Aracaju Magazine 139

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ANO XV - Nº 139 - Abril/2011 - R$ 6,00

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MAGAZINE

POLYPHAGOTARSONEMUS LATUS

Adalberto Goulart

Moreno Escuro é seu passado

Marcos Cardoso

Até que a Morte os Separe

Rosângela Dória

Félix em Casa Nova

Ronaldson Sousa

New Orleans é uma festa

Sacuntala Guimarães

Studium Danças 40 anos no passo de Lu Spinelli

Praça São Francisco Patrimônio Cultural da Humanidade


artigo

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sumário

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Aracaju Magazine Indica - para ler Consumo Falam por aí Aracaju Magazine Indica - nas locadoras

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Crítica - Ronaldson Sousa Artigo - Rosângela Dória Crônica - Adalberto Goulart Gastronomia - Rodrigo Gama Goulart Por onde andei - Sacuntala Guimarães

Aracaju Magazine Indica - para ouvir Por aí - por Roberto Ettinger Gestão Pública - Prefeitura de Aracaju Sebrae - Parceria Internacional Cidadania - Deixe o respeito vencer o preconceito História - Praça São Francisco TB Gente Moda Ela

Capa

Moda Ele Cultura - Studium Danças Teatro - Memorial do Teatro Sergipano Ensaio - O corpo e seus símbolos

Lu Spinelli Foto: Arquivo Studim Danças

RG Perfil - Eloísa Galdino Artigo - Marcos Cardoso

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Panorama - Por Mel Almeida e Hugo Julião Aracaju Magazine Indica - para ver e ouvir

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editorial

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ada como uma edição após a outra para confirmar que estamos no caminho certo. A Aracaju Magazine cresce a cada dia, trazendo em suas páginas histórias de vida, exemplos de tenacidade e coragem para enfrentar e vencer desafios.

Como é o caso da bailarina e empresária Lu Spinelli, que estampa nossa

Publisher Hugo Julião hugojuliao@uol.com.br

capa – ela tem em sua trajetória a marca da determinação. Confira em Studium Danças, 40 anos de amor a arte, com texto de Theo Alves. A História é fruto do tempo? Não sei. Mas sei que ela existe e insiste em estar presente a cada dia de nossas vidas, nos levando à reflexão sobre o que somos. Eu os convido a um passeio pela praça São Francisco, um monumento que se transformou em Patrimônio Cultural da Humanidade. Uma conquista que orgulha os sergipanos. Mais arte, mais sonhos. Com a exposição O corpo e seus símbolos – em cartaz na galeria de Arte Sesc Centro - o artista multidisciplinar César Leite buscou na fotografia a parceria de crianças para alcançar resultados estéticos belíssimos, num lance de arte e educação, de artista e educador. Dê uma olhada em Ensaio. Deixe o respeito vencer o preconceito. Um tema que pode se aplicar às diversas circunstâncias da vida social. No entanto, no caso específico, fizemos o registro de uma importante campanha, realizada pela Associação Sergipana dos Cidadãos com Síndrome de Down (Cidown) e a Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), em comemoração ao Dia Internacional da Síndrome de Down, cujo objetivo foi difundir informações e eliminar preconceitos. É impossível elencar todos os assuntos neste espaço, pois são mais de vinte e cinco matérias, algumas com uma página, outras com oito, doze... A minha melhor dica é: folheie a revista de cabo a rabo e então você verá que temos matérias, artigos e seções que vão lhe preencher o tempo de forma bastante agradável. Tudo para deixar você feliz e bem informado. Boa leitura.

Hugo Julião hugojuliao@uol.com.br

Diretores Hugo Julião Mel Almeida

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Publisher Hugo Julião Editora-Chefe Thaïs Bezerra Editor Theo Alves Comercial Mel Almeida Produção Juliano Azuma Marcel Azuma Diretor de Arte Marcos Ribas Fotógrafo Alexandre Ribas Revisão Juliano Azuma Colaboradores Adalberto Goulart, Allan Renato, Álvaro Villela, Amâncio Cardoso, Anderson Adler, Benjamin Teixeira, Carlos França, Cláudio Nunes, Francisco Carlos, Ilma Fontes, Jaime Santana Neto, Lindolfo Amaral, Lineu Lins, Lúcio Telles, Luís Eduardo Costa, Marco Cavalcanti, Rodrigo Gama Goulart, Rosângela Dória, Tanit Bezerra Diretor de Relações Institucionais Diego da Costa Administração Alcenira Andrade Barreto Cristina Souza Arruda Impressão Gráfica Santa Marta Jornalista Responsável Thaïs Bezerra - DRT-SE 364. Esta edição da revista ARACAJU Magazine é uma publicação da Cultura Editora e Gráfica Ltda-ME, CNPJ 01.101.741/0001-21, com sede à rua B, 37, Jardim Mar Azul, Farolândia, escritório comercial à rua Capitão Benedito Teófilo Otoni, 477, bairro 13 de julho, Aracaju/ SE, e da Imagens Publicidade e Produções Ltda, CNPJ 08.533.141/0001-81, com sede à rua Dep. Carlos Correia, 402, sala 105, bairro Siqueira Campos, Aracaju/SE. Distribuição através de assinaturas e em bancas de Aracaju, Salvador e Brasília. Sugestões e cartas para a redação, enviar para endereço, fax ou e-mail acima. Não nos responsabilizamos por conceitos emitidos em artigos assinados. Abril. Tiragem: 12.000 exemplares ISSN 1517-9036

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A fim de unificar a linguagem e alinhar as ações de divulgação dos roteiros turísticos e dos grandes eventos de Aracaju, a Secretaria de Estado do Turismo (Setur) firmou parceria com a Fundação Municipal de Cultura e Turismo (Funcaju). Com a proximidade dos festejos juninos, uma das primeiras ações em conjunto será justamente a divulgação do Forró Caju. Além disso, outras ações foram acordadas entre os dois órgãos: a ampliação da Marinete do Forró; a melhoria dos Centros de Atendimento ao Turista (CAT); e a decoração e receptivo do aeroporto e da rodoviária da capital. A reunião que consolidou a parceria foi realizada na sede da Setur. Segundo o presidente da Funcaju, Waldoilson Leite, é importante que se faça para o São João uma “divulgação em conjunto, com harmonia, para que se evitem gastos desnecessários”. O recém-empossado secretário de Estado do Turismo, Elber Batalha Filho, também avalia que a “importância desta parceria é incrementar, de forma articulada, as informações turísticas para os visitantes tenham opções de atrativos durante o mês de junho”. É consenso entre as duas entidades que a partir de agora as parcerias serão uma constante na divulgação do destino Aracaju.

Sem legenda

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Foto: Elinaldo Sousa

Setur e Funcaju firmam parceria para o Forró Caju

Waldoilson Leite e Tanit Bezerra, respectivamente presidente e diretora de Turismo da Funcaju, e Elber Batalha, Secretário de Estado de Turismo


Palestra O presidente do Grupo JCPM, João Carlos Paes Mendonça, está sempre circulando por Aracaju, onde, além de supervisionar seus empreendimentos, sempre encontra tempo para rever os velhos amigos. Em uma de suas recentes passagens, nas comemorações aos 63 anos da Fecomércio, ele proferiu palestra para a classe empresarial do estado, ocasião em que também foi homenageado pelo segmento. Albano Franco, ex-governador de Sergipe, João Carlos Paes Mendonça e o presidente da Fecomércio (SE), Abel Gomes da Rocha Filho

Posse na Pronese Manoel Hora Batista foi empossado na presidência da Pronese. Ele tem uma vasta experiência no serviço público: foi secretário de Estado da Agricultura, Irrigação e Ação Fundiária; superintendente regional do Incra; diretor da Emdagro; coordenador do Pró-Sertão; superintendente do Ministério da Agricultura em Sergipe; e coordenou a Unidade Administrativa do Projeto Águas de Sergipe, da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos. Na diretoria de Operações assumiu Marta Maria de Sousa Leão Vasconcelos, que já foi secretária de Estado da Assistência Social e presidente da Fundese.

Manoel Hora Batista e Marta Maria de Sousa Leão Vasconcelos

Foto: Marcos Rodrigeus/ASN

CSF em Capela

As irmãs Marta e Tereza Maria Cabral ao lado do prefeito Sukita e do governador Marcelo Déda, na inauguração do CSF Maria Carmelita Cabral

Capela recebeu mais duas Clínicas de Saúde da Família (CSF), com investimentos superior a um milhão de reais. As clínicas receberam os nomes de dois capelenses ilustres, que atuaram intensamente na assistência à saúde do município: Maria Carmelita Cabral e Geraldo Luiz Souza Mota. Os familiares acompanharam as inaugurações emocionados. “Minha mãe trabalhou muito pela comunidade. Estou muito feliz com o reconhecimento”, declarou Tereza Maria Cabral, filha de Maria Carmelita Cabral. “É um momento de muita emoção para mim. Meu marido foi médico do município durante 30 anos, toda a sua vida profissional foi dedicada a Capela”, disse Ana Catarina Gama da Mota, viúva de Geraldo Luiz Souza Mota.

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Metas Prioritárias de 2010 O Tribunal Regional do Trabalho de Sergipe (TRT/SE) está entre os tribunais brasileiros que obtiveram melhor desempenho no cumprimento das Metas Prioritárias de 2010. O reconhecimento foi conferido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) às cortes que conseguiram atingir pelo menos seis das 10 metas prioritárias fixadas para o Judiciário em 2010. O certificado foi entregue, em 31 de março, ao desembargador Jorge Cardoso, presidente do TRT, durante o Encontro Nacional de Gestores das Metas Prioritárias, no auditório do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJ/DFT). Desembargador Jorge Cardoso, presidente do TRT/SE

Livro precioso Com mais de 200 páginas, unindo arte e maquiagem para contar a história das cores e estilos, o livro O Boticário Maquiagem, de Fernando Torquatto – consultor estratégico da marca há cinco anos-, pode ser encontrado nas três mil lojas da rede, em todo o país. O conteúdo também inclui dicas para as mulheres reproduzirem, em casa, a maquiagem que vêem na TV e nas passarelas. Outro destaque são as imagens em 3D, que podem ser visualizadas com um óculos especial, que acompanha o livro. A fotografia é de Jacques Dequeker, um dos mais conceituados fotógrafos de moda do Brasil. Fernando Torquatto, consultor estratégico do Boticário

Prêmio Internacional O Radisson Hotel Aracaju, de categoria luxo, foi um dos destaques entre as mais de mil unidades da rede Carlson Companies, uma das mais importantes cadeias de hotéis do mundo e detentora da bandeira Radisson. O empreendimento, administrado pela Atlantica Hotels Internacional, foi agraciado com o President´s Award – uma honraria alcançada por apenas 30 unidades da rede. O prêmio avalia a satisfação dos hóspedes e colaboradores, a qualidade dos serviços, das instalações e a correta utilização das ferramentas de vendas da unidade. No Brasil, só mais dois hotéis da bandeira receberam a premiação: unidades de Curitiba e Maceió.

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Radisson Hotel Aracaju


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Supervendas

Com a presença do governador em exercício, Jackson Barreto, do prefeito da capital, Edvaldo Nogueira, e do presidente da Câmara Municipal de Aracaju, Emanoel Nascimento, os presidentes das entidades empresariais abrem a exposição.

Aproximadamente 10 mil pessoas visitaram o 3º SUPERVENDAS durante os três dias de exposição. O Encontro de Negócios dos Setores Supermercadistas, Atacadistas, Distribuidores e Automação Comercial, realizado em abril, no Centro de Convenções de Sergipe, reuniu 70 expositores, dos diversos segmentos de mercado, que demonstraram seus produtos, fizeram network e realizaram excelentes negócios. O evento, que foi realizado pela Adas, Ases e Fecomércio, oportunizou, ao visitante e ao expositor, o conhecimento de inovações tecnológicas, lançamentos de produtos e serviços, contatos comerciais e condições diferenciadas para negociações. A próxima edição já tem data: será de 18 a 20 de abril de 2012.

CASAR 2011 - luxo e novidades De 19 a 22 de maio, acontece no Terraço Daslu, em São Paulo, a décima edição do evento CASAR, idealizado pela empresária Vera Simão. O Casar é o evento mais sofisticado do segmento e reúne expositores de todo o país, com produtos e serviços destinados à preparação de casamentos - desde o convite até a lua de mel. A novidade da feira, este ano, fica por conta da empresa “Era uma vez...a sua história”, comandada pelas jornalistas Adriana Ramos, Ana Cardilho e Sônia Pedrosa. A proposta da “Era uma vez...” é registar histórias e transformá-las em livros, para serem distribuídos como lembranças em comemorações de aniversários, nascimentos, festas de debutante, bodas e outras celebrações, além de casamentos, que são o foco da empresa. No estande da “Era uma vez...”, poderão ser encontrados os livros em tamanhos, formatos, co-

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res e estilos diferentes. Mas, todos com o mesmo propósito: ser uma lembrança diferente e para sempre! Conheça mais em www.eraumavezasuahistoria.com.br.

Jandira e Machado

Ricardo e Adriana

Simplestemente Lili



Anderson Duarte, Marília Guimarães e Hugo Dória

Um ambiente moderno a altura do projeto

Popcode Mobile Solutions

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ia primeiro de abril, foi inaugurada a Popcode Mobile Solutions, uma empresa que irá explorar um novo e eficaz canal de comunicação e espaço de mídia, através da criação de aplicativos personalizados para dispositivos iPhone, iPad e Android (smartphones e tablets). Os aplicativos são criados sob medida, de acordo com as necessidades específicas de cada cliente, usando todos os recursos necessários do aparelho. Com isso, é possível criar aplicativos ricos em usabilidade, funcionalidade e design. Além disso, a Popcode cria aplicativos licenciados com a marca e o perfil do cliente – facilitando, através desta identificação visual, a divulgação da empresa junto ao usuário final. Sem dúvida, uma excelente maneira de inserir e expor a marca de seu produto no mundo dos dispositivos móveis.

