REVISTA #14 Dezembro de 2016
É HORA DE PLANEJAR E INOVAR COMPRAS PÚBLICAS
Escritório na ACIFI estimula o acesso de pequenos negócios a editais e licitações
FRONTEIRA
O impacto social do contrabando
PESQUISA
Estudo revela que o Programa Empreender melhora o ambiente das empresas locais Revista ACIFI | Página 1
Pรกgina 2 | Revista ACIFI
DIRETORIA DA ACIFI - GESTÃO 2016/2018 Leandro Teixeira Costa Presidente Paulo Pulcinelli Filho Vice-Presidente
Revista ACIFI é uma publicação bimestral da Associação Comercial e Empresarial de Foz do Iguaçu. Distribuição gratuita. Correspondências, inclusive reclamações e sugestões de reportagens, devem ser enviadas à sede da associação ou pelo e-mail revista@acifi.org.br Ano III
Número 14
Dezembro/2016
Elizangela de Paula Kuhn Segunda Vice-Presidente
Andréa David Jornalista responsável MTB 3059
Luiz Antônio de Lima Diretoria Financeira
Lucas Marcoviz Florão Publicidade e design
Rogério Soares Böhm Diretoria Administrativa
Kiko Sierich Fotografia
James Bortolini Diretoria de Prestação de Serviços
Alexandre Palmar Reportagem
Neve Góis Diretoria de Comunicação e Marketing
Douglas Furiatti Revisão
Rudney Lopes Vargas Diretoria de Associativismo
Dimas Bragagnolo Diretor-Executivo
Renan Breda Diretoria de Desenvolvimento Econômico e Social
Natalia Fuentes Coordenação operacional
Mario Alberto Chaise de Camargo Diretoria de Comércio Exterior
César Ferreira dos Santos Departamento Comercial
José Elias Castro Gomes Diretoria de Comércio e Serviços
Colaboradores Claudio Dalla Benetta, Denise Paro, Gabriela Brandalise, Juliana Dotto e Paula David
Edmilson Souza dos Santos Diretoria de Indústria, Infraestrutura e Logística CONSELHO DELIBERATIVO Presidente Faisal Mahmoud Ismail Secretário João Batista de Oliveira Conselheiros Altino Voltolini, Anna Sophie Helene Croukamp, Carlos Silva, Célia Neto Pereira da Rosa, Danilo Vendruscolo, Fábio Hauagge do Prado, Joel de Lima, Laudelino Pacagnan e Paulo Quintela CONSELHO FISCAL Elias João Dandolini, André Baraldi, Elizabeth Arrais Soares, Pedro Tenerello, Manuele Fritzen e Djalma Fonseca
Impressão Gráfica Tuicial Tiragem 4 mil exemplares Curta nossa fanpage
/acififoz
Assine o canal
/acififoz
www.acifi.org.br ACIFI – Associação Comercial e Empresarial de Foz do Iguaçu Rua Padre Montoya, 451 – Centro CEP: 85851-080 Central de Atendimento (45) 3521-3300 atendimento@acifi.org.br
Revista ACIFI | Página 3
ÍNDICE 8 Associado ACIFI
Churrascaria Búfalo Branco, um dos mais tradicionais estabelecimentos do ramo em Foz do Iguaçu, é associado ACIFI desde 1990
18 Compras Públicas
Inaugurado na ACIFI, escritório estimula micros e pequenas empresas locais a participar de licitações de compras governamentais, gerando novas oportunidades de mercado para os negócios locais
22 Fronteira
Estudo feito pelo Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social de Fronteiras (IDESF) mostra como o contrabando prejudica o crescimento das cidades fronteiriças
34 Pesquisa
Estudo revela a importância dos núcleos do Programa Empreender no desenvolvimento econômico e social de Foz do Iguaçu
38 46
Contribuição
Apenas 2,25% dos contribuintes de Foz do Iguaçu destinam recursos para fundos sociais de crianças, idosos e adolescentes, por meio do Imposto de Renda. Você pode repassar parte do seu IR até o dia 29 de dezembro. A escolha é sua!
Investimento
Congressos, feiras, conferências e encontros garantem a expansão da indústria de eventos e movimentam a economia em Foz do Iguaçu. Por trâs da captação e apoio está o trabalho da equipe do Iguassu Convention & Visitors Bureau.
ESPECIAL É chegada a hora de fazer uma reflexão sobre os acertos e erros na condução dos negócios. Reportagem especial traz análises e dicas para elaborar um bom planejamento empresarial a fim de encarar os próximos desafios. Página 4 | Revista ACIFI
Revista ACIFI | Pรกgina 5
Palavra do Presidente
Leandro Teixeira Costa Presidente da ACIFI
Página 6 | Revista ACIFI
C
omo sempre, o tempo passou rapidamente. Já chegamos ao fim do ano, e esta é a última edição da Revista ACIFI de 2016. O período é de reflexão: as pessoas costumam fazer um balanço do que ficou para trás, relembrando os erros e os acertos que cometeram, as dificuldades e as conquistas do ano que está terminando. E, sobretudo, planejando os próximos passos para o ano que se aproxima. Sem dúvida, 2016 foi desafiador para a maioria. O ano teve aumento dos custos da energia elétrica, impactando não apenas o bolso das famílias, mas também o caixa das empresas. As crises econômica e política se aprofundaram, levando o país a uma espiral descendente sem similar na história. Os juros foram para as alturas, assim como a inflação está de volta. Nesse cenário, as micros e pequenas empresas (MPEs)
são as que mais sofrem, pois são mais suscetíveis às turbulências. Para ter competitividade – seja num cenário econômico favorável ou desfavorável – é chegada a hora de ter coragem para escolher o caminho para profissionalizar a gestão das empresas. Como cidadãos que pretendem participar dos destinos da sociedade, não podemos ter compromisso com o erro. Precisamos, sim, fortalecer o setor produtivo para gerar um país realmente sustentável. E não tenho dúvida de que nossa força emergirá da qualificação, da capacitação e união. O associativismo em Foz do Iguaçu, caracterizado pela ACIFI com todos os seus serviços e benefícios, está aí para permitir que estabelecimentos da indústria, comércio e serviços, de todos os tamanhos, possam ganhar
musculatura e se tornar ainda mais preparados. Informação e conhecimento são ferramentas decisivas para se vencer no mundo dos negócios.
planejamento da nova gestão. Teremos de aguardar as definições do Judiciário para que então possamos ver quais os caminhos a trilhar.
Prefeitura – Não podemos deixar de posicionarmo-nos em relação ao cenário político da nossa cidade, diante da indefinição do próximo prefeito. Foz do Iguaçu amarga um enorme prejuízo, com danos concretos e reais. Isso porque estamos falando do tempo. Enquanto a maioria das cidades está planejando o próximo mandato, a nossa ainda espera ansiosa pela definição de quem será o novo prefeito.
Com isso, diminuiu a confiança dos investidores. Estamos desestimulados a empreender, a gerar novas vagas de emprego; estamos sem expectativas reais para o próximo ano. Perdemos tempo. É lamentável!
Os demais municípios já estão à nossa frente, na busca de novos projetos, novos investidores, novos empreendimentos, etc. Foz do Iguaçu, por sua vez, não teve e não terá transição na prefeitura, um processo importantíssimo para o
Natal – Contudo, nós empresários não podemos entregarmo-nos! Temos em dezembro o melhor mês do ano para a realização de negócios e vendas. Precisamos receber bem um público que anseia comprar, que anseia promoção, que gosta e vive o espírito natalino. Convidamos todos os empresários a participarem de uma singela campanha de incentivo ao resgate do Natal na nossa cidade. Faremos algo simples,
mas com o coração cheio de energia positiva para fecharmos o ano plenos de alegria e com esperança renovada para 2017. Será uma campanha cheia de prêmios, surpresas e que com certeza surpreenderá nossa cidade. Em breve a anunciaremos e pretendemos contar com todos os empresários de Foz. Aguardem! E para que possamos alcançar nossas metas, a ACIFI convida para uma reflexão e pergunta nesta edição o que é preciso fazer para estar preparado para 2017. O objetivo principal é mostrar aos empreendedores a importância de se planejar para o próximo ano. Desejo a todos um Natal pleno de bênçãos e um 2017 fantástico! Boa leitura.
Revista ACIFI | Página 7
Búfalo Branco no roteiro das melhores churrascarias Um dos mais tradicionais estabelecimentos do ramo em Foz do Iguaçu é associado ACIFI desde 13 de julho de 1990
C
om o crescimento do turismo em Foz do Iguaçu na década de 80, Marcos Beato e Claudomiro Machado decidiram abrir seu próprio negócio. Chegaram a cogitar a ideia de construir um hotel, mas acabaram mesmo abrindo uma churrascaria que conquistou o público e hoje é uma das mais tradicionais da cidade, com 27 anos de história.
Página 8 | Revista ACIFI
Inaugurada em setembro de 1989, a Búfalo Branco virou símbolo de carnes nobres, e seu endereço tornou-se parada obrigatória para almoço e jantar em família e para os turistas que querem comer bem. “Principalmente aos domingos e feriados, atendemos muitos moradores, mas no dia a dia os nossos principais fregueses são os turistas”, conta o empresário Marcos Beato.
Além de rodízio, o local oferece carnes grelhadas como picanha, alcatra, filé-mignon, bife ancho, fraldinha, cupim, carnes suínas e ovinas, contrafilé, tudo acompanhado por um bufê de saladas e de pratos quentes, terminando com sobremesas e frutas da época. “Tudo isso com a supervisão dedicada e exigente de Rose Beato”, complementa o empresário.
Laércio Welter Machado e Marcos Beato: nossa maior realização é atender bem e ver que o cliente ficou satisfeito
Um dos diferenciais da churrascaria está no atendimento. As carnes são servidas de acordo com o gosto de cada freguês, ou seja, ao ponto, mal ou bem passadas. Os clientes estrangeiros não precisam fazer mímica porque os garçons falam francês, alemão, inglês, italiano, além do espanhol. “Oferecemos curso, investimos na nossa equipe de colaboradores, assim como também repassamos a eles elogios e críticas que recebemos, pois entendemos que todos precisam estar motivados para que a casa seja sempre
bem-conceituada”, afirma Laércio, sócio-administrador, filho de Claudomiro, que assumiu o lugar de seu falecido pai. Uma das tradições da casa é o horário de funcionamento. A Búfalo Branco abre ao meio-dia e fecha às 23h. Assim quem chega encontra a churrascaria sempre aberta. E há apenas uma data no calendário em que não há atendimento: 25 de dezembro. A empresa é associada ACIFI desde julho de 1990. “Todo mundo ganha ao fazer parte de uma associação comercial,
e quanto mais gente envolvida, mais associados a ACIFI tiver, é melhor para Foz. É preciso entender que uma sociedade organizada tem muito mais força”, observa Beato. Localizada na Rua Engenheiro Rebouças, 530, a Churrascaria Búfalo Branco está há mais de 27 anos servindo rodízio de carnes nobres – e também grelhados – diariamente no almoço e jantar. O local disponibiliza bufê de saladas, pratos quentes, pratos frios e sobremesas.
Revista ACIFI | Página 9
Por que investir em Foz
Muito além das Cataratas!
O
My Mabu, modelo de propriedade compartilhada, e o Blue Park, moderno parque aquático, são empreendimentos da Mabu Hotéis & Resorts, com investimento de mais de R$ 200 milhões, que prometem incrementar o turismo em Foz. A inauguração dos dois, anexos ao Mabu Thermas Grand Resort, deve contribuir para fomentar a economia da cidade. Investindo mais de R$ 200 milhões na região, a marca irá inaugurar, até o fim de 2019, o maior parque aquático do Sul do país, o Blue Park, e um conjunto de apartamentos de alto padrão comercializados na modalidade de venda compartilhada, o My Mabu. “Os dois empreendimentos possuem grande representatividade na economia da região como atrativos que devem gerar um fluxo constante e aquecer ainda mais o turismo em Foz do Iguaçu”, diz José Maria Abujamra, presidente do
Página 10 | Revista ACIFI
Conselho de Administração da Rede Mabu Hotéis & Resorts. Até o final de 2017, está prevista a inauguração da primeira fase do Blue Park, parque aquático de águas termais com a terceira maior praia de ondas do mundo. O local contará com atrações como a Happy Waves (praia de ondas termais com mais de 11 mil m² de extensão e nove tipos de ondas diferentes, chegando a até 1,20 m de altura) e o Aqua Lounge, bar molhado, deques e mesas dentro d’água. Além disso, trará ainda o Wizzard (quatro toboáguas interligados, em que os visitantes deslizam em tapetes em alta velocidade); Aqualoop (tobogã com 20 metros de altura e 70 metros de extensão); Fun River (rio lento infantil com 40 cm de profundidade, no qual os pequenos podem divertir-se em boias) e o Aquaplay (parque aquático exclusivo para as crianças), bem como a construção de lojas e pontos de
alimentação. Em uma segunda fase, com obras que devem ser iniciadas em 2020, ainda estão previstos dois tobogãs e um rio lento para adultos.
Segunda residência Bem em frente ao parque, no mesmo complexo onde está localizado o Mabu Thermas Grand Resort, estará o My Mabu, projeto exclusivo da rede comercializado no sistema de venda compartilhada. No total serão 420 apartamentos, e cada unidade poderá ser compartilhada por até 12 proprietários, que receberão o direito de usufruir a propriedade durante quatro semanas por ano e terão livre acesso ao Blue Park ao longo das semanas de utilização. Os novos apartamentos serão instalados em meio ao extenso complexo de mais de 300 mil m² da rede em Foz, com lazer e entretenimento garantidos.
José Maria Abujamra, presidente do Conselho de Administração da Rede Mabu Hotéis & Resorts
Os conceitos de excelência, inovação e empreendedorismo, marcas registradas de uma das mais tradicionais e renomadas redes de hotelaria do país, foram a base dos novos projetos. O proprietário do My Mabu também poderá realizar intercâmbio de suas semanas em um dos resorts associados ao RCI (Resort Condominium International), líder mundial no segmento de férias compartilhadas com mais de 4.500 hotéis pelo mundo. Os apartamentos oferecerão requinte e conforto, e foram pensados para o bem-estar da família. As unidades comportarão de quatro a dez pessoas confortavelmente. Todas contarão com suítes mobiliadas e bem equipadas, com wi-fi, TV por assinatura e serviços exclusivos da Rede Mabu de Hotéis & Resorts, incluindo troca de enxoval e camareira, além de segurança 24 horas. Um dos principais objetivos do projeto é atender a uma demanda de turistas que buscam os serviços dos hotéis de excelência aliados ao aconchego e conforto de suas casas. Hoje, o alto valor na compra de um segundo imóvel e os custos de mobiliário e manutenção são apenas alguns obstáculos – e também impedem que o proprietário e sua família tenham flexibilidade de destino, serviços de hotelaria e acesso às áreas de lazer comuns nas grandes redes. Já os resorts trabalham com valores de estada que podem variar bastante nas temporadas e geralmente cobram ingressos para a utilização de suas atrações, como os parques aquáticos. “Disponibilizamos aos proprietários das nossas frações todas as vantagens que já oferecemos aos hóspedes, como serviços de hotelaria, somando ainda tudo que uma propriedade particular prevê, como o direito à hereditariedade”, afirma José Maria. “Foz já está no mapa dos três maiores destinos turísticos do Brasil, e sabemos que muitas pessoas estão buscando a cidade. Por isso, criamos um conceito de férias que alia a comodidade de uma residência com os serviços e estrutura hoteleira, para uma experiência memorável”, finaliza.
