EDIÇÃO 03 | ANO - 01 Setembro 2018
Demonstrating project viability to attract investment from the US Produção de energia termelétrica a partir da biomassa florestal
Cadeia de abastecimento de madeira no Brasil
Índice Tendências Para a cadeia de abastecimento de madeira no Brasil
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Demonstrating project viability to attract investment from the US.
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Oportunidades para a produção de biomassa para energia com espécies nativas
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Desafios para a utilização da biomassa de seringueira
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Pesquisa revela potencial da produção DE energia termelétrica a partir da biomassa florestal
Acordo de cooperação entre Imaflora e SEMA-MT dará mais transparência ao setor madeireiro do Mato Grosso
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Uma história de sucesso no setor florestal na área de publicidade
Reunião do novo GT supera expectativa
Editorial OS DESAFIOS PARA O SETOR DE BIOENERGIA NO BRASIL Entre os dez anos com maior média de temperaturas, desde 1880 quando começaram esses registros, nove ocorreram neste século, sendo que 2017 o ano mais quente da história, considerando que nele não houve a ação do El Niño. A indústria do petróleo marcou o século XX, criou fortunas e algumas multinacionais gigantescas. Ainda hoje, quatro das dez maiores empresas do mundo atuam nessa área. O controle da extração e comercialização dessa indústria já criou diversos conflitos armados e até mesmo guerras. No longo prazo, essa dependência por fontes de energia fósseis foi um dos principais fatores do aquecimento global atual. O Brasil está um pouco à frente na balança energética renovável, com 35% de sua matriz energética sendo renovável. A preocupação, porém, é que quase a totalidade dessa energia é proveniente de usinas hidroelétricas que, em períodos de seca prolongada, correm o risco de diminuir os seus níveis de produção. A utilização de biomassa é em média 40% menor do que os combustíveis fósseis utilizados nas usinas térmicas. Além da redução de custos, destaca-se principalmente, por seus aspectos de sustentabilidade, respeito ambiental, geração de emprego, dispersão geográfica e garantia de geração sem intermitências. Investir em energia térmica a partir de biomassa, estimular a participação de investidores, desenvolver novas tecnologias são os desafios do setor de bioenergia no Brasil. Equipe Biomassa World.
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NESTA REVISTA João Comério I Innovatech Marcin Lewandowski I Ecostrat Jorge Yared I Embrapa Diogo Esperante I APABOR Gabriel Browne I UFV Sebastião Valverde I UFV Caio Varonill I UFV Leonardo Sobral I Imaflora Glêison dos Santos I SIF/UFV Gustavo Baêsso I DEF/UFV Wilton Ribeiro Filho I DEF/UFV Paulo Cardoso I Mais Floresta EDIÇÃO 03 | ANO - 01 | Setembro - 2018 Publicação ONLINE EXPEDIENTE Elton Busarello I Diretor Comercial Adalcir Bär I Projeto Gráfico Cleomara Caetano I Revisão Leidiane Cardoso I Administrativo Rodrigo J S Araujo I Jornalista Conselho Editorial Presidente Laércio Couto I University of Toronto Vice Presidente Glêison dos Santos I UFV Membros: Paulo F Trugilho I UFLA Azarias M de Andrade I UFRRJ Rinaldo Ferreira I UFRPE Rodrigo S do Vale I UFRA Christovão Abrahão I UFVJM Jorge Alberto G Yared I Embrapa Alexandre S Pimenta I UFRN Conselho Consultivo Presidente Toru Sato I Tecflora Vice Presidente João Comerio I Innovatech Membros: Germano Aguiar Vieira I Eldorado Brasil Emilio Rietmann I Impacto Energia Vilmar Berte I Replantar Armando JB Varella I ARBO Luiz C Ramires Junior I Ramires Reflortec Gilson Borin I Pelletbraz André L C Rocha I Agrotora CONTATO Comercial +55 (17) 3304 5877 Whatsapp +55 (17) 98122 0545 contato@biomassaworld.com.br www.biomassaworld.com.br
Tendências para a cadeia de abastecimento de madeira no Brasil João Comério - Ceo Innovatech
Transição de modelo: dividir para multiplicar
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istoricamente as indústrias de base usam a madeira como “utility”, e não florestal detinham a totalidade das matéria-prima, têm um apelo ainda suas fontes de matéria prima, todavia maior para a desmobilização de áreas. esse modelo vem cedendo lugar a É o caso de empresas que processam soluções transição alternativas dede abastecimento, soja, que necessitam de grande quantia transição transição de de modelo: modelo: modelo: dividir dividir dividir para para multiplicar para multiplicar multiplicar com a presença crescente investidores de biomassa para produção de vapor e Historicamente, Historicamente, Historicamente, indústrias indústrias indústrias de base de base florestal de base florestal florestal detinham detinham detinham a totalidade a totalidade a totalidade das suas das das suas fontes suas fontes