Revista da Suinocultura 24ª edição

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Revista

da

Suinocultura PUBLICAÇÃO BIMESTRAL DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS CRIADORES DE SUÍNOS • ANO 5 • Nº 24 • Jun/Jul • 2017

XVII SNDS REÚNE LÍDERES

E SELA COMPROMISSO EM PROL DA SUINOCULTURA

Debate

Marketing

ABCS promove discussão sobre uso de antibiótico na suinocultura

ABCS mobiliza setor com campanha "Sou mais Carne Suína" Especialistas em pequenos negócios / 0800 570 0800 / sebrae.com.br


Único na forma de agir. Único nana forma de agir. Múltiplo entrega de benefícios. Múltiplo na entrega de benefícios. Para melhorar o desempenho na criação de suínos, Stafac® é a ® Para melhorar o desempenho de suínos, Stafac é asérie escolha sem igual. Seu modo na de criação ação exclusivo garante uma escolha sem igual. Seu modo dequerer ação exclusivo de benefícios que você não vai ficar sem.garante uma série de benefícios que você não vai querer ficar sem. Aumenta o número de leitões vivos e desmamados Aumenta o número leitões vivos e desmamados Reduz o número dede dias não produtivos Reduz o número de dias não produtivos Melhora a condição corporal da fêmea Melhora da fêmea Aumentaa ocondição peso no corporal nascimento Aumenta Aumenta oo peso peso no no nascimento desmame Aumenta o peso no desmame

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A

EDITORIAL

Marcelo Lopes Presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos

© 2016. Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - Sebrae Todos os direitos reservados. A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação dos direitos autorais (Lei nº 9.610/1998).

atual conjuntura econômica vivida pelo Brasil requer atenção e diversos setores começam a sentir as consequências no dia a dia. Apesar do cenário adverso, acreditamos que podemos tirar o melhor da crise e fortalecer a suinocultura. Produzimos um produto de qualidade com preço acessível que cada vez mais ganha espaço na mesa do brasileiro. Neste cenário, o XVII Seminário Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura foi planejado para apresentar um panorama geral do setor e mostrar os desafios, as tendências e as oportunidades que a cadeia tem pela frente. Realizado durante os dias 28 a 30 de julho, esta edição foi mais um marco, com momentos inesquecíveis e emocionantes. Com mais de 300 participantes, o XVII SNDS promoveu um amplo debate sobre as principais perspectivas da suinocultura para os próximos anos, discutindo a competitividade, produção sustentável, gestão e inovação. Nosso objetivo foi o de atualizar conhecimentos com intuito de se reinventar para gerar ainda mais valor ao nosso produto. Aprendemos muito, também sobre liderança e a necessidade de sermos os protagonistas da nossa história. A grande novidade desta edição ficou por conta da ação de marketing “Sou mais carne suína” que uniu todos os participantes em uma saudação ao setor e selou o compromisso dos participantes em trabalhar ativamente pela suinocultura brasileira. O SNDS 2017 também celebrou os 50 anos da Associação Paulista dos Criadores de Suínos (APCS) por meio de um jantar de comemorativo e foi palco da cerimônia de posse do novo conselho administrativo para o biênio 2017/2019. Ou seja, grandes celebrações em um só local com participantes estratégicos e que compõem a história da produção suinícola do país. O resultado de todo o XVII SNDS você acompanha nas páginas a seguir. Boa leitura!

Informações e contatos Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - Sebrae Unidade de Atendimento Setorial Agronegócios SGAS 605 - Conjunto A - CEP: 70200-904 - Brasília/DF Telefone: (61) 3348-7799 www.sebrae.com.br PRESIDENTE DO CONSELHO DELIBERATIVO NACIONAL

Robson Braga de Andrade

DIRETOR EXECUTIVO

Sede Brasília / Setor de Indústrias Gráficas Quadra 01 | Lote 495 |Ed. Barão do Rio Branco Sala 118 | CEP: 70610-410 www.abcs.com.br escbrasilia@abcsagro.com.br

DIRETOR-PRESIDENTE DIRETORA TÉCNICA

DIRETOR DE ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS

Vinicius Lage

GERENTE

Augusto Togni de Almeida Abreu

CONSELHEIRO TÉCNICO CONSELHEIRO DE RELAÇÕES DE MERCADO

Valdecir Folador/RS

UNIDADE DE COMUNICAÇÃO GERENTE

Maria Cândida Bittencourt

Danielle Sousa Luciana Lacerda

JORNALISTA COLABORADOR

Daniel Azevedo

EXPEDIENTE

CONSELHEIRO ADMINISTRATIVO

João Leite/MG

GESTORA TÉCNICA

JORNALISTA RESPONSÁVEL

CONSELHEIRO PRESIDENTE

Paulo Lucion/MT

EQUIPE TÉCNICA GESTOR NACIONAL

João Fernando Nunes de Almeida Cláudia Alves do Valle Stehling

UNIDADE DE ATENDIMENTO SETORIAL AGRONEGÓCIOS

Olinto Arruda/SP

CONSELHEIRO FINANCEIRO

Gustavo Reis Melo

Heloisa Regina Guimarães de Menezes

Nilo Chaves de Sá

Marcelo Lopes/DF

GERENTE-ADJUNTO

Guilherme Afif Domingos

PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO

Duo Design


SUMÁRIO

6 11

13

C A PA SNDS CONFIRMA SUCESSO DE PARTICIPAÇÃO E NÍVEL DO CONTEÚDO

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22

DRA. CLAVIJO INTRODUZ DEBATE SOBRE USO DE ANTIMICROBIANOS

DEBATE SOBRE USO DE ANTIBIÓTICOS MOBILIZA ENTIDADES SETORIAIS

PALESTRA MAGNA: ORENG DEFENDE REFORMAS FISCAL E DA PREVIDÊNCIA

IURI PINHEIRO MACHADO PONTUA DESAFIOS TÉCNICOS E ALTERNATIVAS PARA O SETOR

NASSAR COMPARTILHA EXPERIÊNCIA SOBRE POLÍTICA AGRÍCOLA

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PROFESSORA DA ESPM DEBATE RELAÇÃO ENTRE CULTURA E CONSUMO DE CARNE SUÍNA NA SOCIEDADE BRASILEIRA

TEJON SUGERE NOVA ABORDAGEM DE COMUNICAÇÃO PARA O AGRO

SENRA APRESENTA RESULTADOS E OPORTUNIDADES DO “ESCOLHA + CARNE SUÍNA”

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MARCIO BALLAS MOSTRA “O PODER DO SIM” NA BUSCA PELA CRIATIVIDADE

O SNDS NA VISÃO DOSPARTICIPANTES

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BAYER FORTALECE PARCERIA COM A CADEIA NO XVII SNDS

34 36 ABCS MOBILIZA SETOR COM A CAMPANHA “SOU MAIS CARNE SUÍNA”

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VACINAÇÃO INTRADÉRMICA E SEM AGULHA PARA SUÍNOS FOI DESTAQUE DURANTE XVII SNDS

KARNAL FAZ PROVOCAÇÕES SOBRE PROTAGONISMO E FELICIDADE NO XVII SND

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ROUW NUTRITION MARCA PRESENÇA EM MAIS UMA EDIÇÃO DO SNDS



SNDS

SNDS CONFIRMA SUCESSO DE PARTICIPAÇÃO E NÍVEL DO CONTEÚDO A 17ª EDIÇÃO DO EVENTO TRATOU DE SANIDADE, MERCADO, MARKETING E LIDERANÇAS

O

XVII Seminário Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (SNDS), realizado entre 28 e 30 de junho, em Atibaia (SP), confirmou o sucesso das edições anteriores com mais de 300 lideranças do setor, conteúdo de excelência, relacionamento e alinhamento de objetivos comuns. A 17° edição do encontro bianual foi organizada pela Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) em parceria com a Associação Paulista dos Criadores de Suínos (APCS), com apoio do Sebrae Nacional. O SNDS foi palco de um debate de alto nível sobre a proposta de restrição ao uso de antibióticos, recebeu especialistas em política agrícola e mercado do agronegócio, expoentes do marketing 6

e reconhecidos palestrantes sobre a formação de líderes e protagonistas. A suinocultura brasileira é um setor que emprega cerca de 1 milhão de pessoas, produz 3,7 milhões de toneladas de proteína animal, gera milionárias divisas com o comércio exterior e, acima de tudo, alimenta a população brasileira com produtos de excelente qualidade e preço acessível. Apesar de tudo isso, o consumo per capita da carne suína no Brasil gira em torno de 15, quando comparado por exemplo a países europeus, que usualmente ultrapassam 40Kg/ano. Aumentar o consumo da proteína no mercado interno, além de estar atento às constantes mudanças dentro e fora da porteira são desafios atuais e constantes para o setor. O XVII SNDS,

como principal evento de lideranças do segmento, é um dos espaços mais relevantes para fomentar discussões pertinentes entre todo o setor. O tema do encontro “Transformação: novos rumos para a cadeia de suínos brasileira” representa estes desafios e foi explorado na Palestra Magna “Turbu­lências políticas e econômicas: a con­juntura de um país em transformação”, ministrada pelo economista-chefe do Rabobank Brasil, Maurício Oreng, e três painéis temáticos. O primeiro painel denominado "A adaptação da suinocultura frente aos desafios de uma nova era", teve como foco o mercado de grãos, política agrícola e sanidade, com o objetivo de discutir as necessidades da produção brasileira tornando o setor produtivo


SNDS

o grande protagonista das próximas transformações estruturais da cadeia. O segundo painel "O mercado em transformação do campo à mesa" trouxe palestras com foco em marketing, perfil do consumidor e oportunidades da carne suína no mercado brasileiro. Com foco em liderança e criatividade, o SNDS encerrou o encontro com o terceiro painel "O líder como agente transformador". O SNDS também foi mercado pela ação "Sou Mais Carne Suína", na qual os participantes foram surpreendidos com compromissos para incentivar o trabalho do conceito "Escolha + Carne Suína", que busca conversar com o consumidor sobre os benefícios da proteína e aumentar sua presença na mesa do brasileiro. No final, todos receberam balões e camisetas e juntos reafirmaram seu comprometimento com a causa.

