Abril/Maio/Junho 2014 - Ano III - Nº 12 - DISTRIBUIÇÃO DIRIGIDA
NATURAL POR NATUREZA A nova fábrica, os novos sabores e a nova ‘roupa’ dos Produtos Boachá
SUSTENTABILIDADE Em Conselheiro Pena, a goiaba que enche os olhos (e a boca) dos mineiros
CAMPEÃ DE VENDAS, CAMPEÃ DE PREÇOS A fabulosa expansão da Drogaria Hebinho, o simpático negócio que tem a cara de seu fundador, UEBSON CANDAL
O SALTO QUALITATIVO DA ARQUITETURA NO VALE DO AÇO
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CARTA AO LEITOR
Anti-heróis num mundo de carrascos de si mesmos
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“Quem quer ser um bom educador tem de ter a paciência de um agricultor. Se quisermos viver dias felizes, não devemos esperar resultados imediatos” – ensina um famoso psicoterapeuta, pesquisador na área de qualidade de vida. Como a conclusão é de um especialista em comportamentos, então podemos entender que ATITUDE segue no caminho certo, valorizando precisamente os exemplos de pessoas assim. Se é verdade que “de médico e louco, todos nós temos um pouco”, foi por intuição – e, quem sabe, alguma sensibilidade, para não sermos tão modestos – que fomos buscar para esta nova edição depoimentos importantes de gente que se fez ou se faz dessa forma. São homens e mulheres serenos que se fortaleceram conseguindo atravessar rigorosos invernos existenciais, confortados pela esperança. Em nossa matéria principal, vocês terão contato com o notável reconhecimento e a conseqüente expansão da empresa familiar dirigida por Uebson de Souza Candal, o popular Hebinho, em meio a desafios vários. No mesmo tom, poderão conferir o novo estágio de desenvolvimento e a rica visão conceitual dos Produtos Boachá, lapidados por José Magno de Miranda, que subvertem a lógica do lucro fácil e excessivo comum ao mercantilismo dominante. Entre muitos outros personagens e instituições relevantes, não há como deixar de nutrir também uma paixão visceral pelo caráter simples e campeiro do agricultor Milton Ramos de Oliveira, focado na produção de toneladas de goiabas a cada semana, sem que se possam apontar contra ele condutas que rompam com a ética e o bom senso, tão usuais na competição predatória dos nossos dias. Felizmente, enquanto tantos estão voltando para o tempo das cavernas, ferindo a si mesmos e não poucas vezes causando danos às pessoas à sua volta, fazendo delas a lata de lixo das suas ansiedades e frustrações, ainda é possível conviver com seres humanos capazes de enxergar a vida com os olhos dos outros.
DIRETOR E EDITOR-CHEFE Luiz Carlos Kadyll kadyll.revistaatitude@gmail.com (31)8586-7815/3824-4620 REPORTAGENS Luiz Carlos Kadyll kadyll.revistaatitude@gmail.com Alexandre Paulino alexandre.revistaatitude@gmail.com Janete Araújo janete.revistaatitude@gmail.com André Almeida FOTOGRAFIAS Paulo Sérgio de Oliveira Luiz Carlos Kadyll MD Fotos Aéreas PROJETO GRÁFICO Alisson Assis DIAGRAMAÇÃO Fábio Heringer ASSISTENTES DE ARTE Fernando Mageski fernando.revistaatitude@gmail.com Ellen Villefer de Carvalho Almeida ellen.revistaatitude@gmail.com DIRETORA COMERCIAL Edileide Ferreira de Carvalho Almeida edileide.revistaatitude@gmail.com (31)8732-8287 COLABORARAM nesta edição: Ed Carlos, assessorias de Comunicação da Prefeitura de Timóteo, Cenibra, Usiminas, Aperam e Metasita, Wakenovale, Chimait Sírio e Edgard Coelho.
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Luiz Carlos Kadyll EDITOR-CHEFE
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SUMÁRIO
12 NATURAL POR NATUREZA A nova fábrica, os modernos maquinários e o novo salto de qualidade experimentado pelos Produtos Boachá.
24 SOCORRO DO ALTO Os impressionantes números de socialização da Associação Projeto de Deus, que atende a centenas de crianças, jovens e adultos há mais de uma década.
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REPORTAGEM DE CAPA Humildade, empatia e união familiar: a receita que produz o crescimento ininterrupto da Drogaria Hebinho, hoje uma das maiores redes de farmácias do Vale do Aço.
42 MILTON RAMOS DE OLIVEIRA Quem é e como vive o agricultor que saiu de Ubaporanga para se tornar um dos mais respeitados produtores de goiaba do Estado.
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O PODER DA MOBILIZAÇÃO Metasita, a mais antiga entidade sindical do Vale do Aço, completa 62 anos.
62 MÚSICOS DE QUALIDADE Cumpadre Nestor, a banda de reggae rock que está abalando geral.
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APOIO GERENCIAL
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100% FRUTA, SEM CONSERVANTES, CORANTES OU AROMAS ARTIFICIAIS
Natural por Natureza 12
Apreciados em dezenas de sabores, os Produtos Boachá dão novo salto de qualidade com operação de moderna fábrica e reformulação de identidade visual O grande diferencial dos Produtos Boachá (sucos, picolés, polpas de frutas, creme de açaí e sorvetes), desde que foram lançados no mercado, há 20 anos, tem sido algo simples, mas que a indústria alimentícia, com raras e honrosas exceções, sempre dá um jeitinho de driblar: a utilização de produtos naturais, sem adição de conservantes. A tentação do artificialismo é sedutora para muitos e as razões são óbvias, mesmo que a um alto preço para a população. Os famosos pós químicos e outros elementos com sabores e aromas que imitam frutas e afins representam mais facilidades e lucros exorbitantes. Há menor esforço, economia de mão de obra, redução de custos, prolongamento da vida útil do produto, questões assim. Ocorre que a partir deste ano, a filosofia do naturismo está ainda mais presente nesta empresa regional que hoje representa verdadeiro oxigênio para o mercado no segmento em que atua. Sem agredir a exuberante paisagem verde que a rodeia, a fábrica instalada no
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povoado de Boachá, município de Ipaba, se agigantou, modernizou-se e, graças à percepção apurada do seu diretor-presidente, José Magno Rodrigues de Miranda - que está sempre atento às novidades do setor e sugestões dos consumidores, além de contar com uma competente equipe de engenharia de alimentos e nutricionismo -, ampliou seu já diversificado cardápio para mais de 40 sabores, incluindo opções diet. Acrescente-se a estes fatores o fato de que houve crescimento de 74% no consumo das polpas de frutas nos últimos anos (remetendo as pessoas a trocarem os refrigerantes pelos sucos), mais a implantação de uma nova identidade visual da marca, e a receita do negócio ganha outros ingredientes de sucesso. A nova roupagem para os produtos, um trabalho primoroso da empresa de comunicação Evolua, com sede em Lagoa Santa, já está aplicada em grande parte das embalagens, alicerçada no slogan que é a razão de ser do empreendimento, “Natural por Natureza”.
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VISÃO AÉREA da nova fábrica de Produtos Boachá, rodeada por vegetação exuberante: o pátio junto aos galpões receberá uma série de intervenções paisagísticas
Um projeto de paisagismo
Embora um conjunto de interessantes obras arquitetônicas ainda esteja sendo projetado para a área externa da Boachá, com previsão de conclusão até o final do ano, sob agendamento muitas escolas de Ipatinga e região já têm realizado visitas guiadas à fábrica, conhecendo de perto detalhes importantes do processo produtivo. A nova fábrica dos Produtos Boachá engloba amplas câmeras frigoríficas de armazenagem, e há galpões específicos para carregamento dos veículos refrigerados. Por uma vidraça que circunda o principal pólo de produção - de onde saem os sorvetes e picolés -, estudantes, professores, grupos de convidados podem conferir inclusive padrões de higiene, entre outros cuidados observados. Contratadas para desenvolver o visual da nova fachada da Boachá e também projetar elementos estéticos que vão compor o pátio interno da fábrica, as arquitetas Rúbia Araújo e Vanessa Luz, da Unii Arquite-
tura, capricharam nos pormenores. O resultado é de tirar o fôlego. “Conhecendo bem o rigor e a consciência do nosso cliente em relação à valorização da natureza – elas descrevem –, procuramos em primeiro lugar preservar coqueiros existentes e outras espécies de árvores, incorporando-as aos demais cenários planejados. Como a Boachá trabalha com uma rica gama de sabores, todos eles muito apreciados por um público eclético e heterogêneo, de todas as camadas sociais, também tivemos a intenção de deixar o visual bem colorido. Quisemos estabelecer um plano multifocal que remeta à diversidade de produtos. Na entrada das edificações, valorizamos o conceito de natureza sugerido pela textura de madeira que já compõe os freezers expostos com a nova marca dos Produtos Boachá. O paisagismo que propusemos foi no sentido de assegurar um ambiente que fosse o mais aconchegante e receptivo possível, minimizando facetas rudes comuns ao gênero industrial”, detalham Rúbia e Vanessa.
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100% FRUTA, SEM CONSERVANTES, CORANTES OU AROMAS ARTIFICIAIS
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Já no pátio interno, a fábrica dos Produtos Boachá terá um estacionamento pavimentado com vagas para dez veículos. Junto ao galpão de compostagem (onde sementes, cascas e restos de frutas são preparados para se tornarem adubo orgânico), foi projetado um novo galpão para higienização dos caminhões. Também está sendo erguida uma casa de hóspedes. Outro elemento importante que vai compor a paisagem é uma lagoa que receberá água de chuva e será povoada de peixes. Ainda, está previsto o plantio de um pomar. Uma horta de produtos orgânicos terá a função de enriquecer a alimentação dos funcionários. Todo o desenvolvimento atual da Boachá é fruto de muito esforço e dedicação, conta o proprietário e fundador, que chama atenção também para o comprometimento de sua equipe. Após duas décadas de operação, a fábrica se mantém como um dos principais geradores de emprego e renda na cidade, garantindo o sustento de dezenas de famílias. E é devido a esta implicação social que José Magno já recusou diversos convites, acompanhados de uma série de incentivos, para deixar o povoado. “Aqui pudemos inclusive ajudar a custear os estudos de um bom número de pessoas, dando a elas a possibilidade de um futuro melhor, e cremos que ainda podemos ser úteis à comunidade de diversas formas”, conclui. A PRODUÇÃO de sorvetes e picolés, realizada com modernos equipamentos e rigorosos padrões de higiene, pode ser contemplada em detalhes por visitantes, a partir de vidraças instaladas num plano superior
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Compromisso com a qualidade
Muito concentrado e detalhista no que faz, José Magno só sai do sério quando alguém diz, por exemplo, que o seu picolé de milho verde “parece mingau de milho verde”. “Parece, não!” – estrila ele. “É mingau de milho verde”. Com efeito, percebe-se que o processo de fabricação dos Produtos Boachá, embora desenvolvido com equipamentos de última geração, é muito artesanal, em certos aspectos. Cocada e pé de moleque preparados em grande escala vão produzir, mais adiante, os picolés e sorvetes de coco e pé de moleque. Grandes e modernos recipientes acondicionam o material que vai se transformar literalmente, logo à frente, no verdadeiro picolé e sorvete de doce de leite. “Nosso picolé de coco é a pura cocada congelada. O de milho, por exemplo, se derretido, é o puro mingau de milho verde”, orgulha-se em dizer o empreendedor. O mais interessante é que, com o avançado maquinário de que dispõe hoje, a fábrica de Produtos Boachá
poderia estar despejando no mercado diariamente milhares de unidades adicionais que representariam um lucro absurdamente maior. Contudo, José Magno explica que há uma questão de princípios envolvida. “Nosso negócio – ele frisa – não é um negócio puramente mercantilista. Defendemos desde a origem um conceito de valorização do produto natural, de respeito à saúde das pessoas, e com esse compromisso, em nome da qualidade, decidimos abrir mão de um modelo amplamente praticado em todo o país. Não nos interessa ficar amparados prioritariamente em números, avançar sobretudo com base neles”, explica. E assim é que, ao terem contato com a estrutura de ponta da fábrica de Produtos Boachá, muitos outros empreendedores do segmento deixam o local boquiabertos. “Vocês devem estar loucos. Tem essência pra tudo, hoje em dia. Por que não turbinar a produção, mandando ver com os aromatizantes?” – perguntam. É que não há, no Brasil inteiro, nada que se assemelhe.
