Revista Biomassa World - 2ª Edição

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EDIÇÃO 02 | ANO - 01 Junho 2018

Bionic Beaver - Uma forma diferente de produzir biomassa florestal A Expoforest foi um sucesso absoluto, participação maciça dos fabricantes de picadores florestais

OS DESAFIOS DOS PELLETS DE MADEIRA




Índice

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Os desafios dos pellets de madeira

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UMA FORMA DIFERENTE DE COLHER BIOMASSA

PLANTIO DE FLORESTAS ADENSADAS

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EMPRESA PIONEIRA QUE APOSTA NO FUTURO DOS PELLETS NO BRASIL


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Participação dos fabricantes de picadores florestais foi maciça

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NOVA GESTÃO DA SIF ASSUME POSTURA INOVADORA

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IMA ENERGIA

CONHEÇA UM POUCO DA CANADENSE DENIS CIMAF

NOVO GRUPO TEMÁTICO SOBRE COLHEITA


Editorial Um espetáculo visto ao vivo e a cores, abril um mês fantástico para o setor florestal. O potencial Florestal do Brasil foi destaque mundial no mês de abril. Presenciamos um dos melhores eventos florestais mundiais, a quarta edição da Expoforest. Como na Elmia Wood, houve destaque para os equipamentos para produção de biomassa florestal. Isso confirma a vocação da biomassa florestal, que é uma das principais fontes de geração de eletricidade no Brasil, ficando atrás das usinas hidrelétricas e das térmicas movidas a combustíveis fósseis. O que o posiciona no cenário mundial como referencial no que diz respeito à geração de inovação tecnológica, de mão de obra qualificada e de oportunidades de negócios no setor agroenergético e de bioenergia. Em abril o setor bioenergético ganhou também um novo canal, exclusivo para às principais tendências e pesquisas voltadas para o desenvolvimento e evolução da biomassa florestal. Nessa edição um dos nossos convidados, Dorival Garcia, fala sobre os desafios dos pellets no Brasil. Presidente da ABIPEL - Associação Brasileira das Indústrias de Pellets, com grande experiência no setor, irá nos ajudar a entender melhor as dificuldades da produção desse produto no Brasil. Boa leitura...

Equipe Biomassa World.

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NESTA REVISTA Dorival Garcia I ABIPEL Vanderlei Santos I ERB Eduardo Magnago I ERB Richard Sulman I Bio Systems Gilson Borin I Pelletbraz Glêison dos Santos I UFV/SIF Cássia Carneiro | UFV Caio Varonill | UFV Alessandro Locatelli I Denis Cimaf EDIÇÃO 02 | ANO - 01 | Junho - 2018 Publicação ONLINE EXPEDIENTE Elton Busarello I Diretor Comercial Adalcir Bär I Projeto Gráfico Cleomara Caetano I Revisão Leidiane Cardoso I Administrativo Rodrigo J S Araujo I Jornalista Conselho Editorial Presidente Laércio Couto I University of Toronto Vice Presidente Glêison dos Santos I UFV Membros: Paulo F Trugilho I UFLA Azarias M de Andrade I UFRRJ Rinaldo Ferreira I UFRPE Rodrigo S do Vale I UFRA Christovão Abrahão I UFVJM Jorge Alberto G Yared I Embrapa Alexandre S Pimenta I UFRN Conselho Consultivo Presidente Toru Sato I Tecflora Vice Presidente João Comerio I Innovatech Membros: Germano Aguiar Vieira I Eldorado Brasil Emilio Rietmann I Impacto Energia Vilmar Berte I Replantar Armando JB Varella I ARBO Luiz C Ramires Junior I Ramires Reflortec Gilson Borin I Pelletbraz André L C Rocha I Agrotora CONTATO Comercial +55 (17) 3304 5877 Whatsapp +55 (17) 98122 0545 contato@biomassaworld.com.br www.biomassaworld.com.br



Os desafios dos pellets de madeira Dorival Pinheiro Garcia - ABIPEL

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uando fiz meus primeiros estudos sobre os pellets de madeira aqui no Brasil, um trabalho de graduação na faculdade de engenharia, não imaginava que, 10 anos depois, ele se tornaria tão importante. Desde o seu surgimento na Europa, como opção de energia mais barata do que o petróleo, no final da década de 1970, o número de indústrias ao redor do mundo que produzem esse biocombustível subiu de 70 para mais de 900. No Brasil, essa forma de energia renovável só apareceu 20 anos depois. E, por aqui, o surgimento dos pellets está mais relacionado à necessidade de agregar mais valor aos resíduos das indústrias madeireiras. Em 2006, tentamos criar uma associação: ABIPEL - Associação Brasileira das Indústrias de Pellets, que tinha dois objetivos básicos: obter dados consistentes da indústria nacional e desenvolver o mercado interno para a utilização deles. O primeiro objetivo foi atingido, pois temos dados bem representativos da indústria aqui instalada, o segundo, porém, ainda está em andamento. Convencer os empresários de que os pellets podem ser uma opção renovável e sustentável de energia para o seu negócio não é tarefa fácil, sobretudo se não houver vantagens econômicas que justifiquem a mudança do seu suprimento de energia.

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Ainda assim, avanços foram obtidos nesses últimos anos, como o surgimento de empresas que fazem adaptação a qualquer sistema para queimar pellets, novos produtos e novas aplicações para a linha pellets e maior conhecimento dessa forma de energia pelos empresários. Muitas vezes, eu falava de pellets (energia), e as pessoas entendiam como paletes (estrado de madeira). Mas essa fase inicial foi superada. Atualmente, a principal aplicação dos pellets de madeira, aqui no Brasil, é na geração de energia térmica para as indústrias e o comércio, sendo utilizado por pizzarias, padarias, hotéis, parques aquáticos, academias de natação, estufas de pintura, indústrias alimentícias, galvanoplastia a quente, lavanderias industriais, indústrias de ressolagens de pneus e indústrias de produtos plásticos, que consomem, aproximadamente, 99% da produção interna. Até na avicultura brasileira, conhecida mundialmente como um mercado rentável de produção e exportação de carne de frango, o uso de pellets vem conquistando espaço, sendo uma opção de aquecimento mais econômica comparada a outras fontes de energia. Aplicações exóticas também são encontradas, como pellets para substituir a tradicional areia do gato e para combater doenças como a dengue, que