Abertura Na noite de quarta-feira, 28 de junho, o presidente da ABCS, Marcelo Lopes, abriu o evento saudando os presentes e destacando a força da suinocultura brasileira e seus integrantes, assim como o papel da entidade e apoiadores nos últimos anos. “Nos transformamos a ABCS em referência nacional pelo trabalho realizado e pelo apoio dos suinocultores, entidades, indústrias e parceiros. Tenho profundo orgulho de conduzir esta história de sucesso e grande honra de representar um setor tão apaixonado pelo que faz quanto é a suinocultura”, discursou. Ainda na aber tura, antes da Palestra M agna, foram destacados os apoios do Sebrae Nacional, Governo do Estado de São Paulo, C o n fe d e r a ç ã o d a Ag r i c u l t u r a e Pecuária do Brasil (CNA), SENAR, Organização das Cooperativas do Brasil (OCB) e Associação Brasileira das Empresas de Genética de Suínos

(Abegs), além dos patrocinadores ouro Bayer, MSD e Trouw Nutrition. O gerente de Agronegócio do SEBRAE Nacional, Augusto Togni, destacou os resultados da parceria entre o órgão e a ABCS, trabalho conjunto realizado desde 2010. Realizamos centenas de ações no varejo, fóruns regionais, instrutórias em granjas, consolidamos a Semana Nacional da Carne Suína, desenvolvemos livros, cartilhas de receitas e outros. Apesar do momento,a palavra de ordem é persistir nesta jornadade difusão do conhecimento”,estimulou. Já Luis Rangel, secretário de d e fe s a a g ro p e c u á r i a d o MA PA , reconheceu em seu discurso a parceria profícua e produtiva entre o

O SNDS foi palco de um debate de alto nível sobre a proposta de restrição ao uso de antibióticos, política agrícola, mercado do agronegócio, expoentes do marketing e liderança.

MARCELO LOPES, PERMANECE PRESIDÊNCIA DA ABCS POR MAIS UM BIÊNIO.

A ABERTURA DO EVENTO CONTOU COM REPRESENTANTES DO SEBRAE, MAPA E SECRETARIA DE AGRICULTURA DO ESTADO DE SÃO PAULO. 7


SNDS

NOVO CONSELHO ADMINISTRATIVO DA ABCS

Governo Federal e a ABCS. “Construímos marcos importantes como a Estação Quarentenária de Cananeia, o reconhecimento de quase todo o país como livre de Peste Suína Clássica pela OIE e ente muitas outras. Podem contar com o Ministério da Agricultura para os próximos desafios”, garantiu. Por sua vez, Arnaldo Jardim, secretário de Agricultura de São Paulo, destacou que o SNDS traz uma visão sistêmica da cadeia produtiva

Seminário também celebrou da solenidade de posse do conselho de administração da ABCS que comandará a entidade nacional pelos próximos dois anos (2017 a 2019). 8

da suinocultura no Estado e no País, além de apresentar alternativas para o momento desfavorável do setor. “É um formidável setor produtivo, mas me permito arriscar três palpites: primeiro, vão em busca da sanidade para consolidar cada vez mais a marca da qualidade; segundo, o rumo da saudabilidade; e o terceiro a estabilidade econômica. Vocês já fazem isso. E nós, agentes públicos, temos a responsabilidade de colaborar cada vez mais”, reconheceu.

nova diretoria A 17ª edição do Seminário também celebrou a solenidade de posse do conselho de administração da ABCS que comandará a entidade nacional pelos próximos dois anos (2017 a 2019). Reconduzido ao cargo por mais um biênio, Marcelo Lopes discursou sobre as iniciativas atuais da ABCS, alertou para os próximos desafios do setor e agradeceu o comprometimento da nova diretoria para o biênio 2017-2019.

OS EX-CONSELHEIROS PAULO HELDER E JOSÉ ARNALDO PENA HOMENAGEARAM O PRESIDENTE MARCELO LOPES.


SNDS

A APCS COMEMOROU 50 ANOS JUNTO AOS SEUS PRODUTORES NO XVII SNDS

“É nosso trabalho continuar desenvolvendo ações importantes com entidades nacionais e internacionais para avançar ainda mais. Agradeço a dedicação da diretoria para novas conquistas do setor, sejam com o consumidor final, sejam em aspectos técnicos ou questões políticas e, assim, perseguir de todas as formas a desejada estabilidade para os suinocultores”, disse. O Conselho de Administração da ABCS, biênio 2017-2019 é formado pelo o próprio Marcelo Lopes como conselheiro-presidente, Paulo Lucion na pasta financeira, Olinto Arruda no conselho técnico, Valdecir Folador para relações de mercado, e João Leite nos temas administrativos.

50 anos de APCS Anfitriã do evento, a APCS celebrou 50 anos de realizações na abertura do encontro. Seu presidente, Valdomiro Ferreira Jr., discursou na abertura saudando os participantes e elogiou a oportunidade de diálogo aberto em um momento pelo qual o país atravessa. “É o agronegócio quem está salvando o país. Vivemos um momento muito difícil, cuja palavra chave é a incerteza. Mas é da incerteza que encontraremos a solução. A APCS tem 50 anos de lutas e conquistas e, em conjunto com todo o agro, vamos reconstruir o Brasil. Nós somos a solução para o país”, afirmou.

Para simbolizar a comemoração, Marcelo lopes entregou um quadro ao presidente da APCS. A obra de arte representa a união das duas associações e o legado que juntas construíram nestes 50 anos. "Eu, como presidente da ABCS e também como suinocultor, me sinto orgulhoso de acompanhar a trajetória da APCS e de poder me unir a vocês nos desafios futuros para continuarmos a crescer e projetar a suinocultura brasileira no cenário mundial. A noite foi encerrada com uma festa comemorativa oferecida pela APCS e pelos frigoríficos parceiros e contribuintes do FNDS, Bressiani, CowPig, Gran Corte e Soft Pig. 9


A ABCS agradece o seu apoio na realização do maior evento de lideranças da suinocultura brasileira! Realização:

Apoio:

SENAR

Patrocinadores Ouro:

Patrocinadores:

Esperamos vocês em 2019 na XVIII edição!


ECONOMIA

PALESTRA MAGNA:

ORENG DEFENDE REFORMAS FISCAL E DA PREVIDÊNCIA ECONOMISTA APONTA PARA ESTABILIZAÇÃO DO PIB NESTE ANO E INDICADORES POSITIVOS PARA 2018 O economista-chefe do Rabobank, Maurício Oreng, traçou um panorama sobre a economia global e um diagnóstico sobre a brasileira na abertura do XVII SNDS com a palestra “Turbulências políticas e econômicas: A conjuntura de um país em transformação”. O especialista considerou que, apesar das indefinições externas, como a política econômica do governo Trump nos Estados Unidos, as principais preocupações são mesmo do mercado interno e da crise política. Segundo ele, o mercado está revendo a expectativa de crescimento da economia americana. “O governo Trump, com muitos problemas políticos internos, não conseguiu implementar as políticas que poderiam gerar estímulo à indústria americana”, disse. A balança comercial Brasil-EUA representa apenas 1,3% do PIB nacional

Estados Unidos, Oreng lembra que o Brasil tem baixo nível de poupança interna e, assim, precisa do financiamento externo. Por isso, a política de juros dos Estados Unidos, definida pelo FED (Federal Reserve), impacta nos investimentos externos no mercado interno brasileiro. “Eles sinalizam aumento da taxa, mas acreditamos em um ritmo lento,

“É indispensável um ajuste fiscal, ainda que gradual, pois as despesas do governo são pesadas demais”

“O governo Trump ainda não conseguiu implementar as políticas que poderiam gerar estímulo à indústria americana” e apenas 13% do total das nossas exportações. Ou seja, o possível protecionismo do Trump não vai nos matar. “O risco maior seria ele entrar em uma guerra comercial com a China, que é nosso principal parceiro e investidor”, apontou. Ainda que não tenha grande dependência do comércio com os

O ESPECIALISTA TROUXE CONSIDERAÇÕES SOBRE AS PRINCIPAIS TENDÊNCIAS ECONÔMICAS 11


ECONOMIA

ORENG FEZ UM PANORAMA SOBRE A ECONOMIA BRASILEIRA E MUNDIAL

o que mantém o custo de financiamento e não prejudica o mercado brasileiro”, explicou. Sobre a China, o Rabobank tem uma visão negativa, no sentido de redução no ritmo de crescimento. Caso confirmado, este quadro seria desfavorável ao Brasil, uma vez que boa parte das exportações brasileiras ao país asiático estão ligadas ao ritmo de crescimento chinês. “A China tem um problema inverso ao brasileiro, alto investimento e baixo aumento da demanda. Isso pode ser ruim para o Brasil, pois é um modelo que aponta para a diminuição do ritmo de evolução da economia chinesa”, analisou.

Mercado interno

Sobre a economia brasileira, o economista-chefe do Rabobank Brasil prevê uma estabilização do PIB em 2017, apesar do último triênio mostrar uma ligeira recuperação da atividade econômica. “Se contarmos os últimos três ou quatro anos, tivemos a maior queda do PIB da história. Países com características similares as nossas não tiveram algo parecido, pelo contrário, continuaram crescendo”, constatou. Segundo Oreng, o Brasil precisa urgentemente de reformas fiscal, previdenciária e trabalhista. “É indispensável um ajuste fiscal amplo, ainda que gradual, pois as despesas do governo 12

são pesadas demais. Temos que cortar gastos e, também, fazer reformas da previdência e trabalhista”, afirmou. A crise política é apontada como um fator de indefinição neste quadro. De acordo com ele, a base política para aprovação destas modernizações no Congresso diminuiu depois das denúncias envolvendo o presidente da República, Michel Temer. “As chances de aprovar a reforma trabalhista, por exemplo, caíram de 80% para 50%. Esta indefinição nos próximos meses e, talvez em 2018, é ruim. Ainda assim, temos uma posição de contas internas muito boa, bastante diferente das de 2014 e 2015”, avaliou. Oreng expôs que, apesar do pior triênio da história entre 2014 e 2016, a economia parou de recuar, o que já é uma boa notícia. Entre os indicadores positivos, o déficit público era de 4,5% do PIB em 2015 e caiu para 1% nos últimos 12 meses encerrados em abril de

2017, o investimento externo direto cobre mais de quatro vezes este percentual e a taxa Selic deve continuar caindo (talvez chegue a 8,5% ao final do ano). Além disso, o PIB deixou de cair e tende à estabilidade em 2017, o dólar deve oscilar entre R$ 3,10 e R$ 3,25, a inflação está baixa (com previsões inclusive abaixo da meta) e o governo ainda tem reservas cambiais significativas. Para o especialista, a economia está em um processo de estabilização, sem crescimento da dívida pública e, com isso, o consumo começa a melhorar. “O índice do Banco Central está fraco mas pelo menos não está caindo e isso, hoje, é boa notícia”, classificou. Para finalizar, o palestrante afirmou que a economia brasileira não tem recuperação sem reformas fiscais, especialmente da previdência. “A incerteza política reduz a previsibilidade, mas as reformas vão passar mais cedo ou mais tarde. Com elas, o Brasil pode crescer 2% ao ano em longo prazo”, concluiu.