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FACHADA e pátio interno projetados para a nova fábrica, com incorporação da casa de hóspedes, estacionamento e outros elementos paisagísticos
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JOSÉ MAGNO com parte de seus funcionários, pouco antes do início de operação da nova fábrica: a Boachá gera renda para dezenas de famílias
De onde vem a palavra Boachá POSICIONADOS sob um galpão especial, caminhões refrigerados aguardam novos carregamentos
Se os Produtos Boachá, desde que foram lançados, primam pelo aproveitamento da matéria-prima em seu estado mais genuíno, de modo que não se perca a essência dos nutrientes e, por consequência, elimine-se qualquer fator de agressão à saúde dos consumidores, isto tem tudo a ver com as raízes da marca. José Magno lembra que, ao tomar posse da chácara que abriga a fábrica, em julho de 1983, deparou-se com algo surpreendente: num antigo paiol semidestruído, encontrou uma série de figuras primitivas entalhadas na madeira. Eram flechas esculpidas, imagens de jarros, desenhos de panelas, tigelas, utensílios suposta-
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mente utilizados por indígenas. Originalmente, Boachá era o nome dado aos índios aimorés ou krenak, na região de Raul Soares, no século XIX. Os antigos indígenas que habitavam o Leste de Minas e a porção do estado do Espírito Santo que divide com Minas Gerais eram designados como botocudos ou aimorés, nos séculos XVI, XVIII e XIX. Os seus descendentes e representantes hoje são os Krenaks. A designação Boachá para classificar os indígenas aimorés foi usada e atestada pelos nativos na região próxima do Vale do Aço. Os índios Boachás foram os antigos habitantes da região que atualmente integra o município de Raul Soares, no século XIX. Segundo a tradição oral, era o nome próprio de um indígena que passou a designar todo o grupo. Esses indígenas eram oriundos da região do Rio Doce e se acomodaram numa aldeia situada no Córrego dos Boachás, hoje um povoado pertencente ao município de Ipaba. O êxodo dos nativos foi provocado pelas perseguições patrocinadas pelo estado com o intuito de colonizar a região. Foram contatados pelos exploradores Lanna, que viriam fundar depois a vila de Matipoó. A data deste primeiro contato é de 1837
ALGUNS DOS SABORES BOACHÁ • Abacate • Abacaxi • Abacaxi com hortelã • Acerola • Açaí • Açaí com banana • Amendoim • Banana • Chocolate branco • Chocolate preto • Coco • Cocada • Cupuaçu • Doce de abóbora com coco • Doce de leite • Flocos • Goiaba • Graviola • Jabuticaba • Limão • Mamão • Manga • Maracujá • Melancia com limão • Mingau de Milho verde • Minissaia • Morango ao leite • Mousse de limão • Mousse de maracujá • Pé de moleque • Pêssego • Prestígio • Skimó • Uva • Queijo • Queijo com goiabada • Queijo com doce de leite • Brigadeiro branco • Brigadeiro preto
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SERVIÇO Atendimento ao consumidor (33)3327-5010 - (31)9988-4181 www.produtosboacha.com.br - www.facebook.com/produtosboacha
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SOLIDARIEDADE INTERNACIONAL
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Vasyl, um sobrevivente Igrejas mineiras se mobilizam para socorrer missionário que teve que viver ao relento com numerosa família, após um devastador incêndio doméstico
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VASYL GEDAREVICH, pai de oito filhos e um deles especial, ainda perdeu a casa num incêndio, tendo que reformá-la inteiramente
SOLIDARIEDADE INTERNACIONAL Pai de oito filhos (duas mulheres e seis homens, sendo um deles especial), o missionário ucraniano Vasyl Gedarevich, 54 anos, esteve percorrendo igrejas evangélicas do Vale do Aço por vários dias, neste mês de abril. Sua passagem pela região foi uma iniciativa solidária do líder de um projeto no Leste Europeu e no Oriente Médio, Luiz Schimer, 47. Tecnólogo industrial e também motorista em nível internacional, Schimer é descendente de judeus e reside em Belo Horizonte. Graças ao seu convívio com diversos povos, já que estudou e morou por quase dez anos na Europa Oriental, organizando ainda anualmente caravanas de viagens a Israel, a pátria de seus ancestrais, é capaz de se comunicar em 12 idiomas. Assim ele também trabalhou como tradutor de Vasil durante sua trajetória pelo país, que se estendeu até o dia 23. Além do português e do ucraniano, Luiz Schimer fala espanhol, inglês, italiano, francês, alemão, grego, hebraico, aramaico, russo e polonês. “Uma língua puxa a outra” – ele explica. “O espanhol é facilitado pelo português e dele se evolui para o italiano, do italiano para o francês, do francês para o inglês, do inglês para o alemão, do alemão para o holandês, do grego para o polonês, do russo para o bielorrusso e o ucraniano, que são línguas parecidas. O hebraico abre o entendimento para o aramaico”, detalha. Descendente de Naftali, tribo do Norte, região da Galiléia, onde Jesus Cristo, segundo a Bíblia, cumpriu grande parte de seu ministério terreno, Luiz Schimer revela que sua esposa também canta em vários idiomas e os filhos igualmente são poliglotas. “Em meio a muitas perseguições, meus ancestrais foram para a Alemanha e depois, para não serem mortos, vieram para o Brasil. Como cerca de 15 milhões de pessoas que vivem nos EUA e nunca pisaram em Israel, sendo genealogicamente judias, já que o país só foi reconhecido como nação a partir de 1948, meus pais só puderam conhecer a sua pátria muito tempo depois”, contou, revelando que ele próprio teve o privilégio de conduzi-los à terra de origem. Atuando em missões há três décadas, Vasyl Gedarevich, também de origem ju-
19 daica, esteve no Brasil há oito anos, mas em condições bem mais favoráveis, quando a Europa ainda não experimentava a brutal recessão econômica que afetou sobretudo os países mais pobres. Nesses dias, não bastasse a família numerosa e o caso específico de um filho mais dependente, o ucraniano é obrigado a conviver com outro fator adverso: num episódio acidental, sua casa de dois pavimentos foi inteiramente incendiada há cerca de oito meses. Vasyl recebe de congregações brasileiras uma ajuda mensal de 150 dólares ou meio salário mínimo. Apesar das muitas provações, sentia-se constrangido em pedir ajuda, mas Schimer disse ter se sensibilizado quando ele lhe compartilhou a realidade. “Ele já colocou madeira na casa, mas ainda não cobriu. Os filhos ainda estão ao relento, chorei com ele”, testemunhou, acrescentando ainda que a moradia está hipotecada, podendo ser tomada a qualquer momento pelos bancos e o governo. Entre muitas unidades religiosas que se prontificaram em ajudar Vasyl, uma delas foi a congregação dirigida pelo presidente de honra da fábrica de lingüiças Que Filé, Luiz Pedro.
O MISSIONÁRIO UCRANIANO com o intérprete judeu Luiz Schimer, que se comunica em 12 idiomas, e Luiz Pedro, presidente de honra da Que Filé
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O MAR DA GALILEIA, o maior lago de água doce do mundo, com aproximadamente 53 km de circunferência, na região de origem da família de Schimer
Perseguições e expatriação
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Vasyl contou que seu avô foi assassinado pela KGB em 1932, por ser cristão na URSS dominada pelo comunismo ateu. Como os Estados Unidos abriram suas portas para religiosos perseguidos e exilados, sua avó veio buscar abrigo na América, assim como centenas de milhares de outros cristãos. Ali ela viveu até a morte, degredada. Seu pai morreu há três anos, aos 77 anos de idade. A mãe, também com 77 atualmente, mora em Sacramento, na Califórnia. Eles só puderam rever a terra natal após o fim da União Soviética, em 1991. Ainda de acordo com Vasyl Gedarevich, no tempo da URSS, como cristão ele estava impedido de freqüentar um instituto. Só estudava numa escola normal. Por causa de sua opção religiosa, o comunismo não permitia que ele fosse para uma faculdade. “Para seguir adiante, precisava trabalhar para os comunistas”, afirma. Assim é que, quando terminou a escola normal foi ser operário numa usina metalúrgica. “Mas quando o Muro de Berlim, a Cortina de Ferro caiu, chegou a democracia, fui então cursar um instituto bíblico, pude freqüentar uma escola teológica de americanos que se estabeleceram na Ucrânia”, detalha. A expressão Cortina de Ferro surgiu de um discurso do primeiro-ministro britânico Winston Churchill, proferido a 5 de março de 1946 no Westminster College, na cidade de Fulton, Missouri, nos Estados Unidos. Passou a ser utilizada para designar o bloqueio da região controlada pelo comunismo e integrada pelas repúblicas europeias da União Soviética (Rússia, Armênia, Azerbaijão, Bielorrússia, Estônia, Geórgia, Cazaquistão, Lituânia, Letônia, Moldávia e Ucrânia) e os estados-satélites da Alemanha Oriental, Polônia, Tchecoslováquia, Hungria, Bulgária e Romênia. Todos ficavam sob o estrito controle político e econômico da URSS.
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Fuzilamento
Com a voz embargada, Vasyl recorda como ocorreu o fuzilamento de seu avô, relatado pela avó algum tempo depois. “Nesse tempo isso foi feito com muita gente. Eles chegavam de noite, quando todos estavam dormindo, e diziam: ‘Vocês precisam ir conosco’. E meu avô dormia. Acordado e entendendo a complexidade da situação, clamou aos seus algozes: ‘Eu preciso me despedir do meu filho’. Meu pai, ainda uma criança com sete anos e o único filho, estava mergulhado num sono profundo. ‘Não acorda seu filho, deixa ele continuar dormindo lá’, disseram os verdugos. Mas meu pai insistiu: ‘Eu preciso ver meu filho pela última vez’. Então ele acordou meu pai, levantou-o nos braços, olhou para ele e deitou-o novamente na cama. Seria mesmo o derradeiro contato”. Indagado sobre como ocorria, efetivamente, o fuzilamento, o ucraniano explica que o procedimento padrão naquele tempo era da ação de um grupo de três pessoas. “Elas simplesmente chegavam, levavam quem vinham buscar, julgavam e fuzilavam, sem direito a defesa”. Segundo o último Censo, 50.4% da população ucraniana cultuam a religião ortodoxa e 10,2% são católicos romanos. Os protestantes são apenas 2,2%, menor que o contingente de ateus, que chega a 3,2%. Os judeus seriam 0,6%. O país viveu por muitos anos uma política de genocídio contra judeus e de deportação para trabalhar na Alemanha. Dessa forma, a maioria da população nos territórios ocupados passou a opor-se aos nazistas. As perdas totais de civis durante a segunda guerra e a ocupação alemã na Ucrânia são estimadas em entre cinco e oito milhões de pessoas, inclusive mais de meio milhão de judeus.
SOLIDARIEDADE INTERNACIONAL
AINDA PALCO de violentos conflitos políticos, a Ucrânia, com área um pouco maior que a de Minas Gerais, é um território em ebulição
Realidade atual
O pai de Vasyl tornou-se motorista e depois trabalhou num mercado de produtos. Sobre a situação atual de fortes tensões na Ucrânia, ele entende que seu país tomou a decisão de tornar-se independente, mas a Rússia teima em não respeitá-lo. Estaria agindo dissimuladamente no sentido de restaurar um novo império. Mais da metade das igrejas protestantes no país funcionam em salões alugados. Não existem templos, que não são permitidos a esse grupo cristão. Cinemas, teatros, escolas e clubes funcionam como congregações, mas muitas vezes os cristãos são expulsos sem explicações convincentes. “Não existe uma perseguição direta como antes, mas ainda existe. O governo dá terras para a Igreja Ortodoxa construir seus templos, mas para protestantes não.
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Quando os protestantes compram alguma terra para templos são colocados impedimentos. Na Rússia a perseguição é ainda maior”. Vasyl considera a Ucrânia “uma terra muito boa e o povo também”. Mas vê como fatores muito negativos “a proliferação das máfias, das ações criminais”. O presidente deposto, diz, era o principal chefe da máfia. “Há um grupo muito pequeno de pessoas muito ricas. As pessoas que trabalhavam no governo também têm situação boa por causa da máfia, da ação criminal. Mas a maior parte dos habitantes, 90% são pobres. A corrupção é gritante. O último presidente destruiu todas as pessoas que tinham seu próprio negócio, pequenas empresas. Tomaram negócios de muitos homens, tomaram e fecharam. Sequestraram bens e deram para pessoas que pertenciam ao partido”, relata.
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KIEV, uma das mais antigas metrópoles da Europa, é a maior cidade e capital da Ucrânia, sendo habitada predominantemente por ortodoxos e católicos
País fronteira, “celeiro da Europa”
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A palavra Ucrânia, que designa o país da Europa Oriental, quer dizer fronteira ou confim , divisando-se com a Federação Russa a leste e nordeste; a Bielorrúsia a noroeste; Polônia, Eslováquia e Hungria a oeste; Romênia e Moldávia a sudoeste; e o Mar Negro e o Mar de Azov ao sul e sudeste, respectivamente. O país possui um território que compreende uma área de 603.628 Km², o que o torna o segundo maior entre aqueles totalmente inseridos no continente europeu. O território ucraniano – atualmente um pouco maior que o estado de Minas Gerais ou que a soma das áreas da Espanha e de Portugal – começou a ser habitado há milhares de anos e acredita-se que a região seja o lar da domesticação do cavalo e da família de línguas indo-europeias. Na Idade Média, a nação se tornou um polo da cultura dos eslavos do leste, conhecido como o poderoso Estado Principado de Kiev. Após a sua fragmentação no século XIII, a Ucrânia foi invadida, governada e dividida por uma variedade de povos. Uma república cossaca surgiu e prosperou durante os séculos XVII e XVIII, mas a nação permaneceu dividida até sua consolidação em uma república soviética no século XX. A industrialização soviética teve início na Ucrânia a partir do final dos anos 1920, o que levou a produção industrial do país a quadruplicar nos anos 1930. Tornou-se um Estado-nação independente apenas em 1991. Em 1986, ainda sob domínio soviético, no norte da Ucrânia, aconteceu o pior acidente nuclear da história, na cidade de Chernobyl. Durante uma forte recessão que se instalou após a independência, a Ucrânia perdeu 60% do seu PIB entre 1991 e 1999, além de ter sofrido com taxas de inflação de cinco dígitos. Insatisfeitos com as condições econômicas, bem como as taxas de crime e corrupção, os ucranianos protestaram e organizaram greves. A nova moeda, o hryvnia, foi introduzida em 1996. Desde 2000, o país teve um crescimento eco-
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nômico real constante, com média de expansão do PIB de cerca de 7% ao ano. A Ucrânia é considerada o “celeiro da Europa” devido à fertilidade de suas terras. Em 2011, era o terceiro maior exportador de grãos do mundo, com uma safra muito acima da média. O país é classificado como uma das dez regiões mais atraentes para a compra de terras agrícolas no mundo. Além disso, tem um setor de manufatura bem desenvolvido, especialmente na área de aeronáutica e de equipamentos industriais. Com 24 províncias, a instável Ucrânia funcionava neste mês de abril como uma república sob um sistema semipresidencial com separação dos poderes legislativo, executivo e judiciário. Desde a dissolução da União Soviética, o país continua a manter o segundo maior exército da Europa, depois da Rússia. É lar de 44,6 milhões de pessoas, 77,8% dos quais são ucranianos étnicos, com minorias de russos (17%), bielorrussos e romenos. A religião dominante é o cristianismo ortodoxo oriental, que influenciou fortemente a arquitetura, a literatura e a música do país. A nova constituição ucraniana, que foi adotada durante o governo do presidente Leonid Kuchma em 1996, acabou por tornar a Ucrânia uma república semipresidencial. Kuchma foi, no entanto, criticado por corrupção, fraude eleitoral, desestimulação da liberdade de expressão e muita concentração de poder em seu cargo, até ser afastado. Outro líder político posterior, Viktor Yanukovych, caiu em desgraça principalmente por recusar uma maior integração do país com a União Européia e, sendo considerado incapaz de cumprir seus deveres em meio a uma onda de grandes manifestações e agitações civis, foi destituído em 22 de fevereiro de 2014 pelo parlamento, que definiu uma eleição para 25 de maio de 2014 para selecionar o seu substituto. Segundo estimativas da Embaixada da Ucrânia em Brasília, há cerca de 500 mil ucranianos e seus descendentes no Brasil, concentrados principalmente no estado do Paraná (90%).
SOLIDARIEDADE INTERNACIONAL
22.473 quilômetros de ferrovias Recursos naturais significativos na Ucrânia incluem minério de ferro, carvão, manganês, gás natural, petróleo, sal, enxofre, grafite, [titânio], magnésio, caulim, níquel, mercúrio, madeira e uma grande abundância de terras aráveis. Apesar disso, o país enfrenta uma série de importantes questões ambientais, tais como suprimentos inadequados de água potável, poluição do ar e da água e desmatamento, bem como a contaminação por radiação no nordeste do
país, por conta do acidente nuclear de Chernobil, em 1986. A reciclagem de lixo doméstico tóxico ainda está em processos inciais na Ucrânia. A Ucrânia continua sendo um dos países que mais usam a malha ferroviária. O valor total de ferrovias é de 22.473 quilômetros, sendo que 9.250 km é eletrificado. Para que se tenha uma ideia, no Brasil de dimensões continentais são apenas 29.706 quilômetros de extensão (e apenas 1.121 eletrificados).
