ANO XVIII - Nº 151 - R$ 9,80
Hugo Julião: Expedição Serigy - Josevanda Mendonça Franco: História de um homem-peixe - Turismo: Complexo Itaipu
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editorial
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Publisher Hugo Julião hugojuliao@uol.com.br
Aracaju Magazine, em edição histórica, resgata um período obscuro da realidade do país, tendo como pano de fundo a implantação da Comissão Estadual da Verdade. O fortalecimento da democracia e a coragem de grandes homens, que apesar de torturados, não perderam seus ideais, estão aqui relatados no artigo do jornalista Marcos Cardoso, com fotos inéditas de personagens vivos desta história. Reproduzimos também uma entrevista especial com Wellington Mangueira, presidente da Fundação Renascer, concedida ao jornalista Eugênio Nascimento, do Jornal da Cidade. Longe da obscuridade, você vai encontrar a vida nas páginas dedicadas à Expedição Serigy – a partir do olhar privilegiado de alguns sergipanos que estão redescobrindo as belezas de Sergipe. Ela é formada por um grupo de amigos, conhecidos de nossa sociedade, que fotografam as riquezas e belezas deste estado. Conheça ainda o Espaço Zé Peixe e a vida deste sergipano ilustre, através das pesquisas da historiadora Josevanda Mendonça Franco. No centro de Aracaju, o Espaço Zé Peixe conta com o Memorial do Zé, restaurante, café, serviços do NAT / Sine e local para eventos. A concepção do interior do prédio foi assinada pelo arquiteto Murilo Guerra. Nesta edição, apresentamos também, uma matéria sobre o projeto de visitação turística no Complexo Itaipu, que já recebeu quase 20 milhões de visitantes desde 1977. E por falar em turismo, o balanço do primeiro semestre apresentado pela Setesp, mostra que o Governo de Sergipe não ficou parado diante da situação difícil da economia, realizando muitas ações de divulgação e promoção do estado. Você vai ver ainda que o Sebrae e mais uma dezena de empresas sediadas em Sergipe participaram do Brasil Offshore, em Macaé (RJ), feira que é considerada a terceira maior da cadeia petrolífera do mundo; que o fotógrafo sergipano Márcio Garcez expôs na Universidad de Salamanca, na Espanha, o seu trabalho denominado Barco de Fogo; e, finalmente, vai conhecer o que faz o artista plástico baiano Nivaldo Oliveira, que encontrou um lugar certo para abrir seu ateliê na nossa histórica São Cristóvão. Boa Leitura. Hugo Julião hugojuliao@uol.com.br
Diretor
Hugo Julião
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Diretor de Redação Hugo Julião Editora-Chefe Thaïs Bezerra Editora-Adjunta Mel Almeida Editor de Turismo Hugo Julião Comercial Clóvis Munaretto (79) 9978-3934 clovisremacre@yahoo.com.br Produção Juliano Azuma Marcel Azuma Diretor de Arte Marcos Ribas Fotógrafo Alexandre Ribas Revisão Juliano Azuma Colaboradores Adalberto Goulart, Allan Renato, Álvaro Villela, Amâncio Cardoso, Anderson Adler, Benjamin Teixeira, Carlos França, Cláudio Nunes, Francisco Carlos, Gilfrancisco, Ilma Fontes, Jaime Santana Neto, Josevanda Mendonça Franco, Lindolfo Amaral, Lineu Lins, Luís Eduardo Costa, Marco Cavalcanti, Marcos Cardoso, Rodrigo Gama Goulart, Rosângela Dória, Tanit Bezerra, Wilton Fonseca Diretor de Relações Institucionais Diego da Costa Administração Adelaide Azuma Impressão Gráfica J. Andrade Jornalista Responsável Thaïs Bezerra - DRT-SE 364. Esta edição da revista ARACAJU Magazine é uma publicação da Cultura Editora e Gráfica Ltda-ME, CNPJ 01.101.741/0001-21, com sede à rua B, 37, Jardim Mar Azul, Farolândia, escritório comercial à rua Ananias Azevedo, 184, Sala 62, bairro 13 de julho, Aracaju/SE e Andrade & Romero Gráfica e Comércio Ltda, com sede na Rua Francisco Portugal, 556 - Bairro Salgado Filho - Cep: 49020-390 - Aracaju/Sergipe - Telefones: (79) 3246-4385/8809-5125 - CNPJ: 09.623.988/000110 - Inscrição Estadual/RG:27122333-2. Distribuição através de assinaturas e em bancas de Aracaju, Salvador e Brasília. Sugestões e cartas para a redação, enviar para endereço, fax ou e-mail acima. Não nos responsabilizamos por conceitos emitidos em artigos assinados. Para folhear e ler a revista Aracaju Magazine, acesse: http://issuu.com/search?q=aracaju+magazine Jun/Jul/Ago/2015 Tiragem: 12.000 exemplares ISSN 1517-9036
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Foto: Victor Ribeiro/ASN
sumário
30 04 - Editorial 06 - Sumário 08 - Panorama 16 - Matéria de Capa - Comissão Estadual da Verdade 30 - Inauguração - Espaço Zé Peixe 34 - Relato - História de um homem-peixe 42 - Sebrae - Brasil Offshore
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46 - Aventura - Expedição Serigy 60 - Gestão Pública - Setesp faz balanço de ações 68 - Posse - Creci/SE empossa novos membros 70 - Turismo - Complexo Itaipu 84 - Artes Plásticas - Arte correndo nas veias 94 - Fotografia - Barco de Fogo na Espanha
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Julho / 2015
Conheça o roteiro das 10 melhores praias de Sergipe Percorremos as principais praias do estado, para trazer para você todas as suas belezas naturais e envolventes
Portal
www.aracajumagazine.com.br
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Foto: Sejesp PMA
Panorama
Aracaju vai receber a Tocha Olímpica dos Jogos Rio 2016
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capital sergipana está confirmada no revezamento da Tocha Olímpica dos Jogos Rio 2016, juntamente com outras 82 cidades que farão parte do trajeto da tocha pelo país. O anuncio foi feito pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) no início de julho. A jornada da chama Olímpica no Brasil acontecerá entre os meses de abril e maio de 2016. A Prefeitura de Aracaju se fez presente, sendo representada pela Secretaria de Juventude e Esporte (Se-
jesp), através do secretário Carlos Eloy. De acordo com informações cedidas pelo COB, cerca de 12 mil pessoas conduzirão a tocha, permitindo que a chama percorra, aproximadamente, 20 mil quilômetros pelas estradas e ruas brasileiras. Em Aracaju, ela será conduzida por atletas e grandes personalidades locais, que farão o revezamento da tocha em Aracaju. É a primeira vez que os Jogos Olímpicos vêm para a América do Sul.
Foto: Sérgio Silva - PMA
Desportistas de 13 países se encantam com Sergipe
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em só de jogo e pressão o Mundial Escolar de Vôlei de Praia foi feito. As delegações dos 13 países que participaram do evento esportivo também tiveram a oportunidade de conhecer um dos mais atraentes roteiros turísticos de Sergipe, o Cânion do Xingó, em Canindé de São Francisco. Durante a experiência, os turistas apreciaram a culinária local e música regional, contemplaram a paisagem em um passeio a bordo do catamarã e se refrescaram nas águas do Velho Chico.