defontes matéria de matéria de prima. matéria prima. Mas prima. esse Mas Mas esse modelo esse modelo vem modelo vem cedendo vem cedendo cedendo financeiros proprietários decomativos energia. lugarlugar a soluções lugar acomo soluções a soluções alternativas alternativas alternativas de abastecimento, de abastecimento, de abastecimento, com a presença com a presença a presença crescente crescente crescente de investidores de investidores de investidores financeiros financeiros financeiros comocomo proprietários como proprietários proprietários de ativos de ativos de ativos imobiliário imobiliário imobiliário e biológico. e biológico. e biológico. Indústrias Indústrias Indústrias que que usam que usam a usam madeira a madeira a madeira comocomo “utility”, como “utility”, “utility”, e não e não matéria-prima, e não matéria-prima, matéria-prima, têm têm um têm apelo um um apelo ainda apelo ainda maior ainda maior para maior para a para a a imobiliários e biológicos. Indústrias que desmobilização desmobilização desmobilização de áreas. de áreas. de É áreas. o caso É o caso Éde o empresas caso de empresas de empresas que processam que que processam processam soja,soja, como soja, como Cargil, como Cargil, Bunge, Cargil, Bunge, BRF, Bunge, BRF, etc.BRF, etc.etc. Modelo Modelo verticalizado Modelo verticalizado verticalizado Investidor Investidor Investidor estratégico estratégico estratégico
Modelo Modelo desverticalizado: Modelo desverticalizado: desverticalizado: maiormaior flexibilidade maior flexibilidade flexibilidade e focoe no foco ecore foco no business core no core business business Investidor Investidor Investidor estratégico estratégico estratégicoInvestidores Investidores Investidores financeiros financeiros financeiros
Gestão florestal Gestão Gestão florestal florestal Contrato Contrato de Contrato de de Contrato Contrato de Contrato de de fornecimento fornecimento fornecimento
gestão gestão florestal florestal gestão florestal
Propriedade Propriedade Propriedade da da da madeira madeira madeira
Timber Timber deed Timber deed deed
de uso DireitoDireito de Direito uso de uso da terra da terra da terra Contrato Contrato de Contrato de de
Arrendamento Arrendamento Arrendamento
Propriedade Propriedade Propriedade da da da Terra TerraTerra
Contrato Contrato de gestão Contrato de gestão de gestão
Floresta Floresta integrada Floresta integrada ao integrada processamento ao processamento ao processamento de madeira de madeira de madeira
de ativode imobiliário ativo deimobiliário ativo imobiliário Asset AssetAsset Management Management Management
Processamento Processamento Processamento da madeira da madeira da madeira
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A indústria norte-americana de papel e celulose é um caso emblemático de desinvestimento em propriedades florestais, visando a redução na alavancagem e liberação de capital para aceleração dos investimentos e concentração no core business. • A maioria dos produtores de celulose possuiam a propriedade das terras e florestas até os anos 80, quando a maioria vendeu seus ativos florestais • A alienação das florestas por parte dos produtores foi acompanhada por contratos de fornecimento de madeira
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para o abastecimento das plantas, com duração variando entre 10 e 15 anos. • Um dos grandes fatores que permitiu a adoção maciça dessa estratégia é a existência de um mercado consolidado de madeira, com grande número de players no lado da oferta e diversos setores no lado da demanda. • Outro impulsionador foi o modelo de tributação americano, que incentivou a monetização dos ativos florestais e confere tratamento favorável aos investidores financeiros em ativos florestais.
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O que esperam os investidores financeiros Investidores financeiros viram nesse movimento a oportunidade de alocarem capital em uma nova classe de ativos,
rentável, estável e com baixa correlação em relação às suas carteiras tradicionais (ganhos de diversificação).
Estratégias de abastecimento das empresas de papel e celulose Além das florestas próprias, as empresas de celulose complementam o abastecimento por meio de contratos de fomento (parcerias com pequenos e médios produtores). Na ausência de um mercado ativo de madeira, as empresas temem abrir mão do controle das florestas (tanto do custo
caixa e da disponibilidade, no curto prazo, como do melhoramento genético, no longo prazo). Uma notável exceção foi a transação entre Fibria e Brookfield. Mesmo assim, o acordo foi sobretudo uma transação imobiliária, já que a Fibria manteve o controle operacional das florestas.
Principais destinos do capital dos investidores financeiros O Brasil já é o segundo maior destino dos investimentos em ativos florestais no
mundo. Ainda assim, o País está aquém de seu potencial de atração de capital.
