INCARTE

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Edição Nº2 | Junho de 2011 | Esta revista faz parte integrante do jornal “Público”. Não pode ser vendida separadamente

Escola Escola S. S. de de Valongo Valongo

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JUNHO em FESTA Os santos populares por todo o país e de todas as formas encantam, distraem e enchem as ruas de pessoas, de cor e vida.


“Santos Populares é no Porto e Norte Portugal”


Índice 03 Editorial 06 ESPECIAL

editorial

Estamos em campanha eleitoral e em cada edição da revista também fazemos sondagens, telefonemas, contactos, dossiês temáticos e assumimos compromissos. Estamos em campanha eleitoral e o vale tudo é a arma dos políticos. Como nesta luta de contacto total também na política usam-se as armas possíveis. Nesta arte nem sempre a veracidade dos factos ganham à retórica e fazem-se promessas, assumem-se compromissos ou trocam-se galhardetes de incompetência, a galinha da vizinha, neste caso, é sempre pior do que a minha. A audiência espera algo novo, algo positivo, algo que os faça acreditar que é possível sair da crise política, da crise económica, da crise social e humana…e desespera. Portanto o mais importante e a reter no primeiro fim-de-semana de Junho, para além das festas que começam por todo o país, é o chamado voto útil. Este voto que muitos consideram ser mais inteligente se for no candidato que defendem mas que é útil se votar em consciência no candidato e nas políticas que acredita. O voto é a sua opinião. Em Junho são vários os motivos de festa. Os santos populares que por todo o país e de todas as formas encantam, distraem e enchem as ruas de pessoas, de cor e vida. Na Figueira da Foz a beleza da paisagem funde-se com a folia do S. João. O turismo religioso, muitas vezes esquecido e relegado para um plano inferior, assume a sua característica divulgadora de tradições, de fé e cultura nem sempre associadas ao sagrado. O ano escolar aproxima-se do fim, esperam-se as últimas avaliações e reuniões e procuram-se os programas mais adequados. “Antigas e novas oportunidades” são motivo de discussão e voltaram à agenda política e publicada. No inicio de um novo mês pródigo em celebrações, festividades e, talvez, mudanças politicas…no INCARTE a certeza é de novos contactos, novos compromissos com os nossos parceiros e novas oportunidades para o leitor. CB

CM Amarante Figueira Grande Turismo JF Almacave JF Adeganha

18 PESSOAS & NEGÓCIOS Nobre Cadeinor 22 SAÚDE Santa Casa Misericórdia Vila do Conde 24 EDUCAÇÃO Escola Secundária de Valongo CM Valongo

FICHA TÉCNICA Redacção: Carlos Borges, Patrícia Lima, redacao@folhadamanha.pt | Departamento Gráfico: 2x7 Design

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Mónica Fonseca, Vanessa Taxa, 2x7design@gmail.com | Banco de Imagens: Stock.xchng | Director Comercial: Rui Martins, ruimartins@folhadamanha.pt Departamento Comercial: Ana Lima, analima@folhadamanha.pt; Leonardo Vasconcelos, leonardovasconcelos@folhadamanha.pt; Manuel Madureira, manuelmadureira@folhadamanha.pt; Olavo Abrantes, olavoabrantes@folhadamanha.pt | Propriedade: Folha da Manhã – Edições Periódicas, Lda. Rua da Constituição, 236, 3 Frt – 4200 - 192 Porto | Telefone/Fax: 220161495, geral@folhadamanha.pt | Contribuinte: 509646115 | Director Geral: Raul Pereira, raulpereira@folhadamanha.pt | Impressão: Multiponto, SA. | Distribuição: Gratuita | Periodicidade: Mensal

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Notícias « AUTORIDADE NACIONAL DE PROTECÇÃO CIVIL

Associações de Bombeiros recebem equipamentos SIRESP Decorreu, no dia 18 de Maio, no Auditório do Edifício Pirâmide, sito no Largo do Santo António, em Abrantes, a cerimónia de entrega de equipamentos portáteis para operação na Rede SIRESP às Associações es Humanitárias de Bombeiros (AHB). Nesta cerimónia, que presidida pelo Ministro tro da Administração Interna, Rui Pereira, e que contou tou com a participação do Secretário de Estado da Protecção ecção Civil, Vasco Franco, e da Secretária de Estado da Administração dministração Interna, Dalila Araújo, foram entregues simbolicamente bolicamente três equipamentos portáteis SIRESP a uma AHB HB de cada distrito, à excepção de Santarém, uma vez que este foi o distrito «piloto» na instalação da rede SIRESP, RESP, tendo recebido os primeiros equipamentos em 2008. 8. Os mesmos equipamentos serão de seguida entregues, es, através dos Comandos Distritais de Operações e Socorro, orro, às demais Associações Humanitárias de Bombeiros iros do país, de forma a garantir a total cobertura nacional. cional. As AHB presentes e que receberam os equipauipamentos, forma as de Águeda, Aljustrel, Amares, es, Alfândega da Fé, Belmonte, Arganil, Alandroal, Albufeira, Aguiar da Beira, Alcobaça, Agualva Cacém, Alter do Chão, Aguda, Águas de Moura, Arcos de Valdevez, Alijó e Armamar.

JUNTA DE FREGUESIA DO BONFIM

Inscrições para a Creche 2011/2012 Estamos a concluir mais um ano lectivo e os hábitos de socialização, que se fazem desde o ventre materno, ao longo dos anos aprimoram-se no contacto com o outro. Por isso as creches fazem parte da vida da maioria das crianças e a Freguesia do Bonfim, já desde o dia 16 de Maio, até 29 de Junho tem as inscrições abertas. Esta inscrição é valida para crianças que fazem 2 anos até 31 de Dezembro de 2011. Informe-se dos documentos que são necessários apresentar na Junta de Freguesia, no Gabinete de Serviço Social ou em http://www.jfbonfim.pt

CIÊNCIA VIVA

Ocupação Cientifica de Jovens nas Férias A Ocupação Científica de Jovens nas Férias proporciona aos estudantes do ensino secundário uma oportunidade de aproximação à realidade da investigação científica e tecnológica. Em curso desde 1997, esta iniciativa já envolveu mais de 8000 alunos que frequentaram estágios científicos em laboratórios de instituições

de todo o país. Destina-se apenas a alunos do Ensino Secundário e Cursos Profissionais e a sua frequência é gratuita. No final desta Ocupação Cientifica têm direito a um certificado de frequência, no caso de serem assíduos, passado pelo Centro onde efectuaram o estágio.

CÂMARA MUNICIPAL DE NELAS

Feira do Vinho do Dão No primeiro fim-de-semana do mês de Setembro realiza-se a Feira do Vinho do Dão em Nelas. O certame reúne as Adegas Cooperativas, os produtores de Vinhos de Quinta e algumas empresas produtoras do néctar da região. Com início em 1991, a Feira do Vinho do Dão procura potenciar a posição estratégica de nelas, bem no centro da Região Demar-

cada dos Vinhos do Dão. Desde então, a Feira tem acumulado êxitos sucessivos, que já lhe granjearam uma invejável posição no contexto da região e mesmo nacional. A Feira é ainda uma merecida homenagem a quem, produzindo o vinho, tanto tem feito por esta marca de referência da nossa Região.

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» Especial

Câmara Municipal de Amarante

Entre a História e a Natureza Conhecer Amarante pelas palavras e olhar de Armindo Abreu é percorrer o município em caminhos de terra batida e acabar a viagem num manto de alcatrão fresco onde a qualidade de vida pelos serviços são assegurados. Palavras e olhares por trilhos da cultura, de festas e romarias, da educação, do social e do espírito critico que os amarantinos partilham.