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Panorama O Capital recebe homenagem pelos 25 anos de fundação
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m julho, artistas, ativistas culturais, políticos e amantes das artes estiveram presentes no lançamento da 1ª Coletiva do Corredor Irmão - Wellington dos Santos, com curadoria de Mário Britto. Com 25 obras de artistas sergipanos entre desenhos, fotografias e esculturas, a exposição presta uma homenagem aos 25 anos do jornal O Capital, através da jornalista e fundadora do impresso, Ilma Fontes. Em Sergipe, O Capital é reconhecido como o principal jornal voltado às artes. Ele já ilustrou em suas capas diversos dos artistas que compõe a exposição, como Caã, Ancelmo Rodrigues, Elias Santos, Márcia Guimarães, Calvero, Márcio Garcez, entre outros. Segundo Ilma Fontes “(...) a melhor coisa que alguém pode receber é o reconhecimento pelo seu trabalho. Estou muito feliz por esta homenagem aos 25 anos do jornal O Capital, enquanto mídia alternativa e de resistência”. A exposição segue até 20 de agosto no espaço localizado na sede da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), Rua Vila Cristina, 1051, Treze de Julho. O secretário Elber Batalha falou sobre a satisfação de realizar a primeira exposição coletiva do Corredor Irmão e do papel que este espaço tem como incentivador das artes plásticas. “Este corredor é um espaço cultural, criado com o objetivo de abrir mais um canal de proximidade entre a Secult, artistas e produtores culturais do Estado. Além disso, é um espaço que busca fomentar a arte como meio real de sustento para os artistas”. Além da exposição o público assistiu à apresentação do projeto audiovisual Uma Parceria Pela Nossa Cultura, com dois vídeos produzidos por Pascoal Maynard. O primeiro filme trouxe um apanhado de 15 dos documentários produzidos e que serão transmitidos pela TV Alese e TV Aperipê, já o segundo foi em homenagem a Ilma Fontes. Ao final da cerimônia, o Quarteto de Trombone da Orquestra Sinfônica de Sergipe fez uma apresentação especial para os convidados. Lançamento da exposição
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Secretário Elber Batalha homenageando Ilma Fontes
Mário Britto, Elber Batalha, Valadares Filho, Ana Paula Araújo e Salete Martins Correa
Lindolfo Amaral, Ilma Fontes e Neu Fontes
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Panorama
Erick Ricarte
Amaral Cavalcante, poeta, cronista e prosador
Desejaram-me boa vida e felicidade plena cerca de 800 pessoas, pelo meu aniversário, aos 69 anos no cangote. Faz-me fez feliz interessar a tanta gente que eu exista e que os remeta, com crônicas, poesias e impropérios neste Facebook, à uma certa centralidade literária. Digo-lhes: nunca fui tão lido e tão considerado. Todos os 800 amigos facebuquianos que que se manifestaram no meu aniversário são os amigos com quem conto, atualmente, para justificar minha doida vida e o meu penoso exercício literário desbragado, inconcluso e sempre experimental. Vocês, os 800 amigos que me querem bem, me inspiram Amaral Cavalcante, 17/07/2015
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sergipano Erick Ricarte, novo integrante do Pânico na rádio Jovem Pan, se diverte com os amigos no aniversário de 13 anos da Villa Country. No click Rafael Cortez, Thaís Aline e Alane Pereira. Animados e sempre festejando... Baphônicos e ninguém tomba!
Um registro de Melzinha Almeida e o personal trainer Marcelo Liberato, momentos antes de mais um treino puxado na Academia Paulo Bedeu.
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Panorama NC Grupo Empresarial
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NC Grupo Empresarial destaca-se no mercado sergipano pela seriedade e compromisso em sua gestão. Com uma política de qualidade bem elaborada, atenta as necessidades e satisfação dos clientes. Dentre as atividades que compõem o NC Grupo estão a de prestação de serviços de limpeza e conservação e mão de obra em geral, que foi a principal atividade ao longo dos anos. Mais recentemente, entrou no mercado de serviços de vigilância armada e desarmada, vigilância eletrônica e monitoramento. As marcas que compõem o grupo são de empresas sólidas e reconhecidas pelo mercado há mais de 10 anos. Hoje, quatro empresas integram o NC Grupo Empresarial. São três nos segmentos de limpeza, conservação e terceirização de mão de obra (Romale, Novo Conceito e Conserlimp) e a NC Vigilância, que atua no segmento de segurança armada e desarmada, segurança eletrônica e monitoramento.
Intense estreia na perfumaria
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ara o look ficar completo, nada como finalizá-lo com um perfume condizente com a atitude da pessoa e a ocasião para a qual ela se produz. Por isso, a linha Intense de O Boticário acaba de ficar ainda mais completa. Intense Desodorante Colônia e Intense Oopss! Desodorante Colônia estão disponíveis desde maio nas lojas, no e-commerce e com as revendedoras O Boticário de todo o País. E não são edição limitada. Assim como toda a linha de maquiagem Intense, as novas fragrâncias foram inspiradas na alegria e intensidade da mulher moderna, que preza pela praticidade e versatilidade. Intense Colônia é da família olfativa floriental frutal e traz notas como grapefruit e framboesa silvestre, reveladas logo após a aplicação. Já a Colônia Intense Oopss! foi inspirada na fragrância Oopsss!, sucesso da perfumaria de O Boticário. Da família floriental amadeirada, a fragrância traz a dualidade e o contraste dos ingredientes como marca registrada - é fresca e quente, envolvente e suave ao mesmo tempo.
AMO tem ponto de vendas de cupons
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Associação dos Amigos da Oncologia (AMO) está com um ponto de venda de cupons - do sorteio de um apartamento - no Shopping Jardins, em frente à loja de departamentos Polishop e próximo às agências bancárias da Caixa e do Banese. A venda dos cupons seguirá até o dia 31 de julho, com mesmo horário de funcionamento do centro de compras: das 9h às 22h e aos domingos até às 20h. O sorteio vai acontecer no dia 21 de novembro deste ano. A meta do sorteio é arrecadar mais de 1 milhão de reais para ajudar na construção da nova casa de apoio que acolhe pessoas com câncer. O apartamento, que foi doado pela Jotanunes Construtora, está situado no Condomínio Residencial Mais Viver Atlântico, no bairro Rosa Elze, em São Cristóvão, próximo à Universidade Federal de Sergipe. Desde o ano passado, quando a campanha solidária foi oficialmente lançada, o Grupo João Carlos Paes Mendonça (GJCPM) cede espaço voluntariamente nos seus dois shoppings. Em junho, o ponto de venda foi no Shopping Riomar. 14 aracaju
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artigo
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A verdade não é
para ser revelada?
Foto: Evandro Teixeira/Divulgação CCJF
Por MArcos CArdoso
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O jornalista Vladimir Herzog de 38 anos, casado, pai de dois filhos e diretor de jornalismo da TV Cultura de São Paulo, foi encontrado morto, supostamente enforcado, nas dependências do 2ª Exército, em São Paulo, em 25 de outubro de 1975
Milton Coelho
Wellington Mangueira
Laura Marques, esposa de Wellington Mangueira
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Bosco Rolemberg
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Jo達o Augusto Gama
Benedito Figueiredo
Foto: Acervo Bosco Rolemberg Bosco Rolemberg recebe a visita da esposa Ana Cortes, com o filho Eduardo, no presídio de Itamaracá. Ex-preso político e militante do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), Bosco, viveu por cinco anos, dos 27 aos 32 anos, atrás das grades da Penitenciária Barreto Campelo, na Ilha de Itamaracá, entre 1974 e 1979
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Foto: Fabiana Costa
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Foto: Fabrício Faria - Ascom/CNV
Wellington Mangueira
Depois de 2 anos e 7 meses de trabalho, a Comissão Nacional da Verdade, no dia 10 de dezembro de 2014, entregou o seu relatório final à presidente Dilma Rousseff
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“...devemos cumprimentar a presidente Dilma, a imprensa, a OAB e os setores progressistas da Igreja, que não se cansaram de clamar, não por vingança, mas pela criminalização dos atos covardes praticados pelos algozes da ditadura, que não se cansavam de prender, torturar, aniquilar o indivíduo pela humilhação, matar, e pior do que tudo, levar muitos à loucura, a desconstituição do ser, transformando alguns em esquizofrênicos paranoicos, invertendo fatos e construindo, no imaginário da dor, situações inexistentes, acusações infundadas, transferências de responsabilidades. Esses foram os piores crimes cometidos pela ditadura militar, que até ofende a consciência humana e a história de resistência do nosso povo” Wellington Mangueira
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Foto: Marcelle Cristinne
artigo
Foto: memoriasdaditadura.agencia.se.gov.br
Bosco Rolemberg: “Ainda sofro quando lembro de alguns momentos dramáticos por que passamos, mas o que conforta é ver a evolução social que temos hoje, onde todos podem expressar seu pensamento, divergir do projeto político vigente e eleger seus representantes sem ser perseguido, ter sua liberdade cerceada, nem ser violentado!”
