ISSN 2236 4382
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ARQUITETURA E URBANISMO UNIFEV : 20 anos
EXPEDIENTE JUN. 2020
MARIA JULIA BARBIERI EICHEMBERG EDITORIAL REVISÃO COORD. CURSO ARQUITETURA E URBANISMO
ANDRÉ TERUYA EICHEMBERG EDITORIAL REVISÃO
ISSN 2236 4382 VOTUPORANGA|SP| BRASIL
LUIZ FERNANDO DE BIAZI SEBA REVISÃO PRODUÇÃO DE CONTEÚDO PROJETO GRÁFICO
TEREZINHA GONZAGA EDITORIAL NÚCLEO ARQUITETURA: HABITAÇÃO : PREFEITURA
ARQUITETURA E URBANISMO UNIFEV | 20 anos
#8
BRENDA DA SILVA OLIVEIRA PRODUÇÃO DE CONTEÚDO
MARINALDO DATORE CAPA REVISÃO
LÍVIA SEGANTINI COLABORADORA
JÉSSICA AYUMI COLABORADORA
RAFAELA MORAIS FRANCO PRODUÇÃO DE CONTEÚDO
A edição #8 da Revista Alpendre traz ao leitor uma coletânea de Trabalhos de Conclusão de Curso do ano de 2019. Junto a isso e em clima comemorativo pelos 20 anos do curso de Arquitetura e Urbanismo da UNIFEV, entrevistamos alguns ex-alunos para trazer ao leitor uma amostragem de seus trabalhos e competências.
EDITORIAL São 5:44, a merendeira desce, o ônibus sai, Dona Maria já se foi, só depois é que o sol nasce... As manhãs parecem todas iguais, mas as nuvens que se movem na paisagem mostram que nenhum dia é igual ao outro. As 7:15 Dona Judite passa o café e a vizinha varre as folhas da calçada, briga brava com os matinhos que insistem em crescer por entre as rachaduras do chão de cimento. As 10:22 roupas secam no varal e brotos crescem no jardim, bate sombra na cozinha, onde descansa o feijão de molho. As 11:05 a marmita do pedreiro já está vazia e o gari já limpou a praça. As 13:00 Mariana deu seu primeiro beijo no portão da escola enquanto alguém, do outro lado da cidade, teve uma ideia brilhante sobre como guardar a água da chuva para regar as plantas. As 16:00 João atravessou a rua para encontrar seu pai pela primeira vez. As 17:34 Neide bateu o ponto do seu último dia de trabalho na biblioteca e, a alguns passos dali, numa escadaria centenária, alguém chora por um amor não correspondido. Anoitece... São 19:43 da noite, um punhado de crianças joga bola num campinho de terra, ali é o Maracanã deles, vira e mexe soltam pipas pra conversar com as nuvens, mas agora não dá, está azul escuro. São 21:15, Seu Zé passeia com seu neto no parque. Seu Zé tagarela coisas quase sem sentido, sobre a cidade e família, já seu neto, apenas imagina como desenhar tudo aquilo. Mais tarde, no outro lado da cidade, o sino badala 12 vezes... e dona Martha espera sua filha chegar, sentada e paciente, em sua varanda recém reformada. Um vento vem tranquilo e lhe faz companhia. São 5:44, a merendeira desce, o ônibus sai, Dona Maria já se foi, só depois é que o sol nasce... A arquitetura, o urbanismo e o paisagismo estão em cada detalhe da vida de todos nós, e devem ser para todos. 20 anos de Arquitetura e Urbanismo da UNIFEV.
NOSSO AGRADECIMENTO A CADA UM DOS DOCENTES QUE AJUDARAM A CONSTRUIR E SOLIDIFICAR O CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO NESSES 20 ANOS !!!
Amália Luiza Poiani Gomes Beraldi André Teruya Eichemberg Andrea Penha Gregório Vasconcelos Andrea Celeste de Araújo Petisco Armando Davoglio Arlete Maria Francisco Carla Lopes Simoni Seba Celso Adalberto Zuanazzi Danila Martins de Alencar Battaus Débora Andrea Pereira Tajara da Silva Diogo Barros Monteiro Edson Roberto Bogas Garcia Evandro Fiorin Evanir Regina Moro Peichoto Fabrício Mesquita de Aro Fátima Aparecida dos Santos Fernando Bermejo Menechelli Fernando Kleber Ribeiro Antunes Fernando Okimoto Glauco Cocozza Gustavo de Souza Fava Jahyr Gonçalves Neto Janaina Andréa Cucato João Lodi Agreli Jorge Augusto Seba Jorge Lucien Munchen Martins Laura Fernando Cimino Luciano Dias Lourenço Luiz Antonio Dalto Mara Regina Pagliuso Rodrigues Maria Julia Barbieri Eichemberg Mariangela Bovolato Maristela Da Silva Janjulio Nínive Daniela Guimarães Pignatari Osvaldo Gastaldon Rodrigo Barbosa Lopes Rogério Rocha Matarucco Sabrina Maia Lemos Salvador Castrequini Neto Terezinha De Oliveira Gonzaga Vinicius Sanchez Dos Santos
Trabalhos de ConclusĂŁo de Curso
CASA ABRIGO PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES VITIMAS DE VIOLÊNCIAS, ABUSOS SEXUAIS, MAUS TRATOS E ABANDONOS
Trabalho de Conclusão de Curso Aluna: Letícia Ramalho Simioli Orientadora: Amália Luiza Poiani Gomes Beraldi
Esse TFG baseia-se em uma história de vida de uma menina que foi adotada recém-nascida, na cidade de São Paulo... Hoje eu conto a minha história de vida para todos, com o coração grato e toda vez que entro no assunto, choro, mas não de tristeza e sim de felicidade. Hoje tenho uma conexão muito grande com meus pais, eles sabem de tudo que se passa na minha vida, meus melhores amigos, minha maior paixão e principalmente minha maior riqueza. Alguns amigos dos meus pais sempre falam toda vez que me vê “Deus é tão maravilhoso que ele consegue fazer as coisas perfeitamente bem”, todos dizem que sou a cópia da minha mãe, e sim eu sou mesmo. E com a minha história, fez com que
eu me apaixonasse mais ainda pelo assunto e foi assim que eu escolhi o tema do meu TFG “casa abrigo”. A menina tímida que não costumava a tocar no assunto de adoção com ninguém se transformou em uma mulher orgulhosa e feliz por sua história, e entendeu que o fato de ter sido adotada por este casal cheio de amor e desejo por ela foi na verdade um presente.
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REVITALIZAÇÃO DO HORTO FLORESTAL DE VOTUPORANGA – SP
Trabalho de Conclusão de Curso Aluna: Mirella Cristina Fonseca Comino Orientadora: Amália Luiza Poiani Gomes Beraldi
O estudo elaborado visa criar uma intervenção e também uma revitalização no Horto Florestal de Votuporanga. A proposta da temática é contribuir para a melhoria e a criação de um espaço de lazer e contemplação dentro do horto florestal. A ideia do projeto dará mais evidencia para o paisagismo, já que, a área em estudo é uma reserva natural. Sendo assim, as espécies nativas da região serão mantidas e preservadas. A área do Horto Florestal Sergio Ramalho Matta fica na Estrada Municipal Mario Dorna (estrada de terra), próximo à represa da Saev Ambiental. O principal objetivo da revitalização, é buscar aprimorar a valorização do espaço, fazendo com que dessa maneira as pessoas passem a ir até o local para se divertir e também encontrar um lazer em meio a beleza natural da reserva do horto.
Os principais conceitos do projeto foram, a sustentabilidade e a busca pela preservação, já que, o horto é uma área de APP (área de preservação permanente), a busca por novas áreas para serem desenvolvidas dentro do horto, como áreas de recreação e também a valorização da paisagem natural. O que é Horto Florestal? De uma forma geral um horto florestal é uma área protegida de mata nativa que se encontra próxima a centros urbanos. Assim, vemos que o horto florestal, além de nos proporcionar lazer também abriga a fauna e a flora nativas de determinada região. Essas matas nativas são de suma importância para as cidades, já que, esses espaços naturais regulam o clima, purificam o ar, protegem os recursos hídricos garantindo o abastecimento de água, evitam alagamentos e desmoronamentos. Muitas vezes esses territórios abrigam espécies da fauna e da flora ameaçadas de extinção além de operarem como áreas de pesquisas cientificas naturais e promoção de educação ambiental. 13
O MESMO, DIFERENTE ARQUITETURA DOS AFETOS
Trabalho de Conclusão de Curso Aluna: Bruna Patrícia Cicareli Orientador: André Teruya Eichemberg
Baseado no conceito de diferença e repetição do livro do filósofo Deleuze, o trabalho teve como objetivo criar por meio da arquitetura e urbanismo um encontro com a diferença. Isso se faz necessário, pois o ser humano na atualidade se encontra em total processo de paralisação, inserido em ambientes repetitivos e em cidades que são copiadas e alocadas como em um estilo Internacional. Todo o processo de globalização permitiu várias coisas, mas não proporcionou a imersão aos afetos, muito pelo contrário, eles passaram a ser reprimidos e isso acabou intensificado o mal-estar contemporâneo. A partir disso, tanto o corpo quanto a mente acabaram aprisionados, nas mesmas paisagens, rotinas, afetos e assim, na repetição. Buscando a resolução para esse problema, ao analisar o espaço urbano de Fernandópolis-SP, foi observado a
singularidade no meio da repetição, sendo esses os córregos. Nada mais poderia representar a diferença tão bem quanto essas áreas, pois elas se diferenciaram pelo silêncio, aroma, texturas e tantos outros. O entendimento sobre diferença acabou sendo intensificado, pois foi percebido que cada um dos córregos se comportava de maneira diferente em relação ao seu entorno. Com isso, por um processo de experimentação e diagramação adotou-se a cada um deles um afeto, de modo a intensificar toda a singularidade existente, como se os córregos se expressassem a partir do percurso e da sua vegetação nativa. Observou-se assim, que mesmo sendo diferentes esses espaços ainda fazem parte da cidade e compartilham características em comum, pela água e pelos afetos. Com isso foram criados dez caminhos tanto d’água, como trilhas, de modo a inserir o corpo humano no local, provocando experiências distintas. Conclui-se que cada um dos afetos sendo eles bons ou ruins são necessários. É necessário angustiar-se, distanciar-se, expandir-se, revoltar-se, serenar-se, perder-se, desligar-se, desgastar-se, atrair-se e perdoar-se, é necessário tudo isso, toda essa diferença, para estar vivo!
