Revista ANNA Paola Frade - Edição Especial Belo Horizonte - Julho de 2015

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R E V I S T A FRADE

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Edição Especial BH - JULHO 2015

Anna Marina Siqueira 58 anos de sucesso no jornalismo 1


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Foto aérea do Alphaville em Barueri

Foto aérea do Alphaville Flamboyant

Foto aérea do Alphaville em GO/DF

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Paisagismo, urbanismo, infraestrutura sustentabilidade. Como traduzir tudo isso em uma só palavra? Alphaville. Com mais de 40 anos de atuação, a Alphaville Urbanismo leva a todo o Brasil uma proposta exclusiva de planejamento urbano, por meio do desenvolvimento de empreendimentos horizontais que conciliam preservação ambiental, infraestrutura altamente qualificada e o comprometimento com a sociedade. A Alphaville Urbanismo possui mais de 110 empreendimentos já lançados em 22 estados do Brasil e Distrito Federal, que representam mais de 76 milhões de metros quadrados urbanizados.

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editorial

Mineiros, Obrigada! Era para ANNA sair antes; com o fim da campanha, a doença de minha mãe e, logo em seguida, internada durante 40 dias, lutando contra um câncer terminal, desmontei. Voltamos para casa e seus últimos meses de vida foram duros, como já era previsto. As únicas coisas que eu podia fazer eram: dar amor e honrá-la até o último suspiro. Assim o fiz, entrei em um processo de exaustão, conseguindo retomar o projeto da revista, pouco depois. Contudo vem a seu tempo, ANNA, chega na hora certa. A Edição Especial Belo Horizonte, é uma homenagem aos meus pais Edma e Wilson Frade, e ao meu marido, Pimenta da Veiga, que depois de enfrentar uma dura campanha, merecia esta surpresa. Onde não imaginava o conteúdo da revista. Depois de 14 anos sem disputar eleição majoritária, foi muito bem votado pelos mineiros; obteve nas urnas mais de 4 milhões de votos. É muito voto! ANNA trás três revistas distintas de uma só vez. Espero que apreciem. Cada uma com sua importância. Anna Marina Siqueira, jornalista das mais respeitadas vem como matéria de capa. Há 58 anos é um dos pilares do Jornal Estado de Minas. Acílio Lara Resende abre as páginas de ANNA com um texto lindo, falando do amigo e político Pimenta da Veiga. O líder da maioria, João Leite e, Gustavo Valadares, líder da minoria, falam dos dissabores na política. O presidente estadual do PSDB, deputado Domingos Sávio, promete mudanças no partido, onde a integração do grupo é uma de suas prioridades. Vem animado! A moda mineira se destaca sob o olhar de Jorois e Samanta Sá. Vale a pena conferir. O histórico José Maria Rabêlo, amigo querido do coração, relata os 50 anos depois do golpe. Muito interessante! ANNA trás arte nas presenças de muitos artistas, arquitetos, designers e fotógrafos. A joalheria vem com força nas presenças da Recoder, Tianelli e Ângela Alvin; Luiz Otávio Pôssas Gonçalves - visionário das cachaças Vale Verde, fala do sucesso da marca; Wallace Soares discorre sobre segurança, tema que, infelizmente, aflinge o País. Nos perfis: Denise Magalhães, Alessandra Gualberto Ribeiro, Daniela Machado, Cláudia Mourão e Rafaela Nejm são destaques na revista. Um time de mulheres de sucesso. Poderosas! Euler Nejm, um dos maiores empresários do setor Atacadista e de Supermercados, conta como nasceu o poderoso Super Nosso. A gastronomia vem com muitas novidades. Novos chefes se consagram e restaurantes dão dicas surpreendentes. Pacífico Mascarenhas, homem de muitas histórias, está presente em ANNA. Como amo receber e os mineiros são experts no assunto, vão se divertir com as dicas que ANNA trás na Seção Festas. Flávio Geo indica lugares inusitados e Dilú Vilella vem com a interessante matéria sobre o Hotel/Spa, Botanique. Temos ainda mais duas Edições Especiais: Mesas de Minas, onde mulheres da sociedade abrem suas casas e mostram a importância do bem receber; e o Suplemento da Campanha, onde agradecemos amigos que participaram da caminhada de Pimenta da Veiga. Agradeço, em especial, à Alphaville Urbanismo sempre presente em meus projetos. Aos meus colaboradores: Maria Clara Renault, João Cláudio Vasconcelos, Clarissa Lanari, Tetê e Acílio Lara Resende, Jorois, Samanta Sá, Wilson Frade Filho, Gisela Camargos, Edgard César, Carlos Augusto Mendes Carvalho, Mateus Silvestre e Rosália Dayrell. Obrigada de coração. Vocês são da minha vida! ANNA registra nossa história consolidada em Minas. O sangue de minha família corre no Norte de Minas Gerais, assim como as águas do Mucuri.

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Anna veste Essenciale. Cabelo: Ivo do Martinelli Make-Up: Alex Oliveira Foto: Wilson Frade Filho

Eu, meu marido e filhos, nascemos e fomos criados em Belo Horizonte. Cresci na Pampulha, há 49 anos, no mesmo lar em que vivo hoje. A casa de Wilson e Edma Frade, não foi uma residência qualquer, marcou época, recebendo políticos, artistas, empresários, celebridades e a sociedade mineira em peso. Meu pai, antes mesmo de se casar com minha mãe, morava na casa, na qual hoje vivo: “Casa da Pampulha”, que existe há mais de 50 anos! O painel onde fotografei para o editorial, começou a ser pintado, antes mesmo de eu nascer; por isso, minha foto tão grande! Wilson Frade foi um dos nomes que mais promoveu os pintores mineiros. Tinha uma relação próxima com a maioria dos que deixaram seus registros no famoso e histórico painel. Eu mesma tive o prazer de ver alguns desenhando, como: Bracher, Santa, Noêmia Motta, Inimá de Paula, Yara Tupinambá, Augusto Rodrigues (RJ), Caribé (BA), Jenner Augusto ( BA), Mabe, entre outros. Fui privilegiada pela vida! Agradeço as oportunidades que chegaram em meu caminho com muita naturalidade. Agora, hora de retribuir. Agradeço a gentileza do Ponteio Lar Shopping que se ofereceu para fazer o coquetel de lançamento da Revista Anna, infelizmente não é hora de comemorações, o País entrando em uma recessão e sendo passado a limpo; e Minas, não vive seu melhor momento. Nossos laços com Belo Horizonte e Minas Gerais são verdadeiros, ninguém poderá rompê-los! Boa leitura! Anna Paola Saraiva Frade Pimenta da Veiga Publisher

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sumário

frade

R evista

Estas publicações são integrantes da Revista ANNA Paola Frade - Edição Especial Belo Horizonte. Não nos responsabilizamos por artigos assinados. Publisher: Anna Paola Frade Pimenta da Veiga Diagramação e edição de arte: Carlos Augusto Carvalho E-mail: revistaannapaola@gmail.com Fones: (31) 9726-8114 / (61) 9167-3675 Impressão Gráfica: Coronário Tiragem 10 mil exemplares

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Matéria de capa: Anna Marina - 58 anos de jornalismo.

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Onde ir: Museu Inimá de Paula, Belo Horizonte, Minas Gerais

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Saudades: Homenagem a Edma e Wilson Frade.

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História: o jornalista José Maria Rabêlo fala sobre o Golpe de 64 no Brasil.

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Mobiliário brasileiro

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Moda Arte: o universo da arte de Luiz Sternick.

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Hotelaria: Botanique - o hotel das colinas e montanhas.

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Beverage: Luiz Otávio visionário das cachaças.

Pôssas,


artigo

por Acílio Lara Resende foto divulgação

Uma revista feita com amor

ram, com rara firmeza, que o poder, Anna Paola Frade Pimenqualquer que seja o seu grau, tem ta da Veiga brinda-nos com mais como limite o bem comum. uma edição da sua revista “ANNA”. Foi com esse pensamento que De um lado, não nega a raça: filha aceitou todas as missões que desemde peixe, peixinho é. Anna sempre penhou em sua vida política e, em acompanhou de perto a profissão João Pimenta da Veiga especial, no ano passado, a convocado pai, Wilson Frade, que, durante ção do PSDB para disputar o cargo décadas, manteve, no “Estado de Minas”, coluna sem dúvida das mais importantes de governador de Minas. A sua postura, na campanha, comprovou o que sempre fez por merecer, ou daqueles velhos e bons tempos. Eis aqui, então, uma das razões porque deci- seja, o tratamento de autêntico “homem público”, diu pela edição de mais um número da sua revista: indispensável aos destinos de qualquer país, mas, por mais que queira, não dá conta de driblar a se- principalmente, aos do nosso Brasil. Pimenta perdeu a eleição para o governo mente da jornalista que a desafia a todo instante. Ela é a responsável pelo interesse que Anna de Minas, mas manteve a respeitabilidade do admantém diante do que ocorre em nosso desgastado ministrador público, confirmada como prefeito de mundo político, que está a exigir a presença de “ho- Belo Horizonte, a cidade em que nasceu e da qual mens públicos”. É o que dá ser filha de jornalista e jamais se desligou. Seria apenas isso, aliás, o que teria a dizer aos mulher de político. Mas a bonita edição que vem à luz agora con- seus milhões de eleitores, mas, sobretudo, a Anna tou, creio eu, com um segundo estímulo, certamen- Paola e aos seus cinco filhos, Vicente (falecido), Jute o mais importante: Anna deseja prestar, tam- liano, Isadora, Pedro e João Pimenta Neto. O Brasil passa por momentos difíceis, que bém, merecida homenagem ao marido e político João Pimenta da Veiga Filho, ex-deputado federal exigem resposta imediata dos seus representantes. por quatro mandatos, ex-prefeito e ex-ministro das Bem interpretados, esses momentos podem levá-lo Comunicações no governo do ex-presidente Fer- a transformações positivas, com vista ao aperfeiçoamento das nossas práticas político-partidárias. nando Henrique Cardoso. “A política é o espelho da sociedade. Se há Ao desconfiar disso, e depois do convite para publicar estas linhas, dispus-me a disputar lugar na problema de corrupção na política, significa que enorme fila dos que gostariam de participar dessa também há na sociedade”, disse Laura Boldrini, ex-porta-voz das Nações Unidas para refugiados e oportuna e justíssima homenagem. Vê-se, pois, que esta é uma revista feita com deputada recém-eleita para a Câmara Federal da Itália, que, no início dos trabalhos, foi eleita sua amor… Quero dar, então, numa visão intimista, presidente. Aceitemos nossa responsabilidade e lembrecomo seu amigo e conhecedor da sua trajetória política, testemunho sobre o político e o homem Pi- mo-nos de que Minas e o Brasil, em futuro próximo, voltarão a ter a oportunidade de escolher os menta da Veiga. O primeiro, em nenhum momento, deixou seus representantes. E, com certeza, dentre eles, estará o nosso de lado o interesse público; o segundo, às vezes, retraído e introspectivo, faz questão de demons- homenageado, que, uma vez mais, como sempre trar a sua permanente submissão à lei e à ética. aconteceu, e dentro do respeito à lei e à ética, novaAmbos, em perfeita simbiose, sempre entende- mente não faltará ao chamado.

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saudades

por Anna Paola Frade fotos arquivo pessoal

Homenagem a Edma e Wilson Frade

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oi a partir deste casamento, lindo, que tudo começou em minha vida... Nasci desta união há 49 anos. Meu pai, filho de Cocota e Pelicanno Frade morava na Rua Paraíba em uma casa tradicional, conhecida e das mais movimentadas da época, afinal, eram 7 filhos. Começou a vida como jornalista no Estado de Minas e seguiu a profissão até seus últimos momentos de vida. Foram 48 anos no mesmo grupo e no mesmo jornal. Minha mãe, nasceu em Carlos Chagas, poética cidadezinha do Norte de Minas. Filha de Santa e Nelson Saraiva, tradicionais fazendeiros da região. Estudou no Sacré Couer em BH e tempos depois disputou o concurso Miss Minas Gerais e ganhou! Era deslumbrante. Casaramse, foram morar na Pampulha e desta união nasceram Anna e Wilson Frade Filho. Edma e Wilson tiveram uma vida interessante e pautada no sucesso. Aproveitaram muito!Receberam, viajaram, tinham amigos maravilhosos e desfrutaram intensamente da vida. Ele era um boêmio. Só ela para segurá-lo. Infelizmente não vou ter muito espaço para escrever sobre os dois nesta edição, mas não faltará oportunidade. Tenho planos de executar um livro contando boas histórias que marcaram época. Remexendo em antigos papéis achei dobrada uma coluna de WF, datada em 1963, onde demonstrava indícios de interesse por Edma. Fiquei emocionada e resolvi publicar. Observe onde está circulado! Tive os pais que gostaria, com defeitos e qualidades, não importa, me orgulho deles até hoje. Foram dois exemplos marcantes em minha vida e a saudade que sinto hoje em dia é maior ainda. O que sou, devo a eles. Obrigada por tudo. Anna.

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Mรกrio Fontana, meu querido Pirula, com Edma e Wilson Frade

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entrevista

por Anna Paola Frade foto atual Clarissa Lanari / foto antigas acervo pessoal

58 Anos de Jornalismo Anna Marina me viu nascer e crescer. Acompanhou a vida de Edma, Wilson Frade e a minha também. Sempre atenciosa, noticiando o que achava interessante de nossa história. Anna é um dos pilares do Estado de Minas e completa 58 anos de coluna diária. Nunca falhou um dia sequer! Ela e meu pai são exemplos de jornalismo em minha vida. O comprometimento de cada um com a notícia marcou minha alma para sempre! Seu signo diz tudo sobre ela. Geminiana, é capaz de fazer mil coisas ao mesmo tempo. Personalidade forte, não se arrepende de nada na vida. Goza de poucos e bons amigos. Não abre seu coração para ninguém, é reservada. A família grande e unida lhe aquece o espírito. Do eterno amor que se foi, a saudade que dói. É visível a falta que Cyro Siqueira faz. Como todos os Teixeira, ama um torresmo! Sua cidade preferida é Paris. Crítica, engraçada e bem humorada, quase me matou de rir quando perguntei o que ela não suporta. A resposta vem afiada. Não suporta os puxa sacos, as cocotas, os intrometidos, os chatos e os preconceituosos. Vaidade? Diz, não ter. Agora quer saber tudo sobre a história do Brasil em suas leituras noturnas. Atenciosa, nunca deixa de agradecer o que recebeu, seja de qual ordem for. Católica, é mulher de muita fé. Fala com segurança que na vida não pode faltar a coragem. Entrevistar Anna Marina é uma honra! Registro nestas páginas, meu respeito e admiração por Anna, que, até hoje, tem um papel de tamanha importância na vida de nós mineiros. 16


Você é uma jornalista consagrada e referência no Brasil. Como começou sua vida profissional? Fiquei muito amiga de Fred Chateaubriand, quando ele estava em Belo Horizonte, e me chamou para trabalhar no Diário da Tarde assumindo a coluna de seu pai, Wilson Frade, onde começaria uma nova história no Estado de Minas. Dei início à coluna diária e de vez em quando fazia uma ou outra reportagem. De lá pra cá não parei mais. Estou há 58 anos nos Diários Associados. Eu tinha uma inclinação boa para o jornal, pois na família temos vários jornalistas. Chateaubriand criou o principal sistema de comunicação no país em seu tempo. Os Diários Associados devem muito a Geraldo e Camilo Teixeira da Costa, a Cyro Siqueira e principalmente a você. Conte um pouco sobre isso. Jornalismo naquele tempo era diferente, até hoje eu acho diferente. Tínhamos uma preocupação grande com a cultura geral, com as matérias que tinham que ser passadas para o público e para o leitor. O conteúdo tinha que ser rico, já que naquele tempo universidade particular era privilégio de poucos. O acesso era muito restrito. O nível do jornal era muito alto. Politicamente então, nem se compara, era altíssimo. O jornal tinha uma importância e um peso tão grande na história da cidade, que os governadores, chamavam os diretores do Estado de Minas para discutir os projetos em questão. Vivenciei vários momentos onde o Jornal teve presença marcante e relevante nos rumos da história de Belo Horizonte, de Minas e do País. Quantas vezes vi meu tio Geraldo Teixeira da Costa ser convocado a ir ao palácio para discutir com o governador assuntos da maior importância. Era tratado

Anna Marina, Nazaré e Alvaro Teixeira da Costa e Cyro Siqueira

com o respeito e a deferência de uma iminência, sua opinião tinha peso e era considerada na íntegra. Era uma influência benéfica ao Estado. Isso não acontece mais hoje? Por quê? Não, infelizmente não acontece! Os tempos mudaram. Os interesses são outros. Você adotou um formato de coluna que foi muito bem recebida pelo leitor. Como construiu o seu estilo? Toda vida gostei de escrever e quando comecei no Diário da Tarde, Cyro Siqueira, meu marido, era o Editor e Redator Chefe do Jornal. Ele foi me encaminhando para o que achava ser o jornalismo da época. Construiu um estilo inovador, moderno e ainda conseguiu dialogar com a cidade, com a câmara, com a assembléia, criando uma interação muito intensa. Já naquele tempo produzia um jornalismo dinâmico que deu charme a Belo Horizonte, elitizando a sociedade. Fez um jornal dirigido para os mineiros. Adorava e continuei neste mesmo caminho. Como você vê a força do jornal local e a força do jornal nacional?

Wilson Frade, Cyro Siqueira e sua Anna Marina

São duas coisas distintas. O jornal nacional tem destaque maior, acho que o jornal local tem uma força maior ainda. Sinto que há uma mudança nos jornais por diversos motivos, um deles é a comunicação através das redes sociais, onde a notícia chega com muita rapidez. São poderes diferentes. O Estado de Minas por exemplo, sempre foi considerado um jornal de qualidade e referência em

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entrevista

por Anna Paola Frade foto atual Clarissa Lanari / foto antigas acervo pessoal

Geraldo Teixeira da Costa e Anna Marina

todo o País, ganhando prêmios e influenciando os noticiários. Há uma prevenção de São Paulo e Rio, onde acham que os mineiros são provincianos e atrasados. Uma bobagem sem tamanho! De onde vem isso? Pois temos bom gosto, uma bela arte, nomes fortes na política, grandes referências empresariais, uma moda maravilhosa, recebemos muito bem, entre outras coisas. O que falta para nos projetarmos como merecemos? Sinto diariamente em telefonemas que recebo de São Paulo das assessorias de imprensa, um preconceito equivocado. Tentam nos tratar como idiotas, como se não soubéssemos nada! Como se vivêssemos no mundo da lua. Querem me ensinar o que devo fazer. Ora, tenha santa paciência! Soube conduzir o meu trabalho com sucesso neste 58 anos de profissão, sem deixar de sair a minha coluna deixar de sair um dia sequer. O mineiro é reservado, gosta de ficar na dele fazendo o que tem que ser feito, mas sem soltar foguetes. Com tudo isso, ocupamos um lugar de destaque no Brasil e o que fazemos é valorizado, senão não vinham atrás de nós querendo tanta notícia. Quais são os episódios mais marcantes de sua vida no jornalismo? O episódio mais marcante da minha vida profissional, não tem nada a ver com minha profissão, que foi o encontro com meu marido, Cyro Siqueira, companheiro de uma vida inteira. Como foi trabalhar com seu marido?

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Não tínhamos nenhuma comunicação doméstica. Era só profissional. Soubemos separar muito bem a profissão do casamento e deu muito certo. Fomos muito companheiros e felizes. Em casa discutíamos coisas do jornal, mas no jornal não discutíamos nada de casa e nenhum tipo de assunto que não fosse relacionado ao trabalho. Ele era muito exigente e eu também. Quais são as responsabilidades e os desencantos de um jornalista que dedicou sua vida a profissão? A primeira responsabilidade é a veracidade da notícia, é falar a verdade! Não dar uma nota sem saber o que estamos fazendo e sem antes apurar. Acusar alguém ou falar mal de alguma coisa é muito sério. A nota, seja de qual ordem for, tem que ter conteúdo; o jornalista tem que saber o que está escrevendo. Você acha que a responsabilidade dos jornalistas com a notícia e com as pessoas acabou? Há certa inconsequência da parte deles? Há jornalistas irresponsáveis que infelizmente não têm nenhum comprometimento nem com as pessoas, quanto mais com a notícia. Acho que os fatos são pouco explorados quanto ao ponto de vista da informação que será passada. Poderiam aprofundar-se mais quanto à verdade. É preciso ter responsabilidade ao soltar uma notícia. Acusar alguém é muito sério. Há uma série de restrições que precisam ser respeitadas. Você mantém uma coluna há 58 anos


no mesmo grupo, no mesmo jornal e o sucesso é continuo. Qual o segredo? Acho que é porque sou muito franca. Muito sincera. As coisas que eu escrevo, falo e faço, as pessoas podem acreditar! Isso leva a confiança em mim. A informação que passo tem uma resposta muito boa, atingindo classes diferenciadas.

“Jornalismo não é uma profissão, é devoção. O Jornal é a minha vida. Depois que Cyro foi embora então, se não tivesse o Estado de Minas, eu teria morrido.”

da é muito prazeroso. Qual o seu grau de exigência na profissão? Que lição deixaria para os jovens que escolheram o jornalismo? Jornalismo não é uma profissão, é devoção. Não somos funcionários pú-

blicos que deu a hora de ir embora, saímos. Quan-

Você tem muita personalidade, é uma mulher reservada e poucas pessoas gozam de sua intimidade. Por quê?

tas vezes fui embora do jornal quase clareando o

Sou uma pessoa contida nas minhas emoções. Tenho muitos conhecidos e poucos amigos. Os poucos amigos que tenho, posso contar e confiar para qualquer coisa. São muito bons. Não abro meu coração para ninguém, é muito difícil.

embora então, se não tivesse o Estado de Minas, te-

A informação hoje em dia chega por fração de segundos através das redes sociais. Eu não vi você ligada em nenhuma destas redes e sei que mal usa o celular. Como consegue manter-se conectada com o seu leitor e de maneira tão atual?

pouco, cada vez menos. Leiam, releiam, discutam.

Já basta a quantidade de e-mails que recebo por dia, são mais de 300. É uma loucura! Eu não preciso e nem acredito em redes sociais. De alguma forma elas substituem as cartas anônimas de antigamente, você não sabe quem é que está por de trás da tela. E isso pra mim, não vale. Usam o anonimato para fazerem o que querem. Não gosto. Como você enxerga o futuro da mídia impressa? Acha que o jornalismo empobreceu? Esta fixação que corre no mundo inteiro que a mídia impressa vai acabar é uma corrente que não irá levar a nada. A mídia impressa não vai acabar! Pegar um jornal e folhear uma revista na mão, é muito bom! É bem diferente do que ler a notícia nestes tablets e em telefones celulares. O contato manual ain-

dia. Hoje este comprometimento não existe mais. O jornal é a minha vida. Depois que Cyro foi ria morrido. Para os jovens jornalistas digo para ler mais, aumentar o grau de cultura, de informação e ter comprometimento com a notícia. As pessoas estão preguiçosas, lêem muito Tenham ética na profissão. Eu, Cyro Siqueira, seu pai Wilson Frade, Mário Fontana, Eduardo Couri, somos de uma geração na qual a ética caminhou ao nosso lado. Tenham compromisso e responsabilidade com a notícia, por que a força da mídia é gigantesca! Você é uma profissional de sucesso. Como vê o papel da mulher no mercado de trabalho? Elas precisam enfrentar mais e encarar o trabalho profissionalmente. Precisam acreditar que são capazes! As mulheres, infelizmente, são as maiores preconceituosas. Ainda têm medo de encarar a vida profissional. Quando encaram, dá certo e vão longe. Quando se posicionam, ninguém as seguram. Essa história de que o salário é diferente é uma tolice, tem que ser profissional e lutar pelos seus direitos.

