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Belém recebe Conferência Estadual de Meio Ambiente e se prepara para a

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DIRETOR e PRODUTOR: Rodrigo Hühn; EDITOR: Ronaldo Gilberto Hühn; COMERCIAL: Alberto Rocha, Augusto Ribeiro, Rodrigo Silva, Rodrigo Hühn; DISTRIBUIÇÃO: Dirigida, Bancas de Revista; REDAÇÃO: Ronaldo G. Hühn; COLABORADORES*: Ascom Sesan, Biblioteca Pública de Ciências, Fapespa, Israel Pegado, Manuela Oliveira, Ministério do Turismo, PLoS Biology, Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas). SETUR; FOTOGRAFIAS: Alex Ribeiro/Ag. Parà, Aline Seabra - Ascom/Hemopa, Brian Gratwicke, Bruno Cecim/ Ag.Pará, Cássio Matos / Ag.Pará, Divulgação, Edward Donovan, Ingrid Maasik/ Shutterstock, Jader Paes, Marco Santos/ Ag.Pará, Matthew Sturchio, Michael Roggo, Ministério do Turismo, Pedro Guerreiro / Ag. Pará, Pedro Valdez/ Secom, Roni Moreira / Ag.Pará, Raphael Macedo, Unsplash, Wagner Pinheiro Jr; DESKTOP: Rodolph Pyle; EDITORAÇÃO GRÁFICA: Editora Círios

* Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores.

CAPA

Orla de Altamira. Altamira, garantindo a renovação no Mapa do Turismo Brasileiro, como destino turístico estruturado, ampliou as oportunidades para investimentos e fortalecimento da economia local. Foto: Wellyngton Coelho / Ag.Pará

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Hospital Público da Mulher do Pará é inaugurado e se torna referência na Região Norte

O hospital, que é a primeira unidade pública do Estado com atendimento especializado para mulheres, terá como diferencial o atendimento de urgência em casos de violência sexual e doméstica

No Dia Internacional da Mulher, um dos avanços mais significativos na saúde pública do Pará foi concretizado com a inauguração do Hospital Público da Mulher Senhora de Nazaré

A unidade, localizada na Avenida Gentil Bittencourt, no bairro de São Brás, em Belém, representa um marco na assistência especializada à saúde feminina, sendo a primeira instituição da Região Norte voltada exclusivamente para o atendimento da mulher.

A cerimônia de inauguração contou com a presença do governador Helder Barbalho, da vice-governadora Hana Ghassan, da primeira-dama Daniela Barbalho, do prefeito de Belém, Igor Normando, do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e outras autoridades.

Estrutura moderna e atendimento especializado

Com um investimento de mais de R$ 155 milhões, o hospital conta com 11 pavimentos e 120 leitos, sendo 100 destinados à internação e 20 para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A expectativa é atender cerca de 28 mil mulheres por mês, garan-

O Hospital Público da Mulher Senhora de Nazaré será exclusivamente para à saúde da população feminina paraense e mais um passo significativo no atendimento em saúde especializado para a população feminina. Oferece 11 pavimentos, com 120 leitos, sendo 100 para internação e 20 exclusivos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI)

tindo suporte especializado de média e alta complexidade. A unidade oferece diversas especialidades, incluindo ginecologia, mastologia, cirurgia geral, cirurgia plástica reparadora, proctologia, cirurgia vascular,

urologia e neurologia. Além disso, disponibiliza exames de diagnóstico avançados, como mamografia, ressonância magnética, tomografia e densitometria óssea, promovendo um atendimento mais ágil e eficiente.

Durante o evento, o governador destacou o impacto positivo que a nova unidade trará para a população feminina do estado

No dia Internacional da mulher viemos entregar o mais importante equipamento público de saúde da história desse Estado, voltado exclusivamente à saúde das mulheres paraenses

Atendimento humanizado e acolhimento a vítimas de violência

O Hospital Público da Mulher também se destaca por ser o primeiro da Região Norte a oferecer atendimento de urgência e emergência especializado para mulheres vítimas de violência doméstica e sexual. A unidade conta com um ambulatório específico para acolher essas pacientes, garantindo suporte psicológico e médico adequado, além de realizar cirurgias reparadoras para tratar sequelas físicas decorrentes de agressões.

Para a professora Creuza Lopes, a nova unidade representa um avanço histórico. “Durante muito tempo, nós, mulheres, fomos esquecidas, especialmente as que estão em situação de vulnerabilidade. Ter um hospital desse porte à nossa disposição é um grande alívio, pois saberemos que teremos um atendimento de qualidade e gratuito”, celebrou.

“Hoje, no Dia Internacional da Mulher, nada poderia ser mais efetivo para nós mulheres do que a entrega do Hospital da Mulher “Senhora de Nazaré”. atendimento de urgência e emergência, diagnóstico para nossas mulheres atuarem de forma preventiva no cuidado à saúde. Também temos centro cirúrgico para atendimento daquela que precisa efetivamente de um processo de tratamento. Temos ressonância magnética, mamografia, ultrassonografia, teste ergométrico, só para citar os principais equipamentos que nós temos aqui, que como eu disse, são de última geração. Esse é um dos hospitais mais modernos do Brasil, feito exclusivamente para cuidar das nossas mulheres”, reforçou a vice-governadora

Atendendo mais de 20 especialidades, entre ginecologia, mastologia, cirurgia geral, o Hospital da Mulher do Pará foi construído em uma estrutura moderna e tecnológica e oferecerá aproximadamente 40 procedimentos entre exames, cirurgia geral e ginecológica

Novas tecnologias e inovações médicas

O hospital também inovou ao oferecer um ambulatório exclusivo para o tratamento de doenças que afetam majoritariamente mulheres, como endometriose, fibromialgia e gigantomastia. Outra novidade é a estrutura do bloco cirúrgico, equipado com quatro salas com mesas cirúrgicas radiotransparentes, essenciais para procedimentos de alta complexidade. A nutricionista Danielle Andrade, usuária do serviço público de saúde, destacou a relevância da unidade para as mulheres paraenses. “Minhas expectativas são as melhores possíveis: atendimento especializado, profissionais qualificados e, acima de tudo, um espaço que compreenda as particularidades da saúde feminina”, comentou.

Entrega da 24ª Agência Transfusional do Hemopa

Nova unidade reforça a rede de hemoterapia do estado e garante atendimento 24h para pacientes do Hospital Público da Mulher do Pará

Durante a inauguração, o governo do estado também entregou a 24ª Agência Transfusional (AT) do Hemopa, garantindo atendimento 24 horas para pacientes que necessitam de suporte hemoterápico. A nova estrutura fortalece a rede de hemoterapia e hematologia do estado, ampliando a segurança e a agilidade no atendimento.

O presidente do Hemopa, Paulo Bezerra, ressaltou a importância da descentralização dos serviços de hemoterapia. “A abertura dessa agência dentro do Hospital da Mulher representa um grande avanço. Agora, as pacientes que precisarem de transfusão terão acesso rápido e seguro ao tratamento”, destacou.

O Governo do Pará, por meio da Fundação Centro de Hemoterapia e Hematologia do Pará (Hemopa), entregou a Agência Transfusional (AT) do Hospital da Mulher do Pará, fortalecendo os serviços de hemoterapia em uma das mais tradicionais instituições de saúde do Estado. A solenidade aconteceu no Hospital Público da Mulher do Pará, em Belém, e contou com a presença do governador Helder Barbalho, da vice-governadora Hana Ghassan, da primeira-dama Daniela Barbalho, do prefeito de Belém, Igor Normando, do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e do presidente da Fundação Hemopa, Paulo Bezerra.

Nova unidade reforça a rede de hemoterapia do estado e garante atendimento 24h para pacientes do Hospital Público da Mulher do Pará

Impacto para a saúde pública e perspectivas futuras

Com a inauguração do Hospital Público da Mulher, o Governo do Pará dá um passo significativo na ampliação da rede de saúde do estado. O governador Helder Barbalho reforçou o compromisso da gestão em continuar investindo no setor. “Essa é uma conquista histórica para o Pará. Seguiremos ampliando o acesso à saúde pública de qualidade

para todas as mulheres do estado”, afirmou. A secretária de Estado de Saúde Pública, Ivete Vaz, enfatizou a importância da nova unidade. “Nosso objetivo é garantir um atendimento humanizado e eficaz. Esse hospital chega para transformar a realidade da saúde feminina no Pará, oferecendo serviços especializados de forma gratuita e acessível”, pontuou.

