Revista ACIFI - Décima Oitava Edição

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REVISTA #18

Novembro de 2017 Distribuição gratuita

MAIS DE R$ 1 MILHÃO EM PRÊMIOS

Comércio de Foz do Iguaçu presenteia consumidor com a maior campanha promocional do varejo paranaense, que vai distribuir 7 carros, 7 motos e centenas de vale-compras. Revista ACIFI | Página 1


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DIRETORIA DA ACIFI - GESTÃO 2016/2018 Leandro Teixeira Costa Presidente Paulo Pulcinelli Filho Vice-Presidente Elizangela de Paula Kuhn Segunda Vice-Presidente Luiz Antônio de Lima Diretoria Financeira Rogério Soares Böhm Diretoria Administrativa

Revista ACIFI é uma publicação bimestral da Associação Comercial e Empresarial de Foz do Iguaçu. Distribuição gratuita. Correspondências, inclusive reclamações e sugestões de reportagens, devem ser enviadas à sede da associação ou pelo e-mail revista@acifi.org.br Ano III

Número 18

Novembro/2017

Alexandre Palmar Jornalista responsável Mtb 3717 Lucas Marcoviz Florão Publicidade e design Kiko Sierich Fotografia

James Bortolini Diretoria de Prestação de Serviços

Alexandre Palmar, Douglas Furiatti e Paulo Bogler Redação

Neve Góis Diretoria de Comunicação e Marketing

Douglas Furiatti Revisão

Rudney Lopes Vargas Diretoria de Associativismo

Dimas Bragagnolo Diretor-Executivo

Renan Breda Diretoria de Desenvolvimento Econômico e Social

Natalia Fuentes Coordenação operacional

Mario Alberto Chaise de Camargo Diretoria de Comércio Exterior

César Ferreira dos Santos Departamento Comercial

José Elias Castro Gomes Diretoria de Comércio e Serviços

Colaboradores Abilene Rodrigues, Gabriela Brandalise, Juliana Dotto e Marina Delai

Edmilson Souza dos Santos Diretoria de Indústria, Infraestrutura e Logística CONSELHO DELIBERATIVO Presidente Faisal Mahmoud Ismail Secretário João Batista de Oliveira Conselheiros Altino Voltolini, Anna Sophie Helene Croukamp, Carlos Silva, Célia Neto Pereira da Rosa, Danilo Vendruscolo, Fábio Hauagge do Prado, Kamal Osman, Laudelino Pacagnan e Paulo Quintela CONSELHO FISCAL Elias João Dandolini, André Baraldi, Elizabeth Arrais Soares, Pedro Tenerello, Manuele Fritzen e Djalma Fonseca

Impressão Gráfica Tuicial Tiragem 3 mil exemplares Curta nossa fanpage

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www.acifi.org.br ACIFI – Associação Comercial e Empresarial de Foz do Iguaçu Rua Padre Montoya, 451 – Centro CEP: 85851-080 Central de Atendimento (45) 3521-3300 atendimento@acifi.org.br

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ÍNDICE 6

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Associado ACIFI

Karam, exportando da Vila Portes para a fronteira afora

Por que investir em Foz

Vivaz Cataratas, um hotel conectado à natureza

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Sou + ACIFI

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Formalidade

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Observatório Social

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Doações

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Eliana Modas é sinônimo de várias opções e de bom preço e atendimento na região do Morumbi

Combater a informalidade com ações para a inclusão de informais é fundamental ao desenvolvimento socioeconômico

Cartilha educativa difundirá a cidadania na comunidade iguaçuense

Destinação do Imposto de Renda pode gerar mais de R$ 8 milhões para projetos sociais de Foz

Empreendedorismo

Alfa Coworking alia redução de custos, modernidade e criatividade

Natal Sonho Dourado

Campanha aquece comércio iguaçuense com distribuição de mais de R$ 1 milhão em prêmios

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Palavra do Presidente Caro empresário,

Leandro Teixeira Costa Presidente da ACIFI

com muita alegria trazemos a campanha Natal Sonho Dourado na capa desta edição da Revista ACIFI. A promoção começou a ser planejada há um ano, pensando-se em todos os detalhes para que seja uma importante ferramenta de aumento das vendas neste final de ano. Um carro será destinado para consumidores de Foz e região, e outros sete automóveis, motos e muitos vale-compras serão sorteados no estado todo. Também temos muitas chances de que vários outros saiam para nossa cidade, uma vez que Foz do Iguaçu está em primeiro lugar em número de cupons que serão entregues aos consumidores. Empresário, caso sua empresa não esteja participando, corra que ainda dá tempo para aderir à campanha Natal Sonho Dourado. São mais de R$ 1 milhão em prêmios que movimentarão o comércio iguaçuense. Ainda nesta edição da revista tratamos da informalidade, um importante tema que afeta a economia da nossa cidade e também os empresários que estão regularizados e que pagam seus compromissos em dia. Em outubro realizamos uma dura reunião com o prefeito, da qual participaram mais de 30 empresários, com o objetivo de cobrá-lo para uma ação efetiva de incentivo à formalização. A cobrança ao Executivo foi motivada pelo fato de que estamos sendo punidos constantemente com o aumento de tributos e com a concorrência desleal, pois não vemos acontecer a fiscalização para combater a informalidade. Confira a matéria completa e também outros importantes assuntos que trazemos nas páginas a seguir. Boa leitura e sucesso nos negócios!

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Joelson Karam: “Comecei na Vila Portes, em um barracão no meio do mato. Hoje temos nossa sede própria, com 600 metros quadrados”.

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Karam, exportação reinventada na Vila Portes Empresa é associada ACIFI desde 1985

A

capacidade de analisar e adiantar-se às condições surgidas em diferentes cenários garantiu ao empresário Joelson Karam a permanência no ramo de exportação em Foz do Iguaçu. Em 1984, ele criou a Exportadora Karam, no Jardim Jupira. Poucos anos depois, anteviu dificuldades para os negócios devido ao seccionamento de vias públicas na região. O empresário transferiu seu empreendimento para a Vila Portes, a poucas quadras da Avenida JK. Foi uma das primeiras firmas nesta parte do bairro, enquanto a área mais próxima da Ponte Internacional da Amizade já era um verdadeiro “formigueiro”. Na chamada “ponte”, desenvolveu-se um grande centro comercial com centenas de exportadoras e comércios varejistas. Na década de 1990, a implantação do Mercosul (Mercado Comum do Sul) reconfigurou as relações econômicas na fronteira trinacional. Parte das

exportadoras instaladas na Vila Portes passou a comercializar seus bens e produtos diretamente dentro do Paraguai. “Quem não se adaptou a essa nova realidade mudou de ramo ou quebrou”, recorda Joelson. Com mais de 30 anos de atividades, hoje a Exportadora Karam vende materiais descartáveis, velas, fósforos e uma gama de produtos. Só não trabalha com alimentos. “No auge da exportação em Foz, o forte era o comércio de balcão. Mas isso mudou. Para sobreviver, passamos a atuar como entrepostos e a vender no outro lado da ponte”, conta.

Produto para exportação O exportador relembra que começou no ramo vendendo aguardente, corda, vela e fósforos, em um prédio alugado, e sem dinheiro para investir. O pagamento aos fornecedores era feito conforme aconteciam as vendas. “Comecei na Vila Portes, em um barracão no meio do mato. Hoje temos nossa sede própria, com 600 metros quadrados”, diz.

No período de pujança, a Exportadora Karam chegou a ter mais de 30 empregados e fazer até 150 vendas em um dia. “As exportadoras da cidade abasteciam o Paraguai naquela época. Após o Mercosul, o perfil da Vila Portes mudou, tornando-se a grande área de varejo que é hoje, que recebe moradores de Foz e região, paraguaios e argentinos”, aponta Karam.

Soluções por meio da ACIFI Associado ACIFI desde 1985, Joelson Karam acredita na representatividade da entidade como fator de desenvolvimento para os negócios e para a cidade. “Como entidade de classe, a ACIFI é um meio para os empresários chegarem mais perto das soluções de problemas comuns. Por isso permanecemos associados em todos esses anos”, conclui.

Exportadora Karam Rua Fagundes Varela, 682, Vila Portes (45) 3528-0085 e 3528-9507

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Por que investir em Foz

Vivaz Cataratas, moderno e integrado à natureza Novo resort em Foz resulta de uma bela transformação do antigo Hotel Panorama

O

turismo em Foz do Iguaçu vive um período de investimentos, ignora o ceticismo que ainda recai sobre a economia nacional e garante a expansão das atividades. Os resultados são novos empreendimentos, diversificação do destino, geração de postos de trabalho e aumento do número de visitantes à procura dos atrativos da região. Exemplo desse bom momento é o Vivaz Cataratas Hotel Resort & Aquaparque, que abre suas portas depois de operar uma verdadeira transformação no antigo Hotel Panorama. Referência em beleza e harmonia, a obra inspirada no traço do arquiteto Oscar Niemeyer mantém os contornos originais, mas passou por amplas e modernas modificações. Conectado com a natureza exuberante específica da região, o hotel ganhou luz, alegria e leveza para combinar com as vibrações da cidade que abriga as Cataratas do Iguaçu, retrata Edilson Andrade. Ele divide a propriedade do Vivaz com os sócios Altino Voltolini e Camilo Rorato, além de ser também o responsável pela Diretoria Comercial do grupo. O Vivaz Cataratas Hotel Resort & Aquaparque possui 173 acomodações e oferece o conforto das hospedagens com padrão quatro estrelas de nível superior. “Os investimentos garantiram um ambiente moderno e funcional, mais beleza e acessibilidade. É um hotel

brilhante para atender turistas cada vez mais exigentes, do Brasil e do mundo”, destaca Edilson.

demonstra muita confiança em Foz do Iguaçu, um destino reconhecido internacionalmente”, enfatiza Edilson

Ampliação Na reforma do hotel, foram utilizadas as tecnologias e os materiais mais modernos disponíveis no mercado, conta o proprietário. “Os vidros espelhados da fachada, por exemplo, agora valorizam ainda mais a natureza e tornam o ambiente iluminado e alegre. O hotel está vivaz, refletindo o seu nome”, expõe.

Vivaz Cataratas Hotel Resort & Aquaparque Avenida das Cataratas, Foz do Iguaçu www.vivazcataratas.com.br

As instalações abrigam minicampo de golfe, trilhas na natureza, campo de futebol, spa, quadras de tênis, caminho para cachoeiras e piscina inteiramente remodelada. As suítes especiais ganharam os nomes Tierra, Hojas, Pietra e Selva. Os investimentos ainda incluem novos pisos, climatização, decoração, ampliação dos apartamentos e mobiliário novo. Empresariado iguaçuense O hotel Vivaz é administrado pelo Grupo Recanto Cataratas e abrange investimentos de empresários de Foz do Iguaçu. O empreendimento gera cem empregos diretos e uma rede de fornecedores e prestadores de serviços. “O investimento

Edilson Andrade: os investimentos garantiram um ambiente moderno e funcional, mais beleza e acessibilidade Página 8 | Revista ACIFI


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Economia

Josias Cordeiro da Silva é presidente do WTC Sul Business Club e CEO do JCS Group

Flexibilidade no trabalho para os hiperconectados

O

s jovens que estão chegando ao mercado de trabalho nesse momento, integrantes da chamada Geração Y, eram vistos até pouco tempo como dispersos, narcisistas, mal-educados, sem foco, perdidos, impacientes, preguiçosos, irresponsáveis e infiéis. A longa lista de degenerativos aplicada a quem nasceu nas décadas de 1990 e 2000 e tem hoje entre 17 e 34 anos é injusta e está superada. Essa turma já compõe 47% da população no mercado e conquista espaço com um conjunto de habilidades que os mais velhos não dominam. Entre elas, consomem informação imediata e são multitarefas, reconhecem a liderança compartilhada, estão ligados às novas tecnologias, têm educação mais sofisticada, falam idiomas e muitos são autodidatas, têm autoestima elevada e formam a geração fitness. E logo atrás deles já vem chegando a Geração Z, com um conjunto de características que revira ainda mais o velho conceito do trabalhador que sonha com o relógio de ouro e a aposentadoria no fim do arco-íris. Globalizados, os jovens nascidos nos últimos 16 anos têm acesso às mesmas roupas e produtos que um jovem consome em Hong Kong; são mais inclusivos e menos preconceituosos

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porque cresceram expostos à diversidade; são hiperconectados, passando de oito a 18 horas na internet, e sofrem do medo de perder as novidades e os memes do momento; são empreendedores, querem fazer algo que tenha um sentido, uma missão, por isso criam mais do que as gerações antecessoras. Eles leem pouco, acham que biblioteca é coisa do passado. São do tempo da imagem. Compreender a cabeça e o coração dessas gerações já não é uma concessão que os mais velhos devem fazer. Estamos obrigados a isso. Nossas equipes de trabalho serão tanto mais produtivas e eficientes quanto mais entenderem suas angústias e desejos. A reforma trabalhista que entra em vigor em 11 de novembro acende algumas luzes neste túnel. Ainda temos muito o que aprender sobre a nova legislação, as mudanças em nossas rotinas administrativas e o relacionamento sindical com as categorias profissionais. Foi o que mostraram em Foz do Iguaçu, neste mês, os três especialistas convidados pelo WTC Business Club, durante o evento com empresários que realizamos no Recanto Cataratas Resort. O desembargador Sergio Murilo Lemos, do Tribunal Regional do Trabalho do Paraná, o advogado trabalhista Célio Pereira Oliveira Neto e a gestora de

RH Carina Daniel apontaram alguns regramentos que vêm sob medida. É o caso da flexibilidade de horários e do local de trabalho, com a regulamentação do home office. Outra chave de ouro é a possibilidade de atuação simultânea do colaborador em várias empresas, o que permite àquele jovem “impaciente e infiel” trabalhar em mais de uma frente, obtendo mais dinheiro em uma e mais satisfação em outra. Já não há espaço para o engessamento das relações de trabalho. Nossos colaboradores precisam acumular satisfação e experiências interessantes e vão continuar em seus postos enquanto estiverem aprendendo ou vendo valor na atividade. Os negócios só têm a ganhar nesse mundo flexível e colaborativo!

