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Fruta exótica produzidas pela Amazon Frutas, no município de Tomé-Açú. Foto: Divulgação
Tamo Junto e Misturado celebra a diversidade cultural de Belém
Fundada em 2008, a Portal Agro é fruto do sonho e da experiência de quem sempre viveu no campo. Com um profundo amor pela agricultura e uma visão clara do potencial produtivo da região Norte do país, os irmãos, Gilberto (47) e Gilson Maraschin (41), nascidos e criados na cidade de Medianeira, no Paraná, embarcaram juntos em uma jornada que, desde o início, tem como objetivo oferecer serviços agropecuários e soluções tecnológicas para pequenos, médios e grandes produtores do Pará, possibilitando a eles o acesso fácil e confiável aos melhores insumos disponíveis no mercado. O Tamu Junto e Misturado - Arraial de Belém começou na Praça Waldemar Henrique, na quinta-feira, 13/06, marcando o início de
uma das festas populares mais aguardadas do ano. O evento foi um sucesso, atraindo uma grande multidão e destacando a importância da cultura popular nesta época do ano Os festejos tiveram início às 17h com o tradicional levantamento dos mastros do Arraial do Pavulagem, um momento simbólico e emocionante que deu o tom para a noite. Em seguida, às 22h20, o Boi Bumbá O Rei Da Barão encantou o público com uma apresentação vibrante, cheia de cor e ritmo. Para fechar a noite, o Coletivo Tamborimbó subiu ao palco às 23h20, trazendo o carimbó, uma das danças mais tradicionais da região, e contagiando a plateia com sua energia.
A cantora Luê Soares, filha do compositor Júnior Soares, um dos fundadores do grupo Arraial do Pavulagem, subiu ao palco e emocionou o público com sua performance.
Luê destacou a importância do evento para sua vida e carreira.
“Como brasileira, esta é a festa que eu mais gosto, e como nortista, especificamente paraense, a cultura do São João é muito bonita. Eu moro em São Paulo há quase dez anos, mas fico muito feliz em estar aqui, especialmente nessa época do ano, com o Pavulagem, que tem tanta história. É minha família, eu me sinto em casa com eles, e estou muito orgulhosa de ter crescido imersa nisso. Estar no palco com eles é gigantesco e importante demais para mim”.
O líder do Coletivo Tamborimbó também ressaltou a relevância do evento para a cultura local. “Eventos como esse promovido pela Prefeitura de Belém são cruciais para a preservação e valorização da nossa cultura popular. Eles oferecem uma plataforma para que artistas paraenses possam mostrar seu trabalho e manter vivas as tradições que são a essência de nossa identidade cultural”.
Natacha Montalvão, que participa da Feira de Arte Popular Rio Guamá e do Fórum da Economia Solidária, atua como empreendedora pela primeira vez no Arraial de Belém. Natacha contou sua inspiradora história de superação por meio do artesanato. “Eu sou nova na área do artesanato. Na verdade, sou
nutricionista, mas após uma depressão muito profunda, que me levou a ser internada, comecei a fazer artesanato. Isso já faz uns sete meses. Ainda estou desenvolvendo minhas técnicas, especialmente com materiais sustentáveis, como a borra do açaí e sementes que caem no chão. Participar deste evento é uma grande vitória para mim, pois até pouco tempo eu não conseguia nem sair do meu quarto”. O Arraial também foi uma
oportunidade para trabalhadores do comércio de Belém se reunirem e aproveitarem a programação após o expediente. As amigas Lucia Gonçalves, Ester Silva, Jaqueline Palheta, Odileide Silva todas as vendedoras e a Veronica Reis, promotora, expressaram seu entusiasmo com o evento. Elas destacaram como a festa é uma forma de relaxar e se divertir depois de um dia de trabalho, além de ser um momento importante para celebrar a
A festa continuou na sexta-feira (14/o6), também na Praça Waldemar Henrique. A programação foi totalmente gratuita
cultura local e desfrutar da energia vibrante da cidade. O sentimento compartilhado por todas é de alegria e valorização das tradi-
ções paraenses.A festa continuou na sexta-feira (14/06), também na Praça Waldemar Henrique. A programação é totalmente gra-
Cuia acústica. Se apresentaram: Grupo Folclórico Tribo Dos Feiticeiros (Toada), Associação Grupo De Cultura Regional Iaçá (Parafolclórico), Ponto De Cultura Magia Da Toada (Toada) Grupo Folclórico Juventude Curumim Tabatinga (Boi Bumbá), Banda Senta Peia (Carimbó), Associação Balé Folclórico Da Amazônia Brasil (Parafolclórico), Grupo De Carimbó Flor Do Pará, Encanto Amazônico Decameron (Toada), Grupo De Cultura Nativa E Popular Os Curupiras (Parafolclórico), Ponto De Cultura Kananciuê (Toada), Boi Bumbá Resolvido (Boi Bumbá), Grupo Uirapuru Do Mestre Verequete (Carimbó), Grupo De Expressões Parafolclóricas, Uirapuru (Parafolclórico), Carimbó Mururé (Carimbó), Coletivo Cidade Tambor (Carimbó), Ponto De Cultura Tupi Kawahiva (Toada), Associação Cultural E Desportiva Trilhas Da Amazônia (Parafolclórico), Ponto De
tuita e começa às 18h30 com o Grupo Folclórico Tribo Dos Feiticeiros.
Confira como foi e quem se apresentou:
Piano Palco: • Concurso de Quadrilhas - 1ª fase eliminatória: Roceira Arrasta Pé; Brasileirinha; Roceiros da Amizade; Roceiros da Barão; Paraíso Junino; Renascer Junino; Romance Junino; O Amor é Nosso; Encanto Junino Mosqueirense; Encanto da Juventude; Balão de Ouro; Fúria Junina; Amor de Um Mensageiro; Santa Luzia; Roceiros Pé de Moleque; Roceira Atração Junina do Benguí, Revelação do Marco; Estrela do Norte; Sedução Ranchista; Fuzuê Junino; Explosão Junina de Val de Cans; Rosa Vermelha; Junino de Outeiro;; Pipocando Junino; Impacto Junino; Rainha da Juventude e Renovação de São João.
Famílias aproveitam a programação diversificada do Tamo Junto e Misturado: Arraial de Belém, celebrando a cultura e tradição paraenses
Cultura Companhia De Expressões Culturais Etnias Da Dança (Toada), Boi Bumbá Prenda De São João (Boi Bumbá), Grupo De Carimbó Parásileiros (Carimbó) e Grupo Parafolclórico Vaiangá (Parafolclórico)
Estado defende ações para desenvolvimento da Amazônia
Em reunião anual das instituições superiores de controle (ISC) dos países que fazem parte do G20, governador Helder Barbalho defendeu a região
Opacote de macroações realizadas pelo governo do Estado do Pará para proteção ambiental e para o desenvolvimento socioeconômico da população foram destacadas pelo chefe do Executivo paraense, Helder Barbalho, durante a terceira edição da Cúpula Anual do SAI20 (SAI20 Summit).
O evento foi realizado em Belém (PA), na segunda-feira (17/06).
Convidado para ser um dos palestrantes do evento, Helder Barbalho agradeceu a realização do evento na cidade que receberá a COP-30, a conferência do clima da Organização das Nações Unidas, em 2025.
“É uma satisfação, uma honra para o Pará ser a capital do G20, para os tribunais de contas, para os órgãos de controle externos, na certeza de que aqui estarão debatendo temas extremamente importantes e relevantes para o momento e, acima de tudo, para construir o futuro”, afirmou ele.
Durante o discurso, o governador destacou pontos considerados estratégicos para o desenvolvimento da floresta Amazônia e da população. “Discutir sustentabilidade, ur-
gências climáticas, a agenda ambiental, atrelado a um tema fundamental, que é o combate às desigualdades, o combate à pobreza, à miséria, à fome no mundo, e estar diretamente dentro do conceito que o estado do Pará tem buscado. Produção com sustentabilidade, desenvolvimento social atrelado ao desenvolvimento ambiental e o apoiamento e as deliberações dos órgãos de controle são fundamentais, seja para as políticas públi-
cas no Brasil, mas um apontamento para as políticas públicas globais no momento”. O ministro do Tribunal de Contas da União, Bruno Dantas, presidente do SAI20, ressaltou a importância do discurso ambiental global ser unificado, e ressaltou as ações desenvolvidas pela gestão paraense, como um exemplo a ser observado, destacando as ações de fiscalização e controles, e com o objetivo de manter a floresta em pé.
“Falar de fiscalização de controle é falar primeiro de diagnóstico e segundo de prognóstico. Para se ter um bom diagnóstico. É preciso que se tenha uma terminologia comum para que a medição possa ser uniforme. É preciso que nós saibamos que um determinado indicador no Brasil é também considerado da mesma forma na China, nos Estados Unidos ou no Reino Unido. Nós não podemos ter uma taxonomia diversa nos diversos países, porque isso dificulta a medição”.
O presidente do SAI20 ressaltou ainda o objetivo central do encontro. “O que nós queremos com a força das instituições superiores de controle é impulsionar algo que já se faz aqui no Brasil, principalmente aqui no Pará, que se destaca no nosso contexto nacional como um dos Estados que mais avançou na agenda de proteção ambiental.
Nós acreditamos que tendo uma taxonomia comum, portanto uma linguagem comum,
poderemos primeiro ter um resultado de medição harmônico do mundo para que seja também possível estabelecer comparações.
E a partir daí, a partir de um diagnóstico correto, fazer prognósticos corretos. Portanto, escolher as medidas, escolher as ações que melhor farão frente aos desafios que nós enfrentamos”. A Cúpula reunida tem como ações previstas a elaboração de uma declaração conjunta (communiqué) do SAI20. O documento trará recomendações aos líderes do G20 sobre temas como combate à fome e à pobreza, financiamento climático e transição energética justa e inclusiva. A programação do evento seguiu até o dia 18/06.
