Revista Terceira Edição

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REVISTA #03

CURSO DE MEDICINA CONQUISTA HISTÓRICA TRAZ DESENVOLVIMENTO PARA A ECONOMIA

LEGISLAÇÃO

Mudanças na Lei do Simples exigem atenção do empresário

CENTRO COMERCIAL A força do comércio e serviços na Av. República Argentina

FRONTEIRA

A discussão sobre os free shops está apenas começando Revista ACIFI | Página 1


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ÍNDICE 10

CONVENÇÃO

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ASSOCIADO ACIFI

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LEGISLAÇÃO

sAibA tuDo sobre o mAior evento empresAriAl Do pArAná, que está De voltA A foz Do iguAçu

Aos 48 Anos, A DifAl se reinventA pArA crescer AinDA mAis

empresários Devem estAr Atentos às muDAnçAs nA l ei Do simples

20 POR DENTRO DA LEI

colunA esclArece DúviDAs juríDicAs

38 PROGRAMA EMPREENDER

núcleo De l ivrAriAs e sebos tem pArticipAção estrAtégicA nA feirA Do l ivro

48

PESQUISA

54

CENTRO COMERCIAL

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ORIENTAÇÃO

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estuDo rpc tv e ipsos mArplAn revelA hábitos Do consumiDor iguAçuense com A sAúDe

com oito quilômetros De extensão, Av. repúblicA ArgentinA tem comércio e serviços DiversificADos e em expAnsão

DicAs pArA umA viDA finAnceirA sAuDável. quem liDA com o orçAmento De formA mAis orgAnizADA pensA Antes De gAstAr e não entrA em ArmADilhAs

POR QUE INVESTIR EM FOZ?

com museu De cerA e vAle Dos DinossAuros, DreAmlAnD AmpliA roteiro turístico

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ESPECIAL Os reflexOs que O cursO de Medicina na ecOnOMia de fOz dO iguaçu


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DIRETORIA DA ACIFI - GESTÃO 2014/2016 João Batista de Oliveira Presidente Célia Rosa Vice-Presidente

Revista ACIFI é uma publicação da Associação Comercial e Empresarial de Foz do Iguaçu. Distribuição gratuita. Correspondências, inclusive reclamações e sugestões de reportagens, devem ser enviadas à sede da associação ou pelo e-mail imprensa@acifi.org.br

Danilo Vendruscolo Segundo Vice-Presidente

Andréa David Jornalista Responsável MTB 3059

Marcio Marcon Diretor-Financeiro

Lucas Marcoviz Florão Publicidade e design

Rogério Soares Böhm Diretor-Administrativo

Alexandre Palmar Reportagem

Phelipe Mansur Diretor de Prestação de Serviços

Kiko Sierich Fotografia

Luciano Tita Diretor de Comunicação e Marketing

Douglas Furiatti Revisão

Rudney Lopes Vargas Diretor de Associativismo

Dimas Bragagnolo Diretor-Executivo

Faisal Mahmoud Ismail Diretor de Desenvolvimento Econômico e Social

Natalia Fuentes Coordenação Operacional

Mario Alberto Chaise de Camargo Diretor de Comércio Exterior

César Ferreira dos Santos Departamento Comercial

Beatriz Rodrigues Diretora de Comércio e Serviços

Colaboradores Carlos Gruber Neto, Hamilton Zambiancki Junior, Janaine Merchiori, Jean Paterno, Leandro Donatti, Marcela Weiller, Marina Delai e Suelen Bicicgo

Leandro Costa Diretor de Indústria, Infraestrutura e Logística CONSELHO DELIBERATIVO Roni Temp Presidente Conselheiros Walter Venson, Fábio Hauagge do Prado, Paulo Pulcinelli Filho, Carlos Silva, Valdirlei Baranoski, Joel de Lima, Kamal Osman, Manuele Fritzen, Djalma Fonseca, Altino Voltolini, Ana Cristina Nóbrega CONSELHO FISCAL Antonio Luiz Breda, Oscar Elmiro Canesso, Elias João Dandolini, Elizabeth Arrais Soares, Luiz Antônio de Lima, Amauri Nascimento

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Impressão Tuicial Tiragem 5 mil exemplares

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www.acifi.org.br

ACIFI – Associação Comercial e Empresarial de Foz do Iguaçu Rua Padre Montoya, 451 – Centro CEP: 85851-080 Central de Atendimento (45) 3521-3300 atendimento@acifi.org.br


PALAVRA

DO PRESIDENTE E

ste ano tivemos uma prova de que a sociedade iguaçuense consegue mobilizarse em torno de temas importantes. Felizmente foram ouvidos os clamores que pediam o curso de Medicina em Foz do Iguaçu, movimento no qual a ACIFI teve um importante papel. Foi um grande presente que a cidade recebeu no ano do seu centenário. Todos estão de parabéns. É preciso, agora, visão estratégica, estrutura adequada e qualidade de ensino para transformar o ensino médico da Unila num modelo de reconhecida excelência e que forme profissionais suficientemente preparados para exercer a profissão. Por acreditarmos que o curso vem contribuir de maneira muito significativa para a consolidação da saúde, como atividade propulsora de nossa economia, e também para a qualificação dos serviços médicos prestados à população, a terceira edição da Revista ACIFI dedica reportagem especial sobre o assunto. Pela característica que se pretende dar ao curso, com foco na humanização do médico e com uma abordagem integral do paciente, as expectativas são positivas. De acordo com o diagnóstico do plano de desenvolvimento econômico de Foz do Iguaçu, as principais atividades propulsoras de nossa economia são o turismo e a logística que, juntos, representam em torno de 54% da renda distribuída no município, seguidos da educação e da saúde, que tendem a se fortalecer ainda mais, tendo em vista que a cidade vem transformando-se em um polo educacional internacional, com grande e variada oferta de cursos de graduação e pós-graduação, além de atender à demanda de saúde pública de municípios da região lindeira ao Lago de Itaipu e dos países vizinhos. Importante lembrar também que, por meio do fomento em diversos setores da economia local, como o setor imobiliário e o comércio em geral, o fortalecimento do polo educacional diversifica a economia da nossa região atraindo cada vez mais investimentos em áreas complementares e também ligadas à educação, cultura e saúde, tornando-se de fato atividade propulsora do desenvolvimento local e regional, gerando emprego e renda. É fato que nos últimos anos a cidade avançou em diversas áreas, mas ainda é preciso encontrar soluções para uma série de gargalos que, hoje, atrapalham seu crescimento econômico e social. Dessa forma, esperamos ter nos governos e nas casas legislativas cada vez mais pessoas comprometidas com a coletividade, em detrimento dos interesses pessoais ou partidários. É fundamental manter viva essa mobilização e levá-la a outros temas. Assim como no Brasil, o momento é propício para que, também em nosso município, mobilizemo-nos para discutir seriamente questões fundamentais para que Foz do Iguaçu possa crescer em proporção ao seu imenso potencial.

João Batista de Oliveira, presidente da ACIFI

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Sicoob

COOPERATIVISMO

PARA AS FUTURAS GERAÇÕES

Trabalhando com alunos e professores técnicas educativas com base nos princípios cooperativistas, o Cooperjovem visa despertar nos estudantes consciência sobre cooperação e apresentar o cooperativismo como forma de organização socioeconômica.

A

semente do cooperativismo tem sido inserida constantemente no cotidiano das crianças e adolescentes de escolas municipais e particulares que compreendem a área de atuação do Sicoob Três Fronteiras. Até meados de setembro foram realizadas 23 palestras de educação cooperativista em oito escolas de Foz do Iguaçu e duas de Missal, para mais de 700 alunos; participação de mais de dois mil alunos do 3º e 5º ano no concurso cultural sobre cooperativismo; e cinco visitas de estudantes do 5º ano a agências das cidades de Foz e Matelândia.

Além das palestras, outro braço que tem auxiliado a disseminação do cooperativismo é o Expresso Instituto Sicoob. Equipado com 21 notebooks e acesso à internet, o ônibus oferece cursos que vão de noções de empregabilidade a cursos básicos de línguas, com duração mínima de quatro horas cada. A emissão dos certificados é feita na hora, desde que o aluno tire nota superior a 6 na avaliação final. No mês passado, o Expresso atendeu adolescentes que frequentam o Centro de Atenção Integral ao Adolescente (CAIA) em Foz do Iguaçu e alunos da Escola Cooperativa Passos Firmes e da Faculdade Fama, ambas de Matelândia. O ciclo de ações direcionadas às futuras gerações torna-se completo com o Cooperjovem, que desde o mês de abril capacita professores para trabalharem o cooperativismo de modo transversal em sala de aula. Estão envolvidos com o programa 61 professores de 32 escolas municipais de Foz, mais de quatro mil alunos e a Secretaria de Educação. “O Cooperjovem é uma iniciativa muito bacana que proporciona aos nossos professores e alunos uma proposta educacional voltada aos princípios, valores e práticas cooperativistas. O trabalho mobiliza toda comunidade escolar, inclusive os pais dos nossos alunos. São ações que comprometem a todos os envolvidos num processo de construção que resulta no estímulo da formação profissional, cooperação, voluntariado e solidariedade”, afirma a secretária de Educação de Foz do Iguaçu, Lisiane Veeck Sosa. Página 8 | Revista ACIFI

A aluna Larissa Carvalho de Oliveira, do 3º ano da Escola Municipal Oswaldo Cruz, conquistou o 2º lugar na categoria Desenho do concurso cultural

O Expresso Instituto Sicoob oferece cursos relacionados a empregabilidade para jovens e adolescentes de Foz e Matelândia


CONSÓRCIO, UMA OPÇÃO SEGURA E VANTAJOSA

O

consórcio pode ser citado como um bom exemplo de cooperativismo, afinal une pessoas com o desejo de conquistar um objetivo comum, seja ele a médio ou longo prazo.

Para que contemple de maneira justa todos os envolvidos, o consórcio precisa ser administrado por uma pessoa de natureza jurídica que seja responsável pela contribuição mensal dos participantes, pelos sorteios e lances. É aí que entra o Sicoob. Visando oferecer produtos seguros e vantajosos para seus associados, o maior sistema de crédito cooperativo do Brasil conta com uma administradora exclusiva para o Sicoob Paraná, e uma outra também no sistema nacional. É por isso que o Sicoob consegue oferecer taxas diferenciadas e atuar de forma consolidada nos segmentos de automóveis, motocicletas e imobiliário, com cartas de crédito que variam entre R$ 10 mil e R$ 250 mil.

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Faciap

XXIV CONVENÇÃO ANUAL DA FACIAP TRAZ COMO TEMA

“DESENVOLVER PARA GERAR EMPREGO E RENDA” Mais de 1,3 mil participantes são esperados para a 24ª edição do evento, em Foz do Iguaçu. Durante três dias, empresários e autoridades debaterão estratégias para gerar emprego e renda no estado

N

o próximo mês, será realizada mais uma Convenção Anual da Faciap (Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná), em Foz do Iguaçu. A 24ª edição está marcada para os dias 19, 20 e 21 de novembro, inaugurando o Centro de Eventos do Recanto Cataratas Thermas Resort & Convention.

Além das palestras programadas sobre o tema “Desenvolver para gerar Emprego e Renda”, a convenção é uma oportunidade única de networking com mais de 1.300 empresários e lideranças locais, vindas de todo o Paraná. São inúmeras possibilidades em um único local. “Esse não é considerado o maior evento empresarial do Paraná à toa. Teremos, neste ano, três dias de conhecimento que irão além do dia a dia do empresário”, destaca o presidente da Faciap, Rainer Zielasko. Segundo ele, o Paraná, apesar de apresentar bons dados relacionados a emprego e renda, ainda possui grandes disparidades se comparado com outros estados. “Por isso, a partir da programação especialmente preparada para o evento, queremos disseminar as Associações Comerciais como agentes transformadoras que podem tornar o nosso estado um exemplo de território desenvolvido”, completa.

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O congresso marcará o fim do mandato de Zielasko, que esteve à frente da federação por quatro anos. “Conseguimos, graças ao apoio e confiança depositados pelos associados em nossa diretoria, construir uma sólida base para o desenvolvimento de nosso sistema. Mas ainda há muitos desafios no Paraná que podem ser enfrentados, disseminando ações de desenvolvimento local, e é isso que vamos abordar na convenção estadual”, adianta o presidente. O TEMA No último ano, o Paraná obteve um dos melhores índices de crescimento do Brasil. O PIB (Produto Interno Bruto) cresceu 5%, acima da média nacional, representando a importância do setor produtivo. Porém há diversas áreas, como os Territórios da Cidadania, que ainda figuram entre os locais com IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) abaixo da média nacional e que necessitam de políticas de desenvolvimento local. Pensando nisso, a XXIV Convenção Faciap apresentará os desafios, as ações realizadas por diversas entidades paranaenses, como as componentes do G7 – grupo que congrega as sete maiores representantes do setor produtivo do estado –, e modelos de cooperação internacional como o desenvolvido pelo Instituto Garapén, no País Basco.


