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28 PARÁ NO CENTRO DA BIOECONOMIA MACRODRENAGEM DO CARAPARU PROJETOS PARA MELHORIA DE VIDA NO MARAJÓ EDIÇÃO 264 BELÉM-PARÁ WWW.PARAMAIS.COM.BR R$ 29,99 ISSN 16776968 7 71677 69 6 124 94 6200
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DIRETOR e PRODUTOR: Rodrigo Hühn; EDITOR: Ronaldo Gilberto Hühn; COMERCIAL: Alberto Rocha, Augusto Ribeiro, Rodrigo Silva, Rodrigo Hühn; DISTRIBUIÇÃO: Dirigida, Bancas de Revista; REDAÇÃO: Ronaldo G. Hühn; COLABORADORES*: Ana Laura Lima, Christine Fieldhouse, IDEFLOR-BIO, Leonardo Nunes, Lucas Rocha, NOAA, Rebecca Lindsey, Ronaldo Hühn, The Ethicalist, Universidade de Barcelona, Victor Miranda, Vinícius Leal; FOTOGRAFIAS: Ag.Pará, Dinei Souza/Ag.Belém, Divulgação, Divulgação MMA, Instituto de Neurociências da UB (UBneuro), Internet, JPI HDHL, Marco Santos/Ag.Pará, Marcelo Lelis / Ag. Pará, Molecular Nutrition and Food Research, NOAA, Paulo Pinto/Agência Brasil, Ronaldo Rosa, Science Advances, Shutterstock, The Ethicalist, Universidade de Barcelona, Unsplash, Wikipedia; DESKTOP: Rodolph Pyle; EDITORAÇÃO GRÁFICA: Editora Círios

* Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores.

CAPA

Helder e Lula mostraram ao presidente francês, Emmanuel Macron, a complexidade da questão amazônica e as alternativas de desenvolvimento econômico sustentável, que encontram na bioeconomia o caminho chave para a transição para uma economia de baixo carbono. Foto: Marco Santos / Ag. Pará

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264 - MARÇO - 2024
EDITORA CÍRIOS POR FAVOR RECICLE ESTAREVISTA 24 14 DISCUTINDO ESTRATÉGIAS PARA A CADEIA PRODUTIVA DE SEMENTES NO PARÁ ESTADO ASSINA ORDEM DE SERVIÇO PARA A MACRODRENAGEM DO CANAL DA CARAPARU, NO GUAMÁ, EM BELÉM Açaí ganha seu primeiro Zoneamento Agrícola de Risco Climático–Zarc 16 Dieta Mediterrânica reduz o risco de declínio cognitivo em pessoas idosas 26 O que está causando a contínua seca recorde na Amazônia? 20 Maneiras simples de vencer seus medos hoje 29 10 08 06 ESTADO APOIA LANÇAMENTO DE INICIATIVAS DA UNIÃO PARA MELHORIA DA QUALIDADE DE VIDA DA POPULAÇÃO MARAJOARA CRIAÇÃO DE COMITÊ SOBRE O LIXO TRAZ DOIS MINISTROS A BELÉM E VAI GERAR MAIS RENDA AOS CATADORES FÓRUM BRASILEIRO DE FINANÇAS CLIMÁTICAS Para receber edições da Pará+ gratuitamente é só entrar no grupo bit.ly/ParaMaisAssinatura ou aponte para o QR Code

Fórum Brasileiro de Finanças Climáticas

Antecedendo o encontro de ministros da Economia do G20 e debatendo finanças climáticas com o Tema: Transição energética para combustíveis de baixo carbono

Em São Paulo, no hotel Rosewood, o Fórum Brasileiro de Finanças Climáticas, foi organizado por entidades como os institutos Arapyaú, AYA e Clima e Sociedade, reunindo especialistas da área.

“Quando a gente fala de finanças climáticas, a gente tem que compreender que essa agenda demanda um olhar integrado.

Então, tem que considerar as intersecções entre finanças, clima, natureza, bioeconomia, sa ú de, educação, ciência, tecnologia e inovação, infraestrutura, sempre colocando as pessoas no centro das decisões.

E, para que essa agenda avance, é preciso que a gente crie as condições para que os investimentos na economia de baixo carbono gerem retorno financeiro e esses negócios prosperem, ao mesmo tempo que preservem a floresta e gerem renda para quem nela vive”, afirmou a diretora-geral do Instituto Arapya ú , Renata Piazzon.

Para o representante da Open Society Foudations Iago Hairon é necessário que se amplie o debate sobre o papel do Estado e a tributação verde, já que é ela quem impulsionaria o setor privado a se comprometer mais com as pautas de transição energética e meio ambiente.

“Falar sobre financiamento e transição justa é entender que nossos países vivem realidades completamente distintas, mas que qualquer visão de desenvolvimento e de transição necessariamente vai precisar

gerar empregos para as nossas populações e reduzir as desigualdades abissais que separam a gente. Desigualdades essas que foram criadas com uma visão de alicerce arcaico, que privilegia combustíveis fósseis, um agronegócio expansivo, que não respeita a legislação ambiental, que privilegia o desmatamento e a mineração ilegal”, afirmou Hairon, que é gerente Programático Global de Finanças, Clima e Equidade.

No Fórum Brasileiro de Finanças Climáticas, em São Paulo, o governador Helder Barbalho defendeu, que o financiamento climático na Amazônia deve priorizar soluções baseadas na natureza, entre elas, a

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O chefe do Executivo Estadual participou do painel: “Amazônias, limites planetários e as finanças da natureza: contribuições regionais para a melhoria da qualidade de vida local e a segurança climática global” O governador Helder Barbalho defendeu, que o financiamento climático na Amazônia deve priorizar soluções baseadas na natureza Fórum Brasileiro de Finanças Climáticas antecede encontro de ministros da Economia do G20

bioeconomia e a restauração florestal, com foco em um modelo econômico baseado em baixas emissões de carbono.

“O financiamento para as soluções advindas da floresta deve ser central para as novas vocações econômicas da nossa região. Que a Amazônia não esteja mais forjada em modelos que contribuem para as mudanças climáticas e que possamos fazer do nosso estoque florestal a nossa nova vocação. Isso está em curso, com o papel fundamental de iniciativas de pesquisa, desenvolvimento e inovação”, disse.

O chefe do Executivo Estadual participou do painel: “Amazônias, limites planetários e as finanças da natureza: contribuições regionais para a melhoria da qualidade de vida local e a segurança climática global”.

O evento contou com a participação de nomes como Antônio Ricarte, Diplomata e Embaixador do Itamaraty; Francisca Arara, secretária Extraordinária de Povos Indígenas no Acre; Hannah Balieiro, Diretora Executiva do Instituto Mapinguari; Joaquim Belo, do Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS); Maria Alexandra Moreira, ex-Secretária-Geral da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA); Nabil Kadri, Deputy Managing Director do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) e Sérgio Suchodolski, Senior Fellow do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI).

O

Protagonismo

“Eu defendo que nós tenhamos capacidade para protagonizar aquilo que queremos para a nossa região, e no momento em que o G20 e a sociedade civil colocam a Amazônia no centro e discute soluções, no momento da convergência da agenda do Brasil de presidir o G20, os BRICS, presidir a COP, nós temos tudo para colocar, liderando o Sul global, a floresta no centro das atenções, buscando soluções”, defendeu o governador.

O governador destacou ainda o Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia, que está em implementação nos estados como um indutor do processo, dando escala e dimensão à bioeconomia diante dos desafios climáticos.

“Diante das urgências climáticas e do chamamento ao protagonismo da Amazônia e aí sim apresenta-se o nosso primeiro grande dilema. Nós seremos reativos ou nós seremos propositivos, liderando a agenda que nós entendemos que seja estratégica para a nossa região?”, instigou Helder.

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Em São Paulo, no hotel Rosewood, o Fórum Brasileiro de Finanças Climáticas chefe do Executivo Estadual participou do painel: “Amazônias, limites planetários e as finanças da natureza: contribuições regionais para a melhoria da qualidade de vida local e a segurança climática global”

Criação de comitê sobre o lixo traz dois ministros a Belém e vai gerar mais renda aos catadores

Acidade de Belém está buscando se tornar referência na gestão de resíduos sólidos; na economia circular voltada a gerar mais renda aos catadores; e inserir a sustentabilidade nas ações municipais

Com estes compromissos, a Prefeitura de Belém assinou na tarde desta segunda-feira, 11, em cerimônia no Palácio Antônio Lemos, decreto e portaria com o Governo Federal, empresas e associações de catadores.

