Revista ACIFI - Primeira Edição

Page 1

REVISTA

# 01

FORTALECENDO O ASSOCIATIVISMO

DE RESULTADOS

João Batista de Oliveira assume o comando da maior entidade empresarial de Foz do Iguaçu, após gestão de Roni Temp Revista ACIFI | 1


2 | Revista ACIFI


Revista ACIFI | 3


ÍNDICE 12

EmPREENDEDORISmO

14

HISTÓRIA

iNiciatiVa do sebrae recoNhece, diVulga e premia histórias de empreeNdedorismo FemiNiNo

No aNo do ceNteNário de Foz do iguaçu, associados coNtam a história de suas empresas e porque se associaram à aciFi

24 CONvÊNIO

itamed coNquista cada Vez mais clieNtes, impulsioNado pela parceria com a aciFi

46 CODEFOZ

estudo iNdica estratégias de deseNVolVimeNto ecoNômico e social da cidade

48 PESQUISA

rpc tV e iNstituto marplaN reVela hábitos do coNsumidor em Foz do iguaçu

52 4 | Revista ACIFI

INDÚSTRIA

para crescer, iNdústrias de coNFecções iguaçueNses querem aproVeitar o poteNcial turístico da cidade

26

12 ANOS DEDICADOSAO ASSOCIATIvISmO roNi temp Faz um balaNço de sua gestão e em eNtreVista o NoVo presideNte João batista de oliVeira Fala sobre as expectatiVas e plaNos ao assumir o comaNdo da aciFi


Revista ACIFI | 5


DIRETORIA DA ACIFI - GESTÃO 2014/2016 João Batista de Oliveira Presidente Célia Rosa Vice-Presidente Danilo Vendruscolo Segundo Vice-Presidente Marcio Marcon Diretor-Financeiro Rogério Soares Böhm Diretor-Administrativo Phelipe Mansur Diretor de Prestação de Serviços Luciano Tita Diretor de Comunicação e Marketing Rudney Lopes Vargas Diretor de Associativismo Faisal Mahmoud Ismail Diretor de Desenvolvimento Econômico e Social Mario Alberto Chaise de Camargo Diretor de Comércio Exterior Beatriz Rodrigues Diretora de Comércio e Serviços Leandro Costa Diretor de Indústria, Infraestrutura e Logística CONSELHO DELIBERATIVO

Revista ACIFI é uma publicação da Associação Comercial e Empresarial de Foz do Iguaçu. Distribuição gratuita. Correspondências, inclusive reclamações e sugestões de reportagens, devem ser enviadas à sede da associação ou pelo e-mail imprensa@acifi.org.br

Andréa David Jornalista Responsável MTB 3059 Lucas Marcoviz Publicidade e design Kiko Sierich Fotografia Douglas Furiatti Revisão Dimas Bragagnolo Diretor-Executivo Natalia Fuentes Coordenação Operacional César Ferreira dos Santos Departamento Comercial Colaboradores Alexandre Palmar, Janaine Merchiori, Jean Paterno, Leandro Donatti, Marcela Weiller, Marina Delai e Mônica Cristina Pinto Impressão Gráfica Regente Tiragem 5 mil exemplares

Curta nossa fanpage

/acififoz

www.acifi.org.br

Roni Temp Presidente Conselheiros Walter Venson, Fábio Hauagge do Prado, Paulo Pulcinelli Filho, Carlos Silva, Valdirlei Baranoski, Joel de Lima, Kamal Osman, Manuele Fritzen, Djalma Fonseca, Altino Voltolini, Ana Cristina Nóbrega CONSELHO FISCAL Antonio Luiz Breda, Oscar Elmiro Canesso, Elias João Dandolini, Elizabeth Arrais Soares, Luiz Antônio de Lima, Amauri Nascimento

6 | Revista ACIFI

ACIFI – Associação Comercial e Empresarial de Foz do Iguaçu Rua Padre Montoya, 451 – Centro CEP: 85851-080 Central de Atendimento (45) 3521-3300 atendimento@acifi.org.br


SPC da

ACIFI

O SPC tem à disposição junto à ACIFI o maior e mais completo serviço de proteção ao crédito do Brasil. Empresas de todos os segmentos de mercado associados à ACIFI contam com o maior e mais completo serviço de informações para proteção ao crédito do Brasil. O SPC tem ferramentas eficientes para a prospecção de novos consumidores e clientes, análise de crédito e risco, gestão de carteira de clientes, cobrança e recuperação de crédito. Não importa o tamanho da sua empresa, o SPC da ACIFI tem pacotes na sua medida, proporcionando os melhores resultados no fim do mês, identificando maus pagadores e minimizando os prejuízos causados pela inadimplência.

Revista ACIFI | 7


PALAVRA DO PRESIDENTE

F

inalmente conseguimos reativar um projeto da ACIFI, que já existiu no passado e que ressurge de cara nova e muito atual com a tarefa de levar aos nossos associados, empresários, autoridades e demais interessados um conteúdo relevante e de qualidade que, além de aproximar ainda mais a entidade de seus associados e da comunidade, proverá informação sobre diversos temas de interesse de toda a sociedade. Esta é a Revista ACIFI, um veículo que terá a missão ser o porta-voz da classe empresarial iguaçuense e de divulgar as principais iniciativas ligadas ao empreendedorismo, ao associativismo, ao cooperativismo e ao desenvolvimento regional. O seu lançamento, na posse da nova diretoria da entidade, foi planejado e será comemorado como um marco de uma nova etapa da ACIFI, que ora começa com os trabalhos desta nova equipe, que possui diretores já experientes na função e outros nem tanto, mas todos com a mesma vontade de fazer a diferença em nossa entidade e por nossa cidade, por meio de suas capacidades profissionais e empresariais. De minha parte, neste momento final de gestão, fica a sensação de muita realização pessoal pela grande oportunidade que tive em estar à frente de tão importante entidade. Mesmo fazendo parte da diretoria há tantos anos, não tinha a real dimensão do seu prestígio, força e representatividade, tanto local como em outras regiões do 8 | Revista ACIFI

estado, por todos os lugares onde estive como representante maior desta associação. Tive, nestes dois anos e quatro meses, a possibilidade de trabalhar ao lado de pessoas realmente diferenciadas, tanto da equipe interna quanto da diretoria e do Conselho Superior, com quem aprendi todos os dias sobre a essência e a força do associativismo e como podemos transformar nossa realidade com nosso trabalho conjunto, em primeiro lugar em prol de nossos associados, mas também de toda nossa comunidade. Conseguimos manter e melhorar ainda mais o respeito e a representatividade da ACIFI por meio da excelência de sua gestão, trabalho permanentemente em defesa da livre-iniciativa e do setor empresarial, com muita dedicação, diálogo e objetivando sempre sermos pautados pelo consenso nas ideias e buscando a defesa dos interesses comuns. Continuaremos na luta para cada vez mais trazer para junto de nós aqueles empresários que ainda não se deram conta de que, sozinhos, não poderão resolver seus problemas e que cada vez mais precisaremos, unidos, trabalhar e dedicar-nos para realizar as mudanças estruturais que se fazem necessárias em todos os níveis governamentais, para tornar o nosso ambiente empresarial mais viável para as suas atividades. Nosso país vive um momento muito delicado na parte econômica e fiscal, e apenas com mudanças significativas poderemos vislumbrar um fu-

turo mais promissor em termos de crescimento e possibilidade de progresso, pois as pequenas e microempresas, que formam a grande maioria de nossa base de associados, não conseguem mais crescer ou sobreviver num país com tanta burocracia, carga tributária tão pesada e má gestão do dinheiro público. Somente unidos é que conseguiremos realizar essas mudanças. De minha parte só resta agradecer a todos os que me apoiaram neste período tão gratificante de minha vida e dizer que tenho um orgulho muito grande em poder escrever meu nome na história desta maravilhosa instituição, que a cada dia se torna maior e mais importante para todos, e desejar à nova diretoria, capitaneada pelo João Batista de Oliveira e pela Célia Neto Pereira da Rosa, pessoas da maior credibilidade, competência e seriedade, que tive o prazer de ajudar a trazer para a diretoria de nossa entidade, junto com todos os demais diretores, o maior sucesso possível nesta próxima gestão que, como novo presidente do Conselho Superior Deliberativo, vou acompanhar e apoiar com toda a minha energia, para que nossa ACIFI continue sempre tendo a importância e o crescimento constante que temos visto nos últimos anos. Obrigado a todos!

Roni Temp


Revista ACIFI | 9


CACIOPAR

38 ANOS EM DEFESA DA LIVRE-INICIATIVA

O empresário e arquiteto Mario César Costenaro, presidente da Caciopar

Coordenadoria que representa 48 associações comerciais do Oeste foi constituída em 3 de abril de 1976 Jean Paterno

D

e seis para 48 associações e de um punhado de empresas para mais de dez mil oficialmente constituídas. Esses são alguns números que dão sustentação à trajetória da Caciopar, a maior e a mais antiga entre as 12 coordenadorias que formam o Sistema Faciap, a Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná. Ao completar 38 anos de fundação em 3 de abril, a Caciopar reafirma os compromissos que fazem dela um monumento do associativismo empresarial.

O fundador Hylo Bresolin, que em abril de 1976 era presidente da Associação Comercial e Industrial de Cascavel, lembra que a Caciopar nasceu de uma necessidade. “Precisávamos contar com o apoio de uma estrutura que integrasse e que se posicionasse em favor dos empresários da região. Daí surgiu a ideia de criar a coordenadoria, que seria, pouco mais tarde, fonte à constituição da Faciap, hoje uma referência entre as federações da CACB, a Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil.” Embora pequena e de alcance modesto, a Caciopar pautou seus primeiros dias na defesa dos interesses da livre-iniciativa. “Foi por justamente jamais abandonar esse ideal que ela cresceu tanto e se transformou em referência no associativismo empresarial”, diz o diretor de Assuntos Estratégicos da Coordenadoria, Khaled Nakka, que foi o 27º presidente da entidade. Embora jamais tenha se desviado de sua missão, a Caciopar passou a ser a

porta-voz de uma região inteira, principalmente na articulação e na definição de estratégias de lutas de interesse coletivo. A Caciopar contribuiu para a materialização de obras fundamentais ao contínuo processo de avanços sociais e econômicos do Oeste. Entre as lutas que encampou estão a pavimentação da BR-277, a construção da Ponte Ayrton Senna, em Guaíra, a implantação da Ferroeste, do Hospital Universitário e da Unioeste. Ela esteve à frente da atração aos municípios da região de inúmeros órgãos públicos e serviços, e atualmente encampa as bandeiras do Aeroporto Regional do Oeste, a maior proteção e valorização das regiões de fronteira e a duplicação das rodovias 163 e 277.

O idealizador da Caciopar, Hylo Bresolin

Novo impulso Ao mesmo tempo em que reforça a defesa pelas reformas tributária, previdenciária, política e trabalhista, a Caciopar atua em favor da descentralização de investimentos industriais ao interior do Paraná, pela unificação das eleições, e há dois anos e meio, em Guaíra, realizou a primeira edição de um congresso que se propõe a aprofundar debates para alçar a região a um novo estágio no seu processo de crescimento. A segunda edição foi recentemente realizada no PTI, em Foz do Iguaçu. “Com unidade, perseverança e aprimoramento de argumentos e atitudes, vamos consolidar o Oeste como uma das regiões que mais crescem e que terá os melhores indicadores de qualidade de vida do Brasil”, diz o presidente Mario César Costenaro. Crédito: Divulgação O 27º presidente da Coordenadoria, Khaled Nakka

10 | Revista ACIFI


ITAC

R

ITAC – Instituto Tecnológico de Avaliação e Certificação da Conformidade

Gestão a Saúde Gestão da Saúde e Segurança Segurança Ocupacional Ocupacional Gestão da Gestão Ambiental Ambiental

Gestão da Qualidade Certificação de Produtos

Treinamentos

O ITAC é um organismo de certificação de produtos e sistemas de gestão, acreditado pela Coordenação Geral de Acreditação do INMETRO. O ITAC É ACREDITO PELA CGCRE / INMETRO

NBR ISO 9001 NBR ISO 14001 PBQP-h (SiAC:2012) OHSAS 18001

Brinquedos Eletrodomésticos Condutores Elétricos Plugues e Tomadas Interruptores Adaptadores

www.itacbr.com - (41) 3243-0040 Av.República Argentina, n° 452, conjunto 102 - Curitiba/PR

Revista ACIFI | 11


EMPREENDEDORISMO

CAMPANHA INCENTIVA HISTÓRIAS DE EMPREENDEDORISMO FEMININO

Vídeo postado pelo Sebrae/PR na internet e nas redes sociais ensina microempreendedoras individuais, empresárias e produtoras rurais a se inscrever no Prêmio Sebrae Mulher de Negócios; inscrições terminam em julho.

O

Sebrae/PR lançou na internet uma campanha para incentivar a participação de empreendedoras e empresárias paranaenses na décima edição do Prêmio Sebrae Mulher de Negócios. O objetivo é aumentar as inscrições no Paraná; e para isso, foi produzido um vídeo que explica, passo a passo, como funciona o processo de inscrição. O material foi postado no Facebook, no Twitter, no Youtube e está disponível também no Portal do Sebrae/PR.