A

expressão o bom filho à casa torna faz parte da nossa cultura e em Amarante também temos o regresso do bom filho. O Beato Gonçalo de Amarante depois de peregrinar na fé regressou ao seu país e pelo acaso do destino foi em Amarante que se recolheu numa ermida onde dedicou a sua vida à oração e à pregação. No primeiro fim-de-semana de Junho celebra-se a fé e a devoção com a folia e o prazer em torno do santo Beato. “É um santo casamenteiro, folião, e nesse aspecto são as festas que anunciam o Verão. Do ponto de vista económico a cidade enche-se de forastei-

ros de todas as regiões do distrito”, explica Armindo Abreu, presidente de Amarante. Um fim-de-semana com rufar de bombos, com fogo-de-artifício que, “devido às condições naturais existentes com o rio e as pontes torna-se um espectáculo bonito”. No último dia a fé com as celebrações religiosas. “As motivações complementam-se, o convívio e o apelo de São Gonçalo, é uma festa do povo. As pessoas convivem na rua, como o S. João no Porto”, assegura quem conhece as tradições. E se nos conventos havia segredos a doçaria que brota desses anais culinários passou a ser divulgada e saboreada. Em

Presidente Armindo Abreu

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Amarante preparam a certificação de um produto sobejamente conhecido e apreciado. Para Armindo Abreu a indústria pasteleira devia redobrar esforços para não perder o costume e estabelecimentos de renome que são verdadeiras marcas regionais. “Os doces conventuais são uma riqueza que é preciso atribuir-lhe uma identidade para que não haja concorrência desleal. O facto é que casas emblemáticas têm encerrado porque as pessoas não dão continuidade à produção”, lamenta. O turismo de natureza em Amarante abunda, a Serra do Marão e o Rio Tâmega são dois excelentes atractivos combinados com outras ofertas. “Temos serra, muito sol e equipamentos públicos e privados que permitem um lazer activo que tornam a cidade e a região muito atractivas”. “Amarante é a ponte entre a história e a natureza”, refere o autarca frisando o edificado cultural e religioso em simbiose com as maravilhas telúricas do Marão. “Estamos constantemente a valorizar o nosso museu municipal. Um museu de arte moderna contemporânea de qualidade. Ainda recentemente ajudamos a recuperar uma igreja barroca belíssima, a igreja de Nossa Senhora dos Aflitos”. A diversidade cultural passa também por oferecer música, com a Orquestra do Norte, por exemplo, e espectáculos de teatro, “tornamos a cidade mais alegre e agradável para os amarantinos e para quem nos visita”. “Penso que se reconhecem e apreciam o esforço que temos feito para tornar a cidade e o concelho mais

atractivos e todos têm colaborado na sua manutenção como espaço aberto e comum”. É com estas palavras que Armindo Abreu se coloca na pele, e nos pensamentos dos seus munícipes. Preocupado com a situação económica e com a riqueza humana o cicerone desta entrevista lança o repto para os comerciantes aproveitarem a sua riqueza. O merchandising associado, por exemplo, a Amadeu de Souza-Cardoso ou Teixeira de Pascoaes. “São figuras maiores da arte portuguesa e podiam alavancar algum comércio tradicional”. Amarante foi a primeira cidade, a nível mundial, a ter rede Wi-Fi disponível para quem o desejasse. Desde 2006 que o edil deseja que os amarantinos façam os seus contactos desta forma, foi a idealização de um eGovernment. “O contacto directo do cidadão com o município deve tornar-se mais interactivo, por exemplo, requerer documentos, acompanhar processos, recenseamentos”, explica. Armindo Abreu faz uma análise ponderada dos anos de mandato, afinal, não desvaloriza o trabalho realizado mas os amarantinos têm a última palavra. O autarca orgulha-se das lutas travadas e das vitórias alcançadas. “Preocupamo-nos em fazer investimentos equilibrados mas que satisfizessem as necessidades imediatas e preocupamo-nos em deixar uma cidade e concelho melhor”, assegura. Conclui satisfeito e consciente da obra realizada mesmo na área das finanças autárquicas que se recomendam.



» Especial

Figueira Grande Turismo

S. João (com)Tradição “Este território do litoral dotado de condições naturais de excepção para o desenvolvimento turístico, justifica por si só a forte aposta que temos feito no turismo e que continuaremos a fazer”.

E

sta é a garantia que João Ataíde, Presidente do Município, revela em entrevista. Redescobrirem-se com novos modelos e potencializar mais e melhor a imagem e a marca “Figueira da Foz é um objectivo já para 2011”. Incarte (I): Sendo as Festas da Cidade um dos destinos preferidos nas festas em honra dos santos populares. Qual a afluência em honra de S. João? João Ataíde (JA): A noite de S. João é de facto o ponto alto destes festejos. É a noite em que tradicionalmente todos saem à rua, em que se come a nossa sardinha assada – que está certificada oficialmente pela sua qualidade a nível mundial. Assistem-se aos desfiles das marchas populares e vibra-se com a chegada do fogo-de-artifício, momento alto da noite. Esta fórmula de sucesso e o facto de termos tido, ao longo dos anos, a felicidade de ser uma noite com excelentes condições meteorológicas, tem permitido ter mais de 50.000 pessoas a assistir às festas. (I): Qual o factor de destaque, o elemento caracterizador, no S. João da Figueira da Foz? (JA): De facto há que realçar, para além das tradições comuns a todas as terras onde se festejam os Santos Populares, como a sardinha assada ou o saltar das fogueiras, que o S. João da Figueira tem uma singularidade – o Banho Santo. Reza a tradição que o banho tomado neste dia é santo – “curava maleitas e toda a doença e mal querer” – e até hoje continuamos a ter um conjunto de pessoas que se mantêm fiéis a esta tradição e cerca das 5h00 da manhã do dia 24 de Junho, ali se juntam para

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Presidente João Ataíde

ir ao Banho. Mas realço também a animação de rua e as Marchas Populares que desfilam quer na rua quer no Coliseu Figueirense, que é uma das maiores e mais antigas Praças de Touros do País. (I): A Festa em honra de S. João conjuga o sagrado, o religioso, e o “profano”, o pagão. De que forma são vivenciadas estas duas faces de uma mesma festa? (JA): De facto, as festas dos Santos Populares são revestidas desses elementos. A noite é o momento mais “profano” da festa, com divertimento até de manhã, desde os bailes aos arraiais de rua, terminando na praia com o Banho Santo. No dia de S. João, padroeiro da cidade e feriado municipal, realiza-se durante a tarde a tradicional procissão, em que a imagem de S. João da Igreja Matriz desce à Foz para abençoar os Figueirenses e as águas onde muitos ganham a sua vida. No fundo,

conseguimos ter uma combinação harmoniosa entre o profano e o religioso, capaz de agradar a todos os públicos. (I): A novidade é sempre esperada pelos foliões. Quais as surpresas nas festividades de 2011? (JA): Não querendo fugir à tradição, tentamos sempre inovar e melhorar de ano para ano. Mas nunca deixando de obedecer à matriz tradicional destas festas. Só anunciaremos o Programa Oficial das Festas da Cidade daqui a alguns dias e não posso revelar já todos os pormenores sob pena de estar a retirar o efeito surpresa. Mas posso garantir que não devem perder estes festejos, que terão várias novidades, e convido todos a virem celebrá-los connosco à Figueira da Foz. Será certamente um período de alegria em que a cidade mais uma vez se torna hospitaleira para aqueles que a visitam e abre as suas portas

proporcionando momentos muito agradáveis a todos. (I): “Sol e Mar” são os maiores atractivos e os mais vendidos. Qual a forma para vender o atractivo turístico que não está associado a este binómio numa região como a Figueira da Foz? (JA): Efectivamente o binómio Sol e Mar assume um papel preponderante no cenário turístico da Figueira da Foz, o que resulta das características naturais e da atractividade desta região, que vive uma relação forte com o Mar e com as praias. Contudo, entendemos que a Figueira da Foz é um destino com potencial para acolher turistas durante todo o ano e temos investido fortemente noutros tipos de turismo. São disso exemplos o turismo cultural e de lazer – com uma programação de grande nível no Centro de Artes e Espectáculos (CAE) em termos de teatro, cinema


Figueira Grande Turismo e arte entre outros, e a intensa actividade levada a cabo no Casino da Figueira, um dos mais antigos da Península Ibérica, mas também o turismo de congressos e o religioso. Certo é que se trata de uma aposta ganha porque neste momento, pelos dados recolhidos relativamente a 2010, o número de turistas ao longo de todo o ano passou para patamares muito significativos. De destacar a importância, para isso, do segmento “sénior”, o qual, por disponibilidade de calendário, foge às épocas mais massivas e assim complementa a procura do Verão.

