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DIRETOR e PRODUTOR: Rodrigo Hühn; EDITOR: Ronaldo Gilberto Hühn; COMERCIAL: Alberto Rocha, Augusto Ribeiro, Rodrigo Silva, Rodrigo Hühn; DISTRIBUIÇÃO: Dirigida, Bancas de Revista; REDAÇÃO: Ronaldo G. Hühn; COLABORADORES*: Halley Mastro, Ideflor-Bio, Igor Nascimento, Mary Scourboutakos, Paul Bierman, PNAS, Science Advances, The Conversation, Universidade da Califórnia, Universidade de Viena, Vinícius Leal; FOTOGRAFIAS: Andreas Denner, Arquitetura 2030, Arterra/Universal Images Group via Getty Images, Barry Rock/University of New Hampshire,Carbon Studios, Christine Massey/CC BY, CNS/Paul Haring, Dan Kitwood/Getty Images News via Getty Images, DGBio/ IDEFLOR-Bio/Divulgação, Exército dos EUA, ,Grnci/IdeflorBio/Divulgação, Halley Mastro/University of Vermont/CC BY-ND, Health.harvard.edu, Instituto de Cristalografia do Conselho Nacional de Pesquisa da Itália, JF Clovis/Cortesia do Smithsonian Institution, Marco Santos / Ag. Pará, Modificado de Schaefer et al., 2016/Natur, Paul Bierman/University of Vermont , CC BY-ND, Peter Prokosch, PNAS, Quincy Massey-Bierman/University of Vermont, Science Advances, ScienceAlert, UC Berkeley, UCSF, Ulrich Technau, Universidade de Viena, Vatican News, Vatican.va; DESKTOP: Rodolph Pyle; EDITORAÇÃO GRÁFICA: Editora Círios

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“Pinta Cuias” Foto: SemTur- Secretaria Municipal de Santarém-PA
EDITORA CÍRIOS

Bioeconomy Amazon Summit (BAS)

A 1ª edição do BAS contou com o apoio institucional do Governo do Pará, por meio da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), debateu o papel da inovação e do empreendedorismo na Amazônia

Ogovernador do Estado, Helder Barbalho, destacou, na abertura do Bioeconomy Amazon Summit (BAS), no Hangar, em Belém, as ações do Estado para fomentar a bioeconomia, setor que tem potencial de geração de receitas de 30 bilhões de dólares, até 2040 no Pará, além de outros 120 bilhões de dólares anuais com a exportação de 43 bioprodutos florestais.

Em seu discurso na abertura do evento, que também contou com a participação da vice-governadora Hana Ghassan, e do secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Mauro O’de Almeida, o chefe do Executivo Estadual destacou a implementação do Plano Estadual de Bioeconomia, pioneiro no Brasil, e as ações que fomentam o setor.

O governador falou sobre a abertura de uma linha de crédito via Banco do Estado do Pará (Banpará), chamada “Banpará Bio”, que já está em operação, além da construção do Centro de Inovação em Bioeconomia, que integra o Parque Estadual de Bioeconomia, em Belém.

“Abrimos linha de crédito no Banco do Estado do Pará chamada Banpará Bio, com um fundo garantidor para alavancar o acesso a financiamento para propriedades de até 100 hectares, para que a agricultura familiar possa completar a sua renda a partir da bioeconomia, colaborando de forma decisiva para a geração de empregos verdes e sustentáveis.

Texto *Igor Nascimento Fotos Carbon Studios, Marco Santos / Ag. Pará
O governador do Estado, Helder Barbalho, destacou, na abertura do BAS, as ações do Estado para fomentar a bioeconomia

Além disso, estamos construindo o Parque de Bioeconomia, um grande centro para que possamos recepcionar incubadoras e empresas que possam construir conosco este novo tempo”, disse o governador Helder Barbalho.

O Bioeconomy Amazon Summit (BAS) é promovido pelo Pacto Global da ONU - Rede Brasil e pela empresa de venture capital KPTL, com apoio do governo do Pará por meio da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas). A cerimônia de abertura contou com a participação de Carlo Pereira, CEO do Pacto Global da ONU - Rede Brasil, Renato Ramalho, CEO KPTL e Flávia Martins, CMO do Pacto Global da ONU - Rede Brasil.

Na ocasião, Helder Barbalho também destacou que o Plano Estadual de Bioeconomia, elaborado pelo Governo do Pará, é o primeiro do Brasil e que faz parte de uma política de estado.

“No Pará, criamos a Política Estadual sobre Mudanças Climáticas, com uma lei, portanto trata-se de uma política de estado e não de governo. Nela, definimos metas e estratégias como o Plano de Bioeconomia, por meio do qual passamos a escolher bioeconomia como uma nova vocação. Na COP do Egito nós lançamos o PlanBio e coincidentemente um dia dos após o meu pedido do presidente Lula para que pudéssemos candidatar o Brasil realizar a COP 30 em Belém, o que

Durante o 1º BAS
O governador falou sobre a abertura de uma linha de crédito via Banco do Estado do Pará (Banpará), chamada “Banpará Bio”
Empreendedores apresentaram seus produtos

foi prontamente aceito, e aqui estamos nessa caminhada para fazer a COP mais extraordinária que será no ano que vem em Belém do Pará”, informou. O governador também abordou o potencial de geração de receitas a partir da bioeconomia levantado pelo PlanBio. “O Plano de Bioeconomia trouxe um levantamento que destaca um potencial de geração de receitas com produtos da bioeconomia no Pará de 30 bilhões de dólares até o ano de 2040, além de outros 120 bilhões de dólares anuais com a exportação de 43 bioprodutos florestais. Portanto temos um horizonte de oportunidades para que possamos gerar emprego, renda e novas soluções e é nisso que nós acreditamos”, disse. “Precisamos construir soluções baseadas na natureza para encontrar caminhos sustentáveis para a nossa região, provocando novas economias que possam conciliar desenvolvimento com geração de benefícios e valorização dos povos ancestrais”, complementou.

Cardápio Variados

Peixes, Churrascos, Frangos e etc

Sucos e Refrigerantes variado

Sobre a 30ª Conferência das Partes da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30, que será realizada na capital paraense no ano que vem, Helder Barbalho destacou as oportunidades que o evento representa. ”A COP 30 será uma oportunidade de consolidação de um pacto global da sociedade brasileira, dos líderes do planeta, compreendendo que as urgências climáticas precisam ser enxergadas como um chamamento para um novo paradigma que possa garantir um futuro sustentável cuidando das pessoas”, disse.

Mauro O’de Almeida, titular da Semas, adiantou que cerca de 250 empreendedores já manifestaram interesse no Parque de Bioeconomia.

“Já temos cerca de 250 empreendedores esperando o Parque de Bioeconomia

Para fomentar a Bioeconomia
Precisamos construir soluções baseadas na natureza para encontrar caminhos sustentáveis para a nossa região

para usufruir dos serviços que vamos proporcionar e aqui neste evento temos uma excelente oportunidade para que empreendedores e investidores se conectem e possam escalar a bioeconomia”, disse o secretário.

