois um bom vinho não requer motivo algum para ser bebido, bastando o simples desejo de quem dispõe da garrafa, do sacarrolhas e do copo. E de uma excelente companhia, de preferência. É certo, entretanto, haver circunstâncias que direcionam o tipo e a classe do vinho a ser consumido. Há os mais apropriados para festas e comemorações - os espumantes, é claro, cujas origens e qualidades dependerão do tamanho do bolso do anfitrião. Outros descem melhor em determinadas horas ou com determinados pratos. Num fim de tarde de verão, à beira da praia ou da piscina, um rosé ou branco leve é a pedida ideal. Já com as refeições, embora as regras não devam ser demasiado rígidas, pois acima delas está o gosto de cada um, convém buscar-se a chamada harmonização, hoje tema da moda nos cursinhos de culinária e enologia que proliferam por aí. Para não invadir a seara alheia, limito-me a dois exemplos de suma desarmonia: ostras cruas com tintos encorpados e churrasco com um delicado sauvignon blanc. A afirmação de que os brancos são para peixes e os tintos para carnes não pode ser tomada como norma absoluta. Bacalhau, tainha, anchova e defumados pedem um tinto leve ou médio. Ave, coelho, leitão e cordeiro mamão, com condimentos e molhos leves, vão bem com brancos de boa estrutura, como os Chardonnay da Bourgogne. A regra de ouro é que o vinho não pode matar o prato, nem este àquele. A verdade é que para cada alimento sempre haverá um vinho apropriado, o que não acontece com nenhuma outra bebida. Enfim, o que conta é o prazer das experiências, descobertas e surpresas que o vinho proporciona. Diante de um motivo especial, escolheremos a garrafa. À míngua de qualquer razão, a escolha será feita conforme a inspiração, mas sempre obedecendo aos “pressupostos de desenvolvimento válido e regular do processo”: estômago forrado e moderação. * Desembargador aposentado. Autor de “Vinho Um Presente dos Deuses”

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Velocidade

Carro de nova geração

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escrito apenas como um estudo, não estando prevista a sua produção, o forspeed é animado por um motor elétrico de magneto síncrono permanente com 30 kW de potência, instalado sobre o eixo traseiro. Esta motorização permite-lhe acelerar dos 0 aos 60 km/h em 5,5 segundos e atingir uma velocidade máxima de 120 km/h. Este roadster não apresenta teto ou janelas laterais e, em vez de um pára-brisas, possui apenas um pequeno defletor, que contém células fotovoltaicas que alimentam o sistema elétrico do automóvel. De acordo com a Mercedes, o design revela tendências que poderão ser adotadas para a próxima geração do Fortwo e do ForFour. Um botão na consola central controla a função «boost», que fornece mais 5kW de potência durante um curto período de tempo. O motor é alimentado por uma bateria de iões de lítio, recarregável numa tomada de 220 Volt, e anuncia uma autonomia de 135 km. No interior, destaque para o conjunto de 10 LED que se ilumina no centro da consola central, indicando o

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Smart Forspeed estado da bateria. Destaque ainda para a capa para proteger o interior da chuva, que pode ser esticada sobre os dois lugares ou apenas sobre um, conforme as necessidades do momento. Vale referir ainda que, no caso de chuva, o forspeed possui canais de escoamento para a água nos bancos e no piso, e toda a instrumentação está revestida com uma camada impermeabilizadora. Além disso, o Forspeed possui lanternas de LED, células solares fotovoltaicas colocadas na base do pára-brisas e uma tomada para carregar a bateria de lítio-ion, que fica escondida sob o logo da marca, na parte traseira do carro. Os pára-choques possuem uma estrutura do tipo favo de abelha, funcionando também como tomadas de ar. Os pneus utilizados são 205/35 R18 na frente e 235/30 R18 na traseira. Por dentro, além dos assentos de couro, o carro conta com acabamento em plástico brilhante e alumínio escovado. Também existe no projeto um display para smartphone no console do lado do passageiro.


