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PREFEITURA DE BELÉM MODERNIZA A GESTÃO DO LIXO

CORREDOR ECOLÓGICO

CARAJÁS-BACAJÁS

2% DAS ESPÉCIES

TROPICAIS REPRESENTAM 50% DAS ÁRVORES NO MUNDO

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EDIÇÃO 263 BELÉM-PARÁ WWW.PARAMAIS.COM.BR R$ 29,99 ISSN 16776968 7 71677 69 6 124 93 6200

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DIRETOR e PRODUTOR: Rodrigo Hühn; EDITOR: Ronaldo Gilberto Hühn; COMERCIAL: Alberto Rocha, Augusto Ribeiro, Rodrigo Silva, Rodrigo Hühn; DISTRIBUIÇÃO: Dirigida, Bancas de Revista; REDAÇÃO: Ronaldo G. Hühn; COLABORADORES*: Ascom Semas, Camila Santos, Environmental Biodiversity Conservation, Igor Nascimento, Kátia Aguiar, Lucas Quirino, Luiz Carlos Santos, Marco Springmann, Ronaldo Hühn, Toon Vandyck, Universidade Autônoma de Barcelona, University College London; FOTOGRAFIAS: Alex Ribeiro / Ag. Pará, Agência Belém, Bruno Kelly/Reuters, Divulgação, ICTA-UAB, Internet, Joan de la Malla, Maris Maskalans, Nature, PNAS, Reprodução/Nature, Saúde Ambiental, Universidade McGill, University College London, Unsplash, Westend61 GmbH/Alamy, Wiquipedia; DESKTOP: Rodolph Pyle; EDITORAÇÃO GRÁFICA: Editora Círios

* Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores.

CAPA

Açaizal nativo em Bagre, Ilha do Marajó -Pará. Foto: Ronaldo Rosa

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263 - FEVEREIRO - 2024
POR FAVOR RECICLE ESTAREVISTA
13 2% DE ESPÉCIES COMUNS NAS FLORESTAS TROPICAIS, REPRESENTAM 50% DAS ÁRVORES DO MUNDO SEMAS ARTICULA CRIAÇÃO DE CORREDOR ECOLÓGICO CARAJÁSBACAJÁS NO SUDESTE ESTADUAL Amazônia corre risco de entrar em colapso em 2050 16 A fibra é o guia natural do seu corpo para o controle de peso – em vez de cortar os carboidratos da sua dieta, coma-os em sua embalagem 30 Mudar para dietas baseadas em vegetais significa ar mais limpo e pode salvar mais de 200 mil vidas em todo o mundo 26
06 EM PARAGOMINAS, GOVERNO DO ESTADO CONTEMPLA FAMÍLIAS COM O PROGRAMA ÁGUA PARÁ FAMÍLIAS DE PARAGOMINAS RECEBEM BENEFÍCIO HABITACIONAL DO GOVERNO DO PARÁ PREFEITURA GARANTE RAPIDEZ NO INÍCIO DAS OPERAÇÕES DA CICLUS AMAZÔNIA PARA RESOLVER O PROBLEMA DO LIXO Para receber edições da Pará+ gratuitamente é só entrar no grupo bit.ly/ParaMaisAssinatura ou aponte para o QR Code
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Gás de cozinha Resíduo orgânico

Prefeitura garante rapidez no início das operações da Ciclus Amazônia para resolver o problema do lixo

Apartir da segunda-feira, 19/02, a Ciclus Amazônia inicia efetivamente as operações, em Belém, com a contratação de 2,3 mil trabalhadores, já como cumprimento do contrato assinado com a Prefeitura para a instalação de uma política de gerenciamento de resíduos sólidos na capital paraense. O compromisso foi firmado nesta sexta-feira, 16, durante visita do prefeito Edmilson Rodrigues a unidades da empresa, cuja sede é no Rio de Janeiro.

Acompanhado de uma comissão de vereadores, Edmilson Rodrigues visitou o Centro de Tratamento de Resíduos Sólidos da Ciclus Ambiental – integrante do grupo – em Seropédica, na região metropolitana do Rio. Ao conhecer de perto como funcionam as operações do conglomerado que começa a se instalar em Belém, o prefeito também recebeu garantias do esforço concentrado em acelerar os trabalhos na capital do Pará.

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Processo semelhante de tratamento dos resíduos sólidos realizado pela Ciclus Ambiental no Rio de Janeiro será replicado na capital paraense pela Ciclus Amazônia Presidente da Ciclus Ambiental, Adriana Felipetto apresenta todo o processo realizado pela empresa ao prefeito de Belém e vereadores Texto *Luiz Carlos Santos Fotos Agência Belém, divulgação

Modernização

“Viemos aqui ver in loco como funciona a política executada, de maneira exitosa, pela Ciclus no Rio de Janeiro, um modelo que será replicado em Belém, dadas as devidas particularidades. O lixo em Belém deixará de ser um problema e passará a ser um ativo ambiental, gerando emprego e renda e movimentando toda uma cadeia industrial, que hoje se beneficia das modernas práticas de gestão aplicadas pela empresa”, informou o prefeito.

O presidente da Ciclus Amazônia, Luiz Gomes, confirmou o compromisso da empresa em dar celeridade às operações em Belém. “Temos as questões contratuais, mas somos sensíveis aos pedidos da Prefeitura para verificar o que podemos encurtar no cronograma. Já na próxima semana iniciamos os processos de triagem, seleção, engajamento de todo o nosso time nesta primeira etapa, trabalhando em turnos diurnos e noturnos”, asseverou.

No processo de tratamento dos resíduos sólidos, que também será aplicado em Belém, o meio ambiente e as pessoas são minimamente impactados

Empregos

Outro pedido do prefeito, também atendido, foi o de absorver a mão de obra hoje contratada pelos atuais prestadores de serviço. A medida, além de garantir a manutenção de empregos, também possibilita a continuidade dos serviços. O grupo também passará por qualificações, já que a Ciclus Amazônia implantará modelos de atuação e equipamentos novos em Belém.

O prazo inicial, que consta no contrato firmado entre o município e a empresa, previa 90 dias para o início das operações, mas deve ser encurtado, paulatinamente, de forma que em metade disso a população começará a sentir os efeitos práticos da mudança.

“É uma conquista para a nossa cidade, mas ela acontece porque tivemos a coragem de abrir uma concorrência pública para tratar a questão dos resíduos sólidos como ela deve ser tratada na nossa cidade”, enfatizou Edmilson.

Prefeito Edmilson Rodrigues verifica todo o sistema de tratamento sanitário de resíduos sólidos da Ciclus Ambiental em Seropédica (RJ)

Impactos

A presidente da Ciclus Ambiental, Adriana Felipetto, que comandou a apresentação das operações no Rio, destacou a expertise adquirida pelo grupo na criação de uma complexa e intrincada política que desmistificou, na capital fluminense e nos outros Estados onde atuam, a visão do lixo como passivo. “Temos aqui uma verdadeira operação de guerra, diária, ininterrupta, para garantir que o meio ambiente e pessoas sejam minimamente impactados”, frisou. Para a comissão da Câmara Municipal, que acompanhou o prefeito no Rio, a visita foi enriquecedora. “Como vereador e cidadão de Belém, fico extremamente satisfeito em poder ver um modelo de gestão de resíduos com essa complexidade e eficiência. Voltamos para casa mais otimistas, acreditando que Belém está, finalmente, dando um passo na solução definitiva desse problema. Dou parabéns à Prefeitura de Belém pela iniciativa”, afirmou o vereador Mauro Freitas (PSDB).

O vereador Igor Andrade (Solidariedade) disse que a visita às instalações da Ciclus Ambiental tirou dúvidas e reforçou a crença na transformação da maneira como o lixo é tratado em Belém. “Aqui pudemos testemunhar uma verdadeira indústria que trata dos resíduos para que eles possam ser reaproveitados, sem prejuízo para as pessoas. Estamos esperançosos de que, em breve, esse modelo chegue a Belém”.