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O negócio de desenvolvimento móvel já é um dos que mais crescem no mundo e a startup - criada pelos jovens empreendedores Anderson Duarte, Hugo Dória e Marília Guimarães - visa atender a demanda crescente deste mercado.

A data de inauguração da Popcode Mobile Solutions não poderia ser melhor, pois a Apple, empresa que serve de inspiração para a startup, também foi inaugurada em um primeiro de abril. Conheça mais acessando www. popcode.com.br.

Marília Guimarães, com a irmã, Marcelle Fonseca, e os pais, os empresários Dedé e Ieda Guimarães



Elegância e competência Ao assumir a Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Aracaju, em agosto de 2009, o jornalista Marcos Cardoso afastou-se do Jornal da Cidade, onde exercia o cargo de Diretor de Redação, e deixou de escrever sua coluna no portal Infonet, que completava cinco anos exatamente naquele mês. O tempo passou e ele não resistiu: voltou a fazer a coluna, fonte do texto que publicamos na página 86 desta edição. Na foto, em recente acontecimento social, Marcos está ao lado da esposa, Nádia Cardoso, diretora da DEA (Diretoria de Educação de Aracaju, órgão da Secretaria de Estado da Educação), que é responsável pela administração de mais de cem escolas da rede pública estadual, localizadas no município de Aracaju. Duas qualidades, competência e elegância, juntas.

Nádia e Marcos Cardoso

A Aracaju Magazine Edição Especial Pré-Caju, que anualmente registra o mais tradicional evento de verão de Sergipe, como sempre, foi um sucesso. A colaboração de dezenas de fotógrafos é essencial para que possamos ter um panorama completo da festa. Mas há um, em especial, que a cada ano é responsável pela foto da capa. Neste ano, cometemos um lapso ao não identificar o autor da foto. E foi um lapso com uma prata da casa. Ele se chama Alexandre Ribas, nosso fotógrafo. Feita a correção, aproveitamos para convidá-los para um passeio em suas imagens, em conjunto com Ana Ribas, na linda matéria que enfoca a praça São Francisco, a partir da página 44.

Uomini Mediterrâneo O Boticário cruzou o oceano para desenvolver sua nova fragrância masculina: Uomini Mediterrâneo – inspirada no mar do mesmo nome. É destinado aos homens de personalidade, audaciosos e autênticos, conforme conta Verônica Casanova, perfumista responsável pela criação da fragância: “Em uma viagem para a Costa Amalfitana conheci este mar italiano de águas calmas, misteriosas e profundas que me inspirou na criação de Uomini Mediterrâneo, intenso e marcante. Aquele mar sem ondas se transformou nesta fragrância linear e de personalidade. O contraste do frescor com o calor das tardes mediterrâneas é interpretado pela combinação das notas de lima e pimenta preta com o a sensualidade das notas amadeiradas”. É preciso dizer mais?

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Cosil

Fotos: R Trindade

Empresa do Ano

Danusa Silva, diretora de Incorporações da Cosil, recebe o prêmio Empresa do Ano das mãos do secretário da Casa Civil, Jorge Alberto, que representou o governador Marcelo Déda

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Cosil foi escolhida a Empresa do Ano, durante a 5ª edição do Prêmio Ademi/ SE (Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário de Sergipe), o mais importante do setor, que foi realizado em 14 de abril, no Selma Duarte Eventos. A construtora também foi vencedora na categoria Campanha Publicitária do Ano, com a campanha de divulgação do empreendimento Vitta Condomínio Clube, intitulada Dias melhores pra sempre, criada pela Base Propaganda, agência que atende a Cosil. Inicialmente veiculada em jornais, a campanha apresentou os diferencias do empreendimento que será construído na rua Antônio Pitanga, na Farolândia, próximo a Universidade

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Tiradentes e ao Colégio Arquidiocesano. O carro chefe foi o filme-clipe com o BG de Dias Melhores pra Sempre - música do Jota Quest - que retratou cenas do cotidiano de maneira leve e divertida, sincronizando a letra da canção com as cenas, e transmitindo a ideia de que as melhores coisas da vida são momentos simples que acontecem em qualquer lugar. Neste caso, o lugar é o empreendimento Vitta Condomínio Clube. Durante a cerimônia, foram distinguidas um total de onze empresas e profissionais que se destacaram, no ano passado, nas categorias Empresa do Ano, Imobiliária do Ano, Arquiteto do Ano, Empreendimento Destaque e Campanha Publicitária do Ano – as três últimas foram divi-

didas em subcategorias: pequeno empreendimento (até 80 m²), médio (de 80 a 100 m²) e grande (acima de 100 m²). A seleção dos ganhadores foi feita por uma comissão de profissionais e especialistas. Os critérios para a escolha da Empresa do Ano foram: representatividade no setor, inovação mercadológica e evolução tecnológica. A direção da Cosil considerou o prêmio Empresa do Ano como um presente aos seus funcionários e aos clientes, fornecedores e parceiros. “Com 46 anos, temos muita história para contar, mas, acima de tudo, temos muito mais história para realizar”, disse Danusa Silva. A premiação também coroou o trabalho inovador que a Cosil tem desenvolvido no mercado da construção civil, com o lançamento de projetos pioneiros nas áreas de arquitetura e de responsabilidade socioambiental. Uma história de sucesso iniciada pelo empresário José Carlos Silva - seu fundador - e que está tendo continuidade através de seus cincos filhos e atuais gestores da empresa: Carlos José, Danusa, Jéssica, Ilana e Samara.

Thiago Melo, da Base Propaganda, recebe o prêmio Campanha Publicitária do Ano das mãos de Rubens Fulber, gerente Regional da Caixa


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indicam para ver e ouvir...

ARACAJU MAGAZINE e DVD

casa da Bossa - Homenagem a Tom Jobim Neste DVD, estão reunidos artistas de diferentes estilos e gerações para uma homenagem a Tom Jobim. São 18 músicas selecionadas do repertório desse compositor, interpretadas pelo roqueiro Thedy Correa, pela rapper Negra Li, pela cantora Leny Andrade e muito mais. Realmente um excepcional trabalho, dedicado a Tom Jobim, para você curtir o melhor da Bossa Nova.

U2 360º - At The Rose Bowl A maior banda do planeta está de volta no maior show da história do U2, em DVD. A turnê mais comentada dos últimos tempos, foi também o primeiro show transmitido ao vivo pelo YouTube, com mais de 10 milhões de espectadores ao redor do mundo, e filmado integralmente em HD, com 27 câmeras. Inclui os sucessos: Bealtiful Day, With or Without You, One, Sunday Bloody Sunday, City of Bliding Lights e Vertigo. Traz também um encarte de 24 páginas com fotos do show.

cd paula fernandez- Pássaro de Fogo A nova estrela da música romântica - cantora, compositora e instrumentista - apresenta o CD Pássaro de Fogo, que reúne 15 canções de sua autoria, incluindo a música Meu Eu Em Você, sucesso na voz da dupla Victor e Leo. Este novo trabalho conta com as participações especiais de César Menotti & Fabiano e Almir Sater. Na mais recente edição foi acrescentada a música Quando a Chuva Passar, que foi tema de abertura da novela Escrito nas Estrelas, da TV Globo.

Maria Bethânia - Amor, Festa e Devoção A turnê de Maria Bethânia, que emocionou o Brasil e a Europa ao longo de 2009, ganhou seu registro definitivo em um CD duplo, no ano de 2010. Além das canções de seus dois discos anteriores Tua e Encanteria, o repertório do show inclui grandes clássicos da carreira da intérprete, como Explode Coração e O que é, o que é, e sucessos de Caetano Veloso, como Dama do Cassino, Não Identificado e Queixa. No ano em que completa 45 anos de carreira, Maria Bethânia dedica este trabalho à Dona Canô, sua mãe. Como o título sugere, amor, festa e devoção norteiam a artista: “São palavras que me dão norte e que têm como subtexto a fé, a esperança e a caridade, características fortes em minha mãe”.

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ARACAJU MAGAZINE e

indicam para ler...

DEPOIS DA ESCURIDÃO - Sidney Sheldon & Tilly Bagshawe A doce e angelical Grace Brookstein é a socialite mais querida dos Estados Unidos e leva uma vida de princesa. Até o dia em que seu marido, o bilionário Lenny Brookstein, dono do fundo de hedge Quorum, sai para velejar e nunca mais retorna. Enquanto lida com a trágica morte do marido, um novo escândalo abala a vida de Grace - bilhões de dólares desaparecem do fundo Quorum, provocando a falência de milhares de famílias. Grace torna-se a principal suspeita e da noite para o dia sua vida se transforma. Determinada a provar sua inocência, Grace embarca numa jornada que revelará que ninguém a sua volta é digno de confiança.

3096 DIAS - Natascha Kampusch Quando tinha apenas 10 anos, em 2 de Março de 1998, Natascha Kampusch foi sequestrada a caminho da escola. O sequestrador - o engenheiro de telecomunicações Wolfgang Priklopil - a manteve prisioneira em um cativeiro no porão durante 3.096 dias. Nesse período, ela foi submetida a todo tipo de abuso físico e psicológico. Nesta obra, Natascha fala abertamente sobre o sequestro, o período no cativeiro, seu relacionamento com o sequestrador e, sobretudo, como conseguiu escapar do inferno, possibilitando ao leitor uma compreensão dos processos de transformação psicológica pelos quais passa uma pessoa mantida em cativeiro.

O DISCURSO DO REI - Mark Logue & Peter Conradi Um quase desconhecido e autodidata terapeuta vocal chamado Lionel Logue salvou a Família Real inglesa nas primeiras décadas do século XX. Logue não era um aristocrata britânico, nem mesmo inglês, mas foi quem, sozinho, levou o Duque de York, futuro Reio George VI, nervoso e com problemas de fala, a se tornar um dos maiores reis da Grã-Bretanha, depois que seu irmão Eduardo VIII abdicou em 1936.

TEQUILA VERMELHA - Rick Riordan Jackson ‘Tres’ Navarre retorna para sua cidade natal dez anos após o assassinato de seu pai. Porém, o caminho para as respostas em San Antonio, Texas, é bem mais difícil do que se pensava. Encontros com a máfia, jogos políticos, corrupção e dramas familiares tentarão desviar Tres da verdade ou matá-lo, o que acontecer primeiro.

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Consumo

Tradição para viagem A Moleskine, marca dos lendários caderninhos, acaba de lançar uma linha completa para viagens, batizada de Moleskine Traveling Collection. Tem bolsa no estilo carteiro, case para o laptop, mochila e mais alguns acessórios. Tudo em couro e com a elegância característica da marca.

Do vovô para o netinho Para quem gosta de música, mas não quer perder o estilo, a marca 3ryan criou caixinhas de iPod (ou iPhone) com atmosfera retrô. Na verdade, elas são rádios antigos restaurados e adaptados para os equipamentos de hoje. Um luxo, hein?

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Motorola VAP2400

Yes, sir!

O Motorola VAP2400, da Motorola Mobility, é um aparelho que envia arquivos de vídeo, sem usar fios, para múltiplas TVs ao mesmo tempo. O dispositivo usa Wi-Fi, claro, e transforma sua rede doméstica em cinema de alta qualidade, dando suporte para streaming em HD e SD. Mais hitech impossível...

Seguindo a tendência do militarismo, tão presente na moda há várias estações, a Nixon lançou uma linha totalmente conectada com esse universo. Os relógios aparecem em formatos mais robustos e com materiais rústicos, como a lona, por exemplo.

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Consumo Samsung Blu-ray Player 3D Full HD BD-C5900 Esse completo aparelho possui InternetATV, que oferece o melhor da web, direto para sua HDTV, com widgets e aplicativos para download como YouTube, Terra, Twitter... Reproduz formato em vídeo: MPEG2, H.264, VC-1, AVCHD, DivX HD, MKV, MP4, WMV9, HD JPEG. Também tem wireless LAN com adaptador incluso. Reproduz midias de bluray 3D, midias de bluray convencionais e DVDs convencionais e pode ser utilizado em TVs que não tenham funcionalidade 3D.

Coca-Cola Brasil inova no mercado de energéticos com o lançamento de Gladiator A Vonpar, franqueada da Coca-Cola no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, lança mais um produto no segmento de energéticos, onde já é detentora da marca Burn. O novo produto, chamado Gladiator, chega com conceito diferente: é um energético para ser consumido durante o dia e possui ingredientes naturais, como guaraná e cafeína. A bebida foi pensada, principalmente, para atender a demanda dos consumidores que trabalham e estudam muito e que precisam de uma energia a mais para aguentar o pique do dia-a-dia. Gladiator está disponível em embalagem de 473ml e em dois sabores: frutas cítricas e frutas selvagens.

BlackBerry Torch 9800 O BlackBerry Torch 9800, mais recente aparelho da família BlackBerry, possui tela touchscreen junto com um teclado QWERTY físico. Ou seja, tem para todos os gostos. Dizem que esse Smartphone vem superando as expectativas dos consumidores e já é considerado o xodó da marca.

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Havaianas à italiana Depois de invadir as lojas de decoração, a Missoni resolveu investir num verdadeiro ícone brasileiro. Agora, as havainas também ganharam as famosas estampas da marca italiana. Para nós, que vivemos eternamente no verão, vale à pena o investimento, não? Ah! O par de sandálias ainda vem numa sacolinha de tricô.



