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PRODUTO

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Eder Rodrigo Santos

} Gerente de Operações da Rede Lojacorr

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} Graduado em Processos Gerenciais e MBA em Gestão Estratégica de Empresas pelo Centro Universitário Internacional Uninter, possui extensão em Metodologia do Ensino Superior pelas Faculdades Opet e é pósgraduando em Liderança e Inovação Estratégica pela FAE Business School. Professor nas Faculdades Opet e profissional no mercado de seguros desde 2008.

LIDERAR EM UM AMBIENTE INSTÁVEL E LIMITADO NUNCA FOI TÃO IMPORTANTE COMO AGORA, AFINAL DE CONTAS O MUNDO ESTÁ ENFRENTANDO GRANDES MUDANÇAS!

Liderança estratégica em um MUNDO VUCA

Há quem diga que a pandemia, pela necessidade que causou, obrigou empresas e consumidores a se reinventarem. De fato, aconteceu, mas na minha ótica esse movimento já vinha ocorrendo anteriormente, obviamente em um ritmo mais lento, sobretudo nos cenários político, econômico, social e principalmente tecnológico. Incialmente vamos entender e contextualizar ambos conceitos começando pelo V-U-C-A, palavra formada pelas letras iniciais das palavras volatilidade, incerteza, complexidade e ambiguidade em inglês. O conceito VUCA nasceu durante a guerra fria na década de 90 para explicar as condições em que os ambientes poderiam se encontrar, servindo como bússola para a tomada de decisão e treinamento das forças militares americanas, quando expostas aos mais variados cenários.

Volatilidade: a intensidade das mudanças e a agilidade com que elas vêm ocorrendo tornam muito difícil prever os cenários. Atualmente, além do planejamento, que é muito importante, possuir clareza do propósito e dos resultados a se alcançar faz a diferença na eficácia em lidar com as mudanças.

Incerteza: Hoje temos uma enorme quantidade de dados e informações disponíveis, mas elas em sua totalidade não são completamente úteis para compreendermos o futuro – em outras palavras, as soluções para os problemas de hoje não serão aplicáveis aos problemas futuros.

Mesmo que consigamos compreender relações de causa e efeito com base nas informações de hoje suas consequências considerando um cenário global serão imprevisíveis.

Complexidade: A globalização, interdependência e conectividade são fatores que expandem a complexidade. Modelos tradicionais de gestão, riscos e tomada de decisão não são mais suficientes para lidar com incontáveis variáveis inseridas nesses contextos globalizados e interconectados;

Ambiguidade: Os desdobramentos e impactos que uma mudança disruptiva impõem em um novo cenário não podem ser analisados com base no histórico de experiências anteriores, aqui o contexto se amplia e abre margem para múltiplas interpretações cabíveis ao problema ou solução.

A partir desse momento pare por um minuto e reflita considerando o conceito acima: qual o cenário de mudança na sua vida pessoal e profissional você está atravessando ou já atravessou?

Agora que já sabemos o conceito VUCA, partimos para a Liderança Estratégica, sobre a qual é importante conhecermos as 4 abordagens históricas e clássicas que remontam como essa competência foi mudando e sendo desenvolvida ao longo do tempo: 1. Abordagem por Traços: Final do século XIX e início do século XX os estudos sobre a liderança se baseavam em traços, ou seja, o líder era definido por suas características físicas como altura, peso e até mesmo austeridade. 2. Abordagem Comportamental: A partir dos anos 1930 e 1940 o líder era definido pelo seu comportamento, que poderia ser autocrático (centralizador e diretivo), democrático (envolvente e participativo) ou liberal (deixa as situações acontecerem).

3. Abordagem Contingencial ou situacional:

A partir da década de 80 a liderança passava a ser situacional, ou seja, o líder emergia dependendo do contexto e situação se dividindo e concentrando-se em duas premissas importantes, sendo elas, pessoas e tarefas. 4. Abordagem Carismática: A partir dos anos 2000, nessa abordagem o líder provoca revoluções, renova paradigmas, promove mudanças de mentalidade, comunica-se com clareza e inspira as pessoas na busca dos melhores resultados em prol do sucesso do grupo. Também se divide em duas premissas, sendo elas, ação transacional (baseada em troca) e ação transformacional (inspira pelo exemplo, deixa legado).

Mas, afinal, qual estilo de liderança é o melhor para superar todos esses desafios do mundo VUCA?

Estamos passando por grandes transformações que obrigam as empresas e profissionais a repensarem seus modelos de negócios e atuação. Organizações com modelo vertical estão fadadas a perderem espaço no mercado, pois a visão restritiva e limitadora das lideranças consomem o clima organizacional e vão minando toda a produtividade das equipes, fazendo com que os resultados decresçam dia após dia.

Contudo, acredito que um bom líder estratégico pode atuar em equilíbrio de forma carismática transformacional, ou seja, ter a capacidade de despertar em seus liderados a vontade, crença, inspiração pelo conhecimento através dos exemplos, a buscarem uma melhor versão de seu trabalho, transformando efetivamente todo o ambiente no qual estão inseridos. Será preciso também navegar sob a abordagem contingencial para entender a fase em que os liderados se encontram e atuar de forma assertiva na preparação, desenvolvimento e fortalecimento do time.

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