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Estilo

SPFW inspirada

Por Ana Marta Moreira Flores.

Ronaldo Fraga

O inverno 2011 da São Paulo Fashion Week (SPFW) veio cheio de inspiração. A edição ainda marcou os 15 anos de evento que, como todo adolescente, tem muito o que crescer e aprender. Mas o poder criativo dos estilistas brasileiros, como sempre, superou expectativas. As marcas da semana paulistana apostaram em trabalhos autorais com forte influência da natureza, arte, arquitetura, fotografia e até mesmo desenho animado. A equipe da Estação Aeroporto foi conferir de perto o que inspirou as principais coleções e prova que a moda brasileira pode estar em qualquer lugar!

Maria Bonita

Mosaicos Athos Bulcão Ronaldo Fraga

Maria Bonita

Athos Bulcão

O multiartista carioca Athos Bulcão (1918 – 2008) foi inspiração para duas grandes marcas na São Paulo Fashion Week. A obra de Bulcão vai de desenhos e esculturas à arquitetura e é mais conhecida em painéis feitos de azulejo, nos principais edifícios de Brasília. O jogo de cores, grafismos e o imaginário do artista foram combustível criativo para a coleção de inverno de Ronaldo Fraga. Os painéis da Igrejinha Nossa Senhora de Fátima, a primeira construída na capital federal, renderam estamparia para os looks do inverno. Já na coleção da marca Maria Bonita, assinada

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por Danielle Jensen, buscou elementos brasileiros na construção de Brasília para a próxima estação. Os candangos, em sua maioria migrantes nordestinos que construíram a cidade, também inspiram a marca em roupas de modelagem ampla, chapéus protetores e na cartela com tons empoeirados. Ao tratar da construção da capital, Bulcão volta à cena com seus mosaicos, rendendo outra leitura nas estampas da Maria Bonita. Pontos extras para trilha sonora do desfile da marca, que embalou o desfile com a música “Construção”, composta e interpretada por Chico Buarque.


De galho em galho

Patrick Dougherty

Samuel Cirnansck é o equilíbrio perfeito entre moda, conceito e arte. O estilista abraçou a natureza e o urbano, juntamente com a obra do artista plástico Mark Ryden e do esculSamuel Cirnansck tor Patrick Dougherty, para trazer o clima do inverno 2011. As pinturas de Mark Ryden costumam trazer um ar fantástico, beirando ao surreal, com uma delicadeza única, e foram claramente refletidas na passarela de Cirnansck. Já as esculturas de Dougherty, basicamente feitas com galhos em uma espécie de ninhos gigantes com formas orgânicas e arquitetônicas, saltaram para os vestidos e acessórios da marca unindo raízes e ráfia, em uma mistura interessante com seda e lã.

Samuel Cirnansck

Mark Ryden

São Paulo = Chuva Não tem como falar de São Paulo sem falar da famosa chuva (ou garoa) do fim de tarde. Pois o inverno 2011, assinado pela dupla Fabiano Grassi e Igor de Barros, se inspirou em bandeiras e brasões da “República Cavalera” e trouxe a chuva (para dentro da Bienal) como ambiente urbano da marca. A estamparia remete a ícones destes elementos patriotas desconstruídos e promete ser o novo ícone da marca. O chumbo e o preto, presente em todos os looks, remetem às nuvens carregadas pré-temporal.

Cavalera

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Geração Pokémon Os Pocket Monsters (algo como monstros de bolso, em tradução livre) ou os famosos Pokémon, marcaram a geração da década de 1990. Às centenas, os monstrinhos de origem japonesa têm formas e comportamentos variados e se espalharam pelos quatro cantos do mundo. Febre em videogame, desenho animado e até mesmo no cinema, a franquia de produtos dos bichinhos tem fãs até hoje. Com isso em mente, a estilista Gloria Coelho resolveu criar, por meio do DNA inconfundível da

marca, um inverno de tons clarinhos como base (nude, off-white, cinza e prata) com pontos vibrantes em azul, vermelho, verde e amarelo. Nos materiais, construções primorosas em cetim e organza de seda, couro, tafetá, lã e cristais. As formas arquitetônicas, as dobraduras sanfonadas e a cartela de cores lembram a estética do desenho animado. Bem ao gosto da geração multitasking de 1990, Gloria ainda buscou para seu inverno de armaduras-chic elementos do vestuário esportista de MotoCross, cavaleiros medievais e marajás.