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visão

por Eduardo Azeredo, engenheiro mecânico, ex-prefeito de BH, ex-governador de Minas Gerais, Senador e Deputado Federal

Perspectivas para Minas

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O Governo Federal também está em dívida com a área de transporte público, adiando sempre a liberação de verbas e ações para as obras do metrô de Belo Horizonte, que teve sua última grande interferência feita em 2002, quando o PSDB ocupava a Presidência da República. Vale lembrar que em 1989, quando Pimenta da Veiga e eu assumimos a Prefeitura da Capital, as obras, então paralisadas na Estação Central (Praça da Estação), tiveram continuidade com a inauguração de três novas estações – Santa Efigênia, Santa Tereza e Horto. Entre 1995 e 1998, com PSDB no Governo do Estado e na Presidência, o metrô foi ampliado até o Minas Shopping. E mais tarde, até o Vilarinho. No que diz respeito ao meio ambiente, os municípios mineiros têm se valido da Lei Robin Hood, que redefiniu os critérios para distribuição de parte do ICMS entre as cidades. Um dos critérios criados, e ainda vigor, é o da preservação ambiental – o chamado ICMS Ecológico, por meio do qual são premiadas as administrações que investem na conservação e criação de áreas verdes e no tratamento de lixo e esgoto. Essa mesma lei foi responsável por implementar o ICMS Cultural que, dentro dos critérios definidos, beneficia os municípios que promovem a preservação do patrimônio histórico e cultural – uma das maiores riquezas de Minas, reconhecido mundialmente. Sob esse aspecto, sai fortalecido, além do próprio município, o setor turístico, outro importante vetor da nossa economia. A situação de letargia e lamentações do governo estadual no primeiro semestre precisa ser abandonada com urgência; e o trabalho conjunto com a iniciativa privada é o caminho mais rápido para a melhoria da vida dos mais de 20 milhões de mineiros e mineiras. Por fim, Minas Gerais precisa retomar sua importância no cenário internacional. Em que pesem os inúmeros negócios realizados com empresas estrangeiras que estão investindo em nosso estado, o protagonismo nas relações exteriores ainda é centrado em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília – situação que exige um esforço maior do governo mineiro. foto divulgação

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inas Gerais é o que podemos chamar de “resumo do Brasil”, com regiões geográficas diferenciadas e desigualdades regionais acentuadas. De economia dinâmica e diversa, tem certamente como seu maior patrimônio o povo mineiro. Nos últimos 20 anos, o estado avançou em todos os aspectos socioeconômicos, consolidando-se entre os mais desenvolvidos e ricos do Brasil, sendo responsável por cerca de 10% do PIB nacional. Minas conseguiu reduzir as desigualdades sociais por meio da geração de emprego e renda; reduziu a taxa de mortalidade infantil e registrou aumento da expectativa de vida da população; implantou programas inovadores como “Saúde da Família”, “Consórcios Municipais de Saúde” e ampliação e construção de novos hospitais regionais. Ao mesmo tempo, atingiu o honroso posto de “melhor educação do Brasil” – além dos inegáveis resultados para os ensinos básico e fundamental, aferidos pelo Ministério da Educação, estão em Minas universidades públicas e particulares que primam pela excelência na formação dos alunos. A Fundação Dom Cabral, por exemplo, é reconhecida como a melhor escola de ensino gerencial da America Latina. Ainda assim, muito precisa ser feito. O principal gargalo na economia mineira é, sem dúvida, a infraestrutura viária. Embora o programa ProAcesso tenha levado asfalto a todos os municípios, num esforço enorme do Governo do Estado, Minas Gerais reclama melhorias em suas rodovias, sobretudo, nas que fazem ligação com outros estados. O caso mais urgente é o da BR-381, na região do Vale do Aço. Em 1998 já tínhamos iniciado o projeto de duplicação por meio da concessão à iniciativa privada, mas a obra vem sendo constantemente adiada, graças aos inúmeros titubeios da gestão petista no Governo Federal, que ora lança edital para a referida concessão, ora cancela os planos, deixando tudo como está. Os prejuízos, evidentes para o desenvolvimento econômico do estado, atingem também as regiões servidas por outras rodovias federais, como a BR-040. Para além disso, há as inúmeras perdas irreparáveis de vidas humanas, em trechos viários cujo pior exemplo pode ser ainda o do Anel Rodoviário da capital.


visão

por Deputado Federal Domingos Sávio foto divulgação

É preciso apontar o caminho

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As manifestações de história do Partido da Junho de 2013 consistiram Social Democracia Branum grande grito de indesileira, o PSDB, é motivo de pendência do povo brasileiorgulho para todos nós que ro, revoltado com o abandoparticipamos de sua funno da ética e da probidade na dação e para os tantos que política, e em especial com o se uniram à nossa causa ao desgoverno e a incompetênlongo dos anos. Somos hoje cia a que todos fomos submeo resultado desse conjunto tidos. de forças reunidas ao longo E a resposta a todo esse de 27 anos desde a fundação movimento foi uma série de do partido, que nasceu sob a promessas não cumpridas ou promessa de estar “longe das ações sem nenhuma eficácia benesses oficiais, mas perto “A grande missão que se comprovada. do pulsar das ruas, para fazer apresenta ao partido neste Anos depois do esgerminar novamente a espemomento é, sobretudo, cândalo do Mensalão, que rança”. apontar o caminho para uma assustou a todos que não Durante toda essa tranova política, feita com ética, imaginavam ser possível tajetória, o PSDB jamais se competência e justiça social, manho assalto ao patrimôafastou dos fortes pilares que pilares fundamentais dos quais nio público, estamos agora embasaram a sua criação. diante de um episódio ainIniciou sua trajetória nunca nos afastaremos.” da pior em torno da nossa elegendo governadores e premaior empresa, a Petrobrás. feitos em importantes cidades do país. Em 1994, o O Petrolão, como é chamado, revela que a ainda jovem partido subiu a rampa do Palácio do sina do governo do PT não foi intimidada pelas Planalto com Fernando Henrique Cardoso, exepunições do passado, e principalmente que o país cutando um Programa de Governo que reduziu a precisa desesperadamente de um banho de resinflação, trouxe equilíbrio à economia e harmonia posta popular que leve para longe esse esquema à República. instaurado no seio da nação. No entanto, os desafios do presente com Esse quadro terrível impõe ao PSDB a rescerteza são mais importantes que o nosso passaponsabilidade de liderar uma oposição a favor do de glórias. Ao longo dos últimos anos, o país de Minas e do Brasil para combater esse governo foi vítima de uma maliciosa ilusão criada pelos corrupto e incompetente que enganou mineiros e governos do PT, que simulavam uma realidade de brasileiros no maior estelionato eleitoral da nossa prosperidade econômica e justiça social enquanto, ainda jovem democracia. por trás das cortinas, o que de fato havia era um A grande missão que se apresenta ao partilastimável sistema de corrupção e de manutenção do neste momento é, sobretudo, apontar o camido poder a qualquer custo. nho para uma nova política, feita com ética, comNos últimos anos, a consciência política dos petência e justiça social, pilares fundamentais dos brasileiros com relação a essa verdade começou a quais nunca nos afastaremos. aflorar.

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entrevista

por Acílio Lara Resende foto divulgação

a visão do líder da Maioria João Leite, uma das maiores reservas políticas do país, bate duramente no governo e mostra-se pronto para defender as propostas de seu partido, o PSDB. Afirma que para o bem de Minas, Pimentel, tinha que ser cassado. Ainda há espaço, no mundo, mas, sobretudo no Brasil, para a social democracia? Há espaço sim! O próprio governo do PT aponta para a necessidade de um Estado que cuide do essencial, não o paquiderme que se instalou no país. Um Estado caro para o contribuinte. Há espaço também para discutirmos o Parlamentarismo num ambiente de total irresponsabilidade do Congresso. A Social Democracia faria muito bem para o Brasil. Você foi candidato a prefeito de Belo Horizonte pelo PSDB. Como explica a derrota que teve na época? A derrota em Belo Horizonte foi numa disputa contra o Célio de Castro e uma aliança que já governava a cidade há mais de uma década. Foi muito difícil por causa do aparelhamento da administração. Muito dinheiro na campanha e, claro, mentiras e promessas naturais que as campanhas petistas pregam. Não tenho mágoa da disputa, ao contrário, lembro com gratidão dos companheiros do PSDB e em especial do Ministro Pimenta da Veiga, que desde o início, me incentivou, orientou e ainda indicou o coordenador da minha campanha, o Dr. Silvio Mitre. Foi uma derrota honrosa e perdemos no segundo turno com uma diferença de menos

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5%, ou seja, com pouco mais de 2% ganharíamos a eleição. Você foi vereador por dois anos, secretário municipal, secretário estadual e está no seu sexto mandato de deputado estadual. Que analise faz dos rumos que tomou a política em Minas e no Brasil, nos últimos anos? O Brasil perdeu a grande oportunidade de se afirmar como grande nação, quando o povo brasileiro deu a vitória ao PT, criando um retrocesso de difícil reversão. As sólidas bases lançadas pelo governo do PSDB, através das mãos do Presidente Fernando Henrique Cardoso foram perdidas. As pedaladas fiscais feitas pelos governos petistas, o aparelhamento, o inchaço da maquina pública, desmoralizam a gestão. Ninguém mais acredita na seriedade do governo. O PT lembra a ARENA que criou a primeira bolsa que foi o Funrural. Tinha seus votos nas regiões brasileiras dependentes das ajudas governamentais, marcado pelo Patrimonialismo compadrio e Coronelismo. Um atraso total. Você pensa em ser candidato novamente a prefeito ou espera uma chance para se candidatar a governador? Não desejo mais me candidatar a cargo majoritário. Quero estar no Parlamento defendendo


meu partido, as bases de gestão que os nossos governos lançaram. Ser um guardador da memória do bem que o PSDB fez para o Brasil e para Minas Gerais. Por que ainda não se candidatou a deputado federal? Meu desejo era após o primeiro mandato me candidatar a Federal, mas as ponderações da minha esposa, Eliana, foram vencedoras. Argumentou que eu perderia o crescimento dos nossos três filhos. Agora chegou a primeira neta e quero ficar perto dela. Quais são as causas da derrota de Pimenta da Veiga para o Governo do Estado nas eleições do ano passado? A mais importante é que o Ministro Pimenta da Veiga enfrentou um adversário com muito dinheiro e nenhum limite. Um vale tudo, provado na rejeição das contas de Pimentel e o pedido de cassação do seu mandato. Para o bem da política, Pimentel, tem que ter seu mandato cassado! As provas são fartas. A dobradinha Lacerda/Aécio se manterá no próximo ano? Há neste momento um desejo muito forte da base do PSDB de candidatura própria, que eu respeito muito. O partido se ressente da ausência de quadros na Câmara Municipal de BH, além de presença mais forte na administração municipal. Espero que este entendimento seja feito entre os líderes e este desejo da base do PSDB seja realizado. Não sendo você, quem seria o melhor candidato do PSDB a prefeito ano que vem? Não faltam quadros competentes no PSDB, temos candidatos naturais como a do ministro Pimenta da Veiga, do Senador Anastasia e dos quadros mais recentes o do Deputado Rodrigo de Castro e do Deputado Estadual João Vitor Xavier. Quem seria, hoje, um bom exemplo de homem público? O Ministro Pimenta da Veiga é o nosso polí-

tico que guarda a história da democratização brasileira na alma. Fundou o PSDB, lutou pela democracia e participou do governo que lançou as bases da transformação do Brasil. Você é capaz de identificar os erros que o PSDB cometeu nos 12 anos que governou Minas? E como encara as acusações do atual governo às gestões do PSDB? O PSDB assumiu o Governo de Minas em 2003, sem tomar posse, Aécio, teve que lidar com a falta de recuso para honrar o décimo terceiro dos Servidores. Recorreu ao Presidente Fernando Henrique e ao Ministro Pimenta da Veiga conseguindo o dinheiro para pagar os funcionários e assumiu trechos de Rodovias Federais em troca. Os salários dos servidores eram pagos em sete etapas, sendo a última no dia 29 do mês. Aécio cortou 30% do próprio salário, e, dos Secretários também foram diminuídos, com uma gestão segura. Zerou o déficit e pagou os servidores até o quinto dia útil do mês e ainda conseguiu trazer recursos internacionais. Foi assim que foram ligadas por 225 cidades mineiras esquecidas. Foi criado o “Minas Comunica”, que levou a Telefonia Celular aos 853 municípios do nosso estado, na gestão de Pimenta da Veiga. Do outro lado enfrentamos uma oposição com muito ódio e que a todo o momento lutou para destruir o Governo com greves na educação e discursos permanentes na oposição, de que, o governo era contra os funcionários públicos. Não desconhecemos as más intenções do PT que tenta destruir o que foi feito pelo nosso governo, como fizeram com Fernando Henrique. Que analise você faz do governo Fernando Pimentel? O Governo de Pimentel não existe, são meses de factóides e desacertos como a Medalha da Inconfidência para João Pedro Stedile.

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entrevista

por Acílio Lara Resende foto divulgação

Oposição cerrada Um dos principais líderes de oposição ao Governo do PT, o deputado estadual Gustavo Valadares (PSDB/MG), defende o legado do partido nos últimos 12 anos de governo em Minas Gerais. Deixa clara a tristeza com antigos aliados que hoje votam a favor da gestão petista e comenta decisões polêmicas como o auxílio-moradia aos parlamentares. Lembra a trajetória política da família e faz uma reflexão sobre a sucessão do prefeito Márcio Lacerda e do futuro do PSDB em Minas. Depois de 12 anos no poder o PSDB está preparado para fazer oposição em Minas? O PSDB disputou as últimas eleições para vencê-las e continuar governando o estado. Não conseguimos a vitória, a maioria do eleitorado escolheu o candidato do partido contrário ao nosso, e isso fez com que, neste ano, ingressássemos na oposição e estamos preparados pra isso. Ainda mais quando temos o legado de um governo que

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transformou Minas e fez do nosso estado uma referência em termos de gestão para o mundo inteiro. É fácil fazer oposição tendo ao seu lado uma história de quem transformou para melhor Minas Gerais. Como Líder da Minoria, qual será o seu papel na cobrança das promessas de campanha do Governador Fernando Pimentel?


Essa é uma das nossas principais atribuições: cobrar do senhor governador o que prometeu durante a campanha, sob pena de termos de sair aos quatro cantos do estado dizendo que o que ocorreu em Minas, foi um estelionato eleitoral, assim como foi na campanha presidencial. Os deputados realizaram um evento na Assembleia para avaliar os 100 dias de governo de Fernando Pimentel. Qual foi a conclusão? Cheguei à conclusão de que as únicas medidas que foram tomadas foram para atender a companheira do PT, do seu governador, sua turma e nada em favor dos mineiros. Trouxe a casa uma reforma administrativa para ser votada a toque de caixa de uma maneira “urgente” que trazia o inchaço da máquina pública, aumentando o número de secretarias e de cargos. Colocando cargos de subsecretários com salário mais alto do que o do próprio governador. É aquele tipo de coisa que o PT implementa no Brasil afora quando assume um governo. Inchar a máquina pública pra abrigar a companheirada. É projeto de partido, não de governo, é assim que o PT governa. Foram assim os 100 primeiros dias, muito pouco para a população e muito para abrigar a companheirada. Foi imprudência ter votado o aumento auxílio-moradia dos deputados neste momento de retração da economia brasileira? Essa é uma questão pessoal de cada parlamentar, respeito à posição de cada um deles. Posicionei-me quanto ao tema. Votei contra o auxílio e mesmo com sua aprovação, abri mão logo que foi anunciado o resultado. É uma posição que está acima das questões partidárias, políticas e me permito dizer que fiz minha colocação no momento oportuno, que foi na votação. Você é neto do ex-deputado Sady da Cunha Ferreira e filho de Ziza Valadares que também foi parlamentar. Como é ter a política no sangue? É gratificante estar ao lado do meu avô e do

meu pai. Os dois sempre foram homens públicos que pautaram suas vidas política na seriedade, na honradez, no compromisso. E principalmente na transparência de seus atos. Aprendi com eles a fazer a política com “P” maiúsculo. Somos três filhos em casa, eu, o mais velho e o que acompanhava meu pai em tudo desde cedo. A política está dentro de mim desde menino. Sabia que o momento chegaria. E chegou até muito cedo, já que com 25 anos tomei posse na Assembleia Legislativa para meu primeiro mandato de deputado estadual. Que nomes são fortes candidatos à sucessão do prefeito Márcio Lacerda? Temos nomes fortes no PSDB. O nosso candidato a governador nas eleições passadas e que já foi prefeito de Belo Horizonte, Pimenta da Veiga é um nome bem avaliado. Temos o deputado João Vitor Xavier que pleiteia e tem boa condição pelo acesso em BH. Temos o deputado João Leite e o senador Anastasia. Na atual conjuntura a população está tomando consciência que a cada dia o PT faz uma atrapalhada maior e aumenta o leque de atos ilegais praticados a frente do governo. Com tranquilidade e sabedoria vamos saber trabalhar ao lado do prefeito Márcio Lacerda, com quem sempre mantivemos boas alianças e venceremos a prefeitura em 2016. Depois da perda do governo em Minas, o que mais pode se esperar do futuro do PSDB no Estado? O partido tem consciência de seu papel na oposição, está aguerrido e pronto para o embate pelos 12 anos que estivemos a frente do governo e pelo que acreditamos. Cumprimos nosso papel e transformamos o Estado, fizemos a nossa parte. Há muito por fazer e lutar, é claro. Estamos prontos a mostrar os equívocos do Partido dos Trabalhadores, que são muitos. Vamos apontar os caminhos corretos e seguirmos em frente, preparados para a luta, por um Estado mais justo.

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história

por Anna Paola Frade foto divulgação

O

50 anos depois do golpe

jornalista José Maria Rabêlo, natural da cidade de Campos Gerais, no sul de Minas, está às vésperas de comemorar suas bodas de vinho: 70 anos de jornalismo, ainda hoje em plena atividade. Sua carreira começou em 1946, em uma revista belo-horizontina chamada Cultura Magazine. A partir daí não parou mais. Foram dezenas de jornais e revistas em que trabalhou, em Belo Horizonte, no Rio, em São Paulo e em outras cidades pelo Brasil afora, e até mesmo em La Paz, Bolívia, e Santiago, no Chile e, como colaborador, em Paris, na França. Em 1952, com 23 anos, juntamente com outro jovem jornalista, Euro Luís Arantes (24 anos), criou um modesto jornal, que iria desempenhar papel relevante na história da imprensa brasileira, considerado que é pelos estudiosos como um dos precursores do moderno jornalismo alternativo do País. Era o Binômio – Sombra e Água Fresca, numa sátira ao programa administrativo Binômio – Energia e Transporte, do então governador de Minas e depois presidente da República, Juscelino Kubistchek. O pequeno Binômio infernizou a vida dos políticos e outros figurões da sociedade mineira, que tudo fizeram para silenciá-lo: processos na Justiça (foram 32), ameaças de morte, intimidações de toda ordem. Nos últimos anos, teve que ser impresso no Rio, pois nenhuma gráfica de Belo Horizonte, sob pressão oficial, aceitava imprimi-lo. Em sua edição de 18 de dezembro de 1961, o Binômio publicou uma reportagem denunciando as arbitrariedades cometidas pelo general João Punaro Bley, quando interventor do Estado Novo no Espírito Santo, que acabara de assumir o comando do Exército em Belo Horizonte. “Democrata hoje; fascista ontem”, dizia a reportagem a propósito de uma conferência do militar, proferi-

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da na Associação Comercial de Minas, de franca pregação golpista, denunciando o que chamou de “ameaça contra a democracia no Brasil”, representada pelo governo João Goulart. Irritado, o general foi à redação do jornal para agredir Rabêlo, como fizera tantas vezes com os jornalistas do Espírito Santo. Mas não sabia que o diretor do Binômio era bom de briga, inclusive faixa marrom de judô, tendo levado nítida desvantagem no confronto que tiveram. Em represália, mais de 200 homens do Exército e da Aeronáutica, sob as ordens de seus respectivos comandantes, cercaram o jornal, depredando-o completamente. O Binômio, entretanto, não deixou de circular, mas a vida de Rabêlo ficou marcada para sempre por aquele incidente. No golpe de 1964, o jornal voltou a ser invadido e depredado; para o jornalista não restava alternativa, senão a de deixar o País. Foi o que aconteceu, tendo que viver com a mulher Thereza e seus sete filhos 16 anos fora do Brasil – na Bolívia, no Chile e na França. Só retornaram em fins de 1979, com a abertura política. Na entrevista que nos concedeu relata as peripécias de seu longo e atribulado exílio, com muitas revelações que faz pela primeira vez. Rabêlo é autor de vários livros, um deles, Diáspora, justamente sobre as suas experiências no exílio.


OS DRAMAS DO EXÍLIO O cônsul francês chegou à embaixada do Panamá, onde eu estava exilado, e me comunicou, todo afável, que seu governo me havia concedido o asilo político. – Bom dia, monsieur Rabelô (a pronúncia de Rabêlo em francês). Meu governo lhe deu o asilo pedido. Félicitations. – Muito obrigado, senhor cônsul – respondi, respeitosamente. Mas há um problema. – Que problema, monsieur Rabelô? – Minha família: a mulher e os sete meninos. – O que foi que o senhor disse? A mulher e sete filhos? Perguntou o cônsul, num misto de incredulidade e espanto, como se não se acreditasse no que estava ouvindo. – Sim. O que o senhor escutou: minha mulher e nossos sete filhos. – Monsieur Rabelô, isso é uma terrível surpresa. Não sei se meu governo vai atender o pedido. – Espero que sim, respondi, procurando dar a maior dramaticidade à frase. Não posso deixá-los no Chile e viajar sozinho para a França. O senhor deve compreender meu drama. – Eu vou tentar, monsieur Rabelô. Mas temo que não serei bem-sucedido. Quinze dias depois, entretanto, ele voltou, alegre, sorridente, exibindo o documento como um troféu. – Veja só, o senhor teve sorte. Meu governo concedeu o asilo para toda a sua família. E olhando-me fixamente, de forma quase súplice: – Mas, pelo amor de Deus monsieur Rabelô, não arranje mais nenhum outro parente!... Este episódio, traduzido por mim para o português, dá uma ideia dos problemas que a gente tinha de enfrentar a cada dia, numa sucessão que parecia não terminar nunca. O EXÍLIO NO CHILE A Thereza e os meninos (Álvaro, Pedro, Mônica, Patrícia, Hélio, Fernando e Ricardo) chegaram ao Chile em dezembro de 1965, mais de um ano depois do golpe no Brasil. Eu já estava lá fazia aproximadamente um ano, mas eles tiveram de esperar que eu conseguisse um emprego e pudesse levá-los. Antes, passei seis meses na Bolívia, em meu primeiro exílio. Um golpe, estimulado pelos militares brasileiros, depôs o governo popular do presidente Paz Estenssoro, que era simpático aos exilados. Fui então obrigado a abandonar o país, viajando para o Chile, onde pela segunda vez me exilei. Nossa vida ali, até o golpe, foi tranquila, muito feliz. Eu trabalhava numa instituição internacional e tinha um salário alto para os padrões locais. Os meninos estudavam em excelentes escolas públicas, como eram as chilenas. Já estávamos todos bem adaptados ao país. Pouco tempo depois, devido à grande concentração de entidades de pesquisa e elaboração em ciências sociais existentes lá (CEPAL – ONU, FAO, Celade – Centro Latino-Americano de Demografia e a minha própria, DESAL), resolvi fundar uma livraria especializada naquelas matérias. Foi a primeira na América Latina e, em cerca de dois anos, já eram cinco. A Thereza passou a administrar a principal delas, localizada no Bairro Providência, então o mais sofisticado de Santiago, no qual funcionavam as instituições culturais internacionais e os organismos diplomáticos. As livrarias passaram a ser o ponto de encontro das pessoas interessadas em conhecer o Chile e a América Latina, pelo amplo e variado acervo que ofereciam. Eu estava à frente da empresa, que entrou também no ramo de exportação e importação. Mal podíamos imaginar a tempestade que se anunciava no horizonte. Mesmo para mim, que fora vítima de dois golpes seguidos, parecia de todo improvável uma intervenção militar no Chile, apesar da intensa agitação social e política que o país estava atravessando. Em quase um século, o Chile não tivera uma só ditadura. Suas Forças Armadas eram decantadas pelo seu estrito respeito às leis e ao poder civil. Foi um longo caminho que seguiram até o golpe. A imprensa, hostil a um governo de caráter socialista, como era o de Allende, assumiu a frente desse processo conspirativo. As classes patronais, extensos setores das classes altas e médias, uma gran-

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história

por Anna Paola Frade fotos divulgação

de parte da Igreja, organizações direitistas, como a terrorista Patria y Libertad, defendiam a derrubada do governo legal, promovendo para isso uma incessante campanha de manifestações, greves e atentados à bomba, muitos deles deixando mortos 1

e feridos. O Chile parecia estar às vésperas de uma guerra civil. Os EUA, conforme se comprovou mais tarde, apoiaram a conspiração com milhões de dólares e assistência operacional. 2

1. Thereza e os sete filhos do casal, no período em que estiveram longe do pai, à espera de poderem juntar-se a ele no Chile. O menor dos meninos, Ricardo, tinha pouco mais de um ano. 2. José Maria ao despedir-se dos filhos e da mulher Thereza, no Aeroporto Santos Dumont, no Rio, rumo ao exílio.

O GOLPE DE PINOCHET Oficiais golpistas, por influência do general Augusto Pinochet, na época ministro da Defesa, passaram a deter os principais comandos. Quando suas tropas, em 11 de setembro de 1973, saíram dos quartéis para bombardear e invadir o Palacio Presidencial de La Moneda, onde Allende resistiu até à morte, todo aquele passado legalista veio abaixo. O Chile deixava de ser uma exceção na América Latina e, como em tantos outros países da região, suas oligarquias e aliados não podiam aceitar um governo progressista e popular. Lembremos que vivíamos o período da Guerra Fria, na qual os EUA consideravam esta área do mundo como essencial para sua estratégia militar e política, em contraposição à antiga União Soviética. Para evitar que “o Chile se transformasse em uma nova Cuba”, como diziam, mudando de lado no xadrez mundial, impuseram uma ditadura feroz que durou quase 17 anos, com o assassinato de mais de três mil pessoas e a prisão de milhares de outras. Nosso filho Pedro esteve preso no famigerado Estadio Nacional, transformado em campo de concentração, tendo sido torturado várias vezes e ameaçado de fuzilamento. Sem eu saber bem por quê, meu nome estava na primeira lista dos procurados pelas novas autoridades. Tinha 24 horas para me apresentar no Ministério da Defesa, sob pena de fuzilamento. Chegaram a nossa casa duas horas depois de eu haver saído e me escondido na mansão de um rico amigo chileno, insuspeito de ligações com a esquerda. Thereza e os meninos se refugiaram em um abrigo criado pelas Nações Unidas para proteger os perseguidos pelo regime, especialmente os estrangeiros. Uma semana depois, deixei meu refúgio, entrei na embaixada do Panamá, obtendo a condição de exilado naquele país. Ali que ocorreu o patético diálogo com o cônsul francês, com que iniciei esta reportagem, primeiro passo de nossa saída do Chile e de nosso exílio na França. Um exílio menos traumático, marcado pelas dificuldades de adaptação, sobretudo quanto à língua e aos costumes locais, tão diferentes dos nossos. THEREZA Não deixo de ressaltar a importância do papel de Thereza em minha vida, uma mulher excepcional, por sua coragem, lealdade e amor. Nunca reclamou das peripécias que vivemos, sendo companheira em todas as horas. Quero transcrever o trecho de um dos poemas que lhe dediquei, que dá a ideia do quanto nos amamos: Não serão os sustos nem o medo, / nem o instante mais difícil / o poço vazio, a mesa deserta; / não serão os desafios do tempo, nem as rugas nem o tédio, / o passar dos dias e dos anos, / nem mesmo a eternidade, / que nos hão de separar. / Estamos juntos, como sonhamos toda a vida, / e junto voltaremos. / E juntos para sempre seguiremos, / reinventando dia a dia o nosso amor, / purificado em cada queda, / em cada pedra do caminho.

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moda

por Jorois e Samanta Sá fotos Fernando Lousa

Tecendo ideias Com mais de 25 anos de carreira, Elisa Atheniense adquiriu uma vasta experiência no universo das tramas e texturas! Aos 21, foi estudar Estilismo e Modelismo em Firenze. De volta ao Brasil começou a manipular e experimentar o couro em suas criações. Alcançando rapidamente o reconhecimento no mundo da moda no país, com o Tressê como marca registrada em suas produções, suas bags começaram a ser vendidas em lojas multimarcas, e em pouco tempo tornou franquia. Atualmente dedica parte de seu trabalho desenvolvendo e aprimorando sua linha Home em parceria com grandes nomes do design brasileiro. O que mais inspira você a criar? É o ofício manual. Explorar a versatilidade do couro me proporciona muita satisfação. Minhas viagens, lugares exóticos e culturas diversificadas somam-se à ideias e definem meu estilo ao escolher e trabalhar a matéria prima.

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O que diferencia seu trabalho das demais marcas de bolsa e do mobiliário brasileiro? Em cada peça que produzo utilizo sempre matéria prima de alto padrão, escolhidas e desenvolvidas através de pesquisas contínuas.