Gestão

A Ciclus Amazônia foi a vencedora da licitação para constituir uma Parceria Público-Privada (PPP) que vai administrar por 30 anos o sistema de coleta urbana e tratamento de resíduos sólidos em Belém. Serão investidos mais de R$ 700 milhões durante o período. Entre os serviços previstos, estão também a ampliação da varrição das ruas, a coleta de

¼3237-7194 98049-6921 AV. PEDRO ÁLVARES CABRAL, RUA ESTÉLIO MAROJA 3158 Õ EM FRENTE A FEIRA DO BARREIRO - SACRAMENTA LENTE ANTI-REFLEXO ARMAÇÃO GRÁTIS ATÉ O GRAU 5.0 199,99 R$ POR *valor sujeito a correção QUARTA EM DOBRO DAS ¼3348316980496981980226897 ÕÕ
Dirigentes da Ciclus Ambiental mostram ao prefeito Edmilson Rodrigues e à comissão de vereadores da Câmara Municipal de Belém Centro de Tratamento de Resíduos Sólidos da Ciclus Ambiental em Seropédica Todo o processo de coleta, tratamento e processamento dos resíduos sólidos da região foi apresentado à comissão de vereadores e ao prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues

resíduos, além da criação de ecopontos em áreas estratégicas para recolher materiais recicláveis. O contrato também estabelece o encerramento definitivo e a recuperação ambiental do aterro sanitário do Aurá e a construção de um novo centro de tratamento de resíduos, que terá capacidade para receber mais de 2,5 toneladas de lixo por dia.

No tratamento de resíduos, a empresa vai inserir 12 novas cooperativas de catadores, além de gerar mais de três mil postos de empregos na contratação de funcionários. Quando estiver operando a todo vapor, com toda a logística pronta, serão 50 ou mais caminhões coletores modernos, milhares de contêineres e lixeiras para os logradouros públicos na capital.

Serão 50 ou mais caminhões coletores modernos...
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Centro de Tratamento de Resíduos Sólidos da Ciclus Ambiental no município de Seropédica (RJ)

Famílias de Paragominas recebem benefício habitacional do Governo do Pará

Foram entregues 107 cheques referentes ao “Sua Casa” e ainda 20 motocicletas adquiridas por meio do CredCidadão, programa que fomenta a atividade de microempreendedores

Durante a agenda de trabalho na região de Integração do Rio Capim, o governador Helder Barbalho entregou 107 benefícios habitacionais do “Sua Casa” para moradores do município de Paragominas, um investimento de R$ 1 milhão.

“Cumprimos agenda extensa com entrega do programa habitacional ‘Sua Casa’, [além de] política de microcrédito para mototaxistas da região, ações que beneficiam quem mais precisa, a população mais vulnerável, para que possa ter o acolhimento e o cuidado do Governo”, disse o governador Helder Barbalho.

Gerenciado pela Companhia de Habitação do Estado do Pará (Cohab), o programa “Sua Casa” vai auxiliar a construção e reconstrução de residências no município.

A vice-governadora do Estado, Hana Ghassan, que participou da agenda oficial em Paragominas, enfatizou que o “Sua Casa” tem percorrido o Estado do Pará todo, “levando benefícios habitacionais para quem mais precisa”.

O “Sua Casa” garante auxílio para aquisição de material de construção e o pagamento dos trabalhadores empregados durante a obra de construção, reconstrução e ampliação dos imóveis. O valor concedido pelo programa pode chegar a até 21 mil reais.

Luis André Guedes, diretor-presidente da Cohab, destaca que a entrega do benefício muda a realidade habitacional de quem mais precisa no Pará. “Atendemos prioritariamente mulheres chefes de família com baixo poder aquisitivo, pessoas com deficiência, ido-

sos, garantindo assim, às famílias, moradias dignas, pois trata-se de um benefício para construção dos imóveis e da mão de obra do pedreiro”, destacou o presidente da Cohab.

O “Sua Casa” atende, prioritariamente, famílias que vivem em situação de risco

social, como extrema pobreza, vítimas de sinistros como incêndios, enchentes, vendavais, desabamentos etc. O programa atende também idosos, famílias de pessoas com deficiência, entre outros critérios técnicos.

João Lucídio Paes, prefeito de Paragominas, destacou que governo Helder está por todo o Pará “e em Paragominas também, trazendo benefícios, investimentos. Esse olhar nos dá a dimensão do que é esse governador, que traz benefícios do ‘Sua Casa’, do Credicidão para os nossos mototaxistas, novo prédio da Previdência sendo inaugurado, então são inúmeras obras, e a gente tem observado o carinho do governador Helder com o nosso município, ele é um grande parceiro”.

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O carinho do governador Helder com os moradores de Paragominas Mudando a realidade habitacional de quem mais precisa no Pará O governador Helder Barbalho durante o evento da entrega dos 107 benefícios habitacionais do “Sua Casa” em investimento de R$ 1 milhão para moradores de Paragominas Texto *Kátia Aguiar Fotos Alex Ribeiro / Ag. Pará

Em agosto do ano passado foram entregues 239 benefícios do “Sua Casa” para moradores de Paragominas, um investimento superior a R$ 2 milhões. Agora o governador voltou ao município para garantir moradia digna a mais de cem famílias. É o caso da dona de casa, Jesula Santos, que estava muito emocionada em receber o benefício. “Quero agradecer, primeiramente ao governador, sou muito grata, e o amo de todo coração”, disse a beneficiária.

Para a dona de casa Erica Moraes, a felicidade também era enorme. “Quero agradecer primeiramente a Deus, e ao nosso governador, pois é uma felicidade enorme receber esse benefício que vai me permitir construir minha casa em alvenaria”, enfatizou.

Etapas

Para receber os benefícios do programa habitacional “Sua Casa”, os candidatos devem atender aos critérios - estabelecidos em lei - para serem inscritos. Após a inscrição, a Cohab seleciona gradativamente os inscritos com base na ordem de prioridades previstas nas diretrizes do programa. À medida em que os candidatos são selecionados, a equipe de engenheiros da Companhia inicia o processo de avaliação e diagnóstico das moradias. Em seguida, a próxima fase consiste na análise socioeconômica do setor de Assistência Social da Cohab, momento em que os técnicos averiguarão a real condição social dos candidatos.

CredCidadão

Ainda durante agenda em Paragominas foram entregues aos mototaxistas do município vinte motocicletas adquiridas por meio do Credcidadão, que é um programa do Governo do Pará criado para gerar emprego e

Criado para gerar emprego e renda, disponibilizando microcréditos

renda, disponibilizando microcréditos com juros de 0,5% a 1%, uma taxa abaixo da praticada no mercado, para incentivar atividades do pequeno empreendedor paraense.

O diretor-geral do CredCidadão, Brasilido Assunção, detalha que a iniciativa em Paragominas tem por objetivo a renovação da frota. “As motocicletas foram adquiridas por meio da linha de crédito Mototaxista Pai d’Égua. Com a entrega garantimos

segurança e o conforto, tanto do profissional como do usuário, com a utilização de equipamento que tem baixa emissão de poluentes. Essa é uma linha de crédito criada pelo Governo do Estado com juros de meio por cento ao mês, extremamente subsidiada, que demostra o carinho e o respeito do Governo com essa classe valorosa dos mototaxistas do Estado do Pará”, detalhou

O presidente do Sindicato do Mototaxistas de Paragominas, Célio Moraes, detalha os benefícios do auxílio. “É muito bom para nós, pois estamos realizando um sonho realizado pelo governador Helder, que abraça a causa dos mototaxistas, que são muito gratos por esse benefício que é bom para a categoria como também para os usuários dos nossos serviços”, disse.