dos mais importantes para este Concelho. É de salientar que este sector é estratégico na economia da Figueira, pelo impacto que tem na iniciativa privada e no emprego assim como pelo conjunto de outros sectores e actividades que “arrasta” consigo, o que nos leva a procurar estabelecer sinergias entre todos eles. Em termos de património natural, a Figueira da Foz é um caso único, na medida em que temos

praia, campo, serra, planície e rio. Temos também cultura e identidade, pessoas e hospitalidade. Temos uma cidade rodeada de ambientes rurais de interesse natural e paisagístico. Temos a costa litoral a norte e a sul da cidade. O núcleo urbano, tem uma oferta de património arquitectónico relevante, em que se destaca a zona de tradição balnear do Bairro Novo, a que acresce a forte inter-relação natural entre

Especial « o rio, o mar e a serra, rodeando a cidade e constituindo por si um factor potenciador da diversidade da sua oferta turística. Por último, queria apenas frisar que os destinos turísticos têm que estar preparados para a evolução das necessidades, das novas motivações e fruição pelos seus visitantes. E é nisso que temos apostado. Esperamos por todos para conhecerem melhor a Figueira da Foz. PUB

(I): Turismo religioso: Qual a importância deste segmento para a região da Figueira da Foz tendo em conta o património religioso/ cultural (edificado) presente? (JA): Esta tipologia de turismo é de grande importância para o País e a Figueira da Foz não foge à regra pela sua relação próxima com o fenómeno religioso de há largas décadas e a sua proximidade a Fátima. Temos um património edificado religioso muito significativo, de que é exemplo paradigmático o Convento de Seiça e várias igrejas que estão classificadas como património municipal, disperso pelas dezoito Freguesias do Concelho, o que nos levou a criar um conjunto de roteiros que integra o património cultural e religioso, material e imaterial, de todo o Concelho para uma maior e melhor divulgação junto dos turistas. Temos também apostado nas parcerias, o que nos levou a aderir à Rede de Castelos e Muralhas do Baixo Mondego, rede que tem como objectivo primordial promover a identidade cultural deste património medieval, animando assim e atraindo turistas nestes territórios. Iremos procurar em breve alargar esta lógica de parcerias ao turismo religioso. (I): De que forma o Turismo é “um motor do desenvolvimento regional? (JA): Eu diria que sendo um dos motores, é seguramente um

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» Especial

Junta de Freguesia de Almacave

Lamego:

A religião é um dos motores do turismo da zona

Presidente António Lourenço

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Na presidência da Junta de Freguesia de Almacave há trinta anos, António Lourenço faz um balanço positivo do mandato e refere a importância do turismo religioso e da caça como motores de desenvolvimento da zona. 10 |

ça de Queiroz dizia que “Em Lamego e Braga reza-se, em Coimbra estuda-se e em Lisboa manda-se”. Lamego possui, assim, a única diocese que não é sede de distrito. A religião é um dos factores de turismo da região, mas não só. Lamego possui uma riqueza histórica e cultural extensa. No seu património conta com monumentos religiosos que atraem todos os anos milhares de visitantes. Ao nível do património arquitectónico, destacam-se a Capela de Nossa Senhora da Esperança, fundada em 1586 pelo padre Francisco Gonçalves, cujo interior é decorado com azulejos e talha do século XVIII, existindo aí uma preciosa escultura em pedra ançã de Nossa Senhora da Esperança (século XVI). A Capela de Nossa Senhora dos Meninos foi mandada edificar pelo bispo de Lamego, D. Manuel de Noronha, em 1555.

Destaca-se ainda a Igreja de Santa Maria Maior de Almacave, um templo de construção românica, da segunda metade do século XII. Conserva da fundação primitiva o portal românico, com três arquivoltas e faixa axadrezada, as portas laterais e os lintéis. O seu interior foi profundamente alterado no século XVIII e enriquecido com azulejos e talha dourada nos altares. Merece especial atenção pela tradição das primeiras Cortes de Portugal, que aí se terão realizado nos primeiros tempos da nacionalidade. Almacave, uma das freguesias mais importantes do Concelho de Lamego, conta com António Manuel Lourenço na presidência há trinta anos. No seu último mandato, António Lourenço faz um balanço positivo do percurso e da evolução da freguesia, referindo que atingiu todos os objectivos na melhoria das acessibilidades e abastecimento da rede de saneamento. Ainda dentro das obras previstas está


Junta de Freguesia de Almacave a construção da nova sede de junta de freguesia “Almacave é uma freguesia muito citadina e por isso o importante agora é alargar caminhos rurais, ligar os povos e dar qualidade de vida aos habitantes”, refere o presidente de junta. Para além das referidas obras, houve ainda uma aposta na rede educativa pré-escolar e 1.º ciclo. António Lourenço conseguiu a confecção de almoços nas cantinas, assim como reencaminhar o excedente dos almoços fornecidos para dez famílias necessitadas, conseguiu também o apoio a idosos da freguesia e desenvolveu um ATL, creche e berçário, disponível 24horas por dia. Nas obras da freguesia está também prevista a inauguração de um pavilhão multiusos. “A obra é da Câmara e de uma empresa municipal. Apesar de ser uma obra que irá atrair o desporto para a cidade, penso que seria mais proveitoso ter dois pavilhões pequenos para a população praticar desporto, do que apenas um de grande envergadura que para ser usado terá de ser pago. Além de que a manutenção será mais cara”, admite António Lourenço. Há já alguns anos que Lamego aposta no turismo religioso como um motor de desenvolvimento do turismo da região. Um dos eventos mais importantes que se realizam na região é a procissão da Via-Sacra, que conta com o apoio monetário da Santa Casa da Misericórdia, com o apoio publicitário da Câmara Municipal de Lamego, e com o apoio logístico das Juntas de Freguesia. Também a festa em honra a Nossa Senhora dos Remédios, considerada a “romaria de Portugal”, atrai anualmente cerca de 700mil visitantes. A romaria de Nossa Senhora dos Remédios tem um papel preponderante relativamente a outras festividades religiosas vizinhas. A partir do dia 6 de Setembro até ao dia 8 os crentes pagam as suas promessas, feitas ao longo do ano. Mas, o momento culminante, do ponto de vista religioso é a grande procissão, durante a qual existe uma tradição única na Europa: o andor da Senhora dos Remédios é transportado por juntas de bois, com os carros soberbamente engalanados. Para além dos aspectos religiosos há todo um conjunto lúdico materializado em jogos populares, bailes, comida e bebida. As seis juntas de bois utilizadas custam à Irmandade de N. Sra. dos Remédios cerca de 5mil euros. “É um custo elevado mas que pretendemos manter, pois trata-se de uma tradição única e muito apreciada pelos nossos visitantes.” Além de ser uma zona de turismo religioso, Lamego é reconhecidamente uma zona de caça e, a montaria de javalis realizada na zona é, assim, uma forma de divulgação. As montarias ao javali, realizadas com javalis selvagens, têm registado um número crescente de participantes oriundos, sobretudo, do norte do país e da região duriense. A freguesia de Almacave é abrangida por esta actividade, que atrai cerca de uma centena de visitantes. Esta actividade proporciona aos participantes agradáveis momentos de convívio e partilha de

experiências. A autarquia de Lamego quer continuar a consolidar este concelho no calendário dos principais eventos deste género realizados no norte do país. Apesar do balanço positivo dos trinta anos na presidência, António Lourenço refere que ainda existem alguns objectivos por cumprir. “Neste momento, as carências do município são essencialmente económicas e de acessibilidades, porque apesar do percurso já percorrido, penso que deve existir uma requalificação urbana do centro da cidade. Se a nossa terra vive essencialmente do turismo devemos proporcionar aos turistas boas estradas de acesso”, menciona o presidente da junta. Quanto aos planos futuros da freguesia, António Lourenço lembra que o importante é saber gerir e manter o que foi feito, em termos de acessibilidades e saneamento. “Não existe verba para um desenvolvimento avultado. Assim sendo, temos de ser realistas. É mais racional manter as boas condições de vida da população e dos acessos rodoviários dos visitantes”. Apesar do município se encontrar em desenvolvi-

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mento, o presidente de junta de Almacave refere que os grandes órgãos de empregabilidade continuam a ser as Caves da Raposeira, a Câmara Municipal e as Juntas de Freguesia. Dessa forma, António Lourenço explica que “todos os gastos devem ser pensados para evitar despedimentos, pois só a Junta de Freguesia emprega vinte funcionários”. A caça, o vinho e o turismo religioso podiam chegar para serem o cartão-de-visita da região. Mas Lamego é também uma região de paisagens espantosas, com artesanato e gastronomia de qualidade. No concelho predominam as actividades ligadas ao sector terciário, seguindo-se os sectores secundário, na área da indústria de carnes (presunto), móveis e madeiras, e o primário, relativamente próximos. No que se refere à actividade agrícola, destacam-se os cultivos de cereais para grão, horta familiar, frutos frescos, olival, vinha, prados e pastagens permanentes. A pecuária tem também alguma importância, nomeadamente na criação de ovinos, coelhos e aves. Cerca de 19 por cento (940 ha) do seu território encontra-se coberto de floresta.

