Ano II Nº 7
Set/Out/Nov 2004
Riqueza de Detalhes Leveza, sofisticação, bom gosto e originalidade foram os elementos usados por Alice Fernandes para decorar uma festa de casamento
em estilo Oriental
João Armentano
As impressões do arquiteto sobre a profissão e a cidade de João Pessoa durante sua última passagem pelo Estado
Centro Histórico
A riqueza arquitetônica da capital da Paraíba evidenciada nos monumentos que confirmam a memória viva da cidade
O designer e ar tista plástico Francc Neto pr oduz móveis pr eser vando o meio ambiente artista produz preser eservando Os maiores expoentes da arte contemporânea se encontram na 26ª Bienal de São Paulo Dicas de tintas e cores para renovar o ambiente e prepará-lo para receber o ano novo
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sumário
editorial Em clima de bate papo É primavera. Tempo de flores, novos ares, cores, leveza, felicidade. Foi com inspiração nessa estação tão agradável que preparamos esse novo número da sua Artestudio e você pode sentir logo esse clima com a matéria de capa. Que momento é mais feliz do que um casamento? Pois então, a decoração feita por Alice Fernandes ilustra nossas páginas com muitas flores, colorido e toda inspiração nos cenários do Oriente, provando que os detalhes não somente encantam os olhos, mas permanecem na memória. Nesse clima leve, típico da estação mais bonita do ano, aproveitamos a passagem do renomado arquiteto João Armentano pela cidade e fomos bater um papo com ele. Uma conversa tão interessante que se transformou na entrevista da edição. Entre a diversão nas belas praias do litoral pessoense e um compromisso profissional, Armentano, um paulistano encantado pelas belezas da Socorro, Armentano, Luciana e Márcia Paraíba pára e conversa sobre João Pessoa, discute a construção de espigões na orla marítima, debate sobre a profissão, tudo ao mesmo tempo com a empolgação de quem faz da profissão um motivo de vida. Aliás, a beleza da Capital paraibana é o grande foco desta edição: trazemos uma reportagem sobre a riqueza cultural do centro histórico. Utilidade e preservação do meio ambiente são a temática dos móveis ecologicamente corretos do artista plástico Francc Neto. E a matéria internacional mostra as artes da 26ª Bienal de São Paulo. Com a proximidade do final do ano, as reformas e embelezamento das residências para receber 2005 se fazem necessárias, por isso trazemos também matéria especial sobre tintas, as diferenças entre cada uma e sua utilização. No mais, já estamos em clima de revista de aniversário e trabalhando na edição especial de dezembro que virá recheada de novidades. Enquanto ela não chega, boa leitura e aproveite a primavera.
É
A editoria 04
capa Alice Fernandes inova a decoração de casamento utilizando elementos orientaise surpreendendo nos detalhes
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Impressões sobre arquitetura, paixão pela profissão e opinião sobre a construção de espigões na orla de João Pessoa foram temas do papo com João Armentano
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entrevista
internacional São Paulo se torna centro do mundo durante a Bienal, agregando os maiores exponentes da arte contemporânea
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Móveis e objetos concebidos dentro de uma proposta ecologicamente correta são o diferencial do artista plástico e designer Francc Neto
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Fim de ano pede reforma, pede casa nova, pede novas corres, novos ares. Tudo sobre o uso de tintas e tons para cada ambiente
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A idéia de transformar o espaço destinados aos mortos em um grande jardim originou o projeto do cemitério Parque das Acácias
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design
materiais
projeto
reportagem A riqueza arquitetônica do Centro Histórico de João Pessoa é a memória viva dos 419 anos da cidade
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D
De papo fácil e postura inquieta, o arquiteto João Armentano fala muito sobre qualquer assunto. Basta começar e a conversa flui. Foi assim da última vez que esteve em João Pessoa e bateu um papo com as jornalistas Luciana Oliveira e Socorro e Silva. A conversa estava tão boa e foi tão longa que, quando a entrevista começou já era hora de ele ir embora para um compromisso profissional. Apaixonado por João Pessoa, o tom da conversa foi quase todo sobre a cidade, sua arquitetura e a polêmica sobre a construção dos espigões na orla marítima. Falou também sobre os desafios da profissão e o relacionamento com clientes.