Já para Paulo Sérgio, mototaxista beneficiado, o crédito veio na hora certa. “A situação não está fácil, é muito difícil trocar de moto e esse crédito facilita muito para todos nós. Parabéns para o governador Helder pela iniciativa, que garantiu moto nova para a gente e somos muito gratos pela iniciativa”, disse o mototaxista.

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A situação não está fácil, é muito difícil trocar de moto e esse crédito facilita muito para todos nós

Em Paragominas, Governo do Estado contempla famílias com o programa Água Pará

Ao todo, foram contempladas 151 famílias com o programa do Governo. O Água Pará já beneficiou um milhão de pessoas

Na sexta-feira 16/02, 151 famílias de Paragominas, sudeste paraense, foram contempladas com o programa “Água Pará”, do Governo do Estado. O benefício foi entregue pelo governador Helder Barbalho e também contou com a presença da vice-governadora Hana Ghassan, durante agenda de compromissos no município e região.

“Eu estou muito grata por ser contemplada pelo benefício, estou muito agradecida mesmo. A ajuda chegou em boa hora”, disse Maria Apolônia, representante de uma das 151 famílias contempladas com o programa.

O programa garante o pagamento das contas de água de famílias de baixa renda ou que estão em situação de vulnerabilidade, e que registram um consumo médio mensal de até 20 metros cúbicos (20 mil litros de água), apurado com base na média dos últimos seis meses. Com cerca de um milhão de pessoas beneficiadas, a iniciativa tem um investimento superior a R$ 220 milhões.

O Estado também realizou a entrega de novas obras e investimento nas áreas de segurança pública, habitação e educação no município. “Hoje estamos fazendo a entrega de 49 viaturas da Policia Militar para seis municípios da Belém Brasília, além do programa

habitacional Sua Casa, politica de microcrédito para moto taxistas, ações que beneficiam aqueles mais vulneráveis com a conta

de água. Politicas estratégicas de segurança pública, mas também ações voltadas aqueles que mais precisam”, destacou o governador.

Água Pará

Para ter direito ao benefício é necessário estar inscrito no CadÚnico e possuir registro da conta de água com a mesma titularidade de CPF.

Cadastro

Para as famílias que possuem registro no Bolsa Família, basta comparecer até um posto de atendimento com os seguintes documentos: originais e cópias do RG e CPF, uma conta de água, comprovante de residência, cartão do programa Bolsa Família.

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SEASTER <<
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O programa garante o pagamento das contas de água de famílias de baixa renda ou que estão em situação de vulnerabilidade, e que registram um consumo médio mensal de até 20 metros cúbicos Texto *Camila Santos Fotos Alex Ribeiro / Ag. Pará

Semas articula criação de Corredor Ecológico CarajásBacajás no sudeste estadual

Semas explica que os corredores ecológicos são trechos de ecossistemas que ligam áreas fragmentadas, e importantes para o deslocamento de animais

Representantes da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) participaram, até a última quinta-feira (8), de uma expedição na Região Carajás com o objetivo de implantar um corredor ecológico, conectando o Mosaico Terra do Meio à grande Ilha Floresta Mosaico Carajás, composta por cinco unidades de conservação (UCs) e pelas Terras Indígenas Xikrin do Cateté e Trincheira Bacajá.

Os corredores ecológicos são porções de ecossistemas que promovem a ligação entre áreas fragmentadas, sendo importantes para garantir o deslocamento de animais e a dispersão de sementes entre essas áreas.

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Corredor ecológico, conectando o Mosaico Terra do Meio à grande Ilha
Floresta Mosaico Carajás
A equipe da expedição na Região Carajás
Texto *Lucas Quirino Fotos Divulgação, Igor Nascimento

Esses corredores são fundamentais para diminuírem o impacto dos homens nessas regiões, uma vez que a fragmentação de habitats pode ter consequências drásticas para a fauna e a flora local, sendo responsável até mesmo pela extinção de espécies. A técnica em Gestão Ambiental da Semas, Deborah Barros, relata que a ação contou com a participação de diversos órgãos e instituições de pesquisa. Segundo ela, em fevereiro de 2023, houve uma primeira expedição do grupo de trabalho visando conhecer o território e entender a paisagem.

“Naquela oportunidade, a equipe conversou com instrutores da TI Trincheira Bacajá e visitou alguns produtores assistidos pelo ICMBio no programa Agricultura de Conservação, que se assemelha com parte das ações desenvolvidas pelo programa estadual Territórios Sustentáveis. Além disso, ocorreram 2 dias de Reunião Técnica realizada em Marabá

com a presença o da ABEX-Associação Bebô Xikrin do Bacajá, pois além da conexão vegetal entre os Mosaicos, há também a conexão cultural entre os Xikrins do Cateté e os Xikrins do Bacajá”, disse Ainda de acordo com a técnica da Semas, o objetivo desta segunda expedição, por um período de 9 dias, nas cidades de Marabá e São Félix do Xingu, é entender e compreender a realidade das comunidades que irão se beneficiar com a implementação do corredor ecológico. “Nesta segunda expedição, que ocorre desde o início de fevereiro, o grupo de trabalho busca entender a realidade dos produtores locais, o tamanho de suas propriedades, área de reserva legal e áreas de preservação permanente, o que produzem, quais suas dificuldades e potencialidades na zona núcleo do corredor e ainda, alcançar adesão destes ao projeto para o avanço em ações de regeneração produtiva ou ecológica em locais alterados ou degradados pela ação humana”, concluiu Deborah Barros.

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Corredores Ecológicos

O Corredor Ecológico é um instrumento de gestão e ordenamento territorial, definido pelo Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza – SNUC (Lei 9.985, de 18 de julho de 2000), com o objetivo de garantir a manutenção dos processos ecológicos nas áreas de conexão entre Unidades de Conservação, permitindo a dispersão de espécies, a recolonização de áreas degradadas, o fluxo gênico e a viabilidade de populações que demandam mais do que o território de uma unidades de conservação para sobreviver.

A implementação de um Corredor Ecológico depende da pactuação entre a União, Estados e Municípios para permitir que os órgãos governamentais responsáveis pela preservação do meio ambiente e outras instituições parceiras possam atuar em conjunto para fortalecer a gestão das Unidades de Conservação, elaborar estudos, prestar suporte aos proprietários rurais e aos representantes de comunidades quanto ao planejamento e o melhor uso do solo e dos recursos naturais, auxiliar no processo de averbação e ordenamento das reservas legais - RL, apoiar na recuperação das Áreas de Preservação Permanente - APP, entre outros.

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Para permitir a dispersão de espécies, a recolonização de áreas degradadas, o fluxo gênico e a viabilidade de populações... Imagem de satélite do Mosaico de Carajás, onde será implantado o corredor ecológico

Se não forem tomadas medidas urgentes, o ano de 2050 pode marcar o início de uma redução substancial na cobertura de floresta na região amazônica

Amazônia corre risco de entrar em colapso em 2050

Pesquisa brasileira alerta para combate urgente do desmatamento. Transições críticas no sistema florestal amazônico

Artigo científico liderado por pesquisadores brasileiros aponta que se não forem tomadas medidas urgentes, o ano de 2050 pode marcar o início de uma redução substancial na cobertura de floresta na região amazônica. “A gente encontra aí mais ou menos 50% de possibilidades. Significa [redução de] uma quantidade substancial de floresta, o que influencia na quantidade de água, na quantidade de carbono que a floresta é capaz de manter e reciclar água”, diz a cientista Marina Hirota, professora do departamento de física da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e uma das coordenadoras do estudo.

“Não é um colapso total, mas acaba sendo um colapso parcial, vamos dizer”.