COMPARATIVO DAS MAIORES MALHAS FERROVIÁRIAS PAÍS
FERROVIAS (KM)
Estados Unidos
224,792
Rússia
87,157
China
86,000
Índia
63,974
Canadá
46,552
Alemanha
41,981
Austrália
38,445
Argentina
36,966
França
29,640
Brasil
29,706
Japão
27,182
Ucrânia
22,473
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Outubro/Novembro 2013
ASSOCIAÇÃO PROJETO DE DEUS
Um socorro que vem do alto
NO GINÁSIO COBERTO, pausa para um momento de reflexão com o professor Carlos Cataldo
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Com mais de dez anos de funcionamento, entidade com sede em morro que divide os bairros Vila Formosa e Nova Esperança cria novas perspectivas para crianças, jovens e adultos, e ajuda a estruturar famílias em regiões carentes O dia está só começando e dezenas de crianças, rapazes e moças, alegres e descontraídos, como verdadeiros donos da rua, já se movimentam pelo ponto mais elevado do bairro Nova Esperança, em Ipatinga. Não há como ignorar a presença deles, até porque brincam, conversam alto, se empurram amistosamente e, além de tudo, estão vestidos com acesos shorts amarelo-ouro e camisas de um quente tom azul-marinho. Para quem está ali pela primeira vez pode parecer um episódio eventual. Mas, na verdade, durante toda a semana, pela manhã e à tarde, essa mesma cena vai se repetir religiosamente. Como, aliás, já acontece há anos. Graças a uma importante iniciativa da Igreja Batista Shallom, com sede no bairro Ideal, ali mesmo, na rua Salto Osório, 189, região de divisa com a Vila Formosa, funciona o projeto socioeducativo da Associação Projeto de Deus, que tem evitado que muitos jovens se enveredem pelos descaminhos das drogas e da criminalidade. A presidente da Associação, Beatriz Rodrigues Arifa Souza, explica que a entidade tem fins assistenciais e educacionais. O projeto socioeducativo
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trabalha com foco na convivência e fortalecimento de vínculos, atendendo hoje 160 crianças e adolescentes entre seis e 17 anos em parceria com a Prefeitura de Ipatinga. Oitenta são atendidos pela manhã e outros 80 à tarde, no contraturno escolar. As primeiras turmas permanecem no local de 8h às 11h, participam das atividades e depois vão para casa, já que estudam à tarde. De 14h às 17h, é a vez dos que estudam de manhã. Fato é que eles contam as horas para desfrutar daqueles momentos, já que do outro lado do portão que dá acesso ao espaço há muita coisa interessante para fazer. Com o apoio de monitores, os inscritos têm direito a atividades recreativas, esportivas e aulas de informática básica. Ainda, recebem lanches e participam de momentos de reflexão. Sentados em círculo na quadra do ginásio coberto e, desta vez, em silêncio, é o instante de receberem orientações de vida. Um dos ministrantes é o professor de Educação Física Carlos Cataldo, há dois anos no projeto. “Tenho uma filha de 21 e um filho de 15. Em casa mesmo, sei como é desafiador o trabalho de conduzir os jovens a um futuro melhor, protegendo-os dos malefícios que a convivência em
ASSOCIAÇÃO PROJETO DE DEUS sociedade muitas vezes traz a reboque. Aqui já tivemos casos de rapazes e moças de 15 e 16 anos seduzidos pelas drogas. Mas, felizmente, temos podido guiá-los por trajetórias mais positivas”, ele diz. “É feito um cronograma, as turmas são intercaladas, divididas por idade, cada uma delas acompanhada por um monitor. Há, ainda, a presença de uma assistente social que coordena e faz todo o planejamento do trabalho, acompanhamento com as famílias. Ela vai até elas, visita, vê quais são as necessidades, qual é o problema mais iminente, como está estruturado o lar, oferece orientação. Às vezes a mãe tem direito a uma Bolsa-Família, por exemplo, e não está recebendo. Assim a assistente social vai orientar, vai direcionar”, detalha Beatriz Arifa.
Em relação aos esportes, os jovens praticam futebol, introdução à natação, vôlei, futsal e recebem também noções de basquete. As atividades recreativas consistem de jogos lúdicos como pingue-pongue, damas, dominó, atividades que requerem raciocínio, jogos que são voltados para a atenção, concentração. O projeto funciona há mais de dez anos, mas apenas nos últimos dois anos passou a fazer parte do grupo de conveniados com a prefeitura, o que possibilitou o aumento do número de atendidos. A demanda vem do CRAS – Centro de Referência de Assistência Social da região, que atende basicamente três territórios: Cidade Nobre, Nova Esperança e Vila Formosa. Mas também há inscritos dos bairros Esperança, Limoeiro e Bom Jardim.
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AS AULAS DE ACADEMIA e hidroginástica atraem muitas mulheres, melhorando não apenas o condicionamento físico, mas também o estado emocional
Hidroginástica e academia
Há sete anos na Associação Projeto de Deus, a educadora física Raiane Godoy é outra monitora, atendendo ao público feminino adulto com aulas de hidroginástica e academia. As inscrições são para mulheres de qualquer idade, mas a maioria é da terceira idade, talvez pelo fato de estarem mais disponíveis com suas aposentadorias e pensões. O objetivo é complementar o atendimento às famílias dos garotos, assegurar uma assistência integral tanto aos lares quanto à comunidade de um modo geral. O trabalho é estendido a mulheres de outros bairros que também queiram participar. A prioridade para o atendimento é a questão médica. “Às vezes a mulher tem um problema de reumatismo, artrose, artrite, não pode fazer academia por causa do atrito. Nesse caso, então elas são acompanhadas na hidroginástica. O retorno é bem bacana. Elas melhoram muito o seu condicionamento físico, melhoram também o seu psicológico. Algumas delas chegam muito deprimidas pelo excesso de gordura, debilitadas, e aí começam a se desenvolver, a reconquistar a autoesti-
ma. Temos em média 26 mulheres, assistidas em dois horários. De 14h às 16h funciona a hidroginástica e, de 16h às 18h, a academia. São duas turmas de cada atividade, de segunda a sexta. Na academia há em torno de 50 inscritos, e o espaço é aberto para pessoas acima de 18 anos”, informa Raiane. O objetivo destas outras atividades, reforça Beatriz Arifa, “é trazer a família mais para perto, podermos acompanhar suas necessidades. Com essa proximidade a gente consegue um resultado mais satisfatório relacionado a alguma debilidade. Eventualmente, alguma deficiência, alguma agressividade que a criança está apresentando pode ser reflexo de alguma coisa que está acontecendo lá fora. Estando mais próximos da família, podemos auxiliar mais. Isto tudo colabora para o desenvolvimento integral da criança, tanto intelectual quanto físico e espiritual”, pondera. No próximo semestre, a ideia é ampliar o projeto com opções de corte e costura e artesanato, porque além das mulheres terem uma atividade laboral poderão ainda desfrutar de algum lucro com sua arte também.
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ASSOCIAÇÃO PROJETO DE DEUS A presidente da Associação Projeto de Deus se alegra com os resultados que tem podido aferir, e exemplifica: “Na semana passada mesmo, tivemos um serralheiro que veio fazer um serviço para nós. Era um rapaz que ficou com a gente muitos anos. Conversando, ele contou que passou pela creche quando tínhamos esse trabalho, foi para a escola, participou do projeto por cinco ou seis anos. Hoje está casado, montou sua serralheria. Isto nos recompensa. Não entrou para o mundo das drogas, do crime, constituiu sua família, está hoje trabalhando, montou seu negócio. Passou por aqui, recebeu orientação, um caráter diferenciado. Isto é motivo para nos regozijarmos”, avalia Beatriz.
Uma escola confessional cristã
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Mas a Associação Projeto de Deus não se restringe ao projeto socioeducativo na rua Salto Osório. Outros dois braços são a escola infantil chamada de Instituto Educacional Batista Shallom (IEBS), e o Instituto Teológico Shallom (ITS), que trabalha a formação de líderes eclesiásticos, oferecendo cursos Básico, Médio e de Bacharel em Teologia (este último reconhecido pelo MEC, com convalidação de um ano na Faculdade Unida, de Vitória-ES, pelo sistema de Educação a Distância - EaD). A diretora do IEBS, Priscila Talúria Kely Sodré, com licenciatura plena em Pedagogia, Português e Inglês, além de pós-graduada em Língua Inglesa, relata: “Somos uma escola confessional cristã. Todos os pais que nos procuram têm consciência disso. Além do ensino acadêmico, trabalhamos com as crianças os valores espirituais. Então a procura de nossa escola geralmente se dá também por isso. Além de trabalharmos esse aspecto todos os dias, temos um culto que acontece sempre às quintas-feiras, às 14h, no templo da Igreja Batista Shallom. Também nas datas comemorativas como Páscoa, Dia das Mães, Dia dos Pais, fazemos cultos alusivos. Em datas como Dia dos Pais, Dia das Mães, a família toda é convidada, com apresentação das crianças. A cada dois anos nós realizamos ainda a Festa da Família e já temos outra programada para 20 de setembro”, adianta. Em atividade há 13 anos, o IEBS tem hoje 115 alunos, sendo 21 no Maternal II, de um ano e seis meses até cinco anos de idade; 28 no Maternal III, a partir de três anos; 25 em duas turmas de Primeiro Período, a partir de quatro anos de idade, e mais duas turmas de Segundo Período, com matriculados a partir de cinco anos. As aulas são todas em turno vespertino (de 12h50 às 17h) e a escola já tem autorização do MEC para funcionar também com turmas de 1º ao 5º ano de Ensino Fundamental, para crianças até dez anos, o que deverá ocorrer em 2015. Nesse sentido foram feitas reformas e adaptações no prédio que funciona na rua Rodolfo Bernadelli, 294 – Ideal. Já estão liberados os laudos dos bombeiros e da Vigilância Sanitária. Priscila acrescenta: “Diferentemente de quando inicia-
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mos, quando precisávamos orar a Deus para pedir alunos, hoje temos uma procura muito grande, até lista de espera. Geralmente, logo no início do segundo semestre os pais já começam a ligar para colocar nomes na lista. Em novembro há matrículas na primeira quinzena para os alunos já matriculados renovarem; na segunda quinzena, para os novatos. Então, quase sempre iniciamos as aulas com as turmas já formadas”, revela, lembrando que a escola começou num espaço ocioso da Igreja Batista Shallom que era utilizado apenas nos domingos para Escola Bíblica Dominical. “Depois o pastor-presidente Wagner Bretas começou a trabalhar com algumas voluntárias, em 2001, para fornecer o ensino para crianças da própria igreja. A partir daí a escola se tornou conhecida pela comunidade e hoje famílias de todas as confissões religiosas nos procuram”, comemora.
COM 13 ANOS de funcionamento, o IEBS já soma hoje 115 alunos matriculados, desde o Maternal até o Segundo Período
AS VÁRIAS TURMAS de Teologia já somam 90 alunos e há 127 inscritos na Escola de Ministérios
A DIRETORA Vânia Serafim e a secretária Maria das Graças (D)
Instituto Teológico tem mais de 200 matriculados Na rua Arthur Azevedo, 1.167, Ideal, junto ao templo da Igreja Batista Shallom, desde 12 de fevereiro de 2001 funciona outro braço da Associação Projeto de Deus, o Instituto Teológico Shallom. Ali estudam atualmente nada menos que 90 alunos de Teologia e outros 127 na Escola de Ministérios, que se realiza às terças-feiras. Há alunos de 16 a 60 anos, entre eles professores, advogados, empresários, industriários. Muitos já têm outros cursos superiores, procurando formação teológica. O educandário, interdenominacional, é dirigido por Vânia Serafim de Assis, que conta ainda com o apoio da secretária-executiva Maria das Graças Lopes. Elas explicam que no caso da Escola de Ministérios, a procura é maior porque os alunos podem cursar uma matéria por vez, sendo capacitados num período de nove meses. As opções são para Departamento Infantil; Hermenêutica e Homilética (a arte de preparar e pregar sermões); Religiões, Seitas e Heresias; Missões, e Louvor e Adoração. Para cursar Teologia o aluno precisa ter concluído o Ensino Médio e ter carta de apresentação de seu pastor. As aulas são às segundas, terças, quartas e sextas-feiras, de 19h às 22h15. O curso de Médio em Teologia dura dois anos, com exigência de Ensino Fundamental completo, e o de Bacharel, três, mais um para convalidação, havendo necessidade, no ato de matrícula, do Ensino Médio
SERVIÇO Associação Projeto de Deus Rua Salto Osório, 189 – Vila Formosa 3824-8866
completo. Para freqüentar a Escola de Ministérios basta saber ler e escrever com desenvoltura, sem exigência de escolaridade. No ano em que o Instituto começou a funcionar já eram 36 alunos matriculados e hoje já são quatro turmas formadas, sendo que a mais recente colou grau em 22 de fevereiro, com 32 alunos. O aprendizado teológico é amplo. Os estudantes têm contato com nada menos que 14 disciplinas durante os cursos: Introdução Geral à Bíblia; Introdução ao Antigo Testamento; Metodologia da Pesquisa Científica; Introdução ao Novo Testamento; Hermenêutica Cristã; Homilética; Teontologia (Doutrina de Deus); Geografia Bíblica; Antropologia; Teologia Sistemática; Teologia Bíblica de Missões (Missão Integral); Ética Cristã; Liderança Cristã; Administração Eclesiástica; Didática Geral; Missão Transcultural; Sociologia; Português; Sociologia da Religião; Teologia Bíblica do Antigo Testamento e do Novo Testamento; Religiões Comparadas; Hamartiologia (Doutrina do Pecado); Cristologia; Soteriologia (Doutrina da Salvação); Pneumatologia (Doutrina do Espírito Santo); História do Cristianismo; Escatologia; Eclesiologia; Grego; Psicologia Geral; Psicologia Pastoral; Filosofia Geral; Filosofia da Religião; Prática Pastoral; Hebraico; Teologia Contemporânea e Apologética Cristã.
Instituto Educacional Batista Shallom Rua Rodolfo Bernadelli, 294 – Ideal 3827-2996
Instituto Teológico Shallom Rua Arthur Azevedo, 1.167 - Ideal 3826-7812
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CONSTRUÇÃO E TENDÊNCIAS
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Projetar e organizar espaços internos e externos de construções, levando em conta não apenas a estética, mas também aspectos como conforto e funcionalidade, estão longe de ser uma tarefa para amadores. Aventurar-se por essa vereda sem a orientação de um profissional especializado pode custar caro. Significa, muitas vezes, escolhas erradas, desperdício de dinheiro, insatisfação, estresse. Assim é que dois dos arquitetos mais solicitados do Vale do Aço, os jovens Samila Matos e Filipe Carvalho, sócios da XYZ Arquitetura e Design, com escritório no bairro Iguaçu, em Ipatinga, comemoram o fato de uma verdadeira mudança de mentalidade estar se cristalizando no mercado regional, significando a valorização dos especialistas. “A busca de qualidade de vida, tão presente nos nossos dias, também é sentida de forma intensa na demanda por ambientes domésticos e comerciais mais adequados”, diz Filipe. “Vivemos num mundo de muita informação e é inevitável que as pessoas procurem o melhor para si e aqueles com quem se relacionam, queiram usufruir no seu dia a dia de fatores mais agradáveis em suas casas e seus locais de trabalho”, acrescenta Samila. De acordo com os arquitetos, o mais interessante é que a busca pelos especialistas, hoje, não se restringe apenas à classe A, mas abrange ainda as classes B e C, pelo menos. “Não é um tipo específico de cliente e isso deve ser
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celebrado. Todas as classes estão procurando melhorar, o que é muito bom para o mercado, muito bom para a cidade. Porque quando as construções se adéquam às novidades, isso não apenas as valoriza, mas tudo o que está à volta igualmente se beneficia”, analisam. Embora realizem uma série de projetos “começados do zero”, o que sem dúvida lhes proporciona uma liberdade maior para trabalhar, Filipe e Samila revelam que pelo fato de estarmos numa região relativamente adensada, as reformas de casas e lojas são predominantes. “No caso das residências, tem sido bastante requisitada a reforma de ambientes específicos do imóvel. São pessoas que começam a replanejar a casa, por exemplo, pela cozinha - hoje um espaço de interação com as visitas e que não está mais nos fundos das edificações -, depois evoluem para as salas, os quartos, banheiros...” – conta Filipe. Especialista em design de interiores, Samila ressalta que os conceitos dos próprios consumidores sobre o que é uma moradia ideal estão muito mudados na atualidade. “Homens e mulheres estão à procura de quartos onde possam ter maior relaxamento, um sono mais tranqüilo. Entendem que podem ter, por exemplo, uma sala com iluminação mais favorável a determinadas atividades, um tipo de construção que favoreça o áudio, que faça com que o som da televisão chegue melhor aos ouvidos, tudo no sentido de melhorar a qualidade e funcionalidade do espaço”.