“Arquiteto é um vendedor de
emoções” 06 04
João Armentano
AE - Como é a sua relação com a Paraíba? mentano - Venho sempre a João Pessoa e Armentano Ar desde pequenininho eu era curioso para conhecer o hotel Tambaú que tenho como um marco de beleza arquitetônica. Isso vem do tempo em que eu nem pensava em ser arquiteto. Hoje me fascina pelo diferencial no projeto circular, na praia, como se fosse parte da paisagem. É uma pena que falte interesse, falte cuidado. Se eu fosse o governo, eu investiria para dar uma revitalizada, uma reenergizada. Outra coisa que me chama a atenção é essa informalidade, essa cara de cidade pequena mesmo sendo capital, com uma orla aos olhos de todos, sem prédios altos. Sou um apaixonado por João Pessoa. AE - Essa é uma discussão que vem movimentando alguns interesses. Qual a sua opinião sobre a construção de espigões na orla de João Pessoa? Armentano - Quando se mora em um estado como a Paraíba, o diferencial é essa beleza natural, com uma arquitetura sem pretensões de ficar adornando, enfeitando. Não acredito que seja necessário ter prédios altos na orla marítima, até porque vai acabar deixando a praia igual a de outros estados. Não se deve concorrer com a beleza natural e liberar esse tipo de construção é jogar contra a valorização da região da beira-mar. Por isso sou contra espigões na orla. AE - O tema divide opiniões e há quem acredite que esse é um dos pontos que impede o crescimento do turismo na cidade. O que o senhor acha disso? Armentano - Eu detestaria ter que vir a João Pessoa e ver aqui, o que está sendo feito em grandes cidades. O gostoso de João Pessoa é isso de ser pequena e grande ao mesmo tempo, esse lado pessoal de cidade do interior que fortalece a sensação de qualidade de vida, de limpeza, cuidado. Acho que os que são a favor da naturalidade da orla devem se unir e defender a cidade.
AE - O que te chama a atenção na arquitetura da cidade? Armentano - Acho corretíssimo essa coisa de jogar tudo para trás, para longe do mar. Por exemplo, os prédios mais altos, shoppings, grandes estruturas estão distantes, evitando tumulto, disputa de atenções. Negócios de um lado, diversão do lado contrário. AE - Como o senhor define a profissão? Armentano - O arquiteto é um vendedor de emoções. Ele trabalha com o sentimento, a alma das pessoas e nada mais mágico do que projetar locais que proporcionem momentos mágicos. A arquitetura é poesia no sentido de composição, de começo, meio e fim. Tem sempre uma bossa, um ritmo. AE - O que é essencial no arquiteto? Armentano - A grande obrigação da minha profissão é tentar diminuir o estresse do dia-a-dia e proporcionar espaços confortáveis, agradáveis e funcionais. AE - Seus projetos têm essa cara? Armentano - Procuro valorizar o lado funcional, prático. Existem arquitetos que partem de fora para dentro e outros de dentro para fora do projeto e somente depois avaliam a função plástica. No meu caso eu procuro privilegiar o lado do bem estar, por isso meus projetos têm muito vidro e procuro valorizar a ventilação natural. AE - Como o senhor resolve quando o que o cliente pede é exatamente o contrário? O que fala mais alto, o estilo do arquiteto ou a vontade de quem está encomendando o projeto? Armentano – Quem vem procurar meu trabalho, já vem sabendo o meu estilo e a forma como trabalho, mas quando surgem casos de clientes com idéias “inusitadas”, digamos assim, mostro outras possibilidades e se mesmo assim ele insiste, executo a idéia, mas com um toque João Armentano.
