REVISTA CRISTÃ
ANO 01 | SETEMBRO 2017
DESIGN INTELIGENTE Teoria do Design
SBB Promove Seminário
Inteligente,Ciência ou
de Ciências Bíblicas em
Religião?
Setembro
P R O M O Ç Õ E S
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Índice 04
TEORIA DO DESIGN INTELIGENTE CIÊNCIA OU RELIGIÃO? Descubra mais sobre essa Teoria que tem abalado a Comunidade Científica no mundo inteiro.
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DESTRUIÇÃO DE JERUSALÉM POR BABILÔNICOS É CONFIRMADA POR ARQUEOLOGIA. Artefatos raros encontrados em Israel, confirmam relato bíblico.
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SBB PROMOVE SEMINÁRIO DE CIÊNCIAS BÍBLICAS NO SUL DO PAÍS Seminário de Ciências Bíblicas destaca os 500 anos da Reforma Protestante.
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A SUFICIÊNCIA DA ESCRITURA Qual a Importância da escritura para a igreja e o Cristianismo?
REVISTA| SET. 2017
EDITORIAL A Revista
Nossa Revista é uma iniciativa de alguns irmãos Cristãos, preocupados com a situação atual da Igreja Brasileira. Igreja essa que há muitos vem submersa em modismos , abraçada na famigerada teologia da prosperidade, que cultua de forma aberrante as ´´celebridades´´ evangélicas e que despreza o conhecimento de Deus se submetendo pacificamente à hegemonia cultural e teológica deste século. Nossa Missão é Promover Conhecimento e Abordar Temas Atuais e Importantes do nosso cotidiano com uma visão cristã, além de fornecermos ferramentas de contribuição para uma cosmovisão mais centrada nas escrituras.
Diretor e editor Carlos Silva Diagramação Cibele Ferreira Revisão Paulo Cardoso Redator Carlos Silva
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Mackenzie cria centro de Pesquisas que questiona a Teoria da Evolução
POR CARLOS SILVA
A Alguns meses atrás (Maio - 2017) a comunidade de cientistas brasileira foi surpreendida com a notícia impactante da união entre o Discovery Institute ( EUA ) e a Universidade Presbiteriana Mackenzie , dando início ao projeto denominado Discovery - Mackenzie , que se propõe à pesquisa do chamado TDI ( Teoria do Design Inteligente ) O Núcleo de Ciência , fé e Sociedade já está a todo vapor e certamente será uma pedra no sapato no pensamento hegemônico Darwinista. Pensando em divulgar e contribuir para seu conhecimento sobre o assunto , disponibilizamos em nossa primeira edição, um artigo sobre o tema , cedido gentilmente pelo site Raciocínio Cristão e escrito por um dos membros e maiores divulgadores do Assunto o Dr . Marcos Eberlin .
Teoria do Design Inteligente Ciência ou Religião? POR MARCOS EBERLIM
Reconhecida como sendo uma teoria revolucionária, a TDI estuda e analisa os dados científicos mais recentes sobre os eventos que deram origem ao Universo e aos seres vivos, e os interpreta à luz da metodologia científica procurando fazer a melhor inferência de sua possível causa. Para isso, procura padrões de inteligência que possam ser revelados através da complexidade irredutível, da informação e da antevidência, que fornecem as evidências de uma inteligência organizadora. Em seu arcabouço teórico, a TDI reúne também toda uma metodologia e conhecimentos interdisciplinares de estudos dos seres vivos em nível molecular, e através de inferências baseadas em fatos observáveis, propõe uma reinterpretação da causa primeira da vida e do universo. Uma das principais inferências é que não existem processos naturais não guiados conhecidos que, para a vida, poderiam ter formado seus sistemas de irredutível complexidade, nem a informação semântica, arbitrária e aperiódica que governa a vida, nem as soluções encontradas de antemão, como sugere a evolução darwiniana, e que a ciência assim só conheceria uma causa para tal complexidade, antevidência e informação: mentes inteligentes. Assim, a TDI postula que há evidencias claras hoje em Ciência contra a ação de processos naturais e a favor do Design Inteligente.
