O cristão e a política (Revista Gospel)

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O CRISTÃO E A CONSCIÊNCIA POLÍTICA

POR CARLOS SILVA

Política certamente não é um assunto muito fácil de se tratar. Principalmente para muitos cristãos que erroneamente acreditam que Deus não se importa com ela e que a vida cristã trata-se apenas da ´´espiritualidade´´. Porém, basta olharmos para a realidade que nos cerca e veremos que isso não é bem assim. A Política não só é importante como é assunto recorrente nas escrituras, portanto é sim da importância de Deus. Segundo as escrituras o cristão não deve apenas viver sua ´´espiritualidade´´ de forma fechada, mais deve viver uma vida espiritual em todos os aspectos e áreas da vida e a política é uma delas. Somente entendendo isso podemos ser verdadeiramente o Sal e a Luz que o Mundo precisa para a Glória de Deus. Nesta edição selecionamos alguns artigos importantes para nossa visão e compreensão do assunto. Deus Abençoe e boa leitura.


O Cristão deve envolver-se na Política? POR VINÍCIUS SILVA PIMENTEL

Para responder essa pergunta, devemos primeiro definir o que é “política”. De modo simples, podemos entender política como a relação entre governantes e governados na sociedade. Dito isso, parece-me que o cristão não apenas pode, mas deve envolver-se de algum modo na política, e isso por uma razão muito simples: a Bíblia tem muito a dizer a respeito dessa relação entre governantes e governados. O que a Bíblia tem a dizer a respeito da política? Primeiro, a Bíblia nos mostra que essa relação entre governantes e governados foi instituída por Deus; isso fica claro, por exemplo, quando Paulo se refere aos magistrados civis como “ministros de Deus”, em Romanos 13. Essa estrutura de governantes e governados, que foi criada por Deus e está impressa na ordem da criação, é ela mesma governada pelo Deus soberano por meio das obras da providência. Em palavras mais simples, Deus é quem constitui e destitui reis sobre as nações; Ele é o Senhor de toda a terra e, em última instância, é Ele quem está providencialmente regendo as nações conforme o decreto de sua vontade soberana. Segundo, a Bíblia nos mostra que essa estrutura política é também regulada por Deus. A Bíblia não apenas estabelece que Deus rege secretamente a relação entre governantes e governados, mas ela também nos apresenta mandamentos explícitos sobre como os governantes devem agir em relação aos governados, e vice versa. Podemos dizer, assim, que para além da vontade decretiva de Deus, as relações políticas em uma sociedade devem se sujeitar à vontade revelada de Deus, isto é, às normas de conduta que Ele mesmo estabeleceu em sua santa lei.

Quais são os mandamentos bíblicos que se aplicam à política? São muitas as ordenanças bíblicas que regem a vida política de uma sociedade, mas, provavelmente, a mais importante delas é o quinto mandamento do Decálogo. O quinto mandamento fala explicitamente a respeito da honra que é devida pelos filhos aos pais; mas, na verdade, ele engloba todas as relações humanas – ou, como diz o Catecismo Maior de Westminster (P&R 126), “o alcance geral do quinto mandamento é o cumprimento dos deveres que mutuamente temos uns para com os outros em nossas diversas relações como inferiores, superiores ou iguais”. Isso envolve, certamente, a estrutura política a que nos referimos aqui; as relações entre governantes e governados são biblicamente definidas como relações de autoridade, isto é, relações entre superiores e inferiores. E a Bíblia estabelece quais são os deveres dos governados, inferiores, e quais as obrigações dos governantes, superiores, nessa relação. Outra questão importante é que a Bíblia expressamente define qual a função do governo civil. Em Romanos 13, Paulo diz que a função do magistrado é “castigar o que pratica o mal”. Quando a Escritura atribui ao governo civil esse papel de administrar a justiça pública (que é um papel eminentemente de justiça criminal), ela também impõe limites à atuação do Estado.


Como dizem os cristãos reformados holandeses, a soberania do Estado está adstrita à sua própria esfera de atuação; e, sempre que os governantes querem agigantar o Estado e sufocar as outras esferas da vida social, a Bíblia chama isso de tirania. Isso tem implicações muito sérias, as quais muitos cristãos em nosso país ignoram. Se Deus instituiu a autoridade civil apenas para a administração da justiça pública, os cristãos não deveriam ser coniventes com um Estado que almeja ser outra coisa. O Estado não é redentor, e os cristãos não deveriam querer usar o Estado para redimir ninguém. Ao mesmo tempo, o Estado não é pai, e os cristãos não deveriam entregar nas mãos do Estado, inadvertidamente, a autoridade paterna. O Estado não é empresa, e os cristãos não deveriam esperar que o Estado fosse um gerador de emprego e renda. O Estado não é instituição de caridade, e os cristãos não deveriam confiar ao Estado a tarefa de prestar assistência aos pobres, aos órfãos e às viúvas. Biblicamente, essas funções pertencem a outras esferas da vida humana, sobretudo à família e à igreja. E, historicamente, as sociedades que mais floresceram foram aquelas que discerniram bem os limites de atuação do governo civil e valorizaram a liberdade individual e a soberania das outras esferas da vida social. De que maneira os cristãos, como governados, podem se engajar na política em submissão aos andamentos de Deus para essa esfera da vida humana? Há uma observação importante aqui. Quando dizemos que os cristãos devem se envolver na política, isso não significa necessariamente que todos os cristãos devem estar envolvidos em política partidária. Na verdade, talvez esse seja o último aspecto da atuação política com o qual o cristão deveria se preocupar. Dito isso, podemos pensar em algumas diretrizes gerais para o engajamento político cristão. Primeiro, e primordialmente, o cristão deve orar pelos seus governantes. Esse é um mandamento freqüentemente negligenciado, não só em nossa vida de piedade individual, mas também na prática de oração corporativa na igreja. Contudo, o apóstolo Paulo nos exorta, claramente, a orarmos pelas autoridades civis, para que tenhamos uma “vida tranqüila e mansa, com toda piedade e respeito”.