O artigo é capa da revista científica Nature, publicada recentemente Ele reúne 24 pesquisadores de todo o mundo, dos quais 14 são brasileiros. A pesquisa é financiada pelo Instituto Serrapilheira. Artigo científico liderado por pesquisadores brasileiros aponta que se não forem tomadas medidas

urgentes, o ano de 2050 pode marcar o início de uma redução substancial na cobertura de floresta na região amazônica.

“A gente encontra aí mais ou menos 50% de possibilidades. Significa [redução de] uma quantidade substancial de floresta, o que influencia na quantidade de água, na quantidade de carbono que a floresta é capaz de manter e reciclar água”, diz a cientista Marina Hirota, professora do departamento de física da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e uma das coordenadoras do estudo.

“Não é um colapso total, mas acaba sendo um colapso parcial, vamos dizer”.

Segundo Marina, dentre as medidas que podem ser tomadas para afastar a ameaça de colapso parcial da floresta, é o combate ao desmatamento: “essa seria uma ação importante e já está sendo feita”.

Segundo a cientista, outra medida é a restauração ecológica a partir de meios eficientes, o que depende de diferentes modelos de governança dentro do Brasil e de outros países amazônicos. “Como fazer isso, acho

que ainda é uma pergunta em andamento”.

Um terceiro ponto importante citado pela cientista diz respeito a estratégias de mitigação das mudanças climáticas e depende de uma governança mundial. ”O clima da Amazônia é muito dirigido pelo que acontece na temperatura global do planeta, assim como em qualquer parte do mundo. A temperatura global aumentando vai ter impacto em cascata no clima regional da Amazônia.

E as previsões, e o que a gente já vê acontecendo, são de redução gradual da quantidade de chuvas, aumento da duração e da intensidade das secas, aumento de eventos extremos de seca, de chuva, intercalados”.

O artigo começou a ser escrito em 2020, a partir do relatório de um conjunto de cientistas no Painel Científico da Amazônia. A pesquisa atual derivou de um capítulo desse relatório e aponta a região Sudeste da Amazônia com o maior número de mudanças.

Marina Hirota chama a atenção também para o número de pessoas que vivem na Amazônia e que tiram seu sustento da flo-

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Texto *Victor Miranda Fotos Bruno Kelly/Reuters, Internet, Reprodução/Nature, Nature, Unsplash

a , As mudanças na temperatura média da estação seca (julho-outubro) revelam aquecimento generalizado, estimado por meio de regressões simples entre tempo e temperatura observadas entre 1981 e 2020 (com P < 0,1). b , Classes de estabilidade potencial do ecossistema estimadas para o ano 2050, adaptadas das classes de estabilidade atuais, considerando apenas áreas com inclinações de regressão significativas entre o tempo e a precipitação anual observada de 1981 a 2020 (com P <0,1). c , Repetidos eventos de seca extrema entre 2001–2018 d , Rede rodoviária a partir de onde o desmatamento ilegal e a degradação podem se espalhar. e , as áreas protegidas e os territórios indígenas reduzem o desmatamento e os distúrbios causados pelos incêndios. f , Potencial de transição do ecossistema (a possibilidade de mudança da floresta para um estado estrutural ou de composição alternativo) em todo o bioma Amazônia até o ano 2050, inferido de

perturbações agravadas ( a – d ) e áreas de alta governança ( e ) . Excluímos o desmatamento acumulado até 2020 e as savanas. O potencial de transição aumenta com a combinação de perturbações e varia da seguinte forma: menos de 0 (em azul) como baixo; entre 1 e 2 como moderado (em amarelo); mais de 2 vezes mais alto (laranja-vermelho). O potencial de transição representa a soma de: (1) declives da temperatura média da estação seca (como em a , multiplicado por 10); (2) classes de estabilidade dos ecossistemas estimadas para o ano 2050 (como em b ), sendo 0 para floresta estável, 1 para biestável e 2 para savana estável; (3) impactos acumulados de eventos de seca extrema, com 0,2 para cada evento; (4) proximidade de estradas como proxy para atividades degradantes, com 1 para pixels dentro de 10 km de uma estrada; (5) áreas com maior governança dentro de áreas protegidas e territórios indígenas, com -1 para pixels dentro dessas áreas

Explorando o potencial de transição do ecossistema em todo o bioma florestal amazônico como resultado de perturbações agravadas

Conectividade entre países amazônicos envolvendo fluxo de umidade atmosférica

Mudanças climáticas

O Brasil detém 60% do bioma florestal amazônico e tem uma grande responsabilidade para com seus países vizinhos no Oeste. O Brasil é o maior fornecedor de chuvas para os países da Amazônia Ocidental. Até um terço do total anual de chuvas nos territórios amazônicos da Bolívia, Peru, Colômbia e Equador depende da água proveniente da porção brasileira da floresta amazônica. Esta conectividade internacional ilustra como as políticas relacionadas ao desmatamento, especialmente na Amazônia brasileira, afetarão o clima em outros países. As larguras das setas são proporcionais à percentagem da precipitação anual recebida por cada país dentro das suas áreas amazónicas. Mostramos apenas fluxos com percentuais superiores a 10%

resta amazônica. Essas mudanças podem reduzir e afetar a condição de vida e de sobrevivência dessas comunidades.

bem como interações entre desmatamento, fogo e limitação de sementes. À escala da paisagem, é mais provável que as florestas secundárias sejam desmatadas do que as florestas maduras, mantendo assim as florestas persistentemente jovens e as paisagens fragmentadas. Na trajetória do “ecossistema degradado de copa aberta”, os feedbacks envolvem interações entre cobertura arbórea baixa e fogo, erosão do solo, limitação de sementes, gramíneas invasoras e plantas oportunistas. À escala regional, um feedback auto-reforçado entre a perda florestal e a redução do fluxo de humidade atmosférica pode aumentar a resiliência destes ecossistemas degradados de copa aberta. Na trajetória da “savana

de areia branca”, os principais feedbacks resultam de interações entre cobertura arbórea baixa e fogo, erosão do solo e limitação de sementes. Embaixo, à esquerda, transição de floresta de várzea para savana de areia branca após repetidos incêndios (crédito da foto: Bernardo Flores); centro inferior, transição da floresta para um ecossistema de copa aberta degradado após repetidos incêndios (crédito da foto: Paulo Brando); canto inferior direito, transição florestal para floresta degradada de Vismia após agricultura de corte e queima (crédito da foto: Catarina Jakovac)

“Tudo isso já está acontecendo agora. Eu acho que a gente pode aprender com coisas que não cuidou quando nos avisaram no começo”. Segundo ela, o mundo vem sendo alertado desde os anos 1990 sobre os riscos que as mudanças climáticas tra-

zem e que resultaram em 2023 sendo o ano mais quente da história do planeta, segundo dados da Organização Meteorológica Mundial (OMM). Além do aumento das temperaturas, das secas extremas e do desmatamento, os incêndios e queimadas também são fator de estresse na Amazônia. Por tudo isso, a cientista destaca o senso de urgência que o artigo traz.

“Essa é a urgência que eu acho importante e que o artigo coloca como um sinal amarelo forte para a gente tomar certas atitudes e buscar melhorias significativas para manter a floresta de pé e o mais viva possível, não só em termos de árvores e animais, mas também dos povos que vivem na floresta e na Amazônia há milhares de anos”.

O artigo é capa da revista científica Nature, Reniu 24 pesquisadores de todo o mundo, dos quais 14 são brasileiros. A pesquisa é financiada pelo Instituto Serrapilheira

Limites

Os pesquisadores estimam limites críticos que, se forem atingidos, poderiam causar um colapso de partes ou de toda a floresta. Eles são o aumento na temperatura média global acima de 1,5 graus Celsius (ºC), volume de chuvas abaixo de 1,8 mil milímetros (mm), duração da estação seca superior a cinco meses e desmatamento superior a 10% da cobertura original da floresta, somada à falta de restauração de pelo menos 5% do bioma.