Participaram da solenidade o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, e representantes de catadores de Belém.

Comitê Integrado

O primeiro ato de assinatura foi o decreto municipal com a criação do Comitê Integrado para Gestão de Resíduos Sólidos e Economia Circular.

O objetivo do comitê é debater e construir estratégias que aperfeiçoem a gestão de resíduos e garantam a inclusão dos catadores visando à Conferência das Partes da ONU (COP-30), que Belém sedia em 2025.

O comitê será formado por representantes da Prefeitura de Belém, do Governo Federal, de organizações internacionais, de catadores de materiais recicláveis e do consórcio local responsável pela gestão de resíduos. “Este comitê é um marco na política de resíduos sólidos em Belém”, destacou o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues.

“Ele reúne a Prefeitura, vários ministérios, organizações da iniciativa privada e as associações de catadores. E vai permitir que os recicladores aprimorem mais suas sabedorias para transformar esses resíduos em outras fontes”. O representante da Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis (Conclaves), Jonas Jesus, destacou a iniciativa da Prefeitura de Belém: “A assinatura de todos esses termos aqui é o reconhecimento pelo nosso trabalho. É um olhar que nunca tivemos”.

Portaria

Também foi assinada a portaria federal que padroniza o modelo de relatório anual de resultados no âmbito dos sistemas de logística reversa. Esse instrumento de logística reversa, instituído pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, e que agora terá um relatório padronizado, colabora para qualificar o sistema de gestão de resíduos no Brasil.

A ministra Marina Silva ressaltou que os catadores estão sendo priorizados pelo Governo Federal: “Estamos discutindo o pagamento por serviços ambiental para vocês.

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Durante a cerimônia no Palácio Antônio Lemos, foi assinado o decreto que cria o Comitê Integrado para Gestão de Resíduos Sólidos e Economia Circular; uma portaria federal que colabora para qualificar o sistema de gestão de resíduos no Brasil; e o Termo de Parceria para o Desenvolvimento da Acelera Escola de Reciclagem Os ministros Sílvio Almeida e Marina Silva: Olhar especial para os catadores, que devem receber também por serviços ecológicos, não apenas pelos materiais a ser reciclados Texto *Victor Miranda Fotos Dinei Souza/Ag.Belém

Além de pagar pelo material que vocês recolhem, vamos fazer com que vocês recebam esse dinheiro”, garantiu a ministra.

A logística reversa também é uma obrigação que as empresas possuem de garantir a recuperação dos resíduos que colocam no mercado e reinseri-los na cadeia produtiva. O ministro Sílvio Almeida destacou a importância de pensar no direito dos catadores. “Juntar direitos humanos é fundamental. Estamos falando dos catadores e que têm sido fundamentais. O que está sendo feito aqui é a síntese dos direitos humanos, pois falar deles é falar do futuro desses trabalhadores”, ressaltou Sílvio Almeida.

Escola de reciclagem

Por fim, foi assinado o Termo de Parceria para o Desenvolvimento da Acelera Escola de Reciclagem. Firmaram o compromisso a Pragma Soluções Sustentáveis, a Rede Latino-Americana e Caribenha de Catadores (Rede Lacre), a Associação Brasileira das Indústrias de Vidro (Abvidro) e a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim).

Belém será a primeira cidade do Brasil a ter essa escola de reciclagem, que é uma grande central semimecanizada com capacidade para processar até 300 toneladas de resíduos da coleta comum, ampliando o índice de reciclagem na cidade. O modelo também vai fazer com que as cooperativas de catadores sejam sócias da estrutura empresarial que administrará a central.

“Estamos conversando há algum tempo com a Prefeitura para falar sobre essa parceira e então instalar a Acelera Escola de Reciclagem”, comentou Dione Manetti, representante da Pragma.

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A logística reversa também é uma obrigação que as empresas possuem de garantir a recuperação dos resíduos que colocam no mercado e reinseri-los na cadeia produtiva O representante da Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis (Conclaves), Jonas Jesus: “A assinatura de todos esses termos aqui é o reconhecimento pelo nosso trabalho: é um olhar que nunca tivemos” O prefeito Edmilson Rodrigues assina o decreto: “A criação do comitê é um marco na gestão de resíduos sólidos no Brasil”

Estado apoia lançamento de iniciativas da União para melhoria da qualidade de vida da população marajoara

No Marajó, Helder Barbalho participou do lançamento do Programa Sanear Amazônia, que irá implantar tecnologias sociais de acesso à água no Marajó

Ogovernador do Pará, Helder Barbalho, participou recentemente, da assinatura do termo de cooperação que marcou o lançamento do Programa “Sanear Amazônia”, no município de Curralinho, na Ilha do Marajó. A medida visa implantar tecnologias sociais de acesso à água no Marajó.

A iniciativa do Governo Federal contou com a participação dos ministros de Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida; do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, da secretária Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Lilian dos Santos Rahal, além da diretora socioambiental do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Tereza Campello.

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No município de Curralinho, na Ilha do Marajó, lançamento do Programa “Sanear Amazônia” Texto *Leonardo Nunes Fotos Secretária de Segurança Alimentar e Nutricional do MDS durante evento Para o governador do Pará, as relações institucionais entre Estado e União são essenciais para que haja mudanças quanto as condições de vida da população marajoara

No encontro, Helder destacou que a Região do Marajó, que tem sido vítima de fake news relacionadas à exploração sexual infantil, precisa de políticas públicas voltadas às oportunidades para sociedade e melhoraria da infraestrutura. “Hoje temos a oportunidade de assinar um acordo que está dialogando diretamente com a qualidade de vida”, ponderou o governador.

“Qualidade de vida requer direitos, requer acesso a bens fundamentais que permitam que as pessoas possam receber aquilo que são absolutamente essenciais à vida. E a água é uma delas. O tratamento de resíduos sólidos, o tratamento de esgoto, o saneamento básico é fundamental para isto”, detalhou o chefe do Poder Executivo Estadual paraense.

Para o governador do Pará, as relações institucionais entre Estado e União são essenciais para que haja mudanças quanto as condições de vida da população marajoara.

“Quando os ministros do governo do presidente Lula escolhem o Marajó para lançar este programa junto com o BNDES, já com metas estabelecidas e estruturado, é um avanço para que nós possamos efetivamente ver as intenções se transformando em realidade”, afirmou Helder.

Além disso, o governador ressaltou que o povo do Marajó não quer ser usado para a propagação de fake news.

“O povo do Marajó não quer ser usado para fake news. O povo do Marajó não quer ser usado para política rasteira, barata, ide-

ológica daqueles que não têm o que dizer, porque nunca fizeram nada pelo Marajó. Nunca ajudaram o Marajó quando podiam ter ajudado”, reforçou Helder Barbalho.

O governador afirmou ainda que o Estado avançou de forma pioneira no país na isenção de impostos estaduais para novas operações de indústrias, comércio e investimentos na região do Marajó, objetivando potencializar a economia local, gerar empregos e renda.

LANÇAMENTO

Segundo o Governo Federal, o evento também marcou o lançamento do edital de Assistência Técnica e Extensão Rural do Programa “Bolsa Verde”, uma realização do Ministério do Meio Ambiente em parceria com o Ministério do Desenvolvimento e a Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural. Os projetos incluem ações de diagnósticos e planejamento, apoio para

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O evento também marcou o lançamento do edital de Assistência Técnica e Extensão Rural do Programa “Bolsa Verde” Durante o lançamento do edital Sanear Amazônia, na Ilha do Marajó (PA). A chamada pública irá contar com R$ 150 milhões do Fundo Amazônia, administrado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em coordenação com o MMA e os ministérios do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS).

acesso a políticas da agricultura familiar, elaboração de projetos de estruturação produtiva e de projetos de recuperação ambiental, acompanhamento e orientação técnica.