Prefeitura de Belém apresenta à Itaipu Binacional projetos para obras voltadas à bioeconomia e reciclagem
APrefeitura de Belém, por meio das Secretarias de Urbanismo (Seurb) e da Coordenação Geral de Planejamento e Gestão (Segep), recebeu uma equipe da empresa
Itaipu Binacional, administrada por Brasil e Paraguai, em uma visita técnica
A visita ocorreu na manhã da quarta-feira, 12/06, no gabinete do secretário de Urbanismo, Lélio Costa, na sede da Secretaria, em
Nazaré. A Itaipu Binacional operacionaliza convênios no valor de R$ 40 milhões assinados com a Prefeitura de Belém, no âmbito da educação ambiental, gestão de resíduos sólidos, inovação e bioeconomia.
É mais uma ação preparatória à Conferência das Nações Unidas sobre o Clima (COP30), que será realizada na capital paraense, em novembro de 2025.
O secretário de Urbanismo de Belém, Lélio Costa, explica que o objetivo da reunião foi levantar informações técnicas à implantação do projeto de Modernização dos Galpões de Materiais Recicláveis da avenida Bernardo Sayão e do Parque São Joaquim.
Bioeconomia
Além disso, continua o secretário, a Seurb tratou do projeto de reforma do casarão Higson, da Prefeitura de Belém, onde funcionava a Secretaria Municipal de Finanças (Sefin), na avenida 15 de Novembro, no Centro Comercial, para se tornar a sede do Centro de Inovação e Bioeconomia de Belém (CIBB).
O projeto de Modernização dos Galpões de Materiais Recicláveis vai garantir mais eficiência operacional ao sistema de reciclagem da cidade, aumentará a qualidade dos materiais recicláveis e reduzirá também os resíduos sólidos encaminhados ao aterro. Além de gerar mais empregos e estímulo na economia local, com responsabilidade socioambiental. De acordo com o projeto, o galpão do Parque São Joaquim, com 1.256,75 m², envolve recursos de R$ 8,9 milhões e conta com guarita, refeitório/ copa, banheiros, vestiários, almoxarifado e piso externo permeável.
Já o galpão da avenida Bernardo Sayão, com 1.770,53 m², receberá investimentos de R$ 8,6 milhões, para a sua construção, além de espaços e serviços.
Casarão Higson se tornará o Centro de Inovação e Bioeconomia de Belém
Segundo a Secretaria Municipal de Coordenação Geral de Planejamento e Gestão (Segep), quando o Centro de Inovação e Bioeconomia de Belém estiver instalado vai fomentar a bioeconomia e a economia criativa em Belém, além de proporcionar um ambiente voltado para a inovação, transformando o centro histórico e a área central da cidade, como catalisador no incentivo a novos negócios.
O arquiteto da Seurb, Douglas Rocha, explica que por permanecer quase dez anos abandonada [pela administração anterior], a edificação sofreu diversas invasões e saques, como cabos, fiação, tubulações, caixas e quadros elétricos, metais, peças sanitárias, portas, janelas e pisos. As obras pela Seurb devem iniciar ainda neste semestre e
custará R$ 8 milhões para a reforma do prédio. Além de R$ 12 milhões à instalação e funcionamento do CIBB.
Modificações
O arquiteto informa, ainda, que com a reforma no casarão Higson, as principais modificações serão a recuperação geral da fachada, implantação de rampa móvel para acessibilidade, instalação de novas janelas no edifício anexo, reforma e ampliação dos sanitários em todos os pavimentos (incluindo às Pessoas com Necessidades Especiais –PNE, no térreo, atendendo à acessibilidade), implantação de novo elevador (o atual está destruído, sem recuperação), implantação de sistema de ar-condicionado, ampliação da carga elétrica da edificação e instalação de novo transformador.
Além de novo sistema de prevenção e combate ao incêndio, novas cisternas e reservatórios de água potável, novas instalações hidráulicas, nova cobertura do edifício anexo, abertura para implantação de um átrio (iluminação natural) dos segundo e quarto andares, ampliação do terraço do edifício principal para o edifício anexo, como um mirante, implantação de divisórias em drywall e vidro, iluminação cênica de fachada, pontos de tomadas e rede estruturada para todos os ambientes de trabalho e implantação de café/lanchonete no pavimento térreo do edifício principal.
Como o antigo prédio da Sefin é histórico, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) elabora as diretrizes do projeto para entregar à Segep, que gerencia o contrato com a Itaipu Binacional e repassará para a Seurb executar.
Governo do Pará abre oficialmente Pré-Cúpula do Y20 em Belém
Acordos para alavancar o empreendedorismo entre os jovens foram assinados
Foi aberto oficialmente em Belém, nesta segunda-feira, 17, o encontro do Grupo Oficial de Engajamento das Juventudes do G20, o Y20 (Youth20). A cerimônia de abertura da Pré-cúpula ocorreu à noite, no Theatro da Paz, com a presença do governador Helder Barbalho; do secretário de Estado de Igualdade Racial e Direitos Humanos, Jarbas Vasconcelos; de ministros de Estado; de parlamentares; da governança do Y20 e de delegações internacionais dos membros do G20 e de países da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA); além de representantes de todos os Estados; lide-
ranças jovens e ativistas sociais e ambientais de todo o País.
Esta é a primeira vez na história que o Brasil assume a liderança da Pré-cúpula e o encontro em Belém foi fruto de uma parceria entre o Y20, o governo federal e o Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Igualdade Racial e Direitos Humanos (Seirdh), através da Gerência de Juventudes, ligada à pasta. Depois da cerimônia de abertura, na terça e quarta-feira, 18 e 19, outras atividades no Hangar Centro de Convenções e Feiras da Amazônia e na Usina da Paz Cabanagem. Um dos objetivos do encontro é subsidiar a elaboração de um
documento com reivindicações e propostas das juventudes para o Summit do Y20, que ocorre em agosto no Rio de Janeiro, para ser entregue durante a Cúpula de Líderes do G20, em novembro.
No início da solenidade, a cantora paraense Naieme, interpretou os hinos brasileiro e paraense ao ritmo regional, com direito a tambores e matracas nas mãos. Na sequência, a cantora Zaynara, também paraense, apresentou o sucesso autoral “Sou do Norte” e foi aclamada pela plateia lotada. Em diversos momentos do evento, atores locais encenaram referências da cultura paraense, a exemplo do Círio de Nazaré.
Parcerias pelas juventudes
Na mesma linha, foi assinado convênio entre o Banco do Estado do Pará (Banpará) e Seirdh, para implantação do Programa Juventude Empreendedora, que envolve o lançamento de uma linha de crédito para fomentar o empreendedorismo entre jovens de 18 a 29 anos. O limite do crédito é de R$ 5 mil, com pagamento em até 24 meses. O objetivo é contribuir para o desenvolvimento regional e gerar emprego. Os três primeiros jovens paraenses contemplados com a linha, João Pedro Cordeiro dos Santos, Jéssica Soares e Rafael Ferreira. receberam os cheques simbólicos no palco, das mãos do governador Helder Barbalho.
Juventude Negra Viva
Ainda na cerimônia, o Chefe do Executivo paraense, Helder Barbalho, assinou, junto com o Ministro-Chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Márcio Macedo, a adesão do Estado do Pará ao Plano Juventude Negra Viva, que trata de uma série de ações para reduzir as vulnerabilidades sociais e ampliar a qualidade de vida das juventudes negras em todo o Brasil.
O governador Helder Barbalho fez questão de agradecer a todos pela escolha do Estado do Pará para sediar o encontro do Grupo Oficial de Engajamento das Juventudes do G20, o Y20 (Youth20).
Ele também destacou a importância de aliar o desenvolvimento regional à conservação dos recursos naturais e o respeito aos povos tradicionais, sejam eles quilombolas, ribeirinhos, negros, entre outros. Em seguida, o governador Helder Barbalho e o titular da Seirdh, Jarbas Vasconcelos, assinaram diversos acordos que visam conceder benefícios para a juventude paraense.
O primeiro foi um acordo de cooperação com o Instituto Coliga, que oferece cursos na área da economia criativa. O objetivo é a formação de jovens empreendedores.
Também foi firmado, com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae/PA), um acordo de cooperação para implementação do Programa Empreende Juventude, que também visa à capacitação desse público para o universo do empreendedorismo.
Na mesma linha, foi assinado convênio entre o Banco do Estado do Pará (Banpará) e Seirdh, para implantação do Programa Juventude Empreendedora, que envolve o lançamento de uma linha de crédito para fomentar o empreendedorismo entre jovens de 18 a 29 anos. O limite do crédito é de R$ 5 mil, com pagamento em até 24 meses. O objetivo é contribuir para o desenvolvimento regional e gerar emprego. Os três primeiros jovens paraenses contemplados com a linha, João Pedro Cordeiro dos Santos, Jéssica Soares e Rafael Ferreira. receberam os cheques simbólicos no palco, das mãos do governador Helder Barbalho.
Juventude Negra Viva
Ainda na cerimônia, o Chefe do Executivo paraense, Helder Barbalho, assinou, junto com o Ministro-Chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Márcio Macedo, a adesão do Estado do Pará ao Plano Juventude Negra Viva, que trata de uma série de ações para reduzir as vulnerabilidades sociais e ampliar a qualidade de vida das juventudes negras em todo o Brasil.