DETALHES de um projeto de área gourmet no Cidade Nobre
“Mesmo em relação à estética – emenda Filipe –, a nova forma de ver as construções faz com que haja sensíveis mudanças. Investe-se muito mais na apresentação dos espaços e já não é aquela intervenção limitada a retoques na fachada ou simplesmente mudar uma cor, fazer uma coisa ou outra. Às vezes a pessoa pensa que é só ir à loja e comprar um revestimento bonito, mas quando tenta mesclar todos os revestimentos que considera bonitos, a harmonia do todo fica comprometida. O harmônico, muitas vezes, não está necessariamente associado a preço de material ou a quanto você usa dele. Alguém pensa que se está na moda, por exemplo, a pedra filetada que ele viu na televisão, comprando um caminhão dela está garantindo o melhor para seus ambientes. Contudo, talvez seja um detalhe deste mesmo material, bem empregado num conjunto, que vai fazer toda a diferença”, orienta. A arquiteta Samila Matos diz que, especificamente no Vale do Aço, há uma tendência seguida há alguns anos em relação às residências. “Muitos têm procurado construir casas mais contemporâneas, aquelas casas branquinhas, com linhas retas, muito vidro e sem telhado aparente. É um estilo. Mas também tenho recebido
VISÃO convidativa de um projeto de fachada residencial em Contagem
clientes procurando um formato mais colonial. A arquitetura correta é a que faz bem ao cliente, independente do estilo que segue. Além disso, é certo que alguns fatores favorecem a construção, como boas janelas pra garantir a ventilação e boa iluminação, adicionando-se ainda as cores corretas, que tragam as melhores sensações térmicas ou os melhores estímulos, entre outros”, detalha. Em relação às lojas, diz Filipe, as fachadas em evidência são aquelas que de fato são capazes de atrair o cliente para o ambiente interno, que especialmente deixem bem claro o serviço que está sendo prestado lá dentro. “Internamente, a tendência é caprichar nos detalhes ou até mesmo deixar o ambiente bem clean e funcional”, pontua. Os profissionais da XYZ Arquitetura e Design salientam que um erro bastante comum é evidenciado por clientes que os procuram: a execução precipitada de intervenções. Estas pessoas informam que já tentaram melhorar determinado espaço várias vezes, sem nunca se satisfazerem com as mudanças. Às vezes o marido diz que foi a esposa que não gostou, por isso tentou fazer de novo. Aí foi ele quem enjoou daquilo. “Hoje existem softwares que proporcionam maquetes que mostram exatamente como a casa ficará: tamanho, volumetria, tipo de janela, revestimento, onde o sol vai bater. Antes de construir conseguimos mostrar tudo isso, inclusive o que vai caber nos espaços. Isto, seguramente, é muito mais recomendável e sensato do que você executar de forma errada e depois ter que demolir”, explicam. FILIPE CARVALHO e Samila Matos, sócios da XYZ Arquitetura e Design: “Planejar garante melhores resultados e ainda gera economia”
SERVIÇO
R. Berilo, 300 – Iguaçu - Ipatinga-MG contato@xyzarquitetura.com www.xyzarquitetura.com (31) 3616-3820/8881-5419
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TURISMO
O país das “magrelas” Bicicleta é a melhor forma de se locomover na Holanda
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Não há dúvidas de que uma das melhores maneiras de se locomover na Holanda é sobre duas rodas. Estima-se que cada holandês tenha pelo menos uma bicicleta, o equivalente a cerca de 16.5 milhões (número de habitantes) de “magrelas” circulando pelas ruas. Por todo o país estão espalhados 32 mil quilômetros de ciclovias equipadas com sinais de trânsito e indicações de como ir de uma cidade a outra pedalando. Amsterdã (800 mil habitantes) tem 500 km de ciclovias, mais do que a soma das ciclovias de cidades do Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre, Belo Horizonte e Salvador que, segundo um levantamento realizado em 2013 pela ONG Mobiliza Brasil, possuem, juntas, menos de 440 quilômetros de espaços reservados para as bicicletas em seus respectivos sistemas viários. Em Amsterdã, segundo a prefeitura da cidade, 40% da população vai trabalhar diariamente de bicicleta, enquanto apenas 20% se dirige até o local de trabalho de carro. Na Holanda, as bicicletas também podem ser usadas por quem deseja conhecer melhor os seus atrativos. Cerca de 100 rotas atravessam os lugares mais interessantes do país. Esses itinerários estão disponíveis em empresas de aluguel de bicicletas e no escritório local de informações aos turistas
PAÍS tem mais de 30 mil km de ciclovias e duas vezes mais bicicletas do que carros
Turistas de Copa têm renda mensal superior a R$ 20 mil O Ministério do Turismo brasileiro traçou o perfil do turista que visitou a última Copa do Mundo, na África do Sul. A maioria é homem (83%), tem entre 25 e 34 anos (45%), é solteiro (60%) e estudado: 86% dos entrevistados têm ensino superior, pós-graduação ou especialização. Um dos dados que mais chamou a atenção, no entanto, é o valor da renda familiar: a maioria dos turistas (31%) afirmou que a renda da família está acima de R$ 20 mil, podendo ultrapassar os R$ 50 mil por mês. Também merece destaque o tempo de permanência dos estrangeiros no país. Uma parcela considerável (28%) passa entre 15 e 20 dias no destino e pretende fazer turismo adicional pelo país (83%), passando por três ou mais destinos. O meio de hospedagem preferido do público é o hotel
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(69%) e o gasto médio com a viagem é de R$ 11.412,50. Os maiores gastos são com alimentação, hospedagem e transporte. Foram entrevistados 4.835 turistas de cinco continentes (África, Europa, América, Oceania e Ásia) nas cidades-sede do evento na África do Sul. Durante a Copa das Confederações, realizada em junho de 2013 no Brasil, o turista internacional permaneceu 14,3 dias no país, bem acima da média do turista brasileiro (5,5 noites); se hospedou em hotéis (74,6%) e visitou outros dois destinos além da cidade-sede do jogo. Ao todo os visitantes estrangeiros transitaram por 132 cidades brasileiras. Fora do circuito das cidades-sede, os locais mais visitados foram Ipojuca, em Pernambuco, onde fica o destino de Porto de Galinhas (2,7%); Foz do Iguaçu, no Paraná (2,1%), e Armação de Búzios, no Rio (1,9%).
parceria 31
Aperam. Acompanhando de perto toda a história da sua cidade. Parabéns, Timóteo, pelos seus 50 anos. Timóteo está completando 50 anos e, para a Aperam South America, é um orgulho fazer parte dessa trajetória. Durante todo esse tempo, estivemos sempre presentes, investindo na qualidade de vida das pessoas e das comunidades, ajudando no desenvolvimento dessa cidade, que não para de crescer. Juntos, construímos uma história de sucesso e, hoje, estamos felizes em poder comemorar com você esse momento tão importante.
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REPORTAGEM DE CAPA
Negócios são Negócios. Mas os amigos fazem parte Apelo popular determinou a abertura da rede Drogaria Hebinho, hoje um dos mais respeitados empreendimentos do setor farmacêutico no Vale do Aço. Carinho das pessoas que atendia no balcão de antiga farmácia sensibilizou comerciante a permanecer no ramo e iniciar com recursos modestos seu bem-sucedido negócio. TEXTO Alexandre paulino
REPORTAGEM DE CAPA
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O ramo farmacêutico é hoje um dos mais concorridos no comércio das principais cidades brasileiras. Grandes redes disputam o mercado entre si e com as pequenas drogarias de bairros. Preços, prazos, variedade e comodidade na entrega estão entre os diferenciais usados para conquistar a clientela. Em Ipatinga, uma família vive as 24 horas do dia neste ambiente, mas sempre com fé, alegria e união. Em meio à correria diária, há algo distinto e sagrado, que eles fazem questão de preservar: o hábito de sentarem-se diariamente à mesa, agradecerem a Deus e almoçarem juntos. Esta história começou há 35 anos quando, em 1979, Uebson de Souza Candal, o popular Hebinho, deixou sua terra natal, Marataízes (ES), para viver na principal cidade do Vale do Aço mineiro, tornando-se, como ele próprio diz, “um verdadeiro ipatinguense”. Filho de Durval Pires Candal e Vilma Souza Candal, Hebinho é o mais velho dos três filhos do casal. Tanto o pai, apontador, quanto a mãe, cozinheira, iniciaram a vida de trabalho e se aposentaram na antiga usina de álcool Paineiras, no Espírito Santo. Tudo indicava que o futuro de Hebinho estava ligado à mesma empresa, pois ele chegou a concluir o curso técnico em um colégio agrícola federal, no regime de internato. Depois foi aprovado no vestibular para Agropecuária, sendo então convidado para trabalhar na usina Paineiras. Mas o jovem sentia que aquela não era a sua vocação, havia algo mais significativo e motivador em seu futuro, e jogou para o alto toda a aparente segurança que a conjuntura local sinalizava. Convidado pelo primo Nilton Manoel, que residia em Ipatinga, para fazer um teste na Usiminas, Hebinho deixou o litoral capixaba rumo a Minas Gerais. Sem hesitar, começou a percorrer o caminho inverso projetado por muitos que sonham com uma vida fluindo mais calma e sossegadamente à beira da praia. Nilton Manoel, hoje o vereador com maior número de mandatos - sete - na Câmara Municipal, era sócio do irmão na antiga Drogaria Freire, então um dos mais tradicionais estabelecimentos do ramo, no Centro da cidade.
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NA UNIDADE DO BETHÂNIA, um quadro comum em toda a rede: uma agressiva política de preços baixos é marca registrada da Drogaria Hebinho. Com distribuição de valiosos prêmios aos clientes na inauguração, a unidade do Jardim Panorama (D) funciona desde o final de 2013
DE PORTAS abertas desde as primeiras horas da manhã até o final da noite, todos os dias, as lojas da Drogaria Hebinho empregam hoje mais de 130 funcionários
REPORTAGEM DE CAPA
A chegada
O início de vida do hoje vitorioso comerciante Hebinho – que prefere ser chamado assim, rejeitando a pompa de “empresário” – é um capítulo à parte da nossa história. Antes de, enfim, montar a super conhecida Drogaria Hebinho (aquela que deu origem à rede do mesmo nome), na rua Poços de Caldas, no Centro, o jovem Uebson viveu muitas aventuras. Ele se lembra bem de quando chegou a Ipatinga, exatamente em 5 de dezembro de 1979, após a enchente mais avassaladora vivida pela cidade em seus 50 anos de história. Havia muita lama por toda a cidade, na ocasião tomada por um grande canteiro de obras. Sob a administração do então prefeito João Lamego Netto, imensas valas eram rasgadas
Pra ser feliz a gente precisa fazer aquilo que alimenta a sua alma. UEBSON DE SOUZA CANDAL, o popular Hebinho
para construção de galerias pluviais, enormes movimentações de terra ocorriam em função das necessidades de terraplenagem e construção de pontes e viadutos. E um verdadeiro dilúvio irrompeu sobre os limites do município, provocando inundações dos córregos, desabrigando centenas de famílias ainda carentes de moradias mais dignas. Quando chegou, aos 19 anos de idade, Hebinho foi morar na casa dos tios, pais de Nilton Manoel. Além do teste na Usiminas, o jovem também fez uma entrevista para trabalhar na área burocrática das Lojas Arapuã – então um estabelecimento de ponta no segmento dos eletrodomésticos. Mas, enquanto aguardava os resultados para uma eventual admissão, foi orientado pela tia a trabalhar na Drogaria Freire, que havia sido criada em 1977 e estava localizada na avenida 28 de Abril. Para se tornar balconista na farmácia dos primos – e efetivamente estar sempre em contato com o público, fazendo aquilo que logo entendeu ser verdadeiro oxigênio para a sua vida –, o futuro comerciante chegou a morar no depósito da farmácia. “Minha cama era de armar, com um colchão bem fino. Numa certa madrugada, desabou outra tempestade sobre Ipatinga, e os meus pertences, que se resumiam a uma tosca mala com algumas poucas mudas de roupas, infelizmente foram levados pela enxurrada”. No meio da noite – conta Hebinho – ele foi obrigado a pedir socorro em uma república localizada na rua Aimorés, onde foi acolhido temporariamente. “O que eu ganhava não dava para pagar as despesas da república. Então fiz um acordo com os outros: faria as refeições fora. Apenas dormia lá. Nessa época o jantar se resumia ao caldo de mocotó no antigo Zero Hora” – ele recorda com muito bom humor, fazendo alusão ao restaurante que existia na rua Ouro Preto, nos primórdios da cidade. Mesmo tendo recebido respostas positivas dos testes na Usiminas e Arapuã, Hebinho decidiu permanecer na Drogaria Freire, e a razão não foi outra senão a sua impressionante empatia com o público, que fizeram dele um nome obrigatório e indispensável entre os atendentes. “Eu estava sendo chamado para assumir um ou outro posto, e nesse momento o Nilton interveio. Perguntou se eu estava satisfeito na farmácia, coisas assim. Ainda, quis saber qual era a proposta da Usiminas. Meus primos então cobriram a oferta e foi desse modo que permaneci na Drogaria Freire”, recorda.
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REPORTAGEM DE CAPA
HEBINHO e a esposa Emília entre os filhos Durval e Duiller: em meio a muitos desafios, a união familiar como um dos principais ingredientes de sucesso
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Com humildade, o comerciante revela que aprendeu muito no balcão da farmácia. E, perguntado se, num auto-exame, consegue enxergar alguma aptidão especial que justifique a sua ascensão no segmento, diz que talvez a sua maior virtude nesse tempo tenha sido “ser sempre muito esforçado”. Com os olhos marejados, ele relembra as estafantes – e didáticas – jornadas como funcionário: “Durante o dia eu procurava atender da melhor forma os muitos clientes que vinham até nós com as mais diversas demandas, algumas delas urgentes e inadiáveis. Mas não deixava que o cansaço me vencesse: à noite, me dedicava ao estudo de bulas e compêndios médicos. As farmácias eram uma espécie de pronto-socorro. Faziam de tudo um pouco, curativos de toda ordem, atendimento a queimados, limpeza de ouvidos, emergências para intoxicações, diarréias, febres altas, dores de dente... O ramo de medicamentos parece simples, mas na verdade é bastante complexo e de grande responsabilidade. Conhecer substâncias químicas e suas administrações exige esforço, extrema dedicação”, enfatiza. Ainda trabalhando na Freire e vasculhando detalhes das minúsculas bulas, Hebinho concluiu um curso técnico de farmácia. Durante dois anos, percorria todos os dias em trajetos de ida e volta, à noite, os 100 quilômetros que separam Ipatinga de Governador Valadares. Num dia ia com seu próprio automóvel e, em outro, pegava carona com um dos filhos de Nilton Manoel.
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“Foi difícil trabalhar e fazer o curso. Eu não queria ser relapso, mas sempre chegava atrasado à aula por causa do trabalho na farmácia”, conta.
A família
Em 1980, o amor bateu à porta do futuro empreendedor, que em 1985 se casou com Emília Aparecida Gandra Candal. Os dois ainda guardam bem vivo na memória aquele momento especial. Eles se conheceram em uma festa de aniversário, mas coincidentemente ela também trabalhava numa farmácia no centro de Ipatinga. “Na festa de aniversário, ele chegou a me oferecer uma carona. Claro que não aceitei, pois era a primeira vez que nos falávamos. Depois teve um dia que eu liguei para a Drogaria Freire só para ouvir a voz dele, um vozeirão de locutor de rádio”, se diverte Emília, lembrando do início do relacionamento com Hebinho, que convergiu para a formação de uma família sólida e zelosa dos melhores valores cristãos. Além de trabalhar oito anos no ramo farmacêutico, Emília se formou em Magistério, Logística Empresarial e Filosofia. “Também dava aulas de manhã e à tarde. Na época de Páscoa, ainda fazia ovos de chocolate para ajudar no orçamento”, recorda ela, sem conseguir esconder a emoção. O casal teve dois filhos, Durval Pires Candal Neto, hoje com 26 anos, e Duiller Gandra Candal, 23 anos, mais duas peças importantes na engrenagem administrativa do negócio.