utilizam em torno de 1% da produção nacional dos pellets de madeira. Nessas aplicações específicas, o baixo teor de umidade dos pellets, em torno de 6 a 10%, favorece a rápida absorção da urina dos pequenos animais. Pesquisa recente da Associação mostrou que temos cerca de 14 indústrias produzindo pellets no Brasil, com capacidade instalada para produzir até 460.000 toneladas/ano. A maior parte dessas indústrias operam nas regiões Sul e Sudeste do Brasil, principalmente para aproveitar os subprodutos das inúmeras indústrias de base florestal dessas regiões. Recentemente o Grupo Tanac, de Montenegro (RS), colocou em operação a maior fábrica de pellets de madeira da América Latina. O projeto de pellets de madeira, usando a espécie Acácianegra, torna a empresa um importante exportador do produto para a Europa, onde o incremento de demanda é projetado em torno de 50 milhões de toneladas/ano até 2020, considerando o programa de substituição de combustíveis fósseis por biomassa na União Europeia. Dados dos desenvolvedores de equipamentos para a queima dos pellets mostram que eles são economicamente competitivos quando comparados com o gás natural ou óleo BPF e que são importantes combustíveis utilizados pela área industrial. Se acrescentarmos a questão das emissões dos gases do efeito estufa, as vantagens dos pellets são ainda maior, uma vez que são biocombustíveis neutros nas emissões dos gases do efeito estufa

(GEE), ou seja, os gases emitidos na queima são os aprisionados quando do crescimento da árvore, e isso equilibra as emissões para a atmosfera, ao contrário dos derivados do petróleo. Aliás, questões ambientais e os novos acordos de redução de emissões assinados pelos países desenvolvidos são fortes propulsores do mercado internacional de pellets de madeira, deixando-o em destaque e aumentando a procura por essa fonte de energia de baixo carbono. Segundo os dados do IPCC - Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, da ONU, as emissões de CO2, da combustão de combustíveis fósseis, contribuíram com cerca de 78% do aumento das emissões dos GEE no período de 1970 a 2010. Os europeus têm metas rígidas de redução desses gases, e a utilização dos pellets parece ser uma saída rápida para o atingimento desse objetivo. Durante os últimos anos, os pellets de madeira vêm se tornando um importante combustível mundial, especialmente na Europa, onde seu mercado é um grande negócio, estável e rentável. A Associação Europeia de Biomassa AEBIOM, prevê um consumo de 50 milhões de toneladas de pellets para 2024, o que representa mais de três vezes o consumo atual. Esse biocombustível já é considerado um dos maiores produtos de biomassa sólida comercializados internacionalmente. No Brasil, os padrões de qualidade do ar são estabelecidos por meio da Resolução nº 436 do Conama, que define os limites de emissões para poluentes atmosféricos provenientes dos www.biomassaworld.com.br |

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processos de geração de energia térmica a partir da combustão da madeira. As emissões brasileiras do setor de energia são pouco representativas no contexto global, devido à matriz energética relativamente limpa do País, de fundamento hidroelétrico. Mesmo assim, muitas empresas estão substituindo os poluentes derivados do petróleo por pellets, alcançando os benefícios enconômicos, bem como o marketing ambiental que a energia limpa proporciona. Recente estudo sobre as emissões gasosas de monóxido de carbono (CO) de três tipos de pellets produzidos com pinus, eucaliptos e casca de pinus mostrou que os pellets de madeira atendem, com folga, aos limites impostos pela norma vigente do Conama. Mas a utilização energética da casca de pinus está condicionada à utilização de tecnologias de controle das emissões e dos particulados. Mesmo que o Brasil não esteja entre os maiores emissores dos GEE, precisamos encontrar formas de mitigação, pois sabemos que o problema do aquecimento global não obedecem as fronteiras territoriais. Substituir derivados do petróleo por pellets de madeira é uma ação ambientalmente correta que atende às necessidades da sociedade atual, pois atua nesse contexto global. Os países mais ricos e mais industrializados sabem que a maior parte dessa conta é deles. O acordo histórico para reduzir emissões, assinado recentemente entre China e EUA, além

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de outros países europeus, é uma comprovação do mea-culpa deles. Mas, se o mercado interno está sendo desenvolvido e a demanda externa muito aquecida, por que o Brasil não é um grande exportador dessa commodity? A resposta a essa pergunta é de antigo conhecimento dos empresários brasileiros: falta competitividade à indústria de pellets. Apesar das ótimas condições edafoclimáticas do País para a implantação de reflorestamentos, problemas como a falta de estruturas dos portos, altos custos logísticos relacionados ao transporte rodoviário e falta de equipamentos com tecnologia apropriada para a produção mais eficiente são os desafios impostos à nossa indústria para viabilizar novos projetos. Além disso, costuma-se confundir, aqui no Brasil, a compactação de resíduos com produção de pellets: Compactar resíduos sem critérios, qualquer equipamento faz. Mas a arte de produzir pellets com padrão de qualidade e de forma mais eficiente é para poucos. Para isso, exige-se conhecimento, competência e equipamentos com tecnologia comprovada na produção de pellets de madeira. Os primeiros estudos e os primeiros passos da indústria de pellets de biomassa no Brasil já foram dados. A demanda crescente do mercado internacional por energia renovável indica quais serão os próximos. O Brasil não pode perder a oportunidade de tornar-se líder na produção e na exportação desse biocombustível.



ERB – Energias Renováveis do Brasil

Experiência positiva com plantio de florestas adensadas

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undada em 2008, a ERB – Energias Renováveis do Brasil é referência na geração de energia de biomassa, oferecendo a seus clientes soluções dedicadas com o uso de tecnologias sustentáveis e inovadoras. Especializada no desenvolvimento de projetos de geração de energia renovável a partir de biomassa, participa e/ou controla projetos voltados para geração de energia elétrica e produção de combustível sólido de biomassa, que é utilizado em unidades industriais tanto para geração de vapor como

para cogeração de vapor e energia elétrica, muitas vezes em substituição a combustíveis fósseis como óleo combustível e gás natural. A ERB atualmente possui duas plantas em operação, uma localizada em Minas Gerais, no município de Santa Vitória e outra em na Bahia, no município de Candeias. A planta da Bahia tem como principal parceiro a Dow Chemical Company (Dow), líder mundial no segmento químico e referência por suas políticas e práticas sustentáveis. A questão da sustentabilidade é um dos valores fundamentais para a empresa, sendo a primeira indústria petroquímica do Brasil a obter sua energia de biomassa, trazendo benefícios ao meio ambiente. Desta maneira, ERB e a Dow Brasil possuem em suas raízes preocupação ambiental e um DNA sustentável. Em dezembro de 2010, A ERB e a Dow Brasil assinaram um contrato de longo prazo de fornecimento de vapor. A ERB investiu e opera uma planta de

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Eficiência e versatilidade no campo.

