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N° 16 . Outubro 2011
ISSN 2179-6653
O mercado da carne
Alvo de consumo da maior parte dos brasileiros, saiba como estĂĄ o panorama desse mercado
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Boa leitura!
Denner Esteves Farias
Editor-Chefe
índice
editorial
Na última edição fizemos um panorama do mercado do leite e abordamos, entre outras questões, que o consumo do leite no mercado interno vem aumentando. Porém, as importações que têm mantido o consumidor abastecido dessa commodity, de forma benéfica para o consumo, para o mercado interno, para as indústrias, isso acaba por prejudicar os empresários do setor. Com a diminuição do fluxo do leite na entressafra, o aumento do preço do produto interno para o consumidor foi uma realidade. Agora, outro fator que permeia esse mercado é a questão da suposta triangulação das importações de lácteos via Chile. A Secretaria de Comércio Exterior (Secex) divulgou que 14 mil toneladas de leite em pó foram importadas pelo Chile em 2010, que exportou para o Brasil 11 mil toneladas. A apreensão é que o Chile seja uma via para outros países enviarem produtos ao país. O estranho para algumas autoridades do setor é a quantidade importada pelo Chile e a exportação quase total para o Brasil. Até o fechamento dessa edição o Ministério da Agricultura estava investigando o assunto. Já nessa edição, trazemos outro panorama de mercado. Dessa vez preparamos uma reportagem sobre o mercado da carne. Entrevistamos representantes de frigoríficos da região que nos mostraram o contexto que esse mercado da região está inserido atualmente. Em Grandes Criatórios uma história de tradição na criação do jumento Pêga: a Fazenda Aliança, de Joaíma, sob a gestão da família Araújo. Em Dia de Campo um negócio que se tornou uma fonte alternativa de renda para a família Barbosa, que é a comercialização de pavões. Em Agrovisão, a seção fala de um problema que atinge o campo: o êxodo rural. Em outubro parabenizamos dois profissionais, falando de cada uma das atividades. Conheça um pouco sobre o que faz um Engenheiro Agrônomo e um Engenheiro Agrícola, que comemoram o dia de suas profissões nos dias 12 e 27, respectivamente.
4 Giro no Campo 6 Entrevista 10 Entidade de Classe 12
Grandes Criatórios
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Dia de Campo
18 Saúde Animal 20 Caderno Técnico 23 Forragicultura 26 Agrovisão 28 Sustentabilidade 30 Perfil Profissional 31 Meteorologia 32 Mercado 34 Cotações 35 Mão na Massa 36 Emater | IMA | Idaf | Adab 40 Aconteceu 42 Culinária
Uma publicação da Minas Leilões e Eventos Ltda.
Editor-Chefe Denner Esteves Farias Zootecnista - CRMV-MG 1010/Z Jornalista Responsável / Redação Lidiane Dias - MG 15.898 (em formação) Jornalistas Colaboradoras Alessandra Alves - MG 14.298 JP Diagramação Finotrato Design Contato Publicitário Thiago Lauar Scofield Eng. Agrônomo - CREA/MG 111396 D (33) 3271.9738 comercial@revistaagrominas.com.br Revista On-Line:
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Colaboração - Alexandre Sylvio - Eng. Agrônomo - MilkPoint - Emater/IMA/Idaf/Adab - SCOT Consultoria - Humberto Luiz Wernersbach Filho - Zootecnista - Leila Fernandes - Manoel Eduardo Rozalino S. e Dilermando Miranda da Fonseca - Marcelo Conde Cabral - Médico Veterinário - Otávio Cardoso Filho - Biólogo - Pesquisadores UFV e Embrapa - Prof. Ruibran dos Reis - Minas Tempo - Waldir Francese Filho - Eng. Agrônomo - Coocafé Distribuição Vale do Rio Doce, Vale do Mucuri, Vale do Jequitinhonha, http://www.facebook.com/revistaagrominas
Vale do Aço, Extremo Sul Baiano e Norte Capixaba. Tiragem: 5.000 exemplares Impressão: CGB Artes Gráficas A Revista AgroMinas não possui matéria paga em seu conteúdo. As ideias contidas nos artigos assinados não expressam, necessariamente, a opinião da revista e são de inteira responsabilidade de seus autores. Administração/Redação - Revista AgroMinas Rua Ribeiro Junqueira, 383 - Loja - Centro 35.010-230 | Governador Valadares-MG Tel.: (33)3271-9738 E-mail: jornalismo@revistaagrominas.com.br Siga-nos: twitter.com/RevistAgrominas
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O governador Antonio Anastasia, o superintendente do Banco do Brasil em Minas Gerais, José Roberto Sardelari, e o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Elmiro Nascimento, assinaram, no dia 14/09, em Belo Horizonte, termo de cooperação mútua para a liberação de R$ 7 bilhões para safra 2011/2012 em Minas Gerais. Os recursos do Banco do Brasil são 40% maiores que os destinados à safra passada. Desse total, R$ 1,7 bilhão serão para a agricultura familiar.
A linha de crédito do Plano Agrícola e Pecuário será utilizada para custeio, investimento e comercialização das atividades do agronegócio mineiro. “Esse crédito dá sustentação a uma atividade que por sua vez sustenta o Brasil. Primeiro, tradicionalmente, a agricultura sempre foi a grande âncora da economia brasileira. Segundo, a agricultura emprega e emprega muito. Não é pouca gente não. São milhões. Terceiro, a função política e institucional da agricultura, que dá alternativa e oportunidade para
IPR/MG
Os preços agropecuários tiveram alta de 2,99% em agosto, em Minas Gerais, após o encerramento das safras de grãos e de café. É o que aponta o IPR/MG (Índice de Preços Recebidos) pelos produtores rurais mineiros. O indicador é calculado pela FAEMG (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais), com base nos 15 principais produtos da pauta agropecuária do estado. Os responsáveis pelo resultado positivo foram café, leite, grãos em geral, frango, banana e abacaxi. Os principais responsáveis pela alta de agosto foram café (2,02%) e leite (1,32%). As frutas, como abacaxi (13,64%) e banana (10,66%), e o frango (16,19%) também influenciaram positivamente o resultado. Caíram os preços da batata (-25,64%), algodão (-7,34%) e suínos (-1,57%). De acordo com o coordenador da Assessoria Técnica da FAEMG Pierre Vilela, os hortifrutigranjeiros estão em período favorável de produção e, consequentemente, a oferta cresce muito. “Há menor risco de produção neste momento e os preços ficam mais baixos no inverno do que no verão”. (Fonte: ASCOM FAEMG)
Elaboração: Assessoria Técnica FAEMG 4
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Foto: Omar Freire / Imprensa MG
Giro no Campo
Plano Agrícola e Pecuário garante R$ 7 bilhões para o agronegócio mineiro O governador Antonio Anastasia e o superintendente do Banco do Brasil em Minas Gerais, José Roberto Sardelari
que as pessoas fiquem nas suas regiões, desenvolvendo as suas regiões”, disse o governador Antonio Anastasia durante pronunciamento. (Fonte: ASCOM SEAPA)
Defesa Agropecuária da Bahia recebe R$ 5 milhões para investimento no setor
A defesa agropecuária da Bahia recebeu um incremento de cinco milhões de reais para desenvolver as ações de defesa sanitária em todo o Estado. A liberação do recurso foi feita pelo Ministério da Agricultura, conforme o 1º Convênio Plurianual (2011-2015) celebrado entre o Mapa e a Secretaria de Agricultura (Seagri), através da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab). A verba é destinada à estruturação e manutenção do Sistema Unificado de Atenção a Saúde Animal (SUASA), no controle, erradicação e prevenção das doenças dos animais, dando ênfase às atividades de educação sanitária, georeferenciamento e monitoramento de propriedades rurais. “As conquistas da defesa agropecuária na Bahia são fruto desta parceria entre o Ministério da Agricultura e a Seagri, e o governo baiano agradece ao Mapa nas pessoas do secretário de Defesa Agropecuária, Francisco Jardim; do diretor de Defesa Vegetal, Cósan de Carvalho Coutinho, e de Gerardo Fontelles, assessor especial do ministro”, disse o secretário estadual da Agricultura, engenheiro agrônomo Eduardo Salles. De acordo com o secretário, graças aos serviços da Adab, a Bahia é um dos poucos estados do País que assinou convênio plurianual com o Mapa, no valor de R$ 20 milhões para os próximos quatro anos. (Fonte: Ascom Adab)
A Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG) é uma das instituições que está discutindo a implementação do sistema de curadorias de germoplasma do Brasil. O pesquisador Antônio Alves Pereira, representando a Empresa, compõe o comitê nacional responsável por elaborar um documento a ser enviado ao Governo Federal, sugerindo a criação de Sistemas de Curadorias nos Estados da União. O comitê vai trabalhar com o Conselho Nacional dos Sistemas Estaduais de Pesquisa Agropecuária (Consepa) para estimular os demais estados a criarem seus sistemas de curadorias de banco de germoplasma, núcleos de conservação e coleções biológicas. Os bancos de germoplasma são unidades físicas para guarda e conservação de uma base genética ampla e diversi-
ficada, visando trabalhos de melhoramento para geração de novas cultivares mais adaptadas, resistentes e produtivas ou para uso futuro. O Brasil possui, atualmente, um total de 384 bancos de germoplasma. Em Minas Gerais, a intenção é propor que o trabalho de organização de curadorias de recursos genéticos seja realizado em ação conjunta com as universidades federais do estado. “Está sendo planejada uma reunião de treinamento dos pesquisadores/curadores das instituições mineiras detentoras de nossos recursos genéticos com os pesquisadores da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, que deverá acontecer em outubro”, ressalta Antônio Alves Pereira. A EPAMIG pode contribuir para a organização das curadorias, uma vez que já detém coleções de bancos de germoplasma de valor científico e econô-
Foto: Samantha Mapa - Ascom EPAMIG
EPAMIG compõe comitê nacional para implementar curadorias de germoplasma do Brasil
mico, como as de oliveira, videira, feijão, pimentas, batata baroa, batata doce, leguminosas, ervilha e feijões asiáticos, pinhão manso, soja, trigo e morango. A principal, segundo Antônio Alves Pereira, é a coleção de café arábica, com 1.580 acessos – muitos com resistência à ferrugem e a nematoides, e que possuem alta produtividade. (Fonte: ASCOM EPAMIG)
Fotos: : Cláudio Bezerra
CTNBio aprova feijão transgênico desenvolvido pela Embrapa A CTNBio - Comissão Técnica Nacional de Biossegurança aprovou no dia 15/09 durante sua reunião mensal em Brasília, DF, a liberação para cultivo comercial do feijão geneticamente modificado Planta de feijão transgênico (GM) desenvolvido pela Emem casa de vegetação brapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Foram 15 votos a favor, duas abstenções e cinco pedidos de diligência (necessidade de complementação). O feijão é resistente ao vírus do mosaico dourado, pior inimigo dessa cultura agrícola no Brasil e na América do Sul. Essa decisão foi um marco para a ciência nacional, pois trata-se da primeira planta transgênica totalmente produzida por instituições públicas de pesquisa brasileiras. As variedades GM são resultados de mais de 10 anos de
pesquisa e foram desenvolvidas em parceria por duas unidades da Embrapa: Recursos Genéticos e Biotecnologia (Brasília, DF) e Arroz e Feijão (Goiânia, GO). Batizadas de Embrapa 5.1, as novas variedades garantem vantagens econômicas e ambientais, com a diminuição das perdas, garantia das colheitas e redução da aplicação de produtos químicos no ambiente. Com a aprovação pela CTNBio, as sementes transgênicas serão multiplicadas e devem chegar ao mercado dentro de dois a três anos. (Fonte: Fernanda Diniz / Embrapa RecurFrancisco Aragão 2011 Francisco Aragão no sos Genéticos e Biotecnologia) Pesquisador laboratório da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia.
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entrevista
A Carne Com a crise na economia mundial, foco de febre aftosa no Paraguai e o aumento de consumo e produção no mercado interno, preparamos um cenário regional da carne Um dos ingredientes presentes na alimentação dos brasileiros e que faz falta na mesa da maioria destes, é o alvo dessa reportagem: a carne. Com a crescente demanda de alimentos e a estimativa de que a população do mundo em 2050 passe de 9 bilhões, a carne precisa acompanhar esse cenário para abastecer a casa de cada consumidor. Para suprir essa demanda estima-se que 500 milhões de toneladas sejam ideais. Uma notícia boa para os apreciadores da carne vermelha é que estudos recentes, apresentados no 66º Congresso Brasileiro de Cardiologia em Porto Alegre, mostram que ela não faz mal para o coração. Porém, ela deve ser consumida com o corte magro, sem gordura e servida em porções frescas de 150 gramas por dia. Segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA) apontam que no dia 05 de outubro a arroba do boi estava em R$ 99,15, o que para alguns significa uma queda no preço, pois representa uma variação de -0,10% no mês. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que no segundo trimestre desse ano os abates tiveram que6
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da de 7% se comparado ao mesmo período em 2010. Já as exportações de setembro, de acordo com dados da BeefPoint, aumentaram 12% em volume (74.200 toneladas) e em receita (US$ 390 milhões), se comparadas a agosto. Com a valorização do dólar, ainda segundo a empresa de consultoria, aumentou a competitividade da carne brasileira no mercado externo. Previsões do United States Departament of Agriculture (USDA) é que a produção e consumo de carne bovina fechem os números próximos aos de 2010. A Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) anunciou que o mais preocupante para a carne bovina, será uma redução de 17% dos volumes exportados em 2011, se comparado a 2010. O cenário de crise vivido na economia mundial, com a valorização do real frente ao dólar, que hoje já subiu, provocou e provoca incertezas futuras por essa crise norte americana e os abalos do mercado europeu. Mas a USDA prevê que em 2012 o mercado de carnes mundial se mantenha firme.
