Águas Claras BANDA XIII REVISTA
A REVISTA DA NOSSA CIDADE
www.revistaaguasclaras.com.br
Edição nº 36, Setembro/Outubro 2019
Lançamento de Sucesso
APOLLO
GRUPO G4
Realizando sonhos
1
Lazer | Fitness | Nutrição | Moda | Gastronomia | Saúde | Cultura | Educação | Beleza | Tecnologia
Anúncio LaSalle
2
Anúncio LaSalle
3
Anúncio AllTech
4
Anúncio AllTech
5
Anúncio SuporteCond
6
Anúncio SuporteCond
7
Com grande alegria apresentamos a nova edição da Revista Águas Claras, preparada com muito carinho para proporcionar uma experiência de leitura agradável e dinâmica. Neste espaço, compartilhamos a satisfação de fazer parte de uma comunidade vibrante e cheia de vida. Assim, convidamos você a colaborar com este trabalho também. Participe, enviando sua contribuição! Fotos da cidade, sugestões de pautas, curiosidades e novidades serão muito bem-vindas e poderão ser enviadas por e-mail para o endereço eletrônico: contato@revistaaguasclaras.com.br Para ter acesso aos melhores conteúdos, inscreva-se em nossa lista de transmissão do WhatsApp e receba as próximas edições, notícias em tempo real e promoções exclusivas. Basta adicionar o número (61) 99908-9100 à sua lista de contatos, enviar um “olá” e, pronto! Você receberá tudo em primeira mão. Aproveite a leitura! Laise Tallmann Editora
Foto de CAPA Fotografia: Laura Virginia
8
9
SUMÁRIO 12 18 22 24 30 36 38 42 44 48 10
Banda Apollo XIII
Lançamento de sucesso
Grupo G4
Realizando sonhos
Julio Cesar Ribeiro: Mandato influente na Câmara dos Deputados
Canil Dom Deliu’s
Referência em adestramento e hospedagem em Brasília
ABRACI-DF
Filantropia em prol do autismo
Colégio La Salle Águas Claras
Formação integral Lassalista ultrapassa a sala de aula
Águas
Cuide das águas!
Competências socioemocionais na educação Uma visão de futuro
Associação Sociocultural Koinonia Ajuda na cidade, para a cidade
Nossos Colunistas
11
Lançamento de Sucesso
BANDA
APOLLO
XIII
Entre livros, provas e brincadeiras de amigos, algumas delas desde o jardim de infância, se solidificou uma amizade que hoje cria som e forma Texto: Giulia Russo
12
Fotografia: Laura Virginia
Por terem nascido em meio ao cenário do rock de Brasília, que abriu portas para diversas outras bandas no País - como Legião Urbana, Capital Inicial, Raimundos e, mais recentemente, Scalene e já possui toda uma cultura concretizada em torno desse estilo musical, a banda tem como foco principal levar ao público seu amor pela música e fazer pessoas felizes de modo empolgante, o que os motiva cada vez mais a enfrentar e superar desafios.
13
E
sse é o começo de muitas bandas de garagem da
O fato de terem tido investimento profissional desde
cidade, mas os jovens Mateus, Daniel, Ângelo,
o início da carreira é uma das coisas que contam como
A Banda Apollo XIII surgiu em uma sala de clube
Diante de um rápido sucesso, a banda experimenta
Eduardo, Samuel e Ingrid prometem ser um
diferencial no cenário musical de Brasília.
de música onde os membros descobriram a afinidade que possuem entre si, tanto musical quanto pessoal, decidindo levar juntos sua música ao mundo. (Instagram: @bandapolloxiii)
O nome faz referência à sétima missão da Nasa,
na qual ocorreu uma explosão. Apesar de ter falhado como “missão”, todos os integrantes chegaram à Terra com vida e aptos a voar mais alto.
Apollo XIII teve diversas formações - inclusive,
um diferencial atrativo ao público já que entregam um material de alto nível e garantem sua qualidade.
o impulso de motivação, metas, mudança de
perspectivas e até mesmo de comportamento pessoal de cada membro para um maior comprometimento com o trabalho e com outras áreas de suas vidas, agora que os
integrantes têm uma ideia do quão longe podem chegar
com sua música e como suas carreiras estão longe de se manter apenas como um “sonho entre amigos”.
apresentando-se com o nome de “Lóbulo Temporal”
no começo da carreira - e correu o risco de não sair do papel. Foi no começo de 2019 que seus integrantes
decidiram profissionalizar o “hobby de show de talentos” e o transformar em um futuro.
“Apollo XIII foi uma missão em que era para tudo
dar errado mas, ao final, todos ficaram bem e isso representa bem a gente, já que nos últimos 3 anos de
tentativa de banda tivemos muitos percalços. Apesar de tudo, hoje, estamos aqui”, conta o baterista Mateus Lauritzen, um dos membros mais antigos da banda, que já passou pelas 4 formações anteriores.
Os jovens vivem um momento crucial de suas vidas,
precisando lidar com a pressão de vestibulares, bem como outras expectativas e cobranças da sociedade
de Brasília, que abriu portas para diversas outras
“Para mim a música é mais um alívio. É uma
toda uma cultura concretizada em torno desse estilo
prejudique.
conquista para a gente ser cobrado do jeito que
temos sido cobrados porque a cobrança das pessoas pela nossa música mostra que elas confiam no nosso trabalho”, afirma o guitarrista Daniel Botelho.
14
Por terem nascido em meio ao cenário do rock
sobre suas escolhas. Entretanto, a banda assegura que
consegue conciliar esses universos de modo que nada se
“Para mim a música é mais um alívio. É uma conquista para a gente ser cobrado do jeito que temos sido cobrados porque a cobrança das pessoas pela nossa música mostra que elas confiam no nosso trabalho” Daniel Botelho
bandas no País - como Legião Urbana, Capital Inicial,
Raimundos e, mais recentemente, Scalene - e já possui musical, a banda tem como foco principal levar ao
público seu amor pela música e fazer pessoas felizes de modo empolgante, o que os motiva cada vez mais a enfrentar e superar desafios.
15
“Acho que o meu maior objetivo sempre foi
carrega. Cada um dos integrantes possui sua maneira
as pessoas refletirem, se divertirem. Quero botar no
Mateus, que, filho de pastor, cresceu tocando todo tipo
simplesmente me divertir, fazer o que eu gosto. Quero, por meio da música, passar mensagens que façam mundo algo de que as pessoas gostem e, óbvio, algo
de que eu goste também. Meu objetivo nunca foi e
nunca será a fama, ser conhecido ou qualquer coisa relacionada a fins econômicos. Lembro que, quando decidi que entraria de cabeça em assuntos da banda,
eu estava em um show, vendo a plateia pular em cima da banda que estava no palco (o Lagum, no caso) e
cantando suas letras, se divertindo, e, por um momento
o tempo parou: aquele era meu objetivo. Claro que
entrar em um novo cenário musical em Brasília iria
ser simplesmente maravilhoso, mas eu quero mesmo é ter a energia que eu senti a banda passando para a plateia naquele dia, eu quero passar essa energia positiva para as pessoas”, conta Daniel.
A banda carrega a história desses jovens que
expressam a música de uma forma extremamente
única, o que expande a bagagem cultural que o grupo
de adicionar positivamente as possibilidades que
o público pode observar no futuro da banda. Como
de instrumento dentro da igreja e hoje se especializa em viola caipira; ou Ingrid, que cresceu falando para
todos da família que seria cantora; e Daniel, que cresceu cercado pela música e hoje não se vê sem ela.
Por serem um grupo de jovens de diferentes
origens sociais, com gostos musicais e inspirações diferentes, englobando membros que têm experiências em diferentes áreas, a Apollo XIII traz consigo uma
diversidade de possibilidades, com uma formação bastante heterogênea que mescla suas cores no estilo que apresentam ao mundo, revelando-se uma
promessa fantástica na nova geração de bandas de pop rock em Brasília.
ANÚNCIO
Siga a Apollo XIII nas redes sociais: @bandapolloxiii Texto: Giulia Russo
Fotografia: Laura Virginia
A banda carrega a história desses jovens que expressam a música de uma forma extremamente única, o que expande a bagagem cultural que o grupo carrega.