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Pulverização após o plantio.

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cogeração que irá substituir 200 mil m3 de gás natural por dia utilizados pela Dow. A ação reduzirá as emissões de CO2 da planta em 180 mil toneladas por ano. O vapor será produzido a partir de cavaco de eucalipto de reflorestamento próprio e 100% dedicado. A unidade de cogeração da ERB entrou em operação em abril de 2014 e está localizada ao lado do complexo de Aratu, onde fica a maior instalação da Dow Brasil. Esta planta é 100% abastecida com biomassa proveniente de fazendas de eucalipto. A madeira consumida pela empresa tem origem em florestas plantadas com recursos próprios e também adquiridas de terceiros. A capacidade de produção das florestas,

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próprias ou de terceiros, possui um processo rigoroso de avaliação, realizado por profissionais experientes e com histórico de participação em projetos de grandes empresas do setor florestal no Brasil e de outros países. As áreas de plantio da ERB estão localizadas no Litoral Norte da Bahia, região onde a cultura do eucalipto é bastante difundida, com mais de 150 mil ha plantados por grandes empresas do setor. Os sites são de alta produtividade, com potencial para atingir na média 45 m³/ha anualmente, predominando florestas com espaçamentos de 9 m² por planta e corte entre 6 e 8 anos de idade. No início da sua operação, foi necessário a produção de biomassa


em um prazo de tempo muito curto. Desta forma, o plantio inicial de eucalipto adotado pela ERB foi com florestas adensadas, denominadas de plantio de curta rotação. Com cortes realizados entre 3 e 5 anos, essas florestas possuíam até 3.333 árvores/ ha, distribuídas em espaçamentos de 3 x 1,5 m entre as plantas, não ultrapassando 4,5 m² por árvore. A ERB plantou, no sistema de curta rotação, uma área de aproximadamente 1.000 ha, localizada no município de Esplanada, no Estado da Bahia. A produtividade anual média obtida, quando da colheita florestal, foi de 52 m³/ha/ano. O sistema de colheita utilizado foi o mecanizado convencional, com uso dos equipamentos: feller-buncher, skidder e garra traçadora. Porém, já existem desenvolvimentos de equipamentos específicos para a colheita de florestas de curta rotação, com sistemas capazes de cortar, derrubar e picar a árvore com apenas uma máquina. Esses equipamentos, desenvolvidos no Brasil e na Austrália, permitem em uma única operação, realizar o corte da floresta e na sequência o processamento da madeira em cavacos, com deposito direto em veículos próprios para o transporte. Em consequência da região não possuir sistemas de plantio similares ao de curta rotação, foram adotados

materiais genéticos com base em clones já utilizados por grandes empresas com histórico de plantio no Litoral Norte da Bahia. Esses materiais, com desempenho previamente conhecido, foram mesclados com clones já cultivados em outros Estados. Apesar dos resultados obtidos de produtividade terem atingido as estimativas esperadas, os plantios de curta rotação na região do Litoral Norte da Bahia, ainda carecem de muitos estudos, focados em análise de características como: adaptação do clone as condições edafoclimáticas da região, densidade da madeira, poder calorífico, redução de custos, adubação, idade ideal de corte, período de plantio, quantidade de rotações, espaçamentos, pragas, entre outros. Mesmo com boa produtividade, a floresta de curta rotação, assim como esperado, apresentou para os diversos clones utilizados, baixas densidades. Essa característica, decorrente principalmente da idade precoce de corte, será o grande desafio em novos plantios com essas características voltados ao abastecimento industrial. Vanderlei Santos Gerente de Planejamento Florestal Eduardo Magnago Gerente de Operações Florestais

Foto: Laércio Couto www.biomassaworld.com.br |

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Bionic Beaver - World’s first vertical fed - axial flow continuous tree harvester Richard Sulman - Director of Bio Systems Engineering

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he Food and Agricultural Organization (FAO) of the United Nations estimates that the production of industrial wood from plantations will be an increasingly important source of fibre and energy worldwide. The most dramatic change will be the rapid increase by 2030 in the use of wood as a source of energy. To achieve the US Department of Energy’s (DOE’s) terrestrial feedstock supply logistics research and development goal of developing sustainable technologies that provide a secure, reliable, and affordable feedstock supply for the U.S. bioenergy industry, they have identified that “there are currently no high-capacity, high-efficiency, low-cost, commercial-scale feedstock supply and logistics systems that deliver stable, dense, flowable, consistent-quality, infrastructure-compatible feedstock” (DOE 2014). If this barrier is not removed, the DOE has identified that total delivered

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feedstock cost derived from plantation fuel wood (DBH* ≤ 15cm & stem mass ≤120kg), will remain above $7US per gigajoule (GJ) at lower heating value (LHV). Current international research indicates that biomass feedstocks with a delivered cost less than $7US/GJLHV are only sourced from processing and harvesting residues, primarily from agriculture. The ultimate goal for the bioenergy industry is to scale up by including plantation fuel wood at a total supply chain cost capped at $5US/GJLHV.

