REVISTA #10 Abril de 2016
CAMPANHA REIVINDICA NOVO MODELO DE CONTRATO COM REDUÇÃO DE TARIFAS E MAIS OBRAS ENTREVISTA
Os desafios de Rogério Böhm à frente do Hospital Ministro Costa Cavalcanti
GESTÃO 2016-2018
Nova diretoria e conselhos da ACIFI são eleitos e tomam posse em maio
TURISMO
POLOIGUASSU desenvolve
projeto de incentivo à hospitalidade
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DIRETORIA DA ACIFI - GESTÃO 2014/2016 João Batista de Oliveira Presidente
Revista ACIFI é uma publicação bimestral da Associação Comercial e Empresarial de Foz do Iguaçu. Distribuição gratuita. Correspondências, inclusive reclamações e sugestões de reportagens, devem ser enviadas à sede da associação ou pelo e-mail imprensa@acifi.org.br Ano III
Número 10
Março/2016
Célia Rosa Vice-Presidente
Andréa David Jornalista responsável MTB 3059
Danilo Vendruscolo Segundo Vice-Presidente
Lucas Marcoviz Florão Publicidade e design
Marcio Marcon Diretor Financeiro
Kiko Sierich Fotografia
Rogério Soares Böhm Diretor Administrativo
Alexandre Palmar Reportagem
Phelipe Mansur Diretor de Prestação de Serviços
Douglas Furiatti Revisão
Luciano Tita Diretor de Comunicação e Marketing
Dimas Bragagnolo Diretor-Executivo
Rudney Lopes Vargas Diretor de Associativismo
Natalia Fuentes Coordenação operacional
Faisal Mahmoud Ismail Diretor de Desenvolvimento Econômico e Social
César Ferreira dos Santos Departamento Comercial
Mario Alberto Chaise de Camargo Diretor de Comércio Exterior Beatriz Rodrigues Diretora de Comércio e Serviços
Colaboradores Abilene Rodrigues, Claudia Daiane Reinke, Claudio Dalla Benetta, Débora Black Nascimento, Jean Paterno, Wemerson Augusto
Leandro Costa Diretor de Indústria, Infraestrutura e Logística
Impressão Gráfica Tuicial
CONSELHO DELIBERATIVO Presidente Walter Venson
Tiragem 5 mil exemplares
Conselheiros Fábio Hauagge do Prado, Paulo Pulcinelli Filho, Carlos Silva, Valdirlei Baranoski, Joel de Lima, Kamal Osman, Manuele Fritzen, Djalma Fonseca, Altino Voltolini, Ana Cristina Nóbrega CONSELHO FISCAL Antonio Luiz Breda, Oscar Elmiro Canesso, Elias João Dandolini, Elizabeth Arrais Soares, Luiz Antônio de Lima, Amauri Nascimento
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www.acifi.org.br ACIFI – Associação Comercial e Empresarial de Foz do Iguaçu Rua Padre Montoya, 451 – Centro CEP: 85851-080 Central de Atendimento (45) 3521-3300 atendimento@acifi.org.br
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Campanha contra a renovação do pedágio mobiliza a sociedade paranaense. Movimento reivindica novo modelo de contrato com redução de tarifas e mais obras nas rodovias Página 4 | Revista ACIFI
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ASSoCIAdo ACIFI A trajetória e os serviços do Escritório Contábil Kalichevski, associado desde dezembro de 1988
Por quE InvESTIr Em Foz Revitalização do Marco gera renda e melhora a oferta turística em Foz do Iguaçu
Sou + ACIFI Iguassu Coworking atrai número cada vez maior de clientes que compartilham escritório com outros empreendedores
CEnTro ComErCIAL Revista ACIFI destaca o comércio do bairro Três Lagoas
EmPrEEndEdorISmo Sebrae ajuda pequenos negócios se reinventarem e saírem ainda mais fortalecidos do período turbulento da economia
TurISmo Instituto Polo Internacional Iguassu desenvolve projeto educativo de incentivo à hospitalidade
GESTão 2016-2018 Tendo à frente o arquiteto Leandro Costa, a chapa única “Expandindo o associativismo de resultados” eleita. Posse será em maio
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Palavra do presidente
Causa comunitária O fortalecimento do associativismo deve acontecer em várias frentes. Este é um dos objetivos que temos buscado diariamente e uma das metas prioritárias perseguidas em nossa gestão. Por isso dedicamos várias páginas desta edição da Revista ACIFI para uma causa comunitária justa em prol do associativismo.
No Oeste do Paraná teve início um grande movimento estadual para discutir o alto custo do pedágio, no qual foi destacada a posição da ACIFI absolutamente contrária à renovação dos atuais contratos ou a qualquer artifício que mantenha a cobrança da tarifa nos níveis atuais, ou pior, em níveis ainda mais onerosos para o usuário. Afinal, todos nós precisamos pegar a estrada para ir e vir pelo Paraná afora. Queremos somar forças com a população de todo o Oeste e chamar a atenção de moradores de outras regiões. Não importa se você está em Foz, Medianeira, Francisco Beltrão, Maringá, Curitiba ou em qualquer um dos 399 municípios paranaenses. Você é penalizado ao pagar uma tarifa de pedágio que pesa no orçamento familiar ou empresarial. Cabe também ressaltar a isenção do ponto de vista político-partidário deste movimento que, coordenado
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pela Câmara Técnica de Infraestrutura e Logística do Programa Oeste em Desenvolvimento, une as principais entidades e representantes da sociedade civil do Oeste do Paraná em torno de uma campanha de abrangência estadual que visa a resolver definitivamente a questão em prol do povo paranaense. Além disso, preparamos esta edição com um conteúdo recheado de informações de qualidade e de grande importância para a classe empresarial e à comunidade em geral de nossa cidade, para que possamos avançar ainda mais na promoção da cultura associativista e do desenvolvimento regional. Uma ótima leitura!
João Batista de Oliveira, presidente da ACIFI
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Espaço Acifi
A ACIFI, o Secovi (Sindicato da Habitação e Condomínios) e o Núcleo de Imobiliárias acabam de lançar mais um produto no mercado, em especial para as imobiliárias de Foz do Iguaçu. Trata-se da Certidão SPC Imobiliário, um serviço destinado a quem pretende comprar ou alugar um imóvel de forma ágil e econômica. Entre as vantagens da parceria está a agilidade nas consultas: ganha o cliente (locatário/fiador) e a imobiliária. O serviço oferece menos burocracia para o cliente e mais facilidade para a imobiliária, com simplificação do processo de locação, além de gerar receita para as entidades e para o Núcleo de Imobiliárias. O produto facilita a obtenção dos dados necessários para a locação e também a confirmação de informações pessoais. A declaração contém informações de protesto nacional, cheques devolvidos
Dimas Bragagnolo em apresentação do produto no Secovi. Foto: Secovi
(CCF e Cheque Lojista), restrições no SPC Brasil e Serasa Experian, participação societária e síntese com dados cadastrais. O processo é bem simples. Com o serviço, o locatário/fiador não precisará ir ao fórum e/ou cartório para retirar sua certidão negativa, pois terá todas as
MPF alcança assinaturas para pacote anticorrupção O Ministério Público Federal conseguiu reunir o apoio necessário para apresentar ao Congresso Nacional um pacote com propostas legislativas de combate à corrupção. A campanha “10 medidas contra a corrupção” alcançou a marca de 1,5 milhão de assinaturas, exigida para o início da tramitação de projeto de lei de iniciativa popular. Em Foz do Iguaçu, a ACIFI, em conjunto com outras entidades, tem puxado a coleta de assinaturas.
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O pacote engloba 20 propostas de alteração legislativa em dez eixos principais. Entre outras mudanças, prevê penas mais rígidas para crime de corrupção, dificulta a anulação de processos e facilita a recuperação de recursos desviados. Também estabelece mudança no sistema de recursos do processo penal, permitindo o cumprimento das penas antes de recursos ao Superior Tribunal de Justiça e ao Supremo Tribunal Federal.
informações necessárias reunidas em uma única consulta, solicitada no balcão da ACIFI. O valor por consulta é de apenas R$ 30. O serviço está disponível para o consumidor que tem interesse em comprar ou alugar um imóvel, auxiliando as imobiliárias na tramitação do processo.
Homenagem às colaboradoras no Dia da Mulher O Dia da Mulher foi marcado por muita descontração na ACIFI, com a entrega de dois kits da Racco para cada colaboradora. O presente incluiu produtos de beleza, como hidrante corporal, sabonete líquido, esponja e sabonete em barra. A confraternização contou com a presença do presidente João Batista, do presidente do Conselho Superior Deliberativo, Valter Venson, além de colegas colaboradores que prestigiaram a homenagem.
ACIFI é contra mudanças no registro de inadimplentes Foto: FACIAP
A audiência pública para discutir o projeto de lei que muda a forma de registrar consumidores inadimplentes no SPC lotou o Plenarinho da Assembleia Legislativa do Paraná em fevereiro. O presidente da ACIFI, João Batista de Oliveira, e a primeira vice-presidente, Celia Neto Pereira da Rosa, participaram do manifesto, que reuniu cerca de 250 comerciantes e presidentes de associações comerciais ligados à FACIAP (Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Paraná).
O Projeto de Lei nº 594/2015 vem causando polêmica, pois trará graves consequências para o varejo. A proposta impõe, entre outros itens, que antes da inclusão de dívidas no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) seja enviada carta de comunicação com Aviso de Recebimento (AR). Os empresários pedem o arquivamento do projeto, que vai prejudicar pequenos e médios empresários de todo o Paraná, sobretudo porque haverá mais custos para registrar os devedores.
A lei, proposta por Luiz Cláudio Romanelli, também prevê que a empresa, para registrar um consumidor no Serviço de Proteção ao Crédito, deve enviar antes para ele toda a documentação da dívida, comprovando a veracidade. Para a FACIAP, isso é muito preocupante porque vai quebrar o sigilo comercial entre empresas e consumidores, expondo as negociações a terceiros.
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O pai Ivo e a filha Sinara: a família Kalichevski está há 42 anos no comando da empresa que faz a gestão contábil, trabalhista, fiscal e tributária e presta consultoria a pessoas físicas
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Quatro décadas de credibilidade Com 42 anos de atividades e mais de 750 clientes, o Escritório Contábil Kalichevski é associado ACIFI desde dezembro de 1988. Entre os serviços mais utilizados por eles estão os oferecidos na unidade da Junta Comercial do Paraná, instalada na sede da ACIFI
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profissão de contabilista está em alta. As principais razões para o aumento da demanda são o crescimento ou expansão dos negócios, aumento da carga de trabalho, fusão, aquisição e atualização de sistemas financeiros, além da adaptação às normas internacionais. Outra razão é que o foco das empresas está direcionado à contenção de gastos e à otimização de resultados. Nesse novo cenário, o contador precisa ter um perfil mais estratégico e ser capaz de participar de decisões junto com outros gestores das empresas. Dono de um dos escritórios mais antigos em atividade em Foz do Iguaçu, Ivo Kalichevski acompanha, nas últimas
quatro décadas, as mudanças em sua carreira e sabe que hoje não basta lidar bem com números, o contador precisa ter visão estratégica e entender a lógica dos negócios. Juntamente com o irmão Iryo, na gerência, ele está à frente da Organização Contábil Kalichevski, na Vila Yolanda, desde 1974. “O nosso trabalho exige atualização constante, pois a legislação muda e precisamos ter conhecimento de tudo que acontece na área”, afirma. O atendimento a pessoas físicas e jurídicas resulta em mais de 750 clientes. “A gente presta serviço contábil fazendo toda assessoria na área fiscal, abertura e fechamento de empresas, e também prestamos consultoria a pessoas físicas
com Imposto de Renda e contratos”, explica Sinara Kalichevski, filha mais velha e grande aliada do pai no escritório. Além dela, atuam o irmão Ivan e o primo Alann. No total, a equipe é formada por 13 profissionais. Alguns trabalham no escritório há bastante tempo, e dois deles completam neste ano 28 anos de casa: José Carlos Dias e Edinara Morel. “Eles participam da nossa, e a gente participa da vida deles. Assim construímos uma empresa com uma história de credibilidade, excelência técnica e compromisso com todos os nossos clientes”, destaca Sinara.
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Por dentro da lei
Marcelo de Brito Almeida, advogado,especialista em Direito Civil e Direito Processual Civil
Os limites de uma empresa quando ocorre a alta carga de trabalho
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m função de muitas solicitações dos associados e leitores da Revista ACIFI, novamente abordamos um tema da área trabalhista. Recebemos perguntas frequentes sobre jornada de trabalho, e uma das dúvidas mais comuns é: o que a empresa pode ordenar e o que não pode com relação à jornada de trabalho de um empregado? Algumas empresas possuem demanda maior de trabalho em determinada época do ano e assim se veem em uma encruzilhada com relação à jornada do empregado, pois alguns acabam por fazer horas extras além do estabelecido no contrato trabalhista. Primeiramente, há de se fixar como regra geral que a jornada de trabalho de um funcionário pode ser de até 44 horas semanais, sem que se paguem horas extras se não for ultrapassado esse limite e desde que a jornada não ultrapasse também oito horas diárias. Pode haver algumas compensações de jornada em algumas convenções coletivas que permitam ultrapassar um pouco a jornada diária, desde que não exceda a semanal, sem que o empregado não receba horas extras, mas tudo depende de cada convenção e acordo com cada funcionário. A grande dúvida do empresário é se pode deixar o empregado ultrapassar a jornada de trabalho diária, arcando com as horas extras decorrentes, e quanto tempo ele pode trabalhar além da jornada normal diária. Como regra geral, nenhum funcionário pode fazer mais do que duas horas extras diárias. Ultrapassado esse limite, as horas extras devem continuar sendo pagas na sua integralidade, mas o empresário corre o risco de sofrer autuação administrativa, pelo Ministério do Trabalho e Emprego, por descumprimento de norma trabalhista. Além disso, não pode a atitude tornar-se constante, eis que as horas extras integrarão todas as verbas de natureza salarial,
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sem exceção de nenhuma, encarecendo a folha de pagamento. E caso o horário ultrapassado seja exacerbado (mais de quatro horas extras todos os dias, por exemplo), o empresário corre o risco de responder por causa danos de ordem existencial ao funcionário. Modernamente, demandas com pedido de indenização por danos existenciais (dano moral em função de alguma restrição causada em função do trabalho) começam a “pipocar”. Citamos um caso julgado no fim de 2015, no Tribunal Superior do Trabalho, em que uma trabalhadora de uma empresa de logística que tinha jornada de 14 horas diárias e que também atuava nos fins de semana teve direito a uma indenização por dano existencial ao ter a vida familiar atrapalhada pelo excesso de tempo no emprego. Nessa circunstância foi fixada indenização no valor de R$ 20 mil. Esse caso mostra que a indenização ocorreu mesmo com o pagamento de horas extras por todo o trabalho prestado. Assim, cabe apresentar essa informação às empresas para se verificar e mensurar riscos ao fixar uma atividade intensa a um determinado empregado. Uma alternativa poderia ser dois colaboradores fazendo determinada função que exija uma alta carga de trabalho. Denota-se que o ônus da empresa vai além do que simplesmente cumprir com o pagamento de todos os direitos trabalhistas.
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Prêmio
Prêmio Mulher Empreendedora chega à nona edição
A
nona edição do prêmio Mulher Empreendedora foi realizada pelo Sistema Fecomércio Sesc Senac PR, por meio da Câmara da Mulher Empreendedora e Gestora de Negócios do Paraná (CMEG), na noite de 7 de março. O evento reuniu mais de mil mulheres no Rafain Palace Hotel, em Foz do Iguaçu. Ao todo 23 mulheres receberam a honraria. A empresária Elizangela de Paula Kuhn, da De Paula Contadores Associados e conselheira da ACIFI, foi a escolhida pela CMEG de Foz do Iguaçu para receber o prêmio em 2016. “Fiquei muito feliz, pois me senti representando todas as mulheres de Foz envolvidas na gestão de suas empresas, especialmente daquelas que, além de seus negócios, se envolvem nas entidades e instituições preocupadas com o desenvolvimento de toda a sociedade”, agradeceu. “Essas mulheres merecem receber esse singelo prêmio, pois trabalham arduamente todos os dias. Todas são especiais, mas as que foram escolhidas pela federação é porque fazem a diferença em nosso estado”, destacou o presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR, Darci Piana.
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Empoderamento
O
tema escolhido para essa edição foi “Empoderamento feminino – a mulher como protagonista da sua história”, abordado pela psicóloga Lígia Guerra. Com a proposta de quebrar alguns tabus femininos, a profissional tratou de assuntos como maternidade, ansiedade, estereótipos de beleza, sexualidade, universo masculino, carreira e relacionamento. Entre os pontos enfatizados por ela, a necessidade de a mulher empoderar-se, já que as maiores provas de descrença no potencial feminino partem, justamente, de outras mulheres. A palestrante também falou sobre a importância do empoderamento feminino acontecer na base, ainda na educação de meninas. “É preciso mudar o foco. Ao invés de colocar nossas meninas em concursos de beleza, vamos colocá-las em concursos de raciocínio, de ciências, de matemática”, sugeriu.
O presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR, Darci Piana, e autoridades durante solenidade de premiação Conselheira da ACIFI, Elizangela de Paula Kuhn foi uma das 23 mulheres homenageadas
Guerra concluiu a palestra com uma reflexão sobre a relação entre liberdade, autoestima e empoderamento. “Quando olho para o espelho e gosto do que vejo, isso é liberdade. Quando olho para dentro de mim e gosto do que vejo, isso é autoestima. Quando olho para a minha coragem de assumir riscos e gosto do que vejo, isso é empoderamento.”
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Por que investir em Foz
Revitalização do Marco gera renda e melhora a oferta turística em Foz do Iguaçu
O
Grupo Cataratas entregou a primeira fase de revitalização do Marco das Três Fronteiras e iniciará, nos próximos dias, a segunda etapa de transformação no atrativo turístico. Cerca de R$ 10 milhões já foram investidos. O valor dos investimentos para a conclusão da obra será de R$ 30 milhões aproximadamente. Os resultados deste aporte financeiro já são visíveis na experiência que os visitantes têm atualmente, ao conhecer ou revisitar o lugar, e na economia da região do entorno do Marco das Três Fronteiras. A iniciativa colabora com o zelo pelo local e promove o
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desenvolvimento da Região Sul da cidade. Para o Grupo Cataratas, o Complexo Turístico Marco das Américas, que está localizado no bairro Porto Meira, a cerca de 14 quilômetros do centro de Foz do Iguaçu, terá um papel fundamental no desenvolvimento dessa importante região do município, que já abriga outro atrativo turístico, a Ponte Tancredo Neves, ligando Brasil e Argentina, e tem uma história magnífica com o país vizinho. Empregos – Dezenas de moradores da região do Porto Meira foram contratados
pela operação do Grupo Cataratas. Nesta primeira fase foram gerados mais de 50 postos de trabalho e uma série de empregos indiretos. No segundo semestre de 2016 e no ano de 2017, quando todo o empreendimento estiver pronto, serão mais de cem postos de trabalho. Para Adélio Demeterko, gerente-geral da Cataratas S.A., empresa responsável pela gestão do atrativo, o Marco das Américas traz muitos ganhos à cidade. “Estamos resgatando um atrativo e colaborando para o crescimento do turismo. Isso representa muito mais empregos diretos e indiretos”, salienta.
Adélio Demeterko, gerente-geral da Cataratas S.A.: resgate do atrativo
O Marco das Américas proporciona, hoje, aos visitantes e moradores uma condição especial para interagir e apreciar um novo espaço. O projeto do complexo integrará o Marco das Três Fronteiras e o Espaço das Américas a uma série de atrações para valorizar a cultura e a história da região. Infraestrutura – O Complexo Turístico Marco das Américas é integrado pelo Marco das Três Fronteiras, Boteco Cabeza de Vaca, centro de visitantes, estacionamento e, futuramente, pelo Espaço das Américas e outros atrativos, como Vila de Entretenimento, Torres
Temáticas, Projeção na Água, Memorial Cabeza de Vaca, trilhas e píer. O projeto Complexo Turístico Marco das Américas celebra a convergência entre diferentes culturas e povos, por meio de uma singela homenagem ao advento das Missões Jesuíticas nas Américas, fato histórico essencial para a compreensão do arranjo social, político e geográfico das províncias do Sul do continente e do lançamento dos alicerces da sociedade latino-americana. Por meio das mais modernas técnicas de edutenimento (junção em doses
exatas de educação e entretenimento), os visitantes terão acesso à emocionante saga das Missões Jesuíticas: um árduo trabalho dos jesuítas pioneiros que, juntamente com os índios guaranis que habitavam o território, construíram um bem-sucedido sistema social que integrou mais de cem mil pessoas sobre uma ampla extensão de terras que hoje integra parte do Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. Serviço: Complexo Turístico Marco das Américas www.facebook.com/marcodasamericas
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Mulheres Paranaenses
Célia Neto Pereira da Rosa, homenageada da Escola de Engenharias, recebeu o prêmio das mãos da professora e coordenadora do curso de Engenharia Civil do UniBrasil, Adriana Regina Tozzi
Escola de Engenharias homenageia Célia Neto Vice-presidente da ACIFI é considerada um exemplo para todas as alunas de Engenharia e engenheiras, por isso foi escolhida por unanimidade pelos coordenadores da Escola de Engenharias para ser homenageada em Curitiba
O evento foi realizado no dia 10 de março em Curitiba. A vice-presidente da
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ACIFI, Célia Neto Pereira da Rosa, foi a homenageada da Escola de Engenharias. Engenheira civil, Célia ocupa a segunda vice-presidência do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREAPR) e trabalha com acessibilidade, assessorando projetos novos e de reforma para cumprimento das normas da área. Ela também realiza palestras em associações, escolas e entidades de classe de profissionais de engenharia e arquitetura. Possui curso de EAD na plataforma do CREA-PR e faz MBA na área de Desenvolvimento Econômico e Territorial. É sócia-proprietária da
empresa Rio-Sul Indústria e Comércio de Esquadrias de Alumínio, da qual também é projetista. Aos alunos universitários, em especial às mulheres, Célia aconselha: “Temos que buscar o nosso espaço dentro do mercado de trabalho e não colocar que nossos direitos por ser mulher devam nos diferenciar. O respeito pela igualdade de salários e cargos deve ser trabalhado com a competência e posicionamento claro em todas as tarefas executadas”, declarou a homenageada.
Crédito foto: Assessoria UniBrasil
T
odos os anos, o UniBrasil Centro Universitário, por meio do projeto “Mulheres Paranaenses”, presta uma homenagem às profissionais que contribuem para o desenvolvimento cultural, científico, artístico e empresarial do estado do Paraná. Em sua sexta edição, o projeto tem como objetivo registrar os exemplos de vida e de trabalho de mulheres de destaque na construção do Paraná e o posicionamento da instituição quanto à questão de gênero e igualdade de direitos.
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Camila Giacomeli, empreendedora do Iguassu Coworking
+
i fi c a s i a So u m
Iguassu Coworking facilita o desenvolvimento de novos empreendedores Designers, publicitários, empresários de tecnologia e até nutricionistas já utilizam o modelo de escritório compartilhado em Foz
P
rofissionais independentes, representantes de empresas e empresários têm deixado de lado ambientes tradicionais de trabalho para aderir ao coworking. Nesse local, o espaço é coletivo e não é raro que a parceria vá além do compartilhamento da infraestrutura e se estenda à realização de projetos em conjunto. Em Foz, o único espaço nesse modelo é o Iguassu Coworking, que já existe desde agosto de 2013 e atrai cada vez mais pessoas. Camila Giacomeli é o nome da empreendedora que trouxe esse novo conceito de usar o mesmo ambiente de negócios. Ela diz que, em geral, ele é procurado por empresários de tecnologia e de startups e por profissionais autônomos e freelancers. Agente de eventos, programador, coach, jornalista, webdesigner, publicitário, arquiteto, advogado, nutricionista e
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psicólogo estão entre os clientes que já identificaram que trabalhar sozinhos em casa não é produtivo ou que não é mais necessário manter um escritório próprio para ter profissionalismo. “Profissionalismo tem a ver com entrega de resultados, e é isso que o cliente espera hoje”, afirma Camila. O conceito nasceu nos Estados Unidos em 2005, ganhou força nos últimos anos em todo o mundo e chegou ao Brasil em 2007. O coworking favorece uma troca de ideias e experiências entre profissionais de diferentes áreas. “Aqui o profissional não precisa se preocupar se o telefone toca, se a conta de luz está paga ou se o cartucho da impressora está cheio. O foco está 100% no trabalho, e a troca de informações entre os coworkers é muito rica”, completa. Optar por um espaço no coworking implica menos custos e burocracia.
Na ponta do lápis, uma empresa gasta menos do que se assumisse um escritório sozinha. Para ser um coworker não é preciso ter CNPJ, e cada um paga mensalidade de acordo com o número de horas em que utiliza o espaço. São várias estações de trabalho num mesmo ambiente com internet à disposição e estrutura suficiente para a execução de tarefas, por horas avulsas ou planos mensais que variam de R$ 10 a R$ 550. Também há sala de treinamento e espaço para eventos que podem ser utilizados por determinados períodos. Os pacotes incluem endereço comercial, cópias e impressões, apoio de secretária e cafezinho – o qual, aliás, tem um sabor único e só por ele, acredite, já vale a pena ser um coworker. Serviço: www.iguassucoworking.com.br (45) 3029-4132 contato@iguassucoworking.com.br
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PROMOVE MUDANÇAS OO importante importante éé saber: saber: “Sempre “Sempre éé possível possível mudar mudar nossos nossos comportamentos”. comportamentos”. Mudanças Mudanças posi posittiivvas as de de comportamento, comportamento, geram geram impacto impacto posi posittiivvo,o, melhori melhoriaass ee bons bons resultados. resultados. COACHING PESSOAL & EMPRESARIAL | PALESTRAS & TREINAMENTOS EMPRESARIAIS COACHING PESSOAL & EMPRESARIAL | PALESTRAS & TREINAMENTOS EMPRESARIAIS PESQUISA DE CLIMA | RECRUTAMENTO & SELEÇÃO | AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA | PSICOTERAPIA PESQUISA DE CLIMA | RECRUTAMENTO & SELEÇÃO | AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA | PSICOTERAPIA
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Dionéia Gonçalves - Psicóloga e Coach Dionéia Gonçalves - Psicóloga e Coach CRP 08/15967 CRP 08/15967 Revista ACIFI | Página 21
Entrevista
Rogério Böhm | Superintendente do Hospital Ministro Costa Cavalcanti
Hospital Costa Cavalcanti tem novo superintendente
S
ão 200 leitos, dos quais 122 destinados ao Sistema Único de Saúde (SUS). Mais de 18 mil m² de área construída, seis salas de cirurgia, mais de mil colaboradores, em torno de 300 médicos no corpo clínico e orçamento que gira em torno de R$ 180 milhões por ano. Esses são só alguns dos números que cercam diariamente Rogério Soares Böhm em sua sala no Hospital Ministro Costa Cavalcanti. Por mais de 11 anos, ele foi diretor administrativo-financeiro do HMCC e, em fevereiro deste ano, assumiu a superintendência da Fundação de Saúde Itaiguapy, entidade que administra o hospital. Por quase uma década e meia, o cargo foi ocupado por Anilton José Beal, que vai aposentar-se e deixou um sucessor à sua altura. Isso porque, além de ser um experiente administrador,
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Rogério fica à vontade quando se trata de estrutura organizacional, gestão de processos e modelos de gestão – tanto que em 2007 escreveu o livro “Qualificação da gestão e da assistência: diferenciação e integração em uma unidade hospitalar”. Na entrevista abaixo, Rogério – que também é o diretor administrativo da ACIFI – fala da importância dos investimentos para o reforço na estrutura de saúde. Ele ainda apresenta o Instituto de Ensino e Pesquisa, recém-criado pelo HMCC para proporcionar melhora na gestão e na qualidade da assistência prestada à comunidade. A outra novidade vem com o cadastramento da Fundação de Saúde Itaiguapy em programas de residência médica.
Revista ACIFI: Quais foram os principais desafios na época de sua chegada ao hospital em 2004? Rogério Böhm: A minha vinda para cá teve uma relação na época com várias questões ligadas à gestão de processos. Na sequência começamos a desenvolver ferramentas de gestão e planejamento estratégico, até o momento em que se decidiu trabalhar na qualidade da área hospitalar, chamada de Acreditação. Há um universo muito pequeno de hospitais com um modelo de gestão mais aprofundado e certificação de qualidade, e o Costa Cavalcanti faz parte dele. Somos acreditados nível 3, que é a mais avançada certificação brasileira. O nível 1 é baseado na garantia de segurança ao paciente; no nível 2 você fortalece seus processos; e, em linhas gerais, o nível 3 corresponde a uma fase de análise de indicadores e aperfeiçoamento dos processos. Revista ACIFI: O que mudou no HMCC de 2004 para cá? Rogério Böhm: O hospital cresceu muito rápido. Em 1996 houve a abertura do atendimento ao Sistema Único de Saúde (SUS) e, embora tenham sido feitos investimentos, quase não havia estrutura de apoio para acompanhar a demanda, que aumentou muito a partir de 2002. Se olharmos o planejamento estratégico de 2003 até 2007, vamos ver que era um planejamento praticamente voltado para dentro da instituição, ou seja, adequações internas muito focadas em estrutura física e no sentido de ajustar o quadro organizacional. Hoje você tem um panorama diferente, o HMCC está muito melhor preparado para atender o paciente com qualidade assistencial e segurança não só dele, como de todas as pessoas envolvidas em todos os procedimentos e processos. Revista ACIFI: Qual é o diferencial do HMCC hoje? Rogério Böhm: Ao longo dos anos, a busca constante pela qualidade se solidificou, assim como o compromisso do Hospital Ministro Costa Cavalcanti com a sociedade. Hoje atendemos pacientes do SUS, particulares e usuários do Itamed e de outros 45
convênios de saúde. O HMCC se estabeleceu como referência em práticas médicas, assistenciais e de gestão, e isso é comprovado por conquistas como a Acreditação com Excelência, Nível 3. Dentre as 6.710 unidades hospitalares existentes no Brasil, somente 244 têm a chancela de Acreditação Hospitalar. No Paraná, são 15: nove em Curitiba e seis no interior, nenhuma delas nível 3. Revista ACIFI: Qual a linha de atuação daqui para frente? Rogério Böhm: Um hospital nunca está totalmente pronto, por isso as mudanças nunca param. Mantemos o foco na adequação da estrutura e na melhoria da qualidade da assistência. Temos um plano diretor para os próximos dez anos, e nesse período há uma previsão de ampliação significativa da área construída do hospital. Além do reforço na estrutura de saúde, outro desafio bem recente é o Instituto de Ensino e Pesquisa, criado para gerar e disseminar conhecimento. Foi a partir do IEP que este ano entramos no programa próprio de residência médica com a aprovação de sete vagas para o HMCC, duas na área de obstetrícia, cardiologia, anestesiologia e uma de radiologia. Esse braço de ensino nos levará a repensar toda a estrutura de saúde de nossa região.
“
Em seu currículo, Rogério Soares Böhm tem graduação em Administração pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), especialização em Gestão de Recursos Humanos pela FAE (Curitiba) e mestrado em Administração pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Também foi professor em cursos de graduação e pós-graduação da Cesufoz, UDC, Uniamérica e Unioeste.”
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Entrevista
Revista ACIFI: O que o Instituto de Ensino e Pesquisa representa na trajetória do HMCC? Rogério Böhm: O IEP é um marco institucional para o desenvolvimento de pesquisas e educação na área da saúde. Entre as intenções estratégicas está a contribuição para o aperfeiçoamento contínuo da qualidade assistencial no Hospital Costa Cavalcanti, por meio da formação e capacitação do corpo de profissionais, a promoção da qualidade de vida e saúde da comunidade, e a inserção da instituição no meio científico e educacional. Por exemplo, no ano passado, o instituto firmou parceria com a Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila) para a realização de pesquisa com a finalidade do Estudo Genético das Malformações Congênitas. Outra novidade foi a realização de um MBA Executivo em Gestão na Saúde, na modalidade in company, em parceria com a faculdade Uniamérica. Revista ACIFI: Quem participa desse MBA Executivo? Rogério Böhm: Ele é basicamente para gestores do hospital que trabalham nas áreas administrativas e assistenciais. O curso reúne profissionais de áreas específicas como nutrição, bioquímica, psicologia, entre outros, para estudar gestão na saúde e enxergar a empresa como um conjunto de processos. Ao proporcionar aos colaboradores um MBA como esse, o hospital está investindo em aperfeiçoamento, melhoria e mudança de cultura. O curso veio preencher essa lacuna, e já percebemos a necessidade de formar mais uma turma.
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Revista ACIFI: Mudança de cultura em que sentido? Rogério Böhm: A integração das diferentes áreas num ambiente hospitalar foi o tema da minha dissertação de mestrado. A grande dificuldade num hospital é a administração de conflitos, então na minha pesquisa para a dissertação dividi o hospital em quatro grandes áreas: corpo clínico, corpo de enfermagem, áreas de apoio e diretoria. O estudo, chamado de “Qualificação da gestão e da assistência: diferenciação e integração em uma unidade hospitalar”, buscou justamente compreender como essas áreas enxergam o ambiente e é interessante porque a visão delas é completamente antagônica. Na prática só tem um jeito de fazer essa integração, que é conseguir fazer do hospital um ambiente colaborativo. Revista ACIFI: O hospital pensa em expandir o Centro Obstétrico? Rogério Böhm: A equipe técnica já está na fase final da elaboração da planta para a criação de um Centro Materno-Infantil que vai abranger o Centro Obstétrico, UTI e UCI neonatal e alojamento conjunto. Num primeiro momento trabalhamos com duas hipóteses: a primeira é que ele poderia ser construído onde hoje é o Hemonúcleo, e a outra opção seria partir para a verticalização, erguendo um segundo piso sobre o Centro Obstétrico. Precisamos definir o projeto e, consequentemente, realizar a captação de recursos. De qualquer forma, viabilizar essa mudança nos daria um fôlego de espaço para que o hospital cresça. Precisamos, por exemplo, ampliar a área de imagens e também de uma estrutura maior para o pronto-atendimento.