A qualidade da gestão florestal é um fator crítico para o sucesso dos investimentos no Brasil. Recentemente, alguns empreendimentos de investidores
estrangeiros tiveram resultados decepcionantes por problemas sérios de produtividade, elevação de custos e até mesmo desvios!
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Estrutura de propriedade dos ativos florestais Dos doze maiores fundos de investimento em ativos florestais do mundo, dez estão presentes no Brasil.
Apesar disso, a área florestal detida por esses fundos no país ainda é relativamente modesta.
Potencial agroflorestal brasileiro: disponibilidade de terra O Brasil possui vantagens comparativas significativas para a produção florestal e, portanto, imenso potencial para atração de capital de investidores financeiros nesse setor. O Brasil é hoje o terceiro maior exportador de commodities agrícolas do mundo, atrás apenas de Estados Unidos e União Europeia. Dentre os grandes produtores, o País é, de longe, aquele com maior
disponibilidade de áreas agricultáveis para expansão da produção. A produtividade agroflorestal brasileira se beneficia da disponibilidade de água e alta incidência de luz solar no território nacional. Os ganhos de produtividade agrícola e pecuária e a oportunidade de recuperação de áreas degradadas aumentarão ainda mais a disponibilidade de terras, inclusive para a silvicultura.
Potencial agroflorestal brasileiro: produtividade O País é líder mundial em produtividade florestal para produção em larga escala. A velocidade do crescimento
do ativo biológico e menor prazo para monetização ampliam o valor potencial da terra.
Potencial agroflorestal brasileiro: preço da terra Dentre os países com maior tradição na produção agropecuária e florestal, o Brasil está entre os que oferecem terras produtivas ao menor custo. Apesar das oportunidades, nosso
apetite para investimentos no Brasil diminuiu, após [o parecer da AGU de] 2010, por causa da incerteza jurídica em relação à propriedade de terras por estrangeiros.
Potencial agroflorestal brasileiro: apreciação da terra A capacidade de análise “granular” é fundamental para o sucesso dos investimentos no setor: mesmo em regiões com grande valorização, algumas microrregiões mostram sinais de estagnação (e vice-versa).
Em uma década (2005-15), os preços de terras no Brasil valorizaram-se acima de 300%, ou 12% a.a., em média. No mesmo período, a inflação média foi de 6,3% e a Selic média de 11,1%. www.biomassaworld.com.br |
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Embora a valorização das terras em todos os Estados tenha superado a inflação, houve grande dispersão
dessa valorização, com algumas regiões chegando a valorizar-se em média até 17% a.a.
Pinus e Eucalipto: histórias diferentes O pinus representa apenas 20% da área de florestas plantadas no Brasil (contra 73% do eucalipto), mas recebe quase metade dos investimentos de fundos.
O pinus tem a característica do uso múltiplo e da venda para diversos clientes. Isso diminui a percepção do risco associado ao investimento.
Compra de terras por investidor estrangeiro Um parecer emitido em 2010 pela Advocacia Geral da União, interpretando a lei 5.709/1971, estabeleceu severas limitações para a aquisição de áreas rurais significativas por estrangeiros. Empresas estrangeiras têm encontrado formas de contornar essa restrição e obter a propriedade ou direitos de exploração econômica de ativos imobiliários, através de estruturas como ações preferenciais, subscrição de debêntures conversíveis ou aquisição de
direitos de superfície. Tramita no Congresso Nacional um projeto de Lei que viria a regulamentar o investimento estrangeiro, com a expectativa de grande atração de capital. Até que nova Lei entre em vigor, o planejamento e execução cuidadosos das estruturas societárias e contratuais a serem adotadas é um fator crítico para a mitigação da insegurança jurídica e garantia do valor do investimento.
Ambiente para investimentos florestais A valorização do ativo imobiliário é um dos principais atrativos do investimento em terras florestais no Brasil, porém, essa valorização só é capturada pelo investidor se for monetizada, seja na alienação do ativo seja na precificação da madeira, quando da renovação do contrato de suprimento. A criação de estruturas que realmente permitam uma situação de ganha-ganha depende da seleção criteriosa das terras envolvidas, da calibração do mix de abastecimento,
da negociação correta dos termos contratuais e, sobretudo, dos ganhos de produtividade florestal ao longo do empreendimento. O Brasil tem se firmado como um grande polo para a indústria de base florestal e reúne vantagens interessantes para investidores nesse setor. Porém, fatores importantes devem ser considerados por cada elo da cadeia de valor.