16
17
Foto: Divulgação
“Cada semente plantada necessitará de atenção, dedicação e amor. São as mesmas ações que transportam ao momento vivido em um evento que, para acontecer, advém de um período de incubação”.
Grupo G4 – Realizando sonhos muito além das expectativas O grupo que surpreende em inovações se destaca e vem conquistando os corações dos brasilienses
18
R
ealizar o sonho de celebrar uma conquista, seja um casamento, mais uma primavera, formatura, nascimento, ou qualquer outra, existe no coração de cada um de nós. Idealizar e arquitetar
cada detalhe para transformá-la em realidade implica em responsabilidade, visão e capacidade de sonhar junto com quem deseja executar esse sonho. E essa é a especialidade do Grupo G4 cujo designo é eternizar
momentos, indo muito além do que a imaginação pode conceber. Cada fase vivida ao longo de nossa vida é tecida por pequenos momentos de realizações e celebrar esses feitos implica em eternizá-los em nossa memória, principalmente quando decorrem de conquistas grandiosas. Destacando-se pelo perfeccionismo e por concretizar muito além do planejado, o Grupo G4 se destaca pelo primor aplicado com esmero em cada um dos projetos produzidos. Gerindo o Grupo G4, George Gomes reflete no brilho de seus olhos o acúmulo de cada pedaço de sonho que já tornou realidade e fala sobre a
consumação de todos eles. “Toda conquista tem que ser celebrada, comemorada, festejada. Um aniversário é uma conquista, um casamento é uma conquista, uma formatura é uma conquista. Por menor que seja sua vitória, ela tem que ser celebrada! E é isso que queremos passar para as pessoas, a importância de se celebrar os momentos. A grandeza do momento, da situação, não chega perto do preço, é muito mais valioso. As pessoas precisam enaltecer esses momentos que vivenciam e se permitir apreciar essa experiência conosco. Meu objetivo é proporcionar a realização de sonhos muito além do que é imaginado por quem busca o Grupo G4”. George cuida de cada detalhe e revela que ir além do esperado é um dom que possui desde quando não imaginava trabalhar com eventos. “Mesmo sem perceber, comecei minha trajetória dentro de uma renomada revendedora de carros da cidade, sendo responsável por toda parte da checagem de itens antes da entrega dos carros aos clientes. De certa forma, eu já lidava com isso e me dedicava à realização de sonhos. Muitas vezes um carro significa a batalha de anos para uma família, um sonho galgado com muito sacrifício, até mesmo uma fase a ser comemorada”. Gerge conta que trabalhar com eventos era algo que já estava em seu destino e hoje, esse é o alimento de sua alma. Visualizar para compor e produzir transformando em realidade o que está dentro da mente de quem almeja trazer para o mundo real a reflexão de sua vitória, implica em se integrar à história, sonhar junto ao contratante para construir muito além do esperado. Cada momento de celebração trazido para o mundo real deixa um pedaço do Grupo G4 no coração das pessoas, imprimindo em suas vidas um sentimento de carinho, amor e gratidão. É assim que George vai além das expectativas, solidificando emoções. O serviço de manobristas é uma das ramificações da empresa que não terceiriza esse trabalho. Uma das inovações, onde é pioneira dentre as empresas de manobristas do Brasil e empregada pelo Grupo G4, é entregar o carro de todos os convidados completamente limpo por fora. Esse pequeno gesto enche de gratidão os corações de quem se surpreende ao receber seu veículo.
19
20
Porém, para George, ainda era pouco, ele precisava de algo mais. Partindo da vertente de que as lembranças dos eventos geradas na memória de quem já viveu a experiência perduram por toda uma vida, porque não ampliar isso por mais tempo? Mais uma vez o Grupo G4 foi à frente do provável, surpreendendo. Para estender o sentimento da lembrança de um dia importante que poderia ficar apenas na experiência do momento, as pessoas recebem sementes para serem plantadas. Assim, podem recordar de uma forma inusitada a experiência vivida. O objetivo é proporcionar uma experiência sensorial, reascendendo o momento da celebração, eternizando essa memória por meio do zelo e afeto aplicados ao cuidado para com essa semente. A ideia é que não haja uma padronização do que pode ser plantado. “O foco principal é que a presença daquela planta, seja ela comestível, uma árvore ou flores, que serão cativadas independentes da espécie, transmita o calor da experiência vivida ao se celebrar o momento. E o que é mais afável do que
ativar essa sensação do que o próprio ato de fazer nascer a vida?”. Portanto, são mudas de tomates, manjericão, pés de cravo, camomila e até rúcula. As flores sortidas de espécies que se desenvolvem bem no cerrado, assim como também inúmeros tipos de árvores estão incluídos no projeto. O formato é inovador, um fator surpresa. “Cada semente plantada necessitará de atenção, dedicação e amor. São as mesmas ações que transportam ao momento vivido em um evento que, para acontecer, advém de um período de incubação”. Todo mundo já deve ter observado uma planta se desenvolvendo, desde seu nascimento ao sair da terra; pequena, até crescer e dar frutos, podendo até mesmo dar origem a uma nova planta. E assim também são os eventos planejados e executados pelo Grupo G4. Sonhados, imaginados, galgados dentro do coração até que possam nascer e produzir novos eventos através de alguém como você que também deseja trazer o seu sonho para a vida real ou transformar a própria realidade em sonho.
21
Julio Cesar Ribeiro mandato influente na Câmara dos Deputados
E
leito com 79.775 votos para o primeiro
discutiram a participação de transgêneros no es-
oito parlamentares da bancada do Distrito Fe-
próximos dias de trabalho a realização de sessão
mandato de Deputado Federal, Julio Ce-
sar Ribeiro (PRB-DF) se destaca entre os
deral na Câmara dos Deputados, nos primeiros seis meses de atuação. Durante o período o re-
publicano apresentou 23 projetos de Lei, alguns oriundos de demandas da própria sociedade, já
que o parlamentar realizou em seu gabinete mais de 460 atendimentos até o momento.
Os projetos apresentados por Julio Cesar be-
neficiam não só a população local, como tam-
bém todo o Brasil. Idosos, atletas, pessoas com deficiência, mulheres e consumidores são algumas das bandeiras defendidas pelo republicano. Ao todo, o parlamentar do PRB apresentou 73 propostas legislativas.
Entre os projetos apresentados pelo deputa-
do em defesa da mulher, está o de recolhimen-
to da arma de fogo de agentes públicos de todo
o País que forem acusados de violência contra a mulher. No texto, o parlamentar sugere ain-
da que os profissionais sejam restringidos do exercícios de suas atividades e sejam presos em flagrante pelo porte ilegal de arma.
“Esse projeto visa diminuir os casos de femi-
nicídio no Brasil e restringir a utilização de ar-
sil. Como apoiador do esporte, já propôs para os para debater a capoterapia e as melhorias no futebol e no futsal femininos no País.
Julio também lançou e assumiu a presidência
das Frentes Parlamentares do Idoso, Esporte e
da Juventude. Foi eleito ainda presidente da Subcomissão da Indústria do Esporte e da Subco-
missão Especial sobre o Lançamento do Centro de Alcântara. “Com esses espaços queremos am-
pliar o diálogo com a sociedade e trabalhar em defesa dos seus direitos”, afirmou o Parlamentar. Na Câmara dos Deputados assumiu o cargo
de titular das Comissões do Esporte, de Ciência e
Tecnologia, Comunicação e Informática e de Política de Mobilidade Urbana, além da suplência da
Comissão de Direitos Humanos e Minorias. É pre-
sidente dos Grupos de Amizade Brasil/Austrália e Brasil/Reino dos Países Baixos (Holanda).