Revista ACIFI: E quanto aos investimentos em equipamentos? Rogério Böhm: Em busca de melhorias para os pacientes, no último ano, a Fundação de Saúde Itaiguapy investiu mais de R$ 6 milhões em tecnologia, como uma nova unidade de hemodinâmica e arco cirúrgico. Adquirimos também um novo equipamento de ressonância magnética que entrou em operação em janeiro deste ano. Isso reflete em aumento da produtividade e qualidade no atendimento. Revista ACIFI: Há 20 anos no mercado, como está o plano de saúde Itamed? Rogério Böhm: O Itamed, plano de saúde do Hospital Ministro Costa Cavalcanti, está em crescimento com mais de 22 mil vidas, e um dos fatores decisivos para o aumento de usuários foi o convênio estabelecido com a ACIFI. A parceria com a Associação Comercial e Empresarial de Foz do Iguaçu deu uma guinada no plano em termos de venda e deu uma visibilidade maior ao Itamed. Recentemente expandimos para a região, temos um escritório em Medianeira. Estamos num escritório em Medianeira e estamos buscando parcerias com as associações comerciais da região para fomentarmos a comercialização de planos empresariais, como fizemos com a ACIFI aqui em Foz, e abertos para parcerias com os profissionais de saúde dessa região.
Revista ACIFI: Quais os principais parceiros do Costa Cavalcanti? Rogério Böhm: O papel da Itaipu tem que ser salientado, porque sem esse apoio, tanto da Diretoria da Itaipu, Conselho de Curadores e Conselho Fiscal, não estaríamos na posição em que estamos. Destaque também para a parceria com a ACIFI. Há também a parceria com o Governo do Estado, que está indo muito bem, e temos uma série de convênios com instituições de ensino superior de Foz. Acadêmicos da Anglo, UDC, Unila e Uniamérica fazem parte do cotidiano do hospital. São esses laços muito fortes com a comunidade que contribuem para o Costa Cavalcanti ser o que é hoje. É importante frisar também a parceria e relação que temos com todos os nossos colaboradores, médicos e prestadores de serviço, pois são eles que, no dia a dia, efetivamente fazem o HMCC acontecer e, consequentemente, transformaram o Costa Cavalcanti no que ele é hoje.
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Gestão de pessoas
Liderança e Coaching Comportamental
A
Dionéia Gonçalves, psicóloga, coach e consultora de RH. Responsável pelo Programa de Desenvolvimento em Gestão Positiva.
s mudanças ocorrem de qualquer forma, querendo-se ou não, aceitando-se ou não. A diferença é se estamos no comando dessas mudanças, permitindo que elas ocorram com estratégias bem definidas, com cuidado e com o máximo de atenção.
comportamentos-chaves que produzirão mudanças mais positivas e o aumento da eficácia da liderança; e 2) estabelecer pessoas estratégicas, chamadas de stakeholders, para ajudar a definir os comportamentos-chaves e acompanhar os processos de mudança, avaliar e dar sugestões e feedback.
Desta forma podemos ter o poder da escolha, de decisão e da participação ativa no processo de mudança, tanto pessoal quanto naquilo que está a nossa volta, grupos ou equipes.
É importante lembrar que toda promoção de mudanças só acontece com o desejo inicial, mas também com a interação e vivência entre o que se pretende alcançar e a realidade no dia a dia, ou seja, as experiências reais.
A mudança positiva e duradoura é o que mais se espera quando se objetiva alcançar mudanças no comportamento. O líder eficaz e bem-sucedido está aberto e desejoso de melhorar seu desempenho e buscar bons resultados. Sair da zona de conforto e do receio de não dar certo. A liderança não traz somente privilégios, mas, sobretudo, responsabilidades. A principal responsabilidade de um líder é saber que ao mudar a si mesmo ele será capaz de ajudar no desenvolvimento dos outros, poderá transformar, gerando mudanças positivas e também duradouras em toda a equipe e/ou grupos de trabalho. Autoconsciência (autoconhecimento) e autogestão (autocontrole) são pilares indispensáveis para uma inteligência emocional mais desenvolvida dentro do campo corporativo. O líder que direciona sua vontade de mudança de comportamento baseada em identificar suas forças e fraquezas, suas emoções, necessidades e impulsos e tornarse mais racional, capaz de manter-se autoconfiante e criar ambientes de confiança e equidade, assim terá inevitavelmente, por consequência, a promoção da sua mudança comportamental. O coaching-executivo ajuda na mudança comportamental dos líderes quando preconiza em sua metodologia dois pontos fundamentais e de partida na efetiva mudança comportamental de um líder: 1) estabelecer quais os
Para obtenção de sucesso nos resultados do processo de coaching de liderança, é necessário que os líderes estejam realmente motivados para a mudança e abertos a conhecer os comportamentos-chaves que deverão buscar. Os líderes mais bem-sucedidos são executivos altamente comprometidos com o objetivo de se tornarem modelos de desenvolvimento da liderança e de vivência real dos objetivos da empresa, unidos à missão, visão e valores dela. As principais etapas do coaching de liderança são: envolvimento e determinação do líder submetido ao processo de coaching em buscar o comportamento desejado em sua liderança, escolhendo e definindo junto quais serão os stakeholders que o ajudarão no processo de melhoria. Definir um plano de ação junto ao profissional coach, daquilo que irá fazer para efetivar a mudança de comportamento, acompanhamento contínuo durante o processo de coaching (etapas de execução), revisão dos resultados junto ao coach e depois junto aos stakeholders (obtenção de feedback), bem como o encerramento do processo com objetivos atingidos. É importante lembrar, o coaching comportamental é apenas um ramo do coaching, mas é amplamente utilizado. Uma pequena mudança positiva de um líder pode provocar grande impacto. A tentativa de mudar, sendo um agente de desenvolvimento, por si só, poderá ser mais importante do que a própria mudança. EFETIVA COACHING
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Especial
Não à renovação.
Auditoria já! Textos: Andréa David e Alexandre Palmar
É
difícil passar por um pedágio do Paraná sem deixar de fazer um comentário educado sobre o alto valor da tarifa. Quase sempre sai um desabafo em voz alta ou mesmo um pensamento mais censurável. Às vezes sobra para o pobre do cobrador. Indevidamente, diga-se de passagem. Em momentos de manifestações coletivas, é a praça quem paga o pato, com protestos de todo o naipe. É comum ver manifestantes liberarem a cancela para que todos passem sem pagar ou mesmo bloquearem a passagem de todos por horas. Há usuário que paga a tarifa com moedas de centavos para dificultar a vida dos bilheteiros. Já os produtores agrícolas não cansam de jogar tomates no asfalto. Alguns mais irritados aceleram fundo para passar sem pagar. Os mais exaltados chegam a incendiar os postos de arrecadação. Tirando o vandalismo, tudo é compreensível. O custo para rodar nas estradas paranaenses “pedagiadas” chegou a um nível insustentável. Os mais exagerados gritam com todas as letras: pagamos um dos pedágios mais caros do mundo, principalmente nas
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paradas obrigatórias de Foz do Iguaçu ao Porto de Paranaguá. O preço fica ainda mais amargo ao enfrentar vários trechos da BR-277 sem duplicação e com intenso fluxo de veículos. Não se trata de ser contra a cobrança em si, mas sim do valor. Só para ilustrar: em São Miguel do Iguaçu, o motorista de um automóvel simples desembolsa R$ 14,10, enquanto o condutor de um caminhão de cinco eixos paga R$ 50. A revolta aumenta ainda mais quando o valor é comparado ao praticado em outros estados, onde praticamente tudo está duplicado e a tarifa é considerada justa diante do volume de obras (em alguns casos, um terço do valor). O custo para rodar nas rodovias no Paraná afeta em cheio o setor produtivo do estado, sobretudo do Oeste. Tudo tem seu preço mais caro por conta do valor do pedágio: produção agrícola, produtos industrializados, transporte intermunicipal, viagem de trabalho, turismo, etc. É líquido e certo que a tarifa diminui a nossa competitividade diante de outras regiões. Tem sido assim desde 1998, quando iniciou a
cobrança após serviços preliminares realizados pelas concessionárias. A população anda tão “insatisfeita” que não vê a hora de as atuais concessões encerrarem em 2021. Mas para piorar o quadro, eis que surge a brilhante ideia de renová-las por mais 20 anos. Indignada, a sociedade civil organizada reagiu de forma imediata e inédita contra a proposta descabida, dizendo não à renovação e exigindo uma imediata auditoria dos contratos entre o governo estadual e as concessionárias. Representantes da iniciativa privada e do poder público, dirigentes de entidades de classe, lideranças empresariais e políticos uniram-se para denunciar o impacto do pedágio no setor produtivo e as vidas perdidas pela falta de duplicação. O Programa Oeste em Desenvolvimento, por meio da Câmara Técnica de Infraestrutura e Logística, tem coordenado o movimento que ganhou força em poucos meses e já chegou ao Palácio Iguaçu. Pé na estrada e boa leitura!
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ESPERA AÍ! IMAGINE PAGAR
R$ 14,10
PARA VIRAR CADA PÁGINA DA REVISTA. Estranho? Mas éo que acontece quando a gente pega a estrada no Paraná
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Campanha
Oeste mostra sua força
Foto: Marcos Labanca Mais de 250 lideranças participaram do encontro em Foz no dia 25 de janeiro
O
movimento foi ganhando força dia a dia. A campanha pela redução do pedágio e contra o pequeno volume de obras nas rodovias já conta com a participação de vários setores da sociedade paranaense, tanto da iniciativa privada quanto do poder público. E novas adesões não param de chegar, provenientes de diferentes regiões do estado, todas engrossando o coro em desfavor da renovação das concessões e exigindo auditoria dos contratos entre o governo estadual e as concessionárias. O clamor puxado pelo Programa Oeste em Desenvolvimento, por meio da Câmara Técnica de Infraestrutura e Logística, recolocou o debate entre os paranaenses. Em poucos meses de ação, o movimento tem protagonizado audiências públicas acaloradas, revelado cifras estarrecedoras, pautado discursos de deputados. Além disso, encaminhou uma carta ao governador Beto Richa e
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a presidente Dilma Rousseff. E colocará uma campanha de outdoor às margens da BR-277. Tudo com ampla repercussão na imprensa. Entre outros pontos, o documento reivindica um diálogo em prol da livre concorrência, com o compromisso de licitar as concessões rodoviárias ao fim dos atuais contratos. Também solicita que as auditorias existentes do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e do Tribunal de Contas da União (TCU) sejam analisadas; e as recomendações pertinentes, acatadas. Da mesma forma, pede que os trechos de rodovias ainda não auditados sejam incluídos neste processo, que deverá levar em conta os contratos e as obras previstas e executadas. A carta é assinada pelo presidente do Programa Oeste em Desenvolvimento, Mario Cesar Costenaro; e pelo coordenador da Câmara Técnica de
Infraestrutura e Logística, Danilo Vendruscolo. Ela reivindica ainda a realização de audiências públicas com a sociedade sobre a renovação dos contratos de concessão de rodovias e termina com um alerta: “Independentemente da empresa que ganhe a concessão, o cerne do debate está no modelo de concessão que incide diretamente no preço final do pedágio pago pelo usuário”.
O que é? – O Programa Oeste em Desenvolvimento é uma ação de governança regional que busca promover o desenvolvimento econômico do Oeste do Paraná por meio de um processo participativo, fomentando no território a cooperação entre os atores, públicos e privados. O programa é composto por 40 entidades, reunindo universidades e instituições governamentais, representativas da sociedade civil, de pesquisa e apoio ao setor produtivo da região.
Movimento – O Programa Oeste em Desenvolvimento já realizou duas grandes audiências públicas para debater a renovação dos contratos de concessão da BR-277. O primeiro deles ocorreu em 22 de janeiro, no Hotel Bella Italia, em Foz do Iguaçu. O segundo foi em 18 de fevereiro na sede da Associação Comercial e Industrial de Cascavel (ACIC). Isso sem falar de reuniões específicas de trabalho. Nas duas ocasiões, a participação da sociedade civil organizada foi expressiva, com a adesão de dirigentes de classe, representantes do setor produtivo, empresários, prefeitos e vereadores. Os eventos também contaram a presença e apoio do deputado federal Evandro Roman, além de seis deputados estaduais: Ademir Bier, Cláudia Pereira,
Chico Brasileiro, José Carlos Schiavinato, Leonaldo Paranhos e Márcio Pacheco. Segundo Mario Costenaro, esse não é um movimento partidário, mas da sociedade que busca o crescimento econômico e social do Oeste do Paraná. “Estamos a favor do Oeste. A diversidade partidária dos próprios deputados, prefeitos e vereadores demonstra união na defesa de uma causa”, afirma. O coordenador da Câmara Técnica de Infraestrutura e Logística do Programa Oeste em Desenvolvimento, Danilo Vendruscolo, explica que a região está debatendo o assunto de forma aberta e democrática. “O objetivo é fazer justiça a uma região que tanto trabalha e produz e que, por isso, precisa de obras estruturais para se desenvolver”, frisa.
O empresário ressalta que o Programa Oeste em Desenvolvimento abraçou a bandeira e está unindo todos os setores da economia da região. “Estamos percebendo a força que temos quando nos unimos. Vamos trabalhar para alcançar os objetivos visando alavancar as cadeias produtivas do Oeste, bem como impulsionar a economia inclusive do Paraguai e da Argentina”, completa. Conforme Vendruscolo, a prorrogação dos contratos não beneficiará em nada a região, pelo contrário, ela continuará perdendo competitividade por gastar 22% do valor do frete em pedágio. “Cerca de 90% da nossa produção escoa pela BR-277. Precisamos de uma nova licitação onde o vencedor aplique um preço menor”, finaliza.
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Campanha
A
s estratégias do Programa Oeste em Desenvolvimento se sustentam no planejamento, na priorização de ações e no estabelecimento de uma governança territorial para os municípios do Oeste do Paraná, com enfoque de cadeias produtivas propulsivas. O processo de organização e planejamento das cadeias produtivas é operacionalizado pela criação e institucionalização de câmaras técnicas.
Para: Beto Richa De: Oeste do Paraná Assunto: #pedágio (trechos da carta original)
Estas câmaras técnicas que apontaram o alto valor das tarifas de pedágio como um dos principais gargalos das atividades no Oeste do Paraná. O desenvolvimento do agronegócio no está intimamente ligado à dinâmica econômica dos municípios do Oeste do Paraná. Assim, as cadeias produtivas de grãos e outras como de suínos, frango e bovinocultura de leite têm a sua competitividade prejudicada pelo custo de transporte, sendo que só o agronegócio tem a necessidade de transportar por rodovia cerca de 2,4 milhões de toneladas de grãos, carnes e outros produtos para o Porto de Paranaguá. Contudo, os custos com transporte continuam sendo o maior gargalo na competitividade das cadeias e demais atividades produtivas, retirando a competitividade dos produtores rurais e outros empresários da região. No transporte da produção com origem na Região Oeste e com destino a Paranaguá, o custo médio por tonelada transportada é de R$ 90, chegando a R$ 100 milhões ao ano para as exportações do agronegócio. Além de serem utilizadas para a movimentação de cargas, as rodovias são o principal modal para o deslocamento da população entre os municípios da região e para fora dela. Um exemplo do impacto deste alto custo para os usuários que utilizam automóvel está no trecho da BR-277 entre os municípios de Foz do Iguaçu e Cascavel, onde há duas praças de pedágio, a primeira em São Miguel do Iguaçu (km 704), com a tarifa de R$ 14,10, e a segunda em Céu Azul (km 620), com a tarifa de R$ 10,80. Ademais, apesar do alto valor da tarifa, este trecho com 145,8 km não é totalmente duplicado. As limitações de tráfego nas rodovias acarretam congestionamentos, que somadas ao transporte de cargas dificultam a mobilidade e o trânsito da população. O uso da rodovia é o principal mecanismo para proporcionar de fato a integração social e regional, assim como a melhoria na segurança dos usuários das rodovias pedagiadas. Ademais, a BR-277 é a principal conexão dos pequenos municípios com Foz do Iguaçu, Cascavel e Toledo, que são os principais responsáveis pela oferta de serviços especializados, como saúde e educação, na Região Oeste. Os custos com pedágio oneram a população quando busca esses serviços.
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Beto Richa diz, a princípio, ser contra renovação de contratos
O
governador do Paraná, Beto Richa, tocou diretamente no assunto durante sua participação no Show Rural Coopavel, realizado de 22 a 26 de fevereiro de 2016, em Cascavel. Durante sua passagem pelo evento, ele apresentou a posição do Palácio Iguaçu quanto à extensão dos contratos.