A inauguração do Hospital Público da Mulher Senhora de Nazaré simboliza um avanço sem precedentes na assistência à

saúde da mulher na Região Norte. Com uma estrutura moderna, atendimento especializado e tecnologias avançadas, a unidade se consolida como referência para o estado e para o Brasil.A expectativa agora é que o hospital atenda de forma eficiente a população feminina, promovendo mais segurança e qualidade de vida para as mulheres paraenses. Com isso, o Pará reforça seu compromisso com a inclusão e o bem-estar da população, garantindo avanços significativos no setor da saúde pública.

Prefeitura participa da entrega do Hospital Público da Mulher

Prefeitura de Belém esteve presente no ato de entrega do importante equipamento público e que contribui para o fortalecimento da saúde do município

No Dia Internacional da Mulher, um presente especial para as mulheres de Belém e do Pará.

O primeiro Hospital Público da Mulher na região Norte, localizado na capital paraense, foi inaugurado na manhã deste sábado (08), com a presença do prefeito de Belém, Igor Normando, entre outras autoridades do município.

Construído pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (Sespa), a unidade representa um investimento de mais de R$ 155 milhões e está localizada na Avenida Gentil Bittencourt, na região central da cidade. A expectativa é de que 28 mil mulheres sejam atendidas mensalmente na mais recente unidade.

“O Hospital da Mulher é o maior e mais tecnológico aparelho de saúde de todo o nosso país. Isso mostra o compromisso do governo do Estado com a nossa cidade e o nosso Estado. Aproveito esse momento para parabenizar todas as mulheres por esse dia e dizer que, no nosso governo, a Prefeitura de Belém é uma das capitais onde mais mulheres ocupam cargos de chefia. Isso mostra que a valorização das mulheres não é só discurso, mas, fundamentalmente, uma prática”, pontuou o prefeito de Belém, Igor Normando.

Reforço na saúde pública

O Hospital Público da Mulher oferece para as mulheres de Belém, atendimento es-

pecializado de média e alta complexidade. A unidade conta com 11 pavimentos e 120 leitos, sendo 100 para internação e 20 para Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Entre as especialidades ofertadas estão: ginecologia, mastologia, cirurgia geral, cirurgia plástica reparadora, proctologia, cirurgia vascular, urologia e neurologia, além de exames como mamografia, ressonância magnética, tomografia e densitometria óssea.

Um dos diferenciais do hospital é o atendimento de urgência e emergência para as vítimas de violência sexual e doméstica, garan-

tindo um ambiente seguro e acolhedor para mulheres em situação de vulnerabilidade.

“O Governo do Pará dá uma demonstração de como é possível fazer uma política pública que permita que as mulheres se sintam valorizadas todos os dias e não apenas no dia 8 de março. Estamos muito orgulhosos e felizes porque esta é uma ação efetiva para mudar e transformar as vidas das pessoas”, frisou o governador Helder Barbalho.

A cerimônia também contou com a presença do representante do Governo Federal, Alexandre Padilha, ministro da Saúde...

Um dos diferenciais do hospital é o atendimento de urgência e emergência para as vítimas de violência sexual e doméstica
Prefeito de Belém, Igor Normando, participou da entrega do Hospital Público da Mulher
Texto Fotos Wagner Pinheiro Jr

Mapa do Turismo tem nova nomenclatura para a categorização das cidades

Com a mudança, as localidades passam a ser denominadas como “municípios turísticos”, “municípios com oferta turística complementar” e “muni -

cípios de apoio ao turismo”. A mudança atende às diretrizes da Nova Lei Geral do Turismo e do Plano Nacional do Turismo 2024-2027

Texto e Fotos Ministério do Turismo

No último dia 6/03 ocorreu a atualização dos nomes das categorias das cidades que fazem parte do Mapa do Turismo Brasileiro, alinhando-se assim à sua vocação turística. Antes identificadas pelas letras A, B, C, D e E, as localidades agora serão agrupadas em três novas categorias: “municípios turísticos”, “municípios com oferta turística complementar” e “municípios de apoio ao turismo”. Essa mudança está em conformidade com as diretrizes da Nova Lei Geral do Turismo e do Plano Nacional do Turismo 2024-2027, destacando nosso compromisso com o desenvolvimento sustentável e estratégico do setor nos próximos anos.

“A nova nomenclatura representa um avanço importante para o setor. Com critérios mais claros e alinhados à realidade de cada município, conseguiremos direcionar melhor as políticas públicas, fortalecer os destinos e impulsionar o turismo de forma mais estratégica. O objetivo é que que cada cidade receba o suporte adequado para desenvolver seu

Para integrar o Mapa, o município deve atender aos seguintes critérios:

* Possuir uma secretaria ou departamento de Turismo;

* Contar com uma Lei Orçamentária específica;

* Ter prestadores de serviços turísticos cadastrados no CADASTUR;

* Manter um Conselho Municipal de Turismo ativo;

* Assinar um termo de compromisso;

* Preencher a aba de atividades turísticas no sistema.

potencial e gerar ainda mais oportunidades para a economia e a população”, destacou o ministro do Turismo, Celso Sabino. Os “municípios turísticos”, que atualmente estão classificados nas categorias A e B do Mapa do Turismo, são aqueles que recebem os maiores volumes de visitantes e oferecem as principais atrações e serviços do setor. Por outro lado, os “municípios com oferta turística complementar” (anteriormente nas categorias C e D) apresentam atrativos e serviços que enriquecem a oferta da região. Já os “municípios de apoio ao turismo” (atualmente na categoria E) não possuem um fluxo turístico significativo ou apresentam apenas um movimento reduzido, mas se beneficiam dessa atividade ao fornecer mão de obra, serviços ou produtos relacionados ao setor para as cidades com oferta complementar.

A adesão ao Mapa está disponível para qualquer município brasileiro que cumpra os critérios estabelecidos em um Ato Normativo do Ministério do Turismo, desenvolvido em colaboração com as Unidades da Federação. Os estados e o Distrito Federal têm a possibilidade de incluir requisitos adicionais, que também precisam ser seguidos. Essa ferramenta é fundamental para acompanhar o desempenho econômico do turismo nas cidades. Além disso, ela oferece suporte para a formulação de políticas públicas e para a alocação de recursos federais.

Os municípios interessados em se integrar a uma região turística no Mapa do Turismo Brasileiro devem preencher o cadastro por meio do sistema eletrônico, disponível em www.sistema.mapa.turismo.gov.br.

Ministro do Turismo, Celso Sabino

Pará amplia presença no Mapa do Turismo Brasileiro

O Estado passa, com mais cinco municípios, a contar com 65 municípios reconhecidos oficialmente como destinos turísticos estruturados, ampliando as oportunidades para investimentos e fortalecimento da economia local

ASecretaria de Estado de Turismo (Setur) celebrou novos avanços no Programa de Regionalização do Turismo ao garantir a presença de mais cinco municípios no Mapa do Turismo Brasileiro. Com as atualizações de fevereiro, o Estado passa a contar com 65 municípios reconhecidos oficialmente como destinos turísticos estruturados, ampliando as oportunidades para investimentos e fortalecimento da economia local.

Entre os municípios que tiveram sua renovação garantida no Mapa estão Altamira, na Região Turística do Xingu, e Tucuruí, na Região Turística do Lago de Tucuruí.

A permanência desses destinos no mapeamento demonstra a continuidade dos esforços para consolidar o turismo como motor de desenvolvimento econômico e social.

Secretário de turismo, Eduardo Costa
Texto *Israel Pegado Fotos Alex Ribeiro / Ag. Pará, Divulgação, Roni Moreira / Ag.Pará
Orla de Altamira garantiu a renovação no Mapa

As inclusões de Curuá (Região Turística Rio Amazonas), Mãe do Rio (Região Turística do Capim) e São Sebastião da Boa Vista (Região Turística das Florestas do Marajó) representam conquistas inéditas, fortalecendo o turismo em diferentes regiões.

Segundo o Secretário de turismo, Eduardo Costa, os destinos turísticos mais procurados do Pará, são: Belém, que vai receber a COP 30, Soure e Salvaterra, no Marajó; Salinópolis, banhada pelo Oceano Atlântico; e Santarém e Alter do Chão, no oeste paraense.

O gerente de Estruturação dos Destinos Turísticos da Setur e interlocutor estadual do Programa de Regionalização do Turismo, Hugo Almeida, destacou a importância dessa ampliação. “O sucesso da inclusão dos municípios no Mapa do Turismo Brasileiro é um reflexo direto do esforço conjunto entre a Setur e as prefeituras municipais. Isso demonstra que esses destinos estão organizados e aptos à captação de recursos do Ministério do Turismo para investimentos em infraestrutura urbana, eventos culturais, promoção do destino e capacitação profissional”, afirmou.