Palácio do Planalto – Brasilia – Destrito Federal (Imagem da Internet)

Isso significa que devemos orar para que a causa do evangelho

seja

“aprovada

e

mantida”

pelos

governantes de nossa nação e das demais (CMW, P&R 191). Começar a nossa atuação política com oração mostra que nós não confiamos na força do nosso próprio braço, e sim no poder daquele que é Rei dos reis e que faz todas as coisas segundo o conselho da sua vontade. Segundo, o cristão deve honrar os seus governantes do modo devido, isto é, com sinceridade, em suas palavras e em seu procedimento. Isso inclui o dever de obedecer prontamente os seus mandamentos e conselhos legítimos; de submeter-se às suas correções; de agir com fidelidade na defesa e manutenção de suas pessoas e autoridade, conforme os diversos graus e a natureza de suas posições; de suportar as suas fraquezas e encobrilas com amor (CMW, P&R 127). Terceiro, o cristão deve, conforme a natureza de sua vocação, promover a ética bíblica não apenas em seu aspecto individual, mas também público. Isso significa que, tanto quanto lhe for possível, o cristão deve buscar que os princípios bíblicos de conduta sejam considerados e aplicados na sociedade. Na Grande Comissão, o Senhor Jesus ordenou à sua Igreja que fizesse discípulos de todas as nações e os ensinasse a guardar todos os seus mandamentos.


A missão da Igreja é não apenas fazer convertidos, mas também ensinar aos convertidos como eles devem viver. Isso certamente envolve uma vida de piedade, oração e meditação bíblica, mas não se restringe a isso; há aspectos da santificação que são eminentemente públicos, que abarcam um envolvimento ativo dos cristãos na sociedade.

''Todos devem sujeitar-se às autoridades governamentais, pois não há autoridade que não venha de Deus; as autoridades que existem foram por ele estabelecidas. Portanto, aquele que se rebela contra a autoridade está se opondo contra o que Deus instituiu, e aqueles que assim procedem trazem condenação sobre si mesmos. Pois os governantes não devem ser temidos, a não ser por aqueles que praticam o mal.'' (Romanos 13 )

Pensemos, por exemplo, na afirmação do apóstolo Paulo de que não devemos ser cúmplices das obras das trevas e de que devemos até mesmo reprová-las (Efésios 5). Não há como cumprir esse mandamento no âmbito da piedade individual; apenas na esfera pública da vida social podemos atender a essa injunção divina. Aliás, se considerarmos o exemplo dos apóstolos, veremos que o dever de reprovarmos as obras ímpias inclui, até mesmo, o governo civil, de modo que, quando o magistrado age com manifesta impiedade ou tirania, deve o cristão repreendê-lo – sem descuidar da honra devida à sua autoridade, conforme já dissemos. Essa promoção da ética cristã na esfera pública deve estar associada à vocação de cada crente. Uma é a ação esperada do advogado cristão, outra, a do médico cristão, e outra, a do pedreiro cristão. O importante é que cada um, segundo os dons e a medida de fé recebidos de Deus, empenhe-se em refletir sobre a ética bíblica e sobre como aplicá-la às questões privadas e públicas com que se depara. Em último lugar, eu repetiria o conselho que ouvi, certa vez, do Dr. Jeffrey Ventrella, um advogado cristão que tive o privilégio de conhecer: o cristão não deve comprar o mito de que toda essa impiedade no governo civil é inevitável. Nada é inevitável quando Deus abençoa a obra de nossas mãos. Se Ele é por nós, quem será contra nós?

Vinícius Silva Pimentel é advogado e atua nas áreas cível e empresarial. Realiza pesquisa em filosofia do direito, com ênfase no pensamento reformacional de Herman Dooyeweerd. Congrega na Igreja Presbiteriana da Aliança, em Recife-PE, onde reside com sua esposa Laura.