Além disso, segundo informações da União, nesta etapa serão beneficiados 62 territórios em sete estados do país, sendo quatro da Amazônia: Pará, Amapá, Rondônia e Acre. Ao todo, o edital vai atender 15,4 mil famílias.

Na região do Marajó, serão atendidas 5,8 mil famílias. Ainda no município de Curralinho, houve o lançamento do Edital Cisternas Amazônia e a assinatura do Acordo de Cooperação Técnica entre o Ministério de Meio Ambiente, o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

O objetivo do programa é promover a inclusão produtiva e a melhoria das condições de vida de famílias rurais de baixa renda, povos e comunidades tradicionais. Com a ação, serão contempladas 4,6 mil famílias em 16 municípios da região amazônica pertencentes a seis estados: Acre, Amazonas, Amapá, Pará e Rondônia. No Marajó, serão 3,3 mil famílias contempladas.

Ambos os editais fazem parte do acordo de cooperação técnica celebrado em 2023 com o intuito de elaborar Plano de Respostas Socioambientais, de forma cooperada com os ministérios do Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), do Desenvolvimento Agrário e da Agricultura Familiar (MDA), da Igualdade Racial (MIR) e da Agricultura e Pecuária (Mapa).

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Secretária de Segurança Alimentar e Nutricional do MDS durante evento A iniciativa pretende implantar tecnologias sociais de acesso à água e projetos produtivos sustentáveis adequados às realidades locais. O Fundo Amazônia vai destinar R$ 150 milhões para ampliar o acesso à água na região Marina Silva, Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima durante a assinatura do edital

Estado assina ordem de serviço para a Macrodrenagem do Canal da Caraparu, no Guamá, em Belém

Serão executados serviços de revestimento em placas de concreto, pavimentação asfáltica, drenagem, esgotamento sanitário, paisagismo, urbanização e passarelas

Com objetivo de proporcionar a melhoria do escoamento de água pluviais e evitar o alagamento das vias públicas e das casas dos moradores da área, o Governo do Estado assinou, na terça-feira (26/03), a ordem de serviço de Macrodrenagem do Canal da Caraparu, localizado na Bacia do Tucunduba, em Belém.

“É bem difícil morar aqui. Quando chega o inverno tudo vai para o fundo, a gente fica numa dificuldade até para transitar. Chove e ficamos presos na nossa casa, não temos como sair, alaga tudo, têm pessoas que já perderam tudo. A obra significa a nossa dignidade, tenho certeza que é para a melhor”, comemorou Ruth Viana, comerciante no bairro do Guamá, em Belém.

Mais de 870 metros de canais vão receber os serviços de saneamento e urbanização, melhorando a vida das pessoas que há anos aguardavam pela obra, como enfatizou o governador do Pará, Helder Barbalho.

“Esta é a maior intervenção em macrodrenagem da história de Belém. O complexo Tucunduba passa por uma transformação, tirando a população do sofrimento de décadas. E a partir destas intervenções ganhamos mais urbanização, garantindo saneamento e permitindo com que estas comunidades possam viver um novo momento. Festejo poder estar iniciando mais esta obra. Festejo poder estar aqui no bairro do Guamá e reafirmar o nosso compromisso de trabalhar cada vez mais por Belém e por todo o Pará”, pontuou o chefe do Executivo estadual.

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Os serviços de saneamento e urbanização, irão melhorar a vida das pessoas que há anos aguardavam pela obra Texto *Victor Miranda Fotos Marcelo Lelis / Ag. Pará

Ao todo, o Governo do Estado investiu na obra R$ 123.881.678,86 milhões, e vai contemplar os serviços de revestimento em placas de concreto, pavimentação asfáltica, drenagem, esgotamento sanitário, paisagismo, urbanização e passarelas.

A dona Ivanilda Pereira, moradora da margem do canal há 30 anos, fala das dificuldades do local. “Quando enche, vem muito lixo, fica tudo sujo. A gente espera por melhorias e fica orgulhoso do início das obras no local em que moramos”, contou.

á para o morador Enos Noronha, que reside há 40 anos no bairro, ver as máquinas iniciando os trabalhos são a realização de um sonho, é ver os pedidos da comunidade sendo atendidos. “Sempre que chove, o canal transborda. Fazer isso é um sonho de todos os moradores do bairro do Guamá. Essa obra aqui já está no começo e a macrodrenagem, agora, é um sonho que vai ser realizado”, falou. Para o secretário de obras públicas, Ruy Cabral, a intervenção no canal vai trazer inúmeros benefícios à população. “O canal da Caraparu tem cerca de 900 metros de extensão e

nós vamos executar a drenagem, a regularização, dando maior profundidade, re -

cebendo maior volume de água, saneando o canal. Por consequência disso, estamos urbanizando as vias laterais, assim como asfaltando, implantando a rede de drenagem e de saneamento, valorizando a comunidade e o cidadão”, disse.

Bacia do Tucunduba

A Bacia do Tucunduba é formada por 12 canais secundários que fazem lançamento no canal principal, denominado “Canal Tucunduba”. Desde 2019, o Governo do Estado iniciou as obras de macrodrenagem no local, beneficiando mais de 2,5 quilômetros de canais. Entre os serviços de infraestrutura e saneamento básico, já foram entregues para a população pontes, passarelas, quadras poliesportivas, urbanização viária com praças, playgrounds e academias ao ar livre, assim como o aterramento de quintais ao longo de toda Bacia do Tucunduba.

(*) Ascom / SEOP <<
Formada por 12 canais secundários que fazem lançamento no canal principal As obras, executadas pela Secretaria de Estado de Obras Públicas (SEOP), também contemplam condução hidráulica de águas pluviais e residuais

Açaí ganha seu primeiro Zoneamento Agrícola de Risco Climático–Zarc

A tecnologia ajuda a incentivar a produção além da Amazônia. Zarc Açaí apresenta baixo risco climático (20%) no cultivo irrigado da cultura no Norte e Nordeste e na maior parte do Centro-Oeste. O Estado do Espírito Santo e o norte de Minas Gerais também apresentaram condições para o açaí irrigado. Zarc permite ao produtor identificar as melhores regiões para produção e as épocas para planejamento das mudas

Ocultivo do açaizeiro, da espécie Euterpe oleracea , cultura de origem amazônica, dispõe agora de zoneamento que orienta sua expansão para outras regiões do País. O Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) para a cultura do açaí em sistema de produção irrigado foi publicado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária

Trata-se do primeiro zoneamento para o açaí e considera riscos climáticos de 20%, 30% e 40%. Na maior parte do Brasil, o Zarc aponta risco de 20% para o plantio irrigado de açaí e mostra que a totalidade das regiões Norte e Nordeste, maior parte do Centro-Oeste e uma pequena parte do Sudeste (norte de Minas Gerais e Espírito Santo ) apresentam condições de temperatura, umidade, ocorrência de chuvas e tipos de solo que permitem o cultivo da palmeira amazônica em sistema irrigado.

“O zoneamento tem o objetivo de quantificar os riscos relacionados aos problemas climáticos e permite ao produtor identificar

os melhores para produção e as épocas para planejamento das mudas, levando regiões em conta o clima, a cultura e os diferentes

o

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O zoneamento permite quantificar os riscos relacionados a problemas climáticos e identificar as melhores e épocas para a produção Texto *Ana Laura Lima Fotos Divulgação, Ronaldo Rosa tipos de solos”, explica meteorologista Alailson Santiago , pesquisador da Embrapa Amazônia Oriental . Euterpe oleracea, cultura de origem amazônica

Zarc orienta a expansão do açaí para outras regiões do País. Assista o YouTube:www.youtu.be/64vOF8bC93o

O modelo agrometeorológico utilizado no estudo considera diversos elementos climáticos. “Analisamos elementos que influenciam diretamente no desenvolvimento da produção agrícola, como a temperatura, a ocorrência de chuvas, umidade relativa do ar, água disponível nos solos, necessidade hídrica da cultura e parâmetros geográficos, como altitude, latitude e longitude”, relata Santiago.

As características de solo e clima de todas as regiões do País foram comprovadas para cada fase de desenvolvimento da planta, desde o plantio até a colheita. “Verificamos a necessidade de água e o tipo de solo para cada fase de desenvolvimento do açaí”, acrescenta o pesquisador. A metodologia considera dados meteorológicos de séries históricas de pelo menos 15 anos, além de todo o conhecimento científico sobre a cultura e validações em campo.