Com expectativa que os representantes de alguns frigoríficos de Minas Gerais, entrevistados por nós, esperam a médio e longo prazo uma melhoria nesse mercado. Visto que a população vem adquirindo mais renda e aumentando o consumo, a tendência é que a carne siga o mesmo caminho. Porém, um ponto abordado por Antônio Salim Neto, diretor-presidente da Frical Alimentos Ltda, situado em Caratinga, acredita que a arroba do boi nunca pagou tão bem no passado como agora. “O que está deixando a desejar e que esteja talvez travando um pouco a questão do preço do boi é a reposição que está um pouco distorcida, um pouco alta. A atividade está remunerando bem para o produtor desde que ele espere fazer
cimento grande do con- pendente disso, o setor tem um desensumo interno, o que está volvimento economicamente viável. Reis confia que o diferencial de exigindo muito dos frigoríficos e sobrando pouco poder estar junto aos fornecedores espaço para o clandestino. ajuda e passa uma confiança ao frigoO consumidor mais atento, rífico. O cliente conhece para quem mais exigente, tem garantido que eles está vendendo e agrega valor ao negóprocurem carnes inspecionadas. Nes- cio. À médio prazo acredita que o boi se contexto, avaliado por ele como ne- vai manter o preço, mas a dificuldade gativa a concorrência acirrada no se- hoje é a reposição do bezerro que está tor, o novo mercado para as empresas com preço elevado. “Então está conão são as metrópoles, mas as cidades meçando a ficar inviável para o promenores que vêm crescendo e deixan- dutor. Para o frigorífico não. A gente do espaço para as indústrias da carne. vendendo a carcaça, estando abatenMas o diretor aponta que as empresas do, não tem problema. O que me prebem estruturadas, têm um crescimen- ocupa é na área de produção porque to satisfatório e com sustentabilidade. na medida em que você não consegue Em setembro foi divulgado que repassar o preço para cobrir o valor da o Paraguai perderia entre US$ 300 compra de matéria-prima, que seria o milhões e US$ 400 milhões devi- bezerro, isso vai dificultando”. A instabilidade, a crise e os focos do ao foco de Febre Aftosa no país. Isso afetou o mercado brasileiro e o de aftosa pelo mundo estão atingindo mercado interno que recebia um volu- o mercado de carnes no país. Um dos me de carne paraguaio. As fronteiras sócios da Mafrial Matadouro e Frigobrasileiras foram fechadas para que rífico, Carlos Magno Reis, diz que a o surto da doença não chegasse tam- época não está boa para o mercado de bém às criações do país. Para Sérgio carnes, mas a expectativa é de cresRoberto Barbosa Reis, diretor admi- cimento a médio prazo. Ele assinala nistrativo do Frigorífico Dois Irmãos que a população aprendeu a comer em Poté, ---mesmo não exportando, carne, o consumo tem aumentado, o houve um reflexo negativo da crise mercado na região cresceu e todo o mundial. “Como não conseguimos mercado interno consegue suprir a exportar, qualquer fatia que diminui demanda desse alimento. De negativo na exportação gera excesso de oferta Carlos Reis ressalta que a margem de no mercado. Deu ofer“A atividade está ta no mercado, o preço remunerando bem para o ou estabiliza ou propicia alguma queda. Isso produtor desde que ele espere fazer a reposição em um que está acontecendo”, momento mais oportuno” afirma. Para ele, inde-
“As exportações de setembro aumentaram 12% em volume e em receita se comparadas a agosto” a reposição em um momento mais oportuno”, frisa. Salim aponta ainda que os produtores do Vale do Rio Doce têm investido em seus animais e na atividade. Sendo Minas Gerais com o segundo maior rebanho do país, a região não fica para trás, com uma produção de carne muito boa. É justamente esse o ponto positivo para o diretor-presidente. Os investimentos em genética têm fortalecido o setor e garantido animais com qualidade para o consumidor. A crescente profissionalização dos pecuaristas para a lida com o gado também é um dos benefícios para o mercado hoje. Uma coisa negativa, apontada por ele, é o acabamento das carcaças do boi gordo que precisa melhorar. O diretor comercial da Maxi Beef Alimentos do Brasil em Carlos Chagas, Luis Carlos da Silva, também apontou a questão da genética. Para ele houve uma redução na área do bovino para a plantação de culturas como o eucalipto, por exemplo. Porém, os investimentos em genética pelos produtores é que está levando um desenvolvimento para o setor, garantindo a comercialização de carne com garantia e de boa qualidade, com peso maior, proporcionando assim um melhor rendimento. Silva ressalta que houve um cres-
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“Os investimentos em genética pelos produtores é que está levando um desenvolvimento para o setor, garantindo a comercialização de carne com garantia e de boa qualidade”
compra e venda, trabalhadas pelo frigorífico, praticamente não existe em muitos casos. Um ponto positivo para o empresário, nesse cenário vivido, é o contexto social, a ajuda direta e indireta para muitas famílias com os empregos oferecidos. A informalidade
Quanto ao mercado informal, Salim aponta que é uma parcela significativa em todo o estado, onde o maior prejudicado é o consumidor que adquire carne sem origem. “O que acontece é que o poder público é mais eficiente para cobrar melhorias dos estabelecimentos que já se encontram regularizados. Agora, sobre o abate clandestino a gente não vê muita atuação do poder público”, alerta. Mesmo tendo um mercado maior fora do estado, Carlos Reis informa que na região há uma grande incidência de abates clandestinos e seria importante que a fiscalização fosse tão rígida para esse mercado quanto é para os frigoríficos. “É muito rígido e tem
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que ser. Eu acho certíssimo, mas sáveis”, informa. Para acabar com esse tem que ser rígido com todo mundo. abate clandestino, Reis aponta que a Eu acho que mais da metade da carne solução deveria ser a unificação da que abate em Valadares é clandesti- fiscalização entre a polícia rodoviána. Depois que as pessoas verem o -ria, a vigilância sanitária e os órgãos que pode causar uma carne dessas de agropecuária estaduais. Essa seria contaminada, elas não vão comprar a solução mais rápida para coibir a carne sem carimbo. Pesa no fator fi- atividade. “Eu tenho dois lados da nanceiro. Atrapalha muito, pois eles moeda: o frigorífico de grande exporvendem mais barato porque não pa- tação me pressionando de um lado e gam impostos”, compara. tem o mercado informal de carne me Reis diz que esse é um ponto nega- apertando do outro”, complementa. tivo do mercado hoje. “O maior problema hoje do mercado interno talvez nem seja essa disputa com o mercado externo. Talvez seja “O que acontece é que com o mercado informal. O o poder público é mais maior problema hoje nas cidades do interior, porque não eficiente para cobrar melhorias dos estabelecimentos que existe controle de abate, não já se encontram tem abate fiscalizado e abate em qualquer lugar. Essa é a regularizados. Agora, sobre maior dificuldade, eu acreo abate clandestino a gente dito, para os órgãos responnão vê muita atuação do
poder público”
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a representatividade da classe no sul da Bahia Fotos: Arquivo Sindicato
entidade de classe
Sindicato Rural de Itanhém:
Sindicato dos Produtores Rurais de Itanhém
Há um ditado que diz que a união faz a força. É por isso que muitos se organizam em prol de um objetivo em comum. Foi com esse desejo e a necessidade de se estar amparados e valer os direitos da classe de produtores rurais, que no dia 15 de maio de 1975 foi criado o Sindicato Rural de Itanhém. Essa representatividade se extendia aos municípios de Itanhém e Vereda na Bahia, pois ambos têm na agropecuária a principal fonte de renda nesses municípios. O primeiro presidente do sindicato foi Wilson Ferraz de Melo. Após ele, outros passaram pela presidência até o atual Whindson Moreira Mendes: Jurandy Caires Ribeiro, Manoel Batista dos Santos, Álvaro Pinheiro, Jerônimo Esteves Santana, Levi Moreira de Souza e Antônio José Motta Vieira. A diretoria atual é composta por doze membros, sendo sete efetivos e cinco suplentes: Whindson Moreira Mendes (presidente e delegado representante), Romeu Gazzinelli Neto (vice-presidente e delegado suplente), Noel Rosa Martins (secretário), Antônio José Motta Vieira (tesoureiro), Levi Moreira de Souza (conselho fiscal), Rosalvo Alves Pires (conselho fiscal) e Antônio Jerônimo Ramalho Sicupira (conselho fiscal) em cargos efetivos. Os suplentes são Antônio José de Oliveira Mendes (secretário), Edson Neves de Almeida (tesoureiro), Gilvania Braga Vilella Caires (conselho fiscal), Valdecy José Correia (conselho fiscal) e Juarez Correia (conselho fiscal). Diversos serviços e benefícios são oferecidos aos asso10
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ciados, marcando a presença do sindicato junto ao produtor. A atuação da entidade está voltada para o fortalecimento da classe; contabilidade gratuita; assistência jurídica; desconto de 0,5% nas comissões de leilões e feiras de gado tanto para os produtores associados que compram e vendem nos eventos do sindicato; desconto de 50% no aluguel de baias no Parque de Exposições; uso do Parque de Exposições gratuitamente para atividades sem fins lucrativos, tais como, casamento, aniversário, batizado e etc; entrada gratuita em leilões para o (a) produtor (a) e o seu cônjuge; cursos de formação na área rural promovidas por meio do SENAR. Dois funcionários, uma secretária e um zelador no Parque de Exposições, fazem parte da equipe do sindicato. Além das assessorias jurídica e contábil aos associados, efetuadas por uma advogada e um contador, respectivamente, na sede da entidade. A sede é própria com estrutura privilegiada e com possibilidade de ampliação. O local instala os escritórios de advocacia, contabilidade, um laboratório de análises clínicas e um escritório local da ADAB. Além desse imóvel, o sindicato é proprietário ainda do Parque de Exposições da cidade, localizado na estrada de Itanhém/Batinga, que conta com uma pista para julgamentos e provas, um tattersal, um pavilhão para eventos, três galpões, um centro de comercialização de animais, dentre outros. Jerônimo Esteves Santana, um dos ex-presidentes do sindicato, informa que o terreno do Parque de Exposições
Sócios e esposas em um momento de confraternização
foi adquirido na gestão de Manoel Batista dos Santos, onde ele atuava na diretoria como tesoureiro, por R$ 100 mil cruzeiros, pagos em dinheiro pelo sindicato. Porém, o parque só veio a ser construído na sua gestão. Foram realizados na época a primeira Exposição Agropecuária, o primeiro leilão e concursos leiteiros. “Todos os presidentes que passaram por lá deixaram um pouco do trabalho. Na minha gestão foi essa iniciativa, uma ideia que a gente criou e foi apoiada pelos produtores”. Atualmente o sindicato tem 65 sócios efetivos. Segundo os funcionários esse número já foi maior porque há alguns anos as verbas para a saúde passavam pelos sindicatos. Mas eles consideram que essa parcela de associados representa a realização de um bom trabalho. Os sócios pagam mensalidade ou anuidade, que ajudam na manutenção do sindicato. A entidade se mantém também através de rendas levantadas com a realização de eventos como leilões e exposições. O rebanho de Itanhém é considerado o segundo maior do extremo sul da Bahia, de acordo com os funcionários, sendo assim, a pecuária tida como uma das maiores fontes de renda da cidade. Para se associar ao sindicato, basta que o produtor rural prove com documentos que é produtor e paga a anuidade ou mensalidade.
Presidente Whindson Moreira Mendes
A presidência
Desde junho de 2011 que o Sindicato de Itanhém é presidido por Whindson Moreira Mendes. Aos 36 anos, casado e com dois filhos, é a primeira vez que exerce a função de presidente. Na última gestão ocupava o cargo de vice-presidente. Com duração de três anos, o mandato de Mendes termina em 2014. É natural de Nanuque, mas viveu toda sua vida em Itanhém. Produtor rural há 13 anos e filiado há dez ao sindicato, o presidente trabalha com pecuária de corte e leite. Dentre as principais ações exercidas em seu mandato estão: a reforma do tattersal do Parque de Exposições; realização da 11ª Exposição Agropecuária de Itanhém; compra de um terreno que faz limite com o parque; viagens para Salvador para solicitar recursos na Secretaria de Agricultura; aumento de 20% do número dos sócios. Para Mendes a principal dificuldade é a falta de união dos sócios, mas os benefícios é a forma de incentivo. “O ponto forte de Itanhém é a quantidade de produtores rurais. Aqui Exposição não é apenas festa, mas sim comércio e exposição de animais. Também realizamos leilões, onde o pessoal da cidade traz gado para vender e também compra bem, fazendo girar a economia desta cidade”, aponta o presidente.