Foto: memoriasdaditadura.agencia.se.gov.br
Para João Augusto Gama, a ditadura foi muito mais do que um período de repressão e cerceamento da liberdade. “Matou-se em nome do estado brasileiro e se usou o aparelho estatal brasileiro para matar. Esse é o crime hediondo, é esse o crime que a humanidade não pode perdoar. O estado sistemicamente matou dentro do seu aparelho. Não se pode permitir que em seu nome se torture e mate. Esses crimes não podem prescrever, porque são crimes contra a humanidade”.
Benedito Figueiredo : “Eu fiquei num chiqueiro com Vladimir Palmeira, Zé Dirceu, entre outros (durante o Congresso da UNE, em Ibiuna/SP, em 1968). Nós ficamos ali naquela noite horrível que o pessoal desce atirando metralhadora. Foi um negócio assim, que realmente foi difícil da gente superar, mas eu superei. Lembro-me do ônibus, a gente indo para o Presídio Tiradentes. Vladimir pulou a janela, tentou fugir, eu peguei minha carteira de funcionário público e joguei do ônibus para não me identificarem como funcionário público e só como estudante”.
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artigo composição
Fotos: Marcos Rodrigues/ASN
Comissão Estadual da Verdade
Comissão é formada por pesquisadores e doutores nas áreas de História e Ciências Econômicas e Social
“Relembrar é um alerta para as novas gerações, para que nunca mais se permita que nosso País volte a vivenciar essa experiência” Governador Jackson Barreto
Jackson assinou instalação da Comissão da Verdade ao lado de Rosalvo Alexandre, Wellington Mangueira, Clóvis Barbosa, Laura Marques e Benedito Figueiredo
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Tela inicial do site da Comiss茫o Nacional da Verdade: http://www.cnv.gov.br/torturas-em-instalacoes-militares.html
Tela inicial do site Mem贸rias da Ditadura em Sergipe: http://memoriasdaditadura.agencia.se.gov.br
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artigo entrevista
CEV deve ouvir torturados e torturadores A Jornal da Cidade - Quantos eram os comunistas em Sergipe na época da Operação Cajueiro, em 1976? Wellington Mangueira - Não posso precisar quantos camaradas estavam militando no PCB no ano de 1976, pois eu e Laurinha havíamos saído de Sergipe no início do ano de 1971… Fomos para Moscou e ao voltarmos para Sergipe fomos presos, em 1973, quando fomos barbaramente torturados em Sergipe, Bahia, Brasília, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Por essa razão, e diante da violência ditatorial e, ainda, e sobretudo, por segurança da organização, os contatos foram mantidos através, apenas, de Marcélio Bonfim. Ademais, pela forma leninista de organização (células), ninguém poderia precisar o número de militantes. JC - Eles representavam algum risco para a ditadura? WM - Quanto à força do PCB, era mais moral do que física. Não havia condições para confrontos com o aparelho repressor fascistóide da Ditadura.
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deu entrevista ao jornalista Eugênio Nascimento, diretor de Redação do Jornal da Cidade, que, por oportuno, estamos republicando nas páginas da Aracaju Magazine. Confira:
Fonte: ANS
pós a instalação da Comissão Estadual da Verdade, no dia 30 de julho, o ex-preso político Wellington Mangueira, velho militante do então clandestino Partido Comunista Brasileiro (PCB), conce-
JC - A que você atribui as prisões de 1976? WM - Sabe-se que a Operação Cajueiro foi deflagrada a partir da queda do dirigente nacional Francisco Gomes, que diante de violentas torturas, informou o nome de alguns companheiros de Sergipe. Inclusive sobre uma reunião na Atalaia Nova, da qual não participei, pois estava afastado por razões de segurança e condições de saúde, causadas pelas torturas. Resistíamos das mais variadas formas, através de jornais clandestinos, panfle-
tos, peças teatrais...organizando a luta através de associação de moradores, diretórios acadêmicos, grêmios estudantis...esgotando as formas legais de luta, como preconizava o PCB. JC - Desses presos, quantos estão vivos hoje? WM - Muitos dos presos de 1976 estão vivos: eu, Wellington Mangueira, Marcélio Bonfim, Delmo Naziazeno, Rosalvo Alexandre (que veio a falecer após a entrevista), Milton Coelho, Antônio Gois, Faustino Alves Menezes,
Asclepíades dos Santos, Carlos Alberto Menezes, Elias Pinho. JC - Qual deve ser a posição da Comissão da Verdade em Sergipe? WM - A Comissão da Verdade tem como meta apurar toda a violação dos direitos humanos, torturas, maus tratos e, sobretudo, identificar os torturadores. Haverá de buscar o máximo de informações sobre o tenente-coronel do Exército, Oscar Silva, de um coronel Teixeira (“dr. Cezar”), de um tal “dr. Rebouças”, de um carcereiro Teodoro, que me torturou no Quartel do
Exército da Barão de Mesquita, no Rio de Janeiro, de um major Farias, que serviu no Quartel da Guarda presidencial de Brasília, dos sargentos que serviram em Sergipe – Souza, Siqueira e Laércio, do tenente Rabelo etc. JC - As torturas contra os presos foram muitas? De que tipo? WM - As torturas foram muitas e variadas, desde os tapas nos ouvidos aos choques elétricos nas partes íntimas, do pau de arara aos afogamentos artificiais, cadeira eletrificada do dragão, geladeira, além das torturas
psicológicas e morais, como as que fizeram com minha esposa Laurinha. E com centenas e centenas de mulheres que foram ameaçadas de estupro ou foram estupradas. Era o inferno. JC - Dá para pensar em punição para os torturadores? WM - Dá para pensar pois os crimes de torturas são imprescritíveis. JC – A CEV deve ouvir torturados e torturadores? WM – Devem ser ouvidos os torturados e torturadores. É importante buscar a verdade.
Foto: Arquivo
“A Comissão da Verdade tem como meta apurar toda a violação dos direitos humanos, torturas, maus tratos e, sobretudo, identificar os torturadores.”
Rosalvo Alexandre e o governador Jackson Barreto
Morre Rosalvo Alexandre Rosalvo Alexandre, conhecido como Bocão, faleceu no dia 11 de junho. Ex-vereador de Aracaju entre 89 e 93, Rosalvo foi conselheiro político de Marcelo Déda e Jackson Barreto, de
quem era amigo. Sua última participação em atos do Governo foi no dia 30 de junho, na assinatura do decreto de instalação da Comissão Estadual da Verdade. Segundo o governador Jackson Barreto “Bocão era um pensador político. Um símbolo da resistência contra a ditadura e da luta pela democracia”. Engenheiro Agrônomo por formação, Rosalvo Alexandre iniciou a militância política no Colégio Estadual Atheneu Sergipense, quando integrou a base estudantil do Partido Comunista Brasileiro (PCB), à época um partido clandestino. Durante a ditadura militar, foi preso na Operação Cajueiro e torturado. Filou-se ao Movimento Democrático Brasileiro, o qual deu origem ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB). Junto ao governador Jackson Barreto, ajudou a fundar o partido em Sergipe. Rosalvo tinha 69 anos e deixa três filhos.