Açaí depende de disponibilidade de água

O principal parâmetro de risco climático para o açaí é uma necessidade hídrica. O açaizeiro é uma palmeira nativa das áreas de várzea da Amazônia e a expansão para sistemas comerciais de produção em terra firme requer supervisão, pois mesmo os períodos curtos de

Aplicativo móvel do Zarc

O Zoneamento de Risco Climático para o sistema de produção irrigado de açaí pode ser acessado no aplicativo móvel Zarc Plantio Certo, desenvolvido pela Embrapa Agricultura Digital (SP), e disponível nas lojas de aplicativos: iOS e Android . Produtores rurais e outros agentes do agronegócio podem acessar por meio de tablets e smartphones, de forma mais prática, as informações oficiais do zoneamento. Os resultados do Zarc também podem ser consultados e baixados por meio da plataforma “Painel de Indicação de Riscos”.

falta de água podem reduzir muito a produção. “Não se pensa em plantar açaí em terra firme sem controle. Sem a água, o cultivo se torna inviável”, afirma o pesquisador da Embrapa João Tomé de Farias Neto . A técnica mais utilizada é a supervisão por microaspersão e a quantidade de água nas diferentes idades da planta depende das condições edafoclimáticas da região, afirma Farias. “É preciso utilizar técnicas de manejo de precisão para o uso racional da água”, completa.

O Zarc considera, portanto, somente o sistema de produção de açaí com privacidade. As duas cultivares de açaí de terra firme desenvolvidas pela Embrapa, BRS Pará e BRS Pai d’Égua , são componentes fundamentais desse sistema de produção. Entre as principais características das variedades estão a redução da sazonalidade na produção, maior rendimento de polpa dos frutos e produção precoce.

Temperaturas elevadas para o açaí

No sistema de produção de açaí irrigado, outro fator climático limitante passa a ser o risco térmico que pode comprometer a produção da palmeira. “Em baixas temperaturas, ocorre o aborto dos frutos, eles caem dos cachos antes de amadurecer”, pontua Santiago. Nas estimativas de campo, temperaturas próximas a 11 ºC, ainda que em ocorrências isoladas, foram bastante detalhadas ao açaizeiro, provocando morte de folhas e abortamento de flores ou frutos.

Nenhum estudo que fundamenta o Zarc foi utilizado como limite inferior a temperatura de 7 oC, de forma a evitar danos potenciais à estabilidade de produção da cultura. O agrônomo Eduardo Monteiro, pesquisador da Embrapa Agricultura Digital e coordenador da Rede Zarc na instituição, explica que esse limite foi proposto a partir da identificação de áreas de produção de açaí

Em baixas temperaturas, ocorre o aborto dos frutos, eles caem dos cachos antes de amadurecer

com previsões em estados do Centro-Oeste e Sudeste. “No futuro, com o avanço do conhecimento e à medida que novas pesquisas tragam informações mais precisas sobre o desempenho de diferentes cultivares dessa palmeira em temperaturas mais frias, os critérios poderão ser atualizados”, ressalta.

Cultivo em expansão do açaí

O açaizeiro ( Euterpe oleracea ) é uma palmeira nativa das áreas de várzea da Amazônia e o aumento da demanda pelo fruto levou à expansão para as áreas de terra firme. A Embrapa desenvolveu duas únicas cultivares registradas de açaizeiro para terra firme do mundo: BRS Pará e BRS Pai d’Égua. “Nos últimos anos, a demanda pelo fruto cresceu em um ritmo muito mais acelerado que a oferta. Então, migrar para terra firme foi uma das soluções encontradas pela pesquisa”, justifica Farias Neto.

Entre as culturas perenes produzidas no Brasil, como café, laranja, cacau e dendê, o crescimento da produção de açaí ganha destaque nos últimos anos. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE ) monitora essa produção desde 2015 e considera tanto o açaí manejado das áreas de várzea quanto o cultivado. A área colhida de frutos de açaí no Brasil cresceu em torno de 100 mil hectares, saindo de 137 mil hectares em 2015 para 233 mil hectares em 2022, de acordo com os dados mais recentes do IBGE. E, no mesmo período, a produção nacional saltou de 1 milhão de toneladas para 1 milhão e 700 mil toneladas.

A faixa territorial contemplada no Zarc com riscos de 30% e 40% corresponde a áreas de transição para regiões mais ao sul, nas quais a probabilidade de temperaturas abaixo do limite previsto no zoneamento começa a aumentar. A transição ocorre em áreas na divisão entre Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, centro-sul de Goiás e região central de Minas Gerais. “À medida que as temperaturas caem, o risco aumenta”, alerta Santiago.

Zarc subsídio seguro e crédito rural

O zoneamento é utilizado como informação básica de orientação em alguns programas de política agrícola, como o Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro), que funciona como uma espécie de seguro agrícola; o Proagro Mais (modalidade destinada aos agricultores inscritos no Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar – Pronaf); e o Programa de Subvenção Federal ao Seguro Rural Privado (PSR), que utiliza a limitação de zoneamento para estabelecimento de condições de contrato.

“Outros agentes financeiros estaduais e de segurança privada também se baseiam no Zarc como balizador nas operações de crédito e seguro rural. A ferramenta auxilia na gestão de riscos climáticos e permite maior segurança e estabilidade ao produtor de açaí”, destaca Santiago. Ele ressalta, ainda, que esse primeiro Zarc considera a espécie Euterpe oleracea , e o próximo passo é elaborar o estudo para outras espécies de açaí, como Euterpe precatoria e Euterpe edulis , que ocorrem em outras regiões brasileiras.

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Duas únicas cultivares registradas de açaizeiro para terra firme do mundo: BRS Pará e BRS Pai d’Égua
Oriental <<
(*) Embrapa Amazônia
12 www.paramais.com.br Pará+ SANDRO DESTRO DRT/PA 3240 | ANCINE 56.581 JÔNATAS SOUZA DRT/PA 468 | ANCINE 56.582 REALIZAÇÃO GOVERNO FEDERAL UNIÃO E RECONSTRUÇÃO MINISTÉRIO DA CULTURA SECRETARIA DE CULTURA POR TODO O PARÁ RECURSOS DA LEI PAULO GUSTAVO APOIO Centro de Cultura e Turismo Sesc Ver-o-Peso PARÁ SAMBA DE GAFIEIRA, SALSA, FORRÓ, RITMOS REGIONAIS ² , RITMOS URBANOS, DANÇA INCLUSIVA³ . ATRAÇÃO MUSICAL Simone Almeida Nilson Chaves & PRÊMIO PÉROLA DO TOCANTINS de DANÇA 2ª EDIÇÃO Abaetetuba/PA 91 99394-4287 | 91 98141-9625 REGULAMENTO E INSCRIÇÕES MODALIDADES¹ Inscrições gratuitasPrêmios em dinheiro. Pelo YouTube: @jonataspardos937 MAIO.04|19H ¹ Livres também para pessoas acima de 60 anos. ² Incluindo brega, calipso e danças folclóricas da Amazônia. ³ Para usuários de cadeira de rodas de qualquer região do Pará.

O que está causando a contínua seca recorde na Amazônia?

A seca devastadora na Bacia do Rio Amazonas, registada em Outubro, continuou durante o Inverno do Hemisfério Norte, que é o coração da estação chuvosa na parte sul da bacia

Texto *Rebecca Lindsey, Sede da NOAA

Aseca está isolando as comunidades rurais e ribeirinhas do fornecimento de alimentos, dos mercados para as suas colheitas e dos serviços de saúde; causando apagões de eletricidade devido a interrupções na energia hidrelétrica; e forçar o racionamento de água em algumas áreas urbanas. As secas são comuns na Amazônia durante o El Niño, um padrão climático natural que aquece o centro-leste do Oceano Pacífico, próximo ao equador. Junto com o aquecimento dos oceanos , ocorrem mudanças nas partes dos trópicos que recebem mais chuvas.

Os detalhes variam de um El Niño para outro, mas a Amazônia é geralmente um dos perdedores de chuva , e o atual El Niño é forte . Em 2023, porém, a escassez de chuvas também veio acompanhada de calor extremo, que intensifica a evaporação e o ressecamento do solo.