Destaques

O evento terá painéis técnicos para discutir assuntos como bureau de crédito, certificação digital, Junta Comercial, capacitações, comércio exterior, entre outros temas atuais de interesse do empresário. A Feira de Produtos e Serviços com os parceiros da Faciap, a ser realizada paralelamente às palestras, também trará soluções de maneira facilitada, especialmente para o micro e pequeno empresário.

Um destaque da convenção será a palestra magna do professor Clóvis de Barros Filho, com o tema “A vida que vale a pena ser vivida”. Ele é Ph.D. pela USP, Universidade de Navarra e Universidade de Sorbonne, consultor de ética da Unesco, professor da USP e FGV. Barros Filho também concedeu uma das melhores entrevistas da história do Programa do Jô, na Rede Globo.

As atrações musicais ficarão por conta do cantor Emmerson Nogueira, conhecido por sua inconfundível voz e por releituras marcantes de grandes clássicos da música, e da Banda Metrópole, de Maringá.

As inscrições estão abertas no www.faciap.org.br/convencao. No site, também estão disponíveis informações sobre reservas de hotéis.

CONFIRA A PROGRAMAÇÃO: 19/11/14

17h – Credenciamento 20h – Solenidade de abertura da XXIV Convenção Anual da Faciap Pronunciamento do presidente da Associação Comercial e Empresarial de Foz do Iguaçu (ACIFI), João Batista de Oliveira. Pronunciamento do presidente da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), José Paulo Dornelles Cairoli. Pronunciamento do presidente da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná (Faciap), Rainer Zielasko. Pronunciamento do prefeito de Foz do Iguaçu, Reni Pereira. Pronunciamento do governador do Paraná, Beto Richa. 21h30 – Coquetel de boas-vindas

20/11/14 9h – Credenciamento 9h30 – Solenidade de entrega do Prêmio MPE Brasil 10h30 – PAINEL: OS DESAFIOS PARA O DESENVOLVIMENTO PARANAENSE Presidente da mesa: João Paulo Koslovski – presidente da Ocepar Moderador: a confirmar (RIC) Palestrante: governador(a) eleito(a) do Paraná Debatedores: Rainer Zielasko – presidente da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná (Faciap) Edson Campagnolo – presidente da FIEP Darci Piana – presidente da Fecomércio Ágide Menegueti – presidente da FAEP Sérgio Malucelli – presidente da Fetranspar 12h30 – Almoço 14h – PAINEL: O LEGADO DAS ORGANIZAÇÕES PARA O DESENVOLVIMENTO PARANAENSE Presidente da Mesa: Carlos Alberto dos Santos – diretor-técnico do Sebrae Nacional Palestrantes: Rainer Zielasko – presidente da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná (Faciap) Marco Aurélio Borges de Almada Abreu – presidente do Bancoob Jefferson Nogaroli – presidente do Sicoob Paraná Manfred Dasenbrock – presidente do Sicredi Paraná Juraci Barbosa Sobrinho – presidente da Fomento Paraná Vitor Tioqueta – superintendente do Sebrae/PR Ardisson Naim Akel – presidente da Jucepar Revista ACIFI | Página 11


16h – PAINEL: DESENVOLVIMENTO COM COOPERAÇÃO INTERNACIONAL Presidente da mesa: Jorge Samek – diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional Palestrantes: Fernando Nebreda – presidente da Garapén – Associação das Agências de Desenvolvimento dos Países Bascos Tema: O Papel da Garapén na Articulação do Desenvolvimento Territorial Basco Iker Galparsoro – diretor da Agência Garapén na Província de Goieki Tema: O Papel das Empresas Propulsivas e a Inserção das MPEs na sua Cadeia Produtiva Ainara Basurko Gunea – diretora da Fundação Azaro (Lea-Artibaia) Tema: Pesquisa e Inovação e as MPEs Debatedores: Rainer Zielasko – presidente da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná (Faciap) Jefferson Nogaroli – presidente do Sicoob Central Paraná Mercedes Belloso – representante da Garapén América do Sul 19h – Encerramento das atividades do dia 20h30 – Jantar 22h30 – Baile – Banda Metrópole

21/11/14 9h – Painéis setoriais Painel 1 – Conselho Estadual da Mulher Empresária (CEME) Painel 2 – Conselho Estadual do Jovem Empresário (Conjove) Painel 3 – Instituto de Planejamento e Promoção do Comércio Exterior (Ippex) e Centro de Capacitação Painel 4 – Base Centralizadora da Faciap Painel 5 – Certificação Digital – “Uma Realidade sem Volta” Palestrante: Dr. Renato da Silveira Martini Diretor-presidente do ITI e secretário-executivo do Comitê Gestor da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira Painel 6 – Jucepar 11h – Prêmio Sebrae Mulher de Negócios 12h30 – Almoço 14h – Plenária: PALESTRA MAGNA: “A Vida que Vale a Pena ser Vivida” Palestrante: Dr. Professor Clóvis de Barros Filho – advogado, jornalista e professor universitário 15h30 – Assembleia-Geral Ordinária: aprovação de contas Gestão 2013-2014 16h30 – Eleição presidencial da Faciap – Gestão 2015-2016 17h – Palestra de encerramento (a confirmar) 20h30 – Jantar de encerramento * Show com Emmerson Nogueira * Baile com Banda Metrópole

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Difal expande atividades e amplia área de atuação Aos 48 anos, uma das mais antigas associadas da ACIFI agora é distribuidora de alimentos multimarcas Página 14 | Revista ACIFI

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fim do contrato de exclusividade com a Sadia foi uma bela força à Distribuidora de Frios Alvorada. Isso porque o know-how e credibilidade conquistados durante os 48 anos dedicados ao frigorífico agora são usados para a Difal expandir atividades com novos parceiros comerciais e ampliar sua área de atuação. Com uma trajetória bem-sucedida e uma carteira de 1,2 mil clientes ativos, os planos da empresa estão voltados para o mercado regional e importação de alimentos. Além da Sadia, outras marcas estão no portfolio da Difal, entre elas a Rezende – do Grupo JBS – e Aviko, líder mundial no mercado de batatas fritas refrigeradas. Em menos de quatro meses, a distribuidora aumentou sua área de cobertura de 41 para 46 municípios da região. “Já chegamos a Cascavel e Guaíra, mas temos fôlego para crescer ainda mais, estamos determinados, e nossa equipe está motivada”, comenta Flavia Boff, que dirige a empresa fundada pelo pai, Mário Boff, ao lado do sobrinho Gabriel. Ao cuidar da operação logística, ele é responsável por manter a boa reputação da Difal na entrega e atendimento. “Tivemos que fazer alguns ajustes, mas estamos confortáveis e confiantes com os desafios que temos pela frente”, afirma Gabriel.


Tudo começou em 1965, na Rua Rio Branco, centro de Foz do Iguaçu. Com o tempo, as antigas Kombis deram lugar a uma frota de dez caminhões refrigerados. Associada ACIFI desde janeiro de 1977, um dos serviços mais utilizados pela Difal foram as consultas ao Serviço de Proteção ao Crédito. Flavia Boff e Gabriel

Foz tem um grande potencial, e isso reflete diretamente no nosso negócio. Se a economia crescer, o ramo de alimentação cresce na mesma proporção Revista ACIFI | Página 15


Gestão de Pessoas

Dionéia Gonçalves é psicóloga clínica, life coaching e consultora de RH

Onde você está e aonde quer chegar?

Pergunte ao coach A

pesar de ser uma das profissões que mais crescem no mundo todo, o coaching ainda é uma incógnita para boa parte dos profissionais e das empresas. Uma pesquisa da consultoria global Lee Hecht Harrison DBM constatou que cerca de 70% das organizações brasileiras não possuem diretrizes claras, consistentes e abrangentes em seus processos de coaching. Mas, afinal, para que serve essa ferramenta e como ela pode ajudar a transformar o dia a dia dos profissionais e da organização?

Coaching é um processo que visa aumentar a performance de um indivíduo, equipe ou empresa, por meio de ferramentas e metodologias cientificamente testadas, melhorando os resultados positivos e potencializando o poder pessoal. A parceria que se estabelece entre o coach (profissional) e o coachee (cliente) está em busca do crescimento, aperfeiçoamento, felicidade, bem-estar e aprimoramento da qualidade de vida. Todo processo de coaching parte de um desejo de mudança. Quando bem aplicado, leva o profissional a buscar, nos entendimentos, alternativas e opções capazes de fazer com que ele amplie suas realizações e conquistas. Por meio das técnicas estabelecidas pelo coach, o cliente parte de um ponto presente em que ele está pouco satisfeito para um ponto outro a que ele deseja e sente vontade de chegar, ou seja, sai do momento atual rumo a uma situação futura de maneira focada, planejada e consciente. Com o coaching o indivíduo usa de suas próprias capacidades e potenciais para chegar aonde quer, superando limitações e receios. O coaching não é terapia nem consultoria, isso porque não trata aspec-

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tos emocionais ou psicológicos, ou seja, não aconselha nem diz o que fazer, não fornece soluções ou dá recomendações, práticas comuns na consultoria. O cliente irá achar soluções por meio do seu próprio desenvolvimento, amadurecimento e crescimento do que deseja transformar ou mudar. O método foca no que a pessoa quer, considerando quais são os valores e crenças, isto é, o que realmente é importante para ela e no que ela acredita. O processo ajuda a definir um plano de ação e avalia continuamente o nível de comprometimento e o desejo do que se quer. Existe o life coaching, que serve para quem quer romper limites pessoais, mudar de carreira, abrir um negócio, obter realizações pessoais, ganhar mais dinheiro, emagrecer, parar de fumar, passar em concursos ou vestibulares, encontrar um relacionamento amoroso, entre outras situações. No ambiente corporativo, o executive coaching promove mudanças positivas na qualidade de vida no trabalho ou entre equipes, aumento da eficácia e eficiência dos profissionais. As empresas podem recorrer ao coaching para aumentar as vendas, resolver conflitos e desenvolver lideranças. O mais importante é sabermos que, a qualquer momento, podemos facilitar nossas conquistas, melhorar nossa performance e dar um “empurrãozinho” para deslanchar ou até mudar de área. Porém, para que as transformações não sejam aleatórias e o sucesso faça parte da estratégia, é importante a orientação de um profissional que descubra e estimule novas habilidades e trace metas a ser alcançadas.


