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#EUAMOAGRANJAVIANA
MARCOS SÁ DECLARA SEU AMOR PELO BAIRRO E FAZ UMA
COMPARAÇÃO COM A GRANJA VIANA DE HOJE E A DE OUTRORA.
CONHECI A GRANJA VIANA na década 70. Alguns amigos tinham chácaras na região e, na época, procurávamos mudar do nosso apartamento em São Paulo para uma casa mais espaçosa. Um arquiteto indicou a Granja Viana como alternativa. Eram outros tempos. O local mais parecia uma vila de pescadores sem mar. Muita simplicidade, ruas de terra, cavalos, cabras e vacas soltas pelas ruas e um ar de eternas férias. E paz, muita paz! Logo na chegada, lembro que me impressionei com o que é hoje o espaço Aragon, que na época era uma residência, ou melhor, um castelo familiar. Exploramos a região e optamos pelo condomínio Chácaras do Peroba. Era um mato só. As crianças em total liberdade e em comunhão com a natureza. Pela manhã, um chacareiro passava com várias vacas pela rua vendendo leite tirado na hora na porta de casa. Macacos prego, veadinhos, capivaras, bichos-preguiça e outras espécies eram nossos únicos vizinhos. A casa mais próxima da nossa era do então pianista, e atualmente maestro, João Carlos Martins, que promovia todo sábado uma disputada partida de futebol no seu campinho particular, com direito a uma audição exclusiva dele tocando Bach ao piano, para os que chegassem mais cedo. Não havia roubos, assaltos, nem trânsito e a única dificuldade, já nessa época, era o trânsito na Raposo Travada. O comércio por aqui, naquela época, era precário e com poucas alternativas, o que obrigava os granjeiros a deslocamentos demorados para a “capitar”. Escolas começavam a pipocar na região. Matriculei minha filha no colégio Rio Branco em janeiro de 1983, quando nada ali existia, somente uma faixa no terreno que dizia: “Matrículas abertas, início das aulas em março”. Oi? Mas não tem nenhuma sala? E não é que deu certo? No Serrano, único supermercado da época, na farmácia do Cido, no bazar Vem-q-tem da Laura, na papelaria do Giusti ou nos churrascos nas vizinhanças, todos se conheciam. Era uma turma só. Clube das Pitangueiras e suas festas aos sábados, Canja da Granja, o GBurguer, a locadora de vídeos na pracinha, o Postinho, o Joca, a Granjinhos, o Gato loco e a Doce Companhia são doces recordações e muitas amizades conquistadas que duram até hoje. Sem saudosismo, a Granja mudou, mas o espírito do granjeiro continua o mesmo. Hoje, temos um comércio pujante, escolas de alto nível, gastronomia diferenciada, shoppings, dispensamos as idas a São Paulo e os novos granjeiros rapidamente entram na vibe da região. De repente, a pacata e bucólica Granja Viana virou objeto de desejo de quem quer mais espaço, verde, qualidade de vida e fugir dos problemas das cidades grandes. Viramos a bola da vez. Celebridades, artistas consagrados, influencers, blogueiros e youtubers elegeram o bairro como o novo
Éden. Os jovens granjeiros que daqui se foram no passado para conquistar novos horizontes, mas que nunca deixaram de frequentá-la, agora voltam para seu lugar de origem, consagrando a famosa volta dos que não foram. Com metro quadrado mais acessível, residências confortáveis, exuberante pôr-do-sol e natureza ainda preservada, atrai todo tipo de pessoas. Temos um boom imobiliário e, com isso, novos problemas são um desafio. Trânsito caótico, risco de verticalização, bolsões arbitrários, devastação de áreas verdes e o eterno, e cada vez mais, pior trânsito da Raposo Travada. Já imaginou se tivéssemos soluções para esses problemas o quanto teríamos de ganho no nosso dia-a-dia? Pois cabe a nós, granjeiros, os novos e os desbravadores, defender esse pedaço de terra tão valioso e precioso. Que os responsáveis pelo poder público atendam nossas demandas e tomem as providências executando as obras e melhorias necessárias. #Euamoagranjaviana #Obrasnagranjavianaja
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