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Paula Bortoluzzi - Ginecologia e obstetrícia

A busca pela saúde integral da mulher

Paula Chitolina Nunes Bortoluzzi formou-se em Medicina na cidade de Joaçaba/SC e realizou sua residência médica em Ginecologia e Obstetrícia no Hospital de Clínicas de Passo Fundo/RS. Para ela, priorizar a qualidade de vida de suas pacientes, ao buscar a saúde integral da mulher, é o que a motiva diariamente em sua profissão. “Por isso sempre busco manter um ambiente cada vez mais acolhedor e humanizado para transmitir confiança e segurança às pacientes, que passam por diversas fases e mudanças”, comenta.

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Ela acredita que uma das características mais marcantes da sua geração de médicos seja o olhar voltado ao paciente como um todo, no qual os profissionais buscam não somente tratar uma doença, mas prevenir outras e manter a saúde integral do paciente. Nesse sentido, os novos médicos também vêm trabalhando de forma multiprofissional, integrando outras áreas para proporcionar um cuidado completo. Outro ponto positivo que Paula destaca sobre a sua geração é a facilidade da comunicação através das mídias sociais. “Conseguimos ter uma interação não somente com as pacientes, mas também com o público em geral. Assim conseguimos mostrar nosso trabalho e passar informações da nossa área, estreitando os laços”, comenta. E tanto nas redes sociais quanto no consultório, rola sempre um papo sincero sobre:

Os cuidados com a região íntima

Segundo Paula, a região íntima, por ser naturalmente mais quente e úmida, demanda alguns cuidados diários para evitar infecções. Alguns hábitos simples como: dar preferência a calcinhas de algodão, usar roupas de tecidos mais leves e soltos, dormir sem calcinha, não usar protetores diários, evitar sabonetes em barra e manter uma alimentação balanceada ajudam a manter a saúde vaginal. Esses cuidados devem começar desde os primeiros anos de vida, quando aprendemos a cuidar da nossa higiene íntima.

Para entendermos como deve ser realizada a higiene adequada, a médica destaca que primeiro precisamos conhecer um pouco da nossa anatomia. “Precisamos saber diferenciar algumas coisas. Primeiramente, a vulva é a parte externa e a vagina a parte interna. O PH vaginal é ácido e existe então a flora vaginal, que são microrganismos que habitam a região e estão ali para proteção. Na hora da higiene devemos lavar somente a parte externa, ou seja, a vulva. Na vagina não podemos realizar duchas, nem aplicar sabonetes. Quanto a esses, é importante buscar sabonetes líquidos hipoalérgicos, que tenham um PH mais ácido ou neutro. Os sabonetes em barra não devem ser utilizados porque muitas vezes acabam sendo compartilhados com outras pessoas dentro da residência e têm uma detergência muito maior, o que retira gordura e parte dessa flora vaginal que está ali para proteção”, explica.

A nossa vagina produz uma secreção fisiológica considerada normal, que mantém a umidade e lubrificação da região. Paula salienta que devemos nos preocupar com esse corrimento quando ocorre a mudança da coloração habitual, ao sentir cheiros não agradáveis, coceira, ardência ou dor, principalmente durante relação sexual. “Eu acredito que hoje as mulheres estão mais conscientes da importância de se manter uma saúde e uma higiene íntima correta. Acredito que o acesso facilitado aos profissionais especializados da área e também às informações acabam fazendo com que a mulher compreenda a importância de se cuidar”, considera.

Paula Chitolina Nunes Bortoluzzi

FOTO | DANIEL TATSCH

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