Julio também articulou a aprovação da MP
861/2018 que transferiu a administração da Junta Comercial para o governo de Brasília. Por Brasília
O parlamentar destinou ainda R$ 820 mil em
mas por integrantes da segurança que respon-
emendas por meio do Programa de Descentrali-
Consumidores de planos de saúde e pesso-
em onze Regiões Administrativas do DF: Estru-
derem pelo crime de violência contra a mulher”, justifica Julio Cesar.
as que tenham se submetido à gastroplastia
também serão beneficiadas pelo mandato do parlamentar. “Essas propostas são frutos de
demandas que chegam diretamente da popula-
ção. Estamos atentos aos anseios da sociedade e vamos trabalhar para que esses projetos sejam aprovados o mais rápido possível”, declara Julio.
Durante o primeiro semestre de 2019, Julio
foi autor e realizou três audiências públicas que
22
porte e a situação do futebol americano no Bra-
zação Administrativa e Financeira (PDAF) que
vão contemplar 24 escolas públicas espalhadas tural, Itapoã, Paranoá, Planaltina, Taguatinga,
Ceilândia, Sobradinho, Samambaia, Lago Norte, São Sebastião e Candangolândia.
O esporte também foi contemplado com a
liberação do valor de R$ 1 milhão em emendas, que garantiram fomento ao Programa Compete Brasília. A emenda foi apresentada em 2018
quando o parlamentar ainda era Deputado Distrital para ser utilizada no Orçamento de 2019.
23
“
Dom Deliu’s
Adestrar é condicionar, condicionar é repetir. Mas é necessário homogeneizar um tratamento e isso envolve toda a família e um método cuidadosamente desenvolvido e implementado. Eu desenvolvi minhas próprias técnicas. Especializei-me, tive bons professores, mas só me amplifiquei na prática. Foi aplicando as ferramentas ensinadas que aprendi a me desviar dos erros, me aprimorando no dia a dia, observando”. Délio Mendes
O adestrador encantando Referência em adestramento e hospedagem em Brasília
Q 24
uem opta por ter um cachorro de estimação, seja ele comprado ou adotado, sabe bem como é chegar em casa e se deparar com sapatos dilacerados, móveis roídos, xixi e cocô em lugares indevidos e as reclamações dos vizinhos com os incansáveis latidos, pois em alguns casos existe a necessidade de ficarem sozinhos por longos períodos do dia. Isso sem falar da falta que sentem de seus donos por conta de uma viagem ou até mesmo devido à personalidade do próprio animal. Sabemos que ter um animal de estimação é uma enorme alegria para toda a família. É importante ressaltar que todo pet requer adestramento adequado
para que essa convivência seja sadia. Quanto mais cedo, melhor; ou seja, recomenda-se iniciar o treino enquanto filhote, o que faz uma diferença significativa, garantindo que ele seja um cachorro mais obediente no decorrer de sua vida. É aí que entra o trabalho de um bom educador. O adestramento implica vários quesitos, sendo indispensável para auxiliar na socialização do seu cão. Com o preparo adequado, o animalzinho poderá perceber o mundo ao seu redor, obedecer a comandos e executar tarefas, tanto no campo da obediência, proteção, ataque, guarda ou no de pastoreio. Quando se fala em adestramento, Brasília é uma
cidade privilegiada por ter um dos melhores canis do Brasil, referência no assunto, o Canil Dom Deliu’s. A propriedade de 60mil m2 é o sonho realizado de Délio Ferreira Mendes. Quem chega ao local tem a impressão de estar entrando em um hotel fazenda. Já na entrada, somos recebidos por uma cascata d’água delicadamente composta. O esmero e cuidado enfatizam a jardinagem impecavelmente tratada e as instalações chamam atenção pela higiene e conforto oferecidos. Délio conta que, ainda garoto, teve a influencia de cães que sua família criava em casa, mas em especial a de uma cadela da casa de sua avó que costumava
“rezar” para pedir comida. O despertar veio com cinco anos de idade, e com quatorze anos foi para São Paulo atrás de conhecimento. Lá, trabalhou em um canil entre 1980 e 1981. Voltou para Minas em 1983 onde passou a adestrar cães a domicilio e, no final do ano, veio para Brasília e deu continuidade em seu trabalho domiciliar por 10 anos. “Cheguei a ter 30 cães em um lote de 200 metros quadrados, uma loucura, e foi então que decidi investir em um terreno maior” relata Délio, saudoso. Hoje, o canil tem 12 funcionários, sendo dois treinadores, uma veterinária, um motorista, um jardineiro e oito tratadores. Fundado em 1990, Dom
25
é referência no mercado brasileiro e é dedicado exclusivamente a cães, onde o trabalho de adestramento é executado com excelência. Mas o sonho cresceu e está em expansão. Délio conta que está construindo uma clínica veterinária com previsão de conclusão em meados de julho de 2020, e possui excelentes matrizes das raças Dobermann, Jack Russell e Spitz Anão. Suas linhagens de campeões estão hoje espalhadas pelo Brasil e pelo mundo. Tudo isso foi possível graças ao empenho, muito trabalho e dedicação incansável de seu idealizador, Délio.
Hospedagem
Com 140 boxes individuais para hospedagem entre baias externas e internas (para ambientação de cães que são criados em ambientes externos e os que são criados em ambientes fechados e que podem abrigar mais de um cão, caso venham juntos da mesma casa), o local chama atenção pela limpeza impecável e ausência do famoso odor de cachorro. “Aqui não usamos produtos químicos para a limpeza, que é constante, apenas água. Alguns cães têm alergia e
26
existe a conveniência em manter a saúde deles íntegra para que se adaptem ao período que ficarem conosco”, explica Délio. Durante a permanência no local, três horários do dia são dedicados ao lazer, que pode ser coletivo ou individual, variando de acordo com a personalidade do cão. O espaço conta com um espaço gramado para que os animais corram livremente. O Canil Dom Deliu’s tem a consciência do quanto é difícil para quem viaja encontrar um lugar de confiança, seguro, onde os cães permaneçam tranquilos ao longo da viagem de seus donos. Com isso, cada detalhe foi cuidadosamente arquitetado para que o seu pet retorne radiante para casa, sem traumas, e feliz com o seu retorno.
Adestramento
Projetado e preparado para oferecer o melhor em adestramento, o Canil Dom Deliu’s utiliza uma metodologia única desenvolvida pelo próprio fundador. Prática, funcional e objetiva, sua técnica é resultado de anos de especializações conciliados com muita
experiência. “Adestrar é condicionar, condicionar é repetir. Mas é necessário homogeneizar um tratamento e isso envolve toda a família e um método cuidadosamente desenvolvido e implementado. Eu desenvolvi minhas próprias técnicas. Especializeime, tive bons professores, mas só me amplifiquei na prática. Foi aplicando as ferramentas ensinadas que aprendi a me desviar dos erros, me aprimorando no dia a dia, observando”, explica. Seu plano de trabalho de educação consiste em um adestramento inteligente, prático e direto, executado com amor, humor e bom-senso. Concluído esse trabalho, a família participa juntamente com os colaboradores que também convivem com o cão. Délio explica que é muito difícil formar o cão na casa do cliente. Conta que, no ambiente familiar, são diversas pessoas tratando de várias maneiras, o que torna praticamente impossível o retorno do animal para com o que esta sendo ensinado. “Formar o cão na casa do cliente é muito difícil. Formamos o cão aqui e depois precisamos orientar a família”. Ele explica
ainda que são várias pessoas tentando se comunicar com o pet que não compreende a linguagem humana como ela é, mas entende três linguagens: a oral, que é a voz; a gestual, e expressão corporal, a mais importante. “Tudo isso precisa ser sincronizado e repetido por diversas pessoas, até que o cão esteja condicionado, e, executar todas essas vertentes na casa do cliente não traz resultados”. O adestramento representa para o cão mais motivação, contentamento e consistência no aprendizado. Para o dono, é uma nova revelação na maneira de se comunicar com seu animal, o que restaura a alegria, revigorando o prazer da companhia mútua. Fato é que todos nós gostamos de nosso cão adestrado, sociável, equilibrado, corrigido em seu comportamento negativo; obediente e também condicionado para fazer suas necessidades no lugar correto. Para isso é crucial a compreensão de que existe um processo até se atingir esse objetivo. A reeducação é um processo gradual, que exige tempo e paciência. Comandos severos sem treinamento adequado e até mesmo atitudes violentas podem causar ansiedade, problemas diversos de conduta e até mesmo reações agressivas. Essa dedicação na maneira de lidar com o aprendizado de seu cão é realizada com excelência pelo Canil Dom Deliu’s, que possui metodologia exclusiva.
