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De volta à vitrine do mundo sertanejo
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sertanejo assume hoje ‘status’ de música mais popular do Brasil, movimentando um mercado milionário, liderança de vendas, recordes de execução nas emissoras de rádio, compondo um cenário de glamour em superproduções que reúnem milhões de pessoas. É um fato incontestável e fundamentado em um novo gênero musical: o sertanejo pop imprimiu no show business brasileiro as novas cores do sertão. É com grande prazer que entregamos a você a segunda edição de uma revista que vem atendendo o mercado sertanejo e trazendo nomes já consagrados da canção sertaneja. Chegamos com mais uma novidade: a revista a partir desta edição traz novo projeto e sai para conquistar o mercado nacional.
Tudo isso, sem esquecer os nossos valores nacionais e da terra: artistas que se destacam em todo o país e no Triângulo Mineiro com seus trabalhos e que também são personagens especiais nas páginas da revista. A semente está lançada e temos certeza de que, assim como aconteceu com a Cult, a República Cult Sertaneja também veio para ficar e conquistar o seu espaço no mercado de comunicação. Este é o nosso foco e vocês, leitores e anunciantes, são os nossos grandes parceiros, com quem dividimos desde já as nossas melhores expectativas de sucesso. Curtam mais esta edição que já é prenúncio de grandes conquistas (suas e nossas) no mercado do universo sertanejo. A edição você já confere na versão online através do site www.netcult.com.br e em breve estará no ar na APP Store para download. Até a próxima!
Nesta segunda edição você confere a grande atração sertaneja, Gusttavo Lima, como capa, também homenagem em memória à querida dupla Tonico e Tinoco, lançamentos do mês, baladas sertanejas, estilo musical arrocha, que vem conquistando os brasileiros, e muito mais.
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Célio Cardoso dos Santos Glécio Goulart Amui Célio Cardoso, Cássia Lacerda, Chico Lúcio, Camila Lemes, Marcus Vinicius e Analú Guimarães Ferreira e Viola Camila Lemes| MTB MG 15680 JP Chico Lúcio - MTB MG 03682 JP Alessandra Beatriz Jobcriativo Jeferson Santos Mauro Marques, Kaká Fotografias, Studio S, Mauricio Antonio, Gilson Medeiros, Leandro Maldonado, Rubens Cerqueira, André Torres, Douglas Luzz, Leo Faria, Fábio Fonseca, Daniel
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Cavalari, Suzana Nascimento, Joventino Neto, Eugênio Pacelli e Studio Photo Aluizio Juliana Pronunciati, Cristiano Bildeira, Marcus Vinicius, Viviane Santos, Renner Cruz, Erika Andreo, Rogéria Lemos e Ludmilla Pádua, Lilica, Luiz Fernando Medeiros, Karol Borges e Joca Ribeiro
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por Divulgação fotos Gilson Medeiros, Leandro Maldonado e Rubens Cerqueira
Gusttavo Lima, o fenômeno sertanejo universitário
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antor, músico e compositor. Essa é a definição do artista sertanejo Gusttavo Lima. O autodidata da cidade de Presidente Olegário (MG), que toca violão, viola, guitarra, bateria, baixo e sanfona, chegou ao mercado fonográfico com notoriedade, o mineiro é o responsável por dar o tom às canções “Inventor dos Amores” e “Balada”, sucessos em todo o país.
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“Hoje uma das músicas mais tocadas de Gusttavo Lima é o arrocha Gatinha Assanhada” 6 | república cult sertaneja
Com uma estreia surpreendente, o jovem cantor, de 22 anos, tem orgulho da sua trajetória como músico. Gusttavo, que já cantou na Folia de Reis de seu pai, que chegou a formar um grupo musical com os seus irmãos e que também já foi dupla sertaneja com um amigo, deu início a sua carreira solo aos 18 anos. Hoje, o cantor carrega em sua bagagem mais de 150 composições.
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Nivaldo Batista Lima, ou simplesmente Gusttavo Lima (nome artístico que adotou quando era da dupla Gusttavo e Alessandro), gravou, em 2010, o seu primeiro CD e DVD “Inventor dos Amores”, com 22 músicas, onde 16 são composições próprias. Produzido por Pinócchio e lançado pela gravadora Som Livre, o “Inventor dos Amores” ganhou destaque no meio dos fãs da música sertaneja devido ao sucesso das canções: “Caso Consumado”, “Revelação”, “Rosas, Versos e Vinhos”, “Cor de Ouro” e, principalmente, “Inventor dos Amores”.