“Para o nosso Centro de Inovação da Bioeconomia, no Porto Futuro II, entre as 250 empresas interessadas, temos muitas do Pará, mas também temos de outros estados como Acre e Amazonas, o que demonstra o enorme potencial deste equipamento. Hoje, o nosso desafio é que a logística aconteça e essa oportunidade nos ajuda a trabalhar isso”, concluiu o titular da Semas

A 30ª será um chamamento para um novo paradigma que possa garantir um futuro sustentável cuidando das pessoas
Empreendedores presentes ao evento ficaram empolgados

No decorrer da programação do BAS, foi apresentado pelo titular da Semas- Mauro O’de Almeida, o projeto “Vitrines da Bioeconomia”, que divulga produtos sustentáveis da Amazônia em diversos lugares do mundo, com apoio do Governo do Pará por meio da Semas

O anúncio foi feito pelo secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Mauro O’de Almeida, A pasta entra com recursos do programa “Floresta em Pé”, fruto da colaboração financeira da Alemanha, por meio do banco de desenvolvimento KfW. “Gostaria de anunciar que a Semas vai apoiar o desenvolvimento desse projeto, em parceria com a Assobio, dando visibilidade para os produtos da bioeconomia para que na COP 30, no próximo ano, possamos espalhar o projeto pela Região Metropolitana levando os nossos visitantes a conhecer e entender melhor as oportunidades de uma nova economia, nova para alguns, mas não para nós, que a entendemos como um reencontro com as nossas origens ancestrais.

Vamos apoiar financeiramente o desenvolvimento desse projeto, “Vitrines da Bioeconomia”, para que ele se torne, acima de tudo, uma política pública”, disse o secretário. Esse projeto, divulga produtos sustentáveis da Amazônia em diversos lugares do mundo, com recursos do programa “Floresta em Pé”, fruto da colaboração financeira da Alemanha, por meio do banco de desenvolvimento KfW, em parceria com a Assobio,

O “Vitrines da Bioeconomia”, que conta com o apoio do Mercado Livre, teve a sua primeira exposição na programação do Bioeconomy Amazon Summit

Formação de agentes agroflorestais impulsiona sustentabilidade na Terra Indígena Alto Rio Guamá

A

iniciativa abordou a Agroecologia em Agricultura Sintrópica, com abordagem inovadora que alia restauração flo -

restal à autonomia alimentar das comunidades indígenas

OInstituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio), em parceria com Centro de Educação Sistêmica para Cuidar da Vida, o Centro de Pesquisa Florestal Internacional e o Centro Internacional de Pesquisa Agroflorestal (Cifor-Icraf), finalizaram o 3º módulo de formação de agentes agroflorestais em três aldeias da Terra Indígena Alto Rio Guamá, em Santa Luzia do Pará, município do nordeste paraense. O módulo abordou a Agroecologia em Agricultura Sintrópica, com ênfase no preparo da área de cultivo, inovação que alia restauração florestal à autonomia alimentar das comunidades indígenas envolvidas.

Os participantes do módulo aplicaram o conhecimento adquirido sobre agricultura sintrópica

O módulo teve ênfase no preparo da área de cultivo, inovação que alia restauração florestal à autonomia alimentar das comunidades indígenas envolvidas

A agricultura sintrópica se destaca pela integração harmoniosa entre diferentes espécies de plantas, e pela recuperação eficiente do solo, demonstrando ser uma ferramenta eficaz para a restauração ecológica e segurança alimentar.

A formação integra o Projeto Apoio à Gestão e Restauração Florestal da Terra Indígena Alto Rio Guamá, conduzido pelo Ideflor-Bio, em parceria com o Centro de Cooperação Internacional em Pesquisa Agronômica para o Desenvolvimento (Cirad), do Governo Francês, e a Universidade do Estado do Pará (Uepa), o qual busca fortalecer as associações indígenas para atuação em ações de restauração ecológica e a cadeia produtiva de mudas e sementes florestais no Estado.

A coordenadora da ação pelo Ideflor-Bio, Claudia Kahwage, agradeceu a todos os envolvidos na realização do módulo. “Estamos muito gratos a

todas as organizações que contribuíram com o cumprimento da atividade nas aldeias indígenas. Este trabalho conjunto é essencial para o sucesso do projeto e o fortalecimento das associações indígenas”, afirmou.

Conhecimento - Durante o módulo, os participantes tiveram a oportunidade de aprender e praticar técnicas de plantio e manejo de sistemas agroflorestais, além de discutir a situação da segurança alimentar nas aldeias, o consumo de alimentos saudáveis e a diversificação dos cultivos alimentares. Houve atividades práticas no campo, nas quais os conhecimentos teóricos sobre preparo de área de cultivo foram aplicados diretamente, permitindo uma compreensão mais eficaz das práticas agroecológicas.

Para atuação em ações de restauração ecológica e a cadeia produtiva de mudas e sementes florestais no Estado

prossegue em

A formação de agentes agroflorestais é parte de uma estratégia maior do Projeto Apoio à Gestão e Restauração Florestal da Terra Indígena Alto Rio Guamá para promover a restauração ecológica da Terra Indígena. Ao capacitar os indígenas em técnicas de agricultura sintrópica, a ação busca não apenas restaurar áreas degradadas, mas também garantir a autonomia alimentar das comunidades, fortalecendo sua capacidade de autossustentação.

Os participantes foram motivados ainda ao plantio de espécies florestais que são alimentos para macacos criticamente ameaçados de extinção - cuxiú-preto (Chiropode satanas) e cairara (Cebus kaapori) -, viabilizando a educação ambiental para conservação destas espécies.

O sucesso do módulo de formação reforça a importância de parcerias entre instituições governamentais, não governamentais e comunidades indígenas. Com o apoio contínuo do Ideflor-Bio e de outras entidades, a expectativa é que mais módulos sejam realizados, expandindo o alcance das práticas agroecológicas e fortalecendo o compromisso com a sustentabilidade e a conservação na Terra Indígena Alto Rio Guamá.

A formação
agosto para as aldeias indígenas do município de Paragominas, município do sudeste paraense.
Ferramenta eficaz para a restauração ecológica e segurança alimentar.

Revivendo tradição ancestral dos “Pinta Cuias” em Monte Alegre

O evento reconectou moradores locais com suas raízes ancestrais, reavivando uma tradição que remonta ao século XVIII

O evento buscou reconectar os moradores locais com suas raízes ancestrais, reavivando uma tradição que remonta ao século XVIII

Em uma iniciativa que une a preservação cultural e a promoção da bioeconomia, o Governo do Pará, por meio do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio), com a Gerência da Região Administrativa da Calha Norte I (GRCNI), realizou uma oficina sobre tingimento e bordagem em cuias no município de Monte Alegre. O evento buscou reconectar os moradores locais com suas raízes ancestrais, reavivando uma tradição que remonta ao século XVIII, quando os descendentes dos primeiros habitantes da região, conhecidos como ‘Pinta Cuias’, dominavam essa arte.

As cuias pintadas, símbolo da identidade cultural dos ‘Pinta Cuias’, há muito haviam caído em desuso, e a habilidade de tingir e bordar esses objetos havia se perdido. A oficina, ministrada por artesãs da ‘Associação das Artesãs Ribeirinhas de Santarém’, representou um momento de resgate histórico para a comunidade, proporcionando aos participantes a oportunidade de aprender e reaplicar técnicas que antes eram parte do cotidiano de seus antepassados.

Conforme o titular da GRCNI, Jorge Braga, a oficina teve dois objetivos principais. “O primeiro foi histórico, pois marcou o reencontro dos ‘Pinta Cuias’ com suas origens. Há muito tempo, eles haviam perdido a capacidade de tingir e bordar cuias.