“Quando se mora em um Estado como a Paraíba, o diferencial é essa beleza natural, com um tipo de arquitetura sem ter a pretensão de ficar adornando, enfeitando”
Uma nobr nobree conquista Localizado na praia de Cabo Branco, área nobre de João Pessoa, o Visconde de Cairu é o seu próximo endereço. Elegância e funcionalidade se aliaram neste projeto que sintetiza a qualidade de vida. A mais inteligente opção para quem procura resgatar o equilíbrio com a natureza. No Visconde de Cairu, o verde do mar e da mata nativa não é apenas e l e m e n t o d e contemplação, mas complemento, um benefício que a natureza oferece. O projeto desenvolvido pela Enger tem a preocupação de atender as necessidades dos que irão aqui morar, proporcionando conforto e praticidade. Divulgação
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internacional
O mundo das
26° Bienal de São Paulo
artes Como que em um passo de mágica os maiores expoentes ligados à arte contemporânea se encontram em São Paulo durante as festividades de abertura da 26° Bienal de São Paulo, cidade que se torna então o centro do mundo. Não é para menos, pois a Bienal de São Paulo é a segunda no mundo depois da pioneira Bienal de Veneza. Artistas, curadores, críticos de arte, colecionadores e tantos outros se encontram neste evento que é uma plataforma disseminadora de idéias e oportunidades ligados à área artística cultural. O palco como sempre é a obra arquitetônica histórica de Oscar Niemeyer – Pavilhão Ciccillo Matarazzo – famoso pela magnífica rampa que une seus quatro andares somando 25.000 m² de área expositiva. Pela segunda vez a Bienal esta sob a curadoria de Alfons Hug, alemão de carreira do Instituto Goethe, o qual dirige atualmente esta instituição no Rio de Janeiro. Alfons esteve pela primeira vez em João Pessoa em 1991 como júri do Workshop Brasil/Alemanha, nesta época ele diriga o Instituto Goethe de Brasília. Provavelmente nesta época ele se deparou pela primeira vez com a obra do artista paraibano José Rufino, o qual participou da 25° Bienal de São Paulo convidado por Aguinaldo Farias, curador da representação brasileira naquele evento. A 26°Bienal de São Paulo é focada no tema do “Território Livre” na qual participam artistas de 55 países ligados à chamada “representações nacionais”, além de outros 80 convidados pela própria Bienal. A mostra em si é eclética dando ênfase porém para a pintura, fotografia e vídeo. As instalações e objetos não são a prioridade atualmente. A montagem da exposição é ordenada em setores chamados de “Parque de Esculturas” localizado no subsolo, “Salão de Pintura” no primeiro andar e “Planetário do vídeo” no segundo andar sendo que no terceiro se concentram as salas especiais. “Território Livre” vem a
Fotos Divulgação
C
em um pavilhão
defender a liberdade de criação e expressão artística e estética de cada artista no campo delimitado por seu universo. Martín Sastre, artista uruguaio, apela em seu video “Era iberoamericana: o terceiro mundo no século XXVIII” pelo domínio do Terceiro Mundo sobre os demais países. Este contexto é trabalhado pelo artista de forma irônica, sendo que ele próprio incorpora o herói vencedor de inúmeras batalhas culturais a fim de atingir seu objetivo. Seus opositores são representados por ícones de histórias em quadrinhos que incorporam grandes opositores de sua plataforma. centros euro-centristas ou americano. A ilusão continua presente na obra “Atenas- Beijing” do artista grego Harris Kondosphyris. A instalação possui um caráter lúdico pelo desdobramento espacial de esculturas que se ampliam no espaço – seja pela sombra ou pelo reflexo. A obra revê o território grego como área de migração principalmente ligada à colônia chinesa, que tem ocupado espaço sutilmente no cotidiano nos últimos tempos. Este relato é feito pela sobreposição de imagens, ou seja de protagonistas deste contexto, sobre uma placa de alumínio que reflete o próprio espectador neste contexto. A obra é interdisciplinar contando com a colaboração do músico experimental Vassilis Kokkas e do poeta Panagiotis Bosnakis. Estes elementos todos tornam o “território livre” criado por Harris como um dos mais atrativos desta Bienal pela sua complexidade e leveza. A mostra acontece até 19 de dezembro e homenageia a cidade de São Paulo em seus 450 anos de existência proporcionando ao público entrada gratuita. O “Território Livre” da Bienal está disponível para ser desbravado, analisado e desfrutado pelo público em geral.
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Produzir móveis e objetos decorativos unindo beleza, sofisticação e preservação do meio ambiente através do uso de madeiras politicamente corretas, reutilização de retraços e reaproveitamento de madeiras de demolição é a proposta do desingner Francc Neto, proprietário da Trama Arte & Design, que tem como principal desfio integrar forma, cor e textura indo além do meramente artesanal. “É a consciência da preservação aliada ao design diferenciado, ousado, sem limite criativo”, define o artista plástico e designer Francc Neto que evidencia, dentre tantas linhas, três principais com estando totalmente dentro dessa filosofia. Primevo que é basicamente formada por pontas de prancha mantendo as irregularidades e distorções naturais onde ele faz as intervenções. “É uma linha que me permite lidar com o que a natureza pode ofe-
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recer”, resume Neto. Trama pode ser definida como uma busca constante da ação contrária tanto na textura como nas cores. Nesse caso, o artista abusa da criatividade procurando evidenciar o uso de várias espécies e tonalidades numa mesma peça. Um bom exemplo é a mesa em que é utilizado o anjico (amarelo) com o roxinho (roxo). “Cor, forma e textura são os elementos predominantes”, destaca o artista. Ais, que, como o próprio nome diz é originária de “dor”. A inspiração para criar esta linha veio da ênfase no inferno descrito na Divina Comédia (Dante Aligieri), buscando o colorido através do escuro. “Uso sobras ou madeira de demolição em que procuro enfatizar a constante tensão entre o grande e o pequeno, o peso e a leveza, claro e escuro sempre querendo sentir as dores da matéria-prima”, explica.