REPORTAGEM DE CAPA Sociedade na Freire
Em 1986, Nilton Manoel e seu irmão fizeram uma proposta a Hebinho e lhe deram 10% da sociedade da Drogaria Freire. Porém, buscando uma situação de maior autonomia, paralelamente ele abriu uma distribuidora de perfumes e cosméticos, que passou a atender a uma clientela de inúmeras cidades a partir de uma improvisada estrutura doméstica. Ele e a esposa Emília trabalhavam juntos, em casa mesmo, desdobrando-se em muitos afazeres. “Não planejamos a distribuidora, mas Deus nos abençoou com uma relação de confiança com algumas pessoas que ainda hoje nos emociona muito e nos faz ser gratos a tantos amigos que cativamos. Um dia apareceu na nossa residência o representante de uma empresa de bicos e mamadeiras e disse que mandaria alguns itens para que
eu vendesse na região. Não tínhamos ainda como adquirir e estocar convenientemente os produtos. Mas, para nossa surpresa, um tempo depois de repente estacionou na porta lá de casa um caminhão com uma carga que ignorávamos do que se tratasse. O motorista disse que tinha ordens para nos entregar três embalagens grandes. Elas eram do tamanho de caixas de geladeiras e estavam cheias de bicos e mamadeiras”, lembra Hebinho, contando que foi assim que nasceu a distribuidora. Segundo Emília, na ocasião eles passaram todo o final de semana embalando os produtos e depois tiveram que contratar um vendedor para fazerem girar aquela grande quantidade de mercadoria. “Nós chegamos a entregar bicos e mamadeiras de bicicleta para as farmácias de Ipatinga e a cavalo em Ipaba”, registra a esposa do diretor da rede Drogarias Hebinho.
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NA UNIDADE que deu origem à rede, hoje um rico cardápio de medicamentos espalhados em prateleiras que vão desde a rua Poços de Caldas até a rua Belo Horizonte, dois dos mais importantes corredores comerciais da cidade
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REPORTAGEM DE CAPA
A surpresa na abertura da primeira loja A REDE COMEÇOU a funcionar a partir de uma modesta loja com 90m² na rua Poços de Caldas, e na época a família já trabalhava unida, surpreendendo-se com o grande número de pessoas que compareceu à inauguração
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No ano de 2001, Uebson de Souza Candal, o Hebinho, sofreu um duro golpe: por fatores alheios à sua vontade, a Drogaria Freire fechava suas portas. Abalado, ele chegou a pensar em parar de trabalhar no ramo. Os 10% que tinha na sociedade eram insuficientes para iniciar um novo negócio. O dinheiro gerado pela distribuidora provia o sustento da família, mas também não bancava a montagem de uma farmácia. Foi pela fé de Emília e a força daqueles que aprenderam a amar Uebson que foi criada a Drogaria Hebinho. “Os cinco cheques que o Hebinho recebeu da sua parte na Freire estavam sobre a nossa cama. Me lembro de ter ajoelhado e orado sobre aqueles cheques. E foi com eles que começamos a nossa loja na rua Poços de Caldas, então uma via sem atrativos, desprovida de empreendimentos vizinhos e não exatamente apropriada para o comércio”, lembra emocionada a sua mulher. Hebinho assegura que o carinho dos clientes que cativou na Drogaria Freire foi fundamental para sua decisão. “Muitos me procuravam aqui em casa e pediam que voltasse para o ramo. Alguns chegaram a oferecer para ajudar financeiramente. Muitos clientes se tornaram meus amigos, pessoas de todo tipo, de todas as classes sociais”, pontua. Arriscando contar nos dedos, o comerciante se perde ao tentar enumerar os afilhados de batismo, o que demonstra o grande apreço que conquistou na comunidade. Segundo ele, seriam pelo menos 18. Outra história que o comove tem como personagem o lavador de carros Pelé, figura muito popular no centro da cidade, que se tornou alcoólatra e acabou morrendo em virtude do vício. Hebinho lembra com pesar que lutou muito para ajudá-lo, em vão. Devido à sua popularidade, Hebinho chegou a ser convidado a se candidatar na política. “Mas eu nun-
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ca tive essa paixão. Gosto do assunto, mas do lado de fora. Também em respeito ao meu primo Nilton Manoel, que considero meu irmão. Rimos e choramos muito juntos. Temos um excelente convívio familiar”, testemunha. O fato é que, mesmo sem tantos recursos, dois meses depois de a Drogaria Freire fechar as portas, Hebinho já inaugurava sua própria farmácia. Ele relata que sentia falta daquele corpo a corpo com as pessoas no balcão de atendimento. “A distribuidora funcionava razoavelmente, mas eu ansiava retomar aquele contato com o público. Afinal, pra ser feliz a gente precisa fazer aquilo que alimenta a sua alma”, resume. Depois de procurar bastante foi que o empreendedor encontrou o ponto onde até hoje funciona a matriz da Drogaria Hebinho, na rua Poços de Caldas. Na época a loja tinha apenas 90 m². A rua era calçada com paralelepípedos e acumulava muita poeira. Atualmente, a loja principal da rede atravessa da Poços de Caldas para a rua Belo Horizonte, dois dos mais movimentados corredores comerciais do centro da cidade, ligados ao Novo Centro e também à região do Veneza.
SUcesso desde o início Antes da inauguração, Hebinho recorda que contou com o apoio e consultoria do amigo Éderson, que era gerente de um banco e recém-formado na área de marketing. “Ele vibrava com a distribuidora e a nova farmácia. Seu objetivo era participar daquele processo todo e, o que também é digno de registro, sequer cobrou pelo seu trabalho. O nome Drogaria Hebinho também foi uma sugestão do consultor, que aproveitou o fato do meu nome já ser muito conhecido no ramo farmacêutico em Ipatinga. Ele ainda sugeriu que tivesse a minha foto no panfleto e me levou para o
REPORTAGEM DE CAPA estúdio, para a rádio e movimentou o marketing do negócio”. A inauguração foi marcada para o dia 23 de dezembro de 2001. Hebinho não acreditava muito que aquela estratégia toda fosse dar resultado e confessa que esperava no máximo umas 15 pessoas no momento em que as portas fossem abertas. “Para minha surpresa, quando abrimos havia mais de uma centena de pessoas do lado de fora. A loja era muito pequena, o estoque igualmente reduzido e as pessoas aguardavam a abertura da loja com grande expectativa. Parece mentira, mas para não deixar a clientela desassistida tivemos que ir atrás de medicamentos dos concorrentes para colocar na prateleira”, revela. Doze anos depois, Hebinho chega à inauguração da sexta loja da rede, agora ocupando também um privilegiado ponto comercial na avenida Brasil, no bairro Iguaçu. Em cada uma das unidades, é grande a afluência do público, atraído por um atendimento personalizado, enorme variedade de produtos e preços que muito dificilmente são batidos.
Além de Emília, responsável pelo setor Financeiro, os filhos do casal ajudam a tocar o negócio. Durval está concluindo o curso de Administração de Empresas e responde pela direção administrativa da rede. Duiller cursa Direito e complementa as ações do irmão no mesmo campo. Os jovens já estão muito familiarizados com o negócio, e não por acaso. Começaram a ter contato com o comércio quando tinham ainda 12 e 13 anos de idade. É uma empresa eminentemente familiar, mas que já é responsável pela geração de uma importante fatia de emprego e renda no Vale do Aço: são nada menos que 130 funcionários espalhados pelas várias unidades. E a assistência à comunidade é ampla e fruto de muita dedicação: as lojas funcionam de segunda a sábado de 7h à meia-noite. Mesmo nos domingos e feriados, o horário é prolongado: de 8h às 23h. Além do movimento no balcão, o serviço de tele-entrega também é frenético. Um orgulho da família é trabalhar “absolutamente dentro da lei”, cumprindo todas as exigências fiscais.
Intuição
Perguntado sobre os planos para o futuro, os novos horizontes que pretende galgar, Hebinho responde com discrição. Diz que prefere deixar as coisas acontecerem naturalmente, certo de que os espaços serão conquistados com trabalho, ética e, o maior de todos os trunfos: um trato franco, sincero e de identificação natural com o público. Com uma simplicidade contagiante, não dado a extravagâncias ou superexposições (apesar do semblante obrigatoriamente associado à rede que tem o seu nome, por imposição do amigo Éderson), Hebinho insiste em renegar as evidências que mais o notabilizam: um profundo conhecimento da atividade e uma capacidade especial de se relacionar com as pessoas. Modesto, admite apenas ter uma “boa intuição”. Ao ouvirem isso, seus familiares se entreolham e sorriem juntos. No fundo, não têm dúvida: ele sempre tem algum coelho a mais para tirar da cartola.
Centro R. Poços de Caldas, 62 3828-2121
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NUMA DAS LOJAS da rede, caracterizadas por grande organização e moderna estrutura de atendimento, a presença do diretor Administrativo Durval (D) junto a um grupo de funcionários
Canaã Av. Selim José de Sales, 1168 - 3825-7777
Cidade Nobre Simón Bolívar, 1014 3821-7000
Iguaçu Avenida Brasil, 495 3822-7777
Bethânia Av. Selim José de Sales, 1839 - 3825-4848
Jardim Panorama Avenida JK, 1120 3824-7777
www.facebook.com/ drogaria.hebinho Abril a junho 2014
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MILTON RAMOS DE OLIVEIRA
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A GRANDE PREOCUPAÇÃO do agricultor é levar ao mercado um produto cada vez mais sustentável e em estado ‘in natura’
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Em Conselheiro Pena, um experimentado agricultor com sobrenome botânico, acostumado a lidar com a terra desde criança, encara o desafio de produzir goiabas cada vez mais qualificadas e sustentáveis, com respeito ao meio ambiente e à vida humana
Nas últimas duas décadas, especialmente, a demanda global por alimentos tem aumentado de forma constante, e o quadro no Brasil não é uma exceção. Além do adensamento da população urbana, aspectos como a ascensão da longevidade humana, melhoria na renda e a diversificação das dietas empurram o consumo para patamares crescentes. Assim é que é também cada vez maior a necessidade das supersafras e os agricultores são desafiados a oferecerem ao mercado produtos de melhor qualidade e mais sustentáveis, numa conjuntura de esvaziamento da mão-de-obra rural. É nesse contexto que se sobressaem os especialistas, aqueles que de fato têm intimidade com a terra. Pessoas que sabem como tratá-la, preservá-la e extrair dela os frutos mais dadivosos, qualquer que seja a estação. Milton Ramos de Oliveira, 35 anos, um homem simples mas muito dedicado ao que faz, nascido no município de Ubaporanga, é um destes. Desde os 11 anos de idade ele lida com plantações, e conhece como ninguém suas nuances e caprichos, a ponto de tornar-se hoje, com 12 mil pés cultivados na região de Conselheiro Pena, no Vale do Rio Doce, um dos mais respeitados produtores de goiaba de Minas Gerais. Milton é o oitavo filho de uma família de nove irmãos – sete mulheres e dois homens. O pai, ainda vivo, trabalhou por anos a fio como carpinteiro e pedreiro. Mas não foi nenhuma destas duas profissões que exerceu fascínio sobre o garoto. O que despertava muito sua atenção era a efervescência do Ceasa implantado no município de Caratinga. E foi desse modo que, ainda um pré-adolescente, juntou-se a outros jovens contemporâneos para viver das oportunidades que a central de abastecimento oferecia. Primeiro ajudou a amarrar tomates, depois plantou pepinos, pimentão, couve-flor, berinjela, abobrinha, num terreno a 15 km do Ceasa. “Indo tanto ao Ceasa – lembra Milton –, acabei conhecendo pessoas, fiz amizades, relacionamentos importantes. Eu produzia e vendia. Cheguei a me tornar, com apenas 18 anos, o maior produtor de berinjela, couve-flor e pimentão da região, trabalhando num terreno arrendado do meu pai. Com minha primeira colheita de pimentão adquiri o meu primeiro carro, um fusca que me dava o maior orgulho. E fiz questão de caprichar com ele, botei banco de couro, aquele toca-CD com carrossel que fazia muito sucesso na época. No entanto, a situação complicou de repente, os negócios ficaram inviáveis. Com um novo plano econômico implantado, os defensivos praticamente dobraram de valor em função da cotação do dólar, enquanto os hortigranjeiros permaneciam com preços estacionados. Então decidi passar a comprar e isso me deu experiências valiosas. Militei com muita gente da área de vendas, ajudava a entregar mercadorias, passei a vivenciar também o dia a dia dos supermercados”, relata o agricultor.
Ainda inseguro em relação às novas perspectivas, Milton conta que voltou a estudar (cursava o ensino médio), mas o destino continuava impulsionando-o para as atividades agrícolas. O ex-prefeito de Caratinga, João Bosco Pessine, que era também proprietário da Casa do Adubo, lhe proporcionou a oportunidade de participar de um curso de 600 horas ministrado por japoneses, em Venda Nova do Imigrante-ES. Na verdade, seria um sorteio para indicação do felizardo, mas como os outros candidatos eram todos já de idade avançada, além de boa parte deles analfabetos, a vaga caiu no seu colo. “Eu já conhecia inhame aguado, inhame enxuto, mandioca boa, mandioca ruim, coisas assim” – diz ele, sorrindo, para completar em seguida: “Estava dentro do Ceasa, vivia lá dentro e era inevitável que eu me aprofundasse. De hortifruti, conheci tudo. Aprendi sobre batata, cebola etc. Até dando um estragado para aproveitar a gente acaba descobrindo como estragou, se pegou água, umidade...” Foi com essa bagagem que Milton Ramos conquistou um bom lugar na estrutura do antigo Varejão Central, um sacolão que já inaugurara uma série de lojas em Ipatinga. Era o encarregado de compras. Mudou-se para a cidade e ali ele ficou por cinco anos, até que o negócio, por questões de foro íntimo dos sócios, mudou de mãos. O agricultor conta que saiu da empresa e, nesse período, ficou seis meses hibernado, pensando melhor no que fazer. Mas acabou voltando para o Ceasa. Um outro contato que teve ali iria modificar muito a sua vida. Ele revela que lá encontrou um senhor de Conselheiro Pena que se ocupava de produzir quiabo e milho verde embalados. Convidado, foi ser funcionário dele. Na produção, tomava conta de turmas. Também entregava a mercadoria, em Governador Valadares e Ipatinga. Um dos sócios do negócio resolveu parar e foi quando ele decidiu comprar sua participação, em condições mais maleáveis - um ano para pagar.
