Revista AE 15

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Ano IV Nº 15

Set/Out/Nov 2006

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Em busca do bem-estar Geórgia Geórgia Suassuna Suassuna adapta espaços adapta espaços para para projetar projetar clínica clínica médica médica ee garantir garantir aa comodidade comodidade dos dos pacientes pacientes

Arquitetura e Quadrinhos O O cuidado cuidado com com aa ambientação ambientação dos dos personagens personagens das das histórias histórias em em quadrinhos quadrinhos valoriza valoriza aa comunicação comunicação ee aa torna torna mais mais eficiente eficiente Carmem Lúcia e Silvana Chaves integram salas de apar tamento e valorizam obras de ar te Larissa Vinagre e Suellen Montenegro ambientam escritório de advocacia com sofisticação ambienta sala espaçosa com criatividade AdjalmirKatiana Rocha Guimarães projeta concessionária toda em estrutura metálica




Editorial Valorizando o conforto

V

Você está recebendo mais uma edição da revista Artestudio repleta de novidades e assuntos interessantes. Logo na capa, como nosso cartão de visitas, apresentamos um belo projeto da arquiteta Geórgia Suassuna que valoriza, acima de tudo, o conforto e o bem estar. Para projetar uma clínica de urologia na avenida Rui Carneiro em João Pessoa, a arquiteta readequou alguns espaços para dar mais tranqüilidade e aconchego aos usuários do local, resultando em uma bela edificação interna e externamente. De um modo geral, esta também tem sido a proposta da Artestudio. Com pequenas mudanças e adequações, temos melhorado cada vez mais nossa publicação para que você, leitor, se sinta mais confortável e bem informado. Tudo isso embalado em belas páginas. Ainda trazemos nesta edição, mais três projetos de profissionais paraibanos: a ambientação de um apartamento, por Carmem Lúcia Lins e Silvana Chaves; a ambientação de um escritório de advocacia, de Larissa Vinagre e Suellen Montenegro; e o projeto de arquitetura de uma concessionária em Campina Grande, por Adjalmir Rocha. Já a nossa entrevistada é uma típica paulistana, Brunete Fraccaroli. Uma das mais renomadas designers de interiores do país esteve em João Pessoa, proferindo palestra organizada pelo Clube Décor. Na entrevista, ela nos fala da sua paixão pela profissão e da necessidade de ser ousada na medida certa. Nas repor tagens, você ficará informado sobre a recuperação do passeio público de João Pessoa e sobre a importância dos projetos de acústica. A matéria especial, produzida pelo jornalista especializado em cultura, Renato Félix, mostra um tema super interessante: a importância da arquitetura nas histórias em quadrinhos. E a matéria sobre materiais traz a volta do uso do papel de parede. A seção Vão Livre também aborda temas bastante discutidos ultimamente: a acessibilidade, a ergonomia e a psicologia ambiental como elementos essenciais do habitat das pessoas. A arquiteta e professora Mônica Souto Maior escreveu um texto muito interessante sobre o assunto. Aproveite a nova edição da Artestudio. Procure um lugar confortável para ler suas páginas e pense no seu bem estar tendo um belo produto em suas mãos com informação direcionada e diferenciada. Aguardamos sua sugestão para a próxima edição. Boa leitura.

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Sumário

w w w. a r t e s t u d i o r e v i s t a . c o m . b r

capa

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Projeto de Geórgia Suassuna valoriza materiais naturais e garante o equilíbrio e o bem estar aos usuários de uma clínica médica

entrevista

08

Com um estilo par ticular e contemporâneo, Brunete Fraccaroli destaca-se como uma das grandes arquitetas e designer de interiores do país

internacional

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II Mostra Internacional Rio Arquitetura (MIRA) expõe trabalhos de profissionais de nove países, em setembro

especial

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Boas histórias em quadrinhos valorizam a ambientação dos personagens e a arquitetura das cidades onde eles vivem

acervo

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Um dos mais antigos casarões de João Pessoa é restaurado e contribui para o crescente movimento de preser vação do Centro Histórico

reportagem

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Três praças de João Pessoa são reestruturadas, requalificando áreas antes ociosas ou abandonadas

materiais

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Com uma variedade de cores, texturas, motivos e acabamentos, papel de parede volta a ser usado em projetos de designer de interiores

e mais os arquitetos Carmem Lúcia Lins e Silvana Chaves 16

Adjalmir Rocha 18

Larissa Vinagre e Suellen Montenegro

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Entrevista

Ousadia com talento Brunete Fraccaroli arquiteta e designer de interiores Paixão pela profissão. Esse é o segredo do sucesso da arquiteta e designer de interiores paulistana Brunete Fraccaroli. As ferramentas utilizadas por ela são ousadia e dedicação. Com um estilo particular e contemporâneo, Brunete vem atuando como uma profissional de grande destaque, tanto por sua marca inconfundível, quanto por estar presente nos mais notórios projetos de design de interiores dos últimos anos. Seu trabalho já ultrapassou fron-teiras e, além de residências e empreendimentos brasileiros, chegou a Nova York (EUA), Miami (EUA), Milão (Itália) e Punta del Este (Uruguai). Soma-se ao seu currículo a participação consecutiva em doze mostras Casa Cor, evento anual que reúne alguns dos melhores arquitetos, decoradores e paisagistas do país. Com 17 anos de experiência e especializada em interiores, Brunete diz que o diferencial de seu trabalho está nos projetos contemporâneos, ecléticos e personalizados que realiza. “Podemos ser ousados respeitando alguns limites, mas é preciso ousar para conseguir um diferencial”, afirma a arquiteta na e n t revista a seguir, concedida à jornalista Luciana Oliveira.

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AE: Um dos pontos enfocados pela senhora, em seus projetos, é planejar a casa para ser bem utilizada. Que elementos o arquiteto e o designer de interiores devem utilizar para dar esse conforto ao cliente? Brunete: O máximo de funcionalismo unido ao conforto. Assim o primeiro de tudo é captar as reais necessidades do cliente, para criar ambientes realmente necessários e que tenham todos os equipamentos nele. AE: O arquiteto deve deixar a marca de seu trabalho nos projetos ou o gosto e a opinião do cliente estão em primeiro lugar? Como lidar com isso? Brunete: S e m p r e p r o p o m o s uma, duas ou três opções para o cliente. Mas, antes disso, temos uma boa conversa com o cliente, interpretamos os seus desejos e suas necessidades. Te n t a m o s s e m p re d e i x a r o cliente confortável e satisfeito com o seu lar. AE: Como ser ousado em ambientação sem extrapolar limites? Ou não há limites? Brunete: Podemos ser ousados respeitando alguns limites, mas é preciso ousar para conseguir um diferencial. Assim temos que estar bem informados de tudo o que acontece no design e na arquitetura em geral, para podermos desenvolver o próprio design de interiores. Conseqüentemente, dosamos um pouco a mais ou a menos dependendo do cliente. AE: Qual a importância para o profissional de arquitetura/ decoração par ticipar de mostras como a Casa Cor? Ele se aproxima mais do cliente?