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Legislação

NEM TUDO É TÃO SIMPLES Alterações na Lei Geral do Simples Nacional frustram empresários

A

nova Lei do Simples regulamenta o uso da substituição tributária e cria um cadastro único para micro e pequenas empresas. Com essa medida, o critério de adesão ao Supersimples passa a ser o teto anual de faturamento da empresa e não mais a categoria, entretanto é preciso ficar atento, pois não são todas as atividades que podem enquadrar-se no Simples Nacional, mesmo tendo um faturamento abaixo do estabelecido por lei. Essa é uma das críticas feitas por vários especialistas da área contábil e empresários. O contador e advogado Antonio Derseu Candido de Paula é um dos profissionais que contestam a Lei Complementar nº 147/2014. Do ponto de vista dele, as alterações introduzidas na Lei Geral do Simples Nacional frustraram aqueles que esperavam uma maior amplitude na Lei do Simples e também redução da carga tributária. “Havia uma grande expectativa no sentido de atualização do limite de faturamento, ao menos corrigindo a inflação havida no período, o que já faria dobrar o limite de faturamento”, observa. Ele destaca que havia expectativa, inclusive com emendas parlamentares nesse sentido, de mudar as tabelas com as alíquotas para aplicação progressiva, a exemplo do que ocorre no Imposto de Renda. “A proposta não foi aceita, e as tabelas continuam cumulativas, isto é, basta que a empresa venda um real a mais para passar a pagar na nova alíquota majorada em relação ao total do faturamento do mês”, afirma. Segundo Derseu, da forma que está a metodologia de cálculo, em alguns casos, compensa a empresa dar a mercadoria ou prestar o serviço gratuitamente, para não passar para a outra faixa e assim pagar menos imposto. Outro ponto apontado por Derseu é a limitação para as empresas do Simples Nacional da aplicação do regime de substituição tributária do ICMS. Por esse sistema, os produtos são tributados pelo ICMS na primeira fase com alíquotas normais de 12% a 18% e, ainda, sobre uma margem de valor adicionado (MVA) que em muitos casos inexiste. Assim, em relação ao ICMS, as empresas do Simples acabam por não ter nenhum tratamento favorecido para vários tipos de mercadorias. “A promessa era que esse regime somente seria aplicado para alguns produtos, como foi no início da implantação do sistema, assim atingiria derivados de petróleo, combustíveis, tintas e vernizes, bebidas e medicamentos, ficando de fora as demais mercadorias”, recorda. Na avaliação dele, ao menos um ponto foi considerado positivo: foi ampliada a possibilidade de ingresso no Simples praticamente para

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todas as micro e pequenas empresas, ficando como barreira apenas o limite de faturamento de R$ 3,6 milhões, eliminando praticamente a vedação à opção por exercício de atividade, exceto empresas de cessão de mão de obra, incorporadoras, loteadoras e locação de bens próprios. Essa alteração abriu a possibilidade de opção para empresas que prestem serviços de natureza intelectual, o que era vedado. “O problema é o enquadramento da maioria desses serviços em uma nova tabela, a tabela VI, cuja alíquota mínima é de 16,93% sobre o faturamento. Essa tabela é tão alta que praticamente inviabiliza o ingresso da maioria das empresas desses setores. Para ser uma opção viável é necessário que a empresa tenha um custo de folha de pagamento superior a 20% de seu faturamento. Do contrário, outros regimes de tributação podem se apresentar mais vantajosos”, alerta. Por fim, Derseu diz que o Simples continua complexo, fazendo com que a interpretação da lei seja tarefa para especialistas, o que contraria o discurso oficial. “O fato de fazer apenas uma única guia de recolhimento não reduz em nada a complexidade de cálculos e controles prévios e necessários para se apurar os tributos e atender demais obrigações. Em resumo, não é tão simples assim”, conclui.


LEI ESTENDE BENEFÍCIOS PARA 140 NOVAS CATEGORIAS REGRAS COMEÇAM A VALER A º PARTIR DE 1 DE JANEIRO DE 2015 O Simples Nacional foi estabelecido em julho de 2007, pelo Estatuto Nacional da Microempresa e Empresa de Pequeno Porte, conhecido também como Lei Geral da Micro e Pequena Empresa. Essa é a quinta vez que a lei é atualizada. Com isso, mais de 140 atividades de profissionais – entre eles médicos, advogados, corretores, jornalistas, fisioterapeutas e engenheiros – poderão aderir ao Supersimples e passarão a pagar uma carga tributária diferenciada a partir de janeiro do próximo ano. Com a lei, a micro e a pequena empresa terão um sistema de tributação diferenciado; assim IRPJ, IPI, CSLL, Cofins, PIS/Pasep, CPP, ICMS e ISS serão pagos em um boleto só.

ITAC

MUDANÇAS NO SUPERSIMPLES: O QUE O DONO DE PEQUENO NEGÓCIO DEVE SABER A partir de quando posso entrar no Simples? Entre o primeiro dia útil de novembro e o penúltimo dia útil de dezembro de 2014 é possível agendar a entrada no Simples pela internet, no site mantido pela Receita Federal. Mas a tributação pelo Supersimples só valerá a partir de 1º de janeiro de 2015. Depois de agendar minha opção, posso mudar de ideia? Sim, basta cancelar o agendamento de adesão ao Supersimples, também pela internet, entre o primeiro dia útil de novembro e o penúltimo dia útil de dezembro de 2014. Quando eu começo a pagar a nova carga tributária? A nova carga tributária começará a valer a partir do dia 1º de janeiro de 2015.

R

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O ITAC é um organismo de certificação de produtos e sistemas de gestão, acreditado pela Coordenação Geral de Acreditação do INMETRO. O ITAC É ACREDITO PELA CGCRE / INMETRO

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Por dentro da lei

Marcelo de Brito Almeida, advogado,especialista em Direito Civil e Direito Processual Civil

De vítima a vilão

Demora na baixa de títulos protestados pode aumentar dor de cabeça

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ecebo no escritório várias consultas sobre o mesmo tema. O cliente protestou um título, e o devedor foi até um de seus gerentes e fez o pagamento. O devedor que vá até o cartório agora baixar o protesto, certo? Depende.

Realmente a responsabilidade pelo pagamento dos emolumentos para a baixa do protesto é do devedor. O artigo 26 da Lei 9.492/97 explica: o cancelamento do registro do protesto será solicitado diretamente no Tabelionato de Protesto de Títulos, por qualquer interessado, mediante apresentação do documento protestado, cuja cópia ficará arquivada. O parágrafo 1º complementa: na impossibilidade de apresentação do original do título ou documento de dívida protestado, será exigida a declaração de anuência, com identificação e firma reconhecida, daquele que figurou no registro de protesto como credor, originário ou por endosso translativo. Por esse motivo é que qualquer pessoa que efetua protesto e recebe do devedor “fora do cartório” deve ter cuidado redobrado no momento do recebimento, pois, além de receber a quantia, deve também entregar documento comprobatório da entrega do título para a baixa pelo devedor. Se assim não fizer, corre riscos. São inúmeros os casos em que, mesmo com pagamento diretamente ao credor (o devedor reconhece a dívida, portanto), a demora do credor em entregar o documento de protesto para a baixa ou a carta de anuência, e sequer comprovar que entregou esse documento ao devedor, gera indenização por danos morais – como vem ocorrendo em diversos tribunais pelo Brasil afora. Certamente é uma matéria importante e de especial atenção para as pessoas que efetuam protesto e recebem diretamente do devedor. Diante da facilidade de acesso à Justiça nos dias atuais, entendo que o credor do título deve sempre exigir que o devedor assine cópia do documento entregue para baixa do protesto, a fim de ter comprovação de que agiu corretamente e evitar contratempos futuros. É uma boa medida preventiva.

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Fronteira

FREE SHOPS.

TER OU NÃO TER?

Foz do Iguaçu aguarda publicação da Instrução Normativa da Receita Federal que vai regulamentar as lojas francas

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questão colocada para a sociedade de Foz do Iguaçu está longe de ter uma resposta conclusiva. Pelo contrário! O debate está apenas começando. O primeiro encontro público, com diferentes setores da comunidade, ocorreu logo após o governo federal anunciar a autorização para o funcionamento de free shops. Empresários, contadores, representantes de entidades, servidores e técnicos participaram de uma reunião específica para debater o tema no Codefoz. A Portaria 307 do Ministério da Fazenda dispõe sobre a aplicação do regime aduaneiro especial de loja franca em fronteira terrestre, porém prevê a redução da cota de compras de US$ 300 para US$ 150 nas fronteiras terrestres, fluviais e lacustres a partir de julho do próximo ano. O plenário decidiu não tomar posição favorável ou contrária até conseguir mais informações sobre o tema. É prematuro adotar qualquer tipo de atitude neste momento devido à complexidade do tema e ao fato de a cidade não saber como se dará a regulamentação da Lei 12.723/12 e da Portaria 307/14, por meio da Instrução Normativa da Receita Federal. “Por isso, vamos aguardar a publicação da Instrução Normativa da Receita Federal, para que seja possível realizar uma análise criteriosa e profissional sobre os impactos econômicos e sociais da medida”, explica Mário Camargo, coordenador da Câmara Técnica de Comércio Exterior do Codefoz e diretor de Comércio Exterior da ACIFI.

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PASSOS – Outros três encaminhamentos foram deliberados pelo plenário. A ideia é encaminhar à Secretaria da Receita Federal sugestões de inclusão na Instrução Normativa. As propostas serão levantadas em um novo debate público com a participação de todas as entidades interessadas, para definir os pontos críticos para a redação do documento. O segundo passo é contratar um estudo técnico sobre os impactos ocasionados pela norma, que posteriormente será submetido a ampla discussão e análise da sociedade, no âmbito do Codefoz. A comunidade terá o embasamento técnico-científico necessário para propor uma lei que garanta a instalação dos free shops de maneira inclusiva, sustentável e justa.

Esse debate dará os subsídios necessários para a elaboração de uma lei municipal que promova o desenvolvimento econômico e social a partir da instalação dos free shops em Foz do Iguaçu, mas que também evite possíveis reflexos negativos à sociedade local e aos países vizinhos. Dessa forma, a comunidade terá participado ativamente das discussões dessa que é uma das mais importantes e decisivas questões para o desenvolvimento econômico e social da cidade e da região, e que por isso merece ser devidamente aprofundada e ampliada.

Pontos Críticos

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debate em torno da zona franca no município precisa levar em conta pelo menos quatro pontos críticos, avalia o coordenador da Câmara Técnica de Comércio Exterior do Codefoz e diretor de Comércio Exterior da ACIFI, Mário Camargo.

Entre os aspectos cruciais que precisam ser respondidos está a localização geográfica dos free shops . As lojas poderão fixar-se em qualquer parte da cidade ou ficarão obrigatoriamente numa determinada região? Outra questão é saber o capital mínimo exigido para abrir uma empresa nesse regime diferenciado. Camargo destaca ainda a importância de definir quais produtos brasileiros poderão ser vendidos, bem como a forma de comprovação de viagem ao exterior por residentes no Brasil. Isso porque o artigo 13 da portaria diz que “poderá adquirir mercadoria de loja franca de fronteira terrestre o viajante que ingressar no País e for identificado por documentação hábil”. Mas qual documentação hábil? Segundo ele, a publicação da Instrução Normativa que regulamentará os procedimentos aduaneiros e fiscais, bem como a relação de produtos que poderão ser comercializados nas lojas free shops são a parte mais importante dessa legislação, pois é ela que irá determinar quais produtos de origem brasileira poderão ser comercializados. “Neste contexto, é necessário promovermos uma discussão com a preocupação de defendermos os interesses e o desenvolvimento de toda a sociedade local, englobando Foz do Iguaçu e as cidades vizinhas do Paraguai, da Argentina e do Oeste do Paraná”, conclui Camargo. Revista ACIFI | Página 23


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Especial

FOZ DO IGUAÇU DÁ BOAS-VINDAS AO CURSO DE MEDICINA Mais do que a formação de novos profissionais na área médica, a mais recente graduação implantada na Unila tem tudo para desenvolver a economia e fortalecer a cidade como polo educacional e de saúde

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rofessores e alunos em sala de aula. O curso de Medicina é uma realidade. E agora? Qual será o efeito na economia? O que a cidade ganha com isso, além, é claro, de novos médicos para trabalhar na cidade? Há razões para acreditar que o curso vai trazer benefícios, sim. Consolidação do polo universitário, valorização da área de saúde e mais demanda no comércio, indústria e serviços. Existem boas perspectivas no setor imobiliário e na abertura de novas clínicas, laboratórios, lojas de equipamentos médico-hospitalares e melhoria da assistência dos serviços. Por outro lado, à medida que ocorre a formação de novos profissionais na área médica, a resposta recíproca vem sob a forma de maior interesse, até mesmo necessidade, de outros profissionais como enfermeiros, nutricionistas, fisioterapeutas, assistentes sociais e psicólogos, entre outros. A criação do curso de Medicina atende a uma reivindicação histórica da comunidade de Foz do Iguaçu. Em nome da sociedade, com apoio de entidades locais e regionais, a ACIFI liderou uma campanha pró-curso de Medicina. O movimento desencadeado em 2011, na gestão da presidente Elizangela de Paula Kuhn, tinha como principais argumentos: consolidar o polo educacional, que vem formando-se com as instituições de ensino superior, públicas e privadas, e garantir mais médicos e profissionais de saúde para atendimento da população. “O tempo mostrou que a mobilização da sociedade deve trazer os resultados que todos esperam, ou seja, mais saúde, mais emprego e mais desenvolvimento”, afirma o presidente da ACIFI, João Batista de Oliveira. Hoje, de acordo com dados do Conselho Regional de Medicina (CRM-PR), Foz do Iguaçu conta com 435 médicos ativos, muito abaixo de Cascavel, com 830. Comparada à realidade de Maringá, a diferença é ainda maior, pois a cidade tem 1.429 profissionais em atividade. Considerando a população de 256 mil habitantes, em Foz existe um médico para cada 588 pessoas, enquanto em Maringá a proporção é de um para cada 250 pessoas.