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A transição para a goiaba
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Em Conselheiro Pena, a 192 Km de Ipatinga, foi que Milton Ramos de Oliveira, já com grande experiência agrícola acumulada em apenas 24 anos de idade, encontrou o norte para um novo negócio. Era o ano de 2003 e um dos goiabais mais velhos da cidade, implantado a partir de uma cooperativa aberta em 2000, estava abandonado. A experiência não deu muito certo porque, além da falta de experiência, os fazendeiros procuravam resultados mais imediatos e de maior monta. Primeiro de agosto de 2003, lembra Milton, foi o seu primeiro dia de serviço no chamado goiabal do Krenak – junto a terras de indígenas que povoam a região. Foi preciso, como se diz, muita cara e coragem. “Havia moita de colonião que cabia um trator dentro. Marimbondo também era mato. Entrei sozinho na sujeira do terreno. Afinal, verdureiro vive de esperança...” – filosofa. O que o agricultor não desprezou foram as amizades. Antes de entrar no goiabal, foi aos antigos compradores de Ipatinga para pedir apoio: “Olha – dizia ele –, tem um goiabal abandonado
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lá e eu vou encarar. Vocês me ajudam?”. Segundo Milton, a resposta foi em uníssono: “O que você produzir, nós compramos”. E assim é que se encheu de coragem. Além daquele terreno, ainda arrendou outro, no Córrego 29, onde ampliou o plantio. Inicialmente, ele atendia somente a Consul Cooperativa de Consumo dos Empregados da Usiminas. Comercializava apenas 200 quilos por semana. Porém, aplicado à atividade, passou a produzir e vender duas toneladas por semana. “Onde você chega com preço e qualidade, as portas tendem a se abrir”, teoriza Milton, para revelar que, partindo desse princípio, ampliou grandemente sua área de vendas. Hoje, com uma clientela consolidada e em expansão, atende ao supermercado Big Mais em Governador Valadares; quatro unidades da Consul e três lojas do Garcia, em Ipatinga; duas lojas do Duvale, em Coronel Fabriciano, e mais três lojas dos Supermercados Brasil em Timóteo, além de quatro fábricas de doces e duas de polpas, a Boachá (que também comercializa sucos, sorvetes e picolés), em Ipaba, e outra em Itabira.
MILTON RAMOS DE OLIVEIRA Diferenciais do produto
TODA A PLANTAÇÃO é servida por um moderno sistema de irrigação com apoio de mangueiras e microtubos de tecnologia israelense, materiais garantidos por 15 anos
Conforme o produtor Milton, ele trabalha diariamente sempre pensando numa goiaba mais sustentável, com o máximo de respeito ao solo e ao meio ambiente. Por isso, tem o cuidado de não realizar pulverizações diurnas, como forma de proteger a atmosfera, usa produtos os mais naturais possíveis, como o óleo de Nim - eficiente no controle de pragas agrícolas, o Nim não polui o meio ambiente e não intoxica os aplicadores, tornando-se eficiente inseticida natural. “Praticamente não usamos mais herbicida, e sim roçada. Procuramos tratar muito bem o solo, manter a terra com bastante nutriente, preservando os microorganismos. A plantação é adubada com esterco de boi, galinha, fósforo. A saúde das pessoas também está em jogo e é preciso pensar muito nisso hoje em dia”, ressalta. A preocupação de levar as goiabas ao mercado inteiramente preservadas, em máxima condição ‘in natura’, segundo Milton, é que determinou a aquisição de um caminhão com baú refrigerado. “Além de impedir que o produto se deteriore nas viagens, graças a um acondicionamento mais apropriado, em temperatura adequada, procuramos ter agilidade e, no mesmo dia que a goiaba sai do pé, o cliente já está tendo acesso a ela nos supermercados”, orgulha-se.
AS ÁREAS PLANTADAS da ‘Só Goiaba’ já atingem 30 hectares, com um total de 12 mil pés. A mão de Milton está em tudo, inclusive nas operações de poda e pulverização
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MILTON E GISLAINE com as filhas Noelly e Iara: eles se conheceram quando ela era promotora de vendas da Arcor
Um casal que trabalha unido
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Pai de Noelly, seis anos, e Iara, de dois, Milton Ramos de Oliveira tem outra motivação importante para sua luta diária na atividade produtiva. É a esposa Gislaine Januário Oliveira. Os dois se casaram em 2004, apenas um ano depois que ele começou a produzir goiabas em Conselheiro Pena. Valorizando muito o decisivo apoio da mulher, ele brinca que ela não é apenas o seu braço direito, “mas os meus dois braços”. Pau para toda obra, como se diz, ela o ajuda na venda do produto, relacionando-se com os compradores, além de entregar mercadorias, seja de caminhonete, de carro ou de moto. Os dois se conheceram em idas e vindas aos supermercados, quando ela era ainda promotora de vendas da Arcor. De uma família radicada originalmente no bairro Bom Retiro Oeste e que depois se mudou para o Recanto, em Ipatinga, Gislaine também é muito voluntariosa, como o marido. Aos 15 anos, por iniciativa própria, já trabalhava fazendo reposição de mercadorias da Arcor nas prateleiras, tendo ainda posteriormente experiências como promotora de vendas da Adams, da Sadia e da Garoto. Ela recorda que estava num supermercado do bairro Iguaçu quando conheceu Milton e ambos se interessaram um pelo outro. Os dois namoraram por dois anos e depois ficaram noivos por um ano e oito meses. No último dia 10 de janeiro completaram dez anos de casados, comemorando já as Bodas de Estanho, como manda a tradição. “Eu trabalhava durante o dia e, à noite, cursava o segundo grau. Depois que nos casamos e passei a somar efetivamente com ele na empresa ‘Só Goiaba’, tive que assumir algumas responsabilidades extras, como eventualmente dirigir veículos de carga à noite. No início, foi muito difícil. Sem acomodações, o Milton chegou a dormir uns oito meses debaixo de um pé de
goiaba. Viajando de Conselheiro até Ipatinga, às vezes eu chegava à meia noite e meia, uma hora da manhã. Certa vez, grávida de uma de minhas filhas, pra tornar o calvário mais penoso, a caminhonete ainda enguiçou na estrada. Eu valorizo muito o Milton porque ele se esforça muito, é um pai de família e trabalhador dedicado. Num mesmo dia, muitas vezes ele costuma ir e voltar na estrada de Conselheiro Pena a Ipatinga”, revela. Milton recebeu a reportagem de ATITUDE numa de suas plantações e, indagado sobre sua rotina diária e semanal, detalhou: “Hoje acordei às quatro e meia. Às cinco fui buscar companheiros na rua (em Conselheiro Pena). Colhemos goiabas até 10 horas. Após o almoço, retomamos as atividades. Às 16h vou levar os companheiros de volta. À noite, ainda realizo uma pulverização. No total, umas 17 horas de serviço”. De segunda a sexta-feira o produtor trabalha nas áreas de plantação, que hoje são quatro, somando 12 mil pés em 30 hectares ou terrenos correspondentes a 30 campos de futebol. Ele passa o final de semana em casa, em Ipatinga. Quando está mais apertado, volta ainda no domingo à noite. Quando menos, na segunda de manhã.
300 goiabas num único pé Para garantir produção de qualidade, durante todo o ano, Milton Ramos precisa exercer um rigoroso controle de adubação, poda e irrigação em suas áreas de plantio. Após cada poda, a colheita demora de sete a oito meses, e assim ela precisa ser intercalada, de modo que sempre haja pés de goiaba produzindo. Mangueiras israelenses, com garantia de 15 anos, e microtubos idem, com capacidade de irrigação de até 37 litros d’água por hora, estão espalhados por toda
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a plantação, sendo o bombeamento feito a partir do rio Doce. Não o suco, mas a goiaba em si, enfatiza Milton Ramos de Oliveira, é um produto novo no mercado. “Normalmente a pessoa entra no supermercado para comprar maçã, tomate, alface. A goiaba está sendo colocada no mercado agora. Antes, a proporção era de uma caixa de goiabas para dez caixas de tomates vendidas, ou seja, se 100 caixas de tomates eram ven-
MILTON RAMOS DE OLIVEIRA didas, saíam dez de goiabas. Mas atualmente já conseguimos elevar à metade essa proporção, em alguns supermercados – para cada 100 caixas de tomates vendidas, 50 de goiabas”. Na visão do produtor, esse incremento das vendas deve ser atribuído também a programas televisivos como o Globo Repórter, que recentemente deram ênfase ao fato de a goiaba vermelha ser rica em licopeno. Por essa constatação, um homem deve comer pelo menos uma goiaba por dia para prevenir o câncer de próstata. “Se cada homem for comer uma goiaba no mundo, preciso produzir muito mais”, brinca, lembrando ainda que há o suco de goiaba, atualmente muito consumido. Milton revela que a produção tem altos e baixos e depende de uma série de fatores. Em média, hoje ele produz cinco toneladas por semana. “Mas já tivemos picos de 20 toneladas e queremos chegar a 30. O goiabal estabiliza a colheita dele com quatro a cinco anos. Em oito hectares do nosso plantio, ao final de cinco anos, com a colheita estabilizada, vamos chegar a 200 toneladas. A produção vai aumentando à medida que o goiabal vai ganhando idade”, explica. O pé de goiaba em alta produção tem durabilidade de dez anos. Num único pé, são produzidas até 300 goiabas. “Depois o tronco vai engrossando, os brotos, a gema já não ficam tão bons. Há necessidade de renovação. É tipo uma vaca leiteira. Vai dando muito leite, até que fica velha, vai se desgastando”, compara. A goiabeira é uma planta que gosta de muito calor, necessita de muita água. São 75 litros/dia, 150 litros a cada dois dias. Isto porque está normalmente sob al-
O PRIMEIRO TRABALHO de plantio feito por Milton, prova de persistência e determinação, ainda sem muitos recursos
tas condições de temperatura e a carga de um pé chega a 100 quilos, demandando suprema resistência. As atividades da ‘Só Goiaba’ em Conselheiro Pena e no Vale do Aço representam empregos para cerca de 20 famílias. De forma indireta, muitas outras vivem da atividade, já que, como explica Milton, “tem muita fábrica que se a gente não mandar goiaba fica parada. Para eles buscarem de outros produtores fica muito longe e eu entrego na porta”, rejubila-se. Humilde, apesar do seu expressivo volume de produção, Milton diz se considerar “praticamente um pingo d’água no oceano”, na região onde trabalha. “Estou rodeado por grandes criadores de boi, com terras de 700, até mil alqueires. Quem tem menos terra, tem 70 alqueires. Sitiante tem 50 alqueires. Acho que todos nos olham mais por causa dos empregos que, afinal, estamos gerando”, ele conclui.
Matriz especial
A ‘Só Goiaba’, segundo seu proprietário, produz frutos a partir de um clone que vem sendo aperfeiçoado há mais de 20 anos, representando uma genética especial. Ele acrescenta que os 15 novos hectares plantados por ele e seu pessoal têm matriz ainda melhor, devendo gerar frutos ainda maiores e mais crocantes. No caso de plantios feitos a partir de sementes, explica Milton, os pés nunca são iguais aos outros, não existe uma uniformidade. E não existe semente que produza frutos exclusivamente de goiaba vermelha. “Se você planta 100 sementes de goiaba vermelha, saem 60 pés de vermelhas e outras 40 são de goiaba branca”, explica.
Onde são encontrados os frutos da ‘Só Goiaba’ ESTABELECIMENTOS
CIDADE
Supermercados Big Mais Governador Valadares Cooperativa Consul
Ipatinga
Supermercados Garcia
Ipatinga
Supermercados Duvale
Coronel Fabriciano
Supermercados Brasil
Timóteo
Mercafrutas Esperança
Ipatinga
Fábrica Produtos Boachá Ipaba Fábrica Fruto de Minas
Itabira
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DOS ANOS DE CHUMBO À GLOBALIZAÇÃO
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Agente e testemunha da história Metasita, o primeiro sindicato organizado para a defesa dos direitos do trabalhador no Vale do Aço, completa 62 anos, e vê na própria Lei de Greve um mecanismo de inibição dos avanços da classe Em outubro próximo a Aperam South America – antes também conhecida pelas nomenclaturas de Acesita – Cia. Aços Especiais Itabira e, ainda, ArcelorMittal Timóteo – comemora 70 anos de instalação no Vale do Aço. Mas, apenas oito anos depois de seu início de operação, no limiar da década de 50, nesta mesma siderúrgica seria deflagrado o processo de organização do primeiro sindicato de trabalhadores da região, o Metasita - Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Timóteo e Coronel Fabriciano. Na visão do atual presidente da entidade laboral, Carlos José de Vasconcelos Silva, que cumpre até junho de 2015 o segundo mandato outorgado pela categoria, hoje representada por nada menos que 10 mil operários (cerca de 7 mil na ativa e outros 3 mil aposentados), o momento requer uma “política de Estado”. Para ele, “é algo muito maior que uma organização local de impacto, embora historicamente tenhamos uma capacidade de mobilização que se tornou referência no país”. Pragmático, ele fala “da necessidade urgente de preservação do patrimônio nacional, tendo em vista que os
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grandes conglomerados internacionais, muitas vezes agindo exclusivamente em nome do capital, têm cobiçado e se assenhorado de nossas estratégicas reservas industriais, diante do olhar impassível e conivente de autoridades em todos os níveis”. Reconhecido em 26 de setembro de 1952, doze anos antes da emancipação do município de Timóteo, o Metasita participou assim de toda a trajetória desde a fundação até a consolidação da chamada Capital do Inox. Além disso, coube-lhe a responsabilidade de defender os interesses dos trabalhadores no dramático episódio que ficou conhecido como o Massacre de 7 de Outubro, que resultou na morte de inúmeras pessoas após conflitos nas portarias da Usiminas, em 1963. O que se seguiu foi um período perturbador patrocinado pelos anos de chumbo da ditadura, embora em nenhum momento a reação da base tenha ficado paralisada, a ponto de serem deflagradas as grandes assembleias em praça pública em frente à Igreja de São José Operário, prenúncio de greves históricas na década de 80.
Ligado à Central Única dos Trabalhadores (CUT), o Metasita se mantém há 28 anos sob a direção do ‘Sem Censura’, grupo identificado desde a origem com o ideário desse organismo sindical e que, avalizado pela categoria, elegeu os últimos sete presidentes de um total de 19. Comparando a atual conjuntura com outros momentos históricos, Carlos Vasconcelos diz que o que mudou, efetivamente, “foi a precarização do trabalho em função de uma estrutura mais voraz do capitalismo dominante”. Ele analisa: “Como resposta às lutas sociais dos anos de 1968 a 1970, na Europa e na América Latina, que questionavam o controle social da produção, o capitalismo mudou um pouco sua forma para que pudesse continuar sendo o capitalismo.
Em vez de uma grande empresa concentrada, constituíram-se extensões dessa empresa, mais enxutas, pequenas e espalhadas em diversos locais. Em vez de ter milhares de operários em uma mesma fábrica, são milhares de funcionários espalhados em centenas ou até milhares de pequenas unidades produtivas pelo mundo e, com isso, a empresa se torna mais rentável. Essa foi uma das respostas do capital às taxas decrescentes dos níveis de lucro que se iniciam a partir dos anos 70, e também uma maneira de o capital tentar desorganizar a classe trabalhadora”, observa, entendendo que assim nasce a lógica do neoliberalismo, “que transfere tudo para o mercado como forma de reestruturar os níveis de acumulação e o padrão de dominação do capital”.