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Trabalho de Conclusão de Curso
ARQUITETURA E INFÂNCIA
Aluno: Denner Messias Liossi Orientador: André Teruya Eichemberg
O projeto teve como a objetivo a construção de um espaço voltado para crianças no município de Floreal – SP, em uma área localizada dentro da cidade, no bairro CDHU, pois foi lá onde vivi grande parte da minha infância. Tem a função de despertar a criatividade e a curiosidade na criança, fazendo com que criem seus próprios brinquedos e brincadeiras longe da tecnologia, para que possam carregar ao longo de sua vida, lembranças e aprendizados de uma fase essencial na vida de uma pessoa, que é a infância. Através da história de um menino que junto com seus amigos e outros personagens vive uma infância em um local que para ele é magico até hoje, onde atualmente se encontra abandonado mas carrega em cada canto ou objeto
deparado ao seu olhar uma lembrança de brincadeiras, aventuras, aprendizados e curiosidades deixados pra traz pelo tempo, mas não está apagado em sua memória, fazendo com que através de ilhas de sensações busque a infância perdida das crianças atuais. O espaço possui duas áreas onde na primeira parte fica a quadra de esportes, ao seu redor possui morros de diferentes formas e tamanhos, que por sua vez tem a função de despertar a curiosidade e a vontade nas crianças de querer ir mais além, no mesmo tem um córrego que percorre toda a primeira área passando por dentro e por cima dos morros, através de tubos de concreto também acessíveis as crianças. O córrego faz ligação a segunda parte do projeto passando em meio ao salão que possui uma horta comunitária e balanços, cada espaço é dividido por um piso diferente, grama, areia, concreto ou terra. Para tornar a área mais agradável e incentivar ainda mais as brincadeiras, o espaço possui arvores frutíferas que se tornam um pomar que toma conta do terreno todo.
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Trabalho de Conclusão de Curso
DIAGRAMAS E DOBRAS
Aluna: Giovanna Zocal Chiovetto Orientador: André Teruya Eichemberg
Este trabalho tem como objetivo investigar e experimentar os conceitos de “dobras”, estudado por filósofos, escritores, artistas e arquitetos, e por meio deste entendimento e domínio sobre o assunto experimentar e identificar as dobras no emaranhado de caos da malha urbana, que redobra, desdobra e dobra a todo instante. O processo de pensar a cidade, como espaço complexo formado por um emaranhado de linhas, tramas e vetores, que só explorando estes podemos identificar que essas infinitas linhas, que se cruzam sem nem tocar o chão tornam-se lugares. As dobras são acontecimentos, instantes impulsionados por sutis forças, que estão presentes em todos os lugares materiais ou sentimentais, nossa vida é repleta de dobras que acontecem sem que deixemos de ser “nós mesmos”. A cidade em que esse estudo se aplica é Estrela’ d’ Oeste, uma cidade pequena com pouco mais de 8 mil habitantes, partindo dela, as
dobras existentes na malha urbana foram identificadas, o projeto se estende como uma gride nesses espaços, com a repetição de módulos desenvolvidos para cada um com suas particularidades, mas que possuem uma mesma essência, são apenas redobrados e desdobrados de acordo com suas funções. Os espaços/lugares identificados já são uma dobra potencializada pelos fatores que movem a cidade, como tempo e ambos são caracterizados pela singularidade, com isso não há o intuito de modifica-lo mas sim torna-lo experiência do corpo que o experimenta e o ressignifica, trazendo vida e fazendo com a experimentação deles se debruce nas pessoas que se dobram, redobram e desdobram em a cada instante em, Resguarolhar, Elevisão, Sombração e Suberagir.
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FORDLANDIA - ENTRE A SELVA E A BORRACHA, UM PARAÍSO ESQUECIDO
Trabalho de Conclusão de Curso Aluna: Jéssica Archillia Gardini Orientador: André Teruya Eichemberg
1928, as margens do Rio Tapajós no Pará, cercado pela imensidão da Amazônia, estava lá a grande utopia de Henry Ford. Dois navios, Lake Ormoc e Lake Farge, depositaram em solo brasileiro componentes que estruturariam e desfrutariam a nova cidade: Fordlândia. A cidade oferecia saneamento básico, hospital, escola, água encanada, luz elétrica, moradia, cinema, oficinas mecânicas e emprego. A derrubada da mata teve início paralelamente a construção da cidade. Foram 400 hectares de plantio de seringueira e mais tarde mais 900 hectares foram desmatados. Para Ford, a garantia de produzir sua própria borracha para produção de pneus e peças automotivas estava começando bem ali.
Ao passar dos anos, muitos problemas começaram a surgir. De desentendimentos entre Norte americanos e brasileiros, até falhas no plantio das seringueiras. Em 1934 os planos começaram a estremecer. Em 1945 novas tecnologias permitiam fabricar pneus a partir de derivados do petróleo, o que por vez botou fim às esperanças de Ford. 91 anos se passaram, e a pequena vila hoje pertencente ao município de Aveiro. A história está estampada em cada galpão, que hoje está em completo mal uso. A emblemática caixa d’água carrega a grandeza e a importância do lugar. A reutilização das edificações pré existentes para novos usos e experiências contará com espaços culturais, educacionais e de contemplação. Esse reuso adaptativo evitará a perda de identidade do local, preservando a memória e permitindo que a população local e os turistas desfrutem e deem continuidade para aquilo que já carrega história. O local conta com 4 galpões onde serão adaptados os espaços e suas especificidades. Além de atribuir funções aos espaços, os galpões e seu entorno transmitirão passagens do tempo: atemporalidade que de forma material afeta o ambiente e a atemporalidade que de forma imaterial preenche os espaços com sua devida importância. 21
ERA UMA VEZ UMA AVENIDA
Trabalho de Conclusão de Curso Aluna: Júlia Martins Del Grossi Orientador: André Teruya Eichemberg
Era uma vez uma avenida é um projeto de finalização de graduação que discute a relação urbano social. Através dos estudos dos tipos de sociedade e sua relação com a arquitetura e o urbanismo, notamos uma ‘falha’. As sociedades de cultura midiática e blasè de fato não vivenciam com extrema potência os espaços urbanos e seus edifícios. Com essa análise, o local de pesquisa e intervenção proposto foi escolhido por uma relação de afeto. A Avenida Paulista, São Paulo - Brasil. Por ser um local icônico o projeto encontra empecilhos e visibilidade ao tema. Para a busca de novas relações, que possam se destacar, a linhagem arquitetural escolhida foi a paradoxal e o conceito trabalhado foi o de REENCANTAMENTO. O projeto tem como intenção formular novas
relações de afeto, novos laços. Quando estudada, a Avenida, descobrimos galerias desocupadas, que se mostraram prontas para receber um projeto crítico, e também para abrir novas possibilidades a sociedade, se tornando, assim, o partido do projeto. A intervenção consiste em uma nova estrutura da Paulista. Ao unir as galerias à avenida precisamos modificar as vias de circulação automobilísticas, abrindo, desta forma, mais espaço para os eventos. Liberando uma superfície de uso em que só poderia ser encontrado aos domingos. Propondo diferentes eventos, dividimos a avenida em quatro áreas. Cada uma obedece a uma variação de velocidade do corpo. Estas extensões foram subdivididas, onde em cada quarteirão propusemos mobiliários que acompanham a velocidade, que foi determinada a partir dos tipos sociais já existentes. Cada uma das 4 áreas possuem temas diferentes, que são: Leitura, Circo, Mata e Praia. Todas possuem diferentes propostas de reencantamento.
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Trabalho de Conclusão de Curso
POÉTICAS DO HABITAR
Aluna: Livia Segantini Bravo Orientador: André Teruya Eichemberg
Este projeto retrata e experiencia o processo criativo que traduz a potência do habitar através dos afetos e singularidades de cada ser, propondo novos encontros afetivos e poéticos para a habitação social, partindo do processo de desconstrução e reconstrução, dando um novo sentido ao que já existe, mas muitas vezes encontra-se imperceptível e inquestionável. Como resultado, a proposta projetual desdobra-se em um encontro afetivo entre 6 casas, desenvolvidas através das cartas do caderno processual e dos módulos, que foram criados para padronizar e facilitar em custos a produção em larga escala, como normalmente são realizados os conjuntos habitacionais. Esses padrões de 70m² foram desconstruídos para reconstruí-los através dos afetos, materializando anseios e dando autonomia para os habitantes os agenciarem, sem generalizá-los ou cataloga-los, moldando e criando suas relações pessoais e in-
terpessoais, como protagonistas deste “jogo poético” que é o habitar. Onde cada casa torna-se totalmente singular, mesmo os módulos sendo os mesmos. A área escolhida para o projeto é um vazio urbano que está localizada na cidade de Jales-SP, onde há uma diversidade de classes sociais, próximo ao centro comercial e de equipamentos urbanos, como escolas, creches e postos de saúde. Desta forma, voltando-se para a essência primordial humana, que é conviver, trocar e compartilhar, a idéia do privado como barreira, do muro como prisão, é desconstruída, reconstruindo o sentido de vizinhança e cooperação, buscando planejamentos mais espontâneos e sensíveis. Embora os espaços internos sejam mínimos, as casas permeiam um sentimento de expansividade, a vegetação dissolve as fronteiras, demarcando os espaços, tornando-os mais privativos, mas ao mesmo tempo os unindo. O corpo que agencia esse jogo poético, descobre e desvela sua potência, através da arquitetura que o sustenta, resgatando e se reencantando pela vida cotidiana.
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Trabalho de Conclusão de Curso
SÓ, NA NATUREZA
Aluno: Wellington Antônio da Silva Fileto Orientador: André Teruya Eichemberg
Com inspiração inicial no livro e filme “Na Natureza Selvagem”, que trata-se de uma história baseada na vida de Christopher McCandless, um jovem que se sentia aprisionado pela rotina criada pelo mundo capitalista. Partindo disso, pensou-se em um lugar que pudesse promover liberdade para o corpo humano e que fosse guiado pela natureza. Foi assim, encontrado o Horto Florestal de Fernandópolis, sendo esse o antigo Zoológico da cidade. Por meio de experiências dentro desse espaço, foram compostos cenários com os elementos naturais de modo representar atividades do dia a dia, nas quais o corpo humano fosse inserido. Foi evidenciado que naquele ambiente poderia ser composto um habitar humano, por meio de elementos simples, como móveis e objetos. Observou-se que esse projeto e espaço além de servir como um refúgio para aqueles que buscam liberdade,
solidão, paz, também poderia corresponder a um abrigo para moradores de rua, já que na atualidade essa população não tem moradia e acaba sendo excluída da sociedade. Essa liberdade que se buscava desde o início, pode existir justamente pela simplicidade de um morador de rua, onde ele constitui a sua moradia de pequenas e inusitadas coisas. Todo projeto partiu da própria topografia do terreno, onde ela serve para guiar o corpo humano dentro desse grande terreno. Também é importante ressaltar a existência de uma “APP” (Área de Preservação Permanente) por existir uma pequena parte de um córrego no terreno, sendo essa expandida para também servir como guia do corpo. Com isso, conclui-se, a importância desse projeto para criação de uma nova proposta no conceito de habitar, onde a arquitetura vá muito além de um projeto, partindo das pequenas coisas, dos pequenos detalhes, sendo capaz de constituir novos e milhares de “universos” para aqueles que necessitam de amparo, sendo isso possível só, na natureza.