Palácio do Planalto – Brasília Imagem retirada da internet: Pixabay


POLÍTICA SEGUNDO A BÍBLIA – WAYNE GRUDEM As igrejas devem exercer alguma influência na política? Pastores devem pregar sobre temas políticos? Existe somente um posicionamento “cristão” em relação a questões políticas? A Bíblia traz algum ensinamento a respeito de como as pessoas devem votar? Se já fez a si mesmo ao menos uma dessas perguntas, não pode deixar de ler este livro! Nele o autor lança mão de três tipos de argumentos para orientar uma visão política de acordo com a Bíblia: argumentos baseados em declarações bíblicas explícitas; argumentos baseados em princípios bíblicos mais amplos e argumentos baseados em uma avaliação de fatos relevantes no mundo de hoje. Esta obra é uma edição parcial da que o autor publicou em inglês, pois muitos capítulos da obra original tratavam de questões específicas do contexto norteamericano. Sendo assim, fizemos uma seleção dos capítulos fundamentais para que os cristãos de língua portuguesa possam ter uma visão política segundo a Bíblia. Saiba mais sobre o livro em: VIDA NOVA CONTRA A IDOLATRIA DO ESTADO Oferece ao leitor uma oportunidade singular de se posicionar de maneira ativa e consciente no atual cenário político nacional e internacional. Por meio da mensagem evangélica, a “religião do Estado” é confrontada e a ação política cristã é legitimada, ao mesmo tempo que qualquer autoridade humana é submetida à autoridade soberana de Deus, o único a quem devemos culto em todas as esferas de nossa vida. ''Um estudo embasado em fatos históricos e nas verdades bíblicas. Um livro que nos convida à reflexão ideológica e à tomada de posições políticas coerentes com princípios e valores cristãos"Rachel Sheherazade "O livro de Franklin Ferreira é exemplo de como a teologia pode dialogar com o pensamento público sem ter vergonha de dizer quem é, coisa rara hoje em dia."Luiz Felipe Pondé Saiba mais sobre Editora Vida Nova

o

livro

em:


O Partido Político Importa? Mais um ano de eleições, as mesmas propagandas, as mesmas promessas e as mesmas denúncias. Que vença o menos corrupto! (pensam alguns). Para além disto, aparentemente, poucas pessoas sabem que os partidos políticos são motivados por ideologias, que constituem o fundamento dos seus planos e de suas decisões. Muitas pessoas rejeitam este fato, chegando ao ponto de acreditarem que os partidos no fim são todos iguais, achando que eles se importam apenas com os votos. Mas será que isto é verdade? Mas a realidade não é esta. É evidente que os partidos desejam votos, somente assim eles obterão poder político, para assim, implantarem seus projetos, e moldarem a sociedade de acordo com a sua própria visão de mundo. Visão de mundo, ou cosmo-visão, eis a palavra chave. Cosmo-visão, como o nome diz, é a forma como um indivíduo percebe a realidade, ou seja, é por ela que o indivíduo tomará as suas decisões, é através dela que cada indivíduo sabe o que é certo e errado, a verdade e a mentira. Cosmo-visão e religião são sinônimos, ou seja, cada religião possui uma cosmo-visão própria, pela qual o fiel irá guiar a sua vida. Existe uma frase de efeito muito difundida no Brasil, talvez no mundo, que diz: "Religião e política não se misturam". Porém se analisarmos com calma, veremos que esta frase é no mínimo uma mentira. Como vimos anteriormente, um indivíduo se guia pela sua cosmo-visão, para este indivíduo a sua cosmo-visão é a verdade sobre a vida, e sobre a realidade de todas as coisas ao seu redor, então como alguém poderia negar isto na hora de votar? Como um indivíduo poderia negar a sua cosmo-visão na hora de votar?

Esta frase, é na verdade uma ridicularização das crenças em favor de uma verdade política, ou seja, "a verdade" do partido político. É o mesmo que alguém dizer que quando vota a sua cosmo-visão se torna a do partido que ele escolheu, negando assim a sua própria cosmo-visão. Por exemplo, digamos que um indivíduo acredite que o aborto é errado, e que deveria ser proibido, e que deveria ser crime. Será que faz sentido que este indivíduo vote num partido que defende o aborto? Como dito anteriormente, cada partido tem sua plataforma política, seus planos, aquilo que ele objetiva colocar em prática, institucionalizar, criando leis e executando campanhas de mudança de consciência nacional. Portanto, quem nega a sua cosmo-visão na hora de votar, é no mínimo hipócrita, pois diz que algo para ele é verdade, mas na hora de votar nega esta verdade, colocando a cosmo-visão do partido como verdade sobre a sua própria, negando seus valores, negando aquilo em que ele mesmo acredita, ou diz acreditar. Cristianismo e política. O cristianismo é uma cosmo-visão, e como cristão sei que a minha luta não é política, pois não faço parte deste mundo, não sou cidadão do mundo, estou aqui como um peregrino.