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CARLOS VASCONCELOS, presidente do Metasita no segundo mandato, entende que o trabalhador tem que aproveitar este tempo “de fazer a diferença”
Estabilidade comprometida
Outra face “perversa” desse modelo, segundo Carlos, é a instabilidade no emprego. “Os índices de desemprego reais são altos, muito maiores do que os divulgados. Na base um desemprego muito ampliado, e no meio do mundo do trabalho uma massa realizando trabalhos precários, caindo cada vez mais na informalidade, trabalhando muito mais e ganhando menos e sem nenhuma estabilidade. O sistema de capital procura uma classe trabalhadora supérflua, descartável, que possa oscilar conforme a necessidade e critério da empresa. Um núcleo cada vez menor trabalha muito e, no outro lado, um núcleo cada vez maior de homens e mulheres vive na informalidade, quando não no desemprego, na expectativa de ser aproveitado oportunamente”. A implantação da Lei de Greve também trouxe,
na opinião de Carlos Vasconcelos, sérios prejuízos para a classe, na medida em que os trabalhadores não encontram respaldo legal para seus movimentos, “mesmo os mais legítimos”. Ele explica que “o amparo judicial é diferente quando se trata dos direitos coletivos ou individuais da categoria metalúrgica, levando a realização de uma greve a uma sujeição da empresa e da justiça. O trabalhador está mais consciente de que se reorganizar para um movimento maior é o único instrumento que lhe permite garantias de alguns direitos adquiridos. Mas esbarramos na insegurança do medo do desemprego e do julgamento do judiciário pela ilegalidade da greve, com consequente aplicação de multas ao trabalhador paralisado, mesmo que o metalúrgico saiba que precisa continuar agregado”, comenta.
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NO FINAL da década de 80 as assembleias já aconteciam na atual sede do Metasita no bairro Timirim, local onde se decidiu por uma prolongada greve de dez dias em 2000
NA ÉPOCA em que a sede do sindicato funcionava no Centro Norte, próximo ao escritório central da antiga Acesita, as assembleias da categoria aconteciam em frente à igreja São José Operário, sempre com apoio do saudoso padre Abdala Jorge
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O futuro da luta sindical
Apesar desses aspectos, a perspectiva do sindicalista é otimista quanto ao futuro da luta sindical que começou em Timóteo nos anos 50. Para ele, o grande desafio hoje é “transformar a consciência do trabalhador que há seis anos ouve do patrão que a siderúrgica passa por crise”. Ao mesmo tempo, analisa o presidente do Metasita, “estamos criando mão de obra qualificada e gerando lucros que vão para o exterior”. No seu entender, “não há investimentos na cidade em que a empresa está instalada e no trabalhador que ajuda a atual Aperam South América a manter suas outras 20 empresas espalhadas mundo afora”. “Hoje lutamos para que parte desses lucros fique aqui e que o metalúrgico tenha uma qualidade de vida que lhe garanta usufruir do que ajudou a conquistar.
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O trabalhador tem que aproveitar esse tempo atual de fazer a diferença e apoiar o sindicato na luta por seus avanços”, instiga Carlos. Concluindo, ele entende que “o maior desafio da entidade é quebrar o paradigma do individualismo possessivo implantado pela economia global, onde um trabalhador compete com o outro ao invés de unir forças”. “Precisamos acordar – ele prossegue – para a distorção do conceito de que ‘Querendo, você consegue, você sozinho é capaz’. Esta é uma forma subjetiva que as empresas utilizam para enquadrar o trabalhador no modelo passivo e obediente de produção. O trabalhador passa a ser chamado de colaborador, parceiro, associado com chance de ver sua foto destacada em local público no estabelecimento, como prêmio da sua boa conduta, mas o prejuízo para a coletividade é grande”, raciocina.
DOS ANOS DE CHUMBO À GLOBALIZAÇÃO Base territorial
A principal empresa da base territorial do Metasita é a Aperam South America, única produtora de aços inoxidáveis da América Latina. Além do setor siderúrgico o sindicato representa os trabalhadores em metalurgia, materiais elétricos, mecânicos, desenhistas, projetistas e na área de informática, funcionários em mais de 80 empresas instaladas em Timóteo e Coronel Fabriciano. Além da sede no bairro Timirim, em Timóteo (Av. Monsenhor Rafael, 155), o sindicato mantém uma subsede em Coronel Fabriciano (Av. Magalhães Pinto, 1261, Giovannini). Foi fundado oficialmente em 24 de abril de 1952 pelo médico Pedro Sampaio Guerra, durante uma crise na área da saúde enfrentada por funcionários do setor metalúrgico na região.
“O maior desafio do sindicalismo atual é quebrar o paradigma do individualismo possessivo implantado pela economia global, onde um trabalhador compete com o outro ao invés de unir forças”.
Todos os presidentes do Metasita 51 1952 a 1954 Pedro Sampaio Guerra
1954 a 1956 Estanil de Freitas
1956 a 1958 José Pimenta
1958 a 1960 Camilo Lelis Neto
1960 a 1961 Manoel Ferreira da Silva
1961 a 1962 Joaquim Gonçalves
1962 a 1965 Geraldo dos Reis Ribeiro
1965 a 1970 Antônio Brum
1970 Almir de Souza Ameno
1970 a 1978 José Machado Sena
1978 a 1981 Dermeval Julio de Andrade
1981 a 1983 Antônio Vicente Xavier
1992 a 1995 José Gonçalves Ribeiro
1995 a 1998 Marinho da Costa Teixeira
1998 a 2001 Gildásio José Ribeiro
2001 a 2007 Kléber William de Sousa
2007 a 2015 Carlos José de Vasconcelos Silva
Intervenção Mandato Geraldo dos Reis Ribeiro Foram três juntas governativas ficando por 1 ano e 16 dias 1964 – Elísio Sperancini 1964 - João Diogo Pereira 1964 - Joaquim Ferreira
1983 a 1987 1987 a 1992 Almir de Figueiredo José Geraldo Costa Murta
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COPA WAKE NO VALE
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Tiririca Lake Com superfície ‘lisa’ e oito metros de profundidade, o novo palco do wakeboard no Vale do Aço é avalizado por campeões brasileiros A prática do wakeboard no Vale do Aço continua decolando, graças principalmente ao incentivo da vice-campeã sul-americana e tetracampeã nacional, a mineira Teca Lobato e seu namorado Daniel Damião, outro campeão brasileiro. O grande potencial lacustre da região, a paixão de muitos pelos esportes radicais e a organização natural de um eclético clube de atletas constituído de jovens e adultos de ambos os sexos e até mesmo crianças faz com que a dupla receba bem os convites para estar na área metropolitana, já uma espécie de caminho da roça para eles. Durante dois dias, no final do mês de fevereiro, Teca e Dan ajudaram a viabilizar na Lagoa Tiririca, localizada a 38 km de Ipatinga,
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no município de Pingo D’água, a 1ª Copa Wake no Vale. E nada menos que 27 adeptos puderam competir pra valer, brigando pelos lugares mais altos no pódio desde a categoria Iniciantes até a Avançada. A disputa aconteceu num domingo e numerosas famílias se dirigiram ao local para assistir as performances e torcer por seus favoritos, em carros, motos e bikes, depois de uma clínica com aulas de aperfeiçoamento na véspera. A banda Cumpadre Nestor ajudou a dar tom de descontração no paradisíaco recanto, para onde o restaurante Sabor e Aroma também transportou parte de sua estrutura a fim de atender o público.
COPA WAKE NO VALE Os vencedores
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Na categoria Mirim, Rafael Ferreira e seu irmão caçula Henrique, o ‘Rick Cavadinha’, filhos do campeão Renato, mostraram que o esporte está no sangue e conquistaram respectivamente a primeira e a segunda colocações. Na Feminino, Ana Paula Nardy subiu mais alto no pódio depois de uma passada limpa. Em segundo lugar ficou a atleta-revelação Ana Júlia Valente e em terceiro Marina Suda. Na Iniciantes quem levou a melhor foi o também atleta-revelação Raphael, irmão de Ana Júlia, que acabou faturando também o troféu “melhor vaca” ou aquele que protagonizou o tombo mais espetacular. Em segundo ficou Gislan Coelho, seguido de Lucas Carneiro. Na Intermediário o vencedor foi Leandro Andrade, seguido de João Paulo Canela e Glaucos Kercim Júnior em terceiro. Na categoria mais esperada do evento, a Avançada, o grande campeão foi Renato Ferreira, depois de uma passada muito bem executada e uma das melhores manobras do dia, um TS 360. Com uma performance também arrojada e protagonizando arriscadas manobras, em segundo lugar ficou José Célio Ramos Jr., o Juninho Rock Point, vindo a seguir, em terceiro, Marcelo Nardy Avila. RENATO FERREIRA ousou nas manobras e decolou alto para faturar o primeiro lugar na categoria Avançada
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A CONDIÇÕES naturais da lagoa de Pingo D’água, além da boa estrutura de apoio, foram elogiadas pelos ases do esporte
JUNINHO ROCK POINT travou boa disputa com o vencedor da principal categoria
Condições favoráveis
Para eleger os vitoriosos, Teca e Dan, os juízes da Copa Wake no Vale, atribuíram a cada um dos competidores pontuações para Composição (variedade de manobras e grau de dificuldade), Execução (amplitude, limpeza do movimento, condições de pouso) e Intensidade (quão alto, explosivo ou rápido o competidor executou a manobra). Na avaliação de Teca, a Lagoa Tiririca, com profundidade média de oito a dez metros, é muito apropriada para o Wake, “porque apresenta uma superfície ‘lisa’, protegida de vento, além da ausência de poluentes”. Estes fatores combinados, na opinião
dela devem contribuir decisivamente para o desenvolvimento do esporte. A Copa foi disputada numa raia de 45 segundos, favorecendo bastante a execução das manobras. No Mundial, a raia usada é de 35 segundos, em média. O evento teve apoio da revista Atitude, Subway, Livramento Lar e Construção, Xenon Polpas de Frutas, Patty Publicidades, Rock Point, Tambora, Rede Tudo Aqui, Bike Vale, Big Moto Suzuki, Multiproteção Corretora, Nobre Dent, Chillis Hamburgueria, restaurante Sabor e Aroma e Translouzada. A realização foi de Wake no Vale e Escola B. Wake Rip Curl.
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AO FIM DA DISPUTA, momento de descontração no pódio, com a participação dos atletas e apoiadores
OS CAMPEÕES brasileiros Teca Lobato e Dan julgaram as performances dos competidores
Modalidade foi inventada em 1979, nos EUA O wakeboard é praticado com uma prancha tipo snowboard, sendo o atleta puxado por uma lancha. Foi inventado nos Estados Unidos e inicialmente praticava-se com uma prancha de surf com fixações. Surgiu em 1979 como uma alternativa para os surfistas nos dias de pouca onda. Essa prática logo se tornou popular no mundo todo, inclusive no Brasil, onde chegou em 1990. Mas a modalidade só se consolidou no país a partir de 1997, com a criação da Associação Brasileira de Wakeboard. O havaiano Eric Perez foi um dos respon-
sáveis pelo aperfeiçoamento das pranchas, capaz de permitir maior velocidade e maior aproveitamento das manobras, sagrando-se campeão mundial. Após Perez, surgiu a prancha desenvolvida por Darin Shapiro, que fez o maior sucesso. Com esse equipamento ele venceu quatro campeonatos mundiais. A maior recomendação é que se procure praticar o esporte em locais com uma boa profundidade. A negligência pode trazer sérios problemas e por isso há cuidados especiais com segurança.
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EXTRA! EXTRA! Estou na área
Álcool x visão
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Em várias partes do mundo foi determinado um consumo-limite de álcool como forma de aumentar a segurança no trânsito. Contudo, pesquisadores do Canadá estudaram quanto e de que forma a visão é comprometida mesmo dentro desses parâmetros aceitáveis, chegando à conclusão de que a visão pode ser prejudicada em até 30% antes mesmo de o bafômetro acusar que a pessoa atingiu ou passou desse limite. Publicado no jornal Perception, de Ontário, o estudo mostrou que, além de o álcool afetar as habilidades motoras da pessoa e a tomada de decisão, também reduz o contraste visual, dificultando a noção de profundidade e a distinção de tudo o que for claro e escuro. “No começo da manhã e ao cair da tarde, especialmente quando a luz do sol está baixa e pode prejudicar a visão até mesmo de quem não bebe, a noção de contraste ajuda muito na hora de evitar um acidente”, diz Brian Timney, coordenador do estudo. Outro estudo, desenvolvido pela Faculdade de Medicina da Hallym University, na Coreia do Sul, revela que o consumo de álcool também está relacionado a distúrbios da superfície ocular, como olho seco. Quando o consumo de álcool é prolongado, é possível identificar uma mancha permanente nos olhos: vermelha ou amarela. Esse é, inclusive, um dos sinais físicos encontrados nos alcoólatras. Com o tempo, a pressão ocular elevada pode danificar o nervo óptico, resultando em glaucoma e na perda permanente da visão.
Quem tem boca – já se disse – vai a Roma ou, relembrando outro ditado, “carro apertado é que canta”. E assim é que um profissional do volante, digamos, mais “precisado” pouquinha coisa, não hesitou em colocar a boca no mundo. Num mastro estratégico de placa de trânsito onde os motoristas são obrigados a parar, no trevo do bairro Jardim Panorama, em Ipatinga, ele mandou ver o seu recado. Interessante é que, pela ponta afiada da estaca, provavelmente sua idéia inicial era fincar o objeto na grama. Mas dois pedaços de arame serviram para dar mais visibilidade ao seu “outdoor”. Para preservar a identidade do profissional, ATITUDE omitiu seu telefone. Tomara que já esteja empregado.
Terminais de encomendas Os Correios iniciaram neste mês de abril a implantação de terminais automatizados para postagem e entrega de encomendas. Os primeiros equipamentos foram implantados no Rio de Janeiro/RJ. A ECT é a primeira a oferecer este novo canal no Brasil — o mercado é de livre concorrência e a estatal compete com centenas de empresas, inclusive gigantes multinacionais. A iniciativa é um piloto para testes dos terminais, já usados por operadores postais nos Estados Unidos, Chile e em diversos países da Europa e da Ásia. O teste irá durar
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seis meses e contará com 21 terminais nos Estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Minas Gerais e no Distrito Federal. As máquinas não substituirão a mão de obra dos Correios, já que precisam ser abastecidas regularmente pelos carteiros. O objetivo é oferecer mais comodidade ao cliente, que pode postar e receber encomendas no horário em que desejar — os terminais funcionam 24 horas, inclusive em finais de semana e feriados, e serão instalados em locais como estações de metrô, shopping centers e supermercados.
Dezembro 2013 a Fevereiro 2014
ACONTECE
Incentivo à criatividade O diretor-presidente da fábrica de celulose Cenibra, Paulo Brant, o diretor-vice-presidente Naohiro Doi e o diretor industrial e técnico, Róbinson Félix, prestigiaram na noite de 24 de abril, no Hotel San Diego, em Ipatinga, os novos destaques do Programa de Sugestões Cenibra (PSC), criado em abril de 2002 com o objetivo de valorizar a inovação, a competência, o compromisso e a con-
tribuição dos empregados. Desde 2002, já foram registradas nada menos que 2.863 propostas para aperfeiçoamento de processos produtivos, sendo 1.237 aprovadas e 947 delas implementadas. Estimulados pela empresa, somente em 2013, os funcionários produziram 157 propostas, 27% mais que em 2012. Na cerimônia, foram homenageados 18 empregados, autores de 23 projetos.
58 O AUTOR com maior número de propostas implantadas recebeu premiação em dinheiro entregue pelo presidente Paulo Brant
AUTORES de 23 projetos, foram 18 os funcionários homenageados este ano
Tietagem Sempre muito simpática com os fãs, a tetracampeã nacional de wakeboard, Teca Lobato, posou descontraída ao lado de competidoras e simpatizantes do esporte durante a copa regional realizada na Lagoa Tiririca, em Pingo D’água, no mês de fevereiro. Ao ter seu primeiro contato com a lista de inscritos na disputa, a atleta comentou ter ficado positivamente impressionada com o contingente de adeptos entre o público feminino. E revelou que isto não é muito comum.
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Andreza Givisiez Rocha, colaboradora da Gerência de Planejamento e Controle da Produção, e sua família.