A Teoria do Design Inteligente usa métodos científicos? Sim, pois a TDI é um programa de pesquisa científica, executado por uma comunidade de cientistas, filósofos e estudiosos, que procuram fazer ciência livre e despreconceituosa e assim avaliar frente aos dados as duas causas possíveis para o Universo e a Vida: Forças naturais ou a ação de uma mente inteligente. A TDI assim fazendo, sustenta hoje que as características do Universo e dos seres vivos são contrárias à ação de processos naturais e melhor explicadas por uma causa inteligente. Em suas pesquisas, a TDI tem aplicado ainda diferentes métodos para detectar – nos dados científicos fartos disponíveis na literatura – evidências da complexidade irredutível das estruturas biológicas, a informação aperiódica, específica e funcional contida, por exemplo, no DNA e a arquitetura física e ajuste fino do Universo que sustenta a vida, além da origem geológica rápida como na diversidade biológica no registro fóssil durante a explosão Cambriana e a ausência de dados nesse registro que comprovem a evolução lenta, gradual e sucessiva darwiniana.
"A MAIOR DESCOBERTA CIENTÍFICA DE TODOS OS TEMPOS EM CIÊNCIA, A DE QUE FOMOS PLANEJADOS." Como cientistas, pagos com recursos públicos, não temos assim a opção, mas a obrigação de, deixando nossas preferências em casa, avaliar as duas causas possíveis e contar à população a verdade dos dados.
Quando surgiu a TDI? A ideia da existência de “sinais inteligentes” na vida e no Universo é antiga, filósofos gregos já a discutiam, mas a “TDI moderna” surgiu nos EUA na década de 1980 e desde então tem ganho adeptos em todo o mundo, possuindo hoje inúmeros acadêmicos, cientistas, profissionais e estudiosos que compactuam com sua visão teórica. Em seus quadros, reúne prestigiados cientistas de todas as áreas, como química, bioquímica, biologia, física, estudiosos de filosofia, ética, teologia, ciências sociais, arqueologia, ou seja, todos as vertentes cientificas. A TDI se propõe assim a fazer ciência com todo o rigor e a liberdade que ela deve ter, deixando de lado crenças e pressupostos de seus defensores, mas seguindo sempre os dados científicos e as conclusões livres de paradigmas, sem necessariamente se ater a implicações filosóficas ou teológicas que essas conclusões venham a ter.
A TDI é religião disfarçada de Ciência? A TDI, contrário ao que se “prega” por ai, é Ciência sim, e em sua mais pura essência. Nada de religião, nada de filosofia, nada de pacto com cosmovisões. A TDI joga o jogo pleno da Ciência, que nos manda deixar toda a nossa subjetividade em casa, pois cientista não tem gosto, nem preferências, e a Ciência plena nos manda seguir os dados, onde quer que eles nos levem. A TDI assim, fazendo boa ciência, e querendo descobrir a verdade, doa a quem doer, avalia as duas causas possíveis para a Vida e o Universo: forças naturais ou ação inteligente. E frente aos inúmeros e detalhados dados que a Ciência moderna tem produzido, a TDI percebe a inviabilidade da primeira hipótese e as fortes evidências que apontam como nunca antes para uma mente inteligente e consciente como a causa primeira de nós todos e de tudo mais que nos rodeia.