O Prêmio Sebrae Mulher de Negócios, que completa dez anos em 2014, é uma iniciativa do Sebrae Nacional e visa a reconhecer, divulgar e premiar histórias de empreendedorismo feminino que fazem a diferença. As inscrições podem ser feitas por meio do site www.mulherdenegocios. sebrae.com.br, até o dia 31 de julho. As candidatas poderão concorrer nas etapas estadual e nacional, em três categorias: microempreendedora individual, pequenos negócios e produtora rural. Entre os critérios que serão julgados para escolher as vencedoras estão: superação da mulher; visão de futuro; ideias inovadoras; participação ativa nos negócios; relacionamentos duradouros com os clientes; cultura; lições aprendidas; e contribuição para o desenvolvimento de outras empreendedoras. O coordenador estadual do Prêmio Sebrae Mulher de Negócios e consultor do Sebrae/PR, Lucas Hahn, afirma que a ideia da campanha surgiu porque muitas empreendedoras deixam de par-

12 | Revista ACIFI

ticipar por considerarem o processo de inscrição complexo. “O Paraná tem muitas histórias de empreendedorismo feminino que merecem ser contadas. Com a campanha, queremos encorajar as empresárias, mostrando que é fácil participar”, afirma. Além de preencher o formulário de inscrição, as microempreendedoras, produtoras rurais e empresárias devem fazer uma redação, contando sua trajetória de empreendedorismo, com detalhes que ajudem os jurados a entender o diferencial de seus negócios. É nessa fase que a maioria das candidatas demonstra dificuldade, e para auxiliar no processo, no próprio site, existe um questionário composto por dez perguntas, com o objetivo de ajudar as potenciais candidatas a formular seus textos. Quem preferir poderá falar em vez de escrever. Na campanha para a internet, as paranaenses são incentivadas a produzir também um vídeo, contando suas histórias, seus desafios e superações. Os vídeos serão selecionados pelos consultores, que entrarão em contato com as empresárias para ajudá-las a escrever suas histórias. O material pode ser algo bem simples, apenas com o relato da candidata. Lucas Hahn reforça que, apesar de todo o auxílio que o Sebrae/PR oferece, a redação ficará a cargo das potenciais candidatas. “Vamos dar o apoio necessário para que elas con-

sigam contar suas histórias. Mas é importante ressaltar que elas terão que escrever seus textos, desenvolver o relato de suas histórias” Para ter acesso ao link da campanha paranaense à nova edição do Prêmio Sebrae Mulher de Negócios, basta acessar o site http://www.sebraepr. com.br/PortalInternet/Mulher-de-Negocios, as páginas do Sebrae/PR no Facebook (facebook. com.br/sebrae/pr) e no Twitter (twitter.com.br/ sebrae_pr) e seu canal no Youtube (sebrae/pr).

Lição de vida

Depois de se formar em Administração, em 1997, Cristiane Sphor, de Marechal Cândido Rondon, estava com dificuldade em arrumar emprego. Foi caixa de supermercado, fez estágio em banco e chegou a montar uma floricultura, que não teve êxito comercial. “Me vi recém-formada, sem emprego e sem perspectiva”, conta. Decidiu então aceitar o convite de um primo para participar de uma feira de produtores rurais vendendo bolachas. Produziu na cozinha de casa, com a ajuda da mãe e sob o olhar reprovador do pai, que reclamava da filha ter feito uma faculdade e ainda assim estar fazendo bolachas para vender. Ela e a mãe fizeram centenas de bolachas e partiram para a feira. O resultado? Não venderam nada. Nem por isso desistiram. Não queriam dar o braço a torcer e nem aceitar a provocação do pai, que não estimulava a iniciativa. Na volta para casa, bateram de porta em porta e venderam todas as bolachas. Começava aí a história de superação da


empresa Dona Izaura Alimentos. As dificuldades iniciais hoje são boas lembranças para Cristiane. “Nosso primeiro rótulo era datilografado. Só tinha a data de produção e de validade”, lembra. Com a profissionalização veio mais responsabilidade, a inclusão de informações nutricionais, a contratação de profissionais que, como ela e a mãe, não tinham perspectivas de trabalho, o aumento de produção e a necessidade de manter a qualidade das primeiras bolachas produzidas com muito amor na cozinha de casa. Atualmente, a Dona Izaura Alimentos tem capacidade para produzir duas toneladas de bolachas por dia. A produção é de 500 mil, mas Cristiane já vislumbra a necessidade de crescimento. “Estamos fechando negócios com grandes redes de distribuição não só no Paraná como também em São Paulo”, comemora. Além de bolachas caseiras, a empresa comercializa melados, açúcar-mascavo, amendoins e casquinhas de Páscoa. “Tudo feito com o mesmo amor que começamos”, salienta Cristiane. No ano passado, ela se inscreveu no Prêmio Mulher de Negócios contando a sua história. “Acho que podemos servir de exemplo para outras mulheres que, de repente, se veem sem perspectiva de trabalho. O fato de não termos desistido na primeira dificuldade mostra a importância de superar os obstáculos, olhar o horizonte e fazer a coisa certa”, conclui.

Revista ACIFI | 13


HISTÓRIA

A HISTÓRIA DE FOZ E DA ACIFI CONTADA POR SEUS ASSOCIADOS A Revista ACIFI vai manter permanentemente um espaço para que os associados possam contar suas histórias, relatar dificuldades, sugerir melhorias, dividir experiências. Nesta primeira edição, a ACIFI também contribui com as festividades do centenário, resgatando a história dos associados há mais tempo vinculados à entidade. Numa série de entrevistas, eles falam por que decidiram empreender e relatam como era a Foz do Iguaçu de sua época e o que querem da cidade no futuro.

Hotel Bella Itália

Empresa associada desde setembro de 1977

F

oz do Iguaçu era muito carente na atividade agrícola. E sobrou um espaço para abrirmos mercado no fornecimento de produtos para esse setor. Principalmente para o Paraguai. Era uma cidade pacata, com 35 a 36 mil habitantes, típica fronteiriça, que alavancou sua economia com a Itaipu Binacional. Mas o que mais deu força ao comércio da cidade foi a abertura dos negócios com o Paraguai, por meio da invasão dos brasiguaios que deixaram a região. Estima-se que cerca de 200 mil brasileiros foram para lá, e Foz do Iguaçu era o ponto de apoio deles. A Agrofoz, no Paraguai, acabou se transformando no ponto de referência dos brasiguaios, porque não havia telefonia, nem comunicação com o interior do Paraguai. Quando chegavam as correspondências, sabíamos onde eles moravam e entregávamos. Fazíamos com gosto porque queríamos que eles se desenvolvessem naquela região. Naquela época o governo era militar, e a ACIFI era uma instituição como todas as demais naquele momento histórico, onde não havia interesse em se arrumar conflito nenhum, ainda mais com o poder público. Era simplesmente preservar os interesses da classe e do próprio país. O estado do Paraná estava se organizando havia 40 anos, e Foz era um dos municípios mais antigos do Paraná. As associações comerciais eram poucas ou estavam começando, e a comunicação era muito difícil. Lembro que em 1975, o Paraná era referência no país em comunicações, mas

14 | Revista ACIFI

mesmo assim nós éramos tremendamente deficientes desse serviço. Em 1974, Foz do Iguaçu não tinha 50 telefones (linhas) e custava o mesmo que um automóvel. A Agrofoz começou com dois funcionários, mas em 1998 nos separamos, e hoje minha família se dedica aos três hotéis: o Bella Itália, inaugurado em 1990; o Agros, em 2008; e agora, em julho deste ano, vamos abrir o Bogari. O grupo todo – incluindo a operadora Loumar Turismo – conta hoje com 200 funcionários. A preferência pela temática italiana vem das origens familiares que remontam à cidade de Asiago, em Vêneto, Itália. A árvore genealógica da nossa família data do século 15. O forte laço familiar persiste nos negócios, cujo empreendimento é familiar, com o envolvimento dos quatro filhos – dois casais nascidos em Foz – que já me deram seis netos. ACIFI O motivo de termos nos associado à ACIFI foi o mesmo de todos os demais associados: ter uma instituição que zela e luta pelos interesses da classe, para que não sejamos uma voz sozinha no deserto. Uma instituição é sempre importante. A ACIFI é uma instituição que veio para auxiliar, colaborar como ponto de apoio à livre iniciativa e que tem que estar à frente e acima de tudo.


Arnaldo Bortoli chegou de Veranópolis (RS) aos 25 anos de idade, já casado, e imediatamente começou a dedicar-se ao comércio, abrindo a Agrofoz, em 1973, e na sequência, a Agrofoz Exportadora, no Paraguai, as primeiras empresas do grupo a serem associadas à ACIFI. Presidiu a associação nas gestões 1996/1998 e 2002/2003.

Revista ACIFI | 15


HISTÓRIA

Lívio Bordin administra conjuntamente com o sobrinho, Carlos Bordin, a primeira concessionária de veículos de Foz, empresa fundada junto com os irmãos Hélio, Felix, Adolar e Sadi Bordin, filhos do pioneiro Antônio Bordin. Em 2015, a empresa completará 50 anos de atividade.

16 | Revista ACIFI


Paraguaçu Automóveis Empresa associada desde novembro de 1977

E

m 1965 não havia nenhuma concessionária de veículos, e o pessoal tinha que sair para comprar carros fora daqui. A economia era mais concentrada na exportação da madeira, tanto que em Foz existiam 55 empresas exportadoras de madeira, tábuas de pinho que eram serradas na região, embarcadas no Rio Paraná e exportadas para a Argentina. Esse era o principal foco econômico da cidade entre 1960 e 1965. Meu irmão Sady tinha uma exportadora em Foz e resolveu montar uma revendedora de automóveis. Naquela época, no Brasil só existiam três marcas – Volkswagen, Ford e GM. Escolheram a Volkswagen. A empresa surgiu nesse mesmo endereço, num barracão de madeira na metade da quadra, fundada pelos irmãos Hélio, Sady e Lívio Bordin, em agosto de 1965. Foi a primeira concessionária de veículos de Foz, e a Volkswagen, naquela época, só produzia no Brasil dois modelos de carro: o Fusca e a Kombi. O primeiro grande desafio que enfrentamos foi a falta de comunicação na cidade. Quando nos estabelecemos aqui só existia um telefone local com 180 ramais de telefones. E só conseguíamos nos comunicar para fora da cidade pelo telegrama, que era enviado por telegrafia (emitido pelos Correios por sinais). Quando vieram os aparelhos de telex foi um grande avanço. Enfim, fomos superando as dificuldades, nos aperfeiçoando. Hoje, temos constantemente que formar e treinar funcionários porque as novas tecnologias mudam rapidamente. Nossos colaboradores são capacitados em Curitiba e São Paulo. Começamos a empresa com cinco pessoas, incluindo os sócios e três mecânicos, e hoje a Paraguaçu de Foz conta com mais

de cem funcionários. A família está presente em várias cidades do Paraná e de Santa Catarina, com concessionárias de automóveis. ACIFI Nesses anos todos, acompanhamos várias fases de atuação da Associação Comercial. É um órgão importante para a defesa e o desenvolvimento econômico das empresas e da cidade. Em várias épocas, ela cuidou muito dos interesses da fronteira; criou campanhas como elevação do teto de exportação; importação. Foram bandeiras muito importantes na época porque fomentaram negócios nos estabelecimentos de empresas que atendiam o mercado do Paraguai. Houve ainda um acordo mediado pela ACIFI: a exportação, que era feita em cruzeiro, não era em dólar. Emitiam uma guia e recolhiam em cruzeiros, no Banco do Brasil. Essa medida facilitou muito a venda de produtos dessas empresas da região da Vila Portes. Logicamente isso refletia na economia da cidade como um todo. A ACIFI foi importante nas defesas das situações aduaneiras; da ponte da Argentina; da construção da segunda ponte; da duplicação da BR-277; em missões empresariais; os projetos Empreender e Empretec, em parceria com o Sebrae, dentre outros. Pertenci à diretoria da ACIFI. Fui primeiro-secretário na gestão do Wanderley Bertolucci Teixeira (2000/2002) e depois fui do Conselho Fiscal da associação. Participamos também da criação do vale-alimentação, o Nutricard. A ACIFI também oferece a proteção ao crédito, pelo SPC, faz treinamento do empresariado. Então, o associativismo é muito importante para a cidade, haja vista o sucesso de outras cooperativas e associações que se formam. Revista ACIFI | 17


HISTÓRIA

Autofoz

Empresa associada desde janeiro de 1978

A

Autofoz começou pequena, apesar de 1996 e 1997 terem sido bons anos para a comercialização de veículos em Foz do Iguaçu por causa da Itaipu. A cidade estava num investimento crescente, e as principais avenidas de Foz foram criadas nesse período. Mas se olharmos a empresa daquela época, a Autofoz de hoje é outra empresa. O mercado fez dela uma empresa mais moderna, mais dinâmica, mais profissional e muito maior, desde sua estrutura física ao seu corpo de colaboradores. Na época eram cerca de 30 funcionários, e hoje são cem colaboradores. A partir de 1994, com o Plano Real, o Brasil passou por um momento de estabilização, após anos de inflação nos quais não se conseguia traçar metas de longo prazo. Com a estabilização, começou a se perceber que o país tinha um potencial de crescimento. Tivemos o agronegócio, um setor com um crescimento bastante significativo; a capacidade de consumo da população aumentou, proporcionando uma economia em crescimento. Foz não ficou alheia a tudo isso, embora tivéssemos muitos problemas em 2002, com a instabilidade provocada pela crise mundial e o dólar subindo muito. Desta época para cá, no entanto, o Brasil foi se restabilizando, com a política de aumentar o crédito no mercado interno. E os indicadores são claros. Em Foz do Iguaçu, os imóveis acompanharam o crescimento do Brasil na sua valorização. O turismo foi fortalecido, aumentando principalmente o chamado turismo interno. Enfim, tudo isso ajudou a economia de Foz do Iguaçu.

18 | Revista ACIFI

Para o centenário, a perspectiva ainda não é muito otimista porque não houve investimento no setor industrial, que para Foz do Iguaçu poderia ser um agregado mais forte. Obviamente que temos uma grande indústria, que é a Itaipu, mas é a única e tem um formato específico de trabalho. Se tivéssemos um parque industrial um pouco maior, ajudaria muito aos setores turísticos e setor comercial. Veja o exemplo de Cianorte, um polo de confecções. Nós não temos um polo industrial, e poderíamos ter até agregando a Tríplice Fronteira com mais mercados e formas de compartilhar. ACIFI Há coisas a serem feitas, mas eu acredito em Foz do Iguaçu. E aí entra a ACIFI, que tem seriedade e credibilidade para puxar a sociedade a participar e fazer planejamentos. Temos uma cultura de planejamento estratégico que é feita em cima de governo, e não fomos muito felizes em cima disso, nesses anos todos, sem desmerecer ninguém em particular. Fala-se que temos que trazer mais turistas e fazer com que eles fiquem mais tempo na cidade. Mas qual é o plano estratégico montado para isso? Propaganda e ações isoladas ajudam, mas temos potencial de fazer mais para movimentar toda uma cadeia produtiva desse segmento. E a ACIFI tem condições de aumentar o corpo técnico, com pessoas especializadas para pensar nesse planejamento e termos mais propostas. Sabemos que isso é difícil, pois a maioria das associações tem as mesmas dificuldades. Mas a direção da Autofoz tem clareza que a associação é salutar. Foz é uma cidade jovem e precisa fortalecer bastante a Associação Comercial.