Estudo completo em: https://materiais.innovatech.com.br/tendencias_de_mercado_de-_cadeia_produtiva_de_madeira
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Demonstrating project viability to attract investment from the US Marcin Lewandowski - Director of Analysis and Risk - Ecostrat Inc
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any Brazilian companies looking to develop bio-energy projects are seeking capital in the United States. However, the majority of these companies fail to convince American lenders and investors that their projects are viable (whether or not a project is actually viable). So what does it take to convince American financial institutions to supply capital to bioenergy projects? Lenders and investors in the US, like everywhere else in the world, care about project risk. They want to make sure that money they lend or invest will be paid back. As project risk increases, so does the cost of money (i.e. debt cost), eventually reaching a point where the debt cost is too high for a project to become economically viable. For example, a 2% increase in debt cost to a $100MM project results in the increase of annual interest by $2MM. Risk is not an exact science. Risk is fundamentally about perception. Just as an individual may incorrectly perceive flying as a more dangerous activity than driving (despite the fact that it is not), a lender/investor may perceive certain projects more risky than others based on
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incorrect assumptions. It is the role of the developer to demonstrate that project risk is low. The demonstration part is crucial here. Bioenergy project risk can be divided broadly into four categories: 1) feedstock risk; 2) technology/operational risk; 3) market risk; 4) political risk. Feedstock carries the highest variable cost on a bioenergy project, and therefore feedstock risk is the most significant risk for lenders and investors. Feedstock availability and price are also the most uncertain variables of the three risk categories above. As such, lenders and investors are really warry of feedstock risks. To put these institutions at
Marcin Lewandowski Director of Analysis and Risk - Ecostrat Inc
ease therefore, a developer should conduct a detailed and comprehensive feedstock supply study demonstrating availability and price risks (or lack thereof) in the feedstock supply chain. What should such study entail? Firstly, and most importantly, a good feedstock study has to be written in such a way as to convince its readers of its credibility. Believe it or not but the way a study is written, its language, conciseness, structure, and even formatting, is really important for the study’s credibility. Again, lenders and investors are as prone to perception as anybody else. But of course a study’s credibility also depends on the type of data provided and methods used to conduct analysis. If feedstock availability and price data are spotty or altogether lacking, there is no information to derive conclusions from, which renders a study non-credible. Similarly, if the methods used to analyze
data are flawed, the conclusions derived from such analysis will be flawed as well, making the study of little value. Consequently, when a bioenergy developer is in the process of proving the viability of the project to lenders and investors, it is best to hire a professional firm specialized in conducting feedstock assessments. Indeed, banks and investors in the US require that any feasibility study, including a feedstock risk assessment, be conducted by a third-party specialized company. Successful bioenergy developers know the value of demonstrating credibility. The investment in a professionally conducted assessment almost always pays off in lower debt costs. Data and analysis are how American banks and investors operate these days, so demonstrating project viability through comprehensive and credible report is a must.
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Oportunidades para a produção de biomassa para energia com espécies nativas: o caso do tachi-branco Jorge Alberto Gazel Yared - Embrapa
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produção de energia continua sendo um grande desafio mundial.
A biomassa florestal como fonte energética, em suas variadas formas de utilização, é conhecida historicamente pela sua relação e importância no desenvolvimento da humanidade. O uso da biomassa florestal para fins energéticos tem amplas possibilidades de emprego, quer seja como lenha ou carvão para o uso doméstico ou industrial ou, ainda, a partir de diferentes formas de processamento da madeira tais como pellets ou briquetes usados para diversas finalidades. Modernamente, outras formas de processamento da biomassa da madeira, a partir do aprimoramento e de novas tecnologias, podem levar a viabilidade de usos mais amplos tais como a produção de etanol, a exemplo do que ocorre com o bagaço da cana-de-açucar. No Brasil, a biomassa é a terceira fonte de geração de eletricidade. Devese ressaltar que a biomassa é uma fonte de energia renovável, o que abre
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um enorme leque de oportunidades para o cultivo de espécies florestais. Além desse atributo pelo uso direto da madeira há de se considerar os aspectos ambientais resultantes das plantações florestais quando usadas também para a recuperação de passivos ambientais, conforme a legislação vigente, e de áreas degradadas ou seqüestro de carbono, entre outros. Tradicionalmente, a produção de biomassa para energia no país vem, em grande parte, de plantações de eucaliptos, espécies com silvicultura conhecida, da vegetação nativa e de resíduos de utilização da madeira processada em serrarias e outras indústrias de madeira. O desafio é encontrar alternativas com espécies nativas, que possam apresentar características tecnológicas adequadas para essa finalidade e que possuam produtividade elevada de madeira em plantações comerciais. Após longo período de pesquisas com espécies nativas desenvolvidas especialmente pelas unidades da Embrapa, que atuam
na Amazônia, o tachi-branco (Tachigali vulgaris) surge como uma alternativa promissora para essa finalidade. Alguns aspectos reforçam tecnicamente essa afirmativa.
branco podem se expandir rapidamente por meio da regeneração natural como observado em parcelas experimentais introduzidas na área de cerrado amapaense.