"Responderam: De César. Então lhes disse: Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus." (Mateus 22:21) "(Os cristãos) residem em seus próprios países, mas só como transeuntes; compartilham o que lhes corresponde em todas as coisas como cidadãos, e suportam todas as opressões como os forasteiros. Todo país estrangeiro lhes é pátria, e toda pátria lhes é estranha… Se acham na carne, e, com tudo, não vivem segundo a carne. Sua existência está na terra, mas sua cidadania está no céu. Obedecem as leis estabelecidas, e ultrapassam as leis com suas próprias vidas." Epístola a Diogneto (125200 d.C.) Como sabemos, vivemos em um país de regime democrático, sendo o voto ao mesmo tempo um dever e um direito, ou seja, somos chamados a participar do processo democrático. Não vejo aqui incompatibilidade alguma entre votar e a palavra de DEUS, muito pelo contrário, acredito que votar é cumprir com o que foi dito em Mateus 22:21 pelo Senhor Jesus Cristo. Porém, existe um pequeno detalhe, o cristão é também chamado para ser sal no mundo e luz na terra: "Vós sois o sal da terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte; Nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos que estão na casa. Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus." (Mateus 5:13-16) Vejam, podemos votar, porém a nossa motivação não deve ser política, se vamos votar, votemos para a glória de DEUS. "Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus." (1 Coríntios 10:31) Eis que o mundo tem avançado em direção a cultura do inferno, como cristãos sabiamos que isto haveria de acontecer, é profético.

Como disse o irmão Paul Washer: "1 Timóteo 4.1 diz: “Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios”. Paulo prossegue e diz a Timóteo que todo o inferno irromperá na cultura, que tudo se tornará confuso e os homens agirão como bestas." (Paul Washer, 10 Acusações contra a igreja moderna.) No entanto isto não reduz nossas obrigações como cristãos, por acaso deixaremos de fazer a vontade de DEUS, enquanto vemos o mundo ir pro inferno? Vamos ficar de braços cruzados esperando que todos sejam condenados? Vamos esperar que toda a cultura mergulhe na maldade? Claro que não! Vamos então coadunar com toda esta maldade? Vamos apoiar partidos políticos que promovem-nas? Claro que não! Por isto, como podemos votar em partidos que promovem toda esta sujeira e ficar de consciência limpa? Como podemos apoiar partidos que promovem tudo que é do anti-cristo? Somos hipócritas se fizermos tal coisa.


Marxismo, Esquerda.

Comunismo/Socialismo

e

a

Hoje é sabido que existem partidos cuja ideologia política é baseada em princípios anti-cristãos: Os partidos de linha marxista(comunistas/socialistas). O marxismo é uma ideologia perversa, fruto das maquinações de um homem que sentia um profundo ódio de DEUS. Os partidos como o PT, PSOL, PSTU, PCdoB etc, têm promovido a mudança da nossa cultura, relativizando a verdade, relativizando os valores e subvertendo até mesmo a doutrina de igrejas. Recentemente, soube que um pastor deu o púlpito de sua igreja para uma promotora da ideologia de gênero ( feminista ). A ideologia de gênero é uma das piores depravações que se tenha notícia. É a ideologia de gênero, que tem destruído os papéis do homem e da mulher na sociedade e na família, que tem questionado a sexualidade bíblica, que tem sido o fundamento da promoção e defesa do homossexualismo. Não estou querendo dizer com isto que outros partidos, que não de esquerda, não possam também promover valores anticristãos, mas o maior problema é que os partidos de esquerda tem por fundamento a ideologia marxista (marxista cultural) que é, antes de tudo, anti-DEUS e anti-Cristã, como podemos ver claramente nas citações de seus idealizadores e seguidores: “O homem faz a religião, a religião não faz o homem… A religião é o suspiro da criatura atormentada, o sentimento de um mundo sem coração, como o é o espírito de estados fora do tempo. Ela é o ópio do povo.” (Karl Marx, em “Manifesto Comunista”) “Deus é uma mentira.(sic)” (Vladimir Lenin) “O homem que se ocupa em louvar a Deus se suja na sua própria saliva.” (Vladimir Lenin “Nós odiamos o cristianismo e os cristãos.” (Anatoly Lunatcharsky, marxista revolucionário russo) "Desejo vingar-me d' Aquele que governa lá em cima." (Karl Marx)

É tempo de vigiar, já passou da hora de acordar. Nossa luta não é política, não devemos apoiar um partido político por uma causa política, devemos antes de tudo ver se estes partidos defendem valores que estão de acordo com valores bíblicos. Não nos esqueçamos do que diz a palavra de DEUS: "Porém, respondendo Pedro e os apóstolos, disseram: Mais importa obedecer a Deus do que aos homens." (Atos 5:29) Devemos obedecer a DEUS, ainda que isto implique em não apoiar a nenhum candidato ou partido político. O mundo é mal e não vai melhorar, importa fazermos a vontade de DEUS e ir em direção contrária a correnteza do mundo. Que DEUS abençoe a todos nós. Artigo cedido por: BEREIANOS


Uma Reflexão sobre o cristão e a política Por: Hernandez Dias Lopes

''Porém, respondendo Pedro e os apóstolos, disseram: Mais importa obedecer a Deus do que aos homens.'' (Atos 05:29)