Brunete: O profissional se aproxima de clientes, de bons fornecedores, parceiros que disponibilizam seus produtos, assim podemos ousar ao máximo, expondo idéias realmente despojadas e totalmente possíveis que acresc entam cada vez mais valor na arquitetura e design de interiores. A E : O currículo de Brunete Fraccaroli é recheado de premiações. Qual o segredo do seu sucesso? Brunete: Muita paixão pelo trabalho, dedicação e muita informação sobre o que está ocorrendo no mundo. AE: Como a senhora define sua profissão? E como define a profissional de arquitetura Brunete Fraccaroli? Brunete: Na arquitetura temos muitas possibilidades de criação e de transformação, deixando tudo em harmonia, organizado, funcional e bonito de se ver. A profissional Brunete Fraccaroli é muito dedicada e quando entra no escritório não quer sair mais. Já fiz muitos projetos que não deram cer to financeiramente, mas ao mesmo tempo trouxeram muita satisfação. Gosto muito do que faço e independentemente do dinheiro ou do reconhecimento que possa me trazer. AE: Quais impressões a senhora guardou da arquitetura de João Pessoa? Brunete: Uma arquitetura muito bonita e que a cidade conserva ainda muito de suas raízes, sua história, suas heranças culturais, mas que vem se desenvolvendo muito rápido.

“O arquiteto deve captar as reais necessidades do cliente para criar ambientes realmente necessários” Brunete Fraccaroli

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Internacional

II MIRA 2006 Mostra Internacional reúne projetos de nove países no Rio de Janeiro A segunda edição da Mostra Internacional Rio Arquitetura (Mira 2006) está reunindo projetos de vários países, nos centros culturais do Rio de Janeiro e de Niterói, até o dia 24 de setembro. Brasil, Itália, França, Áustria, Suíça, Alemanha, Espanha, México e Portugal estão sendo representados por diversos artistas de renome internacional, no evento que tem como objetivo promover a popularização da arquitetura. Além de várias obras, a Mira 2006, que é organizada pelo Instituto dos Arquitetos do Brasil-RJ, apresenta ao público uma variada programação, que inclui seminários e exibição de filmes. Nesta segunda versão do evento, o Brasil é representado em três exposições e pelo projeto “Panorama Cone Sul de Arquitetura”, que já foi premiado em concursos nacionais e internacionais. O México participa da II Mira com “Arquitetura da Imagem”, mostra de fotografias da arquitetura do país em diversas épocas, no Centro Cultural da Justiça Federal. Já a Itália está sendo representada pelo premiado arquiteto Paolo Portoghese e a exposição “Espaço sagrado nas três religiões monoteístas”, que exibe projetos para igrejas, mesquitas e sinagogas. Os dois trabalhos estão expostos no Museu Histórico Nacional. Paolo Portoghese integra o projeto Filhos de Abraão, que faz uma reflexão sobre aspectos das culturas muçulmana, cristã e judaica na busca de novos rumos para a tolerância religiosa e a construção da paz mundial. Segundo a curadoria da

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exposição, o tema - “Espaço sagrado nas três religiões monoteístas” - foi escolhido pelo fato da linguagem arquitetônica ser capaz de comunicar visualmente a história, os valores e princípios de gerações de homens que, nascidos de um mesmo pai, Abraão, assumiram ao longo dos tempos uma identidade própria. Além dos projetos de Portoghese, a Itália está trazendo para o Brasil a exposição “Arquitetura de Pedra”, projetos apresentados na feira de Mármore de Verona nos quais o uso de rochas é intensivo. No espaço Arquivo Nacional, estão os projetos franceses, que apresentam intervenções em prédios históricos, e a mostra “A arquitetura do real”, de arquitetos contemporâneos. A Áustria trouxe os trabalhos do arquiteto Clemenz Holzmeister, que estão expostos no Centro Cultural dos Correios. Já a Suíça apresenta projetos de arquitetos do Cantão de Ticino, no Espaço Telemar. A Espanha tem trabalhos apresentados na Bienal de Arquitetura Espanhola. A participação de Portugal na II Mira é com a mostra “A Arquitetura de Álvaro Siza”, que reúne fotografias de José Manuel Rodrigues, retratando o trabalho do arquiteto Álvaro Siza, que chamado para coordenar o projeto de recuperação da Cidade Velha, fundada pelos portugueses em 1492 e candidata a Patrimônio Mundial da Unesco. Ainda estão previstas a exibição de documentário e a conferência “A arquitetura portuguesa e a brasileira”, de Alexandre Alves Costa.



Especial

Arquitetura e quadrinhos Boas histórias levam em consideração a ambientação dos personagens nas cidades e tornam a comunicação mais eficiente

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Se você cria um personagem, você tem que criar um mundo para ele. E, ao fazer isso, está criando também a arquitetura desse mundo. Parece óbvio, mas nas histórias em quadrinhos, onde o desenho é fundamental, essa relação torna-se ainda mais próxima, mesmo que não diretamente. A função dos quadrinhos não é propor inovações nessa área, mas eles acabam utilizando a arquitetura para tornar mais eficiente sua comunicação. A ambientação é cada vez mais fundamental para uma HQ moderna. Às vezes, os desenhistas elaboram bastante

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ao tratar da arquitetura das cidades onde se passam a história. É o caso, por exemplo, da série A Liga Extraordinária, escrita por Alan Moore e desenhada por Kevin O’Neill. A trama junta em uma mesma equipe alguns dos principais personagens de ação, fantasia e ficção científica da literatura britânica do final do século 19: Alan Quatermain (de As Minas do Rei Salomão), Dr. Jekyll (de O Médico e o Monstro), Capitão Nemo (de 20 000 Léguas Submarinas) e por aí vai. Moore imaginou que, numa sociedade com tantos expoentes, o desenvolvimento chegaria mais rápido do que

Metrópolis, cidade fictícia do Super-Homem, em “Os Melhores do Mundo”

chegou no “mundo real”. Assim, embora o que predomine seja a arquitetura e o urbanismo típico da era vitoriana, um dos quadros dá destaque a elementos modernos na paisagem, como um passadiço monumental, erguido por guindastes, com direito a uma placa mostrando que como previsão para a conclusão o ano de 1902. O desenho de página inteira está logo na segunda página da história e é inegável sua eficácia em mostrar no que este ambiente é próximo da nossa realidade e o quão é distante. Provavelmente, a definição de uma arquitetura como que para sublinhar a personalidade de personagens não encontre paralelos ao que acontece com os dois mais conhecidos super-heróis dos quadrinhos: Super-Homem e Batman. Os dois tiveram suas diferenças ressaltadas nos últimos anos e isso refletiu significativamente na maneira como as cidades fictícias onde moram são retratadas. É só pegar uma história onde os dois aparecem e verificar, como a minissérie Os Melhores do Mundo , escrita por Dave Gibbons, ilustrada por Steve Rude e Karl Kesel e colorida por Steve Oliff. A série em três partes é toda sobre a dicotomia entre os dois personagens: o SuperHomem representa a luz; o Batman, as trevas. Assim, quando Gotham City aparece,


Maurício de Souza retratou Verona na “Turma da Mônica”

em páginas dupla, ela é lúgubre, com torres góticas (o nome da cidade não é à toa) sendo iluminadas pelos últimos raios de sol. Algumas páginas depois e surge Metrópolis, também em página dupla: com um pomposo arco e linhas arrojadas, o lugar fica entre as linhas limpas e clássicas e o futurismo, incluindo muitas superfícies espelhadas. Não é difícil imaginar que um herói se sentiria deslocado na cidade do outro, e é justamente com isso que a ótima história passa a jogar. Mas o estilo arquitetônico pode ser muito mais próximo do real e ainda assim ser usado de modo muito significativo. Will Eisner é considerado o maior quadrinista de todos os tempos e em seus últimos anos de vida se dedicou a contar histórias que remetiam à sua infância nas vizinhanças pobres de Nova York, como as do álbum Pequenos Milagres , lançado este ano no Brasil. As casas amontoadas, as escadarias, os becos com suas escadas de incêndio, as lojinhas... Tudo isso é o registro arquitetônico de uma época e locais muito precisos na história dos Estados Unidos, e, sem dúvida, componentes formadores de uma parcela da sociedade americana – e é disso que tratam algumas das melhores histórias de Eisner.