O tachi-branco é uma espécie pioneira e de grande rusticidade, capaz de se desenvolver em solos pobres. É uma espécie leguminosa que apresenta associação com Rhizobium, facilitando a fixação de nitrogênio, e possui alta capacidade de ciclagem de nutrientes. Embora não tenha facilidade de rebrotação possui alta capacidade de se regenerar a partir de sementes. Plantações de pequenas áreas de tachi-
Por ser uma espécie de alta plasticidade, o tachi-branco tem ampla distribuição geográfica ocorrendo em várias partes do país como as regiões sudeste, nordeste, centro-oeste e norte, expandindo-se além da Amazônia brasileira para as Guianas, Suriname, Peru e Venezuela. Encontra-se naturalmente em áreas de cerradões em solos arenosos e quimicamente de baixa fertilidade. Esse fato talvez lhe confira a rusticidade e a
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capacidade de adaptação para plantios em áreas degradadas quando cultivado para a produção de madeira. A cadeia do conhecimento da silvicultura de tachi-branco não é totalmente dominada, faltando aprofundamento em alguns elos do sistema de produção. Entretanto, na literatura encontra-se grande parte das informações técnicas para o seu cultivo que vai desde a colheita de sementes em populações naturais, beneficiamento, armazenamento, quebra de dormência e germinação das sementes, produção de mudas, espaçamentos de plantio, nutrição, até os estudos de caracterização da madeira para fins energéticos. Diversos resultados de pesquisa em várias regiões da Amazônia indicam que o tachi- branco apresenta bons indicadores técnicos de crescimento. Ainda que os plantios experimentais não tenham sido feitos com semente com seleção genética de matrizes, trabalhos encontrados na literatura revelam que taxas de crescimento e produtividade, em diferentes idades, podem chegar a resultados animadores de aproximadamente 30 (m3/ha/ ano), mostrando a potencialidade da espécie para a produção volumétrica e, conseqüentemente, para a produção de biomassa. Em relação às características do tachi-
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branco para fins energéticos, diversos estudos têm mostrado a potencialidade da espécie, considerando-se especialmente a densidade da madeira e o seu poder calorífico. Basta lembrar que um de seus nomes vulgares denomina-se de carvão-de-ferreiro, em função de sua utilização como fonte de energia no preparo de objetos de ferro ou aço. A característica da madeira para fins energéticos, é qualificada como moderadamente densa com peso específico variando de 0,60 g cm-3 a 0,74 g cm-3 e o seu poder calorífico é cerca de 4.580 kcal/kg, com teor de carbono fixo que pode variar de 21 a 74,9% e o teor de cinza de 0,39 a 1,62%. No momento, o grande desafio para a silvicultura do tachi-branco é a produção de sementes de melhor qualidade, com base no melhoramento genético, visando ganhos de produtividade, qualidade de fuste, e homogeneidade da madeira para a produção de biomassa para energia. Além disso, é necessário organização no processo de disponibilização de sementes e incentivos para se iniciar o estabelecimento de plantações pelo menos de pequena a média escala comercial.
Produção madeireira a partir da seringueira – Opção de biomassa para o Sudoeste de São Paulo Diogo Esperante - Apabor
Além da produção de borracha, a madeira das seringueiras representa grande potencial, ainda inexplorado no Brasil para produção de biomassa.
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ão Paulo é o maior produtor brasileiro de borracha natural, com aproximadamente 56% da produção, mas existe outro importante potencial inexplorado da seringueira em nosso país: a produção madeireira. Uma madeira de reflorestamento que, no mundo, possui alto valor comercial sobretudo no mercado asiático, europeu e para os mais diversos fins: móveis, pallets, laminados e até biomassa. O Brasil, no entanto, ainda não conta com um mercado desenvolvido para este produto. Assim, para o produtor que quer renovar seu seringal e lançar mão dos novos clones, o que falta hoje para a heveicultura fechar seu ciclo econômico é o desenvolvimento da indústria de madeira de seringueira, que permitirá ao produtor encerrar o ciclo produtivo com receita para implantar um novo seringal, com clones mais modernos e mais
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produtivos. A utilização desse potencial traz benefícios para o produtor e para a sociedade, pois, além da madeira de seringueira ser proveniente de uma floresta plantada (diminuindo a pressão sobre a madeira nativa), essa madeira, diferente de outras florestas plantadas, já gerou benefícios sociais e ambientais durante sua formação, a partir do sequestro de carbono, por exemplo. Além disso, durante sua vida produtiva de borracha, auxiliou na geração de empregos permanentes no campo.