Revista ACIFI | Página 11
Opinião
Guido Bresolin Junior é empresário e presidente da Faciap (Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná)
O momento é de reformas
N
o Fórum de Gestão Pública – Ajustes ou Calamidades, organizado pela Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Paraná (Faciap), os governadores do Paraná, Beto Richa, de Santa Catarina, Raimundo Colombo, e do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori, mostraram-se conscientes de que os estados precisam ajustar as contas. O pensamento dos gestores caminha para o entendimento de que o momento é de reformas, não somente no modo de administrar os gastos, mas no de se fazer política. Sartori abriu o debate lembrando que quem se elegeu nos municípios brasileiros terá, a partir do ano que vem, muitas dificuldades para administrar. São necessárias medidas duras para retomar o crescimento econômico, mas também reformas para que a política não seja inimiga da economia. O desafio não é exclusivo do governo federal. Os estados também precisam reorganizar-se. O governador Raimundo Colombo, que conseguiu reduzir os gastos com folha de pagamento em Santa Catarina, complementou a discussão dizendo que o crescimento do país exige mais do que a reformulação dos cálculos. Depende também do combate à corrupção.
Página 12 | Revista ACIFI
pública se tornou impagável e, enquanto as despesas aumentam a cada ano, as receitas vão no sentido contrário. Apesar disso, garantiu que as políticas públicas e programas para atrair investimentos têm dado resultados e que o Paraná vive o maior ciclo industrial de toda a história – avanços conquistados a partir de medidas impopulares, e a falta de coragem para tomá-las é o que tem matado o Brasil, disse ele.
Colombo chamou de tumor exposto todos os casos investigados pela Operação Lava Jato, consequências de um modelo político que virou negócio no Brasil. Somente reformas poderão tornar os processos mais éticos e conter o poder de influência dos diferentes grupos de interesse sobre as decisões públicas. O governante finalizou afirmando que ou o político é voz para quem não tem voz, ou ele deixa o cargo. Beto Richa relatou a batalha do governo paranaense para reduzir a despesa com pessoal, que representa boa parte dos custos no estado. O Paraná, segundo ele, já está no limite prudencial, a dívida
É a hora de o Estado reformular-se e buscar concepções de empreendedorismo para aplicar no universo público. O país se encontra em um momento de necessidade de retomada do crescimento, o que exige expansão da mentalidade dos governantes e mudança de rota dos gastos públicos. É preciso estabelecer-se uma nova ordem, regida por leis, para que seja possível estimular o avanço da economia e disponibilizar os serviços básicos do Estado aos cidadãos com eficiência. Acredito que a participação dos governadores da Região Sul no Fórum Gestão Pública Faciap foi uma demonstração do compromisso desses gestores com o progresso do país. O setor produtivo irá acompanhar.
Revista ACIFI | Pรกgina 13
Por dentro da lei
?
Qual a sua dúvida
Marcelo de Brito Almeida, advogado,especialista em Direito Civil e Direito Processual Civil
O que uma empresa deve fazer para cobrar dos inadimplentes? Primeiramente, cabe frisar que o devedor não tem nenhum ônus maior se não fizer o pagamento, ou seja, não se configura crime o não pagamento, ou não há ao devedor outro desdobramento mais grave. A dívida é considerada inadimplência cível, e aí o credor deve tentar de alguma forma receber o crédito.
É melhor, portanto, trabalhar preventivamente, ou seja, tentar evitar esse tipo de aborrecimento. Deve a empresa, antes de vender a prazo, certificar-se das condições do comprador, principalmente fazendo consulta do seu cadastro junto ao sistema de cadastro de dados pessoais do cidadão (SPC, Serasa, entre outros).
É sempre importante lembrar que o credor, ao vender a prazo, deve certificar-se e sempre emitir nota fiscal de venda. Assim ele tem o consumidor ciente da entrega da mercadoria comprada ou do serviço prestado para que não haja qualquer possibilidade de questionamento ou mecanismo de defesa de postergar o pagamento.
Não são raras as consultas que os advogados respondem e que frustram seus clientes, que acham ser “simples” receber na Justiça qualquer dívida. A legislação e os custos com a cobrança não nos permitem afirmar isso. Existe sim uma certa sensação de “impunidade cível” com relação aos inadimplentes sem patrimônio, porque se eles não quiserem pagar e não tiverem bens, realmente não pagarão a conta, ainda que processados judicialmente. Por isso, a prevenção é a mais importante das “fases” de uma venda a prazo.
Com o documento da dívida em mãos, não existe maneira mais rápida e eficaz do que incluir esse devedor nos cadastros restritivos de crédito, bem como protestar o mesmo título em Cartório de Protesto. É possível fazer as duas coisas ao mesmo tempo, pois são cadastros diferentes e não há ilegalidade em usar esses dois canais simultaneamente.
Concluo com o velho ditado: “É melhor prevenir do que remediar”.
Não sendo solucionado o recebimento da dívida, a empresa, mantendo o título protestado e incluído no cadastro restritivo, deve procurar uma forma mais econômica para tentar receber. A melhor opção é fazer a cobrança administrativa, ligando e buscando contato direto com o devedor ou então contratando empresa especializada em cobrança. Nesse caso, ainda que cobre um percentual sobre o recebimento, a terceirização não gera custo alto e é possível cobrar do devedor todos os gastos realizados até então pelo empresário. Não havendo solução administrativa, o credor pode recorrer ao Poder Judiciário. Se a empresa credora for microempresa ou de pequeno porte e a dívida for inferior a 20 salários mínimos nacionais, não é preciso advogado. Basta comparecer ao cartório dos Juizados Especiais Cíveis e fazer sua reclamação. Porém, fora essa situação, a ação judicial, ainda que possa ser ajuizada, terá custas judiciais e emolumentos, além dos honorários advocatícios, encarecendo o custo. E o credor, nesse momento, pode deparar-se com um valor tão alto que inviabilize a cobrança judicial. Esta coluna se propõe a responder a dúvidas relacionadas ao Direito do Trabalho que você, associado, pode eventualmente ter na relação com seus colaboradores. Envie sua pergunta para o e-mail revista@acifi.org.br e confira a resposta do advogado Marcelo de Brito Almeida nas próximas edições.
Página 14 | Revista ACIFI
Revista ACIFI | Pรกgina 15
Educação
Prof. José Afonso de Oliveira
A sociedade muda, gostemos ou não
H
á pouco tempo, a sociedade japonesa estava em avanço crescente e parecia, à primeira vista, que serviria de modelo para todo o mundo. Por conta disso, seus executivos resolveram contratar filósofos para trabalharem em tempo integral em suas empresas. “Pera” aí, o que tem a ver Filosofia com desenvolvimento empresarial é algo um tanto difícil, senão mesmo impossível de poder ser entendido. Porém pensando melhor fica mais fácil entender que os empresários japoneses estavam tentando descobrir qual o sentido que deveriam dar às suas empresas, não no presente, pois este já era conhecido, mas no futuro, tentando descobrir o que seria consumido futuramente. Para tanto era necessário saber gostos, ideias, procedimentos da sociedade nos próximos, digamos, 50 anos. Quem trabalha com isso são os filósofos, que sabem entender as ideias da sociedade e, por conta disso, foram chamados pelos empresários. Ocorre que o atual mundo globalizado, complexo e mutável, trabalha muito mais com ideias do que com produtos. As grandes empresas atuais, Microsoft, Google, Facebook e tantas outras, na verdade são ideias em utilização na sociedade. As sociedades estão em profunda transformação, e para isso é preciso entender que a Sociologia estuda a chamada Sociedade em Rede, que é exatamente aquilo que estamos vivendo no mundo agora globalizado. O que existe hoje é uma tremenda rejeição às mudanças em curso, mas elas não dependem das nossas vontades, simplesmente passam a existir, e a nossa sociedade é mutante, novas perspectivas estão sendo colocadas, sendo necessário que possamos entendê-las. Para tanto, a Filosofia e a Sociologia são hoje extremamente necessárias. Se não conseguirmos entender as transformações que estamos vivendo, poderemos ser induzidos facilmente ao erro, com graves consequências.
Página 16 | Revista ACIFI
Claro que é sempre muito mais agradável e sossegado ficar em casa indiferente, ao menos na aparência, ante todas as mudanças que estão ocorrendo. Pense bem, a internet, por exemplo, é uma grande invenção do final do século passado que está em contínua expansão, e ninguém consegue saber exatamente aonde ela vai chegar. Mas é preciso também ter consciência de que a internet é gratuita, coisa verdadeiramente inexplicável nos dias atuais. Não tem custo, sendo altamente eficiente e necessária, pois muitas das coisas que fazemos hoje só são possíveis com a sua utilização. Essa é uma tendência da sociedade atual que vai ampliando-se cada vez mais, passando pela Wikipédia, a maior enciclopédia que se conhece, inteiramente gratuita. Você deve estar lembrando-se dos vendedores da Enciclopédia Barsa, que a vendiam de porta em porta a preços exorbitantes. Veja, só por esses exemplos de como o mundo está mudando, precisamos, mais do que nunca, da Filosofia e da Sociologia para entendermos tudo o que está acontecendo e não ficarmos perdidos, sem saber exatamente como agir.
Revista ACIFI | Pรกgina 17
Compras Públicas
Foz do Iguaçu consolida Escritório de Compras na ACIFI A partir de dezembro, espaço estimula micros e pequenas empresas locais em licitações e segue parâmetros do Programa Compra Paraná
F
oz do Iguaçu inaugurou, no dia 6 de dezembro, um espaço exclusivo para estimular o acesso de micros e pequenas empresas ao mercado de compras governamentais, em editais e licitações. O Escritório de Compras de Foz do Iguaçu funciona na sede da Associação Comercial e Empresarial e é resultado de uma parceria entre ACIFI, Sebrae/PR, Parque Tecnológico Itaipu (PTI), Prefeitura de Foz, por meio da Casa do Empreendedor, Conselho Regional de Contabilidade do Paraná (CRC-PR), Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas no Estado do Paraná (SESCAP-PR), Sindicato dos Contadores e Técnicos em Contabilidade de Foz do Iguaçu e Banco do Brasil.
terem conhecimento do edital. Esse movimento vai possibilitar que mais empresas participem do certame, aumentando a concorrência e gerando novas oportunidades de mercado para os negócios locais”, destaca.
O consultor do Sebrae/PR Adir Mattioni explica que o espaço deve, primeiramente, coletar e distribuir editais. “O escritório vai auxiliar na divulgação dos processos de compras públicas. Muitos empresários da cidade não participam simplesmente por não
Com a inauguração do espaço em Foz do Iguaçu, o Oeste paranaense consolida o terceiro Escritório de Compras Públicas no território. “A região é pioneira no modelo, sendo a primeira do Paraná a instalar o espaço em Toledo, em setembro de 2014, e em Marechal
Página 18 | Revista ACIFI
Outra responsabilidade O Escritório de Compras de Foz do Iguaçu será uma espécie de banco de informações sobre compradores e fornecedores. “O espaço também deve promover capacitação aos fornecedores, ou seja, as empresas que desejam participar das licitações. Ele também vai prestar o serviço de coleta, compilação e análise dos números e valores dos editais emitidos, bem como ter um banco de dados de quem são e onde estão os fornecedores”, detalha Mattioni.
Cândido Rondon, em março de 2016. Assim como esses dois municípios, Foz com certeza servirá de exemplo para que outras cidades contem com o local de fomento ao acesso das pequenas empresas locais a este mercado”, complementa o consultor. O presidente da ACIFI, Leandro Costa, enfatiza que, todos os anos, milhões de reais envolvendo compras públicas não ficam em Foz do Iguaçu por falta de participação ou êxito das empresas locais. “Em Foz do Iguaçu, são mais de 80 entidades públicas que diariamente compram serviços e produtos. Só uma das universidades federais, por exemplo, destina R$ 22 milhões anualmente em custeio. Desse valor, 96% são atendidos por empresas de fora. Mas para entrar nesse mercado, os empresários iguaçuenses precisam se capacitar”, argumenta Leandro.
Números Em Foz do Iguaçu, segundo levantamento do Sebrae/PR, quase 80% das empresas de micro e pequeno
Adir Mattioni, consultor do Sebrae/PR
porte não participam de concorrências do poder público. As que participam entram mais em editais da esfera do Governo do Estado, representando 40% das participações, do que em licitações municipais e federais, cada uma representando igualmente 35% das participações desses empreendimentos. As entrevistas foram feitas em 2014 para um levantamento que serviu de base ao Programa Compra Paraná, cujo foco é o mapeamento, capacitação e negociação permanente envolvendo compradores e fornecedores de compras governamentais em todo o estado. Uma das ações que estimulam pequenas empresas a participar desses editais são os Escritórios de Compras. Entretanto, o estudo também mostrou que, ao vencer editais, as empresas
melhoram em rentabilidade de seus produtos, conseguem aumentar a produtividade da equipe, aumentam o faturamento do negócio e, até mesmo, abrem novas vagas de emprego por conta do certame. Outro dado interessante é que das que nunca participaram, 50% têm interesse em participar; e das participantes, 46% estão dispostas a se preparar para incrementar as vendas por meio das licitações.
Força Cada instituição tem papel fundamental no bom andamento dos processos, reforça o consultor do Sebrae/PR. “A ACIFI, por exemplo, representa um dos lados dos negócios, sendo fundamental na articulação, sensibilização, capacitação e estímulo aos empresários. O volume de recursos em editais é muito
grande e, com o trabalho em conjunto, é possível fazer com que a economia gire dentro do município, revertendo na geração de emprego e renda”, sinaliza. O Sebrae/PR incentiva a criação dos Escritórios de Compras por meio do Programa Compra Paraná desde 2013, em parceria com a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR). “Dentre os capítulos da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, está o acesso ao mercado, fomentado pelas ações do programa. Entendemos que a legislação prevê tratamento diferenciado para as micro e pequenas empresas locais, e o Escritório de Compras pode ser um incentivador para que se faça compreender e cumprir a legislação”, completa Mattioni.
Revista ACIFI | Página 19
Codefoz
Ponte Amizade ganha nova iluminação de LED Luzes destacam a arquitetura e detalhes da estrutura, além de garantirem mais segurança; Ponte Tancredo Neves também receberá LEDs
Í
cone da integração Brasil-Paraguai, a Ponte Internacional da Amizade vai receber um novo sistema de iluminação com luminárias de LED de última geração. Além da eficiência energética, as novas luzes salientam as cores e os detalhes da estrutura, além de aumentarem a sensação de segurança de motoristas e pedestres. A troca do sistema de iluminação é resultado de uma articulação que envolveu múltiplos atores, capitaneada pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social de Foz do Iguaçu (Codefoz) e Fundo de Desenvolvimento e Promoção Turística do Iguaçu (Fundo Iguaçu), em parceria com
Página 20 | Revista ACIFI
o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), que administra o lado brasileiro da Ponte da Amizade. O acordo inclui a participação da empresa MD Eletro, representante oficial em Foz do Iguaçu da indústria canadense LED Roadway Lighting, que doou as luminárias e também ficará responsável pela manutenção. A substituição das luminárias completa o projeto de revitalização da Ponte da Amizade, segundo o superintendente de Comunicação Social de Itaipu e secretário-geral do Codefoz, Gilmar Piolla. Segundo ele, a ponte passou por uma grande transformação – a maior em
52 anos de existência –, que possibilitou mais segurança e conforto aos usuários, além do embelezamento. O projeto, no entanto, não previa um novo sistema de iluminação.
Ponte Tancredo Neves Numa próxima etapa, a Ponte Tancredo Neves, que liga o Brasil à Argentina, também receberá um novo sistema de iluminação. Para isso, será preciso aguardar a aprovação do órgão argentino responsável pela estrutura no país vizinho (do lado brasileiro, o DNIT já concedeu a autorização). Gilmar Piolla lembra que “as duas pontes são consideradas símbolos turísticos e de integração do Brasil com os países vizinhos”.