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A tradição na criação de jumento Pêga motivada pela renovação
Fotos: Arquivo Pessoal
grandes criatórios
Fazenda Aliança: os percalços de uma bela história
Eduardo Araújo e Maria Araújo
A década de 30 deu início há uma história que, diante de algumas encruzilhadas, hoje começou a encontrar um novo rumo. Nessa época, um senhor viúvo, aos 34 anos, depois de atravessar alguns bois no rio Jequitinhonha, resolveu pedir água em uma casa daquele local. Uma moça, conhecida como Maria Bonita, atendeu aquele homem que batera à porta para pedir um copo de água. Mesmo nova, aos 14 anos, conquistou o coração daquele senhor que não sossegou enquanto não a tomou como esposa. A adolescente foi morar com aquele homem, com quem teve alguns filhos antes de casar. Os filhos já crescidos, assistiram o casamento dos pais. A cidade era Medina (MG), o senhor era Lídio Araújo, mais tarde nomeado Coronel, e a mocinha era Maria Oliveira Araújo. Coronel Lídio, natural de Itaquara (BA), se mudara para Joaíma (MG) aos 16 anos. A agora esposa foi levada para morar na Fazenda Aliança localizada em Joaíma. Tida como referência na criação de jumentos Pêga, a Fazenda Aliança fez escola e, mesmo tendo passado por uma crise há uns cinco anos, está recuperando essa criação 12
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que tanto marcou os criadores de jumentos de outra época. O Início
Quando se casou com a primeira esposa, Coronel Lídio tinha uma pequena propriedade já chamada Aliança. Com o passar dos anos foi adquirindo outras terras ao entorno dessa área. Montou uma fazenda modelo, com cerca de 10 mil hectares na época. Seu filho Eduardo Oliveira Araújo, 69 anos, conta que ele gostava de tudo que fosse diferente e mesmo não tendo feito nenhuma faculdade da área, procurava melhorar a raça, colocando os melhores reprodutores no rebanho. Um período em que dificuldades de estrada eram constantes, o Coronel não se importava com isso e mandava buscar os melhores reprodutores e éguas onde eles estivessem. O preço? Menos ainda. Araújo exemplifica com uma história em que seu pai precisou vender 1000 cabeças de gado para comprar um cavalo e seus dois filhos. Isso tudo para melhorar a qualidade do seu plantel. A visão empreendedora já ultrapassava tempos em que nem estrada existia. Considerado um bandeirante do
Bonitão da Aliança
século XX, o Coronel ganhou esse título por ter servido ao município de Joaíma ao fazer estradas, pontes, com a ajuda de amigos levar eletricidade, campo de aviação, enfim, obras e benefícios para a cidade. Por falta de comando em determinadas regiões, o exército criava essas figuras líderes. Já criando jumentos da raça Pêga, a criação de jumento de pelagem Pampa começou depois que ele conheceu um desses jumentos e achou que seria bom cruzar com seus animais. Comprou esse jumento Pampa e começou a diversificar a pelagem de seus animais. As mais tradicionais na fazenda eram a pêlo de rato e a ruã. O irmão do Coronel, formado em Agronomia, o ajudava na criação. Na época, em torno de 400 éguas faziam parte do plantel, mas o objetivo era chegar a 1000 para parir burros. Ele criava o jumento melhor possível e as melhores éguas para que seu plantel de burros fosse bom, tanto de montaria quanto de tração. Coronel Lídio comprou um jumento chamado Predileto, que tinha sido
Amaralina da Aliança, Campeã Nacional em BH
campeão nacional, para a melhoria de sua criação. O jumento foi recebido com banda de música em Joaíma. A partir daí a criação do Pêga avançou, pois Predileto era alto, bem feito de orelhas e cabeça. Os outros jumentos da propriedade não tinham sido campeões nacionais e nem participado de exposições. Era uma tropa respeitada, mas sem títulos. Mas essa história, com essa figura visionária, mudou em 1953, na fazenda Crauno. O Coronel veio a falecer aos 50 anos. Aos 11 anos Araújo se viu com uma responsabilidade: continuar o legado do pai. Juntos, ele e a mãe, tocaram os negó-
Coronel Lídio Araújo
cios. A maior preocupação daquele menino, que acabara de ganhar responsabilidades de um homem, foi com a história e o sacrifício do pai com suas criações. Logo após a morte de seu pai, começaram a fazer o registro das jumentas na Associação do Mangalarga Marchador. Mais de 300 jumentas foram selecionadas pela comissão que foi de Belo Horizonte à fazenda. Todas elas eram filhas de Predileto ou dos filhos dele. A partir daí o jumento Pêga começou a ser registrado na propriedade. Mais tarde, com a criação da associação dos criadores de
Pônei, esses e os da raça Piquira foram registrados. Começaram a participar de todas as associações na época. O Predileto continuou sendo o reprodutor da fazenda Aliança. Porém, como já estava velho, Araújo informa que precisou encontrar outro animal. O jumento chamado Colombo, mistura de Gas com Passatempo, foi à escolha. Foi levado para a exposição nacional e foi campeão da raça. O jumento começou a cobrir as filhas de Predileto e os produtos eram de boa qualidade. Jumentos como Bonitão, Bragança, Limeira, produtos desse cruzamento, foram todos campeões nacionais. O plantel chegou a 500 jumentos, o maior do país. Porém, uma crise atingiu o Brasil e as criações de jumentas foram acabando. Os machos eram mantidos para a produção de burros, mas as fêmeas eram todas vendidas. A Aliança e uma outra propriedade eram as únicas que continuavam com os plantéis intactos. Assim, uma comissão foi feita pela As-
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Gongo da Aliança reprodutor atual do plantel de jumentas pampas da Fazenda Aliança
sociação do Pêga e foram criados núcleos. A fazenda Aliança começou a doar cerca de sete jumentas para cada núcleo para que a raça não se extinguisse. “Por isso a Aliança é um dos criatórios mais importantes do Brasil porque ela foi doadora de todos esses núcleos. Hoje no Brasil entre os criadores de Jumento, todos beberam na fonte da Fazenda Aliança. Eles têm o nosso sangue. Inclusive a própria Lagoa Dourada que o Jumento saiu de lá”, afirma Araújo. Crise X renascimento
Há cerca de cinco anos uma crise pegou dessa vez a fazenda Aliança. Os animais foram morrendo e sendo vendidos. Com o sucesso na carreira de Eduardo Araújo e outros problemas pessoais, a fazenda e a criação foram sendo descuidadas. “Naturalmente outros criadores começaram nas grandes cidades, fizeram mais marketing, participavam das exposições e com minha falta na fazenda, eu fui abandonando. Não tinha tempo de ficar lá, me dedicar para ela. A âncora da minha mãe era eu, eu é que levava para exposição, eu que fazia tudo, controlava os animais”, frisa Araújo. Mas há dois anos as coisas começaram a mudar. Com um haras em São Paulo, tido como uma filial da fazenda Aliança, a recuperação do criatório começou. Mesmo não tendo muitos animais no plantel, Araújo informa que o objetivo agora é outro: criar em qualidade e com tecnologia. Com parceiros no haras, começaram a recuperar a criação de jumentos que deu nome a fazenda. A Aliança que agora tem 3 mil hectares por causa da divisão entre os irmãos, tem 18 jumentas (filhas do Ianque um campeão nacional) e um reprodutor 14
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Monumento em frente a sede da Fazenda em homenagem ao grande Campeão Nacional Bonitão da Aliança
filho do Bonitão. Por sinal, Ianque é filho de Campeão e neto de Colombo que auxiliou na melhoria do plantel da propriedade. O último trabalho na fazenda foi com o Ianque antes da crise e agora pretendem dar continuidade a esse trabalho. Os animais pampas estão sendo a prioridade. Um filho do Bonitão nasceu pampa e se chama Goiabão da Aliança. Quando seu pai começou, os animais pampas não eram registrados e hoje já se tem um núcleo específico para essa pelagem dentro do Pêga. O início da utilização da Transferência de Embriões (TE) foi para manter o sangue da Aliança em seus animais. Das reprodutoras sobraram três jumentas por isso escolheram a biotecnologia como alternativa para multiplicação desses animais. A TE é feita em São Paulo, mas futuramente Araújo aponta que podem passar a levar os embriões para serem inseminados na fazenda. “Estamos em um período de estreitamento de sangue porque meu pai sempre falou que o meu tio trabalhava na consanguinidade sem ter o problema de exagerar”, aponta. Com a TE aplicada ao plantel, há um controle do veterinário com os nascimentos e a gestação. Com cerca de 12 meses eles entram em produção. No haras há um jumento preto, três jumentas pampas e o Gongo da Aliança que também é pampa, sendo filho desse jumento preto. O trabalho é feito da seguinte forma como explica Araújo: foi comprada uma tropa de pampa. Desses animais grandes e registrados na associação, estão tirando embriões das jumentas. Dessas três, de origem direta da propriedade com quase 100 anos de plantel, aumentarão a criação com sangue da Aliança.
A alimentação é feita com ração balanceada que contêm 15% de proteína e sais minerais. Por serem produtores de feno e alfafa, esses também servem como alimento aos animais. No manejo sanitário os veterinários seguem o calendário de vacinação e testes de anemia foram feitos várias vezes devido à incidência na região, de acordo com Araújo. A aplicação de vermífugos acontece a cada 40 dias. Na propriedade nada mudou de lá para cá. Está mantido o que o Coronel Lídio fez. Araújo comenta que conservaram, mas agora pretende reformar os currais, fazer cercas, construir 28 baias para manter as receptoras lá, a divisão em piquetes para facilitar o trabalho. Cerca de cinco funcionários trabalham na fazenda, cada um em um setor. Como o melhoramento genético está sendo aplicado em todo o plantel, a meta é que daqui um ano tudo esteja recuperado, para fazerem leilões e voltarem com uma criação de jumentos iguais ou melhores da época de seu pai. A participação de Maria Araújo, hoje aos 92 anos, para tocar a fazenda foi essencial. Mesmo tendo em seu filho e parceiros uma liderança, aceitar manter a história da propriedade quando o Coronel faleceu, foi demonstração de força em uma época que a mulher não tinha um papel de participação na sociedade. Quanto à criação de jumentos Pêga, Araújo complementa que “quando você cria bem você vende bem. O que eu quero é cuidar que esses animais voltem às exposições, voltem a ganhar prêmios para a gente conseguir manter aquele prestígio que a fazenda sempre teve. É a minha meta agora, é o que eu quero fazer, para deixar aí para a posteridade”.
A vontade de criar aves por hobby se transforma em negócio. Conheça a comercialização de pavões, belas aves que passaram a ser uma fonte alternativa de renda Fotos: Lidiane Dias
dia de campo
Negócio por acaso:
Um hobby que virou negócio. Numa lógica bem simples que hoje se tornou uma forma de renda complementar e atípica para a região. Foi assim que há 35 anos, em meados de 1976 que Ruy Silvestre Barbosa, 71 anos, comprou um casal de pavão. Ele gostava de criações e comprou as aves por pleno prazer em criar. Tanto que na época, recém-casado com Eliane Maria Paula Barbosa, não tinha um lugar adequado para que os pavões ficassem e por isso as aves ficavam no quarto do casal. Depois foi construído um viveiro no quintal e dois anos mais tarde, após comprar o sítio, o negócio começou: a comercialização de pavões. Região tipicamente de pecuária, o Vale do Rio Doce se viu contemplado com a atividade. Depois da compra do primeiro casal de aves, com a reprodução destes, Barbosa precisava se desfazer dos filhotes que iam crescendo. Começou a vendar para alguns interessados, o que foi ficando cada vez mais estável. Único criador da região, segundo Barbosa, vende tanto animais quanto penas. O sítio que fica localizado em Ilha Brava, Governador Valadares, recebe compradores da cidade
e da região. As vendas são diretas e por telefone, criadores de Belo Horizonte e Vitória também são clientes. Os pavões são adquiridos por criadores ou revendedores. Quatrocentos pavões, divididos em matrizes, machos e produtos, fazem parte da criação. Branco, Ombros Negros, Arlequim e Verde são as espécies do criador. Quarenta viveiros comportam a criação, distribuídos no sítio de dois alqueires e meio. Por ano são comercializadas de 300 a 400 aves. Mesmo tendo um custo alto, dá para cobrir as despesas e ainda dar um lucro em média de 40% em relação aos gastos, uma estimativa do produtor que não contabiliza os lucros. “Eu fui vendendo a produção e não faço muita conta de lucro. Eu fui outubro 2011
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O criador Ruy Barbosa
vendendo e gastando sem fazer muita conta. Hoje eu acho na minha maneira que dá uns 40% de lucro. Foram surgindo interessados e eu fui vendendo”, informa Barbosa. Ele conta que já expôs algumas vezes as aves na exposição agropecuária da cidade. Natural de Barão de Monte Alto (MG) tem três filhos. Comerciante desde 1970 e hoteleiro há oito anos, informa que por enquanto os filhos, que também são comerciantes, não demonstraram interesse em continuar com a criação, mas que toda a família está envolvida nos negócios. No sítio outra atividade é a criação de 60 bezerros de corte. A estrutura
Segundo o produtor, desde que começou com a atividade, nada mudou na estrutura e nenhuma biotecnologia é utilizada. Porém, a preocupação com a genética das aves é demonstrada no interesse de Barbosa ao comprar suas matrizes e fazer determinados cruzamentos. A reprodução, que é feita de forma natural, ocorre de setembro a fevereiro, período em que são colhidos os ovos. Para cada macho há três fêmeas. As aves entram em produção com dois anos, período em que a cauda está grande. Barbosa conta que em janeiro a cauda cai toda e em maio ela já cresceu, para em setembro estarem bonitas e chamativas para o período de reprodução. Os ovos são colhidos e levados para chocar em uma incubadora, na casa do produtor. Lá ele pode fazer o acompanhamento até o nascimento da ave. Os ovos são chocados com 27 dias, em uma tem16
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peratura estável de 37,8º. Depois desse período, as aves vão para um ambiente fechado, durante 60 dias, para continuarem sendo aquecidas para crescerem. Depois elas vão para viveiros menores, onde ficam até os seis meses, quando vão para os viveiros maiores. A partir desses seis meses é que se começa a comercialização dos pavões, que pesam de três a quatro quilos. O manejo sanitário é feito nas aves ainda nesse período de crescimento. Os filhotes são vacinados contra Bouba Aviária e New Castle. A aplicação de vermífugos também é constante. A lavagem dos bebedouros é feita com desinfetante e o fundo dos viveiros, feito de areia, é trocado a cada seis meses. Mesmo indo diariamente na propriedade, Barbosa conta com a ajuda de dois funcionários: Jair Alves Fernandes e Denevaldo José de Matos. A alimentação dos pavões é a ração de frangos de corte, a base de milho e soja. Os comedouros são abastecidos uma vez por semana, às sextas-feiras, de forma manual. A limpeza também é feita uma vez por semana, aproveitando para recolherem as penas que caem, para serem vendidas. Nos viveiros maiores ficam de 50 a 60 pavões. De acordo com Barbosa as aves são saudáveis e só morrem em caso de acidente. De 400, cerca de três ou quatro apenas, nascem com algum defeito. Uma curiosidade é que após ter feito o cruzamento de um pavão Verde com o Ombros Negros, nasceu uma ave sem espécie definida. O produtor informa que estava dando um mestiço, mas apareceu essa
ave. “Surgiu alguns pavões marrons que eu na sei a origem. Estou colocando para reproduzir para ver se eu consigo fazer uma espécie de pavão marrom. Mas não sei nem a origem e nem de onde vem”, comenta. Barbosa aponta que as matrizes são resultados de sua produção. No início trocou algumas aves com criadores para mudar o sangue, mas não tem Incubadora onde os ovos são chocados a 37,8° nenhum artifício para garantir uma boa produção. Não tem assistência técnica e nenhuma formação específica, mas o gosto e a curiosidade que o auxiliam. “É um negócio que pode ser melhor ainda, se bem conduzido. Eu não interesso muito em divulgar as vendas. Não tenho metas e para mim está de bom tamanho. Quando eu precisei saber alguma coisa levei para o laboratório. Nada de gente para me ajudar. Eu vou inventando as coisas e vou fazendo”, finaliza.