As histórias cômicas também usam a arquitetura como elemento importante de ambientação ou reflexo psicológico de seus personagens. Com bastante descompromisso, é claro, mas é fácil observar que uma história infantil como Mônica e Cebolinha no Mundo de Romeu e Julieta não teria o mesmo efeito encantador se não tivesse havido um esmero em retratar a Verona clássica, com seus sobrados, sacadas, colunas, fontes e imagens esculpidas. Essa preocupação deu um outro status à história que deixou de ser apenas uma aventura a mais da Turma da Mônica, para ser considerada um dos momentos mais geniais da criação de Maurício de Sousa. Da mesma forma, o brasileiro Renato Canini não se fez de rogado ao abrasileirar o máximo possível o Zé Carioca e instalá-lo num morro, com direito a morar em um barraco de madeira! Já o americano Carl Barks pesquisava na revista National Geographic para ter a exata informação de como era a arquitetura de

Alan Moore imaginou que o desenvolvimento chegaria rápido na sociedade criada na “Liga Extraordinária”

certas civilizações perdidas as quais ele fazia o Tio Patinhas, o Pato Donald e seus sobrinhos encontrarem durante as muitas aventuras que escreveu. É o caso da clássica Perdidos nos Andes. Ele compreendia, que uma boa história em quadrinhos pode até não depender dessa preocupação com a arquitetura da ambientação – mas só tem a ganhar se levá-la em conta. Texto: Renato Félix

Em “Pequenos Milagres”,Will Eisner retrata a sua vizinhança pobre em Nova York, com casas amontoadas, escadarias, becos, lojinhas

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Interiores

Arquitetas harmonizam espaços, valorizando obras de arte e proporcionando mais conforto aos moradores

Ambientes integrados U

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Um apartamento na praia do Cabo Branco, com amplos ambientes, que deveria abrigar uma grande quantidade de livros e obras de arte, valorizando o conforto e o bem estar de seus moradores. Para acatar esta proposta dos clientes, as arquitetas Carmem Lúcia Lins e Silvana Chaves optaram por uma sala integrada, com ambientes de estar, televisão, som e jantar. As profissionais trabalharam com algumas adequações estruturais que garantissem essas necessidades. Na sala de estar utilizou-se móveis modernos, cores discretas, sofás e poltronas com linhas retas, obtendo uma combinação harmônica. Para a sala de televisão e som, assim como para os outros ambientes usou-se móveis de qualidade reconhecida, garantindo conforto, durabilidade e versatilidade, propiciada principalmente pelo uso de poltronas de apoio giratórias que podem atender ao ambiente onde está localizada e ao ambiente vizinho. No móvel projetado, que abriga vídeo e som, foi usado revestimento na cor branca e wengué, aliando a claridade do branco ao


aconchego da madeira. A sala de jantar abriga mesa quadrada em madeira com oito cadeiras, privilegiando o espaço para a circulação. Quanto aos livros, a idéia foi unir dois espaços para criar um único ambiente, transformando-o em um escritório amplo, propício ao convívio diário, pois é o local do apartamento mais utilizado no dia-a-dia. Sendo assim, deixou-se um espaço central de convivência com sofá e pufe para descanso, além de mesa redonda para estudo e apoio, deixando espaços para circulação, atendendo aos requisitos da funcionalidade e conforto. Ainda neste ambiente, foram dispostas estantes nas paredes, prateleiras, para acomodar o acervo da família, sem esquecer de deixar espaço para a sua ampliação. Abrigou também local para dois microcomputadores e por último acomodaram-se vários objetos de valor estimativo. Os ambientes dedicados à cozinha e ao banheiro foram trabalhados com materiais resistentes e duráveis, como o granito, o inox e o vidro.

Iluminação valoriza obras de ar te arte A iluminação da sala foi pensada para exaltar as telas e seu valor como obra de arte, através da luz pontual por spots de embutir móveis para lâmpadas halógenas do tipo dicróica com alto IRC (Índice de Reprodução de Cor), que varrem as paredes onde estão os quadros. Para a luz geral, foram utilizadas luminárias tipo globo em vidro leitoso. Uma releitura dos anos 60, propiciando uma luz difusa com baixa luminância. Para o escritório, como a atividade de leitura e estudo requer alta luminância, usou-se spots de embutir com lâmpadas fluorescentes brancas, ou seja, de altas temperaturas de cor. Esse mesmo conceito foi usado para a cozinha.

Arquitetas:

Carmem Lúcia Lins e Silvana Chaves

Projeto: Ambientação do Apartamento Iluminação: B & M Granitos: Pedra Polida Mobiliário: Espaço A - Sierra Móveis Projetados: Dellano Piso : Porcelanato Elizabeth Tapetes: Adroaldo Tapetes do Mundo Fotos: Mano de Carvalho

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Arquitetura Uma grande

vitrine

U

Arquiteto:

Adjalmir Rocha Projeto: Concessionária de Veículos Iluminação: Emporium da Luz Texto: Luciana Oliveira Fotos: Cesar de Cesário

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A estrutura metálica foi utilizada em todo o projeto, até na circulação que dá acesso ao segundo pavimento

Uma grande estrutura metálica com um espaço interno bastante flexível. Foi partindo desta idéia que o arquiteto Adjalmir Rocha projetou uma concessionária de veículos, no Centro de Campina Grande. Com exceção da laje do térreo, todo o restante da edificação foi executado em estrutura metálica, inclusive a circulação vertical que faz a ligação entre os dois pavimentos. “Tanto no acabamento interno, quanto no externo, optamos por seguir uma linha clean, com o objetivo de não interferir nas cores dos carros”, completa o arquiteto. Da forma que foi projetada, a loja parece uma grande vitrine de carros, deixando o produto valorizado e destacado. Como o terreno era de dimensões irregulares e com forte declive, o arquiteto priorizou a construção em dois pavimentos. No pavimento térreo com mezanino estão o show-room da loja, o setor de atendimento ao público, escritório e infra-estrutura de apoio. No sub-solo estão estacionamento para clientes, dique para limpeza dos carros e depósito. Segundo Adjalmir, um dos grandes destaques do projeto é a estrutura de sustentação com uma grande coluna em 45 graus que tem também a função de mastro promocional e comemorativo de eventos.