Na avaliação de Bernardo Flores, outro coordenador da pesquisa da UFSC “estamos nos aproximando de todos os limiares. No ritmo em que estamos, todos serão alcançados neste século. E a interação entre todos eles pode fazer com que aconteça (o colapso) antes do esperado”.

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A partir de exemplos de florestas perturbadas em toda a Amazônia, identificamos as três trajetórias ecossistêmicas mais plausíveis relacionadas aos tipos de perturbações, feedbacks e condições ambientais locais. Estas trajetórias alternativas podem ser irreversíveis ou transitórias dependendo da força das novas interações. Combinações específicas de interações (as setas mostram efeitos positivos descritos na literatura) podem formar ciclos de feedback e impulsionam o ecossistema através destas trajetórias. Na trajetória da “floresta degradada”, os feedbacks envolvem frequentemente a competição entre árvores e outras plantas oportunistas bem como interações entre desmatamento, fogo e limitação de sementes. À escala da paisagem, é mais provável que as florestas secundárias sejam desmatadas do que as florestas maduras, mantendo assim as florestas persistentemente jovens e as paisagens fragmentadas. Na trajetória do “ecossistema degrada-

do de copa aberta”, os feedbacks envolvem interações entre cobertura arbórea baixa e fogo, erosão do solo, limitação de sementes, gramíneas invasoras e plantas oportunistas. À escala regional, um feedback auto-reforçado entre a perda florestal e a redução do fluxo de humidade atmosférica pode aumentar a resiliência destes ecossistemas degradados de copa aberta. Na trajetória da “savana de areia branca”, os principais feedbacks resultam de interações entre cobertura arbórea baixa e fogo, erosão do solo e limitação de sementes. Embaixo, à esquerda, transição de floresta de várzea para savana de areia branca após repetidos incêndios (crédito da foto: Bernardo Flores); centro inferior, transição da floresta para um ecossistema de copa aberta degradado após repetidos incêndios (crédito da foto: Paulo Brando); canto inferior direito, transição florestal para floresta degradada de Vismia após agricultura de corte e queima (crédito da foto: Catarina Jakovac)

Trajetórias ecossistêmicas alternativas para florestas amazônicas que transitam devido a perturbações agravadas
2% de espécies comuns nas florestas tropicais, representam 50% das árvores do mundo

Em todo mundo – da Amazônia à África e ao Sudeste Asiático, a diversidade entre as espécies da floresta tropical segue a mesma regra

Apenas 2% das espécies de árvores da floresta tropical representam 50% das árvores encontradas nas florestas tropicais de África, da Amazónia e do Sudeste Asiático, concluiu um novo estudo. Espelhando padrões encontrados em outras partes do mundo natural, os pesquisadores descobriram que algumas espécies de árvores dominam as principais florestas tropicais do mundo, com milhares de espécies raras constituindo o restante.

Apenas 2,2% das espécies de árvores representam 50% do número total de árvores nas florestas tropicais da África, da Amazônia e do Sudeste Asiático. Na foto, parte do dossel da Floresta Amazônica

Os cientistas encontraram padrões quase idênticos na forma como as florestas tropicais em todo o mundo são dominadas por surpreendentemente poucas espécies de árvores

“As árvores estruturam o ecossistema de maior biodiversidade da Terra, as florestas tropicais. O grande número de espécies de árvores representa um desafio formidável para a compreensão destas florestas, incluindo a sua resposta às alterações ambientais, uma vez que muito pouco se sabe sobre a maioria das espécies de árvores tropicais. Um foco nas espécies comuns pode contornar este desafio. Nesse estudo, foram investigados padrões de abundância de espécies de árvores comuns usando dados de inventário de 1.003.805 árvores com diâmetros de tronco de pelo menos 10 cm em 1.568 locais em florestas tropicais antigas de dossel fechado e

estruturalmente intactas na África, Amazônia e Sudeste Asiático. Foram estimados que 2,2%, 2,2% e 2,3% das espécies compõem 50% das árvores tropicais nessas regiões, respectivamente. Extrapolando para todas as florestas tropicais de copa fechada, estimados também que apenas 1.053 espécies compõem metade dos 800 mil milhões de árvores tropicais da Terra com diâmetros de tronco de pelo menos 10 cm.

Apesar das diferentes histórias biogeográficas, climáticas e antropogênicas, foram encontrados padrões notavelmente consistentes de espécies comuns e distribuições de abundância de espécies nos continentes. Isto sugere que mecanismos fundamentais de montagem de comunidades arbóreas podem ser aplicados a todas as florestas tropicais. As análises de reamostragem mostram que as espécies mais comuns provavelmente pertencem a uma lista administrável de espécies conhecidas, permitindo esforços direcionados para compreender a sua ecologia. Embora não diminuam a importância das espécies raras, os novos resultados abrem novas oportunidades para compreender as florestas mais diversas do mundo, incluindo a modelação da sua resposta às mudanças ambientais, concentrando-se nas espécies comuns que constituem a maioria das suas árvores”.

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Fotos Maris Maskalans, Nature, University College London, Unsplash, Westend61 GmbH/Alamy, Wiquipedia

Localização das 1.568 parcelas, regiões de floresta tropical e extensão do bioma de floresta tropical utilizadas no estudo

Os pontos mostram a localização das parcelas analisadas, coloridas por região continental. Verde escuro mostra as regiões da Amazônia, África e Sudeste Asiático para as

Liderada por investigadores da University College London e publicada na Nature, a colaboração internacional de 356 cientistas descobriu padrões quase idênticos de diversidade de árvores nas florestas tropicais do mundo, que são os locais com maior biodiversidade do planeta. Os investigadores estimam que apenas 1.000 espécies representam

quais extrapolamos. O verde claro mostra “florestas tropicais e subtropicais úmidas de folhas largas”, que extrapolamos como o bioma de floresta tropical de dossel fechado

metade dos 800 mil milhões de árvores da Terra nas florestas tropicais, com 46.000 espécies a compor o restante.

“Nossas descobertas têm implicações profundas para a compreensão das florestas tropicais. Se nos concentrarmos na compreensão das espécies de árvores mais comuns, provavelmente poderemos prever como toda a floresta respon-

derá às rápidas mudanças ambientais de hoje”, disse o autor principal, Declan Cooper, do centro de pesquisa ambiental e de biodiversidade da UCL.

“Isto é especialmente importante porque as florestas tropicais contêm uma enorme quantidade de carbono armazenado e são um sumidouro de carbono de importância global”.

Localização das 1.568 parcelas, regiões de floresta tropical e extensão do bioma de floresta tropical utilizadas no estudo

Os números entre parênteses são intervalos de confiança derivados do desvio padrão entre iterações de subamostras obtidas com substituição no tamanho da

A equipe de cientistas demonstrou que, embora as florestas tropicais africanas tenham menos espécies totais em comparação com a Amazónia e o Sudeste Asiático,

amostra do conjunto de dados da Ásia. Reamostragem feita por parcela; 77.587 é o tamanho do conjunto de dados do Sudeste Asiático

a sua diversidade segue o mesmo padrão. A análise é baseada em mais de 1 milhão de amostras de árvores em 2.048 hectares (5.050 acres) de floresta tropi-

cal em 1.568 locais. Eles descobriram que cerca de 2,2% das espécies representavam 50% das árvores do bioma.