Sobre o WTC Sul Business Club O WTC Business Club é a maior associação de executivos e empresários do mundo, e também a mais completa plataforma de negócios, com 330 unidades em cem países. Sua missão é a de fomentar o ambiente de negócios, local e internacionalmente, e gerar oportunidades aos seus associados. Isso é feito de várias formas, principalmente por meio de eventos de networking e de conteúdo relevante e inovador. A agenda do segundo semestre nas cidades do Sul tem 25 eventos planejados para o Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.


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Por dentro da lei

Marcelo de Brito Almeida, advogado,especialista em Direito Civil e Direito Processual Civil

Hora extra na reforma trabalhista: como fica?

A

reforma trabalhista, que estará em vigor a partir de 11 de novembro, vem gerando preocupação aos empresários e empregados. Muitas críticas ainda surgem, mas é fato que ela será recepcionada em nosso mundo jurídico e terá vigência, portanto temos de nos adequar à norma que chega.

Com relação às chamadas horas in itinere, que seria o tempo que o empregado demorava para se locomover, com carro próprio ou da empresa, ou viajar para prestar o serviço, ou seja, trabalhar, não será em nenhuma hipótese considerado tempo à disposição da empresa.

Em linhas gerais, a questão da jornada de trabalho sofre uma mudança significativa. Existe realmente uma flexibilização neste assunto. Será permitido estender a carga de 12 horas diárias para qualquer categoria, e atividades que antes eram vistas como trabalho ou consideradas “tempo à disposição da empresa” agora deixam de contar como jornada (tempo em viagem, entre outras situações).

E em continuação ao regime de jornada, a CLT apresenta, de forma expressa, o regime de teletrabalho, categoria que enquadra o home office, quando o empregado trabalha fora das dependências da empresa, situação que já vem sendo adotada por empresas por meio de acordos individuais e coletivos. Quem optar por este regime não terá a mínima possibilidade de postular qualquer tipo de hora extra.

A nova lei permite que a jornada em um único dia possa chegar a 12 horas, desde que respeitado o intervalo mínimo de descanso de 36 horas. Mas isso só será possível com o aval do sindicato de cada categoria, por acordo coletivo entre empregador e trabalhador. Ou seja, não existirá aplicação imediata, e os sindicatos terão de “chancelar” a faculdade de extensão do labor. É importante salientar que essa jornada já é adotada por algumas categorias em função da especificidade do serviço, como dos vigilantes.

As mudanças são significativas e acabam por adequar situações já existentes que dependiam de regulamentação legal definitiva para que não se tivesse dúvida sobre a possibilidade de adoção do regime de trabalho. Elas também delimitam situações de elastecimento de jornada de trabalho com uma certa flexibilidade, o que permitirá um ajuste direto entre empregador e empregado.

Na semana, o limite das horas trabalhadas será de 48 (44 horas da jornada padrão mais quatro horas extras). No mês, não se poderá passar de 220 horas – assim como para quem trabalha oito horas por dia. A nova lei também exclui, em linhas gerais, como jornada o período em que o empregado permanece na empresa sem trabalhar. Se ele continuar no trabalho após o expediente para se alimentar, trocar de roupa ou fazer atividades de lazer, este tempo adicional não vai mais ser considerado como jornada.

As críticas surgem para ambos os lados, mas nessa matéria específica existe uma adequação correta, pois “desamarra” um pouco as imposições estatais sem que o funcionário deixe de receber horas extras quando prestá-las. As mudanças que não dependem de acordo individual ou coletivo terão aplicação imediata aos contratos vigentes, a partir do dia 11 de novembro de 2017, em nossa opinião. Certo ou errado, como já dito anteriormente, certamente somente o dia a dia e a adequação da norma às relações de trabalho existentes dirão se a medida melhorou ou não o número de vagas e as condições de trabalho. Aguardemos, torcendo sempre para a melhora do nosso país!

Esta coluna se propõe a responder a dúvidas relacionadas ao Direito do Trabalho que você, associado, pode eventualmente ter na relação com seus colaboradores. Envie sua pergunta para o e-mail revista@acifi.org.br e confira a resposta do advogado Marcelo de Brito Almeida nas próximas edições. Página 12 | Revista ACIFI


Livros

CLT COMPARADA COM A REFORMA TRABALHISTA (2017) Henrique Correia, Élisson Miessa, Raphael Miziara e Breno Lenza Editora Juspodivm A Lei 13.467, de 13 de julho de 2017, altera a CLT e provoca profundas modificações nas relações de trabalho no país. Para auxiliar o leitor no entendimento, a obra contém um índice alfabético-temático das novidades separado de acordo com o direito material e com o direito processual do trabalho. O conteúdo da CLT foi disposto de maneira que o leitor perceba de imediato as alterações do texto: os dispositivos que sofreram impactos pela reforma trabalhista estão divididos em duas colunas (nova redação x antiga redação).

TRABALHISTA! O QUE MUDOU? – REFORMA TRABALHISTA 2017 Marlos Augusto Melek Editora Estudo Imediato O autor, juiz Marlos Augusto Melek, professor em cursos de Direito e Administração, membro da equipe de redação da reforma trabalhista em Brasília, explica didaticamente como era e como ficou a regra, tecendo breves comentários. O livro traz as mais de 200 mudanças da legislação, com indicações para aplicações práticas no dia a dia, sem o “juridiquês”.

REFORMA TRABALHISTA – ENTENDA O QUE MUDOU – CLT COMPARADA E COMENTADA Luciano Martinez Saraiva Editora A obra possui estrutura objetiva e apresenta tabela com a CLT alterada pela reforma trabalhista e a CLT ainda vigente, trazendo os dispositivos alterados seguidos dos comentários do autor. Nesses comentários, estão incluídas análises doutrinárias, conferências de súmulas e de OJs que podem ser prejudicados com a reforma e até mesmo observações sobre a Adin 5766, ajuizada pelo ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot contra artigos da Lei nº 13.467/2017.

COMENTÁRIOS À REFORMA TRABALHISTA – ANÁLISE DA LEI 13.467 – ARTIGO POR ARTIGO Homero Batista Mateus da Silva Editora RT Conhecido pela vasta produção acadêmica e pela coleção Curso de Direito do Trabalho Aplicado, o prof. Homero traduz com simplicidade e astúcia todos os meandros da reforma trabalhista de 2017, a maior que o Brasil conheceu em mais de 70 anos. O autor explica o que muda e o que permanece intocado nas relações entre empregado e empregador, entre os sindicatos e no funcionamento da Justiça do Trabalho, mantendo seu estilo de aliar simplicidade e abrangência em todas suas explicações.

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Especial

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CAMPANHA DISTRIBUI 7 CARROS, 7 MOTOS E CENTENAS DE VALE-COMPRAS A tão esperada campanha para movimentar o comércio no fim de ano finalmente é uma realidade em nossa cidade. A Natal Sonho Dourado 2017 impulsionará de forma decisiva as vendas das empresas do centro e dos bairros. Afinal é simplesmente a maior promoção do varejo paranaense – e, veja só que orgulho, Foz do Iguaçu é o município com a maior adesão no estado. Lançada na cidade pela ACIFI (Associação Comercial e Empresarial de Foz do Iguaçu) e pela Faciap (Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Paraná), a ação reúne números surpreendentes. Após um ano de muito planejamento e organização, chegamos a novembro com a adesão de cerca de 150 estabelecimentos iguaçuenses, que, juntos, distribuirão mais de 1,5 milhão de “rasgadinhas” aos consumidores em pouco mais de dois meses de vendas. São consumidores de olho na distribuição de mais de R$ 1 milhão em prêmios, entre uma caminhonete, sete carros e sete motos, além de centenas de vale-compras de R$ 300. Vale frisar que a premiação é unificada entre 71 cidades paranaenses que participam da campanha, mas no caso de Foz do Iguaçu, graças à ACIFI, foi inserido um veículo adicional, que obrigatoriamente será destinado ao município. Iniciada em 1º de novembro, a ação promocional será decisiva para oferecer um baita diferencial e atrativo aos estabelecimentos do centro e dos bairros. Até 10 de janeiro serão promovidos nove sorteios (dois em novembro, seis em dezembro e um em janeiro), sendo os contemplados definidos com base na extração dos resultados da Loteria Federal.

A promoção é coordenada, na cidade, pela ACIFI e pela Faciap, com apoio da Itaipu Binacional e Sicoob Três Fronteiras. Tem ainda parceria estratégica com várias entidades do comércio local.

Maior premiação O presidente da ACIFI, Leandro Teixeira Costa, destaca que, após 13 anos, a comunidade tem uma campanha unificada que atinge todas as regiões do município, incentivando os consumidores a comprar produtos e serviços nos estabelecimentos participantes. A última ação conjunta foi promovida pela própria ACIFI, a Foz é Show, em 2005. “É a maior premiação do varejo paranaense, com Foz ocupando lugar de destaque entre as cidades participantes. Começamos a planejar a ação em outubro do ano passado, para hoje entregar à comunidade uma campanha impecável. Temos vários prêmios, inclusive um carro, que obrigatoriamente será destinado para a nossa cidade”, afirmou Costa.

Consumidor só precisa cadastrar cupom A forma de participação é bem simples. A cada R$ 50 em compras nas lojas identificadas na promoção, o consumidor recebe uma “rasgadinha”. Depois é só cadastrar o número do cupom no site www.natalsonhodourado.com.br via celular, tablet ou computador. Pronto, você já estará concorrendo.

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Especial

PARA ALÉM DAS VENDAS

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s empresas participantes da campanha Natal Sonho Dourado tem um grande diferencial neste fim de ano. Quem aderiu à promoção está conquistando mais visibilidade à marca. Isso porque campanhas promocionais aumentam o tíquete médio de varejistas. O diretor-executivo da ACIFI, Dimas César Bragagnolo, ressalta ainda que a promoção bem desenvolvida, além do retorno financeiro, resulta em fixação de marca. “Campanhas promocionais de compre e participe dão credibilidade e robusteza à empresa”, constata. Olhe só o que a empresa participante terá após o término da ação. Os dados estratégicos facilitarão inúmeras outras medidas de gestão e do próprio marketing do estabelecimento ao longo do ano. Banco de dados com informações fiéis e atuais. Atualização cadastral da base de dados existente do cliente. Entendimento do público-alvo que compra em sua loja (visão de mapa). Auxílio na área de marketing (campanhas mais assertivas, inclusão de outdoor em vias de maior movimento). Número de telefone e e-mail atualizados para uso em marketing digital. Visão do público comprador (faixa etária, nicho, gênero, etc.). Este ponto é muito importante, pois muitos bancos de dados para abertura de crediário pediam o comprovante de renda do marido.

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emos um recado para você, empresário, que já aderiu à campanha Natal Sonho Dourado. O nosso Departamento Comercial elaborou dez dicas para garantir o êxito em seu estabelecimento. “O sucesso nas vendas agora também depende dos empresários e seus colaboradores”, frisa o gerente de Produtos e Serviços da ACIFI, Cesar Ferreira dos Santos. Antes de compartilhar esses macetes estratégicos, é importante informar que a ACIFI está há um ano concentrando esforços para entregar a você neste momento uma oportunidade única de impulsionar as vendas. Em novembro também iniciamos uma forte divulgação de mídia (tevê, rádio, jornal, revista e internet) para levar o cliente até a sua porta. Leia e releia o regulamento. Inclua todos os colaboradores na divulgação da campanha. Enfeite sua loja. Lembre-se de caprichar na fachada. Não deixe nenhum cliente sair de sua loja sem saber da campanha. Não economize na entrega das “rasgadinhas”. Lembre: a cada R$ 50 em compras, o cliente tem direito a uma. Faça a sua mídia própria. Existem diferentes formas de realizar uma boa divulgação: boca a boca, outdoor, TV, rádio, carro de som...