Todas as ferragens em meus produtos são de metal e possuem acabamento primoroso. Além disso, é a minha alma em cada trabalho. Como nasceu a linha Homewear? Tudo começou com o couro e as tramas como o Tressê, forte característica da marca. Tendo a mão os materiais para confeccionar minhas bolsas, explorei-os e potencializei-os para a utilização em mobiliários e acessórios para este mercado de décor e design. Qual a diferença entre trabalhar com acessórios para a moda e para a linha casa? Para a linha Home desenvolvo produtos atemporais e que se sobrepõem às rápidas e concorridas estações do calendário Fashion da moda, como o das bolsas. Mas ambos são desenvolvidos com o mesmo cuidado e profissionalismo, respeitando a demanda do mercado mobiliário. Quais são os principais produtos da linha Homewear? Divido em dois segmentos; primeiro a matéria prima trabalhada que são os pelos lisos, serigrafados, prensados ou tratados a laser, e as ráfias, o forte de minhas coleções, utilizadas em móveis e revestimentos; segundo, o produto acabado para comercialização que são os tapetes de teares, almofadas e pufes. Qual a origem da matéria-prima que você trabalha e em quais locais comercializa seus produtos? A matéria-prima que utilizo é 100% nacional! A lã de ovelhas é um bom exemplo; venho tecendo seus fios em teares rústicos e manuais, transformando-a em mantas únicas. Revendo meus produtos em todo território nacional. No exterior, exporto para Europa, Ásia, Emirados árabes e Estados Unidos.

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moda

Foto: rafael cietto

por Jorois e Samanta Sá

victor dzenk

Fotos: pedro meyer

Em 1998 nasce à marca Victor Dzenk. Para uma mulher elegante, refinada e sensual. Cores, tecidos fluidos, malhas nobres de acabamento impecável permeiam os sonhos e desejos deste universo feminino. A ordem é valorizar a silhueta. Em parceria com seus irmãos Ana Elisa e Vinícius Dzenk, Victor imprimiu seu DNA no cenário da moda brasileira com suas estamparias digitais! São 14 temporadas de grandes desfiles, sendo reconhecida como uma das mais influentes e esperadas do calendário fashion nacional. São 180 pontos de venda no Brasil e 25 no exterior. Esse mineiro criativo não para! Andrea Natal, diretora do Copacabana Palace e Embaixadora do projeto social “Solar Meninos de Luz”, no Rio de Janeiro, convidou Victor, a assinar uma linha de camisetas com desenhos feitos pelas crianças, tendo impressas a emblemática fachada do Copa. A renda é revertida para a ação integralmente.

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moda

lemos

A palavra feminina define a marca Essenciale, como personalidade de sua mentora, a estilista Valéria Lemos. Com mãos firmes, esta mulher jovem e dinâmica gerencia sua grife, cria, cuida e realiza suas coleções, sem jamais perder a ternura. Seu shape é a alfaiataria estruturada e arrematada em tecidos nobres. Fibras exclusivas e muita feminilidade. São 18 anos à frente desta importante marca mineira. Valéria ainda achou tempo para desenvolver outro produto especial que atendesse à galera antenada e descolada de Belo Horizonte! A Estore, marca que cuida desta new generation, com o mesmo esmero que consolidou a sua primeira Maison! Suas roupas estão em mais de 150 pontos de vendas no Brasil, e para apimentar ainda mais o inverno 2015, lança o Jeans Prêmium. Fabuloso!

fotos: divulgação

valéria

Foto: Antônio Andrade

por Jorois e Samanta Sá

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moda

olívia

borges da costa

Foto: Weber Pádua

Sofisticação é a palavra chave da Solli, grife mineira, fundada em 2009, pela estilista Olívia Borges da Costa. Contemporânea, a Solli nasceu para vestir mulheres cosmopolitas, independentes e que não abrem mão da beleza, do conforto e da praticidade. Consolidou-se no mercado nacional e internacional rapidamente. Iniciou uma história de sucesso. A marca começou com foco no atacado e rapidamente marcou presença nas mais conceituadas lojas multimarcas do país. Participou do Global Trends - importante evento do setor de moda praia de Miami, o Swimming Show. Foi aceita no território internacional com destaque. Em BH, sua Concept Store conquistou o varejo pelo mix de produtos sofisticados, que vão do Casual Chique ao Habilee, seguidos da linha Home que é um luxo.

Foto: Renata Mello

por Jorois e Samanta Sá

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moda

por Jorois e Samanta Sá foto divulgação

renato loureiro Renato é certamente um dos nomes mais respeitados na moda mineira e reconhecido no Brasil. Empreendedor visionário! Precursor do Grupo Mineiro de Moda na década de 70. Ajudou estilistas a abrirem novos horizontes de maneira definitiva e irreversível. A arte com o tricô foi elevada à máxima potência quando mesclou a juta ao couro, resultando em uma textura ousada e única no mundo. Prestes a completar 40 anos de carreira, Renato, está à frente da curadoria de um projeto que resgatará a memória de tempos gloriosos da moda em MG, unindo arte e gastronomia da nossa terra. A meta deste ícone que orgulha os mineiros é dar a oportunidade a jovens talentosos, determinados e arrojados dentro deste rico universo, que é a moda.

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moda

por Jorois e Samanta Sá

ainda brincam com cortes, shapes e caimentos. Todo o processo é acompanhado de perto pelas proprietárias e a equipe de estilo, que atestam o controle de qualidade de seus produtos. Durante a sua trajetória, a Bella Pelle sempre esteve próxima aos seus clientes como um norteador, fazendo vários trabalhos de sucesso ao longo de sua história. Sempre conquistando grandes parceiros no cenário da moda nacional, estando presente em mais de 100 multimarcas brasileiras e contando também, com pontos de venda no exterior. O estilo Bella Pelle busca sempre em suas coleções a atemporalidade, fazendo com que a mulher esteja atual e elegante para todas as ocasiões. FotoS: Weber Pádua

Criada em 1982, pelas irmãs Soraya e Lilian Abras, a Bella Pelle, por mais de 30 anos, se destaca no mercado da moda, por seu reconhecido trabalho em couro. A marca mineira desenvolveu seu estilo em meio a tecidos nobres, materiais diferenciados e um rol de estampas exclusivas que podem ser vistas em coleções cheias de personalidade. Cada peça surge do trabalho artesanal com os couros, trabalhados nas mais variadas formas, garimpados ao longo de muitas pesquisas, tudo isso sempre aliado a tecidos e malhas cuidadosamente desenvolvidas. A qualidade do couro e suas múltiplas possibilidades permitem a criação de uma modelagem que valoriza as linhas do corpo e

Foto: clarissa lanari

BELLA PELLE

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moda

por Jorois e Samanta Sá foto André Luppi e Guilherme do Studio E77

mabel

magalhães Criada na década de 80, Mabel Magalhães apresenta uma coleção para mulheres que, independente da idade, são feminina e sofisticada. Sua fundadora esteve à frente do estilo e depois de alguns anos, teve ao seu lado o renomado estilista Inácio Ribeiro, criador brasileiro, radicado em Londres. Após seu falecimento em 2004, seus filhos Francisco e Cláudio Magalhães, assumiram a direção da empresa e Daniel Corrêa, assina o estilo da grife, projetando a mesma tônica da alta qualidade proposta na concepção, sem perder a identidade e o DNA da marca. Vestida de manhã em uma impecável alfaiataria, ou à noite, onde, a fluidez das sedas e dos preciosos bordados criam a imagem do luxo, onde a técnica e primor são absolutos. A Mabel Magalhães tem grande destaque no segmento festa. Como diferencial, o trabalho hand made - bordados feito a mão em tecidos importados, com cristais Swarovski como uma das principais matérias primas. A alfaiataria é um sucesso! A modelagem é feita por profissionais considerados excelência no mercado. O tom é contemporâneo. A flagship, a loja conceito criada em BH por Pedro Lázaro reafirma o perfil de modernidade chique.

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moda

por Anna Paola Frade fotos Wilson Frade Filho

guerreira da moda

Meu laço com Andrea Almeida é familiar. Acompanho sua vida há anos. Sua luta deu certo. O mundo da moda e das criações ficaram pequeno para esta mulher deslumbrante que morou dez anos em NY. A bagagem de vida que adquiriu é tão rica que, o que viveu na Big Apple, aplicou em sua rotina. Enfatiza que disciplina e organização são as bases do sucesso. Há mais de 30 anos trabalhando com moda ganhou o respeito do mercado. Seu nome é dos mais conhecidos e procurados quando querem que ela desenvolva peças exclusivas. Tudo é feito na Índia. Só trabalha com o atacado, atendendo lojistas de todo o Brasil. O forte do escritório Andrea Almeida são as roupas de festa. Os bordados, lindos. Ah! Os Caftans são deslumbrantes! Tem a sua linha própria e mais uma vez enfatizo que, desenvolve o que o seu cliente desejar.

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power

por Anna Paola Frade fotos Wilson Frade Filho

PURO PODER Luísa Almeida Saraiva Ottoni, 26 anos, ariana, deslumbrante, descolada e absolutamente amorosa. Formada em Advertising Marketing Comunication, na fashion Instituto of Tecnology, de NY, há 16 anos consecutivos vive na ponte aérea Europa/Brasil. Foi o braço direito de Stela Mc Cartney na organização de seus desfiles e eventos, abrindo um leque enorme de relacionamento no exterior. Trabalhou na Teen Vogue e agora é a public relations e estilista assistente da Harpers Bazaar. Perde a conta das inúmeras viagens que fez, por este mundo afora. O universo da moda é sua vida, pois cresceu vendo a mãe, Andrea Almeida, trabalhar a vida inteira neste segmento. Agora, mais madura, prepara-se para abrir o seu próprio negócio. Garante que continuará sendo com moda. Suas fontes de inspiração são os estilistas Balmain e Saint Laurent. Quando pode, corre para Fernando de Noronha, para um detox. Adora festas, mas ama o sossego e o aconchego da família. Mora no West Village, em NY, coração do burburinho, perto dos melhores restaurantes e lugares badalados. Para quem gosta de novidades, vale a dica de quem conhece o que é bom. Sábado à tarde, Bar Pitti; sexta à noite, jantar no La Esquina ou no Boom Boom Room, no Roof Top dos Standar Hotel. Para quem quer coisas interessantes, vintage, vá ao Brookling Flea Market e no All Araund e Beacon’s Closet para peças únicas e charmosas.

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moda

por Samantha Gontijo e Giovanna Garzon foto divulgação

anos de sucesso "Apesar da falta que farei para vocês meus filhos queridos a ‘Luiza Barcelos’ deverá manter seus valores e seu perfil. E a tristeza da perda deverá transformar em homenagem à sua fundadora. Homenagem esta que é de manter e ampliar cada vez mais a sua obra. Sua mãe." Posicionada entre as principais marcas de calçados e bolsas do país, a marca Luiza Barcelos mantém até hoje sua estrutura familiar. A empresa foi criada em 1989, por iniciativa da mineira Maria Auxiliadora Barcelos, e atualmente é comandada pelos quatro filhos — Rosa, Lucia, Luiza e Luiz Raul — e por um dos genros, Ronaldo. Tudo começou quando dona Dorinha, decidiu assumir uma nova empreitada e arrematou, aos 56 anos, sem consultar ninguém, as instalações de uma pequena fábrica de sapatos em Belo Horizonte. Desde o primeiro momento, apostou na feminilidade, na riqueza de detalhes que, segundo acreditava, as mulheres tanto apreciavam. Atributos foram sendo incorporados como pilares para a trajetó-

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ria de sucesso da marca. A qualidade, a antecipação de tendências e a harmonia da maior parte de suas linhas são prioridade. São mais de 20 anos de história e um volume de cerca de mil produtos diferentes criados a cada temporada — levando em consideração as muitas variações de materiais e cores. No Brasil, Luiza Barcelos conta com cerca de 800 pontos de venda, incluindo duas lojas-conceito na capital mineira, uma em São Paulo, Rio de Janeiro, Ribeirão Preto e a mais nova recém inaugurada em Campinas. A assinatura está presente também em cerca de dez endereços no exterior, distribuídos em países como Austrália, Japão, Estados Unidos, Paraguai e Líbano.


moda

por Anna Paola Frade foto Clarissa Lanari

costurando sonhos A Laçarote é atualmente a maior referência em confecção de roupas de festas para crianças e adolescentes. O atendimento é único, personalizado e amoroso. A dupla Mariana Savassi e Maria Inês Franzen de Lima vivem em sintonia profunda uma com a outra, não só por serem mãe e filha, mas por que amam o que fazem. Cada pajem, cada dama que veste suas produções fazem os olhos da dupla brilhar diferente. A delicadeza delas encanta a todos! Vivem em meio aos tules, sedas, rendas, pérolas, tafetás, fitas e tudo mais que envolve este universo mágico que é o festejar. Ajoelham-se no chão, marcam bainhas, ajustam tudo perfeitamente no detalhe. Mariana é quem faz questão de supervisionar tudo pessoalmente. Ama criar os modelos e a mãe fica orgulhosa. As costureiras fazem parte da família, e como esse é um universo de carinho e amor, o resultado final só pode ser maravilhoso. Confira nas fotos.

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arte

por Anna Paola Frade foto divulgação

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Foto Wilson Frade Filho

a arte de luiz sternick Reconhecido no exterior, Luiz Sternick coleciona exposições e prêmios em sua carreira. Agraciado com a medalha de prata pela Academia de artes, Ciência e Literatura da França e medalha de ouro em todas as categorias no salão Internacional de cannes - MCA, virou referência nas artes. Paris, NY, Cannes, Chicago, São francisco, Miami, Fort Lauderlale, Ota Shi no Japão, Budapeste, Portugal, Buenos Aires, SP, RJ, DF, e BH foram agraciados com suas importantes obras. Como a arte entrou em sua vida?

mundo como Grand Palais e Louvre, por exemplo.

São quinze anos de luta neste universo. Sempre pintei. Fui curador de diversos artistas e com isso acabei fazendo cursos de arte, pintura, história da arte, esculturas, etc... Desenho todos os dias. Tenho rotina. Os convites vieram, acontecendo as primeiras exposições em NY, em um dos maiores centros de cultura. Quando vi, estava na ONU. Acho que despertei simpatizantes em diversas partes do mundo com os convites feito por galeristas de paises diferentes.

Quais os obstáculos enfrentados por vocês para ganhar este espaço?

Como a arte contemporânea mineira é vista fora do país? As artistas Lygia Clarck e Maria Martins abriram caminhos para a arte brasileira e mineira também. Deixaram sua marca registrada em museus e exposições fora do país alavancando outros. Hoje componho um grupo seleto de novos artistas que estão tendo a oportunidade de estar presente neste quadro internacional e isso devemos em parte a elas. Uma nova geração vem conquistando seu espaço e podendo expor nos maiores museus do

A falta de patrocínio, público ou privado. Cada viagem ao exterior é muito cara, imagine hoje com a alta do dólar então. Desde as passagens, ao seguro das obras, é tudo dispendioso demais. Fui convidado a expôr em mais de 30 países, imagine o valor para estar presente em todas. Este é o maior complicador. Então, temos que criar alternativas como podemos, e, escolher as principais. Como sua arte é vista aqui, em belo Horizonte? A imprensa, os amigos e galeristas sempre me prestigiaram e isso foi fundamental para o meu sucesso. É o convívio de uma vida inteira onde o respeito prevaleceu. Como publicitário há 30 anos sempre estivemos juntos. Acho que amadureci e me vêem com admiração. Só tenho a agradecer.

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arte

por Anna Paola Frade foto divulgação

cubos AÉREOS transfigurados

Cores fortes, linhas claras e formas geométricas corajosas definem as características das obras que o artista plástico Bruno Mitre apresenta na exposição “Cubos Aéreos Transfigurados”, na Galeria do PIC Cidade. Nas 14 telas apresentadas na mostra, o artista foca na tinta acrílica e no carvão sobre tela, criando um conjunto de estados de espírito e texturas que geram a sensação de uma animada conversa entre os vários aspectos de cada imagem. Linhas finamente desenhadas contrastam com impressionantes traços largos e as combinações de cores dão a cada obra uma superfície de energia vibrante. Essa sensação de dinamismo é intensificada pelas opções de cores e combinações. Vermelhos intensos, verdes azuis e amarelos são colocados com faixas grossas de tintas pretas criando um intenso senso de contraste e trazendo uma moderna energia urbana para as composições de pinturas e desenhos. “As grandes cidades e suas vidas são o centro do meu trabalho”, afirma ele.

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Treinado como arquiteto, Bruno Mitre focou no desconstrutivismo e transformou em pinturas o que ele mesmo define como elementos significativos da metrópole. Além de se inspirar nos arquitetos Frank Gehry e Daniel Libeskind, o artista também é seguidor do escritor francês Jacques Derrida, com sua filosofia de desconstrução. Segundo Mitre, o principal objetivo de sua arte é trazer idéias articuladas entre artes visuais, arquitetura e literatura - para a vida. Em suas imagens, linhas e escritas, as formas básicas são libertadas das restrições do mundo físico, assumindo vida própria. Representado pela “Agora Gallery” em Nova York, em 2015, recebeu dois importantes reconhecimentos de seu trabalho, conquistando o Prêmio Sandro Botticelli no Museu Casa di Dante Allighieri, em Florença, e o Prêmio Roma Imperial na Sala Bramante, Piazza del Popolo em Roma. Em setembro de 2015, participará da exposição coletiva Mestres da Imaginação - Exposição de Arte da América Latina, na Agora Gallery, em Nova York.


arte

por Anna Paola Frade foto divulgação

self

ângela Geo consagra sua arte e mostra a cada fase um profundo amadurecimento. A última exposição no Museu Inimá foi um sucesso, trazendo à tona um tema interessante e ao mesmo tempo uma palavra pouco ouvida entre as pessoas, que é o “MEME”, cujo significado é a menor partícula da informação. Sucesso que levou ao museu um público diferenciado, jovem e diversificado. Aproveitando o mundo vibrante, ângela usa os Memes como ponte para chegar ao raio-X humano, o SELF. Ouví-la falar sobre a nova fase, onde o Self, é a palavra do momento, consegui viajar em seu amplo universo informativo. Como é muito inteligente e quer passar tudo a nós sem deixar escapar nada, fiquei atenta para descrever o que é menos complicado do que parece. Ela explica que o Meme é o vírus comportamental que nos contamina. Que cria nosso registro cultural e é capaz de transformar o homem e suas atitudes. O “Self” é o resultado óbvio da contaminação que vem da informação, e transforma diversos seres em um só. As fotos mostram com nitidez incrível o ódio do amor, a vida da morte, a alegria da tristeza, a arrogãncia da humildade, assim por diante. O trabalho conversa por si só. Ela se entregou de tal forma a este projeto que as as fotos mexem com o nosso olhar e arrancam emoções. A informação é manipuladora e em vários momentos somos alguns destes seres fotografados por esta artista completa, sensível e absorvida pelos movimentos universais, que a torna encantadora e complexa.

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arte

por Yara Tupynambá fotos divulgação

a doçura na arte de Olímpia couto

Escrever sobre Olímpia Couto coloca-me diante de um dilema: escrever sobre seu trabalho ou sobre sua própria trajetória de vida? Esta frase, que fiz em apresentação da artista, há alguns anos, volta-me à memória, confirmando-me naquilo que sempre acredito: é indissolúvel a criação do artista de sua vida pessoal. Influências da infância e adolescência, de seus estudos, contatos e trabalho com outros artistas, tudo isto que pertence ao cotidiano de Olímpia aparece em seus trabalhos, ora de maneira clara, ora de maneira velada, como lampejos que afloram em sua memória, através de suas paisagens, seu casario, suas árvores, suas flores... Certamente sua infância nas pequenas cidades interioranas de Minas, marcaram sua preferência e ligação com a natureza. “Os cerrados do Indaiá, sua vegetação rasteira, os calcários, a itapiacanga, a gabiroba, a geada severa da madrugada”, a neblina no amanhecer, o casario perdido na vegetação, as pequenas

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flores a margem dos caminhos, este é o universo que se colocou à disposição da memória e dos sentimentos da artista, elaborados e transformados em cores e formas. A tendência de simplificação e síntese que se apresenta em sua carreira, que notamos nos últimos anos, marca a maturidade artística de Olímpia, que vem criando em seus quadros rigorosas estruturas composicionais, sem no entanto destruir o lirismo e a busca de um sentimento de beleza que norteiam sua criação. Sua técnica primorosa de veladuras, conseguida pelo árduo exercício ao longo dos anos, lembra-nos a herança técnica que Guignard deixou a seus alunos que, por sua vez, foi transmitida a geração a qual pertence a artista. Assim, aliando conhecimento técnico a memória lírica, a artista trabalha seus sentimentos, em uma busca atemporal que caracteriza a dignidade com que os artistas criam a verdadeira face da arte.


Camarão flambado com gelÉia de frutas vermelhas.

D

o clássico ao moderno, de pequenas reuniões a grandes festividades, da deco-

ração personalizada ao toque do Chef em cada prato. Mais que a versatilidade em produzir e servir, o Rullus realiza desejos com atenção a cada detalhe. Os serviços oferecidos dispõem de buffet completo para casamentos, bodas, debutantes, aniversários e batizados; recepções, coquetéis, brunchs, convenções, almoços e eventos temáticos. O Rullus Buffet possui um atendimento personalizado, onde cada cliente idealiza um tipo de cardápio. levando em consideração seus desejos e observações. “É preciso captar a essência do que querem para que tudo saia perfeito. Nosso objetivo é fazer cada sonho virar realidade!”, completa o Chef executivo Túlio Pires.

Rua Turim 73 Santa Lucia Tel. (31) 3280-3666 e-mail: rullus@buffetrullus.com.br www.buffetrullus.com.br

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onde ir

por Anna Paola Frade fotos acervo FIP

Museu Inimá de Paula O Museu Inimá de Paula foi um presente dado aos mineiros e ao Brasil, podendo levar para a eternidade o nome de um dos maiores e mais importantes artistas, que foi Inimá. Desde meninota, pude desfrutar ao lado da minha família momentos únicos, como poder vê-lo pintando os painéis da casa de Wilson Frade, na Pampulha, sentada no chão, bem quietinha, podia admirá-lo traçando com seu pincel, o que já desenhava em sua mente. Wilson Frade, além de cultivar a amizade e o convívio com vários artistas, foi quem mais os promoveu enquanto vivo. Inimá em especial, foi seu amigo fraterno. A partir do sonho de Inimá de

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Paula em instalar em Belo Horizonte uma instituição que levasse seu nome e contribuísse para o ensino e a promoção das artes, parece que o universo conspirou a favor e nasceu a importante Fundação. Alimentando o sonho compartilhado com seu patrono, que era, a criação do Museu, tornando pública a exibição de sua obra para apoiar consecutivamente a produção artística jovem de Minas Gerais. Talvez para que estes jovens não tivessem um início de vida tão duro, quanto Inimá teve que enfrentar, até se despontar como um dos melhores. O museu foi uma forma de inserir Belo


exposição de renome, até lançar noHorizonte em um contexto mais forvos nomes deste mundo de traços e te no cenário nacional, onde a mídia, cores. Quando pensaram no projeto, infelizmente está totalmente voltada desenvolveram por completo. O esa projetar os artistas que São Paulo paço possui a flexibilidade para didetermina. O sonho foi concretizado, versos eventos como apresentações propondo assim, a integração das armusicais e lançamentos de diversas tes e o convívio. O debate, a exibição e ordens, até shows e espetáculos. O o apoio à arte mineira chegaram com Cine auditório é uma beleza; o Saforça. O empresário Mauro Tunes e lão Inimá enorme e perfeito para sua Lilian se entregaram de corpo e abraçar grandes obras; a Plataforma alma a este projeto, sendo os precurEstrutura do Museu Inimá de Paula de exposições temporárias além de sores financeiros, nascendo assim, o bem planejada é dinâmica; a Galeria Virtual uma Museu. Um desafio único, onde vale destacar o novidade que apaixona; o Mezanino é um espaço desprendimento material do casal em usar parte onde se caminha admirando as telas enriquecidas de suas posses para o bem comum. Fantástico! de vida, história e memória. Tomara que, através desta ação, outros empresáO Museu é uma casa de coração grande, a rios despertem o interesse em contribuir e divulequipe integrada é sensível a estimular a arte, gar a arte, construindo e apoiando projetos como unindo a música, a gastronomia, o estudo, a visitaeste. ção desde as crianças aos idosos, para que merguO Presidente do conselho Diretor do Mulhem em um cenário que retrata a mente dos que seu Inimá de Paula, o atuante e apaixonado Paulo nasceram para desenhar. Aliás, as crianças amam. Lasmar, afirma que todo esforço para fazer deste O projeto Crianças no Museu é um sucesso, mosespaço uma referência nacional e mundial é gratitra o interesse dos pequenos em aprender com a ficante, além de importantíssimo para Minas Gecartela de atividades que oferecem. Este tipo de rais. O objetivo é manter a preservação e a divuleducação é gratificante ao vermos os resultados gação da obra de Inimá, fomentando a cultura em com a visitação de crianças vindas de escolas pútodas as suas formas de manifestação, com qualiblicas, inebriadas com o que a arte pode despertar. dade, gratuidade e auxiliando na formação de um Certamente, Inimá, de onde estiver, neste univerpúblico mais enriquecido e crítico, habituando a so, as cores devem manter-se vivas para ele, e, de consumir cultura, e, a frequentar casas de arte. A alguma forma, vem ministrando o sucesso de seu cultura é um patrimônio imaterial e imortal. Nos sonho, para que novos talentos nasçam. Inimá vismais de três mil metros quadrados restaurados e lumbrava uma sociedade mais justa, diminuindo remodelados com a mais alta tecnologia de ponta assim, a desigualdade. Segundo a curadora, Guioe segurança, iluminação e recursos visuais únicos, mar Lobato, o Museu Inimá é um exercício cultuaplicados em um prédio abandonado no centro ral, um alimento a alma, uma casa aberta a lançar de Belo Horizonte, esta obra arquitetônica revie promover novos nomes na arte, além de manter veu e consequentemente novas portas se abriram, viva a memória dos grandes artistas, cultivando o e vêm se abrindo para as artes. O museu é interinteresse pelas artes. nacionalmente preparado para receber qualquer

exposição narrativas poéticas

salão Inimá de Paula

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azulejaria

por Anna Paola Frade fotos divulgação

mineira de ALMA PORTUGUESA Vianita Barcelos é mineira, natural de Belo Horizonte e é das mulheres mais bem nascidas que conheço. A docilidade que encanta mostra sua bondade e o quanto é especial. Sensível, os olhos marejam facilmente dependendo do assunto. Feminina desde pequena, delicada, amante dos laços, das fitas, das flores, das cores, dos bichos e da natureza, tem a certeza que tudo isso contribuiu para despertar a arte em sua vida. Amante de todas as artes, quando descobriu seu encanto pelo desenho e sentiu-se segura em colocá-lo no papel, e mostrá-los aos outros, sabia que este dom a acompanharia pela vida toda. Veterinária, morou anos em suas fazendas onde contribuiu para dar personalidade ao que o destino colocou em seu caminho, pintar. Na busca por algo maior e mais consistente, já que a mãe passava temporadas em sua casa de Portugal, dedicou três meses de seu tempo em Lisboa, para

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aprender a azulejaria. Mergulhou de cabeça nesta arte milenar, desenvolvida pelos turcos, onde os portugueses aprimoraram e deram charme aos azulejos. Decidiu então, aprender a técnica deste trabalho complexo que lhe arranca suspiros e paixão a cada momento. Para Vianita, o azulejo é um monumental contador de histórias. Eterno! Aprender a azulejaria virou um alimento ao seu espírito. Ela tem talento. Pintou anos na porcelana, no vidro e ainda deu aulas de pintura, mas faltava algo que a completasse. Começou a aprender todo o processo de criação para desenvolver os azulejos, abraçando de tal maneira, que o hobby virou profissão. Os que mais ama são os ajulejos do século XVIII, azuis e brancos. Inspirou-se nesta época e chamou a atenção dos amigos. Com o tempo, sentiu falta de dar identidade própria ao seu trabalho, e contar em cada peça, um conto, dentro deste vasto universo.