Romanos 13.1-7 é um dos textos mais importantes da história sobre a questão política. A palavra de Deus estabelece princípios claros acerca do papel do Estado e da responsabilidade dos cidadãos, a fim de que haja ordem e progresso na sociedade. Destacaremos, à luz do texto, três verdades importantes: Em primeiro lugar, a origem das autoridades constituídas (Rm 13.1,2). Paulo diz que não há autoridade que não proceda de Deus e as autoridades que existem foram por ele instituídas. Logo, se opor deliberada e formalmente à autoridade é resistir à própria ordenação de Deus. Aqueles que entram por esse caminho de desordem e anarquia trarão sobre si mesmos condenação. É óbvio que o apóstolo Paulo não está dizendo que Deus é o responsável moral pelos magistrados ditadores e corruptos que ascendem ao poder. Deus instituiu o princípio do governo e da ordem e não o despotismo. As autoridades não podem domesticar a consciência dos cidadãos nem desrespeitar a sua fé. Nossa sujeição às autoridades não é submissão servil nem subserviência, mas submissão crítica e positiva. A relação entre a Igreja e o Estado deve ser de respeito e não de subserviência. Deus não é Deus de confusão nem aprova a anarquia. Deus instituiu a família, a igreja e o Estado para que haja ordem na terra e justiça entre os homens. Em segundo lugar, a natureza das autoridades constituídas (Rm 13.3-5). As autoridades constituídas não devem ser absolutistas. Elas governam sob o governo de Deus. A fonte de sua autoridade não emana delas mesmas nem mesmo do povo. Emana de Deus através do povo. Portanto, a autoridade é ministro (diákonos) de Deus, ou seja, é servo de Deus para servir ao povo. Aqueles que recebem um mandato pelo voto popular não ascendem ao poder para se servirem do povo, mas para servirem ao povo. Não chegam ao poder para se locupletarem, mas para se doarem. Não buscam seus interesses, mas os interesses do-povo.


Esse princípio divino mostra que o político que sobe ao poder pobre e desce dele endinheirado não merece nosso voto. O político que usa seu mandato para roubar os cofres públicos e desviar os recursos que deveriam atender as necessidades do povo para se enriquecer ilicitamente deve ter nosso repúdio e não nosso apoio. O político que rouba ou deixa roubar, que se corrompe ou deixa a corrupção correr solta, que acusa os adversários, mas protege seus aliados, não deve ocupar essa posição de ministro de Deus, pois Deus abomina a injustiça e condena o roubo. Em terceiro lugar, a finalidade das autoridades constituídas (Rm 13.4-7). Deus instituiu as autoridades com dois propósitos claros: a promoção do bem e a proibição do mal. O governo é ministro de Deus não só para fazer o bem, mas, também, para exercer o juízo de Deus sobre os transgressores. Portanto, devemos sujeitarnos às autoridades não por medo de punição, mas por dever de consciência. Cabe a nós, como cidadãos, orar pelas autoridades constituídas, honrá-las, respeitá-las e pagar-lhes tributo, uma vez que seu chamado é para atender constantemente à essa honrosa diaconia, de servir ao povo em nome de Deus. Quando, porém, as autoridades invertem essa ordem e passam a promover o mal e a proibir o bem, chamando luz de trevas e trevas de luz, cabe a nós, alertar as autoridades a voltarem à sua vocação. Se essas autoridades, porém, quiserem nos impor leis injustas, forçandonos a negar a nossa fé, cabe-nos agir como os apóstolos: “Antes, importa obedecer a Deus do que aos homens” (At 5.29).

''Porém, respondendo Pedro e os apóstolos, disseram: Mais importa obedecer a Deus do que aos homens.'' (Atos 05:29)

Hernandes Dias Lopes, natural de Nova Venécia-ES. Casado com Udemilta Pimentel Lopes, pai de Thiago e Mariana. Fez o seu curso de Bacharel em Teologia no Seminário Presbiteriano do Sul em Campinas-SP no período de 1978 a 1981 e o seu Doutorado em Ministério no Reformed Theological Seminary, em Jackson, Mississippi, nos Estados Unidos no período de 2000 a 2001. Foi pastor da Primeira Igreja Presbiteriana de Bragança Paulista no período de 1982 a 1984 e desde 1985 é o pastor titular da Primeira Igreja Presbiteriana de Vitória-IPB. É conferencista e escritor, com mais de 70 obras. Retirado do Site: Hernandes Dias Lopes