Locação
O canil oferece serviços diferenciado. Sua criação de dobermanns, pastor belga malinois e rottweilers enchem os olhos. São cães adestrados, de pelagem brilhante, com porte elegante e vistoso, que chamam atenção pela beleza e tamanho. Ao menor comando de Délio, eles atendem prontamente, com respeito e carinho. “Ser um criador de cachorro não significa ser um acumulador. É preciso respeitar os animais”, diz o adestrador orgulhoso de sua prole. O serviço de locação de cães é voltado para a segurança patrimonial, rural ou urbana. São possíveis contratos temporários com longos termos, para segurança residencial, para longos períodos de férias ou ausências prolongadas e a logística é totalmente ágil e segura.
27
Projeto social
O proprietário do renomado canil afirma que faz parte de seus planos um abrigo para animais resgatados, mas que ainda não é o momento. “O projeto social é um sonho, porém, ainda não é o tempo. Não possuo condições agora para oferecer uma estrutura física e profissional para um abrigo, não há recursos. Quando meu cliente traz o cão dele, ele procura também se assegurar quanto à integridade física de seu pet. Infelizmente, quando se traz um cão sem procedência, todo canil é colocado em risco”, explica. “Hoje, se eu fizer o abrigo, irei sacrificar todo o meu trabalho, pois ainda não tenho condições de ter uma estrutura somente para questões sociais”, conclui.
Visita ilustre
No mês de agosto de 2019, o Canil Dom Deliu’s recebeu a visita do ilustre e simpático biólogo Richard Rasmussen, que é um grande fã da raça dobermann, assim como todos no local. Richard citou o Canil Dom Deliu’s como referência na criação da raça em seu perfil no Instagram, enchendo os corações de todos de alegria, o que fez Délio e toda sua equipe se orgulhar de cada dia de trabalho árduo, reconhecendo que todo caminho percorrido até agora tem valido a pena.
28
Richard Rasmussen, na ocasião, estava em Brasília para tomar posse de seu cargo simbólico de embaixador do ecoturismo brasileiro, que foi aceito pelo biólogo e apresentador do programa “Mundo Selvagem” (canal NatGeo), com alegria. Se você possui um cachorro e procura por instalações adequadas, tanto físicas quanto emocionais, nas quais seu pet irá se adequar em sua ausência, o Canil Dom Deliu’s é o local ideal. Para quem ainda não conhece a propriedade, o passeio é válido.
C
M
Y
CM
MY
CY
CMY
K
Canil Dom Deliu’s
Endereço: Rodovia BR 070 km 14, s/n - Taguatinga, Brasília - DF, 71900-001 Contato: 61 3461-4333 / 61 99265-3333 E-mail: delio.mendes@uol.com.br
29
ABRACI-DF
Abraçando famílias Filantropia em prol do autismo
30
“
Recebemos as crianças carentes e vamos atrás de padrinhos para que o tratamento seja feito sem custos para essas famílias que não têm condições financeiras. Por enquanto, atendemos 60 crianças, mas possuímos uma lista de espera que aumenta a cada dia. Em Brasília são poucos os lugares que atendem autistas pelo Sistema Único de Saúde (SUS)” relata a vice-diretora.
31
D
efinido por padrões restritos de comportamentos, o TEA (Transtornos do Espectro do Autismo) atinge cerca de 70 milhões de pessoas em todo o mundo. O transtorno se caracteriza por déficits consideráveis na comunicação e convívio social, baixa tolerância para mudanças na rotina, problemas na percepção sensorial do ambiente, estereotipias e dificuldades para compartilhar emoções. Receber um diagnóstico de autismo na família é sempre muito penoso, pois, além das nuances desconhecidas pela ciência, o transtorno exige dedicação intensa dos pais e um investimento extra para que a criança receba os tratamentos adequados. A certeza de que há perspectivas otimistas faz com que os familiares continuem buscando ajuda e dá uma injeção de ânimo em quem vive situação parecida.
A história de Davi
32
Davi Veras, hoje com 6 anos, é o caçula de quatro irmãos. Nasceu prematuro, já batalhando por sua vida e sofreu sequelas decorrentes de sua prematuridade. As complicações vieram logo nos primeiros
meses de vida. O susto foi grande para os pais, Flavio e Mariele Veras. O pequeno sofreu hidrocefalia, paralisia cerebral, como consequência de uma hemorragia cerebral grau quatro. Um pouco mais tarde, quando se pensava que todos os diagnósticos haviam sido concluídos, ele apresentou o TEA (Transtornos do Espectro do Autismo). Três condições que requerem tratamentos específicos, cada qual com suas características peculiares e que implicam tratamentos diferenciados. Somente do autismo, Davi tem várias estereotipias: a baixa interação social, também chamada de díade, que é a característica mais evidente do autismo; além de ainda não se comunicar verbalmente que, como aspecto do transtorno, acontece tardiamente. A família veio de Belo horizonte para Brasília definitivamente em 2017, em busca de um tratamento mais eficaz para Davi e ainda sem a análise do TEA. Foi quando Mariele Veras percebeu as diferenças, que até então eram associadas às sequelas de seu quadro, e observou que o comportamento de seu filho revelou-se mais incisivo. Assim foi concluído o diagnóstico.
Agora, com a atualização de seu laudo, Davi é autista, tem hidrocefalia da prematuridade e, decorrente da hemorragia grave, paralisia cerebral. O cuidado é diário, constante e requer atenção especial. A trajetória para o diagnóstico não é simples. O TEA possui dificuldade em ser detectado por ser uma disposição totalmente clínica e feita por observação, não existindo um exame laboratorial que determine o transtorno. Para haver uma qualificação correta, é imprescindível um parecer coletivo de médicos, psicólogos, terapeutas, neuropediatras e psiquiatras infantis, o que se torna ainda mais complicado quando a criança já possui outras condições, o que é denominado comorbidade. Mariele conta que quando o filho descobriu as mãos, ela ficou encantada: “Achei lindo ele descobrindo as mãos, mas quando essa fase durou 6 meses eu estranhei”. Nessa idade, Davi ainda não tinha laudo de autismo, embora já fizesse terapia ocupacional, fisioterapia, ecoterapia e fonoaudiologia, conjunto de tratamentos ainda não específicos para o autismo. Foi quando chegaram em Brasília que a família foi direcionada para uma associação chamada ABRACI-DF (Associação Brasileira de Autismo Comportamento e Intervenção), uma instituição filantrópica, administrada por um grupo de pais de crianças com autismo, onde foram recebidos por uma das fundadoras e que hoje é presidente da associação. Só então Davi passou a fazer a terapia uma vez por semana. A ABRACI-DF não recebe nenhuma ajuda do governo e hoje atende 60 portadores do TEA, onde psicólogos trabalham com o método ABA (Análise do Comportamento Aplicada). Trata-se de uma abordagem psicológica usada para a compreensão do comportamento. Consideravelmente, esse método de análise comportamental traz benefícios evidentes aos pacientes. Hoje, Mariele Veras é vice-diretora da Associação e coordena a parte responsável por doações e patrocínio, já que a ABRACI-DF não recebe nenhum auxílio governamental. Os recursos são obtidos por meio de contribuições dos pais que têm condições de participar financeiramente da instituição e dos padrinhos que custeiam as conveniências das crianças que frequentam o local e não possuem recursos, já que a
ABRACI-DF também auxilia crianças carentes que ainda não receberam nenhum tratamento após o diagnóstico de autismo.