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Especial

Na proporção de habitantes por médico, Foz tem cenário desfavorável CIDADE

População

Médicos em atividade

Média

Foz do Iguaçu

256 mil habitantes

435

1 médico para cada 588 pessoas

Cascavel

286 mil habitantes

830

1 médico para cada 344 pessoas

Maringá

357 mil habitantes

1.429

1 médico para cada 250 pessoas

Fontes: CRM-PR e IBGE 2013

Pesquisa nacional realizada pelo Ministério da Saúde, em 2013, revela que o Paraná tem 10.439.601 habitantes e 18.706 médicos = 1,79/para mil habitantes

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Saúde impulsiona economia de Foz do Iguaçu, revela estudo

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curso de Medicina da Unila vem ao encontro do Plano de Desenvolvimento Econômico de Foz do Iguaçu. O estudo foi encomendado pelo Codefoz (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social de Foz do Iguaçu) ao professor Carlos Paiva, pesquisador da Fundação de Economia e Estatística do Rio Grande do Sul. O diagnóstico, aprovado por unanimidade em reunião do plenário, apontou as atividades “propulsivas” da economia iguaçuense. As propulsivas são aquelas que injetam dinheiro na economia, gerando renda primária, e conectam uma região com o seu exterior. Elas são especializadas e próprias da localidade. O estudo aponta quatro pilares: o turismo e a logística como as principais cadeias propulsivas da economia iguaçuense. O terceiro pilar é a união da educação e da ciência e tecnologia. O quarto é a saúde. Nesse caso, inclui toda a sua cadeia, incluindo a prestação de serviços e venda de equipamentos. Tudo isso impulsionado não só pelos iguaçuenses, mas também pelos moradores do Paraguai que cruzam a fronteira em busca de atendimento em Foz. Além, é claro, dos moradores de municípios do Oeste do Paraná. Segunda Paiva, “Foz do Iguaçu vem se consolidando, há algum tempo, como referência regional nas pesquisas sobre energia e uso da água. Na medida em que a Unila se volta às áreas biomédicas, mais um elo desta dinâmica rede de serviços é consolidado. Este é, sem dúvida, o caminho. E ele vem sendo percorrido com sinergia e solidariedade”.

Unila consolida polo universitário

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conta é simples. Até 2020, a Unila planeja ter 703 técnicos-administrativos em educação e 628 professores. Ou seja, 1.331 pessoas empregadas. Mesmo fazendo um cálculo modesto, o impacto na economia de Foz merece respeito. Se cada trabalhador tiver um gasto mensal de R$ 1.000, serão injetados R$ 1,3 milhão a cada mês – em torno de R$ 15,6 milhões ao ano. Nada mau! Agora, pensemos nos dez mil alunos que a universidade abrigará quando estiver a pleno vapor. Sejamos mais modestos ainda. Que cada um dos estudantes tenha como despesa fixa algo em torno de R$ 500/ mês. Sabe quanto vai entrar na economia da cidade: mais R$ 5 milhões/mês, o que dá R$ 60 milhões/ano. Total: mais de R$ 65 milhões. E nessa conta nem entrou o orçamento da própria Unila. Além de aquecer a parte econômica, que vai dar um novo impulso às regiões da Vila C e do Porto Belo, a Unila vai contribuir para consolidar Foz do Iguaçu “num polo de educação superior, desenvolvimento científico, tecnológico”, explica o reitor Josué Modesto dos Passos Subrinho. “Claro que isso envolve as outras universidades: Unioeste,

UDC, Uniamérica, Cesufoz. Há todo um conjunto de atividades que já têm uma importância hoje na cidade.” O professor Josué Modesto sabe o que diz. Está no ensino superior há 34 anos, quase metade dedicada à gestão da Universidade Federal de Sergipe (foi vice-reitor por dois mandatos e reitor em outros dois). A consolidação da universidade, que vai ter 41 cursos só de graduação – sem contar os de especialização, mestrado e doutorado –, vai mudar o perfil de Foz. Ele enxerga “uma cidade produtora de conhecimento, produtora de serviços de alta qualidade, de educação, serviços de saúde, cultura, tecnologia e desenvolvimento científico”. Sem falar da diversidade cultural. Metade dos alunos vem de países latino-americanos. Trazem e compartilham aqui seus costumes, suas crenças, seus idiomas, seu jeito de viver, tornando ainda mais cosmopolita a cidade que já abriga mais de 70 etnias. O reitor lembra que “o propósito da Unila é de ter maior compreensão possível da América Latina como um todo; buscar também aproximação com pesquisadores e estudantes de países como o Haiti, El Salvador, México, Nicarágua”. Revista ACIFI | Página 29


Especial

ELES QUEREM

SER MÉDICOS O curso de Medicina da Unila reúne estudantes do Brasil e de mais três países do Mercosul. Com um currículo focado na formação interdisciplinar, os alunos da primeira turma farão estágio no Sistema Único de Saúde (SUS), na atenção básica e no serviço de urgência e emergência

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alita Morais Ferraro cruzou mais de dois mil quilômetros para estudar em Foz do Iguaçu. Ela é de Barreiras, cidade com mais de 150 mil habitantes, próspera no agronegócio e cravada no cerrado baiano. A estudante veio para cá atrás do sonho de ser médica. Mas também por causa do perfil da Unila (Universidade Federal da Integração Latino-Americana), pois ficou atraída pela “proposta de integração”.

conta que a “primeira impressão foi muito boa, a estrutura é fantástica, com professores muito preparados”. Atualmente, são 16 professores, e a meta é chegar a 26 até 2017. O gaúcho já alugou um sobrado no Jardim Santa Rosa. Ele fez os cálculos e planeja gastar até R$ 2 mil por mês em moradia, alimentação e transporte, por isso está atrás de um colega para dividir as despesas.

De fato, a Unila nasceu com a ideia de reunir estudantes dos países da América Latina (veja matéria página 29). O curso de Medicina segue a cartilha da integração. A primeira turma reúne 20 paraguaios, dois argentinos e um uruguaio. Quatro venezuelanos também deveriam estar por aqui, mas tiveram problemas com o visto. E há ainda 45 alunos brasileiros, vindos do Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia, Mato Grosso, Rio Grande do Sul e Paraná – três de Foz do Iguaçu.

PROPOSTA INOVADORA O curso de Medicina da Unila foi desenhado de acordo com as atuais diretrizes curriculares e firmado em cinco eixos temáticos. O aluno aprende a partir de um ponto de vista intradisciplinar, explica o coordenador do curso, o médico Luiz Fernando Zarpelon. No passado, os estudantes passavam disciplina por disciplina e viam a doença apenas por uma perspectiva. Agora, a proposta é que a doença seja observada pelas lentes de várias disciplinas ao mesmo tempo.

Um dos iguaçuenses é o João Henrique Camargo, 24 anos. Ele cursava Medicina numa faculdade particular no Rio de Janeiro quando, no meio deste ano, recebeu a notícia de que tinha passado no Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que utiliza as notas do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) para selecionar estudantes para cursos das universidades participantes do sistema. “Fiquei sabendo numa quintafeira e já tinha uma semana de aula”, conta o estudante, feliz da vida por ter a chance de estudar sem pagar nada e pertinho da família. É outra característica da Unila. O exame é a única porta de entrada da universidade para os brasileiros. Vinicius Giesel sabe que vai viver em Foz pelos próximos seis anos. É o tempo de duração do curso. Vindo de Erechim, Rio Grande do Sul, ele

A partir de um caso concreto, o aluno é instigado a pensar no paciente de maneira plena para descobrir as causas do problema de saúde e as possíveis soluções. “O médico não pode olhar o paciente como um carro – que chega e é consertado”, comenta Zarpelon, que considera a proposta inovadora. “Era o que eu queria ver num curso de Medicina”, comemora Talita. Quem também está satisfeito é João. “A proposta visa à humanização do médico. Já estamos indo para o posto de saúde e fazendo visita familiar”, conta. Se observarmos países com melhores condições de saúde para a população, como na Europa e na América do Norte, eles já se voltaram para esse tipo de formação do profissional médico há bastante tempo. Revista ACIFI | Página 31


Especial

Vinicius Giesel Hollas: “A estrutura é fantástica, com professores muito preparados”

Boa parte da infraestrutura já está pronta

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raças a um acordo com a Uniamérica, as aulas de Medicina são de manhã e à tarde em salas e laboratórios da faculdade, que já dispõe de outros cursos na área de saúde. “Foi uma surpresa muito boa o que a gente encontrou aqui”, revela o aluno Vinícius Giesel, ainda mais por ser a primeira turma. Geralmente, os cursos de graduação nascem sem a infraestrutura pronta. Tudo vai sendo montado aos poucos, ainda mais por causa do custo. Os estudantes também vão surpreender-se quando começarem as atividades práticas, que vão ocupar boa parte da agenda. Eles terão de cumprir mais de 3.800 horas de internato (42,3% da carga horária total do curso), que poderão ser realizadas nas unidades básicas de saúde, serviços de urgência e emergência no Hospital Ministro Costa Cavalcanti e no Hospital Municipal. Os convênios da Unila com a Fundação de Saúde Itaiguapy e a prefeitura já estão firmados. O coordenador do curso, Luiz Fernando Zarpelon, acredita que a atuação dos estudantes na rede pública só vai “melhorar a qualidade do atendimento e do serviço”.

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João Henrique é um dos três iguaçuenses da primeira turma do curso de Medicina


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curso de Medicina não estava nos planos da Unila quando a universidade foi projetada. Só passou a se tornar realidade após o surgimento do Programa Mais Médicos, do governo federal, criado para melhorar a infraestrutura dos hospitais e unidades de saúde, além de levar mais médicos para regiões onde não existem profissionais. Além de abrir vagas para os médicos de outros países, o governo também atua na criação de mais cursos e mais vagas onde a graduação já existe. Hoje, o Brasil é o segundo país do mundo em número de cursos: 242. Fica atrás só da Índia, com 272. Na opinião do reitor da universidade, Josué Modesto dos Passos Subrinho, o curso vai permitir programas de residência médica e futuros programas de pós-graduação nas diversas especialidades.

De última hora

Perfil da 1ª turma do curso de Medicina

45 brasileiros 20 paraguaios 2 argentinos 1 uruguaio Projeção número de professores

2014 – 16 2015 – 18 2017 – 26 Tempo de duração: 6 anos Internato: 3.872 horas (30% devem ser cumpridas no SUS – postos de saúde e serviços de urgência e emergência)

“O médico não pode olhar o paciente como um carro – que chega e é consertado” Luiz Fernando Zarpelon, coordenador do curso de Medicina da Unila

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Opiniões “O curso de Medicina da Unila será um ‘divisor de águas’ para a sociedade de Foz do Iguaçu e região, pois pela sua relevância mostrará, para todos que ainda não se deram conta da importância de se ter uma universidade federal inserida em nossa cidade, o quanto de benefícios ela trará para nossa comunidade.”

Roni Temp, presidente do Conselho Superior Deliberativo da ACIFI “O curso de Medicina da Unila, nas dependências da Uniamérica, é uma conquista de todos e, sem dúvida alguma, um excepcional presente para aqueles que lutaram e que sempre acreditaram em sua consolidação. É quase impossível mensurar os efeitos e os benefícios que uma comunidade poderá contabilizar a partir da implantação do curso, seja na consolidação do polo universitário como na valorização da área da saúde, no surgimento de novas e modernas clínicas, melhorias nas áreas hospitalares (em especial o SUS), na área imobiliária, comercial, industrial e de serviços.”

Fouad Mohamad Fakih, presidente Centro Educacional das Américas “Significa uma mudança de perspectiva para a saúde de Foz do Iguaçu e região, pois, além de formarmos profissionais, estaremos aumentando o atendimento para a população.”

Reni Pereira, prefeito de Foz do Iguaçu “A criação do curso de Medicina da Unila trará significativas mudanças para a realidade social e de saúde de Foz do Iguaçu e região, impactando ainda em oportunizar mais esta formação à população. O curso representa, acima de tudo, um compromisso com o município.”

Fábio Prado, pró-reitor do Centro Universitário UDC “O curso de Medicina em Foz é uma conquista muito almejada pelos iguaçuenses e toda a região trinacional. É mais um passo para a transformação de Foz do Iguaçu em um polo educacional de referência que acredito ser uma das vocações de nossa cidade, promovendo desenvolvimento sustentável através da educação.”

Elizangela de Paula Kuhn, ex-presidente da ACIFI “O curso de Medicina da Unila, além de trazer enorme benefício para o país, ao ampliar a formação de médicos com qualidade, coloca Foz do Iguaçu no caminho de se tornar um importante polo de saúde transnacional e do Oeste do Paraná, porque junto com os médicos que este curso irá formar cria-se toda uma infraestrutura complementar na área da saúde, com consultórios, clínicas, hospitais, centros de diagnósticos e outros serviços. O curso foi muito bem-vindo, e temos a expectativa de sediar ainda mais cursos de Medicina em Foz.”