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Trabalho de Conclusão de Curso
(DES)FRAGMENTAÇÃO
Aluna: Jéssica Queiroz Orientadora: Andréa Penha Gregório Vasconcelos
Hoje, o local que foi analisado é apenas um córrego que transpassa a cidade, que serve como barreira para o desenvolvimento urbano e para pedestres que precisam atravessá-lo, muitos desconsideram a existência do Córrego por ser um ambiente escuro, perigoso e contaminado em alguns pontos. O projeto de pesquisa visou analisar o processo de descentralização na cidade de Iturama/MG afim de redefinir e propor possíveis novas centralidades em região de expansão, potencializando o crescimento do município. A qualidade de vida da população residente em meio urbano é influenciada pela presença de espaços livres de permanência e lazer, dotados de boa infraestrutura e vegetação. Esses espaços são responsáveis pela dinamização e vitalidade urbana, uma vez que são palco de manifestações e atividades
diárias da população. Visto essas análises, levantamentos in loco e revisões bibliográficas, um córrego que corta bruscamente a malha urbana em norte e sul – Córrego Quati – totalmente degradado se torna a solução de todos os “problemas” através de um imenso Parque Linear. o conceito deste projeto baseia-se na minuciosidade, nos fragmentos, nas partículas da célula de Iturama, ou melhor dizendo, na desfragmentação. O conceito de (des)Fragmentação traduzido em projeto traz a multifuncionalidade para a zona da cidade em que trabalhei, transformando uma simples cidade-dormitório em um polo subcentral, desenvolvendo melhor a malha urbana e trazendo consigo a diversidade de uso afim de alimentar as necessidades dos moradores. Reunindo fragmentos de toda a cidade, sendo o que falta ao atravessar o córrego, ou o que tem deste lado do córrego que não tem do outro lado, afim de preencher a ausência, sendo esta o nosso partido, o motivo da escolha do Córrego Quati.
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TERMINAL DE PASSAGEIROS AEROPORTO DE JALES
Trabalho de Conclusão de Curso Aluna: Júlia da Silva Nascimento Orientadora: Andréa Penha Gregório Vasconcelos
Este trabalho de conclusão de curso, tem como produto final um projeto de revitalização de um Aeroporto. Localizado próximo a tríplice de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais, na região Noroeste do estado de São Paulo, no município de Jales, situado na Avenida Guilherme Soncine. De acordo com dados do IBGE, Jales tem população estimada de 50.112 habitantes, com área de 388,5 km². Um Aeroporto é de fundamental importância para a cidade, porém que seja público no intuito de voos comerciais que possibilitem a fomentação e movimentação dos negócios Regionais, como: Agropecuário, Turístico, Saúde (Hospital do Amor) etc... Segundo a ex prefeita de Jales Eunice Mistilides da Silva, 10% da soja exportada pelo Brasil para a China passa pela região por ferrovia, “Além disso, é uma região com muitos empresários e onde está uma das unidades do Hospital do Cân-
cer de Barretos”, defendeu. A ideia é descentralizar a demanda de Barretos, que recebe, atualmente, mil pacientes por dia de São Paulo e 400 de outros estados. Além disso a região necessita de um Aeroporto, sendo que o mais próximo é em São José do Rio Preto que se localiza a 150km de distância. O partido do projeto surgiu devido as estruturas presentes. São estruturas antigas e que não serão destruídas, apenas ampliadas, permanecendo as histórias e referências do atual aeroporto. Fluidez representa a permeabilidade entre os espaços, viabilizando os recursos e permitindo diferentes sensações aos usuários. A busca da junção entre as pessoas em espaços públicos onde o objetivo seja as percepções das pessoas. O conceito vai ser desenvolvido dando importância para o espaço. Fazendo que tudo flua devidamente como esperado.
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GRÁFICA: JARDIM DE BORBOLETAS
Trabalho de Conclusão de Curso Aluna: Leidiane Santos Toledo Orientadora: Andréa Penha Gregório Vasconcelos
“(...) Pode, por favor, parar o tempo? Borboleta, como uma Borboleta (...)” (Butterfly– Bangtan Sonyeodan) A teoria do Caos diz que uma simples borboleta tem capacidade de com um bater de asas mudar algo definitivamente em algum lugar. Existem coisas que acontecem e por mais que pareçam minúsculas, futuramente pode causar algo grande. Tudo na vida está sujeito a imprevisibilidade. “...Porque a vida não é certa... O que é certo mesmo é que temos que viver cada momento e cada segundo...” (Veríssimo) O que pode ser feito diante disso é ao invés de tentar capturar a borboleta, cuidar do que está ao seu alcance, você mesmo. “O segredo é não correr atrás das borboletas. É cuidar bem do jardim para que elas venham até você.”
Mário Quintana A construção de uma Gráfica Jardim juntamente com um Jardim Sensorial em dois terrenos independentes proporcionará à população, funcionários e clientes um refúgio. Lugar esse que tem capacidade para minimizar os impactos dela, da rodovia, do Distrito Industrial e até de problemas que todos enfrentam de rotinas exaustivas, cansaço corporal e emocional. Ele se volta para o verde como forma de diminuir esses transtornos, se torna um lugar onde pode-se observar as coisas mais simples da vida que compõe todos os dias a história de cada um. O verde além de belo é um calmante natural, um purificador de todas as formas, ele atrai o passarinho, o ar puro, calmaria, a borboleta e entre tantas outras coisas uma qualidade de vida melhor. “As flores estão desabrochando com o sol quente tornando-se pequenos sonhos. As pétalas de flores que uma vez foram encolhidas, estão desabrochando uma a uma, assim como a estação fria e gelada chegou a derreter, os dias de primavera que esperei florescem mais uma vez”. (Chen (EXO), Flower) 33
PARQUE URBANO CONTEMPORÂNEO
Trabalho de Conclusão de Curso Aluna: Monise Marques Constantino Orientadora: Andréa Penha Gregório Vasconcelos
Este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de projetar um Parque Urbano para a cidade de Fernandópolis–SP partindo dos estudos e análises sobre o espaço público contemporâneo. Espaços públicos bem como Parques Urbanos, são fundamentais para a qualidade de vida da população, porém quando mal estruturados acarretam inúmeros problemas para a vida urbana. Uma análise feita desde a era modernista, mostra que no presente momento a importância de inclusão da comunidade na concepção dos espaços nunca teve tanta importância pois são os próprios utilizadores enquanto inseridos no espaço urbano que sabem sua real necessidade. A ideia de inserir esse parque em um terreno na cidade de Fernandópolis se deu pela carência de locais públicos de qualidade no município, a área aonde o parque será inserido fica em um lo-
cal ideal para o projeto, pois, além de seus 13 metros de desnível serem propicio ao desenvolvimento do conceito central (fluidez), ele está inserido no núcleo da cidade, em meio a bairros residenciais, instituições de ensino e também próximo a uma das principais avenidas. Portanto, projetar um Parque Urbano que traga lazer, cultura e bem-estar aos habitantes, porém sem limitações pré-definidas, (aonde o local seria moldado pelo fluxo) é a ideia central para despertar o interesse da população, atendendo suas necessidades, e assim transformando o ambiente em organismo ativo em meio a vida urbana.
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COMPLEXO AEROPORTUÁRIO
Trabalho de Conclusão de Curso Aluna: Camila Baroni Orientador: Celso Adalberto Zuanazzi
O aeroporto é essencial para o desenvolvimento de uma cidade, facilitando a ida e vinda das pessoas, é o primeiro contato de quem chega ao destino usando o transporte aeroviário. Diante dessa relevância, o aeroporto deve estar condicionado a uma boa qualidade na recepção, possuir uma estrutura adequada e apresentar-se em bom estado de conservação. O Aeroporto Coronel Aviador Carlos Orleans Guimarães está localizado em uma área municipal, na cidade de Fernandópolis - SP, próximo ao Água Viva Thermas Clube Hotel, há pouca movimentação de embarques e desembarques, em função disso, a administração pública não o ampara, sendo que, em todos esses anos investiu-se pouco em melhorias ou mesmo em sua preservação. Para a população também é um local esquecido, pois grande parte nunca se deslocou até a área do aeroporto, ou mesmo sabe de sua
existência. Por esses motivos, foram adotadas propostas de adequação e reestruturação de suas dependências e também a criação de novos espaços comerciais, como a lanchonete, e, ainda, salão de jogos e área verde. Nesta última, com várias atividades: trilha de pedal e caminhada, quadra de vôlei de areia, redes para descanso, quiosques, playground dentre outros. Buscando com essas mudanças, atrair e despertar o interesse da população para frequentar esse ambiente, transformando-o em um novo ponto de cultura e lazer, visto que a cidade é deficiente de locais públicos recreativos e que induzem os moradores a coabitarem-nos. Em consequência de abranger tais dispositivos para utilidade dos habitantes, foi dado o nome Complexo Aeroportuário. Considerando assim, o aeroporto que hoje está negligenciado se tornará um ponto de entretenimento e conhecimento na cidade, além de possuir todas as funções de um aeroporto, convertendo-se em um equipamento urbano.
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Trabalho de Conclusão de Curso
COWORKING: ESCRITÓRIO COMPARTILHADO
Aluna: Elisa Baroni Orientador: Celso Adalberto Zuanazzi
O projeto teve como foco o coworking, uma modalidade de trabalho que vem crescendo muito nos dias de hoje, consiste em profissionais de diferentes áreas compartilhando o espaço e os serviços de escritório. O ambiente de trabalho pode ser compreendido como o conjunto dos fatores físicos e psicológicos do espaço interno das empresas, é possível usar a Arquitetura e a Ambientação, tornando esses espaços mais produtivos, com menos stress, onde as pessoas tenham prazer em estar, trabalhar e produzir. Buscando um layout eficiente, isolamento para quem precisa, ambientes multifuncionais, conforto térmico e acústico, comunicação visual que transpareça os valores e ideias de uma empresa no seu ambiente. Para diferentes serviços, existem várias maneiras de aproveitar os espaços.
Partindo da flexibilidade entre ambientes, venho propor através desse projeto a disposição de blocos que rodeiem um pátio central, que possibilitam a customização dos espaços através da planta livre; incentivando a comunicação, a colaboração e o compartilhamento entre as pessoas. Coworking se tornou linha fundamental da elaboração do conceito do projeto, escritório compartilhado onde as pessoas partilham do mesmo espaço para desenvolver seus projetos. Ou seja, num mesmo ambiente, pessoas de diferentes segmentos realizam suas atividades como se estivessem trabalhando em um escritório convencional. O projeto tem como conceito o compartilhamento de espaços, a partir da flexibilidade onde os usuários possam escolher se querem trabalhar em um espaço tranquilo para que eles possam se concentrar, ou em um ambiente mais colaborativo com mesas compartilhadas onde a interação é incentivada quando lhe convier.