Agregar a vivência nas fazendas e a cultura brasileira, inserida nesta arte já existente, foi gratificante. A combinação foi fantástica quando colocou a fauna, a flora e os frutos do Brasil integrados ao que já amava.A releitura do século XVIII com ar tropical casou bem com a arte portuguesa. O arquiteto Chicô Gouvêa, apaixonou-se por suas peças e encomendou uma coleção exclusiva para ser vendida na loja de Itaipava. Vianita, vem chamando a atenção dos designers e arquitetos pela beleza do trabalho. Exigente, trás os azulejos de Portugal, assim como a tinta, onde os tons mais vivos. Pinta no azulejo vidrado ainda cru, e, quando aplicada a tinta e acontece a queima no formo, se transforma em um mata borrão. O desenho jamais será apagado pelo tempo, perpetuando a história mundo afora. Na certeza de que, assim como a tinta fica impregnada no azulejo, o azulejo impreguinou sua vida para sempre.

“Os azulejos de Vianita Barcelos me encantaram o OLHAR. São inspirados na ajulejaria portuguesa onde conseguiu mesclar as duas culturas: a nossa e a de Portugal. Portanto, convidamos Vianita, a desenvolver uma linha exclusiva, que se chama, ‘OLHAR O BRASIL’. É uma inspiração que extrai da fauna, da flora e das igrejas do nosso país sua fonte de referência, conseguindo criar e mostrar um trabalho rico, sensível e magnífico”. Chicô Gouvêa

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fotografia

por Anna Paola Frade foto Fabiano Aguiar

lentes precisas Clarissa Lanari, 26 anos, escorpiana, mineira, nascida em Belo Horizonte e neta dos saudosos Dr. Vittório Lanari e Francisco Guilherme Gonçalves, acabou se transformando em uma mulher linda, amorosa e encantadora. Mais conhecida como Cacá Lanari, tornou-se uma das fotógrafas mais disputadas da cidade. Formada em Publicidade e Propaganda pela FUMEC, Cacá acabou fazendo o curso de fotografia na Escola de Imagem e ainda especializou-se em um Work Shop de cinema em NY, na New York Film Academi, trazendo para sua vida um embasamento profissional incrível, complementando seu trabalho. A revista ANNA, por todos estes requisitos, escolheu Cacá Lanari para ser a fotógrafa oficial desta Edição Especial e, por fim, o que já era esperado desta grande fotógrafa veio a surpresa de uma profissional mais completa ainda. ANNA agradece todo o empenho e carinho com que Cacá tratou este trabalho, estreitando esta relação profissional para uma amizade acolhedora e eterna. No Facebook sua Fan Page bomba como, Clarissa Lanari Fotografia, e no Instagram @clarissalanarifoto. Confira, ela é sensacional.

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fotografia

por Anna Paola Frade fotos Wilson Frade Filho

o estilo lowlight Wilson Frade Filho estudou fotografia nos EUA, na Pennsylvania, na pequena e charmosa cidade de Media, no sul do estado. Especializou-se em fotos sociais, moda e teatro. Uma de suas paixões é fotografar a dança, as pessoas em movimento no estilo lowlight, uma técnica charmosa e difícil de se dominar. O resultado final da foto é espetacular. Seu portifólio e suas fotografias são encontradas no Flickr e Facebook, com o seu nome.

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fotografia

por Anna Paola Frade foto Edgard Cesar

Edgard Cesar é filho da Capital Federal. Mora em Brasília há anos. Apaixonado por arquitetura moderna onde ângulos a serem fotografados são infinitos. Neste ensaio fotográfico aponta o olhar apaixonado pela arquitetura colonial brasileira presentes em Minas, Pará, Maranhão e Bahia. As fotos chamam a atenção para cores terrosas e para a azulejaria que reveste casas inesquecíveis. A história é contada através das lentes sensíveis do tradicional fotógrafo.

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motor

por Anna Paola Frade fotos divulgação

Maria Thereza Terence

Paola Corteletti e Natália Botelho

Marcos Nobre

Boxster s - máquina poderosa A vida virtual pode ser muito divertida. Só não podemos rasgar as curvas e sentir o vento bater. O Boxster S, celebra a vida real. Um clássico do design. Desportivo potente, com motor central. Roadster puro. Existem nomes que lhe assentam bem, fazendo jus ao seu famoso antecessor que é o 356 n.1 ou o 550 Spyder. O Boxter S, trata-se de uma máquina de design elevado e grande funcionalidade. A tradição e a inovação compõem de forma gloriosa, simpática e suave. Tecnologia inovadora, performance eficiente e uma construção inteligente, são características de um carro inovador. O design desportivo alinha-se a pessoas despojadas. Uma criação perfeita, com cada peça acoplada em seus devidos lugares. Carro de espírito vivo, potente, indomável e intenso, escolhido por três grandes nomes do design, para a revista ANNA.

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náutica

Foto Odilon Araujo

por Anna Paola Frade fotos divulgação

azimut 68S O bom gosto marca o estilo da Azimut 68s, uma embarcação fabricada pela Azimut Yatchs, empresa italiana, cujos os estaleiros são considerados verdadeiros ateliês de arte e luxo. A soma da tecnologia, design e esportividade desta armadora reconhecida no mundo como referência, proporciona aos iates da Coleção S, uma equação de conforto, prazer em navegar e um requinte aquático inigualável dentro do mundo das embarcações esportivas. A presidente da AMID, Laura Rabe, escolheu este “ás dos mares” e diz que, um dos seus sonhos, é desenvolver o projeto de design para embarcações de alto luxo, como este.

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raio-x

por Anna Paola Frade fotos divulgação

Alberto Radespiel Ele é encantador e um dos nomes mais requisitados quando o assunto é projeto de interiores. Radespiel, em sua maturidade profissional desponta pelo requinte e bom gosto em seus trabalhos de arquitetura e decoração. Encontrou o equilíbrio através dos anos de experiência. Cuidadoso com a aparência, muito elegante e despojado, dá dicas do que é top.

Porsche

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Relógio Motorola

Sapato FootJoy


raio-x

por Anna Paola Frade fotos divulgação

Myrna Porcaro Atualmente vive na ponte aérea Miami/Belo Horizonte desenvolvendo seus projetos de arquitetura e design de interiores. Considerada um dos grandes nomes deste setor, a importante designer mostra o que não falta em sua bolsa. Vaidosa e exigente com o corpo está sempre linda. Confira.

Creme revigorante Primordiale Optimum, base hidrante e pincel batton da Lancôme

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revestir

por Anna Paola Frade fotos divulgação

REVESTINDO OS MELHORES PROJETOS As sócias Alessandra, Marcela e Anna Valente abriram a Whish Home há um ano atrás e já é representativa no mercado. Referência entre os mais importantes decoradores e profissionais deste segmento pelo que representam, a Whish, tornou-se um ponto de encontro de clientes e profissionais a procura do que existe de melhor em tecido, papel de parede e persianas. Representam as Luxaflex, Hunterdouglas, JRJ Tecidos, Celinas Dias, Kravt, Ralph Lauren Home, Maxell Fábricas, RM Coco Alluri, Regatta, Kirkbydesign, Corcovado, Fabricuti, JF Fábricas e Bekan Hill, entre outras. Também desenvolvem sob encomenda, cortinas, cobre leitos, almofadas e cabeceiras estofadas. A Whish é resultado do acúmulo de sonhos, idéias, viagens, imagens, cenários, cores, amigos e a história de vida deste trio, que somadas a isso, nasceu um escritório onde é possível encontrar o que se deseja, sem ter mais que sair do país. Percebendo esta necessidade, decidiram ocupar o vácuo que existia em Belo Horizonte. Atualmente participam do grupo Pleno, que fideliza os arquitetos e designers através de pontuação. O resultado tem sido uma bela parceria de sucesso.

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mobiliário do Brasil por Anna Paola Frade

ARQUITETAS DESTACAM mobiliário brasileiro Ana Paula Rohlfs e Maria Lúcia Machado voltam no tempo destacando peças que marcam época, onde a história perpetua o design do mobiliário brasileiro, criado por artistas que fizeram da marcenaria uma arte. Cadeiras de balanço se destacam.

Ana Paula Rohlfs Peça híbrida, confeccionada em jacarandá, datada do século XX, na época de 1920. A filiação artística Windsor é de origem inglesa, sendo este modelo, confeccionado no Brasil, no Rio de Janeiro. O atelier era na Casa da República, na Rua do Catete, 104. Alí, eram produzidos um mobiliário diferenciado que superou o tempo. A cadeira de balanço possui espaldar alto, vazado, em formato trapezoidal, rematada por oito hastes torneadas. O cachaço em forma de travessão recortado, com laterais discretamente projetadadas, decorado com elementos em volutas e reserva em alto relevo, tornam-a singular.

Maria Lúcia Machado Peça brasileira, confeccionada em Jacarandá, sucesso no século XIX, marcando o estilo neorococó. Espaldar vazado, moldurado, tipo “medalhão”, sobre prumadas rematadas em volutas. Cachaço decorado com elementos fitomormos. Braços recuados, abertos para fora, entalhados e estriados, ligando-se, em movimento contínuo aos suportes recurvos, caprichosamente integrados às pernas dianteiras e à aba, por detalhes vegetalhistas. O assento, em forma de escudo invertido, tem forro em palhinha, preso em caixílho; a aba, abaulada, segue o mesmo contorno.

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amo

por Anna Paola Frade foto divulgação A linha Biotherm me acompanha sempre nos cuidados com pele.

Anel e pendente em turmalina paraiba e brilhantes, da Recoder Jóias

Ponteio

Ponteio

Ponteio

Eduarda Corrêa

Amo o Luna Chic da Lancôme para fazer sombra na maquiagem dos olhos

Anel em ouro rosa e brilhantes, da Tianelle Jóias.

Amo os batons da Lancôme. O brilho, as cores e a duração nos lábios e fantásticos.

Brincos e anel em esmeraldas, da Tianelle Jóias.

Ponteio

Estela Netto

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Lancôme Pop Cherub para aliviar a expressão de olhos cansados.


amo

por Anna Paola Frade Brincos em ouro branco, rubis e pavês de brilhante, da Tianelle Jóias.

Para o dia-a-dia, adoro o gloss da Lancôme. Não falta na minha bolsa.

Maria Helena Botrel

Ponteio Amo as rivieras para o dia-a-dia, da Tianelle Jóias.

José Alberto e Dante Lapertosa

Adoramos Pólo Ralph Laurent.

Ponteio

Anel em ouro amarelo e branco, com pavês de brilhante, da Tianelle Jóias.

Ponteio Bracelete em ouro amarelo e brilhantes, da Tianelle Jóias.

A base da Lancôme e maravilhosa.

Ponteio Juliana Lima

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garimpando

por Anna Paola Frade fotos divulgação

Luciano Costa se destacou profissionalmente em BH pela beleza de seus trabalhos. Com segurança afirma que há peças que não podem faltar em uma casa, o bom tapete é uma delas.

A mala Porto Fino, de design italiano, tem detalhe em couro e é prática. A manta Bliss em pele de coelho é uma delícia. O Ade em cashemere italiano e solid color de Baby Alpaca, da Trousseau, são produtos de consumo do profissional Guilherme Moretzsohn, nome que engradece Minas. A tolha Twuill de algodão egípcio tem o toque macio e alta absorção. Os sais de banho white luxury e bandeja de madeira laqueada e vidro deixam o banheiro arrumado. Tudo da Trousseau, por João Carlos Moreira Filho, que caminha atento a todas as novidades do mundo do décor. Zenon é do time de arquitetos mais tradicionais de Belo Horizonte. Discreto, na dele, goza de um bom gosto enorme e do conhecimento através do estudo e da vivência. Escolheu as capas de almofadas Velluto e manta clássica de origem portuguesa, da Trousseau, como objetos de destaque. A linha reflete o universo masculino, para o arquiteto que sabe bem o que quer.

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garimpando

por Anna Paola Frade fotos divulgação

Dodora Gontijo escolheu a camisola da Trousseau, em meia malha, mesclada a detalhes em renda Glicínia. O toque é suave e delicado. Uma delícia para dormir. Exigente com o quarto, escolheu a roupa de cama da Trousseau. Ama o branco com detalhes off white. Escolheu o jogo de lençol, em duvet white luxury Olimpo, de cetim de algodão egípcio e bordado suíço. As fibras naturais são muito elegantes. Pessoas com olhar diferenciado, não deixam peças especiais passarem despercebidas. Lais Albergaria, profissional das mais renomadas, mostra seu olhar apurado, escolhendo a louça de Roberto Simões que compõe a mesa elegantemente aliadas às gaiolas de bambú e a pássaros de louça. Harmonia total.

Ucha Macelina dá dica de três livros interessantes para se ter em casa.

A arquiteta Eliane Pinheiro escolheu na Trousseau, blusa e calça de visco lycra modelo Luciana. A blusa tem detalhes no decote e a calça de padronagem de listras é uma delícia para ficar bem a vontade. A manta Misterious Ways de Baby Alpaca e a capa de almofada Ming, com tecido exclusivo de origem francesa, são requintes da Trousseau, que adora.

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garimpando

por Anna Paola Frade fotos divulgação

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4, 5 e 6 - Cristina Menezes e Simone Drummond, destacam um produto inusitado para clientes que gostam de esportes: a Sense Bike - Easy. A versatilidade da bicicleta elétrica é uma febre nos centros urbanos internacionais. Dobrável, podendo ser guardada em espaços pequenos. É linda nas cores branco e preto.

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1, 2 e 3 - As profissionais Alessandra Contigli e Angélica Araújo curtem uma boa peça de época, fundamental em qualquer decoração.

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7, 8 e 9 - No projeto de Andrea Buratto e Cláudia Gonçalves, não falta um belo tapete persa. Garimpam onde for preciso para integrar ao trabalho de cada uma.


garimpando

por Anna Paola Frade fotos divulgação

Beatriz Siqueira é uma querida. Designer exigente com a casa, é atenta aos mínimos detalhes. Ama uma mesa bem posta. Tudo da La Ville.

Isabela Torres sugere aos clientes que gostam de naútica e mergulho, o relógio NSR 102, criado para quem ama esportes. Com pulseira de silicone, medindo 44 mm e feito em aço inoxidável. à prova d’água o modelo alcança 100 metros de profundidade. Além deste, o Suunto EON Steel, primeiro computador de mergulho que oferece customização total. Dá indicadores pre-

cisos de pressão nos tanques que mostra o tempo de mergulho entre 20 - 40 horas após a carga. Equipamento seguro para quem curte mergulhar.

Para Patrícia Nicácio e Juliana Boechat a Dom Pérignon Vintage é singular. Vinho suave e elegante que transcende o tempo. A escultura Ballon Vênus, de Jeff Koons simboliza a continuidade da vida e um renascimento à sensualidade. O artista criou para a Dom Pérignon uma garrafa que rende a experiência humana em seu resplendor. Vinho surpreendente, sem aspereza e de classe sublime. Fabiana Moraes sugere o jogo de lençol Desio New, de cetim de algodão da Trousseau. é maravilhoso! As capas de almofadas Arkene, com tecido exclusivo de origem francesa e sinuosa de chenille, são belas. A colcha e o porta travesseiro minute de piquet de algodão italiano, formam um mix charmoso. O cobertor New York de cashemere italiano, com moldura mista de seda remete ao requinte.

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saúde e beleza

por Anna Paola Frade fotos divulgação

cuidando da saúde dos cabelos As profissionais Anaíne Pitchon e Cláudia Gonçalves, escolheram a linha Keune de produtos para a beleza de seus cabelos. A Keune Care Line Satin Oil Shampoo e Condicioner, são produtos desenvolvidos com uma combinação de minerais essenciais para que a composição dos cabelos fique equilibrada. A base de maracujá, amêndoas doces, monoi e yangu dão o efeito brilho intenso. Nutre e amacia. O condicionador vem enriquecido com o óleo da semente de mamão para um tratamento mais profundo, atendendo cabelos altamente danificados. O produto é vibrante.

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jewelry

por Anna Paola Frade fotos divulgação

Mercedes Recoder, Eduarda, Margarida e Carolina Recoder

80 anos de tradição A história da Recoder é marcada por 80 anos de tradicao, iniciada em 1934. Começou com o avô Francisco Recoder, um homem apaixonado pela joalheria, pelas pedras e em especial, pelos brilhantes. Francisco deixou a Espanha, veio para o Brasil e logo se encantou por Diamantina. Seu olhar era tão apurado que tornou-o rapidamente conhecido como um dos maiores classificadores de pedra do país. Lá se casou, teve os filhos e a família inteira aprendeu o ofício e o amor à joalheria. A Recoder existe há oito décadas. As filhas

assumiram o negócio, e, por sua vez a terceira geração despertou o interesse e acabou tomando as rédeas no mercado. As irmãs Eduarda e Carolina, após a morte da mãe, Maria Del Carmem, encararam o trabalho junto as tias, a designer Margarida Recoder e a financeira Mercedes Recoder. Juntas, formam um quarteto, prontas a atender todo o Brasil. Seguem honrando o legado do patriarca, onde os diamantes continuam sendo o carro-chefe das coleções anuais. Criteriosas, selecionam as melhores pedras para atender o mercado exigente.

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jewelry

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o Requinte das Pérolas e dos brilhantes Há 36 anos no mercado joalheiro, a Tianelle Jóias ocupou o posto de destaque não só em Minas, mas em todo o Brasil, pela beleza e qualidade de suas peças. O design também é seu forte, criando jóias exclusivas para clientes que acompanham as coleções ao longo da vida de Tiana e Caroline Rocha, mentoras deste sucesso. Os brilhantes destacam-se na Tianelle. A pureza, uma preocupação constante, das donas. Trabalham com o que existe de melhor no mercado. As pérolas Salt Sea, chamadas de diamantes do mar, chegam com muita força e casadas aos brilhantes, se transformam em jóias raras, eternas e clássicas, aos olhos dos bons conhecedores. Quem faz uso desta seleta mercadoria são pessoas especiais e de muita personalidade.

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jewelry

por Anna Paola Frade fotos divulgação

Ângela Alvim Joalheria é um universo fantástico e o fascínio que exerce sobre as pessoas é incrível. É belo mesmo! Sedutor demais! O design, o brilho das pedras e as cores são hipnotizantes. As infinitas combinações entre pedras e as diversas cores do ouro, abrem possibilidades incríveis em criar e materializar o que imaginamos. É um universo único. As jóias de Ângela e Alessandra Alvim são provas vivas desta combinação de materiais nobres. Ouro branco, brilhantes negros e esmeraldas tomam formas geométricas e viram jóias eternas. As turmalinas paraíba, abraçadas por brilhantes em ouro branco, na forma clássica, engrandece qualquer mulher. A jóia tem que ter personalidade sempre.

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beverage

por Tetê Lara Resende fotos Anna Paola Frade

O VISIONÁRIO DAS CACHAÇAS O criador da cerveja Kaiser e da água de coco Kero Coco acumula prêmios das Cachaças Vale Verde e está sempre renovando os negócios

Primeiro veio à cerveja e em seguida a água de coco, mas agora a cachaça, é a eleita da vez. O empresário Luiz Otávio Pôssas Gonçalves, fundador das cachaças Vale Verde, consideradas por críticos como as melhores do Brasil, já esteve em outros negócios. Em seu currículo estão também a criação da cerveja Kaiser e da água de coco KeroCoco, ambas vendidas para grandes grupos. Ele não nega que as bebidas são sua paixão. O olhar visionário do empresário, tornou as cachaças Vale Verde, um grande negócio. A vontade de produzir uma bebida com excelência, fez com que buscasse técnicas européias para a produção. A prática de fermentação e desti-

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lação das cachaças foram aprimoradas, assimilando-se as tecnologias usadas na fabricação de uísques finos. Hoje, as cachaças seguem um modelo internacional de fabricação de destilados. A inserção definitiva no ramo de bebidas aconteceu com criação da cerveja Kaiser, quando Luiz Otávio era um dos principais acionistas da Coca-Cola no estado de Minas Gerais. A grande ideia surgiu quando resolveu fazer uma venda casada de refrigerante e cerveja e, para isso, trouxe uma nova cerveja para o mercado. Já a água KeroCoco, surgiu com a motivação de introduzir no mercado uma água de coco, para ser vendida em embalagem longa vida.


A iniciativa desses negócios são alguns exemplos do toque empreendedor que fez com que Luiz Otávio alcançasse a posição que ocupa hoje, de empresário inovador. A Vale Verde nasceu em 1985 e, diferente do que muitos podem pensar, sua primeira bebida comercializada foi à cachaça Minha Deusa. Apenas três anos após a fazenda Vale Verde - hoje um Parque Ecológico - se tornar um alambique comercial é que a cachaça Extra Premium passou a ser vendida. A aceitação das cachaças proporcionou o desenvolvimento de uma linha de produtos. Hoje a Vale Verde possuí as cachaças Vale Verde Extra Premium, envelhecida por três anos; Minha Deusa, cachaça branca ideal para drinks; Vale Verde 12 anos; Canavino, um aperitivo de cachaça; o Licor do Mestre e o licor de café 1727. Outro sucesso é a Gelatina de Cachaça e o Mel do Vale. A Vale Verde 12 recebeu o mérito de melhor cachaça do Brasil, segundo a Cúpula da Cachaça, um grupo de especialistas na bebida. O resultado do ranking com as 50 melhores do país foi divulgado em fevereiro deste ano, após uma degustação às cegas feita por um seleto grupo de jurados, e a Vale Verde 12 ocupou o primeiro lugar da lista. Já a Vale Verde Extra Premium é considerada pela Revista Playboy a melhor cachaça extra -premium do Brasil. Essa opinião foi registrada por três anos seguidos, além de receber, assim como a Minha Deusa, o reconhecimento internacional no prêmio Mas-

ter 2010, da Revista Inglesa The Spirit Business. O Canavino é maravilhoso. Um aperitivo de cachaça que segue o mesmo padrão de produção de vinhos brancos. Um produto único e o primeiro do Brasil. Já o licor de Café 1727 foi o primeiro a ser produzido e registrado no país. Para sua elaboração é utilizado gás carbônico e grãos de café arábica. Outra bebida exclusiva da marca é o Licor do Mestre, um segredo onde a família mistura ervas finas para originar um sabor único. Todo o processo de produção da cachaça pode ser visto no Vale Verde Alambique e Parque Ecológico, localizado em Betim. Por lá é possível conhecer a história da bebida no Museu da Cachaça, onde está um acervo com mais de 2 mil garrafas diferentes. Os investimentos no ramo das bebidas vão além das cachaças. O Grupo Vale Verde tem ainda a Fazenda Regon do Espírito Santo, que colhe e fornece 15 milhões de cocos verdes por ano para as indústrias do setor. A produção é 100% sustentável, desde a moagem da cana até o envelhecimento da bebida em tonéis de carvalho europeus. Denominado Vale Verde Experience, o roteiro engloba também o conhecimento da história, degustação de bebidas e pratos harmonizados com a cachaça. Toda a dinâmica oferece, ainda, a oportunidade de aprender mais sobre o trabalho do “cachacier”, profissional especialista em degustação de cachaça.

Cachaça em números Em 2013 foram produzidos mais de 112 mil litros de cachaça, gerando um faturamento acima de R$ 4,5 milhões; em 2014, produzimos 113 mil litros de cachaça, gerando uma receita maior que R$ 7,7 milhões. A pretensão é de que neste ano o crescimento seja de mais de 72%.

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segurança

por Anna Paola Frade fotos Clarissa Lanari

expert em Segurança Onde a segurança tornou-se uma das palavras mais discutidas do momento, por ser um problema mundial, escolhemos um dos maiores entendidos do setor, Wallace Soares, para dar o parecer quanto ao polêmico assunto. O empresário de sucesso, que fez da Emive uma das empresas mais conceituadas de segurança do país, está presente em 18 estados, e afirma a importância do olhar social para minizar as diferenças que são gritantes. Sagaz e atento a tudo ao seu redor, a visão empreendedora fez da Emive referência nacional. O pulso firme, a seriedade e a disciplina contribuiram para o crescimento. A forma humana e respeitosa com que trata os funcionários e clientes faz a diferença na vida de sua empresa.

nal?

Como avalia sua trajetória profissio-

Avalio em dois momentos. No início de qualquer tabalho queremos abraçar o mundo. Trabalhava intensamente e sentia que no final do dia produzia menos que esperava. Não produzia proporcionalmente ao que trabalhava. No segundo momento, trabalhava intensamente e conseguia medir o esforço e o resultado. Com a união destes dois exemplos meço minha trajetória profissional, onde começo a fazer a análise de como estamos trabalhando e observando atentamente a produtividade da Emive.