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Espaço Zé Peixe Em 19 de maio, foi inaugurado o Espaço Zé Peixe.
Fotos: Cleiton Lisboa
Localizado no antigo hidroviário, foi projetado para resgatar a história do mais importante prático do Brasil.
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Foto: Victor Ribeiro/ASN
local está equipado com o Café do Zé, o Tototó Restaurante, uma loja de doces caseiros, o bureau do NAT/ Sine, a loja de artesanato local, com peças produzidas em Sergipe, um Ponto Banese e o Memorial do Zé - com obras dos artistas Elias Santos e Léo Santana e textos da historiadora Josevanda Franco. Na área externa tem em exposição um exemplar do barco Tototó. O objetivo do Governo do Estado, através da Secretaria de Estado da Mulher, Inclusão, Assistência Social, do Trabalho e dos Direitos Humanos (Seidh), é revitalizar o centro de Aracaju, fortalecendo o comércio daquela área.
De extremo bom gosto, toda a obra recebeu o olhar atento do arquiteto Murilo Guerra, que assinou a montagem e a arquitetura do interior. Com certeza, o Espaço Zé Peixe, que é dirigido pelo jornalista Paulo Mendonça, vai ser palco de muitos encontros gastronômicos, musicais e da valorização de nossos talentos e de nossa cultura.
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História de um homem-peixe Por Josevanda Mendonça Franco
osé Martins Ribeiro Nunes, não era apenas um prático da Marinha do Brasil. Mais que um profissional habilidoso e respeitado pelo profundo conhecimento do seu ofício, possuía um estilo de vida próprio. Dificilmente usava sapatos; desde a infância tomava
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banho apenas no rio Sergipe; se alimentava de frutas, café e pão; não bebia e não fumava; voltava do trabalho sempre a nado; assistia a missa dominical na Igreja de São José ou no Arquidiocesano; sempre que precisava se deslocar, o fazia a nado, a pé ou de bicicleta; dor-
mia às vinte horas e acordava antes do nascer do sol; e viveu seus 85 anos na mesma casa, herdada dos avós. Muitos feitos de bravura, sempre relacionados ao salvamento de vítimas no mar, foram reconhecidos por meio de homenagens e títulos que cole-
Foto: Ed Kashi
cionou com orgulho: do povo potiguar, a medalha de Honra ao Mérito, em ouro; da Prefeitura Municipal de Aracaju, o título de Grão-Mestre da Ordem do Mérito Serigy; da Marinha do Brasil, a Medalha Almirante Tamandaré; foi ainda eleito Cidadão Sergipano do Século XX. Outras homenagens se materializaram com o batismo “Zé Peixe” de equipamentos públicos, a exemplo do Parque Aquático do Batistão, este Espaço Turístico; e um catamarã; estátuas e bustos, localizados no Memorial de Sergipe, no Museu da Gente Sergipana, e neste Espaço Turístico. Muito se aludiu sobre Zé Peixe, desde entrevistas, cordéis e trabalhos científicos, até textos para teatro como Zé, O Menino Que Queria Ser Peixe, encenada
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Foto: Marcos Santilli 36 aracaju
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Foto: Tanit Bezerra
pela Companhia de Teatro Stultifera Navis. Depoimentos, vídeos, programas jornalísticos internacionais e nacionais, como o Fantástico, O Programa do Jô, Jornal Nacional, e o Globo Repórter, abriram seus espaços para contar a vida e as histórias de Zé Peixe. Foi tema de muitas exposições: no Museu da Gente Sergipana, em 2013/14 - Zé Peixe, além das águas, cujo projeto expográfico contemplava xilogravuras, cordéis, desenhos e esculturas de Elias Santos, poemas de Araripe Coutinho, com curadoria de Ezio Déda e Josevanda Franco; em 2013, na Galeria SESC, a exposição Marés: Um Olhar Sobre Zé Peixe, apre-
Escultura de Zé Peixe, no Museu da Gente Sergipana
sentada por meio do diálogo entre estímulos visuais, sonoros e textuais, com curadoria de Alejandro Zambrana em parceria com Arnon Gonçalves, Ana Lira
e Marcelinho Hora; e na Galeria Jenner Augusto, na Sociedade Semear, em 2014, Exaltação a Zé Peixe promovida pelo artista plástico Ismael Pereira.
Foto: Jorge Henrique
Foto: Maria Odilia Foto: Maria Odilia Foto: Arquivo Pessoal
Inspirou poemas e livros, a exemplo da obra da jornalista Ilma Fontes, Zé Peixe - Uma Vida no Mar; do livro infanto-juvenil Zé Peixe, o menino do mar, da professora, artista plástica, ilustradora e escritora, Jeane Caldas, mais conhecida como G. Aguiar; e a música Um peixe ao mar, do grupo Alapada. Motivou a elaboração do Projeto de Pesquisa A História de Zé Peixe, que discute acerca de sua vida, analisando sua relevante contribuição para a Marinha Mercante. Figura internacionalmente reconhecida, re-
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Foto: magnopapagaio.blogspot.com.br
Heróis, na Capitania dos Portos de Sergipe. Foi um mito em vida. Um ser humano pleno, preocupado com o outro e com a natureza. Sua história, coragem e simplicidade estão definitivamente incorporadas à história do povo sergipano.
Foto: http://www.projetomemoria.org/
presentou o Estado quando da passagem da tocha Pan-americana por Sergipe em 2007 quando realizou o percurso de barco, no rio Sergipe. Ao falecer recebeu uma última homenagem da Marinha do Brasil, ao ser velado na Praça dos
Em 2012, ao lado de sua irmã, Rita Nunes, Zé Peixe recebeu homenagem da Capitania dos Portos de Sergipe, pelos seus 85 anos de idade
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Placa do Memorial Zé Peixe
A Trajetória de vida de Zé Peixe Nasceu em Aracaju, em 5 janeiro de 1927, José Martins Ribeiro Nunes, filho de Vectúria Martins e Nicanor Nunes Ribeiro.
Zé Peixe, aos 15 anos de idade
José aprendeu a nadar com os pais, no rio Sergipe. Aos 10 Anos de vida já demonstra uma habilidade excepcional para a natação.
Passa a infância ao lado dos cinco irmãos nadando no rio Sergipe, uma extensão da casa que pertence à família desde 1874.
Um certo dia, ao ser observado nadando, recebe do comandante da marinha Aldo Sá Brito de Souza, o apelido de Zé Peixe.
Em 1927, governa Sergipe o Presidente Manuel Correia Dantas, um representante dos interesses da oligarquia agrária dominante na República Velha.
Após a Revolução de 1930, os militares ocupam o poder, representados pela Interventoria de Eronildes Ferreira de Carvalho e de Augusto Maynard Gomes, em cujo governo, o pai de Zé Peixe foi Chefe de Gabinete.
A frágil economia sergipana sofre os efeitos da expansão e concorrência do cultivo da cana no sudeste, que em razão da crise do café, amplia a produção do açúcar. A indústria têxtil, a pecuária e a agricultura de subsistência sustentam Sergipe.