O governador Helder Barbalho fez questão de agradecer a todos pela escolha do Estado do Pará para sediar o encontro do Grupo Oficial de Engajamento das Juventudes do G20, o Y20 (Youth20). Ele também destacou a importância de aliar o desenvolvimento regional à conservação dos recursos naturais e o respeito aos povos tradicionais, sejam eles quilombolas, ribeirinhos, negros, entre outros.
“A presença dos jovens do mundo inteiro aqui para subsidiar a preparação para a COP30, que ocorrerá aqui mesmo em Belém, em novembro do ano que vem, é uma contribuição extraordinária, pois não haverá futuro sem planeta e esse futuro pertence aos jovens. O Brasil tem adotado inúmeras agendas e avançado para garantir o futuro do planeta e a grande prova disso é que escolheu a Amazônia para sediar a próxima COP no Pará.
E o Governo do Pará segue no mesmo caminho. Lançamos uma força-tarefa nos 15 municípios com maior incidência de crimes ambientais e já alcançamos uma redução de 67% dos alertas de desmatamento nessas cidades. Estamos usando os aparatos de segurança para defender a natureza, estratégia que, além dos benefícios ambientais, também coopera para a redução da criminalidade. Estamos de-
cifrando o que antes era um enigma, de que é possível criar condições, combater a fome e criar riquezas na Amazônia sem devastar, levando em conta conhecimentos dos povos ancestrais”, frisou. O Chair do Y20, Marcos Barão, agradeceu ao povo do Pará pela recepção calorosa à Pré-cúpula do Y20 no Pará e fez questão de apresentar ao público a delegação brasileira no Y20, que são os jovens
escolhidos para atuar como delegados do Y20, a partir de um edital lançado para todo o País. A delegada Marrayan Sampaio, de 24 anos, ressaltou a importância da participação da sociedade civil em fóruns como o G20. “O Brasil assume pela primeira vez a presidência do G20 e nós sabemos que, para construir um mundo justo e um planeta sustentavel, é fundamental que todo esse esforço seja feito junto com a sociedade civil, especialmente a juventude brasileira. Nada sobre nós sem nós”, pontuou.
Já o ministro das Cidades, Jader Filho, que acompanhou a cerimônia, fez um discurso voltado para a importância da COP30, pela primeira vez, no Brasil e, de modo especial, na Amazônia. Para ele, é fundamental que a COP também promova o cuidado com as pessoas.
“Vamos falar da Amazônia a partir da Amazônia, para entender as potencialidades e os problemas daqui. Se a gente quer preservar, precisa cuidar das pessoas que vivem na Amazônia. Definitivamente, não dá para dissociar a preservação das flores-
tas do cuidado com as pessoas. O governo brasileiro não vai se furtar de cuidar das pessoas, das florestas e das cidades, mas também precisamos que as grandes potências comecem a pagar um pouquinho dessa dívida ambiental que elas criaram ao longo dos anos”, observou.
O Ministro-Chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Márcio Macedo, explicou que o Brasil, na sua presidência do G20, deu uma importância ainda maior para os grupos de engajamento, a exemplo do Y20. “O presidente Lula criou, na prática, o chamado G20 social e que nos deu a tarefa de coordená-lo. Os grupos de engajamento já aconteciam há alguns anos, mas de forma isolada, agora, nós estamos juntando tudo para que a participação da sociedade civil organizada possa colocar a sua impressão digital nas políticas públicas, não só do Brasil, mas das 20 economias mais poderosas do planeta”, finalizou.
As atividades da Pré-Cúpula do Y20 seguem durante toda esta terça-feira, 18, no Hangar Centro de Convenções da Amazônia e se encerram na quarta-feira, 19.
Ao final da cerimônia de abertura, além de uma apresentação cultural de carimbó, ao lado do Theatro da Paz, foi realizado um show gratuito da cantora Zaynara.
(*) SEIRDH <<
Buscando apoio da Codec, empresa paraense visa expandir mercado de frutas exóticas nacional e internacionalmente
A Codec é responsável por mostrar caminhos para que o empreendedor paraense consiga iniciar ou até mesmo expandir seus negócios no Estado
Temos um Estado que é um potencial produtor em frutas exóticas, mas ainda temos que trabalhar na questão do pós-processamento dessas frutas, como fazer um trabalho de limpeza e seleção mais modernizada para poder ter uma fruta de melhor qualidade no final”, disse Thiago Hastenreiter, proprietário da Amazon Frutas.
Na busca por um parceiro ideal para dar continuidade ao seu projeto que aprimora a produção frutífera da região e a tornar mais competitiva em novos mercados no Brasil e no exterior, o empresário esteve em reunião, na última segunda-feira, 29, com corpo técnico da Companhia de Desenvolvimento Econômico do Pará (Codec), na sede da Companhia, em Belém, para criar conexões junto a outras instituições de apoio.
O atendimento ofertado pela Companhia reforça o seu compromisso em mostrar caminhos para que o empreendedor paraense consiga iniciar ou até mesmo expandir seus negócios no Estado. “Vemos a Codec como um grande impulsionador deste projeto, tendo em vista a facilidade que o órgão tem em manter um bom diálogo com outras instituições que possam fomentar nossa proposta com financiamentos e investimentos para poder implantar esse empreendimento que tem um valor de retorno inestimável para a produção local e para o cenário de exportação no nosso estado”, concluiu o empresário.
O Diretor de Atração de Novos Investimentos da Codec, Manoel Ibiapina, destacou o compromisso do Governo do Estado em atender os mais diversos segmentos da indústria paraense.
“Foi com muita satisfação que recebemos a Amazon Frutas. Vemos um projeto que tem a cara do nosso Estado e traz uma proposta para aprimorar nossa produção frutífera para que ela se torne mais atraente e competitiva em outros mercados. Temos total interesse em apoiar essas ideias inovadoras que agregam à nossa produção industrial e contribuem para o desenvolvimento econômico do Pará. Seguimos com nossa missão de mostrar um ambiente de negócios favorável aos nossos empreendedores e aproximá-los de instituições de apoio, conforme as diretrizes do nosso Governador Helder Barbalho”, concluiu o diretor.
O projeto
A Amazon Frutas apresenta um projeto cujo objetivo é implantar uma packing house (casa de embalagem) no município de Tomé Açu. A ideia é trazer modernização para a indústria de distribuição de frutas, trazendo mais qualidade e maior tempo de prateleira,
além de agregar valor a essa produção e também viabilizar a exportação destes produtos em escala nacional e internacional. Atualmente, a empresa tem sua maior atuação no município de Tomé-Açú, mas também possui uma distribuidora na região metropolitana de Belém, a qual fornece frutas como pitaya, mangostão, abiu, acerola e rambutã para supermercados locais.
(*) Thaline Trindade com supervisão de Tarcya Amorim/ CODEC <<
As florestas tropicais não podem se recuperar naturalmente sem pássaros que comem frutas
Os frugívoros aumentam o potencial de recuperação de carbono em paisagens fragmentadas. Nova pesquisa do Laboratório Crowther da ETH Zurique ilustra uma barreira crítica à regeneração natural das florestas tropicais. Seus modelos – a partir de dados terrestres coletados na Mata Atlântica do Brasil, mostra estudo de recuperação de carbono
Éespecialmente importante para as florestas jovens que crescem em terras abandonadas, pois trazem sementes de muitas espécies diferentes que ajudarão a floresta a regenerar uma comunidade arbórea diversificada
Uma nova pesquisa do Laboratório Crowther da ETH Zurique ilustra uma barreira crítica à regeneração natural das florestas tropicais. Seus modelos – a partir de dados terrestres coletados na Mata Atlântica do Brasil – mostram que quando as aves tropicais selvagens se movem livremente pelas paisagens florestais, elas podem aumentar o armazenamento de carbono das florestas tropicais em regeneração em até 38%.
a, Localização das paisagens na América do Sul. Os polígonos pretos representam os estados brasileiros. O preenchimento vermelho mostra o estado de São Paulo. Os quadrados laranja mostram as localizações das paisagens de estudo. b , Localizações específicas das dez paisagens do estado de São Paulo. Os polígonos verdes mostram as áreas florestais e os brancos indicam as áreas desmatadas. c, Cobertura florestal das dez paisagens. Cada paisagem tem 2 km2 . Os quadrados são organizados desde baixa cobertura florestal no canto superior esquerdo até alta cobertura florestal no canto inferior direito (de 9% a 61% de floresta). O verde representa a cobertura florestal, o amarelo indica árvores isoladas ou corredores e o branco indica áreas abertas
Aves frugívoras, como a trepadeira-de-pernas-vermelhas, o tanagro-de-palmeira ou o tordo-de-barriga-ruiva, desempenham um papel vital nos ecossistemas florestais, consumindo, excretando e espalhando sementes à medida que se movem por uma paisagem florestal.
Entre 70% a 90% das espécies de árvores nas florestas tropicais dependem da dispersão de sementes animais. Este processo inicial é essencial para permitir que as florestas cresçam e funcionem. Embora estudos anteriores tenham estabelecido que as aves são importantes para a biodiversidade florestal, os investigadores do Crowther Lab têm agora uma compreensão quantitativa de como contribuem para a restauração florestal. O novo estudo, publicado na revista Nature Climate Change, fornece evidências da importante contribuição das aves selvagens (frugívoros) na regeneração florestal. Os investigadores compararam o potencial de armazenamento de carbono
que poderia ser recuperado em paisagens com fragmentação limitada, com o de paisagens altamente fragmentadas.
Os seus dados mostram que paisagens altamente fragmentadas restringem o movimento das aves, reduzindo assim o potencial de recuperação de carbono em até 38%.
Em toda a região da Mata Atlântica no Brasil, os pesquisadores descobriram que é fundamental manter um mínimo de 40% de cobertura florestal . Eles também descobriram que uma distância de 133 metros (aproximadamente 435 pés) ou menos entre as áreas florestais garante que as aves possam continuar a mover-se pela paisagem e facilitar a recuperação ecológica.