Buscar elementos contrários em todos os sentidos é a filosofia da linha Trama que pode juntar em uma mesma peça madeiras de tipos, cores, formatos e origens diferentes
DECORAÇÃO
projeto da capa
Riqueza
de
Detalhes
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Com leveza, sofisticação, bom gosto e originalidade a decoração de um dos casamentos mais badalados de João Pessoa chamou a atenção. Sem exageros, a decoradora Alice Fernandes apostou na cultura oriental. Para decorar o salão de festas, contou com a parceria de Percival Brito.
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Não apenas os componentes da decoração tinham um ar oriental, o clima foi criado desde o convite (em origami), até à lembrança oferecida aos padrinhos (bonsais). “Mas tudo dentro de um limite, já que os noivos não têm nenhuma descendência oriental, mas admiram a cultura desse povo”, ressalta Alice Fernandes. Definido o estilo e começada a pesquisa, o planejamento da riqueza dos detalhes foi iniciado. “Fizemos até ligações para o Japão para ter certeza do que estávamos fazendo o certo e poder enriquecer ainda mais nosso trabalho”, completou Alice, acrescentando que teve como parceira de pesquisa, Célia Araújo. Da idéia inicial ao dia do casamento foram em torno de cinco meses de pesquisa e trabalho.
A valorização da iluminação Cada detalhe da decoração do salão de festas foi bem estudado. A iluminação, por exemplo, foi um quesito importantíssimo. Mais de 80 lanternas foram envoltas em bolas dispostas em forma de cachos. Segundo Alice, a beleza foi valorizada por conta do foco da luz de baixo para cima, feita por apenas um refletor em cada um desses cachos. “Nesse trabalho de iluminação contei com a parceria do iluminador Giusepe Lombardi”, disse a decoradora.
Logo ao chegar à recepção, os convidados eram recebidos por uma gueixa. Metade das mesas dos convidados foi decorada com arranjos baixos e a outra metade com arranjos altos. O arranjo baixo era composto de velas, vidro quebrado e contas de cristal. Os altos foram montados com ikebanas e velas confeccionadas de parafina e gelo. Esse ingrediente faz com que a vela fique esburacada, parecendo uma renda e deixando o pavio aceso por dentro. Ainda nas mesas dos convidados, para o jantar, foram colocados susplats de palha, origamis, rachis (os famosos pauzinhos japoneses) envoltos em papel vegetal com a data e o nome dos noivos, e uma maça do amor. As demais mesas (frutas, sushi, jantar, bolo, doces, café) seguiram o mesmo detalhamento. Quem servia na mesa de sushi, por exemplo, era uma pessoa caracterizada com vestimentas orientais. O bolo, que foi concebido por Alice e Haezel Melo e produzido por Maria Helena Moura, foi todo pintado em aquarela, com detalhes em bambu e flores de cerejeira. Compondo ainda o ar Oriente da festa, Alice usou leques dourados, sombrinhas japonesas, muitos galhos e as belas lanternas. Foram colocadas ainda muitas plantas e as flores foram as tropicais, orquídeas e lisantos. Estas últimas não são muito comuns em casamento, inclusive, por sua cor roxa. Para finalizar, uma nuvem de fumaça perfumada de incensos cobria o ambiente. 17
ORIGINA
Cerimônia religiosa As referências ao Oriente foram valorizadas desde a cerimônia religiosa: as daminhas de honra vestiam saias vermelhas com faixas japonesas e blusas com gola alta. “No início pensamos em usar quimonos, mas preferimos optar apenas por ligeiros toques, que fizessem referência à vestimenta oriental”, explicou a decoradora. Quanto à decoração da igreja, Alice usou folhas feitas em lona, velas com símbolos orientais, laços de palha, poucas flores e revestiu as colunas de palha de bananeira. Na saída da igreja, os convidados receberam cones cheios de arroz e pétalas de rosas, para serem jogados nos noivos, em um gesto de desejo de felicidade.
Trabalho personalizado A originalidade do casamento oriental em João Pessoa já rendeu convites de festas semelhantes para Alice Fernandes. “Realmente foi uma decoração inovadora. Acho que partimos para uma nova tendência, na qual as pessoas irão querer fugir do tradicional e clássico”, ressaltou a decoradora. No entanto, ela ressalta que cada trabalho é único. “Gosto sempre de personalizar meus trabalhos. Cada concepção é única, não há como fazer igual”, completa Alice, que trabalha com decoração há sete anos e, há três, é uma referência em festas de casamento.