O segundo foi econômico, pois a retomada dessa tradição permite a geração de renda para os moradores, especialmente para os artesãos das comunidades localizadas ao redor do Parque Estadual de Monte Alegre”, explicou.

Bordagem em cuias no município de Monte Alegre
Artesãs de Santarém conduziram a oficina
Para manter suas identidades vivas e prósperas

Conhecimento

A conexão entre o passado e o presente foi um dos aspectos mais emocionantes da oficina. Para muitos participantes, o evento não só reacendeu a chama de uma prática cultural esquecida, como também abriu novas perspectivas de desenvolvimento econômico, alinhadas com os princípios da bioeconomia. A produção e comercialização de cuias pintadas oferecem uma alternativa sustentável de geração de renda, fortalecendo a economia local e preservando o patrimônio cultural da região. As artesãs de Santarém, que conduziram a oficina, destacaram a importância de transmitir esses conhecimentos às novas gerações. “É fundamental que os jovens se envolvam e aprendam essas técnicas, para que a tradição não se perca novamente”, afirmou uma das instrutoras. O sucesso da oficina indica um futuro promissor para a revitalização dessa arte, que também reforça a expectativa de que os conhecimentos adquiridos sejam disseminados nas comunidades do entorno do Parque Estadual de Monte Alegre.

Tradição

Além de contribuir para a economia local, a iniciativa do governo estadual também reforça o compromisso com a valorização das culturas tradicionais do Pará. A organização tem se empenhado em promover ações que integrem preservação ambiental, sustentabilidade e resgate cultural, assegurando que as populações tradicionais tenham as ferramentas necessárias para manter suas identidades vivas e prósperas. Com o sucesso da oficina de tingimento e bordagem em cuias, a expectativa é de que novas edições sejam realizadas, ampliando o alcance da iniciativa e fortalecendo ainda mais a identidade cultural dos ‘Pinta Cuias’ em Monte Alegre. A partir dessa retomada, os moradores não só reconectam-se com seu passado, mas também constroem um futuro mais sustentável e culturalmente rico.

Construindo um futuro mais sustentável e culturalmente rico
Reforçando o compromisso com a valorização das culturas tradicionais do Pará

Vislumbre de um futuro mais quente

Sementes antigas de papoula e madeira de salgueiro oferecem pistas sobre o último derretimento da camada de gelo da Groenlândia

Texto *Paul Bierman e Halley Mastro Fotos Arquitetura 2030, Arterra/Universal Images Group via Getty Images, Barry Rock/University of New Hampshire, Christine Massey , CC BY, Exército dos EUA, Halley Mastro/University of Vermont, CC BY-ND, JF Clovis/Cortesia do Smithsonian Institution, Modificado de Schaefer et al., 2016/Natur, Paul Bierman/University of Vermont , CC BY-ND, Peter Prokosch, PNAS, Quincy Massey-Bierman/University of Vermont

Quando focamos nosso microscópio na amostra de solo pela primeira vez, pedaços de material orgânico apareceram: uma pequena semente de papoula, o olho composto de um inseto, galhos quebrados de salgueiro e esporos de musgo-espiga.

Esferas de cor escura produzidas por fungos do solo dominaram nossa visão. Esses eram, sem dúvida, os restos de um ecossistema de tundra ártica — e a prova de que toda a camada de gelo da Groenlândia desapareceu mais recentemente do que as pessoas imaginam.

Essas pequenas dicas de vida passada vieram de um lugar muito improvável –um punhado de solo que havia sido enterrado sob 2 milhas de gelo abaixo do cume da camada de gelo da Groenlândia.

As projeções de derretimento futuro da camada de gelo são inequívocas: quando o gelo acabar no cume, pelo menos 90% do gelo da Groenlândia terá derretido. Em 1993, perfuradores no cume concluíram o núcleo de gelo do Greenland Ice Sheet Project 2, ou GISP2, apelidado de máquina do tempo de duas milhas . As sementes, galhos e esporos que encontramos vieram de alguns centímetros de solo no fundo daquele núcleo — solo que estava escon-

restos de plantas congeladas sugerem que o centro da Groenlândia provavelmente já se pareceu com esta tundra rochosa seca, fotografada no noroeste da Groenlândia

dido seco, intocado por três décadas em uma instalação de armazenamento sem janelas no Colorado . Nossa nova análise se baseia no trabalho de outros que, na última década, têm desfeito a crença de que a camada de gelo da Groenlândia estava presente continuamente desde pelo menos 2,6 milhões de anos atrás, quando as eras glaciais do Pleistoceno começaram.

Em 2016, cientistas medindo isótopos raros em rochas acima e abaixo da amostra de solo GISP2 usaram modelos para sugerir que o gelo havia desapare-

Os
Os resultados de um modelo de camada de gelo mostram o quanto da camada de gelo da Groenlândia sobrevive quando o gelo desaparece dos locais de perfuração de gelo Camp Century (ponto branco), GISP2 (ponto vermelho) e DYE-3 (ponto preto)
Sob um microscópio, uma pequena semente de papoula alongada, pequenos megásporos de musgo espigão bronzeado e esferas de fungo de solo preto encontradas em solo recuperado de menos de 2 milhas de gelo da Groenlândia

cido pelo menos uma vez nos últimos 1,1 milhão de anos. Agora, ao encontrar restos de tundra bem preservados, confirmamos que a camada de gelo da Groenlândia realmente derreteu antes e expôs a terra abaixo do cume por tempo suficiente para que o solo se formasse e a tundra crescesse ali. Isso nos diz que a camada de gelo é frágil e pode derreter novamente.

Uma paisagem com papoulas árticas e musgos espinhosos

A olho nu, os pequenos pedaços de vida passada não são notáveis – manchas escuras, flutuando entre grãos brilhantes de silte e areia. Mas, sob o microscópio, a história que eles contam é espantosa. Juntos, as sementes, megásporos e partes de insetos pintam um quadro de um ambiente frio, seco e rochoso que existiu em algum momento nos últimos milhões de anos.

Acima do solo, papoulas árticas cresciam entre as rochas. No topo de cada talo dessa erva pequena, mas tenaz, uma única flor em forma de concha acompanhava o Sol pelo céu para aproveitar ao máximo a luz de cada dia.

Pequenos insetos zumbiam sobre tapetes de minúsculos musgos rochosos, rastejando pela superfície de cascalho e produzindo esporos no verão.

No solo rochoso havia esferas escuras chamadas escleródios, produzidas por fungos que se juntam às raízes das plantas no solo para ajudar ambas a obter os nutrientes de que precisam. Perto dali arbustos de salgueiro se adaptaram à vida na tundra áspera com seu tamanho pequeno e pelos felpudos cobrindo seus caules. Cada um desses seres vivos deixou pistas naquele punhado de solo – evidências que nos disseram que o gelo da Groenlândia já foi substituído por um resistente ecossistema de tundra.

Na década de 1960, uma equipe de engenheiros extraiu o primeiro núcleo de gelo profundo do mundo em Camp Century , uma base do Exército movida a energia nuclear construída na camada de gelo a mais de 160 quilômetros da costa noroeste da Groenlândia. Eles estudaram o gelo, mas tiveram pouca utilidade para os pedaços de rocha e solo trazidos com o fundo do núcleo. Eles foram armazenados e perdidos até 2019, quando foram redescobertos em um freezer de laboratório . Nossa equipe estava entre os cientistas chamados para analisá-los.