DICAS PARA O SEU SUCESSO COM A “RASGADINHA”

Elabore um bom planejamento de entrega. Se for necessário, contrate uma agência. No mercado há profissionais especializados para ajudar! Incentive e ensine o seu cliente a cadastrar a “rasgadinha”. Invista seu tempo para acompanhar a evolução das vendas. Inove a cada momento para vender mais com a campanha

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Especial

EMPRESÁRIO, CORRA QUE AINDA DÁ TEMPO

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Natal Sonho Dourado 2017 é aberta para associados e não associados da ACIFI, contudo o associado tem um desconto significativo na adesão à campanha. Então se apresse que ainda dá tempo. Você pode fazer a adesão durante todo o período da promoção (de 1º de novembro a 10 de janeiro). Os pacotes são diferenciados nas versões Básico, Bronze, Prata e Ouro, com direito a “rasgadinhas”, cartazes e móbiles de balão conforme o tipo do pacote. Mais informações pelo telefone (45) 3521-3300 ou pelo e-mail natal2017@ acifi.org.br.

Empresas participantes Acquagel Piscinas Agrofoz Ajita Hombre Ajita Hombre Altair Cycles Alumiaço Ana Hickmann

Página 18 | Revista ACIFI

Ande Materiais Elétricos Ar Clima Comércio de Refrigeração Arte Tintas Asupel Peças Augge Joalheiros Auto Revisa Baranoski Floricultura Barbarela Bauru Auto Center Belegance Joalheiros Beverlly Hill Black Street Blumenau Malhas (Av. Brasil) Brasil Verde Produtos Naturais e Suplementos Alimentares Brescoagro Produtos Agropecuários Cabide Feminino Cacau Show Calçados Conceito Calçados Conceito Calçados Rosa Calçados Rosa Calçados Rosa Schutz Cale Bike Shop Casa Ajita Casa das Alianças

Casa das Fresas Casa do Encanador Casa Vitória Casas Ajita Casas Ajita Calçados Cavallari Materiais de Construção Centro Ótico Chantilly Moda Feminina Coexma Confeitaria Magnífica Construart Danny Modas Dental Foz Descontão Distribuidora o Doidão Districal Dourado Pesca & Sport Eletromil Eliana Modas Encopel Papelaria Encoprint Enerluz Exportec Farmafoz Fashion Kids Brasil Feliz Calçados


Imagens meramente ilustrativas

Firenze Panificadora & Confeitaria Flores e Frutas Foto Iguaçu Foz Lar Ginástica do Cérebro Franquias LTDA ME Gisfarma Gold Finger Ideal Joalheiros Ideal Móveis Iguaçu Bombas Interpeças Itaipu Vidros Ítalo Supermercados (Centro) Ítalo Supermercados (Rep. Argentina) Joalheria e Relojoaria Citizen Loja A Marisol Loja Sol de Verão Lojas O Doidão Luiz Centro Automotivo Maq Máquinas Maria Fumaça Kids Marmoraria Acqua Verde Mayer’s Especiarias Mercado Avenida Mercado e Açougue Santa Maria

Minuto Express Morana Móveis Brasil Mulinari Hair Design Mundial Peças New Wave Nyuman Ótica e Joalheria Oklahoma Service Center - JK Óptica Fox Óptica Victória Ótica Conceito Ótica Fox Ótica Íris Óticas Cristal (centro) Óticas Lunelli Óticas Polini Panificadora Adorela Panorama Materiais de Construção Pastelaria Bela Vista Pédemais Calçados Petit Four Panificadora Piccadilly Pilão Comércio de Plásticos Ltda - ME Pinte Bem Revestimentos Pró Saúde Pronapi

Raphaela Booz Roma Panificadora e & Confeitaria Rosa Chiclé Sahara Confeitaria Árabe Santi Móveis Santi Móveis (Av. Mário Filho) Sapé Calçados Si Shoes Outlet SIEP- Sistema de Ensino Profissionalizantes Sultan Sleep & Home Supermecado Nandi Supermercado Consalter Tamanhos Nobres Technos Escola Território Calçados Therbio Teixeira Moreira - ME Tintapar Tintas Mezzalira Titon Perfumes & Cosméticos Três Lagoas Móveis Usadão Varejo Paulista Vidraçaria Alvorada Vidraçaria GlassFoz Vidraçaria Vera Vidrotec

Empresas participantes até 31 de outubro. Veja lista atualizada no site da ACIFI. Revista ACIFI | Página 19


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So u m ais a c i fi

Um sonho que deu certo Eliana Modas abriu as portas há 27 anos e ainda mantém clientes fiéis

E

m 1990, dois anos após o nascimento do seu primeiro filho, Eduardo, a ex-comerciária Eliana Marinho Camparoto resolveu voltar ao trabalho. Agora não mais como funcionária. Incentivada pelo marido, José Carlos, decidiu acreditar no seu sonho de montar um negócio próprio. Foi em frente e nasceu assim a Eliana Modas, localizada até hoje na Rua Canindé, uma das principais do comércio no Morumbi I. O forte da loja é a moda feminina em geral, mas também há opções para o público masculino e infantil. Para acompanhar as tendências e oferecer o que as clientes procuram, a empresária viaja uma vez por mês para São Paulo em busca de novidades. Esse é um dos motivos da longevidade do estabelecimento, aliado ao crediário próprio e bom atendimento. Dessa forma, Eliana consegue manter o vínculo com a clientela, formada pela população do bairro e de localidades vizinhas. Ao longo de quase três décadas de trabalho, ela enfrentou altos e baixos, como o comércio em geral. Chegou a ter três funcionárias e receber a ajuda dos

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dois filhos, Eduardo e Edilson, para dar conta do movimento.

papel da ACIFI em prol do crescimento e fortalecimento dos seus associados.

Os tempos mudaram, principalmente nos dois últimos anos, e hoje a empreendedora toca a loja com a ajuda da colaboradora Solange, há 15 anos ao seu lado, e do filho caçula, Edilson. Mas ela nunca desanima, afinal “amo e sou muito realizada em que faço”. Outro motivo de alegria é ter conseguido preservar as clientes antigas e ver que os filhos e filhas delas continuam prestigiando seu negócio.

Por isso, não perdeu tempo e garantiu participação na campanha Natal Sonho Dourado. Sua expectativa é vender 20% a mais em relação ao ano passado. Para chegar lá, já está iniciando a propaganda boca a boca. “Estou animada. Em breve vou colocar uma faixa na frente da loja para ajudar na divulgação. Campanhas assim são boas para os lojistas e para os clientes”, disse.

“Amo e sou muito realizada em que faço” Associada ACIFI há 13 anos A relação da empresária com a ACIFI iniciou em 2004. Mesmo mantendo crediário próprio, após a informatização da loja, ela passou a utilizar o SPC. Avalia ser um serviço eficiente e que dá segurança ao empresariado. Além da proteção ao crédito, Eliana informa participar de outras iniciativas da associação comercial por acreditar no

Para finalizar a entrevista, na realidade um agradável bate-papo, a comerciante revelou que tinha o sonho de sair nesta revista. Se era um desejo seu, Eliana, assim como foi a abertura de sua loja, eis você aqui em nossas páginas. Nós também nos sentimos felizes com sua presença. Serviço Eliana Modas Rua Canindé, 384, Morumbi I Telefone: 3525-2394 E-mail: lojaeliana@gmail.com


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Economia

Foz precisa priorizar aumento da formalidade O informal concorre de forma totalmente desleal com o empresário formalizado e prejudica toda a economia do município

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assou da hora de o poder público tomar atitudes concretas para aumentar a formalidade em Foz do Iguaçu. É urgente a implantação de políticas de desenvolvimento para fazer justiça fiscal e estimular uma economia mais inclusiva, produtiva e competitiva. Hoje o cenário na cidade é desanimador. De um lado, pequenos, médios e grandes empresários, microempreendedores individuais, profissionais liberais e autônomos esforçando-se ao máximo para cumprir todos os deveres e deixar o negócio em dia. Fazem a lição de casa, sob o ponto de vista da legalidade, com o recolhimento de impostos e encargos sociais. Do outro lado, claramente a informalidade plena de inúmeras atividades econômicas sem a devida abertura de CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica), alvará de funcionamento, alvará do Corpo de Bombeiros, entre outras exigências para abrir as portas de um negócio. Essa omissão dos órgãos públicos gera o aumento da sonegação de impostos.

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Por incrível que pareça, quem busca andar na linha sofre regularmente pressão do poder público, com todo tipo de fiscalização. Basta pisar fora do trilho para receber multas e outros tipos de sanções. Já quem está na informalidade é ignorado pelos órgãos municipais, estaduais e federais, permanecendo à margem da lei sem esquentar a cabeça. Para o presidente da ACIFI, Leandro Teixeira Costa, o informal concorre de forma totalmente desleal com o empresário formalizado e prejudica toda a economia do município. “O informal transfere ao preço do produto ou serviço uma vantagem obtida de forma ilegal, competindo injustamente e prejudicando os empresários. Não se concebe, com toda a evolução tecnológica, haver tamanha informalidade”, critica Costa. São inúmeros os benefícios de uma economia saudável, tanto para quem faz a opção pela legalidade quanto para o município. Mas a inversão de valores também gera vários problemas, como a sonegação de impostos, que acaba prejudicando a arrecadação aos cofres

públicos e causando consequências negativas para toda a sociedade.

Enquadramento dos regimes jurídicos Também é preciso fiscalizar o enquadramento correto dos regimes legais nas pessoas jurídicas para construir uma economia com mais justiça fiscal. A regra serve para microempreendedor individual (MEI), empresa de pequeno porte (EPP), microempresa (ME), sociedade anônima (SA), sociedade limitada (Ltda), além de profissionais liberais e autônomos. Um retrato do cenário está nas variações de 2015 para 2016 registradas pela Secretaria Municipal da Fazenda. As microempresas passaram de 2.706 para 2.765; os beneficiados pelo Simples Nacional diminuíram de 8.723 para 8.404; e o número de microempreendedores individuais aumentou de 4.022 para 4.091. Os dados oficiais indicam ainda redução do total de autônomos de 2.395 para 2.243.


Entidades somam forças contra aumento do ISS

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recente aumento do ISS para profissionais liberais reacendeu o debate sobre os caminhos adotados pelo poder público para o desenvolvimento econômico e social de Foz do Iguaçu. Contrárias à elevação da alíquota, entidades se uniram para mobilizar a comunidade para derrubar essa mudança no Imposto Sobre Serviços. As instituições repudiam a aprovação do aumento de imposto para profissionais liberais, pela Câmara de Vereadores de Foz do Iguaçu, em outubro. Os parlamentares, seguindo orientação da prefeitura, decidiram onerar ainda mais um setor fundamental da nossa economia, prejudicando assim o crescimento da cidade. Os poderes Executivo e Legislativo demonstraram que estão de costas para a realidade econômica e social de Foz. Pior: ignoraram pareceres jurídicos, fortemente embasados na legislação federal, contrários ao aumento da alíquota de ISS e à modificação do regime específico para profissionais liberais. As entidades defendem outras formas para o aumento de arrecadação da administração pública – a exemplo

de Maringá e Curitiba, que mantêm a alíquota atual e não prejudicam os profissionais liberais. Antes de aumentar impostos, é preciso combater de verdade a informalidade e ajustar as contas públicas com redução de despesas. O aumento penalizará quem está legalmente constituído e quem paga seus tributos. As entidades sempre se manifestaram a favor de uma maior fiscalização dos informais, mas a inspeção não é realizada – apesar de reconhecido pelo ente fiscalizador que existe “ampla” informalidade. Há hoje milhares de profissionais regularizados numa gama de aproximadamente dez mil prestadores de serviços, o que representa uma imensa perda de arrecadação. Esse total inclui contadores, advogados, médicos, arquitetos, fisioterapeutas, psicólogos, odontólogos, entre outras categorias. Medidas – Representantes de várias instituições iguaçuenses enviaram correspondência para cada vereador que votou a favor do aumento do ISS manifestando total indignação com a aprovação da lei que retira, em linhas gerais, o ISS fixo dos profissionais liberais, ressaltando que tal comando legal ainda está em vigência.

As entidades também acionaram o Ministério Público com o objetivo de reverter a lei. “Não temos outra maneira a não ser tomar as medidas judiciais cabíveis e torcer muito para que não venhamos a viver dias ainda mais difíceis em nossa sociedade local”, completa a carta encaminhada aos vereadores iguaçuenses favoráveis ao aumento do ISS.