“A incerteza política reduz a visibilidade, mas as reformas vão passar mais cedo ou mais tarde. Com elas, o Brasil pode crescer 2% ao ano a longo prazo”

Acesse a palestra “Turbulências políticas e econômicas: A conjuntura de um país em transformação”, realizada por Mauricio Oreng


SANIDADE

IURI PINHEIRO MACHADO PONTUA

DESAFIOS TÉCNICOS E ALTERNATIVAS PARA O SETOR ESPECIALISTA ALERTA SOBRE A NECESSIDADE DE ADAPTAÇÃO DA PRODUÇÃO EM VÁRIOS FATORES

O

médico veterinário Iuri Pinheiro Machado abordou alguns dos principais desafios da suinocultura com a palestra “Produção de Suínos: à frente dos desafios de um mercado competitivo e globalizado” durante o Painel 1 do XVII SNDS. Segundo ele, a produção de suínos deve ser competitiva, no sentido de ter baixo custo, boa produtividade, e alta qualidade, mas além disso precisa estar globalizada, o que abrange conceitos como sanidade e sustentabilidade. “Os tempos mudaram e as soluções também são outras”, introduziu. Por isso, é preciso conhecer os desafios e procurar as melhores respostas para eles. O especialista enumerou cinco desafios, que são a biosseguridade, a gestão do negócio, o crescimento do ativismo, bem-estar animal e a restrição ao uso de antimicrobianos. “Estas cinco frentes devem ser o foco da atenção para o suinocultor que ainda não está atento de que os tempos são outros e a realidade do mercado e da sociedade mudou”, frisou o especialista que preside a Comissão Nacional de Aves e Suínos da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA). No caso da biosseguridade, ele lembra que o Brasil passou ileso quanto a algumas das principais ocorrências sanitárias em outros países e realizou investimentos como na Estação Quarentenária de Cananeia. No entanto, Iuri frisa que há constantes e novas ameaças neste campo.

“As ameaças a este status privilegiado dos produtores de suínos no Brasil são permanentes, como circovirus, influenza, seneca, salmonelose e outras”, afirmou. “Por isso, o controle deve ocorrer em todas as fases, desde a reposição de animais, trânsito de pessoas, acesso de animais domésticos ou silvestres, veículos, controle de roedores, maravalha, ração, água, etc”, enumerou.

Já a sustentabilidade exige uma gestão ampla e eficaz, que deve incluir vários aspectos. “É muito comum os produtores gerenciarem o financeiro da apenas pela conta bancária ou terem como referência apenas o histórico de produtividade da própria granja ou comprem insumos sem planejar. Para ser competitivo, isso está longe de ser suficiente”, avaliou.

“Para ter rentabilidade, você tem que comprar bem os insumos. O custo está diretamente relacionado com preço dos insumos e a produtividade” 13


SANIDADE

“O bem-estar animal engloba uma série de cuidados e boas práticas desde o nascimento até o abate”

O PALESTRANTE TAMBÉM FOI MEDIADOR DO DEBATE SOBRE USO DE ANTIBIÓTICOS

“A produção de proteína animal de alta qualidade é fundamental para a saúde humana” Iuri também lembrou que é necessário capacitar os funcionários quando o objetivo é crescer. “Pior do que treinar um colaborador e ele sair, é não treinar e ele ficar. Não dá para crescer se as pessoas não crescerem na mesma proporção”, afirmou. Ainda no campo da sustentabilidade está o crescimento do ativismo. O palestrante ressaltou que é preciso defender o negócio da produção dos apelos dramáticos do ativismo. “A produção de proteína animal de alta qualidade é fundamental para a saúde humana”, declarou. No entanto, a produção deve respeitar o Bem-Estar Animal (BEA). Iuri expôs a diretiva da União Europeia (UE) sobre a gestação coletiva e também as Instruções Normativas brasileiras sobre o abate humanitário e o transporte de animais. “De 2013 para cá, muita coisa já aconteceu no Brasil em relação ao BEA na suinocultura. Por exemplo, grandes cadeias de restaurantes, como o McDonald´s, e indústrias decidiram pelo fim 14

das gaiolas de gestação. E a ABCS assinou um Termo de Cooperação sobre o tema com o MAPA”, lembrou. O médico veterinário enumerou o princípio das cinco liberdades para os animais, que são estarem livres de fome e sede, de desconforto, de dor/ injúria/doenças, de medo estresse e de poder expressar seu comportamento natural. Estas regras têm desdobramentos como acesso à água fresca e comida, ambiente apropriado, prevenção e tratamento a doenças, espaço suficiente e garantia de tratamento que evitem sofrimento mental ou emocional.

“O bem-estar animal não se restringe ao alojamento coletivo de matrizes gestantes, mas engloba uma série de cuidados e boas práticas desde o nascimento até o abate. Esta mudança de mentalidade traz benefícios diretos sobre a produtividade, desde que os manejos sejam adequados a cada tipo de instalação”, afirmou.

Restrição a antibióticos Quanto à redução ao uso de antimicrobianos, ele afirmou que é contra a eliminação do uso, mas favorável à utilização responsável, associado a outras iniciativas de prevenção para combater fatores como qualidade das instalações, manejo e outros. “Biosseguridade, fluxo de produção, programas de limpeza e desinfecção, vazio sanitário, densidade adequada, reduzir mistura de animais, programas vacinais e ambiência são alguns dos pontos a serem implementados. Enfim, isso cria condições para mitigar o uso, mantendo o uso terapêutico e reduzindo o uso como promotores de crescimento”, resumiu.

Acesse a palestra “Produção de Suínos: à frente dos desafios de um mercado competitivo e globalizado”, realizada por Iuri Pinheiro Machado.


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REUNIÃO POLÍTICAINTEGRADO AGRÍCOLA

NASSAR COMPARTILHA

EXPERIÊNCIA SOBRE POLÍTICA AGRÍCOLA EX-SECRETÁRIO DO MAPA DEFENDE CRIAÇÃO DE NOVOS MECANISMOS PARA PROTEGER O SUINOCULTOR

O PALESTRANTE FALOU SOBRE POLÍTICA AGRÍCOLA E GRÃOS

O

engenheiro agrônomo André Nassar abriu o Painel 1 “A adaptação da suinocultura frente aos desafios de uma nova era” do XVII SNDS para contextualizar os participantes com a leitura de quem já esteve no Governo Federal. Ex-secretário de Política Agrícola do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e com ampla experiência na iniciativa privada, ele abordou o tema “Política agrícola e mercado de grãos: fatos, tendências e oportunidades” e iniciou com relatos sobre suas experiências à frente da pasta. “O ministério da Agricultura tem excepcionais profissionais, mas precisa modernizar processos e ter mais

16

autonomia em relação ao Ministério da Fazenda e ao Banco Central. Quando se é um player do tamanho que somos no agronegócio, é indispensável uma estrutura para responder mais rápido e de maneira moderna às demandas globais”, comentou. Segundo Nassar, o ano de 2016 mostrou que o governo não tem mecanismos para atuar em crises agudas e os mecanismos de política agrícola não foram desenhadas para atuar com a resolutividade necessária. “A área econômica do ministério precisa reconhecer a necessidade de modernizar. É uma política agrícola boa, que funcionou por muitos anos, mas precisa de alguns novos instrumentos com muito mais sentido para

a realidade atual da produção brasileira”, argumentou. O especialista demonstrou que o setor agropecuário, apesar de altas recentes, foi responsável por mais de 30 anos de queda real nos preços ao consumidor brasileiro. Por exemplo, a

“Quando se é um player do tamanho que somos no agronegócio, é indispensável uma estrutura para responder melhor ao mercado”


POLÍTICA MISSÃO AGRÍCOLA

PREÇO DA CESTA BÁSICA (R$ DE 12/2015) 900

785

800 700 600 500

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jan/78

jan/76

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jan/74

300

Fonte gráfico: Dieese e FGVDados; Alves, E.; Souza, G. S.; Brandão, A. S. (2010)/ Elaboração SPA/Mapa

“A área econômica do ministério precisa reconhecer a necessidade de modernizar a política agrícola”. cesta básica acumula queda de 45% nos últimos 40 anos. “Isso ocorre porque a produtividade por hectare no campo aumenta, em média, 2,43% ao ano desde 1974. Mesmo que a população tenha crescido 170% desde 1961, a disponibilidade de alimentos cresceu com vigor. Hoje o brasileiro gasta uma parte muito menor de sua renda com alimentação”, pontuou. Estes resultados, inclusive, com alguns dos menores índices de subsídios do mundo para o setor (abaixo de EUA, União Europeia, México, África do Sul e outros) e mesmo que outros setores da economia nacional, como a indústria (2,6% contra 3,1%). “Antes, a política agrícola era toda feita pelo Ministério da Agricultura.

Hoje, por questões fiscais e de orçamento, ela é muito compartilhada com o Ministério da Fazenda e, eventualmente, até como Banco Central. Isso torna o processo decisório muito mais complexo”, avaliou. Ele defende que o MAPA lidere o processo de mudança destes processos e percebeu, quando atuava na pasta, certa falta de protagonismo para executar estas modernizações. “Há um baixo interesse e pouca proatividade em realizar este trabalho. E é muito importante que o setor produtivo traga esta demanda. Precisamos iniciar isso”, convidou.

Suinocultura Os produtores sabem que 2016 foi um ano difícil para atividade mas,

segundo o especialista, apesar de as chances serem baixas das mesmas condições se repetirem, o produtor de suínos precisa pensar em soluções para se proteger. A partir de fevereiro 2015, a relação de preços entre suínos, soja e milho tornou-se desfavorável, o que ficou ainda mais acentuado durante 2016. O quadro melhorou no final do ano passado, apresentou bons sinais no final de fevereiro de 2017, e voltou a piorar em abril. Apesar das ofertas de milho e soja serem superiores à demanda interna, os suinocultores, em muitos casos, competem com os mercados externos por estes grãos. Entre outros instrumentos, o crédito rural pode ser uma maneira de o produtor garantir melhores preços caso compre em bons momentos. De acordo com Nassar, suinocultura contraiu R$ 3,72 bi em crédito rural no período de 12 meses encerrado em maio de 2017, dos quais 73% para custeio, 15% para industrialização, 3% comercialização e 9% investimento. 17


POLÍTICA AGRÍCOLA

“Houve uma retomada da contratação de crédito para suinocultura no ano safra 16/17 em relação ao ano anterior. Nesse período, ocorreu um crescimento de 7,3% no crédito para atividade, diferente da atividade pecuária que permaneceu caindo em relação à tomada de financiamentos”, comparou.