Na década de 30, Aracaju possuí pouco mais de 50 mil habitantes. O centro comercial começa a ser definido, com o nascimento das áreas tipicamente residenciais, ligadas ao centro por cinco linhas de bondes elétricos. Avenida Rio Branco nos anos 30
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Na adolescência convive com marinheiros observando a praticagem, e com construtores de embarcações na empresa de José Alcides Leite, fabricante de lanchas de ferro.
Zé Peixe, aos 18 anos de idade
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Aos 20 anos de idade, estimulado pelo pai, presta exame na Marinha do Brasil, habilitando-se ao exercício da praticagem oficialmente. Passa a prestar serviços às embarcações na barra e no porto de Aracaju.
O torpedeamento dos navios brasileiros Baependi, Araraquara e Aníbal Benévolo, em agosto de 1942, no litoral sergipano, provoca intensa comoção na Capital. Perdem a vida 551 pessoas.
Em 1952, acompanhado da irmã Rita, igualmente Peixe, salva três remadores do Rio Grande do Norte de um naufrágio, recebendo do povo potiguar pela bravura uma medalha de ouro em agradecimento.
Na década de 50, domina a política sergipana a rivalidade entre os partidários da União Democrática Nacional UDN e do Partido Social Democrata - PSD.
Em 1956, contrai matrimônio com Maria Augusta de Oliveira Nunes, com quem vive por tinta anos, até ficar viúvo na década de 80.
A crise econômica assola o estado, agravada por longos períodos de seca que dificulta a produção agrícola e a pecuária, nos anos 50.
Em razão das dificuldades enfrentadas no interior do Estado, o movimento migratório em direção a Capital aumenta consideravelmente. Em 10 anos, a população urbana de Aracaju dobra, atingindo em 1960 o quantitativo de 112.515 mil habitantes.
Salva do mar, em 1959, dois marujos do rebocador Guarani que caíram da embarcação, na costa de Aracaju, durante uma tempestade.
Com a instalação da Petrobras em Sergipe, nos anos 60, torna-se indispensável ao trabalho dos rebocadores que abasteciam as plataformas. Zé continua a salvar vidas. Conduz a embarcação Mercury, em chamas, para uma área segura, onde os marinheiros puderam saltar e nadar até a praia. Aposentado pela Marinha do Brasil continua a atender a solicitação para exercer a praticagem, que abandona oficialmente em 2009, aos 82 anos de idade.
Em 1963, é descoberto do petróleo em Carmópolis, cuja produção inicial é de 10 mil barris diários. Em 1969, A Petrobras instala a sede administrativa da região de Produção do Nordeste, na Capital sergipana.
Morre aos 85 anos, em 26 de abril de 2012, vítima de insuficiência respiratória, o prático da Marinha do Brasil, Zé Peixe.
O crescimento da Capital do estado se evidencia com a construção de novos conjuntos habitacionais, como o Médici, o Castelo Branco e o Augusto Franco, expandindo consideravelmente o núcleo urbano. Em 1980, Aracaju tem 293 mil habitantes.
Os anos que se seguiram a implantação da Nova República, contribuíram para o crescimento da economia sergipana, acompanhando a estabilidade gerada pelo Plano Real. O setor de serviços cresce e Aracaju torna-se uma Capital moderna.
Em maio de 2015, o Espaço Turístico Zé Peixe foi inaugurado.
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Foto: Ana Lícia Menezes
sebrae
Brasil Offshore Sergipanos apresentaram produtos e serviços inovadores e firmaram parcerias Por Wellington Amarante
O
s empreendedores sergipanos que participaram da oitava edição da Brasil Offshore, realizada na cidade de Macaé (RJ), ficaram satisfeitos com os resultados alcançados durante o evento. Mesmo diante do mo-
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mento difícil pelo qual passa a cadeia de petróleo e gás em todo o país, os empresários conseguiram estabelecer contatos com possíveis parceiros e vislumbram a realização de novos negócios já nos próximos meses.
De acordo com Hermínio Carvalho, gerente de Negócios e Prospecção da Flodin, a feira foi uma excelente oportunidade para a empresa apresentar seus serviços e descobrir eventuais clientes. “Pela primeira vez estamos parti-
cipando como expositores e percebemos que o público foi bastante receptivo em relação ao nosso portfólio. Agora é tentar estreitar os contatos que mantivemos com algumas empresas para concretizarmos negócios”, destaca. Já Homero Pinto, um dos sócios da Engepet, destacou que além da conquista de novos clientes, o evento foi importante para fortalecer o relacionamento com as empresas que já são parceiras. “É um momento importante para trocar experiências, conversar sobre os serviços que estão sendo prestados e também descobrir o que os concorrentes estão oferecendo”, diz.
A Brasil Offshore é promovida a cada dois anos e contou nesta edição com a presença de mais de 700 expositores nacionais e internacionais apresentando as mais recentes tecnologias, produtos e serviços que beneficiarão a região da América Latina e do Caribe. A feira é considerada a terceira maior da cadeia petrolífera em todo o mundo. Para o empresário Gilson Figueiredo, presidente do Conselho Deliberativo Estadual do Sebrae, é importante que os sergipanos participem dessa feira internacional, pois além da possibilidade de firmar novas parcerias comerciais o evento se transforma numa
São muitas as oportunidades durante a realização da feira
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sebrae vitrine para quem está expondo. “A Rede Petro Sergipe já se tornou referência nacional, são empresas inovadoras que se destacam no mercado”, destaca Gilson Figueiredo.
Rodada de Negócios Um dos principais atrativos deste ano foi a Rodada de Negócios, que contou com a participação de 19 empresas âncora, grandes companhias do setor de petrolífero como a BR Distribuidora, Halliburton, Shell e Schlumberger. A proposta foi aproximar compradores e fornecedores para que sejam viabilizados futuros acordos e parcerias. A WN Serviços, empresa que atua na terceirização de mão
Rodada de Negócios - um forte atrativo da feira
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de obra e no mercado de jardinagem, conservação e limpeza, participou de reuniões com a Transpetro e saiu bastante satisfeita com o resultado das conversas. “Nossa meta é conseguir adentrar no mercado carioca e sentimos que conseguimos dar o primeiro passo. Teremos uma nova reunião com o gerente local da empresa para apresentarmos os nossos serviços e, quem sabe, conseguir um novo contrato”, ressalta José Wilker Amorim, diretor comercial da companhia. A missão técnica é mais uma ação da Rede Petrogas Sergipe, que conta com o apoio do Projeto Cadeia Produtiva Petróleo e Gás de Sergipe, fruto de uma parceria entre o Sebrae e a Pe-
trobras. Para o superintendente do Sebrae, Emanoel Sobral, o resultado da missão foi bem positivo. “Os empresários sergipanos prospectaram mercado, trocaram experiências e tiveram acesso às novidades tecnológicas do setor. Acreditamos que esse é o primeiro passo para aproveitar as oportunidades que virão”, explica. Além dos técnicos do Sebrae, participaram da missão representantes da Engepet, Wellcon, WN Serviços, Texas do Brasil, Flodim, Destaque, JWA Serviços e Confecções e Well Service. Mais de 50 mil pessoas circularam pela Brasil Offshore e a perspectiva é que seja gerado R$ 1 bilhão em negócios até o final de 2016.
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Rua Francisco Portugal, 849 - Grageru - Aracaju/SE
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aventura Macaco guigó de Sergipe, integra uma lista do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) com 26 primatas ameaçados de extinção. Foto: Ricardo Nunes
Expedição Serigy Por Hugo Julião – sobre relato de Ricardo Nunes
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A Expedição Serigy surgiu, quase casualmente, a partir de um grupo de amigos que tinha a intenção de fazer caminhadas e, ao mesmo tempo, descobrir alguns pontos pouco visitados e não muito conhecidos pelos sergipanos. São pessoas com formação em diferentes áreas do conhecimento, mas que encontraram um objetivo comum.