Gloria Coelho

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Pokémon


Novo Grunge Kurt Cobain

Embalados pelo som de “Smells like Teen spirit”, do Nirvana, o movimento grunge envolveu bem mais que dezenas de bandas (boas) vindas de Seattle. O estilo desgrenhado e as camisas de flanela xadrez foram revisitados pela estilista Juliana Jabour. O inverno 2011 vem maduro na estreia da marca em São Paulo, com cores mais sombrias e pesando na silhueta ora estruturada, nos grandes volumes e sobreposições, e ora fluída e alongada, como nos maxitricôs, camisetões e saias até o chão.

Pearl Jam Juliana Jabour

Frank L. Wright A arquitetura orgânica de Frank Lloyd Wright deu o tempero para o inverno 2011 da Cori. As linhas de seu projeto mais famoso, a Casa da Cascata, refletem em linhas precisas e recortes rigorosos. Os materiais nobres dos casacos, vestidos e paletós de alfaiataria vêm com fendas, de níveis e mistura de tecidos. Janelas de organza recortadas a laser trazem leveza às peças de design arquitetônico.

Unity Temple

Casa da Cascata

Cori

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Sam Haskins A interpretação da fotografia de Tom Haskins pelo estilista Valdemar Iodice é divina. A obra do fotógrafo sul-africano foi marcada por um atmosfera sensual e fetichista, e o livro de fotografias da cowboy Kate é seu trabalho mais conhecido. Nas últimas décadas, o fotógrafo se especializou em editoriais de moda, assinando seções para revistas como Allyra, Vogue e Harper’s Bazaar. Na coleção da marca, os tecidos como jérsei com georgete, seda, couro e lã dividem espaço com tricôs. Preto, dourado, safári e orange aparecem tanto na modelagem

mais justa quanto na mais ampla. Os decotes ora profundos ora rasos valorizam a silhueta e a feminilidade da mulher Iodice. Destaque para o vestido de couro com franjas e tachas usado com botas de salto altíssimo dourado. A única estampa com mix de tons quentes traz penas estilizadas e lembra a cartela de cores de Lazy Day, da década de 1970. O chapéu, presente em vários looks, denuncia que Kate esta à solta.

Iódice

Iódice

Sam Haskins

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Cowboy Kate


Amiga da onça A pelagem gráfica e orgânica das onças sempre foi inspiração para a moda. Mas vale mesmo é usar a faux fur, pele falsa, em nome dos animais e da sustentabilidade. A estampa e as pintinhas dos famosos felinos encantaram a estilista Juliana Jabour. O vestido-ícone de lã, pedrarias e pena encantou até as pessoas de estilo mais discreto. A estampa aplicada na seda ganha ar leve com cintura marcada no styling. Na passarela da Amapô, as botas que imitam uma textura de croco formam uma estampa toda trabalhada no oncismo.

Juliana Jabour Amapô

Força da natureza Os desastres naturais em todo o mundo causaram um impacto no processo criativo de Alexandre Herchcovitch. O inverno da marca vem todo austero, com muito preto e cinza e alguns pontos de luz em orange e prata, na coleção masculina. A ideia de proteção e reserva fica evidente no capuz e nas roupas, que cobrem o corpo todo. O ar utilitário do desfile para eles teve o contraponto de leveza no desfile feminino, com aplicação em renda. Os comprimentos até o chão e alguns modelos com a manga costurada ao vestido passam a ideia de impotência humana frente à natureza. Faz pensar.

Alexandre Herchcovitch

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Desfile

No topo do mundo Por Ana Marta Moreira Flores.

Verão Top Model elege o mais novo talento catarinense das passarelas.