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REVITALIZAÇÃO DO AEROPORTO DOMINGOS PIGNATARI
Trabalho de Conclusão de Curso Aluno: Lucas Almeida de Souza Orientador: Celso Adalberto Zuanazzi
Este trabalho realiza o processo de análise de surgimento e a transformação do Aeroporto Municipal Domingos Pignatari, o primeiro ``campo de aviação´´ construído em terra de Theodor Wille e Cia LTDA, junto a prefeitura de Votuporanga-SP, o Aeroporto foi inaugurado no ano de 1.961 para acompanhar o desenvolvimento da região e da cidade de Votuporanga-SP, que acompanhou a própria história através do desenvolvimento. Para relatar o processo de desenvolvimento do aeroporto, utilizou-se levantamentos fotográficos, estudos de casos, pesquisa de campo, análise de gráficos, referencial teórico, todo o processo histórico de terminais aeroportuários onde foi necessário para entender como ocorreu a formação desse espaço. Houve vários levantamentos para analisar o Aeroporto Domingos Pignatari, através de suas projeções de movi-
mento de acordo com os gráficos, mostrando como incentivou a instalação do mesmo para desenvolvimento econômico da cidade e região. Também foi desenvolvido um fluxograma para entender o funcionamento e necessidades do Aeroporto. Atualmente o Aeroporto Estadual Domingos Pignatari Votuporanga-SP, não há nenhuma companhia aérea atuando no local, devido a algumas irregularidades. Hoje em dia o aeroporto é pouco conhecido entre a população votuporanguense, não há sinalizações indicando sua direção, e até mesmo nas rodovias não há, e se observarmos pela cidade a pouco tempo a Secretaria do Turismo colocou algumas indicações de pontos nodais da mesma, menos a identificação de indicação do aeroporto. A priorização a função de um terminal de passageiros, receber e atender a demanda da cidade, porém preocupando-se com a integração dos municípios próximos. O projeto visa a facilidade a circulação e acessibilidade as atividades, funcionando como um ponto de encontro na cidade, não apenas como uma área de simples, deslocamento e/ou considerado como um local de permanência, apresentando-se aos usuários como um local seguro e agradável as transições de embarque e desembarque de uma cidade.
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CENTRO DE APERFEIÇOAMENTO PARA DESIGN DE VOTUPORANGA E REGIÃO
Trabalho de Conclusão de Curso Aluna: Aline Aparecida Parreira Orientador: Fernando Bermejo Menechelli
O seguinte projeto do Centro de Aperfeiçoamento para Design, tem como ideia da melhoria e qualificação da mão de obra para Votuporanga e região, que conta com a ajuda de profissionais específicos que vão auxiliar todos que frequentarem. O mundo moderno tem exigido economia de tempo e aumento de produtividade, qualidade em todas as áreas produtivas. Para o alcance disso, um fator decisivo é o uso de metodologia de treinamento, pois aumentam a possibilidade e de forma eficaz e ordenada de treinar a mão-de-obra. Para tanto, é necessário esboçar uma cartografia do conceito design a fim de demonstrar que o design está potencial e conceitualmente inscrito na música, uma vez que carrega no próprio nome a potência de futuro. Essa necessidade é imposta pelos desafios diante de uma situação competente por novos padrões de qualidade
e produtividade como única forma de atuação competitiva. O aperfeiçoamento é a ampliação, complementação ou atualização de competências de um determinado perfil profissional desenvolvido na formação inicial. O grande diferencial, é infraestrutura, que na qual é um ambiente de entretenimento para o público alvo, um ambiente agradável. Fica evidente que o design agrega valor e traduz em seus resultados aspectos capazes de seduzir. Capacitado a oferecer maior competitividade a empresa dentro do seu mercado de atuação, com uma concorrência muito mais intensa, abertura do mercado, buscando diferenciar e agregar valores a uma imagem de qualidade no mercado. Ouvir e atender seu público, é o fator para que se mantenha competitivo no mercado. Existe várias maneiras de se representar o design na edificação, tais como fatores formais, funcionais e conceituais que criam um diferencial.
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INSTITUIÇÃO DE ACOLHIMENTO PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES
Trabalho de Conclusão de Curso Aluna: Daiéli Marques de Souza Orientador: Fernando Bermejo Menechelli
A proposta desse trabalho tem como objetivo apresentar a visibilidade de projetar um orfanato na cidade de Fernandópolis, interior de São Paulo. A edificação em questão acrescentará para a cidade, um equipamento de acolhimento para crianças e adolescentes. Onde, terá uma função que proporcionará aos moradores um vínculo familiar. De acordo com os levantamentos, foram desenvolvidos estudos de caso em duas instituições na cidade, onde deve objetivo de entender como funcionam os abrigos e o que se espera da nova proposta. Com isso, foi provável definir um programa de necessidades capaz de assegurar conforto e a segurança, pensando na disponibilidade das áreas e equipamentos. O terreno localiza na Av. Pedro Ferrari, no bairro Jd. Residencial Pôr do Sol, onde que se encontra numa área de uso misto, como residências, comér-
cios e serviços. Na questão topográfica do terreno não apresenta caída, ele mostra um local bem amplo com uma área de 3600 m2, sendo que 150 metros é de comprimento e 24 metros é de largura, onde possa atender todas necessidades dos usuários. Para isso foi pensado o conceito, que será o acolhimento transmitindo sentimento de união que envolve harmonia doméstica assegurando-lhes um ambiente. Com partido arquitetônico, oferecerá uma estrutura projetada a partir da criatividade, utilizando cores, blocos (bloco administrativo, casa dos adolescentes, bloco social e casa dos bebês e das crianças e também a configuração do telhado residencial, lembrando um desenho de uma criança, da maneira que ela enxerga uma casa, ou um lar.
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A RE-TERRITORIALIZAÇÃO ATRAVÉS DO RESSIGNIFICAR: DE CARDOSO AO PORTO MILITÃO AS MARGENS DO RIO GRANDE
Trabalho de Conclusão de Curso Aluna: Amanda Sierra Teixeira da Silva Orientadora: Janaina Andrea Cucato
O tema proposto neste trabalho é a “re-territorialização” no antigo Porto Militão, pertencente ao município de Cardoso, localizado no noroeste paulista. O local tem como marco principal o Rio Grande, divisa com o estado de Minas Gerais. Ele é um marco pois, antigamente o Porto foi bastante importante na economia da cidade, porém foi desativado por questões de custos alto para manter o Porto e alagamento do rio causado pela Represa de Água Vermelha. Hoje a área é desapropriada pertencendo a prefeitura do município, que doou lotes para as pessoas e ao todo são cinquenta e uma casas/ ranchos, e três famílias morando ali. E com a presença de muitos turistas vindo da região para usufruir do local para a prática do lazer. Contudo a proposta é re-territorialização do território juntamente para que possamos restabelecer e resgatar o significado do lugar reconstruindo-o.
A base deste trabalho é solucionar os problemas, analisados através de pesquisas como entrevistas dos moradores, turistas e visita de campo para explorar o espaço e entender a importância de sua identidade. Contudo, o objetivo é reestruturar a área amenizando os impactos que a Represa de Água Vermelha causou no Rio Grande, identificar também os conflitos que os moradores causam para o local. Solucionar de maneira geral todos os conflitos eminentes no Porto Militão, gerando espaços de lazer para os moradores e turistas, respeitando a natureza e os moradores ali presente e automaticamente empregar pessoas.
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Trabalho de Conclusão de Curso
BLACK BEE
Aluno: Igor Roberto Ferreira Maia Orientadora: Janaina Andrea Cucato
O projeto teve como objetivo a construção de um Museu de Astronomia no município de Nhandeara-SP, em um espaço afastado da área urbana para evitar a poluição visual que a cidade apresenta com a iluminação noturna. Com a função de reestruturar o olhar da sociedade, reorganizar sua forma de pensar, criando reflexões e questionamentos, criando setores para dividir informações e pensamentos, quebrando a atitude blasé que está presente nos dias de hoje. Através de analogias sobre a “Lua de Mel” criou-se o pensamento das jovens abelhas astronautas do passado, que poliniza planetas, colhendo o néctar de cada um. Juntando as peculiaridades de cada planeta em um só lugar. Convertendo esse pensamento para o âmago humano, consideramos nossas mentes como flores e nossas falas e atitudes como a polinização da raça humana.
O museu possui: Área de convivo rodeada por arvores, Planetário, setores de palestras, setor de réplicas, piscina de bolinhas, espaço de caminhos, mirante e observatório, a implantação das áreas no traçado do museu foi pensada conforme a ideia de uma frase do livro O Mundo de Sofia: “Todas as crianças nascem bem na ponta dos finos pelos do coelho. Por isso elas conseguem se encantar com a impossibilidade do número de mágica a que assistem. Mas conforme vão envelhecendo, elas vão se arrastando cada vez mais para o interior da pelagem do coelho. E ficam por lá. Lá embaixo é tão confortável que elas não ousam mais subir até a ponta dos finos pelos, lá em cima. Só os filósofos têm ousadia para se lançar nesta jornada rumo aos limites da linguagem e da existência.” Partindo da área de convivo como o conforto e acomodo que é a parte mais baixa do terreno, até o observatório que seria a procura de conhecimento.
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VILAREJOS: RAÍZES DE MEMÓRIAS NO ENTORNO DE GENERAL SALGADO/SP
Trabalho de Conclusão de Curso Aluna: Isabela Flores Orientadora: Janaina Andrea Cucato
General Salgado está localizado na parte noroeste do estado de São Paulo, adjacente a rodovia Feliciano Sales Cunha na altura do km 545, há aproximadamente 545 km da capital paulista. O município é formado pela sede e pelos distritos, Prudêncio e Moraes e São Luiz de Japiúba e pelo povoado de Nova Palmira. Esse estudo busca retomar e organizar memórias relacionadas a essas três localidades, a fim de entender a história particular e o dinamismo desses locais, desde a sua formação até os dias atuais. É notável a importância da relação do ser humano com o local onde vive e dessa forma, a análise da malha urbana e evolução de cada vilarejo, possibilita o conhecimento de seus problemas, contribuindo para tomada de decisões e soluções que busquem a independência destes, em relação a cidade sede. A implantação de equipamentos públicos nesses distritos, visam a expansão
de atividades que futuramente possam contribuir para a formação de novas centralidades, dadas as devidas proporções, objetivando que se tornem atrativas e tenham vitalidade. Os espaços foram pensados de modo que atendam às necessidades principais, em especial, focando as áreas de saúde, educação e lazer, com olhar específico e individual de cada área, planejando a segurança, estabilidade e independência.