Curvas de rarefação mostrando o efeito do aumento do tamanho da amostra no número de hiperdominantes, total de espécies, porcentagem de hiperdominantes e valores ajustados de α de Fisher em comunidades arbóreas tropicais

a – d, O efeito do aumento do tamanho da amostra no número de hiperdominantes (a) , total de espécies (b), porcentagem de hiperdominantes (c) e valores ajustados de α de Fisher (d) na África tropical (magenta), Amazônia (ciano) , Sudeste Asiático (azul). Os dados rarefeitos (valores médios entre iterações de subamostras) são mostrados como pontos unidos por linhas para maior

clareza, as áreas sombreadas representam intervalos de confiança de 95% (derivados através do sd através de iterações de subamostras obtidas com substituição em cada ponto de amostragem). Observe que a reamostragem para rarefação foi feita por subamostragem de parcelas, mas as curvas são plotadas novamente em um eixo x do número de hastes.

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O professor Bonaventure Sonké, da Universidade de Yaoundé I, nos Camarões, disse: “É bem conhecido o fato de as florestas africanas não terem tantas espécies em comparação com as florestas da Amazónia e do sudeste asiático, mas também descobrimos que têm a mesma proporção de espécies. espécies que são comuns, o que aponta para a existência de regras fundamentais que todas as florestas tropicais do mundo cumprem”.Os investigadores disseram que as descobertas indicam que um mecanismo pode governar a montagem de todas as florestas tropicais do mundo. Eles

planejam concentrar o trabalho futuro na identificação da regra potencial, dadas as diferenças geográficas das florestas que estudaram. As florestas tropicais africanas têm um clima mais seco e frio do que as outras duas regiões, enquanto as do Sudeste Asiático estão espalhadas por ilhas desconectadas. A Amazônia é uma grande região de florestas conectadas nas quais os humanos vivem há menos tempo do que as outras regiões.

O autor sênior, Prof Simon Lewis, da escola de geografia da UCL e da Universidade de Leeds, disse: “Queríamos olhar para

“Na Amazônia, descobriu-se que ainda menos espécies de árvores representam 50% dos estoques de carbono acima do solo do que o número

mínimo necessário para representar 50% das árvores. De forma mais geral, o conjunto de espécies comuns provavelmente incluirá espécies fundamentais

as florestas tropicais de uma nova maneira. Concentrar-nos em algumas centenas de espécies de árvores comuns em cada continente, em vez de nos muitos milhares de espécies sobre as quais não sabemos quase nada, pode abrir novas formas de compreender estas florestas preciosas.

“Este foco nas espécies mais comuns não deve diminuir a importância das espécies raras. As espécies raras precisam de atenção especial para serem protegidas, mas ganhos rápidos e importantes no conhecimento virão de um foco científico nas espécies de árvores mais comuns”.

que definem agrupamentos comunitários mais amplos, cuja sensibilidade ambiental provavelmente impulsionará as respostas das florestas tropicais às mudanças ambientais. É claro que o esforço para compreender e proteger as espécies raras e não hiperdominantes continua a ser crucial, especialmente porque enfrentam um maior risco de extinção e provavelmente também contribuem para o funcionamento dos ecossistemas, especialmente quando se consideram mais funções, prazos mais longos e alterações ambientais impostas, e dado que os hiperdominantes do futuro podem ser mais raros hoje. No entanto, com uma compreensão complementar das espécies mais comuns, o mapeamento, a compreensão e a modelização das florestas tropicais do mundo serão uma proposta muito mais tratável”.

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Algumas das espécies de árvores mais comuns da Amazónia são complexos de várias espécies distintas que são difíceis de distinguir no campo Liderado por investigadores da University College London ( UCL ), uma equipe de 356 cientistas fez uma descoberta surpreendente sobre espécies de árvores nas florestas tropicais do mundo
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Bacaba, Palmeira Turu - Oenocarpus bacaba Matámatá - Eschweilera coriácea Bombona - Iriartea deltoidea Pracaxi - Pentacletra macroloba Açai - Euterpe olerácea Murumuru - Astrocaryum murumuru Quina-quina branca, pau pereiraGeissospermum sericeum Árvore de cadarço, bi udu, wapa - Eperua falcata Repolho da montanha; açai, açaizeiro, palmiche, wassaï, huasaí, manacá - Euterpe precatória

Espécies de árvores de florestas tropicais mais comuns:

Continente Nome científico Nomes locais

África Gilbertiodendron dewevrei Limbali, otabo, agbabu, ekpagoi-eze

África Greenwayodendron suaveolens África Teca, atorewa, ẹ́wáé, nchua, eleku, agudugbu

África Anonidium manii Junglesop, imido, asumpa, ọ̀ghẹ́dẹ́gbó

África Petersianthus macrocarpus Árvore fedorenta; saboneteira abalé, tun-tue, pèh, ésiv, kpa

África Santiria trimera adjouaba às racines aériennes, damzin, an-thanjka, kafe, poh, gólógóló.

África Strombosia pustulata itako, afina, poé, mba esogo

África Tabernaemontana crassa Flor de pomo de adão, k-poŋgbo, opuko, patié patié, pete-pete

África Staudtia kamerunensis Niové, ichala, ọbara-okisi, íyìpó ókōyò

África Strombosiopsis tetrandra Bwika, Mbazoo

África Dichostemma glaucescens Mangamba, Mongamba

Amazônia Oenocarpus bacaba Bacaba, Palmeira Turu

Amazônia Eschweilera coriacea Matamatá

Amazônia Iriartea deltoidea Bombona

Amazônia Pentacletra macroloba Pracaxi

Amazônia Euterpe olerácea Açaí

Amazônia Astrocaryum murumuru Murumuru

Amazônia Geissospermum sericeum Quina-quina branca, pau pereira

Amazônia Eperua falcata Árvore de cadarço, bi udu, wapa

Amazônia Euterpe precatória Repolho da montanha; açai, açaizeiro, palmiche, wassaï, huasaí, manacá

AmazôniaRinorea racemosa Branquinha

Sudeste da Ásia Shorea multiflora meranti amarelo

Sudeste da ÁsiaTristaniopsis merguensis Colina Tristânia

Sudeste da ÁsiaCotilelobium melanoxylon Resak hitam; Khiam Khaao; Resak tempurong; Giam tembaga

Sudeste da ÁsiaDehaasia cesia Magasil, Medang

Sudeste da ÁsiaStreblus ilicifolius Selva Holly, Merlimau

Sudeste da Ásia Shorea xantofila seraya kuning barun

Sudeste da ÁsiaShorea parvifolia meranti vermelho claro, lauan branco

Sudeste da ÁsiaElateriospermum tapos Perah, Buah Perah, Pogoh Nut, Tapos

Sudeste da ÁsiaIxonanthes reticulata Pagar Anak, Árvore dos Dez Homens, Inggir Burong, Nyiran Burong

Sudeste da ÁsiaGluta obá Rengas

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Mudar para dietas baseadas em vegetais significa ar mais limpo e pode salvar mais de 200 mil vidas em todo o mundo

Os impactos globais e regionais da mudança alimentar na qualidade do ar. A adoção de uma dieta mais saudável provavelmente terá um lugar de destaque em muitas das nossas resoluções de Ano Novo. Mas muitas vezes é um desafio para as pessoas viverem de acordo com suas intenções

Mas há boas razões para persistir em fazer escolhas deliberadas sobre o que está no seu prato. Estas escolhas não afetam apenas a sua própria saúde, mas também a saúde do planeta .

Os sistemas alimentares representam um terço das emissões globais de gases com efeito de estufa. Se não forem controladas, estas emissões provavelmente acrescentariam aquecimento extra suficiente para levar a temperatura média da Terra para além de um aumento de 1,5°C na década de 2060.

A investigação está agora também a incluir a poluição atmosférica na lista dos problemas causados pela agricultura. A pecuária, em particular, é uma importante fonte de emissões de amônia. Estas emissões reagem com outros poluentes para formar partículas finas, que podem causar problemas de saúde como doenças cardiovasculares, cancro do pulmão e diabetes.

O nosso estudo recente , publicado na Nature Communications, revela que a mudança das dietas atuais para dietas mais saudáveis e mais baseadas em vegetais poderia prevenir até 236.000 mortes prematuras em todo o mundo e impulsionar o PIB global – simplesmente melhorando a qualidade do ar.