FINALIDADE DO CRÉDITO PARA SUINOCULTURA NO ANO SAFRA 2016/2017: R$ 3,72 BI 3%

9% 15%

“Antes, a política agrícola era toda feita pelo Ministério da Agricultura. Hoje, é muito compartilhada com a área econômica, o que torna o processo muito complexo” O Pronaf responde por cerca de 8% e o Pronamp 4%, mas 84% do financiamento não está atrelado a nenhum programa. Quanto a origem, os recursos obrigatórios do governo, o LCA e a poupança rural respondem por cerca de 80% do total.

Custelo

Investimento

73%

Fonte: Bacen - Sicor

Os principais programas de custeio são o crédito rural (taxas de 8,5%), o Pronamp (7,5%), e o LCA (12,75%). Já para investimento, estão o PCA, o ABC, o Inovagro, o Pronamp, o Moderagro e o Moderfrota, com taxas que variam de 6,5% a 10,5%. No caso da comercialização, os recursos são destinados para estocagem, quando o tomador é o produtor ou as cooperativas, e para aquisição

de matéria-prima (suínos) no caso de beneficiadores e agroindústrias. Nassar defende a criação de novos mecanismos, por exemplo, contratos de opção subvencionados pelo Governo ou financiamento para comprar milho antecipadamente. “Estes instrumentos estariam muito mais alinhados com o mercado e nenhum deles está disponível atualmente”, constatou.

Acesse a palestra “Política agrícola e mercado de grãos: fatos, tendências e oportunidades”, realizada por André Nassar. 18


ANTIBIÓTICOS

DRA. CLAVIJO INTRODUZ DEBATE

SOBRE USO DE ANTIMICROBIANOS PESQUISADORA DETALHA EXPERIÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS SOBRE O TEMA

RESISTÊNCIAS ANTIMICROBIANA É UM DOS TEMAS ATUAIS DO SETOR

A

Dra. Maria José Clavijo, professora da Universidade de Iowa, nos Estados Unidos, apresentou os principais tópicos sobre o tema “Antibióticos: uma era de exigências e adaptações”, durante o Painel I do XVII SNDS. A pesquisadora pontuou, no início de sua palestra, os quatro fatores mais relevantes na discussão sobre a restrição ao uso de antibióticos no

“O principal é entender que a resistência aos antimicrobianos é um problema real” contexto estadunidense. Para ela, o aumento da resistência, os consumidores, a responsabilidade da indústria e os sistemas livres de antibióticos completam o tema. Clavijo explicou que há um aumento da resistência aos antibióticos

em todo o planeta e, apesar de serem drogas excepcionais, a eficiência de seu uso está caindo. “O principal é entender que a resistência aos antimicrobianos é um problema real, que vem crescendo, e é um risco para a saúde pública. O uso em animais ou humanos aumentou esta resistência”, relacionou. Apesar de a resistência dos patógenos ser ancestral (de milhões de anos) e outros fatores influenciarem, o uso dos antibióticos é apontado como o mais relevante neste processo, que ganhou força nas últimas décadas e chegou a todas partes do mundo, inclusive o Brasil. “Bactérias mais resistentes podem chegar mais facilmente aos humanos, desde as fazendas, pois são levadas em tecidos e órgãos, como o intestino. Assim, elas podem espalhar-se por alimentos e contaminar as pessoas, causando um série de problemas de saúde”, descreveu. Segundo a palestrantes, a sociedade desconfia que os produtores

estão fazendo algo de errado e os consumidores/eleitores influenciam os governos, que acabam criando leis para exigir do setor. Ela lembra que não existe risco zero em nenhuma situação, com ou sem o uso de antibióticos. Segundo a palestrante, a sociedade desconfia que os produtores estão fazendo algo de errado, os governos são influenciados pelos eleitores e o setor é exigido por isso. Ela lembra que não existe risco zero em nenhuma situação, com ou sem o uso de antibióticos. “A transparência em mostrar sanidade, qualidade e sustentabilidade e ofertar preço, sabor e praticidade são fatores chaves. Por isso, adaptar a produção a esta nova realidade e até ganhar eficiência é um caminho ao encontro com os consumidores”, avaliou. Além disso, boa parte dos consumidores atuais tem características muito particulares, como fazer escolhas baseados em valores, não exigir 19


ANTIBIÓTICOS

carne nas refeições, integrar grupos de consumidores pelas redes sociais e estarem sedentos por informação. “O setor deve contar uma história boa e verdadeira para eles ou outros grupos o farão”, alertou.

Novas leis americanas Neste contexto, o governo dos Estados Unidos alterou a legislação sobre o uso de antibióticos e, a partir de janeiro de 2017, duas mudanças importantes passaram a vigorar. “Foi proibido o uso de antibióticos promotores de crescimento e os demais antibióticos terapêuticos, inclusive com uso para saúde humana, devem ter a prescrição de um veterinário. Das 27 categorias de antimicrobianos, apenas nove são de uso exclusivo em animais”, detalhou. A indústria dos Estados Unidos teve de três a cinco anos para adaptar-se e, até o momento, o impacto nos custos de produção não foram significativos. “Ainda é cedo para uma conclusão definitiva, uma vez que as novas leis estão em vigor há apenas seis meses”, ponderou. Assim, muitos sistemas de produção estão considerando a eliminação dos antibióticos, muitos deles assumindo cada vez mais o rumo da sustentabilidade. No entanto, este tipo de produção ABF (Antibiotics Free) não representa mais do 20% do total atualmente. Os dados disponíveis de algumas empresas apontam que os custos de

Acesse a palestra 20

produção cresceram entre 14% e 21% em comparação com o modelo convencional. Ainda assim, entre as indústrias que criaram linhas livres de antibiótico, estão a Maschhoffs, Hormel Foods, Smithfield, JBS, Tyson e Country View, entre outras.

“O caminho para isso é o controle do fluxo dos suínos, capacitação dos profissionais, procedimentos, de biosseguridade e etc. Além disso, há uma série de alternativas que vão desde vacinas a probióticos, minerais, inibidores, entre outras, já disponíveis”, acrescentou.

“Antibióticos: uma era de exigências e adaptações”, realizada por Maria José Clavijo.


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Proteção dos leitões através do colostro

A CIÊNCIA PARA ANIMAIS MAIS SAUDÁVEIS


DEBATE SOBRE USO DE ANTIBIÓTICOS MOBILIZA ENTIDADES SETORIAIS

RESTRIÇÃO AOS ANTIMICROBIANOS PODE TER GRANDE IMPACTO NA SUINOCULTURA BRASILEIRA

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uso de antimicrobianos na produção pecuária suscita um debate mundial, que ganhou maior relevância e urgência nos últimos anos. O Brasil vive um momento de definição sobre o tema e os suinocultores conheceram, durante o XVII SNDS, a posição das principais entidades do setor. O encontro contou com representantes do Ministério da Agricultura (MAPA), Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações), Sindicato Nacional das Indústrias de Produtos para a Saúde Animal (Sindan) e da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), além do Presidente da Comissão de Aves e Suínos da CNA, Iuri Machado, mediador do debate. 22

O diretor executivo da ABCS, Nilo de Sá, ressaltou a importância deste debate e frisou o protagonismo da associação em preparar e garantir que o posicionamento do setor seja considerado, protegendo a viabilidade técnica e econômica da atividade. “Seja por ciência, seja por ativismo, é um assunto que temos que discutir, pois está presente. O consumidor mudou e não busca apenas preço. De Sá foi claro ao afirmar que a suinocultura brasileira possui diferentes tipos de produtores e, por isso, é preciso considerar especificidades regionais, de escala, financeiras e outras. "Não acreditamos em banimento, mas no uso prudente e no estabelecimento de condições estruturais que permitirão a redução do uso", afirmou.

O Secretário de Defesa Agropecuária do MAPA, Luís Eduardo Rangel, apresentou a posição do Governo. “O mundo hoje é um mercado único e o Brasil, como fornecedor de carne suína, não pode ficar de fora desta discussão técnica. A participação de todos os elos da cadeia no debate é indispensável neste processo”, introduziu. Segundo ele, o Governo Federal estimula o diálogo para encontrar alternativas que conciliem interesses dos produtores e garantam a saúde pública e a sanidade animal, bem como os mercados. “O ministério quer avançar no tema, mas sempre com a responsabilidade de manter a viabilidade do negócio da produção animal, seja aves, bovinos e suínos. Já dialogamos


DEBATE

há tempos e vamos construir as soluções em conjunto, ainda que nossa preocupação principal seja a sanidade animal”, posicionou. Diretor de relações Institucionais da ABPA, destacou que se trata de um dos temas mais atuais e urgentes para a suinocultura pois está em debate pela OIE (Organização Mundial da Saúde Animal) e a OMS (Organização Mundial de Saúde), assim como pelo Mapa e a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). “A preocupação destas entidades é a resistência microbiana, um assunto bastante controverso. Não é um tema novo mas está em destaque mundialmente. Estamos envolvidos nestes debates e a iniciativa da ABCS enriquece o universo de opiniões sobre o tema”, opinou. Ariel contextualizou uma mudança no cenário mundial sobre o tema, com as mudanças nas regras nos Estados Unidos. “O diálogo já ocorre há anos e tivemos um posicionamento claro quando a União Europeia começou a nos pressionar. Perdemos um aliado nesta disputa, que foram os Estados Unidos. A suinocultura chegou um

pouco mais tarde pois não exportava para os mercados com este tipo de exigência. É uma questão muito importante”, encaminhou. Para o CEO do Sindirações, Ariovaldo Zani, a iniciativa da ABCS contribuiu para os participantes compreenderem os argumentos do setor produtivo, entidades, governo e consumidores. “O debate é importante para que o produtor possa tomar decisões que preservem a sustentabilidade da cadeia”, comentou. Zani, contudo, fez considerações relevantes sobre qual tipo de visão embasa o posicionamento europeu, principal defensor da diminuição ao uso dos antibióticos mesmo sem uma sólida avaliação de riscos com fundamentos científicos. “Para separar o joio do trigo temos que analisar o risco, principalmente sobre quais são os fatores que levam à resistência bacteriana. Os europeus têm o princípio da precaução mas, para mim, é parte da conspiração contra a avaliação de risco baseada em ciência”, apontou. Para ele, inclusive, a mudança de posição dos Estados Unidos teria

sido um equívoco e, no Brasil, uma mudança similar demandaria grandes investimentos, o que pode ser um problema. “Vejo, inclusive, que os americanos foram inocentes em mudar de posição. É possível reduzir, mas com alto investimento em infraestrutura e outros fatores”, frisou. Por sua vez, Christopher White, representante do Sindan, disse que o debate sobre o tema requer atualizações permanentes e criteriosas pois se trata de “uma categoria de produtos imprescindível e seu uso assegura a produtividade brasileira”. White enfatiza que os antibióticos, necessariamente, seguirão sendo utilizados. “O uso responsável e prudente tem lugar no presente e no futuro, mas passa por mecanismos adicionais de controle”, admitiu. Para o especialista, o principal seria o receituário veterinário, cuja implantação exige uma ampla e eficiente estrutura. “É preciso fazê-lo de forma estruturada, como uma plataforma eletrônica, que demanda tempo, trabalho, mobilização, investimento, ou seja, não é tão simples e tão rápido”, sugeriu.