Interiores

Harmonioso e Funcional S

Sofisticado, charmoso e funcional. Estes três adjetivos retratam muito bem o projeto de design de interiores de um escritório de advocacia desenvolvido pelas arquitetas Larissa Vinagre e Suellen Montenegro, da 2LS Arquitetura. Localizado em um shopping da capital paraibana, a sala, de 48m2 , ganhou elementos arrojados e agradou o cliente que desejava um ambiente contemporâneo. “O entrosamento foi ótimo, por isso o resultado

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ficou tão interessante. Ficamos livres para criar e ele sempre nos consultava antes de comprar qualquer móvel ou objeto”, disse Larissa Vinagre. O primeiro passo do projeto, segundo as arquitetas, foi criar uma fachada que valorizasse o escritório, tornando-o visível desde o início do corredor. “Optamos por substituir as paredes de gesso por um painel de esquadrias de madeira, vidro e inox, que contribuiu para deixar o ambiente fluido, além de integrá-lo à área comum do prédio. A nova fachada transparece a imagem do escritório a todos que diariamente passam pelo local”, ressaltou Suellen. Para estabelecer ainda mais essa relação interior/exterior, foi projetado um detalhe de madeira, que começa nas portas de inox e segue pelo gesso, criando uma linha guia q u e c u l m i n a c o m a l o g o m a r c a d o escritório, localizada na parede vermelha da recepção.


O corredor tem dois visuais diferenciados, com o armário fechado (á esquerda) ou com ele aberto (à direita). Na segunda opção, aparece o acervo da biblioteca

Atendendo às necessidades do cliente, os ambientes foram setorizados em: recepção, copa, dois escritórios para advogados, lavabo, biblioteca e área para arquivo morto. O uso de materiais nobres e resistentes - vidro, inox e madeira - está presente em todos os espaços. Outro detalhe do projeto é que o mobiliário foi desenvolvido em módulos, permitindo a sua adaptação a outro ambiente, em caso de mudança. O posicionamento das salas dos advogados e a localização do lavabo – no final da sala – resultaram em uma área de circulação longa. Para aproveitar o espaço, as arquitetas projetaram uma biblioteca e o arquivo morto ao longo da parede, a partir da estrutura de um pilar já existente. “O mais interessante deste projeto é que ele tem duas roupagens, permitindo a disposição dos módulos das estantes de duas maneiras”, explicou Larissa.

A leitura harmônica de todos os espaços é outro diferencial do projeto. Da fachada ao lavabo, o equilíbrio de formas e materiais é uma constante. O uso da cor branca contribuiu para dar uma sensação de amplitude na sala e a utilização da madeira zebrano e da cor vermelha garantiram unidade ao projeto. No lavabo, foi seguido o mesmo conceito do restante do projeto, imprimindo um toque de sofisticação com o painel de madeira e os acessórios em inox. No rodapé e nas esquadrias, que também foram detalhados pelas arquitetas, foi utilizada a madeira ipê. Em relação à iluminação, as profissionais optaram por efeitos e nuances amarelas e brancas. A iluminação pontual está presente em todo o projeto. “Na área de trabalho, utilizamos luzes de cor branca. Já para realçar detalhes, como as telas e os objetos de decoração, optamos pelas de cor amarela, que transmitem mais aconchego”, destacou Suellen. Arquitetas:

Larissa Vinagre e Suellen Montenegro Projeto: Ambientação de Escritório de Advocacia Climatização: Termotec Esquadrias e Rodapés de Madeira: Fecimal Luminárias: Emporium da Luz Peças de Inox: Servinox Vidros: República Vidros Texto: Kaylle Vieira Fotos: Eclécion Eloy

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Reportagem

Imagem cedida - Casa Cor 2006 - SP

Confor to invisível O

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O crescimento desordenado das cidades intensificou o nível de ruído produzido em ruas e avenidas, piorando a qualidade de vida. Problemas de acústica, no dia-a-dia, em residências, apartamentos e edifícios de escritórios têm sido uma constante. Para minimizar esses ruídos, os profissionais de arquitetura devem estar cada vez mais informados sobre produtos e materiais que trazem conforto aos ambientes. Esses materiais podem ser colocados em forros, pisos, paredes, ou ainda envolvendo instalações prediais. Tudo irá depender das especificações dos sistemas adequados e da sua inserção em projetos bem dimensionados. “Cada elemento da construção tem alguma influência sobre as características acústicas do edifício. Por isso, é preciso que todos os fatores envolvidos sejam claramente compreendidos e incorporados durante o projeto para que tenhamos resultados satisfatórios”, ressalta o publicitário e empresário do ramo de projetos e instalação de som e imagens, José Carneiro de Carvalho Neto.

É importante levar em consideração, que não há fórmulas prontas para projetos de acústica e que essas soluções devem ser pensadas no início da elaboração dos projetos de arquitetura. Tudo deve partir da identificação do uso de cada espaço. Quando o objetivo é agregar conforto acústico a um ambiente, a primeira opção é eliminar a fonte de emissão de sons ou substituíla por outra mais silenciosa. Certos materiais causam um isolamento acústico e impedem que a onda sonora (ruído) passe de um recinto a outro. Normalmente, para isso são utilizados materiais densos, como concreto, vidro, chumbo, dentre outros. “Algumas unidades para tetos, de painéis de metal, vêm com um reforço traseiro impenetrável e podem resolver o dificílimo problema da transmissão de som entre escritórios pelo caminho do teto, quando as divisões, por razões práticas, devem terminar no teto suspenso”, reforça José Carneiro. “Não devemos esquecer que pequenos vazamentos (fendas, buracos) também devem ser


acompanhados com extrema atenção, pois toda a energia sonora que atinge um orifício atravessa-o e deixa passar a mesma quantidade de energia sonora que o resto da parede”, completa.

Absorção acústica Já o conforto dentro de um mesmo ambiente e o melhoramento do seu nível de inteligibilidade e clareza podem ser alcançados minimizando a reflexão das ondas sonoras. Ou seja, através da absorção acústica, pode-se diminuir ou eliminar o nível de reverberação (variação do eco) em um mesmo ambiente. Para chegar a esse resultado satisfatório, recomendase usar materiais leves, de baixa densidade, contrariamente aos materiais de isolamento. Esses materiais leves, fibrosos ou de poros abertos são espumas poliéster de células abertas, fibras cerâmicas e de vidro, tecidos, carpetes, polietileno expandido, dentre inúmeros outros. As ondas sonoras do ar entram nesses materiais porosos e, por meio do atrito das partículas de ar nas fibras do material, a energia se perde com o calor e, esta fração de energia não é mais recuperada sob forma de som, proporcionando um curto tempo de reverberação, isto é, diminui a velocidade da onda sonora, traçando uma trajetória que seja suave, agradável e aprazível.

Imagem cedida - Casa Cor SP

“Dispomos no mercado atual uma grande variedade dos novos materiais com coeficientes de isolamento acústico e/ou de absorção muito mais eficientes que os materiais até então considerados ‘acústicos’, o que proporciona ao arquiteto obter excelentes resultados técnicos e estéticos, mediante variações de sua composição, que atendam às necessidades e desejos do cliente”, ressalta José Carneiro.