Luiz Fernando Borghetti, representante do proprietĂĄrio Nestor Pires, assumiu a gerĂŞncia da empresa em 2002.

Revista ACIFI | 19


SERVIÇOS

NOVA OPÇÃO PARA LIVRAR-SE DAS DÍVIDAS

O

cob-OnLine, novo serviço de recuperação de crédito, estará disponível nos próximos meses no SPC da ACIFI. Nesse sistema, o consumidor inadimplente recebe, via Correios, uma carta de renegociação da dívida e duas opções de boleto: à vista e a prazo, em três parcelas. Caso o consumidor queira uma condição de pagamento diferenciada, ele deverá entrar em contato com a Central de Relacionamento da Base Centralizadora Faciap de Proteção ao Crédito (BCF) para dar continuidade à negociação com a empresa. Se após o acordo não houver pagamento, a BCF fará a cobrança ativa das dívidas, com opção de cobrança judicial. Segundo o diretor-executivo da ACIFI, Dimas Bragagnolo, o Cob-OnLine reforça o portfolio de consultas do SPC, e com ele o comércio aumenta suas chances de receber dívidas em atraso. Bragagnolo explica que quando o aviso para a inclusão do nome no sistema chega à ACIFI, o devedor já recebe a proposta de quitação do débito. “Dessa forma o consumidor não precisará se dirigir até a loja para negociar, pois já estará com o boleto em mãos e, se pagar o boleto no prazo determinado, o nome dele nem chega a entrar na lista de inadimplentes da base da qual o SPC da ACIFI faz parte”, detalhou. O diretor-executivo da ACIFI lembra que o em-

20 | Revista ACIFI

presariado precisa estar atento à inadimplência e que a precaução é necessária para evitar fraudes e calotes. Em um cheque pré-datado, por exemplo, o lojista não pode apenas olhar a carteira de identidade. “Na hora da venda é preciso fazer a análise de crédito de forma sistemática, e também é importante registrar os inadimplentes no SPC, para que todo o comércio fique mais protegido contra a inadimplência”, aconselhou.

O que é a BCF?

A BCF é o maior banco de dados de proteção ao crédito do Brasil, composto por Associações Comerciais e Empresariais ligadas à Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná (Faciap), ao SPC Brasil e à Serasa Experian. Atualmente conta com um mix de 96 produtos com informações sobre pessoas físicas e jurídicas de todo o território


Revista ACIFI | 21


sicooB

Cooperativismo: a chave para o desenvolvimento das comunidades

A

responsabilidade social do Sicoob Três Fronteiras não se restringe apenas aos diversos produtos e serviços oferecidos enquanto instituição financeira, com taxas e juros mais baixos. Ela segue princípios cooperativistas e vai muito além, pois se preocupa com a educação e os interesses da comunidade. A cooperativa de crédito também desenvolve e apoia campanhas que beneficiam instituições e projetos, entre eles o Outubro Rosa, arrecadação de gelatina para pessoas que estão em tratamento contra o câncer; agasalhos e alimentos. A cooperativa está presente na Biblioteca Comunitária Digital – instalada no CAIA do Porto Meira; nas palestras de educação financeira e cooperativista e de ações como o Programa Cooperjovem, que beneficia todos os personagens envolvidos com o ambiente escolar, incluindo professores, alunos e pais.

22 | Revista ACIFI

O Cooperjovem, promovido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop), oferece formação continuada dentro dos princípios e valores cooperativistas aos estudantes do Ensino Fundamental e Médio, por meio de formação continuada gratuita para professores, educadores e técnicos de cooperativas. No Paraná, o programa já capacitou mais de 500 professores de 41 municípios. Em abril, o programa chegou a Foz do Iguaçu e levou informação para cerca de 60 professores da rede municipal por meio da parceria firmada entre o Sicoob Três Fronteiras e Instituto Sicoob, com o apoio da Secretaria Municipal da Educação e do Núcleo de Tecnologia Municipal da Educação. Eles aprendem com outros professores a importância de levar o tema cooperativismo para

a sala de aula. “Precisamos ensinar às crianças desde cedo a cooperar para que consigam realizar em conjunto o que não se consegue sozinho”, destaca a instrutora Izabel Calsavara. As dinâmicas mostram que cooperar significa trabalhar em conjunto para um bem comum, em que cada um desempenha um papel fundamental. Levando em conta que é preciso conhecer o outro para que seja possível enxergar a habilidade de cada um e agregá-la ao todo. “Esse projeto contribui para melhorar o comportamento dos alunos por meio da cooperação. É importante que o Cooperjovem ultrapasse os muros da escola, atenda toda a comunidade”, observa a representante do Sescoop-PR, Fabiane Gawlak. Novas turmas do Cooperjovem serão formadas nos meses de agosto e novembro.


Na capacitação, os professores aprendem sobre a importância da cooperação

RESULTADOS COMPARTILHADOS No início deste ano, o Sicoob Três Fronteiras distribuiu R$ 2,6 milhões de resultados entre os seus cooperados -- de acordo com a movimentação financeira de cada um. A distribuição em conta corrente refletiu e reforçou os propósitos da cooperativa de difundir o cooperativismo de crédito e de contribuir com o crescimento da região. O mérito de ser a cooperativa com o maior percentual de cumprimento de meta orçada em resultado e maior percentual de cumprimento de meta orçada em rentabilidade sobre o Ativo Total Médio do estado também foi motivo de orgulho para os quase cinco mil associados espalhados pelas cidades de Foz do Iguaçu, São Miguel, Medianeira, Matelândia, Missal e Santa Terezinha de Itaipu. Fundado em 2002 por um grupo de empresários da ACIFI, o Sicoob Três Fronteiras hoje é reconhecido pela excelência no atendimento. A cooperativa está expandindo sua área de atuação com a abertura de novos pontos de atendimento. Nos próximos meses, o Sicoob chegará a Missal, Santa Terezinha de Itaipu e terá mais uma unidade em Foz do Iguaçu, na Av. República Argentina. Já a agência da Vila Portes está passando por uma reforma para melhor atender aos seus cooperados.

Revista ACIFI | 23


CONVÊNIO ACIFI

ITAMED CHEGA A 16 MIL CLIENTES E REGISTRA CRESCIMENTO DE 52%

Impulsionado pela parceria com a ACIFI, plano de saúde do Hospital Ministro Costa Cavalcanti conquista cada vez mais usuários

O

Plano de Saúde Itamed anuncia o balanço de 2013 e comemora os resultados. Entre janeiro e dezembro do ano passado, o plano de saúde próprio do Hospital Ministro Costa Cavalcanti obteve um crescimento de 52% no número de beneficiários. O relatório aponta que 75% das adesões no período foram impulsionadas pela parceria com a ACIFI. “Isso representa cerca de quatro mil vidas adicionadas à nossa carteira de clientes, contribuindo para que o número de usuários chegasse a 16 mil”, afirma a gerente-geral do Itamed, Silvana Folle. O Itamed tem planos disponíveis para pessoas físicas, planos coletivos empresariais e coletivos por adesão. A parceria com a Associação Comercial e Empresarial teve início em dezembro de 2012. A modalidade que mais cresceu foi a coletivo empresarial, destinada às empresas de pequeno porte. Na avaliação da gerente, o convênio com a ACIFI elevou o número de conveniados, já que a maioria das empresas optou por oferecer esse benefício aos empregados. No contexto geral, as pessoas têm demonstrado uma preocupação maior em proteger a sua saúde e a de seus familiares, buscando melhorar a qualidade de vida, mas nem sempre têm condições de manter um plano de saúde. “Por isso, o Itamed buscou a parceria com a ACIFI, para que os colaboradores possam ter acesso a um plano de saúde, seja subsidiado ou não pela empresa”, explica.

24 | Revista ACIFI

A preocupação de pequenas e médias empresas com a permanência dos trabalhadores no emprego, por meio de benefícios como o plano de saúde, é um dos fatores citados por ela para o aumento na procura pelo plano. “Os empresários perceberam que o plano de saúde é um benefício que realmente agrega diferença para o colaborador, uma forma de atrair talentos e diminuir a rotatividade. Os trabalhadores, por sua vez, produzem mais, pois se sentem seguros em relação à sua saúde e de seus dependentes”, acredita. “A outra razão é que a parceria garante o atendimento no Hospital Ministro Costa Cavalcanti, o melhor da região”, completa Silvana.

Preço e carência especiais

O acordo contempla o acesso a uma tabela diferenciada da que é comercializada para empresas não associadas à ACIFI. Os associados têm 15% de desconto em relação à tabela principal praticada pelo plano de saúde nas modalidades coletivo empresarial e coletivo por adesão. Na opção coletivo empresarial, a empresa que possui acima de 30 vidas inscritas na adesão inicial é isenta de carências e de cobertura parcial temporária. Já as empresas com menos de 30 vidas inscritas têm redução de 60 dias nas carências.

Com planos disponíveis para pessoas físicas, planos coletivos empresariais e coletivos por adesão, o Itamed contabiliza 16 mil usuários.


Revista ACIFI | 25


CAPA

12

ANOS DEDICADOS

AO ASSOCIATIVISMO

O

engenheiro eletricista, com MBA em Gestão Estratégica, e empresário de destaque em Foz do Iguaçu Roni Carlos Temp deixa a diretoria da ACIFI depois de 12 anos dedicados ao fortalecimento da cultura associativista. Ao passar a presidência da ACIFI ao empresário João Batista de Oliveira, Temp faz um balanço da sua gestão, marcada por muitas ações e projetos. “Os últimos dois anos e quatro meses foram muito intensos, dedicados totalmente para representar a ACIFI, e pude contribuir graças ao apoio que tive da minha família, dos meus sócios e colaboradores que compreen-

26 | Revista ACIFI

deram sucessivas ausências para participação de reuniões e de eventos, dentro e fora de Foz”, reconheceu. Temp não se distanciará da entidade, ao contrário: agora preside o Conselho Superior Deliberativo e coordena as obras de construção da nova sede. Nesta entrevista, ele faz um balanço bastante positivo da sua gestão. “Investimos muito na oferta de novos serviços aos associados e na profissionalização da entidade, que conseguiu cumprir sua visão estratégica de tornar-se referência nacional pelos serviços prestados e pelo desenvolvimento regional”, frisou.


Revista ACIFI | 27


CAPA Qual era sua principal meta quando assumiu a presidência da ACIFI? Roni Temp – Acompanhei todas as mudanças na associação nos últimos 12 anos e estabeleci como meta manter a ACIFI no mesmo ritmo e com o que ela conquistou em sua história. Ainda assim, conseguimos ampliar e diversificar a oferta de produtos e serviços. Houve também avanços em função de convênios com o Itamed e o Sicoob; a melhoria contínua do SPC, em parceria com a Faciap; e o trabalho da equipe de colaboradores da ACIFI. Graças a tudo isso, o número de associados cresceu ainda mais. Portanto, creio que consegui atender esse projeto, porque o restante estava indo muito bem e continua indo muito bem. Uma meta era também trazer o pequeno empresário para a ACIFI? Temp – O pequeno empresário precisa saber as vantagens e benefícios de fazer parte da ACIFI. Houve o aumento do número de associados, porém poucos vieram para a ACIFI pelo associativismo. Os convênios assinados, principalmente o Itamed, fazem muita diferença para as empresas de pequeno porte. Por exemplo, nosso entregador de correspondências se associou à ACIFI para que ele e sua família pudessem utilizar o plano de saúde. Esse benefício precisa ser divulgado ainda mais porque tem gente que não o conhece. No momento em que o empresário consegue fazer isso por meio da instituição, sai ganhando muito. A próxima gestão deverá chegar ao pequeno empresário para que ele saiba tudo o que a ACIFI pode oferecer. O senhor sempre afirmou que sabia a importância da ACIFI, que era uma entidade com muita visibilidade, mas que somente soube a real dimensão ao assumir a presidência. Isso aumentou a responsabilidade? Temp – Também. Nas duas gestões anteriores, quando fui vice-presidente, representava a ACIFI no lugar da Elizangela de Paula Kuhn e do Rodiney Alamini, mas era uma atuação esporádica e sem toda aquela responsabilidade de ser presidente. Ao assumir a presidência, a própria forma como as pessoas te abordam muda completamente. Isso faz sentir o peso institucional e político da entidade. Temos que observar tudo que influencia direta ou indiretamente os nossos associados de forma crítica, apartidária e isenta, propor soluções, alternativas e caminhos. Essa é a responsabilidade institucional da ACIFI. Qual será o ritmo de trabalho à frente do Conselho Superior Deliberativo? Temp – O conselho dá as linhas mestras da instituição, é uma espécie de guarda-chuva da associação, e isso vem sendo feito há bastante tempo, cumprindo a sua principal meta que é dar apoio à diretoria executiva. Que avaliação o senhor faz da construção da nova sede e do Residencial Omoiru? Temp – A nova sede é um sonho antigo e que finalmente saiu do papel. Fui eleito pelos sócios para continuar esse trabalho e pretendo entregar a nossa sede no ano que vem; e dentro de no máximo três anos entregar o Edifício Omoiru para todos os sócios. Isso será um marco para a entidade e para a cidade. De certa forma, acompanhar esse trabalho é mais fácil porque faz parte do meu cotidiano como engenheiro, mas também de muita responsabilidade porque representa um investimento em torno de R$ 20 milhões com a participação de outros 60 sócios que compõem a Sociedade de Propósito Específico Omoiru. A SPE é responsável pela construção e é formada pelos futuros proprietários dos apartamentos. A obra está indo muito bem, dentro do cronograma e até adiantada. Como o empresário Roni Temp deixa a presidência da ACIFI? Temp – A diretoria conduziu a ACIFI com responsabilidade, fortalecendo a credibilidade e respeito que ela conquistou ao logo de 62 anos. Em dois anos e quatro meses foram muitas realizações. A gestão foi compartilhada entre diretores e conselheiros, tanto em decisões externas quanto internas. Todos assumiram suas responsabilidades, e assim pudemos fortalecer a estrutura, possibilitar um crescimento ainda mais significativo de sua capacidade comercial e da presença da ACIFI na comunidade. Todos são voluntários e merecem minha gratidão. Quanto a mim, priorizei a entidade nesse período e dividi meu tempo entre família e empresa. Agora que minha gestão chegou ao fim vejo que consegui realizar um trabalho digno e à altura de todos os presidentes que passaram pela ACIFI. 28 | Revista ACIFI


E

ntre alguns dos pontos destacados por Temp estão a criação e consolidação do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social de Foz do Iguaçu (Codefoz); o projeto da nova sede; a ampliação de parcerias com entidades representativas da sociedade; a promoção de cursos e palestras; a viabilização de produtos e serviços para benefício do associado; e o fortalecimento das parcerias com outras entidades.