Foto: Marco Vieira

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De Sergipe, em Madri! Até o dia 31 de maio, Madri recebe o Festival Tensamba. Nesta edição, três representantes da música sergipana participarão do evento, que acontece desde 2004 na cidade espanhola. Com o apoio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), Café Pequeno, Patrícia Polayne e Cobra Verde atenderam ao pedido da organização do festival e mostrarão um pouco da cultura do nosso Estado pelas bandas de lá.

Café Pequeno

De Adriana Calcanhoto! Fãs de Adriana Calcanhoto anotem em suas agendas: No dia quatro de junho, a cantora sobe ao palco do Teatro Tobias Barreto para apresentar “Trobar Nova”, show do seu mais novo CD, o “Micróbio do Samba’”. Depois de uma única apresentação em Aracaju, a cantora segue em turnê pelo Brasil e por países da Europa. Fiquem atentos! Em breve a produção do show vai divulgar os valores e pontos de vendas dos ingressos.

De 2HOT! O 2HOT surgiu da parceria entre o casal de DJs Anny B. e Raul Meneleu. Separadamente, eles sempre tocaram nas principais festas de música eletrônica de Aracaju. Em dupla, eles também são vistos em baladas da Bahia e de Alagoas. Quem acompanha o trabalho do 2HOT, diz que as noites em que tocaram na Escuderia Club, até agora, foram divertidíssimas.

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Minhas Mães e Meu Pai Dois irmãos adolescentes, Joni (Mia Wasikowaska) e Laser (Josh Hutcherson), são filhos do casal homossexual Jules (Julianne Moore) e Nic (Annette Bening), concebidos através da inseminação artificial de um doador anônimo. Ao completar a maioridade, Joni encoraja o irmão para encontrar o pai biológico sem que as “mães” descubram. Quando Paul (Mark Ruffalo) aparece tudo muda, já que logo ele passa a fazer parte do cotidiano da família.

A Rede Social Ganhador de três Oscars, A Rede Social narra a história do jovem Mark Zuckerberg, o criador do Facebook. Dirigido por David Fincher, o filme tem a trilha sonora assinada por Trent Reznor e traz no elenco os atores Jesse Eisenberg, Andrew Garfield, Justin Timberlake, Armie Hammer e Max Minghella. Distribuído pela Columbia Pictures, o longa chega às locadoras com grande expectativa do público.

RED - Aposentados e Perigosos Frank, Joe, Marvin e Victoria costumavam ser os maiores agentes da CIA, mas os segredos que eles guardam apenas serviu para torná-los os maiores alvos da agência. Agora, acusados de assassinato, eles devem usar toda a sua experiente astúcia e o trabalho de equipe para continuarem vivos. RED - Aposentados e Perigosos traz no elenco os atores Bruce Willis, Morgan Freeman, Helen Mirren e John Malkovich.

72 Horas John Brennan (Russell Crowe) é um professor universitário que leva uma vida perfeita, até sua esposa Lara (Elizabeth Banks) ser acusada por um crime brutal, mas que ela jura não ter cometido. Após três anos de recursos judiciais sem sucesso, John percebe que a única maneira de ter sua esposa de volta é tirá-la da prisão com seus próprios meios. Para isso, ele tem apenas 72 horas.

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PARA OUVIR...

Chamber Music Society Depois de lançar Junjo, em 2006, e Esperanza, em 2008, Esperanza Spalding reaparece mais madura em Chamber Music Society. Nesse mais recente trabalho, ela está bem acompanhada por um baterista, um pianista, um percussionista e um trio de cordas, fazendo uma leitura mais moderna da música de câmara.

A Coruja e o Coração Em seu segundo álbum, a paulistana Tiê parece ter encontrado um caminho mais promissor para investir a sua voz macia. Intitulado A Coruja e o Coração, o disco foi produzido pelo multi-instrumentista carioca Plínio Profeta. Além disso, traz ilustrações de capa da estilista Rita Wainer.

Angles Segundo a crítica especializada, o quarto trabalho dos Strokes, intitulado Angles, representa um passo para a frente, mas ainda sem direção definida. Depois de cinco anos sem gravar, o quarteto novaiorquino surge mais oitentista. Em faixas como Two Kinds of Happiness e Games, por exemplo, delicados efeitos eletrônicos quase nos fazem esquecer que a especialidade da banda é o rock.

Collectiu Com um pé na tradição do cancioneiro popular e outro que avança em direção ao rock, ao hip-hop e aos recursos eletrônicos, Silvério Pessoa lança Collectiu. No repertório, o músico pernambucano faz a exótica e feliz fusão das culturas occitã (oriunda do sul da Europa) e nordestina. Destaque para a deliciosa Maratge, uma das faixas de abertura do CD.

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POR AÍ

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m 2004, o sergipano Roberto Ettinger arrumou as malas e foi desbravar a “terra da rainha”. Hoje, aos trinta anos de idade e já radicado na capital inglesa, o analista de sistemas da Bolsa de Valores de Londres atendeu ao convite da Aracaju Magazine e bolou um roteiro para guia turístico nenhum botar defeito. Então, que tal carimbar o passaporte e sair Por aí em boa companhia? Sem dúvida, um convite irrecusável!

Hyde Park Considerado um dos maiores parques urbanos do mundo (142 hectares), o Hyde Park possui alguns cafés que eu considero uma excelente pedida para começar a manhã. Indico, principalmente, o Dell Cafe e o Serpentine Bar & Kitchen, ambos localizados na Serpentine Road. Serpentine Bar & Kitchen - Serpentine Road

A New Bond Street e a Old Bond Street (conhecidas apenas como Bond Street) possuem ateliês de heute couture e lojas de marcas famosas (e caras), como Marc Jacobs, Louis Vuitton, Vivienne Westwood, Gucci, etc.

Hyde Park, London W2 2UH, Reino Unido - 020 7706-8114

Bond Street - Bond Street, London W1

Dell Cafe - Serpentine Road - Hyde Park,

(New Bond Street - Old Bond Street)

London W2 4HU, Reino Unido - 020 7706 0464

www.bondstreetassociation.com

Covent Garden Existe desde 1630, era um antigo mercado de frutas e legumes. Sua área foi revitalizada pelo 4º Conde de Bedford, que o transformou em uma espécie de centro artístico, onde diversos atores e músicos se apresentam ao mesmo tempo em que as pessoas compram, passeiam ou comem. Covent Garden - www.coventgardenlondonuk.com Covent Garden, London - 0845 450 8012

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Bond Street

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West End Finalmente, eu terminaria o dia com um musical do West End - uma área do centro de Londres que, juntamente com a Broadway, em Nova York, representa o nível mais alto do teatro comercial do mundo. No momento, estão em exibição mais de 60 peças e musicais. É importante reservar os ingressos com antecedência, já que os shows costumam lotar todas as noites.


Informaçþes e reservas no (79) 9977-4084


gestão pública

ARACAJU

Grandes realizações marcam a administração municipal

A

capital dos sergipanos tem sido objeto de grandes realizações por parte do governo municipal. Investimentos importantes, em todas as áreas, impulsionam o desenvolvimento da cidade e levam mais qualidade de vida à população. A transferência de famílias de baixa renda - que residiam em áreas de risco e em habitações precárias - para novas casas e apar-

Conjunto residencial no bairro 17 de Março

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tamentos, construídos com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), é apontada pelo prefeito Edvaldo Nogueira como a ação de maior destaque, tendo em vista o impacto social que causa na vida das pessoas mais pobres. A mais recente destas ações foi a assinatura, no mês de abril, da ordem de serviço para construção de um novo conjunto habitacional, com

410 casas, no bairro Lamarão. Com a obra – orçada em R$ 17,2 milhões, centenas de pessoas, que antes viviam em barracos erguidos na ocupação Vitória da Resistência, também chamada de Invasão da Salina São Marcos, serão beneficiadas. Outras obras, de fundamental importância para o desenvolvimento do turismo e para o lazer da população, também foram realizadas pela Pre-


Orla da Arauana - projeto seguiu recomendações feitas durante audiências no Ministério Público Federal

Fotos: Alejandro Zambrana, Sílvio Rocha, Jorge Henrique, Lízia Martins e Valério

Escola Municipal de Ensino Fundamental Tenisson Ribeiro

O antigo farol de Aracaju foi revitalizado

Praça da Juventude João Goulart aracaju MAGAZINE

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feitura. Dentre elas, destacam-se a Orla Pôr do Sol, no Mosqueiro; a reurbanização da orla da Aruana; a Praça da Juventude João Goulart, no Conjunto Augusto Franco; a Praça Missionária Zilda Arns, nos Jardins; e o Deque do Banho Doce, em frente ao Tecarmo - todas realizadas com recursos próprios. E existem outras que estão em curso, como a Ponte Procurador Gilberto Vila Nova de Carvalho, sobre o Rio Poxim; a drenagem e pavimentação de 7,8 km de vias no bairro Atalaia; e o Complexo Museu do Mangue, na Coroa do Meio Na área da educação, o destaque fica por conta das duas novas unidades de ensino: a Escola Municipal de Educação Infantil Dr. Fernando José Guedes Fontes, no bairro América, que funciona como creche; e a Escola Municipal de Ensino Fundamental Tênisson Ribeiro, na Zona de Expansão. Por meio do Projeto Um Computador por Aluno (UCA), o prefeito Edvaldo Nogueira entregou 540 netbooks a estudantes e professores da Escola Municipal Maria Thétis Nunes, onde também foi implantada rede de internet sem fio (wi-fi). Estas realizações, que são apenas parte de um conjunto muito maior de iniciativas, refletem a preocupação do governo municipal com a aplicação dos recursos públicos que lhe são confiados. Em última análise, mostra o respeito que a administração tem com o contribuinte.

Orla Pôr do Sol, um dos pores do Sol mais belos do Brasil

A Orla Pôr do Sol virou reduto para a prática de esportes

Hospital Fernando Franco, da Zona Sul Brinquedoteca do Hospital Fernando Franco

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Parque da Sementeira, mantido pela PMA

Pista de patinação no Parque da

Sementeira

Creche Dr. Fernando Guedes, no bairro América

Emef José Carlos Teixeira

Emef Letícia Soares com sua nova quadra de esportes Emef Sérgio Francisco

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sebrae

Parceria internacional Sergipanos e portugueses: oportunidades de novos negócios

E

mpresários sergipanos poderão, em breve, contar com novos parceiros na busca pela internacionalização de seus negócios. Numa reunião com representantes de diversos órgãos, tanto da iniciativa privada quanto pública, Elisabete Rita - diretora geral da Associação Industrial de Aveiro (AIDA), um distrito localizado em Portugal – foi discutida a possibilidade de estreitar relações entre os empreendimentos dos dois

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países. O encontro foi realizado na sede do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Sergipe (Sebrae/SE), no mês de abril. Durante a visita, a diretora apresentou detalhes sobre a região de Aveiro e expôs as áreas que potencialmente são capazes de gerar parcerias. Para os portugueses, interessam realizar negócios nas áreas de metal mecânica, calçados, madeira e cortiça, alimentícia, têxtil, produtos químicos

e produtos minerais não metálicos, sobretudo a cerâmica. “Hoje, diante da crise econômica, as cerâmicas portuguesas estão funcionando com apenas 40% de sua capacidade instalada. Sabemos que por conta do bom momento vivido pela construção civil brasileira os empresários sergipanos estão com dificuldade para atender aos pedidos. Acredito que essa é uma área capaz de gerar parcerias”, explicou Elisabete.


em Fortaleza, no ano passado. As discussões foram aprofundadas na missão promovida pela entidade, em novembro de 2010, a Cabo Verde, quando oito empresários sergipanos participaram da Feira Internacional na Cidade da Praia, na Ilha de Santiago. Participaram do encontro representantes da Codise (Companhia de Desenvolvimento Industrial e de Recursos Minerais de Sergipe), da Fies (Federação das Indústrias de Sergipe), da Fecomércio (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Sergipe) e da FCDL (Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas).