ALIDADE
materiais
Renove com as
Cores A
Ao iniciar um projeto de construção ou reforma, a pesquisa e análise das cores de cada ambiente devem ser levadas em consideração. A tinta permite inúmeras possibilidades de criação para inovar a decoração da sua casa ou escritório. Final de ano combina com vida nova e, por isso, sempre é uma boa época para começar a planejar essas mudanças Para quem tem alguma dúvida sobre o resultado, a melhor alternativa é começar usando cores mais suaves com pequenos detalhes em tons intensos. Com o tempo, você pode se surpreender, criando propostas cromáticas cada vez mais ousadas e personalizadas. A escolha da tinta, além de ser uma decisão pessoal, influencia no ambiente. Para uma sala retangular muito comprida, por exemplo, o ideal é pintar as paredes menores com uma cor mais escura. Já no caso de você querer alongar um ambiente quadrado, a dica é aplicar cores mais escuras em duas paredes, uma de frente para outra. Se a idéia for rebaixar o teto, deve-se pintá-lo com uma cor mais escura do que a das paredes. Se o desejo for o oposto, deve-se pintar o teto com uma cor mais clara que a das paredes. Estas e outras dicas são muito importantes para que ao final do projeto, o resultado não seja diferente do planejado. O uso das cores também é essencial para o sucesso do projeto. Cada uma delas dá uma sensação diferenciada ao ambiente. O azul, por 04 20
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exemplo, é tranqüilizante e pode ser usado em grandes superfícies sem se tornar cansativo. O verde equilibra as emoções e é a cor que menos cansa a vista. O vermelho, no entanto, é estimulante, mas não beneficia a atividade mental. Portanto, a escolha dessas cores deve levar em consideração a finalidade do ambiente e não apenas o gosto pessoal do proprietário. A Pintura – Na hora de iniciar a pintura, a ordem correta do trabalho irá economizar tempo e dinheiro. A dica dos profissionais desta área é começar pelo teto, depois paredes, portas, janelas e, finalmente, o rodapé. O tipo de material utilizado também é muito importante. Os rolos são ideais para áreas de grandes proporções, como paredes ou tetos. Existem vários tipos para pintura e a escolha apropriada depende do tipo de tinta que será usada. Para as tintas PVA e acrílica, por exemplo, o melhor é o rolo de lã pêlo baixo. Já para a tinta óleo, esmaltes e vernizes, o indicado é o rolo de espuma. Quanto aos pincéis, conhecidos também como trinchas, podem ser encontrados de vários tamanhos e cores. Essa escolha irá variar de acordo com a área a ser pintada. Para melhores resultados, é importante que sejam sempre usados pincéis de boa qualidade, já que eles têm um efeito direto na qualidade do acabamento e na facilidade com que a tinta é controlada e aplicada.
projeto
Um Imenso
N
No lugar de corredores sombrios, jazigos imponentes, com placas, crucifixos e fotografias, um parque. Foi com a perspectiva de criar um local calmo e sóbrio, com aparência de jardim, que surgiu o primeiro cemitério particular em estilo americano da Paraíba, o Parque das Acácias. Um projeto de arquitetura e urbanismo inovador em João Pessoa, que teve de levar em consideração a tranqüilidade necessária ao local, com o desafio de criar um espaço agradável. O estilo americano preza pela padronização do lugar, já que todas as lápides são iguais e produzidas pelo próprio cemitério. O resultado é um grande tapete de grama onde são colocadas as placas, fugindo do tradicionalismo dos cemitérios convencionais. “É verdade que esse é um tema difícil de ser trabalhado. Mas com pesquisas e informações dos
Jardim
proprietários, conseguimos criar um ambiente diferente dos cemitérios tradicionais e sem o ar fúnebre e desagradável”, afirmou uma das arquitetas responsáveis pelo projeto de arquitetura e paisagismo do Parque das Acácias, Maria Raquel Salmen Maurício. Atualmente, o cemitério conta com 2,4 mil jazigos, mas sua estrutura de 250 mil metros quadrados tem capacidade para 10 mil jazigos. Com isso, o Parque das Acácias vem, inclusive, suprir a falta de vagas nos seis cemitérios da Capital paraibana. Fundado em agosto de 2001 pela MJ Construtora, o Parque das Acácias está localizado no Conjunto José Américo, na zona sul de João Pessoa. O local é circundado por ruas pavimentadas, com canteiros de flores naturais e iluminação a mercúrio. A infra-estrutura do Parque das Acácias envolve amplo estacionamento interno e externo, segurança 24 horas, salas de velório com suítes para repouso, capela ecumênica e em breve funerária e uma central de comunicação. Fazem parte do projeto ainda uma floricultura, lanchonete, enfermaria, heliporto e sala de imprensa. Maiores informações podem ser obtidas pelo fone (83) 262 0340.