Grupo reunido em uma das expe
dições. Nota-se a ausência de
Jorge Carvalho, que está atrás
da câmera
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aventura
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A Expedição Serigy, em Pedra das Araras, no município de Macambira, há 90 km de Aracaju. O local é o habitat natural da ararinha azul, no encontro do riacho Jacoca com o rio Vaza-Barris. Águas cristalinas numa belíssima paisagem inexplorada
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udo começou a partir de um núcleo inicial de quatro integrantes, que rapidamente cresceu para oito. Por essa razão, eles são considerados como fundadores do projeto: o médico Antônio Samarone; o jornalista Luciano Correia; o historiador Jorge Carvalho; o urbanista Ricardo Nunes; o ator e produtor cultural Antônio Leite; o professor de Literatura João Brasileiro; o jornalista e historiador Antônio Passos; e a empresária no ramo da construção civil, em Itabaiana, Acácia Santos - a única mulher do grupo até então. Com essa formação, desde o início de 2014, a Expedição Serigy, mensalmente, faz excursões a pontos de interesse ecológico, cultural e histórico do estado. No grupo estão três fotógrafos amadores que fazem um registro visual de todas as expedições– são eles Ricardo Nunes, Jorge Carvalho e Antônio Samarone. A intenção é registrar a flora, a fauna e as paisagens desses lugares. O primeiro destino foi a Serra da Guia, em Poço Redondo, divisa de Sergipe com a Bahia, que pertence à Cordilheira de Serra Negra, que também se estende pelos municípios de Canindé de São Francisco e Pedro Alexandre (BA). É considerado o ponto mais alto de Sergipe. Em uma das serras dessa cordilheira está à nascente do rio Sergipe - igualmente objeto de uma das excursões.
O bom humor faz parte das andanças
Flor do Mandacaru
Cabeça Vermelha, no sertão de Canindé
Ricardo Sampaio Nunes e Susana Andery
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aventura A expedição passou pela Mata do Junco, em Capela, que é o segundo maior remanescente da Mata Atlântica no estado. Foi lá, que Ricardo Nunes conseguiu fotografar, bem de perto, o macaco guigó, espécie considerada em extinção e que tem essa última família sendo preservada dentro daquele refúgio da vida silvestre - um fato mundialmente conhecido. A foto transformou-se na marca da fanpage da Expedição Serigy no Facebook. Outro local visitado foi a Pedra da Arara, em Macambira, por onde passa o rio Vaza-Barris, onde as águas são cristalinas e existe uma flora riquíssima. O Vaza-Barris, aliás, é uma referênciamuito importante na história do Brasil, pois foi na sua nascente, na Serra dos Macacos, que eclodiu a Guerra dos Canudos, um movimento messiânico liderado por Antônio Conselheiro. A história gerou um épico da literatura brasileira: Os Sertões, de Euclides da Cunha. Em Ponta dos Mangues, na região do Pantanal Nordestino, o grupo ficou hospedado, por três dias, em uma pousada, de onde partia para caminhadas exploratórias no pantanal, nos manguezais e nos rios da re-
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Antônio Samarone, no rio Piauitinga, Estância, num click de Jorge Carvalho
Ponta dos Mangues - Pacatuba
Maria de Fátima (Fatinha) abrindo a porteira
Trilha do Sertão de Canindé
Em Povoado Bonsucesso, Poço Redondo
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INFORME PUBLICITÁRIO aventura gião. Já na visita ao rio Piauitinga, em Estância, foi possível percorrer e fotografar as ruínas e os galpões de antigos portos de Sergipe, fazendo o percurso das antigas embarcações comerciais do sul do estado. Na Serra do Capunga, em Moita Bonita, além de apreciar toda a beleza do lugar, os integrantes da expedição conheceram o Museu do Capunga, fundado pelo itabaianense José Vicente dos Santos, que conta a história e os costumes do Agreste Sergipano – tudo apreciado através de mais de três mil peças que fizeram parte do cotidiano dos moradores dessa região. A Trilha do Cangaço, com visitas a Poço Redondo e a Piranhas, do outro lado do rio São Francisco, também é um atrativo à parte. Tradicional destino de muitos turistas, a Serra de Itabaiana, fez parte de um dos roteiros. Mas o foco da expedição também explora locais pouco conhecidos, como a Reserva do Caju – um campo experimental da Embrapa Tabuleiros Costeiros, em Itaporanga d’Ajuda. É a primeira Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) da Embrapa no país. Como não dá para mostrar tudo, para conhecer mais, consulte a página da Expedição Serigy no Facebook. Em maio deste ano, o grupo, que era composto apenas pelos oito membros fundadores, começou a se ampliar a partir de convidados que foram aceitos para participar do projeto. Isto porque havia certa restrição em relação à presença de uma
Jorge Figueiredo e Helena
Entrada da Grota do Angico
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Trilha da Reserva do Caju
Rio Santa Maria, afluente do Vaza-Barris
Serra de Itabaiana
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aventura quantidade maior de pessoas, tendo em vista os cuidados com os aspectos ecológicos dos ambientes visitados. Porém, chegou-se à conclusão de que em alguns locais, por suas características, essa cautela não era necessária. Então, a participação de convidados aumentou, chegando, algumas vezes a ter até 16 componentes – sempre decidido por consenso de uma assembleia do grupo que, segundo informações secretíssimas dos bastidores, tem o peso decisivo de Antônio Samarone. O resultado, que é muito bom, está traduzido nas fotos dos três grandes fotógrafos amadores da Expedição Serigy. São paisagens, lugares, registros da fauna, da flora, de nascentes de rios, dos manguezais, das dunas, do pantanal, da caatinga, do agreste... – enfim, de todos esses biomas que se espalham por tudo quanto é canto de Sergipe.
Ricardo Nunes, Jorge Carvalho e Ester Nascimento
Jean-François Piège, um francês que juntou-se ao grupo, Acácia Santos, João Brasileiro e Antônio Passos
Antônio Passos na Serra de Itabaiana
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Trilha da Reserva do Caju
Reuni茫o preparat贸ria para Ponta dos Mangues aracaju
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aventura Por esse motivo, eles estão começando a organizar um banco de imagens que poderá servir, futuramente, para consultas de estudantes, professores e pessoas de outras áreas de atuação que estejam interessadas em nossa história. Hoje, isso não existe, porque são lugares que dificilmente estão retratados em livros. A não ser em edições especiais nas obras de alguns fotógrafos, dificilmente disponíveis ao público em geral. Ou seja, o que antes era apenas uma expedição de lazer de alguns amigos que se divertiam – e como se divertem até hoje! –, está ficando algo também com um lado mais sério. Até mesmo, tem a possibilidade de se incluir nas caminhadas um cinegrafista, oferecendo assim mais uma forma de registro dentro da ideia da criação desse banco de imagens. Há uma proposta de extrapolar os limites do estado de Sergipe e fazer visitas a outras regiões do Nordeste. Exemplos são o Vale do Cariri - no sul do estado do Ceará, onde fica a Chapada do Araripe - e o Raso da Catarina, no sertão da Bahia, uma reserva ecológica que, dizem, foi abrigo de Lampião. Entretanto, antes disso, ainda existem muitos pontos a serem visitados dentro do estado de Sergipe, e outros a serem revisitados. Isto porque, às vezes, acontece de se chegar num local e ser tão
Lagoa do Sangradouro - Pirambu
Serra do Capunga
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Dunas de Pacatuba
Cores da Caatinga - Estrada de Curralinho - Poço Redondo
Facheiro - Trilha Sertão de Canindé
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aventura surpreendente que o grupo passa muitas horas numa paisagem só. Com isso, não existe tempo de explorar, em apenas em um dia, toda a riqueza em volta. São lugares de difícil acesso, com caminhadas de duas a três horas - sempre com guias, com planejamento e muito cuidado, porque é uma turma que está, digamos, chegando quase à terceira idade e nem são tão atletas assim. Por isso, é preciso bastante cautela com o coração e com a pressão dessa moçada que, no entanto, quando mostra a sua disposição e vontade de conhecer esses lugares, podemos considerá-los, sem sombra de dúvida, como aguerridos jovens atletas. Que assim seja!