Ryon Braga, diretor-presidente da Uniamérica “Com o curso de Medicina da UNILA, uma Universidade Federal, Foz do Iguaçu se consolida como polo universitário com abrangência internacional. Foz do Iguaçu, além de ser abençoada pelo Criador como uma das Sete Maravilhas do Mundo, tem a Itaipu o orgulho da engenharia e inteligência brasileiras e tem agora o novo marketing, o de ser um centro de saber e conhecimento da América Latina.”

Nelson Mendes, presidente da Associação Médica de Foz do Iguaçu Página 34 | Revista ACIFI


“Este é o melhor presente que a nossa cidade poderia receber no seu centenário. Com o curso de Medicina já em funcionamento, Foz se consolida como importante polo universitário, tendo como âncoras as universidades públicas. A formação de profissionais da saúde vai contribuir significativamente para o desenvolvimento do sistema público de saúde e a melhoria da qualidade dos serviços. Com isso, Foz tem tudo para, em poucos anos, se tornar também um importante centro regional de serviços de excelência na área de saúde. Quem ganha é a população, que poderá contar com assistência à saúde de alto nível, com profissionais formados aqui.”

Jorge Samek, diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional

“No momento em que a saúde do Brasil vem enfrentando sérias crises de financiamento no SUS, o próprio município de Foz do Iguaçu, com ineficiência de gestão nas suas demandas, é de suma importância o curso de Medicina na Unila. O perfil do médico que sairá deste novo curso irá resolver, em parte, a falta de profissionais em todo o país, mas especialmente em nossa região, pois eles serão capacitados através da nova metodologia de ensino, com uma visão mais humanista, integral e resolutiva.”

Sadi Buzanelo, presidente do Conselho Municipal de Saúde de Foz do Iguaçu (Comus)

“O curso de Medicina eleva Foz do Iguaçu a um patamar mais elevado como um polo de educação. Para a área de saúde, o curso viabiliza a formação de médicos que poderão permanecer na região, bem como determina outra dinâmica com a vinda de novos profissionais e com a sensibilização dos que já atuam na região na busca de aperfeiçoamento profissional.”

Anilton José Beal, superintendente do Hospital Ministro Costa Cavalcanti “Ao viabilizar o curso de Medicina num prazo que ninguém imaginava, a Unila presenteou Foz do Iguaçu. Embora seja uma realidade, precisamos avançar para ter essa dimensão exata, recebendo bem os acadêmicos e desenvolvendo a cultura de Foz do Iguaçu como centro universitário. O curso, ainda por cima em nível federal, com certeza impulsiona o município como polo de educação.”

Danilo Vendruscolo, presidente do Codefoz

“O curso de Medicina é um marco na história de Foz do Iguaçu, contudo há dificuldades previstas. Aponto duas: 1) O próprio campus da Unila, que está com as obras em atraso, conforme recentemente publicado na mídia local. Os alunos não podem continuar tendo aulas na Uniamérica. 2) O Hospital Municipal, que deverá servir de hospital-escola: as dívidas do hospital são muitas, e a Unila, ao assumir a administração do hospital, assumirá esse passivo também. Isto terá que ser resolvido mais cedo ou mais tarde. Formar médicos é fácil, visto a proliferação das escolas médicas no país. Difícil é formar bons médicos, profissionais capacitados, resolutivos. As faculdades que fazem isto no país continuam poucas e são bem conhecidas. Há muitas escolas médicas deficientes no país. É contra estas escolas que o Conselho Federal de Medicina (CFM) e o Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR) se posicionam, pois sabem o risco que a população, sobretudo a mais carente, corre quando é atendida por um profissional mal formado. Somente após o reconhecimento do curso pelo MEC e a realização da primeira avaliação do ENADE será possível dizer onde o curso de Medicina da Unila se encaixará.”

Marta Boger, diretora regional da Delegacia de Foz do Iguaçu e região do Conselho Regional de Medicina do Paraná

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Especial

“A obra está parada, mas a Unila não”

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uem chega à barreira da Usina Itaipu logo vê do lado direito a estrutura que está sendo construída para abrigar a Universidade da Integração Latino-Americana. Aí surge a preocupação: quando a obra estará definitivamente pronta? O projeto foi interrompido algumas vezes, com a justificativa de problemas com a construtora. Mas o reitor lembra: “A obra está parada, mas a Unila não”. A universidade segue com a sua expansão. Se não ainda na sede própria, a instituição dá um jeito alugando imóveis e ocupando espaços em vários cantos da cidade. Está no centro, no PTI, no Jardim Universitário, Edifício Almada e na Vila A. O próximo passo é dar início ao processo de licitação para construir moradia estudantil na Vila C, numa área doada pela Itaipu à prefeitura. A capacidade é para 200 estudantes. E vai precisar mesmo, porque no ano que vem estão previstos mais 24 cursos – 12 no primeiro semestre e mais 12 no segundo semestre. “São cursos em diversas áreas: administração pública, serviço social, engenharias, licenciatura (para a formação de vários professores), ciência da computação, pedagogia e farmácia”, explica o reitor Josué Modesto dos Passos Sobrinho.

A Unila vai ajudar a cidade a se tornar “produtora de conhecimento, produtora de serviços de alta qualidade, de educação, serviços de saúde, cultura, tecnologia e desenvolvimento científico”.

UNILA EM NÚMEROS Até 2015 – mais 24 novos cursos: 12 no primeiro semestre e 12 no segundo semestre Até 2017 – 10 mil alunos Até 2020 – 1.331 professores e funcionários Página 36 | Revista ACIFI


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Programa Empreender

FEIRA DO LIVRO, UMA PARCERIA DE SUCESSO Núcleo de Livrarias e Sebos tem papel fundamental no êxito do evento

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Feira Internacional do Livro de Foz do Iguaçu confirma a parceria entre o poder público e a iniciativa privada como caminho para grandes conquistas. Juntos, os dois têm realizado ano a ano um evento cada vez melhor, sempre trazendo novidades para a comunidade. A décima edição do encontro literário ratifica essa união de sucesso. O evento bateu o recorde histórico de público, volume de vendas de livros e diversidade de atrações literárias, culturais e artísticas oferecidas aos visitantes. Milhares de pessoas passaram pela feira, realizada na Praça das Nações (Mitre), durante dez dias de setembro, com 12 horas diárias de programação permanente.

conjunto com o poder público de forma incisiva. “Desde a sua criação, temos um papel importante e estratégico com a interlocução com o poder público”, afirma o coordenador do Núcleo de Livrarias e Sebos, Ernani Brito. Os empresários participam de todo o processo, desde a escolha da data no calendário e do local à seleção dos autores e indicação das preferências do público. Aliás, muitas vezes seus contatos com editoras facilitam a vinda dos escritores convidados para Foz do Iguaçu. “O evento fortalece o negócio, torna as livrarias mais conhecidas, fomenta o setor livreiro e auxilia a criar uma cultura da leitura”, diz Brito.

A feira é promovida pela Prefeitura de Foz do Iguaçu, por meio da Fundação Cultural e da Secretaria Municipal de Educação, em parceria com a Itaipu Binacional. O encontro literário tem o apoio estratégico do Núcleo de Livrarias e Sebos da ACIFI, tanto no planejamento quanto na organização e realização. A edição deste ano contou ainda com apoio da Biblioteca Pública do Paraná, Secretaria Municipal de Turismo, Colégio Bertoni, Colégio Estadual Bartolomeu Mitre e Ceaec. As instituições de ensino também estiveram juntas na feira, com a Unila, Unioeste, Unifoz, Uniamérica, Cesufoz, Centro Universitário UDC. Essas instituições integram o Comitê Gestor da Feira do Livro, baseado na participação integrada e cooperada entre os organismos públicos e privados, instituições de ensino superior, entidades da sociedade civil e órgãos de classe. PARCERIA – Os livreiros têm participação contínua, acumulando experiência ano a ano, podendo assim construir a feira em

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Para ele, a Feira do Livro vem crescendo desde quando se fixou na Praça das Nações, em 2011. Brito explicou que os números finais de visitantes e de comercialização ainda estão sendo revisados pelo núcleo, mas é certo que este ano ocorreu um crescimento em relação ao ano passado. “O público foi muito forte”, comenta, frisando que chegar à décima edição é muito significativo. “O evento está consolidado.”


Foto: Aurea Cunha

NÚCLEO TAMBÉM DESENVOLVE AÇÕES NOS BAIRROS E ESCOLAS

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riado em 2009, o Núcleo de Livrarias e Sebos tem como objetivo tornar-se referência local e regional no setor, por meio da efetivação de parcerias, divulgação e capacitação profissional. Ele desenvolve uma série de ações para movimentar o setor e incentivar crianças, jovens e adultos a apreciarem a leitura e o conhecimento. Atualmente, fazem parte do núcleo a Epígrafe, Encopel Papelaria, Sebo Cultural, Sebo Foz, Bookafé, Maanaim e União Regional Espírita 13ª Região. São estabelecimentos que acreditam no poder transformador da informação e da cultura. “Os livros permitem uma experiência única de descoberta e prazer”, afirma a nucleada Liliane Ribeiro. Além da Feira do Livro, o grupo desenvolve outras ações, como a Feira Itinerante nos Bairros, o incentivo ao Vale-Cultura e contação de histórias em escolas, bem como capacitação dos trabalhadores e empresários e confraternizações. “Buscamos divulgar e ampliar a visibilidade do núcleo e das livrarias nucleadas no mercado”, completa Brito.

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Foto: Marcos Labanca

FUNDAÇÃO CULTURAL DESTACA ENVOLVIMENTO DA SOCIEDADE

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Feira do Livro promoveu 180 atrações variadas, desde debates, rodas de conversa, arte, música, circo, lançamentos de livros e bate-papos com autores, revelando o caráter plural e democrático do evento. No total, cerca de 30 mil vales foram entregues para os estudantes e parte dos professores municipais.

Os espaços comportaram livreiros e expositores, 50 estandes para comércio de livros e materiais literários, espaço temático para o público infantojuvenil e de vivência com café e material de leitura, arena literária personalizada, arena personalizada para apresentações culturais, espaço próprio para shows musicais e área para atender autores e escritores. “A feira foi muito positiva em todos os aspectos pelo grande público, envolvimento da sociedade e a diversidade de atrações oferecidas à população”, afirma o presidente da Fundação Cultural, Adailton Avelino. “Gostaria de agradecer os livreiros, expositores, univer-

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sidades, autores, associações de escritores e toda a equipe da organização, que apostaram e apoiaram o evento de forma inteira”, completa. A diretora da Fundação Cultural, Arinha Rocha, disse que a feira 2015 deve preparar uma programação exclusiva para atender o público jovem. “Vamos incluir uma agenda especial para os jovens, com atrações diversas que atendam a este público, como exposições de mangá, cartuns, autores e escritores com obras voltadas para os jovens.” Agora, tanto iniciativa privada quanto poder público já começam a definir a próxima edição. Uma das questões a decidir é o melhor local: se continua na Praça das Nações, que a cada ano tem ficado “pequena” para comportar a programação e o público, ou muda para outro espaço público. É preciso também escolher a data, captar recurso público via Lei Rouanet, entre outros aspectos.


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Espaço Acifi Foz Futuro Limpo arrecada mais de 20 toneladas de lixo eletrônico

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terceira edição do Foz Futuro Limpo resultou na coleta de 20.490 quilos de lixo eletrônico. A população e as empresas atenderam ao chamado e, além de descartar corretamente celulares, televisores, telefones, computadores e acessórios, contribuíram com a doação de 610 quilos de alimentos ao Lar dos Velhinhos. Só de arroz foram 215 quilos; isso representa quase a metade do que é consumido por mês pelos idosos atendidos pela entidade. A ação é uma iniciativa da ACIFI, Núcleo de Tecnologia da Informação, Krefta, KM Consultoria, Rotary Clube Três Fronteiras, Sesi e Sindhotéis.

Núcleo do Distrito Industrial

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dealizado pelo Programa Empreender, o Núcleo do Distrito Industrial é o décimo núcleo em atividade na ACIFI. Os empresários já estabeleceram um planejamento de ações conjuntas e acreditam que esse é um dos caminhos da busca por melhores respostas às demandas específicas do setor. Eles afirmam que investimentos em infraestrutura, transporte público, coleta seletiva do lixo, facilidade no acesso, segurança e iluminação são indispensáveis para o crescimento e consequente geração de empregos e renda. Durante a reunião de planejamento estratégico, por meio de dinâmicas, o grupo identificou objetivos, pontos fortes, pontos negativos, ações internas para contribuir com a gestão das empresas e ações externas que melhorem as condições já existentes. As estratégias deverão ser executadas até setembro de 2015.