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» Especial

Junta de Freguesia de Adeganha

Adeganha: monumentos, lendas e arqueologia Ao descobrir Adeganha, podíamos dizer que a riqueza da freguesia se baseia nas magníficas paisagens, ou na riqueza cultural dos monumentos. Mas Adeganha revela mais, revela a riqueza interior de uma população que nos deixa vontade de voltar e o esforço de um presidente de junta por marcar a freguesia no mapa do turismo arqueológico nacional.

Presidente Guilhermino Soares

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povoação de Adeganha, que se ergue sobre o Vale da Vilariça, esconde segredos que fomos desvendar. À primeira vista, as riquezas da terra são inegáveis: para além das magníficas paisagens transmontanas, sobressaem as leiras do centeio, os olivais que cobrem montes, a rocha encrespada, guardam-se as ovelhas e as rochas da natureza são aproveitadas para paredes ou

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para eiras. Mas Adeganha tem muito mais para se descobrir. A população da freguesia de Adeganha é constituída aproximadamente por 650 pessoas, registando a sede de freguesia cerca de 100 residentes, com uma média de idade de 70 anos. Mas nem por isso deixam de ter um espírito jovem e acolhedor. A visita começa com a descoberta da Igreja de Santiago, pelas mãos do “Tio” Alberto Vile-

la, como é carinhosamente apelidado. O Tio Alberto, intitulado em jeito de brincadeira por “guardião do templo” pelo próprio presidente de Junta de Adeganha, Guilhermino Soares, mostra-nos os segredos das traseiras do altar, onde foi encontrado um mural antigo, pintado com a figura de Santiago, o santo padroeiro de Adeganha. A igreja, que faz parte do caminho de Santiago, é património nacional da UNESCO desde 1944, devido às pinturas encontradas,


Junta de Freguesia de Adeganha não só nas traseiras do altar, como também nas paredes da nave central. “Apesar de estarem em mau estado, segundo dizem, de diferentes épocas, o que puderam aproveitar deixaram a descoberto”, revela o Tio Alberto. Para além desse, outros segredos são-nos revelados. O guia mostra o livro de assinaturas, pousado no altar, onde se encontram dedicatórias de personalidades como, por exemplo, Jorge Sampaio. “Agora sim, vou explicar todo o exterior da igreja.” A lógica do roteiro do Tio Alberto faz todo o sentido tendo em conta que estamos em Trás-os-Montes: aqui todos se importam com o exterior, mas preferem ir directamente à essência, seja dos edifícios ou das próprias pessoas. No exterior vêem-se pedras embutidas com figuras esculpidas em meio relevo, motivos antropomórficos e zoomórficos, de homens e animais. Na parte lateral vemos a figura de um frade esculpida em baixo relevo. De cada lado abrem-se nas paredes sepulturas. Na fachada principal, que se ergue em dupla sinaleira, estão esculpidas três figuras femininas que quebram a sobriedade decorativa. Também especialista na história da Igreja, a Dona Ermelinda surge para nos explicar que estas três figuras representam três irmãs numa cena de parto medieval. Ainda referente à lenda das três irmãs, a Dona Ermelinda conta que foram estas que deram o nome à freguesia. “Reza a história que as Três Marias eram irmãs e pastoras. Iam para o monte de Frei Vivas, monte de zimbros, carrascos e sobreiros e, enquanto o gado pastava, elas entretinham-se a jogar às cartas. Mas uma das três irmãs ganhava sempre, enquanto as outras duas desconfiavam que ela fazia batota. Quando finalmente descobriram a verdade, fizeram uma grande fogueira e empurraram-na para lá. Se tentava sair as outras duas não deixavam e diziam: Arde e ganha! Arde e ganha! E assim ficou o nome de Arde e Ganha, ou seja, Adeganha”, elucida a D. Ermelinda. Mais tarde, deslocamo-nos a um lugar agreste, de rochas, Carvalhas, zimbros e carrascos, onde se situa o Santuário de Nossa Senhora do Castelo, uma santa com fama de grande medianeira dos céus e concessora de graças, como explicou a D. Ermelinda. O santuário é constituído por uma capela principal, a da Senhora do Castelo, e pela Capela de S. João, implantada sobre um penedo. D. Ermelinda conta que este lugar também tem uma lenda.“Um dia, Nossa Senhora apareceu aqui a uma mulher, e pediu-lhe para construir um santuário neste local. «Vem, e trás a tua gente para que te ajudem». A senhora perguntou como havia de fazer isso, visto que seria difícil acreditarem que foi Nossa Senhora que pediu tal coisa. Então Nossa Senhora res-

pondeu, trá-los amanhã, que eu mandarei um sinal. No dia seguinte estava tudo florido com açucenas, que não murcham nunca.” Depois de conhecida a história da freguesia, é chegada a hora de almoço. Aqui outros segredos são desvendados, o do interior da casa dos nossos guias. Em casa do Tio Alberto encontramos um vinho do Porto caseiro. “Vinho do Porto não, vinho generoso, que é como lhe chamamos no Vale do Douro, onde ele foi criado, porque ele do Porto só tem mesmo as caves.” Num olhar atento pela sua cave, encontramos três réplicas perfeitas, em madeira, da Igreja há instantes visitada. “Já estiveram em algumas mostras e até despertaram bastante interesse, mas fi-las apenas por gosto, porque conheço aquela igreja como a palma da minha mão e gostava de registar isso”, revela. Somos interrompidos pela D. Ermelinda, que nos brinda com a notícia do almoço: alheira caseira, grelhada na própria lareira de casa.

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Agora sim, vou explicar todo o exterior da igreja.” A lógica do roteiro do Tio Alberto faz todo o sentido tendo em conta que estamos em Trás-os-Montes: aqui todos se importam com o exterior, mas preferem ir directamente à essência, seja dos edifícios ou das próprias pessoas.