O Mapa do Turismo Brasileiro é um instrumento fundamental para o planejamento do setor, servindo como referência à implementação de políticas públicas e investimentos estratégicos. Para integrar o Mapa, os municípios devem atender a requisitos estabeleci-

dos pela Portaria nº 41, de 24 de novembro de 2021, do Ministério do Turismo, incluindo a existência de um órgão municipal de turismo, dotação orçamentária destinada ao setor, prestadores de serviços incluídos do Cadastur e um Conselho Municipal de Turismo ativo.

O Mapa do Turismo Brasileiro é um instrumento fundamental para o planejamento do setor
Tucuruí também permanece como destino turístico

Apoio

A Setur, por meio do Programa Estadual de Apoio à Gestão Municipal, presta assessoria técnica para garantir que os municípios atendam a todos os critérios necessários.

A Secretaria também acompanha o processo de análise e aprovação dos registros, que são posteriormente enviados ao Ministério do Turismo para certificação. O registro no Mapa tem validade de um ano e pode ser renovado continuamente.

Para garantir a qualificação dos municípios no setor turístico, a Setur promove ainda ações contínuas de capacitação, como os Seminários de Regionalização do Turismo, que sensibilizam gestores municipais e fortalecem a governança turística local.

Com a ampliação da presença paraense no Mapa do Turismo Brasileiro, o Estado reafirma seu compromisso em estruturar e promover seus destinos, gerando desenvolvimento econômico e novas oportunidades para as comunidades envolvidas no setor.

A atualização periódica do Mapa do Turismo Brasileiro possibilita que os municípios progridam em suas categorias, incentivando melhorias constantes em infraestrutura,

atrativos e governança. A Setur oferece assessoramento técnico e valida os registros no Sistema de Informações do Mapa do Turismo Brasileiro (Sismapa), garantindo a inclusão e certificação dos municípios junto ao Ministério do Turismo. Esse avanço reforça o papel estratégico do turismo no

Pará, promovendo crescimento sustentável e valorizando as identidades regionais, além de posicionar o Estado como um dos grandes destinos turísticos do Brasil.

A categorização considera critérios como empregos formais no setor, fluxo de turistas, arrecadação de impostos e serviços turísticos registrados
(*) SETUR <<

Prefeitura de Belém prioriza zeladoria e gestão de resíduos urbanos para enfrentar desafios ambientais

APrefeitura de Belém tem reforçado suas ações de zeladoria e gestão de resíduos sólidos com iniciativas estruturadas para enfrentar os desafios urbanos, especialmente no período chuvoso e de maré alta. As medidas implementadas pela Secretaria de Zeladoria e Conservação Urbana (Sezel) buscam prevenir alagamentos, combater o descarte irregular de lixo e melhorar a qualidade de vida da população através da limpeza de canais, instalação de ecopontos e apoio às cooperativas de recicláveis.

Intensificação da limpeza dos canais no

período de chuvas

Com a chegada do inverno amazônico, caracterizado por chuvas intensas combinadas com marés altas, a Prefeitura intensificou a limpeza e o desassoreamento dos canais urbanos. Desde janeiro, vários pontos da cida-

O combate aos alagamentos tem sido feito com a desobstrução dos canais, a limpeza e hidrojateamento de caixas e bocas de lobo, a troca de tampas danificadas de poços e a limpeza do meio fio

Prefeitura de Belém intensifica os trabalhos de limpeza dos canais no mês de março. Desde janeiro, diversos pontos da cidade passaram por serviços de manutenção, retirada de lixo e desassoreamento

de passaram por manutenção, retirada de lixo e remoção de entulhos para evitar alagamentos. A secretária de Zeladoria e Conservação Urbana, Thayta Martins, enfatiza que o trabalho é essencial para manter a cidade limpa e segura. “A limpeza dos canais é um serviço contínuo que reduz a proliferação de vetores de doenças, melhora a drenagem e evita prejuízos à infraestrutura urbana. Seguimos um plano rigoroso para garantir a segurança da população e mitigar os impactos do inverno amazônico”, destacou.

Na última semana, equipes da Sezel atuaram na limpeza do Canal da Quintino, na avenida Apinagés, onde um contêiner inteiro de lixo foi removido. Outras frentes de trabalho foram mobilizadas para realizar o hidrojateamento de galerias pluviais e a limpeza de bocas de lobo na avenida Marechal Hermes, prevenindo o acúmulo de água nos principais pontos de alagamento da cidade.

Mapeamento e microdrenagem para prevenir alagamentos

Além da remoção de resíduos, a Prefeitura também iniciou um mapeamento detalhado das áreas mais críticas, especialmente nas transversais da avenida Doca de Souza Franco, como as ruas Manoel Barata e Jerônimo Pimentel. As ações incluem vistorias técnicas para avaliar a necessidade de instalação de novos bueiros e bocas de lobo para aprimorar a drenagem urbana. O secretário-executivo de Manutenção Urbana, Miguel Rodrigues, reforça a importância desse trabalho. “Estamos desobstruindo redes de drenagem pluvial, trocando tampas de poços e realizando limpezas preventivas em áreas propensas a inundações. Essa abordagem integrada visa proporcionar mais segurança e mobilidade para os cidadãos”, explicou.

Mapeamento das áreas mais críticas, especialmente nas transversais da avenida Doca de Souza Franco, com foco nas ruas Manoel Barata e Jerônimo Pimentel. Essas áreas enfrentam alagamentos recorrentes devido à combinação de chuvas intensas e maré alta

Ecopontos como estratégia contra o descarte irregular

Uma das principais iniciativas da Prefeitura para combater o descarte irregular de lixo é a implantação de ecopontos. O primeiro deles, localizado no Canal São Joaquim, no bairro da Maracangalha, já está em funcionamento, recebendo entulhos, plástico, papel, vidro e óleo de cozinha. O serviço é gratuito e está disponível de segunda a sábado, das 8h às 17h. Ao todo, serão instalados 16 ecopontos estrategicamente distribuídos nas áreas mais afetadas pelo descarte irregular. Segundo a Sezel, a escolha das localizações seguiu um estudo que identificou 202 pontos críticos de despejo ilegal de resíduos. “Nosso objetivo é mitigar o impacto ambiental e oferecer à população alternativas seguras para o descarte adequado de materiais”, destacou Thayta Martins.

Apoio às cooperativas e educação ambiental

Outra medida para fortalecer a gestão de resíduos urbanos é o incentivo às cooperativas de catadores. A Prefeitura está reformando a sede da Concaves (Cooperativa dos Catadores de Materiais Recicláveis), localizada no bairro da Condor, para ampliar a capacidade de triagem e reciclagem dos materiais coletados nos ecopontos e nos Locais de Entrega Voluntária (LEVs). A previsão é que até a Conferência do Clima da ONU (COP-30), em 2025, a cidade já conte com cinco ecopontos em funcionamento. Paralelamente, campanhas educativas serão promovidas para conscientizar a população sobre a importância da destinação correta do lixo e os benefícios da reciclagem para a sustentabilidade ambiental.

Ecoponto São Joaquim é o primeiro dos 16 espaços que serão instalados em diferentes áreas de Belém para descarte de lixo e entulho
Sede da cooperativa de catadores Concaves passa por reforma para receber, triar e promover a reciclagem e reaproveitamento de materiais

Disque Entulho: um serviço gratuito para a população

Além dos ecopontos, a Prefeitura também disponibiliza o serviço de Disque Entulho, que permite o recolhimento gratuito de até um metro cúbico de resíduos volumosos, como restos de poda e pequenas reformas. Essa iniciativa busca atender especialmente a população de baixa renda, que muitas vezes não tem condições de contratar serviços privados de remoção de entulho.

O contrato de concessão da limpeza pública, com vigência de 30 anos, prevê investimentos contínuos em infraestrutura, educação ambiental e ampliação dos serviços.

“Nosso compromisso é tornar Belém uma cidade mais limpa, resiliente e preparada para os desafios ambientais. A população também tem um papel essencial nesse processo, seja ao descartar corretamente seus resíduos, seja ao participar das iniciativas de reciclagem e conservação urbana”, concluiu Thayta Martins. Com essas medidas, a Prefeitura de Belém dá um passo importante na construção de uma cidade mais organizada e ambientalmente responsável, garantindo mais qualidade de vida para seus moradores e avançando no compromisso de gestão eficiente dos resíduos urbanos.

Planejamento a longo prazo para uma Belém mais limpa

e resiliente

As ações da Sezel fazem parte de um planejamento de longo prazo, que inclui a modernização da limpeza urbana e a implementação de soluções sustentáveis para a gestão de resíduos.