Caciopar reúne executivos e conselhos em Toledo

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Caciopar promoveu em setembro, na ACIT, em Toledo, o seu primeiro evento técnico com foco em cases, capacitações e palestras. A ACIFI foi representada pelos empresários Graci Braga, coordenadora do Conselho da Mulher Empresária e Executiva, e Rudney Lopes Vargas, diretor de Associativismo e coordenador do Núcleo de Metalúrgicas. O encontro foi uma oportunidade de aperfeiçoamento sobre a cultura associativista e troca de experiências.

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Visita técnica em Maringá e Londrina

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ma comitiva de Foz do Iguaçu esteve em setembro na Associação Comercial e Empresarial de Maringá (ACIM) e no Sicoob Central Paraná. Na visita técnica, dirigentes da ACIFI e Sicoob Três Fronteiras conheceram mais sobre o funcionamento das entidades, os sistemas associativos e cooperativos, assim como os serviços prestados. “O espírito empreendedor e associativista de Maringá nos serve de lição e pode nos auxiliar no processo de desenvolvimento, por isso a troca de experiências é muito positiva”, enfatizou o presidente do Conselho Superior da ACIFI, Roni Temp. Ele lembra que a ACIM é a associação comercial paranaense que possui o maior número de associados e é referência para o Paraná e em todo o Brasil pela organização, participação institucional da diretoria e fortalecimento da entidade ao longo dos anos. Os participantes também assistiram a apresentações do Codem (Conselho de Desenvolvimento Econômico de Maringá), Observatório Social e Conseg (Conselho Comunitário de Segurança).

Em Londrina, o grupo conheceu também a minicidade cooperativista, um projeto inovador e arrojado do Sicoob Norte do Paraná em parceria com a Escola Educativa. Foi feita toda simulação de uma cidade de verdade, onde os alunos realizam atividades práticas. O espaço inclui prefeitura, Câmara de Vereadores, sistema financeiro, Casa Cultural, livroteca, centro de convenções, Secretarias de Meio Ambiente e Turismo, horta e praça.

Homenagem

A

o participar do lançamento da TV Digital da RICTV em Foz do Iguaçu, o presidente da ACIFI, João Batista de Oliveira, foi homenageado. A emissora afiliada da Record vem fazendo mais de R$ 10 milhões em investimentos em estrutura, equipamentos e tecnologia para melhorar ainda mais os serviços oferecidos no Oeste e Sudoeste do Paraná, e reconhece na ACIFI uma entidade que exerce um trabalho consistente em favor do crescimento diário da comunidade e do município.

Legado da Copa

J

uca Kfouri, um dos mais importantes jornalistas esportivos do país, atraiu cerca de 400 pessoas ao auditório do Hotel Golden Tulip. Em sua participação no 10º Ciclo de Palestras da Associação Comercial e Empresarial de Foz do Iguaçu (ACIFI), ele falou sobre o “Legado da Copa”. Elogiou a estrutura montada para receber o Mundial realizado no Brasil e criticou, sobretudo, a Confederação Brasileira de Futebol. “Precisamos mudar a maneira de ver futebol, começando por cima. Enquanto a CBF não mudar, continuaremos ladeira abaixo”, apontou.

Revista ACIFI | Página 43


Codefoz

REVITALIZAÇÃO S É RESULTADO DA MOBILIZAÇÃO DA SOCIEDADE

ímbolo das relações entre o Brasil e o Paraguai, a Ponte Internacional da Amizade caminha para sua maior reforma em quase 50 anos. A ordem de serviço assinada pelo ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, marca a concretização de um dos projetos prioritários do Codefoz (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social de Foz do Iguaçu).

Codefoz tem papel decisivo para melhorias na principal travessia entre Brasil e Paraguai, que completa 50 anos em março

Página 44 | Revista ACIFI

O projeto executivo para reforma e revitalização foi custeado pelo Fundo Iguaçu (Fundo de Desenvolvimento e Promoção Turística do Iguaçu) e coordenado pelo Codefoz, sendo depois doado ao governo federal. Desde então, o conselho mobilizou a sociedade civil organizada e trabalhou ao lado do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) para a realização da licitação e assinatura do contrato e da ordem de serviço.


A obra prevê mais segurança e conforto para a travessia de pedestres e motoristas. Os blocos de concretos serão recapeados, e o pavimento rígido e as juntas de dilatação serão substituídos. Toda a passarela de pedestres será coberta. A ponte ganhará pintura e iluminação novas. O gradil metálico interno e externo será adequado, inibindo a operação de rapel de mercadorias contrabandeadas. O consórcio contratado, CSO-Gaissler, terá um ano, a partir de outubro, para concluir o trabalho. Serão investidos R$ 10,2 milhões. Seu representante, Luiz Matsumoto Vargas, informou que, no auge das obras, cerca de cem empregados trabalharão na reforma. O consórcio é o mesmo responsável pelas obras de duplicação na BR-277, na altura de Medianeira, a 57 quilômetros de Foz do Iguaçu. Durante a assinatura da ordem de serviço, Passos destacou o diálogo intenso entre Brasil e Paraguai, bem como a importância da travessia para a economia e para o turismo. “A Ponte da Amizade é um elo, construída há quase meio século, e tem uma importância estratégica nessa relação. É importante fazer a sua recuperação já que fazia bastante que um serviço desta natureza não era realizado”, afirmou. APOIO – Durante a solenidade, Passos cumprimentou todos que somaram força à causa, como o Codefoz, a Itaipu Binacional e a Receita Federal. “Enfim, a todos que mostraram interesse e de alguma forma apoiaram. Vamos começar a trabalhar desde já para daqui a um ano estar com uma ponte nota 10”, disse.

O superintendente do DNIT no Paraná, José da Silva Tiago, também destacou a importância do conselho para viabilizar a obra. “O resultado é fruto de uma reunião entre o Codefoz, Itaipu, ACIFI, Receita Federal, DNIT, Fundo Iguaçu e UDC. Naquela ocasião se lançou a semente desse desafio. O Codefoz se empenhou bastante no projeto e auxiliou DNER nesses levantamentos.” Defensor da ação, o Codefoz cumpriu o seu papel de mobilizar a sociedade civil organizada e apoiar o poder público para a concretização de grandes projetos para a região, afirma seu presidente, Danilo Vendruscolo. “Agora precisamos acompanhar todos os passos da revitalização, para que ela ocorra com sucesso. Queremos uma fronteira bonita e segurança para os moradores, trabalhadores da fronteira e para os turistas”, resumiu.

Câmara técnica discute alternativa de segurança durante reforma

R

interromper fluxos de ida e vinda em determinados horários. Os trabalhos devem ser realizados preferencialmente à noite para não atrapalhar o tráfego de veículos e pedestres na ponte.

Os membros da câmara técnica estudam a possibilidade de restrição de trânsito de certos tipos de veículos, como caminhões, para facilitar a reforma. Outra alternativa é

Segundo o superintendente do DNIT no Paraná, José da Silva Tiago, a obra começa em outubro, possivelmente com as atividades de menor impacto ao tráfego para não prejudicar o período de férias, turismo de compras e colheita de grãos no fim do ano. “Temos trabalhos de andaime, limpeza e pintura que não precisam mexer com a parte de superestrutura superior da pista e passarela”, disse.

epresentantes da Câmara Técnica de Segurança Pública do Codefoz estão discutindo medidas necessárias para garantir o tráfego durante a revitalização da Ponte da Amizade. O objetivo é manter um diálogo constante com a empresa que realiza a obra e com autoridades paraguaias, informa o coordenador da CT, Carlos Roberto Sucha, chefe de assessoria de informações da Itaipu.

Você sabia? Inaugurada em 1965, a Ponte Internacional da Amizade completa 50 anos em 27 de março de 2015. A reforma anterior aconteceu em 2002, porém foi menor em relação à atual revitalização. Revista ACIFI | Página 45


Empresas

CNPJ EM CASA NOVA Jucepar já emite o CNPJ de novas empresas no Paraná

A

té o fim de 2016, a Junta Comercial do Paraná será o único balcão para abrir, alterar ou encerrar uma empresa no estado. A Jucepar é a nova emissora de CNPJ no estado, e os 64 escritórios no Paraná estão aptos a emitir o documento. De acordo com o presidente da Jucepar, Ardisson Akel, a mudança vai contribuir para a economia de tempo e dinheiro para os empreendedores, principalmente no processo de formalização de novas empresas no Paraná. “A previsão é reduzir o prazo de abertura de empresas de baixa complexidade para cinco dias”, explicou durante sua visita à agência instalada na sede da ACIFI. Akel reforçou que com o serviço a entidade dá mais um passo para se firmar como a única porta de entrada para a abertura de novos negócios no Paraná. “Acreditamos que, ao concentrarmos todo o processo de formalização de um novo negócio na Junta Comercial, vamos simplificar e acelerar consideravelmente o processo de constituição de uma empresa, além das alterações contratuais e baixas de empresas, pois a ida à Junta Comercial já é obrigatória para o registro do contrato social”, afirmou.

AGILIDADE PARA AS EMPRESAS Como parte do processo de implantação da Rede de Simplificação do Registro Empresarial (Redesim) no Paraná, o serviço de emissão do CNPJ se soma a outros já oferecidos pela Junta Comercial do Paraná, como o de emissão de certidões via internet, consulta e reserva de nome empresarial e a disponibilidade e o preenchimento da Ficha de Cadastro Nacional e Registro de Empresário. Por meio da Redesim, os cadastros serão compartilhados, eliminando a peregrinação do empresário em diferentes órgãos, como Receitas Federal e Estadual, Vigilância Sanitária, Corpo de Bombeiros e Instituto Ambiental do Paraná, entre outros.

Antes, nas cidades do interior do estado, por exemplo, o futuro empresário precisava deslocar-se até uma unidade da Receita Federal mais próxima, protocolando as mesmas informações cadastradas na Jucepar para conseguir o número do cadastro de pessoa jurídica. A medida, por enquanto, não inclui a capital paranaense, já que em Curitiba o CNPJ continua sendo expedido pela prefeitura.

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Revista ACIFI | Página 47


Pesquisa

Interesse pelo mercado de

SAÚDE E BEM-ESTAR cresce e gera bons negócios

T

er uma qualidade de vida melhor é o desejo de 84% dos iguaçuenses. O dado é de uma pesquisa de opinião feita pelo Instituto Ipsos Marplan para a RPCTV. A Revista ACIFI vem divulgando o estudo com exclusividade. Na terceira edição da série de reportagens, o tema central é o cuidado com a saúde. Nos últimos anos, a sociedade brasileira começou a perceber que vai viver mais e quer viver melhor. Esse novo perfil de consumidor investe mais em seu bem-estar e sua saúde. Em Foz do Iguaçu, por exemplo, 84% dos moradores têm esse interesse, especialmente as mulheres. Em busca de uma vida mais saudável, elas são maioria nas academias espalhadas por toda a cidade. O público feminino corresponde a 61% dos consumidores que frequentam esses espaços, e a faixa etária que predomina é dos 20 aos 39 anos. Outro dado mostra que 69% dos entrevistados têm o costume de comprar medicamentos ou outros artigos de beleza e de higiene pessoal em farmácias ou drogarias. Além de entender o comportamento demográfico da população, a pesquisa mostra como essas pessoas consomem, como tomam suas decisões no momento da compra e o que desejam consumir. Os dados tornam-se oportunidades de negócio não só para grandes empresas como para micro e pequenas empresas inovadoras. “Isso mexe com as estratégias das empresas, quando pensam em atender às necessidades de seus consumidores”, comenta Daniel Michelazzo, gerente-geral da RPC TV Foz do Iguaçu. Segundo ele, o estudo é um mapa das vocações econômicas do município e aponta, com segurança, oportunidades a ser exploradas por todos os empresários que se preocupam em estar atualizados e atentos às mudanças no perfil do consumidor. “Buscamos revelar algumas características do comportamento do consumidor iguaçuense que podem dar indicações sobre como estimular as vendas”, afirma.

Página 48 | Revista ACIFI


O IGUAÇUENSE É PREOCUPADO COM A SAÚDE

84%

das pessoas que moram em Foz têm interesse por saúde/bem-estar e qualidade de vida.

75% dos iguaçuenses

possuem interesse por medicina/descobertas/curas.

44% dos iguaçuenses dizem fazer

exames periódicos, sendo que as mulheres representam 70% dessas pessoas.