Aumento do ISS deve causar demissões Para o presidente da ACIFI, Leandro Teixeira Costa, além de ignorar as razões legais contrárias ao aumento, a prefeitura fecha os olhos para a situação desgastante que os empresários enfrentam numa das maiores crises econômicas vividas no Brasil. “O aumento do valor do ISS, ao contrário de equiparar e aumentar a arrecadação, pode ter justamente o efeito contrário. Como o custo do serviço aumentará, certamente ocorrerá dispensa de funcionários e com isso a redução dos serviços prestados pelas empresas”, afirma Costa. “A população será a principal prejudicada”, complementa.

Representantes de várias instituições iguaçuenses enviaram correspondência para cada vereador que votou a favor do aumento do ISS manifestando total indignação com a aprovação da lei

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Economia

ACIFI cobra da prefeitura ações para aumento da formalidade Entidade apresentou cinco reivindicações para o desenvolvimento socioeconômico de Foz

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ACIFI apresentou as reivindicações da classe empresarial para o prefeito de Foz do Iguaçu, Chico Brasileiro, e vice-prefeito Nilton Bobato no fim de outubro. Os pedidos foram repassados pelo presidente da associação, Leandro Teixeira Costa, acompanhado de diretores e conselheiros da entidade, além de 30 empresários iguaçuenses. Após o encontro, Leandro Teixeira Costa destacou a importância do diálogo e o compromisso assumido pelo prefeito “para construir uma agenda positiva, com reuniões mensais”. Já Chico Brasileiro enfatizou a relevância da classe empresarial. “Nós não vamos desenvolver nossa cidade se não tiver o empresariado participando”, afirmou. “Ficou combinado que prefeitura apresentará, daqui a 15 dias, um plano de ação para estímulo da formalização das empresas e profissionais. A prefeitura também assumiu compromisso de aperfeiçoar, em até dez dias, o software de emissão de alvará para mais agilidade no processo”, informou Costa.

Prefeitura - Durante a reunião, o prefeito apresentou algumas das ações realizadas para promover as atividades empresariais. No início de 2017, por exemplo, a espera pela liberação de um alvará de funcionamento era de até três meses. Esse tempo foi reduzido consideravelmente. O objetivo é emitir o documento em no máximo três dias úteis. Para 2018, Brasileiro anunciou a inclusão de mais de R$ 2 milhões no orçamento anual para serem investidos no Distrito Industrial e Empresarial. Com este investimento, problemas estruturais do local serão resolvidos, e o distrito protagonizará uma verdadeira

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Comitiva de representantes de entidades e empresários em reunião com Chico Brasileiro e Nilton Bobato

“alavanca” de geração de empregos. Também participaram da reunião representantes de várias entidades, entre elas Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Conselho de Desenvolvimento Econômico Social (Codefoz), Observatório Social (OSFI), Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis (Sescap), Sindicato Patronal do Comércio Varejista (Sindilojas), Sindicato das Escolas Particulares (Sinepe), Sindicato dos Contadores e Técnicos em Contabilidade (Sicofoz) e Conselho Regional de Contabilidade do Paraná (CRCPR).

Reivindicações da ACIFI para a Prefeitura de Foz 1) Ações efetivas em prol da formalidade dos negócios, por meio de ações de combate às atividades informais no município, e de estímulo à formalização de trabalhadores e empresas informais. 2) Desburocratização: resolução dos entraves ainda existentes para a implementação completa da Redesim e aprovação da lei que altera as regras dos CNAEs do município, considerando ainda a agilização dos processos relacionados à CTU, maior transparência

e agilidade a todos os processos que envolvem legalização e alterações de empresas. 3) Atendimento às solicitações das empresas do Núcleo do Distrito Industrial da ACIFI, referentes à infraestrutura, rede de internet de fibra óptica, rede de esgoto, calçamento, iluminação, segurança, ponto de ônibus e estrutura para capacitação com parceria entre o sistema Sesi-Senai e a prefeitura. 4) Modernização do Portal da Transparência do município, conforme solicitação do Observatório Social de Foz do Iguaçu (OSFI). 5) Reconsideração e revogação da Lei Complementar 274/2017, que revogou dispositivos do Código Tributário Municipal com relação à tributação do ISSQN dos profissionais autônomos e sociedade de profissionais, contrariando totalmente o Decreto 406/68, em plena vigência, desrespeitando assim princípios basilares da hierarquia das leis, segundo a lei de introdução do Código Civil Brasileiro e a Constituição Federal. Caso esse pleito não seja aceito, não resta alternativa a não ser recorrermos ao Judiciário.


OSFI

Observatório Social lançará cartilha educativa Mascote da publicação será escolhida em concurso; iniciativa está prevista para 2018

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formação de cidadãos críticos, conhecedores de seus direitos e deveres e cientes da importância de acompanhar a gestão pública levou o Observatório Social de Foz do Iguaçu (OSFI) e a Receita Federal do Brasil em Foz do Iguaçu a planejar o lançamento de uma cartilha educativa.

Presidente e coordenadora do Observatório Social de Foz do Iguaçu, Leonor Venson de Souza e Elena Losi

A publicação deverá abordar temas como educação fiscal e para a cidadania, corrupção, controle social dos gastos públicos, transparência, “jeitinho brasileiro”, contrabando, pirataria, entre outros. O lançamento está previsto para 2018, entretanto a formatação do material já está sendo preparada pela equipe do OSFI em parceria com voluntários, servidores da Receita Federal, integrantes da Sociedade Civil Nossa Senhora Aparecida, além da ACIFI “Esta é a primeira iniciativa de criar uma cartilha própria do OSFI. Já existem cartilhas semelhantes, mas essa vai ser a primeira adaptada a nossa realidade”, informou a coordenadora do Observatório Social, Elena Losi. Após finalizada a publicação, ela será distribuída em colégios da cidade com a finalidade de levar as informações e provocar debates entre os adolescentes, promovendo uma educação para a cidadania.

Concurso Para enriquecer o material e torná-lo mais atrativo ao seu público-alvo, será realizado um concurso entre os 300 jovens aprendizes da Sociedade Nossa Senhora Aparecida para definição de um personagem que simbolize a iniciativa. O concurso será encerrado na primeira semana de dezembro, e a mascote será protagonista da cartilha. O concurso é uma iniciativa do OSFI e da Receita Federal Segundo a presidente do Observatório Social de Foz do Iguaçu, Leonor Venson de Souza, a iniciativa vai ao encontro

“O objetivo deste projeto é contribuir para a formação do cidadão e estimular a participação na gestão pública. A educação é o caminho para o desenvolvimento.”

da proposta do OSFI: “O objetivo deste projeto é contribuir para a formação do cidadão e estimular a participação na gestão pública. A educação é o caminho para o desenvolvimento. O OSFI pretende reforçar aos alunos a importância do controle externo, educação fiscal e do acompanhamento no controle dos gastos públicos, contribuindo para a formação da cidadania e redução da corrupção”.

Observatório O Observatório Social de Foz do Iguaçu foi criado em 2009 por iniciativa do Conselho da Mulher Empresária e Executiva da ACIFI. Ele desempenha um papel fundamental para garantir a aplicação eficiente de recursos públicos na cidade, por meio da promoção da cidadania fiscal e controle social. Para executar suas atividades, o OSFI conta com doações voluntárias de entidades e empresas que compreendem e valorizam a essência de seu trabalho. Saiba mais em www.osfi.org.br.

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Codefoz

Câmaras técnicas ampliam a integração com a comunidade Voluntários propõem políticas públicas e melhorias para a população Debate ampliado Conforme Kraemer, o resultado final do trabalho reunirá um conjunto de sugestões para melhorar o atendimento em saúde. O documento será aprovado pela plenária do Codefoz, publicado no órgão oficial do município e deliberado pelo Comus (Conselho Municipal de Saúde). “A execução é de caráter discricionário do prefeito municipal, junto com a sua equipe”, frisa.

Coordenador da Câmara Técnica de Saúde e odontólogo da rede municipal, Alexandre Kraemer

Foto: Marcos Labanca

A

s câmaras técnicas do Codefoz (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social de Foz do Iguaçu) atuam de forma permanente para identificar e propor soluções que tragam melhorias para a população. Os colegiados temáticos promovem a integração e a articulação dos trabalhos da mesa diretora e do plenário do conselho com a comunidade. As câmaras técnicas de Saúde e do Terceiro Setor estão realizando estudos e ações em áreas que refletem diretamente no bem-estar, na qualidade de vida e na proteção social dos iguaçuenses. Com agendas distintas, os colegiados reúnem técnicos, gestores, profissionais de organizações e servidores públicos em torno de projetos e políticas para o município.

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A Câmara Técnica de Saúde elabora um levantamento dos principais problemas na área e a forma de resolver cada um deles. Divididos em equipes que dialogam e se complementam, em que uma trata da atenção hospitalar e a outra da atenção primária, os integrantes da câmara trabalham com prioridades definidas. Coordenador da Câmara Técnica de Saúde e odontólogo da rede municipal, Alexandre Kraemer explica que o financiamento e a gestão de toda a rede de proteção estão entre os principais desafios detectados pelo grupo até o momento. “Levantamos os problemas, definimos as prioridades e agora estamos debatendo propostas para resolvê-los”, conta.

Como forma de ampliar o debate, a elaboração da proposta da comunidade para a saúde pública iguaçuense é feita com a efetiva participação dos órgãos e instâncias institucionais. “O Comus possui dois representantes bastante ativos, assim como a secretaria estadual”, explica Alexandre Kraemer, que representa a prefeitura na câmara temática. Ele ressalta que as reuniões do colegiado acontecem sempre na terceira terça-feira de cada mês, às 18 horas, no Sindicato de Hotéis. “Nossos encontros são públicos, e todas as pessoas interessadas em contribuir para o desenvolvimento de políticas públicas em saúde são bem-vindas”, destaca Kraemer.

Raio-X A Câmara Técnica de Saúde do Codefoz é formada por mais de 30 instituições públicas e da sociedade civil. Os participantes são voluntários indicados por universidades, hospitais públicos e privados, igrejas, secretarias municipal e estadual de Saúde, associações, sindicatos, conselhos de classe e de políticas públicas da área.


Terceiro setor aposta na qualificação das organizações

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s atividades da Câmara Técnica do Terceiro Setor focalizam a capacitação e o fortalecimento das entidades, constituindo uma rede de organizações da sociedade civil de Foz do Iguaçu. As formações acontecem ao término das reuniões periódicas da câmara, em oficinas e encontros que abordam as temáticas escolhidas pelos próprios membros.

Entre os treinamentos recentes promovidos pelo colegiado está a formação de media training, ministrada pelo jornalista e apresentador de telejornal Anderson Frigo. Em conjunto com o Departamento de Convênios e Subvenções da prefeitura, foi realizado debate sobre o decreto que regulamenta parcerias entre as organizações sociais e o poder público municipal.

O coordenador da Câmara Técnica do Terceiro Setor, Renann Ferreira, que é advogado e integrante do Rotaract Club de Foz do Iguaçu M’Boicy, explica que a profissionalização das organizações aumenta constantemente. As capacitações da câmara visam a contribuir para fortalecê-las e atualizar suas equipes sobre as legislações que mudam com frequência. “Nossa missão é dar visibilidade e fortalecer as organizações da sociedade civil. Com isso, promovemos o desenvolvimento social, já que as instituições atuam diretamente com a população beneficiária”, aponta Renann Ferreira. Para ele, o trabalho coletivo contribui para qualificar o atendimento, fortalece a rede e amplia as oportunidades de captação de recursos.

Foto: Paulo Bogler

Campanha A agenda da Câmara do Terceiro Setor inclui a participação na mobilização para aumentar a destinação do Imposto de Renda aos fundos públicos da área social de Foz do Iguaçu. As atividades abrangem conscientização da comunidade, diálogo com contadores e apresentações de exemplos reais de organizações e programas contemplados com a doação.

Perfil

As formações envolvem oficinas e encontros que abordam as temáticas escolhidas pelos próprios membros

A Câmara Técnica do Terceiro Setor do Codefoz é formada por representantes de organizações da assistência social, saúde, educação, turismo, pessoa idosa, esporte, pessoa com deficiência, criança e adolescente, clubes de serviços, escoteiros e institutos. São 12 organizações oficialmente indicadas, além daquelas com participação eventual.