O estudo também descobriu que diferentes espécies de aves têm impactos diferentes em termos de dispersão de sementes. Aves menores dispersam mais sementes, mas só conseguem espalhar sementes pequenas de árvores com menor potencial de armazenamento de carbono. Em contraste, aves maiores, como o tucano Toco ou o gaio-de-crista, dispersam as sementes de árvores com maior potencial de armazenamento de carbono. O problema é que as aves maiores têm menos probabilidade de se deslocar através de paisagens altamente fragmentadas.
“Esta informação crucial permite-nos identificar esforços activos de restauração – como a plantação de árvores – em paisagens abaixo deste limiar de cobertura florestal, onde a restauração assistida é
mais urgente e eficaz”, disse Daisy Dent, cientista-chefe do Laboratório Crowther da ETH Zurique.
Restaurando serviços ecossistêmicos funcionais
“Permitir que frugívoros maiores se movam livremente pelas paisagens florestais é fundamental para a recuperação saudável das florestas tropicais”, diz Carolina Bello, pesquisadora de pós-doutorado também no Laboratório Crowther da ETH Zurique e principal autora do estudo. “Este estudo demonstra que, especialmente em ecossistemas tropicais, a
dispersão de sementes mediada por aves desempenha um papel fundamental na determinação das espécies que podem se regenerar”.
Com base em dados atuais, este estudo avança a pesquisa de estudos de campo anteriores realizados pelos autores na Mata Atlântica no Brasil. A floresta é uma das regiões com maior diversidade biológica do mundo, mas também é uma das mais fragmentadas, restando apenas 12% da floresta original e em pequenas áreas.
A floresta também é uma das regiões mais importantes do planeta para a restauração ecológica em larga escala,
sulfuratus) está entre as poucas aves que conseguem dispersar plantas com sementes grandes e desempenha um papel fundamental na dispersão em florestas da América Central e do Sul. É especialmente importante para as florestas jovens que crescem em terras abandonadas, pois trazem sementes de muitas espécies diferentes que ajudarão a floresta a regenerar uma comunidade arbórea diversificada
com 12 milhões de hectares de terras destinadas à restauração e recuperação natural no âmbito do Pacto pela Restauração da Mata Atlântica. A investigação mostra que aumentar a cobertura florestal para além dos 40% pode ser fundamental não só para manter a diversidade de espécies, como anteriormente evidenciado, mas também para manter e restaurar o funcionamento dos serviços ecossistémicos, como a dispersão de sementes e o armazenamento de carbono, para maximizar o sucesso da iniciativa de restauração em grande escala nesta região.
“Sempre soubemos que as aves são essenciais, mas é notável descobrir a escala desses efeitos”, afirma Thomas Crowther, professor de Ecologia na ETH Zurique e coautor sénior do estudo. “Se conseguirmos recuperar a complexidade da vida nestas florestas, o seu potencial de armazenamento de carbono aumentaria significativamente”.
Estratégias para recuperação de florestas tropicais
Pesquisas anteriores sugerem que a recuperação de florestas poderia capturar mais de 2,3 bilhões de toneladas
Um Tanager cinza-azulado (Thraupis episcopus) dispersa sementes de Miconia
O indefinido Palm Tanager ( Thraupis palmarum ) se alimenta de frutas vermelhas e excreta as sementes indigestas em outro lugar. É assim que o pássaro espalha as árvores
métricas de carbono na região da Mata Atlântica, e que a regeneração natural provavelmente será mais econômica –até 77% menos em custos de implementação – do que o plantio ativo.
Os investigadores observam que uma série de estratégias, como a plantação de árvores de fruto e a prevenção da caça furtiva, poderiam melhorar o movimento dos animais em áreas tropicais onde a restauração passiva é mais provável. A restauração ativa é necessária em paisagens altamente fragmentadas.
“Ao identificar os limites de cobertura florestal na paisagem circundante que permitem a dispersão de sementes, podemos identificar áreas onde a regeneração natural é possível, bem como áreas onde precisamos de plantar árvores ativamente, permitindo-nos maximizar a relação custo-eficácia da restauração florestal ”, diz Danielle Ramos, coautora do artigo, afiliada à Universidade de Exeter, Reino Unido, e à Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, São Paulo, Brasil.
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Lançamento do segundo livro “Enraizado” de Marc Bonaventure
Um francês diferente de muitos outros está entre nós, paraenses. O nome de Marc foi lhe dado, sendo o nome do seu tio paterno. Bonaventure nasceu em Lille, no norte da França, no dia 14 de Julho, dia comemorativo da tomada da Bastilha, durante a revolução francesa de 1789. Este dia, no ano 1959, era no calendário a Saint Bonaventure, nome que a avó paterna quis lhe atribuir e que permaneceu no seu registro de nascimento.
Pai de quatro filhas de vários estados do Brasil, com a caçula nascida em Ananindeua, e casado com paraense, depois de vinte e três anos morando conosco, este francês marcou sua presença com o livro de poesia que escreveu, publicou e lançou em setembro de 2022 na Aliança Francesa da nossa capital. “Paraensemente, Eu” (O Pará através dos olhos de um francês) é uma obra de 40 poemas em rimas
marcantes. São quarenta cartas de amor ao povo paraense, conta o autor, falando do profundo carinho que tem este francês para com nosso povo, nossa cultura, nossa culinária, nosso clima, a chuva, o calor. Cada poema é ilustrado por uma linda foto concedida pelo seu conterrâneo, Bruno Pellerin, talentoso fotógrafo que frequentou muitos artistas, jornalistas e outras personalidades da nossa região.
O prefácio foi escrito por Edyr Augusto, escritor e jornalista paraense conceituado e atual diretor do nosso prestigioso Teatro da Paz.
“Paraensemente, Eu” foi escrito com bom senso de humor para mostrar a cada paraense que se alguém de fora, um estrangeiro europeu, chegou a se orgulhar de fazer parte deste abençoado povo, quanto mais um cidadāo deste estado do Pará, desta cidade de Santa Maria do Grāo-Pará, deve conservar e zelar a sua cultura diferenciada de todo nosso grande Brasil.
O autor declara ter escrito seu primeiro poema na tenra idade de doze anos, quando estava estudando num internato no sul da França na época da separação dos seus
pais, e seguiu na sua inspiração. Anos depois, viajou três vezes aos Estados Unidos da América, indo de cidade à cidade de carona e, convivendo com a população, ele chegou a conhecer a fé cristã e a língua inglesa, ao ponto de poder escrever poemas espirituais. No dia 12 de Julho 1985, Marc desembarcou pela primeira vez na América do sul, por Caracas, na Venezuela, visitou a Grande Savana e o monte Roraima, na parte sul do país, e seguiu para o Brasil. “Cheguei em Manaus, conta ele, e peguei o navio rumo à Belém, chegando à capital paraense com apenas cinco Dólares na carteira. Adoeci, provavelmente devido à mudança de alimentação e fui amparado por uma família muito simples da cidade de Abaetetuba. Assim me dei conta da gentileza e hospitalidade do povo paraense.” Bonaventure seguiu sua viagem pelo Brasil e pela América latina, passando pelo Paraguai, a Argentina
e o Chile, de carona, tendo como companheira a sua fé e a providência como sua sustentadora. Recebeu em várias ocasiões a generosa hospitalidade de policiais argentinos e de carabineiros chilenos muito compreensivos e acolhedores, com a maior consideração e muito respeito.De 1992 a 1998, o francês esteve na Europa, passando sete anos na Bélgica, alguns meses na Holanda, outros na Espanha, um mês na Croácia, dois na Itália e, é claro, no seu próprio país, visitando seus familiares mais próximos. Ele ocupou-se com obras voluntárias, e também tocando música nos finais de semana para seu sustento. Marc toca gaita de boca desde a idade de 8 anos. “Apesar dos muitos anos tocando, ele confessa, eu nāo me considero profissional, mas ainda participo de canjas ocasionais, principalmente de blues, com tempo, muitas conversas e bastante leitura, Este francês, hoje (ain -
da) de sessenta e quatro anos, tornou-se poliglota, fluentemente falando, lendo e escrevendo quatro idiomas. Hoje, seu celular, pelo qual ele transmite seus sentimentos, contém poesia em inglês, francês e português. Entretanto, “Perdi, diz ele, aquele domínio da língua espanhola que eu tinha naqueles anos, 1985, 1988-91 que vivi na Argentina, não só como mochileiro mas também fazendo parte de obras voluntárias. Por isso não me atrevo a escrever muito neste idioma.”
Marc nos conta: “No início do ano de 2022, sentindo-me apaixonado pelo povo paraense e pela sua cultura, decidi mostrar meu carinho e me pus a escrever poemas, com rimas fortes, certos alexandrinos, ou seja de 12 sílabas, e outros de oito ou de dez sílabas, usando um vocabulário o mais regional possível, com gírias e expressões típicas paraenses. Certos dias, a inspiração era muito fluída, eu consegui escrever de seis a sete poemas, outros dias menos corridos, eu escrevia um ou dois poemas. O mais difícil foi a revisão dos textos que tive que fazer muitas vezes, a fim de evitar erros ou frases indesejáveis.
Bonaventure já escreveu e está prestes a publicar um segundo livro, do mesmo gênero. “Enraizado” (Edições Alves, Belém), com seus quarenta e cinco poemas, e também quarenta e cinco fotos, a maioria delas sendo da própria autoria, e outras concedidas por alguns amigos interessados em participar da minha aventura. Este livro irá também descrever, mas de forma mais profunda, a vida do dia a dia dos cidadãos paraenses: passando dos transportes públicos, a alimentaçāo de base, como o açaí e a farinha de mandioca, visita na casa da sogra, o cidadāo paraense bon de papo, o calor e a chuva que fazem parte íntegra do clima cotidiano, até a charmosa personalidade da mulher paraense.