Foto: Alexandre Marchetti
A Ponte da Amizade recebeu 28 luminárias de LED, enquanto para a Ponte Tancredo Neves o projeto prevê a instalação de 21. As luminárias, do modelo NXT 72M, têm uma série de características que as tornam superiores às utilizadas normalmente para a iluminação pública, como um consumo de energia elétrica 70% menor que as atuais e grande durabilidade, oferecendo garantia de fábrica de 20 anos. Além disso, essas luminárias obedecem às diretrizes RoHs (sem chumbo, cádmio, mercúrio, cromo hexavalente e bifenilos polibromados), o que beneficia o meio ambiente.
Há ainda outras vantagens. A luz branca do LED ilumina bem mais e de forma uniforme que as lâmpadas a vapor de sódio, normalmente usadas na iluminação pública. Para o olho humano, a iluminação é mais agradável, permitindo enxergar melhor todas as cores; e é mais sensível para as câmeras de segurança, que conseguem captar melhor o ambiente iluminado. A ativação e a desativação das luminárias a serem instaladas na Ponte da Amizade e na Ponte da Fraternidade ocorrerão automaticamente, por meio de fotocélulas como as que já são usadas hoje na iluminação pública. As fotocélulas, porém, também vêm de
fábrica com garantia maior, de dez anos. A tendência mundial – o que deverá ocorrer no Brasil – é de substituição de todas as lâmpadas de mercúrio e halógenas da iluminação pública por sistemas semelhantes aos que serão adotados nas duas pontes, explica o diretor da MD Eletro, Márcio Ferreira.
A tecnologia A canadense LED Roadway Lighting foi fundada em 2002 e está presente em 40 países. A empresa, líder mundial em design e fabricação de sistemas de iluminação de ruas, já comercializa luminárias de LED no Brasil, importadas de suas fábricas no Canadá, a partir de componentes de LED originários do Japão.
Revista ACIFI | Página 21
Fronteira
IDESF apresentou estudo “Características das Sociedades de Fronteira” em evento realizado na Polícia Federal
Cultura do contrabando impacta na educação e na receita de cidades fronteiriças Texto: Denise Paro
N
ociva, a cultura do contrabando e do descaminho faz com que os índices de violência e o abandono escolar em cidades fronteiriças fiquem acima da média brasileira. Já o Produto Interno Bruto (PIB) dessas localidades fica abaixo do obtido nas demais. É o que revela a pesquisa “Características das Sociedades de Fronteira”, feita pelo Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social de Fronteiras (IDESF), com sede em Foz do Iguaçu, em parceria com a Empresa Gaúcha de Opinião Pública e Estatística (EGOPE), com base em dados de 2013 e 2014. Os municípios de Guaíra e Foz do Iguaçu, no Paraná, Coronel Sapucaia, Mundo Novo, Paranhos e Ponta Porã, Mato Grosso do Sul, todos na fronteira com o Paraguai, são considerados os principais entrepostos de mercadorias contrabandeadas e tráfico de drogas e armas do país, em um universo de 120 cidades fronteiriças brasileiras analisadas.
Página 22 | Revista ACIFI
Com exceção de Foz do Iguaçu, onde o PIB ultrapassou R$ 37 mil, a média do PIB per capita das seis cidades em 2013 ficou abaixo de R$ 20 mil, ou seja, inferior à média nacional de R$ 26 mil. Quando comparados com regiões mais desenvolvidas, os mesmos municípios não alcançam nem 50% do PIB per capita de cidades como Rio de Janeiro e São Paulo. Na educação, os efeitos do contrabando são evidentes. Em todos os municípios pesquisados, as taxas de aprovação escolar são inferiores à média brasileira
de 89,2% para o Ensino Fundamental e 80,3% para o Ensino Médio. Os casos mais graves de abandono escolar são dos municípios de Paranhos e Coronel Sapucaia. O presidente do IDESF, Luciano Barros, enfatiza que os índices colaboram para uma cadeia extremamente negativa, um ciclo vicioso. “O número de crianças fora da escola se reflete no emprego e renda pela falta de formação, que por sua vez se reflete nas atividades ilícitas que implica em problemas de segurança pública.”
Para Barros, os baixos índices de emprego e renda são reflexo imediato da falta de educação. Somadas, as carências de emprego e de educação impactam na segurança pública das cidades de fronteira, cujos índices de homicídio são acima da média. Em Coronel Sapucaia, Foz do Iguaçu e Guaíra, o número de pessoas assassinadas chega a ser cinco vezes superior ao do Rio de Janeiro. Já quando se trata de óbitos por armas de fogo, a situação não é diferente. Em Guaíra, segundo a pesquisa, foram registrados 62,13 falecimentos deste tipo a cada cem mil habitantes, contra 9,14 na cidade de São Paulo.
III Seminário Fronteiras do Brasil: Diagnóstico das Cidades de Fronteira e Economia do Crime
Em relação a postos de trabalho, com exceção de Foz do Iguaçu, todos os demais municípios possuem uma taxa de emprego, em relação à População Economicamente Ativa (PEA), inferior a 25%, diante da média brasileira de 35%. Outra preocupação, enfatiza Barros, é o grau de dependência financeira dos municípios para com o governo federal. O estudo aponta que mais de 50% dos recursos usados pelas prefeituras vêm dos governos federal e estadual. Por isso, quando há demora no repasse ou dificuldades financeiras, as cidades tornam-se vulneráveis. Em Coronel Sapucaia e Ponta Porã, a dependência dos recursos da União e do estado chega a 93%. A baixa capacidade de arrecadar receitas dos municípios, incluindo o Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN) e Imposto Predial e
Territorial Urbano (IPTU), contribui para o quadro de dependência. Ao mesmo tempo, como têm receita inexpressiva, as cidades fronteiriças ficam sem capacidade para investir em educação e segurança. No caso de Foz do Iguaçu, a dependência de recursos do governo federal chega a 58%, mesmo contando com royalties de Itaipu e de impostos municipais advindos da rede hoteleira, que responde por boa parte da geração de renda da cidade. A situação de Foz torna-se complicada devido à baixa arrecadação de IPTU e de ISSQN.
Alternativas Barros: os baixos índices de emprego e renda são reflexo imediato da falta de educação
Para reverter o quadro, segundo Barros, uma das alternativas seria criar uma Zona Especial de Fronteira, para o desenvolvimento fiscal de áreas
subdesenvolvidas, incluindo a instalação de free shops e cassinos. Outra proposta seria desenvolver as potencialidades de cada região fronteiriça do país. No caso de Foz do Iguaçu, o turismo – que necessita de mais atrativos para se consolidar – e a logística, cujo potencial é notório. O Brasil precisa pensar em estratégias de fronteiras considerando todas as áreas, ou seja, incluindo educação e saúde, por exemplo. “É na segurança que se estoura todos os problemas”, afirma. A pesquisa foi divulgada no III Seminário Fronteiras do Brasil: Diagnóstico das Cidades de Fronteira e Economia do Crime, realizado no dia 27 de outubro na sede da Polícia Federal em Foz do Iguaçu.
Revista ACIFI | Página 23
Fronteira
Encontros e desencontros Texto: Alexandre Palmar
U
ma das virtudes do jornalismo contemporâneo é a capacidade de produzir notícias em tempo real para as plataformas impressas, eletrônicas e digitais. Essa característica, entretanto, tem acirrado a corrida desenfreada dos veículos de comunicação por audiência. Em constante disputa, a imprensa não hesita em deixar em segundo plano um princípio básico: a contextualização da informação. “Foz do Iguaçu: do descaminho aos novos caminhos” preenche parte desse espaço vazio deixado pelas apressadas redações habituadas a noticiar a fronteira do Brasil, Paraguai e Argentina. O livro é uma conversa cadenciada sobre a história de uma das principais cidades brasileiras, contada sob o olhar jornalístico de Denise Paro, uma profissional com quase duas décadas de trabalho na região trinacional. Sua grande contribuição é inserir novos elementos em capítulos da história iguaçuense. A partir da memória e visões de iguaçuenses “de coração” e nativos, a autora dá vida a passagens importantes de Foz do Iguaçu. Apresenta a microrrealidade de moradores para explicar a rica dinâmica da cidade e da sua relação com os países vizinhos, bem como as nuances de uma região única no planeta. Destacam-se na obra as entrevistas inéditas feitas exclusivamente para contextualizar os fatos relatados no livro. Estão sob o mesmo roteiro sacoleiros, laranjas e “patrões”; estudantes e professores; imigrantes, pioneiros e jovens iguaçuenses; empresários e funcionários; pesquisadores, sociólogos e historiadores; lideranças empresariais, políticas, sociais e do terceiro setor; autoridades das forças de segurança, entre outras vozes. Além de unir depoimentos de anônimos e de figuras conhecidas da comunidade,
Página 24 | Revista ACIFI
Denise Paro é autora do livro “Foz do Iguaçu: do descaminho aos novos caminhos”
Denise Paro traduz os frios dados estatísticos inseparáveis da cidade. Faz, assim, conexões reveladoras envolvendo evolução populacional, apreensões dos órgãos de segurança, criminalidade, índice de desenvolvimento humano, receitas econômicas, balança comercial, evasão escolar, analfabetismo, população estudantil e visitação turística. O formato da narrativa torna agradável a viagem no tempo por ciclos econômicos como os da madeira, erva-mate, Itaipu Binacional, exportação e turismo de compras, globalização e abertura de mercados. A jornalista insere ainda novos ingredientes na redescoberta da vocação turística do “destino” e a sua consolidação como um centro do conhecimento visando ao desenvolvimento socioeconômico. O livro também pode ser visto como o resultado do amadurecimento da trajetória profissional da autora, formada em jornalismo pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). Repórter da Gazeta do Povo por 17 anos, iniciando em 1996, em Foz do Iguaçu, Denise Paro também é mestre em comunicação e professora de jornalismo. É imprescindível destacar que, como repórter do principal diário do Paraná e colaboradora de jornais nacionais, ela sempre evitou embarcar nas coberturas
sensacionalistas da grande imprensa sobre a região trinacional. Pelo contrário, é uma das organizadoras do Periodismo Foro de las Tres Fronteras, um espaço formado por comunicadores que buscam a crítica do próprio ofício. “Foz do Iguaçu: do descaminho aos novos caminhos” é, sobretudo, uma pausa no jornalismo do dia a dia que só despeja números e não liga os pontos. Quando necessário é crítico ou ufanista com as singularidades da região. O livro é leve e acessível; diferente de muitos títulos socioeconômicos. Para os mais novos e mais antigos, é uma conversa profunda com começo e meio, sem decretar um fim, que busca problematizar e ampliar os horizontes de Foz do Iguaçu.
Empreendedorismo
Fabiano Damin, William Merlotto e Rodrigo Pereira Fraga estão à frente da Eits
Empresa iguaçuense de TI se destaca no cenário nacional atendendo grandes clientes Eits desenvolve soluções personalizadas de software
F
abiano Damin, Rodrigo Pereira Fraga e William Fernando Merlotto começaram suas atividades na Incubadora Santos Dumont, do Parque Tecnológico Itaipu, quase que ao mesmo tempo e na mesma época. Formados em Ciência da Computação e Sistemas de Informação, vieram de empresas diferentes com outros sócios. Como empreender não é fácil, os demais acabaram desligando-se do negócio, mas Fabiano, Rodrigo e William persistiram e, ao unir forças, descobriram que o futuro poderia ser bem mais promissor. Foi assim que surgiu a ∞ eits, especializada em desenvolver soluções baseadas em software. A empresa permaneceu incubada durante quatro anos. Após esse período, instalou-se no Condomínio Empresarial do PTI. “Vimos oportunidades e hoje somos a única empresa da região operando nesse modelo. Os clientes nos procuram para criarmos produtos sob medida que atendam às suas necessidades, gerando assim diferencial competitivo para seus negócios”, explica William.
Com uma visão empresarial mais amadurecida, eles foram explorando novos mercados na área de tecnologia da informação e estruturando a empresa até chegar ao modelo existente. Atualmente são 30 colaboradores em Foz do Iguaçu e mais profissionais que trabalham no Rio de Janeiro, São Paulo, Recife e Manaus. Em Foz, a ∞ eits possui seis unidades produtivas dedicadas a desenvolver produtos de software sob medida. Para garantir a produtividade e contribuir com a retenção de talentos, foi criado um conjunto de regras e benefícios para que todos os colaboradores sintam-se bem e tenham liberdade para trabalhar e tomar decisões. Existem incentivos que vão desde o horário de trabalho flexível até a participação nos lucros da empresa. “Nossos colaboradores são profissionais que estão entrando no mercado de trabalho, e essa nova geração necessita de um ambiente diferenciado e estimulante. Por conta disso, disponibilizamos várias formas de crescer na ∞ eits; quanto maior
conhecimento e experiência, maior o crescimento”, conta Fabiano. Cada um dos sócios atuou em diferentes funções para identificar seu perfil. Atualmente Fabiano é diretor administrativo-financeiro; Rodrigo é diretor-técnico-operacional; e William é diretor comercial. Assim, a empresa vem crescendo ano a ano e conquistando um número cada vez maior de clientes dos setores público e privado. Na lista estão Itaipu Binacional, Marinha do Brasil, Força Aérea Brasileira, Caixa Econômica Federal, Ministério da Defesa, Agfa HealthCare Brasil e Centro Universitário UDC, entre outros. “Em números, a empresa vem registrando um relevante crescimento, mas como nosso negócio está na categoria de prestação de serviços, nosso desempenho é melhor medido quando o cliente diz que geramos valor agregado e atendemos às expectativas. Isso mostra que estamos no caminho certo”, finaliza Rodrigo.
Revista ACIFI | Página 25
Especial
A SOLUÇÃO COMEÇA EM CASA Página 26 | Revista ACIFI
O
poeta Carlos Drummond de Andrade, em seu poema “Receita de Ano Novo”, ensina uma lição valiosa para renovar a energia diante de novos desafios. “Para ganhar um ano-novo que mereça este nome, você, meu caro, tem de merecê-lo, tem de fazê-lo de novo, eu sei que não é fácil, mas tente, experimente, consciente. É dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre.” Os versos do famoso poema podem muito bem ser adaptados à vida profissional na hora de pensarmos a nossa empresa para 2017. Isso porque às vezes focamos apenas em fatores externos para tomarmos decisões, como projeções de crescimento da economia ou tendências de mercado. Não que isso esteja errado. Está corretíssimo. Quanto mais informações estratégicas em mãos, melhor. Nesse sentido, destacam-se alguns exemplos de indicadores econômicos. Após encolher, a economia brasileira deve crescer minimamente no ano que vem. Pela segunda vez em quatro anos, o Banco Central baixou os juros básicos da economia (agora de 14% para 13,75%, o que pode fomentar o crédito e o consumo). Já a inflação deve ficar abaixo do teto fixado em 6%. Em Foz do Iguaçu, podemos destacar o crescimento da economia impulsionado pelo turismo, comércio e prestação de serviços. Considerado um termômetro, o Parque Nacional do Iguaçu deve chegar perto da boa visitação registrada no ano passado. O saldo de geração de empregos é positivo na cidade. A inadimplência, por sua vez, tem diminuído na comparação com 2015. Por outro lado, também poderíamos listar indicadores preocupantes. É a história do copo meio cheio, meio vazio – ainda mais em momentos de incertezas políticas como temos vivido em todos os níveis de governo. A verdade é que uma análise mais aprofundada requer cruzar outros dados. Entretanto a proposta desta reportagem é outra. O básico – Antes de aprofundar análises, precisamos investir energia e tempo para responder a uma simples pergunta: o que devo fazer na minha empresa para ter um ano melhor? Essa reflexão levanta outras questões: quais providências internas devo tomar para não depender de governos? Posso fazer algo diferente para garantir o crescimento? Tenho feito a lição de casa? E por aí vai... Sem a pretensão de sugerir uma receita acabada ou respostas definitivas para as questões empresariais, a Revista ACIFI traz uma seleção de dicas que podem ajudá-lo a tornar o seu ano melhor. O objetivo é estimular a reflexão em torno de resultados e metas, propondo ações e medidas simples e práticas para o sucesso do seu negócio em 2017.