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especial
Memória
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João Pessoa é a terceira cidade mais antigas do Brasil e, por esse motivo, possui inúmeros atrativos para quem busca na arquitetura dos últimos três séculos o testemunho do processo de desenvolvimento n o r d e s t i n o . D e n t r o d a s i mplicidade de cada monumento existe uma riqueza enorme que transparece a memória viva dos 419 anos da cidade. As tradicionais igrejas, construções antigas e o clima de saudosismo que impera no Centro Histórico da Capital paraibana deslumbram os olhos. Nesse cenário, destacam-se as Igrejas de São Frei Pedro Gonçalves, de São Bento (antigo Convento), do
Viva
Carmo, com o Palácio Arquidiocesano e a Catedral Metropolitana. A presença de construções barrocas lembra a religiosidade dos colonizadores que aqui deixaram uma diversidade de templos de grande beleza arquitetônica, como o conjunto de São Francisco situado na par te alta, formado pelo Convento de Santo Antônio e pela Igreja de São Francisco, concluído 175 anos após a fundação da cidade. Cantarias em pedra com motivos portugueses e orientais, talhas em madeira recobertas em ouro, azulejos que retratam a paixão de Cristo são parte desta magnífica representação da arquitetura, datada de 1770, o maior destaque da herança barroca em João Pessoa. Completam o conjunto de edificações sacras no estilo barroco o M o ste i ro d e S ã o Bento, a Igreja da Guia e a Capela da Ordem Terceira do Carmo. “Esse conjunto franciscano é um dos mais impor tantes barrocos do País, por isso que a história de João Pessoa é tão impor tante para a História do Brasil”, ressalta a arquiteta e coordenadora adjunta da Comissão do Centro Histórico, Sônia Maria Gonzáles. O barroco (palavra cujo significado tanto pode ser pérola irregular quanto mau gosto) é o período da arte que vai de 1600 a 1780 e se
caracteriza pela monumentalidade das dimensões, opulência das formas e excesso de ornamentação, encontrando nas igrejas, uma forte expressão. Essas relíquias fazem parte de uma época em que a arquitetura procurava expressar em suas formas o sentimento de integração de Deus com os homens , e as igrejas eram verdadeiras representações da morada do Senhor na Terra. O adro da Igreja de São Pedro, restaurado e revitalizado, é hoje um centro de atividades culturais e ar tísticas, predominando ali a arquitetura barroca e colonial, onde se sobressai o antigo Hotel Globo, agora transformado em centro de ar tes. “Ainda temos outras riquezas, como o traçado urbano da cidade original e um grande número de monumentos preservados, nas ruas General Osório, Duque de Caxias e na área do Porto do Capim”, completa Sônia Gonzáles.
Restauração e Revitalização Há 17 anos o Centro Histórico de João Pessoa vem sendo alvo de um projeto de restauração e revitalização, a partir do convênio Brasil-Espanha, uma parceria entre o Ministério da Cultura, através do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), e a Agência Espanhola de Cooperação. Em 1987 foi iniciado o cadastro e o diagnóstico das edificações, para que fosse feita a revitalização por etapas. Durante esse tempo, já foram restaurados e revitalizados as seguintes edificações: adro da
Igreja de São Francisco, Praça do Bispo, Igreja de Santa Terezinha, antigo Hotel Globo, Igreja de São Bento, antiga Biblioteca Pública, Casarão dos Azulejos, Coreto da Praça Venâncio Neiva, Tribunal de Justiça, Praça Antenor Navarro, Largo e Ladeira de São Frei Pedro Gonçalves, Igreja de São Frei Pedro Gonçalves, antiga Fábrica de Vinhos Tito Silva e Estação Ferroviária. Atualmente, está em
obra a restauração da Igreja da Misericórdia e há um projeto para a revitalização de toda a área do Por to do Capim, a par tir de recursos do Prodetur. Há ainda o projeto “Revitalização do Centro Histórico”, promovido pela prefeitura de João Pessoa com o apoio logístico da Caixa Econômica Federal. A idéia é habitar o local onde nasceu a cidade. “Hoje nós
temos um patrimônio construído, privado e público muito grande, mas que é subutilizado. Ao mesmo tempo temos um déficit habitacional enorme. Nós acreditamos que é possível incentivar um cer to grau de adensamento populacional no Centro Histórico, através da formulação de pequenos condomínios nos casarões”, explica o arquiteto Amaro Muniz, coordenador da equipe de profissionais envolvida no projeto. O projeto prevê unidades habitacionais com um número de apartamentos variável, possibilitando uma ocupação bastante diversificada não só do ponto de vista econômico, como também comportamental e cultural. Além de combater o déficit habitacional, a idéia é recuperar o patrimônio histórico, revitalizar imóveis que estão sem utilização e trazer vida para uma área morta da cidade.