O acampamento de perfuração de gelo GISP2 no cume do manto de gelo da Groenlândia tem uma temperatura média hoje de menos 7 graus Fahrenheit (menos 22 Celsius)
A semente que encontramos no solo congelado recuperado de menos de 2 milhas de gelo, à direita, é de uma papoula ártica, à esquerda

No solo de Camp Century, também encontramos restos de plantas e insetos que estavam congelados sob o gelo. Usando isótopos raros e técnicas de luminescência , conseguimos datá-los de um período de cerca de 400.000 anos atrás , quando as temperaturas eram semelhantes às de hoje.

Outro núcleo de gelo, DYE-3, do sul da Groenlândia, continha DNA mostrando que florestas de abetos cobriram aquela parte da ilha em algum momento nos últimos milhões de anos.

A evidência biológica constitui um caso convincente para a fragilidade da camada de gelo da Groenlândia.

Juntas, as descobertas de três núcleos de gelo só podem significar uma coisa: com a possível exceção de algumas áreas montanhosas a leste, o gelo deve ter derretido de toda a ilha nos últimos milhões de anos.

Três fragmentos de madeira, mostrados sob um microscópio eletrônico de alta potência, à direita, eram salgueiros árticos – não de grandes árvores, mas sim dos restos de arbustos altos até os tornozelos, à esquerda, que caracterizam a tundra da Groenlândia hoje

Musgo espigão de rocha moderno (esquerda) e megásporos de musgo espigão de rocha (esferas castanhas, direita) da amostra de solo GISP2

George Linkletter, trabalhando para o Laboratório de Pesquisa e Engenharia de Regiões Frias do Corpo de Engenheiros do Exército dos EUA, examina um pedaço de núcleo de gelo na trincheira científica em Camp Century. A base foi fechada em 1966

Restos primorosamente preservados de musgo de 400.000 anos, à esquerda, e uma semente de junco, à direita – encontrados no núcleo do solo abaixo da camada de gelo da Groenlândia em Camp Century – ajudam a contar a história do que viveu lá quando o gelo desapareceu

Perdendo a camada de gelo

Quando o gelo da Groenlândia acabar, a geografia do mundo mudará – e isso será um problema para a humanidade. À medida que a camada de gelo derrete, o nível do mar eventualmente subirá mais de 23 pés, e cidades costeiras serão inundadas . A maior parte de Miami ficará submersa, assim como grande parte de Boston, Nova York, Mumbai e Jacarta. Hoje, o nível do mar está subindo mais de uma polegada a cada década e, em alguns lugares, várias vezes mais rápido. Em 2100, quando as crianças de hoje forem avós, o nível do mar ao redor do globo provavelmente estará vários pés mais alto.

Usando o passado para entender o futuro

A rápida perda de gelo está mudando o Ártico. Dados sobre ecossistemas passados, como os que coletamos sob o gelo da Groenlândia, ajudam os cientistas a entender como a ecologia do Ártico mudará conforme o clima esquenta. Quando as temperaturas sobem, a neve branca brilhante derrete e o gelo encolhe, expondo rochas e solos escuros que absorvem o calor do Sol. O Ártico está se tornando mais verde a cada ano que passa, descongelando o permafrost subjacente e liberando mais carbono que aquecerá ainda mais o planeta

(*) The Conversation e PNAS <<

As flutuações do açúcar no sangue após as refeições desempenham um papel importante na ansiedade e na depressão

Oproverbial “barato de açúcar” que se segue à ingestão de um doce é um exemplo familiar dos efeitos potencialmente positivos dos alimentos no humor.

Por outro lado, sentir “fome” – o fenômeno em que a fome se manifesta na forma de raiva ou irritabilidade – ilustra como o que comemos, ou não, também pode provocar emoções negativas. As últimas pesquisas sugerem que as flutuações do açúcar no sangue são parcialmente responsáveis pela conexão entre o que comemos e como nos sentimos. Por meio de seus efeitos em nossos hormônios e em nosso sistema nervoso , os níveis de açúcar no sangue podem ser combustível para ansiedade e depressão .

A saúde mental é complexa. Existem inúmeros fatores sociais, psicológicos e biológicos que, em última análise, determinam a experiência de qualquer pessoa. No entanto, vários ensaios clínicos randomizados demonstraram que a dieta é um fator biológico que pode influenciar significati-

vamente o risco de sintomas de depressão e ansiedade, especialmente em mulheres. Como residente em medicina de família

Consumir esses tipos de alimentos regularmente pode contribuir para riscos de saúde mental

com Ph.D. em nutrição , testemunhei o fato de que medicamentos antidepressivos funcionam para alguns pacientes, mas não para outros. Assim, na minha opinião, as estratégias de tratamento de saúde mental devem ter como alvo todos os fatores de risco, incluindo a nutrição.

Texto * Mary Scourboutakos Fotos Dan Kitwood/Getty Images News via Getty Images, health.harvard.edu, The Conversation
Dietas ricas em leguminosas e vegetais verde-escuros produzem picos mais baixos de açúcar no sangue
Alimentação e humor: como a dieta afeta seu bem-estar mental

O papel do índice glicêmico

Muitos dos ensaios clínicos ran domizados que provaram a liga ção entre dieta e saúde mental testaram a dieta mediterrâ nea ou uma versão ligei ramente modificada dela . A dieta mediterrânea é tipicamente caracterizada por muitos vegetais –especialmente vegetais folhosos verde-escuros – frutas, azeite de oliva, grãos integrais, legumes e nozes, com pequenas quantidades de peixe, carne e laticínios. Um dos muitos atributos da dieta mediterrânea que pode ser responsável por seu efeito no hu mor é seu baixo índice glicêmico . O índice glicêmico é um sistema que classifica alimentos e dietas de acordo com seu potencial de aumentar o açúcar no sangue.

Assim, de acordo com a observação de que as flutuações do açúcar no sangue afetam o humor, dietas de alto índice glicêmico que produzem picos drásticos no açúcar no sangue têm sido associadas a um risco aumentado de depressão e, até certo ponto, ansiedade. Carboidratos de alto índice glicêmico incluem arroz branco, pão branco, biscoitos e assados. Portanto, dietas ricas nesses alimentos podem aumentar o risco de depressão e ansiedade. Enquanto isso, carboidratos de baixo índice glicêmico, como arroz parboilizado e macarrão al dente, que são absorvidos mais lentamente e produzem um pico menor de açúcar no sangue, estão associados à diminuição do risco.

Como a dieta afeta o humor

Muitos mecanismos científicos foram propostos para explicar a conexão entre dieta e saúde mental. Uma explicação plausível que liga as flutuações de açúcar no sangue com o humor é seu efeito em nossos hormônios.

Toda vez que comemos açúcar ou carboidratos como pão, arroz, macarrão, batata e bolachas, o aumento resultante no açúcar no sangue desencadeia uma cascata de hormônios e moléculas de sinalização. Um exemplo, a dopamina – o sinal de prazer do nosso cérebro – é a razão pela qual podemos experimentar uma “onda de açúcar” após o consumo de sobremesa ou assados. A dopamina é a maneira do corpo nos recompensar por obter as calorias, ou energia, que são necessárias para a sobrevivência.