Detalhe da reunião realizada na sede do Sebrae/SE

Visitas Para viabilizar os futuros negócios, ela visitou, durante uma semana, 17 empresas ligadas aos segmentos de interesse dos europeus. A idéia é auxiliar na prospecção das oportunidades oferecidas pelo estado e servir de roteiro para a missão de empresários, ligados à AIDA, que estará em Sergipe na segunda quinzena de maio. “Sergipe tem empresas com poten-

O Distrito de Aveiro O distrito de Aveiro é composto por 19 municípios e tem sua economia baseada na produção industrial. A região é composta por cerca de 75 mil empreendimentos, 99% dos quais são considerados micro e pequenas empresas. O distrito emprega em torno de 258 mil pessoas e responde por 5,7% do Produto Interno Bruto (PIB) português. Além disso, o local é responsável por 13,7% do volume de exportações do país. A capital do distrito, Aveiro, é conhecida como a Veneza portuguesa e está situada a 60 quilômetros ao norte de Coimbra, à beira do oceano Atlântico.

cial para fornecer produtos e serviços a qualquer região e necessita de novos parceiros para alavancar seus negócios. Esses encontros serão fundamentais para criar um ambiente de oportunidade para todos”, ressaltou o superintendente do Sebrae, Lauro Vasconcelos. A reunião foi viabilizada durante a participação do Sebrae no Encontro Internacional de Negócios, realizado

Elisabete Rita, diretora geral da AIDA

Mapa de Portugal

Aveiro, é considerada a Veneza portuguesa

Um dos canais de Aveiro, capital do distrito

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Cidadania

Deixe o respeito vencer o preconceito E

m comemoração ao Dia Internacional da Síndrome de Down (ver boxe), a Associação Sergipana dos Cidadãos com Síndrome de Down (Cidown) e a Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) realizaram a campanha “Deixe o respeito vencer

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o preconceito”, que teve o seu ponto alto na caminhada que partiu do Calçadão da Treze de Julho com destino ao Parque da Sementeira. O evento, que contou com o apoio do Governo do Estado - através das Secretarias de Estado da Inclusão Social, da Cultura e da Comunicação - e da Prefei-

tura Municipal de Aracaju, reuniu entidades, organizações não-governamentais, amigos e familiares das pessoas com a síndrome. O objetivo foi difundir informações e eliminar qualquer tipo de preconceito. Para a primeira-dama e secretária de Inclusão Social, Eliane Aquino,


esse tipo de iniciativa é importante para combater, de forma efetiva, o preconceito da sociedade e perceber que é equivocada a ideia de alguns de que as pessoas com síndrome de Down devem viver à margem da sociedade: “Nós queremos mostrar que estas são pessoas que têm o mesmo potencial - claro que observando as limitações da síndrome - e que podem ser inseridas na sociedade. Assim como todas as outras deficiências, como a auditiva e a visual, o que nós queremos é que estas pessoas façam parte, interajam e mostrem seus potenciais”. “Aqui, cada um mostra ao outro a sua felicidade e que temos consciência do presente que Deus nos deu em cada um desses filhos. Nesse sentido, cada pai conversando e trocando experiências com outros pais, e exibindo seu filho com orgulho, como parte da sua família, ajuda a vencer preconceitos e a mostrar e conscientizar a sociedade da grande importância de se respeitar essas crianças e esses adultos, buscando incluí-los através da abertura de oportunidades para eles”, destacou o governador Marcelo Déda. E concluiu: “Estou aqui na dupla condição de governador, para ser cobrado, e na condição de pai, para cobrar que cada vez mais as prefeituras, o Go-

21 de março (21/3) foi a data escolhida pela Down Syndrome International (DSI), em referência aos três cromossomos – no processo normal são apenas dois - que estão contidos no par de cromossomas 21 (no inglês americano, o mês vem antes do dia, portanto a data é grafada como 3/21). A Síndrome de Down é um acontecimento genético natural e universal. Isso quer dizer que a síndrome não é resultado da ação ou do descuido de mães ou pais, como muitos pensam. E nem é uma doença. Ela é causada por um erro na divisão

das células durante a formação do bebê. Por motivos ainda desconhecidos, durante a gestação as células do embrião são formadas com 47 cromossomos no lugar dos 46 que se formam normalmente. Apenas para se ter uma idéia, no Brasil, de cada 700 bebês que nascem, um tem Síndrome de Down. Por isso, qualquer mulher, independente da classe social, pode ter um bebê com estas características. Até hoje, a ciência ainda não descobriu os motivos que provocam essa alteração genética, portanto ainda não há como evitar.

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centes - onde aconteceu o Domingo no Parque, com as apresentações da Orquestra Sinfônica de Sergipe, sob a regência do maestro Daniel Nery, e da Banda Casa do Zé, que trouxe muita alegria e descontração ao grande público presente e integrou as comemorações aos 156 anos de Aracaju. Também participaram dos atos,

parlamentares como a deputada estadual Ana Lúcia Meneses, o senador Eduardo Amorim, o secretário de Estado do Planejamento, José de Oliveira Júnior, os secretários municipais de Assistência Social, Bosco Rolemberg, e de Educação, Antônio Bittencourt, dentre outras autoridades e personalidades da sociedade sergipana.

Foto: Marcelle Cristinne - ASN

verno do Estado, o Governo Federal, a classe empresarial e a sociedade como um todo compreendam que essas crianças e adultos tem muito a oferecer à sociedade, e que só precisam de amor, compreensão e de oportunidades”. A programação culminou no Parque da Sementeira - com recreação e lanche para as crianças e adoles-

Banda Casa do Zé

Orquestra Sinfônica de Sergipe

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história

Praça

São Francisco Patrimônio Cultural da Humanidade fotografia: alexandre ribas e ana ribas

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A praça São Francisco, em São

em julho de 2010, durante a 34ª Sessão

Cristóvão (SE), foi elevada à categoria

do Comitê do Patrimônio Mundial, que

de Patrimônio Mundial, pela Unesco.

reuniu mais de 180 países, em Brasília.

É um reconhecimento que atingiu, até

Na ocasião, foram divulgados os nomes

o presente, pouco mais de novecentos

dos três novos patrimônios culturais

locais em todo o planeta, que estão

reconhecidos no mundo. Os outros

subdivididos em patrimônios culturais

dois estão no México: o Caminho Real

e naturais. A praça sergipana se inseriu

de Tierra Adentro, também conhecido

na categoria Patrimônio Cultural, que

como Rota da Prata, e as cavernas pré-

inclui 704 monumentos em todo o mundo

históricas de Yagul e Mitla, no Vale

e apenas 11 no Brasil. A escolha ocorreu

Central de Oaxaca.

Praça São Francisco, ao fundo o Museu Histórico de Sergipe, a Igreja da Santa Casa de Misericórdia e a Casa do Iphan

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Vista da janela do Museu Histรณrico de Sergipe

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โ ข

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Igreja e Convento da Ordem Terceira do Carmo

O

monumento foi o único candidato brasileiro entre os 39 bens que foram avaliados naquela sessão do Comitê. Durante a reunião, o presidente do Comitê e então ministro da Cultura do Brasil, Juca Ferreira, ressaltou que a inclusão da praça São Francisco na lista de Patrimônio Cultural Mundial representa “um reconhecimento à singularidade da formação do acervo cultural brasileiro”. A aprovação foi em decorrência do acolhimento da tese, registrada na apresentação brasileira, de que a praça “representa um registro íntegro e autêntico de um fenômeno urbano singular no Brasil, que tem como contexto um período representativo de sua história: a aliança das coroas portuguesa e espanhola sob o domínio dos reinados de Felipe II e Felipe III”. Sacristia da Igreja da Ordem Terceira do Carmo

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São Cristovão, fundada em janeiro de 1590, é a 4ª cidade mais antiga do Brasil e a antiga capital de Sergipe. É lá, no seu Centro Histórico, ou na chamada Cidade Alta, em meio aos seus principais monumentos - conventos, igrejas, sobrados, museus e outros espaços públicos históricos que se situa a praça São Francisco. A construção da praça teve início em 1693, a partir de doações da comunidade aos franciscanos. Quando a cidade era a capital da Província, o convento abrigou a Assembleia Pro-

vincial e o salão da Ordem Terceira era ocupado pela Tesouraria Geral da Província. Já na República, São Cristóvão também aquartelou as tropas do batalhão que combateu os seguidores de Antônio Conselheiro, em Canudos, em 1897. Para ilustrar ainda mais estas belas páginas que apresentamos ao leitor, resgatamos um excelente texto de Thiago Fragata* - coordenador da Comissão Pró-Candidatura da praça São Francisco na lista de Patrimônio da Humanidade:

Louvor, tradição e fé: história e cotidiano

da Praça São Francisco

A antiga São Cristóvão tem configuração urbanística medieval - lembra uma acrópole grega – arquitetada segundo a mentalidade de seus benfeitores em duas cidades ou planos: a Cidade Alta e a Cidade Baixa. A Cidade Alta, ou Centro Histórico, sediava a estrutura do poder político-judicial e religioso da Capitania de Sergipe D’El Rey; enquanto a Cidade Baixa, estava destinada ao comércio e à pesca, facultada pelo rio Paramopama, afluente do rio Vaza-Barris, que cons-

Convento Nossa Senhora do Carmo

tituía principal zona da produção canavieira. As “cidades” aglomeravam atores distintos, classes distintas que, em raríssimas ocasiões, contracenavam nas praças da urbe secular. No centro histórico encontramos a Praça da Matriz, a Praça do Carmo e a Praça São Francisco. Essas praças testemunharam as batalhas, as solenidades cívicas, os atos religiosos e as festas, enfim os momentos mais especiais da vida sancristovense. A Praça São Francisco tem histó-

Casa do Iphan

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ria. Dentre tantos conceitos que a palavra praça pode representar, o mais compreensível de todos é o de um espaço amplo e aberto cercado de edifícios. Dessa forma põe-se em relevo o caso da Praça São Francisco, nome emprestado do antigo e portentoso Convento que - junto com a Santa Casa de Misericórdia, o Palácio Provincial e a Ouvidoria desenha seu retângulo ou seu espaço de vivências. No desenrolar dos séculos a memória dessa praça assustaria o leigo: colonizadores despossuídos rogam auxílio às portas da Misericórdia, assim como os órfãos, as viúvas e tantos infelizes; holandeses queimam e matam pelo controle da cidade amontoando defuntos no espaço público; franciscanos arregimentam trabalhadores para construção de um convento; frequentemente, solenidades garbosas marcam a posse de capitães-mores e ouvidores. Povo, poder e clero deixaram suas pegadas na Praça São Francisco. Tantas personalidades... seria inútil citar e impossível quantificar. Incita nossa imaginação pensar o que pensou/sentiu Gregório de Matos Guerra, quando esteve em São Cristóvão, em fins do século XVII. Embora não tenha pintado com seus versos sarcásticos uma lisonjeira “descrição da cidade de Sergipe Del Rey”, o poeta barroco

Arca interna e imagens de santos da Igreja Senhor dos Passos

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afirma ter encontrado “dois conventos, seis padres, três letrados”.[1] No entanto, a antiga capital sergipense, pacata demais, pobre demais, diferente da capital baiana, Salvador, que também não tinha o afeto de “Boca do inferno”, no século XX agrada Irmã Dulce no momento em que inicia seus estudos num dos conventos da cidade (1933). Em São Cristóvão, a “mãe dos pobres” é batizada com o nome da avó na Congregação da Imaculada Conceição. Considerada santa em razão dos seus trabalhos sociais e do seu devotamento, a Irmã Dulce tem seu nome na lista dos brasileiros que esperam a canonização do Vaticano. A Praça de São Francisco tem religião. Não apenas o convento que outrora abrigou a ordem franciscana tão dinâmica na vida social da cidade, mas os carmelitas e religiosos das tantas irmandades católicas sempre organizaram quermesses, sermões, missas campais e procissões nessa

Museu dos Ex-Votos

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praça. Tanto a Procissão do Senhor dos Passos quanto a Procissão do Fogaréu e a encenação da Paixão de Cristo tem seu enredo, cenário e palco na Praça São Francisco. E ela tem efetivamente participado do cotidiano da cidade em mais de quatros séculos de experiência histórica. A Praça São Francisco tem festa. Espaço principal de eventos como o Carnaval, o São João, a Cidade Seresta e o Festival de Arte de São Cristóvão, nela se concentram os respectivos brincantes do frevo, do forró, da boemia e da cultura popular. O patrimônio imaterial ganha relevo nesta praça. Nas serestas milhares de espectadores festejam o desempenho de astros da música nacional no cenário barroco que complementa o romantismo de canções e noites enluaradas. Por último e não menos importante, vale ressaltar que a referida praça é um postal completo da cidade histórica, êxtase dos visitantes e

pesquisadores, o que nos remete a verdade de Eurico Amado quando reputa que “a Praça São Francisco é, com certeza, o mais belo e harmonioso conjunto arquitetônico colonial do Brasil. Nela o visitante tem a impressão de estar integrado num longínquo instante da História, convivendo com as primeiras raízes da nacionalidade”.[2] Não se pode esquecer que o Museu Histórico de Sergipe e o Museu de Arte Sacra estão situados na referida praça, respectivamente, nas dependências do antigo Palácio Provincial (1960) e na Ordem Terceira do Convento São Francisco (1974). Um e outro permitem ao visitante conhecer o imaginário e a reconstituir a vida, o ambiente religioso e social dos séculos XVII, XVIII, XIX e início do XX. * Thiago Fragata é historiador, poeta, professor especialista em História Cultural pela Universidade Federal de Sergipe (UFS) e diretor do Museu Histórico de Sergipe (MHS). Coordenou a Comissão Pró-candidatura da Praça São Francisco a Patrimônio da Humanidade. E-mail: thiagofragata@gmail.com


Igreja da Santa Casa da Misericórdia, Casa do Iphan e Museu Histórico de Sergipe

Igreja Matriz Nossa Senhora da Vitória

Sobrado do Balcão Corrido

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O que é a Unesco? A

Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) foi criada em 16 de novembro de 1945, para promover a paz e os direitos humanos com base na “solidariedade intelectual e moral da humanidade”. É uma das agências das Organizações das Nações Unidas (ONU) para incentivar a cooperação técnica entre os países membros. A instituição contribui ativamente para alcançar, em 2015, os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio das Nações Unidas, em particular os que têm por meta: reduzir pela metade a proporção da população que vive em condições de pobreza extrema; atingir o ensino básico universal; eliminar a disparidade de gênero no ensino primário e secundário; combater a Aids, a malária e outras doenças; e garantir a sustentabilidade ambiental. A Unesco está na vanguarda dos esforços internacionais para proteger o patrimônio mundial. A Convenção para a Proteção do