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painel A Modulare lançou, no último dia 17 de setembro, sua nova linha de modulados, a Universum. O coquetel, organizado pela proprietária Vanessa Queirós, foi marcado pela presença de mais de 30 arquitetos que foram conferir o novo show room da loja, localizada na Epitácio Pessoa. O projeto arquitetônico da Modulare é de Katiana Guimarães. A ambientação do show room é assinada por Cassandra Vasconcelos e a decoração é da Bazaart.
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02 01. Percival Brito e Vanessa Queirós 02. Vanessa Queiroz, Janine Holmes, Cris Caldas e Márcia Barreiros 03. Nilene Borba e Vanessa Queirós 04. A equipe da Modulare: Cássia Fabiana, Alberto Ferreira, Sandra Tavares, Cassandra Vasconcelos, Josane Amaral, Paula Quintas e Vanessa Queirós 05. Alice Holanda, Orlando Queirós, Vanessa Queirós e Alisson Holanda 06. Henrique Santiago, Vanessa Queirós e Joanice Mendes 07. Vanessa Queirós e Antonio Neto
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painel O programa SER de fidelidade Portobello Shop foi lançado em grande estilo na Paraíba. Os arquitetos e demais convidados que compareceram ao café da manhã promovido pela loja puderam conferir o conteúdo do programa. Quem obtiver as maiores pontuações terão os trabalhos divulgados em revistas de circulação nacional.
01. Abelardo Jurema, mestre de cerimônias e Valdelice Campelo. 02. Bethânia Tejo, Valdelice Campelo, Débora Julinda, Íris Galvão, Íria Tavares e Carmen Mello. 03. Gilma Fernandes, Márcia Barreiros, Valdelice Campelo, Jussara Chianca e Henrique Santiago. 04. Raquel Pereira, Larissa Gadelha, Waleska Menezes e Giovana Rolin.
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expediente Diretora Executiva: Márcia Barreiros Diretoras de Redação: Luciana Oliveira - DRT/DF 1.849/97 Socorro e Silva - DRT/PB 1.135/97 Redação e Edição: Formato Assessoria de Comunicação formatoassessoria@yahoo.com.br 83 241-6739 Diretora Comercial: Márcia Barreiros Diagramação: Renato de Sousa Fotografias: Stanley Talião, Márcia Visani, Clayton Castro e Francisco França Correspondente Internacional: Teresa de Arruda Pré-impressão: Multimagem Impressão: Gráfica JB
A revista Artestudio é uma publicação trimestral com uma tiragem de 6 mil exemplares de distribuição dirigida e gratuita. A reprodução de seus artigos, fotografias e ilustrações requer autorização prévia e só pode ser feita citando a sua fonte de origem. As colaborações e artigos publicados são de responsabilidades exclusiva de seus autores, não comprometendo a revista, nem seus editores.
carta do leitor Olá meninas da Artestudio. Muito me agradou saber que na minha velha Paraíba tem gente preocupada em produzir um veículo tão bonito e de tamanha qualidade gráfica como esta revista. Longe do estado há algum tempo, tive acesso à última edição através de uma amiga e tenho algumas observações: acho que a revista poderia ter mais páginas – fiquei com água na boca querendo mais e não tinha. Outra coisa, senti falta de matérias do interior do estado. Temos tantas belezas em cidades como Guarabira, Patos, Sousa que não estão sendo exploradas. Que tal investir nisso no próximo número? No mais, textos bons e bem escritos, fotos com excelente qualidade e o melhor, a inovação. Quem diria que na Paraíba iria vingar uma revista de arquitetura? Heleno Gonçalves (Empresário)
Muito obrigada pelas considerações Heleno. Ficamos contentes que tenha visto a revista com olhos críticos. Todas as observações foram registradas e estão sendo discutidas. Algumas delas já serão sentidas na próxima edição A editoria ••• Gosto muito da revista Artestudio e estou me surpreendendo a cada edição. As entrevistas estão excelentes e me apaixonei ainda mais pela Janete Costa, após ler a sexta edição da Artestudio. Quero parabenizar as responsáveis pela revista e fazer apenas uma ressalva: por que a última edição teve menos páginas que as anteriores? Senti falta de algo mais. Márcia Ferreira (Funcionária Pública)
Tivemos alguns problemas de ordem técnica e por isso a revista saiu com algumas páginas a menos. Procuraremos fazer o possível para que o fato não se repita. Agradecemos as observações. A editoria
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vão livre Sem Pé, Nem Cabeça Amaro Muniz Castro* Espaço aberto para você, é a nossa proposta com esta coluna. Aqui você pode falar abertamente sobre arquitetura, decoração, ambientação, arte e design. Solte o verbo, afinal o Vão é Livre.