Projeto de Apadrinhamento O Projeto de Apadrinhamento tem por objetivo selecionar padrinhos e madrinhas para as crianças ou adolescentes cuja família seja carente, o que proporciona a elas um melhor auxílio através de terapias de intervenção comportamental e atividades psicopedagógicas, viabilizando seu desenvolvimento coletivo. “Recebemos as crianças carentes e vamos atrás de padrinhos para que o tratamento seja feito sem custos para essa família que não tem condições financeiras. Por enquanto, atendemos 60 crianças, mas possuímos uma lista de espera que aumenta a cada dia. Em Brasília são poucos os lugares que atendem autistas pelo Sistema Único de Saúde (SUS)” relata a vice-diretora. Mariele explica que, por enquanto, não possuem capacidade para atender mais que 60 crianças. Fundada em 2012, a ABRACI-DF nasceu através de uma associação de pais que participavam de um projeto na UNB, onde havia um treinamento empregado por um especialista para pais de autistas ainda sem tratamento. Esses pais se reuniam em grupos de estudos para tentar melhorar a condição de seus filhos, replicando sempre o que era orientado pelo psicólogo da casa. Foi quando decidiram fundar a ABRACI-DF, buscando assim facilitar o tratamento junto às famílias. É sabido que para o tratamento do autismo ser bem sucedido, faz-se necessária uma dedicação entre 20 a 40 horas semanais e, pagando um tratamento particular, se torna quase inviável manter esse tratamento,
33
já que os planos de saúde não cobrem a intervenção e por muitas vezes é preciso acionar a justiça, pois a intervenção também não é fornecida pelo governo. As atividades administrativas da ABRACI-DF são desenvolvidas por voluntários e os psicólogos recebem apenas uma ajuda de custo. A Associação ABRACI-DF funciona em um local cedido e manter essa sede, sem recursos, é uma batalha, uma vez que vem sendo mantida apenas com a taxa e as doações que pessoas têm feito, além dos pais colaborativos e padrinhos. “São pessoas que sentem o desafio do autismo mais perto de suas vidas. E aqui, todo o tipo de doação é muito bem-vindo. Do pó de café que uma mãe saboreia ao chegar cansada, às vezes vinda de muito longe [algumas trazem seus filhos de ônibus lá de Luziânia (GO)], ao copo descartável e até mesmo uma cesta básica. Tudo é valioso”, explica Mariele, orgulhosa de seu trabalho.
34
Mariele também frisa a carência de brinquedos pedagógicos que são importantes, caros e fazem toda a diferença no tratamento, para que esse avance com êxito. “Quando o autismo avança de fase no tratamento, existe um exercício chamado treino social, e é aí que entra a necessidade dos objetos maiores para que o psicólogo replique com o paciente tudo o que ele vai fazer em casa, e o que vai fazer na escola; então, é preciso material pedagógico adequado, o que custa caro” – ressalta. Para arcar com todas as privações geradas pela falta de recursos, são realizados eventos, tanto de conscientização, quanto no intuito de arrecadar fundos. “Temos colaboradores que são donos de lojas e que nos fornecem produtos para sorteios. Eventualmente também realizamos uma saborosa Feijoada”- explica Mariele. Para maiores informações e colaborações, acesse: http://abracidf.com/
35
O Colégio La Salle Águas Claras proporciona uma aprendizagem significativa que faz toda a diferença Por Tânia Payne, Supervisora Educativa
A Formação Integral
Lassalista ultrapassa a sala de aula
36
escola possui um papel fundamental no desenvolvimento de aprendizagens múltiplas, no contexto da educação contemporânea. Diante das inúmeras transformações socioculturais e dos avanços tecnológicos, gestores e professores têm enfrentado o grande desafio de capacitar os estudantes para aplicar o que se aprende em situações novas na vida e, futuramente, no trabalho focado nas competências e habilidades esperadas para o século 21. Neste novo contexto, a preocupação com o ensino tradicional, com ênfase apenas no excesso de conteúdos, sem aproximação com a realidade e aplicabilidade do conhecimento, tem sido substituída por um ensino contextualizado por meio de métodos que buscam envolver os estudantes na construção do conhecimento de forma ativa e criativa. Não basta apenas conhecer e compreender conceitos, é preciso saber utilizá-los para analisar e resolver problemas do cotidiano de acordo com a faixa etária dos estudantes. Por isso, é fundamental que a família conheça, compreenda, analise e avalie bem a proposta pedagógica no momento da escolha da escola para o seu filho. Um currículo escolar crítico, dinâmico e flexível auxilia no processo de aprendizagem dos estudantes nos domínios cognitivo, interpessoal e intrapessoal, colaborando para o desenvolvimento integral do sujeito. Atentos a esses desafios, a Proposta Pedagógica do Colégio La Salle Águas Claras tem como objetivo ensinar os estudantes a aprender a pensar, a ser e a conviver em um mundo em constantes transformações. Pensando nisso, apresentamos diversos espaços de aprendizagens para o planejamento de experiências que estimulam uma prática pedagógica personalizada, que valoriza os talentos de forma global. As atividades curriculares e extracurriculares ofertadas respeitam os ritmos dos estudantes e atendem as demandas das famílias. Para que os alunos possam desenvolver-se nos três domínios da aprendizagem, o Colégio tem investido prioritariamente em trilhas de formação continuada para capacitar os professores a trabalhar, de forma interdisciplinar, os conteúdos necessários, aliando as
práticas tradicionais às metodologias ativas (sala de aula invertida, aprendizagem baseada em situações problema, projetos, rotações por estações e times/ equipes) com excelência, flexibilidade e inovação. A formação dos professores e colaboradores têm refletido sobre essas mudanças na educação e repensado as formas de organização do trabalho pedagógico de maneira sistêmica em busca da construção de práticas significativas que, ao mesmo tempo, desenvolvam as habilidades cognitivas e socioemocionais, bem como explorem as inovações tecnológicas para atender as necessidades e os interesses dos estudantes. A instituição, além de possuir uma ampla e segura estrutura física com uma incrível área verde, tem dedicado esforços na reforma e na construção de diversificados espaços pedagógicos, com a finalidade de garantir as condições necessárias para que o processo de ensino/aprendizagem aconteça (Biblioteca, Sala Google, Centro Esportivo, Estação de Tratamento de Água, Projeto de Eficiência Energética, Trilha Ecológica, Fazendinha, Praça das Mangueiras, Laboratório de Ciências, Cozinha Experimental, Teatro, entre outros). Para o Diretor do Colégio, Ir. Eucledes Fábio Casagrande, o nosso espaço escolar inspira professores a criarem novas configurações para o ensinar e o aprender. “Acreditamos que o espaço físico influencia na aprendizagem, já que espaços fechados podem restringir a capacidade de movimentar, pensar e fazer, enquanto espaços abertos incentivam atividades mais práticas e criativas, em que os estudantes aprendem fazendo”, afirmou. Portanto, no momento da definição da escola para o seu filho, é fundamental observar a Proposta Pedagógica e todo o espaço disponibilizado para verificar as atividades que estimulam o crescimento intelectual, emocional e físico das crianças e adolescentes. Visite a unidade Águas Claras Colégio La Salle Águas Claras Quadra 301, AE S/N - (61) 3435-5858 E-mail: lasalle.aguasclaras@lasalle.org.br
37
A
Águas, cuide das águas! por Erika Radespiel
38