BIOMASSA Uma seringueira madura geralmente está na faixa de 20 a 30 metros de altura, e o diâmetro pode chegar a 30 cm. O tronco é geralmente livre de galhos até a altura de 3 a 10 metros. Uma árvore de seringueira de 25/30 anos possui cerca de 1m³ de madeira.
Destes, cerca de 30% são passíveis de uso para movelaria (tora para tábuas). Os outros 70% podem ser usados para fabricação de compensados e biomassa. Assim, apesar de ser muito usada para fins de movelaria, a seringueira tem um grande potencial para geração de biomassa. De olho nesse potencial a Apabor, em conjunto com o departamento de agronegócio da Associação Comercial de São José do Rio Preto (ACIRP), reuniu um grupo que passou a fomentar reuniões contando, inclusive, com o apoio do SESI de Mirassol (SP), o qual, hoje, estuda e desenvolve técnicas de manejo dessa madeira para poder orientar a indústria moveleira local. O SESI também auxilia na formação de técnicos habilitados às tecnologias dessa madeira. A partir disso, foi possível atrair a atenção de pesquisadores da USP de São Carlos (SP) para o desenvolvimento de tratamentos específicos para a madeira de seringueira.
nas terras paulistas, que contam com seringais mais antigos. Segundo a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI) de São Paulo, atualmente, existem, em São Paulo, cerca de 114 mil hectares (ha) plantados com seringueira. Destes, estima-se que ao menos 30 mil ha já tenham idades entre 25 e 30 anos (idade considerada o final do ciclo produtivo da planta).
Segundo a Associação Paulista de Produtores e Beneficiadores de Borracha (Apabor), com sede em São José do Rio Preto, está crescendo o potencial de madeira apropriada para o corte no estado de São Paulo. Embora nosso país ainda não tenha desenvolvido esse mercado, existe aqui um grande potencial, sobretudo www.biomassaworld.com.br |
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Patrick J. Meurer
icavi.ind.br
Caldeira Aquatubular • Caldeira Flamotubular Aquecedor de Fluído Térmico • Gerador de Gases Quentes Reformas e Acessórios
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Fone: +55 (47) 3545-8200 BR 470 - Km 171 - nº 5200 - Distrito de Aterrado Pouso Redondo - SC - Brasil
Pesquisa revela potencial da produção de energia termelétrica a partir da biomassa florestal Gabriel Browne - Mestre em Ciência Florestal UFV Sebastião Valverde - Professor e Pesquisador UFV Caio Varonill - Mestrando em Ciência Florestal UFV
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om a crise energética que o Brasil tem enfrentado nos últimos anos, em razão principalmente da situação hidrológica deteriorada e das restrições à construção de novas hidrelétricas, as usinas termelétricas começaram a ser acionadas de maneira quase contínua. Isso levou ao aumento do custo de operação do sistema e a elevação do preço de energia no mercado de curto prazo. Assim, o cenário atual de demanda por energia elétrica aponta para a necessidade de novas fontes de energia renováveis, viáveis economicamente para o sistema, e que atuem tanto de forma contínua e quando forem demandadas. Com objetivo de descrever como a biomassa florestal (cavaco de eucalipto) pode ser uma alternativa viável para o sistema elétrico brasileiro, o Economista Gabriel Browne, orientado pelo professor do departamento de Engenharia Florestal da Universidade Federal de Viçosa (DEF/UFV), Sebastião Renato
Valverde, defendeu sua dissertação de mestrado no mês passado no Programa de Pós-Graduação em Ciência Florestal do DEF/UFV. Por meio de análise técnica e econômica, os pesquisadores dimensionaram a implantação de uma usina termelétrica a cavaco de eucalipto na microrregião de Viçosa, Minas Gerais, avaliando diferentes capacidades de potência bruta instalada, e distintas alternativas de venda de energia: comercialização integral no mercado regulado (ACR), comercialização integral no mercado livre (ACL) e comercialização parcial nos mercados regulado e livre (ACR e ACL). Os resultados demonstraram que o projeto de implantação de uma usina termelétrica a cavaco de eucalipto possui elevado potencial de geração de empregos e aproveitamento de estoque florestal ocioso da região, pois uma usina termelétrica a cavaco de eucalipto com 20 MW de potência instalada (maior situação analisada na pesquisa) www.biomassaworld.com.br |
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apresenta capacidade para absorver mais de oito mil hectares de plantios florestais dessa região. Sobre a escolha de mercado para comercialização da energia gerada, os pesquisadores apontam que: a) no mercado regulado, onde o risco para o empreendedor é zero, a geração termelétrica pode ser feita a preços competitivos, com Índice Custo Benefício (ICB) dentro da média dos últimos vencedores dos leilões de energia nova e remuneração fixa justa ao investidor; b) no mercado livre, onde o risco do investidor é maior, o retorno médio aumentou levando em consideração as condições atuais de mercado, com Valor Presente Líquido (VPL) de R$ 7,7 milhões e Taxa Interna de Retorno (TIR) de 20,4% ao ano; c) a hipótese de comercialização
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parcial nos dois mercados levou a resultados econômicos satisfatórios e a melhoria na mitigação dos riscos se comparado ao mercado livre. Os pesquisadores relatam ainda que para o crescimento da participação da biomassa florestal na matriz energética brasileira, é necessário a adequação, por parte do governo, dos critérios estabelecidos nos leilões de energia para a biomassa florestal, e maior qualidade e integração dos projetos, por parte dos investidores e produtores florestais. Embora esta pesquisa tenha sido um estudo de caso hipotético, a região de Viçosa, MG, recentemente atraiu a atenção de empresas para a viabilização de um projeto termelétrico que utilizasse a biomassa florestal que é subutilizada na região.