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O artista, que é empresariado pela Áudio Mix, começou sua carreira artística muito bem, o seu primeiro álbum é recheado de participações especiais, como da dupla Jorge & Mateus (na canção “Inventor dos Amores”), Maria Cecília & Rodolfo (“Te Quero Sim”), Guilherme & Santiago (“Larguei de Ser Besta”) e do artista solo Edson (na música “Super Homem”). Com suas músicas dançantes e contagiantes, Gusttavo Lima estourou rapidamente nas rádios do país e passou a ser um grande nome dos principais eventos do Brasil. Em 2011, subiu ao palco do Parque de Exposições da cidade de Patos de Minas (MG), na Festa Nacional do Milho, no mês de junho, e levou ao delírio um público de 60 mil pessoas por mais de três horas, durante a gravação do seu segundo CD e DVD: “Gusttavo Lima e Você”.
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Também lançado pela gravadora Som Livre, o álbum tem 12 faixas inéditas, dentre as quais está o hit “Balada”, de Cássio Sampaio, uma das músicas mais executadas no Brasil em 2011, que alcançou o TOP 10 da Billboard Brasil. O trabalho, que recebeu o Disco de Platina pela vendagem superior a 1 milhão de cópias e o DVD de Ouro com mais de 50 mil cópias vendidas, traz ainda três composições de Gusttavo: “Demais da Conta”, parceria com André Mineiro, “Fora do Comum”, com Deluka, e “Eu Te Achei”, com Mateus Liduário. Já entre os grandes sucessos, o cantor não deixou de fora hits como “Inventor dos Amores”, “Cor de Ouro”, “Refém”, entre outros. Em abril de 2012, Gusttavo Lima gravou no Credicard Hall, em São Paulo (SP), seu terceiro DVD em dois dias de shows. Para o novo álbum, que trará 25 canções, sendo 22 faixas inéditas e as regravações de “Balada”, “60
Segundos” e “Fora do Comum”, o cantor se apresentou em um cenário moderno com estrutura e tecnologia de última geração. Mesclando o sertanejo de moda de viola, romântico e universitário, ele esteve acompanhado por uma banda exclusiva para este trabalho que, a exemplo dos dois anteriores, mais uma vez trouxe a direção de Anselmo Trancoso. Com a bagagem de quem domina a arte de compor, tocar e cantar, Gusttavo Lima ganhou o seu espaço. Acompanhado por Aguinaldo Júnior (violino), André Luiz Cristino (percussão), Cristiano Pereira Franco (baixo), Flávio Júnior (acordeon e teclado), Iuri Alves (guitarra e violino), André Henrique da Guarda (bateria) e Anaclea de Melo e Carla Cunha Silva (vocais), o artista leva suas canções para todo o público sertanejo do Brasil, sempre com o seu carisma e seu jeito simples de ser. Saiba mais www.gusttavolima.com.br
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por Juliana Pronunciati foto Divulgação
Fátima Leão: o estilo romântico que conquistou os sertanejos C om uma voz grave inconfundível e letras pra lá de românticas, Fátima Leão é uma das maiores compositoras do país, conservando o título de recordista de sucessos gravados: mais de 2 mil. Entre os intérpretes das suas músicas, estão alguns dos maiores nomes do sertanejo, como Bruno & Marrone, Zezé di Camargo e Luciano, César e Paulinho, Guilherme e Santiago, Milionário e José Rico, Gian e Giovani e César Menotti & Fabiano.
Fátima Leão foi responsável pelo êxito da dupla Bruno & Marrone, que gravou o sucesso “Dormi na Praça”, de sua autoria. “Tranque a Porta e Me Beija”, “Alô”, “Fã”, “A Fila Anda” são outras composições de Fátima. Para ela, a música romântica consegue atingir diretamente o sentimento das pessoas, mas deve vir acompanhada de certa animação, como a dança. “Não deixa de ser romântico por isso, porque une corpo, pele, olhares e coração”, ressalta.
Nascida em Rio Verde (GO), Aparecida de Fátima Leão, como foi registrada, desde cedo teve o gosto musical influenciado pelos avós. O avô preferia Tonico e Tinoco, Zico e Zeca, Tião Carreiro e Pardinho, enquanto que no rádio da avó as mais tocadas eram as músicas de Ângela Maria, Nelson Gonçalves e Amália Rodrigues. “Eu cresci nessa farofa. Depois de uma certa idade, comecei a ouvir Caetano Veloso, Maria Bethânia e Toquinho e Vinícius”, conta. Ainda jovem, ela começou a cantar em festas, gincanas, missas, barzinhos, até que conseguiu gravar a primeira música e, com o dinheiro dela e de outros trabalhos que vieram em seguida, comprar o primeiro apartamento.