A insulina é outro hormônio desencadeado por carboidratos e açúcar. O trabalho da insulina é reduzir os níveis de açúcar no sangue, escoltando o açúcar ingerido para dentro de nossas células e tecidos para que ele possa ser usado como energia. No entanto, quando comemos muito açúcar, muitos carboidratos ou carboidratos de alto índice glicêmico, o rápido aumento do açúcar no sangue provoca um aumento drástico na insulina. Isso pode resultar em níveis de açúcar no sangue que caem abaixo de onde começaram. Essa queda no açúcar no sangue desencadeia a liberação de adrenalina e sua prima noradrenalina. Ambos os hormônios enviam glicose apropriadamente para a corrente sanguínea para restaurar o açúcar no sangue ao nível apropriado. No entanto, a adrenalina influencia mais do

que apenas os níveis de açúcar no sangue. Ela também afeta como nos sentimos, e sua liberação pode se manifestar como ansiedade, medo ou agressão . Portanto, a dieta afeta o humor por meio de seu efeito nos níveis de açúcar no sangue, que acionam os hormônios que ditam como nos sentimos. Curiosamente, o aumento da adrenalina que se segue ao consumo de açúcar e carboidratos não acontece até quatro a cinco horas após a alimentação . Assim, ao comer açúcar e carboidratos, a dopamina nos faz sentir bem a curto prazo; mas a longo prazo, a adrenalina pode nos fazer sentir mal.No entanto, nem todos são igualmente afetados. Refeições idênticas podem produzir respostas de açúcar

A dopamina é o sinal de prazer do nosso cérebro

Essa queda no açúcar no sangue desencadeia ansiedade, medo ou agressão
Indice glicêmico

Algumas estratégias para estabilizar o açúcar no sangue e otimizar o humor incluem:

☆ Faça carboidratos de baixo índice glicêmico, como arroz parboilizado, pão integral e macarrão al dente, alimentos básicos da dieta e esteja atento a quantos carboidratos de alto índice glicêmico você consome. Eu dou este guia aos meus pacientes para aumentar a conscientização deles sobre o índice glicêmico de vários carboidratos.

☆ Coma carboidratos no início do dia, como no café da manhã ou no almoço, em vez de mais tarde, como no jantar ou, pior ainda, como um lanche noturno. Nossos hormônios seguem um ritmo circadiano, e carboidratos ingeridos no início do dia produzem um pico menor de açúcar no sangue em comparação com carboidratos ingeridos no final do dia.

☆ Evite comer carboidratos sozinhos, como petiscar uma caixa de bolachas ou engolir uma tigela de arroz. Sempre se esforce para combinar carboidratos com proteínas como feijões, nozes, carne e peixe, ou com gorduras saudáveis como azeite de oliva e abacate. A combinação de nutrientes desacelera a digestão de carboidratos e, portanto, produz um pico menor de açúcar no sangue.

☆ Coma carboidratos no final da refeição, depois de comer vegetais e proteínas primeiro. Apenas mudar a ordem em que os alimentos são ingeridos pode reduzir drasticamente o pico de açúcar no sangue que vem depois .

☆ Coma uma salada temperada com azeite de oliva e vinagre antes de comer carboidratos. A combinação de vegetais, ácido do vinagre e gordura do azeite de oliva, todos trabalham juntos para desacelerar a absorção de carboidratos e minimizar o pico resultante de açúcar no sangue.

salada temperada com azeite de oliva e vinagre antes de comer carboidratos

no sangue amplamente variadas em pessoas diferentes, dependendo do sexo , bem como da genética , do sedentarismo e do microbioma intestinal .E é importante ter em mente que, como mencionado anteriormente, a saúde mental é complicada. Então, em certas circunstâncias, nenhuma quantidade de otimização dietética superará os fatores sociais e psicológicos que podem sustentar a experiência de alguém.No entanto, uma dieta ruim certamente pode piorar

a experiência de uma pessoa e, portanto, é relevante para qualquer um, especialmente mulheres, que esperam otimizar a saúde mental. Pesquisas mostram que as mulheres, em particular, são mais sensíveis aos efeitos do índice glicêmico e da dieta em geral. Infelizmente, soluções simples, como trocar açúcar por adoçantes artificiais , não são uma opção.

Pesquisas mostram que, entre todos os alimentos processados, adoçantes artificiais e bebidas adoçadas artificialmente são os mais fortemente associados à depressão. A maneira mais óbvia de estabilizar os níveis de açúcar no sangue é diminuir a ingestão de açúcar e carboidratos . No entanto, essa não é a única maneira. Pesquisas provaram que mudanças simples podem mitigar drasticamente as flutuações voláteis do açúcar no sangue.

(*) Residente em Medicina de Família e Especialista em Nutrição, Eastern Virginia Medical School. Em The Conversation <<

Dieta com baixo teor de carboidratos ajuda a reduzir os níveis de açúcar no sangue
Comer

Comer menos açúcar pode manter suas células jovens

Nova pesquisa relaciona dieta saudável a idade biológica mais jovem

Um novo estudo da Universidade da Califórnia, São Francisco (UCSF) sugere que seguir uma dieta rica em vitaminas e minerais, ao mesmo tempo em que limita o açúcar adicionado, pode ajudar a manter suas células biologicamente mais jovens.

A pesquisa, publicada no JAMA Network Open, examinou como diferentes padrões alimentares saudáveis afetam um “relógio epigenético” – um teste bioquímico que estima a saúde e a expectativa de vida.

O estudo descobriu que pessoas que comiam melhor tinham células que pareciam mais jovens. Surpreendentemente, mesmo quando os participantes seguiam dietas saudáveis, cada grama de açúcar adicionado que consumiam estava ligado a um aumento em sua idade epigenética.

O novo estudo relaciona dietas ricas em vitaminas e minerais, com baixo teor de açúcar adicionado, a uma idade biológica mais jovem. Pesquisadores descobriram que dietas mais saudáveis se correlacionam com um relógio epigenético mais jovem, mesmo contabilizando cada grama de açúcar adicionado. O estudo é um dos primeiros a mostrar essa ligação em um grupo diverso de mulheres de meia-idade.

O novo estudo relaciona dietas ricas em vitaminas e minerais, com baixo teor de açúcar adicionado, a uma idade biológica mais jovem. Pesquisadores descobriram que dietas mais saudáveis se correlacionam com um relógio epigenético mais jovem, mesmo contabilizando cada grama de açúcar adicionado. O estudo é um dos primeiros a mostrar essa ligação em um grupo diverso de mulheres de meia-idade. As descobertas destacam a importância de reduzir a ingestão de açúcar para uma melhor saúde e longevidade.

As descobertas destacam a importância de reduzir a ingestão de açúcar para uma melhor saúde e longevidade.

Dorothy Chiu, PhD, pesquisadora de pós-doutorado no UCSF Osher Center for Integrative Health e principal autora do estudo,

Para prevenir doenças e promover a saúde
Texto *Universidade da Califórnia em São Francisco Fotos UC Berkeley, UCSF, ScienceAlert
Dietas mais saudáveis se correlacionam com um relógio epigenético mais jovem

explicou: “As dietas que examinamos estão alinhadas com as recomendações existentes para prevenir doenças e promover a saúde, e destacam a potência dos nutrientes antioxidantes e anti-inflamatórios em particular”.