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Acordo de cooperação entre Imaflora e SEMA-MT dará mais transparência ao setor madeireiro do Mato Grosso Leonardo Sobral - Gerente de certificação florestal Imaflora Roberto Palmieri - Secretário executivo adjunto Imaflora André Baby - Secretário de Estado de Meio Ambiente MT
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Imaflora (Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola), organização brasileira, sem fins lucrativos, que trabalha desde 1995 para promover a conservação e o uso sustentável dos recursos naturais, gerar benefícios sociais e reduzir os efeitos das mudanças climáticas. Assinou, um acordo de cooperação técnica com a SEMA-MT (Secretaria de Estado de Meio Ambiente de Mato Grosso), em Cuiabá, capital mato-grossense. O acordo, com duração de cinco anos, prevê que informações sobre o fluxo de produção e a comercialização de madeira tropical, registradas no Estado, estejam disponíveis para consulta na plataforma Timberflow, lançada no final de 2017. Esses dados irão auxiliar o mercado do setor de base florestal brasileiro e órgãos governamentais a diferenciar e a reconhecer empreendimentos
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que atuam de forma legal na cadeia madeireira do Estado. Antes da assinatura do acordo, o Pará era o único Estado brasileiro a disponibilizar suas informações na plataforma. Ao lado de Mato Grosso, os dois são os maiores produtores de madeira do Brasil. As informações da Timberflow estarão disponíveis publicamente, para que sociedade civil, empresas produtoras, consumidores e governo possam interagir, buscar informações relevantes sobre transações de madeira no Estado e ajudar na construção de políticas públicas. O acordo com o Imaflora compõe o projeto de transparência da SEMA, uma combinação de mecanismos e controles para fomentar o desenvolvimento do setor de base florestal, que responde pela terceira
maior economia do Estado do Mato Grosso. A Timberflow, desenvolvida pelo Imaflora, estimula a legalidade e o debate sobre a importância da transparência e da abertura de dados no setor madeireiro brasileiro. Apresenta, por meio de mapas e gráficos, as conexões existentes em sua cadeia produtiva, desde a origem até a comercialização. A plataforma se insere no âmbito dos princípios de Governo Aberto, que defendem melhores práticas em transparência, participação
e prestação de contas à sociedade. O Imaflora acredita que o engajamento da sociedade na defesa do manejo florestal responsável e de práticas éticas de comercialização da madeira é fundamental para a luta contra o desmatamento. Por isso, trabalha para oferecer mecanismos que incentivem as boas práticas, identificando riscos, diferenciando quem trabalha de forma legal e combatendo a exploração predatória da floresta.