Série Mártires

A Primeira menção de Pedro no novo testamento encontra-se em Mateus no Capítulo 04 Versículo 18 (E Jesus, andando junto ao mar da Galiléia, viu a dois irmãos, Simão, chamado Pedro, e André, seu irmão, os quais lançavam as redes ao mar, porque eram pescadores;). Pelo que é possível saber sobre ele é que era pescador, natural de Betsaida uma aldeia de pescadores não muito distante de Cafarnaum na região costeira do mar da Galiléia onde residia (Jo 1:44) Pedro era filho de Jonas e irmão de André que também era pescador, e segundo a própria escritura foram os dois primeiros a seguirem o Cristo. Era casado e teve sua sogra curada pelo Mestre (Mc 1:30). Homem de temperamento instável e explosivo, foi protagonista de diversos diálogos interessantes com Jesus, acerca de seu comportamento e da natureza do filho de Deus. Ver (Mateus Cap. 16) teve seu nome mudado de Simão para Pedro (Pedra). Após a ressurreição de Cristo foi cheio do Espírito Santo no Cenáculo (Atos 02) e realizou uma pregação poderosa, que salvou mais de 3.000 almas (At 2:14). Segundo o que se sabe pela tradição, ministrou em Antioquia, Alexandria e região. Visitou Roma no final de sua vida onde foi martirizado. Apesar da controvérsia católica/protestante sobre o Primado de Pedro em Roma, hoje é possível se ter uma razoável certeza que este, esteve na cidade e recebeu o martírio no reinado de Nero entre 64 e 67 DC. Pelo menos 03 dos considerados (Pais da Igreja) Clemente (35-100 DC), Inácio de Antioquia (68107 DC), Papias (69-155 DC), confirmam o martírio do Apóstolo em Roma. Foi crucificado a mando de Nero, às portas da cidade de cabeça pra baixo, por não se considerar digno de ser morto como seu Mestre.


Existem milhares de religiões neste mundo, e obvia­mente nem todas são certas. O próprio Jesus advertiu seus discípulos de que viriam falsos profetas usando Seu nome, e ensinando mentiras, para desviar as pessoas da verdade (Mateus 24.24). O apóstolo Paulo também falou que existem pessoas de consciência cauterizada, que falam mentiras, e que são inspirados por espíritos enganadores (1 Timóteo 4.1-2). Nós chamamos de seitas a essas religiões. Não estamos dizendo que to­dos os que pertencem a uma seita são deson­estos ou mal intencionados. Existem muitas pessoas sinceras que caíram vítimas de falsos profetas. Para evitar que isto ocorra conosco, devemos ser capazes de distinguir os sinais característicos das seitas. Embora elas sejam muitas, possuem pelo menos cinco marcas em comum: (1) Elas têm outra fonte de autoridade além da Bíblia. Enquanto que os cristãos admitem apenas a Bíblia como fonte de conhecimento verdadeiro de Deus, as seitas adotam outras fontes. Algumas forjaram seus próprios livros; outras aceitam revelações diretas da parte de Deus; outras aceitam a palavra de seus líderes como tendo autoridade divina. Outras falam ainda de novas revelações dadas por anjos, ou pelo próprio Jesus. E mesmo que ainda citem a Bíblia, ela tem autoridade inferior a estas revelações.

(2) Elas acabam por diminuir a pessoa de Cristo. Embora muitas seitas falem bem de Jesus Cristo, não o consideram como sendo ver­dadeiro Deus e verdadeiro homem, nem como sendo o único Salvador da humanidade. Reduzem-no a um homem bom, a um homem di­vinizado, a um espírito aperfeiçoa­do através de muitas encarnações, ou à mais uma manifestação diferente de Deus, igual a outros líderes religiosos como Buda ou Maomé. Freqüentemente, as seitas colocam outras pessoas no lugar de Cristo, a quem adoram e em quem confiam. (3) As seitas ensinam a salvação pelas obras. Essa é uma característica universal de todas as seitas. Por acreditarem que o homem é intrinsecamente bom e capaz de por si mesmo fazer o que é preciso para salvar a sua alma, pregam que ele pode acumular méritos e vir a merecer o perdão de Deus, através de suas boas obras praticadas neste mundo. Embora as seitas sejam muito diferentes em sua aparência externa, são iguais neste ponto. Algumas falam em fé, mas sempre entendem a fé como sendo um ato humano meritório. E nisto diferem radicalmente do ensi­no bíblico da salvação pela graça mediante a fé. (4) As seitas são exclusivistas quanto à salvação. Pregam que somente os membros do seu grupo religioso poderão se salvar.


Enquanto que os cristãos reconhecem que a salvação é dada a qualquer um que arrependa-se dos seus pecados e creia em Jesus Cristo como único Senhor e Salvador (não importa a denominação religiosa), as seitas ensinam que não há salvação fora de sua comunidade. (5) As seitas se consideram o grupo fiel dos últimos tempos. Elas ensinam que re­ ceberam algum tipo de ensino se­creto que Deus havia guardado para os seus fiéis, perto do fim do mundo. É interessante que toda vez que nos aproximamos do fim de um milênio, cresce o número de seitas afirmando que são o grupo fiel que Deus reservou para os últimos dias da humanidade. Podemos e devemos ajudar as pessoas que caíram vítimas de alguma seita. Na carta de Tiago está escrito que devemos procurar ganhar aqueles que se desviaram da ver­ dade (Tiago 5.19-20). Para isto, entretanto, é preciso que nós mesmos conheçamos profundamente nossa Bíblia bem como as doutrinas centrais do Cristianismo. Mais que isto, devemos ter uma vida de oração, em comunhão com Cristo, para recebermos dele poder e amor e moderação.