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DEBATE

“Os suinocultores devem ter suas peculiaridades respeitadas. Um pequeno produtor não deve ser tratado de maneira igual a um grande. "Não acreditamos em banimento, mas no uso prudente e no estabelecimento de condições estruturais que permitirão a redução do uso", Nilo de Sá, Diretor executivo da ABCS

“O ministério quer avançar no tema mas sempre com a responsabilidade de manter a viabilidade do negócio da produção animal”,

Luís Rangel, Secretário de Defesa Agropecuária do MAPA

“O diálogo já ocorre há anos e tivemos um posicionamento claro quando a União Europeia começou a nos pressionar. É uma questão muito importante”, Ariel Mendes, Diretor de relações Institucionais da ABPA

“Para separar o joio do trigo é preciso analisar o risco, principalmente sobre quais são os fatores que levam à resis­tência bacteriana", Ariovaldo Zani, CEO do Sindirações

“O uso responsável e prudente tem lugar no presente e no futuro, mas passa por mecanismos adicionais de controle”, Christopher White, Consultor do Sindan 24


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COMUNICAÇÃO

PROFESSORA DA ESPM DEBATE

RELAÇÃO ENTRE CULTURA E CONSUMO DE CARNE SUÍNA NA SOCIEDADE BRASILEIRA SIMONE TERRA TRAÇA CAMINHO PARA VALORIZAR PRODUTO JUNTO AO CONSUMIDOR

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formação cultural é um dos fatores mais determinantes para a escolha do consumidor no momento da compra. A professora da ESPM, Simone Terra, apresentou a lógica desta relação na abertura do Painel 2 “O mercado em transformação: do campo à mesa”, no XVII SNDS. Simone tem 17 anos de experiência em consultoria de trade marketing, gestão comercial, varejo, merchandising, comportamento de compra e etnografia e realizou a palestra “Cultura e comportamento: um raio-x do consumidor” para os participantes. Sua curiosidade em compreender como funcionam as escolhas do consumidor aponta referências, inclusive, sobre a carne suína que, na opinião dela, tem grandes oportunidades de ganhar espaço na mesa do brasileiro. “As características culturais influenciam diretamente nos hábitos de consumo e a alimentação é um exemplo

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perfeito disso, mas para vários segmentos também. Desde a escolha dos ingredientes do café da manhã, o tamanho da embalagem de um sabão em pó ou se a pessoa levará frango, carne bovina ou suína para casa”, pontuou. Segundo Simone, as pessoas em geral gostam de carne suína, compram e consomem, mas alguns mitos – bem conhecidos pelo setor – influenciam o volume de compras. “O mito de que a carne suína é menos saudável criou valores e tornou-se um hábito desfavorável para o setor e o próprio consumidor, que quer adquiri-la”, sustentou. Para isso, Simone destacou a importância de desenvolver valores

e significados para os consumidores, além de de desconstruir paradigmas e comunicar as virtudes do produto onde o consumidor faz sua escolha. A especialista explicou que o ser humano constitui-se em função do meio social em que está inserido, sofrendo influências sociais, geográficas, políticas e culturais de tudo que o envolve. Entre esses elementos, estão a família, a religião, a classe social, a educação e os meios de comunicação. Assim, o indivíduo desenvolve sua estrutura de valores e sua identidade. “O comportamento é resultado da identidade, das tendências globias e dos fenômenos da moda. A cultura vai e sem, não

‘As características culturais influenciam diretamente nos hábitos de consumo e a alimentação é um exemplo perfeito”


COMUNICAÇÃO

FREIOS AO CONSUMO

PREPARO QUALIDADE

é definitiva. O posicionamento de um produto precisa estar em adequação com os valores, a construção imagética e simbólica do público alvo”, sugeriu. Ela citou o exemplo da cachaça que era a bebida da classe baixa até mudar seu posicionamento e passar a ser exportada, valorizada e regionalizada. “Isso foi feito ressaltando os diferenciais da bebida, sua história, sabores, regiões e qualidade merecedora de reconhecimento. Uma construção consciente e bem realizada”, indicou. No caso da carne suína, é preciso quebrar paradigmas sobre qualidade, preparo, saudabilidade, segurança e

“O posicionamento de um produto precisa estar em adequação com os valores”

SEGURANÇA

REJEIÇÃO

SAUDABILIDADE

rejeição e, segundo a professora, os suinocultores brasileiros têm vários elementos verdadeiros e poderosos para avançar neste sentido. “Ainda existem velhos preconceitos como a saudabilidade da carne suína, mas diversos estudos provam o contrário. Além disso, temos o apelo de consumir alimento saboroso, que cabe no bolso. Assim é trabalhar a imagem de que é fácil fazer, que é saudável e muitos outros em nossas redes sociais especialmente nos pontos de venda”, acrescentou. A expert recomenda recomenda que melhorar a comunicação é caminhos para este objetivo. “A ABCS faz este papel de gerar conteúdo, mas é preciso multiplicar. Produtores e as marcas podem sim quebrar isso desde que multipliquem este tipo de comunicação para todos públicos da cadeia em diferentes canais”, resumiu. Esta ressignificação da carne suína pode ocorrer com ações que gerem ou despertem valor emocional, prático, de

É preciso escolher os meios adequados para se comunicar com os clientes e consumidores e falar sua língua” diferenciação, sedução ou de status, sempre associados a temas como família, saúde, pratos típicos, bem-estar, imagens apetitosas e outras. Por fim, Terra falou sobre as estruturas de canais desde o pequeno varejo até as grandes redes e frisou a importância de adequar a mensagem ao consumidor. “É preciso escolher os meios adequados para se comunicar com os clientes e consumidores e falar ‘sua língua’, desenvolvendo ações que os mobilizem”, destacou.

Acesse a palestra

Acesse a palestra “Cultura e comportamento: um raio-x do consumidor”, realizada por Simone Terra. 27


ESTRATÉGIA XXXXXXXX

TEJON SUGERE NOVA ABORDAGEM DE COMUNICAÇÃO PARA O AGRO

ESPECIALISTA EM MARKETING DETALHA CAMPOS DE AÇÃO PARA O SETOR

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opinião pública sobre as atividades do campo é determinante para o futuro do setor. Foi esta a lição que a grande referência no marketing do agronegócio brasileiro, José Luiz Tejon, apresentou na palestra a “Transformação no agro: uma nova abordagem de comunicação” no Painel 2 do XVII SNDS. Acadêmico, consultor, conferencista e escritor, Tejon compartilha da opinião de que o agronegócio não se comunica com eficácia perante a sociedade consumidora. “ Temos ações pontuais como a bela ação, iniciativa da Rede Globo, o Agro é Tech, Agro é Pop, Agro é Tudo. De maneira geral, é positivo mas ainda temos pouquíssimas mídias capilares e populares com programação voltadas à educação sobre o agro nas grandes cidades”, analisa. Ele indica que é necessário uma comunicação sobre o agro voltada aos consumidores, no sentido de realmente explicar como funciona a produção, suas tecnologias e outros aspectos. “É muito importante um diálogo orientado e orquestrado com segmentos da população, pois comemos e bebemos cada vez mais ciência e tecnologia. Se não decodificarmos isso para os não cientistas, como explicaremos a evolução genética, os antimicrobianos, a nutrição, a saúde e o bem estar animal, a sustentabilidade?”, questiona. Comentarista sobre o tema na Rádio Jovem Pan, membro de órgãos

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“No passado, uma mudança poderia levar anos. Hoje, elas acontecem o tempo todo” como o Conselho Científico do Agro Sustentável (CCAS) e da Associação Brasileira de Marketing Rural & Agronegócio (ABMR&A), Tejon defende que explicar e comunicar a ciência do campo para a sociedade é a maneira de mostrar suas grandes qualidades e desmistificar

preconceitos sobre a produção. “No passado, uma mudança poderia levar anos. Hoje, elas acontecem o tempo todo. Em tempo de mídias eletrônicas, a comunicação é um exemplo de rapidez e transformação. E o agronegócio ainda carece de uma gestão precisa nesta e em outras áreas”, citou.


ESTRATÉGIA

Para ele, a comunicação pelas plataformas digitais foi uma inovação disruptiva, que vai além do revolucionário ou do evolucionário, e precisa ser assimilado para a comunicação do agro. “A tecnologia acionou mais o impacto é muito acima e muito mas do que a tecnologia em si”, alertou. Ele prevê que a própria suinocultura viverá uma “inovação disruptiva” nos próximos 30 anos, quando cada porca gerará 54 leitões desmamados por ano, o abate será com 170 kg em média e a conversão cairá para 1,75 kg. “O mundo que nascemos não existe mais. A cada segundo, 21 milhões de mensagens são enviadas por WhatsApp, 2,4 milhões de buscas são feitas pelo Google e a Amazon fatura US$ 200 mil”, informou.

“A ciência evolui em progressão geométrica e o homem, em progressão aritmética” Os líderes da atualidade têm outras características como, segundo Tejon, foco no que o cliente ignora, complexidade e simplicidade, sustentabilidade, competição “fora da caixa”, transparência, valores e missões claras e, sobretudo, velocidade. “A ciência evolui em progressão geométrica e o homem, em progressão aritmética. Para o ser humano

primitivo, a noção de espaço era um mistério incontrolável. Para o homem da era tecnológica, é o tempo que tem este papel”, afirmou. O pesquisador revelou que apenas 11% da população mundial é “comprometida”, 19% é “aderente”, 50% são como turistas passando o tempo no planeta e outros 20% querem destruir a Terra ou as pessoas. “A qual grupo você pertence?”, indagou.