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» Especial

Junta de Freguesia de Adeganha

“Aqui preferimos cozinhar na lareira. Temo-la acesa durante todo o dia para aquecer a casa, porque mesmo que não esteja frio é um hábito encostarmo-nos perto do fogo, sabe bem. E já que está acesa, aproveitamos o fogo para cozinhar. Ainda uso panelas de ferro, acreditem que a comida fica com um sabor diferente.” E facilmente comprovamos que sim. Apesar de não utilizar sal para temperar, a comida da D. Ermelinda tem um gosto especial, inexistente na culinária a que os tempos modernos nos habituaram. Percebemos assim que, ali, a economia funciona quase por troca directa. Um sorriso em troca de outro, uma porta aberta em troca de momentos bons de convívio, uma manhã como guia turístico em troca de uma amizade que fica. Porque quem visita Adeganha traz sempre mais do que leva. Cultura, recordações e a certeza de que é ali que se encontra uma das maiores riquezas de Portugal: a genuidade das pessoas. Apesar de ter concluído apenas dois anos de mandato, Guilhermino Soares, presidente de Junta, já conseguiu concluir alguns objectivos. Com um orçamento de apenas 42mil euros por anos já conseguiu completar o saneamento básico da aldeia da Póvoa, reconstruir o caminho para o cemitério de Adeganha, colocar placas toponímicas em todas as aldeias e atribuir números de código postal a todas as entradas. “Apesar de todos os esforços, ainda há alguns assuntos prioritários que devem ser resolvidos o mais rapidamente possível. “O cemitério da aldeia de Nozelos já esgotou a capacidade e, por isso, está a ser realizado um alargamento do mesmo e um espaço para velórios, porque chocou-me ver que os velórios eram feitos em casas particulares, sem um espaço próprio. Outra das próximas prioridades será fazer o calcetamento dos caminhos que ligam as aldeias, que estão ainda em terra batida”. Outra carência que Guilhermino Soares gostaria de colmatar é a aposta no turismo da região, nomeadamente na divulgação do património arqueológico. A barragem que está a ser construída na freguesia, na opinião do presidente de junta, irá atrair banhistas na época balnear. O aproveitamento da albufeira para desportos náuticos é, também, um dos desejos que Guilhermino Soares diz que gostaria de ver concretizados. No âmbito cultural, dentro do Programa Novas Oportunidades, foram realizados dois cursos de 9º ano, que resultou num total de 45 alunos que concluíram com aproveitamento positivo. Neste momento, decorre um curso de 12º ano com 15 alunos. No âmbito do Programa Património Rural foram organizadas visitas à Freguesia no intuito

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de divulgar o património, nomeadamente o tipo de construção, os muros rurais, a organização das aldeias, os monumentos e os sítios arqueológicos; Ainda no panorama cultural, foi organizada uma exposição do património arqueológico da freguesia, que teve a duração de uma semana, pretendendo-se em colaboração com o PARM que tal exposição seja permanente. Para o futuro, Guilhermino Soares admite ter o objectivo de criar uma dinâmica em torno dos locais arqueológicos da freguesia, assim como dos caminhos pedonais e dos monumentos, criando condições para que estes comecem a ser visitados com mais regularidade.

Porque quem visita Adeganha traz sempre mais do que leva. Cultura, recordações e a certeza de que é ali que se encontra uma das maiores riquezas de Portugal: a genuidade das pessoas.


Junta de Freguesia de Adeganha Adeganha

Junqueira

Estevais Esteva Miradouro de S茫o Greg贸rio

Povoado do Baldoeiro

Nozelos

P贸voa 贸voa

Adeganha, 5160-021 ADEGANHA




» Pessoas & Negócios

NOBRE

50 Anos a O respeito pelas receitas e processos tradicionais aliados à tecnologia moderna continuam a ser a marca da inovação, da qualidade e do sabor dos produtos Nobre.

P

ara Luís Raimundo, Director de Qualidade, “ao longo destes anos, a filosofia empresarial manteve-se fiel ao espírito familiar inicial e ao conhecimento dos processos e receitas transmitido de geração em geração”. Incarte (I): 50 Anos de existência são o principal garante de uma marca de qualidade? Luís Raimundo (LR): 50 Anos são, sobretudo, sinónimo de muita experiência e o resultado de uma aposta continuada na inovação e na qualidade. São 50 anos marcados por um empenho continuado em desenvolver sempre os melhores produtos e soluções. E o mercado tem vindo a responder a este empenho já que desde 1993, a Nobre recebeu 18 Prémios Masters de Distribuição (este ano vamos receber mais 2), foi considerada marca da década, pela revista de distribuição RSM, e constitui uma referência da cultura gastronómica portuguesa, sendo uma das marcas em que os portugueses mais confiam.

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(I): De que forma o tradicional e a modernidade se encontram na qualidade, na durabilidade e nos sabores dos produtos Nobre? (LR): A origem da marca Nobre assenta no espírito empreendedor de uma família de Rio Maior que começou por abrir um talho em 1918. Só quarenta e quatro anos mais tarde, é que oss vários membros da famíliaa Nobre formam a empre-sa “Indústrias de Carness Nobre, Lda.”, alargando o negócio a todo o território nacional. Já em 1987 a Nobre passa a ser uma empresa cotada em bolsa e, pouco tempo depois, dá-se a integração num grupo multinacional. Hoje, a Nobre conta com duas unidades de produção, localizadas em Rio Maior e Rio de Mouro, e emprega cerca de 800 pessoas. Ainda contamos com a dedicação do Sr. Cândido, o colaborador nº1 da Nobre, que nos

calorias, são exemplos do dinamismo da marca Nobre em trazer produtos inovadores à categoria de charcutaria.

ajuda j d a respeitar it ao máximo á i as receitas e as etapas dos processos tradicionais de modo a respeitar todos os critérios de segurança alimentar e assegurar a qualidade e sabor que caracterizam os nossos produtos. Paralelamente, temos uma equipa inteiramente dedicada à investigação e desenvolvimento, no sentido de encontrar novas alternativas de charcutaria, indo sempre de encontro às necessidades e expectativas do consumidor. A gama Nobre Naturíssimos, lançada em 2005, com redução de sal, gordura e colesterol, ou mais recentemente, a gama Nobre Light, com redução de

(I): Importância de parcerias como a Fundação Portuguesa de Cardiologia no produto Nobre Naturíssimos? (LR): A gama Nobre Naturíssimos surgiu em 2005, num contexto, em que as preocupações com a saúde e o bem-estar começavam a ganhar importância, e na sequência de um insight de consumidor que mostrava que cada vez mais o consumo de charcutaria estava associado a excesso de sal e de gordura. E, nesse sentido, o reconhecimento da Fundação Portuguesa de Cardiologia foi fundamental para credibilizar os benefícios da gama e reforçar o compromisso da Nobre em promover um estilo de vida mais saudável. Os produtos Naturíssimos foram os primeiros produtos cárnicos a receber o selo de Escolha Saudável. (I): Numa marca alimentar uma empresa certificada transmite mais segurança? (LR): A qualidade é um dos principais pilares da Nobre. Assumimos a missão de oferecer produtos e serviços de excelência na área alimentar. E,


NOBRE Pessoas & Negócios «

Pensar NOBRE nesse sentido, os nossos produtos são produzidos de acordo com as mais exigentes condições de segurança e higiene alimentar e estão sujeitos a um rigoroso controlo de qualidade, desde a selecção das matérias-primas até ao produto final. A certificação é um reconhecimento e um garante deste nosso empenho. Em 2001 a Nobre garantiu a certificação dos seus sistemas de qualidade e segurança alimentar, tendo recebido o certificado de qualidade EN ISO 9001, e, em 2007, o EN ISO 22000 Desde 2003, que a Nobre é também umas das poucas empresas nacionais a possuir licença ambiental, atribuída pela preservação e gestão do meio ambiente. (I): Qual a diferença entre um produto Nobre para profissionais e para o consumidor comum? (LR): A principal diferença está nos formatos das embalagens e no serviço disponibilizado. Existem produtos especialmente desenvolvidos de acordo com as necessidades do sector profissional, e temos também uma equipa especialmente dedicada a este sector. Através da Academia de Charcutaria, disponibilizamos ainda aos nossos clientes acções de formação com o objectivo de formar profissionais com aptidões para executar as suas funções com segurança e competência. Desde 2002 que a Nobre é acreditada como entidade formadora. (I): Enchidos Tradicionais: a palavra tradicional pode “assustar” quem se preocupa com uma alimentação saudável e um reduzido teor de sal, gordura e colesterol? (LR): A Nobre aposta na inovação e no desenvolvimento de novos produtos para continuarmos a usufruir do bom sabor da charcutaria mantendo uma alimentação saudável e equilibrada.

No entanto, os enchidos tradicionais como os conhecemos fazem parte da nossa gastronomia e irão sempre fazer parte da nossa dieta alimentar. O importante, como em todos os outros alimentos, é comer com moderação e como parte integrante de uma alimentação variada. (I): Os enchidos tradicionais são fumados de forma artificial? (LR): Nos enchidos tradicionais, a Nobre utiliza a fumagem com pedaços pequenos de madeiras seleccionadas, de modo a assegurar o sabor e aroma dos nossos produtos. Nos processos de fumagem podem distinguir-se três tipos: com pedaços grandes de madeira (fumagem não controlada), com pedaços pequenos de madeira (fumagem onde existe um controle dos componentes que passam ao produto) e fumagem com fumo líquido (que resulta da condensação dos compostos voláteis dos gases libertados pela combustão da madeira).