Enquanto isso, a ciência atual naturalista, preconceituosa e alicerçada no materialismo filosófico, e que cultua Darwin, portanto limitada e cegada pelo paradigma materialista – que só admite existir matéria energia e espaço nesse Universo – parte do pressuposto equivocado de que foram as forças naturais a causa magna, e assim sem ter outra opção, é forçada a sugerir teorias que fogem da racionalidade que a ciência deveria ter, como nos casos do sumiço da antimatéria, da gravidade formando estrelas, e de dino virando canário. A TDI vencerá? A vitória da TDI me parece inevitável. A TDI tem ganho o mundo e sua aceitação como a teoria de nossas origens é questão de tempo, e de pouco tempo; prevejo “a la Kuhn” duas gerações no máximo de novos cientistas. Nada em ciência é melhor do que um dado após o outro, dia após dia. E os dados, uma verdadeira avalanche deles,
apontam hoje como nunca antes para o DI como de longe a melhor inferência sobre nossas origens. A academia e os acadêmicos, evidentemente, principalmente os mais seniors, que propagaram com todo o alarde que iriam explicar tudo através da ciência naturalista, através de forças e matéria, tem resistido com “unhas e dentes” em admitir essa nova realidade cientifica que varre o mundo, essa contra-revolução causada pela comprovação do DI. Mas novas gerações estão chegando e rapidamente deslocando a velha e desgastada teoria naturalista e assim restabelecendo a percepção inicial do DI, percepção essa original na Ciência, inclusive o seu único fundamento, que era dos pais da Ciência, que em sua imensa maioria eram defensores do DI. Quem é o Designer? A ciência é magnífica, sou cientista, sou fã da ciência, e extremamente motivado e feliz por fazer parte de seus quadros. Mas como cientista, militante e racionalista de carteirinha, eu sei que a ciência tem limites, e muitos, e que só entendemos por completo a Vida e o Universo quando acrescentamos à Ciência o conhecimento imenso que nos traz a filosofia e a teologia.
Quem acha que só a ciência traz conhecimento é um ser com pouca sabedoria para perceber os limites da ciência e um ser com conhecimento limitado por esses limites. Os limites da ciência então não nos permitem, como cientistas, descobrir quem seria o designer. Não há como usar a metodologia cientifica com esse objetivo. Sabemos que a obra foi de uma mente inteligente, sabemos descrever algumas características que essa mente deveria ter, mas quando nos perguntam quem foi, a ciência se cala. Mas eu sei, felizmente, um pouco mais do que a ciência me ensinou, eu sei um pouco de filosofia e teologia, e eu, fora da TDI, seguindo o que a minha filosofia e minha teologia me ensinam, entendo que a melhor inferência para o Designer é sim o Deus bíblico. É por isso que eu creio que a TDI é tão combatida, porque é a própria ciência e seus métodos e seus princípios que detecta a ação de uma mente inteligente como causa primeira do Universo e a Vida, sem qualquer preconceito ou predefinição, porém não é a Ciência não, mas sim a boa filosofia e a teologia que fazem a descoberta mais importante.
Marcos Eberlin Químico, pós-doutorado em Espectrometria de Massas. Atualmente é professor titular MS-6 da UNICAMP, onde fundou e coordena o Laboratório ThoMSon de Espectrometria de Massas. É membro da Acadêmia Brasileira de Ciências e comendador da Ordem Nacional do Mérito Científico. Recebeu prêmios de reconhecimento acadêmico, excelência em publicações, formação de pessoal e medalhista da Thomson da Sociedade Internacional de Espectrometria de Massas. É hoje presidente-executivo da Sociedade Brasileira de Espectrometria de Massas (BrMASS) e da Sociedade Brasileira do Design Inteligente (TDI Brasil), É editor associado do periódico Jounal of Mass Spectrometry (JMS) da Willey. Orientou cerca de 180 mestres, doutores e pós-doutores, que hoje se espalham pelo Brasil e pelo mundo como pesquisadores e profissionais. Seu grupo de pesquisa é um dos mais numerosos do Brasil, com cerca de 50 pesquisadores. Já publicou cerca de 800 artigos científicos e tem perto de 16 mil citações em áreas científicas diversas como a Química, Física, Bioquímica, Biologia, Forense, Farmacêutica, Alimentos, Veterinária, Ciências Médicas e de Materiais.