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abrina Meyer Caetano é a nova aposta rumo ao seleto grupo de top models brasileiras. Vencedora do concurso Verão Top Model, produzido pela RBS TV Santa Catarina, a jovem de apenas 16 anos comprova por que o estado tem tantos talentos no mundo fashion. As audições de seleção do programa aconteceram em todo o estado e seis semifinalistas foram escolhidas depois de passar pelo olhar especializado da produtora Kenia Costa e do booker da Mega Model, Cléber Cicconi. A semana do concurso foi intensa e cheia de testes para as meninas, que ficaram reunidas em uma mansão, em Florianópolis. Cada etapa foi ao ar em programetes inseridos dentro da grade de programação da RBS Santa Catarina. Preparar o grupo de aspirantes a modelo para as passarelas contou com uma equipe de peso. Os fotógrafos Fábio

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Cabral, Rodrigo Marini e Walmor de Oliveira assinaram os editoriais de moda, todos produzidos durante a semana de confinamento. A produção de moda foi assinada pela dupla Carol Ramos e Lu Dalmas, com o talento dos pincéis de Fabiane Arcoverde no make. O escritório Samira Campos comandou a consultoria no formato do programa e assessoria de imprensa. Brilhar nos desfiles não é tarefa simples, por isso o instrutor de passarela Namie Whiby foi o apoio para ensinar as semifinalistas a andarem com estilo e atitude. O estilista Victor Dzenk também deu seu toque fashionista na casa, com a coleção-desejo de inverno 2011 para o editorial de moda luxo. Com apenas três finalistas na casa, Carolina, Sara e Sabrina, o concurso trouxe o beauty artist Fernando Torquat-


to para realizar radicais mudanças nas garotas, alinhando com as expectativas que o mercado demanda. A prova final foi transmitida ao vivo e contou com o voto do público, pelo telefone. Sarah Almeida foi a preferida. Porém, a opinião do júri final, composto por Eli Hadid, proprietário da Mega Model SP, a top model Annelyse Schoenberger, a atriz Thaila Ayala e o mestre das passarelas Namie Whiby, foi diferente. Isso só confirma que há muito talento por vir: “Todas vão trabalhar muito bem. A Sarah vai entrar no mercado comercial, a Carol poderá transitar pelos dois, e a Sabrina tem perfil internacional e fashion”, comenta Kenia Costa. O projeto teve a assinatura de grandes marcas de prestígio nacional e regional. Com mais de 400 pontos de venda em todo o país, a grife catarinense Lez a Lez, marca do tradicional grupo Lunender, dá um caráter fashion ao projeto. O Guaraná Antarctica e a Le Monde, uma das principais concessionárias Citroën do país, apoiaram o concurso. Os patrocinadores locais são Belvivere Cirurgia Plástica, L’Apogee Cosméticos e Shopping Muller.

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Moda

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Ao lado: Saia Lino Villa Ventura para Tida, Asa de anjo Atelie Dbeirão.

arnaval de gala A magia do carnaval pula do sambódromo para o baile de gala. As plumas ganham status de acessório indispensável para festa em presilhas de cabelo, chapéus excêntricos e em asas garbosas nada convencionais. O baile de máscaras também encontra releitura nas festas cheias de pompa. O brilho dos paetês aparece em luz mais discreta nas máxi-formas sem deixar a animação de fora. Até mesmo o lado colorido inspirado na portuguesa mais brasileira de todos os tempos, Carmen Miranda, pode ser precioso na medida. Agora é abrir alas e deixar o samba-chique passar! Texto: Ana Marta Moreira Flores .

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Vestido Gloria Coelho para Tida, Arranjo Atelie Dbeir茫o, Acess贸rio Fabiana Silva.


Vestido Andre Lima para Tida, Mascara acervo produção .


Saia Madame X para Garimpo , Acess贸rios Fabiana Silva , Top Atelie Dbeir茫o, Sapato Arezzo .


Blusa Printing Arte para Tida, Acess贸rios Fabiana Silva, Sapato Schutz .