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Assim, eu e minha equipe conseguimos encontrar de certa forma, meios eficientes e produtivos junto a metas e planejamentos extratégicos, nos moldando e afinando cada vez mais ao desenvolvimento de nossa empresa, para obtermos sucesso. Encontrei dificuldades pela falta de experiência. Começei a trabalhar jovem e tinha que provar minha competência para ganhar a credibilidade dos clientes. E consegui transmitir o comprometimento e a seriedade no que me propus fazer. Assim, a Emive, está em 18 estados no Brasil ganhando o mercado de segurança monitorada. A insegurança aflige o Brasil. Qual a


sua visão para que seja amenizada? No que diz respeito a nós, usamos de alta tecnologia para ajudar a proteger estabelecimentos empresariais, comerciais e residenciais. Com equipamentos sofisticados e uma equipe, composta por mais de 1600 funcionários atentos 24 horas, a minimizar parte do grande problema. A medida que os grandes centros urbanos crescem, há o aumento da violência e da criminalidade, infelizmente. Vivemos uma crise, onde espelha-se o descontetamento das classes sociais de diversas maneiras. Uma delas é o aumento da violência devido a desigualdade social. Como se sabe o Brasil detém um dos maiores índices de criminalidade. Qual é a proposta da Emive para combater a violência? Todos os países em expansão de sua economia, como é o caso do Brasil, nos últimos anos tiveram na mesma proporção um aumento de ocorrências devido às ofertas de produtos expostos pela facilidade comercial e adquiridos pela população. Isso aumenta os índices criminais, como me referi na pergunta anterior. Quanto aos mecanismos que podem contribuir para baixar os índices de violência, podemos citar três ações conjuntas, que são: as ações policiais ostensivas e investigativas pelo poder público; as ações punitivas e ágeis pelo poder judiciário; as ações privadas pelo cidadão que pode ter mecanismos particulares de controle e detecção, que é a segurança monitorada. O que a Emive oferece. Inclusive este material serve como prova documental se for preciso, como no caso das imagens gravadas por câmeras de segurança. O que você faz nos momentos de lazer? Durante algum tempo da minha vida profissional, não tive a consciência de que o ócio poderia ser criativo. Existe um escritor que se chama, Domenico De Masi, que defende a tese sobre o ócio criativo. Virei adepto. Nos momentos de lazer novas ideias surgem. Por exemplo, eu passava o carnaval em Salvador e via os bonecos de Olinda, em Salvador. Na hora nasceu o mascote Emivinho que virou história em quadrinhos, além de ter sido escolhido uma das três figuras mais populares nas ruas de BH.

O Emivinho se faz presente na vida dos mineiros, trazendo alegria para as crianças que estão acompanhadas de seus pais e aos nossos clientes. Por fim, nos momentos de lazer, quando estamos descansados, surgem novas ideias e formas de trabalho. Nascendo assim, novos modelos de negócios. Que análise você faz da conjuntura econômica atual? Já passei algumas crises no Brasil. Em uma delas sofremos com a inflação de 80% ao mês. Aprendi que os momentos difíceis nos faz introspectivos e observadores. Vemos onde estamos acertando, errando, ou, o que precisamos melhorar e inovar. E como diz os chineses a palavra crise - “Wei – chi ” significa: “perigo” e “oportunidade”. A crise nada mais é que a oportunidade de mudanças. Para sobrevivermos temos que tomar medidas corretas, corajosas e nos moldar ao momento. Me pergunto: é crise ou oportunidade? Na economia a crise é de grande magnitude e merece a atenção dos poderes público e privado. Estamos diante do sinal vermelho. A hora é de cautela! Qual é o segredo para manter uma empresa funcionando com exito nos dias de hoje? Ter paixão pelo que se faz e respeito pelo cliente, são fatores fundamentais para obter o sucesso. Unir a equipe e fazer dela uma grande família com respeito ao seu líder. A partir do momento que tratamos nossos funcionários com respeito, a sinergia aumenta. Sei o nome de cada pessoa que trabalha comigo, e nos reunimos diariamente para discutirmos todas as questões. Escutamos uns aos outros, alimentamos ideias e inovamos junto a nossa equipe sempre. Há incentivos para que não esmoreçam, entre outras ações. Há uma frase constante na filosofia da Emive que é: “Seja você mesmo, mas nunca seja o mesmo”! Mantemos nossas convicções, nosso caráter, nossa integridade, entre outros valores. Afinal, o que foi bom ontem, poderá ser melhor amanhã, o que foi sucesso ontem, poderá não ser no dia seguinte. Faça todos os dias tudo com a máxima eficiência e competência, nunca esquecendo de inovar!

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perfil

por Anna Paola Frade fotos Gustavo Lovalho

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DEDO VERDE Denise Magalhães, ícone no Brasil e em alguns lugares no mundo pela grandeza de sua criatividade. é uma mulher que nasceu diferente. Desde criança amava construir seus buquês com flores do jardim. Já era ligada a detalhes que normalmente outras crianças não são atentas nesta época. Denise é um vulcão que não pára nunca! Com sua Verde-que-te-quero-verde, construiu seu nome fazendo as festas mais lindas e comentadas no Brasil. É disputada. Sinônimo de bom gosto e absolutamente profissional. Muito rápida, prática, atenta e exigente, é destas empresárias que

não leva problema aos clientes. Ao contrário, resolve e os polpa de aborrecimentos. Suas festas são pensadas, planejadas e desenvolvidas com um nível de detalhamento perfeito, como um projeto de arquitetura. Ela é impossível, virou uma marca de luxo. Sua loja, no coração da Savassi é o ponto de encontro das pessoas mais exigentes quando querem algo único. Os adornos são lindos, os arranjos de flores um deslumbramento. Denise, vem mantendo a “Verde” durante muitos anos seguidos no ranking de sucesso, fazendo de seus projetos um acontecimento.

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perfil

por Anna Paola Frade foto Plínio Ricardo

sorriso encantador Escrever sobre Alessandra Gualberto Ribeiro é muito gostoso. Afinal é uma amiga que adoro. Nossas famílias se conhecem há anos. Filha de Eliane e Paulo Gualberto Ribeiro - casal dos mais festejados em Belo Horizonte. Alessandra, há treze anos conquistou Brasília, onde mora e trabalha como advogada de sucesso. Atualmente é sócia do escritório Carla Lobo Advogados Associados, atuando nas áreas cívil e trabalhista, com foco nos tribunais superiores. Cheia de planos e projetos, a mineira linda, de sorriso largo, que derrama simpatia por onde passa, vive na ponte aérea Brasília/BH. Escorpiana, com ascendente em escorpião, tem personalidade forte, mas um coração absolutamente generoso. Tem uma rede invejável de amigos e é das pessoas mais bem relacionadas na Capital do País. Muito família, não consegue ficar sem vir a BH ver os pais e matar as saudades de todos. Volta logo para assumir o trabalho com responsabilidade e dedicação. Em Brasília, seu porto seguro é a casa dos tios Lúcia e Paulo Tarso Flecha de Lima, que tratam-na como filha. Dão o aconchego caloroso quando o coração aperta.

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perfil

por TetĂŞ Lara Resende foto Clarissa Lanari

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sucesso no universo masculino Daniela Machado, ao lado do irmão Alexandre e do pai José Alberto, trabalham arduamente para o sucesso da Vert Construtora. Animadíssima, esta jovem senhora, deslumbrante, e que enfrentou preconceitos por ser mulher, ri muito quando se lembra de algumas situações que tirou de letra. Hoje é respeitadíssima e conquistou o espaço que merece. A palavra chave de sua vida é trabalho. A família é sua base, e espelha-se nela, para seguir em frente fortalecendo os valores morais da vida. Qual a sua trajetória profissional? A minha família tem tradição na construção civil. Começou com meu avô, e meu pai é construtor há mais de 35 anos. Cresci olhando terrenos, vendo-os trabalhar e construindo empreendimentos em BH. Nas férias eu colava nos dois e para mim, eu estava trabalhando. Em 2008, quando meu irmão Alexandre se formou em Engenharia Civil, vislumbramos criar um negócio nosso, usando a bagagem que acumulamos durante toda a vida. Queríamos virar protagonistas de nossa própria história, nascendo assim, a Vert Construtora. Confesso que isso só foi possível pelos amigos e parceiros que acreditaram em nós. Como é o dia-a-dia de uma mulher executiva na construção civil? Qualquer cargo de liderança apresenta desafios para a mulher. A cobrança é muito dura! Na construção civil não é diferente, tenho que me impor um pouco mais e assim conquistamos o respeito de todos quando mostramos a que viemos. Cultivar os relacionamentos, com os integrantes de nossa empresa, amigos, clientes e fornecedores é muito importante. Às vezes se faz necessário deixar de lado os aspectos pessoais da vida para focar no profissional. Amo o que faço e todos os dias acordo feliz para ir trabalhar, onde passo maior tempo do meu dia. Como é trabalhar em uma empresa familiar? A dedicação é integral e a responsabilidade muito maior. Somos exemplos, é o nosso negócio. A força do nosso trabalho é em prol do sucesso da Vert. Confiamos um nos outros. Eu, meu irmão Alexandre e meu pai nos damos muito bem. Ainda ouvimos as ponderações de minha mãe, sempre. E agora que está gravida, o que mudará? Foi uma surpresa maravilhosa! A notícia da chegada de um bebê significa que tenho que dar mais de mim. Mais trabalho e dedicação. Gravidez não é doença, saberei conciliar tudo. É claro, que quando nascer, mudanças acontecerão. Terei que me ausentar por uns dias, mas vou saber o que fazer.

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perfil

por Anna Paola Frade foto divulgação

passos firmes O universo das tendências mundiais da moda é muito diferente do nosso. O tempo de criação não acompanha o nosso momento, sempre andará adiante imaginando as próximas coleções. Os estilistas pensam à frente de nós. Cláudia Mourão é das maiores referências no setor calçadista e de acessórios. O conhecimento profundo nesta área a faz manter solidamente no mercado, há trinta anos, com sua Equipage. O assunto “moda” para a família é inesgotável, prazeroso e necessário ser aprofundado no dia-a-dia da vida das mulheres, para atender aos gostos mais exigentes. A Equipage é comandada por uma mulher altamente qualificada intelectualmente e empresarialmente. Ela quebrou barreiras preconceituosas marcando território, conquistando seu espaço, e fez-se um dos nomes mais consagrados deste segmento, no Brasil. Cláudia Mascarenhas Mourão é empresária e graduada em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e pós-graduada em Marketing pela PUC Minas. Diretora do Sindicalçados (FIEMG), diretora do Sindilojas, vice-presidente da Associação Comercial de Minas Gerais, conselheira da Fundação Benjamim Guimarães, e, concluiu dois programas da Fundação Dom Cabral: Programa de Desenvolvimento de Acionista e Programa de Desenvolvimento de Conselheiros, aplicando toda esta experiência em sua vida profissional de sucesso. A empresa familiar ajustou-se ao comando da mãe, onde é a gestora oficial e as ordens são cumpridas com rigorosidade. Cláudia, além de fundadora, é diretora geral da Equipage, e as filhas, que, ocupam postos diferentes, herdaram a disciplina e a organização da matriarca. Mariana, diretora financeira; Joana, diretora de criação e estilo; e Paula, diretora comercial. Formam um time de mulheres poderosas e que deram certo! Inovam, trabalham muito e pesquisam para oferecerem o que há de melhor no mercado calçadista e de acessórios. Há uma integração harmoniosa entre todas e trabalham sob planejamento. Tudo é colocado na ponta do lápis, estudado e avaliado, para que caminhem com segurança a cada decisão tomada. “A Equipage é uma história de amor que deu

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certo por causa do empenho e da compreensão da minha família em fazê-la crescer. Elas acompanharam meu esforço e minha vida. Incorporaram a alma da empresa. A minha história, virou a nossa história”, diz Cláudia. O grupo reúne marcas de renome. Além da Equipage, grande multimarca no varejo que agrega a Fit Concept Store (conceito store in store) e as franquias Dumond e Capodarte. Já no atacado vem a marca Cláudia Mourão Shoes & Bags, que atende as principais boutiques do Brasil e algumas no exterior, sendo exclusivas, em Belo Horizonte da marca Equipage. Hoje, são 10 lojas, com cerca de 200 funcionários e perspectivas de novas inaugurações. O faturamento de 2009 apresentou um crescimento de 15% e, para 2010, a previsão é de 22%. Cláudia Mourão com espírito empreendedor, a persistência e a confiança em suas ações, possui um olhar abrangente. Observa tudo a sua volta, principalmente as tendências mundiais. Consegue vislumbrar o que não existe no mercado, ocupando, assim, suas prateleiras e vitrines com bolsas, sapatos e acessórios atuais, fazendose presente em todo Brasil. O nome Equipage é a junção de vários conceitos: requinte, modernidade, romantismo aliados a mulher forte e independente. Queriam um nome com personalidade e assim o construíram. Equipage significa valise, em francês. Hoje é incorporada não só a vida dos mineiros, mas no Brasil e Europa. Ela venceu! Cláudia Mourão é uma figura humana na essência da palavra. A preocupação com o lado social é notório. A Equipage é uma grande família que passa por constante reciclagem, treinamentos diversos e por um crescimento interno diário. A maioria dos funcionários faz parte da casa há mais de 25 anos. Cláudia é puro coração. É uma mulher linda e encantadora que conquistou amigos, admiradores, seguidores e o respeito, mesmo dos concorrentes. É conselheira de diversos segmentos, procurada por políticos, empresários, mulheres empreendedoras, entre outros, que querem trabalhar em cima de sua história, de seu modelo de vida e gestão. Na passarela da vida, é a modelo da vez.


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perfil

por Tetê Lara Resende foto divulgação

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jovem

sucessora Rafaela Nejm, 25 anos, formada em Direito pela UFMG, trabalha no Grupo Super Nosso desde que iniciou a faculdade, em 2007. Passou por todos os setores. Desde o estágio nas lojas, pelas áreas administrativas, como contabilidade, recursos humanos, jurídico e comercial, até chegar como Diretora de Pesquisa, Planejamento e Desenvolvimento da rede. Rafaela é de uma desenvoltura e se destaca pela liderança. Fala muito bem e domina os assuntos com conhecimento. Cuidadosa aos mínimos detalhes tanto em casa como no trabalho. Acorda cedo e seu dia é intenso para gerir os compromissos da empresa ao lado da família. Determinada, luta até o fim para conseguir o que acha importante. Herdeira de uma das redes Atacadistas e de Supermercados mais importantes de Minas Gerais, assume ao lado do irmão Rodolfo, o comando das empresas com pulso forte, sob o comando do pai Euler Nejm, e desponta em seu posto com sucesso. O desafio é manter o padrão de qualidade e excelência que tem o Super Nosso. Manter a filosofia de estar cada vez mais próximo dos clientes, buscando o que há de novidades dentro deste setor para o consumidor mais exigente, é um desafio. Para obter o sucesso é necessário um conjunto de ações organizadas e muita disciplina. O pai trás uma frase consigo que a acompanha sempre: “é preciso fazer tudo com o coração”. A vontade em fazer o melhor é a garantia do sucesso. Honrar sua atividade com ética, respeito e dedicação são valores que carrega do avô, do pai e que absorveu da família. Suas raízes mostram a força familiar em sua formação moral. Ama cozinhar, reunir amigos e viajar. Isso enriquece a vida e traz inovações para as empresas. Convive bem consigo mesma e tenta conhecer-se melhor a cada dia, isso faz bem a alma e equilibra o espírito. O peso aconchegante em ser um dos arrimos do Super Nosso, às vezes é muito duro, mas gratificante, honrando o nome do avô e de seu pai. Caminhar ao lado desta grande empresa e dos funcionários é uma verdadeira escola para esta jovem apaixonante aos nossos olhos.

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entrevista

por Tetê Lara Resende foto divulgação

euler Nejm Euler Nejm, forte empresário do setor atacadista e de supermercados cresceu muito e ocupou um lugar de expressão neste concorrido segmento. O Super Nosso é uma referência nacional e só tende a expandir cada vez mais. Homem com o olhar humano coloca o coração à frente de suas ações e talvez por isso, seja tão admirado por seus milhares de funcionários, que se dedicam integralmente ao trabalho, formando uma grande família. Euler cultiva valores morais em sua vida e trasmitiu isto para dentro de suas empresas. Qual a sua formação profissional? Sou formado em Administração e Ciências Contábeis pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-MG) e especializações em Finanças e Direito Tributário pela Fundação Dom Cabral. O que o fez optar pelo setor de supermercados?

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Na verdade, quem fundou a empresa foi meu pai, há 73 anos. Era um armazém de secos e molhados, no bairro Sta. Tereza. Quando eu tinha oito anos, já frequentava a loja após a aula no grupo escolar. Quando completei 15, meu pai me emancipou e passei a ser sócio dele. Embora pequena, a empresa foi dividida entre os seis irmãos quando meu pai faleceu, em 1984. Aos poucos, fui adqui-


rindo a parte de cada um, e quando assumi 100% das cotas a empresa continuava pequena. Cheguei a vender carros, apartamento e passei a morar de aluguel. Mas sempre tive motivação e, depois de passar por dificuldades de toda ordem, principalmente financeiras, fui superando os obstáculos, enfrentando os desafios e, com muito trabalho, começamos a crescer. Como o senhor encara o momento por que passa nosso País? É perceptível que a economia passa por um momento difícil, mas nós, que atuamos no setor supermercadista, já estamos acostumados a “matar um leão por dia”. Então esse é o momento em que trabalhamos ainda mais para conseguir bons resultados. Para nós, essa crise também é um momento de oportunidade, pois nos estimula a aprimorar mais nossos serviços e manter a fidelidade dos nossos clientes. Como nasceu o Super Nosso? A ideia surgiu em 1995, quando fiz uma viagem técnica aos Estados Unidos e tive a oportunidade de conhecer o IGA – Independent Grocers Alliance, uma franquia de operação de supermercado. Lá, recebemos a nomeação de “master franqueado” em Minas Gerais e abrimos, em 1998, a 1ª loja Super Nosso, no bairro Buritis, para aprender os conceitos e, então, começar a franquear. Porém, devido à complexidade de se administrar um negócio que, na verdade, envolve vários outros – como sacolão, padaria, mercearia, açougue, restaurante, estacionamento, etc. – e ao complexo sistema tributário, a franquia não prosperou. Resolvi então desenvolver somente lojas próprias. Em 2002, decidi diversificar e comprei a rede de “atacarejo” Apoio Mineiro, instalada no Ceasa, em Contagem. Mantendo o negócio original, ou seja, atacado-distribuidor, fui abrindo mais lojas e ajustando cada segmento – atacado e varejo – às necessidades do mercado. Assim, foi possível continuar sempre expandindo, tanto a rede Super Nosso, quanto o Apoio Mineiro.

É bom trabalhar ao lado dos filhos? Ter a oportunidade de trabalhar com os filhos é um privilégio. Temos os mesmos anseios e zelo pelos negócios da empresa. Trabalhamos, diariamente, com muita vontade de ver o grupo prosperar e fazemos jus a isso a todo momento. A nossa relação de cumplicidade e respeito permite que sejamos diretos e eficazes nas nossas conversas e atuação no mercado. Sua empresa é, preferencialmente, familiar? Sim. Essa é uma característica do grupo. O que faz quando não esta trabalhando? Mesmo quando estou de folga, sempre penso na empresa. Mas nesses dias, busco equilibrar o lado profissional com o lazer. Qual o segredo de um empreendimento de sucesso? Meu pai sempre me ensinou a trabalhar com o coração, e acredito que boa parte do sucesso se deve ao carinho e dedicação que temos pela rede, o que se reflete na qualidade dos serviços que oferecemos. Estamos sempre preparados para atender aos clientes da melhor forma possível, a “carregar água na peneira” para eles, como costumo dizer aos nossos colaboradores. E, felizmente, nossa filosofia de trabalho parece estar dando certo. Poderia falar um pouco sobre a parceria com sua filha Rafaela? A Rafaela é uma filha muito especial, é diretora da empresa pelos próprios méritos e faz parte do Conselho de Sócios e coloca uma pitada de AMOR em tudo que faz.

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saúde

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alternativa saudável Emagrecer é um tema que aflige a humanidade. Não é só por causa da questão estética, mas sim da saúde. Segundo o doutor Leonardo Salles, há alternativas saudáveis e necessárias, dependendo do caso. Respeitado no meio médico pela competência e seriedade no que faz, ele fala sobre as vantagens da cirurgia bariátrica e a colocação do balão. O senhor é mineiro de onde? Em qual faculdade estudou medicina e se formou? Sou de Belo Horizonte. Venho de uma família tradicional da capital. Meu bisavô, José Pedro Drummond propôs o projeto de lei que transformou BH em capital do estado, foi Senador da republica, presidente da câmara de comércio de MG e presidente do CRM. Já meu avô Waldomiro Salles foi idealizador e fundador do Minas Tênis Club e minha mãe Maria Clara Salles é um ícone cultural da cidade matriarca da dança clássica. Na época da faculdade me mudei para o RJ onde cursei medicina na USS.

lão intragástrico necessitam de tratamento multidisciplinar.

Onde o senhor fez residência? Fiz minha residência no maior serviço de cirurgia bariátrica de MG, no Hospital Mater Dei/São Francisco de Assis/Vila da Serra. Tive como professores, dr. Dionísio Bichara, dr. Marcus Martins, dr. Marcelo Girundi e dr. Marcelo Farah, ícones da cirurgia bariátrica em Minas Gerais.

Existe limite de idade para fazer a cirurgia bariátrica? Quais as vantagens? E, no caso da indicação do balão, existe limite de idade e duração? A idade para cirurgia bariátrica é de 16 aos 65 anos. No caso do balão, cai um pouco, podendo ser utilizado em pacientes a partir dos 12 anos, dependendo do caso. Quanto ao limite máximo mantemos os 65 anos. A cirurgia tem como período de emagrecimento 18 meses e o balão seis meses, mas hoje já temos balões que duram um ano e que são ajustáveis também.

O que o levou a escolher a gastroenterologia? Essa opção foi tomada desde o início do curso? Minha opção pela cirurgia foi desde o início da faculdade, onde fui monitor de cirurgia desde o quinto período. A opção pela cirurgia bariátrica foi resultado da formação diferenciada, acabamos nos apaixonando pelo que fazemos. A cirurgia bariátrica é uma das mais complexas e desafiadoras da atualidade, é muito fácil se apaixonar por ela. Quando é indicado o balão intragástrico? E a cirurgia bariátrica? A melhor indicação para balão intragástrico são pacientes entre 27 e 35 de IMC (índice de massa corporal) enquanto para cirurgia bariátrica o IMC deve ser acima de 40. Pacientes entre 35 e 40 devem ser avaliados caso a caso. A cirurgia bariátrica exige tratamento psicológico? Sim, tanto a cirurgia bariátrica quanto o ba-

Como vê o aumento crescente de cirurgias bariátricas e outros procedimentos como meios para redução do peso? Vejo de forma positiva, as pessoas estão buscando uma maneira de vida mais saudável, porque compreenderam a gravidade da obesidade na saúde e na qualidade de vida. Acredito que futuras gerações possam fazer uma educação alimentar diferente para nossas crianças, melhorando esse quadro epidêmico de obesidade na sociedade.

Qual é o tempo necessário para a recuperação de um paciente submetido à cirurgia bariátrica? Ele poderá ter vida normal? O tempo de internação é de três dias e normalmente com 15 dias já volta às atividades normais. Com exceção à atividades físicas, onde o tempo indicado é de 30 dias, para atividades leves. Se não fosse médico, qual profissão o senhor escolheria? Não me imagino fazendo outra coisa, realmente amo o que faço. Meu trabalho é a minha vida. Minha rotina diária é estar no IMO, às 07h00min e fico até as 21h00min de segunda a sexta, e no sábado até 12h00min, e em minhas poucas horas livres, prático tiro esportivo, squash e golf.

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business

por Tetê Lara Resende foto divulgação

ousadia no mercado internacional Renata Notinni, empresária arrojada que acredita no potencial do País, desde que haja reformas estruturantes e investimentos na educação, qualificação de mão de obra e menos intervenção do Estado na economia. A capacidade dos empreendedores brasileiros é muito forte, podendo voltar a ajudar a aquecer o mercado econômico e o País. Sua mãe pertence a uma família de banqueiros e seu pai vem do segmento textil. Que lições absorveu dos dois? Meu pai faleceu quando eu tinha 11 anos, o pouco que convivemos, absorvi sua essência. Gosto de desafios! Aos 23 anos abri a perfumaria Taren, atuando no Mercado de luxo em Belo Horizonte e tinha a exclusividade das linhas de cosmético Chanel, YSL, La Prairie, Sisley e Shiseido. Em 2012 mudei de área vislumbrando lançar um produto que levassem a marca TAREN para o mundo. Criei uma linha de roupa de cama diferenciada em malha de algodão mescla com elastano da Lycra, se tornando a primeira roupa de cama homologada com a marca Lycra no Brasil. Iniciei a distribuição da linha em 2015. Lancei, também, a primeira roupa de cama de algodão 300 fios acetinada com estamparia digital, importada da Espanha, a ser vendida no Brasil. Inovamos. Você trabalha segmentos diferentes que vão da confecção ao Mercado joalheiro. Como seguem os dois já que o país passa por uma série de problemas econômicos? O Brasil é um país altamente consumidor. O mercado de luxo vem crescendo aos poucos. Existem nichos a serem trabalhados com mais atenção. Comecei a identificar um novo negócio, como a importação de diamantes acima de 1 ct, com certificação internacional GIA, vindos da Antuérpia. A consumidora brasileira quer saber o que está comprando, o valor da peça no mercado, portanto, cada vez mais exigente quando adquire um produto. O mercado é seleto e não de muito volume. Você é viajadíssima, que lição aplicaria no Brasil? O Brasil é uma potência adormecida. Como atuo nas áreas de industrialização e importação, todas as feiras internacionais que visito, os estrangeiros questionam a dificuldade de colocar os produtos no nosso País; temos as taxas de impostos mais altas do mundo, inviabilizando a entrada de várias marcas. O consumidor de luxo, tem comprado cada vez mais fora! Uma pena, pois deixamos de gerar emprego. Quanto mais produtos entram no país a preços competitivos, mais a indústria brasileira se moderniza e fica competitiva para exportar.