O coquetel de lançamento do livro “Enraizado” ocorrerá no dia 4 de Setembro deste ano 2024, novamente no local da Aliança Francesa, centro cultural e linguístico francês na Travessa Rui Barbosa, 1851. Contamos, no evento, com a presença da diretora Jehane Jaabouti, o consul da França em Belém, o Doutor Sérgio Galvāo, e sua esposa Sra Sabine Galvāo, presidente do Comité de administraçāo da Aliança Francesa e outros amigos, artistas e jornalistas.
Fique de olho no feed de @marcbonaventure_ e conheça este francês fora de série. Querendo adquirir uma cópia do seu primeiro livro “Paraensemente, eu”, entre em contato com ele pelo Whatsapp (91) 98882 5799.
Alimentos salgados estão deixando as pessoas doentes – em parte porque envenenam seus microbiomas
O sal é um nutriente essencial que tem ajudado as civilizações a dar sabor e a preservar os seus alimentos há milénios. Muito sal na dieta, entretanto, está associado a uma série de problemas de saúde.
Texto *Christopher Damman, Universidade de Washington Fotos ATU / Banco de Imagens via Getty Images, Divulgação, Peter Dazeley/Banco de Imagens via Getty Images, Júpiter/Stockbyte via Getty Images, skynesher/E+ via Getty Images, Unsplash
As pessoas têm usado sal desde o início da civilização para processar, preservar e melhorar os alimentos. Na Roma antiga , o sal era tão importante para o comércio que os soldados recebiam o seu “salário”, ou salários, em sal, por exemplo. O valor do sal era, em parte, como conservante de alimentos, mantendo afastados os micróbios indesejados e permitindo o crescimento dos desejados . Foi esta notável capacidade de regular o crescimento bacteriano que provavelmente ajudou a desencadear o desenvolvimento de alimentos fermentados que vão do chucrute ao salame, das azeitonas ao pão, do queijo ao kimchi.
Hoje, o sal tornou-se onipresente e altamente concentrado em dietas cada vez mais processadas . Há provas de que o excesso de sal – especificamente o cloreto de sódio adicionado para preservar e realçar o sabor de muitos alimentos altamente processados –está a deixar as pessoas doentes . Pode causar hipertensão e contribuir para ataques cardíacos e derrames . Também está associado a um risco aumentado de desenvolver câncer de estômago e cólon , doença de Ménière , osteoporose e obesidade .Como é que uma substância que antes se pensava valer o seu peso em ouro se transformou em algo que muitas instituições médicas consideram um preditor chave de doenças ?
Os lobistas do sal podem ser uma resposta a esta questão. E como gastroenterologista e cientista pesquisador da Universidade de Washington, quero compartilhar as crescentes evidências de que os micróbios presentes nas sombras do intestino também podem lançar alguma luz sobre como o sal contribui para as doenças.
Panelas de pressão arterial
O papel do sódio na pressão arterial e nas doenças cardíacas resulta em grande parte da regulação da quantidade de água dentro dos vasos sanguíneos. Em termos simples, quanto mais sódio no sangue, mais água ele puxa para os vasos sanguíneos. Isto leva a uma pressão arterial mais elevada e, subsequentemente, a um risco aumentado de ataque cardíaco e acidente vascular cerebral. Algumas pessoas podem ser mais ou menos sensíveis aos efeitos do sal na pressão arterial.
Pesquisas recentes sugerem uma forma adicional pela qual o sal pode aumentar a pressão arterial – alterando o microbioma intestinal.
O sal leva à diminuição dos micróbios saudáveis e dos principais metabólitos que eles produzem a partir das fibras. Esses metabólitos diminuem a inflamação nos vasos sanguíneos e os mantêm relaxados , contribuindo para a redução da pressão arterial. Com exceção de certos organismos que prosperam no sal, chamados halófilos , altos níveis de sal podem envenenar praticamente qualquer micróbio , mesmo aqueles que seu corpo deseja manter por perto. É por isso que as pessoas usam sal há muito tempo para preservar os alimentos e manter afastadas bactérias indesejáveis.
Mas as dietas modernas geralmente contêm muito sódio. Segundo a Organização Mundial da Saúde, o consumo saudável equivale a menos de 2.000 miligramas por dia para um adulto médio. A ingestão média global de 4.310 miligramas de sódio provavelmente aumentou a quantidade de sal no intestino em relação aos níveis saudáveis.
Sal da circunferência
O sódio está ligado a outros resultados de saúde além da pressão arterial , e o seu microbioma também pode estar desempenhando um papel aqui. Dietas ricas em sódio e níveis mais elevados de sódio nas fezes estão significativamente ligados a distúrbios metabólicos , incluindo níveis elevados de açúcar no sangue , doença
hepática gordurosa e ganho de peso . Na verdade, um estudo estimou que para cada grama por dia de aumento no sódio na dieta, há um risco aumentado de 15% de obesidade. Um estudo dietético padrão-ouro do National Institutes of Health descobriu que aqueles que seguiram uma dieta de alimentos ultraprocessados durante duas semanas ingeriram cerca de 500 calorias a mais e pesaram cerca de 1 quilo a mais em comparação com aqueles que seguiram uma dieta minimamente processada. Uma das maiores diferenças entre as duas dietas
foram os 1,2 gramas extras de sódio consumidos nas dietas ultraprocessadas.
Uma das principais explicações sobre porque o aumento do sal pode levar ao ganho de peso, apesar de não ter calorias, é que o sódio aumenta os desejos . Quando o sódio é combinado com açúcares simples e gorduras prejudiciais à saúde, esses alimentos chamados hiper palatáveis podem estar associados ao ganho de gordura , pois são particularmente bons para estimular os centros de recompensa no cérebro e comportamentos alimentares semelhantes ao vício. O sal também pode se conectar aos desejos por meio de um curto-circuito no microbioma intestinal. Os metabólitos do micro bioma estimulam a liberação de uma versão natural dos medicamentos para perda de peso Wegovy e Ozempic, o hormônio intestinal GLP-1. Através do GLP-1, um microbioma saudável pode controlar o apetite, os níveis de açúcar no sangue e a decisão do corpo de queimar ou armazenar energia na forma de gordura. Muito sal pode interferir na sua liberação. Outras explicações para o efeito do sal nas doenças metabólicas, com quantidades variadas de evidências, incluem aumento da absorção de açúcar , aumento de corticosteróides derivados do intestino e
um açúcar chamado frutose , que pode levar ao acúmulo de gordura e à diminuição do uso de energia para produção de calor.
Nações dessalinizadoras
Embora muitos países estejam a implementar iniciativas nacionais de redução de sal , o consumo de sódio na maior parte do mundo continua a aumentar. A redução do sal na dieta, em particular nos Estados Unidos , permanece atrasada, enquanto muitos países europeus começaram a ver benefícios como a redução da pressão arterial e menos mortes por doenças cardíacas através de iniciativas como a melhoria da rotulagem das embalagens relativamente ao teor de sal, a reformulação dos alimentos para limitar o sal e até mesmo impostos sobre o sal.
A comparação dos dados nutricionais dos produtos de fast-food entre países revela uma variabilidade considerável. Por exemplo, os nuggets de frango do McDonald’s são mais salgados nos EUA e até a American Coke contém sal, um ingrediente que falta em outros países. A indústria do sal nos EUA pode ter um papel aqui. Fez lobby para impedir regulamentações governamentais sobre o sal na década de 2010, algo não muito diferente do que a indústria do tabaco fez com os cigarros na década de 1980. Alimentos salgados vendem bem. Uma das principais vozes da indústria do sal durante muitos anos, o agora extinto Salt Institute , pode ter confundido as mensagens de saúde pública em torno da importância da redução do sal, enfatizando os casos menos comuns em que a restrição pode ser perigosa. Mas as evidências para a redução do sal na dieta geral estão a aumentar e as instituições estão a reagir. Em 2021, o Departamento de Agricultura dos EUA emitiu novas orientações para a indústria apelando a uma redução voluntária e gradual do sal nos alimentos processados e preparados comercialmente. O Salt Institute foi dissolvido em 2019. Outras organizações, como o American Frozen Food Institute e grandes fornecedores de ingredientes, como a Cargill, estão a bordo da redução do sal na dieta.
Do vício ao conselho
Como você pode alimentar bem o seu microbioma intestinal e ao mesmo tempo estar atento à ingestão de sal?
Comece limitando o consumo de alimentos altamente processados: carnes salgadas (como fast food e carnes curadas), guloseimas salgadas (como biscoitos e batatas fritas) e salgadinhos (como refrigerantes, condimentos e pães). Atualmente , até 70%
do sal dietético nos EUA é consumido em alimentos embalados e processados. Em vez disso, concentre-se em alimentos com baixo teor de sódio e açúcar e ricos em potássio e fibras, como alimentos não processados à base de plantas: feijões, nozes, sementes, grãos integrais, frutas e vegetais. Alimentos fermentados , embora muitas vezes ricos em sódio, também podem ser uma opção mais saudável devido aos altos níveis de ácidos graxos de cadeia curta , fibras , polifenóis e potássio.
Finalmente, considere o equilíbrio entre sódio e potássio na dieta. Enquanto o sódio ajuda a manter os líquidos nos vasos sanguíneos, o potássio ajuda a manter os líquidos nas células. O sódio e o potássio dietéticos são melhor consumidos em proporções equilibradas. Embora seja melhor seguir todos os conselhos com cautela, C pede gentilmente que não seja grande.