Removing the harvesting cost barrier This barrier has now been removed with the invention of the ‘Bionic Beaver’. The Bionic Beaver is a high-capacity, high-efficiency, low-cost, harvester and logistics system that delivers stable,


dense, flowable, consistent-quality and infrastructure-compatible feedstock at a total feedstock cost of US$5/GJLHV to the receiver (includes production, harvesting, transport and receiver costs). The Bionic Beaver was developed from the ground up for one purpose, to be the world’s most efficient comminution device for the expanding fuel wood and wood-based panel plantation markets. The proof-of-concept harvester was developed by Biosystems Engineering Pty Ltd and tested independently by the Western Australian Government. Testing demonstrated a 54% increase in productivity of 38.5 green metric tonnes per productive machine hour (GMt/ PMH) on the same plantation of E.dunnii compared with traditional forestry technology (feller buncher, skidder, log loader and in-field chipper) with 50% less power (288kW), fewer number of machines, labour and logistic complexity compared to forestry technology. Parts of the trial reached peak productivity rates exceeding 1,200 trees per hour. The results attracted an Australian Federal Government innovation award by winning the Cooperative Research Corporation Association’s Excellence in Innovation Award 2013.

How vertical axial flow chipping works The key patented innovation behind this technology is the configuration of a hot saw and conveyor to cut and convey trees and vertically present the tree stems to feed rollers over a chipper drum orientated parallel to the direction of travel, enabling the continuous processing of vertically aligned trees along the axis of the chipper drum. Processing vertical stems axially, greatly increases operational capacity and efficiency through continuous cutting, conveying and simultaneous chipping of multiple stems, resulting in processing rates well above 1,000 trees per PMH or 80m3 per PMH. Apart from the operational efficiency, the technology also optimises the presentation of stems in single file along the full length of the chipper drum, resulting in higher fuel efficiency or lower specific energy (KJ/Kg). The vertical cut, convey and chip harvesting method also removes the introduction of dirt, which is a common problem for traditional harvesting and modified forage harvesters.

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Achieving a delivered feedstock cost of $5US/GJLHV Based on testing in Australia, it is projected that the Bionic Beaver would comfortably process 1,300 trees per PMH or 80 m3 per PMH (0.06 m3 per tree stem). As a result, the significantly

Also, to achieve an equivalent monthly production target, the Bionic Beaver and haulout method requires 25% less machines than forestry technology, thereby lowering capital expense (CAPEX). Subsequently, the Bionic Beaver

higher productivity of the Bionic Beaver

harvesting method significantly

lowers harvesting operating cost (OPEX)

reduces the overall supply chain cost of

by US$15/m3 less than the traditional

plantation wood fuel from US$7/GJLHV to

forestry harvesting system.

US$5/GJLHV.

CAPEX and OPEX comparison between Bionic Beaver and forestry harvesting systems.

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Bionic Beaver - A primeira ceifadeira do mundo com alimentação vertical O Bionic Beaver foi desenvolvido desde o início com um objetivo, ser o equipamento de trituração mais eficiente do mundo para os mercados em expansão de plantação de madeira para combustível e outros produtos à base de madeira. A ceifadora foi desenvolvida pela Biosystems Engineering Pty Ltd e testada independentemente pelo Governo Australiano, Ocidental. Os testes demonstraram um aumento de 54% na produtividade de 38.5 toneladas métricas verdes por hora máquina, comparada

com a tecnologia tradicional florestal (feller buncher, skidder, log loader e picador de madeira). Com 50% menos de energia (288kW), número menor de máquinas, mão de obra e complexidade logística comparado com a tecnologia florestal. Partes do teste chegaram a um índice de produtividade de pico excedendo 1.200 árvores por hora. Os resultados geraram um prêmio de inovação do Governo Federal Australiano, vencendo o Prêmio de Excelência em Inovação da Associação de Corporação Cooperativa em Pesquisa em 2013.

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EMPRESA PIONEIRA QUE APOSTA NO FUTURO DOS PELLETS Gilson Borin - CEO da Pelletbraz

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Pelletbraz opera no mercado florestal desenvolvendo suas atividades na solução de necessidades que envolvem a biomassa para a geração e cogeração de energia, além de serviços correlatos. Nos mais de 50 anos de presença de mercado, destacam-se, principalmente, a preocupação com o contexto ambiental, o respeito às normas vigentes e o compromisso em sempre utilizar fontes de energias renováveis e ecologicamente corretas no país. Com uma trajetória marcada pela inovação e seu propósito pioneiro, a Pelletbraz, destaca-se no panorama nacional pelo reconhecimento de sua tradição, materializado pelas suas empresas, que carregam toda a excelência e tradição herdadas pela família no ramo madeireiro. A Pelletbraz é considerada pela entidade da Suécia BIOENERGY INTERNATIONAL, a primeira fábrica de pellets do Brasil, essa informação consta no mapa mundial daquela entidade em meados de 2009/2010, porém em 2008 quando a empresa iniciou suas atividades de pelletização já existia uma empresa no Brasil pelletizando, que produzia exclusivamente para a Itália.

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Considerarmos essa informação | Junho 2018

a Pelletbraz foi a primeira indústria a produzir pellets voltados para o mercado nacional.

O QUE SÃO PELLETS DE MADEIRA? Combustível classificado como biomassa, os pellets de madeira da Pelletbraz são produzidos com matéria prima de procedência certificada e legal, tais como serragem virgem e resíduos florestais, oriundos de reflorestamentos. Durante o processo de produção, a matéria-prima é desidratada antes de ser comprimida, o que dá origem a um produto de grande poder calorífico e altamente eficiente. Devido ao aperfeiçoamento de novos queimadores, o controle de combustão e a otimização da mistura de ar e combustível (pellets) faz com que no momento da queima não ocorra a produção de fumaça nem cheiro. Amplamente utilizados em países europeus e norte-americanos há mais de três décadas, onde existem centenas de fábricas com produção em grande escala, os pellets de madeira apresentam crescente uso no Brasil como fonte energética alternativa aos combustíveis fósseis como gás GLP, gás natural e óleo BPF.


CARACTERÍSTICAS = = = =

Alto poder calorífico (PCI* 4.600kcal/kg); Umidade inferior a 8%; Teor de cinzas inferior a 1%; Produto atóxico;

= Densidade de 650 a 700 kg por m²; = Granulometria uniforme; = Dimensões: diâmetro - 6 ou 6,3 mm e comprimento - de 10 a 25mm.