Pelos Mártires
POR JORGE A. FERREIRA
Estevão O Primeiro Mártir Estevão foi um cristão da época dos Apóstolos, mencionado pela primeira vez em Atos 06, na ocasião em que foi necessário instituir Diáconos devido ao grande crescimento da Igreja e a ''murmuração dos gregos contra os hebreus, porque as suas viúvas eram desprezadas no ministério cotidiano.'' (Atos 6:1) A Bíblia revela que este homem era um homem diferenciado, cheio de temor, sabedoria e devoção a Cristo ''E Estêvão, cheio de fé e de poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo.''(Atos 6:8) Foi Morto por pregar o Evangelho de Cristo com fervor e fidelidade aos assassinos de Jesus que não puderam lhe resistir devido a sabedoria e o Espírito com que falava. Sendo Acusado de Blasfêmia e levado ao Sinédrio, o acusaram de pregar contra a adoração ao Templo e contra a Lei, sendo posteriormente arrastado violentamente e levado para fora da cidade para ser apedrejado até a morte. ''E, expulsando-o da cidade, o apedrejavam. E as testemunhas depuseram as suas capas aos pés de um jovem chamado Saulo.'' (Atos 7:58)
A R Q U E O L O G I A
Destruição de Jerusalém por Babilônicos é confirmada por Arqueologia. Por: Raciocínio Cristão Foto: Aliho Inai, Ynet Ao escavar o sítio arqueológico da Cidade de Davi, no Parque Nacional dos Muros de Jerusalém, capital de Israel, arqueólogos descobriram estruturas residenciais que continham madeira carbonizada, sementes de uva, pedaços de cerâmica, escamas de peixes, ossos e inúmeros artefatos raros que remontam à destruição da cidade pelas mãos dos babilônios, há mais de 2.600 anos. No livro de Jeremias, 4: 7 há uma profecia a respeito a partir do "destruidor das nações", uma referência a Nabucodonosor, rei babilônico. Já nos capítulos 39 e 52 do mesmo livro, relatado o cerco dos babilônios e destruição de Jerusalém, que ocorreu por volta do ano 586 aC O livro de Daniel também relata uma invasão babilônica a Jerusalém, desde o saqueamento de utensílios do templo, dos tesouros, ao cativeiro de alguns dos israelitas da família real e da nobreza. Entre como descobertas que comprovam uma riqueza eo caráter da antiga Jerusalém, na época capital do reino da
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ARQUEOLOGIA
Judeia, estão dezenas de jarros, forjado para armazenar grãos e líquidos. Muitos dos quais são alvos e selos marcados que retratam uma rosa (rosa de seis pétalas). Esses selos são característicos do final do período do Primeiro Templo e tantos para o sistema administrativo que se desenvolveu no final da Dinastia da Judeia [...] Classificar os objetos (com selo) facilitava o controle, uma supervisão, uma coleta, uma comercialização e o armazenamento de rendimentos de culturas (agrícolas) dos judeus que cuidavam a cidade na época e era atacada e destruida pelos babilônios. Essa roseta basicamente substituiu o selo 'Para o Rei' usado no sistema administrativo anterior, explicam Ortal Chalaf e Joe Uziel, diretores de escavações da Autoridade de Antiguidades de Israel. (ênfase agregada, RC) Os artefatos estão sob o comando de camadas de pedra acumuladas não declive oriental da cidade de Davi. E entre esses artefatos, uma pequena estátua de marfim, um objeto raro que represente uma mulher com um corte de cabelo ou peruca de estilo egípcio.
Esses selos são característicos do final do período do Primeiro Templo As descobertas da escavação mostram que Jerusalém se estendeu além do limite dos muros da cidade, antes da sua destruição [...] A fileira de estruturas expostas nas escavações está localizada fora, além da muralha da cidade constituída por uma fronteira leste da cidade durante este [...] Ao longo da Idade do Ferro, Jerusalém passou por um crescimento constante, expressado tanto na construção das diversas muralhas da cidade quanto sem fato de uma cidade se expandir mais tarde. Como escavações realizadas no passado - na área do Bairro Judeu - mostram como o crescimento da população no final do século 8 aC resultou na anexação da área ocidental de Jerusalém, afirmam Chalaf e Uziel.
Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do C R I S T Ã O
E R U D I T O
| R E F L E X Ã O
espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração. Hebreus 4:12
DIVULGAÇÃO
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SBB PROMOVE SEMINÁRIO DE CIÊNCIAS BÍBLICAS NO SUL DO PAÍS No dia 30 de setembro, uma cidade de Condor (RS) sediará mais uma edição do Seminário de Ciências Bíblicas. Promovido pela Sociedade Bíblica do Brasil (SBB), com o apoio do Conselho de Ministro Eclesiástico de Condor, o evento não é Centro de Eventos de Condor e contará com quatro painéis, além de espaço para perguntas. No mesmo local, há um estande em que é exibido em uma grande variedade de literatura bíblica da SBB, com publicações para pessoas de todas as idades. Organizados desde o ano 2000, esses encontros já alcançados em milhares de pastores, líderes cristãos, obreiros, professores de escola bíblica e seminaristas, entre outros públicos. Esse ano, o evento destaca os 500 anos da Reforma Protestante, movimento iniciado na Alemanha no século 16 por Martinho Lutero e que, entre seus méritos, buscou comunicar uma mensagem da Bíblia de maneira compreensível. Antes da inscrição em latim e em alguns poucos dialetos germinais de domínio restrito, uma Bíblia completa foi traduzida por Lutero e lançado em 1534, permitindo uma grande progresso na tradução da Bíblia para a língua do povo.
Como inscrições custam R $ 20,00, e pode ser feito através do site https://www.eventbrite.com.br/e/seminario-deciencias-biblicas-em-condor-rs-tickets37429032243 ou dos telefones 0800 727 8888 ou (91) 3202-1361 Confira a programação: Traduções da Bíblia: histórias, princípios e impacto - Vilson Scholz: Esta palestra de apresentação ao participante de uma visão geral da Bíblia na perspectiva histórica, linguística e missiológica. Ao final, o participante, como traduzir nas tradições na época da história, como traduzir a Bíblia e perceberá como uma tradução bíblica e expansões do Cristianismo caminham juntas. Vilson Scholz - Pastor e professor de Teologia Exegética, tem mestrado e doutorado na área de Novo Testamento. Consultor de Tradução da Sociedade Bíblica do Brasil, é professor da Universidade Luterana do Brasil, em Canoas (RS). É tradutor do Novo Testamento Interlinear Grego-Português (SBB) e autor de Princípios de Interpretação Bíblica (Editora da Ulbra).
DIVULGAÇÃO
A transmissão do texto bíblico - Vilson Scholz: A Bíblia, escrita em hebraico, aramaico e grego, é uma coleção de livros que ficou pronta há mais ou menos dois mil anos. Se hoje os textos originais são traduzidos, cabe perguntar: Como esses textos foram preservados? Onde estão publicados? Como ter acesso a eles? Esta palestra, que inclui temas relacionados com paleografia, arqueologia e crítica textual, procura mostrar como a Bíblia foi transmitida, desde o tempo dos profetas e apóstolos, até os dias de hoje. A missão de levar a Bíblia à Pátria – Ricardo Oliveira: Nesta palestra, serão destacados os vários esforços da Sociedade Bíblica do Brasil (SBB) para difundir a Bíblia e a sua mensagem. Entre os destaques está a apresentação dos programas bíblicos de impacto social da entidade, voltados especialmente para as populações em situação de risco social, e o programa sócio evangelizador, mantido pela SBB há mais de 30 anos. Ricardo Oliveira – Pastor, graduado em Teologia pela Faculdade Batista do Paraná e pósgraduado em Gestão Estratégica Empresarial e Comercial pelo Instituto Educacional do Rio Grande do Sul, é gerente da Unidade Regional da SBB em Porto Alegre, desde 2015. A Bíblia e a Reforma — Lutero, de analfabeto bíblico a tradutor da Bíblia para a língua do povo – Mario Paiva: Esta palestra demonstra a centralidade da Bíblia no movimento da Reforma desde os seus primórdios, culminando com o lançamento da tradução da Bíblia feita por Lutero na língua do povo. Ao final da palestra, o participante conhecerá o contexto histórico dos primórdios da Reforma, verá como a tecnologia impulsionou o movimento e constatará como a tradução feita por Lutero plasma a arte da tradução bíblica até aos dias de hoje. Mario Paiva – Pastor, graduado em Teologia pelo Seminário Betânia de Altônia (PR), atua há quase 10 anos na área de Desenvolvimento Institucional da Unidade Regional da SBB em Porto Alegre, atendendo todas as denominações e pastores do Rio Grande do Sul .