Vestido Tigresse para Tida, brinco Anna Carmelitas , asa de anjo Atelie Dbeir達o .

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Vestido Madame X para Garimpo , Arranjo Atelie Dbeir茫o, Acess贸rio Fabiana Silva, Sapato Arezzo.


Vestido Marcelo Quadros para Garimpo, Arranjo Atelie Dbeir達o.

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Vestido Lino Villa Ventura para Tida, Mascara acervo produção, Colar Anna Carmelitas, Pulseira Fabiana Silva.

Ficha Técnica Fotografia: Paulo Carotini. Produção de Moda: Vitório Schneider. Make Up e Cabelo: Maíra Muller. Modelos: Bárbara Nogueira e Thais Silveira. Casting: Ford Models Santa Catarina. Loja: Tida, Garimpo, Fabiana Silva, Anna Carmelita, Arezzo, Mix Urbano e Ateliê Dbeirão. Agradecimentos: Milena Reinert. 81


Perfil

Funny Fey

Por Dani Ferrera

Ela foi a grande vedete durante a última campanha presidencial nos Estados Unidos, graças a seu humor e sua semelhança com a candidata a vice-presidente Sarah Palin. Tina Fey retornou em grande estilo ao Saturday Night Live, programa semanal que revelou todo seu potencial. Além de atuar, ela foi a primeira mulher a chefiar o núcleo de redatores do programa. Com o sucesso de seus textos, não demorou para que ela emplacasse seu primeiro longa, “Meninas Malvadas”, sucesso de crítica e público. Logo na sequência ela lançou o divertido “Uma Mãe Para Meu Bebê”, contracenando novamente com sua colega de SNL Amy Poehler. Sua parceria com Lorne Michaels continua na cultuada sitcom 30 Rock, ganhadora do Emmy e do Globo de Ouro.Tina também emprestou sua voz para a repórter Rosana Rocha no longa de animação “Megamente”. Nesta entrevista, ela fala sobre sua participação em “Megamente” e, claro, Sarah Palin. Estação Aeroporto: A personagem que você interpreta em “Megamente”, a linda e destemida repórter Rosana Rocha, sente algo romântico pelo diabólico Megamente. Ele tem pele azul. Em termos de preferência, você se sente atraída por homens de pele azul? Tina Fey: (risos) Sim, acho a pele do Megamente muito bonita. Não só porque é azul, mas também pelas lindas tonalidades arroxeadas. A pele dele tem uma cobertura linda.

tensa carreira como repórter no programa Saturday Night Live. É difícil se livrar do papel de repórter ou você gosta disso? É sim. Sou uma das pioneiras falsas repórteres na América e vou fazer um falso programa de notícias na CNN. Não, nada disso. Brincadeirinha. Foi divertido assumir o protótipo de Lois Lane e eu realmente gosto que ela seja um versão moderna disso: ela é atirada, inteligente e se parece com Sharon Osbourne.

Você e Will são famosos por saírem do script. Você improvisou em “Megamente”? E o diretor Tom McGrath a encorajou a improvisar? Sim, Tom nos encorajou a improvisar. Will e eu tivemos sorte, pois conseguimos dublar juntos e improvisar juntos. Tom queria que o elenco fosse parceiro e colaborador. Cerca de 30 por cento é improvisado.

Sharon Osbourne? Rosana Rocha é muito mais charmosa. Você gosta do visual dela? Sim, gosto muito. Gosto do cabelo curto, gosto que ela seja morena e gosto que ela tenha bumbum grande (risos). Não vou mentir para você, realmente gosto de como ela foi desenhada.