Depois de 17 anos afastada dos palcos, recentemente Fátima Leão voltou a fazer shows. “Pecado de Amor” foi a música escolhida para o retorno. Bem recebida pelas rádios e também pelo público jovem, a cantora e compositora planeja lançar um DVD. “E continuar no palco, que é minha vida”, afirma. Ela ainda revela ser fã de “sertanejo universitário”, como ficou conhecido o trabalho das duplas da atualidade. “Tudo no mundo evolui e eles falam de amor da forma que conhecem. Uma paixão bem-humorada. Sou fã da maioria”, conclui.
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Saiba mais www.fatimaleao.blogspot.com
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por Chico Lúcio fotos Guto Costa
Paula Fernandes e seus encantos em novo disco Ela está de disco novo e continua encantando multidões com a poesia de suas canções. Letras e melodias que falam a linguagem do coração. Exatamente como ela, Paula Fernandes de Souza: linda, serena e verdadeira. Mulher e música na forma divina que eterniza essa mineira de Sete Lagoas no dom de emocionar as pessoas.
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uando um trabalho é verdadeiro, há de acontecer algo, não importa o tempo que leve. Acredito no sentimento, na composição, no poder da música e no processo de causa e efeito das coisas. Hoje me sinto mais forte e capaz de tocar minha lida. E se não for do jeito que sempre fiz, não vai ser eu”. É assim que Paula Fernandes apresenta seu novo trabalho “Meus Encantos” lançado pela Universal Music. Sétimo disco de carreira (considerando seus dois primeiros vinis), o disco traz 15 canções inéditas. Algumas escritas recentemente, outras guardadas a dois, três, cinco anos; mas nada soa distante do universo que Paula vem mostrando em seus discos anteriores. Os temas abordados, parte do seu universo criativo, expressam sentimentos profundos de amor e amizade, o cotidiano das pessoas, a ligação com a terra e com o universo.
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Por isso, o nascimento de “Meus Encantos” foi natural, algo que foi crescendo ao longo da última turnê. Paula e seu produtor musical, Márcio Monteiro, primaram pelos detalhes, arranjos e melodias sem se afastar da essência e buscando uma novidade no som. A faixa que dá nome ao disco exemplifica isso. Irmã gêmea de nascimento de “Meus encantos”, “Cuidar mais de mim” abre o disco, revelando a coragem e o peito aberto da cantora. As emoções movem a engrenagem do trabalho de Paula Fernandes. Através das músicas, ela descobriu desde nova que poderia sofrer, chorar ou sorrir. “Cantar o sentimento da forma mais simples é mágico para mim”. A frase com toque singelo ganha estatura de gigante quando se ouve músicas como “Eu sem você”, a orquestral “Além da vida” e “Nunca mais eu e você”, com clima mais noir, que fala abertamente do sentimento exposto. No disco, Paula não segue apenas caminhos densos. Também refletem a luz do sol, o correr das águas e a alegria da vida do interior. “Mineirinha ferveu” e “Barco de Papel” apontam para o ar. A levada mais dançante também marca “Se o coração viajar“, música da safra antiga que quase foi parar na voz de outros artistas, mas resgatada a tempo pela cantora. “Aos olhos do tempo”, dona de uma pegada mais pop rock e refrão pra cantar junto, é mais uma da família elétrica de Paula, porém com linhas e entrelinhas menos entusiasmadas. “Na contramão” é acompanhada por uma forte presença do violão, e nasceu inteira de uma só vez, quando ela viajava de férias. “Por mais que eu lide com a realidade, minha vontade é sempre expressar o que está mais dentro - o sorriso, a pureza ou até mesmo o amor, que é algo que não se explica com palavras“, diz Paula. Foi desta busca que nasceu “Versos de amor”, canção com cara de folk antigo, inspirada nos Eagles, com versos dilacerados, tecidos sobre a dor.