Samba de Roda do Recôncavo Baiano

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Patrimônio Mundial Cultural e Natural, aprovada em 1972, à qual o Brasil aderiu em setembro de 1977, adotou a premissa de que certos sítios têm extraordinário valor universal e, desta forma, são parte do patrimônio comum da humanidade. Embora respeitando plenamente a soberania das nações, e sem prejuízo dos direitos de propriedade previstos pela legislação nacional, os Estados-Partes da Convenção reconhecem que proteger o Patrimônio Mundial é dever da comunidade internacional como um todo. A Lista do Patrimônio Mundial inclui atualmente mais de 900 sítios naturais e culturais, desde o Taj Mahal na Índia, à antiga cidade de Timbuctu, no Mali, além de maravilhas da natureza como a Grande Barreira de Corais da Austrália. A Unesco também propicia assistência técnica para salvaguardar locais excepcionais, particularmente em regiões que estiveram envolvidas em conflitos, tais como o Afeganistão, o Camboja, a República Demo-

Taj Mahal

crática do Congo e o Iraque, entre outras. Os monumentos e os locais naturais refletem uma dimensão da herança comum da humanidade. Uma imensa riqueza de expressão cultural pode também ser encontrada, em países em desenvolvimento, sob a forma do patrimônio intangível – festivais, canções, línguas – e locais de encontros que alimentam a criatividade e a solidariedade. A Convenção para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial, adotada pela Conferência Geral da Unesco em 2003, é o primeiro instrumento internacional a proporcionar um contexto legal, administrativo e financeiro para a proteção desse patrimônio. Neste contexto, em 2008, as Expressões Orais e Gráficas dos Wajãpis do Amapá e o Samba de Roda do Recôncavo Baiano foram proclamados Obras Primas do Patrimônio Oral e Imaterial da Humanidade, figurando ao lado de importantes manifestações culturais que constituem o patrimônio intangível do mundo. Fonte: http://whc.unesco.org e www.unesco.org/pt/brasilia

Pinturas gráficas dos índios Wajãpis


Lista do Patrimônio Mundial no Brasil: 1980 - Cidade Histórica de Ouro Preto (MG) 1983 - Missões Jesuíticas dos Guaranis: Ruínas de São Miguel das Missões (RS) 1985 - Santuário do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas (MG) 1986 - Parque Nacional do Iguaçu, em Foz do Iguaçu (PR) 1987 - Plano Piloto de Brasília (DF) 1991 - Parque Nacional da Serra da Capivara, em São Raimundo Nonato (PI) 1999 - Centro Histórico de Diamantina (MG) 1999 - Costa do Descobrimento - Reserva da Mata Atlântica (BA e ES) 1999 - Mata Atlântica - Reservas do Sudeste (PA e SP) 2000 - Área de Conservação do Pantanal (MT E MS) 2000 - Complexo de Conservação da Amazônia Central (AM) 2001 - Centro Histórico da Cidade de Goiás (GO) 2001 - Áreas protegidas do Cerrado: Chapada dos Veadeiros e Parque Nacional das Emas (GO) 2001 - Ilhas Atlânticas Brasileiras: Reservas de Fernando de Noronha e Atol das Rocas (PE e RN)

1982 - Centro Histórico de Olinda (PE)

1985 - Centro Histórico de Salvador (BA)

1991 - Parque Nacional da Serra da Capivara, em São Raimundo Nonato (PI)

1997 - Centro Histórico de São Luís, Maranhão (MA) aracaju MAGAZINE

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TB gente

Ana Faro e Lauro Menezes

TB, Paolo Bucci, Fausta Romano e Tamar Bezerra

Reynaldo Gianecchini e Erick Ricarte

Gabriel Prado Leão

Marcelo Chiaratti e Vanessa Freire

Luciano Barreto, Wagner Junior e Maria Celi

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Mauricio e Aricelia Carvalho

Márcio Garcez



TB gente

Dinho Santana e Tereza Franco

Mateus, Ana Lourdes, César e Mª Lourdes Silveira

Karla e Humbelina Araripe Coutinho e Maggie

Iohana Barreto Soares Jacqueline e Jorge

Denise Dias, Viviane Piquet e Gilvan Dias

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FESTIVAL DE SOPAS - ALMOÇO EXECUTIVO - CAFÉ DA MANHÃ PÃES - DOCES - FRIOS - SALGADOS - TORTAS Rua Campo do Brito, 122 (próximo à Deso) - Encomendas

pelo telefone:

3211-5857


TB gente

Henrique Garcia, Maria Eduarda e Constance Denise

Patricia Batalha, Wilma Amorim e Lila Moura Ana Paula e Mauricio

José Reis Silva, Maria José e Alinne Cardoso Silva

Melzinha, Ju e Cysa

Camila Vieira, Vada e Aloísio Vieira

Elza e Elizabete

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Luciano Barreto, Wagner Junior e Maria Celi


Tiago Bockie

Rosa, Henri Clay, Lais e Isabella

João Carlos Paes Mendonça e Gilson Figueiredo

Luiz Augusto Ribeiro

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TB gente

Rita, Carlos Ayres Britto e Vandira Peixoto

Albano Franco, Aécio Neves e Fabiano Oliveira

Chiquinho Ferreira e Iranice

Mel, Tanit, Thais, Tamar, Lucas, Constance, Bete e Anaceli

Grayce Sá

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Acácia Trindade

O gigante Cleomar Brandi e Jorge Henrique

Renata Freitas Bevilaqua


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moda

Para elas

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ebre da década de 70, as calças bocas-de-sino estão (mais uma vez) de volta. Agora, conhecida como Flare, a peça setentista reaparece no guarda-roupa feminino. Atenção! As baixinhas devem evitar esse

tipo de calça, já que ela pode diminuir ainda mais a sua estatura. Cuidado, também, com os modelos de cintura alta. Se você não estiver em forma, eles podem evidenciar o que deseja esconder.

A atriz mesobrasileira Camilla Belle

Katie Holmes não dispensa o modelo

Kate Moss

Modelo Louis Vuitton

Ellus 2nd Floor

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A angel Alessandra Ambrósio


Para eles

N

ão é de hoje que a bolsa deixou de ser exclusividade das mulheres, mas os homens estão cada vez mais exigentes na hora de escolher o acessório. Por incrível que pareça, as tradicio-

nais pastas executivas e as mochilas esportivas estão perdendo a força no guarda-roupa masculino. Agora, além de conforto e praticidade, a rapaziada também busca por um design diferenciado. Pelo que se vê nas ruas, parece que o macho do século XXI deixou o preconceito de lado e resolveu assumir que pode se vestir bem.

Nas ruas, um dos modelos da Balenciaga para eles

Brad Pitt

O Rapper Usher

Modelo Louis Vuitton A Burberry também tem opções para os homens

David Beckham

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cultura

Studium

40 anos de amor a arte Por Theo Alves Colaboração Mário Resende, professor-mestre do Núcleo de Dança da Universidade Federal de Sergipe

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Danças

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m 1971, surgia um dos principais e mais consistentes pilares da dança em Sergipe. Naquela época, percebendo uma lacuna a ser preenchida por aqui, a baiana Regina Lúcia Matos Spinelli, mais conhecida como Lu Spinelli, fincou raízes em Aracaju e criou o Studium Danças. Hoje, quarenta anos depois da sua fundação, não tem como ser indiferente à importância dessa instituição de ensino, pela qual já passaram diversas gerações.

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ntes de falar sobre o Studium Danças, faz-se necessário discorrer um pouco sobre a sua criadora. Nascida em Salvador, desde criança Lu Spinelli demonstrava interesse pela dança. Mesmo quando ainda não usava sapatilhas, já se encantava ao observar as dançarinas dos filmes que via no cinema. E o desejo de se aperfeiçoar no que viria a ser sua profissão tornou-se realidade quando ela tinha apenas seis anos. “Em 1956, os alemães, sob a tutela do professor Rolf Gelewsky, fundavam o curso de dança da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Na época, não era um curso de licenciatura, mas sim um curso de formação de dançarinos com extensão para a comunidade. Eu comecei a fazer as aulas e, paralelo a isso, também me envolvi com outros grupos de dança que movimentavam a cena cultural de Salvador. Fiquei na UFBA dos seis aos 18 anos de idade, quando resolvi me profissionalizar ainda mais no eixo Rio - São Paulo”, relembra Lu Spinelli.

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A partir daí, Lu não só se tornou uma bailarina mais experiente, como também uma estudiosa da área. Depois de se especializar com grandes nomes da dança no Brasil e no exterior (veja boxe), veio para Aracaju e fundou o Studium Danças. “Para ser meu parceiro nessa empreitada, eu convidei o bailarino pernambucano Alcides Muniz. Ele tinha acabado de retornar a Recife - depois de uma temporada dançando nas mais importantes companhias da Europa - e prontamente atendeu ao meu chamado. No Studium, ele ficou responsável pela parte de balé clássico, que era essa a sua especialidade”. Ao chegar a Aracaju, no início da década de 70, Lu Spinelli se deparou com o mesmo panorama que permeava todo o país - a ditadura militar mantinha um controle rígido sobre os cidadãos, principalmente sobre os artistas e suas criações. Qualquer manifestação de pioneirismo não era vista com bons olhos. No entanto, desde o início e ao longo do seu trajeto profissional, a jovem bailarina baiana sempre recebeu o apoio de artistas e intelectuais sergipanos, a exemplo

“...desde criança Lu Spinelli demonstrava interesse pela dança. Mesmo quando ainda não usava sapatilhas, já se encantava ao observar as dançarinas dos filmes que via no cinema”

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de João de Barros, Joubert Moraes, Jorge Lins, Irineu Fontes, Carlos Ayres Britto, Ilma Fontes, Antonio Alvino Argolo, Lânia Duarte, Aglaé Fontes, madre Albertina Brasil, Amaral Cavalcanti, professor Alencarzinho, professor João Costa, Luís Eduardo Costa, Luís Eduardo Oliva, Ivan Valença, professor Antônio Garcia e doutor João Cardoso Nascimento Junior, entre outros. Em 1973, com o Studium Danças funcionando a todo vapor, Lu inovou mais uma vez ao criar o que viria a ser a primeira companhia de dança profissional do estado. Com o mesmo nome da escola, o grupo surgiu ainda em caráter amador e só veio a se profissionalizar dez anos depois, em 1983. “Com o Grupo Studium Danças, nós participamos dos mais importantes festivais de dança do Brasil. Mas, em 1988, eu decidi encerrar as atividades da companhia por falta de apoio público e por perceber que Sergipe ainda não comportava esse tipo de trabalho. Foi então que eu resolvi me dedicar exclusivamente à minha verdadeira vocação, que é a de formar pessoas”.

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Danças só afirmam o compromisso dessa profissional em manter acesa a chama da “arte do movimento” no estado. “No mínimo, esse fato nos delega o papel de reconhecer e homenagear Lu Spinelli, artista que, através da dança, soube tão bem interpretar e expor, aqui e no Brasil, a grandeza e a beleza das cores e sabores da cultura sergipana”.

“Em 1973, com o Studium Danças funcionando a todo vapor, Lu inovou mais uma vez ao criar o que viria a ser a primeira companhia de dança profissional do estado”

No desenrolar de sua trajetória profissional, o amor de Lu Spinelli pela cultura lhe rendeu alguns títulos. Hoje, além de delegada do Conselho Brasileiro de Dança, ela também é membro titular do conselho Estadual de Cultura. Para Mário Resende, professormestre do núcleo de dança da Universidade Federal de Sergipe, a existência e a continuidade do Studium

N

o currículo de Lu Spinelli figuram grandes nomes da dança. Entre eles estão Dulce Aquino (pró-reitora de Extensão da UFBA), Lia Robatto (coreógrafa e coordenadora pedagógica da Usina de Dança do Projeto Axé), Laís Góis (ex-diretora da Escola de Dança da UFBA), Reneè Gumiel (pioneira da dança moderna em São Paulo), Nina Verchinina (pioneira da dança moderna no Rio de Janeiro), Clyde Morgan (atualmente professor da Universidade de Brockport, em Nova York) e Maria Duschenes (pioneira da dança moderna no Brasil).

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E

ntre os dias 18 e 22 de maio, a Secretaria de Estado da Cultura (Secult) promove, nas dependências do Teatro Tobias Barreto, a Semana Sergipana de Dança. Em sua quinta edição, o evento homenageia a bailarina, coreógrafa e professora Lu Spinelli, pelos 40 anos dedicados à dança em Sergipe. Para mais informações, acesse: www.divirta.se.gov.br.

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Fotos: Fabiana Costa - Secult

teatro

Memorial do

Teatro Sergipano

F

oi inaugurado, nas dependências do Teatro Lourival Baptista, o Memorial do Teatro Sergipano, que está disponibilizando ao público em torno de quinhentas peças, que contam um pouco dos últimos cinquenta anos da história desta arte no estado. São figurinos, programas de peças, fotos, livros, recortes de jornais, carta-

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zes, objetos de cenas, dentre outros itens. O acervo é o resultado de doações, pesquisas e arquivos pessoais - representando o suor, a garra, os sonhos e ideais dos atores que compõe o núcleo cultural em Sergipe. O ambiente é climatizado, com iluminação apropriada, e é amplo o suficiente para permitir que os visitantes circulem confortavelmente.