Agronegócio O especialista explica que, apesar de o Brasil ser um dos maiores players no setor, as 11 maiores empresas de alimentos do mundo vendem mais de US$480 bilhões, o que supera todo o agronegócio brasileiro. “Precisamos de agregação de valor e marcas”, desafiou. 29


ESTRATÉGIA

Ao mesmo tempo, entidades ativistas trabalham para destruir valor do agro, quando encontram pontos fracos. “O diretor do Greenpeace, por exemplo, disse que a entidade ataca os pontos fracos das cadeias de valor das empresas, pois podem dançar com você ou dançar sobre você”, citou. Neste contexto, o marketing é uma ferramenta indispensável para o agronegócio como um todo. Ele apresentou o modelo dos 4E´s que trabalha conceitos como estética, excelência, experiência e ética para embasar esta comunicação. “Uma marca com força oferece o melhor, de maneira sustentável e fica na cabeça do cliente”, resumiu. Comida, continuou, é algo pessoal que precisamos para sobreviver, para alimentar nossas crianças e como parte de celebrações e da cultura. “Sua produção precisa ser respeitada, mas a liberdade para operar demanda confiança e licença social. O produto é o que fazemos no campo, na indústria, já o marketing é o que fazemos na mente do todo”, acrescentou. Tejon frisou a importância de trabalhar as virtudes da carne suína e mobilizar a emoção dos consumidores. “O marketing deve sempre trabalhar a emoção, uma síntese bem feita, foco inteligente, filmes bonitos e a colocação do bom humor, pois temos muito conteúdo desconhecido pelo consumidor para envolvê-lo e conquistá-lo nas diversas plataformas”, descreveu.

Acesse a palestra 30

Transformação no agro: Uma nova abordagem de comunicação”, realizada por José Luiz Tejon.


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COMUNICAÇÃO SNDS

SENRA APRESENTA RESULTADOS E OPORTUNIDADES DO “ESCOLHA + CARNE SUÍNA”

PALESTRANTE DETALHA CONCEITOS E ESTRATÉGIA PARA AMPLIAR O ALCANCE DO CONCEITO DO SETOR

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sócio-diretor da Ana Couto Branding, Leonardo Senra, palestrou sobre a “Comunicação, imagem e marca da carne suína no Brasil” no fechamento do Painel 2, durante o XVII SNDS. A agência Ana Couto Branding é parceira da ABCS desde 2015 no desenvolvimento do conceito do “Escolha + Carne Suína” e, assim, o especialista também abordou os resultados destas campanhas, além do potencial de desenvolvimento do setor. Para Senra, a missão da agência é criar estratégias e ideias que desafiam pessoas e marcas a crescer a partir de seus propósitos. “Por isso, temos grandes clientes em

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diversos setores, como a ABCS”, introduziu. Ele lembrou que, em 2015, quando a parceria com o setor começou, o cenário era desafiador. “Tanto a crise política como a econômica explodiram naquele ano e afetaram o consumo, diminuindo a compra consideravelmente”, explicou. Por isso, contou, a estratégia desenhada foi propor um novo posicionamento da carne suína e apresentá-la como a opção com a melhor soma de atributos valorizados pelo brasileiro. “Ou seja, percebemos que ela reúne tudo que o brasileiro gosta, com saúde, sabor, qualidade, praticidade e preço”, enumerou.

“Mudar o hábito para que o cliente abrace um novo comportamento é um dos maiores desafios da comunicação”


COMUNICAÇÃO

Processo de criação do conceito

De acordo com o especialista, o público-alvo são os brasileiros das grandes cidades que possuam o hábito de consumir uma fonte de proteína animal diariamente. Os objetivos do projeto, desenvolvido em parceria com a ABCS, eram mudar a visão sobre o produto, mostrar a variedade de cortes, o padrão de qualidade e outros. Assim, a partir dos aprendizados com o setor, ele entende que foi

criado um novo posicionamento para a carne suína no Brasil, do produtor à indústria, do varejo ao consumidor final. “ Tivemos consistentes resultados de mídia, em revistas, canais de televisão, mídias sociais e outros espaços. É assim que começamos a aumentar o impacto positivo da campanha, apresentando outras referências e alternativas sobre a carne suína para o consumidor final”, adiantou.

em 2016 em relação ao ano anterior. No quesito gastronomia, o Festival Suíno no Ponto, realizado em 2016, teve a participação de 48 estabelecimentos, 700 profissionais e 7 milhões de consumidores, além de 3,2 mil refeições vendidas e 15 novos pratos inseridos em cardápios. “A l é m d i s s o, a p r e s e n t a m o s novos cortes e educamos profissionais para recomendação da carne suína nos restaurantes. Houve uma variedade de atividades com formadores de opinião, como cozinheiros, nutricionistas e outros”, detalhou. J á n a m í d i a , o s e to r o b te ve espaço em dezenas de veículos, como a Rede Globo (Bem-estar, Ana Maria Braga), revistas (Saúde, Cláudia, Women´s Health), mídias sociais, e-mail marketing, site e outras. Sobre conteúdo para profissionais, ele citou artigos científicos,

lâminas sobre nutrição para consultórios e livro de receitas, além de atuação direta a estabelecimentos de saúde como o InCor, o HCor e outros. “Vemos muitas coisas sendo feitas, mas ainda há grandes oportunidades para maximizar os resultados. No Google, por exemplo, a carne suína é mais procurada do que a carne bovina ou de frango. Temos uma longa estrada pela frente e o conceito ainda vai evoluir muito””, informou. Na opinião do profissional, a crise econômica pode ser vista como uma oportunidade desde que o setor olhe para o consumidor. “Nosso processo de tomada de decisão é 85% emoção e 15% razão. No caso da carne suína, temos que evitar a repetição e mudar o hábito para que o cliente abrace um novo comportamento. Este é um dos maiores desafios da comunicação”, considerou.

Novos desafios Professor de Marketing e Branding da ESPM, Senra explica que este é apenas um começo, uma vez que o “Escolha + Carne Suína” é uma plataforma de divulgação, conscientização e diferenciação para toda a cadeia produtiva. “Esse conceito agrega valor para toda a categoria, do produtor ao varejista, e permite que todos os players trabalhem seus diferenciais, com objetivos compartilhados. Até porque estaremos educando e ajudando os brasileiros a se alimentarem de forma mais consciente”, argumentou. Quanto aos resultados no período de 2015 a 2017, ele discerniu quatro frentes de trabalho: varejo, gastronomia, mídia e conteúdo para profissionais. Quanto a primeira, Senra revelou que houve um aumento de 26% nas vendas no GPA, maior vitrine do varejo nacional,

Acesse a palestra

Acesse a palestra “Comunicação, imagem e marca da carne suína no Brasil”, realizada por Leonardo Senra.

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ABCS MOBILIZA SETOR

COM A CAMPANHA “SOU MAIS CARNE SUÍNA” CRIADA PARA MOTIVAR A UNIÃO DA CADEIA, A CAMPANHA FOI DESTAQUE NO FECHAMENTO DO PAINEL 2

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m dos momentos mais esperados do XVII SNDS, a ação de marketing foi realizada no encerramento do painel 2 e mobilizou os participantes com a campanha “Sou mais carne suína”, que incentiva toda a cadeia a se comprometer a colaborar para a disseminação de informações sobre a proteína e impulsionar o trabalho de promoção da carne suína. Depois de conhecer as alternativas para fortalecer o setor junto ao consumidor final, elo fundamental no trabalho desenvolvido junto a cadeia suinícola, com as palestras de autoridades em marketing como Simone Terra, José Luiz Tejon e Leonardo Senra, era a hora de reforçar e demonstrar o compromisso com o segmento. O presidente da ABCS, Marcelo Lopes, conduziu a iniciativa e ressaltou que a união por objetivos comuns no setor é indispensável para retomar o aumento do consumo per capita do produto no país. “Temos em nossas mãos o produto que é o mais consumido no mundo no segmento de proteína animal. Nossa

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carne suína tem, inclusive, mais qualidade se comparada a maioria dos competidores. Sim, temos desafios culturais e de preconceitos, mas temos força e os meios para superar isso”, disse. Segundo ele, apenas com o comprometimento de todos em divulgar as virtudes do produto e multiplicar as ações promovidas pela ABCS por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (FNDS) é que será ampliado consumo per

capita e, assim, todos os suinocultores estarão mais próximos da almejada estabilidade. A partir daí o presidente lançou a campanha “Somos mais carne suína”, no qual convocou todo o setor a se comprometer com cinco compromissos para disseminar a iniciativa e o trabalho feito com o conceito“Escolha + Carne Suína”em prol do incentivo ao consumo. Então, os cerca de 300 participantes, entre os quais estavam boa parte

CAMPANHA REUNIU RESPRESNTANES DO AREJO E DO SEBRAE NACIONAL


“Temos em nossas mãos o produto que é o mais consumido no mundo no segmento de proteína animal” das principais lideranças da cadeia produtiva e parceiros, aplaudiram a mensagem e se posicionaram para o tradicional grito de união, celebrado a cada edição do Seminário Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura. Neste ano, as lideranças ganharam camisetas com identidade da campanha e balões e reuniram-se para a ação que simboliza a união, a harmonia e a força da suinocultura brasileira. Então, de frente a um grupo de fotógrafos, bradaram o refrão compartilhado por todo o segmento. “Sou mais carne suína”, gritaram os representantes do Nordeste, Sul, Norte, Sudeste e Centro-Oeste, os parceiros de empresas de insumos, lideranças políticas e outros presentes. Centenas de participantes, trazendo a própria história dos quatro cantos do

Eu me comprometo a: Disseminar a evolução do suíno e os benefícios da carne suína para a saúde.

#1 Compartilhar vídeos e receitas de carne suína nas redes sociais.

#3 #2

Provocar varejo, restaurantes e açougues a ampliar a diversidade de cortes suínos.

#4 Apresentar o site Mais Carne Suína a amigos, familiares e colegas de trabalho.

Reconhecer e participar da iniciativa nacional que promove a carne suína no Brasil.