52% procuram manter

uma alimentação saudável e balanceada. Estudo Marplan EGM – 4º Trimestre – Foz do Iguaçu 18+

SAÚDE E EXERCÍCIOS FÍSICOS: COMBINAÇÃO PERFEITA

56%

da população de Foz do Iguaçu costuma praticar caminhadas. Destas pessoas, 43% praticam pelo menos um vez por semana.

30%

da população de Foz do Iguaçu costuma andar de bicicleta. Dessas pessoas, 37% praticam pelo menos entre uma e três vezes por semana.

27%

da população costuma correr. 23% correm de uma a três vezes por semana.

23%

da população de Foz do Iguaçu costuma fazer exercícios em academias de ginástica.

As mulheres correspondem a 61% das pessoas que fazem exercícios em academias, e a faixa etária predominante é dos 20 aos 39 anos de idade. Fonte: Estudo Marplan EGM – 4º Trimestre – Foz do Iguaçu 18+ Revista ACIFI | Página 49


CUIDADOS COM A SAÚDE MOVIMENTAM O COMÉRCIO

69%

da população de Foz do Iguaçu fez compras em farmácias nos últimos 30 dias.

51%

compraram em farmácias neste período.

Os medicamentos mais comprados por essas pessoas foram:

63%

Analgésicos e comprimidos para dor

14%

11%

Pastilhas para garganta

Remédios contra gripe e resfriado

14%

Xarope para tosse

10%

Relaxantes musculares

Fonte: Estudo Marplan EGM – 4º Trimestre – Foz do Iguaçu 18+

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THINK TOGETHER Revista ACIFI | Página 51


Empreendedorismo

INOVAÇÃO AOS PEQUENOS

Sebraetec oferece recursos de até R$ 120 mil por empresa ou empreendimento rural que queira implantar um novo modelo de negócio, produto ou serviço

O

s empresários de micro e pequenas empresas e empreendedores rurais do Paraná que buscam na inovação um diferencial para se destacar no segmento de mercado em que atuam já têm ajuda técnica e financeira para dar o primeiro passo. O Sebrae no Paraná lançou uma chamada para receber propostas de projetos elaborados por micro e pequenas empresas paranaenses que tenham interesse em participar do Sebraetec – Serviços em Inovação e Tecnologia, na modalidade diferenciação. Os interessados podem encaminhar documentação até o dia 12 de dezembro. A ideia é promover extensão tecnológica aos pequenos negócios, seja com o desenvolvimento de um novo modelo de negócio, novo produto ou novo serviço. O Sebraetec oferece apoio financeiro não reembolsável. Na modalidade diferenciação, o empresário ou produtor rural pode conseguir a liberação de até R$ 120 mil, sendo 80% (R$ 96 mil) do Sebrae e 20% (R$ 24 mil) como contrapartida financeira do empreendimento selecionado. O Sebrae/PR recomenda que para cumprir o prazo estabelecido, 12 de dezembro, os empresários e produtores rurais deem os encaminhamentos o quanto antes. Para obter o regulamento, basta enviar e-mail para sebraetec@pr.sebrae.com.br. A coordenadora estadual do Sebraetec, Ana Lúcia de Sousa, informa que o resultado, com as empresas e empreendimentos rurais selecionados pela chamada pública, deve ser divulgado em fevereiro de 2015. Os projetos passarão pelo julgamento de uma banca de especialistas, convidados do Sebrae/PR, que analisarão critérios como inovação e o grau de novidade da proposta; potencial de mercado e contexto econômico; potencial tecnológico e abrangência, ou seja, a efetividade do projeto na solução de problemas. A coordenadora explica que empresários e empreendedores rurais interessados em promover mudanças nas empresas também poderão valer-se de outras modalidades do Sebraetec, como as de orientação e adequação, que equivalem a consultorias e também a propostas de implantação de inovações mais simples, mas bastante funcionais, como mudanças de layout, processo produtivo, desenvolvimento de produtos, entre outras. Mais informações podem ser obtidas no www.sebraepr.com.br/sebraetec.

Página 52 | Revista ACIFI

Ana Lúcia de Sousa: avaliação de projetos do Sebraetec leva em conta critérios como inovação e potenciais de mercado e tecnológicos


Além de recursos financeiros, o Sebraetec oferece ainda suporte técnico para a execução dos projetos, que têm nove meses para sair do papel e ser implementados nas empresas ou empreendimentos rurais. “O programa conta com uma rede de entidades de tecnologia e pesquisa cadastradas no Sebraetec e com conhecimento necessário para implantar a inovação nas empresas”, reforça o gerente de Ambiente de Negócios do Sebrae/PR, Cesar Rissete.

Revista ACIFI | Página 53


Centro Comercial

A ECONOMIA FORTE DA REPÚBLICA Negócios diversificados e competitivos consolidam avenida como centro comercial

O

desenvolvimento de uma cidade fica evidente aos nossos olhos de várias formas. Uma delas é o surgimento de grandes vias urbanas, berço de uma economia forte. A centenária Foz do Iguaçu tem várias avenidas que puxam o crescimento dos bairros, criando praticamente uma outra cidade dentro dela.

É o caso da República Argentina. A avenida abriga todo tipo de segmento em sua extensão, que começa no centro e termina no Morumbi, totalizando oito quilômetros. Nela, encontra-se desde comércio varejista e atacadista a serviços e indústrias. Tem tudo: supermercados, farmácias, lojas de móveis, serviços de saúde, panificadoras, concessionárias de veículos, bancos, entre outros. A partir desta edição, a Revista ACIFI traz uma série de reportagens que pretende revelar curiosidades dos centros econômicos. Os negócios diversificados e competitivos da “República”, como é carinhosamente chamada pela comunidade, ficam ainda mais claros diante do seu número de alvarás. São 491 licenças ativas, conforme levantamento da Secretaria Municipal da Fazenda.

Página 54 | Revista ACIFI


“ESTRATÉGICA” – Para o empresário e cirurgião-dentista Dr. Chemel Taha, a grande característica da República é o fato de ela ser uma via rápida e de fácil acesso, que liga regiões promissoras e estratégicas da cidade. Segundo ele, a avenida permite tráfego fácil para os clientes do centro, bem como para os moradores de bairros como o Libra, Panorama, Vila Militar, Jardim Tarobá, Jardim São Paulo e Morumbi. “Praticamente aqui já virou um centro. Aliás, estamos bem situados, nem no centro, nem no bairro. É uma das melhores áreas da cidade para abrir um negócio. Temos um público muito bom num raio de dois quilômetros, com espaço para estacionamento. Tudo isso permite expandir com segurança”, afirma o profissional, sócio da Oral Foz em parceria com o também empresário e cirurgião-dentista Dr. Klayton Firmiano. Chemel e Klayton estão ampliando o consultório, com a construção do segundo andar. A antiga sede, também na avenida, tinha 80 metros quadrados. A sede atual começou com 200, mas terá 480 metros quadrados, com estrutura para 11 consultórios, centro cirúrgico, gerência, departamento administrativo e de marketing. “A nossa vida foi feita aqui”, completa Klayton.

IDEAL – A República Argentina tem outras qualidades destacadas pelos empresários, principalmente para quem busca abrir um negócio numa região bem localizada e com espaço para estacionamento, depósito e showroom. Essas características levaram o empresário Erci João Werner a inaugurar uma filial da Ideal Móveis & Design. O grupo também possui lojas nas Avenidas Morenitas (Porto Meira) e Mário Filho (Morumbi). Ele conta que tinha a ideia de abrir uma loja no centro, mas foi difícil encontrar um espaço adequado, com estacionamento, depósito e área de exposição dos produtos. “Além de oferecermos um produto de qualidade e assistência técnica, garantimos ao cliente conforto, tranquilidade e segurança”, diz o empresário. Inaugurada em 2010, a loja possui cerca de 500 metros quadrados, com estacionamento e acesso para carga e descarga tanto na frente quanto atrás do prédio. Werner ressalta a praticidade oferecida aos clientes por meio de uma ligação direta interbairros e centro, bem como ao distrito industrial, onde está boa parte da sua clientela. “Estou cada vez mais convencido que foi uma escolha ótima”, conta.

PEIXÃO – É difícil passar pela Avenida República Argentina sem perceber a estátua de um peixe em frente à Dourado Pesca & Sport. Antes do ano 2000, ela vendia apenas para pessoa jurídica. Depois ampliou os negócios com a abertura de uma loja de 60 metros quadrados. Em 2002, expandiu os negócios e inaugurou a loja atual, de 400 metros quadrados e onde está o baita dourado como cartão-postal. “Hoje temos um ponto consolidado, mas já foi difícil. Durante um tempo, o movimento na República oscilou bastante para o comércio porque era apenas uma via rápida do centro para o bairro. Antes era tudo muito longe um comércio do outro. Com o passar dos anos, vieram inclusive os bancos, que ajudam segurar o cliente”, lembra o proprietário Américo Demarchi. Só um bom ponto, entretanto, não é o suficiente. Américo puxa um ensinamento de todo empresário que não quer ficar para trás: manter o foco do negócio e, ao mesmo tempo, tentar diversificar a oferta. Hoje, além de pesca, a Dourado trabalha com troféus, produtos de camping, esporte e natureza. “Em nosso setor, a concorrência do Paraguai é forte, então só a boa localização não segura a clientela”, explica. Revista ACIFI | Página 55


Centro Comercial

LOGÍSTICA – Mesmo para quem não vive de atendimento direto ao cliente, a avenida reserva outras particularidades. O proprietário da Distribuidora Pietrobon, Vicente Domingos Pietrobon, escolheu a República porque ela tem fácil acesso à BR-277, aos bairros e ao centro de Foz do Iguaçu. “Muitos produtos vêm de municípios da região pela rodovia, então o ponto é bom para logística”, destaca. O empresário se instalou na avenida há 15 anos, com um estabelecimento alugado. Há sete anos construiu uma sede própria em virtude das facilidades geográficas para distribuir seus produtos aos clientes locais e de municípios vizinhos, como Santa Terezinha de Itaipu. “O crescimento da Região Leste também ajudou muito. Hoje vou uma vez por mês para resolver algo no centro, vou mais para passear”, brinca.

TODOS DENTRO DA ACIFI

Página 56 | Revista ACIFI

Além de estarem todos na Avenida República Argentina, Oral Foz, Ideal Móveis & Design, Dourado Pesca & Sport e Distribuidora Pietrobon têm em comum o fato de ser associados da ACIFI. Seus representantes apontam vários motivos para estar dentro da entidade, entre eles a importância da associação para o desenvolvimento local e setorial, a prestação de serviços e a promoção da cultura associativista. Os personagens da nossa matéria têm diferentes motivos para fazer parte da associação. As razões vão desde as facilidades de consultar crédito via SPC ao plano de saúde empresarial Itamed, bem como as ações do Conselho da Mulher Empresária e Executiva e as próprias relações comerciais entre os estabelecimentos associados.


Revista ACIFI | Pรกgina 57


0 1 DICAS

PARA MANTER O NOME LIMPO

Para 82% dos brasileiros, ter o nome limpo é importante, mas 64% já pagaram alguma conta atrasada

U

m levantamento nacional realizado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pelo portal de educação financeira Meu Bolso Feliz descobriu que grande parte dos brasileiros reconhece a importância de manter as contas em dia. Dos consumidores entrevistados, 82% consideram que o nome limpo é um dos bens mais preciosos que uma pessoa pode ter. Apenas 6% disseram não se importar em ter o CPF negativado. No entanto, apesar da aparente preocupação da maior parte da população, uma parcela significativa dos brasileiros admite assumir atitudes arriscadas. Seis em cada dez entrevistados (64%) reconhecem que já pagaram, pelo menos uma vez, alguma conta atrasada. Já o hábito de fazer um planejamento financeiro não é prática corriqueira para pelo menos 16%. Outro dado que acende o sinal de alerta é que 14% da amostra confessou ter o costume de deixar de pagar algum compromisso financeiro para utilizar o dinheiro na aquisição de um produto que deseja ter, mesmo sem necessidade. O diretor-executivo da ACIFI, Dimas Bragagnolo, lembra que a recuperação de crédito é fundamental para as compras de fim de ano e reforça que estar com o CPF negativado traz uma série de dificuldades na vida particular e profissional dos consumidores, como acabar impedido de realizar compras parceladas ou abrir contas em banco, enfrentar barreiras na hora de financiar um carro ou a casa própria e até mesmo conseguir uma recolocação no mercado de trabalho.

Página 58 | Revista ACIFI


Seja organizado. Faça uma planilha e anote gastos mensais fixos, como água, luz, telefone, aluguel, condomínio, alimentação, escola, entre outros. Não se esqueça de incluir extras e supérfluos.