Beto Richa: entidades do G7 suscitaram essa discussão Foto: Agência Estadual de Notícias
Também enalteceu a duplicação do trecho entre Medianeira e Matelândia, apontado como um dos mais demandados do estado. “Eu assumi o compromisso de trabalhar por essa duplicação. Agora continua em direção a Cascavel, até o trevo de acesso ao município de Ramilândia”, afirmou. Já a duplicação do Trevo Cataratas em direção ao Trevo São João, numa extensão de 9,4 quilômetros, deve iniciar em maio, disse Beto Richa. Sobre a duplicação do trecho de Cascavel a Corbélia, informou que a obra está prevista para iniciar em 2017. “As duas obras não terão degrau tarifário, ou seja, não terão aumento da tarifa”, garantiu. Quanto à proposta de renovação dos contratos de pedágio entre as concessionárias e o governo estadual, Beto Richa disse que a ideia não partiu dele. Confira na íntegra a declaração feita durante o Show Rural Coopavel: “O que foi que tem o grupo G7, formado pelas grandes entidades do setor produtivo, cinco das sete entidades do G7 suscitaram essa discussão da possibilidade de extensão dos contratos de pedágio no estado do Paraná com vistas à duplicação de todas as rodovias sob concessão e
a redução da tarifa de pedágio. Foram ao Ministério dos Transportes, que está conduzindo essa discussão. Eu deixei muito claro: da minha parte eu aceito conversar, mas me venham com uma proposta que seja irrecusável, senão nem conversa terá. Ou seja, um percentual muito, mas muito expressivo, de redução da tarifa e duplicação de todas as estradas. E isso, gente, não é um cálculo simplista. É uma equação complexa, que depende também de qual será o prazo de extensão dos contratos para amortizar os investimentos realizados nessas concessões.
Mesmo assim, que seja uma proposta boa, de interesse dos paranaenses, eu farei audiências públicas, se chegarmos a esse ponto. Levar ao conhecimento para decisão do setor produtivo, das entidades e da população em geral. E ainda quero pareceres do Ministério Público e do Tribunal de Contas do Estado com a maior transparência possível para que um só paranaense não tenha dúvidas da decisão que eventualmente possamos tomar. Mas em princípio eu sou contra a extensão desses contratos, a não ser que seja algo extremamente em favor do interesse público.”
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Pedágio
Ex-auditor desvenda caixa-preta
Homero Marchese: valor da tarifa estaria pelo menos um terço mais caro
A
uditor do Tribunal de Contas do Estado de 2008 a 2012, Homero Figueiredo Lima e Marchese é um especialista em pedágio no Paraná. O advogado foi um dos responsáveis pela auditoria feita em 2011 nos contratos de pedágio da Rodovia das Cataratas (Foz a Guarapuava). O relatório final apontou um sério desequilíbrio entre o arrecadado e o investido. Detalhe: até hoje o relatório não foi julgado pelo TCE-PR. Ele tem participado das audiências públicas organizadas pelo Programa Oeste em Desenvolvimento para
Foto: Marcos Labanca
desvendar a caixa-preta dos contratos entre o governo estadual e as concessionárias. Com uma apresentação bem didática e objetiva, o ex-auditor revela informações estarrecedoras, mostrando que o valor da tarifa estaria pelo menos um terço mais caro ao pesar na balança a relação investimentos x arrecadação. O advogado é sucinto ao comentar a possibilidade de renovação das concessões. Segundo a cláusula XX, a prorrogação pode ocorrer, em alternativa ao aumento das tarifas, como hipótese de reequilíbrio econômico-financeiro.
Ou seja, aí mora o perigo, já que tal dispositivo foi pensado originalmente para fazer frente a desequilíbrio episódico existente no fim do contrato. Marchese lista uma série de vantagens para uma nova licitação e desvantagens no caso de uma possível renovação dos contratos. Destacamos para você os principais benefícios e prejuízos enumerados pelo advogado em sua apresentação feita em janeiro no Hotel Bella Italia, que reuniu mais de 250 lideranças empresariais e políticas do Oeste do Paraná.
- Ônus a todos os envolvidos: primeiro, o estado e as concessionárias têm de apresentar a prestação de contas do equilíbrio e submeter os cálculos aos órgãos de fiscalização, entidades associativas, imprensa, etc.;
Uma possível prorrogação
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- Depois, devem indicar minuciosamente por que a prorrogação vale a pena (precisam apresentar medidas que sejam evidentemente mais vantajosas para a população); - Se os envolvidos não forem transparentes, os contratos, mesmo prorrogados, continuarão sujeitos a pendências judiciais, por iniciativa do Ministério Público, Tribunais de Contas, cidadãos (ações populares), etc.; - Contratos também continuarão sujeitos à contestação política e pública. Falta de pacificação. Convenhamos: tudo aponta nesse sentido.
Vantagens de nova licitação - Evita consolidação dos problemas do contrato (indefinição do equilíbrio contratual, indefinição do caderno de obras, TIRs muito altas, etc.). Passa-se uma régua no passado e começa-se um novo período, livre de pendências;
menos influência política); 2) cobrança de pedágio pelo próprio estado, por exemplo;
- Possibilidade de adoção de novos modelos: 1) União pode ela mesma realizar a licitação (mais conhecimento e experiência, melhor fiscalização,
- Adoção de tarifa-teto: disputa no preço (garantindo, além de tudo, TIRs muito mais baixas). Caso os contratos sejam prorrogados, as concessionárias têm,
- Mais fiscalização por parte dos envolvidos e mais transparência;
em tese, direito ao mesmo reequilíbrio atual. Com prorrogação, preço só será reduzido por liberalidade das empresas, nos limites dessa liberalidade; - Edificação de parte significativa das obras nos primeiros anos de contrato ou mesmo antes da cobrança do pedágio (podendo, ainda, incluir realização de obras pelo próprio poder concedente);
Relatórios TCE e TCU - Em 2012, o TCE divulgou um relatório indicando que as tarifas do lote de concessão operado pela empresa Ecocataratas estavam 31,9% além do preço devido, em valores de dezembro de 2010 (equivalentes a R$ 347,609 milhões, na época);
Histórico do pedágio - As rodovias do “Anel de Integração” e a maior parte das rodovias que a ele dão acesso são federais. Atualmente, há 2.197 km de rodovias principais pedagiadas, entre as quais cerca de 1.800 km são federais. Também há 308,29 km de trechos de acesso; - Convênios entre União e estado foram assinados em 25/10/1996. Cabia à União acompanhar as concessões. O acompanhamento seria realizado especialmente por meio da análise e aprovação dos editais de licitação, dos contratos resultantes e dos eventuais aditivos.
- O Tribunal de Contas concluiu que o primeiro e o segundo aditivos ao contrato, além da ata da reunião nº 17, não poderiam ter alterado o equilíbrio econômico-financeiro da concessão e, assim, deveriam ser desconsiderados no cálculo das tarifas; - Após chegar a essa constatação, o TCE utilizou como critério para apontar os valores devidos das tarifas a TIR de projeto original do contrato, definida em 1998; - Apesar de a taxa ser muito alta para os padrões atuais, a opção por manter a TIR de projeto original como critério para reequilíbrio do contrato demonstrou comprometimento do TCE com a segurança jurídica; - Pode-se dizer que o trabalho do TCE foi extremamente conservador. Mesmo assim, os resultados do relatório do tribunal apontaram o forte desequilíbrio de 30% no preço dos pedágios; - Na mesma época, o TCU também apresentou o resultado de sua auditoria sobre os contratos de concessão rodoviária do estado. Partindo de pressupostos menos conservadores do que os utilizados pelo TCE, o TCU também indicou desequilíbrio nas tarifas em prejuízo do Paraná, mas determinou que os contratos passassem a ser reequilibrados com base em TIRs praticadas no mercado;
- Contratos assinados em 14/11/1997, para viger por 24 anos;
- O resultado da auditoria do TCU importaria uma redução tarifária superior à determinada pelo TCE, mas o Tribunal de Contas nacional, em vez de apontar por conta própria os novos valores das tarifas, preferiu deixar a missão a cargo do próprio estado. O trabalho nunca foi feito;
- Cobrança iniciada em junho de 1998, após serviços preliminares (recuperação superficial das vias, corte de vegetação, sinalização e construção das praças de pedágio);
- 2013: a imprensa divulgou que o Poder Executivo cogitava prorrogar os atuais contratos. A medida foi proposta por um trabalho privado de auditoria (FIA) que custou aos cofres públicos R$ 3,3 milhões. Após o fato ter vindo à luz, contudo, o estado, aparentemente, desistiu do projeto – sem dizer, porém, quem se responsabilizaria por indenizar o erário;
- Fim em 2021.
- Proposta de prorrogação retomada em 2015, após as eleições.
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Pedágio
Unidos contra o pedágio O processo de implantação das concessões de pedágio no Paraná, que ocorreu em 1997, é sinônimo de perda de competitividade e economia enfraquecida. A unificação logística e falta de alternativas mais econômicas estão causando um gargalo aos produtores rurais, às cooperativas e às agroindústrias que têm excelentes condições de crescimento. Assim como a maioria esmagadora dos usuários, lideranças regionais torcem o nariz para alto custo do pedágio. Além de não compactuarem com essa renovação, elas reivindicam prestação de contas, licitações claras e audiências públicas.
“Pelas condições atuais, o histórico aqui na região e no estado conduz a um novo modelo das concessões, com taxas de retorno diferentes, com maiores investimentos no início dos contratos, com menores tarifas. Vimos, através de outras experiências, que isso é possível e necessário. Para isso é preciso que a região se fortaleça através da união de suas instituições, de suas lideranças, da participação da sociedade no debate e na cobrança. Para o estabelecimento do diálogo entre as partes é necessário conhecimento de todo o processo e dos dados relativos a faturamentos e custos dos investimentos. As campanhas de sensibilização servem para que a população possa não só externar a indignação frente a algumas situações como também a motivação para que a sociedade entenda o seu poder de transformação.” Mario Costenaro, presidente do Programa Oeste em Desenvolvimento Foto: Adenésio Zanella
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“O pedágio é muito oneroso devido às poucas obras realizadas em todo o estado, por isso a Frimesa está de acordo com os princípios apresentados e defendidos pela Organização das Cooperativas do Paraná. Seguimos com o posicionamento das cooperativas, defendido pela Ocepar, contrário à renovação dos contratos, visto que as altas tarifas cobradas nas praças de pedágio comprometem a competitividade do agronegócio e do cooperativismo como um todo. Outro fator a ser analisado é que muitas das obras apresentadas inicialmente nos contratos ou foram postergadas ou foram retiradas dos contratos atuais, sendo que os valores pagos continuam sendo reajustados anualmente. Todas as entidades de cunho popular, as classes políticas e a população devem se mobilizar para reivindicar mudanças com vistas ao equilíbrio entre as concessionárias e os usuários.” Valter Vanzella, diretor-presidente da Frimesa.
“O pedágio é um sócio indesejado, pois, além da maior parte das estradas não ser duplicada, o que seria a contrapartida, a tarifa é muito alta em relação à das outras concessões no país. Estudos mostram que o impacto no custo do calcário transportado da região de Curitiba até Medianeira é de 30%, onerando muito a produção primária, que tem lucratividade em torno de 5% ao ano. No primeiro semestre de 2015, por exemplo, somando as operações – granel contêiner e fertilizantes – a Lar pagou R$ 3,6 milhões em pedágio. E quem é mais prejudicado é o agricultor, que receberá menos pela produção, pois o custo não pode ser repassado ao mercado. Por isso, em hipótese alguma, os atuais contratos devem ser prorrogados. Temos de suportar seus altos custos até o final, mas exigindo o cumprimento das contrapartidas das empresas. Depois disso temos de fazer novas concessões, com custos menores e serviços melhores para os usuários.” Irineu da Costa Rodrigues, diretor-presidente da Cooperativa Lar
“Sou contrário à renegociação por vários motivos. O pedágio no Paraná e, sobretudo, na nossa região é um absurdo. Os custos tiram a nossa competitividade e, pelo valor que se cobra, poucos investimentos foram feitos. Com tudo que pagamos de pedágio até hoje daria para triplicar as pistas de Foz do Iguaçu a Paranaguá. Renovar o contrato, só se fosse para cobrar um terço do que é cobrado hoje, e mesmo assim ainda seria muito caro.” Ricardo Sílvio Chapla, diretor-presidente da Copagril Foto: Comunicação Copagril
“O Oeste definiu, em consenso entre suas principais forças organizadas, que é contra o atual modelo de concessão e que rejeita aditivos para manter por mais tempo as concessionárias que venceram as primeiras licitações. A região defende mudanças, modernização, mais obras e preços menores. Somente com alterações profundas será possível tornar a produção do Oeste e do Paraná mais competitiva. E esse processo deve ocorrer com amplo diálogo, por meio de audiências democraticamente convocadas pelo próprio governo estadual. Para contar com rodovias melhores, com mais capacidade de fluxo e permanentemente conservadas, é fundamental rever o atual modelo de concessão de rodovias no estado. O Programa Oeste em Desenvolvimento, em anuência com as principais forças organizadas da região e a Caciopar, defende nova licitação para se chegar a contratos mais atentos à realidade, com preços menores e mais obras. Leoveraldo Oliveira, presidente da Caciopar (Coordenadoria das Associações Comerciais e Empresariais do Oeste do Paraná)
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Pedágio
Pedágio, por que tanta pressão pela renovação?
A
lgumas entidades, algumas pessoas e alguns políticos insistem na renovação sem licitação, sem mudar o modelo de concessão e sem dar oportunidades a outras empresas, levados pelo imediatismo e sem nenhuma base econômica.
Dilvo Grolli: estamos cobrando transparência e melhorias Foto: Marcos Labanca
O cenário ainda é de incertezas. Mas a mobilização da sociedade do Oeste, com visão de futuro de que o pedágio precisa ser discutido e analisado pela sociedade em audiências públicas, com dados transparentes e contando com a sensibilidade do governador do estado, senhor Beto Richa, que em visita ao Show Rural Coopavel confirmou que irá fazer audiências públicas para a renovação dos contratos do pedágio no Paraná. Esta postura do governador é de um estadista que preserva o direito de participação de toda a sociedade. A vontade política de cinco entidades – Fecomércio (Federação do Comércio do Estado do Paraná), ACP (Associação Comercial do Paraná), FAEP (Federação da Agricultura do Estado do Paraná), Fetranspar (Federação das Empresas de Transportes e Cargas do Estado do Paraná) e FACIAP (Federação das Associações Empresariais e Comerciais do Estado do Paraná), todas com sede na capital – não pode representar a vontade e o desejo da sociedade paranaense. As entidades regionais e a classe política estão demonstrando suas capacidades de ter grandes ideais e enxergar a nova realidade e interpretar que a questão do pedágio é muito importante para a economia do Oeste do Paraná.
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O modelo de pedágio do Paraná beneficia pouco a sociedade: estradas sem duplicação e sem a terceira faixa, a TIR (Taxa Interna de Retorno de Investimento), em média, acima de 18%, enquanto nas novas concessões, em que houve concorrência e oportunidade para outras empresas, a taxa de retorno está em menos de 9% ao ano e o valor cobrado nas praças de pedágio é de 50% a 60% menor.
O exemplo mais recente é a BR-163, na qual a concessionária Rodovia Sul Mato-Grossense S.A. cobra R$ 4,70 na praça de Mundo Novo (MS); R$ 6,40 na praça de Itaquiraí (MS); e R$ 6,50 na praça de Caarapó (MS). A concessionária Ecocataratas, que precisa apresentar os valores arrecadados e investidos, fala em prorrogação sem apresentar dados econômicos consistentes e com um modelo de concessão ultrapassado e malconcebido.
Se não bastassem todos esses questionamentos econômicos e de origem de concessão, ainda temos várias operações anticorrupção em andamento no Brasil, nas quais são investigadas inúmeras empresas, executivos e políticos, com possibilidade de estarem envolvidas em investigações empresas que têm investimentos nas concessões das rodovias do estado do Paraná. As vantagens econômicas são favoráveis totalmente às concessionárias pela rentabilidade, pela demanda do Oeste do Paraná, onde somente o agronegócio tem um custo de pedágio de R$ 100 milhões anuais e com previsão de crescimento forte para os próximos anos. A negociação entre a Ecocataratas, subsidiária da Ecorodovias, e o grupo italiano Gavio envolve uma grande fortuna, e este negócio estaria dependendo da prorrogação do contrato. Onde fica o direito dos consumidores e usuários do pedágio? A sociedade do Oeste – representada pelas organizações ligadas à produção como FIEP (Federação da Indústria do Estado do Paraná), Ocepar (Organização das Cooperativas do Paraná), Caciopar (Coordenadoria das Associações Comerciais e Empresariais do Oeste do Paraná), Acamop (Associação de Câmaras e Vereadores do Oeste do Paraná), ACIFI (Associação Comercial e Empresarial de Foz do Iguaçu), ACIC (Associação Comercial e Industrial de Cascavel), Programa Oeste em Desenvolvimento e muitas outras associações comerciais e industriais do estado, diversos sindicatos e muitas outras entidades, prefeitos, deputados estaduais e federais, vereadores e muitas lideranças políticas – está atenta e mobilizada contra esse plano de ambição econômica das concessionárias que exploram as concessões do pedágio no estado. Essas entidades e líderes foram capazes de vislumbrar o futuro, adiantar-se aos acontecimentos e agir com rapidez e determinação para acabar com a exploração econômica e ajustar a realidade do Oeste do Paraná à realidade do resto do Brasil. A sociedade do Oeste do Paraná está exercendo o direito de
Oeste do Paraná está unido contra alto custo do pedágio Foto: Marcos Labanca
manifestação livre e democrática, com muita paixão. Quando o assunto é defesa da região, não podemos permitir que pessoas de outras regiões, políticos ou pessoas com outros interesses venham decidir pelo nosso Oeste. Estamos cobrando transparência e melhorias, com critério e prestação de contas, da concessionária que administra o trecho da BR-277 de Foz do Iguaçu a Guarapuava. Nos únicos balanços a que tivemos acesso de 2010 e 2011, a arrecadação do ano 2011 foi de R$ 212,06 milhões, e o crescimento foi de 18% ao ano – e que projetado para o ano de 2016 chega a R$ 500 milhões. Outra informação importante é saber a quantidade de veículos que trafegam diariamente, estimada em torno de 11 mil. Com isso a arrecadação chegaria a R$ 600 milhões ao ano. Não podemos afirmar qual é o verdadeiro número da arrecadação sem conhecer os balanços da concessionária. No passado a história era “abaixa ou acaba o pedágio”, hoje o slogan é “abaixa o pedágio e duplica”. Tudo não passa de uma arquitetura de algumas entidades e de algumas pessoas e das concessionárias para se manterem com a concessão sem nova licitação e nós continuarmos pagando um dos pedágios mais caros do Brasil e com poucas obras.