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saúde animal
Bruceloses
Conheça as diversas espécies que esta doença atinge Site: Saúde Animal
Carmello Liberato Thadei (Médico Veterinário CRMV-SP-0442)
ser facilmente isolada a bactéria São assim chamadas causadora, desde que cultivada às doenças infecto-conem laboratório em meios aprotagiosas causadas pelas priados. bactérias pertencentes ao Os animais das espécies bogênero Brucela, do qual vina, caprina e suína enfermamexistem várias espécies, -se pela contaminação das pastodas perfeitamente catagens onde são apacentados por racterizadas e distintas. contaminação dessas pastagens Não são, portanto uma única doença, mas várias, já que causadas por por secreções originárias de fêmeas que abortaagentes etiológicos distintos, todas com sintoma- ram em consequência do mal, pelo fato de tanto os fetos abortados quanto suas placentas serem tologia também característica. por assim dizer ricas em brucelas, já que existe uma ainda inexplicada preferência do germe para Doença de Bang É assim chamada a Brucelose que acomete o tecido embrionário, além do tecido glandular os animais da espécie bovina, e causada pela es- das mamas dessas fêmeas, o que vem lhes causar pécie: “Brucella abortus”, podendo, entretanto, além de uma metrite também uma mamite espeessa doença também ser causada em bovinos por cífica, esta última explicando a contaminação do outras espécies de Brucelas, como a “Brucella leite dessas fêmeas. Pelo fato dessa Brucelose causar aborto, o prisuis”. Era essa doença conhecida desde o século passado, porém somente em 1897 o pesquisador meiro sinal de alerta é uma diminuição do índice Bruce que lhe deu seu próprio nome, conseguiu de natalidade do rebanho infectado pela doença, isolar a bactéria. Foram em seguida assinalados quando não detectados diretamente esses abortos, casos similares da doença também em suínos e como acontece nas criações extensivas ainda precaprinos, sendo que as causadas nesta última es- valecentes nas regiões interioranas, principalmente pécie podem ser tanto a “Brucella abortus” quan- do Oeste Brasileiro recém desbravado e recentemente sendo iniciada sua exploração pastoril. to pela “Brucella suis”. Como já mencionado, instala-se a Brucela quase É também o cavalo (Equus caballus) e seus congêneres muares suscetíveis de uma infecção sempre no útero das fêmeas ou testículos dos malocalizada, causada por este mesmo agente etio- chos. Naquelas além da metrite decorrente dessa inslógico, que nestes manifesta-se de forma parti- talação, advindo consequente morte e aborto do feto cular - tal seja: inflamação da região da cernelha em gestação. Posteriormente mamite concomitante com formação de um flegmão com trajeto fistu- e também incapacidade de novamente virem essas loso, o que lhe deu o nome de Mal da Cernelha fêmeas a procriar incapacitando-a para reprodução. É interessante ser assinalado que quase semou da Cruz (Região escapular também chamada da paleta), da cujo material inflamatório pode pre as fêmeas bovinas conseguem ter um primeiro 18
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parto, porém os seguintes praticamente tornam-se impossíveis devido à metrite que se instala nessas matrizes. Nos touros, além da inflamação testicular, ocorrem também inflamações das vesículas seminais anexas, o que igualmente acontece com os reprodutores suínos e caprinos, assim como os cães domésticos. Em consequência ficam tais animais incapacitados para a reprodução, além de poderem funcionar como disseminadores do mal para as fêmeas com quem venham a ter contato sexual. Existem, portanto como meios infectivos para os animais, além da via oral pela ingestão de pastos contaminados por secreções contendo o germe, também a via genital, esta última através, sem sombra de dúvida, pelo esperma infeccioso dos machos. Machos reprodutores reagentes soro-positivos contêm em seu esperma o germe, do qual foi já isolado em várias partes do mundo. Entre os canídeos, como o próprio cão doméstico e alguns animais selvagens do mesmo gênero, essas duas vias de infecção devem ser consideradas, prevalecendo nestes inclusive orquites consequentes à própria doença. Em fazendas de criação de bovinos, onde quase sempre coabitam também cães, sendo os fetos bovinos abortados em pastagens, e esses fetos mortos ingeridos diretamente pelos cães, acredito seja essa a via infectiva para esses nossos amigos. O diagnóstico dessa doença em rebanhos bovinos, caprinos ou suínos é portanto inicialmente de suspeição pela diminuição da natalidade do próprio rebanho, e confirmado por um exame complementar de hemo-soro-aglutinação com antígeno para tal fim preparado pelos Laboratórios Oficiais de Referência Animal. Através de exame especial do leite, denominado Prova do Anel ou Ring Test, é possível também idêntico diagnóstico, específico para esse mal, já que os antígenos correspondentes são preparados com culturas do próprio germe causal. Não existindo para animais tratamento eficiente, é indicado o afastamento dos soro-positivos do rebanho e da criação, devendo também serem tais animais identificados com marca especial a fogo daqueles comprovadamente doentes e identificado por esses testes. Podem esses animais doentes serem abatidos e suas carnes utilizadas para consumo humano, desde que afastadas as porções contaminadas pela
bactéria na hora do abate, tais principalmente seus órgãos reprodutores e úberes, e desde que também tais animais sejam abatidos separadamente dos animais sadios. Profilaxia da Brucelose Bovina
Para a espécie bovina, existe uma Vacina denominada B.19, que é altamente eficiente, já que preparada com germes vivos que foram atenuados por passagens em meios de cultivos especiais. As colônias dessa bactéria nesses cultivos adquirem a característica de se apresentarem com aspecto rugoso, diferentemente daquelas infecciosas que tem suas colônias o aspecto liso. São essas bactérias obtidas dessas colônias rugosas altamente eficientes como preventivas contra a doença, já que provocam nos animais que as receberem uma imunidade duradoura, porém é necessário que seja tal aplicação procedida antes da puberdade do animal a ser imunizado, ou seja, em torno dos 6 meses de idade, caso contrário poderão infectar causando a doença ao invés de prevenir o animal quando forem estes mais tardiamente inoculados. No entanto, não podem tais vacinas B.19 serem aplicadas em animais do sexo masculino mesmo quando jovens, por idêntica razão. Sendo tal medicamento imunizante um cultivo vivo (atenuado por técnica especial de cultivo, porém vivo), para esse tipo de profilaxia é usual o nome de Premunição e não de Vacinação. Alguns anos atrás, nos Estados Unidos e também no Brasil, era comercializada com finalidade profilática contra essa doença, uma Vacina Especial, preparada em Amsterdã na Holanda pelo Laboratório N.V.Philips, com cultivos de cepas especiais de Brucelas, e mortas por meios químicos, sendo, portanto uma Vacina morta, porem com poder antigênico (capacidade de estimular o organismo inoculado a reagir formando anticorpos específicos). Esta vacina conferia uma imunidade temporal porém interessante aos bovinos inoculados, podendo inclusive ser aplicada nos animais machos e indistintamente de suas idades. Exigia ser repetida em intervalos regulares (anuais). Por motivo desconhecido referida Vacina desapareceu do mercado tanto Americano quanto de outras partes do mundo. Seu nome era DUPHAVAC-N. A. outubro 2011
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caderno técnico
Utilização de minerais quelatados e de selênio levedura na alimentação de frangos de corte Rodolfo Alves Vieira
Pós-Graduando Departamento de Zootecnia/UFV
Melissa Izabel Hannas Luiz Fernando T. Albino
Professor do Departamento de Zootecnia/UFV. Viçosa
Fernando Castro Tavernari
Pesquisador da Embrapa Suínos e Aves, Concórdia, SC
Introdução
Os minerais, de modo geral, estão envolvidos em quase todas as vias metabólicas do organismo animal, tendo funções importantes na reprodução, no crescimento, no sistema imunológico, no metabolismo energético, entre outras funções fisiológicas vitais à manutenção da vida e também no aumento da produtividade animal. A suplementação mineral é uma prática necessária para atender às exigências dos animais, uma vez que os alimentos são pobres em alguns minerais, garantindo assim, o suprimento adequado para o desenvolvimento saudável e para melhor desempenho animal. A criação intensiva de frangos de corte tem como objetivo melhorar a produtividade, no entanto pode ocasionar elevação no número de condenações no abatedouro, pois ao se aumentar a densidade, aumenta-se também a competição por espaço de bebedouro e de comedouro. Esta competição contribui para o aumento do aparecimento de lesões sobre a pele das aves que, dependendo da gravidade, pode levar à condenação da carcaça, acarretando prejuízo ao setor avícola. Atualmente, observa-se maior interesse em se fornecer minerais quelatados. Estas fontes são normalmente produzidas após a hidrólise de uma fonte protéica, resultando na formação de um hidrolisado contendo uma mistura de aminoácidos e peptídeos de vários tamanhos ligados aos minerais. Minerais quelatados são componentes naturais dos organismos animais e vegetais que circulam na forma complexada e não como íons inorgânicos livres reduzindo a solubilização e as perdas por excreção antes dos processos de absorção. Na forma de quelato podem ser absorvidos pelos carreadores intestinais de aminoácidos e peptídeos e ou por transportadores intestinais clássicos de minerais. Portanto, não só a biodisponibilidade é superior, como também os minerais, nessa forma, são prontamente transportados para os tecidos. Diversas pesquisas foram desenvolvidas com mine20
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rais para aves. Dentre estes microelementos minerais, o maior número de trabalhos foi desenvolvido com o selênio orgânico. O selênio na forma de selênio levedura apresenta vias de absorção e metabolização distintas quando comparado a fontes inorgânicas como selenito de sódio. Vários estudos comprovaram o papel do selênio, na condição de componente da glutationaperoxidase, na prevenção do aparecimento da diátese exudativa, da atrofia pancreática, da distrofia muscular, da imunocompetência, entre outros. Entretanto, o papel do selênio na nutrição e na reprodução de aves necessita de mais estudos para esclarecer os mecanismos moleculares da ação do selênio a nível celular. A suplementação de minerais quelatados para as aves reflete-se basicamente na melhora do status do sistema imune e na resistência óssea com consequente redução de problemas de patas. Estes fatores refletem em melhor desempenho zootécnico das aves. Diferentes formas de minerais quelatados e complexados estão disponibilizadas para uso em nutrição animal e tem sido alvo de estudos com comparação em níveis de suplementação semelhantes aos minerais inorgânicos (Paiket al., 1999, Sechinato et. al., 2006, Tucker, 2008) ou em níveis de suplementação reduzidos conforme avaliação realizada por Leeson (2008) que conduziu um trabalho com frangos de corte recebendo dietas contendo minerais na forma inorgânica (100 ppm Zn, 90 ppm Mn, 30 ppm Fe e 5 ppm Cu), todos na forma de sulfato. Arbitrariamente foi considerada uma disponibilidade de 70% de minerais. O nível de inclusão de minerais quelatados foi então determinado e reduzido para 80, 60, 40 ou 20%. O autor concluiu que mesmo as aves recebendo 20% de minerais quelatados apresentaram desempenho semelhante ao do grupo controle. A saúde das aves e a mortalidade das aves não foram afetadas. A redução dos níveis de minerais quelatados na dieta resultou em diminuição dos níveis de minerais excretados e manutenção do desempenho das aves.
Em função do exposto, objetivou-se com este trabalho avaliar a utilização de programas nutricionais com minerais quelatados e selênio levedura na ração sobre o desempenho de frangos de corte,no período de 01 a 21dias de idade, e a concentração de microminerais nos tecidos das aves aos 21 dias de idade e nas excretas da cama após 21 dias. Material e Métodos
de experimental, com peso médio mais próximo da média do boxe e retiradas diferentes amostras de tecidos para posteriores análises da concentração de minerais nos tecidos. Foram coletados o fígado, a tíbia e amostra do peito dos animais abatidos por boxe para determinação da concentração de minerais. Para a determinação da umidade da excreta e da excreção de minerais foram coletadas amostras de excretas (cama), em local pré-estabelecido, no interior de todos os boxes aos 21dias e posteriormente determinada às concentrações de Zn, de Cu e Mn. Os dados foram analisados utilizando-se o programa SAEG (Sistema de Análises Estatísticas e Genéticas – UFV). Foi realizada a análise de variância e em seguida os 8 tratamentos foram comparados pelo teste de média de Student Newman Keuls (P<0,05).