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“O que faço flui de mim” O álbum “Meus encantos” tem apenas uma participação especial: Zé Ramalho, poeta e cancioneiro de outros sertões, percorre de mãos dadas com Paula a bela “Harmonia do amor”. Pelas entranhas da terra, “Céu vermelho” enraíza o trabalho de Paula Fernandes e pede a bênção para continuar. Os duetos que foram incluídos como faixas bônus no disco são frutos de experiências vitoriosas recentes: o sucesso “Long live”, com a vencedora do Grammy, Taylor Swift, e a singela “Hoy me voy”, ao lado do popstar latino Juanes. Em ambas, Paula escreveu sua versão da letra em português. Os versos em português de “Hoy me voy” também saíram de uma tacada só. O encontro com Juanes em Miami durante a gravação do MTV Unplugged do artista é algo que vai ficar marcado para sempre na memória da brasileira. Artista que começou cedo - aos 8 anos descobriu a paixão pelo canto e aos 12 a composição, Paula Fernandes sempre esteve ligada à música e ao palco. Ainda menina em Sete Lagoas, região mineira aos pés da Serra do Cipó, e depois em Belo Horizonte e São Paulo, onde se aventurou em busca do sonho de cantar, ela sempre buscou este momento de realização, de viver de seu dom, sua música. Explicar o que significa este momento cheio de “encantos” é tão complexo quanto querer transcrever sua inspiração. “Música para mim é uma fórmula química. Não é uma mensagem quadrada; ela envolve sutilmente. O que faço flui de
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mim, são as verdades que fui descobrindo com o tempo. Fico muito feliz em ver as pessoas se identificando e o resultado que trouxe para nossas vidas”. O álbum “Meus Encantos” tem o mérito de mostrar que Paula Fernandes não é apenas uma menina bonita que sabe cantar, pois seu trabalho estabelece a conexão entre música e alma. No vestibular do subgênero chamado “sertanejo universitário”, Paula é um dos poucos nomes que realmente conseguiu aprovação, mesmo porque ela tem estilo próprio e canta pop rural. Neste novo disco, ela nos convence de que a hegemonia masculina no cenário da música sertaneja não é uma barreira intransponível. “O show tem que ser espetáculo” O disco “Meus Encantos” chega às lojas rodeado de expectativas após a marca histórica de 1,7 milhões de cópias vendidas de seu antecessor, o CD e DVD “Paula Fernandes Ao Vivo”. A cantora, porém, procura não se deixar afetar pelas cobranças. É um momento de continuidade. De levar adiante tudo que plantou e colheu com suas inspirações mais íntimas e trabalho árduo. “Não consigo ver a música como um produto comercial, não cultivo isso. Estou sempre envolvida em meu universo poético e não me conecto com as coisas superficiais. A arte me envolve e quanto menos eu racionalizar melhor. Não vou me cansar de criar. Construir algo útil para o mundo é a essência de tudo”. E é assim que Paula mostra seu novo trabalho. Sem inventar nada, ela se concentra apenas em ser - e emocionar: seu grande dom. Vale destacar neste disco o trabalho impecável da banda de Paula Fernandes formada por André Porto (guitarra e violão de 12 cordas), Ricardo Gomes (baixo), Ricardo Bottaro (teclados, hammond e moog), Sérgio Saraiva (acordeon e piano), Marcio Bianchi (bateria) e Marcio Monteiro (guitarra, violão nylon, bandolim e teclado). A temática do novo disco de Paula foi teatralizada no palco com um show de concepção cênica belíssima. Ela explica que escolheu o cenógrafo Gringo Cardia (que já trabalhou no Cirque du Soleil) por querer que a nova turnê fosse “o mais teatral possível” e que agradasse tanto as crianças quanto os adultos. “O show tem que ser espetáculo. Eu não quero passar só a minha música, como artista, quero mostrar minha música de uma forma mais concreta. Queria um show que deixasse bem claro minha essência de fantasia, desse universo que é quase infantil, mas ao mesmo tempo traz uma magia para o adulto também. Quem não gosta de ver alguém sentando numa lua? E trazendo elementos que são importantes para mim e fazem parte da minha história: pedra, cavalo, estrela, cachoeira. Então, ali sou eu. Não vim nesse mundo para fazer qualquer coisa. Eu acho que é importante a gente dar o melhor. E no meu show estou oferecendo o melhor que posso”, revela Paula. Saiba mais www.paulafernandes.com.br
“Meus Encantos” 250 mil discos vendidos em apenas cinco dias
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por Serifa Comunicação foto Divulgação
“Gargantas de Ouro do Brasil”, Milionário e José Rico têm admiradores de todas as faixas etárias