Revista ACIFI | Página 27
Especial
CAMINHOS PARA O SUCESSO
B
icampeão olímpico no voleibol, Serginho é um ídolo por seu exemplo dentro e fora de quadra. Durante recente passagem por Foz do Iguaçu, o atleta deixou esta lição com muita naturalidade: “Vejo muita gente que corre atrás. A necessidade faz com que a pessoa corra atrás. A gente não pode desanimar pelo que as outras pessoas fazem de errado. Precisamos parar de reclamar e fazer a coisa certa”. Assim deve ser a vida, inclusive no dia a dia dos negócios. É preciso olhar para dentro de casa, rever ações e tomar as providências para deixar sua empresa mais preparada para enfrentar os desafios e incertezas do mercado. Mas nada adianta fazer lista com “choque de gestão” para ficar esquecida na gaveta. Começar pelo mais simples, óbvio e prático é um caminho seguro para pavimentar o caminho do sucesso. Natural de Foz do Iguaçu, o alpinista Waldemar Niclevicz foi o primeiro brasileiro a escalar o Everest (duas vezes), além do K2 e dos Sete Cumes do Mundo. Hoje, o iguaçuense é um palestrante requisitado no mundo corporativo, com mais de 800 apresentações no Brasil e no exterior. Em suas palestras, sempre compartilha alguns ensinamentos apreendidos nas alturas. Niclevicz costuma ressaltar a importância de um bom planejamento, da capacitação, da liderança, do espírito de equipe, da superação dos desafios, da avaliação correta dos riscos e de acreditar na realização de um sonho. A determinação, o comprometimento, a disciplina, a paixão e o amor pelo o que se faz conduzem o homem a experiências mais elevadas, resultando em gratificantes conquistas, costuma dizer.
Página 28 | Revista ACIFI
Bicampeão olímpico, Serginho: precisamos parar de reclamar e fazer a coisa certa
Entre nós – Para o presidente da ACIFI, Leandro Teixeira Costa, quem procura vencer os desafios da vida deve buscar inspiração nos exemplos de esportistas. “Nesse sentido, destaco a importância da iniciativa dos empresários e empreendedores iguaçuenses que trabalham pelo crescimento da cidade, sempre buscando estímulos e motivação para o desenvolvimento do município”, afirma. Para auxiliar no crescimento das empresas, a entidade desenvolve o Programa Empreender, que é uma ótima ferramenta para trabalhar o empreendedorismo e inovação entre as empresas de Foz do Iguaçu. Trata-se de uma ação conjunta da ACIFI, Sebrae e Faciap com a finalidade de apoiar empresas organizadas em núcleos setoriais, multissetoriais e territoriais. Atualmente, cerca de 120 empresas estão organizadas em 13 núcleos – todos com acompanhamento do consultor Francisco Namiuchi, que possui MBA em Gestão Estratégica Empresarial pela Universidade Dom Bosco (MS). Juntos, constroem coletivamente alternativas para objetivos comuns. A pedido da Revista ACIFI, o profissional selecionou várias dicas para os pequenos empresários e empreendedores para 2017. “Quando o cenário é de incerteza, o empresário ou empreendedor é quem cria as oportunidades. Isso envolve aprendizado, criatividade, dedicação, visão e protagonismo empreendedor: fazer acontecer! Não esperar pelos outros, e sim ser o protagonista da sua própria história”, pondera Namiuchi.
DICAS PARA OS PEQUENOS EMPRESÁRIOS E EMPREENDEDORES
Pensar o futuro, de maneira diferente, inovadora, exige o esforço de desapegar-se do passado, entretanto não descartar as experiências que servem como “não repetir sempre”, mas fazer melhor, mudar para o futuro de incertezas (externas), porém com motivação empreendedora (interna).
Necessita planejar ou começar a trabalhar com um mapa mostrando o(s) caminho(s) para chegar aos objetivos estimados e propostos: ter um plano que seja flexível para aproveitar oportunidades.
Francisco Namiuchi: quando o cenário é de incerteza, o empresário ou empreendedor é quem cria as oportunidades
Precisa saber aonde se quer chegar, com expectativas positivas (desenvolvimento), médias (sustentar-se no mercado) ou mínimas (pelo menos sobreviver no mercado). Ter metas e objetivos claros. Acompanhamento contínuo.
Investir em habilidades humanas, aprendizado e capacidade de transformar dados em informações para tomar decisões rápidas. Delegar responsabilidades, desenvolver liderança, saber trabalhar em equipe. Relacionamento humano.
Administrar de vez as finanças da empresa. As finanças necessitam estar equilibradas (ou no mínimo estar controladas). Reduzir ou eliminar as dívidas, negociar pendências para manter crédito, saber onde investir o excedente – equilíbrio financeiro.
Estabelecer canais de informação com filtros (sites de referência, mídias do setor, capacitação e treinamentos específicos) para aproveitar as oportunidades e atualizar o plano (flexível) da sua empresa.
Dar passos menores, mudar processos, lançar produtos ou serviços em escala menor, testando e avaliando feedbacks. Conforme resultados positivos, avançar rapidamente – construir, medir, aprender, desenvolver.
Padrão para pensar e refletir com referência no modelo de empresa enxuta, inovação contínua, desenvolvimento de habilidades e talentos. (Leitura recomendada: A Startup Enxuta, de Eric Ries).
Revista ACIFI | Página 29
Especial
AÇÕES PARA PÔR EM PRÁTICA NA EMPRESA O que dá para fazer de diferente na sua empresa a partir de 2017 para que tudo flua da melhor forma? Pensando em facilitar sua vida, listamos cinco ações que você deve efetivar para pavimentar o caminho rumo ao sucesso do seu negócio. Confira:
1. Realizar um bom planejamento do ano Toda empresa deve reavaliar as finanças e, principalmente, fazer um planejamento para o próximo ano. Isso é ainda mais importante entre as micros e pequenas empresas, nas quais a falta de planejamento e de informações do mercado é a principal causa de morte.
Veja 4 medidas para melhorar seu planejamento financeiro: • Projete ganhos, custos e investimentos no seu fluxo de caixa do próximo ano; • Discuta cada área de operação da empresa, comparando os custos dos setores com a receita geral prevista para o seu negócio; • Reveja seu plano de negócios para nortear seus pensamentos sobre a empresa e trace um caminho para alcançar seus objetivos no próximo ano; • Estabeleça objetivos, desafios e necessidades em curto, médio e longo prazo.
2. Estreitar laços com fornecedores Uma grande parcela do sucesso de uma empresa se deve à qualidade de seus relacionamentos com fornecedores. Manter os contatos sempre por perto é essencial para sua empresa e para garantir sua competitividade. Os bons relacionamentos ajudam a encarar com mais força os diversos desafios. Alguns negócios gastam mais de 50% do seu faturamento com seus fornecedores.
Página 30 | Revista ACIFI
Portanto é fundamental que sua empresa selecione e atraia os melhores para estabelecer parcerias em longo prazo, a fim de conseguir melhores preços e condições de pagamento e desenvolver uma relação duradoura, em que todo mundo saia ganhando.
3. Investir em marketing de divulgação conforme o negócio Muitos micros e pequenos empresários ainda veem o marketing como um luxo para as grandes empresas ou um gasto desnecessário. No entanto não adianta ter um ótimo negócio se seus potenciais clientes não sabem que ele existe. Crie um plano de divulgação adequado. Faça com que seus clientes se sintam especiais, mande cartas pelo correio, crie listas de e-mail, use o poder das redes sociais para encontrá-los onde quer que estejam. Com criatividade e planejamento, dá para encontrar maneiras de fazer um ótimo marketing por um custo menor.
4. Separar de vez a vida pessoal da profissional Separar a vida profissional da pessoal sempre foi um grande desafio para os empreendedores. Além de pensarem o tempo todo no seu negócio, muitos deles ainda têm sua vida financeira atrelada à empresa. Para fazer a separação financeira, o ideal é que o empreendedor tenha duas contas – uma particular e uma da empresa – e separe um valor fixo mensal, como um salário, para cuidar de suas
despesas pessoais. Se tirar dinheiro da empresa aleatoriamente, não há planejamento financeiro que aguente. Quando é para separar o tempo, é mais fácil falar do que fazer. No entanto você deve manter horários específicos para trabalhar e horários de descanso. Além do fato de que uma pessoa descansada rende muito mais no trabalho. Não adianta nada matar-se de trabalhar e viver estressado e sem qualidade de vida.
5. Capacitação e treinamento Contratar um profissional pode exigir muito esforço e preparo para adaptar a cultura e realidade da empresa. Desenvolver habilidades das pessoas e formar talentos tornam-se uma necessidade para as empresas prosperarem no mercado. A tomada de decisão rápida e objetiva precisa de uma equipe preparada para assumir responsabilidades com conhecimento e visão na sua área de atuação. Não há tempo nem recursos para desperdiçar com planos e decisões estratégicas sem o conhecimento adequado. O foco é capacitar a empresa, por meio de seus talentos, nas áreas específicas via treinamento com base na realidade da firma e do mercado. Os treinamentos devem ser específicos, claros e objetivos para a aplicação imediata, de acordo com o objetivo e metas do planejamento estratégico. Saliento novamente o conceito de empresa enxuta com foco em soluções e resultados. Evitar cursos genéricos e priorizar treinamentos com foco nos resultados e soluções práticas de retorno rápido. Fonte: Gestão Empresarial e ACIFI
Análise Faciap
EMPRESÁRIO DEVE CONTAR COM MELHORA PARA O SEGUNDO TRIMESTRE
O
assessor econômico da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Paraná (Faciap), Arthur Igreja, afirma que a economia deve apresentar melhora no segundo trimestre de 2017. Mas ainda é preciso cautela. “Definitivamente o pior já ficou para trás. Tudo está melhorando. Porém, como os danos foram profundos, o país se reergue lentamente. As pessoas precisam ter paciência”, diz ele. Um dos sinais de retomada, para Arthur Igreja, é a queda da inflação, que registrou o menor valor para outubro desde 2000. Ele aponta também a redução nos juros, ainda que de maneira tímida, de 14,25% para 14% ao ano, a primeira queda em quatro anos. “Na prática isso não muda muita coisa, mas é uma sinalização de tendência de queda. Ela se mantendo, começamos a ter mais dinheiro circulando na economia, o que é uma notícia excepcional”, afirma. Apesar do cenário mais otimista, ainda é necessário manter a cautela porque o Brasil sofre com crises e dívida. Além do endividamento dos governos, há o das famílias e o das empresas. Hoje, 40% do orçamento familiar dos brasileiros está comprometido com dívidas caras, como cartão de crédito, juro especial e financiamento de carro. É um dos endividamentos mais altos do mundo. “Somado ao desemprego, o endividamento afeta o consumo e, portanto, as vendas nas empresas”, destaca Arthur Igreja. “Ainda levaremos mais um tempo para vermos o comércio mais aquecido”, complementa. As empresas também estão no vermelho. Em tempos de crescimento da economia, os empresários tomaram dinheiro emprestado para expandirem. Agora batalham para cobrir os juros do banco. Com isso há empresas fechando e renegociando débitos, analisa Arthur Igreja. Além disso, o Brasil registra número recorde de recuperações judiciais. É o maior desde a criação da Lei de Falências, em 2005. “Ouço muito dos empresários que os pedidos de cotação aumentaram, mas os negócios ainda não estão fechando. O empresário tem que ter calma. Se as empresas já começaram a receber mais propostas, em alguns meses isso deve se converter em dinheiro. A destruição da economia foi lenta. A reconstrução também deve ser”, ressalta Arthur Igreja. Segundo ele, para 2017, a perspectiva de crescimento é de 0,8% a 1,6%. “Parece pouco, mas diante de toda a restrição que o país estava vivendo, o número se torna bastante positivo”, afirma o assessor econômico da Faciap. “Comparando com o que vimos nos últimos dois anos, em que o nosso PIB encolheu mais de 8%, a maior redução da história do Brasil, 2017 deve ser um ano bem melhor para todo mundo.”
Revista ACIFI | Página 31
Especial
INOVE SEM PRECISAR ABRIR MÃO DO SEU “PÃO FRANCÊS” Augusto Cesar Stein
A
s previsões econômicas para 2017 indicam a tendência de um ano de lenta retomada de crescimento. Ainda assim é importante o empresário estar preparado para um período que deve ser de muita atenção para a gestão interna do seu negócio, com equilíbrio e serenidade. As duas principais atividades econômicas em Foz do Iguaçu também estão em compasso de espera, com expectativa de aquecimento. As cadeias do turismo e logística são altamente dependentes do cenário econômico em nível nacional e internacional. Esteja atento para o que seus números e indicadores de gestão estão “dizendo-lhe”. Se eles estão em queda, com tendência negativa, não espere para tomar novas medidas. Quando o mercado e o ambiente macroeconômico não são positivos, o empresário precisa definitivamente implementar medidas próprias com mais intensidade e velocidade para alterar seus resultados. Ao mesmo tempo, períodos de baixo dinamismo econômico também podem ser propícios para desengavetar ideias e projetos que necessitam de tempo e muita dedicação para ser alavancados. Inove, experimente! É possível fazer pequenas alterações e incrementos em sua atividade sem precisar mudar
Página 32 | Revista ACIFI
Augusto Cesar Stein é consultor do Sebrae/PR em Foz do Iguaçu.
de cara seu modelo de negócio atual. Um novo produto ou serviço pode ser adicionado ao seu portfólio sem precisar abrir mão do seu “pão francês”.
entretanto esses mesmos seis meses a mais de planejamento podem significar ganhos exponenciais no conhecimento e preparo do novo negócio.
É importante também estar atento a possíveis oportunidades de negócios; momentos turbulentos podem gerar possibilidades de novas aquisições e/ ou expansões para preencher lacunas deixadas pelos concorrentes do setor. Se você está pensando em iniciar um novo negócio, mais do que nunca a orientação é não economizar tempo para se organizar e planejar a atividade. Em geral, antecipar seis meses o início das atividades terá pouco impacto no sucesso em longo prazo do seu negócio;
Em tempos de informações abundantes, mas nem sempre confiáveis, relacione-se e converse com pessoas que conhecem o setor em que pretende atuar. Isso inclui possíveis fornecedores e mesmo concorrentes (os quais, quem sabe, podem tornar-se parceiros comerciais). Busque experiências similares, se possível de outras localidades e que ainda podem ser novidades na cidade, porém lembre-se de respeitar as particularidades de cada município.