O experimento foi realizado no setor de Avicultura do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Viçosa. Foram utilizados 2000 pintos de corte machos da linhagem Cobb 500. O período experimental foi de 1 a 21 dias de idade das aves. As aves foram distribuídas em um delineamento em blocos casualizados, com 8 tratamentos e 10 repetições de 25 aves por unidade experimental. Os tratamentos constituíram de uma dieta sem suplementação de microminerais, uma dieta com suplementação de micromiTABELA 1 – Tratamentos Experimentais nerais inorgânicos e 6 dietas com diferentes níveis de suplementaKg/t de Zn Cu Se I ção de microminerais quelatados Mn Fe Trat Suplemento (ppm) (ppm)(ppm) (ppm) (ppm) (ppm) ração e selênio levedura (120%, 100%, 80%, 60% 40% e 20%) – Tabela T1 S/ Minerais 0 0 0 0 0 0 0 1. Os microminerais avaliados foT2 Min. inorgânicos1 1,00 90,00 90,00 60,00 10,00 0,40 1,00 ram: Zn, Mn, Cu, Fe e Se. T3 Min.2 quelatados 120% de T4 1,44 As dietas experimentais foram a 57,60 72,00 43,20 8,64 0,26 2,88 base de milho e de farelo de soja e T4 Min.2 quelatados 100% 1,20 48,00 60,00 36,00 7,20 0,22 2,40 formuladas segundo recomendações T5 Min.2 quelatados 80% de T4 0,96 38,40 48,00 28,80 5,76 0,17 1,92 de Rostagno et al. (2005). Água e raT6 Min.2 quelatados 60% de T4 0,72 28,80 36,00 21,60 4,32 0,13 1,44 ção foram oferecidas ad libitum. T7 Min.2 quelatados 40% de T4 0,48 Com o intuito de promover 19,20 24,00 14,40 2,88 0,09 0,96 maior desafio sanitário para as T8 Min.2 quelatados 20% de T4 0,24 9,60 12,00 7,20 1,44 0,04 0,48 aves, os boxes foram forrados com cama reutilizada. As aves foram pesadas no primeiro dia e aos 21dias de idade para determinação do ga1- Minerais na forma inorgânica. Composição por kg nho de peso. Foram registrados os fornecimentos e sobra de da mistura: 90.000mg de Zn, 90.000mg de Mn, 60.000mg rações para posterior cálculo do consumo e da conversão. de Fe, 10.000mg de Cu, 400mg de Se e 1.000mg de Iodo. Durante o período experimental foram registradas diaria2- Minerais na forma quelatada com exceção do Iodo e mente as temperaturas máximas e mínimas da mortalidade selênio levedura. Composição por kg da mistura:40.000mg das aves, em cada unidade experimental. de Zn, 50.000mg de Mn, 30.000mg de Fe, 6.000mg de Cu, Os parâmetros de desempenho avaliados foram: ganho 180mg de Se e 2.000mg de Iodo (inorgânico) – Produto de peso, consumo de ração, conversão alimentar, viabili- Comercial Bioplex TR SE aves. dade e índice de eficiência produtiva ((Peso médio, kg) x Resultados (100 – Mortalidade) / (Idade de abate) x (Conversão aliOs resultados das avaliações de desempenho, de conmentar)) x 100. Aos 21dias de idade foi abatida uma ave de cada unida- centração de minerais nos tecidos e de excreção de mineoutubro 2011
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rais na cama, estão apresentados nas Tabelas 2 e 3. A não suplementação de minerais em dietas para frangos de corte ocasionou baixo ganho de peso, menor consumo de ração, piora na conversão alimentar e alto índice de mortalidade. A suplementação de minerais quelatados e de selênio levedura no menor nível de inclusão (T8) foram suficientes para atender as exigências em minerais para frangos de corte de 1 a 21 dias de idade, mantendo o ganho de peso, o consumo de ração, a conversão alimentar e a viabilidade semelhante ao grupo de aves consumindo ração com minerais inorgânicos (T2) em níveis superiores. Os níveis de minerais não influenciaram a concentração de cobre e selênio no fígado e selênio no peito. A não suplementação de microminerais (T1) promoveu maior concentração de zinco no fígado, de cobre na tíbia e menor concentração de manganês no fígado e de zinco na tíbia. As aves sem suplementação de minerais (T1) e com menor nível de suplementação de minerais quelatados e de selênio levedura (T8) apresentaram menores concentrações de manganês na tíbia. O uso de minerais inorgânicos (T2) e de maior nível de suplementação de minerais quelatados e de selênio levedura (T3) promoveram maior concentração de manganês no fígado quando comparados aos tratamentos 1, 7 e 8. Sobre a concentração de microminerais na cama, a não suplementação de microminerais e o uso de minerais quelatados e de selênio levedura em níveis de suplementação reduzidos possibilitaram significativamente menores concentrações de cobre e de zinco (T7, T8 e não suplementação) e de manganês (T6, T7, T8 e não suplementação) quando comparados ao uso de microminerais inorgânicos (T2).
Conclusão
A não suplementação de minerais em dietas para frangos de corte ocasionou baixo ganho de peso e alto índice de mortalidade no período avaliado. A suplementação dos microminerais Zn, Mn, Fe, Cu nas formas de quelatos e de selênio na forma de selênio levedura em níveis de 21,3, 26,6, 24, 28,8 e 22,5% das respectivas suplementações nas formas inorgânicas proporcionam o crescimento adequado dos frangos de corte e a manutenção das reservas de microminerais nos tecidos com a redução da excreção dos microminerais na cama das aves aos 21 dias. Referências Bibliográficas LEESON, S. Trace minerals in poultry nutition-2.Copper and zinc – the next pollution frontier.World Poultry (3): 14-16. 2008. PAIK, I.K., S.H. SEO, J.S. Um, M.B. Chang and B.H. Lee. Effects of supplementary copper-chelate on the performance and cholesterol level in plasma and breast muscle of broiler chickens. Asian-Aus. J. Anim. Sci. 12:794-798. 1999. ROSTAGNO, H. S.; ALBINO, L. F. T.; DONZELE, J. L. et al. Composição de alimentos e exigências nutricionais de aves e suínos: tabelas brasileiras. Viçosa – MG: UFV 2005. SECHINATO A. S.; NAKADAL S.; ALBUQUERQUE R.; Efeito da suplementação dietética com micro minerais orgânicos na produção de galinhas poedeiras. Braz. J. Vet. Res. Anim. Sci., São Paulo, v. 43, n. 2, p. 159-166, 2006. TUCKER, L. 2008. Trace minerals in poutry nutrition-3 Redefining mineral nutrition- What we´ve learned so far. World Poultry 24 (4): 18-19.
TABELA 2 – Efeito da suplementação de minerais sobre o desempenho de frangos*.
TABELA 3 – Efeito da suplementação de minerais sobre a concentração de microminerais no fígado, no peito e na tíbia de frangos*
Fígado(mg/kg)
Trat Ganho de Peso(kg) Consumo de Racão(kg) Conv. Alimentar (kg) T1 T2 T3 T4 T5 T6 T7 T8
0,420 B 0,846 A 0,849 A 0,839 A 0,837 A 0,838 A 0,830 A 0,831 A
CV
3,55
0,774 C 1,113 AB 1,126 AB 1,094 AB 1,100 AB 1,099 AB 1,073 B 1,086 AB 3,25
1,857ª 1,315 B 1,327 B 1,303 B 1,314 B 1,310 B 1,293 B 1,307 B 3,94
CV
Peito(mg/kg)
Zn
Cu
Se
Mn
Se
Cu
Mn
Zn
6,41 A 4,66 B 4,65 B 4,56 B 4,90 B 4,78 B 4,54 B 4,47 B
2,09 2,05 2,30 2,26 2,23 2,20 1,95 1,90
0,20 0,15 0,16 0,18 0,17 0,17 0,18 0,17
0,69 C 1,14 A 1,11 A 1,05 AB 0,98 AB 0,96 AB 0,88 B 0,88 B
1,78 2,04 2,24 2,26 2,25 2,29 1,99 1,99
0,51 A 0,42 B 0,38 B 0,44 B 0,40 B 0,41 B 0,42 B 0,41 B
1,24 B 1,90 A 2,23 A 2,36 A 2,24 A 2,05 A 2,01 A 1,34 B
53,38 C 84,75 B 119,50 AB 123,50 A 108,50 AB 114,25 AB 112,00 AB 96,00 AB
8,92 12,89 26,80 14,21 20,49 16,05 25,81
* Letras diferentes na coluna diferem estatisticamente pelo teste SNK (P< 0,05).
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outubro 2011
24,60
Humberto Luiz Wernersbach Filho
Zootecnista MSc / Supervisor de Pesquisa Fertilizantes Heringer S/A
Imagem ilustrativa
forragicultura
Uso do gesso agrícola em pastagens
A maior parte dos solos do Brasil encontra-se na região tropical, onde chuvas e temperatura, atuam de maneira intensa. Dessa forma, são bastante comuns solos desgastados, com baixos teores de nutrientes, alta capacidade de fixação de fósforo e, principalmente, altos índices de acidez. Essas características quando não observadas e corrigidas impedem o desenvolvimento das culturas agrícolas, dentre elas as pastagens. No tocante a acidez dos solos, práticas como calagem são amplamente utilizadas. O calcário corrige a acidez, principalmente na superfície. Porém, essa prática pode deixar o subsolo com excesso de alumínio e falta de cálcio, o que inviabiliza o crescimento de raízes e prejudica a absorção de água e nutrientes nessa profundidade. A aplicação de gesso agrícola, também denominada gessagem, possibilita o melhoramento do subsolo, ambiente que geralmente é pouco favorável as raízes, diminuindo a saturação por alumínio e aumentando os teores de cálcio e enxofre, possibilitando maior desenvolvimento radicular (Vitti et al., 2008).
menor interesse agronômico sendo mais utilizado na indústria cimenteira; b) Gipsita (gesso natural), existem relatos de sua utilização em pastagens no continente americano nos primórdios da colonização europeia, na atualidade é mais utilizado na indústria da construção civil; c) Gesso agrícola (Fosfogesso), conhecido como sulfato de cálcio é obtido a partir da produção de ácido fosfórico, utilizado na fabricação de superfosfato triplo (TSP) e dos fosfatos de amônio (fosfato monoamônico – MAP e fosfato diamônico – DAP). Vantagens da utilização de gesso
O gesso agrícola é benéfico as culturas, pois é capaz de: - Fonte de cálcio e enxofre; - Corrige áreas com alto teor de sódio; -Melhora o ambiente radicular em profundidade (condicionador de subsuperfície); - Maior absorção de água e nutrientes. Em solos que apresentam toxidez por alumínio associada ou não a deficiência de cálcio, principalmente na subsuperfície (abaixo de 20 cm de profundidade), Conceituações O sulfato de cálcio pode se apresentar, ou ocorrer, tem indicações para utilização de gesso agrícola. Esse insumo possibilita o aumento no teor de cálcio e a disob três formas principais: a) Anidrita (sulfato de cálcio anidro), produto de minuição da saturação por alumínio, o que favorece outubro 2011
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maior crescimento radicular, resultando em exploração de maior volume de solo, deixando a planta mais resistente a situações de veranicos e capaz de aproveitar melhor os nutrientes provenientes do solo e dos fertilizantes. Além de ser fonte de enxofre. É importante ressaltar que o gesso não é corretivo de acidez como o calcário. O sulfato de cálcio não altera o pH do solo. Critérios para recomendação
Uma vez constatada a necessidade de se aplicar gesso agrícola como condicionador de subsolo, a dose pode ser definida de diversas formas. Werner et al. (1996) recomenda para pastagens a seguinte equação: NG = 60 x % Argila do solo, onde: NG – necessidade de gesso (Kg/ha) Inicialmente, pode-se observar que o primeiro passo para utilização de gesso é uma amostragem de solo de 20 a 40 cm de profundidade, analisando o teor de argila do solo. Não se recomenda a gessagem somente com análise de 0 a 20 cm, pois mesmo nesta camada, ter-se baixos valores de cálcio e toxidez por alumínio não implicam que na camada de 20 a 40 haverá necessidade de gessagem. Vale lembrar que o maior efeito do gesso é na camada da subsuperfície. Resultados em pastagens
Sousa et al. (2001) avaliaram o aumento na produção de matéria seca de brachiaria decumbens comparando tratamentos com e sem gesso até três anos após estabelecimento. A tabela 01 ilustra os resultados. Tabela 01 - Rendimento acumulado de matéria seca de Brachiaria decumbens para diferentes doses de gesso em um período de três anos após semeadura. Dose de gesso (Kg/ha)
Rendimento de matéria seca (t/ha)
0 200 600 1.200 1.800
21,9 31,4 32,6 33,4 32,6
Fonte: Sousa et al. (2001)
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Os autores relatam que um dos motivos da resposta foi a deficiência de enxofre, que foi suprida devido a aplicação de gesso. Para Brachiaria brizantha, em trabalho de recuperação de pastagens degradadas Sousa et al. (2001) relatam que em dois anos de avaliação, houve aumento na produção de matéria seca do pasto. Vale lembrar que esse trabalho foi conduzido em solo de cerrado, com 19 % de argila, portanto, a resposta a aplicação de gesso dependerá do tipo de solo utilizado. A tabela 02 traz os resultados. Tabela 2 - Rendimento de matéria seca de Brachiaria brizantha cv. Marandu, em período de dois anos, para diferentes doses de gesso. Dose de gesso (Kg/ha)
Rendimento de matéria seca 1º Ano
0 200 1.500
3,4 4,2 4,3
2º Ano
5,8 8,7 9,7
Fonte: Sousa et al. (2001).