Com base na análise preliminar de observações e simulações de modelos computacionais, uma equipe de especialistas do projeto World Weather Attribution concluiu que o aquecimento global cau-

sado pelo homem desempenhou um papel significativamente maior do que o El Niño na intensificação da seca de 2023

Abrangendo o equador, a Bacia do Rio Amazonas ocupa mais de um terço da América do Sul. A precipitação é sazonal, deslocando-se para o norte do equador no verão do Hemisfério Norte e para o sul do equador no inverno do Hemisfério Norte. Imagem NOAA Climate.gov, baseada na coleção NASA Blue Marble. Crédito: Sede da NOAA

na Amazônia. Em comparação com um mundo onde o aquecimento global não aconteceu, os modelos estimam que o mundo mais quente de hoje duplicou os défices de precipitação (“seca meteorológica”) que poderiam ser esperados apenas do El Niño, mas mesmo esse impacto foi pequeno em comparação com a forma como o aumento das temperaturas amplificou estresse hídrico (“seca agrícola”).

A seca teria sido “severa” sem o aquecimento global, mas o aumento a longo prazo das temperaturas intensificou-a em duas categorias, transformando a seca de 2023 numa seca “excepcional” que se tornou a pior de que há registo.

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Uma nuvem cinzenta de fumaça de vários incêndios paira sobre o verde profundo da Floresta Amazônica nesta imagem de satélite de 11 de outubro de 2023. Imagem do Observatório Terrestre da NASA

Condições do El Niño

A pesquisa ainda não foi revisada por pares. No entanto, a equipe usou métodos que já foram aprovados na revisão por pares : usando observações para descrever a variabilidade da seca ao longo do tempo e para detectar tendências, identificando o sistema terrestre/ modelos climáticos que simulam realisticamente as chuvas e secas na Amazônia e, em seguida, comparando a frequência e a intensidade das secas. como o atual em dois mundos simulados – um com e outro sem aquecimento global. Muitas análises de “resposta rápida” usando esses métodos são publicadas em periódicos revisados por pares , como a análise da onda de calor de 2021 no noroeste do Pacífico e a análise das enchentes recordes na Louisiana em agosto de 2016 .

Seca na Amazônia em um mundo sem aquecimento global

As observações indicam que só a escassez de chuvas (seca meteorológica) tornou uma seca como a de 2023 um acontecimento que ocorre 1 em 100 anos – tão raro que tem apenas 1 por cento de probabilidade de ocorrer todos os anos. ( Os intervalos de retorno são muitas vezes mal interpretados como significando que tais eventos terão sempre um intervalo de tantos anos, mas o intervalo é uma média de longos períodos de tempo.) Nas simulações do

mundo sem aquecimento global, secas tão graves como o evento de 2023 foram 10 vezes menos frequentes em média.

Quando os cientistas levaram em conta

o impacto combinado da escassez de chuvas e da evaporação da umidade do solo provocada pelo calor (“seca agrícola”), concluíram que o intervalo de retorno da seca de 2023 no clima de hoje estava mais próximo de 1 em 50- evento anual em média (o que significa uma chance de 2% de acontecer a cada ano). Tal seca foi 30 vezes menos frequente nas simulações do mundo sem aquecimento global.

Seca e um futuro ponto de inflexão na Amazônia

Os aumentos na frequência e intensidade das secas relatados pela equipe da World Weather Attribution baseiam-se no aquecimento global observado até à data, cerca de 1,2° Celsius (2,2° Fahrenheit) acima da média pré-industrial.

Situação da seca na bacia do rio Amazonas entre junho e novembro de 2023, com base no sistema de classificação do Monitor de Secas dos EUA. Grandes partes da metade oriental da bacia e bolsas da metade ocidental estiveram em situação de seca extrema ou excepcional. Crédito: imagem NOAA Climate.gov, baseada na análise da World Weather Attribution fornecida por Ben Clarke

Olhando para um futuro em que as emissões de gases com efeito de estufa continuem a aumentar a um ritmo elevado e o aquecimento global atinja 2°C (3,6°F) acima do nível pré-industrial, os modelos projetam que secas agrícolas tão intensas como o evento de 2023 aumentarão em frequência em um fator adicional de 4, dando-lhes um intervalo de retorno médio de 10–15 anos.

Um aumento tão dramático no intervalo de retorno de secas excepcionais empurraria a Floresta Amazónica cada vez mais para perto daquilo que alguns ecologistas pensam ser um “ ponto de viragem ” da Amazónia, para além do qual a Amazónia se tornará como uma savana.Pelo menos metade da chuva que cai sobre a bacia amazônica é umidade reciclada que as próprias árvores inalam do solo e respiram de volta para a atmosfera. À medida que o desmatamento e o fogo degradam a floresta ao longo das margens e das estradas, a capacidade de produção de chuva da Amazônia fica mais fraca.

As estações secas ficam mais longas e as águas superficiais diminuem. As árvores maduras sucumbem às secas e as novas não conseguem substituí-las. Estas mudanças já estão ocorrendo em escala local nas partes sul e leste da Bacia do Rio Amazonas. A partir de um certo ponto, os modelos projetam que grandes extensões de floresta tropical se transformarão rapidamente numa paisagem semelhante à savana.

Onde está esse ponto de inflexão? Num ensaio de 2018 na Science Advances , dois especialistas da Amazónia salientaram que muitos modelos projetam que, sem a desflorestação e os incêndios, um ponto de viragem na Amazónia não seria alcançado até que o aquecimento global ultrapassasse os 4° Celsius acima do nível pré-industrial. Sem as alterações climáticas, os modelos estimaram que seriam necessárias

Desmatamento no sul da Bacia do Rio Amazonas nas últimas duas décadas. Imagens de satélite semelhantes a fotos do satélite Terra da NASA mostram a extensão da floresta intacta (verde profundo) e áreas desmatadas (verde claro e marrom avermelhado) em 9 de junho de 2000 e 22 de junho de 2023. Nos 23 anos que separam as imagens, resultados significativos novas áreas foram desmatadas ao longo da borda sul da floresta e ao longo de estradas que penetram em direção ao norte, no coração da Amazônia. Crédito: imagem NOAA Climate.gov, baseada em dados do satélite Terra da NASA da Worldview

Um incêndio atinge uma parte da Floresta Amazônica, reduzindo a vegetação a cinzas. Antes raramente tocadas pelo fogo, as partes da Amazônia próximas às áreas de desenvolvimento humano estão se tornando cada vez mais suscetíveis a incêndios prejudiciais. (Foto: Woods Hole Research Center)

taxas de desflorestação de cerca de 40% para fazer com que a Amazónia ultrapassasse o seu ponto de viragem.

Individualmente, esses limites podem estar distantes. Mas é muito provável que as “sinergias negativas” combinadas de

múltiplos impactos humanos – incêndios, desflorestação e alterações climáticas – reduzam o limiar. Em suma, argumentaram os autores num ensaio de acompanhamento em 2019, o ponto de viragem pode estar muito mais próximo do que pensamos. À medida que o mundo trabalha para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa e evitar um maior aquecimento, a coisa segura a fazer, dizem estes especialistas, é não só reduzir a desflorestação, mas também reflorestar áreas desmatadas e degradadas nas partes sul e leste da Amazónia. A reflorestação ajudaria a restaurar a capacidade de reciclagem de humidade da região e funcionaria como um amortecedor para o aquecimento global até que o mundo atinja emissões líquidas zero de gases com efeito de estufa.

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A coisa segura a fazer, dizem estes especialistas, é não só reduzir a desflorestação, mas também reflorestar áreas desmatadas e degradadas nas partes sul e leste da Amazónia. Foto INPE
(*) Science Advances. Fornecido pela NOAA <<

Discutindo estratégias para a cadeia produtiva de sementes no Pará

Participação de diferentes setores da sociedade enriqueceu os debates e contribuiu para a construção de soluções mais abrangentes e eficazes

A“Estratégia de Rede de Sementes no Território Paraense” foi tema recentemente do workshop promovido pelo Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio).