Augustus Nicodemus é bacharel em teologia pelo Seminário Presbiteriano do Norte, em Recife, mestre em Novo Testamento pela Universidade Cristã de Potchefstroom, na África do Sul, e doutor em Hermenêutica e Estudos Bíblicos pelo Seminário Teológico de Westminster, na Filadélfia (EUA), com estudos adicionais na Universidade Reformada de Kampen, na Holanda. Atualmente, é pastor da Primeira Igreja Presbiteriana de Goiânia. Fonte: Tempora Mores


SOCIEDADE

A Igreja e a Evangelização no Ciberespaço Por Thomas Magnum

O Ciberespaço principalmente no que se refere as redes sociais, e com ênfase no facebook,

tem

sido

uma

poderosa

plataforma para a difusão da informação. Nenhuma empresa que se prese hoje, pode tratar de assuntos relacionados a marketing digital se não estiver em sua pauta a gestão de sua página no facebook e das mídias sociais. Desde a explosão das redes e devemos considerar como ponto de situação geográfica

o

Orkut,

podemos

notoriamente visualizar um considerável crescimento de conteúdo evangélico. A questão é de grande importância sob um ponto

de

vista

científico

social.

A

integração e participação na opinião pública

por

parte

dos

evangélicos

aumentou consideravelmente. Sob esse prisma a presença evangélica na rede vem

traçando

novos

caminhos

e

projeções para a chamada mídia cristã e socialização

das

opiniões

dos

evangélicos no Brasil. Com a explosão das páginas, perfis, canais, vlogs, blogs, sites, dentre tantos recursos virtuais para a propagação de informação contabilizar

Evangelização no Ciberespaço

e

conteúdo,

ainda

alguns

podemos fatores

interessantes. Num contexto de vinte anos, pentecostais eram incentivados por seus líderes a não possuírem aparelhos de Televisão, mais a frente, não possuírem nem aparelho celular.


SOCIEDADE

Imagem da Internet - Ilustração: Redes Sociais

Há pouco tempo atrás um pregador pentecostal clássico utilizar um tablet para pregar num domingo a noite seria considerado pecado de vaidade e amor ao mundo, hoje a realidade é outra. Está se tornando cada dia mais comum os cristãos nem andarem mais com Bíblias convencionais, mas Bíblias digitais. Nos cultos das mais variadas denominações evangélicas a utilização de recursos digitais é quase que obrigatório, em vez dos antigos hinários impressos, agora tudo é projetado numa tela, inclusive os textos bíblicos para leitura. Diante desse contexto que estamos inseridos, meu objetivo não é traçar críticas aos meios usuais que as igrejas tem feito da tecnologia, mas o que precisamos refletir é a eficácia de tais ferramentas. Por exemplo, é muito comum e saudável igrejas terem seu portal na internet, com isso além do trabalho com a comunidade local a igreja pode prestar outros serviços que não caberiam no culto público.

Através de uma página podemos fazer um considerável trabalho de evangelização. A publicação de artigos escritos pelos pastores das igrejas, convite para conferências, cultos especiais, trabalhos sociais, campanhas missionárias. A rede social nos trás um alcance muito maior do que nossos antigos boletins denominacionais, jornais, revistas e informativos. O alcance de uma página é muito amplo e poderoso do que mídias impressas. Um jovem de quinze anos dificilmente leria o jornal de uma denominação histórica, mas, leria e compartilharia artigos do site da igreja que foram publicados no facebook. As igrejas que tem sites ou blogs, ou até mesmo no próprio facebook podem alcançar muitas pessoas com esclarecimentos bíblicos de muitos assuntos que comumente não são tratados nas igrejas, seja por falta de tempo, espaço ou contexto. No entanto, devemos ponderar alguns fatores dessa explosão evangélica nas redes sociais.


Grande parte de páginas na rede não tem uma sólida caracterização cristã, do ponto de vista doutrinário, ético, social e circunstancial. Ao acompanhar algumas páginas que possuem muitos seguidores pude perceber como existem artigos implacáveis, insensíveis à dor do próximo. Existem páginas evangélicas que trabalham como concorrentes midiáticos, e querem aparecer mais do que as outras. Muitos “escritores” que vivem catando fatos inusitados no meio cristão para bombardear alguém. Com essa fala não estou recuando na apologética, mas tecendo uma crítica aos que julgam pelo prazer de julgar e não pelo zelo evangelístico. A igreja pode e deve, fazer uso das mais diversas plataformas midiáticas para a pregação do evangelho, isso é bom, é saudável. Esse trabalho deve ser feito com amor, graça e com um profundo desejo de glorificar a Deus. Outro fator importante de mencionarmos é a excelência do trabalho na internet, tudo que fazemos deve ser para glorificar a Deus, e isso não isenta o trabalho no ciberespaço. A maioria das páginas evangélicas seja de igrejas ou organizações paraeclesiásticas são medíocres na sua apresentação estética no que se referem a seus sites, blogs, páginas. As igrejas devem procurar pessoas habilitadas para a construção de suas ferramentas de trabalho online. A Bíblia nos diz que trabalhadores do rei de Tiro, Hirão (IRs 9.11) vieram para a construção do templo de Salomão, em Israel não existiam homens com aquela habilidade, mas o trabalho tinha que ser feito com excelência e assim aconteceu. Outro fator que devemos repensar é na qualidade de informação que se tem difundido nas redes. O ciberespaço é sem dúvida uma grande ferramenta, mas uma faca pode servir para tratar um peixe e também assassinar alguém. Devemos realizar nosso trabalho com decência e ordem como nos diz a Palavra de Deus. De fato o que devemos ter cuidado é para não sermos engolidos pela cibercultura.Como servos de Cristo não podemos estar sob julgo, inclusive da tecnologia. Existem várias pesquisas que apontam pessoas viciadas em redes sociais e aparelhos tecnológicos, isso é pecado. Nada pode nos aprisionar, somos cativos somente a Cristo. Tais vícios, sabemos, causam reais dependências psicológicas, muitas pessoas que perdem o celular por exemplo se sentem perdidas e desamparadas se não estiverem conectadas, isso é muito ruim e sem sombra de dúvida é pecado de idolatria.