Conheça algumas

ações da gestão 2012/2014: Nova sede

Encabeçado por Roni Temp desde 2010, na gestão da ex-presidente Elizangela Kuhn, o projeto de construção da nova sede da ACIFI começou a transformar-se em realidade no dia 15 de janeiro deste ano, com a demolição da antiga sede da associação. Foram quase quatro anos dedicados à idealização do modelo para a obra, mesclando alas comercial e residencial; à contratação e acompanhamento dos projetos arquitetônico e complementares; à criação da Sociedade de Propósito Específico (SPE) Omoiru; ao início das vendas das cotas; e, por fim, à verificação passo a passo da obra. Temp continuará à frente desse projeto até a entrega final da nova sede e posteriormente dos apartamentos aos sócios da SPE.

Codefoz

A ACIFI esteve presente e muito atuante desde a idealização, aprovação da Lei Municipal nº 4.041, na formação da primeira diretoria, e desde os primeiros minutos do nascimento do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social de Foz do Iguaçu (Codefoz). Exemplo de integração das entidades num só espaço para apresentação de projetos, elaboração e discussão de ações que possam fomentar o desenvolvimento local e regional de longo prazo, a consolidação do Codefoz é outra conquista que se destaca na gestão de Roni Temp.

Cursos e palestras

A promoção de cursos e palestras como ferramenta para o aperfeiçoamento da classe empresarial, bem como de acadêmicos e futuros empreendedores, trouxe a Foz do Iguaçu personalidades do cenário econômico, político e social. A ACIFI e parceiros viabilizaram palestras com Carlos Alberto Julio; o ex-presidente do Banco Central Gustavo Loyola Brandão; Waldez Ludwig; Renato Meirelles; professor Gretz, além de cursos sobre técnica de vendas, atendimento ao cliente, administração de conflitos e muitos outros. Em 2012 foram 22 ações com mais de cinco mil participantes. No ano passado, contando eventos como o Jantar do Empresário e o Encontro de Negócios, a ACIFI reuniu 3,4 mil participantes.

Revista ACIFI | 29


Fomento aos negócios

Um dos objetivos da ACIFI, o de propiciar um ambiente ideal para a realização de negócios aos associados, também foi cumprido durante a última gestão, com a promoção de eventos como a Feira da ACIFI. Foi pensando nessa necessidade empresarial que o evento passou a ser uma ação de negócios, com rodadas entre empresários não somente de Foz como do Paraguai e de municípios da região. Nessa linha foi assinado um convênio com o Parque Tecnológico Itaipu (PTI) para a ACIFI divulgar aos seus associados os editais de compras e licitações, para que cada vez mais empresas locais participem desses certames.

Conselho do Jovem Empreendedor

Estimular e desenvolver as particularidades dos jovens empreendedores de forma a proporcionar competitividade e permanência no mercado. Esses são alguns objetivos do Cojefi. Foi lá que começou a trajetória de Roni Temp na ACIFI, e assim é até hoje com dezenas de profissionais que estão ou irão entrar no mundo dos negócios. A participação no conselho aprimora atitudes empreendedoras, estimula a segurança e melhora a tomada de decisões. “O Cojefi reforça os objetivos da ACIFI de fomentar a cultura associativista”, observou Temp.

TAC do Lixo

Defender os interesses da comunidade empresarial é uma premissa da ACIFI, contida, inclusive, na sua missão estratégica. A luta pela derrubada do TAC do Lixo, desencadeada desde 2007, foi exemplo dessa disposição e terminou com o acordo firmado com a Procuradoria do Trabalho no ano passado. Esse acordo colocou fim à ameaça de multas severas aos empresários, no valor de R$ 10 mil ao dia, caso o lixo produzido pelas empresas não fosse destinado exclusivamente à entidade dos catadores. A ACIFI compromete-se a ajudar na preservação ambiental, apoiar um programa de coleta seletiva e incentivar os empresários a destinarem o material reciclável preferencialmente aos catadores.

Foz Futuro Limpo

Deixar um ambiente limpo para nossos filhos e futuros empreendedores é uma constante preocupação da ACIFI, que desenvolveu profundas mudanças internas desde o início da gestão do presidente Roni Temp, como a preocupação com a reciclagem, separação de lixo orgânico e reaproveitamento de material com a utilização de rascunhos. Outra ação de conscientização ambiental promovida pela ACIFI e parceiros foi o Projeto Foz Futuro Limpo, que nos dois últimos anos resultou na arrecadação de 27 toneladas de eletroeletrônicos sem utilidade e que foram descartados por empresas e pela população em geral.

DOAÇÕES

Além da preocupação com o meio ambiente, a ACIFI também desenvolve uma série de projetos que acabam traduzindo-se em benefícios a entidades assistenciais, assumindo assim a sua responsabilidade social. O Projeto Foz Futuro Limpo, por exemplo, arrecadou nas duas edições quase 800 quilos em alimentos que foram repassados ao Lar dos Velhinhos e à Associação Cristã dos Deficientes Físicos (ACDD). Em outra ação beneficente, o Jantar do Empresário, a renda foi revertida para o Lar dos Velhinhos.

30 | Revista ACIFI


Referência nacional

A busca por trabalhar com profissionalismo em prol do associado, que levou a ACIFI a conquistar em 2010 o Prêmio Capacitar – Associação Destaque do Estado, colocou a associação como referência nacional. No final de 2013, a ACIFI foi visitada por representantes de quatro federações empresariais do país e foi classificada pela Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB) como modelo no Projeto Capacitar. Com isso, a ACIFI cumpre antecipadamente sua meta prevista na visão estratégica: “Ser referência nacional pela excelência dos serviços prestados e pela promoção do desenvolvimento empresarial, até o exercício de 2015”.

Integração com entidades empresariais

Acreditando que a união é o caminho para a força do associativismo, a diretoria manteve a ACIFI integrada às entidades empresariais regionais, como a Coordenadoria das Associações Comerciais e Empresariais do Oeste do Paraná (Caciopar) e a Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Paraná (Faciap), da qual o presidente da ACIFI participa como integrante do Conselho Superior. Outros dois representantes da ACIFI participam da Faciap: a ex-presidente da associação (2010-2011) Elizangela de Paula Kuhn, na Vice-Presidência para Assuntos de Turismo, e o diretor-executivo Dimas Bragagnolo, membro do conselho da Base Centralizadora Faciap (BCF).

Fronteiras Cooperativas

A missão técnica do Programa Fronteiras Cooperativas, realizada em 2013, levou dirigentes da ACIFI e lideranças e empresários paranaenses, argentinos e paraguaios, além de técnicos do Sebrae/PR, para Portugal e Espanha. A missão teve como principais resultados a difusão e o intercâmbio de boas práticas em gestão e cooperação entre cidades de fronteira, a troca de informações e a promoção de diálogos empresariais, compreendendo melhor a realidade das cidades portuguesas e espanholas. Como primeira meta na prática desse projeto já estão sendo realizadas reuniões para o incentivo à formação dos conselhos de desenvolvimento, inspirados no Codefoz, nas cidades de Puerto Iguazú e Ciudad del Este.

Comércio Exterior

A situação de fronteira tem suas peculiaridades que afetam empresas do setor de comércio exterior, como despachantes aduaneiros, transportadores internacionais, comerciais exportadoras. Nos últimos anos, graças à articulação e apoio da ACIFI, o segmento conquistou avanços como a integração aduaneira com o Paraguai; consolidou diálogo com a Receita Federal, permitindo discussões de diversos assuntos, incluindo os free shops; a tentativa de acabar com o fracionamento de cargas de importação de produtos vegetais e derivados, prática difundida há décadas nesse segmento; pedidos para ampliação do contingente do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Revista ACIFI | 31


Referência internacional

Além de ser referência para entidades empresariais brasileiras, a gestão da ACIFI também atrai atenção de instituições internacionais. No ano passado, empresários peruanos de diversos segmentos produtivos e de serviços visitaram a associação para conhecer novos mercados e práticas de gestão que pudessem refletir na melhoria da capacidade empresarial. Este ano foi estabelecida uma parceria de integração para a ACIFI repassar seus conhecimentos e experiências à Associação Comercial de Santa Rita, no Paraguai.

SPC e Base Centralizadora

Garantir dados fidedignos para que os associados possam fazer suas transações comerciais com mais segurança é uma meta constante da ACIFI. Nesta gestão, a direção tomou uma decisão ousada e exerceu sua liderança, juntamente com outras associações e a Faciap, para o fortalecimento de um sistema próprio de SPC, a chamada Base Centralizadora Faciap, que amplia ainda mais os serviços de proteção ao crédito aos seus associados. Essa talvez tenha sido a conquista mais valiosa do associativismo paranaense nas últimas décadas, e a ACIFI foi uma das protagonistas da formação da BCF, que hoje é um dos principais casos de sucesso do sistema associativista brasileiro.

Programa Empreender

Empresas que planejam ações conjuntas para o desenvolvimento de um determinado segmento ou até mesmo de vários setores têm mais chances de crescer. Esse é um dos objetivos do Programa Empreender, desenvolvido pela ACIFI. A associação oferece um consultor para auxiliar os núcleos a desenvolverem seus planejamentos estratégicos e apoia ações e até mesmo as missões empresariais. O Núcleo de Confecções, por exemplo, esteve em Terra Roxa e Cianorte; e o de Metalúrgicas viajou para São Paulo e Alemanha. A ACIFI também apoia as ações desses núcleos, como o Salão Internacional do Livro, do Núcleo de Livrarias e Sebos; o TIC, do Núcleo de Tecnologia da Informação; encontros do Papo de Galo, do Núcleo de Comunicação; Feira do Imóvel, do Núcleo das Imobiliárias; entre outros.

Em defesa do empresário

Em conjunto com a AEFI, Sescap, Sincofoz, entre outras, a ACIFI trabalha na defesa do empresariado por meio de debates e elaboração de estudos visando à alteração nos procedimentos da prefeitura, Corpo de Bombeiros e Junta Comercial. “A burocracia dificulta a liberação de alvarás tanto para novos empreendimentos como para as empresas que estão em operação. É preciso melhorar os procedimentos e reduzir o tempo de espera na abertura de empresas”, defendeu Roni Temp.

32 | Revista ACIFI

Associativismo

Os associados ganharam novos serviços e produtos como o convênio com o Itamed, ampliando a oferta de assistência médica para empresários e colaboradores a preços mais acessíveis. E ainda: parceria do Sicoob para taxas e benefícios aos associados; Certificação Digital; SPC; entre outros que atendem às necessidades dos associados. “Essa cartela de produtos e serviços possibilitou que a ACIFI superasse a marca dos mil associados adimplentes em 2013”, destacou o presidente.


Revista ACIFI | 33


ENTREVISTA

JOÃO BATISTA

M

enino do interior, João Batista de Oliveira passou a infância em Tambaú, cidade do estado de São Paulo e próxima da divisa com Minas Gerais. Filho de mineiros, saiu de casa ao terminar o Ensino Médio carregando o sotaque dos pais e determinado a continuar os estudos em outro lugar. “Naquela época a

vida no interior não nos permitia muitos sonhos, e se você queria fazer faculdade tinha que ir embora. A regra era essa, com meus irmãos e meus amigos foi assim, e isso era normal para nós”, recorda.

Saiu de casa com dinheiro contado e disposto a enfrentar as dificuldades de morar sozinho na cidade grande, onde aprendeu a se virar, vivendo um dia de cada vez e sempre com o pé no chão. Formado em Administração de Empresas, sua vida em Foz do Iguaçu é dividida em duas etapas. A primeira foi em 1988, e a mudança definitiva foi no final de 1993. Hoje, aos 54 anos, João é o principal executivo da Rede Outdoor, empresa de mídia exterior, e da Acquavitalle, indústria de artefatos de fibra como banheiras, spas e ofurôs. Sua trajetória na Associação Comercial e Empresarial de Foz do Iguaçu começou na gestão de Tibiraçá Botto Guimarães, até ser o vice-presidente na gestão do amigo Roni Temp. Casado com Claudia Friche de Oliveira e pai de João Felipe, 23, e Pedro Henrique, 16, João é o 22º presidente da ACIFI . “Sempre estive envolvido com o terceiro setor, mas a ACIFI, claro, é o meu grande desafio, pela representatividade que exerce como a maior entidade de Foz do Iguaçu”, ressalta em sua entrevista à Revista ACIFI.