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imobiliare

por Liège Camargos foto Drika Vianna

liderando o mercado imobiliário

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Há 37 anos o sucesso está na força de trabalho do time de funcionários e do empresário, Luis Antônio Rodrigues, que está a frente de uma das maiores imobiliárias de Minas: a LAR Imóveis. Pioneirismo vem das pessoas e da vontade de cada um contribuir com sua dedicação para o resultado da empresa, e isso vem consagrando este forte empresário, que colhe os frutos de um investimento constante que os diferencia no mercado. Olhando para trás, tendo a certeza, cada dia mais, que cada degrau que surgiu em sua carreira e cada obstáculo que conseguiu atravessar valeu o esforço de seguir em frente. Sendo assim, a perseverança ainda é o grande segredo; e a ampliação de novos horizontes é seu objetivo constante para atuar no mercado imobiliário em todo o Brasil. Sua formação em comunicação e marketing fortalece suas ações. Investe sem medo nesta área, onde os resultados são promissores junto a antigos e novos clientes, que capta nas principais regiões da grande BH. Quando pergunto dos riscos neste negócio, a resposta vem arrebatadora, dizendo que, sempre correu riscos, em desafios calculados. Não do perigo, mas do que é diferente, reforça o empresário. Foi em Contagem, que Luis Antônio, deu os primeiros passos no setor. Sem medo de investir, vendendo o que podia para crescer a carteira de alugueis na forte região industrial, conquistando a primeira sede própria. Daí por diante, não parou mais. O esforço e a vida dura que teve que enfrentar na adolescência, quando trabalhava das 23h às 5h da manhã com processamento de dados, e, à tarde, com o irmão, que já atuava no segmento imobiliário, e ainda, ter que estudar à noite, foram experiências que o prepararam para a vida profissional. Luis lembra que, precisava contribuir com o orçamento familiar. Não tinha moleza. Isso o fortaleceu para a vida e os negócios. O mineiro de faro aguçado, nascido em Estrela do Indaiá, pequena cidade do interior, transformou as dificuldades em oportunidades. Tornou-se um empresário respeitado e reconhecido no setor imobiliário, pela coragem e visão.


mente sana

por Tetê Lara Resende foto divulgação

curando os males do mundo

T

um modelo de encontro diferente que se chama iciana Brannco, formada em Psicologia “Conversando com Ticiana Brannco”, Filosofia do pela PUC-MG em 1993 e em Coaching Bem-estar, mente, cura e paladar. pelo International Coaching Institute ( ICI- SP ), A oportunidade é ótima para reunir os amimorou 8 anos no exterior, na Califórnia e especiagos, colegas ou sua família em um ambiente aconlizou-se em Psicologia Clínica e Ayurvêda (medicichegante e íntimo, para se discutir assuntos de inna milenar praticada na Índia). teresse em comum do grupo. Adquiriu o treinamento em “Bem-estar é Depois desse bate papo, para fetécnicas inovadores de relaxamento, encontrar o char o encontro pode-se fazer uma deanti-stress e de como usar o poder da equilíbrio no gustação de vinhos seguidos de pratos mente. Trabalhou como terapeuta movimento da Ayurvêdica e aprendeu métodos em vida. É conhecer exóticos. É um encontro para aprender a observar, reconhecer, transformar e meditação e bem estar na clínica do a si mesmo e a Dr. Deepak Chopra, médico e autor de seu entorno, é ser equilibrar as tendências da mente e dos padrões de comportamento que afasvários best sellers. é considerado um capaz de situarse diante das tam as pessoas da harmonia, da pró-ados mais respeitados pensadores da mais diversas tividade e do equilíbrio da vida. atualidade. Baseado na psicologia CognitiAtualmente, Ticiana, atende em circunstâncias.” va Comportamental, o encontro busca permitir seu consultório de psicologia e Coaching, agreo reconhecimento dos conteúdos da consciência, gando todas essas experiências em função do auto dos nossos comportamentos e hábitos, que, nos conhecimento, da resolução de problemas e da afastam, ou nos aproximam de nossa verdadeira qualidade de vida na essência. natureza divina, ajudando a termos um resultado Ministra cursos, palestras e treinamentos melhor das nossos ações. “Bem-estar é encontrar em empresas pelo Brasil afora. o equilíbrio no movimento da vida. É conhecer a Ela escolheu como missão, inspirar as pessi mesmo e a seu entorno, é ser capaz de situar-se soas a encontrar a totalidade, ensinando-lhes cadiante das mais diversas circunstâncias”, diz. minhos para integrar corpo, mente e espírito, em

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gastronomia

por Anna Paola Frade fotos Anna Paola Frade

sushi

com arte

Garimpar pessoas que trazem em seu DNA o vírus da criação é estimulante. A mesa de Rodrigo Geo, aliada à beleza do que sua mãe, a artista plástica mineira, Ângela Geo, fez, para que ele mostrasse sua gastronomia, com charme e requinte, ficou incrível. Folhas se transformam em esculturas e completam as criações deste novo chef cheio de sonhos e ideias. Profusão de cores e formas fundem-se em meio aos quadros de Ângela, que arrancam de Rodrigo, um relato de seus desejos. É notória a paixão pela família e o quanto é sua fonte de inspiração. Parte de seu entusiasmo e sucesso são frutos deste universo artístico em que cresceu. Valeram os registros que o acom-

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panharam ao longo de sua vida, e, que seguem interferindo diariamente em seu trabalho, quando cria sua culinária japonesa com ingredientes diferentes, como o pó de ouro, anexando o alho porró alimonado, a couve adocicada com pitadas de canela, a geléia de pimenta e ervas diversas. O resultado é inusitado. Perfeito! A gastronomia itinerante de Rodrigo é um sucesso e faz com que esteja em qualquer lugar levando o requinte inovador em seu Truck (caminhão), já reconhecido na cidade. O Food Truck é a moda. Rodrigo atende clientes exigentes, que querem algo elaborado dentro do que é óbvio, e que pode ser reinventado com personalidade.


gastronomia

por Anna Paola Frade e Maria Clara Renault fotos Clarissa Lanari

d’artagnan D’Artagnan, pequeno e aconchegante Bistrô, instalado no charmoso bairro de Lourdes. Inaugurado em 2001, o espaço possui uma atmosfera receptiva e descontraída que atraiu frequentadores fiéis. A sutil influência francesa no menu, inclui pratos de uma cozinha variada e contemporânea.

A escolha de cada ingrediante é rigorosa, sempre com produtos de alta qualidade. Semanalmente, a Chef Marise Rache, introduz novas inspirações em seu cardápio. A harmonização dos pratos e vinhos sugerida, por profissionais da casa, cujo a carta de vinhos inclui rótulos das principais regiões produtoras do mundo, fazem a diferença.

novo

chef Cozinheiro e autor do blog Petit Gastrô Pedro Frade, estudou gastronomia na escola francesa Ferrandi em Paris. Atuou nos restaurantes estrelados do Chef Jean-François Piège, na capital parisiense, e criou o blog Petit Gastrô em 2011. Na cozinha desde os 9 anos, hoje aos 21, atua em cozinhas profissionais como passatempo preferido, pesquisando sobre ingredientes brasileiros, explorando a cultura gastronômica mundial, em busca de novidades, curiosidades, tendências, comidas e ingredientes de qualidade. Na certeza de que a gastronomia brasileira pode estar entre as principais do mundo, Pedro Frade, tem como objetivo ajudar a desenvolver a cozinha brasileira, através da valorização dos sabores, mostrando ao mundo que a gastronomia nacional impressiona pela diversidade.

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gastronomia

por Anna Paola Frade e Maria Clara Renault fotos Clarissa Lanari

Kei o Ponto O Kei é dos restaurantes mais alegres e disputados do circuito gastronômico de Belo Horizonte. É de grau elevado quando o assunto é a qualidade da comida que oferece. Ponto de encontro dos apaixonados pela boa e colorida comida japonesa, é uma delícia! A frequência é altíssima. Tudo fresquinho e saboroso. As Robatas, os sushis, sashimis, enfim, o que vocês imaginarem de diferente, criarão para atendê-los. Vale conferir!

sabor do brasil A empresária e psicóloga, Créscia Morais, tornou-se uma estudiosa dos grãos de café. Apaixonada pelos segredos da mente, diz não ser difícil entender os caminhos que percorrem nosso corpo e despertam os cheiros e os sabores que são processados de forma magnífica sobre nós. O café faz parte da vida dos brasileiros, além de ser uma bebida universal que conquistou o mundo. A família Morais decidiu entrar neste segmento e despertou o interesse em criar sua própria marca gerando um produto de padrão singular, nascendo na Capital do País. Com isso, nasceram as marcas Bico de Ouro Tradicional, Extra Forte, Gusto e Master Gourmet, cafés especiais, com a seleção de grãos Arábica e Robusta, vindas das regiões produtoras mais aclamadas do Brasil. O aroma é único e delicioso. O paladar tradicional e refinado, torna o Bico de Ouro, um Blend de destaque nas prateleiras dos maiores supermercados do país. Como diretora de marketing, Créscia promove o café, sua paixão. O segredo do produto é a matéria prima selecionada bem como o processo de torrefação, que tem que ser perfeito.

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gastronomia

por Anna Paola Frade e Maria Clara Renault fotos Clarissa Lanari

“... La vita é troppo corta per bere e mangiar male...” Para que a refeição seja perfeita, é importante que os sentidos se envolvam neste momento especial, pois, comer não é só nutrir-se. Comer é uma arte de verdadeiros prazeres. Desgustar é a base de um dos restaurante mais tradicionais de Belo Horizonte, que é o Provincia di Salerno - uma instituição gastronômica há anos. Junto a um bom prato, pede-se o bom vinho. O menu elaborado por Fernanda e Remo Peluzo foi escolhido com muito carinho: Foccacia e Fettucine Mediterrâneo, aliados a dois vinhos que vão ressaltar o sabor da comida. A Foccacia por ser um pão acompanhdo de molho de tomates e alecrim, pede um vinho como o Tenuta La Meridiana Barbera d´Asti Vitis DOCG - vinho tinto de médio corpo, frutado e com leves aromas de amêndoa, bem típico desta variedade. Para o Fettucine Mediterrâneo, pensamos em um vinho leve, pois os frutos do mar, sugerem um vinho mais delicado e aqui segue a sugestão que é o Villa Locatelli Pinot Griggio Friuli - terroir diferenciado, de tom dourado médio, com aromas de flores e leve mineralidade. Uma bebida elegante, acolhedora e equilibrada.

Menu e a bebida: Focaccia - Barbera d´Alba ou Schioppetino. Fettuccine Mediterrâneo (camarões, lula, mexilhões) - Pinot Griggio. Torta de limão - Vinho do Porto Prazeres da Mesa.

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diplomacia

por Anna Paola Frade foto Anna Paola Frade

cônsul da bulgária avança fronteiras Renato Roussef é empresário nas áreas imobiliárias, de transporte e na intermediação de empresas. O olhar para o mundo, era bem maior, despertando assim, o interesse de um grupo, que o fez assumir o posto de Cônsul da Bulgária no Brasil. A escolha deste grande ser humano, que trás na alma a sociabilidade e a vontade em estimular ações entre os povos, foi muito feliz. Renato Roussef, aposta na troca de riquesas entre o Brasil e a Bulgária. Com empolgação, vem pesquisando e trazendo o que a Bulgária tem de interessante para o país, como os vinhos, as conservas, a coalhada, a gastronomia, o folclore (danças e músicas), a arte, etc... Fechou novas negociações com supermercados, como o Super Nosso, colocando os produtos internacionais em alto estilo. Como os Búlgaros são encantados com o povo brasileiro e com a alegria que os contagia, esta troca saudável de interesses ficou fácil. As portas se abriram para o novo Cônsul, quando apresentou o que o Brasil tem de melhor: a moda, os calçados, as pedras preciosas, o café, as frutas, os sucos, as polpas, a carne, a tecnologia de TIs, entre outras. Os búlgaros adoraram. É determinante para o sucesso do projeto acreditar nas possibilidades em agregar valores entre os dois mundos, nascendo novas perspectivas de negócios para as indústrias que tanto precisam de motivação. O mundo precisa da comunicação e da criatividade para sobreviver as crises. Renato Roussef, guarda informações, ações e promete anunciá-las, assim que tudo se concretizar. Sua casa na Pampulha virou uma espécie de QG, onde recebe para coquetéis, empresários, amigos e diplomatas. O sucesso desta carreira começa pelo networking. Receber com charme é um dos segredos. Afinado com o Embaixador da Bulgária no Brasil, Valery Yoto, os dois prometem, juntos, intensificar as fronteiras.

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transformando

por Anna Paola Frade foto divulgação

sérgio frade preocupação social O empresário do setor de seguros, Sérgio Frade, sócio fundador da Solutions Gestão de Seguros, com destacados serviços prestados a diversas empresas mineiras e multinacionais, dedica-se também de forma voluntária à presidência da Associação dos Dirigentes Cristãos de Empresas de Minas Gerais – ADCE MG. A associação tem o objetivo de levar informações e conhecimentos aos empresários, administradores de empresas, profissionais liberais, homens e mulheres de negócios, que queiram vivenciar e aplicar o ensinamento social cristão no dia-a-dia de suas empresas, através dos princípios da Doutrina Social Cristã, dando um sentido mais humano a vida. Sérgio, 52 anos, casado com Denise, pai de Pedro e Ana Carolina, acredita que a família é a base de tudo. Alimentando o desafio da continuidade do trabalho que o ex-presidente da ADCE MG, Sérgio Cavalieri, desempenhou nos 10 anos, no Brasil e na UNIAPAC na América

Latina, ele se diz animado. Levar adiante a missão da entidade em unir os dirigentes cristãos na sua responsabilidade econômica, social e fomentando a humanização das relações nas empresas, nas comunidades, nas famílias, valorizando o dirigente como veículo de transformação, é princípio do seu dia-a-dia. A mudança é transformadora! O Programa Empresa com Valores, é o próximo implemento entre a ADCE e a CNBB. Um protocolo padrão é disponibilizado pelos empresários pela Uniapac, indicando meios para que as empresas se adequem com eficiência nas diretrizes sociais, econômicas, financeiras e sustentáveis, focando o ser humano. Entre as ações, estão previstas a formação de grupos de estudos espalhados por todo o país, criando um espaço aberto para a troca de experiências e conhecimento entre dirigentes. Parcerias com universidades, irão desenvolver cursos de responsabilidade social a distância centrados na vida humana.

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entrevista

por Tetê Lara Resende fotos Clarissa Lanari

excêntrico charmoso Pacífico Mascarenhas, vem do segmento têxtil e é dos empresários mais respeitados de Minas. Ativo demais, é diretor social do Minas Tênis Clube em Belo Horizonte. Casado com Emília Margarida, pai de Alexandre, Francisca e Carlos, a família e os amigos tem uma importância fortíssima em sua vida. Um ser alegre, que ama a música em sua essência e fez dela um motivo de alimento para sua história. Pacífico também tem paixão por carros antigos e é um dos maiores colecionadores do país. A partir de quando a música passou a fazer parte da sua vida? Antes dos meus 20 anos, já fazia serenatas com alguns amigos para as namoradas. Transportávamos até um piano (velhos tempos!) em cima de um caminhão. Nessa época, as reuniões musicais começavam a acontecer em minha casa, na Rua Paraíba, em Belo Horizonte.

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Depois de algum tempo, após me inteirar do movimento musical da cidade, de repente torneime um compositor. Descobri, em seguida, que um amigo meu, Alceu Tunes, já fazia músicas. A minha primeira letra foi para uma melodia dele. Nasceu, então, “PAM” “PAM” “PAM”. Aprendi o jeito de compor e comecei a fazer uma música por dia. Foi a partir daí que a música passou a fazer parte da minha vida.


Você passou por alguma escola de música?

Os grandes intérpretes nacionais e internacionais não estão mais em nossa mídia.

Como tinha muitos amigos - e vários tocavam diversos instrumentos -, aprendi logo a tocar piano e violão de ouvido, mas sem nunca ter aprendido as notas musicais.

Fale um pouco sobre o seu hobby como colecionador de automóveis antigos. Quais são as suas preciosidades?

Você compõe e também canta. Qual das duas atividades é a que mais o encanta? Para mostrar as músicas que eu fazia, me tornei, também, um “intérprete caseiro”, mas sem recursos vocais. Comecei fazendo sambas canções, no estilo Dick Farney, Lúcio Alves, dentre outros. Conheci João Gilberto em Diamantina, quando lá residia com sua irmã e cunhada. Tornei-me seu amigo e, a partir daí, comecei a compor em ritmo de “Bossa Nova”. Em 1958, gravei o primeiro disco independente, feito no Brasil, com o nome de “Um passeio musical”. Já gravei, entre LPs e CDs, 39 discos, só com minhas músicas. Além do “Sambacana” (7 LPs), participaram das gravações Roberto Menescal, Eumir Deodato, Milton Nascimento e Wagner Tiso. Tenho músicas gravadas por Nara Leão, “Os cariocas”, Tito Madi, Luiz Eça Trio, Cliff Korman Quartet (USA), Osmar Milito Trio, Yoko Otake (Japão), Jorge Cutello (Argentina), entre outros muitos músicos. Tenho músicas gravadas para as novelas “Amor, eterno amor” e “Cheias de Charme” (TV Globo). Gravei, também, tema de abertura pra a TV Globo e para a novela “Maria Esperança”, do SBT. Que rumo à música popular brasileira vem tomando? Infelizmente, a música popular brasileira talvez se encontre na pior fase de todos os tempos, com músicas de baixa qualidade sendo tocadas nas emissoras de rádio e televisão. Quais são hoje os intérpretes que você destacaria?

Paralelamente à música, me tornei um colecionador de automóveis antigos após ver um Packard 1937 rebocado passar pela porta da Padaria Savassi, em direção a um depósito do Estado. Ele pertencia ao Palácio da Liberdade e, por isso, já o conhecia de vista. Era um sedan, conversível, para sete passageiros, de carroceria especial “Dietrich”. O carro transportara os ex-presidentes Getúlio Vargas, Juscelino Kubistchek e Café Filho, além do Gregório, capanga de Vargas (na inauguração da Siderúrgica Mannesman, em 1954). Transportou, também, vários governadores de Minas, bem como o Rei Leopoldo, da Bélgica, em sua visita ao nosso país. Adquiri esse carro de um dono de um ferro velho, situado na Rua Rio Grande do Sul, que o arrematara em leilão. Tomei por empréstimo um Cadillac 1947 e propus ao novo dono a troca pelo Packard, que acabou aceita. Além deles, tenho uma Limousine Austin A-125 1949, de carroceria Rolls Royce, e um Packard para sete passageiros (ambos pertenceram ao Palácio do Catete, no Rio de Janeiro); um Horch 1939 (limousine), que é o maior carro fabricado pela Auto Union, na Alemanha, dado de presente ao ex-presidente Vargas por Adolf Hitler; um Delahaye 1937, com carroceria Chapron, que pertenceu à Madame Cognac, proprietária de uma rede de lojas na França; um Cadillac 1926, que pertenceu ao cantor argentino Carlos Gardel; um Packard Towal Car 1931; um Opel Cabriolet 1938; um Lincoln 1938 Zephyr; um Custom (limousine) 1941; um Continental 1946; um Dodge (limousine) 1938; uma motocicleta Harley Davidson 1937 (com side car); e uma jardineira Chevrolet 1925, entre outros.

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projeto

por Anna Paola Frade fotos divulgação

Arquiteto; Doutor; Mestre; Especialista e Mestre-Artífice em conservação e restauro de gessos escultóricos, estuques ornamentais e construções tradicionais históricas. Trabalha com projetos arquitetônicos e de interior; é professor e pesquisador do Curso de Restauro em Ouro Preto (IFMG); coordena e executa obras de conservação e restauro do patrimônio edificado e integrado. Possui livros, artigos, ensaios teóricos e práticos nas áreas afins. Realizou pesquisas com parcerias institucionais públicas e privadas no campo das artes, arquitetura e restauração na China, Coréia do Sul, Tunísia, Irã, Birmânia, França, Mali, Benin, Portugal, Bélgica, Peru e Itália.

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refúgio em tiradentes

O projeto arquitetônico e de interior desta residência é como um “livro de artista” ou um “gabinete de curiosidades” do século XXI. Reflete em seus espaços surpresa, conforto, funcionalidade, originalidade e, sobretudo, “delírio” e humor. É como uma assemblage onde se mistura mobiliário de design brasileiro (1950-1970), objetos curiosos, arte erudita, arte contemporânea e arte popular brasileira. A casa foi construída em terreno no centro histórico de Tiradentes/MG e o projeto seguiu os preceitos críticos e teóricos no campo da conservação da paisagem urbana histórica

de um sítio tombado pelo Iphan. Assim, a arquitetura mescla vocabulário regional e elementos contemporâneos - observados nas viga, paredes e nas estruturas de bolas vazadas dos pilares inclinados em concreto armado aparente, no beiral alongado em madeira bruta e nos elementos em ferro “oxidado”. Pelas aberturas dos portais e janelas pode se contemplar o casario antigo, a Serra de São José e o cemitério da Matriz de Santo Antônio. O programa arquitetônico se divide em um volume principal (living, jantar e cozinha, lavabo, 2 suítes, escritório e porão) e anexo (suíte master).

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projeto

por Anna Paola Frade fotos divulgação

Volume principal: o Salão principal (living, jantar e cozinha) apresenta paredão em concreto aparente; piso em tábuas largas e longas em angelim; telhado e forro em placas de madeira de demolição. A bancada da cozinha é “bruta” em concreto armado sem polimento ou verniz. Iluminação teatral cria efeito cênico e destaca o mobiliário brasileiro das décadas de 1950-1970 (Lina Bo Bardi, Jorge Zalzupini, Sérgio Rodrigues, OCA, FORMA, Móveis Teperman, Niemeyer, LAFER, Scapineli e Michel Arnault) e objetos da arte erudita e arte popular brasileira (Nello Nuno, Farnese, Resendio, João da Lagoa, José Cícero da Silva, Mudinho, Dezinho, Celestino, Antônio de Dedé, Zezinha, Aurelina, Artur Pereira). Cabeças empalhadas de antílope e gnu africanos complementam este ambiente.

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A Suíte I possui décor dos anos 1950 onde se percebem a cama e mesinhas de apoio em pé palito, cadeira Zanine, luminárias originais “sputnik” em aço cromado e cerâmica popular brasileira do Vale do Jequitinhonha. A Suíte II, inspirada nos anos 1940 apresenta mesas de apoio italianas em espelho bizotado, luminárias de mesa em acrílico transparente e aço cromado, lustre pendente em cristal, escultura art-decó Chiparrus, figuras em madeira de GFO, Mestre Fida e Zé Bezerra sobre as paredes e, encimando a cama antiga, um painel bordado sobre tecido mergulhado em chá chinês dos anos 1960 com a figura de Mao Tse Tung (elemento de propaganda chinesa daquele período). Os banheiros são neutros (peças sanitárias e metais cromados Deca e cerâmica retificada branca) com luminárias originais das décadas de 1940 - 1950, espelhos venezianos e peças de arte popular. O Porão apresenta estrutura em pedra e concreto armado aparente. No Anexo, o projeto arquitetônico e de interior da Suíte Master segue o mesmo conceito do restante da casa criando uma unidade atemporal e divertida. A mescla de elementos do barroco e do modernismo traduz a identidade do proprietário, um arquiteto - restaurador e colecionador de arte brasileira e objetos curiosos.

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projeto

por Anna Paola Frade fotos divulgação

Abraçada Pela Natureza Carico Dumond, é dos arquitetos mineiros que ganhou projeção nacional rapidamente. Conquistou o olhar de pessoas exigentes, que querem uma arquitetura leve, limpa, moderna e arrojada - que é o seu perfil. Extremamente ousado em seus

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projetos, não tem medo de inventar. Está amadurecido, conhece profundamente o que faz, portanto, o resultado de cada trabalho é sensacional. Neste projeto em especial a natureza faz parte da casa de vidro. A sensação é de flutuar em um universo verde, onde é possível respirar a beleza de tudo o que há em volta. A luz natural reina, mas assim que cai o dia e a noite toma conta do mundo, a iluminação pontual em lugares especiais e estratégicos é de um efeito devastador, transformando esta mesma casa em outra completamente diferente. Esta casa foi pensada para uma família que quer desfrutar da vida e dos bons momentos, gozando do que o mundo oferece aos seus. Neste caso há sempre o convite ao namoro, ao receber, ao descanso e ao encontro consigo mesmo. A magia e os encantos da grandiosidade viva, que circundam sua criação, promovem o despertar de novas ideias.

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projeto

por Anna Paola Frade fotos Rogério Ehrlich

ARQUITETURA arrojada em uberaba

Foto Rogério Ehrlich

Condomínio Damha em Uberaba/MG. Projeto de interiores: Patrícia Moraes Rego.

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A carioca Patrícia Franco, vem de uma família que conquistou o Triângulo Mineiro, através da pecuária, na presença dos gados Guzerá e Zebu. Sempre viveu na ponte aérea Minas/RJ. Dona de uma das fazendas mais tradicionais de Uberaba, diz que, tanto o Rio quanto Minas, serviram de alimento para enriquecer sua vida profissional, no segmento da construção e da decoração. O Rio é sua paixão. As cores, o mar, as montanhas, os diferentes tons de azuis e verdes são fontes que aguçam a sua criação. A fazenda em Minas trás o aconchego e a paz em seus projetos. A profissional contemporânea, passa em seus trabalhos, a experiência que adquiriu na vida. A casa com formas geométricas limpas e retilíneas, é equilibrada em suas proporções. Patrícia aproveitou a topografia do terreno, onde a residência foi desenvolvida em um pavimento térreo, com três volumes. Havia o desnível natural, apro-


veitou este espaço para desenvolver as áreas de serviço e garagem. As três suítes e o Home estão alinhadas à piscina e tudo se integra a grande sala. Pedras naturais revestem paredes e remetem robustez a casa. Um elemento forte que se mistura ao concreto aparente com naturalidade. Os jardins abraçam a casa desde os quartos, passando pela churrasqueira até a área da piscina. A interação é total. Exigente na iluminação, Patrícia, escolheu o Luminotécnico Eduardo Lemos, que pontuou lugares estratégicos, destacando o que interessa. A iluminação é o que valoriza o projeto e as obras de arte. Patrícia usou telas de Hélio Siqueira e acessórios da inglesa Tricia Guild. Na varanda, o ambiente é étnico. O destaque fica para a escultura de pássaros em movimento, de Rogério Fernandes. A designer mostra neste trabalho a importância do uso integral desta casa, projetada para uma família pequena, em um dos condomínios mais importantes e seguros de Uberaba, visando a qualidade de vida. A casa é para ser desfrutada por completo.

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social

por Anna Paola Frade fotos divulgação

Josefina Veloso guardou esta página de jornal com muito carinho. Recebi de suas mãos a coluna de Wilson Frade onde destacou mulheres que representam Minas, com tamanha elegância até hoje. Confesso que senti uma saudade enorme do meu pai. Esta revista não deixa de ser uma homenagem direta a ele - um dos nomes mais importantes do jornalismo em Minas Gerais, marcando época.