A VARIEDADE DE PRODUTOS ABRANGE A TOTALIDADE DAS REFEIÇÕES DO DIA.

O que é uma alimentação Nobre? É saborosa e nutricionalmente equilibrada. Um dia Nobre pode começar com uma sanduíche de Fiambre da Perna Extra com ovo desfiado e rúcula. Ao almoço um bom Cozido à Portuguesa com os tradicionais enchidos, e ao jantar uma salada de Peito de Peru Naturíssimos com molho de manga e mel. E se o ambiente for de festa e descontração, as salsichas são sempre uma alternativa saborosa e divertida.

(I): Qual o futuro Nobre e porquê escolher a vossa marca? (LR): Se, por um lado, iremos sempre manter a nossa ligação à portugalidade e à tradição dos processos e receitas que tão bem caracterizam o sabor dos nossos produtos de charcutaria, por outro lado, garantimos um constante investimento no desenvolvimento de novas alternativas em charcutaria, tendo como base as principais preocupações e necessidades do consumidor. O eixo da saúde é uma das nossas prioridades ao nível da inovação, em paralelo com a conveniência, na procura de soluções de alimentação equilibradas, práticas e fáceis de preparar, que permitam ao consumidor aproveitar da melhor forma cada momento. E é por tudo isto, que a Nobre irá com certeza continuar a crescer e a ser uma das marcas preferidas dos portugueses.

Junho | 2011 | 1 9


» Pessoas & Negócios

CADEINOR – Cadeiras de Escritório

Conforto e Design

Administrador Manuel Marinho

Relaxe, sente-se confortavelmente na sua cadeira do escritório, de casa, café ou mesmo no shopping onde acabou de adquirir esta revista. Relaxe, sente-se porque este artigo pensa em si, no seu conforto de todos os dias. Sentado, relaxado, conheça a Cadeinor, como o nome indica, especialistas em cadeiras, especialistas no conforto do leitor.

U

Um projecto que nasce da ambição e visão de quem queria oferecer mais ao mercado. Um projecto que nasce, como Portugal, no Norte e aos poucos vai conquistando o seu espaço, a sua quota de mercado. Um projecto familiar que pensa e actua no conforto de quem se senta, literalmente, sobre o seu produto. Uma cadeira desconfortável é chata, incómoda, por isso é necessário escolher a cadeira adequada, verificar a firmeza, a altura do assento, o suporte lombar e por fim adoptar a postura correcta. Manuel Marinho começa por explicar que a Cadeinor nasce em 1996, em Fafe, uma área de negócio que considerava interessante e

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à qual dedicava tempo e aprofundava conhecimentos. Com apenas dois fabricantes em Portugal e o restante material importado decidiu apostar no fabrico, por conta própria e marca registada. “Inicialmente trabalhamos a região Norte e depois fomos expandindo à medida que consolidamos e fortalecemos a nossa presença. Actualmente estamos presentes em todo o país e também exportamos”, declara o entrevistado. A missão de Manuel Marinho e da sua equipa, de 22 colaboradores, resume-se a uma simples frase, “gostaríamos de tornar a sua vida melhor”. “Nem todos valorizam uma cadeira extremamente confortável e com ergonomias de acordo com as nor-

mas europeias. Ergonomia e conforto são muitas vezes confundidos, por isso, as pessoas não desfrutam das suas qualidades. Na nossa lógica cada cliente é único e tentamos dentro da nossa gama abranger a satisfação de quem nos procura com um produto único”. Manuel Marinho e a sua equipa estão sempre atentos ao mercado, este é um produto particular pela forma e tamanho, que pode apresentar, e pelas funcionalidades que podem ser incorporadas. Para além de parcerias com designers italianos as feiras que visitam servem de inspiração onde são geradas novas tendências. “Da pesquisa e trabalho diário surge o nosso know-how. No dia-a-dia estamos atentos a todos os

pormenores que nos rodeiam pois servem de pesquisa.

Soluções e perspectivas Para o responsável da Cadeinor a crise é real e tem de ser aproveitada em benefício próprio. Não é fácil e não existem ferramentas mágicas senão usar as mesmas de que se têm munido até agora, dedicação e não estagnar. Para além de uma equipa atenta ao mercado, a formação é importante, “mão-de-obra especializada e formações internas para melhorarmos todos os dias”, explica Manuel Marinho. “Temos de ter cautelas e incutir nos colaboradores uma maior produtividade, não podemos parar a lamentarmo-nos. Esta crise serve para estruturar as empresas, houve alguns descalabros


CADEINOR – Cadeiras de Escritório Pessoas & Negócios «

em termos de gestão, e reeducar o mer-

díveis e graficamente interessantes.

cado”. Esta é a opinião de quem consi-

Produtos pensados até ao mais ínfi-

dera a justiça injusta pois nem sempre

mo pormenor, afinal, a qualidade, o

os empresários são recompensados e

design e o conforto dos clientes são a

ajudados pelo risco que correm.

máxima satisfação de quem os desen-

A sabedoria popular revela que “uma imagem vale mais que mil palavras” e

volve, como pode confirmar em www. cadeinor.com

ao visitarmos o sítio da Cadeinor em,

A Cadeinor é uma empresa certi-

www.cadeinor.com, estamos perante

ficada não só porque cada vez mais

essa verdade. “Temos a noção que

este selo é sinónimo de qualidade mas

é importantíssima para estarmos no

porque em termos concretos existe

mercado. A primeira imagem antes de

uma optimização do trabalho e são

nos consultarem é o site, é o cartão

adoptados novos processos e métodos.

comercial quando visitam a empresa e

Uma certificação difícil, afinal a des-

há uma imagem cuidada para transmitir

confiança era geral, desde a base até ao

credibilidade e segurança ao exterior.

topo. “Era séptico em relação à certifi-

O marketing é cada vez mais impor-

cação porque considerava apenas um

tante na nossa área de negócio e temos

selo mas a gestão interna foi alterada

muito cuidado na nossa apresentação”,

completamente. Desde a certificação

clarifica o empresário.

temos uma gestão aberta, fluida, sem

No sítio da Cadeinor os produtos

que esteja presente pois antes estava

executivos e de design são os primeiros

tudo muito ligado a mim.” Revela o

na lista, podemos antever o segmento

administrador que, agora, sem lamentar

que pretendem alcançar e com quem

o tempo perdido, gostaria de ter certi-

trabalham. “Somos vocacionados para

ficado a Cadeinor mais cedo, “percebi

um segmento alto e médio alto para

a vantagem da certificação, achava que

nos distinguirmos dos produtos asiáti-

era apenas marketing”.

cos. Há falta de capital mas nós temos

A mudança, mesmo que positiva,

soluções desde o mais executivo até ao

nem sempre é vista como mais-valia e

produto do dia-a-dia”, assegura Manuel

depois de convencido, o administrador,

Marinho.

foi necessário incutir a mudança aos

Os catálogos são cuidadosamente

colaboradores. “O ser humano é resis-

elaborados para chegarem aos clientes

tente à mudança mas passado algum

e ao mercado da forma que Manuel

tempo também verificaram a valoriza-

Marinho gostaria de os receber, cre-

ção e sentem mais responsabilidade”.

A INTERNACIONALIZAÇÃO… A conquista da Cadeinor extravasou fronteiras e encontrou raízes no continente quente, países com afinidades a Portugal, como Moçambique, com uma unidade de fabrico própria, em Angola, Cabo Verde e ainda a Suazilândia. “A nossa forte presença transmite credibilidade e segurança. Temos muitas afinidades com esses países com a apresentação de projectos de ambas as partes. Os PALOP proporcionam-nos excelentes oportunidades”, assegura Manuel Marinho que refere, ainda, o mercado galego, aqui mais perto, também como parceiro.