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onhecidos como “As Gargantas de Ouro do Brasil”, Milionário e José Rico formam uma das duplas sertanejas mais famosas do Brasil. São mais de 40 anos de carreira e sucessos que continuam sendo cantados por admiradores de todas as idades, como “Estrada da Vida”, “Viva a Vida”, “Decida”, “Boate Azul” e “Agenda Rabiscada”. Além da música, Milionário e José Rico também gravaram dois filmes: “Na Estrada da Vida”, em 1980, e “Sonhei com Você”, em 1988. Romeu Januário de Matos, o Milionário, nasceu em Monte Santo de Minas (MG), em 4 de janeiro de 1940. Antes de ser cantor, trabalhou como pedreiro, garçom e pintor. A inspiração musical veio da mãe, a qual observava cantar desde cedo e assim aprendeu “de ouvido” a arte. José Alves dos Santos, o José Rico, nasceu em São José do Belmonte (PE), no dia 29 de junho de 1946, mas foi criado em Terra Rica (PR). Em alusão ao nome onde viveu a infância, adotou o sobrenome Rico, que foi registrado em cartório. O primeiro encontro entre os dois aconteceu em 1970, em São Paulo, quando eles foram para a capital paulista em busca do sucesso com a carreira de cantores e se hospedaram no
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mesmo hotel, o “Hotel dos Artistas”. Na época, eles se apresentavam em circos. Ao serem apresentados, Romeu disse a José Rico: “Se você é o José Rico, pode me chamar de Milionário”. Daí surgia uma parceria de sucesso que permanece até hoje. Apesar de adotarem o estilo sertanejo, Milionário e José Rico sempre tiveram algo diferenciado, já que José Rico sempre gostou dos mais variados tipos musicais, como a gaúcha, mexicana, paraguaia e cigana, que influenciaram no ritmo deles. O uso de instrumentos como harpas, trompetes e, em especial, o acordeon, demonstrou esta miscigenação e riqueza musical. Em 1991, após a gravação de um dos álbuns, a dupla se separou por três anos. Durante esse tempo, José Rico gravou dois discos. Milionário formou dupla com o Mathias (da dupla Matogrosso e Mathias) e José Rico tentou a carreira solo. No entanto, o destino colocou novamente os dois juntos e hoje a dupla, com quase 30 discos gravados e cerca de 35 milhões de exemplares dos álbuns vendidos, continua animando as mais variadas festas em todo o Brasil e fazendo sucesso entre públicos de todas as faixas etárias. Saiba mais www.milionarioejoserico.com.br
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por Camila Lemes fotos Kaká Fotografias
Nando Moreno, a revelação do sertanejo romântico R
econhecido por seu carisma e estilo romântico, Nando Moreno tem conquistado cada vez mais o seu espaço no mercado sertanejo e nos veículos de comunicação. Por diversas vezes o cantor conquistou a primeira colocação no “Paradão Paranaíba”. Hoje, sendo uma das atrações do Camaru 2012, ainda continua entre os primeiros colocados na rádio com a música de trabalho “Bebo e choro”. O cantor baiano, natural de Morro do Chapéu-BA, começou sua carreira ainda criança. Vindo de família humilde, a vida de Nando sempre foi feita de desafios e obstáculos. Aos oito anos, bateu de frente com as dificuldades e se propôs a trabalhar no campo para ajudar a família. A inspiração e gosto pela música foram motivados ao acompanhar os trabalhos de seus ídolos Milionário e José Rico, João Mineiro, entre outros. Para consolidar a fase de sucesso, Nando Moreno gravou em maio deste ano, no Castelli Máster, seu primeiro DVD trazendo participações especiais de nomes já consagrados no mercado, como Humberto e Ronaldo, Gino e Geno, Rio Negro & Solimões, Cristiano Araújo, Matheus e Kauan, Diego e Victor Hugo e Cuiabano Lima. A festa contou com uma mega estrutura organizada pela HSom. Confira alguns cliques do evento. Saiba mais www.nandomoreno.com.br
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por Som Livre fotos Joventino Neto
Cristiano Araújo lança novo trabalho ao vivo P
arte da quarta geração de músicos da família, Cristiano Araújo ganhou seu primeiro violão aos seis anos e compôs sua primeira música aos 10. Aos 13 anos, gravou seu primeiro CD, com cinco músicas, para participar do Festival do Faustão. Ficou entre os melhores da região centrooeste e gravou uma faixa no CD Jovens Talentos. Depois de participar de algumas duplas sertanejas, o cantor decidiu, em 2010, apostar novamente na carreira solo. E deu certo. Atualmente, Cristiano faz em média 22 shows por mês e a parceria com uma grande gravadora vem para coroar o seu sucesso. Chega às lojas o novo trabalho do cantor Cristiano Araújo. Gravado em Goiânia (GO), cidade natal de Cristiano, o CD e o DVD estão repletos de participações, como a de Bruno & Marrone em “Bara Bara”, canção de Dorgival Dantas, e a da dupla Fernando & Sorocaba em “Assim Você Mata o Papai” (Nicco Andrade), música que embala as divertidas cenas do personagem Leleco - vivido por Marcos Caruso - na novela Avenida Brasil, com a banda Sorriso Maroto. Outro destaque do repertório é o hit “Efeitos” (Raynner Sousa/Vitor Leonardo/D’stefany Lima/Cristiano