Nitrogênio na Proteção Ambiental. A poluição do ar aumenta o risco de doenças cardiovasculares e respiratórias e reduz o desempenho cognitivo e físico. A produção de alimentos, especialmente de produtos de origem animal, é uma importante fonte de emissões de metano e amoníaco que contribuem para a poluição atmosférica através da formação de partículas e de ozono troposférico

Dietas mais saudáveis, ar mais limpo

De acordo com a Organização Mundial da Saúde , ocorreram 4 milhões de mortes prematuras relacionadas com a poluição atmosférica exterior em 2019. A agricultura é responsável por cerca de um quinto destas mortes. Estudámos o que aconteceria à qualidade do ar se as pessoas em todo o mundo adotassem

dietas mais saudáveis e melhores para o ambiente. Isto inclui dietas flexitarianas com menos carne, dietas vegetarianas sem carne e dietas veganas sem produtos de origem animal.

Nossos resultados mostram que a mudança para dietas baseadas em vegetais poderia reduzir significativamente a poluição do ar. As áreas com muita pecuária, como a Bélgica, os Países Baixos, o norte de Itália, o sul da China e o

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Texto *Toon Vandyck e Marco Springmann Fotos CC0 Domínio Público, Marco Springmann et al, Nature, OMS, Penny, Unsplash

Emissões de GEE do sistema alimentar

a,b, Os gráficos circulares mostram a contribuição dos diferentes sectores do sistema alimentar (baseado na terra, energia, indústria e resíduos) para as emissões de GEE provenientes dos alimentos em 1990 (a) e 2015 (b). As cores no mapa mostram a parcela das emissões de GEE dos sistemas alimentares como uma fração do total

de emissões de GEE. As emissões totais de GEE (incluindo CO2, CH4, N2O e gases fluorados) são expressas como equivalente de CO2 (CO2e) calculado usando os valores GWP100 usados no IPCC AR5, com um valor de 28 para CH4 e 265 para N2O. OCDE, Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico. Dados de origem

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centro-oeste dos EUA (em Iowa , há oito porcos para cada pessoa), veriam reduções particularmente pronunciadas na concentração de partículas finas.

Melhor qualidade do ar leva a melhor saúde. Descobrimos que mais de 100.000 mortes prematuras poderiam ser evitadas em todo o mundo através da adopção de dietas flexitarianas. Os ganhos para a saúde decorrentes de um

ar mais limpo somam-se aos benefícios obtidos com uma dieta mais equilibrada. Estes benefícios para a saúde aumentam à medida que as pessoas comem menos produtos de origem animal .

Por exemplo, se todos se tornassem veganos, o número de mortes prematuras devido à poluição atmosférica poderia diminuir em mais de 200.000. Na Europa e na América do Norte, a adoção de dietas veganas poderia reduzir as mortes prematuras causadas por toda a poluição atmosférica em cerca de 20%.

O ar limpo é um aspecto frequentemente esquecido, mas importante, do ambiente de trabalho. A investigação descobriu que a poluição do ar reduz a produtividade dos trabalhadores em muitos empregos diferentes, desde

explorações agrícolas a fábricas. Por exemplo, estudos demonstraram que a poluição atmosférica afecta a produtividade dos apanhadores de mirtilos e dos embaladores de peras.

As nossas estimativas sugerem que um ar mais limpo pode ter um impacto positivo na economia. Descobrimos que uma mudança para dietas veganas poderia aumentar o PIB global em mais de 1% – um ganho de 1,3 biliões de dólares.

Habilitando mudança

Melhorar a qualidade do ar é, sem dúvida, benéfico para a nossa saúde e para a economia. Defendemos que as mudanças dietéticas devem, portanto, ser colocadas firmemente no menu político.

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Em Iowa-EUA , há oito porcos para cada pessoa Diagrama conceptual que mostra as fontes de poluição atmosférica e os potenciais efeitos na saúde humana, no funcionamento do agro ecossistema e na estrutura e função do ecossistema. A saúde humana é afetada por partículas finas e ozônio. As culturas são largamente afetadas pelo ozono, mas também pela dispersão da luz proveniente de partículas e do transporte de nutrientes. Os efeitos nos ecossistemas incluem terras altas, águas doces e águas costeiras e marinhas e envolvem impactos de ozono, acidificação, eutrofização e efeitos do mercúrio. Note-se que também prevê ligações entre os sectores da saúde humana, da agricultura e dos ecossistemas Estudámos o que aconteceria à qualidade do ar se as pessoas em todo o mundo adotassem dietas mais saudáveis e melhores para o ambiente

Supermercado alemão busca cobrar dos consumidores o “verdadeiro” custo ambiental

Adotar dietas mais baseadas em vegetais é uma estratégia eficaz em termos de custos para combater as emissões. Mas também reduz a necessidade de investimentos dispendiosos em equipamentos de redução de emissões para sistemas pecuários, tais como depuradores que removem o amoníaco do ar.

Comer menos carne também diminuiria a necessidade de outras medidas mais drásticas para reduzir a poluição. Por exemplo, os investigadores já sugeriram deslocar 10 mil milhões de animais para longe do sul e do leste da

China para reduzir a exposição ao amoníaco das pessoas nestas regiões.

A mudança para dietas mais saudáveis e baseadas em vegetais oferece uma ampla gama de benefícios além do ar puro. Estes benefícios incluem um menor risco de doenças relacionadas com a alimentação, reduzindo as emissões de gases com efeito de estufa e diminuindo a utilização de terra, água e fertilizantes para a agricultura.Alcançar progressos ambiciosos em todas estas áreas ao mesmo tempo será um desafio se confiarmos apenas em soluções tecnológicas.

Durante o verão de 2023, a cadeia de supermercados alemã Penny realizou uma experiência de uma semana para aumentar a consciencialização sobre o custo real dos produtos alimentares para a saúde das pessoas e para o ambiente. Os preços cobrados aos clientes tiveram em conta o impacto dos produtos alimentares no solo, na utilização da água, na saúde e no clima.

Este conceito poderia ser aplicado de forma mais ampla. Mas para tornar esta política justa e aceitável, ela precisa de ser associada a formas de utilizar as receitas fiscais para garantir que os consumidores não fiquem em pior situação, tais como a redução do IVA sobre os produtos de frutas e vegetais e a compensação das famílias vulneráveis . Desta forma, as despesas alimentares globais seriam controladas e as famílias de baixos rendimentos seriam protegidas.Juntamente com medidas para orientar os agricultores na transição , os nossos sistemas alimentares podem ser orientados para a sustentabilidade, ajudando as pessoas a cumprir as suas resoluções de Ano Novo.

(*) Em The Conversation <<

Os impactos incluem mudanças na concentração de material particulado (painéis esquerdos), mortalidade por poluição do ar (painéis intermediários) e produtividade do trabalho (painéis direitos) para a adoção de flexitarianos (painéis superiores), vegetarianos (painéis inter-

mediários) e veganos (painéis inferiores). dietas. Note-se que os impactos económicos são truncados em 1,5% do PIB. Os mapas foram produzidos usando o pacote “maps” em R (www.bit.ly/47AynUb) e dados da Natural Earth para contornos geográficos e fronteiras (www.bit.ly/3O11AQY)

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Impactos regionais da mudança alimentar na qualidade do ar
A fibra é o guia natural do seu corpo para o controle de peso – em vez de cortar os carboidratos da sua dieta, coma-os em sua embalagem

original de fibra

A fibra pode ser a chave para um controle de peso saudável – e a natureza a embala em proporções perfeitamente equilibradas com carboidratos quando você os ingere como alimentos integrais. Pense em frutas, vegetais, grãos integrais, feijões, nozes e sementes não processados

Apesquisa sugere que os carboidratos devem ser embalados em proporções equilibradas entre o total de carboidratos e as fibras, de acordo com a natureza. Na verdade, certos tipos de fibra afetam a forma como o corpo absorve os carboidratos e informam às células como processá-los depois de absorvidos. A fibra retarda a absorção de açúcar no intestino. Ele também orquestra a biologia fundamental que os recentes medicamentos de sucesso para perda de peso, como Wegovy e Ozempic, utilizam, mas de uma forma natural. Seu microbioma transforma fibras em sinais que estimulam os hormônios intestinais que são as formas naturais dessas drogas.