…E A ANÁLISE DE MANUEL MARINHO “Em Moçambique temos uma unidade de produção, uma aposta desde finais de 1999, que ultrapassadas as dificuldades, do primeiro ano, está a ser um sucesso. Temos um carinho especial, com 27 colaboradores, é um projecto a médio e longo prazo. Ao inicio encontramos resistência, pelos estragos que outros causaram, mas estamos no bom caminho, o nosso objectivo é consolidar e manter em todas as frentes. Não temos qualquer apoio da AICEP (Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal) e Governo porque se estamos dependentes deles passamos a vida em seminários sobre os mercados e depois concretamente a ajuda não aparece. Senão andamos sozinhos as oportunidades não fluem e não aparecem.”

Junho | 2011 | 2 1


» Saúde

Santa Casa da Misericórdia de Vila do Conde

Cuidados Continuados Integrados Construção de novas instalações Promover a reabilitação, autonomia e integração de pessoas com elevado grau de dependência física é o objectivo da Unidade de Cuidados Continuados Integrados da Santa Casa da Misericórdia de Vila do Conde. Arlindo Maia, provedor da Misericórdia de Vila do Conde, fala das suas instalações e admite que o projecto, apesar de recente, já atingiu objectivos essenciais para a melhoria da qualidade de vida principalmente da população idosa necessitada de cuidados de saúde.

A

Unidade de Cuidados Continuados Integrados da Santa Casa da Misericórdia de Vila do Conde foi construída, para responder a todas as necessidades da população que necessita de assistência com qualidade em recuperação da sua saúde. Contudo, o objectivo mantém-se: assegurar um conjunto de cuidados de saúde e de apoio social, promovendo a autonomia e melhorando a funcionalidade da pessoa em situação de dependência. Com a missão de conseguir responder às necessidades físicas, cognitivas, emocionais e sociais, o principal objectivo é promover a sua reabilitação, autonomia e integração no meio familiar e social. A propósito dos objectivos serem conseguidos em trabalho de equipa, o Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Vila do Conde, Arlindo Maia, refere que “a participação do utente e da sua família é muito importante, pois todos têm as suas particularidades e o seu contexto de vida”. O sistema de Cuidados Continuados Integrados começou como uma experiência por parte do Governo, mas tem mostrado ser um projecto muito vantajoso e relevante na melhoria da qualidade de vida da popula-

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ção idosa com carências de saúde. “São realizadas regularmente auditorias para analisar a forma como o processo está a decorrer, o que ajuda ao bom funcionamento do serviço. De momento, o sistema está bem organizado e a resposta tem muita qualidade.”, refere o Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Vila do Conde. Ainda assim, Arlindo Maia admite que, como em todos os processos, busca-se a perfeição e, que para isso, ainda existe algo a corrigir. “Os cuidados continuados integrados de longa duração têm um problema: as pessoas que recebem a alta e continuam a precisar de cuidados de saúde, não têm para onde ir. Normalmente, procuram Lares de Terceira Idade e estes não estão preparados para as receber e lhes dar a assistência e o acompanhamento que precisam, devido ao elevado grau de dependência de que ainda padecem.”, admite o Provedor. Assim, Arlindo Maia pensa que a solução passará por criar instalações, como por exemplo lares, com condições, física e técnica, para prestar assistência com qualidade à referida população. A Unidade de Cuidados Continuados Integrados da Santa Casa da Misericórdia de Vila do Conde conta


Santa Casa da Misericórdia de Vila do Conde

com uma capacidade para 40 pessoas, sendo 25 para Média Duração e 15 para Longa Duração. Estas instalações dispõem de quartos com gases medicinais, comunicadores, banho privativo, além de outros aposentos como salas de estar, de jantar, ginásio, farmácia, etc. Existem várias patologias na Unidade de Cuidados Continuados, mas Arlindo Maia refere que as mais comuns são fracturas e AVC´s. Todas as instituições envolvidas no processo, como hospitais, ARS, Segurança Social e utentes, concordam e entendem que o projecto de cuidados continuados integrados deve ser ampliado. O provedor da Misericórdia de Vila do Conde refere que apesar do curto período de existência, o projecto está consolidado. “Claro que, neste momento, ainda estamos numa fase de desenvolvimento, mas já percorremos um caminho seguro e atingimos objectivos muito importantes, essenciais para todos os intervenientes no processo. Podemos dizer que nos encontramos em fase de continuidade pois ainda estamos longe de dar resposta à grande necessidade de atender todas as pessoas que precisam”. Para procurar atender mais pessoas a Misericórdia deliberou construir uma nova Unidade de Cuidados Continuados Integrados, projectada de acordo com as regras definidas pelo Ministério da Saúde e de acordo

Saúde «

com as necessidades para Vila do Conde e concelhos limítrofes. Esta unidade prevê a capacidade de 22 camas para Convalescença e 35 para Longa Duração. Estas novas instalações que a Misericórdia pretende construir vão possuir aposentos com melhores condições em espaço o que possibilita a todos os intervenientes (utentes, familiares, visitas e funcionários) mais comodidade e consequentemente melhor qualidade. O provedor sublinha que a Unidade de Cuidados Continuados Integrados é um valioso complemento para o Sistema de Saúde desenvolvido nos hospitais. “E, se o Estado entender que precisa de outro tipo de colaboração, estamos sempre disponíveis”. Arlindo Maia sublinha que o lema da Unidade de Cuidados Continuados da Santa Casa é e será sempre colocar o interesse da população em primeiro lugar. “O nosso lema é beneficiar a população”. As Misericórdias representam, neste momento, mais de 60% da rede de cuidados continuados. Recentemente, o Presidente da União das Misericórdias Portuguesas (UMP) frisou a importância das Santas Casas na implementação da construção da Rede de Cuidados Continuados Integrados no projecto, e referiu que sem estas instituições seria difícil haver em Portugal uma rede de cuidados continuados integrados com qualidade e criada em tão pouco tempo.

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» Educação

Escola Secundária de Valongo

Escola Secundária de Valongo Aposta na qualidade de ensino

P

ara além da formação e da educação,

importância, pois integra-se no património e tradi-

uma das prioridades da Escola tem sido as

ção do concelho de Valongo.

relações na comunidade e com a comunidade, de forma a valorizar o papel social

da escola.

(I): Que materiais possuem de apoio para os estudantes de cada curso? Quais os recursos e equipamentos que a escola dispõe?

INCARTE (I): Quais os cursos disponíveis na Escola Secundária de Valongo?

Com ensino básico, cursos científico-humanísticos, ensino profissional, cursos CEF e EFA, a Escola Secundária de Valongo tem provado ser uma instituição de ensino de qualidade, que acompanha os progressos do sistema educativo. 24 |

(PS): A escola dispõe de equipamentos modernos e de qualidade para as diferentes áreas, nomeadamen-

PAULA SINDE (PS): A ESV garante uma oferta for-

te, a nível de laboratórios, oficinas e espaços despor-

mativa diversificada, de forma a responder às expec-

tivos. Podemos dizer que o material informático é

tativas da comunidade. Desta forma, oferecemos o

equipamento de ponta e fomos uma das primeiras 40

3º ciclo do ensino básico, os cursos científico-huma-

escolas equipadas pelo Plano Tecnológico da Educa-

nísticos, o ensino profissional, cursos de educação e

ção. A biblioteca escolar/centro de recursos educati-

formação de jovens (CEF) e de adultos (EFA), bem

vos integra a Rede Nacional de Bibliotecas Escolares

como formações modulares. Temos ainda, o Centro

e possui um fundo documental de elevado valor. As

Novas Oportunidades que diagnostica, encaminha

instalações precisam urgentemente de obras, mas, a

e acompanha os adultos no processo de reconheci-

requalificação que se iniciará em breve, garantirá,

mento, validação e certificação dos seus percursos

com certeza, o conforto e a qualidade desejada.

de vida e das suas competências. Os Cursos Profissionais abrangem diferentes áreas: Técnico de Análise Laboratorial, de Comércio, de Electrotecnia, de Informática e de Turismo. O CEF de Pastelaria e Panificação é da maior

(I): Quais os estágios e as parcerias desenvolvidos para esses mesmos cursos? (PS): Desde empresas/instituições da região e áreas limítrofes, câmaras municipais, agências de