Fonte: LQCE (Laboratório Integrado de Química, Celulose e Energia LCF/ESALQ/USP – Piracicaba/SP)

AS VANTAGENS DO USO DOS PELLETS DE MADEIRA VANTAGENS ECONÔMICAS OPERACIONAIS Economia de até 70%; Abastecimento automatizado; Redução de mão de obra; Maior segurança e menor risco de incêndio; = Economicamente viável; = Redução de custo de logística e armazenagem. = = = =

VANTAGENS AMBIENTAIS = Combustível com baixa emissão de CO²; = Proporciona melhor equilíbrio ao meio ambiente; = Matéria-prima proveniente de áreas de reflorestamento legais; = Combustível ambientalmente e economicamente viável; = Ausência de fumaça; = Ambiente de produção mais limpo; = Isento de metais pesados. www.biomassaworld.com.br |

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COMO FUNCIONA: SISTEMA COM PELLETS

1 - Silos; 2 - Salto do combustível de anti-retrocesso de chama; 3 - Ventilador; 4 - Caixa de queima;

5 - Camara de combustão; 6 - Permutador de tubos horizontais; 7 - Chaminé (saída de gases); 8 - Caixa ampla para manutenção e limpeza.

BENEFÍCIOS EM RELAÇÃO A OUTROS COMBUSTÍVEIS ECONOMIA

AUTOMAÇÃO

O sistema de queima a pellets da Pelletbraz proporciona importante economia que pode alcançar até 70% de redução do custo operacional. É uma fonte de calor de alto desempenho a preço baixo e que requer mínima mão de obra para manuseio, manutenção e limpeza.

A alimentação dos queimadores abastecidos com os pellets da Pelletbraz é automatizada, oferecendo mais praticidade. Outra vantagem é que os pellets oferecem uma energia constante, ao contrário da lenha, cavaco, briquete e pó de serra úmido, que são instáveis.

REDUÇÃO DA MÃO DE OBRA

SIGNIFICATIVA REDUÇÃO DE ÁREA DE ESTOQUE

A necessidade de mão de obra para abastecimento é significativamente diminuída devido à praticidade de manuseio, manutenção e limpeza.

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Um (1) m³ de pellet acondiciona até 700 kgs de pellets, otimizando muito a utilização de espaço de estocagem.


AUSÊNCIA DE FUMAÇA

AMBIENTE MAIS LIMPO

O sistema de queima a pellets proporciona redução de fumaça, principalmente se comparado a outros combustíveis à base de biomassa.

Os pellets da Pelletbraz proporcionam um ambiente mais limpo. Focamos trabalhar em um cenário ecológico e de respeito à natureza, com a certeza de diminuir o risco para o meio ambiente.

AQUECIMENTO DE ÁGUA, os pellets podem ser utilizados em

hotéis, hospitais, clubes, academias, e parques aquáticos, tanto no uso para aquecimento da água quanto para a calefação de ambientes e produção de vapor.

COMÉRCIO, outro segmento beneficiado e com alta utilização é o

setor do comércio. Pizzarias e padarias estão aderindo o uso de pellets graças aos seus benefícios.

INDÚSTRIA, os pellets são amplamente utilizados na indústria alimentícia, química, têxtil, além do uso crescente em lavanderias industriais, ressoladoras de pneus, usinas de asfalto, frigoríficos e aviários.

HIGIENE ANIMAL, granulado de pinus selecionado, desidratado,

esterilizado e desenvolvido para forração de gaiolas, viveiros, caixas e pisos, que oferece praticidade, economia e conforto para os animais.

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Participação dos fabricantes de picadores florestais foi maciça om os estandes lotados durante os três dias de feira, os fabricantes de picadores mostraram para o mundo o potencial dos equipamentos para produção de biomassa florestal do Brasil.

C

“A Expoforest foi um sucesso absoluto: a participação dos fabricantes de picadores florestais foi maciça e os expositores ficaram satisfeitos com os resultados”

O otimismo das empresas participantes foi comprovado com a divulgação dos números oficiais da promotora do evento, a Malinovski. De acordo com os organizadores, a Expoforest atraiu mais de 30 mil visitantes em três dias e o volume de negócios fechados e prospectados chegou aos R$ 310 milhões.

A empresa Bruno aproveitou o evento para lançar os modelos TR KING, RODO KING e uma PENEIRA para classificação de biomassa florestal. A empresa é pioneira na fabricação de picadores florestais no Brasil, na Expoforest teve a oportunidade de confirmar seu pioneirismo, apresentando uma linha completa de equipamentos para produção de biomassa.

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PRODUZINDO

BIOMASSA DE ALTA QUALIDADE

AJUSTE EXTERNO DO

LIMITADOR DE TORQUE

Morbark ® chega ao Brasil para revolucionar o mercado de biomassa, oferecendo uma linha completa de picadores e trituradores para o mercado florestal. Veja algumas características dos equipamentos Morbark, os melhores picadores e trituradores horizontais do mercado mundial. • MAIS POSSIBILIDADES - Sistema QUICK SWITCH (Troca Rápida) converte o triturador de martelos para um picador de facas, sem tirar o rotor do equipamento. A conversão é efetuada em apenas uma hora, sem ferramentas especiais ou equipa mentos pesados, dobrando as oportunidades de mercado, com um único equipamento. • ALTA TECNOLOGIA - Sistema integrado de controle (MICS - Morbark Integrated Control System), possibilita o monitora-

mento remoto de diversas funções da máquina, como pressões hidráulicas, temperaturas, sistemas de embreagem e outras funções. Esta opção tecnológica de ponta para manutenção preventiva, diagnóstico de desempenho e ajustes, esta disponível no portfólio de produtos Morbark. • MAIOR PROTEÇÃO - Ajuste Externo do Limitador de Torque protege instantaneamente quando sobrecarregado sem

parar o motor, o que reduz significativamente os danos e diminui o tempo de inatividade da máquina.

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Entrevistado pela Revista Biomassa World, o Gerente comercial da Vantec, Fabio José Grainer, confirmou o êxito no lançamento do novo picador florestal Rodo Florestal 750R8, também em fechar grandes negócios para impulsionar o desenvolvimento da empresa. A participação dos fabricantes de equipamentos nacionais e internacionais para a produção de biomassa florestal foi maciça, demonstrando a força do setor. Participaram da Expoforest as empresas: Bruno, Vantec, Planalto, Fezer, Serena, Vermeer, Morbark, Peterson Pacific e Doppstadt.