34 | Revista ACIFI


Revista ACIFI | 35


Revista ACIFI – Como será a gestão da ACIFI nos próximos dois anos? João Batista – Os resultados positivos da entidade são fruto de um trabalho planejado, desenvolvido ao longo dos anos, e isso se renova a cada gestão. A ACIFI vem passando por um intenso processo de profissionalização. Ao implantar o Programa Capacitar, a entidade aumentou o seu número de associados e teve melhorias na gestão de resultados. Esse programa visa também à capacitação dos colaboradores, e isso fortaleceu a ACIFI no aspecto de saúde financeira e visão empresarial. Esse é um processo que está andando e um sistema de gestão que está indo muito bem, e é preciso dar continuidade. Revista ACIFI – Qual a característica da nova diretoria e conselho? João Batista – No grupo que acaba de assumir a gestão da ACIFI tem pessoas novas e outras que estão trabalhando pela entidade há muito tempo. Na diretoria a ideia foi realmente trazer pessoas mais jovens, algumas, inclusive, nunca participaram da diretoria da associação. Ao mesmo tempo, no Conselho Superior a gente conseguiu manter cabeças que sempre pensaram bem a ACIFI e contribuíram para o andamento positivo, progresso e crescimento da associação, fomentando o desenvolvimento local e regional. Isto é, procuramos oxigenar com pessoas que pudessem trazer ideias novas, mas a base é o conselho que sempre contribuiu e traz uma sustentação para a diretoria. Revista ACIFI – Há quanto tempo você está na ACIFI? João Batista – Diretamente fiz parte de quatro gestões. A primeira participação foi no Conselho Jovem Empreendedor, em seguida fui conselheiro das gestões do Tibiriçá e do Wanderley Teixeira. Quando o Rodiney Alamini presidiu a ACIFI, eu fazia parte de uma comissão que representava a indústria junto ao Sesi. Foi durante a gestão do Roni, como vice-presidente, que pude contribuir de forma mais efetiva participando das ações e decisões. Ele é um grande amigo e de certa forma me intimou, e automaticamente comecei a viver o dia a dia da ACIFI. Revista ACIFI – Os associados deveriam aproximar-se e conhecer mais a ACIFI? João Batista – Certamente que sim. Evidentemente que fui conhecer de fato a Associação Comercial quando me envolvi mais, mesmo porque quando fiz parte do Conselho Superior são poucas reuniões ordinárias anuais. A diretoria é que vive mais a rotina da ACIFI, e eu ainda não tinha feito parte dela. Assim como eu, tenho certeza que uma boa parte dos associados também não a conhece. Essa conclusão levou a gestão anterior a criar meios de levar mais informação a todo quadro associativo e à sociedade em geral, e por isso nasceu a Revista ACIFI. O objetivo é levar mais informação, levar mais a ACIFI para as empresas, para dentro da casa das pessoas e para que todos conheçam mais a nossa associação. Por ser associado e contribuir com uma pequena mensalidade, a lógica seria ele procurar saber quais são os benefícios que a ACIFI tem a oferecer, mas na realidade isso não acontece, então a gente tem por obrigação inverter esse papel e levar essas informações até o nosso associado. Revista ACIFI – A ACIFI deve aproximar-se mais do associado? João Batista – Não sei se ela deve se aproximar mais, mas ela deve sempre ser próxima do associado, não que não fosse antes, pois tenho certeza de que as gestões anteriores utilizaram todas as ferramentas disponíveis, mas ela deve buscar isso cada vez mais. Precisamos estar atentos às novas dinâmicas de relacionamento e comunicação para atender cada vez melhor à classe empresarial.

36 | Revista ACIFI

Revista ACIFI – Que avaliação você faz do setor industrial de Foz do Iguaçu? João Batista – A vocação principal de Foz do Iguaçu não está na indústria, e sim no turismo e prestação de serviços. Esta é uma cidade diferente em que a variação cambial determina o fluxo do consumo de todos os lados, e a proximidade com o Paraguai serve de válvula de escape no que diz respeito à mão de obra, e isso traz consequências para o desenvolvimento industrial. As políticas locais voltadas para a indústria ainda são recentes, temos um parque industrial criado há pouco tempo, e as empresas ainda estão se instalando lá. Por outro lado, a política nacional não favorece as pequenas empresas. Há excesso de normas e de regras. No contexto geral, há uma série de ações e situações que dificultam o desenvolvimento da indústria em Foz, mas esse é um segmento que tem espaço para crescer. Temos porto estadual, aeroporto internacional e há também a possibilidade do transporte intermodal, isto é, a logística contribui, e a comunicação hoje em dia tornou tudo mais fácil. O avanço depende muito mais de questões macro. O que observo é que os industriais de Foz do Iguaçu tentam ações isoladas, enquanto o melhor e mais produtivo seria desenvolver ações conjuntas. A ideia é trazê-los para perto da ACIFI e que eles possam somar forças com o Codefoz. Não só a indústria, mas todos os setores podem se fortalecer com a ACIFI e dar um passo a mais. Revista ACIFI – E quanto ao comércio local? João Batista – Existe a previsão de mais dois shopping centers , e isso pode fortalecer o comércio. Já houve a discussão da regulamentação dos free shops , porém um debate prévio demonstrou que da forma como foi colocado não sabemos até que ponto eles poderiam impactar a economia de forma positiva ou negativa. O que é preciso deixar claro é que as portas da ACIFI sempre estiveram e continuam abertas para o comércio. Revista ACIFI – Qual a contribuição da ACIFI para a construção conjunta do desenvolvimento regional? João Batista – O desenvolvimento regional é importantíssimo, e a ACIFI tem desenvolvido ao longo dos anos, pelas sucessivas diretorias, ações de integração junto com outras associações comerciais da região e a Caciopar, e a perspectiva é de que essas parcerias podem crescer. Revista ACIFI – Qual deve ser a sua marca à frente da diretoria da ACIFI? João Batista – Tenho uma característica de liderança muito forte, então me preocupo mais com o freio do que com o acelerador. De manhã já acordo pensando em mil coisas para fazer e estou sempre muito motivado. Procuro sempre pensar em solução e não em problema, por isso acredito que a minha marca aqui na ACIFI com certeza vai ser de muita cautela em função de liderar pessoas que são voluntárias e que estão contribuindo com suas ideias e o seu precioso tempo. A liderança deve ser de respeito e de companheirismo, de compreensão de ouvir a todos, pois todos têm voz. O cuidado deve ser muito mais em torno disso, porque acelerador eu já tenho naturalmente, mas não posso exigir isso de todas as pessoas. Revista ACIFI – Essa característica de liderança você desenvolveu ao longo da sua vida ou daria para atribuir à sua participação em entidades como o Rotary Clube? João Batista – Toda pessoa tem um pouco de liderança dentro dela, a dificuldade muitas vezes está em colocar isso em prática. O Rotary Clube foi, sem dúvida, uma grande escola de empreendedorismo. Ao longo de 17 anos da minha vida passei por quase todos os cargos. No lado profissional, fiz parte da Central de Outdoor Nacional e, com isso, estive direta-


mente envolvido com o desenvolvimento de leis de ordenamento de publicidade em várias capitais do país. Também contribuí com o Sindicato das Empresas de Propaganda Exterior, além de outras entidades, ou seja, sempre fiz parte do terceiro setor, e isso ajudou a desenvolver meu perfil de liderança. Revista ACIFI – De certa forma, a ACIFI tem dois lados: o voluntariado formado pela diretoria e conselhos, e o lado profissional, da equipe administrativa que faz a associação funcionar no dia a dia. João Batista – Não tenho dúvida que isso facilita muito a vida dos diretores. A ACIFI é feita por profissionais capacitados e abertos ao crescimento. Não foi à toa que a ACIFI foi considerada uma das melhores associações do país, foi porque ela tem uma diretoria administrativa competente e pela equipe que trabalha aqui. Isso nos envaidece, motivou e dá tranquilidade para assumir esse cargo tão importante.

Revista ACIFI | 37


CGDM

CASA DO EMPREENDEDOR DE FOZ:

REFERÊNCIA NO PARANÁ

Espaço criado para facilitar a formalização de EIs é a vitrine do Comitê Gestor de Desenvolvimento Municipal

A

necessidade de amparar pequenos empreendedores a sair da informalidade, ou facilitar a vida daqueles que gostariam de empreender, fez surgir, em 2011, a Casa do Empreendedor, situada no centro da cidade. Num só espaço, o empreendedor individual recebe todas as orientações que precisa para formalizar seu negócio e poder trabalhar com segurança fiscal, fazer negócios com órgãos públicos, e ter acesso a créditos subsidiados. A ACIFI esteve presente nesse projeto desde a sua idealização. A concepção da Casa do Empreendedor surgiu em 2010, a partir de uma ampla discussão entre lideranças da sociedade, quando do lançamento da Campanha da Fraternidade – Economia e Vida. Participaram gestores públicos, lideranças comunitárias e empresariais, como a presidente da ACIFI na época, Elizangela de Paula Kuhn. No mesmo ano foi desenvolvido um mutirão de formalização dos Empreendedores Individuais (EIs), com a participação de todos os órgãos que, posteriormente, representariam o Comitê Gestor do Desenvolvimento Municipal (CGDM). Dessa forma, o projeto municipal da época, o “Empresa Fácil”, acabou ampliando-se e saindo do espaço público para tornar-se um centro de informação e orientação de empreendedores. De acordo com a coordenadora da Casa do Empreendedor, Salete Horst, desde a sua fundação, em abril de 2011, até meados do mês de março, a Casa do Empreendedor formalizou exatos 2.031 EIs em Foz do Iguaçu. Em 2013, a Secretaria de Trabalho, Desenvolvimento Socioeconômico e Indústria e Comércio passou a contar com número maior de funcionários, permitindo a ampliação do atendimento, inclusive com orientação para uso da nota fiscal eletrônica e preenchimento dos formulários e notas fiscais. “Com a maior divulgação dos trabalhos realizados pela Casa do Empreendedor, esse número de empreendedores que saíram da informalidade subiu ainda mais em 2013, atingindo a marca de 783 novos microempreendedores e mais diversas ações”, afirmou Salete Horst. A Casa do Empreendedor é a principal ação do CGDM, uma vitrine para o Paraná e para o Brasil. Tanto que em novembro passado, o Sebrae reconheceu o trabalho desenvolvido, oferecendo o Prêmio Sebrae Prefeito Empreendedor, destaque paranaense na categoria “Desburocratização”, e que agora concorrerá nessa categoria em nível nacional.Entre outras ações importantes, o CGDM levou a Casa do Empreendedor aos bairros para facilitar o acesso dos EIs à formalização.

38 | Revista ACIFI

Serviço: A Casa do Empreendedor fica na Avenida Brasil, 1.354 - Fone: (45) 2105-1469

Banco do Empreendedor

A Casa do Empreendedor também abriga o Banco do Empreendedor – antigo Banco Social, fruto de convênio com o Governo do Estado –, que tem como gestor a Agência de Fomento do Paraná. São oferecidas linhas de crédito para a produção de capital de giro e investimento em capital fixo, além de ter uma metodologia específica que é a concessão assistida do crédito, desempenhada pela pessoa do agente de crédito. Este visita o empreendimento, faz uma avaliação das necessidades, das condições do estabelecimento e das possibilidades de pagamento antes da liberação do crédito. Desde que foi criado, o programa beneficiou mais de 2.300 pessoas e gerou uma expectativa de 1.012 novos postos de trabalho. Movimentou valores superiores a R$ 2,2 milhões em Foz. Há linhas de crédito também para empresas de pequeno porte; para detentores de concessões de táxis; entre outros.


Revista ACIFI | 39


DE SONHO A REALIDADE

OMOIRU

40 | Revista ACIFI

C

om as obras em andamento, o Omoiru já saiu do chão e está tornando-se realidade. A intenção da ACIFI é fazer do empreendimento, que dará espaço à nova sede, um complexo administrativo mais moderno e, de quebra, construir um prédio residencial de ótima localização, com fácil acesso ao centro e tranquilidade de morar em um espaço bem planejado. O edifício foi pensado para oferecer conforto, segurança, lazer em família, e vem com uma linguagem moderna, visando ao baixo custo de condomínio. O projeto reserva espaços exclusivos para proporcionar momentos de descontração, como playground, salão de festas e espaço gourmet.

Com o intuito de apresentar uma construção com traços contemporâneos e materiais nobres, o arquiteto Leandro Costa, do escritório Costa, Fizinus & Schimitt, explica que o projeto explora diferentes tipos de elementos e brinca com volumes e composições com objetos que seguem uma mesma linguagem e se complementam. As fachadas trazem materiais duráveis e de custo intermediário, de fácil manutenção. Na volumetria, “propomos elementos retos e fechados, com a intenção de ‘alongar’ o edifício, e criamos sacadas maiores e menores com a intenção de gerar um movimento de elementos”, complementa o arquiteto. Duas tiras verticais com pele de vidro dão nobreza à torre, e as fachadas principais são voltadas para o Norte e o Sul, assegurando melhor conforto térmico aos apartamentos. Na opinião de Leandro, o Omoiru tem duas características marcantes; a primeira diz respeito ao associativismo: “A iniciativa da ACIFI e a união de um grupo de empresários em tornar esse sonho realidade”, elogia. Outro ponto forte está no projeto arquitetônico de permitir que a obra se mantenha atual e sem perder a proposta de qualidade de vida pelos próximos 20 anos.


Empreendimento coletivo Uma Sociedade de Propósito Específico gerencia o empreendimento, e a venda das cotas que dará direito aos imóveis viabilizará a construção. A SPE é uma associação, com CNPJ próprio, formada pelos investidores do projeto. A comercialização é baseada no conceito de obra pelo valor real, que funciona da seguinte maneira: todos que aderem são sócios da empresa e aportam capital para construir o prédio. No final, a SPE é extinta, e cada sócio leva sua parte em área construída. Isto é, a ACIFI fica com a sua sede, e os demais, cada um, com seu apartamento. Como todo o controle da obra está nas mãos dos investidores, a grande vantagem desse sistema é que a empresa contrata a construtora e compra os materiais diretamente, o que torna a construção mais econômica e ao alcance de todos. Imagens ilustrativas

Batizado com o nome de origem guarani que significa “associação”, o edifício de 20 andares terá 68 apartamentos de 114 m² a 138 m² de área total. Os apartamentos contarão com seis variações de planta disponíveis com opções de dois ou três dormitórios, sendo uma suíte. A Iguassu Construções segue um cronograma para entregar o edifício no fim de 2017 e terminar a sede da ACIFI no segundo semestre de 2015.