A pressão para a renovação neste momento é também para escapar do monitoramento e do armazenamento de dados de tráfego, instituídos pela lei número 9.611 de 8 de janeiro de 2016, cujo prazo de início de operação será de 180 dias, ou seja, a partir de 8 de julho de 2016, quando toda a sociedade vai saber a verdade sobre esta história do pedágio do Paraná. Em 1998, quando iniciou o pedágio, a sociedade simplesmente não tinha como saber o que iria acontecer, e com o tempo não conseguimos enxergar uma luz no fim do túnel. Os aditivos de 1998, 2000, 2002 e 2004 somente atenderam aos interesses políticos de quem estava no poder. Isso mostra o tamanho do desafio das lideranças ativas do Oeste do Paraná, que, sem precipitação nas decisões, precisam ficar muito atentas aos movimentos de interesse econômico e político que comprometem e oneram o futuro da região. Da mesma forma que o capitão de um navio de guerra é responsável por tudo o que acontece a bordo, os líderes e políticos do Oeste do Paraná são responsáveis por tudo o que acontece nesta região. Dilvo Grolli Presidente da Coopavel Vice-Presidente da Ocepar
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Entrevista
“Modelo é extremamente nocivo para os usuários”, diz FIEP
V
ice-presidente da FIEP (Federação das Indústrias do Estado do Paraná), o engenheiro civil Edson José de Vasconcelos é um especialista em pedágio no Paraná. Ele afirma que o pedágio é um dos fatores que mais impactam na competitividade do setor produtivo paranaense e reforça que a FIEP mantém posição contrária à renovação dos atuais contratos.
que praticamente nada faz em obras e que tanto arrecada? Na verdade, não temos a resposta e, justamente por isso, fazemos essa pergunta. E isso reforça ainda mais a necessidade de que a questão do pedágio seja tratada com absoluta transparência. Somente ela pode nos garantir que não existem interesses obscuros em um tema tão impactante para a sociedade paranaense.
Vasconcelos explica que o Paraná foi pioneiro em concessão de rodovias, por isso paga o preço de um modelo já considerado ultrapassado. O dirigente sustenta a afirmação ao comparar os diferentes modelos de contratos em vigor no Brasil. O do Paraná é considerado de primeira geração. Em 2007, foram criados os de segunda; e em 2014, os de terceira. Leia a íntegra da entrevista concedida à Revista ACIFI. Quem defende a possibilidade de prorrogação das concessões de rodovias no Anel de Integração do Paraná? De onde surgiu essa proposta? A proposta veio do Governo do Estado, que pediu apoio das principais entidades representativas do setor produtivo para levar a ideia adiante. Algumas entidades, dentro de seu legítimo direito, decidiram abraçar a proposta, enquanto outras, como a FIEP, foram contrárias. A quem de fato interessa manter um modelo que tanto penaliza a produção,
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Há diálogo com o governo do Paraná para alcançar um modelo de concessão que resulte na redução da tarifa e aumento do volume de obras? A FIEP tem discutido esse tema com o
governador Beto Richa? A FIEP tem procurado acompanhar o mais de perto possível as discussões sobre esse tema e já apresentou seu posicionamento tanto ao Governo do Estado quanto ao Ministério dos Transportes. Como o senhor analisa os governos Jaime Lerner, Roberto Requião e Beto Richa em relação ao assunto pedágio? Priorizaram (priorizam) os interesses das concessionárias ou da população paranaense? Prefiro não fazer juízo sobre as intenções de cada um dos governadores em relação a suas ações no caso do pedágio. Mas o fato é que as inúmeras ingerências políticas ocorridas desde o início desse processo criaram sérias distorções nos contratos originais, causando desequilíbrios que, hoje, claramente pesam contra os usuários das rodovias. Para que isso não ocorra novamente, é preciso que o assunto seja tratado com muita responsabilidade e que qualquer decisão seja tomada respeitando aspectos técnicos. Qual a posição da FIEP sobre o valor do pedágio no Paraná e o seu impacto sobre a competitividade do setor produtivo? Os seguidos aditivos aos contratos originais de concessão geraram tarifas extremamente altas no Anel de Integração, que deixam os custos de transporte para as mercadorias
paranaenses mais elevados do que os de outras regiões do país. Por isso, é possível dizer que, hoje, o pedágio é um dos fatores que mais impactam na competitividade do setor produtivo paranaense. Qual a posição da FIEP sobre a renovação das concessões que vencem em 2021: renovar dentro do atual modelo vigente ou renovar dentro de um novo modelo? A FIEP mantém sua posição contrária à renovação dos atuais contratos. O modelo de concessão implantado no Anel de Integração já se mostrou extremamente nocivo para os usuários das rodovias, com tarifas elevadas e baixos investimentos. Além disso, mesmo que uma renovação traga redução de tarifas e mais obras, é preciso levar em conta que as inúmeras ingerências políticas ao longo do processo criaram um ambiente de litígio judicial que, caso não seja totalmente resolvido, pode gerar um passivo perigoso e causar novos prejuízos aos usuários no futuro. Por tudo isso, a FIEP defende, na verdade, que se espere até o término dos contratos e, então, realizem-se novas licitações, abrindo
a concorrência para mais empresas e consórcios e utilizando-se um modelo de concessão mais moderno e condizente com a realidade econômica do país. Como reduzir a tarifa pela metade e dobrar o volume de obras? Justamente com a adoção de um modelo mais moderno. As últimas concessões realizadas pelo governo federal em outros estados mostram que isso é possível. Ao se comparar, por exemplo, estradas concedidas em Mato Grosso do Sul e Minas Gerais, que têm volumes de tráfego e extensões similares aos das rodovias do Anel de Integração, percebe-se que as tarifas cobradas lá são praticamente a metade das daqui. E o volume de obras é o dobro, com o detalhe de que as concessionárias precisam realizar a grande maioria delas, incluindo duplicações, logo nos cinco primeiros anos de concessão. Isso mostra que, com novas licitações, podemos ter um cenário parecido no Paraná. Qual a contribuição da FIEP na construção desse novo modelo? A FIEP tem realizado levantamentos e análises técnicas sobre o histórico
do pedágio no Anel de Integração e sobre diferentes modelos de concessão adotados no Brasil. Temos apresentado esses dados a lideranças de todas as regiões e também os colocamos à disposição dos representantes dos governos estadual e federal envolvidos nessa questão. Quais ações as entidades, classe política e população devem adotar para alcançar equilíbrio entre interesses dos usuários e concessionárias? O mais importante é uma grande mobilização da sociedade buscando, acima de tudo, que haja transparência nas discussões sobre o pedágio do Anel de Integração. As concessões de rodovias no Paraná sempre foram marcadas por uma grande falta de transparência. A sociedade nunca teve pleno acesso aos números dos pedágios – como real volume de tráfego, arrecadação das concessionárias e montante investido – e sempre ficou com a sensação de que está sendo lesada. Por isso, qualquer decisão sobre o futuro das concessões precisa ter a participação efetiva da sociedade.
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Artigo
Anel de Integração: uma análise essencial
E
m recente pesquisa realizada pela FIEP (Federação das Indústrias do Estado do Paraná) a respeito dos impactos do pedágio no Paraná, constatou-se que os valores cobrados no Paraná são, em média, o dobro dos arrecadados por pedágios do governo federal e o volume de obras é a metade do que é exigido das novas concessões, resultando na perda de competitividade. O modelo de rodovias do Paraná, na forma como se apresenta, é um atraso visto que é necessário maior eficiência no transporte. Enquanto o campo e a indústria contam com tecnologia de ponta em suas produções, as estradas pedagiadas seguem estagnadas em termos de melhorias. Diversos trechos do Anel de Integração que possuem grande fluxo de veículos em circulação, como a Região Oeste, por exemplo, ainda sofrem com grandes problemas.
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A BR-277, um dos principais trechos pedagiados, está com o traçado antigo, sem duplicações em grande parte do seu percurso. Quando surge a notícia de uma nova duplicação, mesmo em trechos de menos de dez quilômetros, são anunciados novos aumentos nos preços cobrados para suprir a obra, ou seja, o usuário da rodovia é quem paga. Pelo Oeste, é necessário transportar três milhões de toneladas de commodities e outros produtos para exportação. Como a ferrovia que corta a região suporta apenas 600 mil toneladas, as demais 2,4 milhões de toneladas são transportadas por rodovias. Em uma viagem de Foz do Iguaçu até o Porto de Paranaguá, por exemplo, o pedágio representa 22% do custo do frete por tonelada, o que prejudica o empresariado e também a sociedade em geral, visto que o valor é repassado ao consumidor final de produtos transportados pelas rodovias.
Guido Bresolin Junior é empresário e presidente da Faciap (Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná)
A FIEP está realizando, em todo o estado, diversos encontros para debater o pedágio. Na reunião realizada em Foz do Iguaçu, por exemplo, foi assinada a Carta de Foz do Iguaçu, que se trata de um marco inicial para um diálogo maior, de forma que sejam buscados novos modelos mais competitivos de rodovias. A análise do estudo é essencial para que a sociedade desenvolva um entendimento profundo sobre o tema. A união deve abrir o debate de forma transparente. A prioridade deve ser o entendimento das regras, quais são os compromissos assumidos, as obras a serem realizadas e os valores dos pedágios a serem praticados, de forma clara, para toda a população que utiliza o Anel de Integração, com a finalidade de o cidadão paranaense ter à sua disposição rodovias de qualidade e tarifas aplicadas de forma justa.
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Depoimento
Inovar também é reconhecer erros e corrigir gestão E
u já passei por muitas dificuldades financeiras na minha vida, mas no ano passado foi terrível, achei que a gente não tinha mais solução. Tinha costume de comprar muita mercadoria de cada representante que chegava na loja. Na época não conseguia ver isso como um problema. Para completar, o banco ofereceu uma linha de crédito, e me afundei um pouco mais. O crédito estava muito fácil, ali na mão. Acabei usando uma parte do dinheiro para aumentar ainda mais o estoque. Quando percebi, a dívida já estava grande e eu não conseguia mais pagar as parcelas do empréstimo. Os cheques começaram a voltar. Cheguei a ser protestado. Eu, sinceramente, estava abandonando tudo, com mau humor na empresa e em casa. A minha cabeça estava a mil. A saúde já dava sinais de desgaste. Eu estava entrando em parafuso e cheguei a parar no hospital com suspeita de infarto. Graças a Deus não era nada grave... Até então a gente nunca tinha procurado ajuda para administrar o negócio. Foi quando surgiu uma oportunidade no Núcleo de Indústrias de Confecções do Programa Empreender, na ACIFI. A convite do consultor Francisco Namiuchi, a gente participou do Curso de Gestão
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Empresarial do Bom Negócio Paraná (que em Foz é promovido pela Unioeste, Fomento Paraná em parceria com ACIFI). Em 2015, fiz o nível básico, que incluiu os módulos de Gestão de Negócios, Comercial, Financeira, de Pessoas e Estratégica. O consultor Hiago Mello me ajudou a ver os problemas e a colocar as coisas em dia. De cara percebi algumas, principalmente sobre o estoque. Identificamos que nosso estoque estava muito alto sem necessidade. Ele também me ajudou a controlar os gastos, a separar o dinheiro da empresa e lá de casa. Inclusive foi comigo no banco ajudar a renegociar a dívida, conseguindo redução do juro e a fixar um valor da prestação dentro da minha capacidade de pagamento. A nossa indústria é num imóvel alugado. Hoje estou construindo um espaço em minha casa para fugir do aluguel. Eu trabalho no segmento há mais de 12 anos, junto com a minha esposa (Lucia Bigosinski) e duas funcionárias. A minha esposa é responsável pela confecção. Eu reconheço que errei e que preciso mudar ainda mais, por isso a assessoria econômico-financeira continua até hoje. Hoje em dia economizo primeiro para depois gastar. Estou mais seletivo
O empresário Silvio Pereira da Silva, da Paradise Lingerie, conta como entrou no vermelho e o que fez para equilibrar o caixa da empresa
na hora da compra. Também estou formando preço do produto de forma correta. Implantei ainda um software para controlar entrada e saída, que gera a nota fiscal eletrônica ao consumidor e controla estoque. Estou trabalhando para que as coisas melhorem. Farei um novo curso de gestão neste ano. Se eu não tivesse feito o Curso de Gestão Empresarial do Bom Negócio Paraná, talvez eu tivesse fechado a empresa. O curso me abriu o olho e abriu a mente. Eu consegui colocar as coisas em dia e espero que isso não aconteça mais. Que a gente aprenda a lição e não dê o passo maior do que a perna outra vez. Silvio Pereira da Silva, 53 anos, é sócio-proprietário da Paradise Lingerie & Moda Praia. Há mais de 12 anos no mercado desenvolvendo produtos no ramo de lingerie, moda praia, pijama infantil e adulto, a loja comercializa produtos de alta qualidade e bom gosto abrangendo todos os perfis de consumidores.
Serviço: Paradise Lingerie & Moda Praia Rua Fagundes Varela, 230 – Sala 2 (45) 3028-7886
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Eleições 2016
Eleições municipais terão a identificação biométrica de eleitores O juiz eleitoral Dr. Geraldo Dutra de Andrade Neto avalia a revisão eleitoral biométrica em Foz do Iguaçu e Santa Terezinha de Itaipu
A
revisão do eleitorado na comarca de Foz do Iguaçu proporcionará eleições que efetivamente refletirão a vontade daquelas pessoas que têm sua vida e interesses nos municípios de Foz do Iguaçu e Santa Terezinha de Itaipu. Além disso, é a necessária preparação para um marco histórico, pois faremos as primeiras eleições com autenticação biométrica do eleitor. Para tanto, durante a revisão eleitoral, a Justiça Eleitoral coletou os dados biométricos dos eleitores da comarca, como as impressões digitais, foto em padrão internacional e cor de cabelo. Assim, garantiremos eleições mais seguras, evitando qualquer possibilidade de fraude na identificação do eleitor no dia da eleição. No período da revisão eleitoral, a Justiça Eleitoral proporcionou uma grande estrutura de atendimento ao eleitorado, com 75 guichês para atendimento simultâneo, de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h. Ainda se prestou atendimento em alguns sábados, para melhor atender aquelas pessoas com dificuldades de comparecer durante os dias úteis da semana.
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necessidade de deslocamento até o Fórum Eleitoral em Foz do Iguaçu. A Associação Comercial e Empresarial de Foz do Iguaçu (ACIFI) também auxiliou nesse processo, proporcionando que a população comparecesse em sua sede para realizar o agendamento para a revisão eleitoral de forma gratuita. Contamos ainda com a colaboração das prefeituras de Foz do Iguaçu e Santa Terezinha de Itaipu, bem como da Câmara Municipal de Foz do Iguaçu. Geraldo Dutra de Andrade Neto Juiz eleitoral diretor do Fórum Eleitoral da comarca de Foz do Iguaçu e coordenador da revisão eleitoral biométrica
Houve possibilidade de agendamento de dia e horário de atendimento pela internet, o que possibilitou um atendimento célere e de qualidade. Montou-se um posto avançado em Santa Terezinha de Itaipu, com 15 guichês de atendimento simultâneo e possibilidade de agendamento, para atendimento exclusivo dos eleitores daquela cidade, para proporcionar a possibilidade de revisão eleitoral sem que houvesse
“
A palavra biometria vem do grego: bios (vida) e metron (medida). Designa um método de reconhecimento individual baseado em medidas biológicas (anatômicas e fisiológicas) e características comportamentais. Todo sistema biométrico é preparado para reconhecer, verificar ou identificar uma pessoa que foi cadastrada.”