A Roman, empresa Uruguaia distribuidora dos equipamentos Komatsu Forest e Morbark no Uruguai, com sede em Curitiba, recentemente nomeada distribuidora Morbark da linha Beever no Brasil, disse a equipe da revista que o evento marcou fortemente seus inicios de trabalhos no Brasil. Para Ricardo Malinovski, diretor de eventos a Malinovski, a participação maciça de todos os fabricantes de picadores nacionais e alguns fabricantes internacionais, abrilhantaram o evento, confirmando o potencial do setor de biomassa florestal no Brasil.

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IMAenergia - UMA DIRETRIZ PARA SELEÇÃO DE MATERIAIS GENÉTICOS PARA PRODUÇÃO DE ENERGIA Glêison dos Santos - Professor e Pesquisador da UFV Cássia Carneiro - Professora e Pesquisadora da UFV Caio Varonill - Mestrando em Ciência Florestal pela UFV

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potencial energético das espécies florestais está associado às suas propriedades físicas, químicas, anatômicas e térmicas. De modo geral, as principais propriedades que influenciam o rendimento em energia a partir da madeira são a densidade, a umidade e o poder calorífico. Quando a madeira é convertida em energia térmica, a sua umidade influencia negativamente sobre a quantidade de calor por unidade de massa liberado durante a queima, ou seja, seu poder calorífico. Pois parte da energia que seria liberada durante a fase exotérmica da combustão é utilizada para evaporar água, o que diminui seu rendimento energético.

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O poder calorífico das biomassas pode ser representado de três formas: a) poder calorífico superior (PCS), quando a combustão ocorre em volume constante e a água formada durante a combustão é condensada; b) poder calorífico inferior (PCI), quando a água formada durante a combustão não é condensada; e c) poder calorífico útil (PCU), quando é descontada a energia necessária para evaporar a água referente à umidade da madeira. Esse último é o que mais representa o rendimento da conversão energética da madeira, pois leva em consideração o teor de umidade que a madeira possui no momento do seu uso.


Patrick J. Meurer

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Ambos podem ser estimados por meio de expressões matemáticas em função do valor do PCS que é determinado em bomba calorimétrica. O PCI é estimado por meio da expressão: PCI = {PCS – [600*((9*H)/100)]}, em que H é o teor de hidrogênio da madeira. Considerando 6% de H na madeira (teor médio de H na maioria das espécies), teremos PCI = PCS – 324. O PCU é estimado por meio da seguinte expressão: PCU = {[PCI*(1 - u)] - (600*u)}, em que u é o teor de umidade da madeira. Considerando uma umidade de 30% (teor de umidade em que a madeira geralmente é utilizada para a geração de energia), teremos: PCU = {[PCI*(1-0,3)] - (600*0,3)}, ou seja, PCU = [(PCI * 0,7) - 180]. A massa específica ou densidade básica é obtida a partir da relação entre a massa absolutamente seca da biomassa e o seu volume saturado. É expressa em g.cm-3 ou kg.m-3 e influência o potencial energético de uma espécie florestal. A densidade básica da madeira é considerada uma característica referencial para a seleção de indivíduos superiores para produção de energia, pois a densidade é diretamente proporcional à quantidade de energia armazenada por unidade de volume da biomassa. Além disso, o incremento em massa seca ao longo do ciclo de cultivo dos materiais utilizados para a produção de energia é fator primordial para a sua utilização. Desta forma, mesmo que uma espécie apresente excelente potencial

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para geração energia, em função de suas propriedades, ela apresentará baixa produtividade energética e seu uso será economicamente inviável. Assim, a produtividade de madeira por hectare, dada por meio do incremento volumétrico médio anual (IMA m3/ha/ ano), é outro fator que deve ser levado em consideração na avaliação do potencial de essências florestais para a geração de energia. Atualmente, não é de conhecimento geral um índice que represente a produtividade energética das florestas. Contudo, se demostrarmos a relação entre as principais características ligadas à conversão da biomassa em energia e sua produtividade em volume, é possível criar um índice que represente o potencial energético real de espécies florestais, por meio da quantidade de energia por hectare por ano (IMAenergia), das florestas plantadas. O IMAenergia é obtido por meio da seguinte equação: IMAenergia = D*PCS*IMAvolume, em que: IMAvolume é o incremento médio anual em madeira, em m3.ha-1ano-1; D é a densidade básica da madeira, em kg.m-3; e PCU é o poder calorífico útil da madeira, em kcal.kg- 1. Como a multiplicação da densidade pelo poder calorífico é igual a densidade energética da madeira, temos: IMAenergia = De*IMAvolume, em que De é a densidade energética. Para exemplificação da utilização do


IMAenergia, pensemos no seguinte caso hipotético: uma empresa deseja produzir madeira para geração de energia e está avaliando o potencial de três espécies florestais para este fim. O ciclo de corte adotado será de 7 anos. As essências florestais utilizadas apresentam as seguintes características: I - Eucalyptus grandis – Produtividade: 45 m3.ha-1.ano-1, densidade básica de 400 kg.m-3 e poder calorífico superior de 4.500 kcal.kg-1 II - Eucalyptus urograndis – Produtividade: 40 m3.ha-1.ano-1, densidade básica de 500 kg.m-3 e poder calorífico superior de 4.500 kcal.kg-1 III - C. torelliana x C. citriodora – Produtividade: 35 m3.ha-1.ano-1, densidade básica de 650 kg.m-3 e poder calorífico superior de 4.780 kcal.kg-1 Densidade kg.m-3

PCS kcal.kg-1

Densidade Energética kcal.m-3

IMAvolume m3.ha-1.ano-1

IMAenergia kcal.ha-1.ano-1

IMAenergia Gcal.ha-1.ano-1

E. grandis

400

4.500

1.800,00

45

81.000.000

81

E. urograndis

500

4.500

2.250,00

40

90.000.000

90

C. torelliana x C. citriodora

650

4.780

3.107,00

35

108.745.000

109

Espécies

PCS= poder calorífico superior; IMAvolume= Incremento médio anual em volume; IMAenergia= Incremento médio anual em energia.