Conclusões:
O gesso agrícola, ou sulfato de cálcio é uma importante ferramenta para o pecuarista, porém alguns fatores deverão ser observados, sendo: - Distância da fonte: observar valor do frete e valor do produto na indústria. - Análise de solo de 20 a 40 cm de profundidade, local de atuação do gesso. - Teor de argila do solo. - Observar excesso de alumínio e deficiência de cálcio. - Devido sua mobilidade, o excesso de gesso pode causar perdas de outros nutrientes. - O produtor deverá sempre buscar orientação técnica para diagnóstico e recomendações. Referências bibliográficas VITTI, G. C.; LUZ, P. H. de C.; MALAVOLTA, E.; et al. Uso do Gesso em Sistemas de Produção Agrícola. Piracicaba: GAPE, 2008. WERNER, J. C. et al. Forrageiras. In: RAIJ, B. van; CANTARELLA, H.; QUAGGIO, J. A.; FURLANI, A. M. C. Recomendações de adubação e calagem para o estado de São Paulo, 2. ed. Campinas, SP: Instituto Agronômico, 1996. p. 261-273. SOUSA, D. M. G. de; VILELA, L.; LOBATO, E.; SOARES, W. V. Uso de gesso, calcário e adubos para pastagens no Cerrado. Planaltina: Embrapa-CPAC, 2001.
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agrovisão
Porque os jovens estão fugindo do interior? Alexandre Sylvio Vieira da Costa
Imagem ilustrativa
Engenheiro Agrônomo; DSc. Em Produção Vegetal; Professor Titular/Solos e Meio Ambiente - Universidade Vale do Rio Doce asylvio@univale.br
A população de muitas cidades de Minas Gerais e do Brasil diminuiu significativamente nos últimos dez anos segundo o último censo do IBGE, principalmente em cidades pequenas, localizadas nas regiões mais carentes. Esta redução populacional não ocorreu devido às mortes superarem os nascimentos, mas principalmente ao êxodo de jovens para as grandes cidades e até mesmo para o exterior. Diversos municípios brasileiros sobrevivem apenas devido ao repasse de recursos da União e dos Estados. Sem este dinheiro vários municípios estariam completamente falidos e não poderiam nem mesmo existir. Isto acontece porque estes municípios arrecadam poucos impostos com as atividades agropecuárias e de comércio sendo 26
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a maioria informal, sem qualquer tipo de registro. A atividade industrial praticamente não existe, apenas com registro de poucas microempresas de fundo de quintal que empregam, na maioria dos casos, a mão de obra familiar. Nestes municípios praticamente inexiste a expectativa de crescimento e desenvolvimento pessoal dos jovens, principalmente quando se encontram na fase de estudo, vislumbrando que o mundo é bem maior que a cidade que ele vive. Diariamente eles acompanham o esforço dos pais para sustentar a família, muitas vezes trabalhando de sol a sol na lavoura, dependendo das condições climáticas, vivendo sem qualquer tipo de conforto e ganhando apenas para sobrevivência. Com o passar dos anos a consciência evo-
lui e os questionamentos afloram. Prematuramente concluem que, se permanecerem naquele local e naquela situação a sua vida será tão miserável quanto à de seus pais. Desta forma, um dos principais objetivos de vida destes jovens é sair daquela situação de miséria completa e tentar a sorte nos médios e grandes centros do Estado e do país. Priorizam morar nas favelas das grandes cidades, trabalhando em troca de um salário mínimo, mas com a possibilidade de sonhar e vislumbrar um futuro melhor de crescimento pessoal, futuro este que ele não vê no campo a exemplo de seus pais que sempre viveram na total falta de recursos. Os gestores municipais não devem se conformar com a situação de miséria, com a sua economia funcio-
nando apenas graças aos trocados repassados pela União e Estado. Uma economia só se torna forte com a captação de recursos que surgem em função das atividades econômicas. Imaginem um município que é obrigado a adquirir todos os seus bens e serviços de fora. Todo o dinheiro que foi repassado para ele foi transferido para outros municípios produtores e fornecedores de bens e serviços e que fortalecem as suas economias. O prefeito gestor deve ser inovador, criar oportunidades para os jovens estimulando a instalação de
indústrias e agroindústrias, a agropecuária e a criação de escolas técnicas e campus universitários. Não existem fórmulas prontas para o desenvolvimento, mas pontos básicos que norteiam as ações visando às adequações regionais e a capacidade de disponibilizar mão de obra qualificada para o trabalho. Desta forma os prefeitos poderão conhecer melhor a aptidão dos seus municípios e da população, investindo recursos em ações verdadeiramente efetivas, sem jogar o dinheiro público pela janela. Nesta fase, a capacitação dos se-
cretários de governo é fundamental pois eles são os assessores diretos do prefeito e que compartilham da gestão de ideias. Eles devem sair, conhecer realidades de municípios que deram certo e que se desenvolveram baseados na valorização do seu capital humano e no investimento e desenvolvimento da sua aptidão. A saída existe e ela está na vontade política e na capacidade inovadora de cada um. Gerir um município com dinheiro sobrando é fácil, difícil é gerir um município com pouco dinheiro e muita criatividade.
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sustentabilidade
Ecologia e Dinâmica de Plantas Daninhas em Cultivo de Eucalipto em Diferentes Relevos Otávio Cardoso Filho
Biólogo - UNIMONTES Mestre em Ciências Agrárias Agroecologia/UFMG Atuação: Ecologia Meio Ambiente Pesquisa
Estudos sobre a composição florística e estrutural em áreas cultivadas são importantes para o conhecimento das populações e da biologia das espécies vegetais. Na presente pesquisa objetivou-se avaliar a dinâmica de plantas daninhas em cultivos de eucalipto e identificar nessas comunidades espécies de importância para o ambiente e para o uso sustentável do homem como ornamentais, medicinais, forrageiras e até na fixação de nitrogênio e ainda apontar as espécies tóxicas. Para tanto foram realizados levantamentos florísticos e fitossociológicos em plantios homogêneos de eucalipto em projetos Florestais da Celulose Nipo Brasileira (CENIBRA), nos municípios mineiros de Santana do Paraíso e Guanhães. A escolha pelos municípios se deu pelo fato de apresentarem as condições principalmente de relevos apropriados à condução do experimento. Nas duas áreas avaliadas anterior ao plantio, foi realizada a dessecação das plantas daninhas como operação de preparo da área. A partir daí o manejo em cada município aconteceu de acordo com a necessidade especifica da cultura. A área total amostrada para cada localidade foi de, aproximadamente, 10 hectares, compreendidas em três tipos de relevo: baixada, encosta e parte alta, sendo amostradas 10 parcelas de 1m² cada, escolhidas aleatoriamente em zig-zag, correspondendo a 30 parcelas por município.
Figura 01 - Área de estudo dividida em relevos
Figura 02 - Esquema da distribuição das parcelas em cada relevo.
As amostras foram georreferenciadas, por meio do Sistema de Posicionamento Global (GPS) com os pontos centrais de cada parcela, garantindo uma amostragem na mesma parcela nas diferentes épocas.
Figura 3 - Quadrado de madeira e marcação central com estaca, demonstrando um dos pontos amostrais 28
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Figura 4 - Identificação taxonômica
A identificação taxonômica foi efetuada em duas épocas, referente aos meses de março e novembro durante dois anos consecutivos, compreendendo quatro avaliações por município. As plantas daninhas foram identificadas mediante consultas a herbários, especialistas e comparação da literatura especializada. Os parâmetros fitossociológicos calculados foram: densidade e frequência relativa, índice de diversidade de Shannon (H’), equabilidade de Pielou (J’) e Similaridade. Foi identificado, no município de Santana do Paraíso, um total de 61 espécies, com 17 delas consideradas como medicinais, quatro alimentícias, cinco com potencial na fixação do nitrogênio, 18 forrageiras, três tóxicas e quatro ornamentais. Em Guanhães, identificaram-se 58 espécies, com 17 delas medicinais, quatro alimentícias, sete fixadoras de nitrogênio, 12 forrageiras, duas tóxicas e quatro ornamentais. Poaceae e
Asteraceae foram às famílias mais ricas para as duas áreas avaliadas. O grupo de eucotiledôneas teve destaque para ambas as localidades. O estudo permitiu concluir que o comportamento das plantas daninhas, em cultivos de eucalipto, ao longo do tempo é influenciado pelo tipo de relevo e período do ano, sendo algumas espécies importantes para o uso do homem e para o ambiente. Assim, desde que analisadas previamente, podem conviver de forma saudável e ecológica com as culturas e ainda auxiliar o produtor para estratégias de manejo sustentável. Além disso, foi possível perceber que a diversidade dessas plantas em cultivos de eucalipto tende a mudar, em razão das intervenções e do desenvolvimento da cultura.
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perfil profissional 30
Dois em um Nessa edição parabenizamos dois profissionais que comemoram seus dias em outubro. Confira o perfil deles O dia 12 de outubro é uma data esperada pelas crianças, por ser o dia delas, e pelos Católicos, onde se comemora a festa da padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida. Porém, uma figura presente e atuante em todos os processos do plantio ou criação dos rebanhos, reserva essa data também para comemorações: o Engenheiro Agrônomo, profissional essencial para o desenvolvimento do agronegócio. As técnicas utilizadas auxiliam na melhoria da qualidade e da produção das plantações, das criações e dos produtos industrializados. Nas lavouras e nos rebanhos ajuda no combate de pragas e doenças. O profissional pode atuar também no planejamento e distribuição dos produtos agrícolas; trabalhar na engenharia rural, com projetos em propriedades, relacionados ao solo, irrigação, construções, etc.; no melhoramento vegetal e animal com pesquisas para o setor; no manejo ambiental; com silvicultura, para a recuperação das matas e o cuidado com essas áreas de reflorestamento; na zootecnia, controlando a produção animal, desde a alimentação, manejo sanitário até a reprodução. Com duração média de cinco anos, os estudantes têm disciplinas das áreas de ciências biológicas e exatas, engenharia rural, florestal, agricultura e outras específicas. O mercado de trabalho vem crescendo com o desenvolvimento do agronegócio no país e o crescimento das exportações. Na região Centro-oeste é que se encontram as maiores oportunidades de emprego para esse profissional. As regiões Sul e Sudeste (São Paulo e noroeste de Minas Gerais) também apresentam vagas.
O Engenheiro Agrícola trabalha com a agricultura, desde o planejamento, passando pela manutenção das máquinas, até a comercialização dos produtos. Junto às propriedades rurais, esse profissional tem o objetivo de melhorar a produção, alinhada ao desenvolvimento sustentável da agricultura. Pode atuar no planejamento das formas de armazenamento, construção de silos, armazéns e estufas; no que diz respeito às questões ambientais, na gestão dos recursos hídricos e na redução da perda de matéria-prima na agricultura. A instalação de fontes de energia, seja elétrica, hidráulica, solar ou por biodigestores. Com um curso de graduação também com média de cinco anos, tem uma formação básica nas ciências exatas, biológicas e da computação. No decorrer do curso, as aulas mais específicas abordam questões como irrigação, drenagem, mecanização agrícola, conservação da água e do solo, produção vegetal, dentre outros. Com a crescente demanda por alimentos no país e no mundo, esse profissional tem um mercado aquecido. Outro campo crescente é o mercado pós-colheita, na redução das perdas das matérias-primas. Nas empresas privadas é que se encontram as maiores vagas para esse profissional, concentradas nas regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste, além do espaço de trabalho no preparo com o solo e irrigação no Norte de Minas e no Nordeste do país. Quanto às agroindústrias, no estado do Paraná é que se concentram as chances. A diferença desses dois profissionais está basicamente em que o engenheiro agrônomo tem suas atividades voltadas para a agropecuária e o engenheiro agrícola na parte mecânica da agricultura. Porém, tanto um quanto o outro tem um papel fundamental para o desenvolvimento do Engenharia Agrícola agronegócio no país. Para exercer a profissão, é necessário Quinze dias depois, mais especificamente no dia 27 que estes sejam registrados no Conselho Regional de Ende outubro, outro profissional do setor comemora seu dia. genharia, Arquitetura e Agronomia (CREA) de seu estado.
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meteorologia
Previsão de atraso nas chuvas em outubro Prof. Ruibran dos Reis
Imagem ilustrativa
Coordenador do Minas tempo e prof. da PUC Minas
No ano passado o período chuvoso começou mais cedo, pois no mês de setembro as frentes frias chegaram com intensidade moderada e causaram chuva em toda a região. Neste ano, as frentes frias deverão chegar com maior frequência no final de outubro, quando deverá ocorrer enfraquecimento da massa de ar quente Tropical Marítima e transporte de umidade da Amazônia no sentido do oceano Atlântico. A precipitação média do mês de outubro varia entre 100 e 110 mm, podendo acontece de 5 a 8 dias com chuva. As temperaturas deverão permanecer elevadas, com ondas de calor entre os dias 1 e 18 de outubro. Normalmente as maiores temperaturas do estado são observadas neste mês. A sequência de dias sem chuvas nos últimos meses causou declínio da umidade disponível no solo, que começa o mês variando entre 15 e 20%. A ausência dos fenômenos El Niño e La Niña durante a estação chuvosa deverá fazer com que a precipitação não seja bem distribuída, ocorrendo sequência maior de dias de chuva nos meses de dezembro e janeiro. O volume total das precipitações acumuladas no período chuvoso deverá ficar entre 20 a 30% abaixo da média.
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mercado
USDA revisou para cima a produção norte-americana de soja e diminuiu a de milho por Rafael Ribeiro de Lima Filho
Zootecnista | Scot Consultoria
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou em 12/9 o relatório de oferta e estoque de grãos. Para a soja, o USDA aumentou tanto os estoques finais como a produção em 2011/2012. Os Estados Unidos devem colher 83,9 milhões de toneladas de soja. No relatório de agosto o USDA falava em 83,2 milhões de toneladas. Em 2010/2011 o país colheu 90,2 milhões de toneladas. A situação melhorou em relação ao último relatório, mas em relação à safra passada os Estados Unidos diminuíram a produção. A cultura de soja perdeu espaço para o milho. Para a safra 2011/2012 na Argentina e no Brasil, o USDA estimou uma produção de 53,0 milhões de toneladas e 73,5 milhões de toneladas, respectivamente. Para o milho, a produção norte-americana 2011/2012 foi reduzida de 328,0 milhões de toneladas no relatório de agosto para 317,0 milhões de toneladas no relatório de setembro. A demanda deve crescer, principalmente para o setor de etanol, diminuindo os estoques finais, que passaram de 18,0 milhões de toneladas em agosto para 17,0 milhões de toneladas em setembro. Em termos de preço, a expectativa é de mercado firme na temporada 2011/2012.