(*) Professor Associado de Gastroenterologia, Faculdade de Medicina, Universidade de Washington <<
Como a água orienta a montagem do colágeno, o alicerce de todos os seres humanos
Impressão artística da estrutura do colágeno, que consiste em proteínas únicas que se agrupam em fibrilas, que se agrupam em redes que formam as estruturas dos nossos tecidos
Aágua determina a vida: os humanos são três quartos de água. Uma equipe de investigação internacional liderada pela Universidade de Amesterdão (UvA) descobriu agora como a água também determina a estrutura do material que nos mantém unidos: colágeno. Em artigo publicado na PNAS, os pesquisadores elucidam o papel da água na automontagem molecular do colágeno. Eles mostram que, ao substituir a água
pela água pesada de sua “molécula gêmea” (D 2 O), é possível “sintonizar” a interação entre as moléculas de colágeno e, assim, influenciar o processo de automontagem do colágeno. As descobertas ajudarão a compreender melhor as falhas teciduais resultantes de doenças hereditárias relacionadas ao colágeno, como a doença dos ossos frágeis (osteogênese imperfeita).
Como afirma a autora principal, Dra. quebra-cabeça, e a possibilidade de que
a falha do tecido possa ser parcialmente devida à interação água-colágeno não foi levada muito a sério. Agora mostramos que perturbar a camada de água ao redor da proteína , mesmo que ligeiramente, tem efeitos dramáticos na montagem do colágeno.
Giubertoni quer conscientizar os pesquisadores da comunidade das doenças do colágeno de que mudanças muito sutis na interação água-colágeno podem contribuir para as doenças
do colágeno. Estas alterações podem potencialmente surgir, por exemplo, de mutações na proteína do colágeno que ocorrem em doenças genéticas. Os pesquisadores também sugerem que as interações alteradas entre a água e o colágeno são um fator que contribui para várias doenças relacionadas à idade que envolvem disfunção tecidual.
O colágeno é, em grande medida, “a matéria de que somos feitos” – cerca de um terço de todas as proteínas do nosso corpo é colágeno, o que garante a integridade mecânica de todo o tecido conjuntivo humano.
Por exemplo, a nossa pele e as nossas artérias esticam-se sem rasgar e os nossos ossos podem resistir a um elevado stress sem partir. O colágeno é produzido por nossas células como proteínas únicas que se agrupam em estruturas maiores chamadas fibrilas. Essas fibrilas se reúnem em redes que formam as estruturas para nossos tecidos.
Como o colágeno é formado no ambiente aquoso das células humanas, a água desempenha um papel crucial na sua montagem. A interação das moléculas de água com as proteínas resulta no colágeno mais adequado para sua função. Mas o que exatamente está por trás desse papel da água na otimização do colágeno? Como a água faz isso? E será que a compreensão deste mecanismo oferecerá insights sobre condições em que algo está errado com o colágeno, como a osteogênese imperfeita? Estas foram as questões centrais da investigação publicada na PNAS.
Apresentando água pesada
Para investigar o papel da água na formação de colágeno, Giubertonijunto com seu colega UvA, Prof. Sander Woutersen, e seu colaborador, Prof. Gijsje Koenderink (Universidade de Tecnologia de Delft) - decidiu substituir a água por sua ‘molécula gêmea’ mais pesada, D 2 O. Descoberto inicialmente pelo ganhador do Prêmio Nobel Harold Urey em 1931, no D 2 O os átomos de hidrogênio (H) da água são substituídos pelo isótopo deutério (D) que possui um nêutron adicionado em seu núcleo. D 2 O ou “água pesada” é, portanto, o “substituto mais próximo” da água comum na natureza. Contudo, em interação com proteínas, o D 2 O é menos potente do que o H 2 O. Isto acontece porque as ligações entre as moléculas de D 2 O (as chamadas
As coisas de que somos feitos
a) Fontes de colágeno tipo I e conteúdo aproximado em cada tecido. *A porcentagem de cartilagem é baseada em todos os colágenos em seu peso seco, pois é predominantemente colágeno tipo II. (b) Estrutura da fibra de colágeno, fibrilas, hélices triplas de cadeias alfa como tropocolágeno e resíduos de aminoácidos. (c) Estrutura molecular de colágeno tipo I de hélice tripla e cadeia única (PDB 1CAG) [24] com repetições gly-xy; xy normalmente representa prolina e hidroxiprolina, respectivamente.
ligações de hidrogénio) são mais fortes do que aquelas entre as moléculas de H 2 O. Isso afeta a interação com proteínas como o colágeno.
Giubertoni, Woutersen e Koenderink estavam interessados em estudar o efeito que isso teria na montagem do colágeno.
Juntamente com uma rede de investigação colaborativa multidisciplinar, conseguiram estabelecer que a utilização de água pesada resulta numa formação de colágeno dez vezes mais rápida e, em última análise, numa rede de fibras de colágeno menos homogénea, mais macia e menos estável.
Um moderador muito eficaz
A explicação é que a interação reduzida da água pesada com a proteína de colágeno torna mais fácil para a proteína “sacudir” as moléculas de D 2 O e se reorganizar. Isto estimula a formação da rede de colágeno, mas também resulta em uma rede de colágeno mais desleixada e menos ideal. A água atua assim como mediadora entre as moléculas de
O colágeno é a proteína mais abundante em nosso corpo e começamos a sentir falta dela à medida que envelhecemos. Depois dos 25 anos, começamos a perder cerca de 1% de colágeno anualmente
colágeno, retardando a montagem para garantir as propriedades funcionais dos tecidos vivos. Esta descoberta oferece novas perspectivas sobre como a água influencia as características do colágeno, permitindo ajustes precisos nas propriedades mecânicas dos tecidos vivos.
Existem 28 tipos diferentes de colágeno encontrados no corpo. Eles diferem de acordo com a sequência de aminoácidos nas cadeias individuais. Os tipos mais comuns de colágeno em nosso corpo são os colágenos I, II, III e IV. Cada tipo tem sua estrutura e função. Mais de 90% do colágeno do corpo é do tipo I. Saiba mais sobre a origem e os tipos de colágeno aqui
Também cria novos caminhos para a criação de materiais à base de colágeno, onde as propriedades macroscópicas podem ser controladas e ajustadas por variações sutis na composição do solvente, em vez de fazer alterações significativas na estrutura química dos blocos de construção moleculares. Uma abordagem “investigativa” semelhante também poderá ser usada no futuro para elucidar o papel da água na condução e orientação da montagem de outras proteínas capazes de se montarem em estruturas maiores. Giubertoni prosseguirá para estudar como os defeitos no colágeno afetam sua interação com a água e qual o papel que isso desempenha na falha do tecido nas doenças do colágeno.
“Os 8 Essenciais da Vida” pode retardar o envelhecimento biológico em 6 anos
Cientistas sugerem oito hábitos que podemos adotar para retardar o envelhecimento
Na incessante busca pela fonte da juventude, a ciência oferece uma alternativa pragmática: oito medidas de saúde podem ser a chave para desacelerar as engrenagens do tempo. Longe dos contos fantásticos, pesquisadores americanos apontam que a adoção de hábitos saudáveis pode contribuir para atrasar o envelhecimento biológico em até seis anos, revelando que a longevidade pode estar ao alcance de escolhas cotidianas.
As rotinas que prometem adicionar mais primaveras à vida incluem manutenção do peso ideal, níveis equilibrados de açúcar no sangue e colesterol, pressão arterial controlada, sono e alimentação regulados, atividade física consistente e a abstinência do tabagismo. Estes pilares, segundo especialistas dos Estados Unidos,
Qualquer um pode fazer uma ponte. Você começa em uma posição reclinada de costas e depois levanta e mantém as nádegas fora do chão. “É eficaz porque você cria rigidez desde a caixa torácica até a pélvis e desde o umbigo até as costas. Toda a região fica sólida e cria uma contração de todos os grupos musculares, como um espartilho
não só compõem um estilo de vida mais saudável, mas também garantem um coração mais robusto. E o vigor deste órgão vital parece ser o segredo para desacelerar o ritmo em que nossas células marcam o passar dos anos.
Prancha modificada. Comece com as mãos e os joelhos. Contraia os músculos abdominais e abaixe a parte superior do corpo sobre os antebraços, alinhando os ombros diretamente sobre os cotovelos e mantendo os pés no ar atrás de você. Mantenha as costas retas, deixando o corpo o mais parecido possível com uma “prancha”. Mantenha a posição e retorne à posição inicial. Repita 10 vezes.
Elevação de braço e perna oposta. Ajoelhe-se de quatro, com a cabeça e a coluna neutras. Estenda a perna esquerda do chão atrás de você enquanto estende o braço direito à sua frente. Mantendo os quadris e os ombros retos, tente deixar a perna e o braço paralelos ao chão. Segure e retorne à posição inicial. Repita o exercício com a perna direita e o braço esquerdo. Repita o exercício em ambos os lados 10 vezes
Descobertas que retardam o envelhecimento
Tais descobertas foram apresentadas na conferência Scientific Sessions da American Heart Association (AHA), na Filadélfia, e são baseadas em uma amostra significativa de mais de 6.500 adultos, com a média de idade girando em torno dos 47 anos. O que se destaca é que aqueles com melhores condições cardiovasculares apresentaram um ritmo de envelhecimento biológico notoriamente menor do que aqueles com piores indicadores de saúde.
Os resultados desses estudos corroboram uma verdade há muito suspeitada: um coração saudável é um passaporte para uma vida mais longa e de melhor qualidade. As implicações deste achado são vastas e animadoras. Donald Lloyd-Jones, presidente do grupo de redatores do Life’s Essential 8, ferramenta de avaliação de saúde da AHA, destaca o entusiasmo em torno da descoberta, ressaltando o desejo universal de uma existência prolongada, mas, sobretudo, repleta de vitalidade.