Observa-se por meio do exemplo, que um material genético com menor volume de campo como o C. torelliana x C. citriodora, pode produzir até 34% mais energia por unidade de área em comparação com o E. grandis, mesmo ele tendo maior produtividade volumétrica de campo. Como foi demonstrado, o GenMFlor (Programa de Tecnologia e Desenvolvimento em Melhoramento Florestal) e o LAPEM (Laboratório de Painéis e Energia da Madeira) ambos da UFV, propõem para seleção de

materiais genéticos (espécies, progênies e clones) com maior superioridade energética, a seleção com base no conceito de IMAenergia. Isso ocorre porque esse caráter de seleção permite ao produtor visualizar de maneira clara a produtividade energética de sua floresta e não ficar enganado apenas com o volume de campo que ela produz. Além disso, a seleção de genótipos superiores para a produção de energia é otimizada se for utilizado o IMAenergia como critério de avaliação, pois verticaliza a matéria-prima (madeira) para o produto final (energia). www.biomassaworld.com.br |

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Nova gestão da SIF assume postura inovadora Foco em produtos, internacionalização, agilidade e proximidade com as empresas associadas são diretrizes para os próximos dois anos de trabalho da Sociedade de Investigações Florestais.

N

o dia 03 de abril, tomaram posse na gestão da SIF o Presidente do Conselho de Administração Mário Ladeira (empresa associada Klabin) e o Diretor Científico Glêison dos Santos (Prof. de Melhoramento Florestal e Inovação do DEF/UFV). Continuam fazendo parte da Gestão da SIF o Diretor Geral Sebastião Renato Valverde (Chefe do Departamento de Engenharia Florestal da UFV) e o Gerente Executivo Ismael Eleotério Pires. Os novos diretores assumem o cargo com muito entusiasmo e força de trabalho, e em conversa com a redação os dois profissionais revelaram um pouco das expectativas e dos objetivos que a diretoria assume. A grande ideia da nova gestão é que a SIF possa cada vez mais se aproximar das suas associadas, e que possa entregar cada vez mais produtos palpáveis. Entregar, além dos já tradicionais relatórios técnicos, mudas diferenciadas, sementes melhoradas, novas tecnologias, equipamentos e ferramentas de uso em curto prazo para o setor florestal - disseram, enfatizando

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que uma das metas mais importantes para o ano é dar agilidade de resposta e ter assertividade na entrega de produtos, soluções e projetos para o setor privado, possibilitando uma interface maior entre a Universidade & Empresas. Já nas primeiras semanas de gestão foi criada uma área de Projetos dentro da SIF com o objetivo de estabelecer uma rápida comunicação com as empresas, além de tornar possível a avaliação e o acompanhamento dos projetos em andamento. Disse também o novo diretor que muitas vezes tem sido difícil para empresas fecharem contratos com universidades por conta de diversos processos burocráticos, e que ao longo dos últimos meses a SIF, em conjunto com a Universidade Federal de Viçosa, articulou para que os contratos sejam assinados mais rapidamente tanto dentro da UFV como das empresas– hoje a maioria dos contratos da SIF podem tramitar em cerca de 15 dias dentro da UFV - afirmam. Outro foco da gestão é estreitar e fortalecer os laços da instituição com o colegiado do Departamento de Engenharia Florestal - Precisa ser uma via de mão dupla, a SIF não existe para


atender somente às demandas que vêm das empresas, mas também gerar e atender demandas que venham de dentro do Departamento de Engenharia Florestal e de outros departamentos que tenham áreas de pesquisa que se interrelacionam com o nosso campo de atuação – afirma o Diretor Científico. As ações da SIF se estenderão também para os alunos de graduação e pósgraduação, citando como exemplo a recente parceria com a Suzano no oferecimento de vagas para estudantes de graduação da UFV no Curso Intensivo: Teoria e Prática em Eucaliptocultura. Além disso, a Diretoria Científica tem a nova meta de posicionar a Sociedade de Investigações Florestais como protagonista nos temas que relacionam água e florestas, firmando parcerias com os Professores Herly Teixeira e Demétrius da Silva, fazendo dos projetos de gestão e manejo de recursos hídricos uma nova prioridade. Existe também o grande objetivo de internacionalizar a instituição Acreditamos que há espaço para a SIF trabalhar em países com potencial florestal como Colômbia, Moçambique, Angola e Chile. O Conhecimento adquirido dentro da UFV tem um grande potencial para as novas fronteiras florestais nas várias áreas de aplicação do setor ao redor do globo. A direção comenta ainda, que há grande interesse da SIF em trabalhar com outras Universidades além da UFV. Existem áreas que hoje não atendemos plenamente as demandas de nossas associadas por falta do pesquisador da área demandada e essa lacuna pode ser

preenchida em Universidades e outras instituições parceiras. Para fazer tudo isso possível será elaborado um Plano Diretor a ser validado pelo Conselho Administrativo da SIF e Colegiado do DEF, e definirá os próximos dois anos de trabalho. Segundo o Professor: A ideia de gestão é seguir o que emana da presidência, que é trabalhar dentro de um Plano Diretor para atender os objetivos da SIF, sempre focando em inovação e na entrega de novos produtos. Também citou que alguns deles já estão sendo entregues, dentre eles destacam-se as mudas clonais de materiais de difícil enraizamento, sementes híbridas e análises de Big Data. Para estender o processo de inovação para outras áreas da Engenharia Florestal serão formados novos grupos de trabalho em áreas como Colheita, Hidrologia, Restauração Florestal e Propagação Vegetativa. www.biomassaworld.com.br |

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DENIS CIMAF – UMA TRAJETÓRIA DE SUCESSO – DESDE 2009 NO BRASIL Os primeiros passos - 1990

N

aquela época, Laurent Denis, atual presidente da DENIS CIMAF, coproprietário da empresa Equipment Denis (que fabricava desgalhadoras, ferramentas industriais e agrícolas), sai da sociedade mas conserva os direitos dos trituradores da empresa CIMAF. Melhorando a tecnologia do TRH, origem do DAH, os fabrica e comercializa no Canadá, Estados Unidos e Japão,

sempre com empresas fabricantes de equipamentos de colheita florestal.