Finalidade do ambiente De acordo com José Carneiro, não existem materiais melhores ou piores para soluções acústicas. “O que existe é a adequação (ou não) de determinado material para a finalidade que se deseja. Muito cuidado deve ser dado à utilização de um determinado material só porque ele funcionou em outro local ou outra aplicação”, completa o empresário. Cabe, portanto, ao arquiteto utilizar a combinação de materiais de maneira a se tornar agradável o ambiente. A capacidade de projetar e executar ambientes com grande conforto auditivo pode ser um excelente diferencial para o futuro, já que o cliente está cada vez mais especializado e exigente. Texto: Luciana Oliveira Fotos: Márcia Visani




Projeto Capa

Equilíbrio e confor to A

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A busca pelo bem-estar e tranqüilidade foi o ponto de partida do projeto da arquiteta Geórgia Suassuna para a reforma de uma clínica especializada em urologia. Segundo a p r o fi s s i o n a l, a grande preocupaçã o do proprietário do empreendimento era poder proporcionar confor to aos pacientes e usuários. Partindo deste imperativo, a arquiteta decidiu iniciar a proposta melhorando a iluminação, ventilação e a insolação do ambiente. “Percebemos que mudanças, como a adequação dos espaços e o reposicionamento dos banheiros, trariam mais conforto ao ambiente. E não hesitamos em fazê-las”, destacou a arquiteta. O resultado não poderia ter sido melhor. O projeto de reforma e de ambientação da clínica proporciona aos usuários uma sensação de equilíbrio e tranqüilidade. O uso de elementos naturais, como madeira, vegetação, pedras quartzo e a f o n t e d e á g u a , f o i

fundamental para criar um ambiente aconchegante. Já para dar sofisticação ao local, foi utilizado, como contraponto, vidro, aço, mármore e o piso em porcelanato. De acordo com Geórgia, o revestimento nobre é de fácil manutenção e de longa durabilidade. As cores claras ampliam osespaços e dão um aspecto mais clean ao ambiente e contribuem na melhor iluminação dos espaços. O uso de formas limpas, sem o excesso de adornos, é o ponto-chave da proposta da clínica de urologia, que está construída em uma área de 220m 2. A edificação é divida em cinco salas, recepção, copa e dois banheiros. Um dos itens que chama bastante atenção é o pé-direito duplo na recepção. “Procuramos dar amplitude à recepção, que foi construída em área pequena. O pé direito de quase 6m proporcionou o efeito que o cliente desejava”, ressaltou a arquiteta.


Beleza da fachada A fachada da clínica é um belo cartão de visita ecria uma expectativa do que os usuários e pacientes vão encontrar na parte interna. O uso da madeira ipê e do vidro laminado dão sofisticação e leveza ao projeto. De acordo com Geórgia Suassuna, a escolha pelo uso da madeira só foi feita após um longo estudo. “A nossa preocupação era garantir a qualidade e a beleza do material ao longo do tempo. Hoje há produtos com tecnologia avançada de proteção, o que contribui para durabilidade da madeira”, explicou a arquiteta. Geórgia disse que o vidro laminado, além de proporcionar a iluminação e insolação de toda a edificação, é um item de segurança. Ainda na fachada, foi projetada uma escadaria em granito bruto, que é um material antiderrapante. Para garantir o acesso de cadeirantes e de pessoas com dificuldades de locomoção, uma rampa dá acesso ao edifício.

Madeira ipê e vidro laminado compõem a fachada da clínica de pé direito duplo, dando um ar de sofisticação e imponência

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Aconchego da recepção

Elementos naturais também foram usados na recepção: madeira, pedras quartzo e vegetação

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Um dos ambientes mais aconchegantes é a recepção. A área reúne elementos naturais, como madeira, pedras, vegetação e elementos sofisticados, como aço, vidros e espelhos. Na área, a arquiteta utilizou a luz de cor amarela, que proporciona conforto visual aos pacientes. O destaque da recepção é um grande vaso com um bambueiro. A planta produz sombra no ambiente, já que o teto é de vidro, transmitindo paz e calma. Como a parede da fachada é toda em vidro, Geórgia optou pelo uso de persianas de madeira para preservar a intimidade do consultório e controlar a insolação. Um efeito especial é criado à noite, com a luz âmbar.


Funcionalidade do escritório O consultório principal também segue todo o conceito do projeto, com o uso do vidro, madeira e espelhos. As cores sóbrias – branco e marrom – harmonizam o ambiente, que ainda conta com recursos naturais, como a iluminação e ventilação. “No consultório, o médico tem a opção de utilizar a luz e a ventilação natural. Em caso de falta de energia, durante o dia, o atendimento não fica comprometido porque criamos uma área protegida por vidros, que pode ser aberta e garantir a passagem de luz e ar”, explicou a arquiteta. Nesta área, que é toda revestida de pedras de quartzo branco, foi projetada também uma fonte de água natural, que transmite tranqüilidade e calma para quem está no ambiente. “Baseei-me nos princípios do Feng Shui para projetar o local, mas de uma maneira harmoniosa para não fugir do conceito central da proposta”, revelou.

Harmonia nos móveis e objetos Geórgia Suassuana escolheu elementos funcionais para a ambientação. “O que mais busquei foram móveis e objetos revestidos com material de fácil manutenção”, destacou a arquiteta. Para dar harmonia a todos os espaços, ela optou pelo uso da cor branca, da madeira e de muita transparência.

Arquiteta:

Geórgia Suassuna Projeto: Clínica de Urologia Vidros e espelhos: Loja das Molduras Tintas e vernizes: Aquarela Tintas Cubas, metais e acessórios: Onda Marcenaria: Design Móveis Esquadrias e revestimento de madeira da fachada: O Janelão Granitos e mármores: Oficina do Granito Cortinas e persianas: Persiart Pisos: Elizabeth Porcelanato Cadeiras: Art Casa Jardinagem: Adriana Lécia Iluminação: Stilluz

Texto: Kaylle Vieira Fotos: Mano de Carvalho

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Acervo

História

Pr eser vada

Restauração de sobrado na Duque de Caxias reacende a chama da revitalização do Centro Histórico de João Pessoa

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Construído no final do século XVIII, na antiga rua Direita (hoje Duque de Caxias), na parte mais alta de João Pessoa, o sobrado número 81 fez e faz parte da História da Capital paraibana. Desde aquela época, abrigava personalidades importantes no cenário da Província. Por lá, nasceram e cresceram os Henriques, que deixaram seu marco na religião, na política e no seio social. Ao longo da história, outras figuras ilustres desfrutaram do sobrado:

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o primeiro governador republicano, Venâncio Neiva, nasceu e viveu nele; o escritor e ex-ministro José Américo de Almeida passou sua lua-de-mel no casarão; lá também foi escolhido o primeiro reitor da Universidade Federal da Paraíba; e também abrigou a Escola de Música Antenor Navarro. É uma das casas coloniais mais antigas da Paraíba. Até o ano passado, o sobrado estava abandonado. Passou cerca de 40 anos fechado e foi se deteriorando. Entre janeiro e julho deste ano foi totalmente restaurado e reavivou o espírito de revitalização do Centro Histórico de João Pessoa. Hoje, o antigo sobrado se chama “Solar do Conselheiro” e, nele, serão promovidos eventos sociais e culturais. “Não adianta termos belos cenários pintados e mortos. Essa

é a diferença do Solar do Conselheiro, que aglutinará personalidades do mundo político, social e ar tístico, trazendo vida para o Centro Histórico de João Pessoa”, ressalta a ambientadora da equipe de restauração do sobrado, Conceição Serra. Revitalizar prédios antigos não é apenas restaurar suas fachadas, mas sim dar vida ao local.