Araújo), responsável por alçar o cantor à fama. Lançada em um trabalho independente no primeiro semestre do ano passado com a participação de Jorge, da dupla Jorge & Mateus, a música rapidamente tornou-se conhecida. Com ela, Cristiano foi o vice-campeão do concurso Garagem do Faustão e, por isso, abriu o Sertanejo Pop Festival, um dos principais festivais do gênero do país. Em dezembro de 2011, quando o Google divulgou a “Zeitgeist”, uma série de listas com os termos mais buscados em seu site durante o ano, a canção estava em terceiro lugar na categoria “letras de músicas mais procuradas no Brasil”, atrás somente de Paula Fernandes e Luan Santana. Atualmente, o clipe oficial do hit tem mais de 8 milhões de visualizações no YouTube. Além das já mencionadas, estão no disco canções como “Eu Sou Seu, Meu Bem” (Roniel/Rafael/Joelson), uma das faixas de sucesso do CD Na Pegada do Arrocha, e a autoral “É Fato”, presente no CD da coletânea romântica Sertanejo Pra Namorar. No DVD desta mesma coletânea está presente ainda outra música de Cristiano: “Me Apego” (Raynner Sousa/Nivardo Paz). O trabalho inclui também dois pot-pourris: um unindo as músicas “Relaxa” (Junior Lobo) e “Bebendo, Cantando e Chorando”, composta por Cristiano em parceria com Diogo Vieira, e outro das canções “Esta Noite Foi Maravilhosa (Wonderful Tonight - Eric Clapton - vs. Paulinho Rezende) e “Não Precisa Perdão” (Rick/João Paulo) com a participação especial de João Reis. Cristiano Araújo será uma das atrações do Camaru 2012, ao lado de Gusttavo Lima, Paula Fernandes, Alexandre Pires, Eduardo Costa, Leonardo, Israel & Rodolfo e outras estrelas. Saiba mais www.cristianoaraujooficial.com.br
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por Camila Lemes foto Daniel Cavalari
Na parada musical com Alexandre Pires M
ineirinho de marca registrada, Alexandre Pires começou a carreira musical em 1989. Ao lado do irmão Fernando, do primo Juliano, e alguns amigos de Uberlândia e região criaram o Só Pra Contrariar (SPC), grupo musical de sucesso em meados de 90. O destino foi mais além para Alexandre. Em 2001, gravou seu primeiro álbum solo e a partir daí o sucesso não parou mais. Hoje, com 22 anos de carreira, Alexandre Pires volta a brindar nossa cidade com seu embalo e melodia em um dos eventos mais movimentados, o Camaru 2012. A mistura do sertanejo integrado ao pagode forma o Sambanejo, ritmo que tem ganhado cada vez mais espaço em nossa cidade. Fiel às suas origens, por onde passa deixa sua marca registrada, emocionando a todos com sua rima perfeita e ritmo quente. Este ano, não poderia ser diferente. O cantor vive um momento único. Recentemente, lançou seu mais novo DVD, intitulado “Eletrosamba”, o terceiro ao longo da carreira e traz como participações de nomes já consagrados no mercado, como Cláudia Leitte, Xuxa, Neymar, Abadia Pires, SPC e Mumuzinho. Além disso, participou como convidado especial na gravação do DVD da dupla Chitãozinho e Xororó que comemorou 40 anos de carreira. Com o seu mais novo sucesso, “A chave é o seu perdão”, Alexandre tem sido bastante executado em todas as rádios do Brasil, especialmente na Paranaíba FM. Saiba mais www.alexandrepires.uol.com.br
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por Chico Lúcio fotos Guto Costa
“Pecado de Amor” mostra todo romantismo de Eduardo Costa
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uem nunca cometeu um pecado de amor? Com essa pergunta, o cantor e compositor mineiro Eduardo Costa apresenta seu novo trabalho - “Pecado de Amor”, que acaba de ser lançado pela Sony Music. “Quando você começa amar alguém está sujeito a isso. Porque é um sentimento muito forte, intenso. É natural que a gente cometa alguns pecados”, define. Ao ouvir seu novo álbum, predomina a constatação de um trabalho bem elaborado, seja nas canções mais românticas, nos boleros ou mesmo quando ele se arrisca em forrós, tudo é permeado por bom gosto de arranjos, timbres e harmonia vocal. Isso se comprova logo na primeira das 16 faixas do disco, “Vida sem Alma”. Ele também bebe de outras fontes. Cita Michael Bolton, Gypsy Kings e Richard Marx como referências pop e gringas, e os amigos Paula Fernandes e Alexandre Pires entre os brasileiros. Com mais de 20 anos de carreira e mesmo entre os artistas brasileiros mais bem-sucedidos
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da atualidade (e não apenas no gênero por onde trafega), Eduardo gosta de falar sobre ter saído do interior de Minas aos 8 anos sabendo o que queria e o faz humildemente: “Ainda não acredito onde consegui chegar”, confessa.
É sinal de que as canções tocaram os corações das pessoas e é isso que eu desejo para este novo CD. Procuro compor e gravar somente o que eu gosto e acredito. Canto com a alma e o coração”, enfatiza.