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Trabalho de Conclusão de Curso
OLHARES SOBRE RUÍNAS
Aluno: Luiz Augusto Miraveti Simões Orientadora: Janaina Andrea Cucato
O ponto central da ruína se encontra no tempo. Não necessariamente se materializa, ela pode ser um espaço, uma memória ou uma sensação vivida que ficou guardada no tempo. Falar sobre ruínas é como contar histórias e trazer para o presente sentimento, sensações, aromas e até mesmo o cheiro do vazio e solidão. Diferentemente da perfeição padrão, a ruína material mostra sua idade, e conta sua história, feita naturalmente com o decorrer dos anos tornando visível suas fissuras, sem perder sua essência e seus traços do desgaste. Essas edificações arruinadas são instrumentos do tempo que por falta de humanismo são negligenciados e esquecido O estilo de vida do século XXI fez com que o ser humano procurasse cada vez mais uma vida prática em um meio onde a sua individualidade vem em primeiro lugar, fazendo com que muitas vezes não enxergue a essência
das coisas. O olhar sensível sobre as coisas, é esquecido. O despertar para estudar a ruína, permite que o homem desdobre um olhar sensível sobre determinados lugares, que muitas vezes não são apreciados, mas que, guardam histórias e recordações. GEORGE SIMMEL (1973, p. 11) é incisivo nesse aspecto: “O homem se libertou das dependências históricas.” Assim, o objetivo deste trabalho foi identificar as ruínas e estudar alguns questionamentos como: Porque o abandono? O que a ruína esconde? O que ela revela? Onde estão esses lugares na região noroeste paulista? Entender a ruína enquanto um processo analisando suas problemáticas através do processo de metamorfose que aconteceu durante os anos, quais os usos desses espaços e ressignificar o mesmo, resgatando sua essência, é o mote deste trabalho. Com isso foi criado um eixo cultural, que oferece diversas atividades relacionados a cultura, como dança, esporte, exposição de arte para a população, a partir de uma ruína identificada na cidade de Fernandópolis-SP. 53
RECREAÇÃO E OS CONDOMÍNIOS DE MIRA ESTRELA
Trabalho de Conclusão de Curso Aluno: Pedro Henrique Fioroti de Sá Orientadora: Janaina Andrea Cucato
O estudo foi realizado no Município de Mira Estrela, localizado no noroeste do Estado de São Paulo fazendo parte da microrregião de Fernandópolis e da mesorregião de São José do Rio Preto. Sua hidrografia é pertencente ao Rio Grande que banha a represa da Usina Hidrelétrica de Água Vermelha, dividindo o Estado de São Paulo com o Estado de Minas Gerais. O desenvolvimento e as análises do presente estudo nos permitiram reconhecer a falta de recreação na área urbana do município de Mira Estrela/ SP e o seu crescimento frenético em direção ao Rio Grande. Desta forma, os estudos aprofundados e coletas de dados contribuíram com as informações físicas, territoriais e sociais da Cidade de Mira Estrela, e assim partimos como resultado para uma proposta de intervenção que tem foco para o lazer, turismo e geração de emprego para a população, em área
que permeia as proximidades do rio, dos condomínios e do município, ficando no eixo, sendo os três elementos estudados dentro do contexto de Mira Estrela. E a partir de uma proposta foi desenvolvido um espaço com infraestrutura no entorno dos condomínios para proporcionar lazer e recreação para os munícipes e turistas, possuindo hotel, restaurante, pesque-pague e um espaço de independência de serviços, atendendo também a demanda do M.I.T (Município de Interesse Turístico) o qual Mira Estrela faz parte. Como legado, este trabalho ainda deixa uma pesquisa de campo com obtenção de dados mais consistentes sobre esses espaços, especialmente quando permitiu um inventario completo dos 31 condomínios lindeiros ao Rio, e elaboração de material com dados locais que tem servido de subsídio à administração municipal.
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Trabalho de Conclusão de Curso
(RE)MEMÓRIAS
Aluno: Vitor Mendes Stafusa Orientadora: Janaina Andrea Cucato
Este estudo objetivou revisitar a inundação parcial do território de Rubinéia-SP, adotando uma abordagem focada na configuração urbana, sua produção e transformação em decorrência da reconfiguração territorial pelas águas do rio Paraná. Portanto, analisou-se como ocorreu a (re)urbanização de Rubinéia em vista do alagamento e seus rebatimentos na produção e transformação do espaço. Como resultado projetual, o conceito de “(re)memórias” se materializou por três passarelas, sendo que cada conjunto representa uma parte distinta da história de Rubinéia. A primeira passarela, Submersão, conceitua a antiga cidade de Rubinéia: inicia-se em terra a partir de um caminho orgânico ao meio de uma densa vegetação, após, projeta-se para o rio, onde o observador caminhará até um ponto onde a passarela começa a submergir no rio. O observador deve andar entre as águas até o limite pos-
sível para cada pessoa. O trecho representa a luta dos moradores para evitar que a cidade fosse inundada, persistindo até o máximo que podem, contudo, é inevitável a inundação do núcleo urbano. Sendo impossível continuar no trecho final da Submersão, o observador é obrigado a voltar e é levado até a segunda passarela: Destino. Esse trecho possui duas vias para escolher, representando a época que os moradores da antiga Rubinéia tiveram que decidir entre morar na recém construída “Nova Rubinéia”, ainda sem perspectivas, ou se mudar para uma outra cidade e recomeçar. Por fim, a terceira passarela, Horizonte, objetiva representar a nova perspectiva de Rubinéia. A nova cidade vive do turismo criado pelo rio. Portanto, a passarela é voltada ao entretenimento, lazer e esporte, sendo um ponto em que estrangeiros visitariam em busca do uso indireto do rio. A passarela prioriza a visão, sendo possível tanto observar a nova cidade, quanto o rio Paraná e a antiga Rubinéia sob as águas.
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Trabalho de Conclusão de Curso
TECITURAS
Aluna: Amanda Poltronieri Poloto Orientadora: Maria Júlia Barbieri Eichemberg
É de conhecimento geral que o principal objeto de estudo da Arquitetura é o espaço. Apesar de sua materialidade, o espaço pode ser também um elemento abstrato, quando se considera, por exemplo, sua representação na Literatura, na qual ele se encontra codificado. Dessa forma, sua decodificação acontece durante a leitura, quando o desenho do cenário é construído na mente do leitor, processo que pode ser denominado tradução intersemiótica. Assim, este trabalho teve como objetivo estudar e discutir a transição da informação textual para a representação gráfica, fazendo uso da obra O Cortiço, de Aluísio Azevedo. Escrito no final do século XIX, O Cortiço narra a história de uma estalagem localizada no bairro Botafogo no Rio de Janeiro. Tais informações foram essenciais para buscar referências históricas durante o desenvolvimento do projeto, que se iniciou a partir da lei-
tura do livro e da seleção dos trechos que faziam referência ao espaço. Entretanto, é de se saber que o próprio texto não é capaz de retratar o lugar em sua totalidade, momento em que se depara com as chamadas lacunas, recorrendo-se, nesse ponto, à imaginação. Assim sendo, este trabalho é uma fusão entre o texto, a história da arquitetura e a imaginação, não podendo ser considerado, portanto, o legítimo cenário de O Cortiço, mas sim, apenas uma possibilidade. Em se tratando de projeto, a ilustração final apresenta o espaço narrado durante a maior parte da história, que compreende o sobrado onde moram Miranda e sua família, a venda de João Romão e a estalagem, com suas 95 casinhas enfileiradas. Além disso, foram aplicados os conceitos e as técnicas construtivas vigentes em época para que a proposta se aproximasse, o máximo possível, da produção arquitetônica do período.
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Trabalho de Conclusão de Curso
ORIGENS
Aluna: Brenda da Silva Oliveira Orientadora: Maria Júlia Barbieri Eichemberg
O objetivo deste trabalho é leva-lo por uma fascinante viagem no tempo, tendo início em 13,8 bilhões de anos atrás, aproximadamente, e terminando no ano de 2100. Na primeira parte, munidos de estudos científicos, percorreremos a história da formação do universo, a estruturação do sistema solar, e a origem e evolução da vida no planeta Terra para compreender os níveis de transformações na micro e macro escala e na escala do espaço-tempo, seja energia, matéria ou vida. Na segunda parte, veremos essa transformação de forma mais simples por meio do experimento da gelatina, analisando como diferentes condições de temperatura e força resultam em produtos totalmente distintos, mesmo que com a mesma origem. Na terceira parte, entraremos na matriz do projeto arquitetônico através da proporção áurea, detalhando seus
módulos e elementos para entender sua relação com as escalas micro e macro e como as materialidades água, borracha de pneu, concreto e areia se comportam no tempo. Na quarta parte, analisaremos diferentes lugares da Terra, coletando dados relevantes sobre o espaço físico como clima, bioma, precipitação, fauna, atividade sísmica e hidrografia, observando como é o atual espaço. Por fim, na quinta parte, realizaremos uma viagem ao passado para instalar a matriz arquitetônica a 100 milhões de anos atrás, no meio do período Cretáceo, e veremos como o tempo agirá em cada elemento, analisando como esta matriz estaria hoje, 2019, e no futuro, em 2100, vendo como as transformações do ambiente e as interferências humanas afetam o projeto e o espaço.