#5

“Sim, temos desafios culturais e de preconceitos, mas temos força e os meios para superar isso”, Brasil, em uníssono pela carne suína. Em seguida, cada um estourou o seu balão e recebeu um dos compromissos para trabalharem em prol do incentivo ao consumo da proteína. U m p ro d u to q u e m a n té m o emprego de mais de 1 milhão de trabalhadores, gera divisas milionárias ao

país e, acima de tudo, alimenta com qualidade, saúde e preço acessível a milhões de brasileiros diariamente. A ação foi finalizada com um Happy Hour temático do “Escolha + Carne Suína”, o qual contou com um cardápio a base da proteína, chope, banda e a certeza de bons momentos. 35


LIDERENÇA

KARNAL FAZ PROVOCAÇÕES SOBRE PROTAGONISMO E FELICIDADE NO XVII SNDS PENSADOR INCITOU O PÚBLICO COM REFLEXÕES SOBRE A VIDA, TRABALHO E OTIMISMO

O PENSADOR INCENTIVOU OS PARTICIPANTES A SEREM SÓCIOS MAJORITÁRIOS DE SUAS VIDAS

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ual é a vida que vale a pena ser vivida? É com essa pergunta provocadora que o historiador Leandro Karnal, um dos pensadores mais admirados no Brasil, iniciou sua palestra no XVII Seminário Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (SNDS). Em uma conversa sobre felicidade e a importância das escolhas, o pensador instigou os participantes em buscar o autoconhecimento. O intelectual é autor de 10 livros, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) na área de História da América e foi curador de diversas exposições, além de possuir Doutorado pela Universidade de São Paulo (USP).

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“O protagonismo exige muitos esforços, ver além do horizonte” “Viver no Brasil hoje é um pouco continuar trabalhando em meio ao caos. Hoje é difícil encontrar alguém muito otimista. Mas é importante ouvir os pessimistas porque eles eliminam o excesso de otimismo”, introduziu o pensador. No entanto, continuou, para avançar e superar desafios é indispensável a presença de quem acredita no sucesso dos empreendimentos. “Só os

otimistas podem alcançar as soluções porque eles seguem trabalhando”, explicou. Karnal pontuou que pessoas em “zonas de conforto” não se desenvolvem e, assim, dificuldades e desafios são necessários para novos aprendizados e superação. “Nosso cérebro opta sempre pelo prazer imediato, pelo mais fácil. Assim, o protagonismo exige muitos esforços,


LIDERENÇA

“Escolhas sempre implicam em perder algo” ver além do horizonte e possuir racionalidade estratégica”, considerou. O professor explanou que, pelo simples fato de cada um dos 300 participantes estarem ali, entre líderes, foi necessário em algum momento da vida tomar as rédeas e fazer escolhas. “Escolhas sempre implicam em perder algo. Todos aqui trabalharam muito, têm uma história de superação de sorte, azar, destino, carma, signo e vitimismos e assumiram o próprio protagonismo”, observou. Mas a vida não se resume a trabalhar, mesmo para obter os melhores resultados profissionais. D e acordo com Leandro Karnal, até sem perceber nós levamos as preocupações do trabalho para as outras áreas da vida, dificultando a realização plena das atividades. “Podemos fazer várias coisas ao mesmo tempo, mas quando isso acontece estamos dividindo o foco, o que gera o comprometimento da produção. E levamos, pelo celular, nosso chefe para a cama. É fundamental puxar o freio para poder recuperar as energias e se dedicar também a outras áreas da vida”, acrescentou. Ele revela que uma das chaves da felicidade no trabalho é viver o momento presente. “Se não formos assim, teremos uma sequência de momentos ansiosos, que só será terminada pela morte. Assim, onde eu estou, eu estou”, definiu. Karnal também ponderou sobre a relação, por muitos tida como de incompatibilidade, entre felicidade e consciência. “A felicidade pressupõe grande reflexão, esforço pela

“A felicidade pressupõe grande reflexão, esforço pela sabedoria e a liberdade. sabedoria e liberdade. As pessoas fingem ser felizes. Não existe prisão maior do que uma mente fechada”, disse. O pensador encerrou sua palestra falando sobre a importância de ser “sócio Majoritário” da sua vida, termo este utilizado para definir a pessoa que

assume as rédeas da sua existência e consegue controlar grande parte dos resultados obtidos ao longo da vida. “Construir-se, fazer seu projeto, estabelecer metas, saber que cada um de nós não é perfeito, mas pode ser transformado. Essa é a semente de convicção que produz a felicidade. ” 37


CRIATIVIDADE

MARCIO BALLAS MOSTRA

“O PODER DO SIM” NA BUSCA PELA CRIATIVIDADE HUMORISTA DESTACA QUE A CRIATIVIDADE ESTÁ AO ALCANCE DE TODOS E PRECISA SER INCENTIVADA

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criatividade é considerada por muitos um diferencial em todas as áreas da vida e ferramenta poderosa para soluções de problemas. A tão desejada qualidade está ao alcance de todos, segundo o humorista e campeão mundial de improviso, Marcio Ballas, responsável pela palestra de encerramento do XVII SNDS “O poder do sim!”. Ballas é palhaço profissional desde os 27 anos e já fez parte do Palhaços Sem Fronteiras, o que motivou viagens a diversos países, como Madagascar e Kosovo. Ao voltar ao Brasil, integrou o Doutores da Alegria.

“O ser humano é criativo por natureza”

Todas estas experiências de viver da arte levaram o palestrante a, entre outros trabalhos, atuar na Band e no SBT, em programas como “Esse Artista Sou eu”, “Cante se puder” e “É tudo improviso”, para entreter e mostrar como a criatividade e o improviso são importantes para a vida. Por isso, ele abordou a importância da criatividade em qualquer área de atividade e contou com a participação do público para exemplificar suas ideias. “O ser humano é criativo por natureza, não apenas publicitários, artistas e outras. Nascemos

criativos e somos quando crianças, mas vamos esquecendo disso ao longo do tempo”, justificou. Segundo ele, a criatividade pode ser usada em qualquer situação, no trabalho, na escola, no dia-a-dia, no trânsito, no mercado. “Isso significa descobrir, ter ideias, criar, economizar, transformar, mudar e inovar”, detalhou. Mas como estimular a criatividade de cada um? Ballas deu a sua primeira dica, que é aceitar as ideias. “O primeiro passo é dar sim para as iniciativas de inovar. Chamo isso de capaSIMtação”.

“O primeiro passo é dar sim para as iniciativas de inovar” 38


“Precisamos aceitar que os outros pensam diferente de nós e considerar as suas ideias” Este processo de reconhecer a própria inventividade e a de outras pessoas tem alguns passos. O primeiro é a aceitação. “Precisamos aceitar que os outros pensam diferente de nós e considerar as suas ideias, inicialmente, sem filtro e sem julgamento”, disse. O segundo é eliminar o não quando se quer ser criativo. “O não mata as boas ideias no berço. As vezes, uma ideia que parece ruim pode gerar uma ótima solução de inovação. O não fecha, para, destrói, exclui e trava”, alertou. O próximo passo é não ter medo de errar, pois o sim e o erro fazem parte. “É importante sempre olhar e aprender com os erros. Repitam isso muitas vezes para exercitar a criatividade”, acrescentou.

Depois vem o improviso que, segundo Ballas, é muito diferente de gambiarra. “Isso significa rearranjar conhecimentos e combiná-los de forma diferente. Ou seja, fazer o mesmo de jeito diferente”, resumiu. Por fim, a cocriação, o criar junto, somando histórias, experiências e visões diferentes. “Construção coletiva, responsabilidade compartilhada e objetivo comum são terrenos férteis para a criação”, considerou. A partir daí, segundo ele, a criatividade passa a ser uma ferramenta para resolver problemas do dia a dia, muito útil em qualquer atividade. “Se as pessoas souberem mais sobre criatividade, elas poderão usar no seu cotidiano. Todo mundo é criativo e pode ser mais”, assegura.

“Se as pessoas souberem mais sobre criatividade, elas poderão usar no seu cotidiano”


DEPOIMENTOS

O SNDS

NA VISÃO DOSPARTICIPANTES LÍDERES DO SETOR SUINÍCOLA QUE ESTIVERAM PRESENTES NO SNDS 2017 EXPLICAM O A IMPORTÂNCIA DO EVENTO

“Estes seminários têm sido muito importantes porque vão além dos aspectos técnicos, integrando temas políticos e econômicos, e isso dá uma informação e um alento importante para os suinocultores”. Rubens Valentini, suinocultor e ex-presidente da ABCS

“O Ital está acompanhando a atuação da ABCS e da APCS há anos. É um trabalho exemplar que está mudando a cultura do Brasil”.

“O SNDS atualiza os participantes sobre o que está ocorrendo e as perspectivas do futuro, seja na parte técnica, como política e econômica. Sem dúvida, é uma grande contribuição da ABCS”.

Luis Madi, diretor-geral do Ital (Instituto de Tecnologia de Alimentos)

Hermanus Wigman, diretorpresidente da De Heus Brasil

“Para nós é uma honra receber o SNDS em nosso Estado e celebrando os 50 anos da APCS entre tantas lideranças. Este evento orienta o produtor sobre como enfrentar os desafios no setor”. Valdomiro Ferreira Jr., presidente da APCS

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“Manter a qualidade de vida no campo é fundamental para o setor e para os consumidores. Este evento é importante para mostrar que o momento não é para aumentar a oferta, apesar do estímulo de algumas empresas”. Losivânio de Lorenzi, presidente da ACCS

“Foi muito interessante o debate a respeito da restrição dos antibiótico. Já não existem dúvidas sobre esta tendência, mas ainda podemos discutir as melhores alternativas para manter a produtividade, as margens e a sanidade”. Luciano Roppa, Roppa Consulting


DEPOIMENTOS

“A discussão sobre os antibióticos não é nova e a Bayer sempre teve protagonismo neste assunto com a divulgação do uso responsável e a prevenção com informação, produtos e serviços”.

Rogério Petri, gerente de operações comerciais da Bayer

“O SNDS 2017 superou as minhas expectativas quanto a qualidade na organização, definição do local, nível das apresentações e discussões e em especial pela ótima presença de suinocultores, dirigentes de cooperativas e agroindústrias e técnicos do setor. Sem dúvidas é um fórum que cresceu em relevância nos últimos anos e conquistou definitivamente o seu espaço".

Alexandre Rosa, presidente da Abegs e presidente da Agroceres PIC

“É um orgulho participar do SNDS, assim como o produtor tem orgulho de ser suinocultor. Unimos a grandiosidade deste evento para lançar o selo ´Sou suinocultor com muito orgulho` e convidar a todos a mostrarem este sentimento na página da campanha”. Eduardo Piber, gerente de Negócios de Aditivos da Touwn Nutrition

“Sobre a restrição ao uso de antibióticos, termos que ter um período de adaptação e conhecer mais alternativas, pois pode gerar uma redução brusca da produção. Devemos ter uma transição segura”. José Evairton Andrade, presidente da Suinse

“Foi um seminário muito importante com conteúdo bastante valioso e alinhamento com lideranças. Levamos muitas coisas importantes para nosso Estado depois deste evento”.