Segundo Eloísa Galdino, secretária de Estado da Cultura, o espaço é uma grande contribuição para o resgate da memória dos sergipanos: “Começou pequeno, sendo apenas uma parede com placas, registrando uma espécie de identidade de vários atores do nosso Estado e hoje, após o incessante trabalho de várias pessoas, em especial do diretor do


Lourival Batista, Raimundo Venâncio, temos um verdadeiro templo da arte teatral”. Elaenfatiza o papel educativo do Memorial “onde as novas gerações poderão utilizar suas informações e onde os atores mais experientes encontrarão suas histórias eternizadas”. Para o ator e presidente do Sindicato dos Artistas e Técnicos em Diversão do Estado de Sergipe, Ivo Adnil, vale frisar também a mobilização de toda a classe artística em ceder os produtos que compõem o espaço. “Temos que reconhecer essas pessoas que tiraram suas histórias das gavetas e resolveram entregá-las para a exposição pública, tornando todas essas informações vivas.” Ele acrescenta que este processo deve continuar “para que o espaço não fique estagnado”. É nesta linha que o ator sergipano Edmilson Suassuna afirma que o memorial é uma verdadeira vitrine para a categoria: “Esse levantamento é de fundamental valor para nosso trabalho. Vem comprovar e reconhecer os atores que estiveram ou estão na ativa, produzindo um conteúdo permanente’. “Só valorizamos o que conhecemos. Observar toda essa história nos enche de alegria, pois estamos presenciando o resgate de vários

O diretor do Teatro Lourival Batista, Raimundo Venâncio

espetáculos que aconteceram há décadas. Esse Memorial dá visibilidade ao trabalho não só dos atores, mas dos técnicos que contribuíram para a execução destes espetáculos, com garra e empenho. Todas essas homenagens são marcantes e, a partir de agora, merecidamente aplaudidas”, avalia Marcelo Rangel, secretário adjunto de Cultura. Já o escritor e professor Hunald de Alencar acredita que se faz imprescindível que os sergipanos conheçam seus atores: “Hoje temos curso de Teatro na UFS, com muitos jovens ingressando no mundo teatral, e esse Memorial será de extrema valia para o conhecimento e estudo de tudo que foi e é produzido por nossos artistas”. O diretor do Teatro Lourival Baptista e coordenador do Memorial, Raimundo Venâncio, acredita que o espaço deve permanecer em eterna construção, recebendo sempre novas contribuições. Ele informa que o local estará aberto ao público diariamente, das 9h às 20h, de forma gratuita. As escolas interessadas em levar os seus alunos devem agendar previamente um horário: “Basta alguém ligar para o Teatro e marcar com antecedência, pois queremos ter esse controle, para que cada visita seja acompanhada de um ator,

O ator e presidente do Sind. dos Artistas e Técnicos em Diversão O secretário adjunto de do Estado de Sergipe, Ivo Adnil Cultura, Marcelo Rangel

aproximando ainda mais os visitantes desse nosso mundo tão mágico”. A inauguração do Memorial, em 27 de março, fez parte das comemorações do Dia Mundial do Teatro.

Luiz Carlos Dussantus, secretário de Turismo e Comunicação Social de Estância, em visita ao Memorial

Detalhes históricos do Memorial

O escritor e professor Hunald de Alencar

O ator sergipano Edmilssom Suassuna

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rg

liares NOME: Adriano Cartu IDADE: 23 anos e Cozinheiro PROFISSÃO: Modelo

M

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uito além de um

campanhas publicitárias espalha-

tes da capital sergipana, como o

rostinho bonito, o

das por Aracaju, onde mora há

Chateau Blanc, por exemplo. Per-

também

modelo

poucos anos com a sua mãe. No

guntado sobre o que mais o excita

Adriano Cartulia-

seu dia-a-dia, ele divide os flashes

na gastronomia, ele fala com en-

res vai além das passarelas e ses-

com a faculdade e os estágios que

tusiasmo: “Você nunca sabe tudo,

sões de fotos. Estudante de gas-

faz nos melhores restaurantes da

está sempre descobrindo coisas

tronomia, ele vem desenvolvendo

capital sergipana.

novas. No final, quando serve a

cada vez mais a sua paixão pela

Como a maioria dos apaixona-

comida, vê a satisfação das pes-

culinária. “Comecei a modelar aos

dos pela gastronomia, Cartulia-

soas degustando o prato que você

16 anos. Pouco tempo depois, fui

res sonha em abrir o seu próprio

elaborou”.

trabalhar na Ásia. Lá, paralelo à

restaurante. Até esse dia chegar,

minha carreira de modelo, fiz cur-

ele busca inspiração nos grandes

sos de gastronomia. Daí em dian-

profissionais da área. “Quando eu

te, não consegui mais parar”.

morava nas Filipinas, tive a honra

“Comecei a modelar

Antes mesmo de ser descober-

de trabalhar com o chef alemão

to por sua beleza, Cartuliares já

Martin Braecker, que tem um cur-

ensaiava os primeiros passos no

rículo magnífico, invejável. Tam-

universo da gastronomia. Ainda

bém admiro as ideias inovadoras,

tempo depois, fui tra-

criança, por exemplo, brincava

a elegância e o carisma do chef

de criar pratos na cozinha da sua

francês Daniel Boulud”.

balhar na Ásia. Lá, pa-

aos 16 anos. Pouco

ralelo à minha carreira

casa. Mas, segundo ele, resolveu

Apesar de não ser sergipano,

que iria seguir nessa área apenas

Adriano quer construir sua carrei-

de modelo, fiz cursos

quando fez um curso com o reno-

ra em Aracaju. Pode-se dizer que

mado chef André Barros.

o rapaz começou com o pé direito,

de gastronomia. Daí em

Atualmente, o estudante de gas-

já que em seu currículo constam

tronomia ainda pode ser visto em

nomes de importantes restauran-

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diante, não consegui mais parar”


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perfil

Eloisa Galdino Uma sergipana apaixonada

por sua terra

Q

uem acompanhou a formação do atual grupo que governa o Estado – iniciada no ano 2000, quando Marcelo Déda saiu vitorioso nas eleições para prefeito de Aracaju, já está familiarizado com o nome de Eloisa Galdino. Uma sergipana apaixonada por sua terra, a atual secretária de Estado da Cultura parece não temer desafios ou intimidar-se com o desconhecido. Desde o começo da sua trajetória profissional, ela mantém uma relação íntima com o poder público: “Essa relação ajudou na minha produção acadêmica, pois acabei fazendo meu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) a partir da experiência que vivi na reestruturação da Secretaria de Comunicação do município de Aracaju”. Na administração municipal, Eloisa também passou pelas áreas de turismo e cultura. Hoje, ela recorda com carinho de um passado não tão distante. “Tenho orgulho de ter servido à população de Aracaju, cidade onde nasci. No Governo do Estado, consegui manter a mesma linha na Secretaria de Comunicação (Secom) e, agora, na Secretaria de Cultura (Secult) - colocando meu trabalho a serviço da população sergipana“. Eloísa, que no primeiro mandato do governador Marcelo Déda foi secretária de Estado da Comunicação, cargo atualmente ocupado por Carlos Cauê, revela que sua transição para a pasta da Cultura a fez sentir-se mais “em casa: “Assumir a pasta da Cultura foi uma oportunidade de estar à frente de uma secretaria finalística, digamos assim, já que elabora e executa políticas públicas diretamente para a população. Além disso, a cultura é uma área belíssima, riquíssima, que me dá um prazer muito grande, não só do ponto de vista da imagem ou do som que produz, mas, acima de tudo, por sentir que o produto que trabalhamos representa a nossa identidade“.

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Desde que passou a gerir a Secult, Eloisa Galdino vem recebendo boas críticas ao seu trabalho. Para ela, o papel da Secretaria é fomentar o que está sendo produzido por quem faz cultura no Estado. “Abrimos as portas da Secult para agentes culturais que estão nas ruas, nos bairros, nas cidades... Nossos projetos são pautados no diálogo com eles. Nós, inclusive, estimulamos a organização de fóruns das mais diversas linguagens, reflexo do que acontece hoje no Governo Federal. Em Sergipe, estamos nos dirigindo aos artistas com o seguinte discurso: ‘você pode, você é capaz e vamos conseguir juntos’”. Pelo que se depreende do discurso de Eloisa Galdino, percebe-se que ela sabe o que está fazendo e que tem disposição de sobra para explicar aos menos informados o que vem sendo produzido pela Secretaria de Estado da Cultura. Apontada como uma mulher de personalidade forte, ela admite enfaticamente: “Sim. Bastante! E acho que isso ajuda, pois nós ainda vivemos num ambiente masculino. Eu sou uma gestora numa área política, que é tipicamente masculina. Então ter atitude e personalidade ajuda a lhe posicionar nesse universo. Em todos os lugares por onde passei na minha trajetória profissional, sempre pensei da seguinte forma: ‘Qual o foco? Onde quero chegar?’. Acho isso fundamental para se desempenhar um bom trabalho, e pra isso é preciso persistência, dureza em determinados momentos, mas sem perder jamais a ternura que caracteriza o universo feminino”. Sobre o futuro, Eloisa, que adota como princípio o planejamento, não descarta a possibilidade de mudanças inesperadas. Afinal, segundo ela própria diz, a vida é dinâmica. “É importante saber o que se quer, onde se pode chegar, quais valores se deve carregar nessa caminhada, e, claro, redesenhar o planejamento conforme os acontecimentos da vida”.


“...a cultura é uma área belíssima, riquíssima, que me dá um prazer muito grande, não só do ponto de rrrggtggtgt vista da imagem ou do som que Nononononono produz, mas, acima de tudo, por sentir que o produto que trabalhamos representa a nossa identidade“

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Por Marcos Cardoso www.infonet.com.br/marcoscardoso

artigo

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ão adianta negar, o brasileiro é racista e quando não suja de primeira acaba se entregando na segunda impressão. Racismo aqui significa preconceito contra o negro em primeiro lugar, embora quase sempre mal disfarçado. E muitas vezes confundido com o soberbo preconceito contra o pobre. É verdade que o nosso maior representante no esporte é um negro, muitos dos nossos ídolos na música têm um pezinho na África e até já vemos atores negros protagonizando as novelas nos papéis de galãs. Temos até um ilustre negro na mais alta corte de justiça, mas nem o homenageado com o galardão é poupado de referências nada civilizadas e cidadãs. O tal ministro, Joaquim Barbosa, um jurista reconhecidamente preparado, que o ex-presidente Lula nomeou para o Supremo Tribunal Federal, primeiro negro a galgar o importante patamar tradicionalmente reservado à elite branca, acaba de ser identificado como o “moreno escuro do Supremo”. E quem regurgitou a descortesia não foi o branquelo da esquina, mas um ex-governador, o

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atual deputado federal Júlio Campos, do DEM do Mato Grosso. Segundo ele, não foi por mal, apenas esqueceu o nome do dito cujo magistrado. A descortesia do cuiabano aconteceu logo depois da visita - tão carregada de simbolismo - do presidente Barack Obama, aquele moreno escuro dos isteites. Mas os colegas de bancada trataram logo de botar panos quentes, afirmando que não houve maldade, que a expressão não pode ser lida fora de contexto e que é até uma referência simpática lá nas bandas da capital do Mato Grosso. Vamos então contextualizar. Em reunião da bancada do partido na Câmara, ao criticar a eficácia do foro privilegiado e defender a manutenção de prisão especial para autoridades, Julio Campos cometeu a simpatia de assim se referir ao ministro do STF: “Todo mundo sabe que essa história de foro privilegiado não dá em nada. E depois, meus amigos, você cai nas mãos daquele moreno escuro lá no Supremo, aí já viu”. Pois é, já pensou cair nas mãos daquele negro? Por via das dúvidas, o deputado, do mesmo partido de um ex-governador negro de Sergipe, tratou logo de mandar uma cartinha com pedido de desculpas. É sempre assim, açoita-se até correr sangue, mas não foi por mal, foi um corretivo, uma medida educativa, foi porque ele merecia. No Brasil, os negros sempre mereceram apanhar. Quando não merecem ser mortos. Neste belo e miscigenado país tropical livre de tragédias naturais, 50 mil pessoas morrem vítimas de assassinato todos os anos. Mas os brancos têm morrido menos e os negros morrem em proporção cada vez maior. E a diferença só faz aumenta. Em


2002, foram assassinados 46% mais negros do que brancos. Em 2008, a porcentagem atingiu 103%. Ou seja, para cada três mortos, dois tinham a pele moreno-escura. Os números são do Mapa da Violência 2011, realizado pelo Instituto Sangari e Ministério da Justiça. De acordo com o levantamento, entre 2002 e 2008, o número de vítimas brancas caiu de 18.852 para 14.650, o que representa uma significativa diferença negativa, da ordem de 22,3%. Já entre os negros, o número de vítimas de homicídio aumentou de 26.915 para 32.349, o que equivale a um crescimento de 20,2%. Em algumas unidades da federação, os números lembram extermínio: na Paraíba, sabe-se lá porque, são mortos 1.083% mais negros do que brancos. Em Alagoas, 974% mais. E na Bahia, os assassinatos de negros superam em 439,8% os de brancos. Em Sergipe, em 2008 foram mortos 417 negros, contra “apenas” 78 brancos – índice de vitimização negra de 135%. Dado para se lamentar ainda mais: oito dos nove estados nordestinos estão entre as 12 unidades da Federação onde é maior a proporção entre os assassinatos de negros e brancos jovens, de até 24 anos. Nessa faixa de idade, aqui morrem 249% mais negros do que brancos. O coordenador do estudo, o sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz, levanta duas hipóteses para o caso da mortandade dos negros mais especificamente. A primeira delas é que acontece com a segurança o mesmo ocorrido com a educação e a saúde: a privatização. Assim como quem possui condições financeiras vai a escolas particulares, tem plano de saúde e por isso acesso a melhores hospitais, também se protege melhor do crime quem tem mais dinheiro. As guaritas, grades, carros blindados, os filhos com celular e os seguranças privados (em geral policiais fazendo bicos) protegem da violência as classes sociais mais altas e mais brancas. A outra razão é de responsabilidade direta do poder público. “Tudo indica que as políticas que estamos desenvolvendo desde 2002 no setor de segurança, em muitos estados, se dirigem fundamentalmente aos setores mais abastados da sociedade”, critica o sociólogo. “Se a maioria dos negros é pobre, é óbvio que não serão beneficiados.” É visível que o policiamento é sempre mais atuante e eficaz nos bairros onde moram os mais ricos. O problema no Brasil não parece ser a escassez de investimentos, mas a sua aplicação. Os investimentos historicamente ficaram concentrados nas capitais e regiões metropolitanas. Com o crescimento das cidades do interior, os índices de violência aumentaram ali

porque os municípios não estavam preparados para o problema. Se junta à “natural” violência maior entre os pobres a ocorrência da violência policial, de que também são vítimas os negros. O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) confirmou que a proporção de pretos e pardos mortos pela polícia é maior do que na população em geral. Para a socióloga Luiza Bairros, ministra da Igualdade Racial, o problema começa na forma como os policiais são treinados para enxergar o negro. “A imagem utilizada para compor o criminoso é calcada na pessoa negra, mais especificamente no homem negro. O negro foi caracterizado como perigoso em estudos de criminologia e o lugar onde ele mora é visto como suspeito. É automaticamente enquadrado nas três possibilidades de construção da suspeição: lugar, características físicas e atitude. Ou seja, como o racismo institucional existe, acaba moldando o comportamento de boa parte da corporação.” Como diria Mussum, preto é seu passadis!