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Boa ação

Transforme a “mordida do leão” numa “doação” de R$ 8 milhões Sem gastar nada, você pode destinar seu Imposto de Renda para projetos que atendam crianças, adolescentes e idosos em Foz do Iguaçu

Auditora fiscal Ana Zuccaro coordena o Programa de Educação Fiscal para a Cidadania, mantido pela Delegacia da Receita Federal

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mpresários, profissionais liberais e trabalhadores com IR (Imposto de Renda) a pagar ou a restituir podem destinar parte do imposto devido para ser aplicada em projetos sociais que atendam crianças, adolescentes e idosos em Foz do Iguaçu. No exercício de 2017, 13.903 iguaçuenses poderiam ter doado para os fundos públicos, totalizando R$ 8.050.988, conforme levantamento da RF (Receita Federal). Ao optar pela doação, os contribuintes determinam que parte dos tributos seja investida na rede de proteção e

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promoção social da cidade, em vez de ser remetida para o governo federal em Brasília (DF). A legislação permite a destinação de até 6% do imposto devido para as pessoas físicas e 1% para as pessoas jurídicas. Para o doador, não há nenhuma oneração do valor a ser pago na forma de imposto nem redução da restituição. A auditora fiscal Ana Zuccaro coordena o Programa de Educação Fiscal para a Cidadania, mantido pela Delegacia da Receita Federal em Foz do Iguaçu. Ela explica que há um sensível aumento

dos valores doados, mas os números ainda estão distantes do montante que pode ser captado. Em 2017, conforme as Declarações de Ajuste do Imposto de Renda da Pessoa Física, ficou em Foz do Iguaçu o montante de R$ 489.027 – apenas 6,07% do potencial de destinação. “Destinar parte do imposto devido aos fundos municipais é uma decisão individual do cidadão, em que ele define a aplicação do recurso em nossa cidade, em programas que beneficiam crianças, jovens e idosos”, enfatiza Ana Zuccaro.


“Estamos tendo avanços, mas muito tímidos. Por isso, toda a sociedade deve envolver-se na conscientização sobre a importância da destinação do imposto. Destinar é seguro e um ato de cidadania”, frisa.

Doação rápida e simples Para doar, o contribuinte deve seguir as orientações dos conselhos de políticas públicas e fazer um depósito identificado, até o dia 29 de dezembro de 2017, nas contas bancárias específicas dos fundos da criança e do adolescente e do idoso. No próximo ano, o doador deverá optar pela declaração de Imposto de Renda completa, informando o repasse. Os conselhos emitirão recibo da doação e a comunicarão à Receita Federal. Informações e orientações podem ser obtidas nos conselhos de cada área, na Travessa Júlio Pasa, 43, centro, ou pelo telefone (45) 2105-8636.

Em 2017, conforme as Declarações de Ajuste informadas no ano anterior, Foz do Iguaçu arrecadou R$ 489.027, apenas 6,47% do potencial de destinação.

Exemplo 1 – Contribuinte pessoa física com Imposto de Renda (IR) a pagar 2017

2018

IR Retido (já pago)

IR Devido

R$ 9.000,00

R$ 10.000,00

Imposto a pagar

Doação 6%

IR a pagar

R$ 1.000,00

R$ 600,00

R$ 400,00

Exemplo 2 – Contribuinte pessoa física com Imposto de Renda (IR) a restituir 2017

2018

Sem destinação

Com destinação

Com destinação

IR Retido (já pago)

IR Devido

Imposto a restituir

Doação 6%

IR a restituir

R$ 9.000,00

R$ 10.000,00

R$ 1.000,00

R$ 600,00

R$ 1.600,00

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Desenvolvimento

Declaração eletrônica agiliza exportações DU-E prevê redução de 40% do tempo médio das operações

Confecção da DU-E foi autorizada para o Porto de Santos (SP) e as cidades fronteiriças de Foz do Iguaçu e Uruguaiana

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despacho aduaneiro de exportação passa por grandes mudanças no Brasil. O comércio de bens para outros países já pode ser processado pela DU-E (Declaração Única de Exportação), sistema que está sendo implantado gradativamente pelo governo federal. O novo procedimento reflete algumas reivindicações dos empresários em comércio exterior, transporte e logística por agilidade no desembaraço de mercadorias.

(Declaração Simplificada de Exportação). As mudanças, regulamentadas pela IN RFB nº 1.702 (Instrução Normativa) da Receita Federal do Brasil, foram inicialmente implantadas em aeroportos da Região Sudeste. Depois, a confecção da DU-E foi autorizada para o Porto de Santos (SP) e as cidades fronteiriças de Foz do Iguaçu (PR) e Uruguaiana (RS). O diretor de Comércio Exterior da ACIFI (Associação Comercial e Empresarial de Foz do Iguaçu), Mario Camargo,

A DU-E é um documento eletrônico em que estão reunidas todas as informações que caracterizam a operação de exportação. A declaração visa a facilitar a liberação de mercadorias, a fim de reduzir custos e prazos e contribuir para elevar a competitividade dos produtos brasileiros no mercado internacional. O governo espera reduzir em 40% o tempo médio para as exportações. A declaração vai substituir os atuais RE (Registro de Exportação), DE (Declaração de Exportação) e DSE Mario Camargo: menos burocracia, mais rapidez Página 30 | Revista ACIFI

avalia que a DU-E significa um avanço nos procedimentos de despacho aduaneiro. “Em um primeiro momento, a nova sistemática poderá assustar os usuários. Com o tempo, ela mostrará suas vantagens, pois o modelo em que estávamos acostumados a trabalhar tinha inúmeros gargalos”, frisa.

Menos burocracia, mais rapidez Camargo explica que, sem a Declaração Única de Exportação, o exportador ou seu representante precisa acessar e utilizar diversos sistemas informatizados, dispostos em vários órgãos do governo, para prestar informações e concluir a operação. “Com a DU-E, faremos uma declaração, um acesso único onde estão reunidos os órgãos anuentes do país, responsáveis por apurar e autorizar a exportação”, destaca. Outra melhoria gerada pela declaração eletrônica é a maior agilidade nos fluxos dos procedimentos. O sistema atual, revela Mario Camargo, exige o preenchimento de 90 campos de


informações, contra no máximo 36 exigidos pelo novo mecanismo. “Muitas informações migrarão da nota fiscal eletrônica, que é a principal base, para a Declaração Única de Exportação”, diz.

Transparência dos processos A transparência dos procedimentos exportadores é outro avanço previsto com a implantação da DU-E. Ao efetivar a declaração, o sistema gerará automaticamente um número de controle ou de rastreio denominado RUC (Referência Única de Carga). Com esse identificador, o exportador, transportador e outros profissionais cadastrados no Portal Único do governo poderão rastrear a mercadoria até o momento da sua liberação. “O mecanismo permite aos usuários o rastreamento de sua mercadoria via on-line. Isso resulta em profissionalismo e contribui para que o processo se desenvolva de forma rápida e correta”, destaca Mario Camargo. Ele lembra que em breve a RUC será uma informação utilizada por todos os países participantes da OMA (Organização Mundial das Aduanas).

Perspectivas para Foz Foz do Iguaçu é um importante centro para o envio e o recebimento de bens e produtos comercializados com outros países. O porto seco sediado no município é considerado o maior da América Latina em movimentação. Pelo posto fiscal, são despachadas todos os anos 180 mil cargas, sendo que mais de um terço delas são decorrentes de operações de exportação. Problemas de legislação, infraestrutura e logística geram demora e atraso no desembaraço de cargas, resultando em prejuízos para a economia, empresários e trabalhadores. Com a Declaração Única de Exportação, espera-se grande redução no tempo de liberação das operações exportadoras. O efeito será a maior fluidez nas relações comerciais e menos filas nos espaços de despacho, controle e fiscalização aduaneiros.

Atentos às mudanças • Para operações de enquadramento normal de exportação, já é possível utilizar a DU-E em Foz do Iguaçu. • A DU-E é feita por meio do Portal Único de Comércio Exterior, vinculado ao Portal Siscomex (Sistema Integrado de Comércio Exterior).

• As mudanças abrangem as transações comerciais para o exterior, por meio de aeroportos, portos marítimos e fluviais, portos secos, rodovias e ferrovias. • Com a DU-E, o exportador poderá realizar três tipos de operações: exportação própria, exportação por meio de operador de remessa expressa ou postal e exportação por conta e ordem de terceiro. • A declaração informa dados sobre a natureza aduaneira, administrativa, comercial, financeira, tributária, fiscal e logística da operação. • Caberá ao usuário ficar atento às informações ou buscar assessoria técnica para aplicar o novo sistema às necessidades da empresa exportadora. • O Brasil assinou acordos com a Organização Mundial das Aduanas para desburocratizar o comércio exterior. Por isso, são constantes as mudanças da legislação e a implantação de novos sistemas. • Além da DU-E, o governo estabeleceu mudanças importantes relacionadas à emissão de notas fiscais de exportação.

Para saber mais O Portal Siscomex (portal.siscomex.gov. br) dispõe de uma seção com perguntas e respostas sobre a DU-E.

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Espaço ACIFI

Excelência, amor e alegria

O Ciclo de Palestras completou o circuito deste ano com sucesso absoluto da palestra de Clóvis de Barros Filho sobre “A vida que vale a pena ser vivida”. Em poucas palavras, a resposta dada pelo professor: excelência, amor e alegria. O doutor e livre-docente na

Escola de Comunicações e Artes da USP (Universidade de São Paulo) arrancou aplausos de 1,5 mil pessoas de diferentes setores da comunidade iguaçuense, no dia 23 de outubro, no Hotel Golden Park Internacional. O 13º Ciclo de Palestras também trouxe ao município neste ano

Parceria com Sesi A ACIFI e o Sesi (Serviço Social da Indústria) firmaram parceria para oferecer desconto na mensalidade do Colégio Sesi – Ensino Médio em Foz do Iguaçu. O convênio garante abatimento de 14,58% na mensalidade escolar, podendo haver mais 5% de desconto por pontualidade nas parcelas, até a data de vencimento, pagas via boleto bancário ou cartão de débito. Para usufruir o benefício, basta comprovar o vínculo com a empresa associada. O termo de parceria foi assinado pelo presidente da ACIFI, Leandro Teixeira Costa, e pelo gerente do Sesi Senai IEL Foz do Iguaçu/ Marechal Cândido Rondon, Thiago D’Arisbo.

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Fernando Gabeira, Dado Schneider e Carlos Alberto Júlio. O evento é uma ação conjunta da Rádio 97,7, Itaipu Binacional e ACIFI, com apoio de várias entidades.


Conselho Superior Deliberativo O Conselho Superior Deliberativo da ACIFI realizou sua terceira reunião ordinária deste ano no dia 10 de outubro. Na pauta, a prestação de contas de janeiro a setembro e a proposta de alterações de projetos da área comercial da nova sede (ambas aprovadas por unanimidade). Os conselheiros também discutiram outros temas, como a modernização do estatuto social da entidade, a adoção de medidas para acelerar as obras do Residencial Omoiru, além de apresentação e discussão sobre os próximos passos da Campanha Basta de Vergonha!.

Congresso Caciopar A ACIFI marcou presença no maior evento do calendário empresarial do Oeste do Paraná em 2017. Representantes da entidade participaram do 4º Congresso da Coordenadoria das Associações Comerciais e Empresariais do Oeste, realizado em Cascavel e que teve como tema “Desenvolvimento territorial e atuação local”. Estiveram presentes o diretor-executivo, Dimas César Bragagnolo; o conselheiro Danilo Vendruscolo; além das integrantes do Conselho da Mulher Empresária e Executiva Nadia Cristina Benitez e Vani Temp. O evento reuniu cerca de 300 empresários e líderes dos mais diferentes segmentos organizados da região.

Gerenciamento de Projetos

O Parque Tecnológico Itaipu (PTI) está ofertando um curso de capacitação para colaboradores que integram os Núcleos da ACIFI. O curso Fundamentos de Gerenciamento de Projetos é semipresencial, com 16 horas de duração, e pautado pela plataforma EAD (Educação a Distância), contando também com quatro horas de oficina presencial. O objetivo geral da oficina é apresentar uma visão ampla sobre gerenciamento de projetos. Os participantes também são divididos em grupos e orientados para desenvolver projetos visando à participação em editais. O primeiro encontro ocorreu no dia 16 de outubro. As atividades seguem até o dia 20 de novembro. A iniciativa é uma realização conjunta do PTI, ACIFI, Conselho Jovem Empreendedor (Cojefi), Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Sicoob) e Alfa Coworking Office.

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Região

Fórum define bandeiras prioritárias para o Oeste Lideranças públicas e privadas se unem para tirar do papel as principais demandas da região A região produz cerca de 9,3 milhões de toneladas de soja, milho e trigo

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s quatro principais bandeiras defendidas pelo Programa Oeste em Desenvolvimento (POD) como essenciais para o crescimento sustentável da região foram ratificadas por cerca de 300 representantes de instituições públicas e privadas, durante o Fórum de Desenvolvimento Econômico do Território. Um dos momentos mais esperados do fórum, realizado no dia 11 de outubro, em Medianeira (PR), foi a entrega do estudo elaborado pela Embrapa sobre como utilizar os equipamentos disponíveis no mercado para tratar as carcaças. O evento promoveu o debate e a deliberação das diretrizes estratégicas do POD – constituído por instituições presentes no Oeste do Paraná e com interesse no desenvolvimento do território. A ampliação da malha ferroviária na região, a construção do aeroporto

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Plano de ação com as demandas será encaminhado aos governos estadual e federal

regional, a conquista do status de estado livre de aftosa sem vacinação e a melhoria da qualidade da energia que chega à zona rural são as reivindicações que uniram os participantes do fórum.