Life’s Essential 8 consiste em uma combinação de quatro comportamentos modificáveis e quatro indicadores clínicos que, juntos, podem delinear a saúde cardíaca de um indivíduo. Para medir o que chamam de idade fenotípica ou biológica, os cientistas se debruçaram sobre aspectos como metabolismo, função orgânica e níveis de inflamação. A aceleração fenotípica da idade, ou seja, a discrepância entre a idade biológica e cronológica, pode agora ser medida e, mais empolgante ainda, potencialmente mitigada.
Ao levar em consideração variáveis sociais, econômicas e demográficas, os pesquisadores encontraram uma relação direta entre a pontuação alta no Life’s Essential 8 e uma idade biológica significativamente mais jovem. Nour Makarem, professor assistente de epidemiologia na escola de saúde pública Mailman do Centro Médico Irving da Universidade de Columbia, sublinha essa relação dose-dependente entre saúde cardíaca e envelhecimento biológico, e não hesita em sugerir que a adoção dessas medidas pode ser o segredo para uma vida não apenas mais extensa, mas também mais vigorosa.
Aprofundar o compromisso com os oito fundamentos essenciais da vida, propostos para a saúde do coração, pode desacelerar a marcha do tempo no seu organismo e acumular dividendos valiosos para a sua
A American Heart Association de lineia um octeto de estratégias vi tais para salvaguardar a saúde:
1. Nutrição Equilibrada: Adote um cardápio repleto de nutrientes e balanceado.
2.Atividade Física Regular: Incorpore o exercício como um elemento essencial do seu dia a dia.
3. Abstenção do Tabagismo: Elimine o cigarro e outros produtos de tabaco da sua vida.
Hábitosqueretardam o envelhecimento
4.Qualidade do Sono: As segure um descanso ade quado e reparador todas as noites.
saúde a longo prazo. Uma vitalidade cardiovascular fortalecida está atrelada não apenas à diminuição no risco de enfermidades persistentes, tais como as cardíacas, mas também se vincula a um horizonte de vida estendido e a uma diminuição nas probabilidades de morte prematura.
“Todos querem viver mais tempo, mas o mais importante é que queremos viver com mais saúde e mais tempo para que possamos realmente desfrutar e ter boa qualidade de vida durante tantos anos quanto possível”, disse Lloyd-Jones, ex-presidente voluntário da AHA.
Life’s Essential 8 visa definir a saúde do coração com base em quatro medidas de estilo de vida modificáveis e quatro marcadores de saúde modificáveis.
Para medir a idade fenotípica ou biológica de uma pessoa, os pesquisadores
verificaram seu metabolismo, função orgânica e inflamação.
A aceleração fenotípica da idade é a diferença entre a idade biológica e a idade real, com valores mais elevados indicando um envelhecimento biológico mais rápido. Depois de contabilizar fatores sociais, económicos e demográficos, os investigadores afirmaram que ter a pontuação mais elevada no Life’s Essential 8 – que significa ter boa saúde cardiovascular – estava associado a uma idade biológica cerca de seis anos mais jovem. O autor sênior do estudo, Nour Makarem, professor assistente de epidemiologia na escola de saúde pública Mailman do Centro Médico Irving da Universidade de Columbia, na cidade
5.Equilíbrio do Peso Corporal: Esforce-se por manter uma massa corporal dentro dos parâmetros saudáveis.
6. Regulação do Colesterol: Monitore e mantenha os níveis de colesterol em cheque.
7. Monitoramento Glicêmico: Fique atento e controle os níveis de açúcar no seu sangue. Controle da
8. Pressão Sanguínea: Mantenha a pressão arterial dentro de faixas saudáveis através de acompanhamento e gestão cuidadosa.
de Nova York, disse: “Descobrimos que uma maior saúde cardiovascular está associada ao envelhecimento biológico desacelerado, conforme medido por idade fenotípica. “Também encontramos uma associação dose-dependente – à medida que a saúde do coração aumenta, o envelhecimento biológico diminui”. Por exemplo, a idade média real das pessoas com boa saúde cardíaca era de 41 anos, mas a idade biológica média era de 36; e a idade média real daqueles que tinham problemas de saúde cardiovascular era de 53 anos, embora a idade biológica média fosse de 57 anos. Makarem disse: “Maior adesão a todas as métricas do Life’s Essential 8 e melhoria da saúde cardiovascular podem retardar o processo de envelhecimento do corpo e trazer muitos benefícios no futuro”.
As ondas de calor podem ser mortais para os idosos
O envelhecimento da população global e o aumento das temperaturas significam que milhões estão em risco
Uma onda de calor mortal assolou grandes regiões da Ásia durante semanas em Abril e Maio de 2024 . À medida que as temperaturas ultrapassavam os 43,3 graus Celsius (110 graus Fahrenheit) na Índia, no dia 7 de maio, políticos em campanha, locutores de notícias locais e eleitores que esperavam em longas filas desmaiaram devido ao calor opressivo. Desde o extremo norte, como o Japão, até o extremo sul, como as Filipinas, o calor implacável causou estragos na vida cotidiana. Alunos e professores no Camboja foram mandados para casa depois da escola, pois os seus ventiladores de mão ofereciam pouca protecção contra o calor e a humidade sufocantes nas suas salas de aula mal ventiladas. Os agricultores na Tailândia viram as suas colheitas murchar e lamentaram a perda de gado que pereceu sob o sol forte. Centenas de pessoas morreram devido ao calor. A maior parte do planeta sofreu os terríveis efeitos do calor extremo nos últimos anos. Uma onda de calor de semanas no sudoeste dos Estados Unidos em 2023 foi descrita como “ o inferno na terra ” em Phoenix, onde as temperaturas atingiram 110 F (43,3 C) ou mais durante 31 dias consecutivos. Ao mesmo tempo, a Europa registou temperaturas elevadas sem prece-
dentes que mataram centenas de pessoas e contribuíram para incêndios florestais devastadores na Grécia.
Independentemente de onde ou quando ocorre uma onda de calor, um padrão é constante: os adultos mais velhos são os mais propensos a morrer devido ao calor extremo e esta crise irá piorar nos próximos anos.
Estudamos as alterações climáticas e o envelhecimento da população . A nossa investigação documenta duas tendências globais que juntas pressagiam um futuro terrível.
Mais idosos estarão em risco de estresse térmico
Primeiro, as temperaturas estão mais altas do que nunca. O período de nove anos entre 2015 e 2023 teve as temperaturas médias mais altas desde que os registros globais começaram em 1880.
Em segundo lugar, a população está a envelhecer em todo o mundo. Até 2050, o número de pessoas com 60 anos ou mais duplicará para quase 2,1 mil milhões , representando 21% da população mundial. Essa proporção é de 13% hoje.
Estas forças combinadas significam que um número cada vez maior de idosos vulneráveis será exposto a um calor cada vez mais intenso.
Para compreender os riscos futuros, desenvolvemos projeções populacionais para diferentes grupos etários e combinámo-las com cenários de alterações climáticas para as próximas décadas. As nossas análises mostram que, até 2050, mais de 23% da população mundial com 69 anos ou mais viverá em regiões onde as temperaturas máximas ultrapassam rotineiramente os 37,5°C (99,5°F), em comparação com apenas 14% hoje.
Isto significa que cerca de 250 milhões de idosos adicionais estarão expostos a temperaturas perigosamente elevadas. O mapeamento dos dados mostra que a maioria destes idosos vive em países de rendimento baixo e médio, com serviços insuficientes e acesso limitado à electricidade, aparelhos de refrigeração e água potável.
Idosos ficarão expostos ao calor extremo
O aumento das temperaturas coloca os idosos em risco de doenças causadas pelo calor. Uma análise global mostra os desafios que os países enfrentam agora e em 2050, à medida que as temperaturas aumentam e as populações envelhecem. “Dias quentes por pessoa” é o número de pessoas com mais de 69 anos multiplicado pelo número esperado de dias por ano mais quentes que 37,5 C (99,5 F). Use o menu suspenso para ver diferentes cenários.
Nas regiões historicamente mais frias do Norte Global, incluindo a América do Norte e a Europa, o aumento das tempe-
raturas será a principal força impulsionadora da exposição dos idosos ao calor. Nas regiões historicamente mais quentes do Sul Global, como a Ásia, a África e a América do Sul, o crescimento populacional e o aumento da longevidade significam que um número cada vez maior de idosos ficará exposto a riscos cada vez mais intensos relacionados com o calor. Os decisores políticos, as comunidades, as famílias e os próprios residentes mais
velhos precisam de compreender estes riscos e estar preparados devido às vulnerabilidades especiais dos idosos ao calor.
O calor extremo é especialmente prejudicial para os idosos
As altas temperaturas são opressivas para todos, mas para os idosos podem ser mortais .O calor extremo piora problemas de saúde comuns relacionados à idade, como doenças cardíacas, pulmonares e renais, e pode causar delírio . As pessoas mais velhas não suam tanto quanto as pessoas mais jovens, o que torna mais difícil o resfriamento do corpo quando as temperaturas aumentam. Esses problemas são intensificados por medicamentos prescritos comuns , como os anticolinérgicos, que reduzem ainda mais a capacidade de suar. Passar algum tempo ao ar livre em climas quentes e úmidos pode causar desidratação, um problema agravado pelos efeitos colaterais de medicamentos prescritos, como diuréticos e betabloqueadores. A desidratação pode deixar os idosos fracos e tontos, aumentando o risco de quedas e lesões. Estas ameaças são ainda piores em regiões sem acesso a água potável segura e a preços acessíveis. A má qualidade do ar dificulta a respiração, especialmente para quem já tem problemas pulmonares, como doença
pulmonar obstrutiva crônica ou DPOC. Para idosos com problemas de saúde física, temperaturas tão baixas quanto 80 F (26,7 C) podem representar um perigo significativo. E quando a umidade chega a 90%, até 25,6 C (78 F) podem ser perigosos para adultos mais velhos. O calor noturno é especialmente prejudicial para os idosos cujas casas não têm ar condicionado ou que não têm condições de manter o ar condicionado ligado por longos períodos. A temperatura ideal para um sono reparador de idosos é entre 68 e 77 F (20 e 25 C) , e a qualidade do sono diminui à medida que a temperatura aumenta. Uma noite de sono agitado pode deixar um idoso mais deprimido e confuso durante as horas de vigília. Os medicamentos também podem perder a sua eficácia se armazenados em locais muito mais quentes do que 77 F (25 C).