taxa de crescimento demográfico do Distrito Federal é a maior do País. Éramos pouco mais de 12 mil habitantes antes da implementação da Capital (IBGE, 1957). No ano 2000 ultrapassamos a marca de 2 milhões. Atualmente somos mais de 3 milhões e em 2040 seremos quase 4 milhões de habitantes no DF! Ainda assim, temos o maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil, mas também somos os maiores consumidores de água do País. Além da elevada taxa de crescimento demográfico, o histórico de chuvas da nossa região tem apresentado alterações nos últimos anos, sendo cada vez mais baixo. Essa conjunção de fatores conduziu o Distrito Federal a uma situação complicada. Três anos seguidos com chuvas abaixo da média (2015-2017) reduziram consideravelmente a vazão dos rios que abastecem os principais reservatórios de água da cidade: o Lago Descoberto, em Brazlândia, e o Lago Santa Maria, que fica no Parque Nacional. Por esse motivo, amargamos um cenário de racionamento e preocupações. *** A região do Planalto Central se caracteriza pela presença de inúmeras nascentes e, por esse motivo, é conhecida como “berço das águas”. Não possui, no entanto, rios caudalosos; ou seja, cursos de água de grande volume. Por esse motivo, dependemos tanto dos reservatórios de água que abastecem a cidade, principalmente no período da seca. O Lago Paranoá, antes tido apenas como um lago de uso recreativo, ponto turístico da nossa Capital, hoje também é fonte de água para abastecimento da cidade graças a um investimento de 42 milhões de Reais na construção da Estação de Tratamento de Água do Lago Norte. Passado o susto da escassez hídrica e do racionamento nos anos de 2016 e 2017, os principais reservatórios da cidade se recuperaram, novos sistemas de captação e tratamento de água foram implantados pela Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb), mas a atual condição não significa que devemos deixar de lado o cuidado e o estado de
vigilância no que diz respeito ao consumo de água. Um estudo divulgado pela Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa), no mês de junho desse ano, mostra que o volume consumido de água no DF de janeiro a abril de 2019 foi 10,1% maior que o consumo no mesmo período do ano passado (2018). Enquanto nos primeiros meses do ano de 2018 foram consumidos 46,3 bilhões de litros de água, em 2019 o volume aumentou para 51 bilhões de litros – dados que servem de alerta às autoridades e à população. O relatório de monitoramento do consumo de água constatou ainda que o aumento do consumo se deu a partir do segundo semestre de 2018, período logo após o fim do racionamento. Essas informações confirmam uma máxima, comumente ouvida no Nordeste do Brasil: “a primeira coisa que a chuva lava é a memória da seca”. Ainda que as projeções sejam de que os principais reservatórios de água do DF alcancem as mínimas de 46% (Descoberto) e 69% (Santa Maria) em outubro de 2019 - número bem distante das médias de 2017 que foram de apenas 5,3% e 21,8%, respectivamente – precisamos repensar o nosso comportamento diante dessas e outras questões relacionadas ao consumo e ao meio ambiente. *** Águas Claras se caracteriza, principalmente, pela sua estrutura verticalizada. A região se destaca pelo adensamento populacional acarretado pela grande quantidade de condomínios. O consumo de água pode representar uma das maiores despesas de um condomínio, principalmente quando o mesmo não possui o sistema de individualização de consumo das unidades. A Lei 13.312, de 12 de julho de 2016, alterou a Lei 11.445, de 5 de janeiro de 2007, tornando obrigatória a medição individualizada do consumo hídrico nas novas edificações condominiais. O prazo para adequação, de forma que nenhum condomínio seja entregue sem o atendimento à norma, é de 5 anos, ou seja, até 2021.
39
Enquanto isso, a realidade se mostra bastante distante do que recomenda a legislação: muitos condomínios em Águas Claras não possuem o sistema de medição individualizado. Uma pesquisa realizada no grupo da AMAAC, no Facebook, revelou a opinião de alguns dos moradores de Águas Claras sobre a problemática. Nem todo mundo que mora em edificações que precisariam passar por ajustes veem benefício, pois após a individualização da água, o condomínio mantém ou reduz muito pouco a taxa condominial. Essa é a opinião de B. D.: “O pior é que os prédios que começam a individualizar a água não diminuem o valor do condomínio de forma justa e equivalente. Então é melhor manter como está...” Diversos outros opinantes concordaram com essa afirmação: “Individualizaram no prédio onde moro, mas
o condomínio não diminui o considerável para compensar a conta. As minhas despesas subiram
em torno de R$ 65,00. Deve ser por conta da taxa mínima”. – ressalta R. M. Os custos da individualização também assustam moradores de condomínios que optaram por não promover as mudanças. “O meu prédio não tem água individualizada. Ele é mais antigo. Além disso o condomínio daqui é abusivo, fora uma taxa extra sem noção. Então, ninguém quer mais ouvir falar de mais reforma”. – P. F. De forma paliativa, alguns prédios optam por fazer uma gestão manual do consumo. L. L., moradora do Residencial Acqua Village, explica que no prédio dela é feito um rateio do consumo de água: “Apto de 1 quarto custa X, os de 2, X+Y e os de 3, X+Y+Z”, o que, pra ela,
é suficiente para que seja feita justiça apropriando o consumo de cada unidade. Ela ainda ressalta que ama morar nesse condomínio! :) No condomínio onde mora C.B., ao invés de uma equação, é feita a leitura manual: “Sim. Mas no meu condomínio a leitura é feita pelo encarregado e pagamos de acordo com o que usamos, como se fosse individualizada.” R. F., também morador de AC, não percebe vantagens na individualização: “a não ser apenas por uma questão de consciência no consumo e nas devidas
40
manutenções para evitar o desperdício, fora isso o custo fica alto e não muda nada na taxa de condomínio”.
Individualização sem mudança de pensamento também não adianta nada. É o que revela o comentário de D. L.: “Moro! (em condomínio com consumo invidualizado) Mas penso que é uma situação delicada! A água demora a esquentar, por ser uma obra antiga. Não sei, posso estar enganada! Vejo desperdício na água correndo à vontade”. – adverte.
A individualização do consumo de água em um condomínio é uma decisão a ser tomada em assembleia, com a participação de todos os interessados. Quando o custo da individualização da água é maior que o rateio da conta coletiva, pode-se optar por não realizar a obra. Para compensar, o síndico deve realizar ações de conscientização para incentivar a economia de água no condomínio.
Foi o que fez o síndico David Araújo, do condomínio Machado de Assis, localizado na Rua 22 Sul, quando o condomínio ainda não tinha o sistema individualizado. Em 2016, por meio de leituras manuais (as unidades possuíam hidrômetros, mas a conta ainda era coletiva), ele descobriu que apenas 10 unidades de um total de 144 consumiam 50% da água de todo o condomínio. Com base no Regimento Interno, ele bateu às portas dessas unidades e advertiu-as da possibilidade de notificação e multa porque gastavam mais água que o razoável. Por meio do diálogo, a conta de água reduziu de 26 mil para apenas 16 mil Reais, média que foi mantida ao longo dos meses seguintes.
Outra medida promovida pela administração do condomínio Machado de Assis foi a troca dos obturadores dos vasos sanitários das unidades, pontos de frequente vazamento de água. David comprou os equipamentos com dinheiro do próprio bolso. O morador que se interessava pagava o valor de custo da peça e o próprio David fazia a troca.
Aplicativo Caesb Autoatendimento Os usuários da Caesb (condomínios e unidades residenciais individualizadas) podem fazer uso do Aplicativo Caesb Autoatendimento, disponível para sistemas iOS e Android para as mais diversas facilidades: • Informar vazamento na rua; • Segunda via de conta; • Consultar falta d´água; • Informar falta d´água; • Vazamento no hidrômetro; • Desobstrução de esgoto; • Meu consumo de água; • Situação dos protocolos; • Mapa de balneabilidade; • Cartilha caça-vazamentos; • Meus protocolos.
é consumir Ser consciente a.
a cert da água na mecodmid o uso racional
controlar Contribua s simples para tomando atituder desperdícios. na mi eli e s gasto servar e pre s fazer a diferença Juntos podemo de água. nossas reservas
ESCOVAR OS DENTES
“Quando você assume a responsabilidade de fazer alguma coisa, você tem que fazer bem feito” diz David sobre o seu ofício como síndico. No mesmo ano de 2016 o condomínio concluiu o processo de individualização do consumo e cobrança de água. “A individualização do consumo facilitou bastante porque é chato você ter que advertir as pessoas.” – confirma David Araújo. *** Individualizando ou não, a verdade é que dá pra consumir menos da mesma maneira. Basta que todo mundo adote uma postura consciente.
Não deixe a torneira aberta enquanto escova os dentes. De preferência, utilize um copo ou caneca para economizar água.
LAVAR LOUÇA Ao lavar louças, não deixe a torneira aberta o tempo todo. Primeiro passe a esponja e ensaboe, depois enxágue tudo de uma só vez.
LIMPEZA DE CALÇADA
Utilize a vassoura para varrer as calçadas. Se for preciso lavar, use um balde d’água em vez de mangueira.