Revista ACIFI | 41


INDÚSTRIA

PRÊMIO SENSIBILIDADE RECONHECE O VALOR DE MULHERES E INICIATIVAS PARANAENSES

C

erca de 200 mulheres, integrantes de Conselhos Municipais da Mulher Empresária em todo o Paraná prestigiaram a entrega da primeira edição do Prêmio Sensibilidade no auditório Caio Amaral, no campus da indústria da FIEP, em Curitiba. A premiação foi promovida pelo CEME - Conselho Estadual da Mulher Empresária e marcou seus dez anos de atuação junto à FACIAP - Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná. O presidente da Federação Rainer Zielasko destacou o papel da mulher no associativismo. “A revolução que vemos hoje no mercado de trabalho deve-se à presença constante da força feminina em cargos de liderança e no associativismo”, afirmou. A presidente do CEME, Maria Salette Rodrigues de Melo, ressaltou a importância da constituição de Conselhos da Mulher nos municípios. “Com o associativismo, unimos forças e agregamos crescimento para a mulher empresária, galgando um mundo melhor. Os Conselhos da mulher são um marco para o desenvolvimento local”, disse.

Premiadas

Conheça a história dos projetos vencedores do Prêmio Sensibilidade: Núcleo da Mulher Empresária de Dois Vizinhos, com o projeto Econsciente - o projeto tem como finalidade diminuir o número de sacolas plásticas descartadas no meio ambiente, promovendo a preservação e a manutenção dos recursos naturais. Teve início em setembro de 2010 e já retirou das ruas mais de 12 milhões de sacolas plásticas, além de diminuir o volume de plástico de lixo no aterro sanitário de Dois Vizinhos. Associação Comercial e Industrial de Londrina (ACIL), com o projeto Nós do Poder Rosa - através de uma parceria inédita, em 2008, o conselho associou-se a quatro outras entidades da cidade, comandadas por mulheres, para formatar um evento em que candidatas a vereadoras e esposas de candidatos a prefeito seriam sabatinadas sobre as políticas públicas para mulheres. 42 | Revista ACIFI

O evento originou um movimento de enfrentamento à violência contra a mulher, o qual se transformou na organização com o nome vencedor. Hoje, são 30 entidades comandadas por mulheres, além de outros apoiadores. Associação Comercial e Empresarial de Maringá (ACIM), com o projeto Feira Ponta de Estoque - a ideia de realizar a ação surgiu em 1992, na gestão da até então presidente da ACIM, Maria Alice Pinatti. O objetivo foi fomentar o comércio em um período de baixas vendas, girando rapidamente os estoques. Associação Comercial e Empresarial de Quedas do Iguaçu, com o projeto Agosto Azul - a finalidade é a conscientização dos homens a cuidarem da sua saúde. Sendo assim, uma grande movimentação foi realizada no mês dedicado a ações preventivas da saúde.

Homenagens

Durante o evento, um dos grandes destaques foi a entrega de homenagens a grandes nomes do cenário político e social nacional e estadual. A senadora Gleisi Hoffmann, a primeira-dama do Estado do Paraná e secretária da Família e Desenvolvimento Social Fernanda Richa, a primeira-dama de Curitiba e presidente da Fundação de Ação Social (FAS) Marcia Fruet, a vice-prefeita de Curitiba e secretária Municipal do Trabalho e Emprego Mirian Gonçalves, a secretária Municipal Extraordinária da Mulher Roseli Isidoro e a jornalista Marilena Wolf de Mello Braga, que foi a primeira a editar o jornalismo político no Paraná, foram as eleitas pelo CEME como representantes da força da mulher do Paraná. A premiação, que marca os dez anos de existência do Conselho Estadual da Mulher Empresária, representa o reconhecimento do estado e destaca iniciativas que servem de inspiração e valorizam a contribuição da mulher ao associativismo.


Revista ACIFI | 43


COTIDIANO

QUALIDADE

COMPROVADA

A

ACIFI é certificada pela norma ISO 9001:2008 desde março de 2011. Um dos itens da política da qualidade ACIFI é a melhoria contínua, cujo foco é o aprimoramento dos seus processos administrativos. A satisfação do cliente e desenvolvimento dos colaboradores são outros itens fundamentais para a manutenção do sistema de gestão da qualidade. Manter a norma implementada ano a ano implica a realização de auditorias internas, auditorias externas e após dois anos a recertificação, obtida pela associação em novembro do ano passado.

Segundo a coordenadora operacional da ACIFI, Natalia Fuentes, a ISO 9001 é uma entre as normas da série de sistemas de gestão da qualidade e tem o papel primordial de alavancar o melhor da gestão de uma empresa ao permitir entender seus processos e melhorá-los continuamente. “A certificação fez toda a diferença, pois são poucas associações empresariais do Brasil que conquistaram a ISO”, exalta. A coordenadora acredita que a qualidade dos serviços oferecidos pela entidade tem a ver com o foco na melhoria contínua que envolve os procedimentos de ações corretivas, nos quais cada vez que surge um problema é investigada e eliminada a causa para evitar que ele volte a se repetir. Para verificar se o Sistema de Gestão da Qualidade está aplicado dentro dos requisitos da norma, colaboradores da entidade são treinados para desempenhar o papel de auditor interno. O auditor líder do I (Instituto Tecnológico de Avaliação e Certificação da Conformidade) (ITAC), Fábio Barbosa, explica que a cada dois meses os auditores internos avaliam os procedimentos que envolvem os demais funcionários, organização e satisfação do cliente, que no caso da ACIFI são os associados. Ele acredita que o aprimoramento da qualidade dos serviços oferecidos pela entidade é a razão pela qual as auditorias são realizadas, pois, os resultados desse trabalho são úteis na identificação e implementação de oportunidades de melhorias.

44 | Revista ACIFI

Natalia Fuentes, gestora da qualidade na ACIFI


Sprinter

Sprinter

Pós Vendas Peças e Serviços

Pneus Michelin Novos Serviço de Recapagem Serviço de Truck Center

Matriz: Foz do Iguaçu (45) 3520-1313

Filiais: Cascavel (Pneus) - (45) 3225-7739 | Marechal Cândido Rondon - (45) 3254-2916 | Medianeira - (45) 3264-5588 | Medianeira (Recapadora) - (45) 3264-0101 Toledo (Pneus) - (45) 3278-8282

Revista ACIFI | 45


CODEFOZ

Caminhos para o desenvolvimento sociedade aprova diagnóstico de plano que reforça importância do turismo e da logística para Foz do iguaçu

Carlos Águedo nagel paiva - Foto marcos Labanca

r

epresentantes da sociedade completaram mais uma etapa do Conselho de Desenvolvimento Econômico e social de Foz do iguaçu na definição dos caminhos para o crescimento iguaçuense com vistas para 2040. integrantes de organizações públicas e privadas aprovaram, por unanimidade, o “diagnóstico” do plano de Desenvolvimento Econômico (pDE) para a cidade, em plenária lotada realizada no fim de abril.

as atividades propulsivas são aquelas que injetam dinheiro na economia, gerando renda primária, e conectam uma região com o seu exterior. Elas são especializadas e próprias da localidade. a cadeia do turismo, por exemplo, não produz só serviços de hotelaria ou refeições. “o turista demanda táxi, aluga carros, faz compras na farmácia, vai ao cabeleireiro, faz compras no comércio local”, explicou paiva.

o documento consiste no reconhecimento da hierarquia entre as cadeias produtivas responsáveis pela dinâmica econômica do município. o estudo aponta quatro pilares: o turismo e a logística como as principais molas propulsoras da economia iguaçuense. a terceira coluna é a união da educação e da ciência e tecnologia. o quarto alicerce é a saúde.

Caminhos – a análise tomou como base vários indicadores econômicos, entre eles o quadro do emprego formal a partir da relação anual de informações sociais (rais) e do último censo do instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (iBGE). segundo paiva, a pergunta a ser debatida pela sociedade é: as atividades propulsivas atuais apresentam potencial de crescimento significativo? E a resposta é: sem dúvida.

o estudo foi encomendado pelo Codefoz ao professor Carlos Águedo nagel paiva, pesquisador da Fundação de Economia e Estatística da Universidade de santa Cruz do sul. a pesquisa foi contratada com recursos da secretaria municipal do Trabalho, Desenvolvimento socioeconômico, indústria e Comércio e apresenta um compêndio de dados e análises em 74 páginas. 46 | Revista ACIFI

para ele, os quatro pilares são subexplorados. o turismo, por exemplo, precisa aumentar o tempo de estada do visitante. Esse é o padrão de menor custo (financeiro e ambiental) e maior retorno para a cidade. se o turismo e a logística respondem por mais da metade dos empregos locais e o número médio de permanência


é de três dias, a ampliação em 50% desse tempo envolveria aumento de 25% no emprego e na renda do município. Próximas etapas – A análise do diagnóstico mobilizou os membros das 14 câmaras técnicas e do plenário, além de envolver outros setores da sociedade não ligados diretamente ao colegiado. Validado o documento, começa o trabalho para definir políticas públicas, ações estratégicas, orçamentos, origem de recursos e prazos. O estudo será o balizador das estratégias de desenvolvimento econômico e social da cidade. Essa etapa vai mobilizar novamente as câmaras técnicas e o plenário do Codefoz, bem como outros segmentos da comunidade, com o objetivo de colocar as propostas em prática. “O PDE não está pronto. Na fase atual validamos o diagnóstico, que buscou identificar e hierarquizar as cadeias propulsivas, que trazem a renda primária para o município”, completou Paiva. Para o presidente do Codefoz, Danilo Vendruscolo, a sociedade e o estado, a partir de agora, precisam trabalhar os dados eco-

nômicos apresentados pelo pesquisador. “É um belíssimo trabalho, conteúdo muito claro, de fácil entendimento, com leitura obrigatória para todo cidadão interessado no crescimento de Foz do Iguaçu. Cabe a nós definirmos a direção onde queremos ir”, resumiu o empresário. Foz 2040 – O planejamento do Codefoz prevê a realização de quatro grandes etapas para reunir subsídios para compor um documento que apontará a cidade sonhada para 2040. Uma das fases já foi concluída em 2013. Trata-se da elaboração e inserção de 24 propostas no Plano Plurianual do Município (PPA). Todas as sugestões do conselho foram aprovadas pela prefeitura e pela Câmara Municipal. O segundo passo é justamente o Plano de Desenvolvimento Econômico, que continua em discussão. A terceira etapa é o Projeto Beira Foz, cuja primeira fase compreende a revitalização e iluminação da Ponte da Amizade. Os projetos executivos para a revitalização e iluminação da ponte foram concluídos. Atualmente, as obras estão em fase da licitação pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes.

Por fim, a quarta fase consiste na revisão do Plano Diretor Municipal. Essa será uma etapa que exigirá uma ampla consulta aos diversos setores da sociedade, por meio de metodologia específica, e que será fundamental para garantir a execução adequada das estratégias de desenvolvimento de Foz do Iguaçu. O que é o Codefoz – O Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social de Foz do Iguaçu foi criado em novembro 2012 com o objetivo de unir organizações públicas e privadas em torno de projetos e ideias que promovam o desenvolvimento sustentável da cidade e seu entorno. Sua atuação tem como princípios a ética, a união, o consenso, a continuidade, o engajamento social e o suprapartidarismo.

Canais de contato: www.codefoz.org.br www.facebook.com/codefoz (45) 2105-8134 e 2105-8136 secretaria@codefoz.org.br

Danilo Vendruscolo, presidente do Codefoz - Foto Marcos Labanca Revista ACIFI | 47


PESQUISA

FOZ DO IGUAÇU EM NÚMEROS Uma pesquisa inédita encomendada pela RPC TV ao Instituto Ipsos Marplan fez o mapeamento das vocações econômicas de Foz do Iguaçu que, além de entender o comportamento demográfico da população, mostra também como essas pessoas consomem, como tomam suas decisões no momento da compra e o que desejam consumir.

U

m estado que oferece uma diversidade de oportunidades de negócios. Assim pode ser definido o Paraná, após o resultado da primeira pesquisa encomendada pela RPC TV ao Instituto Ipsos Marplan. Para conhecer melhor o perfil de hábito e comportamento dos consumidores foi feito um mapeamento das vocações econômicas das dez principais cidades do Paraná, entre elas Foz do Iguaçu. “Identificar as oportunidades e quem são esses consumidores que moram no Paraná, pode ser determinante para o sucesso de uma campanha ou de um novo negócio”, afirma Daniel Michelazzo, gerente-geral da RPC TV em Foz do Iguaçu. O objetivo, segundo ele, ao realizar a pesquisa é fornecer uma base ampla de informações por meio de parcerias com entidades como a ACIFI. “A pesquisa não foi feita para ficar com a gente, queremos compartilhar e a associação irá publicar nesta e nas próximas edições da Revista ACIFI, dados que poderão ser de grande utilidade para abertura de um novo negócio ou expansão dos já existentes”, acrescenta.

Informações estratégicas

A pesquisa oferece dados atualizados e confiáveis para que o empresário tenha informações seguras das oportunidades de negócios. Para Marcos Franco, diretor de Marketing da RPC TV, os resultados já 48 | Revista ACIFI

apontam oportunidades em vários segmentos da economia a serem explorados. Além dos perfis de consumo, o levantamento traz dados socioeconômicos e culturais e revela que Foz do Iguaçu não segue os mesmos comportamentos identificados nas demais cidades. No relatório, 29% da população afirma que utiliza a internet como fonte de informação para compra, no entanto, a pesquisa on-line de preços não significa necessariamente a efetivação das vendas. O relatório indica que, apenas 12% das pessoas que acessaram a internet nos últimos 30 dias, efetuaram compras neste canal. Outra constatação é que as mulheres têm apenas 53% de participação nas decisões das empresas, é o menor índice do Estado; e 10% dos entrevistados declaram não ter nenhuma religião. “Nesse contexto fica evidente que Foz possui características singulares e não há um comportamento padrão”, avalia. O executivo aponta que a grande lição é que Foz do Iguaçu deve descobrir o seu próprio perfil. “Primeiramente é necessário saber que esses dados significam, depois de identificar quem são e o que esperam esses consumidores é essencial procurar meios para se conectar melhor com eles daqui para frente”, avalia Marcos.