Antônio Leite e Maria Cecília
Jorge Carvalho em Ponta dos Mangues
Luciano Correia
José Dantas de Santana e Fernanda Aguiar
Entrada da Grota do Angico
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A Expedição Serigy adentra a mata da Reserva do Caju, em Itaporanga D’Ajuda
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turismo
Estande de Sergipe na Mostra Viajar que aconteceu entre os dias 29 a 31 de maio, no Pavilhão das Culturas Brasileiras, Parque do Ibirapuera/SP
Turismo: Setesp faz balanço do primeiro semestre
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O público prestigiando a posse
O Governo do Estado fez gestões junto às empresas aéreas para buscar acordo sobre o que pode ser feito para a melhoria da malha aérea do aeroporto de Aracaju. Na foto, um registro do encontro com representantes da TAM: Basílio Dias, diretor da companhia, Adílson Júnior, secretário de Estado do Turismo e Esporte (Setesp), Tatiane Novaes, gerente de assuntos regulatórios da empresa, Luciano Leal, diretor de Turismo da Setesp, e Ailton Júnior, coordenador da Câmara de Turismo da Fecomércio/SE. Na pauta do encontro também foi discutida a realização de campanhas de amplo espectro de divulgação e promoção do destino Sergipe em parceria com a TAM Viagens
A caravana Sergipe: Sua Próxima Viagem, em Salvador
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Apresentar Sergipe para agentes de viagem e operadores de turismo foi o objetivo da caravana que percorrereu, em abril, capitais de quatro estados do Nordeste: Salvador (BA), Recife (PE), João Pessoa (PB) e Maceió (AL). Promovida pela Secretaria de Estado do Turismo e do Esporte (Setesp), pela Empresa Sergipana do Turismo (Emsetur) e pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Sergipe (Sebrae/SE) - em parceria com a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de Sergipe (ABIH/SE) - a ação denominada Promoção Regional do Destino Sergipe teve como slogan Sergipe - Sua Próxima Viagem e promoveu encontros de negócios para a apresentação do destino Sergipe e capacitação dos profissionais das quatro capitais nordestinas. Além da Setesp, da Emsetur e da ABIH/SE, também foram parceiros do projeto a Secretaria Municipal da Industria, Comércio e Turismo (Semict), a Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav/SE), a Fecomércio/SE, o Aracaju Convention Bureau, a Turise Operadora e diversas entidades que fazem parte do trade turístico sergipano. Na foto, um registro de componentes da caravana antes da partida para os quatro estados nordestinos
A caravana Sergipe: Sua Próxima Viagem, em Pernambuco
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Reunião no Sebrae/SE para discutir projetos para o turismo sergipano: José Roberto, presidente da Emsetur, Emanoel Sobral, superintendente do Sebrae, Adílson Júnior, secretário de Estado do Turismo e Esporte, Marcelo Barreto, diretor Técnico do Sebrae, e Fábio Andrade, consultor especial da Secretaria Municipal da Indústria, Comércio e Turismo (Semict)
A caravana Sergipe: Sua Próxima Viagem, em Maceió
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turismo
A caravana Sergipe: Sua Próxima Viagem, em João Pessoa
Agentes do Rio de Janeiro visitam Sergipe a convite da Setesp. Na foto, com Hamilton Santana, proprietário do restaurante Cariri, uma referência para quem visita Aracaju
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diplomação
Creci/SE diploma os novos membros do Conselho Regional
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Conselheiros durante o juramento
Fotos: Tarcísio Dantas / Ascom / Creci-SE
o dia 30 de junho, o Conselho Regional de Corretores de Imóveis de Sergipe – Creci/SE, realizou a diplomação de 54 membros como conselheiros e suplentes, em sua sede. A chapa Crescimento com Renovação foi eleita com 64% dos votos e os profissionais vencedores vão estar à frente da entidade pelo próximo triênio (2016-2018). Logo após, o grupo elegeu, por unanimidade, os membros da diretoria. O atual presidente da entidade, Sérgio Sobral, foi escolhido para mais um mandato à frente do Conselho. Junto com ele, foram selecionados os integrantes da diretoria: André Cardoso (vice-presidente), Antônio Carlos Aragão (2º vice-presidente), José Herval (diretor secretário), José Hunaldo (diretor 2º secretário), Samuel Gomes (diretor tesoureiro) e Marcus Milstein (diretor 2ª tesoureiro).
Conselheiros e suplentes acompanhando a execução do hino nacional O desembargador Edson Ulisses cumprimentando o presidente do Creci/SE, Sérgio Sobral
O conselheiro efetivo e diretor de Avaliação e Patrimônio do Creci/SE, Eduardo Leão, recebendo o diploma das mãos do presidente Sérgio Sobral 68 aracaju
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Momento do juramento
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Projeto de
visitação turística transforma Itaipu Complexo já recebeu quase 20 milhões de visitantes desde 1977
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Fotos:www.turismoitaipu.com.br Iluminação da Barragem - Desvende a exuberância da barragem iluminada em sincronia com uma trilha sonora especial
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Circuito Especial - Além de percorrer os principais cartões-postais da magnífica barragem, o passeio também o leva para uma aventura pelo interior da maior hidrelétrica do mundo em geração de energia
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Visita Panorâmica - A grandiosidade da maior geradora de energia limpa e renovável do planeta
Porto Kattamaram - Um memorável passeio pelo lago de Itaipu. Ideal para relaxar e contemplar a exuberante paisagem
A energia gerada por Itaipu também produz um outro espetáculo. Na própria usina, encante-se com a energia que sai das imensas turbinas na Iluminação da Barragem
Ecomuseu - Um passeio pela história de Itaipu, de Foz do Iguaçu e de toda região do reservatório da usina
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Polo Astron么mico - Admire os astros e amplie seus conhecimentos unindo entretenimento e ci锚ncia
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Visita Panorâmica - Mirante do Vertedouro
“Esse é um bom
exemplo de como um grande empreendimento se transformou em um importante atrativo turístico capaz de movimentar a economia local e ainda transformar o futuro do nosso País, ao fomentar o conhecimento técnico-científico desenvolvido por brasileiros” Vinicius Lummertz
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Interativo e com exposições incomuns, o Ecomuseu é uma ótima opção para conhecer a história de Itaipu. Cenários fiéis ao passado, totens eletrônicos e uma maquete gigante fazem parte deste espaço cultural
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Refúgio Biológico - Percorra este circuito ecológico e conheça plantas e animais silvestres da região
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Test Drive Veículo Elétrico - Dirija um veículo elétrico pelos cartões postais da maior usina do mundo
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Foz do Canal Piracema
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Para ver mais acesse o site: www.turismoitaipu.com.br
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Arte correndo nas veias
Na quarta cidade mais antiga do Brasil, mais precisamente na rua João Bebe Água, o artista plástico baiano Nivaldo Oliveira encontrou o lugar certo para abrir o seu ateliê. As ruas de São Cristóvão servem de inspiração para o seu trabalho, por serem repletas de histórias e detalhes que aguçam ainda mais a sua sensibilidade. ivaldo Oliveira é daqueles artistas que não tem uma forma específica de expressão. Dentre muitas de suas habilidades estão as de entalhador, escultor, xilografista, pintor e restaurador. Sua experiência misturada ao seu dom e o amor ao que faz, o torna único. Nivaldo despertou o interesse pelas artes plásticas desde cedo, quando tinha apenas 14 anos de idade, por influência da profissão de seu pai que era marceneiro-carpinteiro. Logo entrou no curso Oficina de Expressão Plástica (escultura, entalhe,
xilogravura, pintura a óleo e acrílico sobre tela), no Museu de Arte Moderna da Bahia, no qual se destacou pela beleza e a qualidade do seu trabalho ao ponto de torna-se monitor do professor e artista plástico Zú Campos. Na sua trajetória em busca de enriquecer seus conhecimentos, fez outros cursos: formação de mão-de-obra especializada para obras de conservação e restauração na Universidade Federal da Bahia (Ufba); pela mesma Instituição fez o curso de Arquitetura Barroca no Brasil, curso de Restauração de Imagens Bar-
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arte rocas, no Atelier Pieta, e A Talha Neoclássica na Bahia, ministrado pelo professor Luiz Alberto Freire, no qual foi convidado para fazer palestras sobre As técnicas do entalhe, do douramento e da policromia da talha baiano, no Centro Cultural da Caixa Econômica. Nivaldo participou de diversas exposições, dentre elas, a realizada pelo Gabinete Português de Leitura, pela Biblioteca Pública Central dos Barris, pelo Solar do Unhão, no Museu de Arte Moderna da Bahia e na Galeria 13. Nesta última, foi premiado em 1º e 2º lugares. Participou de exposições coletivas como Exu por Oito e Themafika, ainda da exposição Divina Renda, lançada na Superintendência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em Aracaju/SE, e de xilogravura com o tema Cangaço, no Museu Histórico de Sergipe, em São Cristóvão, nesse, as obras permanecem no acervo, doados pelo artista. Foi representante do Congresso da Associação Brasileira de Agente de Viagem (Abav) como escultor sacro, em Foz do Iguaçu.