Nos próximos dias, com a implementação dos 22 Locais de Entrega Voluntária, os LEVs –que são recipientes de coleta de lixo seco –, as cooperativas da capital deverão receber o que for coletado nos LEVs. Haverá ações educativas para uso desses espaços pela população
O vice-prefeito Cassio Andrade e o prefeito Igor Normando em frente aos LEVs
Sesan abre Disk Entulho para população solicitar serviço de coleta gratuito, em Belém

Escola Agropalma celebra aprovações de diversos alunos no vestibular

Em 2025, dos 15 estudantes que fizeram o Enem, sete conquistaram vagas em universidades públicas do Pará e de outras regiões do Brasil

AEscola Agropalma, instituição educacional localizada em Tailândia, no nordeste do Pará, anuncia as aprovações de seus alunos no ensino superior em 2025. Dos 15 estudantes que realizaram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2024, sete conquistaram vagas em universidades públicas do Pará e de outras regiões do Brasil. A instituição, que possui 39 anos de história e mais de 400 estudantes atendidos, fornece educação de qualidade sem custos aos filhos dos funcionários da empresa e para jovens e crianças das comunidades do seu entorno.

Alunos da educação infantil ao ensino médio atendidos pela Escola, por meio de conceituadas metodologias de educação, contam ainda com uma estrutura física moderna e bem equipada composta por salas de aula amplas e arejadas, laboratório de ciências e computação, biblioteca, quadra poliesportiva e playground. A instituição oferece atividades extracurriculares, como aulas de música, dança, teatro e esportes, entre outras. Chrystianne Corrêa, diretora da Escola Agropalma, destaca que esse resultado é fruto de um trabalho pedagógico sólido e estruturado.

A partir de 2020, adotamos um material didático focado no Enem para garantir um melhor desempenho dos nossos alunos
Desde 1986 a Escola Agropalma atende filhos de trabalhadores da empresa em Tailândia
Fotos Divulgação

“Em 2025, a preparação está sendo ainda mais intensa, com simulados para os estudantes do 2º ano do ensino médio e uma rotina reforçada de estudos para os alunos do 3º ano, que inclui aulas regulares no período da tarde e um intensivo Enem pela manhã, além de quatro simulados ao longo do ano”, acrescenta Chrystianne.

“Além da escola, temos reforçado outras ações de cunho educacional, como os cursos técnicos de capacitação profissional de curta duração em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) para pessoas que residem em Tailândia”, explica Marcella Novaes, diretora Administrativa da Agropalma.

Aprovações

Entre os aprovados está Maycon Carvalho dos Santos, que conquistou vagas nos cursos de Física na Universidade Federal do Pará (UFPA) e de Engenharia Química na Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA). Filho da colaboradora Zilvania Santos, que atua na área Agrícola da Agropalma, Maycon entrou na Escola Agropalma em 2019. “Ver meu filho ingressando em uma universidade pública é a realização de um sonho”, comemora Zilvania.

“A Escola Agropalma teve um papel fundamental nessa conquista, oferecendo um ensino forte e incentivando os alunos a acreditarem no seu potencial. Sou extremamente grata a todos os professores e à instituição. Sem dúvida, é a melhor escola da região.”

Segundo Chrystianne, a Escola Agropalma reafirma seu compromisso de transformar vidas por meio da educação e acredita que este é só o começo de muitas conquistas. “Esses são apenas os primeiros resultados. Esperamos mais aprovações nas próximas chamadas”.

Sobre a Agropalma

A Agropalma é uma empresa brasileira reconhecida em todo o mundo como referência na produção sustentável de soluções com

óleo de palma. Sua trajetória começou em 1982, no município de Tailândia, e sua atuação perfaz toda a cadeia produtiva, da fabri-

cação de mudas ao óleo refinado e gorduras especiais às soluções de alto valor agregado, incluindo produtos orgânicos. Atualmente, a companhia conta com seis indústrias de extração de óleo bruto, duas refinarias e um terminal de exportação alfandegado, e emprega cerca de 5 mil colaboradores.

A Agropalma também foi pioneira em implementar, há mais de 20 anos, um programa de Agricultura Familiar com palma, que beneficia hoje 272 agricultores parceiros. Guiada pelo compromisso com o planeta e as pessoas, a empresa segue avançando em suas práticas para tornar a palma sustentável uma referência brasileira. Para mais informações, acesse: www. agropalma.com.br

Alunos da educação infantil ao ensino médio atendidos pela Escola, por meio de conceituadas metodologias de educação
Referência na produção sustentável de soluções com óleo de palma
Agricultura Familiar com palma, beneficia hoje 272 agricultores familiares parceiros

Pará se destaca no Encontro Anual “Educação Já 2025” e apresenta avanços históricos no IDEB

Tradicional evento promovido pela organização Todos pela Educação debateu, em São Paulo, avanços e as melhorias das políticas públicas educacionais do país

OEstado do Pará tem se consolidado como referência nacional na educação pública, e essa evolução ficou evidente no “Encontro Anual Educação Já 2025”, evento promovido pela organização Todos Pela Educação, que reuniu lideranças políticas, especialistas e gestores educacionais em São Paulo. O governador Helder Barbalho e o Secretário de Educação do Estado, Rossieli Soares, apresentaram as políticas públicas que resultaram na ascensão do Pará ao 6º lugar no ranking nacional do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), um salto de 20 posições em relação à edição anterior.

Avanços e estratégias para transformar a educação

Helder Barbalho enfatizou o compromisso do governo estadual em melhorar a educação pública através de ações estruturais, como a valorização dos professores e o combate à evasão escolar. “Hoje pagamos o melhor salário médio do Brasil aos professores, investimos na mobilização de alunos para evitar a evasão escolar e moder-

nizamos nossas escolas. Também criamos um programa habitacional que bonifica os melhores alunos, gerando conexão entre a comunidade escolar e incentivando o enga-

jamento”, destacou.O impacto dessas políticas pôde ser comprovado pelos dados do IDEB, que revelaram um crescimento histórico de 1,3 ponto no Ensino Médio entre 2021 e 2023, atingindo a marca de 4,3, o maior aumento já registrado pelo Estado. O ministro da Educação, Camilo Santana, reconheceu o feito: “O desempenho do Pará é impressionante e mostra que resultados expressivos exigem planejamento e continuidade nas ações”.

Além disso, programas como a ampliação do ensino em tempo integral e investimentos em infraestrutura nas escolas estaduais foram apontados como fatores essenciais para essa evolução. O governo estadual reforçou que a educação é prioridade e que as políticas implementadas nos últimos anos continuarão sendo aprimoradas para garantir avanços ainda mais significativos no futuro.

Helder Barbalho destacou a importância da valorização dos professores e da modernização das escolas, e de combater a evasão escolar e ressaltou as políticas públicas que fizeram o Pará alcançar um crescimento histórico no Ideb 2023
O governador Helder Barbalho apresentou, na quinta-feira (13/03, em São Paulo (SP), as políticas públicas desenvolvidas pelo Estado que fizeram o Pará subir 20 posições e ter o 6º melhor ensino no ranking nacional de educação
Fotos Divulgação, Marco Santos / Ag. Pará

Educação

climática como diferencial do Pará

Durante o evento, o secretário Rossieli Soares participou do painel “Crise Climática e a Educação”, onde apresentou a iniciativa pioneira do Pará na implementação da Educação Ambiental como componente curricular obrigatório em toda a rede estadual. “O Pará tem a maior política de desenvolvimento do pensamento e práticas ambientais do Brasil. Desde 2024, todas as escolas estaduais oferecem aulas semanais de educação ambiental, promovendo o engajamento dos alunos na discussão de temas fundamentais para a região amazônica”, afirmou Soares. Essa abordagem tem um significado especial, considerando que o Estado sediará a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30) em 2025. Para fortalecer ainda mais a iniciativa, o governo es-

*Instituição do componente curricular obrigatório de Educação Ambiental;

*Programa de alfabetização ambiental para os primeiros anos do Ensino Fundamental;

*Repasse de recursos para sustentabilidade através do programa “Dinheiro na Escola Paraense”;

tadual desenvolveu um conjunto de ações voltadas para a sustentabilidade, incluindo:

Além dessas ações, o governo estadual está promovendo parcerias com universidades e organizações ambientais para criar novos conteúdos pedagógicos que ampliem a consciência ecológica dos estudantes. A meta é formar uma geração de cidadãos engajados na preservação do meio ambiente e preparados para lidar com os desafios climáticos globais.

Todos Pela Educação e o compromisso com o futuro

O Encontro Anual Educação Já é uma das principais iniciativas promovidas pela organização Todos Pela Educação, um movimento apartidário fundado em 2006 com a missão de engajar a sociedade na luta por uma educação básica de qualidade. O evento de 2025 abordou temas cruciais, como a liderança política na educação, a ciência da implementação educacional e o impacto das mudanças climáticas nas políticas públicas de ensino.