O QUE É O INSTITUTO IPSOS MARPLAN? O Instituto Ipsos Marplan é a terceira maior empresa de pesquisa e inteligência de mercado do mundo. Fundado na França em 1975, conta hoje com 16 mil funcionários e está presente em 85 países. Sua pesquisa é amplamente reconhecida pelo mercado publicitário e chegou à 50ª edição em 2013. Os estudos Marplan fornecem o perfil e comportamento de vários segmentos e regiões inclusive de Foz do Iguaçu, reunindo informações que permitem que as empresas se conectem melhor com seus públicos e mercados. POPULAÇÃO TOTAL

• Para levantar as informações, os entrevistadores da Ipsos percorrem vários quilômetros em busca de pessoas que queiram compartilhar seu comportamento, opiniões e estilo de vida; • Todas as entrevistas são realizadas na casa do entrevistado e só maiores de 10 anos estão aptos a responder o questionário; • Algumas perguntas específicas, como bebidas alcóolicas e produtos financeiros podem ser respondidas somente por maiores de 24 anos; • Em todas as entrevistas com menores de 14 anos, é obrigatória a presença ou autorização por escrito dos pais ou responsáveis; • Para chegar ao número exato da população que irá representar aquele mercado, são utilizados dados do censo do IBGE e duas técnicas de amostragem: a Probabilística e a Dirigida. A combinação dessas duas técnicas permite compreender um volume maior de indivíduos, com maior poder aquisitivo, de forma a conseguir extrair informações mais detalhadas. Na amostra probabilística, todas as pessoas tem chance calculável de pertencerem à amostra, ela é composta por três etapas:

CIDADE DE FOZ DO IGUAÇU FAIXA ETÁRIA 4 a 9 anos

14%

10 a 19 anos

18%

20 a 29 anos

15%

30 a 49 anos

31% 20%

50+

COMO A PESQUISA É APLICADA?

SEXO

Feminino

51%

Masculino

49%

CLASSE SOCIAL Classe AB

39%

Classe C

54%

Classe DE

7%

1 – É realizado o sorteio censitário da área geográfica. 2 – Seleção do domicilio. Nessa etapa, o entrevistador deve percorrer cada quarteirão no sentido horário do relógio. Essa é uma regra de âmbito nacional para o uso de setores censitários. Os domicílios são selecionados através de critérios de amostragem, garantindo que todos tenham a mesma chance de serem selecionados. 3 - Nesta última etapa, o entrevistador precisa saber o sexo e a idade de todas as pessoas que residem no domicilio. Estes dados serão anotados na primeira página do questionário e então é feito um sorteio. O questionário é composto por perguntas relacionadas á mídia: dados demográficos e posse de bens: consumo / uso de produtos e serviços; hábitos de lazer, comportamento estilo de vida e cesta de gastos. O mesmo entrevistado responde a todas as questões, o que é chamado Single Source, que significa Fonte Única. O questionário foi elaborado de forma a deixar o entrevistado confortável. Com as informações colhidas, 20% do material gerado por cada entrevistador, é checado mediante revisita aos entrevistados. Todos os dados são auditados pelo sistema de processamento adotado pela Ipsos para que as entidades, organizações e associações tenham em mãos um estudo que é referência no mercado, que proporciona entendimento e a compreensão dos hábitos e comportamentos do Iguaçuense e dos Paranaenses.

CONSUMO PER CAPITA 1.293.468

ÍNDICE DE POTENCIAL DE CONSUMO 0,14

PERFIL DA CIDADE - ESCOLARIDADE Escolaridade Foz do Iguaçu Analfabetos Ensino Fundamental Ensino Médio Ensino Superior

Comparativo Demais Cidades 4% 43% 34% 19%

4% 46% 34% 16% Revista ACIFI | 49


39%

AB

54%

C

7%

DE

CLASSES ECONÔMICAS As classes A e B são responsáveis por 70% do potencial de consumo da cidade de Foz do Iguaçu. Isso corresponde a R$ 3 bi. A classe C possui cerca de 120 mil pessoas e corresponde a 26% do potencial do consumo total, ou seja, R$ 1 bi.

PERFIL DA CIDADE – DADOS DEMOGRÁFICOS

( )

Tem uma remuneração maior

( )

Aplicam mais o dinheiro que ganham

( )

Possuem mais cartão de compra de lojas

( )

Comprou em farmácias

( )

Fez compras em Super/Hiper

( )

Fez compras em Shopping ou Lojas Depto.

( )

É mais cuidadoso com o dinheiro

50 | Revista ACIFI

R$ 84 milhões/ano só com medicamentos

R$ 305 milhões/ano com itens para consumo no lar

R$ 118 milhões/ano só em sapatos e vestuário


Multimarcas

Estofados Cama Box e Colchões Salas de Jantar Decorações

Agende uma Visita 0

Fabricação Própria Móveis Sob medida Comercial e Residencial

Revista ACIFI | 51


INDÚSTRIA

MADE IN FOZ

A indústria têxtil e de confecções iguaçuense caminha em direção a um novo momento, em que os empresários trabalham de maneira conjunta para alavancar o setor

C

onsolidar Foz do Iguaçu como polo competitivo na indústria têxtil é o grande desafio do Núcleo das Indústrias de Confecções. Um grupo de empresas descobriu no Programa Empreender, desenvolvido pela ACIFI, o parceiro ideal para que todas possam crescer juntas. Em atividade há menos de um ano, o núcleo surgiu da união de empresários do setor com o objetivo de tornar seus negócios mais promissores. Na verdade, esse era o propósito inicial, porque logo que começaram os encontros e as trocas de informações eles perceberam que teriam muito mais a ganhar com a atuação conjunta. Uma das prioridades deles no momento é a criação do Polo Têxtil. Esse projeto visa a dar estabilidade para o segmento industrial, da mesma forma como é explorado atualmente nas cidades de Cianorte, Apucarana e Maringá, por exemplo.

Para isso, eles contam com o apoio da ACIFI e do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social de Foz do Iguaçu (Codefoz) e dispõem de recursos municipais para crescer, isso porque estão inseridos no Plano Plurianual (PPA) do município com montante de R$ 720 mil, até 2017, para alavancar o setor. Para a utilização da verba é necessária a elaboração de um projeto específico ao desenvolvimento do segmento. Se for aprovado pela plenária do conselho, o projeto será remetido ao Poder Executivo; e, se for acatado, os recursos ficam disponíveis. Um diagnóstico feito pelo Programa Empreender – com base em informações fornecidas pelas empresas participantes – mostra os processos de gestão das indústrias, o perfil organizacional do grupo, a administração comercial e financeira. A partir dessa ação, será elaborado um 52 | Revista ACIFI

estudo socioeconômico para indicar caminhos para que a indústria têxtil e de confecções iguaçuense aproveite o potencial turístico existente. De acordo com o empresário David Carvalho, traçar estratégias para atrair os 4,5 milhões de turistas que vêm a Foz do Iguaçu todos os anos pode contribuir para o crescimento do setor. “Hoje ninguém vem a Foz pensando em comprar roupas, mas queremos nos estruturar a ponto de criar essa identidade e uma rota obrigatória para que os turistas conheçam o que é produzido em Foz e levem nossos produtos”, argumenta. Ele acrescenta que “a união das empresas do setor, por meio do Programa Empreender da ACIFI, dá muito mais força às iniciativas e às metas que estamos propondo a atingir”.

Perfil do setor

A pluralidade da cadeia fashion vai de uniformes escolares, corporativos e roupas sob medida à moda evangélica. Também há confecções em malha, fardamentos, modas pet, íntima e praia, camisolas, cortinas, colchas, confecções esportivas e enxovais para bebê. Considerando as 12 empresas integrantes do núcleo, trata-se de um negócio que emprega em torno de 160 trabalhadores. O diagnóstico indica que 15% delas têm até um ano de existência; 23% têm entre dois e cinco anos de mercado; e 46% têm acima de cinco anos de atividade. A conclusão do relatório é que a indústria iguaçuense possui um grande potencial e pode, com a atuação conjunta, superar problemas como a baixa produtividade, a falta de planejamento e de controles gerenciais, e aumentar o poder de negociação nas compras de matéria-prima e na qualificação dos trabalhadores.


Moda bebê de Terra Roxa é exemplo de sucesso

U

ma empresa com mais de 4.500 clientes por todo o Brasil começou com uma única máquina de costura e a iniciativa e coragem de Eugênio e Celma Rossato. A convite do Núcleo de Confecções, o casal esteve em Foz para falar do Arranjo Produtivo Local (APL), que transformou a cidade de Terra Roxa em referência na moda bebê no Paraná e numa das principais do país. Aos 17 anos, grávida do primeiro filho, Celma bordou o enxoval do bebê na máquina de costura que tinha em casa. Ao ver que possuía talento, começou a vender de porta em porta, deixando amostras e reunindo gestantes da pequena cidade. Os clientes foram multiplicando-se, e

assim nasceu a Paraíso Moda Bebê, uma das principais confecções do setor. Mais de duas décadas depois, a empresa conta com cerca de mil funcionários diretos e indiretos. O negócio da moda bebê se espalhou pela cidade, e hoje o município ostenta o título de capital do segmento com peças em tamanhos para recém-nascidos e crianças até 3 anos. Quanto ao vertiginoso crescimento, o empresário atribui o sucesso à união dos empresários. “Somos todos parceiros, mas para a cidade crescer e se desenvolver ainda mais, estamos buscando mais incentivos para a qualificação da mão de obra e também na própria infraestrutura de Terra Roxa”, afirmou Eugênio. Revista ACIFI | 53


PROGRAMA EMREENDER

IGUAÇUENSES NAS MAIORES FEIRAS INDUSTRIAIS DO MUNDO GRUPO DE EMPRESÁRIOS DO NÚCLEO DE METALÚRGICAS DA ACIFI PARTICIPOU DAS FEIRAS DE HANNOVER MESSE E TUBE DE INDÚSTRIA E EQUIPAMENTOS, EM DÜSSELDORF

T

odas as novidades possíveis existentes no setor de metalurgia foram conferidas por um grupo de nove empresários iguaçuenses durante a missão à Alemanha, no início de abril. Hannover e Düsseldorf estiveram na agenda dos integrantes do Núcleo de Metalúrgicas do Programa Empreender, desenvolvido pela ACIFI. A animação foi contagiante desde o embarque em Foz do Iguaçu, no dia 6 de abril, até a participação nas duas maiores feiras promovidas no segmento de metal-mecânica. A feira de Hannover Messe é realizada anualmente e, neste ano, teve como tema principal “uma nova tecnologia em primeiro lugar!”, incentivo às jovens empresas inovadoras. Os empresários cumpriram uma verdadeira maratona para visitar os sete eventos programados para a Hannover Messe 2014: Automação Industrial, Energia, MobiliTec, Fábrica Digital, Abastecimento Industrial, IndustrialGreenTec, e Pesquisa e Tecnologia. Os números de Hannover Messe são gigantescos. Mais de seis mil expositores distribuídos em 236 mil metros quadrados de área, conferindo-lhe o título de maior feira industrial do mundo. A estimativa era receber mais de 200 mil visitantes. 54 | Revista ACIFI

O segundo evento programado para a missão empresarial foi a Tube de Indústria e Equipamentos, em Düsseldorf. Essa é a feira internacional mais importante para todos que trabalham, produzem ou utilizam tubos e fios. Durante dois dias, 10 e 11 de abril, os empresários puderam conferir as novas tendências, tecnologias e inovações que trazem melhorias e desenvolvimento para o setor, com exposições de produtos e serviços relacionados com máquinas de arame, cabos e fibra óptica, produção e comercialização, e tecnologias de fabricação e transformação. Para os integrantes do núcleo, a participação na feira foi uma oportunidade única de conhecer novas tecnologias, novos materiais, buscar parcerias e expandir os negócios. O grupo contou com o apoio da ACIFI, da CACB (Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil) e do Sebrae – Obra Nota 10. No ano passado, o Núcleo de Metalúrgicas de Foz foi um dos 94 projetos selecionados em todo o país no Programa Empreender Competitivo, promovido pela CACB em parceria com o Sebrae.


Janelas | Portas | Boxes | Fachadas

Soluções em Esquadria de Alumínio e Vidro Rua David Muffato, 529 Jardim Comercial das Bandeiras Foz do Iguaçu - PR, 85864-380 Revista ACIFI | 55


Turismo

A CIDADE DOS EVENTOS O Destino Iguaçu tem demonstrado seu potencial na captação e realização de congressos, feiras, entre outros, destacando-se no setor

É

pouco provável que alguém tenha deixado de ouvir sobre Foz do Iguaçu e seus atrativos, isso mesmo em outros países pelo mundo. Mas vivenciar essas belezas, conhecer um dos mais espetaculares cenários da natureza (Cataratas do Iguaçu) e comprovar a magnitude de uma das maiores obras feitas pelo homem (Itaipu Binacional) ainda podem ser novidade para alguns. Nos últimos anos, a cidade vem especializando-se em conquistar, cada vez mais, um público que é apontado pela Embratur como um dos mais rentáveis para as economias locais: o turista de negócios. A cidade está estrategicamente localizada entre dois países e tem diversos atrativos naturais e culturais, além de uma infraestrutura propícia para a realização de eventos dos mais diferentes tipos. Com essa vocação, já são realizados aproximadamente 600 eventos por ano, quase dois ao dia. Os destaques ficam com os setores médico, científico, tecnológico, industrial, educacional, esportivo e de agrobusiness. Mesmo sendo uma cidade de médio porte, Foz do Iguaçu já desbancou verdadeiros gigantes em captação. Aliando seus atrativos a uma moderna infraestrutura e a uma consistente política de apoio ao setor, o município vem ganhando espaço a cada ano. Foz do Iguaçu possui um centro de convenções e aproximadamente dez hotéis considerados ideais para receber eventos, o que soma mais de 85 mil m² e a transforma em um destino propício para receber feiras, congressos, seminários, entre outros, de pequeno, médio e grande porte. Com essa infraestrutura bem dimensionada, a cidade foi profissionalizando-se e já possui uma variada gama de profissionais e empresas prestadoras de serviços para o segmento. São equipamentos da mais alta qualidade e tecnologia de ponta, desde iluminação

56 | Revista ACIFI

e projeção, sonorização, móveis e montagem de estandes até boas opções em empresas organizadoras de eventos, fundamentais para garantir o sucesso de cada um deles.