O evento buscou apresentar o projeto, discutir e levantar informações acerca do panorama da rede produtiva de sementes no Pará, a fim de fortalecer a gestão e organização dessa cadeia.

A programação ocorreu de maneira híbrida, a partir de Belém, o que possibilitou aos interessados acompanharem as discussões de todo o estado. A diversidade de participantes, incluindo representantes de instituições governamentais, organizações não governamentais, lideranças comunitárias e pesquisadores, enriqueceu os debates e contribuiu para a construção de soluções mais abrangentes e eficazes.

Passo importante na promoção da conservação ambiental e no fortalecimento da produção de sementes nativas na região

Vale destacar que a estratégia em questão está sendo elaborada pelo Ideflor-Bio, com o apoio do Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB), por meio do projeto “Semeando Vida: Rede de sementes, estratégia de organização e gestão para apoio à cadeia da restauração em florestas públicas do Estado do Pará”, financiado pelo Fundo da Amazônia Oriental (FAO). O projeto representa um passo importante na promoção da conservação ambiental e no fortalecimento da produção de sementes nativas na região.

Durante o workshop, foram abordados temas como a importância da conservação da biodiversidade, a valorização das sementes nativas, a organização da cadeia produtiva de sementes e os desafios e oportunidades para o setor. As discussões foram fundamentais para a troca de experiências e conhecimentos, possibilitando a construção coletiva de estratégias que promovam o desenvolvimento sustentável da região.

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Florestal e da Biodiversidade Ideflor-Bio Texto *Vinícius Leal Fotos Ag.Pará

Cooperação

A participação ativa dos envolvidos na programação demonstra o engajamento e o interesse da sociedade paraense em contribuir para a conservação do meio ambiente e o fortalecimento da cadeia produtiva de sementes. A união de esforços entre diferentes atores, incluindo instituições públicas, privadas e do terceiro setor, é essencial para o sucesso e a efetividade das ações voltadas para a sustentabilidade ambiental.

O presidente do Ideflor-Bio, Nilson Pinto, avaliou que o workshop foi um passo importantíssimo na consolidação da implantação da rede de sementes no Pará. Além disso, ele acredita que o compartilhamento de informações entre os participantes pode gerar mais adeptos e parceiros nesse trabalho em prol do meio ambiente. “É preciso chamar a todos os que têm condições de participar, de contribuir, para que se possa definir exatamente os problemas, as potencialidades, encontrar os caminhos. Não é um trabalho a ser feito a curtíssimo prazo, é uma soma de contribuições e esse workshop tem exatamente essa finalidade. Foi muito bom já ouvir aqui as ansiedades, as críticas, as cobranças e as proposições. Com certeza, este é um trabalho de construção necessário, porque esta é uma causa absolutamente fundamental para o Pará, para o Brasil e para o mundo”, pontuou.

Mapeamento

A analista socioambiental do IEB, Débora Pires, aponta que uma das grandes problemáticas da restauração de áreas degradadas são as sementes. Neste sentido, o workshop serviu para mapear instituições que podem contribuir com o projeto.

“Hoje recebemos aqui pesquisadores de instituições de pesquisa, ensino e tecnologia, lideranças de base comunitária e, também, representantes do Governo do Estado.

Todos já executam políticas públicas e, por isso, o encontro serviu para entender de que forma a rede pode unir tanto o conhecimento técnico-científico, quanto às ações do Estado. Além disso, a programação buscou ouvir as necessidades e de que forma as lideranças das comunidades enxergam a

cadeia da restauração e de coleta de sementes dentro dos seus territórios”, detalhou.

Oportunidades

Para a gerente de Projetos do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio), Andréa Mello, a vinda da Conferências das Partes sobre Mudanças Climáticas, a COP30, para o Pará, está trazendo luz para os grandes desafios que o estado enfrenta.

“Quando a gente olha para os desafios de restauração, por exemplo, criar uma rede de sementes é fundamental para termos as bases para a implementação da restauração. Não é só comprar fora sementes ou de organizações muito mais estruturadas, mas olhar para quem está aqui no território, fazendo a diferença. É por isso que o Funbio está dentro desse apoio junto com a FAO, que é por meio deles que estamos aqui no território amazônico, para apoiar essas iniciativas”, enfatizou

25 www.paramais.com.br Pará+ (*) IDEFLOR-BIO <<
A vinda da Conferências das Partes sobre Mudanças Climáticas, a COP-30, para o Pará, está trazendo luz para os grandes desafios que o estado enfrenta Para a conservação do meio ambiente e o fortalecimento da cadeia produtiva de sementes O presidente do Ideflor-Bio, Nilson Pinto, avaliou que o workshop foi um passo importantíssimo na consolidação da implantação da rede de sementes no Pará

Dieta Mediterrânica reduz o risco de declínio cognitivo em pessoas idosas

O estudo fornece novas evidências para uma melhor compreensão dos mecanismos biológicos relacionados ao impacto da dieta na saúde cognitiva da população idosa

Oestudo é liderado por Mireia Urpí-Sardá, docente adjunta e membro do grupo de investigação Biomarcadores e Metabolómica Nutricional e Alimentar da Faculdade de Farmácia e Ciências Alimentares, do Instituto de Nutrição e Segurança Alimentar (INSA-UB), da Food and Nutrition Campus Torribera da Universidade de Barcelona e o CIBER sobre Fragilidade e Envelhecimento Saudável (CIBERFES). O estudo foi publicado na Molecular Nutrition and Food Research.

Cardápio Variados

A demência é um problema de saúde pública em rápido crescimento que afeta cerca de 50 milhões de pessoas em todo o mundo. Todos os anos, ocorrem quase 10 milhões de novos casos, e prevê-se que este número triplique até 2050 devido ao envelhecimento da população global e ao seu impacto previsto e os custos para a sociedade são enormes. A demência é caracterizada pelo declínio cognitivo progressivo (DC), uma das principais causas de incapacidade e dependência entre os idosos. Embora atualmente não exista tratamento para a demência, certos fatores de estilo de vida têm sido associados a um atraso na idade de início ou a um

abrandamento da progressão da doença. Na verdade, pensa-se que uma dieta saudável tem um grande potencial preventivo da DC, tanto diretamente como através do seu papel na redução de outros fatores de risco (como a hipertensão e a diabetes tipo 2). Padrões alimentares saudável têm sido associados a um menor risco de demência e a um melhor desempenho cognitivo. Além disso, vários estudos observacionais concluíram que uma alta adesão, em particular, à dieta mediterrânea (DM) está associada a uma diminuição do risco de comprometimento cognitivo leve e doença de Alzheimer (DA), e com melhor memória episódica e global conhecimento.

Este estudo parte da Iniciativa de Programação Conjunta “Uma Dieta Saudável para uma Vida Saudável” ( JPI HDHL ) foi realizado ao longo de doze

Peixes, Churrascos, Frangos e etc Sucos e Refrigerantes variado

anos e envolveu 840 pessoas com mais de 65 anos de idade (65% das quais eram mulheres) na região de Bourdeaux. e regiões de Dijon da França.

Texto *Universidade de Barcelona Fotos Instituto de Neurociências da UB (UBneuro), JPI HDHL, Molecular Nutrition and Food Research, Universidade de Barcelona Declínio cognitivo progressivo (DC)
Trav. Coronel Luíz Bentes, 42 - Telégrafo DELIVERY (91) 99103-0301 Das 11 às 14:30hrs todos os dias
2008
Os idosos que seguem uma dieta mediterrânea correm menor risco de declínio cognitivo
Desde

Dieta saudável e desempenho cognitivo

Segundo Cristina Andrés-Lacueva, professora da UB e chefe do grupo CIBERFES, “no âmbito do estudo, foi desenhado um índice metabolômico alimentar —baseado em biomarcadores obtidos do soro dos participantes— sobre os grupos de alimentos que fazem parte do a dieta mediterrânica. Conhecido esse índice, avalia-se sua associação com comprometimento cognitivo”. no estudo, os níveis basais de ácidos graxos saturados e insaturados, metabólitos de polifenóis derivados da microbiota intestinal e outros fitoquímicos no soro que refletem a biodisponibilidade individual foram escolhidos como biomarcadores.