Se você vivesse num mundo onde Megamente e Metro Man fossem pessoas reais, por qual deles você optaria? Acho que seria por Megamente, porque ele é muito inteligente e realmente acho a nuance arroxeada da pele azul muito atraente. De verdade. Acho que ele tem uma pele muito, muito linda e ele é mais baixo do que eu. Gosto disso. Megamente e Metro Man são arquiinimigos. Tina, durante sua vida, você já teve algum arquirrival? Um inimigo número um? Nunca tive um arquirrival, mas tenho uma série de pequenos inimigos que me servem de combustível. Todo mundo que conheço, eu penso que vai me pegar, e isso é um combustível para minha energia, praticamente todos os dias. Você é uma repórter em “Megamente” e tem uma ex-

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Como foi gravar a voz de Rosana Rocha? Você gostou de entrar na cabine? Achei que dão muita liberdade, pois você pode experimentar coisas. Quando você está filmando algo, se improvisar num filme, geralmente não dá certo e você vai desperdiçar filme e o tempo do câmera. Mas quando está gravando primeiro, você pode tentar muitas coisas e não importa como parece. É uma total falta de vaidade, achei bem divertido. Você realizou muitas coisas na vida. O que você ainda gostaria de realizar? O que falta na sua lista? Muitas coisas da minha lista eu já consegui. Já consegui apertar a mão de Meryl Streep, meu sonho de infância era trabalhar no Saturday Night Live e eu tive sorte de conseguir. Há vinte anos, fui ao Arcadia National Park (no Maine), e tenho falado em voltar lá algum dia. Talvez eu volte ao Arcadia National Park.


Quando cresceu, quem inspirou você a ser comediante? Cresci nos anos 70, vendo Mary Tyler Moore e Carol Burnett. Havia tantas mulheres muito engraçadas. As pessoas dizem: “O humor é um clube do Bolinha?” Eu acho que, na TV, as mulheres sempre dominaram. É verdade. Sim, tantas mulheres têm sido estrelas gigantescas e puderam ser humoristas e ser quem elas eram. Veja a Betty White. Ela é incrível. Ela fez uma aparição em 30 Rock, e trabalhar com ela é outra coisa que estava na minha lista. Como é ser estrela de cinema e de TV ao mesmo tempo? É divertido. Várias vezes, no programa de TV, os roteiristas me provocam quando eu chego parecendo péssima e chutando praticamente tudo o que encontro no caminho. É mais ou menos assim: “Ei, olhe só. Você é uma estrela! Você realizou o sonho!” Você mora em Nova York, onde gravam 30 Rock. Mas já pensou em se mudar para LA? Adoro Nova York, é onde me sinto em casa. Você é uma estrela nos Estado Unidos há muitos anos, mas com sua interpretação de Sarah Palin, você se tornou famosa no mundo inteiro. O que você acha disso? Na verdade, desde Sling Blade, nunca houve uma voz como a dela, que qualquer um pode fazer. Alguns dizem que sua personificação de Sarah Palin teve impacto na eleição. Você se sente poderosa? Se me sinto poderosa? De jeito nenhum. Não tenho tempo de andar por aí me sentindo poderosa. Quer saber como realmente me sinto? No mundo da arte existe a síndrome do impostor. A beleza da síndrome do impostor é que você vacila entre a extrema egolatria e a sensação de que é uma fraude completa. “Meu Deus, vão perceber”. Então tento aproveitar a egolatria quando aparece, depois caio na fase do “sou uma fraude”. Mas percebi que quase todo mundo é uma fraude, então, honestamente, não me sinto tão mal assim.

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Estação Final by Narriman Chede

Camarote Carnaval Nego Quirido By Fernando Willadino.

Renato Marcondes Brincas com a namorada Moniky Bittencourt.

Reynaldo Leal com a esposa Mariangela Leal.

Eduardo Gerchman, Eduardo Smith e Mário Neves. Alexandre Geiger com a noiva Camilla Mallon.

Show Cláudia Leite By Henrique

Claudete de Cézaro. Heloise Amin.

Maria Elisabeth Lima de Medeiros e Marcelle.

Gil Satti e Maria de Fátima Cordeiro Ramos.

Mariana e Vânia Pedroso e Larissa da Silva Jardim.

Dani, Dilson, Marcelle, Tida e Tamy.

Dany Rossoni.

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Sônia Zanette.

Tatiana de Bem.


Aricia Silva.

Feijoada do Cacau By Milton S. de Oliveira Junior.