Localização privilegiada O Solar do Conselheiro está localizado na intersecção dos dois eixos mais impor tantes de edificações religiosas da Paraíba: a Igreja de São Francisco, a Igreja do Carmo, a Igreja de São Bento e a Igreja da Misericórdia, adicionando-se a imponente Basílica de Nossa Senhora das Neves. É um privilégio, portanto,


Sobrado ficou abandonado por cerca de 40 anos e hoje abriga eventos sociais e culturais

estar na Cidade Alta do Centro Histórico, eqüidistante da maioria dos atrativos da área. O Solar tem 400 metros quadrados de área construída e mais 200 de área externa. Segundo Conceição Serra, a arquitetura do Solar segue a linguagem dos mosteiros e casarões do entorno, com profunda influência dos colonizadores portugueses. “O Solar tem uma beleza franciscana e humilde, já que não precisa de muito batom... é belo por si só, sem pretensões de se sobressair”, completa.

falso beiral com telha colonial, montado em cornija, provocando assim o desequilíbrio volumétrico da edificação. Daí por diante, as modificações no interior decorreram da necessidade de satisfazer os novos usos. “O maestro modernizou e restaurou a casa usando o que havia de melhor em materiais da época, sem danificar. Fez a laje de concreto, mudou o piso, colocando ladrilhos e mosaicos”, explica o colunista social e empresário Gerardo Rabello, que arrendou o casarão e trabalhou com o pessoal do escritório de Conceição Serra na pesquisa para a restauração.

Texto: Luciana Oliveira Fotos: Cácio Murilo

Respeito ao sobrado Do sobrado original, continuavam intactas apenas as paredes de fachada (oeste, sul e leste), muros e a cercadura do portão. O seu interior, no entanto, já havia sido reformado em 1946, quando o maestro José de Queiroz Baptista comprou a casa, praticamente em ruínas. Com autorização e acompanhamento do IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Ar tístico Nacional), transformou o telhado de três águas para quatro águas, com uma mureta onde repousa um

lustres, por exemplo, são reproduções dos séculos XVIII e XIX trazidos de Portugal. “Fizemos uma bela viagem ao longo do tempo, com a preservação do sobrado”, completa Gerardo. Logo na entrada do Solar, duas telas a óleo fazem referência ao tempo. Uma de 1951, do artista Hermano José, vinda especialmente do Rio de Janeiro. A outra, atual, encomendada a Flávio Tavares. Nas paredes ainda há inúmeros azulejos do século XVI, de Portugal. Dois armários antigos, incrustados nas paredes, tornaram-se vitrines. Em um deles estão expostos elementos encontrados durante o processo de restauração, como chaves, parte de louças, uma bengala; e no outro foram colocados objetos que fazem alusão à colonização portuguesa, como o brasão de Portugal, pratarias e altar de igreja.

Ambientação do Solar A beleza do Solar do Conselheiro ultrapassa a fachada e se espalha pelo seu interior. Lá dentro, todos os detalhes foram minimamente pensados, sempre pensando na História e na sua funcionalidade para os dias atuais. Os objetos da decoração fazem parte de um acervo pessoal de Gerardo, de doações de amigos e outros foram adquiridos durante o processo de pesquisa e preservação. Os

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Reportagem Reportagem

Resgate do

passeio público

A

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Antigamente, as praças eram um dos locais mais freqüentados nas cidades. Lá, as pessoas se reuniam para conversar, namorar, espairecer... Nos tempos em que não se tinha televisão nem violência, o passeio público era mais conservado. Apesar dos hábitos terem mudado, as praças continuam sendo agradável ponto de encontro e estão ganhando mais utilidades, com quadras esportivas, playgrounds e até anfiteatros. Em João Pessoa, a reestruturação de praças vem se concretizando desde o final do ano passado. Três já foram recuperadas: a Praça da Paz (Bancários), a Praça Alcides Carneiro (Manaíra) e a Praça Tiradentes (Torre). Nelas, tem se tornado comum uma grande movimentação de pessoas de diversas idades que a desfrutam para conversar, namorar, caminhar e praticar esportes. “As praças vêm requalificando áreas antes ociosas ou abandonadas, criando verdadeiras ágoras contemporâneas”, ressalta a arquiteta e urbanista, Susana Matias Acioli, diretora do Departamento de Planejamento Urbano da Secretaria de Planejamento da Prefeitura de João Pessoa. Ela acrescenta que essas praças estão sendo equipadas com quadras, ciclovias, pistas de skate,

anfiteatros, play-grounds, além de belos jardins. O resgate das praças, enquanto locais de convivência social, inclui ainda a recuperação e manutenção da iluminação ornamental, calçadas, meio-fio, canteiros, bancos, lixeiras, quadras de esportes, pintura, pavimentação, drenagem, além de demolição de alvenaria e perfuração de poços de água. O projeto de restauração engloba ainda a parte de paisagismo, replantio e poda de árvores. Susana Acioli também acrescentou que, “para envolver a participação da população no projeto, para cada praça é eleito, pela comunidade, um comitê gestor, que cuida da sua conservação, ordena os eventos e organiza, inclusive, questões comerciais”. A Prefeitura também vem promovendo campanhas educativas para alertar quanto a ações de vandalismo contra os equipamentos urbanos. “É necessário que se desenvolva a consciência de que o espaço público pertence à população, devendo ser cuidado, preser vado e protegido contra a depredação realizada por aqueles que são capazes de destruir o que também é seu”, completa a arquiteta. Texto: Luciana Oliveira Fotos: Rizemberg Felipe



Materiais

Papel de parede: beleza com praticidade P

Para quem não abre mão de praticidade e de beleza, a volta do papel de parede é uma ótima alternativa para dar uma nova cara aos ambientes. Com uma variedade de cores, texturas, motivos, acabamentos e complementos, o produto voltou com força total, depois de anos distante de projetos de designer de interiores. Na última edição do maior evento da área de decoração - Casa Cor - que aconteceu em maio e junho, em São Paulo, o papel de parede se fez presente em diversos ambientes. Por ser um revestimento de fácil aplicação, ele volta ganhando espaço. Outro ponto positivo do produto é a durabilidade. De acordo com os profissionais da área, com os cuidados devidos, o papel de parede pode durar mais de dez anos, diferente da pintura, que precisa de manutenção em menos de três anos. Imagem cedida - Casa Cor 2006 - SP

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Atualmente, é possível encontrar papéis de parede em infinita variedade de cores e tons. Dependendo da textura do revestimento, o ambiente ganha um toque todo especial, garantindo uma personalidade ímpar. Para se ter idéia de como o produto pode mudar todo o conceito de um cômodo, há papéis de parede que proporcionam uma sensação de profundidade, tornando o espaço maior e mais aconchegante. O revestimento também é ideal para definir o tipo de ambiente, caracterizando, por exemplo, se é masculino ou feminino. Sua aplicação é feita de maneira prática e rápida. São necessários materiais básicos, como tesoura, lápis, estilete, cola, broxa retangular, espátula plástica e régua. Como são produzidos com componentes antialérgicos – cola à base de água, o revestimento também não faz mal à saúde, já que elimina o pó e a poeira. Para quem tem pressa em mudar um ambiente, o papel de parede é uma excelente alternativa. A aplicação é limpa, segura, prática e rápida, e pode ser feita em apenas um dia, sem a necessidade de mudar móveis e objetos de lugar ou de um profissional especializado. A conservação é outro atrativo: basta utilizar apenas um pano úmido sobre a superfície. É bom lembrar que o papel de parede é mais sensível à luz. O ideal é evitar que ele fique exposto diretamente ao sol por muito tempo.