Esta pesquisa é uma das primeiras a mostrar uma conexão entre açúcar adicionado e envelhecimento epigenético. É também a primeira a estudar esta ligação em um grupo diverso de mulheres de meia-idade, incluindo participantes negras e brancas.

A conexão açúcar-envelhecimento: o que isso significa para sua saúde

O estudo analisou registros alimentares de 342 mulheres no norte da Califórnia, com idade média de 39 anos.

Os pesquisadores compararam suas dietas a medidas do relógio epigenético tiradas de amostras de saliva. Eles pontuaram as dietas com base em quão próximas elas correspondiam a um padrão alimentar de estilo mediterrâneo, uma dieta ligada a menor risco de doenças crônicas e uma nova medida chamada “Índice de Nutrientes Epigenéticos (ENI)”. O ENI foca em nutrientes conhecidos por apoiar processos antioxidantes e anti-inflamatórios, bem como manutenção e reparo de DNA. Estes incluem vitaminas A, C, B12 e E, folato, selênio, magnésio, fibra alimentar e isoflavonas.

Todos os três padrões alimentares foram associados a uma idade epigenética mais baixa, com a dieta mediterrânea mostrando a ligação mais forte. No entanto, os pesquisadores descobriram que consumir alimentos com açúcar adicionado estava ligado ao envelhecimento biológico acelerado, mesmo quando a dieta geral era saudável.

A coautora sênior Barbara Laraia, PhD, RD, professora da UC Berkeley, observou: “Dado que os padrões epigenéticos parecem ser reversíveis, pode ser que eliminar 10 gramas de açúcar adicionado por dia seja semelhante a voltar o relógio biológico em 2,4 meses, se mantido ao longo do tempo”.

Existem muitos outros fatores, além das habilidades antioxidantes diretas, que contribuem para os benefícios à saúde do consumo de mais alimentos de origem vegetal. Maior ingestão de fibras, menor ingestão de gorduras animais saturadas e maior ingestão de ácidos graxos poliinsaturados de origem vegetal e maior ingestão de magnésio beneficiam a saúde cardiovascular, também

Por que é importante: Esta pesquisa fornece novas evidências sobre a importância de limitar o açúcar adicionado em nossas dietas, mesmo quando estamos comendo de forma saudável no geral. Ela sugere que fazer pequenas mudanças para reduzir a ingestão de açúcar pode ter impactos significativos no envelhecimento celular e na saúde a longo prazo. A mulher média no estudo consumiu 61,5 gramas de açúcar adicionado diariamente, embora isso tenha variado amplamente de 2,7 a 316 gramas por dia. Para contextualizar, uma barra de chocolate ao leite contém cerca de 25 gramas de açúcar adicionado, enquanto uma lata de 12 onças de cola tem cerca de 39 gramas. A Food and Drug Administration dos EUA recomenda que os adultos não consumam mais do que 50 gramas de açúcar adicionado por dia.

Elissa Epel, PhD, professora da UCSF e coautora sênior do estudo, enfatizou a importância dessas descobertas: “Sabíamos que altos níveis de açúcares adicionados estão ligados à piora da saúde metabólica e doenças precoces, possivelmente mais do que qualquer outro fator dietético. Agora sabemos que o envelhecimento epigenético acelerado está subjacente a essa relação, e essa é provavelmente uma das muitas maneiras pelas quais a ingestão excessiva de açúcar limita a longevidade saudável”.

À medida que os pesquisadores continuam a explorar as conexões entre dieta, envelhecimento celular e saúde geral, este estudo fornece insights valiosos para indivíduos que buscam otimizar sua nutrição para longevidade. Ao focar em alimentos ricos em nutrientes e minimizar o açúcar adicionado, podemos influenciar nossa idade biológica no nível celular.

(*) Universidade da Califórnia em São Francisco <<

Consumir alimentos com açúcar adicionado está ligado ao envelhecimento biológico acelerado

Células-tronco da anêmona-do-mar podem ser a chave para a imortalidade

Em animais, populações de células-tronco de potência variável facilitam a regeneração e a homeostase do tecido. Notavelmente, células-tronco da linha germinativa em vertebrados e invertebrados expressam proteínas de ligação de RNA altamente conservadas, como nanos, vasa e piwi. Em animais altamente regenerativos, esses genes também são expressos em células-tronco somáticas, o que levou à proposta de que elas tinham um papel ancestral em todas as células-tronco. Em cnidários, células-tronco intersticiais multi e pluripotentes foram identificadas apenas em hidrozoários. Portanto, atualmente não está claro se os sistemas de células-tronco de cnidários compartilham uma origem evolutiva comum. Portanto, objetivamos caracterizar genes marcadores de células-tronco conservados na anêmona-do-mar Nematostella vectensis. Por meio de genes repórteres transgênicos e transcriptômica de célula única, identificamos populações de células que expressam os marcadores associados à li-

nha germinativa piwi1 e nanos2 no soma e na linha germinativa, e o knockout do gene mostra que Nanos2 é indispensável para a formação da linha germinativa. Isso sugere que os genes nanos e piwi têm um papel conservado nas células-tronco somáticas e germinativas dos cnidários.

Imagem de microscópio de varredura a laser do corpo da anêmona do mar Nematostella vectensis.

A fluorescência vermelha (Nanos2) marca as células-tronco transgênicas putativas, a branca (DAPI) são todos os núcleos celulares e a amarela (EdU) aquelas células que estão ativamente envolvidas na síntese de DNA, portanto no ciclo celular como algumas das células-tronco

Pesquisadores da Universidade de Viena identificaram potenciais células-tronco multipotentes na anêmona-do-mar Nematostella vectensis, uma criatura conhecida por suas notáveis habilidades regenerativas e potencial imortalidade. Esta descoberta pode fornecer novos insights sobre a regulação de células-tronco e o processo de envelhecimento em humanos.

O estudo, publicado na Science Advances, revela que essas células-tronco são reguladas por genes que foram conservados ao longo da evolução. Em humanos, esses genes são tipicamente ativos apenas durante a formação de óvulos e espermatozoides. No entanto, em grupos de animais antigos como os cnidários, eles parecem conceder uma capacidade extraordinária de regeneração e potencialmente até mesmo a habilidade de escapar do envelhecimento.

As células-tronco desempenham um papel crucial na renovação constante de várias células e tecidos no corpo humano, incluindo células sanguíneas, pele e cabelo.

Texto * Universidade de Viena Fotos Andreas Denner, Science Advances, Ulrich Technau, Universidade de Viena

À medida que envelhecemos ou desenvolvemos certas doenças, nossas células-tronco podem perder sua capacidade de regeneração ou diminuir em número. Isso torna a pesquisa com células-tronco particularmente valiosa para aplicações biomédicas.

Enquanto humanos e a maioria dos vertebrados têm capacidades regenerativas limitadas, alguns grupos de animais possuem mecanismos de regeneração muito mais fortes. A anêmona-do-mar Nematostella vectensis é uma dessas criaturas, capaz de reprodução assexuada por brotamento e não mostra sinais de envelhecimento.

Usando uma técnica de ponta chamada “Single Cell Genomics”, a equipe de pesquisa identificou uma grande população de células na anêmona do mar que formam células diferenciadas, como células nervosas e células glandulares. Essas células são fortes candidatas para células-tronco multipotentes, que podem se desenvolver em vários tipos de células.