Além disso, outros estados demonstraram interesse nas iniciativas paraenses, especialmente nas estratégias de combate à evasão escolar e no fortalecimento da rede de ensino em tempo integral. A experiência do Pará tem sido observada por gestores educacionais de todo o Brasil como um modelo de políticas públicas bem-sucedidas, capazes de gerar impacto positivo e duradouro na formação dos estudantes.

A presença do Pará no Encontro Anual Educação Já 2025 foi marcada por reconhecimento e inspiração. O salto histórico no IDEB e a inovação na educação climática demonstram que o Estado está no caminho certo para consolidar um ensino de qualidade e alinhado às demandas do século XXI. Com políticas públicas eficazes e investimento contínuo, o Pará se posiciona como um dos grandes modelos de gestão educacional no Brasil.

*Criação do Centro de Sustentabilidade Ambiental da Educação Básica (CISEB);

*Premiação de escolas com melhores práticas de Educação Ambiental;

*Programa “Reflorestando Mentes”, que visa formar jovens líderes ambientais.

A participação do Pará no evento reforça o protagonismo do Estado na construção de uma educação inovadora e alinhada com as demandas globais. “Nosso objetivo é garantir que os alunos tenham não apenas acesso à educação, mas que saiam da escola preparados para os desafios do mundo moderno. A transformação está em curso, e queremos que o Pará continue sendo referência no setor”, finalizou Rossieli Soares.

As expectativas para os próximos anos são de continuidade e aperfeiçoamento das políticas já implementadas. A meta do governo estadual é consolidar o ensino de tempo integral em 100% das escolas estaduais até 2030, garantindo que todos os alunos tenham acesso a um ambiente escolar que promova aprendizado de qualidade, desenvolvimento socioemocional e preparação para o mercado de trabalho.

Além disso, novas parcerias com instituições nacionais e internacionais estão sendo negociadas para ampliar a capacitação dos professores, promover intercâmbios educacionais e fortalecer ainda mais a infraestrutura das escolas. Dessa forma, o Pará segue como referência em inovação educacional e desenvolvimento sustentável no Brasil

Secretário de Estado de Educação do Pará (Seduc), Rossieli Soares
Presente no evento, o ministro da Educação Camilo Santana destacou o desempenho histórico obtido pelo Governo do Pará no Ideb. “Impressionante e importante o desempenho do Pará no Ideb. Vai ao encontro do que defendemos, que os resultados só vêm em trabalho de médio e longo prazo”

Belém recebe Conferência

Estadual de Meio Ambiente e se prepara para a COP30

Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, participou da Conferência

Estadual de Meio Ambiente, promovida pelo Governo do Pará

Na quinta-feira 13/03, Belém foi palco da Conferência Estadual de Meio Ambiente, evento promovido pelo Governo do Pará por meio da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas). A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, participou do encontro, destacando a importância do Pará na formulação de estratégias ambientais e reforçando que a COP30, que será realizada em novembro na capital paraense, será “a COP das COPs”.

Pará como protagonista nas discussões ambientais

Durante a conferência, Marina Silva ressaltou o engajamento do estado nas conferências municipais, regionais e estadual, que geraram mais de 600 propostas voltadas para a sustentabilidade e combate às mudanças climáticas.

“O Pará tem sido um dos estados mais ativos na formulação de soluções para a emergência climática, e essa mobilização social é essencial para garantir a implementação de medidas eficazes”, afirmou a ministra.

A etapa estadual consolidou 20 propostas que serão levadas à 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente, em maio, em Brasília. Entre os principais temas debatidos, destacam-se a justiça climática, a educação ambiental e a necessidade de financiamento internacional para a conservação da Amazônia.

COP30: a conferência da implementação

A ministra também reforçou a importância histórica da COP30, considerando-a a mais relevante desde a assinatura do Acordo de Paris, em 2015. “As discussões sobre estrutura e regras já foram feitas. Agora é o momento de agir.

Ministra participou da Conferência Estadual de Meio Ambiente, promovida pelo Governo do Pará
Conferência do Clima em Belém será a ‘COP das COPs’, diz ministra Marina Silva
Fotos Bruno Cecim / Ag.Pará

O Brasil e o Pará têm a responsabilidade de liderar a transição ecológica global”, disse Marina Silva. A COP30 reunirá representantes de 195 países e será um marco na definição de planos concretos para a mitigacão das mudanças climáticas.

Discussões e propostas

O encontro em Belém serviu como plataforma para a construção de políticas públicas embasadas na participação popular. O secretário adjunto da Semas, Rodolpho

Cardápio Variados

Zahluth Bastos, destacou o caráter inédito desse processo: “Estamos consolidando diretrizes a partir da base local, envolvendo a população em todos os níveis da formulação política. Isso garante que as propostas apresentadas na COP30 tenham relevância e legitimidade.”Entre os temas discutidos, a vulnerabilidade dos 82 municípios paraenses sujeitos a enchentes, deslizamentos e secas foi um dos mais preocupantes. Marina Silva alertou que os efeitos das mudanças climáticas já são uma realidade, exigindo respostas imediatas e eficazes.

Rumo à COP30: desafios

e expectativas

Com a aproximação da COP30, Belém se prepara para receber lideranças mundiais e ser o epicentro das discussões climáticas globais. Os resultados das conferências locais e nacionais serão apresentados durante o evento, consolidando um plano nacional para a transformação ecológica do Brasil.

O Pará assume papel de destaque na condução desse debate e na formulação de soluções sustentáveis. “A sustentabilidade não é apenas um conceito, é uma forma de existir e planejar o futuro”, concluiu Marina Silva. A expectativa é que as decisões tomadas na COP30 tragam mudanças concretas e duradouras para o meio ambiente global.

O secretário adjunto da Semas, Rodolpho Zahluth Bastos, junto com a Ministra, destacou o caráter inédito desse processo

Pará lidera produção de soja, milho, cacau e criação de búfalos

Pecuária bovina também é destaque nacional, segundo

Boletim da Agropecuária, produzido pela Fapespa

OPará é líder nacional na produção de commodities como soja, milho e cacau, além de ser uma referência na pecuária bovina, com um dos maiores rebanhos do Brasil. Um crescimento impulsionado pela expansão das áreas cultivadas, uso de tecnologia e investimentos em infraestrutura logística, como rodovias, hidrovias e portos, que facilitam o escoamento da produção. Assim, o setor agropecuário paraense firma-se como potência econômica, mantendo-se na vanguarda produtiva da Região Norte e consolidando-se como a fronteira agrícola da Amazônia. É o que constata o “Boletim

Agropecuário do Pará 2024”, desenvolvido pela Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa).

Um dos principais dados é referente à pecuária, atividade econômica estratégica no Pará, destacando-se como uma das principais fontes de riqueza e desenvolvimento regional. O estado possui o maior rebanho bovino da região Norte, passando de 1,6 milhão de cabeças em 1977 para 25 milhões em 2023, representando um aumento de mais de 15 vezes e alcançando o maior volume da série histórica.

No âmbito nacional, o Pará é o segundo maior produtor, com 10,5% do rebanho

total do Brasil. Quatro municípios paraenses tiveram destaque na pecuária brasileira em 2023, sendo São Félix do Xingu o maior produtor do Brasil, registrando um rebanho de 2,5 milhões de cabeças. Marabá ocupa a quinta posição no ranking nacional e Novo Repartimento a sexta posição, ambos com 1,3 milhão de cabeças. Altamira, por sua vez, alcançou a oitava colocação, com 1,1 milhão de cabeças.

O Pará lidera também o maior rebanho bubalino do país, consolidando-se como o principal estado nessa atividade pecuária. Em 2023, o estado foi responsável por 40,9% do efetivo nacional, contabilizando 683,6 mil cabeças, um crescimento expressivo de 6% em relação ao ano anterior. Chaves lidera o ranking estadual com 237,2 mil cabeças de búfalo, representando 34,7% do total. Soure, segue como segundo maior produtor estadual com 105,4 mil cabeças, contribuindo com 15,4% do rebanho. Cachoeira do Arari ocupa a terceira colocação, com 8,2% do rebanho paraense, equivalente a 55,8 mil cabeças.

Liderança

A diversidade da atividade pecuária no estado inclui ainda a criação de aves, equinos, suínos, ovinos, caprinos e a exploração de produtos de origem animal. O rebanho ovino apresentou o maior avanço percentual em 2023, com um crescimento de 3,8%, seguido pelo rebanho equino, que cresceu 1,9%.