Artigos
A Suficiência da Escritura A doutrina da suficiência das Escrituras repousa no coração do que significa ser um protestante. Protestantismo e catolicismo romano compartilham muito em comum em termos de teologia básica, tal como o comprometimento com as doutrinas da Trindade e encarnação. Quando se fala a respeito de assuntos de autoridade, entretanto, há grandes divergências. Uma dessas é a respeito da Escritura: a Escritura é suficiente como autoridade para a igreja ou não? POR: CARL TRUEMAN
A suficiência das Escrituras é, obviamente, uma doutrina que está de pé em positiva conexão com várias outras convicções teológicas, tal como inerrância, a extensão do cânon e a perspicuidade, ou clareza, da Escritura. Tudo isso ajuda a moldar nosso entendimento da suficiência, mas está além do escopo desse breve artigo. Dessa forma, focarei na doutrina como ela é entendida de forma geral por aqueles que aceitam o consenso confessional protestante acerca desses assuntos, como é retratado na segunda confissão de Londres, as três formas de unidade e os padrões de Westminster O que significa que a Escritura é suficiente? Precisamos, é claro, analisar o que significa quando dizemos que a Escritura é suficiente. Se meu carro quebra,
ou estou tentando investigar quem cometeu um crime em um enigma particularmente complexo, não encontrarei a resposta na Bíblia. Nem encontrarei a discussão do genoma humano, ou as regras de um jogo, ou as marcas das asas da borboleta da América do Norte. Na verdade, o escopo da suficiência das Escrituras é simplesmente resumido na Questão 3 do Breve Catecismo de Westminster: 3. Qual é a coisa principal que as Escrituras nos ensinam? A coisa principal que as Escrituras nos ensinam é o que o homem deve crer acerca de Deus e o dever que Deus requer do homem. Em outras palavras, as Escrituras são suficientes para uma tarefa específica: elas revelam quem Deus é, quem o homem é em relação a ele e como esse relacionamento deve ser articulado em termos de adoração.
Mesmo com essa definição, entretanto, precisamos ser precisos a respeito da natureza dessa suficiência. Em algumas áreas, as Escrituras são suficientes para ensinar princípios, mas não para prover detalhes específicos. Por exemplo, enquanto elas claramente ensinam que a igreja deveria se reunir para adoração no Dia do Senhor, elas não especificam precisamente tempo e local. Nem minha congregação local, nem o tempo de nossos serviços são mencionados em lugar algum do Novo Testamento. A suficiência das Escrituras não é prejudicada por essa carência. A Escritura nunca teve a intenção de falar com precisão sobre tais detalhes locais. A última observação talvez seja óbvia. Um ponto mais sútil sobre a suficiência das Escrituras pode ser deduzido das epístolas pastorais de Paulo.
SUFICIÊNCIA DA ESCRITURA
uando Paulo as escreve, ele está dispondo seu modelo para a igreja pós-apostólica. É, portanto, Q significante que ele não diga simplesmente a Timóteo e Tito para ter certeza que haja cópias da Bíblia disponíveis para a igreja. Se a Escritura em si e fora de si mesma eram suficientes para manter a verdade da fé, certamente isso é tudo que ele precisaria ter feito. Em vez disso, ele não somente enfatiza a importância da Escritura, mas também diz que há necessidade de oficiais (presbíteros e diáconos) e de adesão a uma forma de palavras sãs (um ensino credal tradicional). Então, dizer que a Escritura é suficiente para a igreja não é dizer que há somente uma coisa necessária. Oficiais e credos/confissões/estatutos de fé (formas que concordam com as sãs palavras) também parecem ser parte básica da visão de Paulo para uma igreja pós-apostólica.