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música

Félix em casa nova * Por Ronaldson Sousa Minhas músicas são o produto das coisas que ouvi, minhas experiências, minha imaginação...”. Este pensamento é do compositor Antônio Félix e se traduz em seu primeiro CD, Nouvelle Maison. Um aglomerado singelo de cômodos sonoros e sentimentos. Disco elegante e simples, a casa nova é metáfora, o espaço musical (e arquitetura tem muito de música e vice-versa) para dores de amor, contratempos de vida, cotidiano e emoções, arranjos simples mas com atmosfera contemporânea, não traz o “ranço de atraso” que as conexões midiáticas poderiam limar mas que ainda está presente em muitos dos nossos discos. Esta Maison foi habilmente gravada em estúdio local, disco bem equacionado, como quem está na cozinha de uma casa nova preparando

delicadamente, prato a prato, um jantar íntimo e prazeroso. Por isso, cheiram a equilíbrio e dá vontade de deixá-lo na vitrola, sem parar. A forma atual de fazer arranjos, fórmulas meio Max de Castro, com uso bem dosado de tecnologia e condução competente. Félix fica à vontade conduzindo violões e loops. O resultado é arrumadinho para quem não utilizou uma banda básica, com integrantes fixos, basta ver a quantidade de baixistas. Ponto positivo para faixas como Pão e vinho, Quase neve, Cordão de Ouro e outras gemas que serão descobertas nas audições sucessivas. Há influências de mpb cult, refinada, e toques djavanescos como nas músicas citadas. Meu Amor não, além do vocal bacana, é recheada de neologismos e vocábulos atuais: “E

que do clonar brote amizade/e eu nem colei grau/Meu adiante é virtual/Meu amor.../Meu amor não!”. Talvez seja este o caminho de uma busca de linguagem pessoal para a carreira que se inicia. O compositor precisa se desvencilhar dos amálgamas e clichês de uma forma já “um pouco batida” por seguidores de Djavan, a maneira de emissão vocal quebrada, emissão lânguida, mas que talvez seja o croqui para seu estilo. Félix tem tutano para nutrir suas letras, desbravar caminhos novos em busca da trilha pessoal, vê-se isso em temas que misturam diversidades culturais e sentimentais com elementos da natureza. O disco ressente-se que precisa dedicar-se mais aos vocais, de forma não somente a conduzir uma frase, mas explorar possibilidades expressivas pela multiplicidade de vocais (o que está bem resolvido na segunda faixa, o vocal extrapola o

“Minhas músicas são o produto das coisas que ouvi, minhas experiências, minha imaginação...”

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mero cantar). Chamar uma cantora, soprano, para tentar contrapontos diferenciados, performances novas, fazer a música render mais, espremer mais do que ela pode dar. O cantor tem voz singular, próximo de uma textura black, sem grande extensão, simples, mas pessoal. Este Nouvelle Maison soa como um disco caseiro e competente. É para se ouvir com o botão no repeat. A casa nova sempre inspira vida renovada, “fênix” e reviravolta de momentos, esses sentimentos todos que podem ser de um amor ou amores diversos, se embrenham nos vazios desta casa de cômodos claros e iluminados, atual como quer o som deste sergipano. Se Antonio Félix não fosse um acadêmico dedicado, em vias de doutorado, seu disco poderia soar um pouco pedante e forçado (citações em francês, construções linguísticas inusitadas etc). O ponto que nos faz esperar muito de seus próximos trabalhos é sua dedicação às pesquisas linguísticas que vêm a tiracolo com inquietações musicais. Suas andanças por Curaçau (Caribe) poderão talvez render curiosidade e inovação. Antônio Félix tem uma carreira muito proveitosa na Academia, paralelamente, e uma coisa alimenta a outra. Ele alinhava letras de sensações, estranhamentos, muita natureza com sentimentos, coisa da cartilha de Melodia e Djavan. Há rotas a serem experimentadas, parcerias, busca de inovação. Um imenso galpão de possibilidades surge para quem tem o potencial de compor/cantar/arranjar, basta juntar intuição, estudo, inteligência, criatividade e espontaneidade para os próximos trabalhos. Graficamente o CD Nouvelle Maison é um disco leve, “álbum bran-

A

co”, clean, uma forma inteligente de minimizar a falta de recursos, mas que poderia aproveitar uma das fotos internas (motivo casa) e colocá-la na capa, com apenas uma cor (primária de preferência). A capa ganharia em criatividade. O resultado econômico foi uma forma de não derrapar no excesso. Das fotos do autor, que ilustram o encarte, bastaria uma tomando a parte interna do CD, isso seria o ideal. Quanto ao som: entre nesta casa nova, tem aromas inusitados e cheiro de tinta fresca. * RONALDSON SOUSA é poeta, artista visual e crítico filiado à Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA) e à Associação Internacional de Críticos de Arte (Aica).

“Félix tem tutano para nutrir suas letras, desbravar caminhos novos em busca da trilha pessoal, vê-se isso em temas que misturam diversidades culturais e sentimentais com elementos da natureza.”

ntônio Félix de Souza Neto é natural de Aracaju/SE, mais precisamente do bairro Santo Antônio, onde teve oportunidades de ouvir muitos músicos tocarem: nas igrejas, nas esquinas e nos bares. Desde a mais tenra infância já demonstrava grande interesse pela música, por isso ganhava sempre instrumentos musicais de brinquedo como presente. Dessa época de sua vida, o presente mais marcante, lembra, “Foi o meu rádio de pilha. Lembro que eu ouvia muito Roberto Carlos no rádio”. Aos 12 anos ganhou seu primeiro violão, mas só aos 22 assumiu a carreira de compositor, cantor e intérprete e tornou-se músico profissional. Desde então participa da cena musical de Aracaju. Contudo, sua arte sempre teve que resistir às restrições da carreira paralela de estudante acadêmico e de professor de língua estrangeira. Iniciou os estudos superiores na Universidade Federal de Sergipe, onde obteve a graduação em Letras (português/inglês). Também estudou francês, na Aliança Francesa de Aracaju. Obteve o diploma Nancy II, pela universidade francesa de mesmo nome. Iniciou os estudos de pós-graduação no Núcleo de Pós-Graduação em Educação da UFS. Foi professor de língua estrangeira das redes particular e pública de ensino básico e da Aliança Francesa de Aracaju. Cursou mestrado em Linguística na Universidade Federal de Alagoas, concentrando suas pesquisas nas variedades linguísticas de Sergipe. Foi também professor substituto de disciplinas do campo da Linguística, na Universidade Federal de Sergipe. Atualmente desenvolve pesquisa de doutorado acerca das línguas crioulas de base portuguesa, concentrando-se no papiamentu – língua crioula das Antilhas Holandesas.

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Por Rosângela Dória htpp://rosangeladoria.blogspot.com

crônica artigo

Até que a morte

os separe

M

árcia tinha 20 anos quando chegou para trabalhar na casa da patroa. Mãe solteira de dois filhos, estudou menos do que devia e nunca conseguiu passar da primeira série. “Tenho um negócio na cabeça que não consigo pensar”, explicava ela conformada com o destino. Na entrevista de emprego, a cabeça que pouco se levantava denunciava o medo de falar. Na hora da exigência dos documentos, veio a surpresa e susto: Márcia praticamente não existia. Recebeu um nome que a mãe julgou bonito na época, mas hoje escaparia das investigações mais rigorosas da CIA. Não tinha registro de nascimento, carteira de identidade, CPF, conta em banco, título de eleitor, nada, nada, nada! Os filhos repetiram a sina: nasceram e até os cinco anos de idade nunca tinham sido reconhecidos como cidadãos. Com esse descaso, Márcia sequer alcançava a mão que o Bolsa Família lhe estendia. Do outro lado da cidade estava Raquel, mãe de dois filhos e formada em universidade há mais de 20 anos. É o tipo de pessoa acostumada aos bancos das escolas. “Não consigo parar de estudar”, dizia orgulhosa. Raquel tem todos documentos de sobra e todos os cartões de crédito que uma mulher pode desejar, e tudo bancado por ela. O maior trunfo nesse caso, ao contrário de Márcia, era o de não depender financeiramente de ninguém, mais precisamente de nenhum homem. Márcia e Raquel acreditam honestamente que uma não tem nada a ver com a outra, mas a história de vida das duas é mais

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entrelaçada do que imaginam. O que une as duas são os números que têm chocado o Brasil: o crescimento alarmante dos casos de violência contra a mulher. A cada três minutos, uma é agredida. Os dados que muitas vezes acabam se perdendo nas estatísticas ainda servem de avaliação de mão dupla para especialistas que julgam não o aumento da violência, mas o aumento das denúncias como se isso fizesse alguma diferença no resultado final. Márcia, a doméstica, ficou no emprego e logo arranjou alguém para cuidar dela: “tem um cara que quer me assumir”, revelava ela com a alegria de quem estava à deriva em alto mar e acabava de ver a Guarda Costeira a caminho. Os capítulos seguintes foram mais previsíveis que final de novela mexicana. Teve que abrir mão dos filhos, deixá-los com a avó e passou a se dedicar exclusivamente ao novo parceiro. O homem que ninguém sabia quem era, fazia dela a Rapunzel dos tempos modernos: trancada num quarto de vila na Zona Norte da cidade, ela conseguia surpreendentemente ver amor naquilo. “Ele não quer ver eu por ai por que gosta muito de mim”. As surras não demoraram a aparecer e as brigas que tomaram todo o espaço na vida de Márcia, como era de se esperar, viraram sessões de vale-tudo. O olho roxo e os braços cheios de hematomas eram, lógico, resultado de ‘quedas’. Afinal, como conseguir uma confissão de quem nem pra si revela o segredo de uma violência?


Na outra ponta da nossa história, Raquel nunca teve um dedo sequer encostado nela, mas era vítima constante de assédio moral. Aceitava ser chamada de incompetente, péssima mãe e ter sua conduta moral colocada constantemente em dúvida. Vivia assim há anos se contentando com carinhos esporádicos, em conta gotas. Duas mulheres, duas crianças felizes. Vítimas da violência, costumavam ‘proteger’ seus algozes com todo tipo de justificativa e chegavam ao ponto de muitas vezes achar que foram as causadoras das ações violentas. Afinal, quando eles estão ‘calmos’ são pessoas maravilhosas, dizem. O argumento serve para justificar muitas vezes as inúmeras ocorrências que não chegam nem na esquina de uma delegacia. O silêncio protege o agressor e fragiliza a vítima, que acaba desamparada pela lei. Mas o que fazer quando a própria lei não dá conta de tomar pra si as dores de uma mulher violentada? Em dois meses, em Sergipe, foram mais de 300 casos de violência contra as mulheres. É alto, muito alto e ainda não reflete a realidade, infelizmente. Meninas de 15, 16 anos, ‘casadas’, entraram nos boletins da forma mais cruel possível: assassinadas por homens que faziam delas prisioneiras de um relacionamento que muita gente sabia, inclusive as famílias, que acabaria mal. Sem dinheiro, muitas vezes, ter ao menos as três refeições por dia parece um bom negócio. Mas como explicar que mulheres com alto grau de escolaridade, independentes financeiramente, dividam o mesmo tormento? Recentemente uma enfermeira levou um tiro do marido e no caso já havia um antecedente de violência registrado na polícia. Ter um lar nem sempre é sinôni-

“Em dois meses, em Sergipe, foram mais de 300 casos de violência contra as mulheres. É alto, muito alto e ainda não reflete a realidade, infelizmente. Meninas de 15, 16 anos, ‘casadas’, entraram nos boletins da forma mais cruel possível: assassinadas por homens que faziam delas prisioneiras de um relacionamento que muita gente sabia, inclusive as famílias, que acabaria mal.”

mo de paz. O companheiro pode ter semelhanças com o protagonista do filme ‘Dormindo com o Inimigo’. Quem divide a cama nem sempre é carinhoso fora dela. O Conselho Nacional de Justiça divulgou recentemente que a lei Maria da Penha, que pune a violência contra a mulher, gerou mais de 330 mil ações na Justiça. No mesmo levantamento, revelou-se também que Sergipe, Paraíba e Rondônia são os estados que ainda não possuem estrutura específica para aplicar a lei. O Tribunal de Justiça de Sergipe contestou a informação. Aplicar a lei significa dar às mulheres as condições necessárias para dizer não ao agressor. Sair de casa levando os filhos é difícil, custa caro e pertence ao Estado a obrigação de garantir que essa mulher possa ser protegida. Já bastam todos os preconceitos. Basta já, muitas vezes, o julgamento que vem da própria família. Virar boletim de ocorrência e ganhar as páginas policiais é algo recorrente na vida de mulheres de todas as idades e todas as classes sociais. Foi assim com Márcia, a empregada doméstica de 20 anos que sonhou em apenas casar e ser feliz. Decidiu ‘desobedecer’ e saiu do quarto onde ficava ‘hospedada’. Foi assassinada com duas facadas em plena luz do dia: uma na cabeça e outra no coração. No Instituto Médico Legal continuava sem nome e sem documento. Raquel ainda não apanhou. Até quando, não se sabe .