Alguns destes indicadores não só foram reconhecidos como marcas de exposição aos principais grupos alimentares da dieta mediterrânica, mas também foram responsabilizados pelos benefícios para a saúde do padrão alimentar mediterrânico.

O metaboloma ou conjunto de metabólitos — relacionados aos alimentos e derivados da atividade da microbiota intestinal — foi estudado por meio de uma análise metabolômica quantitativa em larga escala do soro dos participantes sem demência, desde o início do estudo.

O comprometimento cognitivo foi avaliado por cinco testes neuropsicológicos ao longo de doze anos.

Como resultado, o estudo revela uma associação protetora entre a pontuação da dieta mediterrânica baseada em biomarcadores séricos e o declínio cognitivo em pessoas idosas.

É necessário desenvolver menus mais saudáveis e adaptados às novas exigências nutricionais

Biomarcadores para estudar os benefícios da dieta

Segundo Mercè Pallàs, professora do Instituto de Neurociências da UB (UBneuro), “o uso de índices de padrão alimentar baseados em biomarcadores de ingestão alimentar é um passo em direção ao uso de metodologias de avaliação dietética mais precisas e objetivas que levam em conta fatores importantes como como biodisponibilidade”.

A especialista Alba Tor-Roca, primeira autora do estudo e investigadora do CIBERFES na UB, explica que “descobrimos que a adesão à dieta mediterrânica avaliada

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O estudo da Universidade de Barcelona e do CIBERFES revela o efeito protetor da dieta mediterrânica no declínio cognitivo a longo prazo nos idosos A avaliação dietética precisa é um desafio na pesquisa nutricional, necessitando de ferramentas poderosas e robustas para medição confiável de biomarcadores de ingestão alimentar

por um painel de biomarcadores alimentares está inversamente associada ao declínio cognitivo a longo prazo nos idosos.

Estes resultados apoiam a utilização destes indicadores em avaliações de acompanhamento a longo prazo para observar os benefícios para a saúde associados à dieta mediterrânica ou outros padrões alimentares e, portanto, orientar o aconselhamento personalizado em idades mais avançadas”.

O estudo foi realizado em colaboração com equipas do Departamento de Genética, Microbiologia e Estatística da Faculdade de Biologia e do Departamento de Farmacologia, Toxicologia e Química Terapêutica da Faculdade de Farmácia e Ciências dos Alimentos da UB. Também participaram equipes da Universidade de Bordeaux e

A dieta mediterrânica, é responsável pelos benefícios para a saúde dos idosos

O estudo revela uma associação protetora entre a pontuação da dieta mediterrânica baseada em biomarcadores séricos e o declínio cognitivo em pessoas idosas

do centro INRAE da Universidade de Clermont-Ferrand (França), do King’s College London (Reino Unido), da Universidade de Amsterdã (Holanda) e da Universidade Médica Parcelsus de Salzburgo (Áustria). O financiamento foi obtido através das Ações de Programação Conjunta Internacional PCIN-2015-229, dos Fundos Europeus de Desenvolvimento Regional (FEDER) e do antigo Ministério da Economia, Indústria e Competitividade (MINECO) através da Iniciativa de Programação Conjunta “Uma Dieta Saudável para uma Vida Saudável”.

Maneiras simples de vencer seus medos hoje

Você está ansioso para voar, com medo de aranhas ou com a perspectiva de como a crise climática afetará o futuro de seus filhos?

Você tem TOC, fobias ou sofre de transtorno de estresse pós-traumático? Não importa quão grave seja o seu problema, você pode vencer seus medos com alguns passos simples, dizem os especialistas

Dianne, sentada tão perto que consigo sentir o cheiro do seu perfume, não faz contacto visual enquanto conta a história da sua vida – um triste catálogo de violência doméstica que a deixou com medo. Benjamin, estalando nervosamente os dedos à minha frente, fez várias viagens com o exército britânico. Agora, depois de anos testemunhando os horrores do conflito, ele está lutando contra o transtorno de estresse pós-traumático.

Muitas outras pessoas na sala passaram pelo sofrimento do câncer e ficaram com uma ansiedade paralisante em relação à saúde. Alguns estão lutando contra distúrbios alimentares, enquanto alguns sofrem de transtorno obsessivo-compulsivo, e um ou dois temem que seus filhos saiam de casa para estudar na universidade. Outros, como eu, estão preocupados com o estado do planeta, com os desastres causados pelas alterações climáticas e com o impacto da guerra.

Somos um grupo misto, mas temos uma coisa em comum: reunimo-nos em York,

Quer sejam aranhas, alturas, abelhas ou joelhos, todos nós temos algo que desperta pavor

no Reino Unido, para um workshop com os The Speakmans, que se descrevem como especialistas em mudança de vida, e estamos todos ansiosos por nos tornarmos melhores versão de nós mesmos. O

título abrangente do workshop é Upgrade Your Life e oferece ajuda em tudo, desde pensamento positivo e melhoria da auto-estima no trabalho e em casa até banir agressores e lidar com traumas.

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Temer: superação

Superar o medo e a ansiedade

Vença seus medos

Bem conhecidos como terapeutas residentes do This Morning in Britain da ITV, Nik e Eva Speakman curaram a apresentadora de TV Holly Willoughby e a Atomic Kitten Liz McClarnon do medo de voar e a ex-cantora e atriz do Hear’Say Kym Marsh de sua fobia de dirigir em rodovias . Mas o casal ajudou pessoas comuns a superar o medo e a ansiedade, incluindo a emetofobia (medo de vomitar), a agorafobia (medo de espaços abertos) e a aracnofobia (medo de aranhas), para citar apenas algumas fobias e medos irracionais que paralisam a vida das pessoas.

E é fácil ver por que eles têm tantos seguidores. Com sotaques característicos de Lancashire e histórias de seu próprio sofrimento - Eva nas mãos de um ex-parceiro abusivo e controlador e Nik de um grave problema de cólon na infância, eles parecem calorosos, pessoais e realistas.

‘Pessoas com baixa autoestima não gostam de elogios. Quando alguém diz que gostou da sua camisa e você diz: “Ah, essa coisa velha?” você os está chamando de mentirosos. Agradeça. Isso aumentará sua auto-estima e treinará seu cérebro para buscar coisas mais positivas, o que ajudará a vencer seus medos.

Motivadora desde o início, Eva nos conta: ‘Hoje é a receita. Cabe a você fazer o bolo. Descubra o que está causando seus problemas e resolva-os. Imagine sua ansiedade como sangue. Você limparia e então se perguntaria de onde estava vindo. O mesmo acontece com medos, fobias e TOC. São feridas emocionais que você precisa encontrar e começar a curar. Não é uma questão do que há de errado com você, mas do que aconteceu com você.

‘Todos nascemos perfeitos, com apenas dois medos - o medo de cair e o medo de barulhos altos. É isso. Nem sabíamos como nos comparar com os outros. Somos um quebra-cabeça feito de muitas peças e, de repente, uma pequena peça do quebra-cabeça vira de cabeça para baixo.

“Você pode ver sua mãe gritando quando está olhando para uma aranha, ou você pode sofrer bullying na escola e descobrir que arrancar um fio de cabelo da sua cabeça é uma distração e tira a dor inicial. Você pode descobrir que, se se sentir mal, poderá se sentir melhor com a comida.

‘Alguém lhe fala sobre azar e você fica com TOC. Em seguida, sua avó morre. Você pode ficar ansioso com a saúde e com medo da morte. Se alguém estiver doente e outra pessoa disser que isso é nojento, você poderá desenvolver fobia de vômito.

O casal desenvolveu a sua própria marca de terapia – VSDT, terapia de deslocamento de esquema visual, que está atualmente a passar por um estudo clínico, na sequência de uma investigação na Holanda. VSDT é uma versão do EMDR, dessensibilização e reprocessamento dos movimentos oculares, que utiliza movimentos oculares laterais, combinados com psicoterapia em um formato específico que o NHS recomenda para tratar doenças como o TEPT. Um estudo não clínico sobre a técnica VSDT descobriu que, a curto prazo, era mais eficaz do que uma versão abreviada do EMDR.

E embora sessões privadas possam ser reservadas com os Speakmans para passar algum tempo enfrentando seus medos, seus workshops são uma amostra de sua magia motivacional. Mas aqui eles compartilham suas principais dicas para vencer seus medos com o The Ethicalist , o que todos nós podemos fazer agora.