Redirecionamento da DENIS CIMAF Inc. - 1998 À medida que o TRH se tornava bem sucedido, começou a ideia de iniciar uma empresa dedicada aos trituradores. A empresa DENIS CIMAF se instalou em Acton Vale em 1998, dirigida por Laurent Denis e sua esposa Monique Vaillancourt. Objetivando dedicar-se exclusivamente a concepção

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e a fabricação de equipamentos de limpeza de terrenos. Setor que inclui notadamente esses trituradores para aplicação no corte das bordas de estradas, contudo, com foco à aplicação em equipamentos de colheita florestal. O uso destes equipamentos é amplo no setor florestal, no entanto, abrange com força maior aplicações relacionadas ao setor de engenharia civil, tanto na preparação quanto na manutenção de estradas e acostamentos. Também relacionado à abertura de corredores de transporte, redes de distribuição de eletricidade, corredores para tubos e dutos, bem como qualquer trabalho relacionado à limpeza de vegetação para uso em construção residencial, comercial ou industrial. O setor florestal faz uso das aplicações de abertura de áreas, trituração de resíduos, supressão florestal e rebaixamento de tocos.

Nascimento do modelo DAH 1999 Com o ressurgimento dos trituradores da DENIS CIMAF Inc., foram feitas melhorias para distinguilas da TRH, o modelo anterior. Com um programa de P&D desenvolveu-se a uma nova tecnologia de rotores de facas fixas e discos de proteção, no qual a patente foi protocolada e obtida no Canadá, Estados Unidos e Brasil. Esta tecnologia,

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Desde

2009 no BRASIL

batizada de DAH, lançada no mercado no final de 1999, foi um dos fatores que permitiu que a empresa prosperasse.

Entrada do DAF ao portfólio da DENIS CIMAF - 2004 Com base na tecnologia do DAH, que estava em franco crescimento de vendas, e a existência do alto potencial do mercado do sul dos Estados Unidos para equipamentos frontais, a equipe de engenharia desenvolveu a tecnologia DAF.

MAIor proteção para a estrutura! Com as altas velocidades e forças geradas pela trituração industrial, até mesmo os aços mais resistentes sofrem a abrasão e erosão. Foi incorporada no design, uma placa parafusada, fácil de substituir, para aumentar a vida útil dos trituradores DAF e DAH.

Investindo no BRICS, Brasil! Desde a sua criação, a DENIS CIMAF Inc., concentrou-se no desenvolvimento de vendas internacionais. Foram feitos esforços especiais no Brasil a partir de 2004 com várias visitas e a criação da filial, a DENIS CIMAF Brasil.

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Progresso nas bordas de estradas - 2005 Percebendo que a maioria das motoniveladoras permanecem inativas durante o verão no Canadá, a DENIS CIMAF adquiriu o design de uma cortadora para motoniveladora industrial da Blackie Machinery. Com várias melhorias, este novo equipamento foi batizado de DTN.

Mais controle para o DAH Substituir as correntes de proteção por um painel de projeção hidráulico, adiciona um novo recurso de segurança, direcionando a projeção do material triturado na parte traseira da máquina. O painel também é usado como pinça para pequenos galhos.

ou V invertido, reduzindo o impacto nas facas sobre o circuito hidráulico quando o triturador opera em material mais denso. Este design aprimora a performance do DAH e DAF, reduzindo o número de facas que cortam o material simultaneamente.

Estabelecimento da filial em Holambra, no Brasil - 2009 Após uma entrada sólida no mercado brasileiro, foi necessário firmar e expandir a posição, oferecendo um serviço de atendimento, estoque de peças e suporte técnico adequado. Holambra foi escolhida por sua excelente localização em São Paulo e proximidade com os principais centros urbanos do Brasil.

Energia para reposição - 2010 MAIor estabilidade no DAF 2006 Quando o modelo DAF alcançou um grande sucesso, a equipe da DENIS CIMAF decidiu levar o produto ao próximo nível. Foi implementado o sistema anti-vibração para os fixadores.

V invertido - 2007 Com objetivo de melhorar o equilíbrio dos rotores, a equipe DENIS CIMAF desenhou o posicionamento das facas no rotor no formato de chevron

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Os vários desenvolvimentos e melhorias feitas no sistema DTN, bem como os pedidos de clientes para uma unidade de potência independente, fizeram a DENIS CIMAF explorar a possibilidade de fabricação de unidades de potência hidráulica independente. O conhecimento adquirido durante esse período permitiu que a equipe da DENIS CIMAF desenvolvesse 3 modelos de unidades de potência EWF.


Um grande investimento 2011 Com o crescimento nas vendas, a equipe de gestão da DENIS CIMAF decide expandir suas operações. A aquisição de uma nova planta de produção foi o trampolim para uma grande produtividade e controle na qualidade do produto.

Estabelecimento de posição na Rússia - 2014 Com a reputação da DENIS CIMAF como especialista em ferramentas industriais para supressão de vegetação em todo o mundo, um cliente na Rússia decidiu nos colocar à prova! Essa venda permitiu que nos familiarizássemos com os procedimentos de importação na Rússia que criou um forte interesse nas empresas daquele país. Após uma rápida sucessão de vendas na Rússia, a empresa ООО ДЕНИС СИМАФ Машинери foi criada, permitindo que a DENIS CIMAF atendesse melhor os clientes.

Vendo o desbaste de um novo ângulo - 2016 Depois de observar os operadores da DAH em ação, além de se inspirar nos projetos de um cliente na Geórgia, a equipe de engenharia da DENIS CIMAF criou o sistema angular para a DAH. O

novo sistema angular opcional oferece maior produtividade graças ao seu ângulo agressivo de ataque.

Mais controle para os desbastadores frontais DAF Ao observar os operadores da DAF em ação, abriu caminho para a equipe de engenharia, a ideia de permitir que a barra de empurrar direcionasse melhor o tombamento da vegetação de maior porte. A adição de cilindros hidráulicos e o design da nova barra superior permitem que o operador tenha mais visão e controle na hora de derrubar a vegetação.

Mais espaço para crescer! Com o aumento de colaboradores, para a equipe da DENIS CIMAF foi necessário um local especial para ser mais eficiente. Novo escritório se situa na Notre-Dame, 211 em Roxton Falls, marca um novo começo para a empresa. Com muito espaço para crescer, a DENIS CIMAF está pronta para os desafios futuros que enfrentará. Alessandro Locatelli Gerente de Vendas Brasil

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