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Por Adalberto Goulart

artigo crônica

Médico Psiquiatra e Psicanalista da International Psychoanalytical Association

Reflexões Filosóficas sobre

a vida íntima dos Polyphagotarsonemus Latus, Os Ácaros F

ala a verdade, leitor: existe no mundo bicho mais estranho do que nós? Eu, você, nossos vizinhos, os humanos? Mas não responda de imediato não, não seja tão impulsivo. Pare, pense um pouco, analise, observe, aprecie. Existe? Qual? O ornitorrinco? O demônio da Tasmânia? A cacatua? O escaravelho? O bonobo? Eu disse para não ser tão impulsivo! Calma, sem pressa, não seja preconceituoso. Enquanto você pensa vou contar uma cena observada por mim, numa dessas minhas andanças por aí. Retornei ao hotel já um tanto cansado de um dia de trabalho e sem

disposição ou paciência para sair. Vou jantar aqui mesmo no hotel, pensei. Subi, tomei um banho, merecido, troquei as roupas do dia e desci para o restaurante. Algumas pessoas espalhadas pelas mesas, famílias, casais, amigos, alguns turistas facilmente reconhecíveis, outros como eu, também facilmente identificáveis. Sim, porque turista é um bicho ainda mais estranho porque está fora de seu habitat, destacam-se pelo esforço de adaptação. Aqueles, como eu, que não são turistas, não costumam ver graça naquilo que os turistas acham graça. A menos que seja um vendedor, esses sempre acham graça, pelo

“...existe no mundo bicho mais estranho do que nós? Eu, você, nossos vizinhos, os humanos? Mas não responda de imediato não, não seja tão impulsivo. Pare, pense um pouco, analise, observe, aprecie. Existe? Qual? O ornitorrinco? O demônio da Tasmânia? A cacatua? O escaravelho? O bonobo?”

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menos até que a compra seja efetivada e o infeliz saia da loja feliz. Quando estou só, sempre penso em um ponto interessante de observação para passar o tempo, enquanto meu pedido ao garçom não chega. Coisa mesmo de quem não tem o que fazer. Confesso que gosto de fazer coisas que eu faço quando não tenho o que fazer e que só se faz mesmo quando não se tem nada melhor a fazer. Ganha um doce quem acertar:


claro, um casal de turistas à minha frente. Meia idade, talvez uns 60 ele e uns 50 e tantos ela. Ambos de bom porte e físico bem cuidado. Ele, com cabelos e um bigodinho branco, bermuda, tênis e meia, camisa de botão, ombros caídos, cotovelos à mesa. Ela, esguia, coluna ereta, cabelos curtinhos pintados e alinhadíssimos, joias, salto alto, perfume intenso. Ele agitava os pés compulsivamente, tenso, nervoso, olhar inquieto. Ela indiferente, com um livro imenso sobre a mesa, a ler sem parar. Nem uma palavra um com o outro por umas duas horas, acredito. Briga feia, disse comigo mesmo, mas logo desdisse. Quem está no meio de uma briga feia não vai jantar com a razão do litígio. Fiquei na expectativa do jantar dos dois, curioso, confesso. Surge o garçom com os pratos. Para ele um sanduiche de queijo quente em pão de forma que, sem parar de agitar os pés, arguiu o garçom para confirmar se só

havia queijo mesmo, como pediu. Fez isso algumas vezes, por pouco não pediu uma declaração assinada e lavrada em cartório. Ketchup, pediu, e mostarda. Bastante, muitos sachês. O prato dela? Oito mamões papaya, abertos e perfilados sobre a mesa. Ela só deve comer se forem oito, pensei, do mesmo tamanho e perfilados milimetricamente, sem dúvida. Ele a abrir sachês de katchup e mostarda com os dentes e a despeja-los no sanduíche de queijo, sem nunca deixar de agitar os pés. Vai decolar! Ela a comer mamões papaya sem nunca tirar os olhos do livro. Uma pedra imóvel. Silêncio

absoluto, nenhuma palavra. Fiquei a imaginar o que aconteceria após o final da refeição. Absolutamente nada, permaneceram como chegaram. Ele a agitar os pés e, agora, a limpar compulsivamente os bigodes com vários guardanapos de papel. Ela, coluna ereta e nuca despida, a ler o seu livro monumental. Apesar dos meus esforços não consegui descobrir o título. Mas acredito que fosse algo como “Reflexões filosóficas sobre a vida íntima dos Polyphagotarsonemus latus”, os ácaros, ou coisa que o valha. Por falar nisso, peguei-me fazendo conjecturas sobre como dormiria o nobre casal, como fariam amor, se acaso fizessem? Qual seria o seu palpite, você que lê essas mal traçadas linhas? Mas antes que eu me vá, conteme o seu veredicto, que prometo guardar segredo: ornitorrinco, demônio da Tasmânia, cacatua, escaravelho, bonobos, ácaros, casal de turistas ou nós dois?

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CINEMA gastronomia

por Rodrigo Gama Goulart

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ontinuando com a sessão de pratos saudáveis e de fácil preparo, darei uma receita nesta edição, leitor, do Ceviche. Mas antes, contarei um pouquinho sobre este prato. O ceviche (ou cebiche) é um prato de origem peruana, onde o principal ingrediente é o peixe cru marinado em suco de limão ou outra fruta igualmente cítrica, como a lima da pérsia ou o limão siciliano. Nos dias

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de hoje, é comum vermos este prato sendo preparado também com outros frutos do mar, de carne igualmente tenra como lagosta, camarão e até mesmo o polvo. Uma primeira versão do ceviche é datada em torno de 2000 a. C. entre a tribo Mochita, que se localizava ao norte do Peru, quando o peixe era marinado com o suco de tumbo (um parente próximo do nosso conhecido maracujá), sendo acrescentada a pi-

menta “aji”, bastante picante, ainda antes da chegada de Colombo por essas bandas. O uso do limão só foi introduzido a essa receita após a chegada dos espanhóis e sua imposição cultural, no século XVI. Apresentarei hoje uma receita com robalo, peixe facilmente encontrado em nossa região, de carne branca, tenra e muito saborosa, e camarões. Receita muito simples, leve e saudável:


Chef Rodrigo Gama,

Restauranteur do Château Blanc Restaurant

Modo de preparo:

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orte a cebola roxa em tiras fininhas e reserve, assim como o pimentão vermelho. Junte em uma tigela o robalo, os camarões e o suco dos limões, deixando marinar por 20 minutos. Feito isto, adicione a cebola roxa, o pimentão vermelho e a salsinha. Essa é a hora de adicionar o sal e a pimenta do reino, como desejar. Aconselho, para melhor apreciação do prato, introduzir um pouco de pimenta “ají”, ou um bom molho de pimenta, até que fique picante. Os Mochita tinham plena razão, fica saborosíssimo! Misture bem todos os ingredientes da tigela com uma colher, disponha num belo prato e decore como sua criatividade mandar. Torradas bem fininhas acompanham bem o prato. Um bom vinho branco Chablis, de tendência mineral - para não concorrer com o sabor e os aromas do prato e sim realça-los -, harmonizará perfeitamente. Até a próxima e bon appetit!

Ceviche de Robalo e Camarão para uma pessoa 50g de filé de robalo cortado em cubos; 50g de camarões sem casca e pré-cozidos; Meia cebola rocha; Meio pimentão vermelho; Salsinha picada; Suco de 2 limões grandes; 50 ml de azeite de oliva extra virgem; Sal e pimenta do reino a gosto; Molho de pimenta a gosto.

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por onde andei

New Orleans é Por Sacuntala Guimarães

tece ...Mardi Gras, o carnaval que acon no French Quarter...

Músicos nas ruas de New Orlea

ns...

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onstruída abaixo do nível do mar, espremida entre o caudaloso Mississipi e o grande Lago Pontchartrain, numa área frenquentemente atingida por furacões, no estado da Louisiana, New Orleans sempre foi diferente de outras cidades norte-americanas. A começar pela arquitetura, continuando pela cultura, música e culinária, além da inconfundível liberalidade de costumes que atinge seu ponto máximo durante o carnaval ou “Mardi Gras”. Tudo em New Orleans é alegria, diversão, curtição. Puro prazer! Mas, foi no ano de 2005 - quando muitos sonhos foram desfeitos com a catástrofe do Katrina, aliás, pronta

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para acontecer - que diante de todo sofrimento dos habitantes, que expôs a deficiência do sistema de diques da cidade, alguns políticos chegaram a defender a idéia que seria preferível esquecer New Orleans, pois nada deveria ser novamente construído num local de condições tão adversas. Chegaram a admitir que seria melhor construir outra cidade em outro lugar, levar todos para a nova terra prometida e esquecer New Orleans. Mas o amor à cidade e a determinação de sua gente foi bem mais forte do que a catástrofe. Hoje, seis anos após o furacão Katrina, a cidade está recuperada e volta a atrair turistas com seus shows de jazz, a noite do French Quarter, o

Mardi Gras... Afinal, New Orleans, é o berço do jazz. Meio francesa e meio espanhola, a mistura de culturas tem marcante influência negra na música e na comida. É uma terra mística, cheia de crenças e superstições, a exemplo do vodu, prática trazida pelos escravos africanos. Uma cidade com muitas diferenças, muitas historias e locais misteriosos. Cidade musical, New Orleans ostenta em suas ruas os sons de clarinetes, trompetes e pianos que ecoam de dezenas de bares de jazz, misturam-se ao ritmo de sapateadores de rua e máquinas de escrever de poetas de aluguel. Na Royal Street, conhecida pelas lojas de antiguidades, e na Esplanade Avenue - parte do bairro


uma festa mais emblemático da cidade, o French Quarter - rodas em volta de atrações musicais, embalando turistas de todas as partes do mundo. Enfim, apesar das duras lembranças, New Orleans, a terra de Louis Armstrong, segue em frente com seus teatros maravilhosos, sua Orquestra Filarmônica, seus balés e óperas, além da alta gastronomia e drinques deliciosos - destaque para o Hurricane (que quer dizer furacão, mas por ironia é mesmo o drinque mais popular na cidade). Nos roteiros e atrações da cidade vale o passeio, com jeito de antigamente, no Rio Mississipi. Três vezes ao dia ouve-se o apito do Natchez, o último e autêntico barco a vapor a fazer este bucólico passeio pelas águas do rio. Uma delícia! E tudo rola na Bourbon Street. É lá que acontece o encontro de todas as

Louis Armstrong e Billie Holiday (1947), o músico viveu sua juventude na cidade que é considerada o berço do Jazz

Royal Street, conhecida pelas lojas de antiguidades

“Os Beds, ou colares, são jogados das sacadas, durante a caminhada no French Quarter, ao som de jazz, uma tradição da ci...e o Jazz rolando solto em todo

canto

dade. Fizemos de tudo, eu e meus amigos, para pegar muitos colares, pois dizem que dão muita sorte”

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Bourbon Street, onde acontece o encontro de todas as tribos

Nova Orleans, fundada em 1718, foi território francês e espanhol antes de ser comprada pelos Estados Unidos, em 1803, numa transação de onze milhões de dólares, na época. O seu porto foi um grande pólo de comércio de escravos - vindos em sua grande maioria da África ocidental - e atraiu pessoas de muitos lugares, exilados e aventureiros. Hoje, New Orleans é uma cidade moderna e o Mississipi continua sendo uma referência importante. Na foto, o skyline da cidade e seus reflexos nas águas do rio

Luis Sérgio e Sacuntala Guimarães

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Karine e Alexandro Dias

tribos. Além de bares de jazz e casas de strip-tease, a rua mais famosa da cidade é o palco do “Mardi Gras”, o carnaval local. Há um objeto muito visto e que marca a festa: são os colares de bolinhas coloridas, conhecidos como “Beds”. Pela tradição local, quem for presenteado com um deles, deve levantar a blusa em sinal de agradecimento. O maior frisson... Os “Beds”, ou colares, são jogados das sacadas, durante a caminhada no French Quarter, ao som de jazz, uma tradição da cidade. Interessantíssimo, além de muito divertido. Fizemos de tudo para pegar muitos colares, pois dizem que dão muita sorte. E haja colar e disposição... Mas o que me deixou mais feliz e encantada foi constatar que, em março de 2011, a New Orleans que encontramos – eu e os meus amigos de Sergipe, que estivemos juntos por lá - é uma cidade reconstruída e pronta, para abrigar seu povo e receber turistas, com uma estrutura de fazer inveja a qualquer lugar, inclusive àqueles livres de catástrofes climáticas e que se intitulam de paraíso. New Orleans, de fato, emocionou, sacudiu, empolgou e abalou! Of course... Voltaremos, muito em breve, Thanks God! Sacuntala Guimarães viajou em parceria com a Bahia Travel.




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