Ana Carolina e Nilo Braga. Isabela e Eduardo Marcondes.

Bassam, Khaled e Patrícia.

José Tadeu da Cruz, Gean Loureiro, João Alexandre Silva e Dário Berger. Samira Campos e Anselmo Prada. Marinho Marcondes, Jeferson de Moura, Miguel Lafer e Fernando Marcondes.

Fernando Marcondes, Mônica e Darci Gulin.

Ellen Roche.

Inauguração Spetto By Ângelo Santos.

Filipe e Betina Demeterco.

Casildo Maldaner, Marlene e Julião Konrad. Camille Reis. Bel Pereira. Filipe Demeterco e Fernando Cavalcanti.

Marcos, Ana Paula Remor e Gabriela Tonelo.

João Gomes Filho, Wilfredo e Filipe Demeterco.

Rico Grunfeld e Max Gonçalves.

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Estação Final by Narriman Chede

Camarote Carnaval Sapucaí By Marcello Bravo.

Antônia, Orlando Moraes e Glória Pires. Geovanna Tominaga.

Elano, Luxemburgo, Thiago Neves e Diego Maurício.

Humberto Carrão.

Hebe Camargo dá selinho em Jude Law. Luis Stein e Fernanda Abreu.

Gaetano Lopes. Helena Ranaldi. Cláudia Ohana e Yussef Kalume.

Lea T. Paulo Goulart, Nicette Bruno e Beth Goulart.

Sophie Charlotte e Malvino Salvador.

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Mart’nália.

Juliana Didone.


Luma de Oliveira.

Hebe Camargo e Christian Audigier. Fernanda de Freitas. Leonardo Miggiorin.

By Marcelo Bravo.

Will.i.am, João Castro Neves e Bob Sinclair. Nivea Stellman. Luciane Klein e Mauro Mendonça.

Fernanda Vasconcelos e Henry Castelli. Marrone e Washinton. Nelson Sargento.

Zeca Camargo.

Pamela Anderson e Jonathan Rose.

Ronaldo, Bia Antony, Marcus Buaiz e Wanessa.

Wolf Maia e Danielle Winits.

Ziraldo.

Vincent Cassel.

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Crônica

Emoções Químicas Raul Caldas Filho

A

s emoções e os sentimentos têm servido há séculos de matéria-prima para a inspiração de poetas dos mais diversos quilates, desde os trovadores medievais a Shakespeare, Vinicius e Drummond, passando por melodramáticos como J.G. de Araújo Jorge (cujos derramados versos “mentirosa mulher que tanto amei...” fez muito sucesso na Floripa da era do rádio). Ou compositores populares, como Chico Buarque e Roberto Carlos (“emoções, muitas emoções...”). Pois as emoções mais profundas e os sentimentos mais sublimes estão sendo agora dissecados pela neurociência, que garante que tudo não passa de um fenômeno químico ou bioquímico. Isso quer dizer que aquela tremura nas pernas, o suor frio nas mãos e o bater acelerado do seu coração, quando você tinha 15 anos e encontrava-se com a bela adolescente de cabelos louros (ou escuros) e peitinhos despontantes, nada mais era do que uma substância neurotransmissora chamada dopamina, que se manifestava em seu organismo. O que também acontecia com elas, quando avistavam aquele jovem bonitão com topete de galã e elegantemente trajado. É claro que me refiro à minha geração, pois os modelos que atraem as atenções femininas hoje diferem bastante. Mas não são apenas as sensações amorosas que estão servindo de cobaias para os racionalistas bioquímicos. Outros sentimentos, ou reações sensoriais, como a inveja, o medo, o ciúme, a ira, a alegria e a tristeza, também entram no pacote das pesquisas da neurociência. É óbvio que cientistas debruçam-se em pesquisas similares há um bom tempo. Em 1872, o naturalista Charles Darwin, o genial criador da teoria da evolução, demonstrou, no livro “A Expressão das Emoções no Homem e no Animal”, como as emoções estão ligadas a mecanismos evolutivos essenciais à preservação da espécie. A alegria, por exemplo, leva os animais – incluindo os humanos – a correr atrás dos alimentos e dos parceiros sexuais, indispensáveis para mantê-los vivos e gerar descendentes. (O que vem de encontro à teoria freudiana de que todas as ações da raça humana visam dois objetivos fundamentais: a sobrevivência e dar continuidade à sua própria linhagem.) Não existe, entretanto, de acordo com os neurocientistas atuais, apenas uma forma de alegria. Aquela que eclode sob a forma de explosão e nos deixa eufóricos e falantes (em especial depois de alguns goles a mais) é regida, para variar, pela dopamina. Já a alegria mais serena, que nos domina quando a vida se apresenta tranquila, sem grandes surpresas, é regida pelos opióides, parente do ópio (conforme designa a denominação),