José Pupin, presidente da Ases

“A Agriness trabalha com o ´sim` em seus processos de criação, pois somos uma empresa de inovação. Faço o convite aos suinocultores a também incluir o ´sim` para encontrar soluções criativas aos obstáculos”. Everton Gubert, sócio-fundador da Agriness

“Quero fazer um chamamento para a cadeia produtiva. Quero convidar a todos para apoiar o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (PNDS), uma das iniciativas da ABCS mais importantes para o setor”.

"Tive o prazer de participar do XVII SNDS e foi muito produtivo para todos. Nos vimos a união de toda a cadeia produtiva e palestras muito interessantes com destaque para a programação de marketing",

Décio Bruxel, presidente e proprietário da DB

Robson Gomes, gerente de Produtos da MSD

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DEPOIMENTOS

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“Temos uma parceria com a ABCS que é exemplo e um modelo para outros setores. A palavra de ordem é persistir nesta jornada de difusão do conhecimento”.

“Foi positivo e agregou bastante. Destaco a presença de muitas entidades estaduais, sem dúvida é muito relevante”.

Augusto Togni, Gerente de agronegócio do Sebrae Nacional

Raulino Teixeira Machado, presidente da Acrismat

“Construímos marcos importantes e podem contar com o Ministério da Agricultura para os próximos desafios”.

“O SNDS é um elo de integração indispensável para o crescimento sustentável para a suinocultura”.

Luis Rangel, secretário de defesa agropecuária do MAPA

Ivo Jacó de Souza, presidente da DFSuin

“É um formidável setor produtivo e nós, agentes públicos, temos a responsabilidade de colaborar com isso”.

“Foi um evento diferente dos habituais, trouxe informações além do mercado, trouxe outras um contexto mais geral da economia à cadeia de suíno. Isso nos prepara para difíceis tomadas de decisão”.

Arnaldo Jardim, secretário de Agricultura de São Paulo

Celso Philippi Júnior, presidente da Asumas


DEPOIMENTOS

“Estávamos em 23 representantes e todos gostaram muito. É extremamente importante para a cadeia, principalmente o conteúdo sobre gestão e marketing. Com certeza quem foi, vai querer voltar”. Fernanda Caixeta Barcelos, gestora-executiva da Astap

“O SNDS se consolidou como o principal seminário do país pela qualidade de suas palestras. É um evento para unir a cadeia e discutir a atividade, apontar as tendências na gestão empresarial e de marketing e, certamente, capacitar profissionais e desenvolver a nossa suinocultura. Parabenizo a Equipe ABCS pelo excelente trabalho!”.

“O evento trouxe inovações e mais conhecimento para nós produtores em todos os momentos. Nós, da AGS, sempre procuramos estar presentes pois a ABCS sempre surpreende positivamente”. Fernando Cordeiro de Barros, presidente da AGS

Paula Gomide, secretária executiva da Assuvap

“O SNDS representou, para nós, a importância do networking, a reflexão, a inspiração, o aprendizado e, sobretudo, a relevância da nova gestão focada nas pessoas, investindo em treinamentos, criando e valorizando os talentos”. José Arnaldo Penna, presidente da Asemg

“O SNDS foi muito positivo e as palestras explicam bem a realidade que estamos vivendo. Também quero destacar o trabalho do FNDS, a fim de continuar a divulgação da carne suína”.

“Achei foi muito bom, com temas bem escolhidos. Tudo o que foi abordado conseguiu mostrar para os participantes e reavivar conceitos importantes. Tenho certeza que, como eu, a grande maioria saiu satisfeita. A ABCS acertou em cheio, eu daria nota 10!”.

Paulo Helder Braga, presidente da Asce

Valdecir Folador, presidente da Acsurs

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PATROCINADOR OURO

BAYER FORTALECE

PARCERIA COM A CADEIA NO XVII SNDS A EMPRESA DISTRIBUIU BRINDES E PROMOVEU SEUS PRINCIPAIS PRODUTOS NO LOUNGE PATROCINADOR OURO

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Bayer é empresa Amiga da ABCS e fortalece ainda mais esta parceria através do patrocínio ouro do Seminário Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (SNDS). Como forma de reconhecimento, a Bayer valoriza o trabalho que a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) realiza em prol da suinocultura brasileira, e tem satisfação em apoiar esta instituição em suas diferentes ações. Estar ao lado da ABCS contribuindo com o SNDS como patrocinador ouro pela terceira vez significa para a Bayer viabilizar a disseminação de conhecimentos sob diferentes focos, através de um evento de qualidade e conteúdo diferenciado. A Bayer considera o SNDS uma oportunidade de aprendizagem para seu corpo técnico e gerencial e também clientes, que reconhecem no seminário um evento estratégico com discussões atuais e relevantes para todo o setor.

Uma das contrapartidas do patrocínio ouro é a disponibilização de um momento durante a plenária para apresentar a empresa e produtos. O Gerente de Operações Comerciais da Saúde Animal da Bayer, Rogério Petri, teve a oportunidade de apresentar o vídeo institucional, o qual demonstra as principais ações da Bayer nas diferentes áreas de atuação. Rogério Petri pode ainda expor, em sua apresentação, as principais metas da Bayer, os serviços diferenciados disponíveis à cadeia e falou também sobre projetos inovadores que em breve serão lançados. No lounge da Bayer no SNDS, a empresa distribuiu brindes aos participantes do evento e foi feita a promoção de importantes produtos como Baycox® 5%, Baycox® Iron, Catosal® e a linha voltada à biossegurança. A Bayer tem como missão o tema “Ciência para uma Vida Melhor ”. É uma empresa de inovação, atuante e

reconhecida mundialmente, com suas competências fundamentais aplicadas nos campos da saúde e da agricultura. Desenvolve constantemente novas fórmulas para utilização em produtos e soluções inovadores que melhoram a saúde das pessoas, animais e plantas. Está comprometida com operações sustentáveis e trata as responsabilidades sociais e éticas como uma empresa-cidadã, ao mesmo tempo em que respeita os interesses de seu público estratégico, seja interno ou externo.


PATROCINADOR OURO

VACINAÇÃO INTRADÉRMICA

E SEM AGULHA PARA SUÍNOS FOI DESTAQUE DURANTE XVII SNDS

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MSD esteve presente no XVII Seminário Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (SNDS) e durante todo o evento a nossa equipe esteve disponível no lounge MSD demonstrando a maior inovação em imunização animal. A tecnologia permite vacinar os suínos pela via intradérmica. “A via vacinação intradérmica proporciona uma rápida resposta imune, conferindo longa proteção aos animais. Além disso, o Sistema IDAL é adequado ao bem-estar-animal e não requer uso de agulhas, não provoca lesão na musculatura e ainda permite a gestão do processo vacinal pois o dispositivo de vacinação IDAL faz a contabilização eletrônica do número de animais vacinados e transmite as informações através de conexão com um aplicativo de celular”, explica Robson Gomes, gerente de produtos da MSD Saúde Animal. Ele lembra que a empresa é a pioneira em oferecer esta tecnologia no mercado brasileiro evidenciando a vocação inovadora da Cia. Duas vacinas foram especialmente desenvolvidas para aplicação pela via intradérmica, a Porcilis M1 ID que protege contra o Micoplasma e a Porcilis PCV ID que protege os animais contra Circovirose. “São vacinas com a mais alta tecnologia que garantem a imunização dos animais com uma dose de 0,2 ml aplicada pela via intradérmica com o auxílio do Dispositivo IDAL”, finaliza.

Sobre a MSD Saúde Animal Por mais de um século a MSD, empresa biofarmacêutica e uma das líderes globais, têm trazido invenções para a vida, através de medicamentos e vacinas para muitas das doenças mais desafiadoras do mundo. Conhecida nos Estados Unidos e Canadá como Merck Animal Health e, no Brasil, como MSD Saúde Animal é a unidade de negócios global de saúde animal da MSD. Através de seu compromisso com a Ciência para Animais mais Saudáveis™, a empresa oferece a veterinários, produtores, proprietários de animais de

estimação e governos uma das linhas mais amplas de produtos farmacêuticos veterinários, vacinas e soluções e serviços para gerenciamento da saúde. A MSD Saúde Animal se dedica a preservar e melhorar a saúde, o bem-estar e o desempenho dos animais, investindo extensivamente em pesquisa e desenvolvimento, com uma rede de suprimentos global e moderna. A MSD Saúde Animal está presente em mais de 50 países, enquanto seus produtos estão disponíveis em 150 mercados. Para mais informações, visite www.msd-saude-animal.com.br ou através do LinkedIn. 45


PATROCINADOR OURO

TROUW NUTRITION MARCA PRESENÇA EM MAIS UMA EDIÇÃO DO SNDS

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Trouw Nutrition participou este ano do XVII Seminário Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (SNDS) como uma das patrocinadoras Ouro. Para a empresa, estar presente no evento é de fundamental importância por sua relevância na suinocultura e pelo apoio a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) e aos suinocultores do Brasil. O Seminário Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (SNDS) é amplamente reconhecido como um evento de alto nível, voltado para os líderes da cadeia de 46

produção de suínos do país e nesta edição, não foi diferente. O SNDS 2017 foi marcado pela elevada qualidade de temas, apresentados para uma plateia de mais de 300 pessoas e a Trouw Nutrition reforçou sua parceria com a ABCS sendo uma de suas patrocinadoras”, destacou Eduardo Piber, Gerente de Negócios da BRFeed / Trouw Nutrition. O lounge, localizado na saída da plenária, recebeu a visita de suinocultores e foram apresentadas as linhas de produtos BRNova, Fatec, Selko e Milkwean - marcas e soluções da

empresa voltadas para o mercado de suínos. “Tivemos também a oportunidade de exibir nosso vídeo institucional e também o vídeo oficial da campanha "Sou Produtor Rural Com Muito Orgulho’ na plenária do Seminário. Coroando nossa participação, aproveitamos a importância do XVII SNDS para lançarmos o adesivo "Sou Suinocultor Com Muito Orgulho", uma forma de direcionar nossa campanha para esse segmento tão importante para o agronegócio brasileiro", comentou Alessandro Roppa, Gerente de Marketing da Trouw Nutrition.


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Peso cobertura

Qualidade Esmagamento de sêmen

IDE Vacinação

Fornecimento de água Anestro

Escore corporal da matriz

Bem-estar animal Temperatura

Retorno ao Estro

Inseminação Aborto

Taxa de Parto

Alvo de cobertura Limpeza/desinfeção Descartes

Mortalidade

Coccidiose

Custo de produção Diarreia

Manejo do leitão ao nascimento Castração

Suplementação de ferro

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