Visibilidade

De acordo com o último ranking da International Congress and Convention Association (ICCA), entidade que classifica as cidades e países que mais recebem eventos internacionais, Foz está entre os cinco municípios brasileiros mais procurados. Um dos fatores que contribuem para essa colocação é a sua localização privilegiada na América Latina, proporcionando mais facilidade para o público do continente participar, além do seu excelente parque hoteleiro. O trabalho especializado desenvolvido pelo Iguassu Convention & Visitors Bureau (ICVB) também é responsável por essa colocação de destaque. Em 2014, o ICVB decidiu investir mais no segmento e ampliar o foco na captação de eventos. Com essa intenção, a entidade desenvolveu e implantou a Política de Apoio a Eventos, um conjunto de regras que determina as ações de apoio desenvolvidas pelo instituto na captação, promoção e realização de congressos, feiras, seminários, entre outros, incentivando profissionais e priorizando eventos de maior interesse para a região. Com a criação dessa política, cada entidade, mantenedores associados e representantes de empresas recebem tratamento igualitário e com critérios claros, o que facilita e padroniza o trabalho junto aos responsáveis pelas escolhas das cidades sedes dos eventos. A atitude do ICVB gera uma aproximação maior com as entidades promotoras e empresas organizadoras, e dá transparência a um processo que pode ser classificado com um “namoro” entre Foz do Iguaçu e o evento. Dessa forma, o instituto ajuda a consolidar a cidade como sede de importantes feiras ou congressos, por exemplo, que movimentam toda a economia da região.


NĂşcleo

de

MetalĂşrgicas

Entre em contato pelo telefon: 45

3521.3330

Revista ACIFI | 57


CIRCUITO

& Bar

Negócios para Elas O Conselho da Mulher Empresária e Executiva da ACIFI assinou o Bar & Negócios para Elas. Em sua segunda edição, o evento reuniu convidadas para assistir à apresentação da consultora Rosi Neto. Em sua palestra, ela falou sobre coaching, o comportamento ao trabalhar com maridos ou filhos, e a importância de se posicionar diante dos desafios que aparecem no dia a dia de quem assume múltiplas tarefas. A noite também marcou a posse de Graci Braga na coordenação do conselho, cargo ocupado pela empresária Val Baranoski.

Val Baranoski, Roni Temp e Graci Braga

Empresárias que compõem o Conselho da Mulher Empresária e Executiva da ACIFI

Maria Goreti Azevedo e Célia Rosa 58 | Revista ACIFI

Cintia Guareschi e Beloni Araldi


Empresárias de Misiones, Posadas e Puerto Iguazú marcaram presença no evento

Lucimara Cassanego, Marcia Sandi e Maria da Glória Pinheiro

Dimas Bragagnolo e Célia Rosa homenageiam Val Baranoski

Val Baranoski e Gloria Marquetti

Tania Mara, Maria Helena Torraca, Lucilene Dandolini, Ligia Pagan, Roni Temp e Val Baranoski

Tania Mara, Magda Carvalho e Isabel Cavalli

Revista ACIFI | 59


COTIDIANO

EMPRESÁRIOS FAZEM CORO EM BRASÍLIA

A

FACIAP promoveu um encontro com deputados federais da bancada paranaense, em Brasília, para os quase 100 integrantes da caravana empresarial participante do Fórum CACB realizado em abril. Representantes de diversas regiões do Paraná, entre eles, o presidente da ACIFI, Roni Temp, conversaram com Alex Canziani, Dilceu Sperafico, Eduardo Sciarra, Osmar Serraglio e Alfredo Kaefer. O ponto alto da reunião foi a entrega da carta, em nome das Associações Comerciais filiadas à FACIAP,

solicitando itens denominados como essenciais para a melhoria do setor produtivo. Na avaliação dos dirigentes, um dos principais problemas está relacionado à infraestrutura e reduz muito a competitividade dos empresários paranaenses. Entre as principais queixas estão o Porto de Paranaguá, que continua com um tempo de espera muito grande, e as rodovias que mesmo pedagiadas não estão duplicadas em sua totalidade. Outro tema foi a urgente simplificação da carga tributária.

Publicidade de caráter institucional de acordo com Conselho de Ética e conforme Resolução 94/2000 do Conselho Federal da OAB;

60 | Revista ACIFI


LIÇÕES DA ERA PÓS-DIGITAL

E

leito quatro vezes profissional do ano pelo Prêmio Caboré, um dos mais importantes da indústria da comunicação, Walter Longo construiu uma carreira bem-sucedida no mercado da comunicação e marketing . Pela segunda vez em Foz do Iguaçu em menos de seis meses, ele falou para um auditório com mais de 800 pessoas na abertura do Ciclo de Palestras 2014. O tema dessa vez foi sobre marketing pós-digital, expressão que, segundo ele, aplica-se a quando a tecnologia já faz parte do nosso dia a dia a ponto de não nos impressionarmos mais com o que ela é capaz de proporcionar. Do ponto de vista de Longo, o mundo nunca esteve tão complexo e tão competitivo e já não existe mais o mundo digital e o mundo real, por isso as marcas devem ser cada vez mais interativas. “Precisamos entender que cada consumidor está numa fase diferente de relacionamento com determinada marca ou produto, e isso exige uma abordagem distinta, em momentos distintos em cada caso”, propôs o consultor.

NÚMEROS POSITIVOS

E APROVADOS

A

ssociados reunidos no dia 23 de abril aprovaram por unanimidade a prestação de contas da ACIFI relativa ao exercício de 2013. Os presentes deram parecer favorável à aprovação feita pela auditoria independente. Paralelamente, o Conselho Fiscal da entidade também acompanhou todos os indicativos da análise financeira.

BRITO ALMEIDA E ADVOGADOS ASSOCIADOS Marcelo Ricardo Urizzi de Brito Almeida – OAB/PR 30.715 Cleverton Lordani – OAB/PR 33.798; Advogadas associadas: Márcia Gesiane da Silva – OAB/PR 46.678 Lilian Veridiane da Silva – OAB/PR 52.847 Alessandra Celant – OAB/PR 57.984

Telefone: 3027.5654 Revista ACIFI | 61


Economia

É PRECISO RECUPERAR A CREDIBILIDADE E A CONSISTÊNCIA DO TRIPÉ MACROECONÔMICO Para Eduardo Gianetti da Fonseca, governo Dilma criou tantas incertezas em relação às regras do jogo que se tornou temerário investir no país

A

economia brasileira está em queda livre, afirmou o economista Eduardo Gianetti da Fonseca ao falar no 1º Fórum CACB Mil sobre as saídas do Brasil. Ele produziu um resumo de informações e mostrou como a gestão econômica do País está sendo mal conduzida pelo governo. Mostrou as ambivalências de um governo estatizante que interfere negativamente nas duas maiores estatais: a Petrobrás e a Eletrobrás e enfatizou que o governo retira do setor privado brasileiro, 40% do PIB através da carga tributária e devolve, em investimentos, apenas 2,5%. Acrescentou que o país convive com excessiva carga tributária e péssima estrutura de tributos e impostos que pune mais do que incentiva as atividades como as de exportação, inovação tecnológica e de investimento produtivo. Para Gianetti, o Brasil não chegou ao ponto da Argentina ou da Venezuela, mas não está longe dos emergentes. Fez uma radiografia das causas dos problemas do país e disse que mesmo com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) a taxa de crescimento do país é mais baixa da história republicana de Floriano Peixoto e Collor de Mello: média de 2%. Sobre o câmbio, o economista afirmou que atualmente já não há entendimento. “Quando o câmbio ficou muito valorizado, o governo interviu e criou o IOF e outros impostos, restringiu a entrada de capitais, e disse que haveria comprometimento com o câmbio em certo patamar. Aí quando a inflação começou a incomodar, eles vêm e dizem que o câmbio volta a ser flutuante. Ninguém mais sabe como funciona o sistema cambial no Brasil.” O economista afirmou, ainda, que “a simplificação do sistema tributário é a primeiríssima medida que o Brasil precisa ter, mas para todos. Não

é mudando no caso a caso, negociando a cada ano se vai ter aquilo ou isso, desoneração ou não. Na cabeça do empresário, se não houver confiança e previsibilidade fica difícil emplacar recursos em projetos de longo prazo. Afinal, ele não sabe o que é que pode, ou não, estar valendo daqui a pouco”. (Fonte: Imprensa CACB)

Sollo Mimo, a mágica relação entre cuidado e carinho.

Fone: (45) 3027-1177 Rua Marechal Floriano Peixoto, 1161 Sala 4, Centro, Foz do Iguaçu - PR 62 | Revista ACIFI


Revista ACIFI | 63


DICAS

AS CONTAS NA PONTA DO LÁPIS Finanças é assunto para todo tipo de empreendimento. Confira sugestões para não se perder na contabilidade Contas a pagar e a receber Notas fiscais, recibos, contratos, despesas fixas ou variáveis. Todos os comprovantes devem ser contabilizados e fazer parte do seu caixa, registrados em um controle de contas a pagar e a receber.

Contas pessoais x contas da empresa Separe todas as contas a pagar e a receber da empresa daquelas que fazem parte da sua vida pessoal. Estipule sua remuneração (pro-labore), sem esquecer de considerá-la como custo da empresa.

Capital de giro Trata-se de um montante de recursos (dinheiro) disponível, exclusivamente, para a reposição de insumos e equipamentos para prestação de serviços. Quando necessário, procure as linhas de crédito que ofereçam as menores taxas de juros e monte um bom plano para restituir o valor o mais breve possível.

Margem de lucro Com base no cálculo dos custos fixos e custos variáveis, você consegue atribuir uma margem de lucro correta.

Concessão de crédito Conceda crédito aos seus clientes apenas mediante um bom cadastro, que deve ter, no mínimo, comprovante de renda, endereço documentos pessoais e referências.

Estoque O controle rigoroso de estoques permite a correta visualização de compras, giro de mercadorias e planejamento de produção.

64 | Revista ACIFI


Cálculo de descontos Não se esqueça! Para conceder descontos aos seus clientes. É necessário, antes, contemplá-los no cálculo de sua margem de lucro.

Controle de caixa Todas as movimentações de entrada e saída de recursos (dinheiro) precisam ser registradas no controle de caixa. Você pode registrar as entradas (créditos) e as saídas (débitos) em uma planilha, livros ou fichas.

Pró-labore Pró-labore é uma expressão latina que significa “pelo trabalho”. Na prática, podemos dizer que é o salário do dono ou sócio de um negócio. Uma remuneração pelo seu trabalho. O valor do pró-labore pode variar muito, mas sempre está diretamente relacionado ao mercado. Quanto ganham aqueles que fazem o mesmo que você em negócios similares? Compare.

Moda Íntima

e Praia

Fone: (45) 3028-7886

Rua Fagundes Varela, 230 - Vila Portes CEP 85865-250 - Foz do Iguaçu - PR paradise@paradisemodaintima.com.br paradiselingerie@hotmail.com Revista ACIFI | 65


NOVOS ASSOCIADOS ARMARINHOS, AVIAMENTOS E PRESENTES Exportadora Delux 3028-6370

Grampo Comunicação 3028-5304 Nova Comunicação 9923-9016

ARTIGOS DE PAPELARIA Maanaim Livraria Evangélica e Artigos para Presentes 3541-1224

DESENVOLVIMENTO, PROGRAMA E COMPUTADOR Eits Tecnologia da Informação 3576-7067

ATIVIDADES ESTÉTICAS Clínica de Saúde & Beleza 3523-4788

DESPACHANTE ADUANEIRO E-Customs 3025-4091

COMÉRCIO DE COMBUSTÍVEIS Jet Fly 3521-4283 CONDOMÍNIOS RESIDENCIAIS Condomínio Duque de Caxias 9923-3435 CONTABILIDADE Ideal Contabilidade 3525-0041 Contabilmais 3541-2215 COMÉRCIO DE VAREJOS,PEÇAS E ACESSÓRIOS Radiadores Ferrari 3522-3354 Stock Baterias 3029-4832 COMUNICAÇÃO Editora Diva 3025-3482

66 | Revista ACIFI

EMBALAGENS Embalagens Paraná 3528-7500 ESCOLA PROFISSIONALIZANTE Instituto Embelleze 3029-7737 FOTOCÓPIAS Procad 3574-5114 HOTEL Hotel Fênix 3029-5688 IMOBILIÁRIA NSA Investimentos 3025-7713 Dorta Assessoria Imobiliária 3027-3694 Vista Imóveis 3025-4333 INFORMÁTICA Virtual Eletrônicos 3029-0150

MÁRMORES E GRANITOS Evolução em Pedras 3528-0005

RESTAURANTE PS Restaurante 3522-3290

MATERIAIS PARA CONSTRUÇÃO CalForte Materiais de Construção 3029-7150

SERVIÇOS DE COMBINADOS DE ESCRITÓRIO E APOIO ADMINISTRATIVO Iguassu Coworking 3029-4132

MÓVEIS DM Móveis 3526-3816 Ideal Móveis 3027-1717 Simétrica Móveis e Design 3524-4528 PEÇAS E ACESSÓRIOS PARA VEÍCULOS Personale Acessórios 3528-7121 POÇOS DE ÁGUA Geoágua Poços Artesianos 3028-6103 PRODUTOS NUTRICIONAIS Nutrisul 3029-4600

SORVETES Eskimo Sorvetes 3541-3885 TELECOMUNICAÇÕES Netxan Telecomunicações 3523-1527 VESTUÁRIO, TECIDOS E ACESSÓRIOS QC Modas Atacado e Varejo 3541-0530 Carmem Bordados 9107-2730 VETERINÁRIAS Pequenos Amigos 3029-5959 Pet Brazil 3523-6868

PRODUTOS DE PERFUMARIA Alice Cosméticos 3572-7262 PROVEDOR DE INTERNET Netxan Serviços 3572-0038

Para conhecer as empresas já associadas acesse: www.acifi.org.br


Revista ACIFI | 67


Seu Mundo,

Sua Casa Colchões / Conjuntos de Jantar / Decorações / Planejados Av. República Argentina - Nº3003 - (45) 3027.1717 Facebook: idealmoveisdesign / www.blogideal.com.br / idealmoveis / Instagram: idealmoveisdesign

68 | Revista ACIFI


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.