TOMAR BANHO
Prefira banhos rápidos. Desligue a água do chuveiro quando for se ensaboar ou aplicar o shampoo.
DESCARGA Aperte a descarga apenas o tempo necessário e avalie com frequência se ela não apresenta vazamentos.
TORNEIRA FECHADA
Certifique-se de que fechou bem a torneira após cada uso. Torneira pingando é sinônimo de desperdício.
41
E
Competências socioemocionais
na educação:UMA VISÃO DE FUTURO por Erika Radespiel
42
m 1996 a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) publicou, no âmbito de uma conferência internacional ocorrida em Paris, um relatório intitulado “Educação: um tesouro a descobrir”. Fruto de discussões, assembleias, audiências e estudos de representantes de diversos países, esse documento tinha por objetivo apresentar reflexões e propostas para a educação em âmbitos local e global. Dentre os princípios apresentados no texto, destacaram-se “os quatro pilares da educação” que se apresentavam como referências basilares para a educação ao longo da vida: Aprender a CONHECER: ou, ainda, “aprender a aprender” como ato de valoração do conhecimento e da aprendizagem. Aprender a FAZER: aqui entendida como a busca pela qualificação profissional e o conjunto de competências que tornam a pessoa apta a enfrentar numerosas situações e trabalhar em equipe. Aprender a CONVIVER: o gerenciamento de conflitos, o respeito pelos valores do pluralismo, da diversidade, a compreensão mútua e a paz. Aprender a SER: o desenvolver-se em toda a sua capacidade intelectual e emocional, com autonomia, discernimento e responsabilidade social. Passados mais de vinte anos, os Quatro Pilares da Educação ainda se mostram como uma representação simples, porém completa, e nunca antes reconhecida como tão urgente e necessária aos modelos educativos e às relações sociais. Apesar de reconhecermos que a educação se desenvolve na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, em movimentos e organizações sociais e também por meio da cultura, como descrito na própria Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, é na ESCOLA que ela se manifesta com força e propriedade para, inclusive, reconhecer os demais espaços como importantes e significativos neste processo. A educação formal, a que acontece na escola e cada vez mais cedo na vida dos indivíduos e, inclusive, acompanha-nos ao longo de toda a vida, cada vez por
mais tempo, possui um papel singular nesse processo de desenvolvimento das competências necessárias aos indivíduos para uma vida plena e em sociedade. Dentre tais competências, destacamos aqui as competências socioemocionais, aquelas que estão diretamente ligadas ao SER e ao CONVIVER mas que influenciam, muitas das vezes até diretamente, as demais competências como o CONHECER e o FAZER. Os índices alarmantes de violência; os episódios recentes e recorrentes de intolerância de toda ordem; a desigualdade social que se perpetua em um País de dimensões continentais como o nosso; o cenário e as experiências fracassadas na economia, política e desenvolvimento; além da constatação de que as doenças psicossomáticas como a depressão assolam como nunca população e prevalecem, inclusive, dentre os mais jovens, corroboram a importância de nos preocuparmos com a inteligência emocional de nossas crianças e adolescentes. A escola é protagonista no processo de formação do indivíduo e também sofre as consequências de sua própria deficiência quando precisa criar estratégias para lidar, por exemplo, com ocorrências cada vez mais presentes de bullying na comunidade escolar. A educação precisa ir além do saber. Ela precisa ser cidadã, formar atitudes e construir valores, o que requer bastante tempo e esforço. Por meio da abordagem disciplinar e interdisciplinar, as escolas devem privilegiar os métodos ativos de aprendizagem e o trabalho em equipe buscando o desenvolvimento completo e equilibrado da personalidade dos estudantes afim de prepará-los para a prática de uma cidadania ativa e aberta para o mundo.
Erika Radespiel @erikaradespiel Administradora de Empresas e Pedagoga. Especialista em Educação. Escritora de materiais pedagógicos para Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Consultora pedagógica. Coach para concursos públicos.
43
Ajuda na cidade, para a cidade
A Associação Sociocultural Koinonia atende, em média, 160 crianças diariamente por Vanessa Rodrigues
44
45
Q
uem passa pelo conjunto 8 da Área de
que não devemos agredir o outro com palavras
físico, relativamente pequeno, atende um
saudável com a criança”.
Desenvolvimento Econômico de Águas Claras (ADE) nem imagina que um espaço
projeto enorme não só de estrutura, mas de exemplo de amor e doação. Nesse
endereço
funciona
a
Associação
Tudo começou em 2003, com o projeto para
de corte judô, jiu jitsu, português, matemática,
a necessidade de acolher os filhos dessas mulheres
horticultura, informática, artes plásticas, ballet e
musicalização. Além disso, são disponibilizados atendimentos psicológicos e fisioterapia corporal,
visitas do assistente social nas escolas e domicílio, quando necessário. “Temos como objetivo servir a comunidade local como um todo, por isso não cuidamos só das crianças, mas dos pais para que a família permaneça fortificada”, afirma Paulo
Santana, idealizador do projeto e pastor da Igreja Batista Koinonia.
A Associação é mantida pela Igreja Batista
Koinonia com o apoio de alguns parceiros (membros da igreja ou não), colaboradores e voluntários que
doam seu dom, talento e tempo em prol de de uma
que elas pudessem se profissionalizar na costura,
informática e horta. Com o passar do tempo, houve tanto no amor quanto nos estudos.
Foi então que surgiu a ideia de abrir o espaço
para as crianças frequentarem toda tarde, tendo
aulas de várias matérias, reforço escolar e ensinando também valores cristãos.
De acordo com a coordenadora do projeto,
Quelma Soares, a associação tem por objetivo a assistência social gratuita e continuada sem
qualquer discriminação de clientela, de forma planejada, diária e sistemática em consonância com o Artigo 3º da Lei Orgânica da Assistência Social.
A RECOMPENSA
Reconhecido pelo GDF no ano de 2015, pelos
causa maior. Os meninos e meninas participantes do
trabalhos realizados com a comunidade, o Projeto
deles são encaminhados pelo Conselho Tutelar da
professores voluntários. “Ajudar faz tão bem pra quem
projeto são moradores do Areal e estão regularmente matriculados na rede pública de ensino do DF. Alguns
região. “As crianças passam por uma triagem, onde é analisada a situação psicológica, financeira e se elas
cumprem os requisitos de participação, porque a ideia é realmente ajudar quem precisa”, afirma Ester Vasconcelos, professora de ballet e reforço da ASK.
A professora ainda conta que é necessário
estabelecer uma relação amorosa com os pequenos,
já que muitos chegam acanhados e agressivos. “É um
trabalho de formiguinha. Um dia você ensina que
precisa lavar as mãos antes de comer, no outro que
escovar os dentes é saudável. Depois você ensina
46
O COMEÇO
mulheres carentes, onde era ensinado cursos para
No contraturno escolar, são oferecidas aulas
Ester Vasconcelos, professora de ballet e reforço da ASK
diferente, porque nós temos que ter uma relação
Sociocultural Koinonia que acolhe crianças de 03
a 14 anos por meio do projeto “Pequeno Cidadão”.
“É um trabalho de formiguinha. Um dia você ensina que precisa lavar as mãos antes de comer, no outro que escovar os dentes é saudável. Depois você ensina que não devemos agredir o outro com palavras ou fisicamente e aí vai indo. Cada dia é uma coisa diferente, porque nós temos que ter uma relação saudável com a criança”.
ou fisicamente e aí vai indo. Cada dia é uma coisa
Pequeno Cidadão é o principal trabalho da associação
com as crianças e que ganha o carinho e o coração dos ajuda, que eu não sei se quem é ajudado ganha como quem ajuda. É muito legal, porque você se relaciona
com as pessoas e você conhece outras histórias.
Então assim, saber que fui a primeira professora de ballet daquelas crianças, que ajudei algumas delas a entender a tabuada ou alguma palavras, é muito bom”, finaliza Ester.
Saiba como ajudar! Participe!
Telefone: (61) 3404-5335
ADE Conjunto 08 Lote 02 Areal – Águas Claras
47
Inquilino ou proprietário:
quem é o responsável pelo pagamento do condomínio?