Nosso povo tem realmente uma cabeça muito criativa, está sempre recorrendo a palavras mágicas para realizar seus desejos, já recorremos a palavras como Republica, Modernismo, Globalização etc. Como ao que parece nenhuma das palavras mágicas invocadas realizaram nossos desejos, percebemos a necessidade de uma nova palavra mágica que veio na forma de Cidadania. Ocorre que Cidadania, como República, como Modernismo, como Globalização etc., não são palavras mágicas que realizam desejos, são princípios que precisam ser arduamente e diuturnamente trabalhados. A Cidadania por ser um fenômeno comportamental novo, exige reflexões, requer tratamento mais amplo no âmbito dos direitos e das obrigações mas não se completa com isso, precisa de gestos que mesmo não sendo obrigações, tragam conquistas. A Cidadania pode ser exercitada individualmente mas sempre na direção da conquista comum, uma simbiose permanente entre indivíduo e sociedade. Assim um bom ambiente para iniciar essa prática é a nossa própria casa, seja ela isolada ou parte de um edifício. A casa tem imenso caráter simbólico, talvez o maior, é a nossa parte particular da cidade, é só nossa mas para por aí, visto que ao cruzarmos o portão estamos na calçada, o mais imediato espaço público. É a calçada que nos liga ao vizinho, à rua e por isso aos diversos vizinhos da rua. Assim a calçada facilita a
transformação da rua, de um elemento inicialmente físico para um lugar de viver. Se desejamos ter um lugar não só para morar mas sobretudo viver e queremos viver melhor, nada mais oportuno que deixemos de tratar nossas calçadas como um bem particular, até porque legalmente não é, e sim como um bem comum para o uso coletivo, longitudinal e não só transversal, uso quase imposto pelas diferenças de níveis, verdadeiros degraus separando vizinhos, tão presentes nas mil calçadas da cidade. Como os muros, nossas calçadas separam casas e pessoas, quando deveria aproximá-las. Ao agirmos assim esquecemos inclusive da função social da calçada que tem um compromisso fundamental com a acessibilidade sobretudo daqueles portadores de necessidade especiais, não raro vemos rampas de acesso a casas e edifícios interceptando as calçadas. Não custa lembrar que podemos ser um desses portadores de necessidades especiais a qualquer momento. Cada calçada de cada imóvel segue regras próprias de desenho e materiais como se fosse um concurso para afagar o individualismo e assim perdemos outra oportunidede que é o tratamento paisagístico das ruas e por fim da cidade. Os arquitetos têm aí oportunidade de contribuir para a mudança desse aspecto urbano tão desagradável que estamos assistindo nos últimos tempos. Se não conseguirmos melhor organizar o lugar para por os pés como poderemos ter um lugar para nossas cabeças?
* Amaro Muniz Castro Arquiteto
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Você é o nosso principal convidado para dar vida ao SER Portobello Shop: o Programa de Relacionamento com Especificadores da Portobello Shop. Um jeito diferente de reconhecer atributos e qualidades e criar relações duradouras.
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Os Especificadores SER Portobello Shop contam com os seguintes serviços em toda a Rede de Lojas Portobello Shop: a) Exclusividade (o Especificador quer se sentir como um SER especial, diferente). b) Flexibilidade (as pessoas na Portobello Shop estão dispostas a buscar soluções). c) Reconhecimento (na Portobello Shop nossos parceiros são sempre distinguidos por seus atributos e qualidades). d) Informação (somos uma organização que deve contribuir para o desenvolvimento profissional e pessoal do Especificador).
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Iris Galvão Amorim Primeira colocada pela pontuação no 1º Ranking trimestral Regional
Mármore Carrara e Preto Nero Arquiteta: Íris Galvão Amorim
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