PORTAL VIRANDO O JOGO AJUDA A SUPERAR
A CRISE
O acesso ao crédito pelas micros e pequenas empresas teve crescimento real de 35% entre janeiro de 2012 e agosto de 2016. Por outro lado, a inadimplência dos pequenos negócios foi de 3,08% a 8% no período avaliado. Os dados constam no levantamento inédito Indicadores de Crédito das MPE no Brasil, produzido pelo Banco Central e Sebrae, apresentado em novembro. O lançamento do estudo ressalta a importância da mensuração de indicadores que norteiem as ações inclusivas dos pequenos negócios no Sistema Financeiro Nacional. “Esse monitoramento permanente vai nos apoiar no sentido de aperfeiçoarmos o nosso trabalho para que as micro e pequenas empresas tenham acesso cada vez mais favorável a crédito, condição fundamental para que sejam bem-sucedidas”, avalia Heloisa Menezes, diretora-técnica do Sebrae. Entre as iniciativas citadas por Heloisa para que as MPEs contornem a crise está o portal Virando o Jogo, lançado pelo Sebrae com soluções e consultorias on-line. “Se a situação financeira está se agravando, é importante assegurar que a empresa ganhe fôlego. É preciso colocar as cartas na mesa e renegociar dívidas”, alerta o site. Visite-o no endereço www.sebrae.com.br/virandoojogo.
Revista ACIFI | Página 33
Pesquisa
Programa Empreender melhora o ambiente dos negócios locais
Texto: Andréa David
Estudo revela a importância dos núcleos setoriais no desenvolvimento econômico e social de Foz do Iguaçu
U
ma pesquisa realizada pelo curso de Administração da Faculdade UDC-Anglo mostra que o Programa Empreender influencia de forma positiva a gestão das empresas participantes. O projeto, realizado em Foz do Iguaçu pela ACIFI, em parceria com o Sebrae e a Faciap, atende e orienta centenas de empresas reunidas nos núcleos setoriais e multissetoriais, como de Comunicação, Imobiliárias, Eletricistas, Indústrias de Confecções, Metalúrgicas, Jovem Empreendedor, Mulher Empresária e Executiva, Tecnologia da Informação, Livrarias e Sebos, e Distrito Industrial. Reunidos, os profissionais e empreendedores trocam experiências e identificam aspectos comuns para buscar, em conjunto, as soluções mais eficientes. Os resultados do trabalho de conclusão de curso dos acadêmicos Rosangela Dossa e Cleverson Riva revelam que o Empreender vem atuando de maneira eficaz na melhoria do ambiente sistêmico dos negócios locais. Eles foram
Página 34 | Revista ACIFI
orientados pela professora mestre Alcina Fresta e abordaram a seguinte questão: qual a importância dos núcleos setoriais no desenvolvimento econômico e social de Foz do Iguaçu? A análise no âmbito das estratégias visou a identificar elementos que têm contribuído para o desenvolvimento econômico entre empresários que participam dos núcleos. A pesquisa, realizada com 82 empresas das 127 cadastradas nos 13 núcleos, destacou como melhorias: a gestão empresarial, ampliação da rede de contatos (networking), parcerias e negócios, e ampliação de conhecimentos e técnicas por meio de cursos, capacitações, viagens e visitas técnicas. De acordo com o estudo, a grande maioria, 82%, com mais de cinco anos nos núcleos, reforça a importância de participar dos grupos pela integração dos empresários, discussão das demandas em comum e compartilhamento de experiências e vivências que pode ajudar na superação das dificuldades.
Eles também indicaram a busca em conjunto das melhores soluções, possibilitando o fortalecimento da categoria empresarial. Em parceria com instituições como Sebrae, Senai e Unioeste, os núcleos recebem cursos e treinamentos nas áreas de marketing, gestão empresarial, financeira, gestão de pessoas e logística. “Um dado significativo é que 95% dos empresários participam ativamente das ações realizadas em seus núcleos”, afirmou a professora Alcina Fresta.
Melhorias na gestão A pesquisa também assinalou que as empresas apresentaram melhorias na sua gestão e implantaram mudanças após a capacitação dos seus gestores. Entre as áreas que mais contribuíram para as alterações e boas práticas de gestão, os empresários assinalaram: financeira, gestão de pessoas e marketing. Os dados também revelaram que a influência dos núcleos para o desenvolvimento econômico da cidade
Rosangela Dossa e Cleverson Riva com a professora mestre Alcina Fresta
de Foz do Iguaçu pode ser vista como importante instrumento de expansão da cultura do associativismo. Isso é consequência de uma série de fatores que são trabalhados em conjunto, como a busca de resultados, geração de oportunidades de negócios (emprego e renda), compartilhamento de experiências, fortalecimento do mercado, sustentabilidade das empresas, representatividade do setor defendendo interesses dos empresários, e força institucional para obtenção de incentivos para o desenvolvimento dos diversos setores. Unidos, eles descobrem que podem reduzir custos com parcerias e até ganhar mais visibilidade.
Aumento de faturamento e número de colaboradores As empresas também apontaram o aumento de faturamento e de colaboradores, na faixa de 30%. Na avaliação da professora Alcina, esse é um número significativo tendo em vista a crise que o país atravessa. “Esse acréscimo representa aumento de pessoas economicamente ativas e melhora a renda de famílias, o que repercute no gasto como o comércio local, isto é, os mercados, faculdades, farmácias, lojas, entre outros”, observou. Como se apresentam as empresas participantes hoje? E como se apresenta o núcleo setorial hoje? As duas perguntas-chave levam o grupo a uma situação de sucesso que o faz desenhar
uma visão de futuro e serve de subsídio para estruturar a condição desejada, tanto para as empresas quanto para o núcleo setorial. As empresas sempre estão em busca de crescimento e reconhecimento comercial dentro de Foz do Iguaçu, com inovações e novas parcerias. Todo ano é realizada uma pesquisa de satisfação dos empresários em relação à ACIFI, diretoria, núcleo e instalações. As avaliações têm sido positivas, o que demonstra um trabalho realizado com consistência e transparência e uma vocação para os interesses da cidade, não só de empresários, mas principalmente de seus moradores, que desfrutam produtos e serviços de qualidade e credibilidade.
Revista ACIFI | Página 35
Pesquisa
Eleito um dos melhores programas do mundo voltados para o fortalecimento de micros e pequenas empresas, o Programa Empreender planeja ações conjuntas para o desenvolvimento de um determinado segmento ou até mesmo de vários setores, que têm mais chances de crescer. Na prática, a proposta é unir empresários ou profissionais liberais, tornando-os parceiros que antes se viam como concorrentes. A ACIFI oferece um consultor para auxiliar os núcleos a desenvolverem seus planejamentos estratégicos, apoia ações e até mesmo missões empresariais, nacionais e internacionais. Atualmente, 13 núcleos estão em atividade em Foz do Iguaçu. Recentemente foram criados os núcleos de Sustentabilidade, Coaching e Academias.
“
Os núcleos seguem um planejamento estratégico para o biênio 2016/2017, não só visando à organização das empresas, integração e parcerias, mas também ao foco na busca de oportunidades de mercado.
O Programa Empreender atende e orienta centenas de empresas de Foz do Iguaçu e se consolidou como um eficiente meio de fortalecer diferentes setores da economia, além de cultivar o empreendedorismo nas empresas associadas”
A tabela a seguir apresenta as ações elencadas e que estão sendo trabalhadas em conjunto:
Planejamento Estratégico dos Núcleos 2016/2017
“
A pesquisa desenvolvida pelos acadêmicos do curso de Administração da Faculdade UDC-Anglo indica que as empresas apresentaram melhorias na sua gestão e implantaram mudanças após a capacitação dos seus gestores.”
PLANEJAMENTO
AÇÕES
Organização das empresas
Controle de processos; Controle financeiro; Gestão.
Buscar mercados e oportunidades.
Marketing; Pesquisa; Novos produtos; Serviços.
Integração com outros núcleos
Parcerias internas; Integração; Ações conjuntas; Negócios; Compras coletivas; Marketing coletivo; Venda coletiva; Portal na web; Aplicativos; E-commerce; Reduzir custos com parcerias; Ganhar visibilidade por meio do grupo; Cursos e treinamentos; Incubadoras para jovens e novos empreendedores.
Gerar parcerias e negócios em médio prazo
Condomínio Tecnológico; Central de Negócios.
Fonte: Dados obtidos na pesquisa.
Página 36 | Revista ACIFI
Revista ACIFI | Pรกgina 37
Contribuição
Projetos sociais deixam de receber R$ 6 milhões em Foz do Iguaçu sem destinações do Imposto de Renda Texto: Andréa David
O contribuinte tem o direito, garantido por lei, de decidir quem deve receber parte do IR devido. A maioria das pessoas não sabe que pode deixar em seu município até 6% do imposto que deverá pagar à União e escolher em que será aplicado. Doações a projetos de assistência à infância, adolescência e idosos devem ser feitas até dia 29 de dezembro
A auditora fiscal Ana Cristina Zuccaro coordena o Programa de Educação Fiscal para a Cidadania na Delegacia da Receita Federal em Foz do Iguaçu
N
o exercício de 2016, aproximadamente 13 mil contribuintes poderiam ter destinado recursos para fundos sociais de assistência à infância, adolescência e idosos, por meio do Imposto de Renda. No entanto, de acordo com levantamento da Delegacia da Receita Federal em Foz do Iguaçu, somente 2,25% fizeram essas destinações. Pelo cálculo da própria RF, mais de R$ 6 milhões deixaram de ser aplicados diretamente em projetos para crianças, adolescentes e idosos atendidos por entidades sociais do município, para irem direto aos cofres da União. “Esse recurso poderia ter elevado a um novo patamar a rede de proteção
Página 38 | Revista ACIFI
social de Foz do Iguaçu, atendendo a projetos aprovados pelos conselhos que gerenciam os fundos oficiais”, lamenta a auditora fiscal Ana Cristina Zuccaro. Ela coordena o Programa da Receita Federal de Educação Fiscal para a Cidadania, que vem esclarecendo os contribuintes acerca da possibilidade legal de destinar parte do Imposto de Renda devido para projetos sociais de amparo à infância, à adolescência e ao idoso. Em Foz do Iguaçu, o programa atua com vários parceiros para formar uma rede de divulgação e esclarecimentos sobre o tema. “O contribuinte que utiliza a opção da tributação por deduções legais, o antigo modelo completo da declaração, pode escolher o destino de parte do imposto devido à União, no entanto há
muita desinformação e consequente ociosidade no uso desse direito”, pondera Ana. Pela lei, pessoas físicas podem encaminhar até 6% do valor do Imposto de Renda devido para projetos de entidades sociais, aprovados por fundos oficiais de assistência, e deduzir o montante na Declaração de Imposto de Renda. O limite de abate das doações de pessoas jurídicas é de 1% do tributo devido. No caso de pessoas físicas, ter imposto a pagar ou a restituir não faz diferença para quem quer utilizar esse direito legal. Havendo imposto devido, a destinação reduzirá o valor de imposto a pagar. Já no caso a restituir, o valor destinado será acrescido do montante original a ser restituído.
Veja no exemplo abaixo as duas situações: 1º Caso
2º Caso
Imposto a pagar
Imposto a restituir
Rendimentos tributáveis
88.000,00
88.000,00
(-)Deduções (dependentes, desp.c/instrução etc.)
16.000,00
16.000,00
Base de cálculo: (rendimentos menos deduções)
72.000,00
72.000,00
Imposto devido calculado conforme tabela abaixo
9.367,00
11.000,00
Menos imposto retido na fonte, carnê-leão etc.
8.400,00
1.632,32
Imposto a pagar (1º caso) e a restituir (2º caso)
967,68
967,68
Destinação ao FMDCA (até 6% de 9.367,68)
562,06
562,06
Saldo a pagar (1º caso) e a restituir (2º caso)
405,62
2.194,38
Declaração do IR pessoa física modelo completo
No exemplo acima, observe como seria se NÃO fosse efetuada a destinação ao Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (FMDCA): 1º caso: o imposto a pagar ao governo federal, em vez de R$ 967,68, seria de R$ 405,62. 2º caso: a restituição, em vez de R$ 1.632,32, seria de R$ 2.194,38.
Exercício de cidadania Para o Programa de Educação Fiscal para a Cidadania, desenvolvido pela Receita Federal, não basta destinar recursos, é preciso acompanhar as destinações. Essa é uma atitude cidadã, portanto é necessário: 1.Contribuintes esclarecidos acerca da possibilidade legal de deixar parte do IR no seu município para projetos sociais. 2.Entidades capacitadas para apresentar projetos e realizar prestação de contas. 3.Cidadãos conscientes da importância de exercer o controle social, que acompanhem as destinações realizadas e as respectivas aplicações dos recursos.
“
Os contribuintes – tanto pessoas físicas quanto jurídicas – têm até 29 de dezembro para destinar parte do Imposto de Renda aos fundos sociais de assistência à infância, adolescência e idosos.”
Revista ACIFI | Página 39
Contribuição
Abatimento
Qualquer valor doado por meio dos fundos sociais pode ser abatido na Declaração de Ajuste no ano seguinte, respeitados os tetos de 6% e 1% para pessoas físicas e jurídicas, respectivamente. Lembrando que só vale para pessoas físicas que declarem pelo modelo completo e para pessoas jurídicas tributadas pelo lucro real. Ainda é importante ressaltar que para usar esse valor do Imposto de Renda, o recurso não pode ser pago diretamente para as entidades assistenciais. Somente os Conselhos da Criança e do Adolescente e do Idoso podem, por lei, aprovar os projetos sociais e transferir os valores doados aos fundos.
Como funciona
O contribuinte pode destinar o percentual determinado por lei para um ou mais fundos que escolher. Para repassar, a pessoa precisa realizar o depósito bancário até dia 29 de dezembro de 2016, de acordo com as orientações dos conselhos municipais que gerenciam os fundos.
Como doar - idosos
Em Foz do Iguaçu, o Fundo do Idoso já possui CNPJ próprio, e abre-se uma grande oportunidade para canalizar recursos em prol de projetos voltados à terceira idade, nos moldes do Fundo da Criança e do Adolescente. “Considerando ainda que em nosso município as deduções destinadas aos fundos são pequenas e as necessidades são muitas, cabe aos contribuintes e a nós contadores contribuir para melhorar esse quadro”, ressalta a professora e contadora Leonor Venson de Souza, uma das responsáveis pela criação do Fundo do Idoso em Foz do Iguaçu.
Página 40 | Revista ACIFI
Leonor Venson de Souza
Para mais informações de como doar, os interessados devem procurar o seu contador ou a Secretaria Municipal de Assistência Social.
Infância e adolescência
O Fundo da Criança e do Adolescente existe em Foz do Iguaçu desde 2001, por meio da Lei Municipal nº 2.455/01. Para doar, os contribuintes devem acessar o site www.pmfi.pr.gov.br/funcrianca. Nele é possível verificar a relação de projetos aprovados. Na opinião da coordenadora do Funcriança, Josemara Rocha de Souza Dias, se for considerado o potencial de arrecadação do município de Foz do
Iguaçu, o volume destinado ao Fundo da Criança ainda é muito tímido e, consequentemente, os repasses para as entidades socioassistenciais também são proporcionais. Entretanto ela diz que houve alguns avanços e exemplificou que, em 2013, o Funcriança repassou R$ 104.155,88, e no exercício de 2016 o repasse deve totalizar R$ 1.079.941,93. “É um valor considerável, mas podemos melhorar muito ainda. É preciso sensibilizar a comunidade sobre o assunto e incentivar as destinações para que possamos criar uma sociedade cada vez mais consciente de que, se der sua parcela de contribuição, estará contribuindo para a melhoria de vida da população infantojuvenil local”, argumenta.