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Trabalho de Conclusão de Curso
LÂMINA
Aluno: Luiz Fernando de Biazi Seba Orientadora: Maria Júlia Barbieri Eichemberg
Conceito e Partido Desde o começo de sua carreira, Marina desenvolve suas performances de longa duração com o propósito de fazer o outro pensar ou discutir um determinado assunto. Para isso, em muitos casos, a artista expõe esses temas de maneira bastante visceral, para que o corpo do outro não consiga evitar essas tensões, pelo simples fato de estarem ali, bem à frente. Dessas tensões nasce Lâmina, uma estrutura de vidro transparente e delgada, mas bastante larga, proposta para durar a eternidade, que corta parte do Parque do Ibirapuera em São Paulo no sentido horizontal, aparecendo e desaparecendo entre a topografia. Essa estrutura ao mesmo tempo que sufoca e soterra o que fica embaixo, também cria uma possibilidade de um “em cima”, modifica o padrão e as possibilidades de uso do parque. É sobretudo uma estrutura que existe para provo-
car tensão no corpo, para modificar os usos do espaço e para que os territórios do corpo tenham que se desfazer para depois se reconstruir. O intuito é criar uma tensão que aparece e desaparece como as partes da Lâmina entre a topografia, pois ao ponto que o indivíduo, dotado de suas singularidades, se desloca pelo parque será constantemente recolocado o tema da tensão. O projeto propõe um passeio entre tensão e calmaria. A escolha do parque se deu pelo grande fluxo diário de pessoas. A partir disso esses corpos, acostumados com um espaço calejado, onde o movimento se dá sempre da mesma maneira, serão colocados à reterritorialização. A representação Foi produzida uma maquete em escala 1:2000. A topografia foi desenvolvida em PVC, cortadas manualmente e a laser. As edificações foram produzidas com impressão 3D e a vegetação em fios de Overlock. Para evidenciar a topografia foi adotado que cada chapa de PVC corresponde a 2 metros de desnível. 63
Trabalho de Conclusão de Curso
CONEXÕES NÔMADES
Aluna: Rafaela Morais Franco Orientadora: Maria Júlia Barbieri Eichemberg
A conexão do corpo com o espaço é um ato constante de ressignificação, ditado pelo fluxo de movimentos no cotidiano das pessoas. As transformações ocorridas na sociedade geram mudanças na habitação e consequentemente no espaço público e no modo de habita-lo. Por isso, pensando no nômade contemporâneo foi determinado um lugar de passagem, que transpareça esta relação do movimento, do cotidiano e da conexão, uma vez que o anseio do corpo passou de habitar para conectar. A proposta se desdobra por meio do questionário realizado, afim de entender as apropriações do espaço urbano em relação às necessidades do corpo e seus objetos essenciais, originando um mobiliário urbano modular. Tal modularização se divide entre estrutura e aplicação. A estrutura se divide entre estrutura de sustentação, fechamento e irrigação, que permitirá a presença
da vegetação em todos os módulos. Já a aplicação é dada a partir do mobiliário que será instalado, se dividindo entre as funções de descanso, trabalho, interação, armazenamento. As funções dessa modularização se deram por meio das necessidades básicas do corpo, que uma vez supridas, poderão derivar-se originando novos usos, estabelecendo também uma nova relação entre função e flexibilidade. A partir da relação do corpo nômade com a cidade, era necessário um local que salientasse a potência dos espaços de passagem e o conceito de meio-lugar de Francesco Careri. Por esse motivo e baseando-se no questionário, o metrô da cidade de São Paulo foi escolhido. Uma vez que é um dos principais meios de transporte, consegue traduzir a relação cotidiana do corpo em constante trânsito na cidade. É um lugar constantemente ocupado, mas pouco praticado, pensando nisso, o projeto propõe uma pausa em meio ao movimento cotidiano para que assim, o corpo possa estabelecer uma nova conexão com o espaço, percebendo-o à um novo olhar e ressignificando-o a partir do seu uso. Como consequência do fluxo, as áreas escolhidas para receber o mobiliário urbano projetado são as áreas de encontro entre uma linha e outra. Tais entroncamentos são responsáveis pela conexão de um lugar ao outro, e com o projeto serão também motivadores da conexão entre corpo e espaço. 65
Trabalho de Conclusão de Curso
Contemplação, Caminho, Arquitetura
Aluna: Igor Silva Reguera Orientadora: Maria Júlia Barbieri Eichemberg
E se você pudesse dar vida aos seus pensamentos? E se você pudesse projetar aquilo que quisesse? Existe algo que você gostaria muito que ganhasse vida? Nesse trabalho você vê um desejo muito distante, um projeto muito audacioso e monumental, não projetado para que o corpo humano o decifre, mas para que o habite sem o completo entendimento do que possa ser. Talvez em dezenas de anos seja possível perceber o que são, afinal, o tempo é o maior arquiteto, ele mostrará o que precisamos ver no momento certo. Nasceram então os “IVVI’s” e “BOKÔ’s”, elementos solitários e contemplativos, feitos de concreto, que habitam o rio Paraná, e alcançam até 200 metros de altura. Os Bokôs são volumes, enquanto os Ivvis são vazios, uma dança de equilíbrio no rio que abriga a vida,
ainda que em uma situação apocalíptica. A estrutura base de um Bokô consiste em um cilindro de concreto de até 300 metros de diâmetro, com escadaria no entorno até o topo do volume. O Ivvi consiste em uma estrutura de concreto circular que atua como contenção de agua, uma barragem circular, que preserva o vazio no seu interior, com escadaria interna e externa em toda extensão. Por fim, podemos ressaltar que essa monumentalidade toda seja no seu conceito uma busca pelo divino, um afastamento da realidade, uma fuga dos limites do próprio corpo sendo um abrigo utópico para seres viajantes. Onde o caminho é tão importante quanto à chegada e a pausa é tão fundamental quanto o movimento.
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Trabalho de Conclusão de Curso
SAFE PLACE
Aluna: Amanda Bombonato Orientadora: Maristela da Silva Janjulio
Safe Place-Centro de ajuda e moradia temporária para comunidade LGBTQ+ e mulheres vítimas de violência doméstica. O projeto foi criado com a intenção de promover conscientização aos dados de violência que os grupos de mulheres e LGBTQ+ sofrem em nossa região, trazendo um local seguro, em que as vítimas possam pedir ajuda profissional médica, psicológica, jurídica e social. Com o conceito focado no conforto dos moradores, tudo foi desenvolvido para trazer segurança e tranquilidade para aqueles que habitam o local. O formato dos blocos e utilização de pergolados vem do partido do jogo de dominós, que se encaixam e rotacionam de maneira a melhor atender o programa de necessidades. Localizado na esquina da Avenida João Gonçalves Leite e Avenida José Marão
Filho, um prédio de 3.547,31m² está abandonado em um terreno de área de 8351,50m² que ficou em desuso desde as fases iniciais da construção. O terreno foi dividido em áreas privadas e públicas, com a intenção de trazer segurança e privacidade aos moradores. As áreas públicas contam com ambientes de recreação em grupo, auditório, quadra esportiva, cozinha compartilhada e lavanderia, promovendo encontros, debates e realização de cursos ou palestras, facilitando a reinserção desses grupos no mercado de trabalho e sociedade. Já a área privada é afastada do restante do prédio, criando a sensação de vila, com casas de um e dois dormitórios, sala, cozinha, área de serviço e banheiro. O setor possui uma praça em que os moradores podem usar de ponto de encontro, lazer e descanso. Os sanitários e vestiários não possuem separação de gênero para evitar qualquer tipo de constrangimento da comunidade trans, com a opção de um sanitário acessível individual ao lado para aqueles que se sentem desconfortáveis em dividir esse espaço com outras pessoas. O paisagismo foi desenvolvido priorizando a privacidade e trazendo cores na vida daqueles que precisam. 69
ESTUDO BIOCLIMÁTICO: A RELAÇÃO DO HOMEM E O CLIMA
Trabalho de Conclusão de Curso Aluno: Dionatan Dias da Silva Orientadora: Maristela da Silva Janjulio
Este trabalho tem como objetivo abordar a relação da arquitetura e o clima, e a importância de se ter a devida preocupação faz toda diferença, de trazer a relação do homem com o meio, com materiais e ideias sustentáveis. Tendo o intuito de trabalhar os três pilares da sustentabilidade o social, econômico e o ambiental, e para isso foi levantado vários dados técnicos referentes à duas áreas distintas, e quais climas são predominantes, através dos dados propor um projeto que será usado nas duas áreas e ver seu comportamento. Atualmente as cidades vem se desenvolvendo em rápida escala urbana, e gerando um acumulo populacional em determinados ambientes ocasionando aquecimento local, que ocorre pelo acumulo de material não natural com o meio ambiente, fazendo com que as pessoas procurem conforto através da tecnologia, e gerando um desconforto local. Isso é influência do clima local,
grande parte das vezes não é levantado analise daquele local, qual o clima predominante da área, tudo isso influencia no projeto. Pequenas cidades em desenvolvimento, acabem sofrendo com a falta de área de lazer, o que vemos na grande maioria é praças que são feitas mas não são usadas pelo simples fato de serem simples praças, não nenhuma ideia feita diferente das demais, são colocadas algumas arvores que as vez mal fazem sobras , alguns bancos que são pouco usados, e esses espaços quando são acessados na maioria das vezes são no fim da tarde quando estão frescos. A ideia é fazer com que a arquitetura tenha um interesse maior do que apenas fazer simples projetos, mas mostrar que é possível transformar ambientes com conforto usando alguns material alternativos, apenas com algumas alterações e fazer com que as pessoas tenha um interesse maior pelo meio, e mostrar a falta de comunicação que está muito comum nos dias de hoje, ninguém tem diálogo mais, quase não se ouvi um bom dia, uma boa tarde, a geração da era digital está totalmente em compromisso com a tecnologia. 71
CENOGRAFIA E PAISAGEM URBANA
Trabalho de Conclusão de Curso Aluna: Estela Mariane de Abreu Soler Orientadora: Maristela da Silva Janjulio
A cenografia sempre esteve presente nas intervenções, peças, performances, e nas mais variadas formas de compor o cenário. É através dela que qualquer ambiente se transforma em palco, muda a percepção, e transporta o espectador para um outro tempo e espaço, fictício e efêmero, mas que pode acrescentar experiências e despertar visões críticas sobre a realidade. O projeto busca a identidade da cidade através da cultura do efêmero, destaca a problemática da ausência da experiência corporal e do vazio sensorial, entendendo como se dá a relação espacial entre população e a cidade, por meio do deslocamento da cena de dentro do teatro para a rua, do fixo para o efêmero, do corpo em um sistema de fluxos que cria e recria a paisagem urbana. A arte efêmera é uma experiência, e é manifestada hoje de diversas manei-
ras, dentre elas a arquitetura e a cenografia. Não se trata apenas de criar algo temporário, significa contar uma história, e ampliar a visão através de experiências, conquistadas por meio de aspectos construtivos e de comunicação. O diferencial é o impacto que ela vai gerar em um determinado tempo, deixar a história e a mudança, e se desfazer no espaço. O conceito é transposição, e o uso de materiais alternativos, e desmontáveis, como a geodésica e os elementos cenográficos incorporados nela, formam um cenário repleto de experiências interativas e sensoriais, criando o partido do projeto.