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Os estoques mundiais de milho e de soja seguem em volumes historicamente baixos, graças à crescente demanda (figura 1). A oferta não tem crescido na mesma proporção. Figura 1. Evolução das vendas de sêmen nacional e importado (em mil doses, eixo da esquerda) e câmbio (R$/ US$, eixo da direita).
Fonte: USDA / Elaboração Scot Consultoria www.scotconsultoria.com.br
Produção de leite será menor do que o esperado Marcelo Pereira de Carvalho
Diretor Executivo executivo da AgriPoint e coordenador do MilkPoint
A produção de leite esse ano tem sido inferior ao anteriormente esperado. Dados do Cepea/USP sugerem que a produção de janeiro a julho foi 2,2% abaixo dos dados de 2010. Essa informação difere um pouco dos dados oficiais, embora não tenhamos ainda os números de abril, maio e julho. Comparando o primeiro trimestre de 2011 a 2010, dados oficiais indicam um aumento de 4,7%, contra um decréscimo de 1% usando dados do Cepea/USP (que realiza uma pesquisa com indústrias que representam cerca de 50% do leite inspecionado). Independentemente das diferenças de dados, é um consenso de que a produção sofreu nos últimos quatro meses devido a alguns fatores, como o mau tempo nos estados do Sul. Geralmente, a safra em estados do sul (que representam cerca de 31% do leite do Brasil) começa em junho, com um pico em agosto/setembro. Chuvas intensas e um inver-
no mais frio do que o esperado frustraram o início da safra depois de um outono promissor. Essa produção menor do que o esperado também foi intensificada por uma redução gradual na produção nos estados do Sudeste e Centro-Oeste, principalmente Goiás (cerca de 10% do leite brasileiro) e Minas Gerais (27% do leite). Em Goiás, de 2009 a 2010, os dados do Cepea sugerem uma diminuição de 9,1% na produção, e este ano a queda teria sido ainda pior: 13%. Muitas razões podem ser apontadas: a concorrência com alternativas de agricultura, tais como cana de açúcar; custos mais elevados em comparação com outras regiões; deterioração da relação receita/custo do leite, em comparação com outros estados. Isso é algo que tem despertado a atenção dos laticínios, seminários e outras iniciativas têm sido realizados buscando-se a recuperação da competitividade.
Encerrada a safra, agora a expectativa é a florada Waldir Francese Filho
Eng. Agr. Gerente Comercial Coocafé
A safra 2011/12 chegou ao fim na Zona da Mata e Leste de Minas e o otimismo que pairava antes da colheita foi concretizado com a boa produtividade da maioria das regiões e vendas com patamares de preços que garantiram boa liquidez ao cafeicultor. Encerrada a safra os cafeicultores estão fazendo o balanço do último ano agrícola e fazendo projeções para os próximos meses. O momento é oportuno para reinvestir na atividade e estar preparado para próximas colheitas que mostram um cenário favorável para o segmento. Em pré-florada o cafeicultor juntamente com seu consultor técnico fazem os planejamentos de renovação, nutricional e fitos-
sanitário para realizar os orçamentos financeiros e operacionais. A expectativa atual é a florada com a entrada do período chuvoso. No último ano as chuvas atrasaram um pouco iniciando a estação chuvosa somente no início de outubro o que permitiram a concentração das floradas que foi favorável para esta colheita importante em nossa região. No Sul de Minas, São Paulo e Cerrado a safra também praticamente encerrada e o balanço sobre a colheita em relação à produção foi com sentimento de perdas devido à quebra no rendimento provocado pelo veranico acentuado em janeiro.
Cotação Setembro 2011
Arábica | Duro tipo 6 | R$ 480,00 Cereja | Descascado Fino | R$ 510,00 Conilon | Tipo 8 | R$outubro 235,002011
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cotações
Boi Gordo
mercado futuro (BM&FBovespa) 04/10
(R$/@) Indicadores Eslaq / BM&F Bovespa boi Gordo
vencimento
fechamento
Diferença do dia anterior
Out/11
102,09
0,46
data
à vista
A prazo
Nov/11
103,70
0,42
04/10
99,15
100,62
Dez/11
103,55
0,55
03/10
99,87
101,49
30/09
99,25
99,87
Fonte: BeefPoint
Fonte: BeefPoint
preços do leite
(R$/L)
cotações do leite cru preços pagos ao produtor
PR
GO
BA
SC
0,8253
0,7727
0,8099
0,6973
0,8105
0,8113
0,8680
0,8510
0,8458
0,7174
0,8456
0,8646
0,8243
0,8996
0,8710
0,8802
0,7291
0,8483
0,8712
0,7924
0,9247
0,8630
0,8880
0,7337
0,8223
0,7929
0,9244
0,8554
0,8955
0,7492
0,8599
0,9395
0,8770
0,9240
0,7615
0,8747
R$/litro
MG
RS
Abr/11
0,8002
0,7583
Mai/11
0,8379
Jun/10 Jul/11 Ago/11
0,8827
Set/11
0,9065
0,8201
SP
Fonte: Cepea - Esalq/USP
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outubro2011 Agosto 2011
Fonte: CicloVivo
Foto: Squidoo
mão na massa
Saiba como fazer um viveiro de mudas reutilizando cascas de ovos
Material necessário:
Ovos, caixa de ovos, sementes de plantas, terra, pinça e água. Para começar o seu jardim a dica é toda vez que você fizer ovos, enxaguar as cascas com água depois do uso e colocá-las de volta na geladeira na própria caixa de ovos, até que ela fique repleta de cascas vazias e limpas. Quando a caixa estiver “cheia”, pegue as meias cascas e adicione uma porção de terra até mais ou menos à metade. Em seguida, coloque as sementes dentro das cascas com auxílio de uma pinça. Ponha de uma a duas sementes para ter certeza de que pelo menos uma delas vai vingar; não é indicado colocar uma quantidade maior, para não atrapalhar a separação das plantas na hora do plantio. Se houver diferentes tipos de sementes, escreva cuidadosamente, com lápis, na casca para identificar cada uma delas. Em seguida, regue suavemente com muito cuidado para não “afogá-las”, e cubra-as com terra. O truque é mantê-las em luz solar natural tanto quanto possível e para manter a hidratação regue com uma colher de chá de água todos os dias. Se você mora em um apartamento, a sugestão que Yvonne Maffei dá em seu site é cobrir a caixa de ovos com uma touca de banho que esteja fora de uso, e deixar
o recipiente em uma janela ensolarada. Durante o dia as mudas vão obter luz solar e pelo fato de estarem cobertas, vão reter o calor ganhando umidade necessária, como se fosse uma estufa. Quando as plantas estiverem fortes e prontas para serem transplantadas para um recipiente mais permanente ou no jardim, basta tirá-las da caixa e esmagar a casca de ovo no solo justamente no buraco onde ficará a muda. O cálcio presente na casca é um ótimo adubo. Sem materiais tóxicos utilizados ou eliminados o “recipiente” é 100% reciclável. As bandejas de plástico também podem ser reaproveitadas como bandejas para germinar as sementes, porém as bandejas de papelão são ainda melhores. Isso porque você também pode usar cada “célula” individualmente para plantar sua semente. O que você precisa fazer é separar em unidades com o auxílio de uma tesoura, colocar terra e para deixar o solo ainda mais rico, basta adicionar pó de casca de ovo. Quando a muda estiver pronta para ser transplantada, basta colocar a célula diretamente no solo.
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alternativa para o agricultor familiar
Foto: www.opresenterural.com.br
emater
Criação de aves caipira Kelyene Sued Leite Rabelo
Extensionista Agropecuária - Escritório Local Frei Inocêncio
A criação de aves caipiras em nossas condições apresenta-se como alternativa economicamente viável de diversificação de atividades rurais para os agricultores, possibilitando ainda a integração de explorações, com o aproveitamento sustentável dos recursos existentes nas propriedades. A galinha caipira criada em sistema semi-intensivo, está conquistando o gosto do consumidor por causa de suas propriedades nutricionais. O sabor da carne, com baixo teor de gordura, apesar do requinte e das modernas técnicas introduzidas no galinheiro, continua com as mesmas características das galinhas caipiras tradicionais, e com a vantagem da comercialização de um produto diferenciado com melhor remuneração por parte do mercado consumidor. É uma criação que não requer muitos cuidados e controle como a criação confinada em galpões. Em relação a esta última, o sistema caipira necessita de menor investimento em instalações e mão-de-obra. No entanto, tem como desvantagem um maior tempo para o abate. Para começar uma criação, seja ela de pequeno, médio ou grande porte, o produtor deve fazer o planejamento prévio da atividade, orçando todos os gastos que serão efetuados para a instalação, aquisição de animais, ração e água. No planejamento, será feita a escolha das raças a serem criadas, do sistema de criação, do tamanho das instalações, do material a ser utilizado para a construção das instalações, das tubulações de água e da mão-de-obra temporária e permanente. Sistema de criação
O sistema mais recomendado é o de criação semiconfinada: nesse sistema as aves são criadas soltas em piquetes, sendo recolhidos ao galinheiro na parte da tarde às 17 horas e soltas às 10 horas da manhã após receberem uma ração suplementar. 36
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Instalações
O tamanho das instalações varia de acordo com o tamanho e tipo de criação. O abrigo (galinheiro) deve oferecer uma área de 1 m² para cada 10 aves e na parte externa (piquetes) serão 5 m² por ave. No interior do galinheiro deverá ser instalados comedouros, bebedouros e caibros (puleiros) com diâmetro mínimo de 4 cm. Se houver galinhas, não esquecer de instalar ninhos Nos piquetes os animais deverão dispor de comedouros e bebedouros instalados à sombra e com água de boa qualidade. Alimentação
Além da ração fornecida na parte da manhã, antes da soltura das aves, podem ser utilizados grãos de milho, sorgo, girassol, arroz quebradinho, frutas, verduras e legumes. A Prefeitura Municipal de Frei Inocêncio com o acompanhamento da EMATER desenvolveu no município Projeto de Criação de Frango Caipira com o objetivo de oportunizar aos pequenos produtores envolvidos uma alternativa de renda adicional. A criação foi feita no sistema semi-intensivo: até os 30 dias de idade os pintinhos são mantidos presos, para defendê-los de predadores e do frio e após este período, passaram a frequentar os piquetes e receber ração de engorda. Nesse sistema as aves atingem idade de corte entre 5 a 6 meses. Com esse projeto o custo de produção foi de R$ 12,00 por frango vivo. O peso médio de abate foi de 1,900 kg o que representa um custo de R$ 6,31/ kg.
Prevenir ainda é o melhor remédio Marcelo de Aquino Brito Lima
Fiscal Estadual Agropecuário Coordenadoria Regional de Gov. Valadares
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ima
Raiva
A Raiva é causada por um vírus que ataca o sistema nervoso de animais como: bois, cabritos, porcos, cavalos, ovelhas, gatos e cães. Na maioria das vezes é através da mordida dos morcegos hematófagos (se alimentam de sangue) que os animais herbívoros (se alimentam de plantas) são contaminados. As partes do corpo dos animais mais atacadas pelo morcego são a tábua do pescoço, lombo e garupa. Os animais doentes isolam-se dos outros, têm dificuldade de urinar e defecar, parecem estar engasgados, apresentam paralisia (principalmente nas partes traseiras) e quando caem ficam com o movimento de pedalagem, não conseguindo mais se levantar até a morte. Uma das medidas para combater a Raiva é o controle da população de morcegos hematófagos. Em ação oficial do IMA, os veterinários capturam alguns animais e uma pasta vampiricida é passada em suas costas. Em seguida são soltos. Como têm o hábito de se lamberem, a pasta se espalha na colônia causando a morte dos morcegos, por hemorragia. Esse trabalho é realizado por equipes especializadas e coordenadas por técnicos do IMA.
Toda pessoa que for mordida ou arranhada por morcegos, cães, gatos e outros animais suspeitos de Raiva deve procurar imediatamente o posto de saúde mais próximo. É muito importante que o produtor rural vacine seu rebanho para combater assim o surgimento da doença: Vacine bovinos, bubalinos e equídeos de sua propriedade, a vacinação deve ser anual e aplicada em machos e fêmeas de todas as idades, o ideal é vacinar todo o rebanho no mesmo período aproveitando a vacinação contra Febre Aftosa e aplicando a vacina contra a Raiva. Comunique ao IMA a existência de abrigos de morcegos (cavernas, bueiros, ocos de árvores, furnas, casas abandonadas) em sua propriedade. Também é muito importante notificar ao Instituto os casos de morte de animais com suspeita da doença, para coleta de material e exame laboratorial. Casos de Raiva com confirmação laboratorial no ano de 2010 no Estado de Minas Gerais: Bovinos (48 casos), equinos (09 casos), suínos (01 caso) e morcego (01 caso). Para mais esclarecimentos sobre a Raiva dos herbívoros, procure os escritórios do IMA.