A equipe de especialistas, liderada pelo biólogo do desenvolvimento Ulrich Technau da Universidade de Viena, também descobriu que as anêmonas do mar (retratadas com um peixe-palhaço) são mais semelhantes às plantas do que aos vertebrados em sua regulação da expressão genética

Os biólogos evolucionistas acreditam que o genoma das anêmonas-do-mar inclui elementos semelhantes aos das moscas-das-frutas e outros sistemas animais, o que sugere que o tipo de regulação genética usada por elas tem cerca de 600 milhões de anos.

O primeiro autor Andreas Denner da Universidade de Viena explica: “Ao combinar análises de expressão gênica de células únicas e transgênese, agora conseguimos identificar uma grande população de células na anêmona do mar que formam células diferenciadas, como células nervosas e células glandulares, e são, portanto, candidatas a células-tronco multipotentes”.

As potenciais células-tronco identificadas no estudo expressam dois genes evolutivamente conservados: nanos e piwi.

Esses genes são conhecidos por permitir o desenvolvimento de células germinativas (espermatozoides e óvulos) em todos os animais, incluindo humanos.

Para investigar mais a fundo o papel desses genes, os pesquisadores usaram a tecnologia de edição genética CRISPR para mutar especificamente o gene nanos2 na anêmona-do-mar. Esse experimento provou que o gene é necessário para a formação de células germinativas nessas criaturas, espelhando sua função essencial em outros animais.

O pesquisador-chefe Ulrich Technau e sua equipe acreditam que essa função genética surgiu há cerca de 600 milhões de anos e foi preservada até hoje.

A descoberta desses mecanismos genéticos antigos em uma criatura potencialmente imortal levanta questões intrigantes sobre a natureza do envelhecimento e da regeneração.

Por que é importante: Entender os mecanismos por trás das habilidades regenerativas e da potencial imortalidade da anêmona-do-mar pode ter implicações de longo alcance para a saúde e a longevidade humanas.

Nematostella vectensis é retratada
Single Cell Genomics

( A ) Esquema de seção transversal e de corpo inteiro indicando tecidos e localização das células que expressam piwi 1 ::mOr. (A) O, polo oral; A, polo aboral; Ph, faringe; SF, filamento septal; CT, trato ciliado; GR, região gonadal. (Aa) EC, ectoderma; MG, mesoglea; ED, endomesoderma; PM, músculo parietal; RM, músculo retrator; Ooc, ovócitos; Spm, espermatozóides. ( B ) Pólipo piwi1 ::mOr juvenil. mOr é exibido em branco. ( C ) Seção através de uma faringe. ( D ) Mesentério juvenil. As setas marcam células piwi1 + acumulando-se no primórdio da gônada. ( E ) Trato ciliado de um mesentério adulto. ( F ) Células Piwi1 + concentradas na base do mesentério (pontas de seta), circundando o músculo parietal (laranja). ( G ) Seção óptica ao longo da base do mesentério mostrando células piwi1 + ao longo do músculo parietal; a linha pontilhada indica a base do mesentério. ( H a M ) Tipos de células Piwi1 ::mOr-positivas. (H) Neurônio. (I) Célula glandular. (J) Oócito. (K) Nematócito imaturo. (L) Nematócito maduro. (M) Espirócito. Para todas as imagens fluorescentes, 4’,6-diamidino-2-fenilindol (DAPI) é exibido em branco, e faloidina é exibida em amarelo

Ao estudar como esses animais antigos regulam suas células-tronco, os pesquisadores podem obter insights sobre maneiras de melhorar a função das células-tronco humanas, potencialmente levando a novos tratamentos para doenças relacionadas à idade ou até mesmo métodos para retardar o próprio processo de envelhecimento.

A identificação dessas células-tronco multipotentes na anêmona-do-mar abre novos caminhos para a pesquisa em medicina regenerativa e envelhecimento. Estudos futuros se concentrarão em investigar quais propriedades específicas das células-tronco da anêmona-do-mar são responsáveis por sua potencial imortalidade.

somáticas.

Essa pesquisa pode abrir caminho para novas abordagens para estender a expectativa de vida e, potencialmente, até mesmo a expectativa de vida humana.

À medida que os cientistas continuam a desvendar os mistérios da regulação das células-tronco em diferentes espécies,

Expressão do repórter Piwi1 em tipos de células

Modelo de trabalho da diferenciação de células-tronco de Nematostella

A presença de uma suposta célula-tronco multipotente capaz de se diferenciar em células germinativas e todos os tipos de células da linhagem neuroglandular é implicada pelos experimentos de rastreamento de linhagem usando proteínas repórter estáveis. A relação dessa população de células com células epiteliais diferenciadas e células musculares retratoras/parietais é atualmente incerta (indicada por setas tracejadas e pontos de interrogação). A expressão de nanos2* levando à linhagem de células germinativas indica que o gene é expresso em espermatogônias, mas não expresso em oogônias; no entanto, nanos2 é indispensável para a formação de células germinativas primordiais e permanece expresso em tipos de células somáticas adjacentes à gônada, como os trofócitos

podemos estar um passo mais perto de entender os processos fundamentais que regem o envelhecimento e a regeneração em todos os organismos vivos.

Andreas Denner, Julia Steger, Alexander Ries, Elizaveta Morozova-Link, Josefine Ritter, Franziska Haas, Alison G. Cole, Ulrich Technau. Nanos2 mar -

ca precursores de linhagens somáticas e é necessário para a formação da linha germinativa na anêmona-do-mar Nematostella vectensis.

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Esta é a prova de que o Sudário de Turim É real? Cientistas fazem descoberta surpreendente após analisar o tecido em que “Jesus foi enterrado”

Cientistas afirmam que o Sudário de Turim pode ser datado da época da vida de Jesus. Uma técnica de espalhamento de raios X de grande ângulo foi usada para re-datar o sudário. Especialistas fazem descoberta ‘inovadora’ onde Jesus realizou milagres

Um controverso sudário de linho — considerado por alguns como aquele em que Jesus foi enterrado — tem confundido o mundo por mais de séculos. Quando foi exibido pela primeira vez na década de 1350, o Sudário de Turim foi apresentado como o verdadeiro sudário usado para envolver o corpo mutilado de Cristo após sua crucificação.

Também conhecido como Santo Sudário, ele traz uma imagem tênue da frente e de trás de um homem barbudo, que muitos crentes acreditam ser o corpo de Jesus milagrosamente impresso no tecido.

Mas pesquisas na década de 1980 pareceram desmascarar a ideia de que ele era real após datá-lo da Idade Média, centenas de anos após a morte de Cristo. Agora, pesquisadores italianos que usaram uma nova técnica envolvendo raios X para datar o material confirmaram que ele foi fabricado na época de Jesus, cerca de 2.000 anos atrás

Eles dizem que o fato de as linhas do tempo se somarem dá credibilidade à ideia de que o padrão tênue e manchado de sangue de um homem com os braços cruzados na frente foi deixado pelo corpo morto de Jesus. A Bíblia afirma que José de Arimateia envolveu o corpo de Jesus em um lençol de linho e o colocou dentro do túmulo.

Mateus 27:59-60 diz: “Então José pegou o corpo e o envolveu em um lençol novo. Ele colocou o corpo de Jesus em um túmulo

novo que ele havia cavado em uma parede de rocha. Então ele fechou o túmulo rolando

uma pedra muito grande para cobrir a entrada. Depois que ele fez isso, ele foi embora”.