RONI TEMP EMPRESÁRIO
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Associativismo
Caciopar apresenta moções para o desenvolvimento social e econômico da região Temas como infraestrutura e logística, reformas tributárias, meio ambiente e legislação trabalhista foram apresentados por líderes regionais na primeira plenária do ano da entidade
U
ma plenária em Assis Chateaubriand, no mês de fevereiro, abriu oficialmente os trabalhos da Caciopar em 2016. Justificativas e proposições de oito moções foram apresentadas e passam a pautar ainda com mais intensidade as ações da entidade que congrega as associações comerciais e empresariais do Oeste do Paraná e de outras forças regionais, a exemplo do Programa Oeste em Desenvolvimento. A primeira delas foi apresentada pelo advogado Juliano Murbach, ex-presidente da Subseção da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) em Cascavel. Ela falou sobre questões fundiárias – invasões de áreas produtivas por indígenas e sem-terra. Ele ressaltou principalmente os direitos constitucionais, como o da propriedade, e a importância do setor produtivo para gerar riquezas e impostos que mantêm a máquina pública. A quem cabe decidir sobre a legalidade ou não das invasões é à Justiça, e ao Estado compete o dever de cumprir as reintegrações quando assim determinadas. O tema infraestrutura e logística foi apresentado pelo presidente da Coopavel, Dilvo Grolli. Ele informou sobre carências estruturais importantes
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e sobre o peso do pedágio sobre a produção. A moção sobre meio ambiente foi apresentada pelo técnico Rafael Gonzales. A síntese é a preservação e o respeito às leis em sintonia com desenvolvimento sustentável. Energia foi outro dos assuntos em pauta. A apresentação foi feita por outro técnico na área, Rodrigo Regis de Almeida Galvão. O setor produtivo aponta a falta de planejamento, o atraso em algumas legislações e o elevado custo de um insumo tão básico. Por isso, a defesa é pela adoção de políticas diferenciadas, de estímulo a energias alternativas e à autoprodução. Já o líder cooperativista Elias Zydek falou da moção sobre legislação trabalhista e normas regulamentadoras. O viés socialista do atual governo é um limitador a avanços, reconheceu, mas é essencial flexibilizar algumas leis para não travar a produção e para não gerar ainda mais desemprego, observou. Ajustes racionais nas tabelas de colocação de deficientes e aprendizes são urgentes, disse Elias.
Reformas Um capítulo especial das moções foi dedicado às reformas. A tributária foi defendida pela contadora Elizangela Kuhn, vice-presidente de
Desenvolvimento Profissional do Conselho Regional de Contabilidade (CRC-PR) e conselheira da ACIFI. Ela apresentou dados da elevação da carga tributária, do emaranhado de leis e das complicações que dão suporte ao Simples, no qual estão grande parte das empresas. A simplificação e a redução da carga de impostos, com um Estado mais enxuto e eficiente, são fundamentais para um Brasil melhor. O empresário Edson Carollo abordou sobre reforma política, a urgência do endurecimento de leis para o combate à corrupção e, entre outros, a unificação das eleições. Por sua vez, o presidente do Sinduscon/Oeste e vice da FIEP, Edson José de Vasconcelos, informou sobre a reforma administrativa. O foco dela é a redução do tamanho do Estado e a adoção de mecanismos de combate a toda forma de desperdício, a fim de que sobrem recursos públicos para investimentos em áreas estratégicas. As moções vão ser enviadas agora a parlamentares, presidentes de entidades, ao governador Beto Richa e à presidente Dilma Rousseff, a fim de que as soluções almejadas tenham o devido encaminhamento.
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Codefoz
Reni Pereira, Gilmar Piolla, Roni Temp e Renato Pena Camargo Foto: Marcos Labanca
Grandes ideias. Uma só voz! Sociedade elege diretoria do Codefoz para conduzir trabalhos até 2017
A
comunidade iguaçuense está cada vez mais presente no Codefoz, seja para construir projetos de futuro, seja para debater ações do dia a dia. É com essa forte adesão de representantes de diferentes setores da sociedade que foi eleita a mesa diretora do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social de Foz do Iguaçu que vai conduzir os trabalhos do colegiado até fevereiro de 2017.
Desafios
Eleitos por unanimidade, o empresário Roni Temp (presidente), o engenheiro civil Renato Pena Camargo (vice-presidente) e o jornalista Gilmar Piolla (secretário) foram empossados na própria plenária, realizada em fevereiro, no Hotel Bella Italia. A chapa de consenso tem o prefeito de Foz do Iguaçu, Reni Pereira, como presidente de honra.
Temp lembrou que o Codefoz, criado por lei municipal em novembro de 2012, tem pouco mais de três anos de existência, mas já conta com forte adesão da sociedade. “O nosso capital social está na união das entidades nas plenárias e o trabalho nas 12 câmaras técnicas, sendo que oito delas têm atividades regulares”, disse (ver gráfico nesta página).
Mais de 120 pessoas participaram do encontro, entre elas os representantes das entidades que ocupam 37 cadeiras na plenária. Conduzida pelo conselheiro consultivo Danilo Vendruscolo e pelo prefeito Reni Pereira, a solenidade contou com participação, na mesa de autoridades, da vice-prefeita Ivone Barofaldi, dos deputados estaduais Chico Brasileiro e Claudia Pereira, e do presidente da Câmara de Vereadores, Fernando Duso.
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Em seu breve discurso, Roni Temp disse que o Codefoz está consolidado como espaço de debate e ação para o desenvolvimento de Foz. Ele enfatizou que são mais de 250 representantes de entidades do poder público e da iniciativa privada que dedicam parte do seu tempo para o trabalho voluntário em prol do município, da fronteira e da região.
municípios do Oeste do Paraná. O secretário do Codefoz, Gilmar Piolla, frisou que outro objetivo é a declaração de Foz do Iguaçu como área de especial interesse turístico, determinada em lei. “A lei federal tornará a cidade mais atraente para investimentos privados, ao estabelecer vantagens fiscais, tributárias, trabalhistas e previdenciárias, entre outras. Estamos em fase final da redação do projeto de lei, que será encaminhado ao Ministério do Turismo”, antecipou. Para o vice-presidente, Renato Pena Camargo, que substituiu Leandro Costa, é importante a revisão do plano diretor para a implantação da política de desenvolvimento urbano, norteando a ação dos agentes públicos e privados. Destacou ainda o papel do Codefoz durante a campanha eleitoral, quando os candidatos assumirão compromissos publicamente.
O Codefoz inspirou e apoiou a criação e oficialização do Codespi (Consejo de Desarrollo Económico y Social de Puerto Iguazú) e do (Codeleste) Consejo de AÇÕES DO CODEFOZ | ABRIL 2015 A FEVEREIRO 2016 Desarrollo de Ciudad Instituições participantes 131 del Este. Juntos, os três conselhos já têm agenda Horas voluntárias 2.987 em comum em prol Profissionais voluntários 173 do desenvolvimento da região trinacional. Encontros CT realizados 81 O Codefoz também é Reuniões plenárias 10 modelo para a criação Países participantes 3 de conselhos em cinco
Codefoz coordenará reuniões com forças de segurança
A
Câmara Técnica de Segurança Pública do Codefoz tem discutido medidas de fortalecimento da segurança em Foz do Iguaçu, Ciudad del Este e Puerto Iguazú e a integração das instituições policiais dos três países. O debate ganhou força em reunião extraordinária realizada na Polícia Federal, em fevereiro, quando foram enfatizadas as ações de combate e prevenção à criminalidade na região da Ponte da Amizade. O encontrou reuniu cinco cônsules, chefes de todas as forças policiais que atuam na zona primária de fronteira, delegado e comandante das polícias Civil e Militar, representantes dos órgãos de governo, entidades do turismo, empresários e comerciantes do Brasil, Paraguai e Argentina. Entre as deliberações, foi definido que o Codefoz irá coordenar reuniões mensais com os chefes policiais, para o planejamento e avaliação permanente das medidas de segurança pública na fronteira. As audiências periódicas irão contribuir para articular e integrar as forças policiais e as políticas preventivas entre os três países. Na reunião, também foram adotadas intervenções táticas para coibir o crime na Ponte da Amizade. O coordenador da Câmara Técnica de Segurança Pública do Codefoz, coronel Carlos Roberto Sucha, considera o momento oportuno para a definição de
Encontrou reuniu cinco cônsules, chefes de todas as forças policiais que atuam na zona primária de fronteira Foto: Marcos Labanca
um projeto amplo. “Precisamos ter uma visão sistêmica e de atuação conjunta entre as autoridades dos três países”, apontou. Para ele, essa definição começa na região da ponte. “Já que a Ponte da Amizade está passando por uma reforma física, podemos analisar as questões funcionais de segurança nesta área”, frisou.
Diálogo Para o delegado da Polícia Federal em Foz Fabiano Bordignon, o Codefoz deve centralizar o debate entre as forças de segurança pública e a comunidade. “O conselho é a representação que traz os anseios da sociedade civil, por isso
deve ser o catalisador desse processo de debate. Assim, durante as reuniões mensais, poderemos planejar ações e também ouvir a população sobre demandas de segurança”, enfatizou. De acordo com a presidente do Conselho de Desenvolvimento Social e Econômico de Ciudad del Este (Codeleste), Natalia Ramirez Chan, a reunião sobre segurança pública entre os três países irá desencadear iniciativas permanentes. “A partir de agora vamos propor para os agentes públicos de Ciudad del Este para debatermos o tema da segurança de forma permanente e buscar soluções”, afirmou.
Em novo endereço
Rua Padre Montoya 254, Centro
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Fundo Iguaçu
Fundo Iguaçu defende redução do ICMS sobre o querosene de aviação
P
ara manter o número de voos e a oferta de assentos para Foz do Iguaçu, o Fundo de Desenvolvimento e Promoção Turística do Iguaçu (Fundo Iguaçu) vem defendendo junto ao Governo do Estado a redução da alíquota de ICMS sobre o querosene de aviação, que passou de 7% para 12% em meados do ano passado. A medida provocou reação das companhias aéreas, que vivem uma crise sem precedentes. Gol e TAM anunciaram que deixarão de ligar, a partir do mês de abril, as principais cidades paranaenses – dentre elas Foz do Iguaçu, Londrina e Maringá – a Curitiba. As conexões passarão, obrigatoriamente, por São Paulo, o que vai aumentar muito a duração dos voos.
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O aumento no ICMS do querosene de aviação, que representa nada menos que 38% dos custos operacionais das empresas de transporte aéreo, soma-se aos problemas que as empresas já vêm enfrentando desde 2014 com a crise econômica, que levou à queda acentuada do movimento nos aeroportos brasileiros. No ano passado, a redução chegou a 16%. Foz do Iguaçu foi uma exceção, com crescimento perto de 10%, mas também poderá ser prejudicada com a diminuição do número de voos. Foz pode perder cinco dos sete voos diários que ligam a cidade à capital do Paraná: dois da TAM e três da Gol. “O aumento do ICMS foi um
contrassenso. As companhias aéreas já devolveram mais de 60 aeronaves e estão enxugando as rotas para evitar a quebradeira no setor. É uma decisão que vai na contramão da maioria dos estados brasileiros, que reduziram o imposto, como Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Distrito Federal e estados da Região Nordeste, para estimular o turismo e o desenvolvimento regional”, afirma Gilmar Piolla, superintendente de Comunicação Social de Itaipu, que também é vice-presidente do Fundo Iguaçu e secretário-geral do Codefoz. Segundo ele, quase um terço do movimento do Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu passa por Curitiba. “Se a perda de voos se concretizar,
perderemos mais de 250 mil assentos por ano. Para uma cidade que vive do turismo, é uma desgraça”, alerta, pedindo apoio da Assembleia Legislativa para reverter a situação. O pedido aos deputados estaduais foi feito durante cerimônia de menção honrosa à Itaipu pela conquista do Prêmio de Excelência e Inovação no Turismo da Organização Mundial do Turismo (OMT). “O presidente da Comissão de Turismo da Assembleia Legislativa, deputado Chico Brasileiro (PSD), está mobilizando uma frente parlamentar para pedir a revisão do aumento do ICMS, e o presidente da Assembleia, deputado Ademar Traiano (PSDB), assumiu compromisso de tentar convencer o governador Beto Richa (PSDB) e o secretário da Fazenda, Mauro Ricardo Costa, a reverem a decisão”, destaca. Piolla informa que, além de pedir apoio dos deputados e de conversar semanalmente com os diretores das companhias aéreas, procurou ainda o secretário-chefe da Casa Civil, Eduardo
Sciarra; o secretário do Planejamento, Silvio Barros; e a vice-governadora Cida Borghetti, que se mostraram receptivos à reivindicação. Não é só Foz do Iguaçu que está sendo prejudicada com a decisão das companhias aéreas de abandonar o Paraná e centralizar voos em São Paulo. A partir de abril, a TAM deixa de fazer os voos diretos entre Curitiba e Londrina, e a Gol está cancelando voos de Maringá para Curitiba. A Azul, além de suspender a expansão de rotas, está reduzindo os voos para Cascavel e outras cidades. Guarapuava, Paranaguá e Ponta Grossa, cidades que sonhavam em receber voos da Azul, ficarão sem essa possibilidade.
Novas oportunidades Mas nem tudo é má notícia. Se para os voos regionais as perspectivas não são animadoras, há novidades para voos interestaduais, de acordo com Piolla. A Gol anunciou que terá uma ligação direta com Foz do Iguaçu a partir do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de
Janeiro (há outros dois voos que partem do Galeão). A TAM, por sua vez, terá o segundo voo direto ligando Congonhas (SP) ao Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu e irá aumentar a frequência dos voos diretos entre Foz e Brasília, de três para cinco vezes por semana. A TAM também informou que passará a operar o voo Rio-Foz com o moderno Airbus A321, que tem capacidade para 220 passageiros. A Azul, como já foi anunciado, terá um voo extra para Belo Horizonte (MG) e mais um voo extra para Campinas (SP). A ligação direta com Florianópolis, antes provisória, vai tornar-se permanente. “Também abrimos negociação com a Avianca para que ela volte a operar em Foz do Iguaçu”, conta Piolla. Ele lembra ainda que, por insistência do Fundo Iguaçu, tanto a Gol como a TAM se comprometeram a manter um voo direto Foz-Curitiba, enquanto a Azul permanecerá com seus dois voos. “Isso amenizará um pouco a situação”, conclui.
Revista ACIFI | Página 55
Centro Comercial
Três Lagoas no caminho para fortalecer economia
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Grande Três Lagoas abriga cerca de 40 bairros e tem mais de 40 mil habitantes. Ao longo dos anos, sua economia foi reconhecida por abrigar transportadoras, empresas de ônibus e revendedoras de peças. Hoje, apesar da distância do centro e de outros bairros, a região começa a consolidar vida própria, sem deixar de manter as conexões com as demais áreas do município. Basta uma passadinha pelas avenidas e ruas para ver seu comércio forte, com potencial para crescer ainda mais.
Página 56 | Revista ACIFI
O desenvolvimento do Três Lagoas tem tudo a ver com mobilidade. Porta de entrada de Foz do Iguaçu, o bairro sempre valorizou a importância da BR-277 para o seu crescimento, mas agora festeja as novas ligações urbanas com outras importantes áreas da cidade. Já é possível acessar a região pelas avenidas Gramado e Angatuba. As recentes melhorias nas duas marginais da rodovia devem facilitar o acesso ao bairro, bem como proporcionar mais segurança aos pedestres.
O progresso, contudo, depende de outros fatores. Os associados da ACIFI ouvidos pela reportagem reivindicam mais presença do poder público. Os empresários, quase todos moradores da zona leste, solicitam a manutenção de escolas, praças, ruas e avenidas, além de mais segurança. É preciso também diversificar a economia local. A inauguração de uma instituição financeira facilitou o acesso aos serviços bancários. Esse é o caminho...
Pioneira no mercado
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Acquavitalle fabrica mais de 300 modelos e tamanhos de banheiras de hidromassagem, SPAs, ofurôs, saunas e colunas de banho. Também tem uma linha na construção civil como pisos para boxe de banheiro, caixas d’água, protetores para condicionadores de ar residenciais, entre outros. Outro destaque é a linha ambiental, que agrega equipamentos para tratar efluentes domésticos e para permitir o reuso de água, e cisterna para reaproveitamento de água de chuva. Localizada na BR-277, a empresa atua no Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e São Paulo. “A partir deste ano, a Acquavitalle passou a contar com uma unidade de montagem atuando no mercado do Paraguai”, conta Paulo Vinício, supervisor de produção da empresa, que possui uma grande rede de revendedores e representantes. Pesa muito para essa expansão o fato de os proprietários serem sócios do Grupo Rede Mídia Exterior, que está em todo o Paraná.