Próximo passo Com o aval dos participantes, o plano de ação com o passo a passo para a efetivação de cada uma das quatro demandas será encaminhado aos governos estadual e federal. “Tanto os presidentes das cooperativas como os prefeitos e deputados entenderam que o Oeste do Paraná só continuará crescendo se esses gargalos forem eliminados”, disse o presidente do POD, Danilo Vendruscolo. O resultado do encontro, segundo ele, demonstra que o POD, em pouco mais de três anos, consolidou-se como uma das ferramentas de planejamento e construção do futuro do Oeste do Paraná. “E o fórum é um momento de prestação de contas, de mostrarmos que estamos unidos, defendendo a região.”

Infraestrutura e sanidade O presidente da Coopavel, Dilvo Grolli, reforçou a necessidade de inverter os modais utilizados no Oeste para escoar a produção. “Hoje, apenas 10% da safra chega ao Porto de Paranaguá de trem. O restante vai pela rodovia. Um transporte caro”, disse. De acordo com Grolli, atualmente, “se os modais fossem invertidos, cerca de R$ 330 milhões seriam economizados por ano com transporte. Com isso, os produtos seriam mais competitivos.” Em relação à sanidade animal, os prefeitos, vereadores e deputados se comprometeram a ativar os conselhos de sanidade nos municípios do Oeste. Esses conselhos farão um controle sanitário mais rigoroso do rebanho. Segundo o vice-presidente do POD, Elias Zydek, no exterior o que vende é sanidade. Alguns países compram a carne do Oeste, por exemplo, porque não tem aftosa. Já outros têm receio, pois a carne só não tem aftosa porque


recebe vacina. “Precisamos estar livres de aftosa, mas sem vacinação. Esse status nos colocará em outro patamar”, defende Zydek. Benetti reforçou a legitimidade das demandas levantadas pelo POD. “Queremos estar cada vez mais presentes, contribuindo para que esses problemas sejam eliminados.” “Vejo a união de políticos, empresários e cooperativas e, sem dúvida, o Oeste será outro e um prazo bem curto. Se ele cresceu até agora, daqui para frente crescerá muito mais”, disse o empresário Assis Gurgacz. As autoridades se comprometeram também a levar as demandas à Assembleia Legislativa.

Carcaças Um dos momentos mais esperados do fórum foi a entrega ao Instituto Ambiental do Paraná (IAP) do estudo elaborado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) sobre como utilizar os equipamentos disponíveis no mercado para tratar as carcaças. A preocupação existe porque

a legislação brasileira proíbe a retirada de animais mortos das fazendas. A produção média de uma propriedade do Oeste é de mil animais a cada 120 dias. Deste total, 30 morrem. Com o documento, o IAP passa a autorizar o uso de equipamentos como rotoacelerador, triturador e incinerador, considerados fundamentais para agilizar o processo e desenvolver a cadeia da proteína animal. Até agora, todo o trabalho era feito manualmente. “Nós não certificamos equipamentos, mas o processo de tratamento das carcaças. Esse estudo nos mostrou ser possível e correto o uso desses aparelhos, por isso, a partir de agora, estão autorizados”, afirmou a bióloga Maria Glória Genari Pozzobon, chefe regional do IAP em Toledo.

Novas adesões Durante o evento, foi assinado o protocolo de intenções para a construção do Plano Integrado de Assistência Técnica e Sanidade Agropecuária do Oeste do Paraná (Ater & Oeste), cujo objetivo é melhorar a assistência técnica na região. Ocorreu também a adesão

da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Oeste do Paraná (Fetaep) ao programa, bem como o lançamento do Prêmio Inova-Oeste, que busca incentivar a inovação no território.

POD Lançado em 2014, o Programa Oeste em Desenvolvimento é uma iniciativa que reúne mais de 60 instituições públicas e privadas. O programa tem como objetivo promover o desenvolvimento econômico sustentável dos 54 municípios do Oeste do Paraná por meio de ações integradas e com foco nas potencialidades regionais. Toda a ação tem como base as sete cadeias produtivas do território, também chamadas de exportadoras, pois recebem recursos e investimentos de outras regiões brasileiras e até do exterior. São elas: frango, leite, suíno, pescado, grãos, indústria metalmecânica e turismo. Mais informações pelo site do programa: www.oesteemdesenvolvimento.com.br.

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Educação

José Afonso de Oliveira é professor em Foz do Iguaçu.

A vocação de Foz do Iguaçu P

enso que em dias de globalização, como estamos vivendo, Foz do Iguaçu está exatamente no centro dessa nova realidade. Primeiramente, do ponto de vista geográfico, ocupamos o centro da América do Sul, equidistantes das grandes cidades como Buenos Aires, Assunção, Montevidéu, São Paulo e Rio de Janeiro. Temos ainda ligações de trânsito entre essas cidades mencionadas, o que facilita, enormemente, a realização de negócios sem fronteiras. Isso significa muito em termos, por exemplo, de comércio globalizado. Mas além dessa questão temos uma outra muito mais interessante e que possibilita infinitas ações, projetos e realizações. Trata-se da questão da diversidade cultural, pois aqui convivemos de forma harmônica com culturas bastante distintas. Temos as culturas hispânicas latino-americanas muito presentes, tanto quanto também formas culturais do Oriente e da Ásia. O fato de termos uma mesquita situada próximo ao centro da cidade e um templo budista, mais distante, dá muito bem a dimensão da nossa realidade.

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Interessante também é que por nossas ruas e avenidas conosco estão, por exemplo, mulheres árabes de tradição islâmica devidamente trajadas como se estivessem no Oriente Médio. Isso pode causar estranheza, mas jamais ódio ou atitudes raivosas, pois entendemos que estão vivendo tranquilamente as suas respectivas culturas religiosas orientais, e nada mais. Esse aspecto de aproximação sociocultural entre diversos, tão difícil de ser vivido, é aqui uma realidade há muito existente que não causa nenhuma forma de espanto. Fundamental para o mundo atual que deixa cada vez mais de ser uno para ser diverso, e nele temos sim de conviver com os diferentes, respeitando exatamente as várias facetas dessas diferenças. Isso tudo permitiu a instalação e pleno funcionamento da Unila (Universidade Federal da Integração Latino-Americana), que defendemos com ardor e convicção exatamente por se colocar dentro dessa nossa realidade, abrindo uma nova perspectiva em termos de ciência e tecnologia necessárias para podermos alavancar as nossas sociedades, tanto no presente quanto no futuro. Desnecessário afirmar que, mesmo jovem, é uma universidade qualificada entre as melhores existentes no Brasil, tendo um perfil inédito em termos universitários, visto que é baseado na interdisciplinaridade, algo inédito no mundo atual.


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Sebrae

Sebrae valoriza o empreendedorismo feminino no Paraná Com 232 histórias inscritas, 13ª edição estadual do Prêmio Sebrae Mulher de Negócios (PSMN) reconhece projetos que transformaram a vida de seis mulheres; entre eles, dois do Oeste do Paraná Fotos: Luiz Costa

E

las são bonitas, bem-sucedidas, empreendedoras e, merecidamente, vencedoras. Na cerimônia de entrega da 13ª edição do Prêmio Sebrae Mulher de Negócios (PSMN), realizada dia 25 de setembro, em Curitiba, seis exemplos de persistência, dedicação e superação foram reconhecidos pelo Sebrae/PR.

Francielli é proprietária da Eu Magro, empresa que surgiu em 2013 com o objetivo de ajudar pessoas com dificuldade de emagrecimento. O Sebrae teve papel fundamental na estruturação da ideia que virou empresa e, em apenas três anos, já contabiliza 1,5 mil clientes atendidos com mais de sete mil quilos eliminados.

As seis finalistas da etapa estadual representam as 232 inscritas no concurso que valoriza o empreendedorismo feminino por meio de projetos que transformam vidas e impactam positivamente na sociedade. Entre as vencedoras, duas empreendedoras do Oeste do Paraná.

“Fiz o Empretec, e muitas portas se abriram. Tive todo o suporte para implementar um bom processo de gestão, e hoje estamos em expansão pelo sistema de franquias. Esse prêmio é só o começo de um projeto que nasceu para transformar vidas”, declarou.

Primeira colocada, ouro na categoria Pequenos Negócios, a psicóloga Francielli Scharnovski Gonçalves, de Cascavel, emocionou-se ao relatar momentos de renúncia à família e à vida pessoal enquanto corria atrás de seu sonho. “Não foi fácil chegar até aqui. Acumulamos múltiplas funções e somos cobradas igualmente por nosso bom desempenho em realizar todas elas. Este prêmio é um incentivo a todas que matamos vários leões por dia para seguirmos em frente e realizarmos nossos sonhos”, testemunhou.

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A competição, em âmbito estadual, foi dividida nas categorias Pequenos Negócios (proprietárias de micros e pequenas empresas que estejam estabelecidas formalmente há, no mínimo, um ano) e Microempreendedora Individual (mulheres que trabalhem por conta própria, com faturamento máximo anual de R$ 60 mil, também estabelecidas formalmente há, no mínimo, um ano). Nesta categoria também houve destaque regional, e o troféu Bronze foi para a microempreendedora individual Kelli Cristina Scherer, de Marechal Cândido Rondon.

“Quando me inscrevi, em março deste ano, o objetivo era parar para refletir no meu negócio, tendo uma devolutiva do Sebrae/PR. Muitas vezes, trabalhamos no ‘automático’, sem ter tempo para fazer uma autoanálise e planejar. Assim, a classificação foi uma surpresa para mim. Senti-me valorizada pela minha trajetória e meu trabalho”, lembrou a jornalista, idealizadora e responsável pela Revista Paz, única revista cristã em circulação mensal no município há pouco mais de quatro anos. Além do empreendedorismo feminino, Kelli e Francielli têm em comum o propósito de promover o bem das pessoas com aquilo que escolheram como negócio e profissão. “O objetivo da Eu Magro é promover bem-estar e qualidade de vida para as pessoas que querem emagrecer com saúde; assim como eu, que perdi 20 quilos com o método”, explicou Francielli. “Enquanto jornalista, percebi que podia levar informações boas às pessoas através da palavra de Deus. Assim nasceu a Revista Paz, com o propósito de ter um material de qualidade, que acrescente na vida das pessoas”, destacou Kelli.


ao empresária que lev ovski Gonça lves, Tioqueta, Fra ncielli Scharn do PSMN, e Vitor al ion nac pa eta Oeste do PR à /PR ndente do Sebrae diretor-superinte

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Oeste do Paraná Segundo o gerente regional do Sebrae/PR no Oeste, Orestes Hotz, a região sempre participou ativamente do PSMN e já teve outros casos de destaque como nesta edição de 2017. “Percebemos que as boas histórias de empreendedorismo estão onde há empreendedores engajados e com gosto pelo que fazem, somado a um ambiente de negócios favorável, com instituições que apoiam o empresário a começar e a crescer. O prêmio reconhece tanto o trabalho quanto as histórias de vida das mulheres que estão à frente de negócios”, observou. Dados da Pesquisa GEM, que mede o grau de empreendedorismo no Brasil, revelam que de 2006 a 2016, a cada três empreendimentos abertos no Brasil, dois são comandados por mulheres. “Além de reconhecer boas práticas, o PSMN tem como objetivo incentivar o empreendedorismo feminino a fim de inspirar outras mulheres a empreender”, comentou o gestor de Empreendedorismo do Sebrae/PR no Oeste, Alan Alex Debus.

Vencedoras

Categoria Microempreendedora Individual Bronze: Kelli Cristina Scherer – empresa Revista Paz, de Marechal Cândido Rondon. Prata: Enedi do Nascimento Lozeckyi – empresa Fashion N, de Guarapuava. Ouro: Sirlei Cabral – empresa Boutique Chique, de Joaquim Távora. Categoria Pequenos Negócios Bronze: Adriana Dias Pontin – empresa Excelência em Festas, de Londrina. Prata: Michele Bertoletti Rosso – empresa Vinhos Sanber, de Bituruna. Ouro: Francielli Scharnovski Gonçalves – empresa Eu Magro – Programa Personalizado, de Cascavel.

Ele também informou que a região será representada pela empresária Francielli Scharnovski Gonçalves na etapa nacional, que acontecerá em novembro em Brasília.