Fotos CNS/Paul Haring, Instituto de Cristalografia do Conselho Nacional de Pesquisa da Itália, Vatican News, Vatican.va
Sudário de Turim e o provável Rosto de Jesus Cristo

O pano funerário cativou a imaginação de historiadores, chefes de igrejas, céticos e católicos desde que foi apresentado ao público pela primeira vez na década de 1350.

O cavaleiro francês Geoffroi de Charny o deu ao reitor da igreja em Lirey, França, proclamando-o como o Santo Sudário.

Está preservado desde 1578 na capela real da catedral de San Giovanni Battista, em Turim, Itália. O tecido parece mostrar imagens tênues e amarronzadas na frente e no verso, retratando um homem magro, com olhos fundos, que tinha cerca de 1,70 a 1,80 m de altura.

As marcas no corpo também correspondem às feridas da crucificação de Jesus mencionadas na Bíblia, incluindo marcas de espinhos na cabeça, lacerações nas costas e hematomas nos ombros.

O sudário está preservado desde 1578 na capela real da catedral de San Giovanni Battista em Turim, Itália
O Papa Francisco rezando diante do Sudário de Turim

Historiadores sugeriram que a cruz que ele carregava nos ombros pesava cerca de 136 quilos, o que teria causado contusões.

A Bíblia afirma que Jesus foi chicoteado pelos romanos, alinhados com as lacerações nas costas, que também colocaram uma coroa de espinhos em sua cabeça antes da crucificação. Em 1988, uma equipe de pesquisadores internacionais analisou um pequeno pedaço do sudário usando datação por carbono e determinou que o tecido parecia ter sido fabricado em algum momento entre 1260 e 1390 d.C.

Essa técnica utilizou a decadência de um isótopo radioativo de carbono (14C) para medir a hora e a data de objetos contendo material contendo carbono. Alguns especialistas disseram que a autenticidade do linho não deve mais ser contestada, alegando que ele foi feito de linho cultivado no Oriente Médio e apresenta uma coroa de espinhos em forma de capacete no rosto do homem. No entanto, outros mantiveram a noção de que ele é falso devido à análise de datação por

Cientistas usaram uma técnica chamada espalhamento de raios X de grande ângulo para prever que a idade do Sudário de Turim está próxima de 2.000 anos

Pesquisadores italianos usaram uma técnica especial de raios X para observar como os fios do Sudário de Turim (na foto) envelheceram, revelando que ele foi fabricado na época de Cristo

A Bíblia afirma que José de Arimatéia envolveu o corpo de Jesus em um lençol de linho e o colocou em um túmulo novo

O Sudário de Turim, com 14 pés de comprimento, é apresentado como um envoltório usado para o corpo de Jesus após a crucificação, que mostra um padrão tênue e manchado de sangue de um homem com os braços cruzados na frente

O Sudário de Turim apresenta a imagem de um homem com olhos fundos, que especialistas analisaram sob diferentes filtros para estudá-lo

radiocarbono de 1988, conduzida em três laboratórios diferentes, que determinaram que ele tinha apenas sete séculos de idade.

Para o novo estudo, cientistas do Instituto de Cristalografia do Conselho Nacional de Pesquisa da Itália conduziram um estudo recente usando espalhamento de raios X de grande angular (WAXS).

A técnica mede o envelhecimento natural da celulose de linho e o converte em tempo desde a fabricação. A equipe estudou oito pequenas amostras de tecido do Sudário de Turim, submetendo-as a um raio X para descobrir pequenos detalhes da estrutura do linho e dos padrões de celulose.

A celulose é composta por longas cadeias de moléculas de açúcar ligadas entre si que

se quebram com o tempo, mostrando há quanto tempo uma peça de roupa ou tecido existe.Para datar o sudário, a equipe usou parâmetros específicos de envelhecimento, incluindo temperatura e umidade, que causam degradação significativa da celulose.

“Os perfis de dados eram totalmente compatíveis com medições análogas obtidas em uma amostra de linho cuja datação, de acordo com registros históricos, é de 55-74 d.C., encontrada em Massada, Israel [a famosa fortaleza de Herodes construída sobre um leito rochoso de calcário com vista para o Mar Morto]”, diz o estudo divulgado na Heritage. A equipe também comparou a mortalha com amostras de linho fabricadas entre 1260 e 1390 d.C., e não encontrou nenhuma que correspondesse.

“Para tornar o resultado atual compatível com o do teste de radiocarbono de 1988, o Sudário de Turn deveria ter sido conservado durante seus hipotéticos sete séculos de vida em uma temperatura ambiente secular muito próxima dos valores máximos registrados na Terra”, diz o estudo.

O autor principal, Dr. Liberato De Caro, disse em uma declaração que o teste de 1988 deveria ser considerado incorreto porque

Com base na quantidade de decomposição, a equipe determinou que o Sudário de Turim provavelmente foi mantido a temperaturas de cerca de 22,5 graus Celsius e umidade relativa de cerca de 55% por cerca de 13 séculos antes de chegar à Europa.

Se tivesse sido mantido em condições diferentes, o envelhecimento seria diferente.

Os pesquisadores então compararam a decomposição da celulose no sudário com outros tecidos encontrados em Israel que datam do primeiro século.

Estudos anteriores também usaram análise de raios X para confirmar que o linho usado para fazer o linho da mortalha (foto) foi cultivado no Oriente Médio
Especialistas afirmam que o Sudário de Turim (na foto) está manchado com o sangue de uma vítima de tortura
Os cientistas obtiveram pequenas amostras do Sudário de Turim (à esquerda) e as expuseram à radiação de raios X de grande ângulo para criar uma imagem da amostra de linho (à direita), que foi usada para datação

“amostras de tecido geralmente estão sujeitas a todos os tipos de contaminação, que não podem ser completamente removidas do espécime datado”. “Se o procedimento de limpeza da amostra não for realizado cuidadosamente, a datação por carbono-14 não será confiável”, acrescentou.

‘Este pode ter sido o caso em 1988, conforme confirmado por evidências experimentais que mostram que ao se mover da periferia em direção ao centro da folha, ao longo do lado mais longo, há um aumento significativo de carbono-14.’

Cientistas estudam o Sudário de Turim há muito tempo na esperança de resolver esse mistério secular.

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Mais de 170 artigos acadêmicos revisados por pares foram publicados sobre o misterioso linho desde a década de 1980, e muitos concluíram que ele era genuíno. Testes realizados na década de 1970 verificaram se as imagens foram feitas por meio de pintura, queima ou outros agentes, mas nada pôde ser confirmado. Outro grupo de especialistas do Instituto de Cristalografia anunciou em 2017 que havia encontrado evidências de que o sudário continha sangue de uma vítima de tortura.

Eles alegaram ter identificado substâncias como creatinina e ferritina, geralmente encontradas em pacientes que sofrem traumas violentos. As supostas descobertas contradizem alegações de que o rosto de Jesus foi pintado por falsificadores na época medieval.

O Sudário de Turim, que mede cerca de três metros por um metro e contém uma imagem levemente manchada de um homem que muitos acreditam ser Cristo
Um professor disse que as partículas encontradas contêm altos níveis de substâncias chamadas creatinina e ferritina, encontradas em pacientes que sofrem traumas violentos, incluindo tortura

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