Revista ACIFI | Pรกgina 41
União garante realização da Feira do Livro
Fotos: Adriana Cardoso
Durante dez dias, ocorreram 35 lançamentos de livros e debates sobre as obras
A
12ª Feira Internacional do Livro de Foz do Iguaçu atingiu as expectativas dos organizadores, apesar das adversidades deste ano. Durante dez dias, ocorreram 35 lançamentos de livros e debates sobre as obras e 50 apresentações culturais gratuitas, abrangendo teatro, circo, contação de histórias, música, entre outras. Este ano, a feira literária destacou os escritores e artistas iguaçuenses. A população pôde adquirir livros comercializados a baixo custo e receber informações sobre cursos e atividades mantidas por universidades, escolas técnicas e entidades sociais. Nos 23 estandes instalados na feira, realizada no Shopping Catuaí Palladium, de 28 de outubro a 6 de novembro, muita
Página 42 | Revista ACIFI
gente fez a festa com exemplares a partir de R$ 1, publicações novas e usadas, lançamentos, raridades e obras clássicas. A feira é uma conquista da comunidade. A Prefeitura de Foz do Iguaçu chegou a anunciar o seu cancelamento, mas após muitas reuniões o evento foi promovido numa ação compartilhada entre a ACIFI (por meio do Núcleo de Livrarias e Sebos), Fundação Cultural, Shopping Catuaí Palladium, Itaipu Binacional e Fundo Iguaçu. A Feira do Livro contou com o apoio das instituições de ensino Colégio COC, Uniamérica, Unioeste e Unila. Núcleo – O coordenador do Núcleo de Livrarias e Sebos da ACIFI, Ernani Brito, conta que foi determinante a ação do
núcleo, juntamente com a diretoria da ACIFI, que buscou a interlocução com a Prefeitura e com a Fundação Cultural visando a uma solução conjunta para realizar o evento, mesmo com poucos recursos disponíveis. “Houve um entendimento, por parte de todos, de que a realização da feira, ainda que em tamanho reduzido, seria melhor para a cidade do que a descontinuidade do evento, que já é tradicional e reconhecido como um dos principais eventos culturais da cidade. Foi vital também neste ano o apoio do Shopping Catuaí Palladium, que ofereceu o espaço sem nenhum custo, e dos demais parceiros”, avaliou o empresário. Questionado sobre quais medidas devem ser tomadas para que o evento
não fique à mercê da instabilidade dos governos municipais, Brito defende que a Câmara de Vereadores possa chancelar o reconhecimento que a população demonstrou nas 12 edições da feira. “É necessário que a Feira do Livro esteja prevista no calendário oficial da cidade e com dotação orçamentária destinada, com obrigatoriedade para investimento no evento. Esta é a forma da feira não ser preterida a outros eventos que possam surgir ao longo do ano e não se reservar os recursos, como ocorreu neste ano”, argumentou. Proprietário da Livraria Sebo Cultural, o livreiro Carlos Rosotti compartilha da análise. “Ter realizado a feira significa que o ciclo não foi quebrado e o evento segue acontecendo todos os anos. Agora vamos trabalhar a próxima feira, definindo o conceito e pleiteando recursos no orçamento municipal específicos para o evento”, ponderou.
Eva Peng
Público aprova a Feira do Livro Presente em lançamentos de livros, nas atrações artísticas ou em visitas aos estandes, a população aprovou a edição da festa literária. Devoradora de livros, Reinalda Fritzen explica seu sentimento em relação à Feira do Livro. “Maravilhosa. O livro é uma fonte de sabedoria. Todos os livros têm algo a nos ensinar. Ao ler, você constrói a sua própria história”, disse. “Adoro visitar a Feira do Livro e buscar edições infantis. Aqui sempre encontramos tudo o que precisamos”, afirmou a leitora Eva Peng. “Visitei praticamente todas as edições da feira, pois sempre encontro variedades da literatura”, contou Waleska Chichoski, estudante de 19 anos. “Gosto de literatura americana, filosofia alemã e brasileira. Aqui podemos encontrar de tudo”, revelou Alexandre Kammer, estudante de 17 anos.
Waleska Chichoski e Alexandre Kammer
Parceiros – O presidente da Fundação Cultural de Foz do Iguaçu, Perci Lima, destacou os resultados da Feira do Livro. “Estamos muito satisfeitos por ter realizado a feira, nosso principal evento cultural. Com pouco dinheiro, fizemos uma programação que agradou ao público e trouxe resultados para livreiros e expositores”, assinalou.
Reinalda Fritzen
O superintendente do Shopping Catuaí Palladium, Francisco Cartaxo Junior, ressaltou a importância da feira para a população. “Em nosso conceito, o shopping é um centro social, por isso ficamos felizes por poder contribuir para a realização deste evento literário e cultural tradicional para Foz do Iguaçu”, avaliou.
Revista ACIFI | Página 43
Cojefi lança Academia de Treinamento Corporativo Programa Empresa Enxuta oferece capacitação de alta qualidade e muita prática, com objetividade e baixo custo
O
Cojefi (Conselho do Jovem Empreendedor de Foz do Iguaçu), da ACIFI, inova mais uma vez ao lançar a Academia de Treinamento Corporativo. A proposta foi apresentada no Encontro de Empresários realizado no fim de novembro no Centro Universitário Dinâmica das Cataratas. A academia visa a capacitar as equipes das empresas – e não apenas pessoas isoladamente – por meio do Empresa Enxuta, um programa que prioriza alta qualidade e muita prática, com objetividade e entregas personalizadas. O formato viabiliza o desenvolvimento empresarial a partir de uma nova perspectiva: as lideranças e gerências em potencial. Durante o evento na UDC, o vice-coordenador do Cojefi, Renan Temp, detalhou o conceito da proposta. Foz do Iguaçu está distante fisicamente dessas oportunidades, mas a distância geográfica não deve limitar as ações dos empresários. “Precisamos sair da nossa zona de conforto e mudar nossa forma de ver as coisas”, afirmou. Pensando nisso, o conselho estudou, ao longo deste ano, alternativas para levar a realidade de inovação e empreendedorismo para dentro das empresas convencionais iguaçuenses. Isso porque muitas vezes identifica-se inovação em centros como Curitiba ou São Paulo, onde as pessoas têm mais facilidade para entrar em contato com investidores. O Empresa Enxuta será desenvolvido em 11 encontros temáticos, sendo que no primeiro semestre os temas abordados
Página 44 | Revista ACIFI
serão “Gestão e liderança de alto impacto”; “Financeiro e custos enxutos”; “Marketing: fazendo mais com menos”; “Vendas e negociações de alto impacto”; “Equipe: competências técnicas” e “Encontro 6: equipe: competências comportamentais”. O programa abrirá vagas para 30 empresas, sendo, no mínimo, duas vagas para cada uma por encontro. Além de conteúdo e forma diferenciados, a Academia de Treinamento Corporativo oferecerá capacitação a baixo investimento, já incluindo todos os bônus, encontros extras e entregas-surpresa. Associado da ACIFI tem desconto na inscrição. Mais informações pelo e-mail nucleocojefi@gmail.com. Encontro de Empresários – O presidente da ACIFI, Leandro Teixeira Costa, destacou na abertura do evento a relevância das ações e projetos do Cojefi, que “são inovadores e mexem com a cultura empresarial para o
profissionalismo e a melhoria das empresas”. O palestrante convidado, Thiago Alves de Souza, é de Curitiba e é sócio da Ideia no ar: lançadora de startups e consultor do Sebrae nas áreas de empreendedorismo e startups. Já atendeu mais de 150 startups e apoiou mais de 500 empreendedores no processo de empreender um negócio. Ele abordou o conceito Lean, proporcionando aos empresários uma nova visão sobre os seus próprios negócios. O Cojefi – O Conselho do Jovem Empreendedor de Foz do Iguaçu é um órgão vinculado à Associação Comercial e Empresarial de Foz do Iguaçu (ACIFI), composto por jovens empreendedores de diversos setores produtivos, associados à ACIFI e que buscam capacitações, networking, geração de negócios e representatividade por meio do associativismo.
Núcleo de Coaching realiza workshop
O
Núcleo de Coaching de Foz do Iguaçu realizou o 1º Workshop Cultura de Coaching nas Organizações, no dia 23 de novembro. A ação teve a parceria de instituições como a ACIFI, Sindhotéis (Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares) e Abracem (Associação Brasileira de Coaching Executivo e Empresarial). O evento contou com a presença de 23 participantes, de 13 empresas e de
membros de dois núcleos da ACIFI. Realizado no Centro de Capacitação Sindhotéis, o encontro abordou a importância e os benefícios de uma cultura organizacional, tendo como base os princípios de coaching. Segundo a coordenadora do Núcleo de Coaching, Dionéia Gonçalves, a capacitação faz parte de uma série de ações que o Núcleo de Coaching, vinculado ao Projeto Empreender, da
ACIFI, vem realizando desde a sua fundação, em abril de 2016. Para 2017, o núcleo visa à realização de novos eventos relacionados a coaching para ampliar as discussões sobre o tema e disseminar os benefícios que pessoas e organizações podem obter a partir do uso desse processo.
Sustentabilidade fomenta debate no Congresso Nacional sobre Direito na Proteção ao Meio Ambiente
O
Núcleo de Sustentabilidade da ACIFI participou do 1º Congresso Nacional de Direito Tributário na Proteção ao Meio Ambiente, realizado nos dias 10 e 11 de novembro. Seus integrantes apresentaram três temas em forma de oficina – todos os assuntos tiveram como foco a questão tributária aplicada ao meio ambiente. O biólogo Luis Gustavo Valle (Empresa Bioadapt) abordou “Catástrofes Ambientais”; a engenheira ambiental Gizele Vosgerau (G&V Assessoria e Análises Ambientais) falou sobre “Gestão de Resíduos: Brasil Real x Brasil Ideal”; e a engenheira ambiental Caroline Falchembak (Metrosul) discorreu sobre “Licenciamento Ambiental”.
Segundo a coordenadora do Núcleo de Sustentabilidade, Gizele Vosgerau, a aceitação do público, formado basicamente por acadêmicos do curso de Direito de diversas instituições, foi positiva, com uma série de questionamentos, o que demonstrou a atualidade do conteúdo proposto. O Congresso Nacional de Direito Tributário na Proteção ao Meio Ambiente deve ter segunda edição em 2017, com o Núcleo de Sustentabilidade entre seus apoiadores. A ideia é divulgar as obrigatoriedades legais que uma empresa possui em relação à parte ambiental.
“Entendemos que a falta de informação muitas vezes gera um passivo ambiental que onera custos muito altos para o empresário. Trabalhar a prevenção é a melhor forma de evitar esse tipo de situação”, completa a engenheira.
Revista ACIFI | Página 45
Investimento
Indústria de eventos injeta milhões na economia de Foz Iguassu Convention & Visitors Bureau confirma realização de dezenas de eventos para 2017, 2018 e 2019
A
indústria de eventos está em forte expansão em Foz do Iguaçu. A cidade sediará no próximo ano dezenas de congressos, feiras, encontros, seminários e conferências, nacionais e internacionais, com público entre mil e seis mil pessoas. Melhor do que isso, o município já tem vários grandes eventos confirmados para 2018 e 2019, evidenciando o crescimento sustentável do segmento. Entre os eventos de 2017 estão a Convenção de Vendas CVC, Convenção dos Profissionais da Contabilidade do Paraná, Congresso Brasileiro de Catarata e Cirurgia Refrativa, Festival de Turismo das Cataratas, Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Zootecnia, Congresso Brasileiro de Sementes, Congresso Brasileiro de Melhoramento de Plantas, Congresso Brasileiro de Coloproctologia, Congresso Brasileiro de Microbiologia e Congresso Brasileiro de Transplantes. Um calendário recheado assim é certeza de milhões de reais injetados na economia do município, movimentando uma enorme rede de empresas. Engana-se quem pensa que somente os meios de hospedagem e gastronomia ganham com esse mercado. O setor pode envolver até 48 diferentes tipos de produtos e serviços, com ênfase em logística e comunicação, mas beneficiando também desde a locação de um espaço de eventos até uma equipe
Página 46 | Revista ACIFI
O setor pode envolver até 48 tipos de produtos e serviços
de animação. Para se ter uma ideia da dimensão do segmento, basta analisar o impacto gerado por meio dos gastos dos participantes. O Dimensionamento Econômico do Setor de Eventos no Brasil, feito pela Associação Brasileira de Organizadores de Eventos em parceria com o Sebrae, estima que diariamente participantes não residentes têm um gasto médio de R$ 437, e os residentes, de R$ 69. O gasto daqueles está baseado em hospedagem, alimentos e bebidas, transporte local, compras e passeios. Por fim, há o impacto para a indústria
local, com exclusão da já referida indústria do turismo. Um evento, por exemplo, que discute a criação de suínos, como o Safe Pork, realizado a cada dois anos em Foz do Iguaçu, traz para a cidade fornecedores e compradores dos pecuaristas locais, por isso impacta também na economia pecuarista da cidade.
Milhões na economia Em Foz, um dos grandes responsáveis pelo fortalecimento da indústria de eventos é o Iguassu Convention & Visitors Bureau. Segundo o diretor-executivo do Iguassu CVB, Basileu
Em 2016, eventos captados e/ou apoiados pelo ICVB devem injetar R$ 90 milhões na economia de Foz
Tavares, com base exclusivamente nos eventos captados e apoiados pelo instituto, a cidade deve fechar 2016 tendo recebido 54 mil pessoas (em 2015, foram 53 mil; e em 2014, 41 mil). Novamente com base nos eventos captados e apoiados pelo Iguassu Convention & Visitors Bureau, em 2016, por exemplo, os participantes de eventos devem injetar na cidade uma receita aproximada de R$ 90 milhões. Essa soma alcançou R$ 86 milhões em 2015 e R$ 52 milhões em 2014. Este cálculo considera o número de participantes, duração do evento e gasto médio diário do público do Brasil (R$ 437). “Indiretamente, podemos dizer que toda a comunidade se beneficia, ao analisarmos que Foz é um município cujo 50% da renda das famílias e trabalhadores vem da área do turismo. Isso sem contar que os turistas que participam de eventos frequentam os centros de compras locais e alguns utilizam-se de supermercados, infraestrutura hospitalar, farmácias e outros serviços locais”, esclareceu. Vale destacar que o gasto do turista de eventos chega a ser quatro vezes maior do que o de turistas de lazer. Isto se deve ao fato de que a viagem para participação em eventos pode ser em parte financiada pela empresa para qual o participante trabalha. Além disso, as oportunidades de relacionamento e aquisição de conhecimento são percebidas como investimentos por parte de seus participantes, tanto para geração de negócios quanto para desenvolvimento profissional.
Convention Foz do Iguaçu está entre as cinco cidades brasileiras que mais recebem eventos internacionais, tendo ocupado a terceira posição neste rol por dois anos. Não há um ranking nacional correspondente, mas os principais eventos associativos do Brasil passam por aqui, bem como os corporativos. O diferencial do município está em sua infraestrutura, pois poucas cidades brasileiras ofertam tantos espaços para grandes eventos, os quais se acomodam à necessidade de cada promotor. O calendário do Iguassu CVB é composto por eventos associativos, ou seja, realizados por associações de classe como as médicas, de engenharia e outras temáticas. “Não conseguimos contabilizar o número de pessoas que participa em nossa cidade de eventos corporativos, por serem convenções fechadas, de grandes empresas brasileiras”, explicou Tavares.
Sobre o papel do Iguassu Convention & Visitors Bureau para realização de eventos em Foz, Tavares afirmou que o instituto não os capta, pois não pode realizá-los. O trabalho vai além e é mais complexo porque precisa convencer os legítimos profissionais e entidades que podem fazer a captação, prepará-los e dar as ferramentas necessárias para trazer os eventos a Foz. “Na maioria das vezes, esse trabalho inicia três, quatro até cinco anos antes da realização do evento, por meio de viagens e visitas técnicas e reuniões da nossa equipe técnica. Temos uma política clara e objetiva que determina as formas de apoio a serem concedidas. Apoiamos a captação, promoção e realização de eventos que garantam retorno econômico para Foz, pois nosso objetivo é a geração de fluxo turístico e, assim, a geração de negócios para nossos associados”, concluiu.