Dicas - O papel de parede decorado pode ser aplicado em todas as paredes ou coordenado com cores lisas. - Os papéis lisos podem ser coordenados com borders decorados em uma ou mais paredes do ambiente. - Também é possível aplicar o papel de parede no teto, resolvendo problemas de imperfeição na laje. - Mantenha sempre que possível uma cor clara no teto. Isso aumenta a sensação de profundidade. - Evite tons escuros em ambientes pequenos. - Tons mais escuros valorizam objetos e móveis mais claros ou vibrantes. - Procure usar os tons fortes como fundo para os objetos de decoração como poltronas e sofás, mantendo as paredes da frente em tons claros.

Texto: Kaylle Vieira Fotos: Márcia Visani




Painel

Mais fotos no site: www.artestudiorevista.com.br

A Decolar – Persianas, Cortinas & Decoração, localizada na Edson Ramalho, iniciou o mês de julho como representante de uma grande novidade na área da construção: os painéis móveis de vidro temperado, sem elementos verticais. Para apresentar o produto, a Decolar promoveu dia 10 de Julho uma apresentação para arquitetos, designers e decoradores, na galeria de arte contemporânea Louro & Canela.

Daniella Barretto, Márcia Barreiros e Iría Tavar es

Sérgio Furtado

Fábio Galisa e Manoel Farias

Jô Cortez, Alain Moszkowizc, Sheila Sodré e Cácio Murilo

Gislene Verona, Elba Castr o e Cláudia Linear

Shirley Goes e Israel Assis

Igor Nóbrega, Jonas Lourenço e Carmem Melo

Paulo Motta, Henrique Santiago e André Pinheiro

Vannessa Duarte, Marconi Marinho e Heignne Shyr en

Igor Nóbrega e Antônio Cláudio

Beatriz Furtado

Larissa Vinagre e Anne Helena

Cleide Monteiro

Nísia Monteiro

Genilson Machado

Clayton Castro e Andréa Carolina

Maria do Carmo e Carlos Oliveira

Jonas Lourenço e Ricardo Castro

42 Gianna Barretto e Anelise Machado

Alexsandra Kelly e Adriana Jussara

Alayde Tortorella

Salete Oliveira

Cristina Evelise e Bráulio Tavares

Fotos: Mano de Carvalho



Painel O grupo Cleumy, inaugurou mais uma loja na avenida Edson Ramalho, em Manaíra. O show room da loja Criare foi apresentado aos arquitetos, designers e decoradores no dia 6 de julho. No evento foram divulgados os vencedores da primeira promoção “Sem limites de prêmios”, promovida pela loja Cleumy Design e Criare Móveis Planejados. Na ocasião houve o lançamento da segunda campanha com premiação para dezembro de 2007.

Fotos: Mano de Carvalho

Kristiany Mourato e Cleumy Braga

Mais fotos no site: www.artestudiorevista.com.br

Astrid Backer

Bethânia Tejo

Ana Helena e Ângela Diniz

Veruschka Guer ra

Alain Moszkowizc

Kristiany Mourato e Tereza Queiroga

Sandra Moura e Roberto Cavalcanti

André Pinheiro, Henrique Santiago Fabiana Furtado e Iria Tavares

Christianne Caldas, Daniel Montenegro e Juliana Ataíde

Maria Emília

Ana Sybelle

Renata Maia, Kristiany Mourato e Marcelo Maia

Liamar Primo

Silvana Chaves e Carmen Lúcia

Gianna Barretto, Daniella Barretto, Bráulio Tavar es, Cristina Evelise e Ricardo Castro

Valéria Von Büldring, Alba Tavares e Jonas Lourenço Fábio Queiroz e Kristiany Mourato

Ingrid Hofmann

44 Viviane Sanguinetti e Douglas Monteiro

Suellen Montenegro e Larissa Vinagre

Grace Galvão

Flávia Dantas e Janine Rolim

Kristiany Mourato, Cláudia Navarro, Marco Polo e Camila Santiago



Painel A loja de móveis Ar tness, localizada na avenida Epitácio Pessoa, promoveu mais uma vez a sua mostra de ambientação, a Expo Artness. O objetivo da exposição é mostrar em 15 ambientes da loja composições inteligentes dos espaços, capazes de mudar estilos e conceitos. Para isso, foram convidados grandes nomes da arquitetura e decoração paraibana. O coquetel de lançamento da mostra contou com profissionais da área, jornalistas e empresários. Mais fotos no site: www.artestudiorevista.com.br

Márcia Barreiros

Paulo Peregrino

Humberto Arruda, Sheila Sodré, Cássio Murilo e Ricardo Castro

Íria Tavar es, Débora Pires, Ter eza Queiroga e Jussara Chianca

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Cláudia Navarro, Janine Holmes, Doralice Paiva e Marcela Sarmento

Patrício Oliveira, Patrícia Araújo, Severino Barros e Vânia Maria

Christiane de Araújo e Allisson Vitalino

Marcos Antônio e Jóse Carneiro

Glauco Brito e Marisa Rodrigues

Alberto Jor ge, Patricia Sales, Christiane de Aráujo, Leleda Araújo e Marianne Farias

Daniella Barretto

Jonas Lourenço, Lúcia Araújo e Jô Cortez

Waleska Vidal e Fabiana Fur tado

Alain Moszkowicz e Roberta Xavier

Percival Brito, Ângela Diniz e Ana Helena

Flávio Lucena e Jorge Santana

Patrícia Rabêlo, Christiane de Araújo e Gerardo Rabe lo

Giovana Formiga e Yuri Gadelha

Katiana Guimarães e Rosane Oliveira Liamar Primo e Luanna Luna

Andréa Araújo e Monique Barros

André Pinheiro e Henrique Santiago

Viviane Sanguinetti

Marco Polo

Cristina Evelise, Marcelo Sarmento e G éogia Suassuana

Fotos: Adolpho Eloy



Expediente Diretora Executiva: Márcia Barreiros Editora: Luciana Oliveira - DRT/DF 1.849/97 Redação: Kaylle Vieira,Luciana Oliveira e Renato Félix Edição: Formato Assessoria de Comunicação (formatoassessoria@yahoo.com.br) Diretora Comercial: Márcia Barreiros (arquimarciabarreiros@yahoo.com.br) Diagramação: Charles Wesley Web Designer: Clayton Castro Pré-impressão: Multimagem Impressão: Gráfica JB

A revista Ar testudio é uma publicação trimestral com uma tiragem de 7 mil exemplares de distribuição dirigida e gratuita. A reprodução de seus artigos, fotografias e ilustrações requer autorização prévia e só pode ser feita citando a sua fonte de origem. As colaborações e ar tigos publicados são de responsabilidade exclusiva de seus autores, não comprometendo a revista, nem seus editores.

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Errata Na edição nº 14, na matéria “Mais um traço de Niemeyer na Paraíba”, por um erro de edição, foi publicado que o arquiteto Oscar Niemeyer é o mentor da cidade de Brasília. O mentor de Brasília é o arquiteto Lúcio Costa. A Niemeyer coube os projetos dos monumentos da cidade. A frase correta era “Oscar Niemeyer foi o mentor dos monumentos arquitetônicos de Brasília”.