O Pará lidera também o maior rebanho bubalino do país, consolidando-se como o principal estado nessa atividade pecuária
Texto *Manuela Oliveira Fotos Bruno Cecim / Ag.Pará, Pedro Guerreiro / Ag. Pará

O rebanho suíno também registrou aumento de 1,1%, enquanto o rebanho caprino teve um crescimento mais modesto, de 0,1%. A atividade de criação de galináceos também registrou crescimento, com um aumento de 0,5%.

“O Boletim constrói a partir de uma análise de dados, um panorama estrutural e conjuntural das atividades agropecuárias e de seus principais produtos. Para isso, utilizamos indicadores da produção pecuária, da pesqueira, da produção agrícola, do extrativismo e da silvicultura, do contexto do mercado de trabalho do setor, do panorama do crédito rural e das suas exportações. Assim, esperamos que o estudo contribua para o debate de políticas públicas eficazes, incentivos financeiros e engajamento da sociedade para equilibrar produtividade, conservação e mitigação dos impactos climáticos na agricultura, especialmente em um ano que Belém se torna o centro dos debates sobre o futuro do planeta e o setor necessita tecer o equilíbrio entre produção e preservação ambiental”, pontua Márcio Ponte, diretor de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas e Análise Conjuntural (Diepsac) da Fapespa.

Pecuária

Entre 1997 e 2023, a produção de carnes no Pará teve um crescimento notável, mais de seis vezes, passando de 128,5 milhões de toneladas para 866,6 milhões de toneladas, o que representa um aumento absoluto de cerca de 738,1 milhões de toneladas. Em 2023, o Pará exportou 106,2 mil toneladas de carnes, com dez municípios representan-

do mais de 99% dessas exportações. O município de Água Azul do Norte é o principal exportador, com 28,2% de participação nas exportações estaduais. Rio Maria ocupou a segunda posição, com 19,6%, seguido por Castanhal, que contribuiu com 16,2% das exportações. Esse crescimento é um reflexo da expansão da pecuária no estado e do aumento da capacidade produtiva da indústria de carnes paraense. A carne bovina continua sendo a principal fonte de produção, seguida da carne de frango, que tem mostrado um crescimento expressivo ao longo dos anos. O Boletim traz ainda dados sobre outros produtos. O leite colocou o Pará na 13º colocação entre os estados com maior produção de leite no Brasil em 2023, atingindo 0,6 bilhões de litros, crescimento de 0,4% em relação ao ano anterior. Quanto ao mel de abelha, o Pará ocupou a 14ª posição entre os estados brasileiros na produção, com um volume de 0,7 mil toneladas, representando 1,1% da produção nacional, sendo o município de Capitão Poço o maior produtor estadual. Já na produção de ovos de galinha, o estado do Pará produziu 39,8 milhões de dúzias de ovos, e mais de 83% dessa produção veio de apenas dez municípios, sendo Santa Izabel do Pará o maior produtor, com 14,5 milhões de dúzias, representando 36,4% da produção estadual.

Toda segunda

O Pará é líder nacional na produção de Cacau

Agricultura

O Pará destaca-se no cenário agrícola nacional por sua vasta extensão territorial e pela produção de culturas estratégicas, mantendo uma posição de liderança na produção de mandioca (3,8 milhões/T), dendê (2,8 milhões/T) e açaí (1,6 milhões/T), cujos volumes superam significativamente a média nacional. Além disso, o estado também se sobressai na produção de banana (0,4 milhões/T), abacaxi (0,3 milhões/T), coco da baía (0,2 milhões/T), cacau (0,1 milhões/T) e pimenta do reino (0,04 milhões/T), reforçando seu papel no fornecimento de alimentos para consumo direto e para uso como insumos industriais. Entre 2000 e 2023, a agricultura do Pará apresentou crescimento médio de 7,6% ao ano no valor da produção. Nos últimos quatro anos do período analisado, o crescimento foi consecutivo, culminando com um recorde de R$ 28,6 bilhões no valor da

O Pará exportou 5,5 milhões de toneladas de produtos agropecuários, houve variação estadual positiva de 587,4%

Os produtos do reino vegetal representaram 91% de todo o quantitativo exportado, indicando a tendência de demanda do mercado internacional. Em seguida, encontra-se a exportação de madeira, que correspondeu a 4% do total. Sequencialmente, aparecem os animais vivos e produtos do reino animal, com 4%, e gorduras e óleos animais e vegetais, com 1%.

Os principais produtos agropecuários exportados foram a soja e o milho. Em 2023, a soja participou com 61,3% do total de volume exportado, crescendo 32% em comparação a 2022 e valor de exportação de US$1,6 bilhão. O milho apresentou variação de 44,7% entre 2022 e 2023, registrando participação de 33,4% e valor exportado de US$ 401,6 milhões.

produção agrícola em 2023. Esse avanço também refletiu um aumento da participação do Pará no cenário nacional, com sua contribuição no valor da produção agrícola do Brasil passando de 2,4% para 3,5%. Igarapé-Miri destacou-se como o principal município produtor estadual, com 9% de participação, seguido por Paragominas (7,2%) e Dom Eliseu (4,4%).

Mercado de trabalho

No Pará, 509 mil pessoas ocupavam o setor agropecuário em 2023. No curso da série histórica de 2002 a 2023 de emprego formal, a evolução do estoque no estado atingiu 274,2%, o que representou um acréscimo de 47 mil vínculos. De 2022 a 2023, o emprego formal cresceu 1,3%, totalizando 63,8 mil vínculos.

O Pará possui um forte corredor de exportação de grãos, com três portos localizados nos municípios de Barcarena/PA, Miritituba e em Santarém. Eles fazem parte do chamado Arco Norte
De 2022 a 2023, o emprego formal cresceu 1,3%, totalizando 63,8 mil vínculos

Na distribuição municipal dos vínculos formais do setor agropecuário, o município de Tailândia foi o que registrou a maior participação, seguido de Moju e Paragominas, com participações de 5,9% e 5,5%, respectivamente. O maior crescimento identificado entre os dois anos de análise foi em Concórdia do Pará, com variação de 18,1%. A criação de bovinos para corte foi o setor com mais vínculos no estado, acumulando participação de 37,6% em 2023. Em seguida, aparecem cultivo do dendê, com participação de 21,8%, e criação de frangos para corte, com 6% dos vínculos formais. O cultivo de açaí registrou o maior crescimento dentre as principais atividades, da ordem de 36,5% em um ano.

Exportação

Com a agropecuária paraense aquecida e empregando, o Estado destaca-se como um dos principais polos agroexportadores do Brasil. O Pará exportou 5,5 milhões de toneladas de produtos agropecuários, aumentando esse quantitativo em 33,5% frente a 2022. Na série histórica, entre os anos 2000 e 2023, houve variação estadual positiva de 587,4%. Dentro do panorama nacional, o Pará avançou para a 11ª colocação entre os estados que mais exportaram produtos agropecuários, com participação de 3% em 2023 e aumento de 34,7% em relação ao ano anterior. O

município de Paragominas registrou a maior participação estadual, alcançando 25,1% e crescimento de 48,8% em um ano. Em seguida, vem Santarém, com 21,9% de participação e crescimento de 30,6% frente a 2022.

“Esse trabalho produzido mostra claramente a pujança do agronegócio paraense, que se consolida como o principal da região Norte e um dos principais do país liderando a produção nacional em várias culturas de relevância para o país e para a região. Aliado a um trabalho de incremento tecnológico, o agronegócio paraense tem

condições de se manter na liderança e dar um exemplo de produtividade e respeito ao meio ambiente. Os nossos estudos apontam esse caminho e as pesquisa fomentadas pela Fapespa junto com as universidades paraenses vão trazer cada vez mais soluções tecnológicas para a intensificação da produção agrícola e o aumento da conservação da floresta amazônica”, avalia o presidente da Fapespa, Marcel Botelho.

(*) FAPESPA <<

Marcel Botelho, presidente da Fapespa

Fapespa destaca projeto que valoriza o trabalho de mulheres na bioeconomia amazônica

A iniciativa é um dos projetos aprovados pela chamada “Fortalecimento de Grupos de Pesquisa Liderados por Mulheres no Pará”

O“Selo Amazônia Mulher: Equidade na Bioeconomia Regional, Destaque COP30” é uma iniciativa que busca reconhecer mulheres empreendedoras que promovem práticas sustentáveis na região, incentivar o desenvolvimento local e a preservação ambiental, além de criar oportunidades de mercado e visibilidade nacional e internacional.

O estudo originou se a partir do projeto “A Mulher no Estado do Pará e o Desenvolvimento de Estudos Voltados a Ciências, Engenharia e Inovação Tecnológica” e representa um dos projetos aprovados na chamada pública “Fortalecimento de Grupos de Pesquisa Liderados por Mulheres no Pará”, da Fapespa em parceria com a Secretaria de Mulheres (Semu).