A faixa-título, “Começar de Novo”, em poucos dias tornou-se uma das mais executadas nas emissoras de rádios do país. Eduardo diz que foi (feliz) coincidência essa primeira música de trabalho ser a balada envolta em piano. O clipe da canção já possui mais de 800 mil visualizações no YouTube, sendo a letra assinada por Nildo Aquino e Mozart. Mas o romantismo que preenche o disco é tradição, não acaso, na balada romântica “Se Não Vai, Eu Vou” comandada pelo acordeão. Ou tendo o mesmo instrumento a agitar os forrós “Dança Louca”, “Aperte o Play” e “Anjo Protetor”, esta última composição própria, em versão mais suave do gênero. Os arranjos tão delicados quanto bonitos pontuam as românticas “Pecado de Amor (Se Deus Não Escreveu Assim)”, “Eu Perdi Você” e “Eu Quero te Dizer que Sim”, outra que leva sua assinatura.
“Não virei cantor, já nasci cantando” Para Eduardo Costa as letras precisam valorizar as mulheres. “Tem que falar que ama, que gosta. As canções sertanejas de dez anos atrás, muitos brincavam que era música de corno, mas, mesmo assim, a letra falava sobre amor. Eu acho que isso é importante para valorizar a música sertaneja. Minha preocupação é fazer música com qualidade, porque existe muito de fazer estas músicas ‘chicletes’ no sertanejo. Isso deixa nossa música em uma situação complicada, perde a qualidade e acaba. Eu não critico nenhum artista, quem sou eu para fazer isso, mas sempre digo que por trás de uma música ruim tem uma família sendo cuidada, porque está gerando emprego. Acho que hoje muitos compositores estão pegando pesado com suas letras e não estão se preocupando com a qualidade”, alerta.
A linha pop assume a frente em baladas fortes como “Na Rua” e “Te Amo, Te Amo, Te Amo”. O disco ganha cheiro do campo, como um café recém-passado pela manhã em “Sem Ela ao Meu Lado” e “O Mais Amado dos Homens”. Eduardo trafega também por outras vertentes da música popular brasileira e abre espaço para um pagode em “Presente de Aniversário”. Nessa composição assinada por ele, abre também a porta do estúdio para a participação especial de seu amigo Alexandre Pires. “O Alexandre é muito meu amigo e um artista de grande credibilidade. Sempre tive vontade de gravar com ele. Tinha feito esse samba que é bem alto-astral e ele me ligou por coincidência na hora em que estava em estúdio. Resolvi chamálo e o resultado ficou muito bacana” comemora. Já a canção “Tô Caindo Fora” é conduzida por dedilhado suave e “Amor Além da Vida”, outra de Eduardo, fecha o trabalho como balada romântica forte de acordes abertos. Tudo isso com a produção assinada pelo genial César Augusto.
Considera também que hoje muitas músicas vulgarizam a mulher. “A música sertaneja atual banalizou as mulheres e só pensa em falar de tchu, tcha, tchê. Anda extremamente apelativa e parecida com o funk, por se preocupar basicamente com refrões que vão estourar e não com a melodia e as letras. Isso acaba queimando muito o filme dos sertanejos de verdade, porque tira a magia e a essência romântica do gênero”. E cobra mais empenho dos compositores: “Está faltando esse tipo de música no mercado, com bons arranjos, boas letras”.
“Em primeiro lugar, a preocupação com esse novo CD era de fazer uma coisa não só voltada para o comércio, mas focada no conteúdo musical, com letras com conteúdo, mesmo com as que são engraçadas, mas que fossem engraçadas e inteligentes. Fiz com tanto carinho esse disco que espero que as músicas virem trilha sonora da vida de cada um. É muito bom ouvir histórias como, casei com sua música, comecei a namorar no seu show.
Eduardo Costa (nascido Edson Vander da Costa Batista, no dia 13 de dezembro de 1979, em Belo Horizonte) leva uma vida saudável, cuidando exemplarmente do físico, o que está bem claro em seu corpo malhado e na barriga de tanquinho que mexe com a cabeça da mulherada. Mesmo assim ainda está à procura de sua tampa da panela. Enquanto isso, nos raros momentos de descanso, voa para sua mansão cercada pelas águas e encantos da paradisíaca Escarpas do Lago, na cidade de Capitólio, no sudoeste mineiro. É lá que ele renova sua energia, seu romantismo e o amor pelo seu trabalho. “A gente não escolhe a música, é a música que escolhe a gente. Não virei cantor, já nasci cantando. Canto por amor. A música é muito mais do que uma forma de ganhar dinheiro. É um dom, um vício e uma paixão”, conceitua. Saiba mais www.cantoreduardocosta.com.br
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por Chico Lúcio foto Guto Costa
Leonardo, um sertanejo acima de modismos
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le já conquistou o seu espaço definitivo na música sertaneja. Mais que isso, tornou-se referência e virou escola para outros artistas do gênero. Estou falando de Emival Eterno da Costa, o cantor goiano Leonardo: maior ícone sertanejo romântico do Brasil e um dos artistas mais queridos e carismáticos de todos os tempos. Indiferente aos modismos, hoje em alta no chamado sertanejo universitário, e com um trabalho consolidado e de forte personalidade musical, Leonardo cumpre sua agenda lotada de shows cantando os hits que o consagraram, desde a época em que
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fazia dupla com o irmão Leandro, até seu mais recente trabalho “Nada Mudou”, lançado no final de 2011, pela Universal Music. Um disco para agradar tanto àqueles que já estavam há algum tempo por aí, quando “Entre Tapas e Beijos” estourou, como para os que são tão jovens que nem imaginam que existiu um mundo sem internet, música sertaneja na grande mídia, Ipad, telefone celular e eleições diretas. Muita coisa pode ter mudado nesses anos todos, mas o sucesso de Leonardo superou todos os obstáculos e continua firme e forte.