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1. Rosália Dayrell é jornalista. Trabalhou anos com Eduardo Azeredo e também na campanha de Pimenta da Veiga. Assinou uma coluna social em ANNA, o que nos honra muito. Confira nas páginas a seguir. 2. Denise Atheniense é filha de um dos advogados mineiros mais conceituados e respeitado de Minas Gerais, Aristóteles Atheniense. Casada com Eduardo Tadeu Possas Vaz de Mello, trago esta foto antiga para matar as saudades desta família linda e querida. 3. Quatro amigas muito especiais em minha vida: Rita Dias, Maria Teresa Lara Resende, Lú Magalhães e Patrícia Barreto.

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4. O construtor Paulo Emílio Gaisler e Paula. Casal querido em BH. 5. Chef Gutembergue em breve visitará BH para rever amigos. 6. O engenheiro Juliano Pimenta da Veiga vem crescendo sua Metrópole - empresa do segmento de construção. Já Jú Couto, sua linda mulher, é destaque na arquitetura em Brasília, sendo um dos braços fortes no escritório de Denise Zuba, um dos maiores da Capital Federal.

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FOTO: WILSON FRADE FILHO

7. Ivana Ximenes vem de uma família que construiu uma das imobiliárias mais conceituadas e sérias de Belo Horizonte. Mesmo em tempos instáveis, a bela morena que detém uma invejável lista de clientes fiéis, não pára! É incansável e otimista. 8. A luminotécnica Tatiana Mendes vem ganhando mercado junto aos designers. 9. Shirléia Barroso e sua rede de restaurantes em hospitais é um sucesso. 10. Leila Geo, mulher linda até hoje, que sempre se destacou por estar a frente de seu tempo. Arrojada e interessante, a tia Leila, carinhosamente chamada pelos íntimos, passa ao lado do marido, Gui Geo, gozando parte do tempo na fazenda, localizada nos arredores de BH, onde acompanha a construção do ateliêr da filha Ângela. Uma mulher surpreendente e encantadora. 11. Diala parece ter tirado férias do mundo político. Trabalhou anos com José Serra e agora está

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em BH ao lado de Ivana Ximenes na Imobiliária. 12. Kika Martins Ribeiro fazendo sucesso com suas belas clicadas. Vem se revelando uma promissora fotógrafa. 13. Cris Maria é a personal training mais disputada por aqueles que querem um corpo perfeito e escultural. Ela se integra a equipe exigente da top Companhia Atlética. 14. As pequenas chefes, Rafaela e Gabriela Dias de Freitas e Nana Bilac levam a sério o curso de gastronomia. A frequente troca de receitas entre as charmosas amantes da boa mesa é constante. As três já fazem pratos com maestria. 15. A marchand Virgínia Geo está no momento mais feliz de sua vida: a chegada de seu primeiro bebê. Aliás, está linda!

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Três nomes vêm colecionando postos importantes e de confiança no concorrido universo político. Marcelo Lana, na Secretaria de Suprimentos. Eduardo Bernis, na Secretaria de Desenvolvimento. Humberto Pereira, Diretor da Sudecap. Time de profissionais competentes e experientes que fazem a diferença na prefeitura de Belo Horizonte e na vida de Márcio Lacerda.

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social

por Anna Paola Frade fotos divulgação

Samantha Sá Pós Graduada em Consultoria de Moda e Imagem pelo Senac, em Belo Horizonte. Samantha hoje atua como Personal Stylist, vestindo, organizando e gerenciando moda e estilo para seus clientes com dicas práticas no seu Instagram @ garimpeimeucloset e tambem em seu Blog www.garimpeimeucloset. com Jorois Bacharel em Língua Francesa pela UFMG e especializada em Literatura Francesa na Universidade de Sorbonne, Paris, Jorois Giovanna Garzon aprendeu com as letras e versos a apreciar a importancia da moda no decorrer dos séculos! Hoje produz personalidades, antecipa tenténcias e divulga seu trabalho no Instagram @jorois e no seu Blog que fala sobre o universo fashion! www.jorois.com

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1. Mauro Tunes é um dos empresários mais respeitados de Minas e um dos idealizadores do Museu Inimá de Paula. 2. O sério e conceituado advogado, José Castro 3. Jantar no Favorita reúne amigas de infância. ANNA já faz parte de Belo Horizonte. 4. Rosângela está vivendo na ponte BH/Brasília acompanhando o marido Ricardo Castanheira, vice-presidente da CCR.

DESIGN BRASILEIRO NO MUNDO Chicô Gouvêa assina linha exclusiva para a poderosa Vista Alegre. Destaca a beleza da fauna e da flora brasileira para o mundo. Em breve, estará em Belo Horizonte, lançando a desejada linha, na La Ville. 3

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1. Mateus Silvestre me conquistou. Vi neste jovem cheio de vida a vontade de crescer e, talvez, quem sabe, mudar realmente a vida das pessoas de Santa Luzia. Mateus é estudante de comunicação e uma liderança nata. Conquistou a confiança de seguidores, que o acompanham em um processo de mudança política no país e em Minas. Mateus assina a coluna social de uma das revistas ANNA, mostrando o quem é quem em Santa Luzia. Leva jeito para o jornalismo. Adoro! 2. O radialista Roberto el Check é das maiores audiêncas da Band FM.

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3. O sorriso largo e encantador de Mag Bernis. 4. O autor da Festa Insanidade, conquistou uma legião de fãs. Todos os anos, sucesso contínuo. Eduardo Fonseca promete novidades. 5. Nem Campos, foi das grandes referências da moda em Minas, com sua Straccio e IBZ. Hoje mora em Oliveira, onde assumiu as secretarias de lazer, turismo e cultura. Vem se revelando uma gestora importante. Nem, mergulhou de cabeça no novo trabalho e aplica a experiência de tudo que viveu, em prol da população. Sua generosidade é tão grande que o salário que recebe, reverteu para o bem da sociedade. Esta feliz e realizada. 6. Anna Paola e Juliana Safe- competente advogada, empenhada nas questões de sua faculdade, a Milton Campos, onde é uma das donas. 7. Dante Luiz Nascimento fazia o papel de prefeito no comitê central de Pimenta da Veiga, atendendo diariamente todos os integrantes da campanha com enorme disposição, tentando resolver as demandas do momento. Foi formidável. Na foto, Dante e sua linda Jacqueline. 8. A adorável empresária do ramo joaleiro, Caroline Rocha, que se destaca em Minas pela seriedade com que lida com seu negócio, a Tianelle Jóias. 9. Anna e Pimenta, com Eimar Brandão e Iara Tupinambá.

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Patrícia, Lígia e Cláudia Mattos

bordados de luxo Lígia Mattos deixou um legado onde seus bordados ficaram conhecidos no mundo. Quem está a frente da fábrica hoje em dia, são as irmãs Patrícia e Cláudia Mattos, junto ao primo Ronaldo Mattos.

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1. Ramona Nagl, da Delonix e Isabella Drummond, filha de Maria Ângela e Edmundo Lanna. 2.Jocélia Brandão fez da dor o combustível para tranformar sua vida e seguir o caminho das lutas sociais. Esta mulher merece muitas honras. Ela é 1000! 3. Paulo César de Oliveira construiu um nome de relevância na comunicação mineira, com sua Viver. Promove anualmente o Conexão Empresarial, em Araxá, reunindo centenas de empresários, prontos a discutir Minas e o Páis. Na foto com sua linda Luíza.

Saudoso almoço de confraternização com arquitetos e designers de Brasília. Amo todos!

Foto Pedro David

avós coruja

O paisagista Luis Carlos Orsini, é das grandes referências no país. A beleza de seus jardins é comentada no Brasil. Inhotim que o diga!

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A artista plástica Maria Helena Mitre e o médico, Sílvio Mitre, estão em estado de graça: a chegada da neta Eduarda. A Duda é filha do encantador casal, Daniella e Eduardo Mitre. Silvinho, como é conhecido, vive entre Belo Horizonte e Oliveira. Cardiologista conceituado, atende seus pacientes durante a semana na cidade vizinha. Esta é uma família tradicional de Minas, que merece todo o carinho.


4 4. Glorinha e Talísia Corrêa, Eloísa Sader de Oliveira e Beatriz Nacis Sader, além de encantadoras foram um quarteto de mulheres queridas. Todas muito amigas.

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8 7 5. A dona do Jornal A Voz do Barreiro é linda. Carol é um sucesso. A novidade é a parceria entre a revista ANNA e o seu jornal, que circula no Barreiro mensalmente. 6. Alex Oliveira - papa da make-up faz sucesso no Martinelli. 7. A beleza das Abrás: Flávia, Paula, Gabriela, Cláudia e Carla. Amo!!!

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9. Meu querido João Cláudio Vasconcelos e Cristal. 10. Marcelo Paulino, nome dos mais solicitados por designers e arquitetos para colocação de revestimentos de parede. Seu ponto é a Wish Home. 11. Karla Isidoro, farmacêutica, bioquimica, psicóloga do grupo “Vida Nova - Sem Drogas”, vem desempenhando um papel fundamental na sociedade.

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13 12. Anna com o deputado estadual, Célio Moreira 13. Vereador Ronaldo Gontijo e suas “Marias” no Barreiro.

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1. Amigos da minha vida: Lídia Fortes, Leonardo Barros, João Vasconcelos, Maria Clara Renault e minha babá, a Beta. 2. Anna dá as boas vindas a nova presidente do PSDB Mulher em Minas, Gláucia Brandão. A secretária de ação social fará um belo trabalho. 3. Flávio Geo, empresário influente no setor de turismo no País, com sua mulher Márcia Salvador - médica das mais conceituadas em Minas. 4 e 5. Casal querido, Geraldo Pereira Sobrinho e Ana. 6. Delegada Rafaela Brandi e Rafael Brandi, do Cruzeiro. 7. Cristiana Lage e Adriano Guerra. 8. Dr. Mozar. 9. Dr. Rafael Guerra e Mercês, com Emília e o marido Joel Motta. 10. Reinaldo Belli - presidente da juventude em MG. 11. A doce Iêda de Freitas. 12. Renata Franz e Lúcio Oliveira Silva. 13. Sérgio Borges Martins e Gilda, e José Ulysses 14. A arquiteta Beatriz e André Rocha 15. Anna com a cúpula do PMB em Minas. Elter e a presidente do partido, Rosimeri.

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16. Sérgio e Deinha Tamm de Lima 17. Mário Tamm de Lima e Sônia Teixeira 18. Luis Vicente Calicchio e Luis Vicente Calicchio Filho com Anna 19. Dr. João Salles e Waneska Salles. 20. Dr. Reinaldo Alves Costa - presidente do PSDB Municipal de BH 21. Meu querido Paulo Breguncci, presidente de honra do PSDB em Minas. 22. Desembargador Roberto Vasconcelos Paes. 23. A linda Ana Silvia. 24 e 25. Luna e Cherie, as mulheres atuantes da vida do deputado Domingos Sávio. 26. Olavo Bilac, forte deputado, representa Minas muito bem. 27. Acílio Lara Resende e Paty Belfort, casal dos mais festejados na sociedade mineira. Ele é uma referência moral no jornalismo brasileiro e dos nomes fortes e respeitados na imprensa nacional.

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santa gil de aguilar comemora 94 anos! Santa foi casada com o tradicional fazendeiro do Norte de Minas, Nelson Saraiva, ex-prefeito de Carlos Chagas e um dos homens mais importantes da região. Foi nesta pequena cidade que construiram suas raízes anos atrás. Tiveram oito filhos: Blombergue e Edma (in memoriam), Teodoro, Celma, Saraiva, Telma, Agenor e Cássia. Os anos se passaram e o velho Nelson e dona Santinha seguiram rumos diferentes, mas desta união, renderam muitos frutos. Nossa avó, comemorou 94 anos, com saúde, espírito de criança e querendo soprar velas. Lúcida e faceira contando piadas, discursando e fazendo muitos planos, recebeu os filhos, os netos, os bisnetos e os tataranetos em Belo Horizonte para comemorar seu niver. Foi um dia inesquecível.

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1 Santa Gil de Aguilar e Baião 2 Pimenta da Veiga, Cássia Saraiva, Leonardo e Cibele Saraiva, Pedro Pimenta da Veiga e Santa Gil de Aguilar 3 Wilson Frade Filho e Lorena da Veiga 4 Loraine, Funny e Blombergue Saraiva 5 Valquíria Saraiva 6 Isabel Almeida Saraiva Ottoni 7 Suely e Fabiano Saraiva 8 Austin e Bruna Saraiva 9 Santa e Hércules Gil 10 O chef Edson Saraiva, Santa Gil e Pimenta da Veiga 11. Denner Filho 12 Iaskara e Mariana Aguilar 13. Anna Paola Saraiva Frade, Luciana e Alexandre Baião 14. Ana Paula Saraiva, Luciana e Cássia Saraiva, Nadim Saraiva, Santa e Denner Prates Santos 15 Edna Martins dos Santos, a Beta, Santa Gil e Vilma 16 Rúbia Aguilar 17 Marcella Frade 18 Brunna Frade 19 Andrea Almeida, Santa Gil Aguilar e Gê 20 Evandro Saraiva e Felipe Saraiva Baião 21 As primas Luciana, Anna Paola, Santinha e Juliana Saraiva 22 João Saraiva Baião e Larissa 23 Olívia Saraiva, Luisa Saraiva Ottoni e Santa Gil.

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encontro inesquecível Silvana e José Humberto Machado, donos da Vert Construtora, receberam ao lado dos filhos, em seu apartamento, um grupo de amigos para degustar o menu elaborado pelo chef Saulo Sanches, que preparou os pratos na hora e na frente dos convidados. Um mix equilibrado de divinas iguarias. A beleza de cada prato foi surpreendente. O sabor e os cheiros, um espetáculo. Leveza e sofisticação seguidas de um bom papo, regado à boa bebida. Uma noite inesquecível.

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1. Nora Mendes, Marcelo Mendes com a noiva Luíza Guerra, Geraldo Mendes, José Humberto Machado, Pedro Frade Pimenta da Veiga e Otávio Parreiras. 2. Nora Mendes, Anna Paola Frade, Daniela e Silvana Machado. 3. Marcos Faria, da Pleno Alimentos. 4. Otávio Pereira, Marcelo Mendes, Rafael Machado, Pedro Pimenta da Veiga, Marcos Faria, João Done, José Humberto Machado e Ricardo Marra. 5. Luiza Guerra, Daniela Machado e Silvana Faria. 5. Cristina Wanderley e Daniela Done.

O Chef Saulo Sanches surpreendeu a todos com o menu sofisticado elaborado para este jantar: Menu Entrada: Polenta trufada com ragú de cogumelos. Primeiro Prato: Tartar de atum avocado com especiarias ao molho tarê de melado de cana. Sorbet de Limão. Prato principal: Confit de bacalhau com purê de cebola e tapenade de azeitonas portuguesas. Sobremesa: Sopa fria de frutas do bosque com espuma de chocolate branco.

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1. Christiane Aguiar, Patrícia Dias e Alexia Carvalho. 2. Juliana Chiari, Andrea Catão e Lígia Gonçalves. 3. Ana Paula Rohllfs, Anna Paola Frade, Roberta Corrêa, Cristiana Aguiar e Alexia Carvalho. 4. Andrea Catão 5. Anna Paola Frade 6. Juliana Chiari, Denise Frade e Andrea Catão. 7. Flávia Bilac. 8. Denise Frade e Maria Clara Ferreira

JANTAR PARA ANNA Patrícia Dias, joalheira mineira, renomada e querida no circuito de Belo Horizonte, recebeu um grupo de amigas em sua casa para homenagear a revista ANNA. A decoração toda em rosas brancas leva a assinatura de Patrícia Andrade. O jantar maravilhoso, foi feito pelo chef Caetano Sobrinho, do restaurante A Favorita, que trouxe um cardápio elaborado e requintado. Confira.

Amuse Bouche: Ostras frescas e em cérvice Steak Tartar com Hummus Welcome Drink: Ponche Entradinhas Volantes: Crudo de Badejo com Dressing de Limão Siciliano e Pimenta Rosa, Cubos de Atum, Mi-Cuit com Purê de Wasabi, Vieiras Grelhadas ao Molho Cremoso de Champagne e Caviar, Pão Catalão, Gratain de Bacalhau à Vicentina e Aspargos Frescos à Carbonara Pratos Principais: Sorrentino de Burrata com Molho de Tomates Italianos e Basílico; Namorado Grelhado ao Vinagrete de Tomate e Azedinha com Sete Cereais Sobremesa: Cornetto Crocante de Mascarpone com Frutas vermelhas e Sorvete de Baunilha. Champagne: Moet Chandon Brut.

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por Paulo Castelo Branco, advogado foto divulgação

ERGA OMNES OU TOLERÂNCIA ZERO?

O termo latino se refere tar suas razões e buscar absolver à aplicação da lei para todos os os seus clientes das acusações. cidadãos, sem distinção de conO que não é aceitável são dição social, esperteza, raça, relias manobras dos donos do poder gião ou poder; é a forma sofistipara afastar policiais das investicada de se falar “tolerância zero” gações, procuradores do controle aplicável àqueles que praticam dos procedimentos e de juízes dos crimes ou estão sob suspeita de julgamentos. atos delituosos. É evidente, que não serão O termo aparece agora em práticas escusas que salvarão os razão das prisões determinadas acusados da força da lei e da Juspelo juiz Sérgio Moro, mantidas tiça. Os órgãos republicanos não pelos relatores de pedidos de são pessoas que, eliminadas, en“O que o brasileiro quer habeas corpus, nos tribunais sucerrarão os seus trabalhos. e clama é que a lei seja periores. As baterias voltadas contra aplicada a todos acusados o juiz Moro, contra o procuradorQuando milhares de suspeitos em operações rotineiras são e que os julgamentos sejam geral da República Rodrigo Janot detidos, a população, questionada e contra policiais federais não públicos, transparentes e à frente das câmeras, diz que deve republicanos: condenados os atinge diretamente, atingem, ser assim mesmo, tolerância zero sim, as instituições que dirigem; presos; inocentes livres.” contra marginais, seja quem for. sai um juiz, entra outro, sai um Durante anos, a prática da procurador, entra outro, sai um lei para todos servia para enquapolicial, entra outro; todos com drar especialmente os miseráveis, inocentes ou não, a mesma missão de colocar e manter na cadeia os que, sem assistência do Estado, são jogados nas cecriminosos. las fétidas de delegacias de polícia ou em penitenNa Itália, a famosa investigação Mani Puciárias dominadas por líderes do crime. Ali, deseslite, que devastou a política e os negócios escusos perados, se entregam aos chefes e quase nunca se no país, levou para a cadeia poderosos políticos e recuperam ou são reintegrados ao convívio social. empresários envolvidos nas falcatruas, alguns opA descoberta do saque aos cofres públicos taram pelo suicídio por não suportarem a vergopor personagens da política e do poder econôminha e a desmoralização de suas histórias e famílias, co está mostrando à população que é possível para outros cumpriram suas penas e ficaram no ostraum só personagem mudar os rumos de uma nação. cismo. Não é a primeira vez que um homem público esNaquele tempo, a pressão dos envolvidos tudioso, corajoso e com espírito público enfrenta contra a Justiça levou à criação dos “juízes sem os poderosos e, com fundamento na lei, enquadra rosto” para garantir a segurança dos magistrados. dezenas de suspeitos de ilicitudes. A medida chegou até nós, apesar de considerada A reação dos acusados e seus defensores é inconstitucional por inúmeros especialistas e o seu legítima, e seus advogados devem exigir respeito uso não está consolidado, mas, se a pressão persisà lei e à incolumidade física dos detidos. Não há, tir, a ocasião é propícia. no entanto, reclamações quanto às condições míniO que o brasileiro quer e clama é que a lei mas de conforto ou alimentação dos presos. seja aplicada a todos acusados e que os julgamenO que está em debate é se as decisões do juiz tos sejam públicos, transparentes e republicanos: são corretas ou não, e cabe aos defensores apresencondenados presos; inocentes livres.

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por Rosalia Dayrel fotos divulgação

1. Um trio de mulheres lindas, criativas e competentes. Ângela e as filhas Tatiana e Isabela, são responsáveis pela bem sucedida Ângela Sampaio Jóias. Mãe e filhas, recebem as clientes no escritório do Belvedere com classe e charme. 2. Daniela Chaves tem mãos de fada. Design por formação e apaixonada por gastronomia criou em 2006, a “Daniela Chaves Patissiérie”. Modela e inventa gostosuras com arte, afeto, açúcar e outros ingredientes de dar água na boca. 3. Luciana Vieira Machado Pereira, se dedica cada dia mais ao trabalho como designer de jóias.

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SANTA LUZIA O prefeito de Santa Luzia Alberto Parrilo Calixto e a vice-prefeita Roseli Pimentel.

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FUNDAção CULTURAL A relações públicas da Fundação Cultural de Belo Horizonte, é a bela Ludmila Araújo.

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4. O deputado estadual Gustavo Corrêa assumiu a liderança do Bloco Verdade e Coerência. Apesar da juventude, está no quarto mandato e com experiência sólida nas Comissões de Direito das Pessoas com Deficiência e de Administração. 5. O prefeito de Betim Carlaile Pedroza, um dos principais líderes políticos de Minas, se destaca pelo comprometimento na busca de soluções para enfrentar desafios na gestão municipal. Carlaile, que já administrou o município, conhece Betim como a palma de sua mão.


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5. Casal querido e atuante de Belo Horizonte, Vânia e Ziza Valadares estão casados há 42 anos. A família tem a política no sangue. Além do marido que exerceu o mandato de deputado, Vaninha é filha do ex-deputado estadual Sady da Cunha Pereira, hoje com 94 anos. Mãe do líder da minoria na Assembléia, Gustavo Valadares, é coruja e acompanha orgulhosa o desempenho do filho. 6. Em seu quinto mandato consecutivo, o deputado Dalmo Ribeiro comemora ao lado do filho Felipe Ribeiro e da esposa Dalva, o resultado expresso na última eleição. Dalmo, é campeão de votos com forte base eleitoral, no sul de Minas. 7. A decoradora Bernadette Nocchi inaugurou na região da Savassi sua nova loja de decoração. Antenada e caprichosa, a profissional anda feliz da vida com a expansão de seu negócio. A stille decorações foi ampliada para atender a exigente clientela.

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8. Gustavo Valadares é da nova geração de políticos. O jovem deputado é líder da minoria na Assembléia de Minas. Casado com Carolina Valadares, tem duas filhas que são verdadeiras princesinhas: Teresa e a pequena Ana. Além de lindas e formosas as duas são a alegria e orgulho dos pais. 9. Carla Augusto Porto, com formação em estética, e o marido médico, Marcos Paulo Ferreira Gomes, comandam clínica de estética no bairro Buritis, em BH. O casal é especialista em tratamento de rejuvenescimento facial e corporal. Procedimentos que deixam as mulheres mais bonitas e felizes. 10. A executiva do setor de mineração Verônica Ivanova e Leandro Silva de Oliveira Neto, casal jovem e descolado da cidade. Ela, que é do Cazaquistão e morava em Londres, conheceu o empresário do ramo textil (leia-se Casas Lealtex) em BH. Verônica se adaptou ao tropicalismo brasileiro e no momento não pensa em voltar para a Europa. 11. Philippe Laplace e seu sócio Rafael Romeiro dirigem a FVO - operadora de viagem especializada em roteiros para Europa. Philippe, francês e conhecedor do melhor da França, adotou o Brasil há 14 anos. Os empresários em jantar de negócios com as francesas Emmanuelle Hervieux do Comité Régional de Tourisme de Bourgogne e Françoise Bidot do Office de Tourisme de Beaune. 12. Daniela Fávero é sócia de Teresa Mafra no escritório de advocacia, que é referência em direito de família. Especialista em Planejamento Sucessório, Danny é professora de direito na Faculdade Milton Campos. 13. O deputado Luiz Humberto Carneiro e sua Sara são referências políticas no Triângulo Mineiro. O ex-líder do Governo é reconhecido pelo carisma, acessibilidade e pela luta em 12 13 prol do crescimento desta região.

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por Anna Paola Frade fotos Clarissa Lanari

os segredos do oriente nas montanhas de minas Cláudia Sabino Procópio Alkimim, mesclou a beleza da Turquia com os sabores do universo Árabe, criando um casamento perfeito. Tudo de melhor que o oriente tem a oferecer ao mundo, nas montanhas de Minas Gerais. A cerâmica turca, reina nesta matéria. Cada prato uma obra de arte pintados por artistas turcos. As cores são tão vivas e hipnotizantes que dispertam encantos. O espetáculo dos tons fortes é único. Cada um conta a sua história em seus próprios desenhos. É simplesmente deslumbrante. Os vasos e

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as travessas também compõem todo este serviço rico, encomendado à representante exclusiva desta linha, a bela Bianca Giacoia. Cláudia usou em sua decoração uma profusão de pimentas e rosas vermelhas que fizeram de sua casa um lugar ainda mais requintado e acolhedor. Minha equipe não conseguiu descrever a beleza de tudo. A comida traduziu a culinária libanesa na essência. Quibes crús, falafel, babaganush, esfírras, fattoush, tabule, homus, figos frescos acompanhados de nozes, avelãs, damascos, tâmaras, grão de bico, tomates com ervas, tudo regado ao


mais puro azeite. Uma maravilha degustada por amigos queridos. A Veuve Cliquot servida bem gelada, brindava a chegada de cada convidado. Cláudia traduziu o bem receber em absolutos detalhes. Sempre atenta, cuida de tudo. Ela e Alberto Alkimin (seu marido), amam receber os amigos queridos com frequência. Sua casa no Morro do Chapéu é abraçada pelas montanhas de Minas. A vista é uma beleza, e a fusão dos encantos libaneses e do design turco, somados ao charme das Gerais, arrancou suspiros em todos.

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foto clarissa lanari

por Anna Paola Frade fotos Clarissa Lanari

Vitória Lage Guerra é dessas moças que encanta ao primeiro olhar. Estudante de Direito no IBMC, quer ser uma grande advogada. Pé no chão, sensata, é ainda muito família. Caráter é seu maior valor. Não suporta a falsidade. Gosta do que é bom, mas não morre por bobagem. Ama os amigos e viajar. Tem paixão por seus cavalos e adora os fins de semana em sua Fazenda Camarão - refúgio, onde lê, leva os amigos, come a gostosa comida no fogão a lenha, da vovó Marília e ouve suas músicas.

Meu cavalo Adoro casa e minha flor preferida são as orquídeas.

Meu livro: Diário de uma Paixão.

Jóias: o coração de brilhantes que ganhei do meu avô Nativo Lage. Comida preferida: os sushis feito por Rodrigo Geo.

Amo a make-up da Lancôme.

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Não falta na minha bolsa o rímel da Lancôme. Adoro as bolsas de Elisa Atheniense.