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Médicos veterinários do Idaf participam de capacitação em emergência avícola Jória Motta Scolforo / Texto: Francine Castro Assessoria de Comunicação/Idaf
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de diferencial deste curso é que, além do conhecimento para debelar o foco da doença, os participantes também são instruídos sobre os cuidados necessários para sua própria proteção, já que as enfermidades também atingem os seres humanos. De acordo com o gerente do Programa Estadual de Sanidade Avícola, o médico veterinário do Idaf, Gustavo Wassita, o curso foi voltado à capacitação dos médicos veterinários que entraram no Instituto neste ano por meio de concurso público e que irão atuar nos polos avícolas do Estado. Também serve para promover uma reciclagem dos profissionais que já trabalham no setor. “Com isso, pretendemos fortalecer a atenção avícola no Espírito Santo e melhorar os nossos resultados nas auditorias realizadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa)”. Foto: ASCOM Idaf
Com o objetivo de preparar os médicos veterinários para atuarem em situações de risco provocadas pela entrada de alguma enfermidade avícola no Espírito Santo, o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf) promoveu, no mês de setembro, uma capacitação em emergência sanitária. Participaram 14 profissionais, dentre servidores do órgão, profissionais autônomos e docentes. Foram realizadas aulas teóricas e práticas, com simulações de ações internas e de campo, necessárias em caso de possíveis doenças que venham a atingir as granjas. As atividades práticas, foram feitas em estabelecimentos avícolas localizados no município de Marechal Floriano. O treinamento foi ministrado pela médica veterinária da Universidade de São Paulo (USP), Masaio Mizuno Ishizuka. Na ocasião, foram abordados
temas como os conceitos e aplicações em emergências sanitária; as formas de doenças em populações; a biossegurança: higiene pessoal e operacional e a delimitação das zonas de proteção e vigilância. Segundo Masaio, o Espírito Santo tem tido uma postura preventiva exemplar. “Esse é o segundo curso de capacitação organizado pelo Idaf no Estado. A preparação desses veterinários é essencial para diagnosticar e controlar rapidamente eventuais situações de emergência avícola, evitando que o problema torne-se alarmante”, disse. Ela explicou, ainda, que o gran-
Adab
Entrepostos frigoríficos reforçam ações contra abate clandestino Ascom Adab
Dar sustentabilidade à cadeia da carne, combater o abate clandestino e assegurar a alimentação da população com a oferta de carne sadia são os principais objetivos do Projeto de Entrepostos Frigoríficos lançado pela Secretaria da Agricultura do Estado (Seagri) e a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab). O referido projeto, pioneiro no Brasil, foi solicitado pelo Ministério da Agricultura e servirá de modelo para as agências de defesa no país. Outros objetivos da iniciativa são atender à demanda dos municípios que não dispõem de frigoríficos, promover a cadeia produtiva da carne e garantir a segurança alimentar por meio da oferta de um produto com qualidade e em matadouros inspecionados. Os entrepostos serão anexos ao comércio varejista, com estrutura de equipamentos e instalações adequadas, onde funcionam boxes para a venda de carne, tendo capacidade para 30, 50 e 100 carcaças. Emenda-espelho – A Bahia já dispõe de sete entrepostos frigoríficos e a previsão é de que sejam instalados mais 160. “Estamos fazendo uma emenda-espelho para entregar a todos os deputados federais baianos, de forma que cada um dos 39 parlamentares
coloque quatro emendas beneficiando os municípios”, disse o secretário da Agricultura Eduardo Salles. Os custos de implantação variam de R$ 285 mil a R$ 320 mil (médio porte) e R$ 538 mil (grande porte). O programa levará em conta os polos regionais de abate, a situação atual do parque industrial, a população e o rebanho de cada um dos municípios que o compõem. Estruturas modulares – Os entrepostos frigoríficos são estruturas modulares dotadas de equipamentos em aço inox, onde serão feitas as desossas, separando os tipos de carne. Os equipamentos terão câmara frigorífica acoplada e balcões frigoríficos. Depois de passar pelo entreposto, a carne é levada aos balcões frigoríficos para comercialização. “O programa dá seguimento à cadeia produtiva da carne, desde a produção, abate e comercialização. Todo o processo criado por meio da instalação dos entrepostos consolida a cadeia da carne, dando qualidade e segurança ao consumidor”, afirmou o diretor geral da Adab, Paulo Emílio Torres. No total, a Bahia possui 30 frigoríficos, e 20 estão em fase de implantação.
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aconteceu
Foto: Leandro Bifano
SILEMG empossa nova diretoria
O presidente do Silemg, Guilherme Olinto com o ex-presidente e atual diretor tecnológico do sindicato, Alessandro Rios
Dia 16 de setembro foi realizada a posse da nova diretoria do Sindicato das Indústrias de Laticínios do Estado de Minas Gerais (Silemg), na sede da Fiemg. A nova gestão 2011/2014 tem como presidente, Guilherme Olinto Abreu Lima Resende, da Cooperativa Agropecuária Vale do Rio Doce e como vice-presidente, Paulo Bartholdy Gribel, dos Laticínios São Vicente de Minas. A nova gestão tem como prioridade a harmonização de tributos sobre os produtos lácteos em todos os Estados, principalmente entre Minas Gerais e São Paulo. A nova diretoria executiva é composta ainda pelo diretor administrativo, João Lúcio Barreto Carneiro; diretor financeiro, Guilherme Silva Costa Abrantes e diretor tecnológico, Alessandro Rios. (Fonte: Rede Comunicação de Resultado)
As experiências de diversos especialistas em Integração de Sistemas de Produção já implantados em algumas regiões de Minas Gerais foram apresentadas durante o Encontro Técnico de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta, em Uberlândia, na sexta-feira, 23 de setembro. Cerca de 500 produtores rurais, pesquisadores, extensionistas e estudantes participaram de cinco palestras temáticas e quatro painéis de tecnologia. O evento foi realizado pela EPAMIG em parceria com a Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Prefeitura Municipal de Uberlândia e Fundação de Excelência Rural de Uberlândia. O Encontro teve abertura oficial no dia 22 de setembro, no Centro de Convenções e Eventos do CDL de Uberlândia. Durante a abertura o diretor de Operações Técnicas da EPAMIG, Plínio Soares, falou sobre a contribuição da pesquisa na agropecuária e da importância desta para se obter pro-
dução de qualidade. “O Sistema ILPF é de relevância para a pesquisa científica, visto que a tendência é que o produtor faça uso racional de sua área de produção, que produza mais na mesma área”, disse. Plínio ressaltou também a parceria entre EPAMIG e prefeitura Municipal de Uberlândia para viabilização da Fazenda Experimental da EPAMIG em Uberlândia implantada há três anos. Ainda durante a abertura foi lançado o Programa Fomento Florestal: um milhão de mudas de eucalipto serão distribuídas para cerca de 250 produtores de pequenas propriedades rurais de Uberlândia e região. De acordo com a Secretária Municipal de Agropecuária, Walkíria Naves, o preparo do solo para introdução do eucalipto será realizado pela Secretaria. “O produtor entra com o plantio e insumos”, completa. (Fonte: Ascom Epamig)
Emater-MG é eleita a melhor empresa de desenvolvimento agropecuário do país Pela segunda vez a Emater-MG foi uma das vencedoras do prêmio Melhores do Agronegócio da revista Globo Rural. A empresa ficou em primeiro lugar na categoria Desenvolvimento Agropecuário. A premiação é feita com base em dados coletados pela Serasa Experian relativos ao exercício de 2010. Para o presidente da Emater-MG, Maurilio Guimarães, a vitória representa o trabalho e a dedicação de todos os funcionários da empresa e a qualidade dos serviços prestados. A cerimônia de entrega do prêmio acontece no dia 24 de outubro, em São Paulo. (Fonte: Ascom Emater-MG) 40
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Foto: Erasmo Pereira / Ascom EPAMIG
Encontro discute integração de sistemas sustentáveis de produção
Mudas de eucalipto serão distribuídas à produtores de Uberlândia através do programa Fomento Florestal da Prefeitura Municipal lançado durante o Encontro Técnico
Bayer CropScience incentiva gestão sustentável da cafeicultura A Bayer CropScience realizou, em Capitólio (MG), a etapa 2011 do ciclo de palestras da “Universidade para Sustentabilidade do Café”. Um programa que visa disseminar conhecimento e novas tecnologias a engenheiros agrônomos e técnicos de cooperativas, para auxiliar agricultores na gestão sustentável de suas produções. O ciclo de palestras foi voltado a 30 profissionais de oito cooperativas de café do Sul de Minas Gerais. Os participantes receberam informações sobre “Fertilidade do Solo” e “Nutrição de Plantas” do professor Antônio Eduardo Furtini Neto, do Departamento de Ciências do Solo, Área de Química e Fertilidade do Solo da Universidade Federal de Lavras (UFLA), e de especialistas da Bayer CropScience. O programa Universidade para Sustentabilidade do Café contará com dois novos encontros em 2012. (Fonte: Juliane Silva - Account Executive)
“Este Conselho deve ter voz mais ativa nas decisões pertinentes à agropecuária brasileira”, disse no dia 30/08, em Brasília, o secretário da Agricultura da Bahia, engenheiro agrônomo Eduardo Salles, ao assumir a presidência do Conselho Nacional de Secretários de Estado de Agricultura, (Conseagri), para o período de 2011/2013. Eleito por unanimidade, com apoio da ex-presidente Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias, que participará de sua gestão como coordenadora da
1ª Mostra Científica Expoinel divulga vencedores Terminou dia 21/09 a 1ª Mostra Científica Expoinel, no Parque Fernando Costa em Uberaba (MG). O evento reuniu mais de 100 pessoas que tiveram a oportunidade de assistirem palestras com renomados profissionais do setor como Pedro de Felício, professor da UNICAMP e Alexandre Zadra, gerente técnico de genômica da MDA Saúde Animal. Gisele Fernanda Greghi, da USP/Pirassununga, conquistou o primeiro lugar com seu trabalho sobre o tema Desempenho de Novilhas da Raça Nelore em Confinamento frente à Suplementação de Enxofre Orgânico e Inorgânico. Para Gisele que costuma participar de eventos ligados a pesquisa, uma mostra científica como essa aproxima o setor acadêmico com o campo. “É uma forma do produtor ver o que pode ser aplicado na produção e ganhar com isso”, explica. José Luiz Niemeyer dos Santos, vice-presidente da Associação dos Criadores de Nelore do Brasil (ANCB), ficou muito satisfeito com o resultado da Mostra. “Houve uma época em que o pecuarista tomava atitudes sem base em resultados de pesquisas. Essa aproximação é muito importante para o avanço da produção de carne”. (Fonte: CONTATOCOM em Portal do Agronegócio)
região Centro-Oeste, Salles considera fundamental uma relação de cumplicidade com os ministérios afins, a exemplo das pastas da Agricultura e Pesca (Mapa), de Desenvolvimento Agrário, (MDA), e Desenvolvimento Social, (MDS). O secretário de Produção Rural do Amazonas, Eron Bezerra, eleito vice-presidente, definiu o Conseagri como um espaço fundamental para o debate das políticas do setor. O novo presidente do Conseagri listou como importantes desafios à aprovação do novo Código Florestal Brasileiro, as questões das terras para estrangeiros, a condução dos problemas da aftosa no Brasil e a sistematização da cadeia da carne, a busca de soluções para o endividamento agrícola, a implantação do Suasa (o SUS da agropecuária) em todo o País, além das questões relacionadas às barreiras sanitárias, aos subsídios agrícolas mundiais, câmbio, leis trabalhistas entre outras. (Fonte: Josalto Alves / ASCOM Seagri)
Congresso de Girolando reúne mais de 400 pessoas em Araxá Foto: Luciene Franklin
Foto: ASCOM SEAGRI
Secretário da Agricultura da Bahia assume conselho nacional
Mais de 400 produtores rurais e pesquisadores conheceram as inovações tecnológicas da pecuária leiteira durante o 1º Congresso Brasileiro da Raça Girolando. O evento aconteceu na cidade turística de Araxá (MG), entre os dias 22 e 24 de setembro, no Tauá Grande Hotel e Termas de Araxá, e contou com uma série de palestras sobre os avanços do setor e exposição de produtos de empresas e propriedades rurais. Os números da Embrapa Gado Leite mostram como os investimentos em melhoramento genético levam ao aumento de produção significativa. De 1989 a 2010, a produção de leite por vaca Girolando em lactação subiu 239% no período. “A produção que antes era de 1990 kg/leite por lactação saltou para 4781 kg/leite. A raça é responsável hoje por 80% da produção de leite do país”, afirmou o presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando, José Donato Dias Filho. O Brasil produz cerca de 30 bilhões de litros de leite/ ano. Já Duarte Vilela ressaltou que há uma grande demanda pela genética da raça Girolando o mercado internacional. “A China tem potencial para importar 50 mil matrizes por ano, pois precisa suprir sua grande demanda por lácteos”, afirmou o presidente da Embrapa Gado de Leite. (Fonte: Larissa Vieira/Girolando)
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Fonte: site Almanaque Culinário
Ingredientes
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culinária
Lasanha de pequi com frango
3 colheres (sopa) de azeite 2 dentes de alho amassados 1 colher (sopa) de açafrão 1 cebola ralada Pimenta do reino a gosto 2 xícaras (chá) de peito de frango cozido e desfiado 2 tabletes de caldo de galinha 1 xícara (chá) de polpa de pequi 3 xícaras (chá) de água 2 colheres (sopa) de amido de milho 1/2 xícara (chá) de requeijão Sal a gosto 500g de massa de lasanha pré-cozida Modo de Preparo
Em uma panela, coloque o azeite, o alho, o açafrão, a cebola, a pimenta do reino e o peito de frango desfiado. Refogue mexendo por 3 minutos e junte o caldo de galinha. Coloque a polpa de pequi, misture bem e acrescente a água e o amido de milho. Deixe cozinhar por mais 4 minutos. Coloque o requeijão, misture, acerte o sal e desligue o fogo. Alterne camadas de massa e recheio e leve ao forno por 15 minutos. Sirva quente. Tempo de Preparo: 35 minutos Rendimento: 8 porções
Envie a sua receita para a Revista Agrominas jornalismo@revistaagrominas.com.br
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Classificados
Luciano A. Viana Leiloeiro Rural SNLR 215 luciano101viana@hotmail.com
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