A temperança é um dos gomos do fruto do Espírito, devemos exercer autocontrole. Esse tipo de vício pelo ciber deve ser tratado e a igreja não deve ser refém disso, devemos usar as redes para a divulgação sadia

do

evangelho

e

crescimento

de

relacionamentos sadios com o próximo. Muitas igrejas têm transmitido seus cultos online, isso tem sido um grande avanço. Pessoas que estão em lugares que não tem uma igreja, mas tem internet podem assistir os cultos. No entanto a igreja também

deve

orientar

seus

membros

a

não

substituir o culto presencial pelo online. Portanto,

devemos

utilizar

sim

os

recursos

tecnológicos, mas, tudo seja feito para glória de Deus. Sejamos prudentes e sóbrios em nossos passos e no trabalho das nossas mãos. Originalmente em: Electrus


Sete Princípios Cristãos para uma Política Realista 1-O homem é feito à imagem de Deus (Gn 1.2627). Não importa quão pequeno, frágil, velho ou deficiente, todo ser humano tem valor e dignidade. O governo deve proteger a vida humana e punir aqueles que a prejudicam (Rm 13.4; Gn 9.6); 2-O homem é feito para o trabalho (Gn 2.15). Devemos maximizar os incentivos ao trabalho árduo e remover os incentivos que encorajam a preguiça (2Ts 3.6-12); 3-A parte própria do ser humano, da qual Deus não compartilha, é que estamos sujeitos às devidas autoridades. Isso inclui a sujeição ao governo e a exigência de pagar impostos (Rm 13.1-7); 4-Os seres humanos são motivados pelo interesse pessoal. Jesus compreendia isto quando nos disse para amar ao próximo como já amamos a nós mesmos (Mt 22.39). Interesse pessoal não é automaticamente o mesmo que avareza ou ganância, e essa é a razão porque Jesus não hesitou em motivar os discípulos com a promessa de serem os primeiros ou com a garantia de recompensa (Mt 6.19-20; Mc 10.2931). É preciso dizer que nosso interesse pessoal nem sempre é virtuoso. A obra do evangelho é ensinar às pessoas como esse interesse pessoal (satisfação) pode casar com o interesse de Deus (glória). Mas as melhores políticas são aquelas que podem solapar o poder do interesse pessoal em favor de um bem maior; 5-Os seres humanos não são apenas consumidores do planeta; também somos também criadores. O mundo físico é uma dádiva e uma ferramenta. Temos a capacidade de espoliar, mas também a responsabilidade de subjugar (Gn 1.28);

Revistacrista.wordpress.com 6-Por causa do pecado de Adão, estamos em um mundo caído (Rm 5.12; 8.18-23). As coisas não são como deveriam ser. A utopia não é possível. Portanto, as decisões políticas devem lidar com o equilíbrio, pesando os prós e contras das várias políticas. Não podemos eliminar as realidades de viver em um mundo caído (Jo 12.8), mas boas políticas podem ajudar a mitigar algumas dessas piores realidades; 7-A natureza humana é inclinada para o mal (Gn 6.5; Jr 17.9). Isso significa que não podemos contar com a boa vontade dos outros ou das outras nações, não importa quão bem intencionados possamos ser ou o quanto cuidemos apenas daquilo que é da nossa conta. A questão não é de onde virá a guerra. Ela deve ser esperada, dada a nossa natureza. A questão é saber quais instituições e políticas são mais efetivas em estabelecer a paz. É claro que há mais coisas que poderíamos dizer sobre a natureza da liberdade, a importância da justiça, e o direito à propriedade privada. Esses são três temas bíblicos cruciais. Mas os sete princípios acima podem nos ajudar a começar a compreender o mundo, tomar decisões no mundo, e eleger políticos que entendam o modo como o mundo funciona. Tradução: Márcio Santana Sobrinho Fonte: Mídia sem Máscara




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