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BIOMIMÉTICA APLICADA À ARQUITETURA
Trabalho de Conclusão de Curso Aluno: Victor Martins de Carvalho Orientadora: Maristela da Silva Janjulio
A inspiração na natureza para solucionar problemas sempre esteve presente nas nossas vidas. Várias das grandes invenções humanas possuem alguma relação com estruturas naturais. A Biomimética é a ciência que estuda essas estruturas afim de analisar a forma como a natureza soluciona os problemas e adaptar para a realidade humana. Não é de hoje que a biomimética tem sido amplamente utilizada por arquitetos, Antoni Gaudí já se inspirava na natureza para a criação de seus projetos com traços orgânicos e sinuosos, assim como o arquiteto espanhol Santiago Calatrava, que utiliza formas similares a estruturas naturais em suas obras afim de obter maior eficiência nos edifícios. Este projeto trata-se de um complexo de uso misto que abriga um edifício residencial, comercial e um corporativo, além de um parque com dezenas de espécies de árvores, área de lazer e um generoso espelho d’água aos fundos, estrategicamente posicionado no sudeste do terreno, de
onde vem a predominância dos ventos. A biomimética aplicada a esse projeto está presente no edifício corporativo, com os brises em formato de escamas de peixe. Este modelo de brise foi criado após um estudo que apontava como a escama do peixe era capaz de protege-lo por conta de suas formas sobrepostas. A estrutura é articulada, o que permite que sua posição possa ser ajustada de acordo com a incidência solar em cada momento do dia. A segunda estrutura biomimética utilizada no projeto está presente no edifício residencial, trata-se de módulos de placas fotovoltaicas inspiradas na trepadeira Hera. Os módulos foram instalados sobre um exoesqueleto metálico, que além de servir de apoio para a instalação do equipamento, ele ainda contribui com a manutenção do conforto térmico no edifício, visto que existe um vão entre o exoesqueleto e o edifício, o que permite a circulação do ar. Cada modulo de 1,20 x 2,10 metros pode produzir até 85 Watts de energia elétrica. No projeto, foram usados mais de 500 módulos, ou seja, mais de 40 mil Watts de energia sendo gerados para abastecer o edifício. Dessa forma, o equipamento não só garante o conforto térmico, como ainda proporciona uma grande economia energética. Além de servir como elemento estético, afinal as placas dão a impressão de transformar a fachada em um enorme jardim vertical. 75
CENTRO CULTURAL AFRODESCENDENTE
Trabalho de Conclusão de Curso Aluna: Aline Maria Calazans Dos Santos Orientadora: Terezinha de Oliveira Gonzaga
O negro, o Brasil e a África; palavras que possuem conexões e histórias muito fortes. Palavras ligadas por aspectos culturais, religiosos, musicais, arquitetônicos entre muitas outras coisas. Muitas das vezes quando se relacionam são sempre acompanhadas por: o negro; escravo. Brasil; preconceituoso. África; Pobreza. Através de muito estudo e análise, estas três palavras e a força e as significações que elas carregam, se propôs de representar elas em um único projeto. O Centro Cultural Afrodescendente. Com todas as análises e estudos, o local de intervenção pensado foi em um terreno localizado no Bairro Colinas, Votuporanga - SP. O local possui uma população menos abastada e através de diagnósticos, foi constatado que a área possui uma maior população de negros no local, sendo um espaço ideal para o projeto. O Centro Cultural Afrodescendente tem a função
de criar um espaço de identidade e representação para a população negra, trazendo uma nova perspectiva para o terreno fazendo do espaço um local de representatividade para os afrodescendentes. O projeto tem como conceito norteador o Círculo. O círculo tem uma representação muito grande na cultura africana e a proposta com este conceito é criar núcleo de convivências onde todos possam se sentir agregados ao local. O projeto terá a preocupação de torna-se uma parte da comunidade através da apologia africana, pretendese criar um projeto arquitetônico usando como referência as formas circulares das cubatas, uma das características da arquitetura africana. Como partido foram utilizadas as Raízes africanas, ela representa a importância da cultura africana e afro-brasileira, através de histórias e culturas. Desse modo o partido do projeto arquitetônico será as formas das raízes, que serão representadas como caminhos entre os círculos, criando uma forma de ligação entre cada um. Propondo diferentes atividades para o Centro Cultural Afrodescendente, os núcleos foram divididos em 4, cada um com atividades distintas além da estrutura da praça que fica no meio do terreno em uma altura maior que os núcleos criando um espaço de convivência. 77
NÚCLEO CULTURAL CONEXÕES E MEMÓRIAS: INTERVENÇÃO NA ÁREA PRÓPOVO E ENTOR-
Trabalho de Conclusão de Curso Aluna: Carolina Nunes Ferreira Orientadora: Terezinha de Oliveira Gonzaga
O Núcleo Cultural Conexões e Memórias é resultado das visitas e dados coletados da área PróPovo – Programa Popular Habitacional de Votuporanga, que foi inaugurado em 1980 devido um programa metódico de desfavelamento do município. O objetivo principal do espaço é trazer lazer, cultura e conhecimento para as presentes e futuras gerações da área estudada e para toda a população dos anexos vizinhos, proporcionando uma conexão entre ambos. Devido à falta de lotes vazios no bairro PróPovo, a construção foi idealizada em dois lotes de fácil acesso pertencentes a loteamentos vizinhos, Conjunto Habitacional João Albarello e Parque Residencial Santa Amélia, entre as ruas Rubens Zanin, João Reganin e Renato Fonseca. Os lotes foram agrupados totalizando uma área de 2.274,05m². Seu entorno é contemplado com a Reserva Chico Mendes que
possibilita a extensão das atividades do núcleo para a área verde. O projeto separa as atividades em quatro blocos e contempla os seguintes ambientes: recepção, sala de espera, atendimento individual, sanitários para visitantes e funcionários, secretaria, almoxarifado, arquivo, sala de reunião, cozinha e descanso, área de serviço, depósito de materiais de limpeza e depósito geral, formando o bloco administrativo; em seguida um bloco destinado apenas aos sanitários públicos; outro para auditório e painel vivo; e por último o bloco que abriga sala de informática, cinema e sala multiuso, brinquedoteca, biblioteca e leitura individual. O espaço ainda conta com um pátio central para atividades ao ar livre. O conceito Conexões e Memórias vem da percepção da necessidade de resgatar as histórias e lembranças que foram apagadas ao longo dos anos pelas dificuldades vivenciadas e conectar todos que fazem parte dessa trajetória. A construção foi planejada em alvenaria de vedação na parte externa, dry wall na parte interna, cobertura de estrutura metálica e madeira, esquadrias de vidro e alumínio e cobogó. 79
CENTRO DE APOIO PARA REFUGIADOS
Trabalho de Conclusão de Curso Aluna: Thaynara de Faria Elizei Orientadora: Terezinha de Oliveira Gonzaga
Quando se trata do tema refugiados, logo pode vir a nossa cabeça, pessoas que saem de seu país de origem para buscar uma vida nova em outro local. Refugiar-se não é apenas buscar um local para se estabilizar. É poder ter oportunidades para reconstruir a suas vidas. É ter dignidade, e direitos assegurados por meio de políticas públicas e urbanas. Criar um ambiente onde possa receber e acolher uma pessoa refugiada, é um dos pontos iniciais para que a reconstrução da vida possa acontecer. É poder proporcionar um local adequado, onde possam encontrar moradias, apoio psicológico e social. É também poder oferecer uma vida nova, com direitos, segurança e oportunidades. A metodologia aplicada foram as leituras de artigos em sites e livros que tratam do fenômeno dos refugiados no mundo e o atual cenário complexo das migrações forçadas. É a garantia
da inclusão social das pessoas na condição de refugiado no Brasil à luz dos direitos humanos, segundo Ahlert, e Almeida. Assim como a saúde mental dos refugiados como afirma Galina, Barbosa e Haydu, citado no Scielo). Segundo Jane Jacobs, a cidade deve ser feita e pensada para todos os tipos de pessoas e que os ambientes possam atender as reais necessidades da população que ali habitam. Aqui um projeto de arquitetura e urbanístico para que se dê condições para uma efetiva territorialização e construção de identidades de pessoas refugiadas. Concluímos que os estudos de casos publicados e acessados demonstraram o pouco investimento de vários países em acolher estas populações. Mas contribuíram para enriquecer nossa proposta. E desta forma propõe-se moradias para quatro etnias estabelecidas no Brasil. No caso, sírios, venezuelanos, angolanos e haitianos contendo centro cultural, espaço para saúde, lazer, produção de artesanato, gastronomia e práticas religiosas com um espaço ecumênico. 81
Entrevistas com ex-alunos
Ex-Alunos
Oca Redesign Juliana Hurtado e Renan Santos Como surgiu a Oca e qual sua proposta? A Oca foi criada no Início de 2015, com o intuito de dar vazão à criatividade e a paixão pelo “feito a mão” e tem como protagonistas de seu trabalho a madeira, o sisal e a cabaça. Procura criar peças atemporais, com identidade e olhar artístico propondo um diálogo entre o orgânico e o linear explorando cores, formas e texturas.
Qual o conceito da peça? Na busca por uma produção sustentável com utilização de madeira, após várias experimentações, decidimos utilizar restos de cortes de marcenaria, troncos secos, cercas velhas entre outros materiais descartados para criar novas peças, a partir desta problemática, em meio aos fragmentos e restos de madeira surge o SAMBÚRA (do Tupi) “de pau enroscado”. Sambúra é, através de pau enroscado, a busca em conceber simbolicamente a reconexão da madeira com sua essência, cada entrelaçamento simboliza a estruturação do retorno a raiz, Simboliza o renascer de uma arvore, a arvore samburá. SAMBURÁ Entre pau enroscado Das sobras o que nos sobra? Pura potencialidade. Dos fragmentos e restos Em cortes retos sinceros A transformação. Então o que não serve se ergue Imponente, valente Com raízes no chão
Quais são suas referências para a obra? (cultura, designers, artistas...) Nossa principal referencia são as culturas indígenas e afro-brasileiras como a umbanda, candomblé, a jurema, jongo, entre outras manifestações culturais que trazem dentro de sua essência a estreita relação com a natureza, o conceito samburá surge também dessa relação de respeito com a natureza e o natural.
Vocês desenvolvem algum tipo de protótipo físico ou maquetes eletrônicas? A maioria das pecas são desenvolvidas através de croquis e projeto 3d seguidas de protótipo físico, principalmente quando são produzidas em série. Porem existem peças que são produzidas da nossa interação direta com o material a partir de croquis, geralmente estas peças são únicas.
Em critérios mais conceituais, qual a visão que vocês querem passar com os pés entrelaçados? Em primeiro plano os pés da mesa não só simbolizam, mas são de fato paus enroscados, num segundo plano os pés são raízes que sustentam a mesa, samburá busca resgatar a árvore da madeira, por isso os pés se entrelaçam buscando o movimento ao chão para sustentar a mesa (então o que não serve se ergue, imponente, valente, como raízes no chão).
Ex-Alunos Contrariamente a tentativa de criar uma confusão na parte de baixo, com os pés da mesinha vocês colocam uma espécie de grampo no tampo que cria uma imagem de cicatriz na madeira, quase como uma tentativa de curar o vinco da madeira, o que vocês queriam passar com isso? Podemos pensar nesta peça como uma árvore dividida em três partes, raízes, troncos e folhas. Temos então os pés na primeira parte representando as raízes, depois temos o tampo simbolizando o tronco e toda parte de madeira e por fim a terceira parte que esta ligada a função da peça, ao criarmos a mesa pensamos em uma composição com vasos e flores, onde estas flores representariam a massa arbórea. Portanto o entrelaçamento não tem a ver com uma tentativa de criar confusão, mas como uma forma orgânica e espontânea de se pensar na sustentação da peça, propondo movimento, vida.
Como nós utilizamos com freqüência o termo cicatriz para as marcas na madeira entre muitas formas de fechamento dessa rachadura escolhemos a costura, pois ela simboliza de certa forma a reconstituição, que por sua vez esta alinhado com a proposta do samburá, porém a costura na rachadura tem mais a ver com a instabilidade do tampo, pois o fechamento dela proporciona maior estabilidade e rigidez contra movimentos de contração e dilatação da madeira, que pode levar o aumento da rachadura ou até o rompimento completo do tampo.
Como foi o processo de produção da mesa? Processo começa com namoro com um pedaço de madeira, observando-a dia após dia até que então a inspiração surge, então após uma seria de croquis, a primeira etapa realizada foi à produção do tampo, riscamos na própria madeira os cortes que precisariam ser feitos, cortamos e fizemos a costura. Segunda etapa foi à produção dos pés, produzimos todas as hastes individualmente com plaina manual e lixadeira. Terceira etapa foi fazer a furação no tampo para os pés, nesta etapa fixamos o tampo nivelado e fomos montando a composição de pés pouco a pouco verificando inclinação e profundidade de cada haste. Quarta etapa foi a fixação dos pés e a quinta etapa foi finalização e acabamento da peça. Toda produção artesanal com poucas ferramentas se da de forma lenta e detalhista, porém esta produção foi velos e frenética equivalente à euforia e ansiedade de vê-la pronta.