O objetivo do edital é fomentar a participação de mulheres em projetos de pesquisa científica e impulsionar iniciativas que contribuam para a solução de problemas encontrados na Amazônia. O grupo de pesquisa é coordenado pela doutora em biodiversidade e biotecnologia, mestre em ciências ambientais da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), Thais Braga.

A docente explica que “O tema foi escolhido a partir da necessidade de ampliar o reconhecimento e a participação das mulheres na bioeconomia amazônica, um setor estratégico para o desenvolvimento sustentável da região. O projeto surgiu como um desdobramento de iniciativas anteriores voltadas ao estudo da presença feminina em setores produtivos sustentáveis e está alinhado com políticas públicas como o Plano Estadual de Bioeconomia (PlanBio). Além disso, a realização da COP 30 na Amazônia reforçou a importância de destacar essas mulheres em um cenário global”.

O Selo Amazônia Mulher tem um papel essencial na valorização do trabalho das mulheres que atuam na bioeconomia, promovendo inclusão, equidade de gênero e sustentabilidade. A certificação permite dar maior visibilidade aos produtos e serviços dessas

mulheres, facilitando seu acesso ao mercado, a investimentos e ao reconhecimento institucional. Além disso, a iniciativa fortalece redes de colaboração, fomenta a participação feminina na economia e contribui para a conservação dos recursos naturais da Amazônia.

A pesquisa é estruturada a partir da avaliação da contribuição do selo para os objetivos do PlanBio e da construção de um banco de dados de mulheres especialistas na área. Dessa forma, o estudo busca sensibilizar a sociedade sobre a importância do empoderamento feminino, estabelecer critérios transparentes para o selo e ampliar o seu alcance, através de campanhas de comunicação e parcerias estratégicas.

“O projeto incentiva o protagonismo feminino na pesquisa científica ao integrar mulheres acadêmicas e empreendedoras em um mesmo ecossistema de inovação e

sustentabilidade. A criação do banco de dados de mulheres especialistas permite maior visibilidade para pesquisadoras e profissionais que atuam na bioeconomia, enquanto a certificação e os eventos possibilitam que suas descobertas e práticas sustentáveis sejam amplamente reconhecidas. Além disso, a participação dessas mulheres na COP 30 reforça seu papel como agentes de mudança no cenário internacional, promovendo maior representatividade feminina em debates estratégicos sobre desenvolvimento sustentável”, afirma Thais Braga.

Para o diretor-presidente da Fapespa, Marcel Botelho, reconhecer o trabalho desenvolvido pelas pesquisadoras e promover o protagonismo das mulheres na ciência é essencial para o fomento da bioeconomia paraense. “É preciso valorizar o trabalho feito pelas mulheres pesquisadoras do estado do Pará e o seu protagonismo, mostrando que a equidade de gênero precisa estar em todos os campos e a pesquisa não podia ficar fora disso. A Fapespa se sente muito honrada em ter a oportunidade de lançar esse edital que vai trazer muita qualidade para o plano de bioeconomia a partir desses grupos de pesquisa liderados por mulheres”, ressalta o presidente.

Texto * Alice Mendonça Fotos Divulgação
Durante o lançamento de edital
O Selo Amazônia Mulher tem um papel essencial na valorização do trabalho das mulheres que atuam na bioeconomia

A energia solar ocupa muito espaço – veja como torná-la mais ecologicamente benéfica para o terreno onde está instalada

Àmedida que as sociedades procuram formas de reduzir as emissões de gases com efeito de estufa e abrandar as alterações climáticas, a energia solar em grande escala desempenha um papel central. Os cientistas do clima consideram-na a ferramenta com maior potencial para reduzir as emissões de dióxido de carbono até 2030. Nos EUA, o Departamento de Energia prevê que a energia solar será responsável por quase 60% de toda a nova capacidade de geração de eletricidade em escala de serviço público instalada em 2024. Mas os locais ideais para o desenvolvimento solar muitas vezes sobrepõem-se a terras agrícolas ou pastagens utilizadas para pastagem de gado. Normalmente, os painéis solares em grande escala são concebidos para maximizar a geração de energia, sem muita consideração pelos ecossistemas em que estão inseridos.

Por exemplo, a classificação de terrenos e a remoção da vegetação podem causar erosão e enviar escoamento para os cursos de água .

aquecimento global pela metade até 2050, mostra um novo estudo

Os desenvolvedores de energia solar foram multados por tais violações ambientais na Geórgia , Massachusetts , Alabama, Idaho e Illinois.

Também existem preocupações sobre a forma como as grandes instalações solares afetam os padrões de movimento dos animais. No oeste dos EUA, a remoção da vegetação nativa para dar lugar a parques solares pode ameaçar animais e

insetos ameaçados de extinção que dependem destas plantas como alimento e habitat. As comunidades de plantas nativas levam muito tempo para se restabelecerem nessas áreas com escassez de água depois de serem perturbadas.

Sou ecologista e membro de uma equipe de pesquisa liderada por Alan Knapp na Colorado State University. Investigamos como o desenvolvimento solar afeta a saúde do ecossistema das pastagens – em particular, como o crescimento das plantas e os padrões de uso da água e a resposta à luz mudam quando os painéis solares são instalados no alto. Através deste trabalho, esperamos informar um futuro mais sustentável para a energia solar.

Dois usos da terra são melhores do que um

Uma alternativa crescente ao uso da terra exclusivamente para geração de energia solar é chamada de agrivoltaica. Como o próprio nome sugere, esta estratégia combina agricultura e energia solar no mesmo terreno. Os projetos agrovoltaicos podem ocorrer em terras agrícolas, pastagens e habitats para polinizadores importantes para a agricultura. Esta abordagem de dupla utilização para o desenvolvimento solar tornou-se popular em todo o mundo

Reduzir simultaneamente as emissões de ozônio de baixo nível e outros poluentes climáticos de vida curta, bem como o dióxido de carbono de vida longa, poderia reduzir a taxa de
Fotos Matthew Sturchio , CC BY-ND, Unsplash

A grande maioria dos projetos agrovoltaicos nos EUA estão em terras geridas para pastagem de gado e habitat de polinizadores. Esses locais são ideais para a colocação de energia solar porque, diferentemente das áreas agrícolas, não requerem irrigação ou o uso de grandes máquinas.

No entanto, estas terras dependem das chuvas para apoiar o crescimento das plantas, e a presença de painéis solares afeta a forma como a água chega ao solo. A maioria das matrizes agrivoltaicas utilizam programas de rastreamento solar que maximizam a produção de energia inclinando os painéis para seguir o sol no céu. À medida que isso acontece, os painéis criam microambientes distintos que são bastante diferentes das condições naturais.

Por exemplo, no Colorado, a maior parte da precipitação ocorre à tarde, quando os painéis solares estão inclinados para oeste em direção ao sol. Como

resultado, a maior parte da precipitação em locais agrovoltaicos concentra-se nas bordas ocidentais dos painéis, onde cai no solo. Esta redistribuição pode multiplicar a precipitação nas bordas do painel por até um fator de quatro, ao mesmo tempo que restringe a precipitação em outras manchas.

O pastoreio solar é a prática de pastar gado (mais comumente ovelhas) em locais de instalação solar. Houve um enorme crescimento no desenvolvimento da geração de energia fotovoltaica (“fazenda solar”) na Carolina do Norte. Na verdade, o estado ocupa o terceiro lugar no país em capacidade solar instalada. Os mais de 9.000 acres de instalações solares representam uma oportunidade extraordinária para os agricultores iniciantes celebrarem contratos de arrendamento de longo prazo com proprietários de fazendas solares para integrar animais de pastoreio

Outro fator é que os painéis solares introduzem sombra nas pastagens adaptadas a condições de alta luminosidade. Como as matrizes são otimizadas para interceptar a luz solar, muito menos luz atinge as plantas abaixo dos painéis.

A ecologia por trás da ecovoltaica

Até agora, nosso trabalho mostra que os microambientes distintos criados pelos painéis solares produzem padrões igualmente variados de crescimento das plantas . Esta descoberta é encorajadora: significa que a variação ambiental criada pelos painéis solares que rastreiam passivamente o sol é suficiente para fazer com que as plantas respondam de forma diferente. Estes microambientes poderiam potencialmente apoiar um mosaico de comunidades vegetais que beneficiam de diferentes condições.

Em alguns casos, condições mistas como estas, com níveis variados de luz e água, podem ser boas. Um conceito bem testado na ecologia da restauração – a ciência da restauração de ecossistemas danificados – é que ambientes com mais variedade suportam misturas mais diversificadas de plantas e animais.