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correu em julho, no Escritório de Representação da UFV em BH, a primeira reunião presencial do novo GT Colheita, o Grupo Técnico de Colheita, Estradas e Transporte Florestal da SIF/UFV. A reunião contou com a participação de 15 empresas, dentre elas empresas de base florestal, prestadoras de serviço e fornecedoras de equipamentos, além do acompanhamento técnico pelos professores coordenadores do grupo, Luciano Minette, Amaury de Souza e Carlos Machado, da UFV. A UFVJM (Diamantina) também esteve representada pelo professor Ângelo Márcio Pinto Leite. Na reunião, os participantes apresentaram suas expectativas em relação aos objetivos do grupo, e reforçaram a demanda do setor sobre a criação deste fórum para discussão e disseminação
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das melhores práticas nas atividades de colheita, transporte, logística, saúde e ergonomia, entre diversos outros assuntos, parabenizando a SIF/UFV pela iniciativa inédita no Brasil, de criar um grupo que promove a sinergia entre as empresas nas áreas de colheita, transporte e logística florestal. A partir das discussões levantadas pelo grupo foram estabelecidas as normas que regularão o GT, sendo definida também a possível data da primeira reunião técnica do grupo, para tratar dos temas: Microplanejamento e Apontamento Eletrônico, a se realizar nos dias 16 e 17 de outubro, na empresa Veracel. Glêison dos Santos - SIF/UFV Gustavo Baêsso - DEF/UFV Wilton Ribeiro Filho - DEF/UFV
Uma história de sucesso no setor florestal na área de publicidade Paulo Cardoso - Mais Floresta
A
maioria das pessoas ligadas no setor florestal brasileiro e até do exterior, conhecem um empresário que há muito tempo vem fazendo história na cadeia produtiva de florestas plantadas. Não como um engenheiro florestal ou técnico capacitado. Ele aprendeu fazendo e estudando muito, como bom jornalista que é. É o Paulo Cardoso. Ex-sócio e fundador da Painel Florestal, agora do site Mais Floresta, também criador do primeiro Congresso Florestal Online, o Florestas Online, e mais recentemente em um novo projeto inovador: a Forest Class Network Courses. Acho que esta história de sucesso nunca foi contada antes. Começou lá atrás, nos tempos da Painel Florestal, quando em 2010 resolveu, junto com seu sócio Robson Trevisan, criar uma série de seminários chamada Plantar Florestas é um Bom Negócio. No primeiro evento em Inocência-MS, estiveram presentes 150 participantes. No ano seguinte em Coxim-MS já tinham 400 participantes e palestrantes internacionais. Todos os eventos transmitidos ao vivo via internet. A grande preocupação do Paulo
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sempre foi a de levar informação ao maior número de pessoas possível, já que sua formação é de repórter de televisão. Logo depois criamos o evento Ribas Florestal em Ribas do Rio Pardo-MS e no ano seguinte a feira Três Lagoas Florestal em Três Lagoas-MS. Dois grandes sucessos e com todas as palestras transmitidas ao vivo, ressalta Paulo Cardoso com orgulho. Em 2014, depois de sair da sociedade da Painel Florestal, quando criou o site Mais Floresta, a primeira iniciativa foi dar continuidade no Programa Mais Floresta, em parceria com o Senar-MS, de seminários e eventos florestais pelo interior de Mato Grosso do Sul. Todos também com transmissão ao vivo. E a cada dia o interesse e a audiência iam crescendo gradativamente. Grata
surpresa foi quando, num seminário do Programa Mais Floresta em Três Lagoas, com o tema Como Proteger Sua Floresta de Fogo, Formiga, Pragas e Doenças, no dia 21 de junho de 2016, mais de 3.800 internautas estiveram online assistindo a cada uma das palestras. Mas afinal, me perguntei: que público é este? Quem está tão interessado assim em tanta informação de qualidade?, relembra ele. E foi neste dia que foi dado o ponta pé inicial para a concretização do desafio de fazer um congresso 100% online. Desafio este que havia nascido um ano antes com o nome de Florestas Online. Ele estava lá, encubado, aguardando uma motivação extra, relembra Paulo. Um mês depois foi dada a largada e o primeiro congresso florestal online do Brasil aconteceu entre os dias 17 e 22 de outubro de 2016 com 52 palestras em dois horários. Mais de 7.600 inscrições. Um recorde para um evento florestal. No ano seguinte, em 2017, Paulo Cardoso repetiu a dose em novembro com 48 palestras. Outra grande surpresa. Cerca de 12.000 inscrições, 34 países, 42 universidades acompanhando online e muitas parcerias de peso. E as surpresas não pararam por aí. Hoje as palestras que estão no site www.florestasonline.com.br e já foram visualizadas mais de 55.000 vezes depois dos dois congressos. Paulo ressalta que este é um congresso que tem dia para começar, mas não tem dia para terminar.
Ele é vivo, constante, e está à disposição de todos, todos os dias do ano. Basta entrar lá e assistir. Este ano ele vai repetir a dose com mais 48 palestras inéditas e exclusivas entre os dias 15 e 19 de outubro. E para este ano Paulo Cardoso apresenta uma outra novidade, pois nós sempre nos orgulhamos de entregar muito mais. Exatamente porque cada um dos nossos amigos merece e tem sede de aprender. Queremos agora contribuir e ajudar cada um deles no seu desenvolvimento profissional com uma nova proposta, a Forest Class Network Courses, a primeira empresa de cursos online e desenvolvimento profissional do setor de florestas plantadas e do agronegócio. Em outubro, durante o Florestas Online, promete apresentar novidades e sortear, entre os inscritos, 5 cursos totalmente gratuitos. Como ele mesmo gosta de dizer, participe e faça parte desta história que tem começo, mas não tem fim, pois depende da sua participação. Com certeza serão dois meses que vão fazer história na história da cadeia produtiva de florestas plantadas do Brasil e da América Latina.
www.biomassaworld.com.br |
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