Paulo Vinício, supervisor de produção da Acquavitalle
Paulo Vinício explica que a indústria tem forte ligação com o bairro Três Lagoas. Dos seus 32 funcionários diretos, 18 moram na região. Segundo ele, o bairro oferece boa logística com as transportadoras para despachar a produção para outras cidades e estados. A maior dificuldade é a distância das instituições financeiras
Localização estratégica
Everaldo Ferreira Gusmão, sócio-proprietário da Transpnet
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mpresa especializada em sistemas de gestão para transportadoras, a Transpnet está no Três Lagoas para melhor atender os seus clientes, cuja maioria está no bairro. O sócio-proprietário, Everaldo Ferreira Gusmão, conta que a empresa tem como princípio fazer atendimentos in-loco, por isso estar próximo dos parceiros é estratégico. “Economiza tempo e dinheiro”, afirma
Everaldo, que atua na área desde 1996 e é formado em Sistemas de Informação pelo Centro Universitário Dinâmica das Cataratas, com especialização pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Atualmente a Transpnet possui 11 funcionários, sendo que grande parte mora no bairro. Para o empresário, a
e o serviço de banda larga precário. “O desenvolvimento depende de infraestrutura. A construção das marginais da BR-277, por exemplo, ajudará muito. Seria muito importante, ainda, uma passarela para oferecer segurança aos pedestres”, completa.
contratação de moradores locais é uma forma de valorizar a comunidade. Em sua opinião, o desenvolvimento de Três Lagoas necessita de mais atenção do poder público, que precisa reforçar a segurança e melhorar a infraestrutura dos serviços básicos à população. Já sobre a ACIFI, diz que, graças à associação, faz uso dos benefícios do Sicoob e do plano de saúde Itamed. O principal produto da Transpnet é o “Smart”, que abrange a gestão operacional para transporte no mercado interno e no mercado internacional, atuando em todo o Mercosul; a gestão fiscal, financeira e administrativa (que envolve vários setores, como recursos humanos e estoque); e a gestão de frota. Com essa ferramenta é possível saber se a frota é lucrativa ou deficitária, quanto os veículos consomem de combustível, bem como quantas horas você trabalha com um litro de combustível. E agora atua também na área de exportação e importação, mapeando todo o processo de forma simples e intuitiva. “Temos um alto nível de fidelização porque a ferramenta e suporte técnico são diferenciados”, revela. Revista ACIFI | Página 57
Centro Comercial
De caminhões a automóveis
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Idisa Veículos iniciou sua trajetória impulsionada pela construção da Itaipu Binacional, na década de 70. De lá para cá, a concessionária da Mercedes-Benz expandiu os negócios para todo o Extremo-Oeste do Estado, com lojas em Foz do Iguaçu, Medianeira e Marechal Cândido Rondon. Em breve, a empresa também abrirá uma loja de venda e assistência técnica de automóveis multimarcas (MercedesBenz, Peugeot e Nissan) na Av. JK, atual Chanson Veículos. O sócio-proprietário da Idisa Veículos, Danilo Vendruscolo, destaca que, em Foz, a maioria dos funcionários é do Três Lagoas por um motivo simples: para prestigiar a comunidade. A equipe é formada basicamente por funcionários que foram contratados a partir de processo de seleção com alunos do Colégio Estadual Arnaldo Busato, localizado na Avenida Araucária. “Três Lagoas ainda tem uma independência de outros bairros e do centro. É preciso
Danilo Vendruscolo, sócio-proprietário da Idisa Veículos
fortalecer o comércio através de palestras e mobilização”, afirma. O empresário ressalta que as melhorias nas marginais da BR-277 ajudarão no desenvolvimento do bairro. “Muitas empresas deixaram de se instalar aqui porque não tinham acesso. Agora já temos o anúncio de novos
empreendimentos, que movimentarão a economia local e criarão novos empregos”, completa. Sobre a ACIFI, frisa que a associação é representante legítima do comércio e tem força para atender às reivindicações dos associados. Além disso, menciona os novos serviços, como nota fiscal eletrônica e certificação digital.
Vendas de porta em porta de veículos e pouco de consumidores pedestres. Daiane conta que também amargou altos índices de inadimplência. Hoje, mais precavida, faz uso do SPC da ACIFI. “A associação sempre me socorre e me ajuda muito, sem sombra de dúvidas”, destaca.
Daiane Gasparrini é microempreendedora individual
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microempreendedora individual Daiane Gasparrini é uma pessoa determinada a conquistar seus objetivos. Comunicativa, ama trabalhar com vendas. Ela visita os clientes de casa em casa, inclusive aos sábados e domingos. Atende na região do Três Lagoas, Morumbi, Três Bandeiras, centro e até mesmo no Paraguai. “Eu me dedico
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muito ao que eu faço”, diz a vendedora, residente na Avenida Gramado. Em 2013 chegou a abrir uma loja num imóvel alugado na Avenida República Argentina, que ficou aberta por seis meses. Motivo do fechamento? O movimento estava fraco porque o ponto ficava num trecho de fluxo intenso
Para garantir produtos de qualidade e baixo custo aos clientes, faz questão de viajar para São Paulo em busca de lançamentos. “Procuro trabalhar com o mostruário sempre atual para oferecer peças que agradem meus clientes a preços convidativos. Gosto muito de vender. Junto dinheiro para reinvestir em mercadoria. Próximo passo é melhorar a administração do negócio: separar o dinheiro do próprio negócio e das despesas de casa. Estou me reerguendo e vou conseguir. Meu marido, o Geovane, me ajuda muito nessa caminhada”, informa Daiane.
MEI garante novos clientes Valteni Correa, microempreendedor individual
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pós trabalhar por vários anos na Itaipu Binacional, na Subestação de Furnas e na Constecca Construções, o capixaba Valteni Geraldo Correa iniciou uma nova fase em sua vida nos anos 90. Na época, o eletricista encontrou no trabalho informal uma alternativa para ganhar dinheiro.
Após 13 anos como autônomo, decidiu “virar” microempreendedor individual em 2013 com o objetivo de ampliar as oportunidades de prestar serviços na profissão. Segundo ele, a clientela aumentou bastante. Além de bons e velhos clientes
cultivados ao longo dos anos, sua rede de contatos hoje inclui construtoras, hotéis, engenheiros e arquitetos. “Tenho mais de 60 pessoas e empresas que confiam e gostam do meu trabalho como eletricista. Clientes de vários bairros e do centro que atendo com meu próprio CNPJ”, ressalta o profissional, que praticamente transporta todas as ferramentas e materiais elétricos em sua picape. Valteni afirma que agora não precisa mais pedir favor para amigos. “Eu mesmo emito a nota fiscal. Também posso contribuir um pouco mais com meu INSS e reforçar a aposentadoria”, frisa o senhor de 58 anos, morador da Avenida Gramado. Depois da formalização por meio do MEI, o eletricista já tem outros planos em vista: pretende fazer o curso Obra Nota 10, promovido pelo Sebrae em parceria com o Núcleo de Eletricistas, de olho na NR10 (norma regulamentadora para segurança em instalações e serviços em eletricidade).
Empresária investe no bairro do coração
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comerciante Sara Geane Costa Ramos tem raízes profundas com o Três Lagoas, onde viveu a infância, a adolescência e a juventude. Após trabalhar anos e anos no Paraguai, resolveu tocar o próprio negócio. Onde? No bairro da sua vida, é claro. Pelos idos de 2010, surgiu a oportunidade de comprar a então já tradicional Estação da Moda, na principal via comercial do bairro, a Avenida João Riccieri Maran. “Eu já comprava na loja quando tinha 15 anos.” Com muitos amigos e conhecidos na região, a empresária começou a vender bastante, porém acabou oferecendo crédito sem muitos critérios, o que resultou em bastantes calotes. Hoje é mais exigente na hora da venda, inclusive no cartão e crediário. “O SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) da ACIFI foi importante para diminuir a inadimplência e equilibrar as finanças”, revela a empresária, que também usa a
Sara Ramos com clientes na sua loja
Nota Fiscal Eletrônica ao Consumidor da associação. Atualmente a Estação da Moda trabalha com tudo de moda adulta masculina e feminina voltada para as quatro estações, além de roupa íntima e esportiva. Sara conta que para fidelizar
os clientes tem utilizado as ferramentas digitais, como WhatsApp e Facebook. A cada nova coleção, lá vai a equipe tirar fotos das peças para divulgar nos canais de internet. “Sempre estou atrás de lançamentos e de novidades. A gente busca agradar ao máximo os clientes”, garante.
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Dicas
Enfrentando uma crise financeira? Veja o que não fazer nessa situação!
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aldo no vermelho, dívidas com bancos, impostos atrasados, falta de capital de giro, dificuldade em conseguir dinheiro para expandir a empresa: são muitas as dúvidas que preocupam os empreendedores afogados em números.
Analisando as cartas, fica fácil perceber que muitos deles chegaram a esse ponto por causa de erros comuns, que poderiam ser evitados com algumas noções básicas de gestão e um pouco de bom senso.
Numa situação de crise, a pressão do mercado e a falta de fluxo de caixa acabam gerando dívidas e uma série de erros na gestão de uma empresa. Saiba quais são as principais falhas e como evitá-las:
1 – Renegociar dívidas sem a firme previsão de poder pagá-las
2 – Colocar preços baixos nas mercadorias
Este é um erro comum quando se trata de um fluxo financeiro imediatista ou extremamente otimista. O ideal é fazer uma gestão rigorosa de fluxo de caixa, com base nas entradas de recursos líquidos e certos, que atenda aos compromissos assumidos e permita manter um capital de giro para outras demandas e imprevistos. Importante lembrar que um acordo quebrado com um fornecedor poderá representar falta de credibilidade, aumento da dívida e impossibilidade de renegociações futuras. Portanto, defina com cuidado os prazos de pagamento, atendendo à capacidade de sua empresa e não à exigência do credor.
Baixar os preços para lucrar mais é uma estratégia que só funciona para as grandes redes varejistas. Se você não se enquadra nesse padrão, melhor vender menos produtos a preços mais altos. Dessa maneira, a empresa tem a sua margem de lucro protegida, além de valorizar a marca.
Estão incluídas as cooperativas de crédito, que normalmente oferecem taxas inferiores às dos bancos comerciais. Outro aspecto importante é procurar não fazer uma dívida maior para saldar a menor, tornando o passivo uma bola de neve que cresce à medida que é rolada. Nesse caso, é melhor pensar em se desfazer de algum ativo e estancar a sangria dos juros extorsivos.
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3 – Concentrar as operações financeiras em um único banco É possível substituir juros altos por juros mais baixos. Caso a negociação com o banco habitual não seja satisfatória, é importante buscar o que outras instituições financeiras têm a oferecer.
4 – Atrasar o pagamento de impostos Muitos empresários cometem esse erro, acreditando que será mais fácil saldar a dívida mais tarde. Acredite: juros e multas fazem com que o pagamento se torne ainda mais complicado.
5 – Gastar mais energia no gerenciamento das dívidas do que na busca de novos negócios As dívidas devem ser encaradas e gerenciadas com rigor, porém esse trabalho não pode demandar mais tempo e energia do que a busca de novos clientes e de medidas que incrementem o faturamento em curto e médio prazo. Afinal, são essas atividades que irão trazer o equilíbrio entre as despesas e as receitas. Nessa hora procure seu contador. Ele está apto a ajudálo a fazer uma auditoria das dívidas, analisar contratos, termos de juros e correção e para auxiliá-lo a fazer um planejamento financeiro que sustente suas negociações com os credores. Ele também pode orientá-lo sobre condutas mais apropriadas em cada caso, inclusive o momento de acessar a via judicial para coibir abuso dos credores.
6 – Não considerar importante a eliminação de pequenas despesas
7 – Falhar na gestão dos estoques e descontos
8 – Ter falta de visão no gerenciamento de recebíveis
Estoques grandes significam dinheiro empatado, falta de previsão de vendas, erro na programação de produção, falha na logística ou ausência de um sistema geral de controle. Ou tudo isso junto. O fato é que eles afetam diretamente o capital de giro da empresa. Numa situação de endividamento sob juros altos, o ideal é que sejam liquidados grandes estoques. Em situação de normalidade, muito cuidado com descontos especiais em vendas de grandes volumes. Nem sempre o vendedor ou gerente de vendas conhece a rentabilidade de cada produto e pode colocar em risco todo o conjunto do negócio. Outra dica é a atualização frequente de custos de produção, considerando os efeitos inflacionários e cambiais. Com as oscilações do dólar, insumos importados podem comprometer a lucratividade. Com a crise e a retração do consumo, é necessário ter mais atenção com as previsões de venda e formação de preços.
Os juros altos do endividamento bancário ou multas de atrasos com os fornecedores e impostos podem ser minimizados com a estratégia de antecipar os recebíveis por meio de uma política de incentivos. A exemplo dos estoques de mercadorias, os estoques de recebíveis em atraso também devem receber o mesmo tratamento, como forma de aumentar o fluxo de caixa. Oferecer descontos ou facilidades para que o cliente antecipe o pagamento pode ser um caminho positivo.
Some, por exemplo, todas as frentes de desperdício de energia elétrica, papel A4, copos plásticos e outros materiais usados no escritório ao longo de um ano. Você pode surpreender-se. Em tempo de crise, todos os gastos ou custos devem ser revistos. Nesta tarefa, comece separando as despesas em dois grupos: fixas e variáveis. Corte as supérfluas e desenvolva ações de redução das variáveis.
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Evento
“Cirurgia Plástica – Mitos e Verdades”. Esse foi o tema da palestra da quarta edição do “Bar & Negócio$ para Elas”, promovido pelo Conselho da Mulher Empresária Executiva da ACIFI. O evento, que movimentou a agenda no início do mês de março, foi realizado no restaurante Chef Lopes e teve como convidado o cirurgião plástico Dr. Dalton Volpato. O encontro foi em homenagem ao Dia da Mulher e marcou também a posse da nova coordenadora do Conselho da Mulher Empresária Executiva, Vani Temp, que assumiu o cargo ocupado nos últimos dois anos por Graci Braga Bergmann. O conselho faz parte do Programa Empreender e completa três décadas neste ano.
1. Após duas gestões, Graci Braga Bergmann deixa a coordenação do Conselho da Mulher Empresária Executiva. A empresária Vani Temp está à frente da nova gestão 2. As integrantes do Conselho da Mulher Empresária Executiva da ACIFI com o cirurgião plástico Dr. Dalton Volpato 3. O tema foi apresentado pelo cirurgião plástico Dr. Dalton Volpato, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica
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Seja Di-Fe-Ren-Te Vista Coleção Outono-Inverno
Tudo em até 6X nos cartões
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Sicoob
Sonho nas palmas das mãos Consórcio imobiliário do Sicoob é um investimento seguro feito em médio ou longo prazo
Por Marina Delai
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azer investimentos seguros, de forma programada, sem incidência de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) e sem taxa de juros está entre os desejos de pessoas que buscam valorizar suas economias. Ideal para pessoas que não conseguem guardar dinheiro em poupança, por exemplo, o consórcio imobiliário é uma boa opção que reúne todas as características citadas acima. Disponível aos cooperados da maior instituição financeira do país, o consórcio viabiliza a compra do bem novo, usado ou para reforma, por meio de um planejamento financeiro em médio ou longo prazo. Isso é possível porque um grupo de pessoas físicas ou jurídicas se junta para fazer uma “poupança”, que é dividida em um número de parcelas mensais pagas a uma administradora responsável por gerenciar o dinheiro. Segundo a gestora da área de Produtos e Serviços do Sicoob, Ana Caroline
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Manenti, “entre as demais vantagens dessa modalidade de investimento estão as taxas administrativas mais competitivas e diluídas por todo o plano, garantia do poder de compra e a valorização da carta de crédito, tudo com a garantia do sistema Sicoob”. Antes mesmo de encerrar o pagamento das parcelas, o cooperado pode ser contemplado por duas modalidades: lance ou sorteio. No caso do lance, é necessário que o valor seja oferecido em percentual, sendo que o vencedor será aquele que tiver o maior percentual, prazo de dois dias úteis para pagamento do lance, e em caso de empate será atribuída a contemplação à cota mais próxima da sorteada. Para saber mais sobre o Consórcio Imobiliário do Sicoob, basta procurar a agência mais próxima, sendo que uma está na República Argentina (perto da Praça da Bíblia), na Avenida JK (perto do viaduto) e na Rua Almirante Barroso (perto do 34º Batalhão).
Cartões com vantagens Você sabia que o Sicoob possui uma linha completa de cartões da bandeira Mastercard para os seus cooperados? São cartões de crédito e de débito que garantem a você tranquilidade, comodidade e segurança na hora das compras e transações. Entre as principais vantagens estão taxas e anuidades mais baratas do que as de cartões de outras instituições financeiras, dois limites de crédito, recomposição imediata de limite mediante o pagamento, desconto progressivo da anuidade, melhor cotação para uso no exterior e programa de recompensas. Saiba mais sobre os benefícios particulares dos cartões Sicoobcard Black, Clássico, Gold, Platinum e Empresarial na agência mais próxima de você ou acesse o link www.sicoob.com.br/cartoes.