Q
48
uando se trata de encargos locatícios, muitas dúvidas pairam sobre de quem é a responsabilidade pelo pagamento. Uma das mais comuns é a que se referente à responsabilidade pelo pagamento das taxas condominiais. Neste caso, a Lei nº. 8.245/1991, alterada pela Lei 12.744/1991 é bastante clara. Em seus artigos 22 e 23, a Lei trata sobre tais responsabilidades, sendo o artigo 22, inciso X o responsável por dispor que é de responsabilidade do locador/proprietário o pagamento das taxas extras do condomínio, e o artigo 23, inciso XII, determina que é obrigação do locatário/inquilino “pagar as despesas ordinárias de condomínio”.
Ocorre que, ainda assim, algumas pessoas têm dificuldade em distinguir o que seria “taxa extra” e “taxa ordinária” do condomínio sendo isto, muitas das vezes, motivo de desentendimentos entre locadores e locatários. Portanto, faz-se importante trazer ao conhecimento comum a distinção entre uma e outra: No que diz respeito às taxas extras, cujo adimplemento é responsabilidade do proprietário, o legislador as tratou como sendo aquelas que não se referem aos gastos rotineiros de manutenção do edifício. Para facilitar o entendimento, a Lei enumera várias despesas que considera extraordinárias. Entretanto, trata-se de rol meramente exemplificativo,
já que as antecede o advérbio “especialmente”, que não significa “unicamente”. Sendo assim, outras despesas que se assemelhem às que foram legalmente tipificadas podem ser consideradas como extraordinárias. São alguns exemplos de taxas extraordinárias: obras de reformas ou acréscimos que interessem à estrutura integral do imóvel; pintura das fachadas, empenas, poços de aeração e iluminação, bem como das esquadrias externas; obras destinadas a repor as condições de habitabilidade do edifício. Já com relação às despesas ordinárias, cumpre esclarecer que são aquelas necessárias à sua administração, ou seja, aquelas referentes aos casos rotineiros de manutenção do condomínio. São alguns exemplos de taxas ordinárias: salários, encargos trabalhistas, contribuições previdenciárias e sociais dos empregados do condomínio, consumo de água e esgoto, gás, energia elétrica das áreas de uso comum, limpeza, conservação e pintura das instalações e dependências de uso comum. A Lei se preocupa em trazer várias despesas que são consideradas ordinárias, assim como as extraordinárias, e da mesma forma o rol apresentado é apenas exemplificativo. Desta forma, ao serem apresentados pela Lei apenas “exemplos” de cada tipo de taxa, eventualmente poderão ocorrer disputas entre locatários e locadores quando estes se depararem com despesas que não se encaixem claramente na tipificação legal. Nestes casos, não chegando a um consenso, o meio para se dirimir tal dúvida será o judicial. Importante ainda ressaltar que, mesmo estando estabelecidas contratualmente e em Lei as responsabilidades do locatário pelo pagamento das taxas condominiais, caso este não cumpra e deixe de efetuar o pagamento dessas taxas, quem responderá pela dívida é o proprietário!
Ora, mas por que isso acontece?
Por tratar-se de uma dívida propter rem, o débito condominial constitui uma obrigação real, decorrente da relação entre o devedor e a coisa que, neste caso, é o imóvel localizado em condomínio. Em outras palavras, significa dizer que é uma dívida proveniente do imóvel e que por isso o acompanha, sendo o responsável por ela o detentor de sua posse ou propriedade.
Por isso, aos que alugam os seus imóveis é extremamente importante que acompanhem não somente o pagamento do aluguel, mas também dos encargos locatícios, principalmente condomínio e IPTU, para que não sejam surpreendidos com uma dívida em seu nome, ou até mesmo um processo de execução que consequentemente acarretará na inscrição de seu nome nos cadastros de inadimplentes. Obviamente, o valor pago pelo proprietário de débitos provenientes de condomínio e IPTU inadimplidos pelos inquilinos durante a vigência do contrato de locação poderão ser cobrados regressivamente. Entretanto, como dito anteriormente, a melhor saída é se prevenir e acompanhar de perto o pagamento de todos os encargos locatícios.
Helena Moreira Alves OAB/DF 28.143
• Vice-Presidente da Comissão de Direito Imobiliário e Condominial da OAB/DF - Triênio 2019/2021. • Membra titular da Comissão Permanente de Monitoramento do Código de Edificações do Distrito Federal - CPCOE - Biênio 2019/2021. • Secretária-Geral da Comissão de Direito Imobiliário da RIEX (Rede Internacional de Excelência Jurídica). • Vice-Presidente da Comissão de Direito Imobiliário da OAB/ DF - Subseção Taguatinga - Triênio 2016/2018. • Conselheira da OAB/DF - Subseção Taguatinga - Triênio 2016/2018. • Membra da Comissão de Direito Imobiliário da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional do Distrito Federal - Triênio 2013/2015. • Técnica em Transações Imobiliárias pelo Centro de Ensino Tecnológico de Brasília. • Especialista em Direito Imobiliário pela Faculdade Dom Bosco. • Pós-Graduada em Direito Civil e Direito Processual Civil pela ATAME Pós Graduação e Cursos. • Bacharela em Direito pela Universidade Católica de Brasília Brasília/Distrito Federal.
49
AI DOS INGRATOS!
U
50
ma das virtudes mais importantes é a gratidão. Trata-se do instrumento de que nos valemos para manifestar reconhecimento a quem nos tenha sido útil, a alguém que, em situação delicada, nos tenha socorrido, ajudado-nos a ultrapassar um obstáculo, vencer alguma dificuldade. É, sem dúvida, um dos mais nobres sentimentos do homem. Causa muita alegria ser retribuído com um gesto de agradecimento; é muito significativo receber um terno sorriso ou uma palavra de afago, em retribuição a algo que se tenha feito ou proporcionado. Por outro lado, como demonstra nobreza de caráter quem o faz!... Quando prestamos algum apoio a alguém, devemos fazê-lo despretensiosamente. Na certa, a recompensa há de vir de Deus, que está ciente de cada uma de nossas ações. No entanto se, em troca, recebemos com surpresa um gesto de ingratidão, é comum que sintamos dor e, até, indignação. Mas, na ver-
dade, compreendendo a complexidade da vida, entendendo o quanto, muitas vezes, pessoas estão involuntariamente privadas de seus mais nobres sentimentos, o melhor que se deve fazer é perdoar. Quando uma árvore deita sombra a terreno vizinho, deixando de dedicá-la àquele que a plantou, ela está à cata de melhor posição, à procura de condições ideais, aquelas que lhe sejam as mais favoráveis; não tem compromissos – é claro que, como árvore, não os teria! - com eventuais necessidades de quem a plantou, de quem lhe deu proteção aos primeiros tempos, de quem a ajudou a florescer... Assim procedem pessoas ingratas. Estas, sim, ao comportarem-se de modo totalmente avesso ao que se poderia esperar, devem merecer a nossa compaixão: na verdade, a ingratidão é própria de quem não está em paz consigo mesmo. Pobre dos ingratos, porque vivem em conflito e são, normalmente, egoístas e invejosos; preocupam-se
apenas com seus interesses... São incapazes de reconhecer o sentimento de bondade alheia, pois, quase sempre, estão envolvidos com seus próprios problemas e tormentas. Portanto, diante de um deles, o melhor que se faz é ter a nobreza de compreender suas carências e estimar que, ao longo da vida, venha adquirir sabedoria e encontrar o amor, capazes, possivelmente, de lhes modificar o coração!
Anúncio
- Advogada associada do Escritório Moreira&Andrade advogados
FERNANDO DE CASTRO - Membro da ComissãoVELLOSO de
Mestre DireitoEngenheiro do Trabalho(IME), e Sindical daem Ciências da Engenharia em Sistemas/ Ordem dos Advogados do graduado Brasil Informática (IME) e Pós em SeccionalLíngua do Distrito Federal. Portuguesa (UCB) Triênio 2019/2021.
51
Dia a Dia Contracapa
52