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por Anna Paola Frade fotos divulgação

elisa bax Escrevo com certa intimidade sobre esta jovem linda e estonteante, que prende o nosso olhar com a beleza de seus olhos. Elisa é filha de Sandra Mara Carneiro Costa e Cláudio Bax. Virginiana, 21 anos, cursa o quinto período de publicidade e propaganda na FUMEC. Fala inglês e francês fluentemente desde criança. Ama viajar e desbravar o mundo da moda, da gastronomia, da arte e tudo mais que possa enriquecer sua vida. Desde criança seus rabiscos tinham forma de bonecas e logo, pensava o que iriam vestir. Tinha loucura pela Barbie. Com uma família de mulheres vaidosas, ficava de olho no que cada uma iria usar. Os brilhos, os bordados, as jóias, os sapatos, as bolsas e a maquiagem causavam um efeito meio hipnótico, aguçando mais e mais a vontade de entender melhor o que era o universo da beleza e das criações. Com isso, resolveu estudar melhor o tema e decidiu frequentar as aulas na Maison Escola de Arte e aprimorar seus traços. Começou a desenvolver suas próprias estampas e ilustrações de moda. Seus esboços vão para o computador onde são vetorizados para criação de logos, quando precisa. A construção da identidade visual mexe com ela. Seus desenhos são disputados e encomendados. Cria estampas exclusivas para algumas marcas, como a So Lovely. Elisa quer mais. Em algum momento quer começar a desenvolver seus modelos, mas antes, quer estudar fora, amadurecer e sugar o que este mundo tem a oferecer no quesito moda. Há pouco tempo, as blogueiras Lalá Hudge e Helena Bordon, usaram t-shirts com suas estampas, causando frisson nas redes sociais. Esta garota vai longe.

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por Anna Paola Frade fotos Anna Paola Frade

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hobby

por Anna Paola Frade foto Clarissa Lanari

hobby e Paixão Beatriz Saraiva nasceu em Florestal. O pai, professor de botânica e zoologia na Escola de Agricultura, foi uma de suas grandes paixões e fonte inspiradora para tudo. Desde cedo aprendeu o gosto pelas histórias da natureza com ele. Cresceu livre nas matas e sempre com o olhar atento às belezas das cachoeiras, dos rios, das flores, dos frutos e dos pássaros. Os anos seguiram, casou-se aos 21 e escolheu Belo Horizonte para morar. Em um apartamento no Santo Agostinho, com janelões enormes, logo veio à mente criar uma cortina viva e verde, remetendo aos velhos tempos e trazendo a natureza que lhe impregnava a alma para dentro de casa. Choronas, arecas e diversas samambaias tomaram conta da parede. Depois, foi morar na Pampulha e criou seu próprio orquidário, que virou referência dos amantes destas espécies de plantas tão encantadoras e especiais. Algumas raras e exóticas.

Com isso viajou o mundo em busca de novidades, com o olhar sempre voltado para as flores. No Brasil, as orquídeas nativas como a Cattleya Walkiriana enchem as medidas de seus olhos, na Holanda as Tulipas. Depois de fazer o curso na SOB se tornou orquidófila profissional. Em sua primeira exposição arrancou de cara o primeiro lugar com a espécie Phalaenopis Alba. Depois disso, japoneses, alemães, holandeses e sul - americanos não pararam mais as constantes visitas em sua casa. A escritora Lú Menezes, batizou uma planta rara e nobre, com o nome Cattleia Labiata, que significa, Beatriz Brasil. Justa homenagem. Beatriz fez das orquídeas um hobby, nunca um negócio. Sempre presenteou amigos e apaixonados com suas orquídeas e flores diferentes. Desprendida de sentimentos pequenos, nasceu para semear o amor através das flores.

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refúgio

por Anna Paola Frade fotos Clarissa Lanari

Cláudia com as filhas Barbara, Sandrine e Sofia

o melhor de minas Cláudia Gonçalves é das mulheres mais viajadas e dinâmicas que conheço. O bom gosto sempre fez parte de sua vida. O conhecimento internacional e nacional no meio das artes com críticos, pintores e escultores, deram um olhar diferenciado ao seu mundo. Vive na ponte aérea Brasil, Europa e Nova York, onde passa parte do ano. O seu refúgio, onde ama receber os amigos e cuidar de seus bichos, é a fazenda nos arredores de BH. Uma casa verdadeiramente mineira, acolhedora, pois a boa gastronomia une amigos à mesa e em volta do fogão a lenha. Um lugar dos Deuses, simples em sua elegante essência. Uma alegria é a mesa mineira de café, bem tradicional, com pães, roscas, broas, queijos, doces, geléias caseiras e o pão de queijo, que não falta nunca! O cheiro do café colhido e torrado em sua fazenda tem um sabor diferente. Delicadamente mostrou um pouco do que é receber com elegância e sem exageros, ao lado das três filhas amadas.

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solidariedade

por Anna Paola Frade fotos divulgação

Yana Coelho, com a vice-presidente do conselho da AMR, Bernadette Mendes, e a presidente do conselho, Adriana Belisário

ação do bem Para este perfil, escolhi Bernadette Mendes, para apresentar o seu trabalho social. Trabalho este, que há 15 anos faz parte de sua rotina, que é a Associação Mineira de Reabilitação (AMR), que completa cinquenta anos de existência. Quem serviu de fonte de inspiração para Bernadette, foi a sogra Ed Mendes, um ser humano cheio de doçura e encanto, que por onde caminhou, só plantou o bem, deixando muitas saudades. Este trabalho árduo, que despende energia, dedicação intensa, é absolutamente prazeroso. Reabilitar e praticar a inclusão social de 500 crianças e adolescentes carentes, com deficiência física, é revigorante. Paciente e carinhosa, começou brincando com a meninada, até chegar a vice-presidência do conselho. Se dispôs a ensinar as mães a bordar ponto cruz, em seguida assumiu a coordenação de eventos arrecadando fundos para a instituição, nos eventos: o Chá Beneficente, a Tarde de Prêmios, o jantar no Kei, e ainda o futuro Baile do Automóvel Clube, com o sugestivo nome, Dance para Eles, cuja renda irá para a realização de cirurgias ortopédicas. Bernadette é a vice-presidente do corpo de voluntários da AMR e Adriana Belisário, a presidente. Juntas enfrentam este desafio por amor e ideal.

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mimos

por Tetê Lara Resende fotos Clarissa Lanari

coisas de mesa Há três anos Júnia Vaz criou sua própria linha de enxoval: “Coisas de Mesa”. Neste ano, ganhou uma sócia que comunga de seu mesmo espírito e ideais, que é Júnia Campos. As duas amam o que fazem, que é criar toalhas, guardanapos, jogos americanos e roupa de cama. Desenvolvem uma linha de crochê deslumbrante e ainda colocam uma comunidade de crocheteiras para trabalhar seus sonhos, assim como os bordados e suas bordadeiras. É tudo muito refinado e elegante. As rendas diversas casam com o linho e transformam-se em peças românticas e requintadas quando se quer arrasar. Para o dia-a-dia, o algodão, o fustão, entre outros tecidos, assumem o seu posto de forma grandiosa. A pronta entrega é um sucesso! Aquilo que você deseja, é desenvolvido tanto para o consumidor final, quanto para os lojistas. Para saber mais sobre esta dupla encantadora entre no instagram @coisasdemesa e descubra as belezas de suas criações.

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mimos

por Anna Paola Frade fotos Clarissa Lanari

Roupagem Sofisticada Eliane Martins Gualberto Ribeiro, nasceu prendada. Suas festas chamavam a atenção dos convidados pela diferença e beleza do que criava. Perguntavam por que não fazia disso uma profissão. O tempo passou e hoje atende clientes muitos especiais. O negócio dela é qualidade e não quantidade. Ama fazer mesas de doces. A cabeça desta mineira é uma profusão de ideias e novidades. Não pára! Os tules, os filós, as mini flores, lacinhos, miçangas, pérolas, enfim, qualquer mate-

rial que lhe agrade às vistas, pode ser transformado em algo deslumbrante para abraçar os bombons, os dragées, os bem casados, os bem nascidos, etc... As lembranças que cria são de desmaiar de lindas. Sou suspeita para falar desta artista com dons que só ela tem. É danada! Depois de todas as encomendas prontas, quando tudo é arrumado e organizado em peças de prata, o efeito das braçadas de doces envoltos na sua elegante roupagem, ficam sem palavras para descrever. Tudo maravilhoso.

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por Anna Paola Frade fotos Clarissa Lanari

DELONIX Ramona Nagl Gomes e Flávia Barreiro Tonelli, são sócias em uma empresa que completa 10 anos de experiência no segmento festa. A Delonix, é uma referência forte quando o assunto são lembranças ou criações exclusivas para casamentos, batizados e qualquer data comemorativa especial. As fôrmas de doces desenvolvidas por elas, são encomendadas por diversas empresárias deste segmento, no Brasil afora. Tudo maravilhoso! Aliás, a dupla desenvolve, dentro do universo do que oferecem, tudo que os clientes querem. Confira as belezas nas fotos abaixo.

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por Anna Paola Frade fotos divulgação

Paulo Abi-Ackel recebeu ao lado de sua linda Janaína e dos filhos Paulinho e Natália, convidados, para o batizado da pequena Sophia. Tudo mimoso para abraçar a herdeira. Uma festa com laços, mimos e muitas bonecas encantou a todos, que aproveitaram o clima religioso e aconchegante para festejar a data importante. As braçadas de mini - rosas em tons diversos de rosa, deu o tom feminino e doce à decoração, que espalhou por todos os cantos o encanto e a magia de uma casal, que vive em harmonia familiar. Tudo perfeito!

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por Anna Paola Frade fotos Bruno Stuckert

Noite Inesquecível O casamento de Anna Luiza Costa e Bernardo Fenelon foi um acontecimento. Os pais da noiva, Márcia e Marco Costa - forte fazendeiro de GO - planejaram a festa da filha nos detalhes mais requintados possíveis. Tudo impecável! Márcia, cuidadosa como é, ficou atenta a tudo. Júnior Santaella, costureiro dos mais renomados em São Paulo, fez as roupas da família de Anna Luiza. Tudo espetacular, a começar pelo vestido da noiva, branco em renda francesa. Já o da mãe, em renda verde água. As jóias foram de Bibiana Paranhos e Miguel Alcade. A decoração de Valéria Leão ficou grandiosa. O buffet do chef Gutembergue foi um sucesso. Construiu um menu elaborado, sofisticado e de sabor divino. Os doces e o bolo foram da Sonho Meu. As lembranças estavam estupendas, caixas em prata monogramadas, da paulista Catarina Robles, eram verdadeiros mimos. E por fim, não posso deixar de citar Tuti e Dr. Fenelon, pais do noivo, que formam um casal adorável e querido da sociedade em Brasília, que estavam radiantes com tudo. Perfeito!

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por Anna Paola Frade fotos Clarissa Lanari

vidas afinadas Geraldo Mendes é um empresário mineiro que trabalha segmentos diversificados. Com a Toledo Mendes Corretora de Seguros, atua no mercado segurador; na área de comunicação detém Rádios FM abrangendo 510 municípios mineiros. São estas: Rádios Montense FM, Liderança FM, Veredas FM, Expresso FM, Positivo FM e Onde FM. Além disso, é minerador nas áreas de minério de ferro e manganês. Natural de Biquinhas, tem verdadeira adoração por sua cidade, onde diz ter a melhor empadinha do mundo. é casado com a adorável Nora Mendes, uma mulher linda, muito reservada e que após um acidente de carro, há quatro anos, descobriu seus dons para a arte. A pintura lhe trouxe vida e alegria. São telas com cores vivas, muitas flores sempre, onde conseguimos enxergar plenamente o que ela tem de lindo em sua alma. Nora é especial, sempre se inspira na natureza e agora vem com novidades: vai montar seu ateliêr em casa e começar a desenvolver a pintura em porcelana. Ela e Geraldo amam receber em sua bela residência ou na fazenda, os amigos e as lideranças políticas. De 15 em 15 dias, acompanha o marido para a fazenda em Biquinhas, onde criam gado PO, Gir e Nelóre. Geraldo presenteou a mulher com um orquidário que conta com mais de 300 plantas. Uma distração cuidar das flores. O casal merece destaque.

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décor

por Anna Paola Frade fotos Kika Gualberto Ribeiro

arquitetando flores De um momento tenso, Letícia de Freitas, acabou tendo uma surpresa em sua vida. Caminhos inesperados levaram-na para o mundo das flores. Fez o primeiro curso floral a convite de uma amiga e se apaixonou. Dois designers florais belgas, atraíram sua atenção, Bart Van Hove e Bart Nys, que serviram de fonte de inspiração, para que entrassem dentro deste mundo de cheiros e cores. Depois disso, as flores se multiplicaram, aprofundou-se em novas técnicas e este universo foi ficando sedutor. Transformando-se em florista. Letícia mergulhou em novos cursos, aprendendo cortes, conhecendo instrumentos que a fascinam, até à construção dos buquês. Ela se encantou por Holambra - cidade das flores - descobrindo a cada instante algo novo. Tanus Saab, Paulo Perissoto e Orlando Santos são professores que jamais se esquece, assim como Gregor Lersh, da Alemanha e Araik Salstyan. Atualmente cursa a Boerma Institut - escola holandesa de base excepcional. Do hobby ao trabalho inesperado, a nova florista, abriu o “Elle Ateliêr” onde atende amigos, familiares e clientes. Prefere fazer pequenos eventos, personalizados, onde cada arranjo é trabalhado de forma única.

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turismo

por Flávio Geo fotos Flávio Geo

Uma viagem ao paraíso,

nas ilhas esquecidas pelo tempo!!! Às vezes, viajamos para um lugar onde o destaque é a cultura, com bons museus e espetáculos de arte. Em outras ocasiões, escolhemos o local pela gastronomia para aguçar o nosso paladar. Mas quando vamos para o paraíso, o que mais toca em nossa alma são as belezas naturais. Parecem obras de arte pintadas à mão, onde impera uma gama infinita de azul, verde e branco-cristal. Um lugar para resumir tudo isso: Turks e Caicos. O país é formado por 40 ilhas e ilhotas com águas cristalinas de cor turquesa e praias de areias brancas tão finas que parecem pó de arroz. Tudo isso apenas a uma hora e meia de voo de Miami. Praias A praia de Grace Bay foi eleita uma das dez melhores praias do mundo, mas existem dezenas de outras praias intactas com águas virgens, incluindo o terceiro maior recife de corais do mundo. A cor da água é tão fascinante que temos que literalmente esfregar os olhos para ver se estamos enxergando aquela profusão de verde e azul. Half Moon Bay – Um passeio de quatro horas de barco, com duas saídas: uma de manhã, às 9h e outra à tarde, às 13h. No início do passeio, paramos na barreira de coral e um dos belongers mergulha à procura das conchas (cracked conch). Encontrada a iguaria, dá-se uma série de marteladas com cuidado para não estragar a beleza das conchas. O barulho causa desconforto

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ao molusco que sai da sua moradia, fresco para ser preparado como Ceviche, com limão, lima, vinagre e molho de coco, na hora do nosso almoço na praia. Outras praias como Sapodila Bay, em Chalk Sound e Malcolm’s Bay, na parte noroeste de Providenciales, são ótimas praias isoladas. Onde ficar Providenciales é a porta de entrada para o país e a mais desenvolvida das ilhas. Capital comercial, é a ilha mais populosa e abriga muitos resorts e spas extremamente luxuosos, ao longo da praia de Grace Bay. Um dos melhores resorts é o Regent Palms. Com destaque para o Spa, premiado, com uma piscina externa e um heath club. O bar da praia é outro destaque, com drinks bem criativos. O restaurante Parallel 23 é um dos melhores da ilha. Para quem aprecia uma praia mais tranquila com um ar de solidão e natureza intocada, o hotel Amanyara é o local ideal. O conceito de todos os hotéis da cadeia Aman é ser um hotel de luxo, mas sem ostentação, bem “cool”, onde tudo é voltado para o descaso, o relaxamento. As villas do hotel têm serviço especial de mordomo e um chef para preparar os melhores pratos. Destaques nas ilhas A terceira maior barreira de corais do mundo. A famosa fazenda de Conchas de Caicos é a única no


mundo onde se vê como a Concha - rainha do Caribe é criada, desde os ovos até adultos de quatro anos de idade prontos para a culinária local ou exportação. Essa fazenda também atua como protetora de tartarugas marinhas ameaçadas de extinção que necessitam de cuidados e reabilitação, antes de voltar ao ambiente selvagem. Grand Turk oferece aos mergulhadores, um dos melhores pontos do mundo para mergulho em paredões, contendo uma queda de, aproximadamente, 2.100 metros. O “monte Everest” dos mergulhos em paredões fica localizado a apenas 400 metros da praia. A região de Middle Caicos (no meio de Caicos) é outro ponto turístico preferido para o ecoturismo. Um passeio de bicicleta, pelo litoral, para um piquenique no espetacular Mudjin Harbour. Casablanca Casino - Para os amantes do jogo, o único Casino está no coração de Grace Bay. Oferece as mais famosas opções de jogos e torneios de Poker. Funciona, diariamente, das 13h às 5h da manhã. Onde comer A cozinha local é caracterizada principalmente pelos mariscos e frutos do mar, geralmente recém -pescados. Mas é comum uma fusão com os temperos e a cozinha internacional. Coco Bistro - Situado em meio ao maior palmeiral na ilha de Providenciales, o restaurante serve gastronomia fresca local sob o céu estrelado, no meio do jardim. Entre os pratos servidos, o camarão com molho de coco, o mahi mahi com vinho branco e vieiras e o caneloli de caranguejo. End: Grace Bay Road - Tel : 649 9465369 www.cocobistro.tc Parallel 23 - A cozinha caribenha com fusão

internacional é servida em um ambiente elegante, mas sem chegar a ser formal. Na entrada, um bar de mármore espaçoso é o ponto de encontro para os drinks. O menu é eclético com patão, vitela e frutos do mar frescos e bem preparados, incluindo sashimis recém-pescados. End: No hotel Regent Palms – gace Bay Road. Tel: 649 9468666 - www.regenthotels.com Coyaba – Um restaurante bem interessante. O jantar pode ser servido em um lounge ou nas mesas ao ar livre. Cozinha caribenha com um toque internacional, com destaque para os frutos do mar. End: Caribbean Paradise Inn - Tel: 649 946 5186 - www.coyabarestaurant.com Amanyara Restaurant - O restaurante do hotel Amanyara leva à mesa, a fusão da cozinha caribenha com a asiática, dando ênfase aos frutos do mar frescos, pescados nos arredores da ilha. As mesas dispostas na beira da praia são perfeitas para as tardes de verão, refrescadas pelas brisas do mar. End: Amanyara Resort - Northwest Point www.amanresorts.com Casamentos e lua de mel Casar em uma ilha pode ser um sonho a se realizar para alguns casais, principalmente para um casal que tenha amigos e parentes espalhados pelo mundo afora. A ilha, hoje, é um “wedding destinations”, com muitas programações de festas de casamento organizadas por profissionais experientes que pensam em todos os detalhes, a fim de dar suporte aos familiares e aos noivos que ficam com a mente e o coração focados nesse momento mágico. Para a lua de mel, o cenário compõe um momento especial.

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hotelaria

por Dilú Villela fotos Dilú Villela

Dilú e Luiz Guilherme Villela

Vista de baixo

Botanique e o PÓS-LUXO Situado entre colinas e montanhas intocadas, nos arredores de Campos do Jordão, região bem provida com hotéis em estilo europeu, o Botanique é um Hotel/Spa que apresenta, diferentemente dos outros, tudo genuinamente brasileiro. Desde a seleção musical, que é fantástica (dá para acreditar que não ligamos a TV nem na hora da novela?), a arquitetura, o design, o mobiliário, os objetos de artesanato, as obras de arte até a carta de vinhos, tudo, absolutamente tudo nasceu aqui, em terras tupiniquins. Impossível não citar o empresário Ricardo Semler, autor de Virando a Própria Mesa, principal acionista do grupo Semco e idealizador do Botanique. Hoje, Fernanda Semler, sua mulher,

Vista dos fundos

Restaurante

Vista da fachada

Casa de vidros

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dirige o hotel conferindo a ele, esse maravilhoso ar de brasilidade com um glamour tão indiscutível quanto o dela própria: “Precisávamos exibir no hotel o melhor Brasil - o Brasil que quer e precisa se mostrar ao mundo. Não vendemos hospedagem, vendemos experiências, nossa filosofia é baseada no ‘pós-luxo’.” Segundo Fernanda Semler, o “Botanique é um trabalho de amor”. Nem precisava dizer, pois em sã consciência, jamais alguém empregaria algumas dezenas de milhões de dólares em um hotel com apenas 19 quartos imersos no “pós luxo”, novo conceito de hospitalidade contemporânea. Sim, em tempos modernos, bel-prazer é o que o hóspede procura nessa nova onda de requinte, onde altos preços

Restaurante

Vista telhado colonial


são cobrados em troca de produtos e serviços artesanais, mas de uma sofisticação ímpar. A priori o menu não é feito com trufas e caviar (aliás, nem tem), mas é imprescindível que o hóspede se encontre abraçado em meio às emoções simples, mergulhado na natureza, na total falta de barulhos tão corriqueiros nos grandes hotéis, e especialmente no Botanique, ele usufrui de amenities feitas com técnicas indígenas, admira o fato do mármore ser deixado de lado para abrir espaço para materiais nativos, no caso, a ardósia chocolate e madeira, o hóspede ainda se sente um privilegiado ao ter à sua mesa, alimentos cultivados no próprio hotel, enfim, o luxo não vem de grifes ou materiais nobres. Não à toa o hotel atende pelo nome de Botanique, pois reflete a beleza natural do seu entorno cercado por jardins botânicos e exuberantes hectares da mata Atlântica que, sem inibição, adentram pelas enormes paredes de vidro. A deslumbrante arquitetura do hotel mostra que luxo de verdade são os cenários irretocáveis da Serra da Mantiqueira. Em qualquer ambiente, a natureza é convidada a entrar e casar com a decoração contemporânea. Crianças e adolescentes com menos de 16 anos não são aceitos. Itens do frigobar e internet não são cobrados. As diárias incluem só gratificações e serviço de lavandaria. É uma estadia cara? Sim, mas memorável, pois o Hotel Botanique fascina. Os momentos vividos e aquilo que os olhos viram, jamais serão esquecidos. Ah, quase ia me esquecendo: uma das propostas do “pós-luxo” é não fazer contas... Acho que me lembrei de algo como ajoelhou, reza... E já que está rezando, agradeça a Deus por tamanha maravilha e peça força para não desmaiar ao ver os números no cartão de crédito. Ah nem tanto, pelo Pós-luxo, vale tudo!

Piscina

Vista da horta

Jardim de flores

Banheira

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momentos

por Anna Paola Frade fotos arquivo pessoal

L

iliane Carneiro Costa vem de uma família conceituada em Minas. Filha de Sheila e Carlos Carneiro Costa - donos da Líder Construtora - sempre recebeu os amigos ao longo da vida com festas deliciosas. Escolheu fotos de pessoas que passaram pela história da família. Através delas é possível reviver momentos interessantes. 1

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1. Com os colegas do Loyola, em seus 15 anos. 2. Carlos, Sheila, Anna Paola e Pimenta da Veiga. 3. Reunião de mulheres na casa da mãe. 4. Com os pais Carlos e Sheila 5. Com os filhos Ludmila e Cadú 6. Christina Bracarense, Patrícia Barcelos, Liliane e Paula Barcelos. 7. Jonas Barcelos, Achiles Diniz, Ajax Rabelo e Geraldo Strambi 8. Natal na casa da família com amigos de uma vida inteira. 9. Carlos com Iris Chaves e o Comandante José Afonso Assumpção. 10. Anna Marina Siqueira e Liliane. 11. Dr. Francelino Pereira e o saudoso Eduardo Couri. 12. Márcio Maia e a adorável Dilene. 13. Suzely Hortêncio, Denise Salles, Sheila Carneiro Costa e Maria Eugênia Couri. 14. Liliane e o marido Martin. 15. Tânia Sales e Liliane.

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túnel do tempo

por Anna Paola Frade fotos arquivo pessoal

Falar de Lila e José Mariano Drumond através de Maria Ângela e Edmundo Lanna é uma honra. Cresci ao lado desta família onde o tempo não apagou a amizade inabalável e duradoura. Meus pais, Wilson e Edma Frade, eram enlouquecidos por eles. Fui dama de honra no casamento de Ângela e Edmundo, aos nove anos. Era uma menina! Foi das melhores sensações que experimentei. Lembro-me como se fosse ontem da beleza de tia Lila e do tio Zé. A beleza estonteante de Maria Ângela entrando na Igreja de Lourdes, ficou gravada para sempre.

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1. José Mariano Drumond, Maria Ângela e Lila. 2. As irmãs Bolão, Maria Ângela, Cláudia e Cecília. Lindas! 3. Anna Paola Frade, Edmundo e Maria Ângela. 4. Igreja lotada de amigos e eu morrendo de vergonha. 5. Vera Kraft e Milton Gomes, casados naquela época. 6. José Mariano Drumond Filho, o Juca e Beto com a irmã. 7. Ângela entrando na igreja com o pai José Mariano.

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albúm de família

por Anna Paola Frade foto Luiza Ferraz

Guilherme e Adriana com o neto Bernardo no colo, Alex, Juliana, Lila, Domingos, Júnea, Rodrigo e suas netas Elisa, Clara, Sofia, Isabela, Beatriz e Fernanda.

Uma bela família

A

s famílias se aglutinam em torno de pessoas amorosas. Homem de hábitos simples, para Domingos Chiari, o lar sempre foi sua riqueza. Descendente de imigrantes italianos, espanhóis e alemães, alicerçou sua vida no trabalho e na dedicação incondicional a sua mulher e filhos. Casado por 48 anos com dona Lila, construíram juntos uma vida marcada pela união, cumplicidade e amor. Em casa, no dia-a-dia, procuraram ensinar os valores morais aos filhos, netos, noras e genros. Sempre disposto a uma boa conversa, Domingos, dono de uma gargalhada gostosa e contagiante, deixou saudades por onde passou, fazendo falta. A linda Juliana, filha deste casal encantador, é casada com Alex Shott, e pautam a história de suas vidas, na mesma musicalidade em que o pai e a mãe alimentaram seus caminhos. Juliana afirma que, uma família sólida, é como uma árvore madura e forte, capaz de suportar tormentas e tempestades. Ela, Alex e as filhas Claras e Elisa, somados ao amor incondicional a toda esta grande família, são capazes de passar por qualquer coisa, pois têm uns aos outros.

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www.tianellejoias.com.br (31)3286-6355 / (31)9653-6355


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