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Certificado do curso de Escultura em Madeira, ministrado pelo professor Zú Campos, em 1987
Confecção da talha para o trono do Altar-Mor, na Igreja Nossa Senhora da Vitória, em São Cristovão, ano 2011
Nivaldo trabalhando em uma de suas peças, em 2007
O Ateliê Nivaldo Oliveira fica na rua João Bebe Água, 104 - no centro de São Cristóvão. Lá você poderá conhecer belas obras do artista baiano
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Dentro das artes plásticas desenvolve diversos trabalhos na pintura (óleo e acrílico sobre tela, policromia e aplicação de ouro e prata) e na madeira (escultura, talha e xilogravura). Dentro dessas técnicas produz imagens, esculturas, xilogravura, talhas - nesse desenvolve um trabalho de artesanato representativo das igrejas e casarios de São Cristóvão. Esses trabalhos são comercializados junto aos turistas que visitam a cidade e os levam para outros estados e até para fora do país. São molduras, mascaras estilo africanas, nichos e ornatos. Vale muito conhecer.
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Molduras de cusquenhas em madeira entalhada, dourada e envelhecida
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http://arteerestauracaonivaldooliveira.blogspot.com.br/
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O artes達o Nivaldo Oliveira representando S達o Crist坦v達o na Feira de Sergipe, em 2013
FORMAÇÃO PROFISSIONAL Marceneiro de Restauração, Entalhador e Escultor Sacro 1992 - UFBA - Cursos de Formação de Mão-de-Obra especializada para Obras de Conservação e Restauração - Salvador/BA CURSOS 1987 - Escultura em madeira - Oficinas de Arte em Série - Museu de Arte Moderna da Bahia Fundação Cultural do Estado 1988 - Xilogravura - Oficinas de Arte em Série - Museu de Arte Moderna da Bahia Fundação Cultural do Estado 1994 - Restauração de imagens - Atelier Pietà arte e restauro 1998 - Arquitetura Barroca no Brasil - Ufba 2004 - Curso “A Talha Neoclássica na Bahia” - Conjunto Cultural da Caixa 2004 - Palestrante - “As Técnicas do Entalhe, do Douramento e da Policromia da Talha Baiana”. EXPERIÊNCIAS PROFISSIONAIS 1989 - Monitor do Curso Escultura em madeira - Museu Solar do Unhão 1992 - Entalhador e escultor Sacro - Ateliê RM 1997 - Marceneiro Restaurador - Restauração dos Altares Laterais - Igreja Nsª Senhora da Saúde, Salvador/BA 1997/1998 - Marceneiro entalhador - Restauração do Altar-Mor - Igreja Matriz de Jaguaripe
Fapp contratada pelo Iphan
1999/2001 - Marceneiro entalhador - Museu de Arte Sacra - Ufba 2001 - Entalhador responsável - Restauração dos Altares Laterais e Altar-Mor - Igreja Nossa Senhora D’ Ajuda, Porto Seguro/BA - SM Contratada pelo Iphan 2002 - Entalhador responsável - Restauração dos Altares Laterais e Arco do Cruzeiro - Igreja Nsa. Senhora da Pena - Cidade Histórica, Porto Seguro/BA - SM Contratada pelo Iphan 2002 - Marceneiro entalhador responsável - Restauração do Altar- Mor - Arco do Cruzeiro, Altares Laterais e Forro - Igreja Nsa. Senhora de Nazaré - Porto Sena Engenharia Ltda 2003 - Entalhador e dourador - Restauração do Altar-Mor da Igreja N.S. do Monte Santo 2003/2007 - Marceneiro, Entalhador e Escultor - Studio Argolo - Restaurações de
Bens móveis e imóveis nas cidades de Salvador, Cairu e Maceió
A Editora Oxford comprou o direito autoral de uma de suas obras (xilogravura Bando de Lampião).
Foto: Fabiana Costa/Secult
Em 2016 será lançado pelo historiador e poeta, Thiago Fragata, o livro São Cristóvão Poética e Xilogravada. Para conhecer os trabalhos do artesão Nivaldo Oliveira visite o seu ateliê em São Cristóvão/SE Fone para contato: (79) 8824-2819 / 9163-9432 E-mail: nico_rin@hotmail.com Blog: http://arteerestauracaonivaldooliveira.blogspot.com.br
Oficina Mais Artesanato na Casa do Iphan, ministrada por Nivaldo
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Barco de Fogo está na Espanha POR Rosana Eduardo (Antropóloga e professora da Universidade Federal de Sergipe)
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Curadoras recepcionando o pĂşblico visitante
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Representante da Embaixada do Brasil e estudantes
A equipe Barco de Fogo com a equipe do Centro de Estudios Brasile単os
Imprensa local durante a abertura
Curadoras durante a montagem do acervo 96 aracaju
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Cerimônia oficial de formatura - ProUni
Formandos brasileiros e os diretores do Centro de Estudos Brasileiros (CEB)
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Plaça Major - cartão postal de Salamanca
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O fotógrafo Márcio Garcez, as curadoras e o público visitante
Márcio com as curadoras e a fotógrafa Anna Davyd
Estudantes brasileiros do Programa Top España
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O público prestigiou o evento
Retirada do bambú
Preparação da pólvora
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Vanessa Tölle, Márcio Garcez e Rosana Eduardo na entrada do CEB
Entrevista ao Programa Brasil es Mucho Más que Samba
Pesquisador e artista durante a abertura
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Material de divulgação da Exposição Barco de Fogo
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(79) 3303-2314 Rua Deputado Carvalho Deda, 616 - Bairro 13 de Julho - Aracaju/SE
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