mas não derivado dele, e associado ao bem-estar. As duas substâncias fazem parte do processo de estimulação e realização sexual. O antes, o durante e o ápice da cópula devem-se (é claro!) à dopamina. O relaxante depois – o momento do “gostou, meu bem?” – agradeça-se aos opióides. *** Retornando ao sentimento amoroso. Desde Adão e Eva, como se sabe, o amor é algo tumultuado, perturbador e inexplicável à razão, o que levou Cole Porter a indagar numa de suas grandes composições: “What ís this thing called love?” Mas pela ótica da bioquímica toda a turbulência que ocorre entre os apaixonados é apenas o efeito da eclosão de uma substância chamada oxitocina, a qual, quanto mais for produzida, liberará – adivinhem o quê? – a nossa já conhecida... dopamina, que, além de propiciar a alegria, é ainda a responsável pelo sistema de recompensa cerebral. O que também significa que todas as obras-primas do amor romântico – Romeu e Julieta, Tristão e Isolda, O Morro dos Ventos Uivantes, A Dama das Camélias, etc. – foram motivadas por reações químicas. O ciúme, por sua vez, normal em pequenas doses, pode se transformar em delírio patológico (tema também de memoráveis obras literárias, como o Amor de Swan, de Marcel Proust, e Dom Casmurro, de Machado de Assis), devido ao desequilíbrio de outra substância neurotransmissora, a serotonina, encarregada de proporcionar prazer. E a quem interessar possa: O amor ardente não ultrapassa, em média, a quatro anos. Esse é o prazo estabelecido pela natureza para que os pares enamorem-se, acasalem-se e propiciem a concepção, a gestação e o nascimento de um novo ser, sobrando um tempinho para os primeiros cuidados com o pimpolho (ou a pimpolha). Assim fala a neurociência! Tinha razão, portanto, o poeta Vinicius de Morais quando proclamou: “... que o amor seja eterno enquanto dure.” *** Mas toda essa frieza e pragmatismo dos pareceres neurocientíficos me induz a duas conclusões: 1ª – A lua (mesmo com o bicho-homem já tendo pisado em seu solo) ainda é dos namorados. 2ª – Viva a dopamina! Raul Caldas Filho Jornalista, cronista e ficcionista. www.raulcaldasfilho.com.br contato@raulcaldasfilho.com.br

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Maura de Senna Pereira

Foto: Divulgação

A Dríade e os Dardos

Em verdade te digo que não foi naquela hora que te pertenci: quando me tomaste nos teus braços poderosos e me tiveste sob teus beijos e tua respiração.

Quando viste pulsar meu coração nu e o festejaste. Quando soubeste que nem sempre os teus pensamentos são os meus pensamentos nem os teus caminhos são os meus caminhos.

Em verdade te digo que não foi naquela hora mas quando, diante do teu, surgiu meu espírito livre e novo de rebento inquieto deste século, e descobrimos todas as comunhões das nossas almas.

Mas o amor brilhou como nunca em tua face e me surpreendeste com a torrente de palavras de que eu tinha sede desde a minha primeira hora consciente.

Quando conheceste as minhas derrotas e disseste que eram triunfos. 90

Foi quando te pertenci.



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