Dados esses fatores, há um sentido em que podemos dizer que os protestantes acreditam na insuficiência das Escrituras: reconhecemos que a Escritura é insuficiente para muitos detalhes da vida diária, tal como a manutenção de uma motocicleta e cozinhar carne. É até mesmo insuficiente para o dia-a-dia e boa saúde da igreja: precisamos de presbíteros, diáconos e modelos de sãs palavras. Ela é suficiente, entretanto, para regular o conteúdo doutrinário da fé cristã e a vida da igreja em um nível
principal. Esse é o ponto de Paulo em 2Timóteo 3.16. Em outras palavras, falar da suficiência das Escrituras é uma forma de falar acerca da autoridade única da Escritura na vida da igreja e do crente como autoritativa e fonte suficiente para princípios de fé e prática. A Escritura é suficiente para o que? Podemos elaborar isso. Primeiro, a Escritura é suficiente como base noética do conhecimento de Deus. Isso significa que toda afirmação teológica .
SUFICIÊNCIA DA ESCRITURA
tem que ser consistente como ensino da Escritura. A declaração “Deus é Trindade” não é achada em lugar algum da Bíblia; mas seu conteúdo conceitual está lá. Esse é o motivo pelo qual deveria ser afirmada por todos os cristãos. Em contraste, “Maria foi concebida sem pecado original” não é um conceito encontrado na Escritura. Católicos romanos que afirmam a noção revelam dessa forma sua visão que a Escritura não é a base suficiente para teologia, mas precisa ser suplementada pelo ensino do magistério da igreja. Segundo, a Escritura é suficiente para a prática cristã. No nível do comportamento, a Escritura oferece princípios que guiam crentes em suas vidas dia a dia. Isso pode ser uma área complicada: o advento de Cristo demanda que os códigos da lei do Antigo Testamento sejam lidos à luz da sua pessoa e obra, e esse assunto está além do escopo imediato desse pequeno tratado. Mas o princípio da suficiência é claro: dada a dinâmica históricoredentiva, a Escritura provê princípios gerais totalmente adequados e suficientes que podem ser aplicados em situações éticas específicas. Por exemplo, a Bíblia pode não fazer referência às células-tronco, mas contém princípios que deveriam moldar nossas atitudes para com elas. Carl Trueman é professor de História da Igreja no Seminário Teológico de Westminster e pastor da Igreja Presbiteriana Cornerstone em Ambler, Pensilvânia.
Terceiro, no nível da igreja e instituição, a Escritura é novamente suficiente para os princípios de organização e adoração pública. Em termos de organização, tenho já notado o fato de que Paulo vê aqueles que possuem cargos e confissões/credos como vitais para a saúde corrente da igreja. Quanto aos que possuem cargos, a Escritura também descreve o tipo de homens que devem ser apontados. Quanto aos credos, meu primeiro ponto acima – que a Escritura é suficiente como a norma do conteúdo da declaração doutrinária – é claramente relevante. Quarto, em termos de adoração pública, a Escritura é suficiente para estabelecer seus elementos: cantar louvor, oração, leitura e pregação da Palavra de Deus, dízimo e ofertas para a obra da igreja, batismo e a Ceia do Senhor. Com respeito aos credos, a Escritura também é suficiente para regular a agenda e o conteúdo dos sermões, músicas de louvor, orações, com o que o dinheiro será gasto, quem é batizado e quem recebe a Ceia do Senhor. Em resumo, alguém pode dizer muitas coisas acerca de como uma igreja em particular entende a suficiência das Escrituras por olhar para sua forma de governo, o conteúdo e ênfase da sua adoração corporativa e a forma como os presbíteros pastoreiam a congregação.
PROMOÇÕES
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