Ex-Alunos
STAGE MODEL Guto Mistildes Como você criou seu escritório e o que te levou a cenografia de eventos? Eu gosto muito de shows, música e sempre estive envolvido com eventos, tocando como deejay, me deslumbrava com os palcos, decorações e toda a experiencia que aquilo proporcionava para o público. Então fui buscando informações, pesquisando, me infiltrando aos poucos na cena, ser arquiteto me ajudou muito em todo este processo, e a partir dai foram surgindo muitas oportunidades.
Qual o conceito para o projeto?
O tema do festival foi inspirado na cultura asiática e apoiada no tema MYSTICAL, neste palco usamos como conceito a meditação budista.
Qual o tamanho e seus materiais?
No total eram 30 metros de largura por 15 de altura, foi produzido com chapas de compensado envernizado e alguns detalhes em fitas de LED e outros mais rústicos como corda sisal e juta.
Como você desenvolve esses projetos, apenas com maquete eletrônica ou também faz maquetes físicas?
Os processos criativos sempre partem de croquis e maquete física, depois passamos para a maquete eletrônica onde desenvolvemos a parte estrutural e todo plano cenográfico executivo.
Quais foram suas inspirações para o projeto? (arte, cenógrafos e demais referencias) Neste caso já tinha um tema (MYSTICAL), então ajudou muito na pesquisa e coleta de informações para o processo de criação, logo na primeira pesquisa tivemos um insight e colocamos bem evidente uma pessoa meditando no centro do palco.
Ex-Alunos
Qual foi o envolvimento dos clientes no projeto?
É bem legal trabalhar com esta organização pois eles se comprometem muito em entregar experiencias únicas pois é o foco de todo festival, da parte dos artistas, palcos e a toda ambientação do espaço, cada detalhe é único e exclusivo para aquela situação, e eles se preocupam muito com isso, é o que torna este evento um dos maiores festivais do Brasil.
Quais foram as necessidades apresentadas e como elas refletem no projeto? Explique algumas...
As necessidades sempre foram imponência, criatividade e exclusividade, como a experiencia chegaria para o público, isso realmente é algo muito legal de se trabalhar, tudo reflete diretamente no bom alinhamento de equipe, desde o pessoal da montagem estrutural, cenografia, iluminação, pirotecnia, veejays, para conseguir passar toda experiencia possível para o público.
Ex-Alunos
MP Arquitetura Marília Pupim e Bruno Catallani Como nasceu o escritório de vocês? O escritório MP arquitetura se localiza na cidade de Jales no interior de São Paulo e foi fundado em 2015 pela arquiteta e urbanista Marília Vilela Pupim; atualmente, a mesma é docente na pós-graduação da UNIFEV, onde fez sua graduação. Além disso, é pós-graduada em arquitetura e iluminação pelo IPOG – São Paulo acrescentando conhecimentos na área de design de interiores onde mais atua. Além da arquiteta, o escritório também é composto pelo arquiteto e urbanista Bruno Catallani, igualmente graduado pela UNIFEV. Devido às suas experiências em construtoras, o mesmo possui grande conhecimento em obras públicas e gestão de projetos, auxiliando a fundadora com a equipe interna e coordenando e desenvolvendo projetos para os clientes.
Onde é o projeto (condomínios ou bairro) e como isso interferi na arquitetura dessa casa? O projeto se localiza em um condomínio fechado na cidade de Jales, e em como todo projeto, acreditamos que o entorno é essencial para a criação do mesmo, sendo necessário atender às necessidades da família e garantir um ambiente funcional. Já que a residência se encontra dentro de um condomínio, para a aprovação e execução do projeto, foi necessário realizar adequações de acordo com as normas da prefeitura e também conciliar as normas internas do condomínio, o que muitas vezes pode limitar o desenvolvimento do processo criativo.
Ex-Alunos
MOODBOARD Residência OA Temos como processo criativo a elaboração de um quadro de inspirações de acordo com inúmeras informações que extraímos dos clientes, de cada possibilidade que enxergamos para o projeto, além de outros conhecimentos técnicos necessários para fazer um painel realmente inspirador e viável de se realizar. É uma maneira de harmonizar as ideias e de facilitar a visualização dessas informações ou de até informar o “sentimento” ou “fluxo” que o projeto terá. Sua utilização ajuda a organizar e traduzir visualmente um conceito ou estilo, exemplificando imagens, paleta de cores, texturas, formas e materiais. Quanto à inspiração, a ideia principal vem do entorno e de como tudo acontece naquele espaço, a natureza,
Quais foram as necessidades apresentadas e como elas refletem no projeto? Explique algumas...
Qual foi o envolvimento dos clientes no projeto?
Buscamos um entendimento da família, das suas referências, gostos e de seus planos futuros, para desenvolver um projeto que atendesse todas as necessidades apresentadas. Nesta família, o casal possuí um filho pequeno e já planejavam um segundo filho, eles almejavam que a casa tivesse espaço para a crianças e também para receber amigos e familiares, desta forma a casa tem como partido essa relação familiar e seus anseios. O projeto arquitetônico se divide entre a área privativa das suítes, e a área social para receber os amigos, onde todos os ambientes se integram, sendo eles, sala de jantar, sala de tv, área da piscina, varanda gourmet e a garagem.
Como se desenvolveu o projeto de interiores?
Consideramos a participação dos clientes de extrema importância para o desenvolvimento do projeto, e nesse, os clientes tiverem uma participação integral, em todas as suas etapas, atendendo as necessidades e sonhos da família.
Para compreender e atender de forma adequada o pedido dos clientes, pensamos de maneira única projeto arquitetônico e de interiores, distribuindo da melhor forma o mobiliário e pensando nos detalhes exigidos pela família, garantindo então um layout funcional.
Quais foram suas inspirações para o projeto? Como foi as escolhas de materiais? Temos como processo criativo a elaboração de um quadro de inspirações de acordo com inúmeras informações que extraímos dos clientes, de cada possibilidade que enxergamos para o projeto, além de outros conhecimentos técnicos necessários para fazer um painel realmente inspirador e viável de se realizar. É uma maneira de harmonizar as ideias e de facilitar a visualização dessas informações ou de até informar o “sentimento” ou “fluxo” que o projeto terá. Sua utilização ajuda a organizar e traduzir visualmente um conceito ou estilo, exemplificando imagens, paleta de cores, texturas, formas e materiais. Quanto à inspiração, a ideia principal vem do entorno e de como tudo acontece naquele espaço, a natureza, a dinâmica e o dia a dia que sempre nos surpreende. Desta forma, é possível criar residências únicas para cada cliente, proporcionando aconchego e comodidade.
Ex-Alunos
Aline Carareto Arquitetura Como nasceu o escritório de vocês? O escritório Aline Carareto Arquitetura nasceu em 2009, mas antes disso atuei em uma sociedade durante dois anos, o que me permitiu aprender muito. Quando chegou o momento de liderar um escritório que levava o meu nome escolhi abrir as portas para estagiários e parceiros, o que me permitiu conhecer pessoas e talentos incríveis. Hoje trabalhamos em uma equipe de associados, o que nos permite compartilhar e crescer juntas.
Onde é o projeto (condomínios ou bairro) e como isso interferi na arquitetura dessa casa? O projeto está localizado em um bairro, em uma via coletora. O terreno, que possui um aclive de aproximadamente 3 metros, tinha um ótimo posicionamento por atravessar um quarteirão, ou seja, tínhamos acesso também por uma via local ao fundo. Isso nos possibilitou pensar o projeto por setores. A casa tem uma divisão muito marcada do que é social, intimo e convívio.
Quais foram as necessidades apresentadas e como elas refletem no projeto? Explique algumas... Qual foi o envolvimento dos clientes no projeto? Os clientes, embora jovens, tinham muita certeza do que esperavam desta casa. Sabiam onde gostariam de receber os amigos, a família e de que maneira. A praticidade do dia a dia também deveria ser colocada em pauta, assim como espaços ociosos não deveriam existir. Esses espaços que na visão deles eram dispensáveis deveriam ser convertidos em um ambiente fora dos padrões, mas que era um dos sonhos do casal, uma garagem habitada. Um espaço que se aproxima do lúdico em comparação com o restante da casa e que permite exercer os seus hobbies, como filmes e games.
Ex-Alunos Qual foi a duração da obra e como se deu o seu desenvolvimento? A obra teve duração de aproximadamente 18 meses entre projeto e execução. Muitos projetos complementares são desenvolvidos durante essa execução. Nossa participação é com o projeto arquitetônico e a construtora contratada para execução é quem administra essa execução.
Quais foram suas inspirações para o projeto?(arte, arquitetos e demais referencias) Costumo dizer que hoje é impossível citar os arquitetos que me inspiram, pois todo dia vejo trabalhos que me enchem de ideias, as vezes de arquitetos experientes, outras vezes de arquitetos iniciantes. Todos temos muitos a ensinar e mais ainda a aprender. A arquitetura é uma forma de expressão. Uma maneira linda de conversar com o mundo.
Como foi as escolhas de materiais? Definido o perfil do usuário, o conceito da casa e o que ela vai transmitir, automaticamente nos vem um moodboard na cabeça. Durante o processo criativo a paleta de cores e texturas vai se consolidando e a partir dai é muito natural escolher as melhores opções para cada projeto.
Ex-Alunos
Lais Dalto Como nasceu o seu escritório? Após ter trabalhado e feito pós-graduação em São Paulo, senti necessidade de ter um escritório próprio, então retornei para Votuporanga para trabalhar como autônoma, já tendo experiencia suficiente me senti segura e achei que era o momento.
Onde é o projeto (condomínios ou bairro) e como isso interferi na arquitetura dessa casa? O projeto é no Condomínio Villa Lobos, em Votuporanga. Além de seguir o padrão arquitetônico de fachada, tivemos que nos adaptar às várias normas que um condomínio exige, como respeitar recuos, aberturas, etc.
Quais foram as necessidades apresentadas e como elas refletem no projeto? Precisava ser um espaço integrado, pois é um casal jovem e essa era a primeira casa deles. Assim como suítes para os futuros filhos e um belo closet para o casal. Também foi pedido uma área gourmet para receber os amigos.
Ex-Alunos
Qual foi o envolvimento dos clientes no projeto? Total. Nem sempre pegamos cliente com uma ideia definida de estilo, mas eles tinham. Então acompanharam tudo e aprovaram tudo juntamente comigo. O cliente era muito presente e gostava de acompanhar a obra. A obra durou 12 meses, foi uma casa com muito cuidado com o design do interior, então essa etapa de acabamento foi feita com muito cuidado.
Como se desenvolveu o projeto de decoração? A cliente já tinha alguns móveis, então nós compramos poucos móveis, como sofá, poltronas, tapete, etc. Pintamos a mesa da sala de jantar de cinza claro, fizemos um painel com madeira de demolição, tudo serviu de base para a decoração ficar linda!
Buscamos muito verde e jardim! Queríamos luz natural e a interferência da natureza no projeto. Conforme o conceito, decidimos usar a pedra ferro da fachada, o jardim vertical e o painel e mesa de demolição.
Ex-Alunos
CCI
Humberto Pires Arquitetura
Ex-Alunos
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