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Nik e Eva Speakman desenvolveram a sua própria marca de terapia Somos um quebra-cabeça feito de muitas peças e, de repente...

Antídoto para ansiedade

Adotar uma atitude de gratidão é o antídoto para superar o medo ou a ansiedade, revela Eva. “Tenha um livro de gratidão e todos os dias escreva nele três coisas pelas quais você é grato”, diz ela. ‘Ajuste seu alarme para alguns minutos mais cedo para que você possa fazer isso ou escreva gratidão em sua escova de dentes e tenha pensamentos de gratidão enquanto escova os dentes.’

Nik acrescenta: “Pesquisas descobriram que pessoas gratas são mais felizes, fazem mais exercícios e são mais otimistas em relação ao futuro. Ao fazer sua lista de gratidão, pense realmente nas pessoas em sua vida e nas coisas que você está fazendo.

Termine em alta

Transforme o negativo em positivo para vencer seus medos com apenas duas palavras, sugere Eva. “As duas palavras – ‘mas felizmente’ – podem mudar tudo para você”, diz ela. ‘Se você comentar que há muitas estradas fechadas devido a uma maratona, acrescente: “Mas, felizmente, elas já terão sido liberadas quando eu voltar para casa”. Se você contar a alguém que está doente, acrescente: “Mas, felizmente, sei que posso melhorar”. ‘Experimente - é uma ótima técnica e mudará sua mentalidade’.

Aceite elogios

Pessoas com baixa autoestima não gostam de elogios, diz Nik.

‘Quando alguém diz que gostou da sua camisa e você diz: “Ah, essa coisa velha?” você está chamando a pessoa que fez o elogio de mentirosa. Comece a dizer obrigado. Isso aumentará sua autoestima e ajudará a treinar seu cérebro para buscar coisas mais positivas que ajudem a vencer seus medos.

Tenha um livro de gratidão e todos os dias escreva nele

Por sua vez, isso criará novos caminhos neurais em seu cérebro e pensar positivamente será mais natural”.

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Comece a dizer obrigado. Isso aumentará sua autoestima e ajudará a treinar seu cérebro para buscar coisas mais positivas ‘Mas felizmente’ – podem mudar tudo para você
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Alterar uma letra

Em vez de dizer que você precisa fazer alguma coisa, faça uma mudança e diga que você pode fazer alguma coisa, sugere Eva.

“Quando você diz que precisa fazer alguma coisa, isso se torna uma tarefa árdua, mas se você diz que precisa fazer alguma coisa, é uma escolha. “Tenho que brincar com as crianças” torna-se “Tenho que brincar com as crianças”.

Reformule seus rótulos

Quando secretamos adrenalina, produzimos ansiedade, e a ansiedade excessiva pode se transformar em um ataque de pânico, explica Nik. “Mas não é realmente um ataque de pânico”, diz ele. ‘Seu corpo está tentando protegê-lo e mantê-lo seguro. Você não está em perigo real. Você está baseando sua ansiedade em algo que sobrou da infância, então comece a pensar nisso como um ataque de proteção.

Faça uma linha do tempo

Para descobrir onde começou sua ansiedade ou fobia, faça uma linha do tempo, sugere Nik. “Comece desde o seu nascimento e liste todas as experiências positivas e negativas que você teve até agora”, diz ele. ‘Pergunte a si mesmo como era a escola. Se você sofreu bullying, coloque algumas lembranças no papel. ‘

Ondas repentinas de medo ou desconforto. Comece a pensar nisso como um ataque de proteção

Eva acrescenta: “Veja quando você ficou extremamente envergonhada – o trauma de uma mulher começou quando ela fez xixi

quando era criança na escola. Pergunte a si mesmo como foi então.

‘Se o seu dia está indo bem e de repente seu humor piora, volte-se para dentro para descobrir o porquê. Pergunte a si mesmo o que você acabou de ver, ouvir, cheirar, provar, tocar ou pensar. Pode lhe dar uma pista sobre seus gatilhos e a raiz deles para ajudar a vencer seus medos. ‘Uma linha do tempo pode levar muito tempo – a minha tem 38 páginas! Depois de ter sua linha do tempo, dê a cada ocorrência uma nota de dez, onde zero não representa nenhuma emoção associada e dez é terrivelmente doloroso.

Detalhar sua linha do tempo

Pegue as memórias que atingem sete ou mais em dez e trabalhe com elas, diz Eva. “Veja como você interpretou o que aconteceu e depois tente encontrar evidências contrárias”, diz ela. ‘Pode ser que alguém tenha vomitado e as pessoas estivessem gritando e você tenha ficado com medo, mas a verdade é que o vômito salvou a vida daquela pessoa. Nik acrescenta: “Quando você olha para diferentes perspectivas, tudo muda e você começa a vencer seus medos. Ficar doente é brilhante – é uma mensagem para promover um estilo de vida melhor. Quando você muda de perspectiva, você se torna um vencedor, não uma vítima”.

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Quando você olha para diferentes perspectivas, tudo muda e você começa a vencer seus medo

Para descobrir onde começou sua ansiedade ou fobia, faça uma linha do tempo

Torne-se seu próprio detetive

Se o seu dia está indo bem e de repente seu humor piora, volte-se para dentro para descobrir o porquê, sugere Eva.

Procure pistas sobre seus gatilhos e então você pode procurar a raiz deles para ajudar a vencer seus medos

“Pergunte a si mesmo o que você acabou de ver, ouvir, cheirar, provar, tocar ou pensar”, diz ela. ‘Mantenha um caderno e registre essas ideias. Eles podem lhe dar uma pista sobre seus gatilhos e então você pode procurar a raiz deles para ajudar a vencer seus medos.

Faça sua pesquisa

Se você tem medo de alguma coisa, leia sobre isso – você ficará surpreso com sua própria empatia. “Se você se lembra da sua mãe gritando ao ver uma aranha, você naturalmente pensará que deveria ter medo delas”, diz Eva. ‘Mas, realisticamente, a aranha era a parte inocente e provavelmente a mais aterrorizada de todos vocês. As aranhas são cegas e nos veem apenas como uma sombra. É por isso que eles parecem ariscos. ‘Se ver uma única pega o convence de que você terá azar, a pesquisa dirá que os pegas acasalam para o resto da vida e ficam sozinhos quando o parceiro morre. O ditado ‘aquele para tristeza’ refere-se à tristeza deles, não à sua”..

Vença os valentões

Se você é vítima de bullying em casa ou no trabalho, é hora de conversar, diz Eva. “ Os agressores intimidam para se sentirem melhor”, diz ela. “Eles têm como alvo a pessoa que não revida. Eles podem ver o bullying em casa e intimidar outras pessoas para evitar serem intimidados.

— Mas lembre-se, não é pessoal para você. Diz mais sobre como o agressor se sente por dentro do que o que ele diz sobre você. Para obter mais detalhes sobre a terapia dos Speakmans para ajudar a vencer seus medos e a turnê pelo Reino Unido, acesse www.nikandeva.com

Os nomes das pessoas que participaram no workshop foram alterados para proteger as suas identidades, mas as suas histórias são reais.

(*) Em The Ethicalist <<

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Os agressores intimidam para se sentirem melhor, não é pessoal para você A aranha era a parte inocente e provavelmente a mais aterrorizada de todos vocês
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Pró-Eletrônica
Gás de cozinha Resíduo orgânico

BELÉM DEU UM SALTO NO ATENDIMENTO EM SAÚDE.

Superando dificuldades históricas, a Prefeitura de Belém avança na ampliação do Programa Família Mais Saudável, fortalecido como nunca. Mais do que números, é a certeza da população com mais saúde e bem-estar.

PESSOAS ATENDIDAS PELAS EQUIPES DE SAÚDE DA FAMÍLIA

2019 303.600

2024

1.113.600

332

EQUIPES HOMOLOGADAS

168 NOVOS MÉDICOS

100 DE SAÚDE BUCAL NOVAS EQUIPES

1.120

SAÚDE NOVOS GENTES

12 www.paramais.com.br Pará+ belem.pa.gov.br
COMUNITÁRIOS DE
F AX

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