Carta do Leitor Na r evista n° 14, ano IV, após lê-la, obser vei que a matéria “Mais um traço de Niemeyer na Paraíba”, possui um pequeno equívoco no primeiro parágrafo. Pois afirma que Oscar Niemeyer foi o mentor de Brasília, mas é válido salientar que o mentor de Brasília foi sim Lúcio Costa com a sua grandiosidade de pensamento, de espacialidade em delitimar os espaços, regiões e funções onde cada área deveria r e c e b e r u m f i m , p r eser vando o princípio da habitação, lazer, trabalho e circulação. Lembrando claro que Oscar deve receber seu mérito sim, mas como arquiteto por “produzir” verdadeiros monumentos que elevou a arquitetura brasileira que estava em um momento de transição, o Movimento Moderno, elevando dessa forma a nova arquitetura produzida no país e onde hoje, temos a capital do nosso país, Brasília, como um patrimônio mundial graças à Lúcio Costa, o mentor, e a Oscar Niemeyer, u m arquiteto fabuloso. Gisele Araújo Estudante de Arquitetura.

Gisele, Realmente a matéria sobre a biblioteca da Universidade Estadual da Paraíba foi publicada com este erro de edição. No momento do “cor te” do texto, para que se adequasse melhor à página, foi suprimida a expressão de que Oscar Niemeyer era mentor dos monumentos de Brasília. Da forma que foi publicado, o texto ficou incorreto. Agradecemos a sua atenção e correção. A editoria

••• T inha conhecimento da revista Artestudio desde a época de estudante, pois muitos professores nos emprestavam para leitura. Agradeço o envio da revista, e aproveito para elogiá-la, pois se trata de edições que tratam de matérias locais e informações do que ocorrem no setor na nossa cidade. Sugiro ainda, que as revistas informassem sempre que houvesse algum curso de especialização ou quaisquer outros cursos oferecidos na área da arquitetura. Gabriella Oliveira Lima Arquiteta

Gostaria muito de receber a revista A rtestudio. Sou ar quiteta. É muito boa a revista! Gostaria de saber se tem como assiná-la! Abraços. Maria Alexandrina Martins Bor ges Duarte Pará de Minas/ MG

Alexandrina, A revista Artestudio é distribuída gratuitamente para arquitetos, decoradores e designers. Envie-nos seu endereço, que iremos incluí-la em nosso cadastro. A editoria

••• Estou fora do Brasil há quase 6 anos. Sempre acompanho o site da revista e quero dizer que toda a equipe está de parabéns. Juliana Espinola Manassas/EUA

••• Parabéns pela nova edição da Ar testudio. Está linda. Gianna Barretto arquiteta

••• V i o site da Artestudio é achei muito bem formatado, com trabalhos e informações da nossa área e com opor tunidade de divulgação para todos. Parabéns a toda a equipe!... J. Egito Cabral Escritório Arquitetura, Projetos, Engenharia de Segurança

••• A capa mais bonita da Artestudio, foi essa de nº 14. Parabéns. Carolina Andrade estudante

••• Parabéns pela entrevista com Marco Donini. Os construtores da Paraíba precisam ler isso e refletir para melhorar a qualidade dos projetos que estão sendo construídos. Carlos Henrique vendedor

••• Gabriella, Temos uma agenda de eventos, em nossa revista eletrônica www.artestudior evista.com.br., onde você pode conferir as mostras, palestras, concursos e exposições ligados à arquitetura. Como nossa revista impressa é trimestral, não temos como publicar esses eventos que, normalmente, são confirmados com pouco tempo de antecedência. A editoria

•••

Achei lindo o anúncio da própria revista Ar testudio, na última edição. Aonde fica aquele monumento da foto? José Carlos Souza estudante

José Carlos, a foto foi feita do prédio do antigo Hotel Globo, com visão para a sede do IAB/PB, no Largo de São Frei Pedro Gonçalves, Varadouro, em João Pessoa. A editoria


Vão Livre A arquitetura de interiores: tendências atuais As cartas e e-mails para essa seção devem ser encaminhadas com o nome completo, profissão, endereço e telefone do remetente para o endereço

j o rrn nalismo@ar testudiorevista.com.br

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O mundo atravessa uma crise social, modificando significativamente o modo de vida das pessoas. Atualmente, existe uma emergente procura por soluções que erradique a exclusão dos menos favorecidos, seja por meio de campanhas, seja por projetos sociais. A arquitetura não poderia fugir desta tendência mundial, sendo assim, busca soluções no design universal, que concebe o espaço para todas as pessoas e para cada uma com suas diferenças pessoais. Então assuntos como acessibilidade, ergonomia do ambiente construído, psicologia ambiental, tornaram-se elementos essenciais neste projeto do novo habitat. Desta forma o projeto de arquitetura de interiores tomou um rumo diferente daquele de algum tempo atrás. Nos dias atuais deve existir uma preocupação em analisar e avaliar o uso do espaço pósocupação, para conhecer a relação entre o ambiente construído e o comportamento humano, para então compreender este novo ambiente e saber onde, como e quando modificá-lo. Este processo de avaliação pósocupação tem contribuído muito para tornar os ambientes adaptáveis a esta nova realidade e os principais pontos analisados são re f e rentes ao confor to ambiental, à percepção ambiental, aos materiais de acabamento, à disposição de mobiliário, à acessibilidade e à psicologia ambiental. A formação do arquiteto de interiores deve vislumbrar este novo caminho no projetar e a formação acadêmica desses profissionais deve conter disciplinas que abarque esta nova atuação. Por outro lado não se têm ainda respostas satisfatórias para esta crise social e o homem-usuário, deste novo espaço, tem

Mônica Maria Souto Maior*

procurado se adaptar a esta crise construindo ambientes mais seguros, que proporcione mais lazer dentro de casa, que tragam mais conforto e proporcione bem-estar, permitindo que ele usufrua um ambiente mais humanizado e seguro. Essa tendência em tornar o ambiente seguro trouxe uma forma de organizar o espaço, onde se prioriza a exteriorização do interior sem que este perca a segurança. Então as aberturas de janelas têm se alterado tornando possível esta exteriorização, com materiais translúcidos, mas com maior resistência aos elementos da insegurança. Isso permite uma maior interação do homem com seu ambiente exterior sem que ele perca o sentimento de segurança. Outro aspecto é a segurança dos espaços domésticos, evitando uso de materiais que possam causar acidentes. Para quase todo ambiente construído antecede um projeto e sua finalidade é trazer condições de uso satisfatório, com confor to, segurança, que seja esteticamente agradável, e que seja reflexo do modo de vida de seu usuário, ou seja, planejado sistematicamente para proporcionar uma ambiência satisfatória para seus usuários. A ambiência é o meio pelo qual cores, materiais, forma e texturas são combinadas no ambiente construído para indicar o estilo de vida, podendo ser considerado uma qualidade arquitetônica – que dá uma diferenciação, qualificação e personificação aos lugares. A tendência dos espaços contemporâneos é proporcionar o seu uso de modo completo onde a função não é o ponto principal, mas o bem-estar do usuário, por isso hoje, os ambientes são personificados, tendo praticamente muito do seu usuário como característica ambiental. * Graduada em arquitetura e urbanismo pela UFPB em 1989, concluiu o mestrado em Engenharia de Produção pela UFPB em 2002. Atualmente é professora efetiva do Centro Federal de Educação Tecnológica da Paraíba.




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