Basileu Tavares: podemos dizer que toda a comunidade se beneficia com indústria de eventos
Revista ACIFI | Página 47
Investimento
Evento: Copa do Mundo da FIFA 2014 Quem poderia captar? República Federativa do Brasil? Não, apenas a Confederação Brasileira de Futebol. Processo de captação: 1.Proposição de candidatura: CBF manifesta seu interesse. 2.Dossiê de candidatura: CBF entrega o projeto para sediar os jogos, apontando a infraestrutura mínima necessária e obras que irá fazer para cumprir os requisitos mínimos da FIFA. 3.Visita de inspeção: a FIFA envia representantes ao Brasil para averiguar a infraestrutura existente, bem como conhecer melhor os projetos sugeridos. 4.Defesa de candidatura: após passar por estas fases, chega o dia da votação e, antes deste momento, há espaço para uma apresentação. 5.Votação: o conselho da FIFA vota para selecionar o país-sede. 6.Resultado: Brasil ganha o evento. Ainda não é o fim, agora inicia-se o trabalho pela execução do projeto e assim haverá várias visitas de inspeção e outras reuniões para discutir detalhes, até que o evento de fato aconteça. A captação de um congresso, em geral, segue passos como esse, os quais envolvem análises técnicas e o emocional de todos os envolvidos.
Quais atividades são beneficiadas com a realização de eventos em Foz do Iguaçu? 1.Animação e recreação. 2.Assessoria de imprensa. 3.Atrações (bandas, mágicos, bailarinos). 4.Atrativos turísticos. 5.Bares, restaurantes e similares. 6.Brindes/troféus, placas e medalhas. 7.Cenografia. 8.Centros comerciais (shoppings, lojas ou similares). 9.Computação gráfica, vídeo e texto. 10.Comunicação (walkie-talkie/rádio). 11.Comunicação visual/sinalização. 12.Decoração/mobiliário. 13.Eletricista. 14.Especialista em A&B/consultoria especializada em alimentos e bebidas. 15.Fotografia. 16.Garçom/maître. 17.Limpeza. 18.Locação de artigos de bufê e
Página 48 | Revista ACIFI
descartáveis. 19.Locação de espaços de eventos. 20.Locação de mobiliário/equipamentos/ acessórios. 21.Manuseadores de mala direta/ correspondência. 22.Meios de hospedagem. 23.Mestre de cerimônias. 24.Mídias digitais. 25.Nutricionista. 26.Operador de audiovisual. 27.Operador de telemarketing. 28.Organizador de eventos. 29.Produção audiovisual (vídeo, mapping). 30.Produtor. 31.Projeto, montagem e construção de estandes. 32.Pronto-socorro/UTI móvel. 33.RSVP – confirmações de presença.
34.Seguradora de eventos. 35.Segurança. 36.Serigrafia/gravações e adesivos. 37.Serviço de cadastramento. 38.Serviços receptivos. 39.Serviço de recepção/promotores/ casting. 40.Serviço de tradução e intérprete. 41.Serviços de bufê. 42.Serviços gráficos. 43.Som. 44.Tecnologia aplicada (interatividade, mobile, sistemas). 45.Transportadora aérea. 46.Transportadora terrestre. 47.Transporte e manuseio de materiais. 48.Uniforme, trajes profissionais e promocionais.
Serviço
ACIFI oferece solução para emissão de nota fiscal Emissores gratuitos do governo terão descontinuidade a partir de janeiro de 2017
O
s aplicativos gratuitos para emissão de notas fiscais não terão atualização a partir de janeiro de 2017. Com a descontinuidade dos emissores fiscais, as empresas que possuem esse sistema correm o risco de não conseguir emitir documentos. E pior: podem ser penalizadas por descumprimento da legislação. Isso porque todas as empresas do varejo já estão obrigadas a emitir a Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica (NFC-e), conforme resolução de 2015. O cronograma de obrigatoriedade da NFC-e iniciou em abril do ano passado e terminou em janeiro de 2016. Em comunicado emitido em setembro deste ano, a Secretaria de Estado da
Fazenda do Paraná recomenda que estas empresas providenciem, o mais brevemente possível, alternativas à emissão de NFC-e para evitar imprevistos de última hora. Com objetivo de facilitar a sua vida, a Associação Comercial e Empresarial de Foz do Iguaçu oferece as melhores ferramentas para o seu crescimento. Mais do que isso: as soluções oferecidas pela entidade já ajudam centenas de empresas a cumprir a legislação. A entidade tem soluções, a baixo custo, não só para emissão de Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica (NFC-e), como também para Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e) e Manifesto de
Documento Fiscal Eletrônico (MDF-e). São todos serviços já testados e aprovados no mercado iguaçuense. No caso da NFC-e, por exemplo, a ACIFI garante facilidade de uso do serviço, que é 100% on-line, bem como segurança, transparência e eficiência. Outra vantagem é o atendimento prestado pela equipe da associação e, lógico, o custo-benefício. Essas são soluções exclusivas para associados. A entidade tem vários pacotes disponíveis com valores diferenciados e que incluem suporte e treinamento. Mais informações pelo telefone (45) 3521-3304 ou e-mail vendas@ acifi.org.br.
Revista ACIFI | Página 49
Evento
Foz do Iguaçu reúne, mais uma vez, prefeitos de todo o Paraná Encontro das Prefeitas e Prefeitos Eleitos – Gestão 2017/2020 aconteceu entre os dias 30 de novembro e 2 de dezembro no Rafain Palace; objetivo do evento foi oferecer subsídios para a elaboração de planos de ação com foco nos 100 primeiros dias de governo
*Assessorias com redação
C
omo prefeitos, prefeitas e suas equipes de governo podem ser estrategistas e articuladores de ações que promovam geração de emprego e renda, inclusão social, alfabetização, desenvolvimento sustentável e melhoria dos indicadores socioeconômicos nos municípios?
inicialmente intitulado Homem Público. A iniciativa trabalha, de forma integrada e por meio de parcerias, temáticas como desenvolvimento local e regional, planejamento e gestão estratégica, liderança, além do papel das micros e pequenas empresas para a economia dos municípios.
É com o intuito de ajudar na elaboração do planejamento de ações para os cem primeiros dias de mandato dos eleitos para a gestão 2017/2020 nos 399 municípios paranaenses que o Sebrae/PR, Fomento Paraná e Governo do Estado promovem o Encontro de Prefeitas e Prefeitos Eleitos.
Os prefeitos eleitos (e suas equipes) tiveram a oportunidade de, por meio do contato com secretarias estaduais, empresas estatais e demais instituições, reunidas em estandes do evento, conhecer as políticas e programas do Governo do Estado, do Sebrae, do Sistema S e das instituições parceiras. Além de receber orientações sobre as possibilidades de desenvolvimento local a partir do incentivo às micros e pequenas empresas, com as dicas do Sebrae/PR.
Esta edição do evento aconteceu de 30 de novembro a 2 de dezembro, no Rafain Palace Hotel & Convention, em Foz do Iguaçu. Parte do Programa de Estudos Avançados para Líderes Públicos, o encontro foi criado em 1998,
Página 50 | Revista ACIFI
Gerente da Unidade Ambiente de
Negócios do Sebrae/PR, César Rissete explica que a entidade conduz a oficina de criação do plano de ação para os primeiros cem dias de governo. “Por meio das técnicas de planejamento, os prefeitos eleitos, seus vices e assessores podem selecionar as atividades e prioridades do futuro governo. No evento, eles também têm a oportunidade de firmar parcerias com o estado, por meio de suas secretarias e empresas, e com entidades patrocinadoras e apoiadoras do encontro”, detalha. Durante o evento, estiveram disponíveis diversos programas estaduais voltados ao desenvolvimento dos municípios. Os líderes eleitos receberam também um guia sobre a importância do empreendedorismo e das pequenas empresas para o desenvolvimento da economia local. Elaborado pelo Sebrae/PR, o “raio X” destaca a necessidade de gestores
municipais investirem em políticas públicas focadas nos micros e pequenos negócios, que representam 99% dos estabelecimentos formais brasileiros e respondem por 60% dos empregos com carteira assinada. “O Sebrae trabalha pela criação de um ambiente melhor para as pequenas empresas, fomentando para que haja práticas de empreendedorismo nos municípios, por meio de políticas públicas, educação empreendedora nas escolas, Salas do Empreendedor, simplificação e desburocratização, facilidade de acesso a crédito, incentivos à inovação e tecnologia e aumento das compras públicas de fornecedores locais”, acrescenta Rissete. A Lei Geral da Micro e Pequena Empresa também esteve em pauta no evento. Em vigor desde 2006, a legislação melhorou o ambiente e a realidade dos pequenos negócios ao reduzir impostos e burocracia na abertura e baixa de empresas, fomentando oportunidades e canais de acesso à inovação, tecnologia e novos mercados. Além da presença de representantes dos 399 municípios, o Encontro de Prefeitas e Prefeitos Eleitos – Gestão 2017/2020 também contou com a participação do governador Beto Richa; do presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae/ PR, Edson Campagnolo; e de demais autoridades. Mais detalhes e fotos desta edição estão disponíveis no site www. liderespublicos.pr.gov.br.
Temáticas Dentro da programação de capacitações, uma gama de painéis, oficinas e palestras sobre temas variados como a “Gestão urbana – desafios e soluções para os municípios”, proferida pelo ministro das Cidades, Bruno Araújo;
e “O desafio do líder no tempo atual”, com o professor e conferencista Eugênio Mussak. Assuntos como as compras públicas como alavanca ao desenvolvimento municipal, a modernização administrativa e tributária, a saúde e o desenvolvimento, a gestão financeira e a responsabilidade fiscal, entre inúmeros outros, também foram foco de atenção dos eleitos durante os três dias do encontro em Foz do Iguaçu.
Fomento Um dos destaques da programação foi a oficina de crédito promovida pela Fomento Paraná. O objetivo foi sensibilizar os governantes sobre a importância de fortalecer a parceria entre a Fomento Paraná e os municípios para estimular o acesso ao crédito para promover o desenvolvimento dos pequenos negócios. “Estamos presentes em mais de 350 pontos de atendimento, com agentes de crédito instalados em prefeituras, federações e associações comerciais, cooperativas de crédito, sindicatos e outras entidades. Podemos apoiar
projetos de empreendedores de micro, pequeno e médio porte em todos os segmentos da atividade produtiva com as melhores taxas de juros do mercado”, afirma o presidente da instituição, Juraci Barbosa. O apoio dos prefeitos, complementa, é fundamental para ajudar a ampliar a rede de agentes e aumentar o volume de crédito na mão dos empreendedores. “Esta é uma ação que impacta diretamente na renda das pessoas e na qualidade de vida”, ressalta o presidente da Fomento Paraná. Considerando todo o crédito colocado pela Fomento Paraná na mão de empreendedores paranaenses, desde 2011, chega-se à soma de R$ 770 milhões. “Esse crédito é dinheiro novo que entrou na economia e, como dizem os economistas, é um recurso que circula, trocando de mãos três, quatro ou mais vezes, aquecendo a economia”, analisa. A meta prevista no planejamento estratégico da instituição é contratar até R$ 800 milhões em operações de financiamento privado no período 2015-2018.
Revista ACIFI | Página 51
+
acifi s i a m So u
Bairrista com muito orgulho S Texto: Andréa David
e você planeja abrir um negócio ou vislumbra ampliá-lo ou diversificálo, pode ter muito a aprender com o empresário Marcelo Consalter. Ele cresceu no estabelecimento da família, o Supermercado Consalter, e passou por todos os setores da empresa – com exceção da padaria. Tinha o conhecimento na prática, mas não deixou de lado a teoria ao estudar Administração na Unioeste. É da turma de 1991. Trabalhava das 7h às 18h e ia
Página 52 | Revista ACIFI
para a faculdade de ônibus, porque na época ele não tinha carro nem carteira de habilitação.
Marcelo conhece cada vírgula do negócio, assim como se orgulha de chamar muitos dos clientes pelo nome. E é esse jeito próprio e autêntico de administrar que garante sucesso com o público. “Quando você cumprimenta o cliente pelo nome, isso faz uma diferença que não tem tamanho, afinal quem que não quer ser
bem tratado?”, pergunta.
Ele é associado à ACIFI e utiliza as consultas ao SPC, o Nutricard e o convênio com o plano de saúde Itamed. “A ACIFI vem fazendo um ótimo trabalho, e esse envolvimento com os associados nos bairros cria força e começa a abrir novos horizontes para que as empresas possam se desenvolver como um todo”, analisa.
Na sua opinião, dar tapinha nas costas, cumprimentar sorrindo dizer bom dia, obrigado e volte sempre são regras de ouro de atendimento ao consumidor. Essa é a filosofia de trabalho e uma fórmula que vem dando certo há 40 anos. “Criamos muito essa raiz de bairro e relacionamento, e é uma essência que não podemos perder jamais, por isso a recomendação é que sempre deve haver uma identificação da equipe com o cliente”, observa. O mercado do Jardim Copacabana se tornou uma referência para moradores da vizinhança como o Jardim São Roque, Jardim Dona Leila, Jardim Três Pinheiros, Jardim Vitória, e assim foi desenvolvendo a região como um todo. Nestas quatro décadas, o estabelecimento já passou por três ampliações e cada vez mais atrai clientes de outras regiões. Moradores do Porto Meira, Vila C e Três Lagoas já se acostumaram a fazer compras no Consalter.
Crescimento A origem do Supermercado Consalter vem de 1976, quando a família – recém-chegada do Rio Grande do Sul – construiu um mercadinho de madeira na antiga Estrada Velha de Guarapuava. Marcelo tinha apenas 2 anos de idade e foi ali vendo o pai trabalhar que ele cresceu. Ao completar 20 anos, em 1996, a loja de 200 m² foi triplicada e passou para 600 m². Com o crescimento da economia, em 2002 foi a vez da segunda grande reforma, e a loja passou para 1.000 m², com espaço até para materiais de construção. Dez anos depois, a estrutura já não conseguia atender mais à demanda. Assim, em 2012, o Consalter partiu para
“A ACIFI vem fazendo um ótimo trabalho, e esse envolvimento com os associados nos bairros cria força e começa a abrir novos horizontes para que as empresas possam se desenvolver como um todo” Marcelo Consalter, empresário
sua terceira expansão e atualmente tem 1.600 m² de área de atendimento aos clientes. Em 2014, teve um salto significativo nas vendas. “Criamos novos departamentos, melhoramos o mix, a estrutura de atendimento e compramos um terreno para estacionamento, e para 2017 vamos modernizar ainda mais a loja, melhorando a iluminação e a comunicação visual e ampliando o
estacionamento, que já ficou pequeno”, anuncia. Dono de um supermercado e sócio de um posto de combustíveis e uma loja de materiais de construção, Marcelo Consalter não tem sala própria; seu escritório é o chão de loja. Ao todo, o grupo gera 200 empregos diretos. “O mercado é minha vida, e sou muito feliz aqui.”
Revista ACIFI | Página 53
Espaço Acifi
10 medidas
A diretoria e o Conselho Superior Deliberativo da ACIFI reforçaram o apoio à campanha “10 medidas contra a corrupção”, do Ministério Público Federal. O pacote engloba 20 propostas de alteração legislativa em dez eixos principais. A ação faz parte do movimento de entidades empresariais de todo o Brasil que visa a reforçar seu apoio à aprovação do projeto na íntegra no Congresso Nacional.