Num artigo de 2023, delineámos um conceito que exige uma abordagem ecologicamente informada para o desenvolvimento solar . Esta abordagem, chamada ecovoltaica, exige que se dê igual prioridade à produção de energia e aos serviços ecossistémicos .

Uma abordagem ecovoltaica permite que os gestores de terras utilizem a energia solar em seu benefício. Projetar e gerenciar painéis solares de forma enraizada em conceitos ecológicos fundamentais pode produzir mais sinergias entre os ecossistemas e a energia solar. Os gestores de terras poderiam usar abordagens ecovoltaicas para melhorar

Populações de insetos florescem em habitats restaurados de instalações de energia solar
Este painel solar agrivoltaico utiliza o espaço entre as fileiras de painéis para cultivar tomates

terras degradadas, projetando painéis solares para melhorar os processos naturais. Por exemplo, como as bordas dos painéis solares redistribuem e concentram as chuvas, tornando o solo abaixo deles mais úmido, elas poderiam ajudar no estabelecimento de mudas nesses locais.

Em regiões áridas, matrizes poderiam ser projetadas para promover este efeito e melhorar a restauração. Se a água for escassa, poderiam ser concebidos conjuntos para reduzir a quantidade de solo exposto, o que, por sua vez, reduziria a quantidade de água perdida para a atmosfera através da evaporação.

Muitos fatores influenciam as decisões de gestão da terra. A história da terra, o acesso à água, os tipos de solo, a vegetação e a topografia desempenham um papel. A ecovoltaica acrescenta outro fator: equilibrar a produção de energia por unidade de área com os efeitos ecológicos de um determinado painel solar. Uma abordagem ecovoltaica à energia solar requer repensar fundamentalmente a forma como as decisões de desenvolvimento solar são tomadas.

Como os serviços e atributos ecossistémicos em agroecossistemas degradados, pastagens ou outros ecossistemas de baixa estatura podem ser melhorados através de uma abordagem ecovoltaica

Os sistemas ecovoltaicos podem ser configurados de diferentes maneiras para atingir objetivos ecológicos específicos, como reduzir a perda de água do solo ou criar zonas de sombra para o gado pastar

Hoje, o acesso às linhas de transmissão de eletricidade limita onde a energia solar pode ser implantada em muitas áreas. Se as linhas de transmissão e as subestações estiverem muito distantes ou subdimensionadas, é pouco provável que a energia solar seja desenvolvida.

Novos projetos de transmissão que aliviem esta restrição geográfica poderão proporcionar mais opções. Com maior flexibilidade na escolha dos locais, os promotores poderiam afastar-se dos ecossistemas naturais altamente sensíveis e instalar painéis solares em terras abandonadas, com escassez de água ou de outra forma degradadas. A ecovoltaica pode ser uma solução para estabilizar a economia das comunidades onde terras produtivas foram retiradas para conservar recursos

A energia solar está aumentando a níveis que a tornam fundamental para uma transição para energia limpa. Os meus colegas e eu acreditamos que o desenvolvimento solar deve prosseguir de uma forma que reflita o pensamento ecológico. Na nossa opinião, uma abordagem ecovoltaica à energia solar pode produzir resultados ecológicos positivos e tornar a energia solar ainda mais sustentável

Os serviços prestados pela agrovoltaica são indicados pelos ícones

Fazendo energia solar de forma diferente

( a ) geração de eletricidade renovável, ( b ) diminuição das emissões de gases de efeito estufa, ( c ) aumento do rendimento das colheitas, ( d ) proteção das plantas contra o excesso de energia solar, ( e ) proteção das plantas contra intempéries, como granizo, ( f ) conservação de água, ( g ) emprego agrícola, ( h ) alimentação local e ( i ) aumento de receitas.

Número de peixes em risco de extinção é muito maior do que se imaginava

Texto *Biblioteca Pública de Ciências Fotos Colagem de imagens dos peixes (sentido horário) de Brian Gratwicke, Richard Zerpe e Edward Donovan (CC BY 4.0), Ingrid Maasik/Shutterstock, Michael Roggo, PLoS Biology

Pesquisadores preveem que 12,7% das espécies de peixes teleósteos marinhos estão em risco de extinção, cinco vezes mais que a estimativa anterior de 2,5% da União Internacional para a Conservação da Natureza.

Nicolas Loiseau e Nicolas Mouquet da Unidade MARBEC (a Unidade de Biodiversidade Marinha, Exploração e Conservação) em Montpellier, França, e colegas relatam essas descobertas em um estudo publicado em acesso aberto no PLOS Biology.

A Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN rastreia mais de 150.000 espécies para orientar os esforços globais de conservação em nome dos mais ameaçados.

No entanto, 38% das espécies de peixes marinhos (ou 4.992 espécies no momento desta pesquisa) são consideradas Deficientes em Dados e não recebem um status oficial de conservação ou as proteções associadas.

simultaneamente as emissões de ozônio de baixo nível e outros poluentes climáticos de vida curta, bem como o dióxido de carbono de vida longa, poderia reduzir a taxa de aquecimento global

Para direcionar melhor os esforços de conservação para as espécies que precisam deles, Loiseau e colegas combinaram um modelo de aprendizado de máquina com uma rede neural arti-

2050, mostra um novo estudo

ficial para prever os riscos de extinção de espécies com deficiência de dados. Os modelos foram treinados em dados de ocorrência, características biológicas, taxonomia e usos humanos de 13.195 espécies. Eles categorizaram 78,5% das 4.992 espécies como Não Ameaçadas ou Ameaçadas (o que inclui as categorias Criticamente em Perigo, Em Perigo e Vulnerável da IUCN).

As espécies Ameaçadas Previstas aumentaram cinco vezes (de 334 para 1.671) e as espécies Não Ameaçadas Previstas aumentaram em um terço (de 7.869 para 10.451).

Espécies ameaçadas previstas tendem a ter uma pequena distribuição geográfica, grande tamanho corporal e baixa taxa de crescimento. O risco de extinção também foi correlacionado com habitats rasos. O Mar da China Meridional, os mares das Filipinas e Celebes e as costas oeste da Austrália e América do Norte surgiram como hotspots para espécies ameaçadas previstas. Os pesquisadores recomendam maiores esforços de pesquisa e conservação nessas áreas.

Reduzir
pela metade até
Número de peixes em risco de extinção é muito maior do que se imaginava

Estrutura de modelagem para inferir o status da IUCN de 4.992 peixes marinhos com deficiência de dados e não avaliados usando dados de ocorrência disponíveis, características biológicas de espécies, taxonomia e usos humanos. Crédito: Loiseau N, et al., 2024, PLOS Biology , CC-BY 4.0

Os pesquisadores observaram “uma mudança marcante na classificação de prioridade de conservação após as previsões de espécies da IUCN”, recomendando que as Ilhas do Pacífi-

Reduzir simultaneamente as emissões de ozônio de baixo nível e outros poluentes climáticos de vida curta, bem como o dióxido de carbono de vida longa, poderia reduzir a taxa de aquecimento global pela metade até 2050, mostra um novo estudo

Os arenques são peixes bastante comuns na culinária mundial, uma vez que estão disponíveis em várias regiões, mas o aquecimento global pode reduzir drasticamente seus números, levando-os até mesmo à extinção

risco de extinção de espécies.

Loiseau acrescenta: “A Inteligência Artificial (IA) permite a avaliação confiável dos riscos de extinção de espécies que ainda não foram avaliadas pela União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN).

“Nossa análise de 13.195 espécies de peixes marinhos revela que o risco de extinção é significativamente maior do que as estimativas iniciais da IUCN, aumentando de 2,5% para 12,7%.

Propomos incorporar avanços recentes na previsão de riscos de extinção de espécies em um novo índice sintético chamado ‘status previsto da IUCN’.

Este índice pode servir como um complemento valioso ao atual ‘status medido da IUCN”.

co e as regiões polares e subpolares do Hemisfério Sul sejam priorizadas para contabilizar espécies emergentes em risco. Muitas espécies que permaneceram com Deficiência de Dados ocorrem no Triângulo de Coral, indicando que pesquisas adicionais são necessárias lá.Os pesquisadores observam que os modelos não podem substituir avaliações diretas de espécies em risco, mas a IA oferece uma oportunidade única de fornecer uma avaliação rápida, abrangente e econômica do (*) PLoS Biology <<

Converse com sua família e seja um doador. doeorgaos

Um dia, a sua família pode ser doadora de órgãos ou precisar de um doador. E conversar sobre o tema é a melhor maneira de quebrar barreiras, vencer preconceitos e conhecer o desejo de cada um.

A família Bona aceitou conversar com os profissionais de saúde sobre a Doação de Órgãos.

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