Escola Secundária de Valongo

Educação «

turismo, até estabelecimentos de ensino superior,

to curricular. Há projectos, cuja finalidade é a recu-

(PS): Um dos eixos estratégicos do nosso projecto

temos um alargado leque de parcerias, que dão

peração de aprendizagens não realizadas, o reforço

educativo visa as relações na comunidade e com a

acesso a estágios aos nossos alunos/formandos nas

e o enriquecimento das aprendizagens, como “Com

comunidade, de forma a valorizar o papel social da

áreas dos diferentes cursos.

a Matemática nos entendemos”, “Plano da Matemá-

escola, garantir a qualidade do serviço prestado, arti-

tica”, “Get cool at school” e “Oficina de Escrita”. Por

cular a acção da escola com a comunidade, afirmar

(I): Caso os alunos não queiram ou possam pros-

outro lado há projectos e clubes que têm um papel

a escola como referência na educação e formação e

seguir estudos, com esses estágios já se encontram

fundamentalmente formativo da consciência cívica,

estimular um clima de confiança entre os parceiros e

preparados para um mercado de trabalho tão compe-

mas de natureza mais cultural e lúdica. É o caso do

de responsabilização das partes. Neste âmbito, há já

titivo como hoje em dia?

“Parlamento dos Jovens”, “Eurotopia 2100 – uma

prática regular de actividades desenvolvidas em arti-

(PS): Muitos deles, terminado o curso, conseguem

utopia interactiva/Parlamento Europeu dos Jovens

culação com outros agentes da comunidade, nomea-

colocação nos locais onde realizaram a formação em

(PEJ)”, projecto “Educação para a Saúde”, “Clube

damente a autarquia. Pretende-se que haja uma real

contexto de trabalho. Há empresas que nos procuram

Europeu”, “Clube de Protecção Civil – prevenir mais

colaboração extravasando os muros da escola.

anualmente para seleccionar recém-formados para

viver melhor”, “Clube do Ar Livre e Património”, “Des-

Um exemplo é o CEF de Pastelaria/Panificação.

integrarem os seus quadros. Como já ouvi dizer, estes

pertar ConsCiências”, “Teatro na Escola”, Defesa do

Como já referi, a panificação e o biscoito são

jovens estão “um passo à frente” em qualquer tipo de

Consumidor” e “Clube de Jardinagem”. No âmbito do

património de Valongo, constituindo-se como

empresa, relativamente aos outros funcionários. Há

programa Comenius desenvolvemos um projecto de

uma das indústrias mais antigas e importantes do

áreas, como por exemplo a Electrotecnia/Electrónica,

parceria com escolas europeias e recebemos profes-

concelho. Assim respondendo à solicitação do

em que já não conseguimos responder às solicitações.

sores assistentes oriundos de outros países.

mercado, foi criado o curso e para tal construída

Por outro lado, há alunos que, durante o seu percurso

Em parceria com a Faculdade de Desporto da Uni-

uma unidade de fabricação que resultou de uma

escolar, acabam por melhorar de tal forma os resulta-

versidade do Porto (FDUP) desenvolve-se o projecto

conjugação de vontades e esforços da comunida-

dos e o prazer de estudar, que acabam por prosseguir

Acorda, que visa promover hábitos saudáveis e com-

de - pais, empresas e escola.

estudos.

bater a obesidade dos jovens. Neste âmbito também o Desporto Escolar tem um papel importante.

(I): Quais os projectos que a Escola Secundária de Valongo tem desenvolvido? (PS): A ESV desenvolve uma série de projectos que promovem actividades de reforço e/ou enriquecimen-

Outro exemplo foi a semana aberta que se realiza anualmente. Durante esta semana desenvolvem-se actividades na comunidade, para a comunidade e

(I): A Escola tem desenvolvido actividades com a

com a comunidade. Realizam-se actividades na esco-

comunidade. Quais são e onde se têm realizado?

la, no museu, junta de freguesia, auditório e sala de

Qual o (s) objectivo (s) dessas actividades?

espectáculos municipais, etc. PUB

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» Educação

Câmara Municipal de Valongo

Valongo investe forte no ambiente O

Presidente Fernando Melo

A cumprir o último mandato enquanto Presidente da Câmara Municipal de Valongo, Fernando Melo faz um balanço positivo dos anos na liderança do município e destaca o investimento na satisfação das necessidades básicas da população, nomeadamente no saneamento e abastecimento de água, assim como no ambiente nas suas variadas vertentes. 26 |

município de Valongo foi alvo, nos últimos anos, de um vasto conjunto de intervenções no sentido de desenvolver e melhorar o concelho. Segundo Fernando Melo, Presidente da Câmara, o objectivo da maioria das obras é, sobretudo, fazer com que os cidadãos se identifiquem cada vez mais com a sua terra e se sintam cada vez melhor em Valongo. Entre as variadas obras destaca-se a aposta efectuada na preservação do vasto património ambiental do concelho, nomeadamente das serras de Santa Justa e Pias. O trabalho aqui efectuado tem sido fundamental para o estudo, preservação, sensibilização e divulgação das jazidas fossilíferas de Valongo e da fauna e flora endémicas. Este trabalho, desenvolvido pela Câmara Municipal de Valongo, tem contado com a colaboração científica dos Departamentos de Geologia, Zoologia e Botânica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto. No âmbito deste projecto, foi criado o Centro de Interpretação Ambiental, contemplando um centro de documentação, espaço multiusos, com exposições, galeria fotográfica, maqueta interpretativa da geologia das serras, exemplares fósseis, entre outros. Foram editadas brochuras sobre o parque, nas diferentes temáticas património geológico e biológico. Foram ainda criados três percursos pedestres e respectiva brochura informativa. “Muitos projectos foram desenvolvidos desde que assumi os destinos da autarquia e, hoje, a serra de Santa Justa e Pias é Zona Especial de Conservação “Valongo”, Rede Natura 2000 e também Paisagem Protegida Local. Com tudo que isso significa em termos de conservação, mas também de oferta/fruição por parte dos visitantes”, refere Fernando Melo. A nível nacional e internacional, as Serras de Santa Justa e Pias suscitam o interesse geológico, arqueológico e biológico devido a esta área constituir um

laboratório vivo, utilizado por diversas Universidades para a realização das suas aulas de campo. É ainda frequente a visita de especialistas estrangeiros. Esta área serve também a prática de desportos de natureza, sendo uma área de lazer de excelência, sendo frequente observar-se actividades de espeleologia, BTT, escalada, caminhada, corrida, entre outras. Fernando Melo admite que a maioria dos visitantes não percebe a importância desta área “e, por isso, tem sido estratégia da Autarquia também dar a conhecer a importância do património existente aqui, para além dos fósseis e demais interesse geológico, pois só reconhecendo a importância de algo estamos dispostos a protegê-lo”. Os principais visitantes são alunos de escolas de todo o país, que usam esta área para a realização de visitas de estudo, como complemento às aulas teóricas, mas também pessoas comuns, que visitam a Serra numa perspectiva mais cultural de obtenção de maior conhecimento sobre a região. Refira-se que em 2010 participaram nas visitas guiadas promovidas pela autarquia cerca de 1 900 pessoas. Numa altura em que se celebra o Ano Internacional das Florestas, o autarca mostra preocupações pela preservação e prevenção da área florestal, mas refere que os munícipes estão cada vez mais conscienciosos no respeito pela floresta e que a autarquia tem desenvolvido um conjunto de iniciativas que visam promover essa sensibilização. Paralelamente à preservação ambiental, Valongo está também a desenvolver um esforço significativo na promoção turística da região e, para isso, tem apostado fortemente na construção de infra-estruturas de apoio à actividade turística. A promoção da região passa por produtos como a ardósia, os biscoitos e o pão. “Venha visitar Valongo e descubra tudo o que temos para lhe oferecer”. Fica o convite de Fernando Melo.


Junta de Freguesia de Almacave Rua Dr. Justino Pinto de Oliveira, n.ยบ 4 - 2ยบ - 5100-140 Almacave Telefone: 254 643 311| Fax: 254 611 511 E-mail: jfalmacave@mail.telepac.pt



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