Os adultos mais velhos também podem sofrer emocionalmente durante ondas de calor sufocantes
Ficar preso em casa quando as temperaturas são insuportáveis pode deixar os idosos entediados, deprimidos e isolados . Pessoas com deficiências cognitivas podem subestimar os perigos do calor extremo ou podem não compreender os avisos sobre o calor.
Aqueles que têm limitações de mobilidade física ou não têm acesso a transportes não podem viajar facilmente para centros de refrigeração públicos – se houver algum nas proximidades – ou encontrar alívio em “áreas verdes e azuis ” próximas, como parques e lagos. Onde os países experimentam os dias mais quentes. Em grande parte do mundo, ainda é raro ver ondas de calor com temperaturas máximas médias de 37,5 C (99,5 F) ou superiores num país inteiro (ponderadas pela população), mas isso está a mudar à medida que as temperaturas globais aumentam.
Use o menu suspenso para ver as projeções para o número esperado de dias quentes em todo o país por ano até 2050.
Onde os países experimentam os dias mais quentes
Em grande parte do mundo, ainda é raro ver ondas de calor com temperaturas máximas médias de 37,5 C (99,5 F) ou superiores num país inteiro (ponderadas pela população), mas isso está a mudar à medida que as temperaturas globais aumentam. Use o menu suspenso para ver as projeções para o número esperado de dias quentes em todo o país por ano até 2050.
Estas ameaças são especialmente terríveis em países de baixo e médio rendimento , onde os adultos mais velhos têm maior probabilidade de viver em habitações precárias e não têm acesso a cuidados de saúde de alta qualidade ou a formas de se refrescarem no calor. Falamos sobre isso como “ resfriamento sistêmico da pobreza ”.
Nos países mais pobres, muitas casas e empresas não têm meios para as pessoas se refrescarem do calor
O que
pode ser feito?
Os decisores políticos podem trabalhar para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa provenientes dos combustíveis fósseis em veículos, centrais eléctricas e fábricas, que provocam o aquecimento global, e desenvolver planos eficazes para proteger as pessoas mais velhas do risco térmico. Os idosos e os seus cuidadores também podem tomar medidas para se adaptarem .
Mas os esforços para ajudar têm de ser adaptados a cada região e população.
Os municípios ricos podem aumentar os investimentos públicos em sistemas de alerta precoce e serviços de transporte para centros de refrigeração e hospitais. Podem utilizar sistemas de informação geográfica para identificar bairros com elevadas concentrações de idosos e expandir as redes eléctricas para gerir a crescente procura de ar condicionado.
Em regiões com habitações precárias, acesso limitado a água potável e poucos apoios públicos, como centros de refrigeração, são necessárias mudanças muito maiores . Fornecer melhores cuidados de saúde, água e habitação e reduzir a poluição atmosférica que pode mitigar os problemas de saúde durante as ondas de calor exige mudanças e investimentos significativos que muitos países têm dificuldade em pagar.
A Organização Mundial da Saúde e a Organização Pan-Americana da Saúde alertam que esta década será crítica para preparar as comunidades para lidar com o aumento do calor e o risco para o envelhecimento da população. Em todas as regiões, investigadores, profissionais e decisores políticos poderiam salvar vidas se atendessem ao seu apelo.
Impressionante local de arte rupestre revela que os humanos colonizaram a Amazônia colombiana há 13.000
Os primeiros humanos chegaram à Amazônia colombiana há cerca de 13 mil anos
Os primeiros humanos a colonizar a Bacia Amazônica chegaram há cerca de 13 mil anos como parte de uma migração em massa que rapidamente varreu as Américas, descobriram os pesquisadores. Depois de chegar ao que hoje é a Serranía de la Lindosa, um sítio arqueológico no extremo norte da Amazônia colombiana, esses primeiros americanos viveram em abrigos rochosos, fabricaram ferramentas de pedra, caçaram e coletaram e criaram enormes exibições de arte rupestre, de acordo com um novo estudo, publicado na edição de março da revista Quaternary Science Reviews.
A Amazônia constitui uma das regiões com maior diversidade étnica do mundo. No entanto, a compreensão da chegada e das trajetórias históricas das pessoas na Amazônia ainda é pouco compreendida. As recentes escavações na Serranía de la Lindosa começaram a preencher esta lacuna e a fornecer novos insights sobre as primeiras sociedades humanas que se estabeleceram na região amazônica colombiana durante o período Younger Dryas (YD) do final do Pleistoceno . Este artigo detalha a estratigrafia, tafonomia e quadro cronológico de dois abrigos rochosos, Cerro Montoya 1 e Limoncillos, a partir de escavações realizadas pelo projeto LASTOURNEY entre 2021 e 2022.
Embora se soubesse anteriormente que esta área havia sido ocupada há pelo menos 12.600 anos, como evidenciado pela arte rupestre, os pesquisadores conseguiram entender melhor como a área era utilizada e quaisquer casos em que não estava ocupada.
“O ‘povoamento’ da América do Sul representa uma das grandes migrações da história humana – mas a sua chegada ao bioma Amazónico tem sido pouco compreendida”, disse Mark Robinson , professor associado de arqueologia da Universidade de Exeter, no Reino Unido, num comunicado. declaração . “Para os pesquisadores que trabalham no campo, a floresta tropical densa torna difícil a identificação de potenciais
locais de trabalho de campo, e os solos ácidos e argilosos prejudicam a preservação de restos orgânicos. Nossas escavações recentes, no entanto, ajudam a preencher essa lacuna, não apenas datando sua chegada. muito antes do que se entendia anteriormente, mas também fornecendo novos insights sobre suas vidas e trajetórias históricas durante o Holoceno”, a época que se seguiu à última era glacial que começou há 11.700 anos.
Para o novo estudo, os arqueólogos coletaram amostras de solo de dois abrigos rochosos da região. A equipe analisou a estratigrafia, ou camadas, dos sedimentos e encontrou diferentes camadas contendo fragmentos de pedra, carvão e “altos níveis de matéria orgânica indicativos de preparação, consumo e descarte de alimentos”, segundo o comunicado. análise mostrou que houve períodos em que os abrigos foram completamente abandonados – em alguns casos, durante mais de um milénio de cada vez. No solo, os pesquisadores detectaram cerâmicas de 3.000 anos, evidências de cultivo do solo de 2.500 anos e vestígios de milho de 500 anos, de acordo com o estudo. A análise também revelou o quão cedo os locais foram ocupados.
“Os resultados estabelecem firmemente que a ocupação humana da Serranía La Lindosa começou no final do Pleistoceno , há cerca de 12.600
anos, e continuou até o século XVII”, disse José Iriarte , professor de arqueologia da Universidade de Exeter, no comunicado. “O número excepcional de abrigos rochosos encontrados
na região com evidências de habitação humana sugere que esta área era uma paisagem atraente para grupos forrageadores”. Foi lá que eles puderam acessar uma exuberante floresta tropical, savanas e rios para caçar e coletar, acrescentou
Além das amostras de solo, os arqueólogos também desenterraram ossos de animais, restos de plantas e ocre , que serão analisados em pesquisas futuras.
“Os padrões de atividade, o descarte de artefatos e a química do solo indicam que ambos os abrigos rochosos foram usados como espaços domésticos ao longo do tempo, bem como locais sagrados para a exibição de arte altamente evocativa”, Jo Osborn, pesquisadora de pós-doutorado associada na Universidade de Exeter, disse no comunicado. “Todos os abrigos rochosos exibem pinturas ocres das primeiras ocupações, indicando que aqueles pioneiros também estavam registrando e dando sentido a esse novo mundo que encontraram”.
(*) Redator da equipe de Ciência Viva <<
Junte-se à luta de bebês prematuros e com baixo peso internados nas Unidades Neonatais. É o Brasil no rumo certo.
Obras da Prefeitura de Belém para a COP30. As mais adiantadas no c alendário de entrega.
É DA COP. É DA PREFEITURA DE BELÉM. É DO POVO.
As obras da Prefeitura de Belém para a COP30, realizadas com recursos próprios e em parceria com o Governo Federal, estão em estágio avançado, transformando a cidade para a conferência mundial do clima que ocorrerá em 2025. Essas melhorias vão além do evento: somente as obras, por exemplo, geram mais de 17 mil empregos diretos e indiretos, valorizam o patrimônio histórico e cultural de Belém e trazem benefícios duradouros para a economia, o turismo e a qualidade de vida da nossa população. É herança do povo e patrimônio do mundo.
Envolvendo 2.158 trabalhadores diretos e indiretos • Deixando nossa cidade mais limpa para todos, antes, durante e depois da COP30 • 60 mil toneladas de lixo e entulhos foram removidas em 30 dias, segundo a empresa contratada, CICLUS Amazônia • Cobertura de 95% dos roteiros de coleta domiciliar • Em breve, instalação de lixeiras, ecopontos e containers semienterrados nas feiras e pontos críticos