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Turismo

Parque das Aves amplia proteção a espécies ameaçadas Espaço é convertido em centro de conservação para aves da Mata Atlântica

S

inônimo de conservação de espécies e educação ambiental, o Parque das Aves é o segundo atrativo turístico mais visitado de Foz do Iguaçu. A cada ano, quase 800 mil pessoas, de todas as partes do mundo, visitam o espaço, onde estão abrigados cerca de 1.400 animais, de mais de 150 espécies. O parque possui o maior viveiro de voo livre de araras do mundo. Após 23 anos de atividades, o Parque das Aves decidiu concentrar sua atuação estratégica na proteção das 107 espécies da Mata Atlântica que estão em perigo de extinção. O espaço foi transformado em Centro de Conservação Integrada de Aves da Mata Atlântica, iniciativa de referência nacional em defesa de aves. O objetivo é contribuir para evitar o desaparecimento de espécies como a pombinha pararu-espelho. Diversos especialistas em Mata Atlântica de todo o país se reuniram no Parque das Aves recentemente para elaborar estratégias de conservação para as 107 espécies em risco de extinção, dentro de um Plano

de Ação Nacional (PAN), que agora o parque integra. Conforme a CEO do Parque das Aves, Carmel Croukamp, o objetivo da instituição é posicionar-se para ser uma rede de segurança às espécies ameaçadas da Mata Atlântica. “Vamos prestar atenção especial em espécies sem amparo, principalmente as que estão muito próximas da extinção, que não têm muitos amigos”, frisa. Ações de proteção A reunião do PAN (que envolveu pesquisadores, representantes de ONGs, do governo e de órgãos estaduais relacionados ao meio ambiente) teve encaminhamentos muito importantes. O parque promoverá, por exemplo, pesquisas e estudos que determinarão a necessidade de reprodução, sob cuidados humanos, de algumas espécies. “Saímos do encontro como articuladores de ações como a avaliação da necessidade de programas de

reprodução fora do lugar de origem de espécies ameaçadas de Mata Atlântica”, enfatiza. A proposta é auxiliar iniciativas sobre a modelagem de distribuição das espécies para identificação de áreas de revigoramento populacional ou reintrodução. Bioma a ser preservado As mudanças no Parque das Aves estão sendo implantadas desde o início do ano. Em julho, 70% das aves a que os visitantes tinham acesso eram de Mata Atlântica. Hoje, esse número é de 85% e a meta é elevá-lo a 95%. “Estamos construindo aventuras incríveis, viveiros que serão os maiores do mundo em sua classe e permitirão interações inéditas com aves de Mata Atlântica”, conclui. Parque das Aves Centro de Conservação Integrada de Aves da Mata Atlântica Avenida das Cataratas, 1.250 Foz do Iguaçu www.facebook.com/parquedasaves www.parquedasaves.com.br

Reconhecimento internacional O trabalho mantido pelo Parque das Aves em defesa das espécies ameaçadas resultou no Prêmio Hediger 2017, concedido para a fundadora da instituição, Anna Croukamp. Ela recebeu a premiação em Berlim, capital da Alemanha, durante a 72ª Conferência da Associação Mundial de Zoológicos e Aquários (WAZA), realizada em outubro. O prêmio é entregue todos os anos a líderes da comunidade mundial de zoológicos e aquários. A homenagem a Anna Croukamp reconhece seu trabalho na criação do maior parque de aves da América Latina. Croukamp ajudou na concepção do projeto de conservação do papagaio-verdadeiro e contribuiu em vários planos nacionais para a conservação de espécies ameaçadas. Página 40 | Revista ACIFI


Espaço Empresarial

Ande Materiais Elétricos completa 30 anos Três décadas de atuação em Foz do Iguaçu. Essa marca especial foi atingida pela Ande Materiais Elétricos em outubro e é motivo de orgulho para o proprietário, Vatson Heráclito Michels. “É uma realização pessoal e profissional”, comentou. O empresário chegou a Foz em 1987, vindo de Matelândia, onde trabalhou no mesmo ramo por dez anos. Ao se estabelecer na fronteira, montou a empresa na Vila Portes, onde permaneceu por 27 anos. Há três, decidiu construir uma sede mais ampla e moderna, localizada na Avenida Paraná, como forma de “retribuir à cidade tudo o que ela me proporcionou”. www.facebook.com/ande.materiaiseletricos.

Aplicativo contra o Aedes aegypti A empresa Astral Saúde Ambiental, do Núcleo de Sustentabilidade, desenvolveu um aplicativo para auxiliar no combate ao Aedes aegypti, transmissor da dengue, febre chicungunha e vírus da zica. O Aedestrói é gratuito e explica as doenças, seus sintomas, como se desenvolve e como controlar o mosquito. As informações são completas, em linguagem simples e ilustradas para facilitar o entendimento. O app ensina, por exemplo, como localizar larvas e mosquitos adultos dentro e fora de casa. São mais de 90 locais que podem ser criadouros. www.aedestroi.com.br.

Mais estilo e sofisticação a ambientes Com a missão de fornecer produtos diferenciados e inovadores, o Grupo Decorvision está presente em Foz do Iguaçu. Sua atuação visa a oferecer aos clientes os melhores e mais atualizados itens que o mercado internacional dispõe para o ramo de decoração, presentes e eventos. Sua linha de artigos contempla acessórios, cadeiras, lustres e luminárias, molduras e espelhos, móveis clássicos, entre outros. O grupo ainda trabalha com forminhas, metal box, suportes, copos e taças, pratos, talheres e utensílios. www.decorvision.com.br.

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Empreendedorismo

Escritório compartilhado, uma solução inteligente

A

s constantes mudanças nas relações corporativas refletem transformações nos espaços de trabalho e de negócios. Economia nos gastos com infraestrutura, segurança, comodidade, tecnologia e ambiente inspirador de novas ideias são fatores indispensáveis para a eficiência e o futuro dos empreendimentos. A Alfa Coworking propõe-se a ajudar suprir essa demanda em Foz do Iguaçu. Empresários, empreendedores e profissionais liberais das mais diversas áreas dispõem de espaço físico de uso compartilhado. O escritório coletivo oferece salas de trabalho, auditório para reuniões, serviços de recepção, segurança e limpeza, telefone, sonorização, internet e até um bistrô. Chamado de coworker, o profissional que atua no ambiente colaborativo escolhe um plano conforme a sua necessidade, com pagamento mensal ou por hora. Ele pode optar por salas, estações de trabalho ou espaços para eventos, reuniões, apresentações e fechamento de negócios. Em alguns

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ramos, o coworking é usado apenas como endereço comercial. Proprietário da Alfa Coworking, o empresário Faisal Ismail revela que decidiu criar o espaço a partir de sua própria experiência de trabalho. “Utilizei esse serviço em grandes centros do país, em viagens de negócio”, conta. “Após um estudo, implantamos esse conceito ultramoderno e inovador para atender profissionais das Três Fronteiras”, expõe.

Ambiente criativo Ismail explica que a área de 400 m² pode atender 35 empresas fixas e um número ilimitado de freelancers, empreendimentos flutuantes e eventos. “Oferecemos todo o mobiliário e equipamentos, em uma ótima localização. O profissional pode vir sem qualquer estrutura. Instala-se e começa trabalhar imediatamente, fazer negócios e crescer”, enfatiza. Conforme Faisal Ismail, além de economia, instalações modernas e ambiente acolhedor, o coworking fomenta a sinergia de ideias. “É um

Espaço coletivo alia redução de custos, modernidade e criatividade espaço inspirador em que as pessoas compartilham projetos, experiências e o desejo de empreender juntas”, diz. “O coworker tem como meta trabalhar para o bem comum, contribuir para a sociedade”, ressalta.

Espaço de estudo A opção pelo coworking vai além de empresários e profissionais. O ambiente é utilizado por estudantes e professores de cursos de graduação e pós-graduação para estudo individual e coletivo. “São comuns reuniões de grupos para a elaboração de atividades acadêmicas ou trabalhos de conclusão de curso”, explica Faisal Ismail.

Alfa Coworking Avenida José Maria de Brito, 1.707, Jardim Central Atendimento de segunda-feira a sábado Valores de R$ 9 a R$ 750 Locações e reservas: (45) 3025-1400 www.alfacoworking.com www.facebook.com/AlfaCoworking


Inovação

Um novo olhar sobre o mesmo ambiente A arquiteta Luciana Zamecki explica como é possível realizar uma espécie de releitura sobre um ou mais ambientes já concluídos

A

lterar a atmosfera dos ambientes, seja da casa ou do escritório, pode fazer com que tudo aquilo a que já estamos acostumados – decoração, iluminação, móveis, utensílios, acabamentos e detalhes – sobressaia aos olhos e nos cause a sensação de novidade e bem-estar. Luciana Zamecki, arquiteta e lighting designer, explica sobre o trabalho de consultoria em arquitetura, um serviço desconhecido por muitas pessoas, mas que pode ser o método ideal para quem busca pequenas alterações ou inserções em um ou mais ambientes.

Luciana Zamecki: consultoria no sentido literal – consulta-se um profissional para obter as orientações mais adequadas.

A consultoria em arquitetura é uma forma de se trabalhar em espaços onde o cliente queira fazer alguma modificação em pontos específicos. Neste caso, não se compromete a estética de toda a casa, tampouco se reforma ou se reprojeta – o método atua de maneira mais dinâmica e, por não se tratar de alterações estruturais, que exijam um novo projeto, torna-se também mais em conta. É possível alterar um revestimento, o piso, a iluminação, itens do mobiliário, aumentar uma porta que já existe, ligar dois ambientes, ou até mesmo apenas modificar a disposição dos móveis para apresentar um ambiente renovado. A arquiteta atua de maneira flexível: “Às vezes o cliente entra em contato e pede apenas que eu o atenda auxiliando com ideias. Então vou até o local, faço sugestões de cores, disposições, indicação de mobiliário e de lojas”. Luciana explica ainda que este processo pode acontecer de maneira fracionada – é possível contratar somente o serviço de orientações e ideias; o acompanhamento às compras, seleção de materiais e escolha dos itens necessários; ou, por fim, o serviço completo que inclui a execução. Trata-se, em suma, de uma consultoria no sentido literal – consulta-se um profissional para obter as orientações mais adequadas. Entre os benefícios de se contratar um especialista para realizar essas alterações está a preservação da unidade visual. “O olhar do profissional que faz essa nova configuração pode apresentar propostas por meio de pequenas inserções, sem precisar mudar o projeto inteiro, mantendo a identidade e garantindo que o conceito não seja distorcido”, certifica Luciana.

Sobre a arquiteta As artes em geral sempre a atraíram, mas foi na arquitetura que ela conseguiu unir os dois lados – o racional: matemático, perfeccionista e prático; e o emocional: lúdico, ousado e apaixonado. Desde que se especializou na área, o encanto da iluminação e suas possibilidades têm sido a aurora de inúmeros projetos, assim como a arquitetura gourmet, de bares e restaurantes. Além disso, Luciana atua na área de projetos residenciais, comerciais, decoração de interiores e reformas. Revista ACIFI | Página 43


Faciap e CACB

Convenção debate empreendedorismo, negócios e inovações Foz do Iguaçu sediou o Congresso Empresarial e a Convenção Anual da Faciap e o 4º Fórum CACB Mil, de 18 a 20 de outubro. Confira alguns dos destaques da programação

A

utor do livro Felicidade dá Lucro e ganhador do prêmio Great Place to Work (GPTW), Marcio Fernandes falou sobre a necessidade de um novo modelo de gestão nas empresas, em que o lucro é fruto da felicidade das pessoas. “O funcionário que boicota a empresa faz isso porque não aguenta ficar lá dentro. E não adianta dar treinamento, isso é feito há 50 anos. A gente precisa fazer diferente”, afirmou. Segundo ele, para conseguir engajar os funcionários, é preciso ter um propósito. Quando empresas e pessoas têm propósitos, argumenta, só é necessário encontrar a convergência entre os dois. Isso constrói a ideia de que o sonho de cada colaborador é respeitado e de que a empresa é um meio para chegar a esse objetivo. Mas para conseguir implementar esse novo modelo de gestão, Marcio Fernandes diz que é preciso realizar mudanças dentro da empresa. “É necessário ter líderes facilitadores, e não chefes. Não pode ser uma pessoa que centraliza poder, mas que agrega. O ego normalmente atrapalha esse processo.” Mudanças que, ele garante, impactam positivamente no lucro.

ACIFI em destaque Como não poderia deixar de ser, a ACIFI marcou presença no Congresso Empresarial Paranaense da Faciap e do Fórum CACB Mil. Participaram o presidente da associação, Leandro Teixeira Costa, que discursou na abertura dos trabalhos dando boas-vindas a todos. É a força da ACIFI no associativismo do Paraná.

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Também estiveram presentes membros do Conselho Superior Deliberativo da ACIFI, entre eles João Batista Oliveira, Roni Temp, Danilo Vendruscolo, além de diretores e empresários associados. Vale destacar que Costa e Oliveira são membros do Conselho de Administração da Faciap no biênio 2017-2018. Já Temp, por sua vez, integra o Conselho Superior. Leandro Costa também representou a ACIFI no encontro de presidentes de associações comerciais do Paraná para discutir as pautas das entidades. Cerca de 90 pessoas participaram da reunião, que debateu o papel de cada entidade em pressionar os governantes em favor do setor produtivo.