Confira 10 dicas para o consumidor manter o nome limpo e continuar consumindo da maneira saudável: Dê previsibilidade aos seus gastos. Faça o cálculo do quanto você ganha, subtraindo as contas essenciais. Desse modo, você já começa a ter uma noção do quanto tem de dinheiro para gastar com as coisas de que gosta e para poupar pensando no futuro.

Tenha um bom controle das datas de vencimento de seus compromissos financeiros. Ao utilizar cheques, por exemplo, verifique se sua conta tem fundos suficientes para cobrir o valor da folha. O mesmo cuidado serve para os cheques pré-datados.

Não tenha medo de pedir renegociação. É possível conseguir bons resultados como reduzir o número das prestações, obter juros menores e prazos mais alongados. Se a intenção do consumidor for pagar a dívida atrasada à vista, é possível até pedir um desconto no valor total. Além disso, é necessário que o consumidor mantenha a disciplina e não assuma novas dívidas enquanto estiver pagando as prestações atrasadas.

2

Seja prudente. Reflita se os seus gastos são de fato necessários e avalie o que pode ser adiado ou até mesmo cortado da lista de compras.

5

Faça uso inteligente do cartão de crédito. Nunca exceda o seu limite, pois isso gera a cobrança de taxas extras. O cartão de crédito pode ser útil para situaçõesde emergência.

8

Evite surpresas desagradáveis. Caso mude de residência, informe imediatamente o seu novo endereço aos seus credores. Dessa maneira, você evita a perda de faturas e recebimentos com atraso, sendo obrigado a pagar juros e multas desnecessários.

3 6 9

1

Nunca empreste seu CPF para terceiros realizarem compras e não permita que outra pessoa, mesmo que um parente ou amigo, use seu cartão de crédito. Ao assumir a dívida de terceiros, por ingenuidade, falta de cuidado ou gentileza, a pessoa passa a arcar com as consequências, caso o tomador do nome emprestado não consiga honrar o compromisso assumido. Você pode perder não só o dinheiro como a amizade.

4

Pague sempre suas contas em dia, pois isso evita a cobrança de juros. Poucos dias de atraso podem representar multas aparentemente pequenas, mas se você juntar várias contas o valor desembolsado pode assustá-lo.

Resista às tentações e não insista em manter um estilo de vida que não combina com a sua renda. Algumas pessoas compram descontroladamente apenas para impressionar a família, os amigos e até mesmo para compensar frustrações. Sem planejamento, adquirem supérfluos e acabam endividando-se excessivamente.

7 10

Fonte: Meu bolso feliz

Revista ACIFI | Página 59


Turismo

FOZ DO IGUAÇU

APOSTA EM CAPTAÇÃO DE EVENTOS

PARA GERAR MAIS MOVIMENTAÇÃO TURÍSTICA Com maturidade, planejamento e profissionalismo, a cidade se apresenta como um destino pronto para negócios e lazer

C

hegar à maturidade é sempre um motivo de orgulho. Para Foz do Iguaçu isso é reflexo dos números e investimentos, eventos captados e ampliação da visitação. A cidade acaba de ser eleita como o Melhor Destino de Ecoturismo do Brasil, na 14ª edição do prêmio “O Melhor de Viagem e Turismo – 2014/2015”, promovido pela revista Viagem e Turismo em parceria com o Guia Quatro Rodas, da Editora Abril. A premiação brinda o bom momento vivido pelo turismo de lazer do destino, que desbanca Bonito/ MS, há 12 anos consecutivos vencedor dessa categoria. O reconhecimento chega junto às comemorações da Semana Mundial do Turismo e é um indicativo dos trabalhos constantemente desempenhados pela Gestão Integrada do Turismo de

Página 60 | Revista ACIFI

Foz. Trabalho que permite ações como a participação do Destino Iguaçu na 42ª ABAV Expo Internacional de Turismo, realizada no Anhembi, em São Paulo, de 23 a 28 de setembro. Considerado um dos eventos de turismo mais importantes do país, a feira recebeu, na edição deste ano, uma visitação de mais de 41 mil profissionais; 16.873 consumidores (público final); 1.245 hosted buyers; 812 profissionais de imprensa; totalizando mais de 68 mil pessoas em seis dias. Além do estande próprio, o Destino Iguaçu foi representado na área corporativa, com a atuação do Iguassu Convention & Visitors Bureau (ICVB), e concedeu ainda uma coletiva de imprensa para apresentar os números já alcançados em 2014.


Visita de capacitação pré-ABAV

Antes do evento, entre 19 e 23 de setembro, estiveram em Foz do Iguaçu 14 convidados da ABAV. Foram 11 agentes e operadores dos Estados Unidos, Peru e Japão. Acompanhados de três representantes de veículos de imprensa dos EUA, que produziram notas, fotografias e vídeos de vários atrativos, para divulgar por meio de matérias descrevendo suas experiências.

Revista ACIFI | Página 61


Turismo

Coletiva de Imprensa

O gerente-executivo do Iguassu Convention & Visitors Bureau, Basileu Tavares, participou de uma coletiva de imprensa na 42ª ABAV Expo Internacional de Turismo. A ação, organizada pelos realizadores da feira, serviu para apontar o bom momento vivido por Foz do Iguaçu nas atividades de turismo e eventos. Foram apresentados os dados, novos atrativos e renovações da infraestrutura que dão à cidade um potencial ainda maior para o turismo de lazer e de negócios. Tavares apresentou um balanço do segmento MICE (Meetings, Incentives, Conferences and Exhibitions). Somente no primeiro semestre deste ano foram captados e apoiados eventos que levarão a Foz do Iguaçu mais de 37 mil pessoas. A previsão é que esse público deixe na cidade cerca de R$ 60 milhões – cálculo que considera os participantes dos eventos, a duração de cada um deles e a estimativa de gasto médio diário do turista de eventos acordada nacionalmente em R$ 400, valor que abrange hospedagem, alimentação, transporte, diversão e compras. Na avalição, mesmo num ano considerado atípico, em decorrência do Mundial da FIFA e das eleições, a entidade captou 15 eventos e apoiou outros 30 só no primeiro semestre, que devem gerar aproximadamente 150 mil diárias.

Fundo Iguaçu

O Fundo Iguaçu – instituição de direito privado, sem fins lucrativos, criada para desenvolver ações de divulgação e promoção para Foz do Iguaçu e região – estima um crescimento de 5% a 10% no número de visitantes em 2014. Para a instituição, o desafio da cidade é garantir sustentabilidade aos atuais e futuros empreendimentos, o que significa a atração de mais visitantes e desenvolvimento de projetos estratégicos para a infraestrutura. Para que isso aconteça, a Gestão Integrada, por meio do Fundo Iguaçu, vem investindo boa parte dos seus recursos em projetos estratégicos para ampliar a infraestrutura local. Entre os quais a nova pista de pouso e decolagem do aeroporto, que busca transformá-lo em hub do Mercosul e países andinos, com voos diretos para Estados Unidos, Europa e outros destinos mundiais. Na área de mobilidade, segue a luta pela duplicação da Rodovia das Cataratas; revitalização da Ponte da Amizade – que visa melhorar o fluxo de visitantes entre Brasil e Paraguai; além de um projeto audacioso para transformar a Beira Foz em realidade, criando um novo eixo de desenvolvimento para o turismo às margens do Rio Paraná.

Página 62 | Revista ACIFI


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Revista ACIFI | Página 63


Social

JANTAR /BAILE DO EMPRESÁRIO

O

Jantar do Empresário levou ao Rafain Palace Hotel, pelo 5º ano consecutivo, grandes nomes da indústria, comércio e profissionais de contabilidade, engenharia e arquitetura. Assinado pela ACIFI, AEFI, Conselho da Mulher Empresária e Executiva, Sincofoz e Sescap, o evento foi animado pela Banda Zyons e teve parte da renda destinada ao Albergue Noturno de Foz do Iguaçu.

Fotos: Suelen Bicicgo

2 - Conselho da Mulher Empresária e Executiva da ACIFI, idealizador do evento, com a vice-presidente da ACIFI, Célia Rosa 3 - Ana Luiza e Valmir Roberto Tombini 4 - Jorge Ricardo Khun e Elizangela de Paula Khun 5 - Denis e Andréa Dib 6 - Eduardo de Brito Dreyer e Aline Salatino 7 - Nilza Dalmoro e Rudney Lopes Vargas 8 - Priscila Santi e Cleverson Fizinus 9 - João Batista de Oliveira, Amauri Nascimento, Graci Braga e Ocivaldo Gobetti Moreira 10 - Edson Tsuzaki, Lia de Marco, Lia Marcon e Marcio Marcon 11 - João Batista de Oliveira, Claudia Friche, Maria Dutra e Córjesus Fontoura Dutra 12 e 13 - Josiane Faé e Val Baranoski, no sorteio de brindes coordenado pelo Conselho da Mulher Empresária e Executiva da ACIFI

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Por que investir em Foz

DREAMLAND APOSTA NO POTENCIAL TURÍSTICO DE FOZ Grupo ampliará investimento para além de Museu de Cera e Vale dos Dinossauros

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ersonalidades do mundo do cinema, música, esporte, televisão, cultura pop, ciência e política montaram residência em Foz do Iguaçu. Estão todos reunidos numa enorme casa de vidro, tendo na vizinhança dinossauros gigantes. Esse é o cenário mágico do Dreamland, o mais novo atrativo iguaçuense. As estátuas e réplicas de animais integram o Museu de Cera e o Vale dos Dinossauros, inaugurados pelo Grupo Dreamland em 10 de junho deste ano, quando Foz do Iguaçu completou 100 anos. O “parque cultural” pertence ao mesmo grupo empresarial que possui os atrativos em Gramado, na Serra Gaúcha.

Por que Foz do Iguaçu? A Revista ACIFI dá continuidade nesta edição à seção que busca esclarecer a motivação dos novos empreendimentos em Foz do Iguaçu. Responder a essa questão é fundamental para tentar entender os rumos da economia da fronteira, além de ser uma inspiração positiva para outros empresários. De acordo com o gerente-geral do empreendimento, José Luiz Moreira, o Grupo Dreamland resolveu construir o Museu de Cera e o Vale dos Dinossauros em Foz do Iguaçu devido ao grande número de visitantes no destino, ao público regional e também à falta de atrativos fechados para os dias de chuva e frio na cidade. A proposta é ampliar o roteiro turístico aos milhões de visitantes que chegam a Foz do Iguaçu, concentrando os passeios nas Cataratas do Iguaçu, Itaipu Binacional, Parque das Aves, além das opções de lazer e compras na Argentina e Paraguai. “Também nos chamou atenção foi a falta de outras opções para o turista e moradores”, completa Moreira. INVESTIMENTO – O grupo empresarial deve investir cerca de R$ 100 milhões em todo o complexo, que receberá novos atrativos nos próximos anos.

“A princípio estamos com quatro mil metros de obras prontas, sendo 2.400 metros quadrados no Museu de Cera e 1.600 metros quadrados no Vale dos Dinossauros”, informa o gerente-geral. Além do Museu de Cera e Vale dos Dinossauros, o empreendimento abrigará Hollywood Dream Cars, Harley Motor Show, Museu dos Caminhões, Casa do Terror, Cinema 9D e Minimundo. Quando concluído, o parque terá um total de 26 mil metros de área construída, dentro de um terreno de 60 mil metros quadrados. O próximo atrativo a ser inaugurado é o Hollywood Dream Cars, previsto para ser entregue em junho de 2015. O ATRATIVO – O Museu de Cera Dreamland, maior do gênero no país, possui um acervo de mais de 70 estátuas em tamanho real espalhadas em 16 cenários diferentes. Entre os retratados estão os papas João Paulo II e Francisco, Homem-Aranha, Madonna, Charlie Chaplin, Neymar Jr., Jack Sparrow e outros personagens. Já o Vale dos Dinossauros conta com 20 réplicas de animais. Dispostas em uma trilha em meio a um bosque, as réplicas emitem sons e movem algumas partes do corpo. Entre as espécies representadas estão o diplodoco, o protocerátopo, o estegossauro, o carnossauro. O destaque fica por conta do giganotossauro, um predador carnívoro com mais de 13 metros de altura.

SERVIÇO: DREAMLAND EM FOZ DO IGUAÇU Funcionamento: diariamente das 8h às 19h Rodovia das Cataratas, 8.100 Telefone (45) 3527-8100 www.facebook.com/MuseudeCeraFoz www.facebook.com/ValedosDinossaurosFoz Fotos: Adilson Borges

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Grupo Dreamland deve investir cerca de R$ 100 milhões em todo o complexo


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