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Como os carboidratos afetam sua saúde? Assista o YouTube: www.youtu.be/wxzc_2c6GMg
Alimentos integrais, como frutas, vegetais e grãos não processados, são normalmente ricos em fibras Texto *Christopher Damman Fotos Harvard Health, Oscar Wong/Momento via Getty Images, Unsplasch, Yale Medicine

Estes, por sua vez, regulam a rapidez com que o estômago se esvazia, o quão rigorosamente os níveis de açúcar no sangue são controlados e até mesmo a sensação de fome.

É como se os carboidratos não processados viessem naturalmente embalados e embalados com seu próprio manual de instruções para o seu corpo sobre como digeri-los.

Sou um médico cientista e gastroenterologista que passou mais de 20 anos estudando como os alimentos afetam o microbioma intestinal e o metabolismo. A pesquisa é clara – a fibra é importante não apenas para evacuar bem, mas também para o açúcar no sangue, o peso e a saúde geral.

Carboidratos sem embalagem

Infelizmente, a maioria dos americanos obtém a maior parte de seus carboidratos despojados de suas fibras naturais.

Os grãos processados modernos, como arroz branco e farinha branca, bem como muitos alimentos ultraprocessados, como alguns cereais matinais açucarados, salgadinhos embalados e sucos, removeram essas fibras. Eles vêm essencialmente desembrulhados e sem instruções para o corpo sobre quanto deve absorver e como deve processá-los. Na verdade, apenas 5% dos americanos comem a quantidade recomendada de carboidratos com uma quantidade suficiente de sua embalagem natural intacta. As diretrizes recomendam pelo menos 25 a 30 gramas de fibra por dia proveniente dos alimentos.

Pode não ser surpreendente que a falta de fibras contribua para o diabetes e a obesidade. O que é surpreendente é que a lacuna de fibras também provavelmente contribui para doenças cardíacas , certos tipos de câncer e talvez até mesmo para a doença de Alzheimer.

Uma abordagem popular para mitigar alguns dos efeitos nocivos à saúde causados pelo baixo teor de fibras e pelos carboidratos altamente refinados tem sido limitar a ingestão de carboidratos . Essas abordagens incluem as dietas low-carb, ceto, paleo e Atkins.

Tipos de carboidratos

Cada dieta é uma variação de um tema semelhante de limitação de carboidratos em quantidades variadas e de maneiras diferentes. Há respaldo científico para os benefícios de algumas dessas dietas.

A pesquisa mostra que limitar os carboidratos induz cetose , um processo biológico

que libera energia das reservas de gordura durante a fome e exercícios prolongados.

Dietas com baixo teor de carboidratos também podem ajudar as pessoas a perder peso e levar a melhorias na pressão arterial e na inflamação. Dito isto, algumas dietas cetônicas podem ter efeitos

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negativos na saúde intestinal. Também não se sabe como podem afetar a saúde cardíaca, algumas formas de cancro e outras condições a longo prazo.

Ainda mais confuso, a investigação mostra que as pessoas com dietas ricas em hidratos de carbono de origem vegetal, como a dieta mediterrânica, tendem a levar vidas mais longas e saudáveis . Como isso pode ser conciliado com estudos que sugerem que dietas pobres em carboidratos podem beneficiar a saúde metabólica?

Um carboidrato é um carboidrato?

A resposta pode ter a ver com os tipos de carboidratos que os estudos estão avaliando. Limitar açúcares simples e carboidratos refinados pode melhorar certos aspectos da saúde metabólica, já que estas são algumas das calorias mais facilmente digeridas e absorvidas. Mas uma forma mais sustentável e abrangente de melhorar a saúde pode ser aumentar a percentagem de hidratos de carbono não processados, mais complexos e de absorção lenta, que vêm com as suas embalagens naturais e instruções intactas –aqueles que contêm fibra.

Esses carboidratos naturais podem ser encontrados em grãos integrais, feijões, nozes, sementes, frutas e vegetais. Eles vêm em proporções entre carboidratos totais e fibras que raramente excedem 10 para 1 e geralmente são de 5 para 1 ou menos . Comer principalmente alimentos integrais é uma maneira simples de garantir que você está consumindo carboidratos de qualidade nas proporções corretas.

Mas quem não gosta de comer uma tigela grande de macarrão ou um bolo com sorvete de vez em quando? Concentrar-se em alimentos processados embalados que mantêm proporções de carboidratos para fibras de

pelo menos 10 para 1 ou, idealmente, 5 para 1 pode ajudá-lo a fazer as melhores escolhas ao escolher mais alimentos processados na loja. Dê uma olhada no rótulo de informações nutricionais e simplesmente divida o total de carboidratos pela fibra alimentar.

Nas ocasiões em que você estiver comendo fora ou comemorando o aniversário de alguém, considere tomar um suplemento de fibras durante a refeição. Um estudo piloto descobriu que um suplemento contendo uma mistura de fibras diminuiu o pico de açúcar no sangue – um aumento nos níveis de glicose no sangue que, se for muito alto, pode danificar o corpo ao longo do tempo –após uma refeição em indivíduos saudáveis em cerca de 30%.

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Frutas e vegetais normalmente vêm em proporções ideais de carboidratos totais para fibras

Ouça seu corpo

Embora quase todas as fibras sejam geralmente boas para a saúde da maioria das pessoas, nem todas as fibras afetam o corpo da mesma maneira.

Consumir uma variedade de diferentes tipos de fibra geralmente ajuda a garantir um microbioma diversificado, que está ligado ao intestino e à saúde geral.

Mas certas condições médicas podem impedir o consumo de certos tipos de fibra. Por exemplo, algumas pessoas podem ser particularmente sensíveis a uma classe de fibra chamada Fodmaps – oligossacarídeos, dissacarídeos, monossacarídeos e polióis fermentáveis – que são mais facilmente fermentados na parte superior do intestino e podem contribuir para sintomas da síndrome do intestino irritável, como inchaço e diarréia. Alimentos ricos em Fodmap incluem muitos alimentos processados que contêm inulina, alho em pó e cebola em pó, bem como alimentos integrais, incluindo aqueles da família da cebola, laticínios, algumas frutas e vegetais. Ouça como seu corpo responde a diferentes alimentos ricos em fibras.

Comece devagar e vá devagar ao reintroduzir alimentos como feijão, sementes, nozes, frutas e vegetais em sua dieta.

Se você tiver problemas para aumentar a ingestão de fibras, converse com seu

médico.Ferramentas como esta calculadora online que criei também podem ajudá-lo a encontrar alimentos da mais alta qualidade com fibras saudáveis e outras proporções de nutrientes.

Ele também pode mostrar quais proporções de fibra adicionar aos alimentos açucarados para ajudar a atingir proporções saudáveis. Eu não recomendaria comer doces o tempo todo, mas como

minhas três filhas gostam de me lembrar, é importante se divertir de vez em quando. E quando fizer isso, considere colocar os carboidratos de volta em suas embalagens de fibra. É difícil melhorar o design da natureza.

(*) Professor Associado de Gastroenterologia, Faculdade de Medicina, Universidade de Washington. Em The Conversation <<

Alimentos Ricos em Fibras: A falta de fibras contribui para o diabetes a obesidade e ...
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