Ipatinga 50 anos. Muito mais que uma história. A história de todos nós. Ipatinga tem milhares de motivos pra comemorar. Milhares de pessoas que construíram uma família, fizeram amizades, criaram espaços para o verde tomar conta, trazendo oportunidades para essas e as próximas gerações. De pessoas que sempre desejaram que a cidade fosse um lugar cada dia melhor para viver. A Usiminas tem orgulho de estar aqui e fazer parte dessa história. Dessas histórias. Vamos comemorar juntos. Parabéns, Ipatinga. Usiminas. Fazer melhor sempre.
Pública
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FILMES/LIVROS
Análise da Inteligência de Cristo O Lado Bom da Vida O estudo que mudou a vida de um psiquiatra
AUGUSTO CURY: ex-ateu convicto e o autor brasileiro mais lido da década
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“Aprendi com o Mestre dos Mestres que a arte de pensar é o tesouro dos sábios. Aprendi um pouco mais a pensar antes de reagir, a expor - e não impor - minhas idéias e a entender que cada pessoa é um ser único no palco da existência”. As palavras do psiquiatra Augusto Cury sintetizam bem a excelência de sua obra, “O Mestre dos Mestres”, em que consegue transmitir, entre outras lições, que nas coisas mais simples e anônimas se escondem os segredos da felicidade. O livro “O Mestre dos Mestres” é o primeiro volume da coleção Análise da Inteligência de Cristo, em que o autor discorre sobre as características ímpares da personalidade e inteligência de Jesus, e a importância destas para transformar o agir e o pensar humanos. O superficialismo e o individualismo destroem a humildade, a compaixão e a capacidade humana de interiorização e de amar mutuamente uns aos outros – esta é uma das mensagens mais fortes da coleção, que é constituída de cinco volumes: O Mestre dos Mestres, O Mestre da Sensibilidade, O Mestre da Vida, O Mestre do Amor e O Mestre Inesquecível. Segundo o próprio autor, ele mesmo teria sido um ateu convicto antes de empreender os seus estudos sobre a análise psicológica de Jesus. Cury, anteriormente, acreditava que Jesus nunca existiu e que suas biografias foram invenções criadas pelos discípulos. Por viver intrigado com a pessoa de Jesus, passou a estudá-lo através dos quatro Evangelhos, concluindo ao final que uma personalidade tão complexa assim jamais poderia ter sido inventada. Seus livros já venderam mais de 11 milhões de exemplares somente no Brasil, e são publicados em mais de 50 países. Foi considerado pelo jornal Folha de São Paulo o autor brasileiro mais lido da década.
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BRADLEY COOPER é um ex-professor e Jennifer Lawrence faz o papel de Tiffany
Patrick Solitano (Bradley Cooper), um ex-professor na casa dos 30 anos, depois de um acesso de fúria ao surpreender a esposa com outro homem, acaba de sair de uma instituição psiquiátrica. Convencido de que passou apenas alguns meses naquele “lugar ruim”, não se lembra do que o fez ir para lá. O que sabe é que Nikki (Brea Bree), sua esposa, quis que ficassem um “tempo separados”. Tentando recompor o quebra-cabeças de sua memória, agora repleta de lapsos, ele ainda precisa enfrentar uma realidade que não parece muito promissora. Com seu pai (Robert De Niro) se recusando a falar com ele, a esposa negando-se a aceitar revê-lo e os amigos evitando comentar o que aconteceu antes da internação, Patrick, agora viciado em exercícios físicos, está determinado a reorganizar as coisas e reconquistar sua mulher, porque acredita em finais felizes e no lado bom da vida, mas há uma ordem judicial para se manter afastado dela. É então que ele conhece a igualmente instável Tiffany (Jennifer Lawrence), que o convence a dançar ao seu lado em uma competição. Uma história comovente e encantadora, de um homem que não desiste da felicidade, do amor e de ter esperança. O Lado Bom da Vida, estrelado por Bradley Cooper e Jennifer Lawrence, é inspirado no livro de Matthew Quick, professor na Filadélfia que decidiu largar tudo e, depois de conhecer a Amazônia peruana, viajar pela África Meridional, trilhar o caminho até o fundo nevado do Grand Canyon, reviu seus valores para, enfim, passar a dedicar todo seu tempo à escrita.
DITO E FEITO
Homens e Mulheres de “A maior parte do tempo de um escritor é passada na leitura, para depois escrever; uma pessoa revira metade de uma biblioteca para fazer um só livro”. SAMUEL JOHNSON (1709–1784), escritor e pensador inglês. Sua obra-prima foi ‘Vidas dos mais eminentes poetas ingleses’ (1779/83), que abrange quatro volumes e é um dos textos fundamentais da estética do classicismo inglês.
“Eu não entendia como aquilo se movia com força própria. Quando passou por mim, sem nem mesmo pensar, eu me vi perseguindo aquela máquina tão rápido quanto eu pudesse correr”. SOICHIRO HONDA (1906-1991), engenheiro, industrial e fundador da Honda Motor Co., Ltd. Era o filho mais velho de um ferreiro. Ainda criança, muito curioso, ficava observando os motores, atento aos seus barulhos, cheiros e segredos. Aos 8 anos, construiu sua primeira bicicleta. Aos 13 já tinha uma série de pequenas “invenções” e aos 16 anos, iniciou sua trajetória profissional, como aprendiz, numa oficina em Tóquio.
“Qualquer coisa que você possa fazer ou sonhar, você pode começar. A ousadia tem genialidade, poder e magia em si”. JOHANN WOLFGANG VON GOETHE (1749—1832), escritor alemão e pensador que também incursionou pelo campo da ciência. Uma das mais importantes figuras do Romantismo europeu, nos finais do século XVIII e início do século XIX.
“Há dois tipos de pessoas: as que fazem as coisas e as que ficam com os louros. Procure ficar no primeiro grupo: há menos competição lá”. INDIRA GANDHI (1917—1984), primeira-ministra da Índia entre 1966 e 1977 e entre 1980 e 1984. A primeira mulher a ocupar o cargo de chefe do governo em seu país. Brilhante política, estrategista e pensadora. A ela se atribui a nacionalização dos bancos na Índia, o que os economistas da época desaconselhavam. Isto lhe valeu a conquista do apoio das massas.
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FABINHO, Rodrigão, Júlio, Bill e Bibi: descontração e espaço amplo para criar
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É isso aí, meu Cumpadre! Apadrinhada por produtor de O Rappa, banda ipatinguense prepara o seu primeiro trabalho autoral sonhando em explodir nas paradas Júlio Corrêa, 27 anos, é morador do bairro Caravelas, em Ipatinga, e trabalha como vendedor numa concessionária de veículos. Fábio Roberto, o Fabinho, de 28, técnico em Mecânica, é inspetor de qualidade numa outra empresa e mora no vizinho bairro Veneza. Fabiano Ferreira, o Bill, 34 anos, reside no bairro Cidade Nobre e atua como empresário no ramo de confeitaria. Mas apesar dos perfis que, como primeira impressão, não sugerem qualquer harmonia, eles têm muito em comum. São amigos de infância, cantam e tocam instrumentos. Respiram ritmos e melodias afins desde a adolescência. Tocavam em igreja católica, diz Júlio, que como os outros ainda viria a esbarrar e se identificar com mais dois dentro da mesma vocação artística: Rodrigo Barbosa, o Rodrigão, 26 anos, caldeireiro montador residente na cidade de Timóteo, e Fabrício Raposo, o Bibi, 36, dentista, com família radicada no bairro Vila Ipanema, em Ipatinga. O PRODUTOR MUSICAL Ricardo Vidal, há 18 anos com O Rappa, incentivou o grupo a criar suas próprias melodias
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OS ENSAIOS muitas vezes se prolongam pela madrugada, encurtando as noites de sono
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Os cinco rapazes hoje são não apenas amigos. São compadres. Ou melhor, o grupo todo formou um só compadrio. Eles compõem a banda ‘Cumpadre Nestor’, um dos mais festejados grupos musicais do Vale do Aço. E que naturalmente suscita a pergunta básica: afinal, de onde veio esse nome? Virtuoso guitarrista e executor de solos inebriantes, quem conta a engraçada – e meio sem pé nem cabeça – história da origem é Júlio: “Tínhamos um outro nome de batismo, Caos. Havia um show marcado. Mas aí o vocalista saiu e houve um caos de verdade. Levou junto o nome, em meio àquela situação caótica. Foi há oito anos, em 2006. Eu trabalhava numa empresa de carimbos quando, de repente, uma velhinha entrou no escritório e, do nada, começou a falar: ‘Mataram o Cumpadre Nestor, armaram uma tocaia e mataram o Cumpadre Nestor. O cavalo mais bonito lá de Antônio Dias era o do Cumpadre’. Então naquela hora me veio um insight: é isso, achei um novo nome, é Cumpadre Nestor. Isto é bom, vai agradar”. No início – lembra Júlio – todo mundo achou estranho. Mas foi o baterista Fabiano que advogou a idéia, mesmo que sem muita convicção: - É, parece tipicamente mineiro, pop rock. “Só que não foi bem assim, o entendimento não foi tão natural. O povo achava que era sertanejo: – ‘E aquela dupla (Cumpadre e Nestor)?’, era como
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alguns se referiam a nós” – recorda agora Fabiano, entre risos. Há quatro anos foi que o ‘Cumpadre Nestor’ ganhou a configuração atual. Fabinho era a segunda guitarra. Como outro vocalista saiu, ele assumiu – com muito carisma e uma voz marcante – a condição de titular na posição. A improvisação soou providencial. Não por acaso, foi um dos 30 finalistas e acabou sendo eleito recentemente em segundo lugar como Melhor Vocalista em Festival do SESI com 250 inscritos representando as indústrias de todo o estado de Minas. Rodrigão, no contrabaixo, e Fabrício, na percussão, completam com propriedade a confraria sonora. Trazendo influências de bandas como O Rappa, Barão Vermelho, Natiruts, Planta e Raiz, Charlie Brown Jr. e a irlandesa U2, o ‘Cumpadre Nestor’ gravou um DVD cover em março de 2012, é religiosamente chamado para abrir os shows dos grupos de renome que se apresentam na região, como Paralamas do Sucesso, Babado Novo, NX Zero e o próprio O Rappa. Mas, diante de um sem número de apelos, rendeu-se à necessidade urgente e inadiável de produzir seu primeiro trabalho autoral. O principal artífice desta nova jornada é o produtor musical Ricardo Vidal, há 18 anos no Rappa – atualmente um dos grandes expoentes de engenharia de áudio em nível mundial.
REGGAE ROCK
Identidade
Vidal, revela Fabrício, se tornou um amigo íntimo da banda e elemento fundamental no processo de transição do ‘Cumpadre’ para a sua identidade própria. “Já havíamos aberto dois shows do Rappa e deixamos o nosso material com ele. O apurado senso de observação do Vidal gerou nele um interesse de se relacionar mais conosco. No meio de uma agenda apertada, de repente ele retornou ao Vale do Aço apenas para estar com o grupo, ficou três dias com a gente, mostrando que acredita no nosso trabalho. E foi assim que fomos incentivados a compor, a criar nossas próprias melodias” – conta Fábio, acrescentando que a maioria das composições que deverão integrar um CD autoral a ser lançado no segundo semestre são do baterista Bill. O amigo, marqueteiro do grupo e estudante de Sistemas de Informação, Edgard Coelho, destaca entre os sucessos de estilo reggae rock do ‘Cumpadre’ a música Morena, por meio da qual a banda canta um apelo de amor explicitado no refrão: “Vão bora pro mar/ Vão bora comigo/ Não pense logo/ Aceite o meu pedido/ Morena te quero/ Me dê logo um sorriso/ Não sei por que não quer casar comigo”
CUMPADRE e Ricardo Vidal
O QG da banda
Uma contribuição importante à inspiração do ‘Cumpadre Nestor’ é dada pelo exuberante QG da banda, instalado num elevado e remoto ponto da área rural de Santana do Paraíso, de onde se pode avistar a muitos quilômetros de distância a cidade de Belo Oriente, o centro de Ipatinga e até mesmo o aeroporto da Usiminas. “Aqui estamos muito à vontade para criar, sem contar que daqui não incomodamos ninguém com o volume no pico”, observa Rodrigão. “Estamos muito focados na produção do nosso CD. Durante todo o último carnaval, ficamos retirados no sítio. Às vezes nossos ensaios terminam às três da madrugada de domingo, sendo que temos que levantar cedo para pegar no batente na segunda de manhã”, acrescenta Fabrício. Por decisão do próprio Ricardo Vidal, a produção e captação de áudio para o trabalho autoral do ‘Cumpadre’ foi feita no QG da banda. A masterização será realizada no Rio de Janeiro, no mesmo estúdio onde são feitas as masterizações de O Rappa e astros como Roberto Carlos. E enquanto o CD não chega ao mercado, os admiradores podem curtir em pílulas as amostras postadas na fanpage da banda. Numa só semana, um vídeo do ‘Cumpadre’ alcançou nada menos que 2.000 acessos. É sinal de que o grupo continua em alta e com todo gás. Em ritmo de profissionalização crescente, os integrantes do ‘Cumpadre Nestor’ contrataram uma empresa de marketing para cuidar da imagem e administração das aparições nas redes sociais, questões gerais de visual como guarda-roupa, agenda. O pessoal é o mesmo que desenvolveu o trailer do filme Tropa de Elite, entre outros premiados trabalhos.
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HUMOR
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Túlio Henrique Lopes Leite
Alice Oliveira Fernandes
Pedro Caldeira
Loren Vieira
Wilker Geraldo de Souza
11 Aprovações em Federais Aprovado em Medicina - UFMG.
2 Aprovações em Medicina Federal
4 Aprovações em Medicina Federal
2 Aprovações em Medicina Federal
Aprovado em Medicina Federal
Gabriel Furtado Leite
João Marques Mourão
Carolyne Lemos Marques
2 Aprovações em Medicina Federal.
Aprovado em Medicina.
Aprovada em Medicina.
Eliza Assis Ribeiro
Gizelle Marques
9 Aprovações em Federais Aprovada em Eng. Civil - UFMG.
Aprovada em Medicina - UFRJ.
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MATRÍCULAS ABERTAS SELETIVA DE BOLSAS 1º DE JUNHO
CONCORRA A 30 BOLSAS DE ESTUDO *
*Bolsas de até 100% de desconto na mensalidade para Ipatinga e GV.
2° LUGAR DO BRASIL NO ENEM 2011; Guilherme Augusto
Gustavo Heringer
Letícia Bonella
7 Aprovações em Federais Engenharias - USP e UFMG.
7 Aprovações em Federais Aprovado em Medicina - UFMG.
8 Aprovações em Federais Engenharias - USP, UNICAMP e UFMG.
1º LUGAR GERAL NA FAMEVAÇO NOS 3 ÚLTIMOS VESTIBULARES; MAIS DE 30 APROVAÇÕES EM MEDICINA NA FAMEVAÇO EM 2013; 2 VEZES O 1º LUGAR GERAL DA UFJF/GV; 19 APROVAÇÕES NA USP EM 2014; 743 APROVAÇÕES EM FEDERAIS EM 2014;
ovacoes minas.com/apr
Rafael Bittencourt
elite
2 Aprovações em Federais Aprovado em Física - USP e UNICAMP.
Caroline Feliciano Lana 6 Aprovações em Federais Aprovada em Eng. Civil - UFMG.
Alex Henrique Balbino
Rodrigo Moura
2 Aprovações em Medicina.
5 Aprovações em Federais Aprovado em Medicina - UFMG.
3° LUGAR DO BRASIL NO ENEM 2012.
www.eliteminas.com IPATINGA (31) 3830-2451 GV (33) 3021-2451
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