Entre outras mudanças, prevê penas mais rígidas para crime de corrupção, dificulta a anulação de processos e facilita a recuperação de recursos desviados. Também estabelece mudança no sistema de recursos do processo penal, permitindo o cumprimento das penas antes de recursos ao Superior Tribunal de Justiça e ao Supremo Tribunal Federal.
Telefonia Empresarial A ACIFI está formando mais um serviço especial aos associados. O benefício Telefonia Empresarial será disponibilizado pela Faciap a todos os associados da entidade para proporcionar mais economia nas ligações telefônicas via celulares. O serviço trabalhará com as operadoras Tim e Vivo. A fatura e o boleto serão encaminhados via e-mail ao contratante das linhas de acordo com o vencimento para o dia 10 do mês.
Página 54 | Revista ACIFI
A parceria tem os seguintes benefícios: compartilhamento de minutos; compartilhamento de SMS; planos especiais; rentabilidade para ACEs; rentabilidade para coordenadorias; cobrança realizada diretamente ao usuário final; redução de custos na telefonia móvel; fidelização e manutenção dos associados; transparência na fatura; e novos associados.
ACIFI renova certificação ISO 9001 com distinção A ACIFI teve renovada a certificação da norma ISO 9001:2008 com distinção. Durante a auditoria de dois dias, realizada em outubro, não foi constatada nenhuma não conformidade, ou seja, está tudo dentro dos rigorosos requisitos exigidos pela norma. A associação é certificada desde o ano 2011. A ACIFI passou pela auditoria de supervisão do Instituto Tecnológico de Avaliação e Certificação da Conformidade (ITAC), que observa o grau de comprometimento e de dedicação da entidade para com o estabelecido na norma. Diversos setores administrativos e operacionais foram supervisionados pelo auditor-líder Gilberto Mirabelli. Ele verificou a documentação e entrevistou colaboradores para atestar se os requisitos da norma ISO 9001 estavam sendo cumpridos.
A recertificação com todos os requisitos em dia é o reconhecimento do envolvimento da equipe com a política de qualidade. Para a coordenadora operacional da ACIFI, Natalia Fuentes, “a norma ISO já faz parte de nosso dia a dia, e todos os colaboradores são mobilizados pela melhoria contínua do sistema de gestão da qualidade”.
Já o presidente da ACIFI, Leandro Teixeira Costa, destacou que a certificação ISO 9001 mostra que a gestão da entidade está profissionalizada e garante a segurança necessária nos processos e condução dos projetos do planejamento estratégico.
Gustavo Loyola fecha Ciclo de Palestras O economista Gustavo Loyola fechou o Ciclo de Palestras em 2016. O ex-presidente do Banco Central falou sobre “Perspectivas da Economia Brasileira”, no Rafain Palace Hotel & Convention, em novembro. Este ano, integraram o circuito a filósofa, educadora, pesquisadora e escritora Dulce Magalhães, o navegador e escritor brasileiro Amyr Klink e o psicólogo e consultor em gestão empresarial Waldez Ludwig. O Ciclo de Palestras é uma ação conjunta da Rádio 97 FM, Itaipu Binacional e ACIFI.
Errata Na matéria publicada na edição nº 13 da seção Empreendedorismo, intitulada “Ekoroom Decor inova no embelezamento de interiores”, diferentemente do informado, Jimmy Chou e Jane Couto não são casados. Os dois são apenas sócios da empresa que agrega num mesmo ambiente cafeteria e loja de decoração. A Ekoroom Decor fica no Shopping Catuaí Palladium.
Revista ACIFI | Página 55
Dicas
5
dicas para engajar seus funcionários
Conseguir motivar o seu time em uma cultura de resultados é um grande desafio para os empreendedores Não importa o tipo da sua empresa, se seus colaboradores não estiverem engajados, seus clientes também não estarão. Profissionais felizes e animados com o trabalho têm uma energia contagiante que torna outras pessoas incapazes de resistir a fechar um negócio com você. Esses colaboradores são mais produtivos, o que ajuda no crescimento da empresa. Separamos aqui algumas dicas que podem ajudar nesse processo:
1. Aprenda a delegar tarefas
Quando estamos há muito tempo em um mesmo negócio, nossa tendência é acreditar que somos sempre os profissionais mais aptos a resolver determinado assunto, mesmo que, em nosso time, exista alguém mais especializado que nós. É preciso delegar as tarefas e fazer com que as metas sejam compartilhadas por todos, mas nada de querer impor o seu método de trabalho para outros funcionários. Cada um deles deve ter autonomia para entregar seus resultados, desde que, claro, estejam fazendo isso de acordo com as políticas da sua empresa.
2. Crie objetivos claros
Com metas claras, fica mais fácil para os seus colaboradores organizarem a sua agenda e realizarem o trabalho da maneira mais eficaz possível. Não tenha medo de repetir uma, duas, cem vezes, se for preciso, mas todos têm de sair com as metas alinhadas e as ideias claras. Sua equipe precisa saber exatamente o que é esperado e como conectar essas metas com a visão da empresa.
Página 56 | Revista ACIFI
3. Desenvolva a sua própria cultura de resultado
O investimento inicial engloba a taxa de franquia e os custos para encontrar e reformar um imóvel, ter um estoque, entre outros detalhes. No entanto, uma parte das redes isenta o empreendedor da taxa.
4. Comemore!
Depois de muito trabalho duro e algumas dores de cabeça, chegou a hora de comemorar com o seu time. Essa é uma parte muito importante da cultura de resultados, afinal todos batalharam muito para que o objetivo fosse alcançado e todos os envolvidos merecem o devido reconhecimento.
5. Menos é mais
O fato de a sua equipe ter de estar alinhada aos objetivos da empresa não significa fazer reuniões de três horas todos os dias da semana. Até porque você precisa de um período a ser analisado, antes de analisar alguma coisa. Otimize seu tempo, faça no máximo uma reunião de resultados por semana. Seus funcionários irão agradecer; e a sua empresa, também. Afinal se com oito horas de trabalho quatro forem de ações que não ajudam no atingimento da meta, nada fará sentido, não é mesmo? Fonte: Endeavor
Em novo endereço
Rua Padre Montoya 254, Centro
Revista ACIFI | Página 57
Rede de Convênios da ACIFI A ACIFI possui convênios com diversos associados para concessão de descontos que visam a fomentar negócios entre empresas associadas. Os convênios são para empresários e funcionários. Em alguns casos, incluem parentes de colaboradores das empresas. Consulte em nosso site: www.acifi.org.br/convenios.
New Wave School 20% de desconto em cursos de idiomas. 3027-2346 - www.newwave.com.br Óticas Polini 50% de desconto nas armações na compra do óculos de grau. 30% de desconto em óculos de sol. 30% de desconto em lentes de contato de grau e coloridas. Pagamento em até dez vezes. 3027-2050 - www.oticaspolini.com.br Diretiva Marcas e Patentes 15% de desconto em registro de marcas, patentes e direitos autorais. Pagamento em até cinco vezes sem juros. Pesquisa gratuita da disponibilidade de marca ou patente. 3523-9150 - www.diretivamarcas.com.br Divisa Veículos Descontos exclusivos sobre a tabela em vigor. Condições especiais de pagamento. 3132-6060 - www.divisachevrolet.com.br Efetiva Coaching 5% de desconto em treinamentos, palestras, consultoria de RH, workshops, pesquisa de clima, avaliação de desempenho, recrutamento e seleção, e mapeamento de competências. 3028-3275 - www.efetivapsi.com.br Ginástica do Cérebro 25% de desconto nas mensalidades. 3028-4738 - www.ginasticadocerebro.com.br
PEOPLE FORMAÇÃO COMPLETA INFORMÁTICA
INGLÊS
®
People Cursos 30% de desconto. Em cursos de idiomas, informática e administrativos. 3523-3525 - www.people.com.br Technos Cursos Profissionalizantes Isenção da taxa de matrícula e até 25% de desconto. 3574-1808 - www.technosescola.com.br Colégio Monjolo Descontos a partir de 10%. 3520-1915 - www.colegiomonjolo.com.br Centro Universitário UDC Desconto de 10% nos cursos de graduação e pós-graduação presenciais e a distância da UDC Centro, UDC Anglo e UDC Monjolo. Condições diferenciadas no vestibular. 3523-6900 - www.udc.edu.br A Gazeta do Iguaçu Desconto 20% na publicação de editais. Desconto em assinaturas. Cobertura gratuita em inaugurações. (45) 3523-3313 - www.gazeta.inf.br Uniamérica
Página 58 | Revista ACIFI
10% de desconto na graduação. 2105-9000 - www.uniamerica.br Cesumar 25% de desconto (15% pelo convênio e 10% pela pontualidade) em cursos de graduação e pós-graduação a distância em especialização e MBA. 40% de desconto (30% pelo convênio e 10% pela pontualidade) na graduação de Administração e MBA em Gestão de Pessoas. (45) 3525-8781 - www.cesumar.br Unifoz Desconto de 20% nas mensalidades. 3574-2611 - www.unifoz.edu.br Wizard 15% de desconto nos cursos de todos os níveis. O convênio é válido para aulas nas três unidades Wizard em Foz:Centro, Vila A e República Argentina. 3523-3225 - www.wizardfoz.com.br
Laboratório
Laboratório Biocenter De 20% a 30% de desconto em exames laboratoriais. 3029-7678 - www.ebiocenter.com.br Ortoplan Especialidades Odontológicas 15% de desconto à vista. Parcelamento em até seis vezes no valor normal. Aparelhos sem custo e com desconto. Manutenção a partir de R$ 69. Unidades Centro e Morumbi. 3521-9090 - www.ortoplan.com COC Foz do Iguaçu Isenção da primeira mensalidade no berçário, educação infantil e ensino fundamental. 3525-3547 - www.coc.com.br Prime Sorriso 20% de desconto em todos os tratamentos odontológicos. Parcelamento em até seis vezes 3027-2727 - www.primesorriso.com.br AutoFoz Veículos 20% de desconto em peças e serviços. Descontos e emplacamento grátis em veículo 0km. Válido para pessoa jurídica. 3520-1212 - www.autofoz.com.br Paraguaçu Automóveis 20% de desconto nos serviços de mecânica e elétrica. 15% de desconto na aquisição de peças originais da Volkswagen. Válido para pessoa jurídica 3028-4499 - www.vwparaguacu.com.br Latrônico Odontologia Desconto em implante, prótese, ortodontia, odontopediatria e endodontia, conforme tabela da comissão nacional de convênios. Válido para sócios e funcionários da empresa associada. (45) 3523-3640 Império da Beleza 10% de desconto, exceto manicure, pedicure e promoções. Válido para sócios e funcionários da empresa associado. (45) 3029-4411 Revista ACIFI | Página 59
Novos Associados
Academia Corpo e Saúde Atendimento Personalizado 99118-8368
Confeitaria Magnífica 3572-4948 / 98280-3338
IDESF 3029-7020
Academia Aquafoz 3027-7558
Connecta Aquecimento Solar e Hidráulica 3572-5385
Itaipu Comércio de Frios 3522-2024
Adrivar Modas 3523-5532
Despachante Maximo´s Melo 3029-2413 / 3028-4789
Athenna 3029-7550
Distribuidora Schmitz 3572-7261
Ítalo Supermercados Av. República Argentina 3029-8040
Azoza Aspect 99900-3724
Dorneles & Dorneles 99117-6909
JS Esporte e Fitness 3028-2881
Bio Adapt Consultoria Ambiental 3029-7911
DT Química 99128-5500
Kamamya 3525-3831
Brasil Verde Produtos Naturais e Suplementos Alimentares 3029-9996
Edeen Beer Foz 3027-5599
Kast Décor 3028-7370
Eletrônica Rimers 3025-5939
Keka Fitness Academia para Mulheres 99808-3576
Casa del Este 3027-5258 Cataratas Encomendas 3030-0006 CCL Comércio de Livros 3523-3225 Celeiro Natural 3525-6084
Eletrônica Vitória 3529-3493 Elevage Center do Brasil 3523-4153 ELX Distribuidora 3522-1818
Ítalo Supermercados Centro 3028-1111
Latitude Modas 3027-2333 London Foz Confecções 3572-1845 Madeireira HS 3526-1818
Central Cobrança 3025-2464
Golden Travel Agência de Viagens, Turismo e Câmbio 3027-2746
Magna Seixas dos Santos 3578-4131
City Bife 3523-5807
Gremat 3526-0630
Mamute Gym 3028-1013
Colméia 99107-8166
Hidraufoz 3526-1665
Maraschin Restaurante 3574-1507
Prestigie nossos associados. Acesse www.acifi.org.br/associados e saiba mais sobre essa grande rede. Página 60 | Revista ACIFI
Marmoraria Acqua Verde 3527-3131
Parati Chapeação e Pintura 3573-3168
Suplex Nutrition 3030-0234
Martin Travel Turismo 3523-4959
Pastelaria do Eduardo 3525-3463
Taco 3028-8226
Matos Equipamentos para Alarmes 3522-3138
Pit Stop Burguer 99904-1193
Tática Academia 3575-1055
Mercob Cobranças 3028-6607
Portal Construções 99809-9001
Tort-a-tres 99141-5225
Merconfoz 3528-6160
Radiadores Iguaçu 3524-0179
VD Entrega de Gás 3522-3112
Motel Êxtase 3577-6163
RE Serviços Automotivos 3028-6484
Vidraçaria Vera 3028-0235
Nortec Empreiteira de Obras (41) 3053-3749
Reuter Contabilidade 3030-1234
Visão Contabilidade 3028-2505
Odontotec 3572-7209
Schroder Sistemic Coaching 3575-5108 / 9103-2550
Wil Consultoria 99944-7888
Ortoplan Unidade Vila A 3575-1020
Silva Móveis 3524-3833
Zelo Variedades 3522-2051
Panificadora e Confeitaria Pão Quente 3525-8933
Spand Camisetas 3025-1028
Zeppelin Old Bar 3523-1804
Revista ACIFI | Página 61
Regional
Danilo Vendruscolo assume o cargo em fevereiro de 2017. “Precisamos continuar unidos, sem estrelismos.”
foto: Adenésio Zanella/Itaipu Binacional
Danilo Vendruscolo é eleito presidente do Programa Oeste em Desenvolvimento
O
empresário Danilo Vendruscolo assumirá a presidência do Programa Oeste em Desenvolvimento (POD) a partir de 2017. O vice será o diretor-executivo da Cooperativa Frimesa, Elias Zydek. A posse da nova mesa diretora está marcada para fevereiro, durante o Show Rural, em Cascavel. Vendruscolo ocupará o lugar do arquiteto Mário Costenaro.
do Território do Oeste do Paraná, promovido pelo POD, no auditório da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Paraná, com apoio de Itaipu.
da região. O objetivo foi debater ações capazes de resolver gargalos que impedem o crescimento sustentável do Oeste.
O presidente eleito afirmou que pretende trabalhar em parceria com as entidades da região. “Precisamos continuar unidos, sem estrelismos. Cidadãos comprometidos com o Oeste do Paraná”, disse.
A votação, por aclamação, ocorreu no dia 24 de novembro, em Toledo, durante o 3º Fórum de Desenvolvimento Econômico
O evento em Toledo reuniu cerca de 300 pessoas – empresários, produtores, acadêmicos, professores e lideranças
Danilo Vendruscolo é empresário, economista, pós-graduado em Administração e Estratégia Empresarial e Marketing e Propaganda. Atualmente, é vice-presidente da Caciopar, membro do Conselho Superior da ACIFI e coordenador da Câmara Técnica de Infraestrutura e Logística do POD. Foi presidente do Codefoz de 2012 a 2014.
Página 62 | Revista ACIFI
Visita Panorâmica
Passeio de Kattamaram
Revista ACIFI | Página 63
Pรกgina 64 | Revista ACIFI