Jovens empresários e o foco na ação e na reinvenção “Vai lá e faz”, este é o mantra da Perestroika, uma escola livre de atividades criativas de Porto Alegre. “Isso reflete nossa postura de negócios voltada para a ação, não para o planejamento”, disse o cofundador

Felipe Anghinoni. Segundo ele, a empresa planeja um pouquinho, mas faz bastante. Ainda sobre planejamento e ação, Anghinoni afirma que “uma empresa que tem 100% de estratégia e não tem ação não existe. Uma empresa que tem 100% de ação e não tem estratégia, ela existe, só precisa de um plano estratégico”. Ideias de sucesso com foco na ação foram apresentadas, como o Dropbox e a Techshop, para dizer aos empresários que é preciso estudar como planejar, porém agir mais em prol dos negócios, saindo da zona de conforto. “Quando estou fora da minha zona de conforto, eu estou crescendo e aprendendo mais”, declarou. Para Anghinoni, nunca foi tão fácil fazer qualquer coisa no mundo. Tocar instrumento, cozinhar, virar artista ou publicar um livro. “Tudo está fácil, desde que haja ação, desde que você vá atrás”, opinou.


O desafio do varejo é não se acomodar

M

esmo que os indicadores apontem para uma retomada do crescimento econômico, o setor de varejo precisa ter cautela, já que o próximo ano será de eleições e, portanto, de indefinições que, na verdade, representam a grande inimiga da estabilidade. Foi desta maneira que Maurício Louzada falou aos empresários no evento.

De acordo com o palestrante, as eleições de 2018 podem modificar o cenário. Com isso, os empreendedores necessitam estar prontos para desafios que poderão não corresponder às tendências de agora. “Nada é mais perigoso para o amanhã do que o sucesso de ontem”, alertou. Maurício Louzada mostrou como as mudanças de comportamento e atitudes estão chegando velozmente. Ele citou exemplos que deverão ser seguidos neste cenário de incertezas, como o da percepção de mudança de estratégia, planejamento, correção de rota.

A participação da mulher é uma ferramenta de desenvolvimento

A

desigualdade de gênero atrapalha o crescimento do país. A participação da mulher é uma ferramenta eficaz para o desenvolvimento econômico. Esse foi o assunto discutido no painel “O empreendedorismo e o papel das mulheres nos negócios”, do Conselho Nacional da Mulher Empresária (CNME) e da Faciap Mulher. De acordo com a presidente do CNME, Neiva Kieling, o movimento das mulheres empresárias é capaz de incutir transformações profundas na

sociedade. “Os impactos econômicos e sociais são notavelmente percebidos e absolutamente positivos”, disse ela. A presidente da Faciap Mulher, Rosangela Sonda, comentou que o contexto atual precisa que as mulheres empresárias congreguem forças, unindo experiência e a sua capacidade empreendedora. “Precisamos de lideranças femininas que discutam seus problemas e apresentem propostas, mobilizando a comunidade empresarial e a sociedade organizada para a solução dos mesmos”, declarou.

Empresas precisam criar experiências que o digital não pode oferecer

E

mpresário, investidor-anjo e proprietário da Disrupt Investimentos, Arthur Igreja falou sobre criar experiências que o digital não pode oferecer. “As pessoas pagam caro para ir ao Rock in Rio pela experiência que ele oferece. O digital não pode entregar o mesmo para o público”, explicou. Para ele, olhar no olho dos clientes e fazer um atendimento mais humano podem criar uma experiência semelhante à do festival de música. Arthur também falou sobre o que chama de atrito de experiência. Como exemplo, citou uma ida de qualquer pessoa a uma loja de sapatos. “Aquele momento que o vendedor vai buscá-lo no estoque ou

que você pega a fila para pagar é o que chamamos de atrito de experiência, que é o que a tecnologia tem trabalhado para extinguir”, disse. Segundo Igreja, a velocidade de transformação do mundo não é absorvida em sua plenitude por todos os empresários brasileiros. “Observamos a abertura e o desaparecimento de muitas empresas por este motivo. Ainda sinto o Brasil muito cético com relação a isso. A necessidade de estar conectado e se reinventar é algo que deve ser visto com fascínio e como oportunidade”, destacou.

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Faciap e CACB

O maestro que venceu adversidades e comoveu os empresários

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ara um auditório acostumado a ouvir e a debater tópicos econômicos, o maestro João Carlos Martins fez a diferença na abertura do 4º Fórum CACB Mil. Aplaudido de pé, o maestro – que superou todas as dificuldades físicas decorrentes de um problema neurológico – deixou um recado eficiente: inovar é a capacidade de se reinventar. Superação foi a palavra-chave da palestra magna que brindou os cerca de mil empreendedores presentes, com quatro músicas tocadas por ele, entre elas o arranjo comovente do hino brasileiro, o mesmo que Martins tocou na abertura da Paraolimpíada do Brasil.

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Ele mostrou determinação e, especialmente, capacidade de se recriar e acreditar que era possível. Depois de cirurgias e até de agregar uma nova profissão à sua carreira de pianista, o maestro comprovou que para vencer as adversidades é preciso determinação e esperança. Acima de tudo, ele deixou outro recado: a necessidade de ajudar os excluídos que precisam de uma simples oportunidade para transformar suas vidas. Foi o que fez com a música – a qual, como ele mesmo expressou, salvou-o e também salvou muitos outros jovens.


Novos Associados

Novos associados no período de 11 de agosto a 23 de outubro de 2017. Adidas 3523-1261 Amancio Locadora e Turismo 3523-1534 APL Comércio de Vestuário 99841-2271 Bauru Auto Center 3028-3333 Cabide Feminino 3028-0120 Cacau Show 3025-7526 Cale Bike Shop 3522-3272 Chaves Gold 3541-3008 Clínica Ortoplan 3529-6060 Conceito Clínica de Odontologia 3028-4949 Egermann Brasil 3029-8072 El Rey Alimentos 3522-1000 Essência da Leitura 3025-3979 Fashion Kids Brasil 3029-1787

Funerária Brilho Celeste 3025-1650 G & CO Shoes 99135-4350 Iguassu Celulares 3028-7788 Iguassu Rent a Car 3578-2853 La Mafia Barberia Social Club 3574-1354 Lhuman Coaching e Liderança 99137-8182 Marmoraia Itakua 3525-9105 Mercado Cavanha 3575-5173 Mercado Maravilha 3577-9246 Metalúrgica HD 3559-5009 Minuto Express 3028-8823 Morana Joias 3029-1699 Ótica Iris 3572-1768 Papelaria Ideal 3523-6025 Paraíso dos Livros 99977-1041

Pró-Saúde 3029-5197 Pronto Dog 3523-4343 Providência Cervejaria 3027-7027 Restaurante Ki Delícia 99998-4426 Salto Alto 3527-7346 Santa Lolla 3523-1234 SND Informática 99151-8338 Sol Telhas 3572-1020 Solutudo 3025-4552 Sultan Sleep e Home 3027-0909 The Peak Of Tres Chic 3939-0250 Thiago Gonzales Varela 99977-4132 Tibola Acessórios 3528-6101 Toninho Pastelaria 3527-0056

Prestigie nossos associados. Acesse www.acifi.org.br/associados e saiba mais sobre essa grande rede. Revista ACIFI | Página 47


Mercado de R$ 1 bilhão A edição passada da Revista ACIFI trouxe matéria de capa sobre o potencial de R$ 1 bilhão do mercado local para licitações. Com vistas a inserir e estimular a participação das empresas associadas e integrantes dos núcleos setoriais da ACIFI neste enorme filão, o Programa Empreender tem trabalhado junto aos seus nucleados. Entre as ações estão a aproximação do empresariado ao Escritório de Compras e ao Sebrae visando à capacitação profissional para que os interessados participem dos processos públicos. Outra iniciativa são as parcerias com o Sesi/Senai para a formação e qualificação de mão de obra e com a Garantioeste para a obtenção de recurso financeiro quando necessário.

Prevenção câncer de mama Levar informações sobre o câncer de mama à comunidade do Porto Meira pautou uma ação realizada pelo Conselho da Mulher Empresária Executiva no dia 4 de outubro. Em parceria com o Rotary Club Foz do Iguaçu, foi organizada uma palestra sobre o tema com o médico Renato Maroja. A iniciativa lembrou a campanha nacional Outubro Rosa e reuniu cerca de 150 pessoas no Colégio Estadual JK. O público interagiu com doutor, fez perguntas e citou casos da doença na família e entre amigos. Ao final foi distribuída uma toalhinha com o símbolo da campanha para que o tema seja lembrado.

Criatividade na comunicação “Criativos precisam ir além das ideias” e “Do Paraná para o mundo” foram os temas de palestras promovidas em Foz no dia 1º de setembro. A organização foi do Clube de Criação do Paraná (CCPR), em parceria com o Núcleo de Comunicação da ACIFI, Redhook e UDC. Também foi realizado o workshop “Creatives Making – Como transformar ideias em projetos reais que, além de prêmios, conquistam mudanças positivas para a sociedade”. Os eventos fazem parte do Road Show CCPR, que percorre cidades do estado compartilhando conteúdo e tentando inspirar o mercado da comunicação a desenvolver boas ideias.

Feira do Livro atrai 100 mil pessoas A 13ª Feira Internacional do Livro, realizada entre 7 e 17 de setembro com apoio do Núcleo de Livrarias e Sebos, foi um sucesso de público e de vendas. Segundo os organizadores, cem mil pessoas participaram das 250 atividades que compuseram a programação do evento. No total, foram vendidos 20 mil livros. Neste ano, a feira foi teve como palco o Complexo Bordin, na Avenida JK, onde o público de todas as idades curtiu apresentações artísticas e musicais, debates, cozinha literária, lançamento de obras, entre outras atrações.

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Distrito Industrial e Empresarial O Núcleo do Distrito Industrial teve participação efetiva no projeto de lei do Executivo para transformar o Distrito Industrial em Distrito Industrial e Empresarial. As necessidades do setor foram agrupadas e encaminhadas à Secretaria de Turismo, Indústria, Comércio e Projetos Estratégicos, que tem sido uma parceira importante, assim como a ACIFI e o empresariado em geral, nos projetos do núcleo. Este tem realizado reuniões periódicas para tratar das necessidades e buscar soluções que colaborem ao desenvolvimento e fortalecimento dos setores abrangidos por ele.

Como formar campeões Foi um sucesso a iniciativa do Núcleo de Academias intitulada “Transformando atletas em campeões”. Realizada no início de setembro, a palestra trouxe a Foz dois nomes com larga experiência na tarefa de preparar campeões. Os convidados foram Mayara Ramos Kawamoto, ex-patinadora artística da seleção brasileira por 20 anos, que hoje é coach e palestrante, autora do método “A mente do atleta campeão”. O outro foi Rony Tschoeke, profissional de Educação Física há 20 anos e palestrante sobre estilo de vida e comportamento.

Finanças e custos em pauta na ATC A Academia de Treinamento Corporativo (ATC), idealizada pelo Conselho do Jovem Empreendedor de Foz do Iguaçu (Cojefi), desenvolveu mais uma etapa de sua programação de cursos e treinamentos. Desta vez, o tema abordado foi Finanças e Custos, em palestras ministradas pelo consultor Hanor Santos, do Idebrasil – Instituto de Desenvolvimento Empresarial. Os eventos foram realizados nos dias 2 e 23 de setembro, na Uniamérica. Em ambas as oportunidades, o conteúdo trabalhado abrangeu ferramentas e metodologias para aferição do custo e formação de preço de venda, sendo bastante elogiado pelos participantes.

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Rede de Convênios da ACIFI

A ACIFI possui convênios com diversos associados para concessão de descontos que visam a fomentar negócios entre empresas associadas. Os convênios são para empresários e funcionários. Em alguns casos, incluem parentes de colaboradores das empresas. Consulte em nosso site: www.acifi.org.br/convenios.

New Wave School 25% de desconto em cursos de idiomas. 3027-2346 - www.newwave.com.br Óticas Polini 50% de desconto nas armações na compra do óculos de grau. 30% de desconto em óculos de sol. 30% de desconto em lentes de contato de grau e coloridas. Pagamento em até dez vezes. 3027-2050 - www.oticaspolini.com.br Diretiva Marcas e Patentes 15% de desconto em registro de marcas, patentes e direitos autorais. Pagamento em até cinco vezes sem juros. Pesquisa gratuita da disponibilidade de marca ou patente. 3523-9150 - www.diretivamarcas.com.br Divisa Veículos Descontos exclusivos sobre a tabela em vigor (pessoa jurídica). Condições especiais de pagamento. 3132-6060 - www.divisachevrolet.com.br Efetiva Coaching 5% de desconto em treinamentos, palestras, consultoria de RH, workshops, pesquisa de clima, avaliação de desempenho, recrutamento e seleção, e mapeamento de competências. 3028-3275 - www.efetivapsi.com.br Ginástica do Cérebro 25% de desconto nas mensalidades. 3027-1448 - www.ginasticadocerebro.com.br

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Laboratório

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