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Capital paraense é a primeira a abrir as portas para o Caravana das Periferias

Fotos Arquivo Agência/Comus, Marcos Barbosa/Comus, Ryssa Tomé - Comus

Opotencial da periferia de Belém foi uma das principais razões para a capital paraense ser escolhida como a primeira cidade a receber o programa Caravana das Periferias, idealizado pelo Governo Federal e que busca levar diálogos e participação popular, além de melhorias das áreas

Caravana das Periferias

A ideia do programa é mobilizar e fortalecer as iniciativas em favor dos territórios periféricos do país, levando plenárias e debates.

Segundo o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, o lançamento do Caravana das Periferias na capital paraense reafirma o trabalho integrado entre as esferas municipal, estadual e federal. “Escolher Belém não é surpresa. As três esferas estão unidas para debater e construir políticas integradas. É por aí que vamos discutir sobre a periferia, o foco e o centro de atenção dos governos que têm compromisso com o combate à fome”, declara Edmilson Rodrigues.

O programa se desenvolve em seis eixos: Inovação e Economia, Meio Ambiente, Educação, Moradia, Cultura e Comunicação.

O representante do eixo Educação, Denilson Alves, que foi eleito prefeito da juventude no programa de participação popular “Tá Selado” da Prefeitura de Belém, destaca a energia da juventude. “A juventude tem força em movimentos sociais e estudantis. Queremos trazer a pauta da educação para os povos originários. A implantação de creches nas áreas periféricas é necessária”, ressalta.

Plano

A finalidade de todo debate do Caravana corresponde à criação de um Plano Nacional para as Áreas Periféricas, como explica o ministro das Cidades, Jader Filho.

“Dialogar diretamente com a periferia é o que precisamos fazer, para ouvir e entender suas demandas, como transporte público, saneamento e habitação. Para isso, nada melhor do que sabermos pelas próprias pessoas que vivem na periferia as necessidades delas”.

Além de Belém, mais quatro cidades recebem a Caravana: Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e Brasília.

Segundo o secretário Nacional de Territórios Periféricos, Guilherme Simões, Belém foi escolhida a primeira por apresentar todas as condições principais do programa.“O objetivo é construir um programa integrado nas periferias brasileiras. Belém reúne duas condições importantes: a pré-disposição da Prefeitura e do Governo do Estado e insere a realidade amazônica”, comenta Simões.

O lançamento do programa ocorreu dia 12 de maio, na Usina da Paz do bairro do bairro do Guamá, e contou com o apoio da Prefeitura de Belém. Participaram diversas autoridades, entre elas o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, o ministro das cidades, Jader Filho, e o governador do Pará, Helder Barbalho.

Visita prévia em Belém

Em março deste ano, Guilherme Simões visitou áreas periféricas de Belém, como a Vila da Barca, no bairro do Telégrafo, e do Canal do Mata Fome, para conhecer as iniciativas da sociedade civil organizada que constroem agendas da periferia na cidade. O modelo adotado pelo Governo Federal para as caravanas que percorrem as cidades brasileiras é o de plenárias, onde os cidadãos debatem as melhorias dos espaços periféricos, por meio de segmentos como arquiteturas, urbanismo, projetos sociais e culturais e mobilizações que gerem novas políticas públicas para as periferias.

Dados

O Ministério das Cidades aponta que a região Norte do país é a que tem maior concentração de domicílios em territórios subnormais no Brasil, com quase um quarto dos domicílios nesta região. Em números, significa cerca de 900 mil residências distribuídas em 1.200 aglomerados subnormais. O Pará concentra cerca de 45% do total da região Norte, sendo 28% em Belém.

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