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Empreendedorismo
Sebrae/PR apoia empresas para superar crise com criatividade e foco Escritório da entidade em Foz do Iguaçu atua com força no empreendedorismo e incremento em ações para negócios ligados ao setor de turismo
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m tempos de cenário econômico recessivo, as micros e pequenas empresas reforçam o poder que têm de segurar a economia local. Prova disso é a cidade de Foz do Iguaçu, que tem apresentado um crescimento médio anual de 12,07% no número de micros e pequenas empresas formais nos últimos cinco anos. Os dados, que fazem parte de um estudo realizado pelo Sebrae/PR, apontam, também, que as empresas de pequeno porte formam a grande maioria dos empreendimentos do município, índice que chegou a 97,54% em 2014. “É fato que as empresas de micro e pequeno porte têm papel fundamental no desenvolvimento das cidades, uma vez que são geradoras de emprego e renda. Se a base da economia está nessas empresas, melhorar o ambiente de negócios para elas, auxiliando no cumprimento e criação de políticas públicas, no incentivo para que iniciem ‘com o pé direito’, ou no apoio para que aprimorem sua gestão constantemente, é fomentar o desenvolvimento como um todo”, pondera o gerente regional do
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Sebrae/PR no Oeste do estado, Orestes Hotz.
desaparecendo. Eu tinha que criar uma alternativa”, conta o empreendedor.
Segundo o consultor do Sebrae/PR em Foz do Iguaçu Júlio César Procópio de Andrade, mesmo em tempos de crise econômica, os pequenos negócios conseguem permanecer mais estáveis, pois têm maior facilidade de “enxugar” despesas e criar novas oportunidades. “Em 2015, por exemplo, tivemos cerca de 1,4 mil empresas que fecharam as portas em Foz do Iguaçu. Entretanto também foi um ano de crescimento no número de empresas formais. Isso porque, enquanto algumas fecham, outras surgem e equilibram o mercado”, sinaliza.
Depois de oito meses pesquisando o que poderia fazer para não deixar a crise fechar as portas do seu negócio, Antonio vislumbrou uma oportunidade. “Continuei no mesmo setor, mas mudei o foco, o público-alvo e endereço. Agora vendo bebidas e espetinhos no Conjunto Libra. Em vez de turistas, meus clientes são famílias. Estamos indo bem, ganhando clientela. Além disso, agora trabalho bem perto de casa”, comemora.
Foi o que aconteceu com Antonio Alves de Holanda quando começou a sentir os efeitos da crise. No setor de alimentação, ele vendia shawarma e espetinho grego na Vila Portes e tinha como público-alvo os turistas e sacoleiros que cruzavam a Ponte da Amizade. “Com o dólar alto, o movimento para o Paraguai começou a abaixar e os meus clientes foram
Apoio ao empreendedor Para auxiliar quem já tem uma pequena empresa, o Sebrae/PR oferece diversas capacitações. Em março, nos dias 21 e 22, a entidade aplicou o Pratique Preço de Venda, workshop de oito horas que visa a orientar sobre a importância de saber tratar adequadamente o fator preço de venda. Neste, o empresário aprende na prática a definir seu preço de venda com base no mercado. “A formação de preço é uma dúvida recorrente, e este quesito, em tempos de
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É fato que as empresas de micro e pequeno porte têm papel fundamental no desenvolvimento das cidades, uma vez que são geradoras de emprego e renda.”
crise, pode ser determinante para que a empresa vigore”, observa o consultor. Já para quem busca orientação diferenciada, o Empretec é uma das soluções mais indicadas, conhecido por transformar a visão de negócios e comportamento dos empreendedores. Está previsto para iniciar uma turma em julho, mas os interessados já podem procurar o escritório do Sebrae/PR em Foz do Iguaçu para preencher a ficha de intenção a uma vaga. Depois disso, os interessados serão chamados para uma entrevista.
Para Orestes Hotz, micros e pequenas empresas são a base da economia
Apoio a quem quer empreender O número crescente de demissões nas médias e grandes empresas, aliado à vontade que o brasileiro tem de empreender, de “ser dono do próprio negócio”, fez com que o país atingisse o maior índice de abertura de empresas em 14 anos, de acordo com a pesquisa GEM (Global Entrepreneurship Monitor) realizada com apoio do Sebrae em 2015 no Brasil. “A cada dez brasileiros adultos, quatro já têm empresa ou estão empreendendo, sendo que 56% viram o negócio como uma oportunidade e não uma necessidade”, aponta Júlio, do Sebrae/PR. Para esses novos empreendedores, o
(Crédito: divulgação)
Sebrae/PR de Foz oferece o Começar Bem, um projeto composto de várias soluções para quem já tem uma ideia de negócio e pretende dar o start planejadamente. “Quando se pode planejar a empresa antes de investir nela, os riscos de dar errado e de fechar as portas diminuem. Em Foz, os candidatos a empresários podem participar do Começar Bem – Plano de Negócio, com turmas o ano todo, no final de cada mês; e Começar Bem – Como
Validar seu Modelo de Negócios, com turmas em abril e junho”, indica.
Serviço Sebrae/PR – escritório Foz do Iguaçu Rua das Guianas, no 151 – Jardim América (45) 3521-5300 ou 0800 570 0800
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Conselho da Mulher doa R$ 13 mil ao Observatório Social
Acompanhada do presidente da ACIFI, João Batista de Oliveira, a conselheira Graci Braga Bergmann fez a entrega do cheque à vice-presidente para Assuntos de Controle Social do OSFI, Mônica Doerner
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Conselho da Mulher Empresária e Executiva da ACIFI repassou R$ 13 mil ao Observatório Social de Foz do Iguaçu. O dinheiro ajudará a manter as atividades da organização, que visa a melhorar a aplicação de recursos públicos e gerar economia ao município. O cheque foi entregue pela conselheira Graci Braga Bergmann à vice-presidente para Assuntos de Controle Social do OSFI, Mônica Doerner. O Observatório Social nasceu dentro do Conselho da Mulher Empresária e Executiva em 2009, com grande apoio do Conselho Regional de Contabilidade, entre outras entidades. Agora o OSFI quer expandir sua atuação e aumentar seu quadro de colaboradores, por isso precisa de investimento e voluntários. A organização tem em seu planejamento para este ano a realização de workshop, mobilização para atrair novos parceiros, entre outras ações, tudo para aumentar o volume de fiscalização de editais e contratos públicos visando a gerar resultados ao cidadão e contribuinte.
ntos um dos maiores eve : foi, sem dúvida, de vivenciar Paloma Na scimento ade cid feli a tive e o qu de empreendedorism
Cojefi na Feira do empreendedor em SP
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Feira do Empreendedor 2016 do Sebrae-SP, realizada em fevereiro, recebeu, durante seus quatro dias, 130 mil visitantes, um aumento de 28% sobre os 104 mil de 2015 e o maior público de suas cinco edições. O Conselho do Jovem Empreendedor (Cojefi) marcou presença no evento em busca de oportunidade de negócios, capacitações, palestras e orientações voltadas para o empreendedorismo. Com a taxa de desemprego em alta, consequência da recessão, empreender passou a ser a solução para se obter
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renda. Na feira, 83,43% dos presentes eram pessoas físicas; e 16,57%, jurídicas, ou seja, um contingente significativo de interessados em se iniciar como empresários. A feira trouxe tendências e novidades nas áreas de
empreendedorismo, marketing, finanças, inovação e exportação. “Futuros e atuais empresários encontraram um leque variado e rico em conteúdo para empreender com qualidade”, contou Paloma Nascimento, integrante do Cojefi, ao voltar do evento.
Anuário Iguassu de Comunicação
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Núcleo de Comunicação lançou a primeira edição do “Anuário Iguassu de Comunicação”. O material gráfico traz todas as peças inscritas no 1º Festival Iguassu de Comunicação, realizado no ano passado. A publicação destaca os trabalhos premiados com o Quati de Ouro, Prata e Bronze, além do Grand Prix, nas categorias TV/cinema, imprensa, mídia exterior/guerrilha, promo/design, socioambiental e estudantes. O anuário traz ainda a ficha técnica de cada peça, incluindo os nomes de profissionais responsáveis pela criação, atendimento, agência, anunciante e aprovação. No total são 64 páginas que abrigam também ilustrações de Guilherme Manzi, Helton Nascimento e Tiago Willian de Lima. A produção tem como diretor de arte Digo Souto (Lew’Lara/TBWA, de São Paulo), um dos idealizadores e coordenadores do evento, realizado em abril de 2015. A primeira edição do FIC trouxe expoentes de grandes centros como São Paulo e Rio de Janeiro para a troca de experiências por meio de palestras, workshops e premiações.
Núcleo de Metalúrgicas no Show Rural
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onhecer as tecnologias utilizadas nos setores produtivos da região é importante para atualizar as tendências de mercado e também para gerar parcerias, por isso o Núcleo de Metalúrgicas fez uma visita técnica ao Show Rural, realizado em fevereiro em Cascavel. Na ocasião os nucleados se reuniram com o coordenador do Núcleo de Inovações Tecnológicas da Unioeste, professor-doutor Camilo Freddy Mendoza Morejon. O professor é do curso de Engenharia Química, no campus de Toledo, e em 2012 foi vencedor do Prêmio Finep de Inovação, com projeto em prol do meio ambiente.
Integrantes do Núcleo de Metalúrgicas: visita ao Show Rural trouxe possibilidade de parceria com o Núcleo de Inovações Tecnológicas da Unioeste
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Polo
Atenda bem o turista em Foz. Quem vem, é pra voltar!
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onhecida mundo afora, Foz do Iguaçu recebe mais de 2,5 milhões de turistas no ano. Além de divulgar os atrativos da região trinacional para os visitantes, é preciso que nossa hospitalidade também seja reconhecida mundialmente. Esse é o objetivo do Programa Integrado de Educação Turística (PIET), desenvolvido pelo Instituto Polo Internacional Iguassu em parceria com o poder público e iniciativa privada.
O PIET é um programa que visa a promover um processo educativo junto à comunidade iguaçuense para que os moradores percebam a importância do turismo para Foz do Iguaçu. A ideia é despertar, a partir de diferentes ações ao longo dos meses, a atenção para o papel fundamental do setor ao desenvolvimento socioeconômico do município e da região trinacional. A ação mais recente foi a veiculação de outdoors em pontos estratégicos da cidade no primeiro bimestre deste ano. As mensagens levadas às ruas foram as seguintes: gentileza gera amizade; respeito gera gratidão; hospitalidade gera satisfação; e cortesia gera encantamento. O slogan é: atenda bem o turista em Foz. Quem vem, é para voltar! Segundo a diretora-executiva do POLOIGUASSU, Fernanda Fedrigo, a iniciativa “é parte de um programa maior
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e de longo prazo que levou, junto com a Secretaria Municipal de Educação e o ICMBio, 3.500 alunos para conhecer as Cataratas, capacitou frentistas, taxistas, fiscais de trânsito e diferentes atores que têm uma relação direta com o turista”. A campanha de outdoors foi elaborada pelo publicitário Daniel Reis, da Itaipu Binacional, e contou com o patrocínio da CVC. A Itaipu, a Rede Outdoor, a Secretaria Municipal de Turismo, a Secretaria Municipal de Educação, a Paraná Turismo e o Conselho Municipal de Turismo (Comtur) foram parceiros do Instituto Polo Internacional Iguassu na iniciativa.
O PIET
O Programa Integrado de Educação Turística (PIET) tem como objetivo principal sensibilizar a comunidade de Foz do Iguaçu para a cultura da hospitalidade, por meio de ações de educação para o turismo. O público atendido são frentistas, taxistas, motoristas, atendentes do comércio, guias de turismo e educadores das escolas dos corredores turísticos, além da comunidade em geral. Para saber mais, acesse www.piet.org.br.
O próximo passo será dado em abril, com a entrega de material educativo para os alunos da quarta série da rede pública municipal de ensino. Também em abril iniciará novo circuito de visitas de estudantes às Cataratas do Iguaçu. “A ideia é que, por meio do PIET, possamos tornar a cidade cada vez mais acolhedora para o visitante e, principalmente, que o morador de Foz também sinta-se parte do turismo”, completa Fernanda. Faça parte do PIET você também! Divulgue a campanha nas redes sociais. Receba bem nossos turistas!
Envie sugestões, críticas ou comentários para imprensa@acifi.org.br.
“É importante para o comerciante ter contato com o conteúdo da revista da ACIFI. Ele fica antenado sobre as ações da instituição e sobre os assuntos que permeiam o empreendedorismo com uma referência confiável!” Renata Thomazi, jornalista
“A revista de vocês é muito boa, falando não só de coisas do comércio, mas de assuntos gerais. Acho até que vocês deviam falar de outros temas, como indústria e agricultura, por exemplo. Ou mesmo assuntos de outras cidades do Paraná, não só de Foz do Iguaçu.” Marlon Fiedler, empresário
“Gostaria de parabenizá-los pela edição nº 9 da Revista ACIFI. Na matéria de capa sobre “os desafios da logística”, ficou claro que o Paraná tem vários gargalos que precisam ser solucionados e é necessário que a Região Oeste receba investimentos estratégicos. Vamos ficar de olho na atuação dos deputados estaduais para que trabalhem a nosso favor na Assembleia Legislativa.”
“Conheci a revista da ACIFI durante minhas férias em Foz com minha família. A capa era sobre o Programa Empreender, do qual já fiz parte na cidade de Maringá há muitos anos. A publicação é muito interessante, e hoje sempre leio acessando o site www.revistaacifi.com.br. Recomendo!”
Camila Roncaglio
Murilo Bento da Silva
“A Revista ACIFI traz o que está acontecendo no ramo empresarial na cidade, as novidades, as mudanças e as tendências de negócios.” James Bortolini, empresário
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ACIFI
Leandro Costa é eleito presidente da ACIFI
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arquiteto Leandro Costa foi eleito presidente da ACIFI (Associação Comercial e Empresarial de Foz do Iguaçu), no dia 15 de março. Ele encabeça a chapa “Expandindo o Associativismo de Resultados”, que vai conduzir a ACIFI no próximo biênio. A votação também definiu o Conselho Superior Deliberativo e o Conselho Fiscal. Os eleitos exercerão os mandatos de maio de 2016 a maio de 2018. A eleição registrou o maior quórum das últimas eleições, com 164 votantes. Do total, 163 confirmaram apoio à nova diretoria. O expressivo apoio dos associados foi apontado por todos como resultado da crescente representatividade da associação obtida nos últimos anos.
associados e também reconheceu o papel da atual diretoria, que incentivou a formação de uma chapa com associados novos e experientes. “O objetivo é envolver o máximo de pessoas possível para que todos remem num caminho só, sempre buscando atender o associado”, disse.
de Associativismo), Renan Breda (diretor de Desenvolvimento Econômico e Social), Mario Alberto Chaise de Camargo (diretor de Comércio Exterior), José Elias Castro Gomes (diretor de Comércio e Serviços) e Edmilson Souza dos Santos (diretor de Indústria, Infraestrutura e Logística).
O atual presidente, João Batista de Oliveira, destacou que a nova diretoria está “vindo com garra e energia” em prol do desenvolvimento da cidade, do Oeste e da região trinacional (Brasil, Paraguai e Argentina). “Os eleitos têm condições de fazer uma excelente gestão. O fortalecimento constante da entidade é importante para os associados e associativismo”, afirmou.
Os eleitos ao Conselho Superior Deliberativo são Altino Voltolini, Anna Sophie Helene Croukamp, Carlos Silva, Celia Neto Pereira da Rosa, Danilo Vendruscolo, Fábio Hauagge do Prado, Faisal Mahmoud Ismail, Joel de Lima, Kamal Osman, Laudelino Pacagnan e Paulo Quintella. Já para o Conselho Fiscal foram eleitos Elias João Dandolini, André Baraldi, Elizabeth Arrais Soares, Pedro Tenerello, Manuele Fritzen e Djalma Fonseca.
O presidente eleito é sócio da Costa, Fizinus & Schmitt Arquitetos. Foi vice-presidente do Codefoz (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social de Foz do Iguaçu), em 2015/2016, e presidente da AEFI (Associação dos Arquitetos, Agrônomos e Engenheiros), em 2013/2014. É membro do CAU-PR (Conselho de Arquitetura e Urbanismo) e do Sinduscon (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado do Paraná).
Nomes – A diretoria eleita é formada ainda por Paulo Pulcinelli Filho (primeiro vice-presidente), Elizangela de Paula Kuhn (segunda vice-presidente), Luiz Antônio de Lima (diretor financeiro), Rogério Soares Bohm (diretor administrativo), James Bortolini (diretor de Prestação de Serviços) e Neve Góis (diretora de Comunicação e Marketing).
Em nome da diretoria eleita, Costa agradeceu o apoio de todos os
A composição tem ainda Rudney Lopes Vargas (diretor
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ENGENHARIA E CONSTRUÇÕES LTDA.
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Novos Associados
Boas-vindas
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ACIFI soma um quadro de associados com mais de 1.100 empresas. Desse total, 50% são de micro e pequeno porte. Há também uma grande procura por parte dos microempreendedores individuais (MEIs), que faturam até R$ 60 mil por ano. Ao associar-se, a empresa tem acesso a uma série de produtos e benefícios, como o Serviço de Proteção
ao Crédito (SPC) e a Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica (NFC-e). Se você é da indústria, comércio ou prestação de serviços e ainda não se associou à ACIFI, está perdendo representatividade e um leque de produtos e serviços que pode alavancar seu negócio. Estamos falando de fazer parte de um conceito muito atual: o associativismo,
Lembre-se de que em momentos de economia retraída, a busca por alternativas, as novas parcerias e a ampliação da rede de relacionamento são estratégias positivas para manter e gerar novos negócios.
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