E seu novo álbum e turnê - intitulado “Nada Mudou” - tem tudo para manter firme e forte essa sua incrível capacidade de cativar o público brasileiro de norte a sul, de leste a oeste. Sempre atento aos sucessos internacionais que eventualmente possam render boas releituras à sua moda, Leonardo mostra em “Nada Mudou” mais dois exemplos dessa percepção. Para quem não se lembra, ele já gravou versões de músicas de Eric Clapton, Simon & Garfunkel e Richard Marx, entre outros. O clássico “Stand By Me”, que estourou nos anos 60 na voz de um de seus autores, o americano Ben E. King, e também conhecida na gravação de John Lennon nos anos 70, surge neste disco de Leonardo em releitura bilíngue português-inglês. Por sua vez, “Baby, Fala Pra Mim” é a versão em português de “Quelqu’un M’a Dit”, sucesso de ninguém menos do que Carla Bruni, ex-primeiradama da França e talentosa cantora e compositora pop.
mil cópias de seus trabalhos mais recentes, lançados pela Universal Music. Estima-se que seu total de vendas em toda a carreira ultrapasse os 35 milhões de discos. Isso, sem contar os shows sempre lotados e a agenda de compromissos totalmente preenchida.
Antenado em relação aos novos talentos da música brasileira, o cantor também gravou em seu novo álbum uma composição da estrela mineira Paula Fernandes, a bela balada country “OK”, um dos pontos altos do disco. A faceta mais dançante e bem-humorada de Leonardo marca presença nas faixas “Beber, Beber”, “Bebemorar”, “Mil Perdões” e “Homem é Quem Nem Lata”. Já as idas e vindas do amor marcam “Vida Nova, Novo Amor”, “Sem Vergonha, Sem Juízo” e “Leviana”, assim como a bela canção “Nada Mudou” que dá título ao álbum. E o romantismo mais rasgado dá o tom à delicada “Além do Sol, Além do Mar”, com elaborado arranjo de cordas. A produção do disco tem assinatura de Luiz Carlos Maluly.
Uma história de vida Leonardo tem na fatalidade um elemento que fortalece ainda mais sua empatia com o povo brasileiro. A morte do irmão Leandro, em 1998, provocada por um tipo raro de câncer no pulmão, comoveu todo o país e a dor se transformou em solidariedade coletiva. O fim da dupla deu a Leonardo a possibilidade de seguir uma carreira solo de grande sucesso. Recentemente, o acidente automobilístico com seu filho Pedro (que faz dupla com Thiago, filho de Leandro) também veio unir as pessoas em torno de Leonardo, compartilhando com ele mais um momento de dor. A dramática recuperação de Pedro foi acompanhada pelos brasileiros durante os 80 dias em que esteve internado em São Paulo. São episódios da vida real que fazem de Leonardo uma figura familiar, nas horas difíceis da vida, fato que não ocorre com outros artistas ou figuras públicas que não cativam a simpatia de ninguém.
Em 1983, a canção “Entre Tapas e Beijos” virou um estouro nacional e ajudou a tornar a música sertaneja um fenômeno de vendas e popularidade em todas as faixas etárias e classes sociais. Desde então, muita coisa mudou no Brasil. Uma delas, no entanto, permanece a mesma: a trajetória de sucesso de Leonardo, intérprete daquele e de dezenas de outros hits que vieram logo a seguir e que as pessoas cantam de cor e salteado nos shows, bares, rodas de violão, karaokês, etc. Na estrada da vida de milhões de pessoas, as canções interpretadas por Leonardo são trilha sonora permanente. Tanto em dupla com o saudoso irmão Leandro, como em sólida carreira solo (iniciada em 1999), o sempre simpático cantor continua absoluto nas primeiras posições das paradas de sucesso desse país alegre, romântico e musical. Nos últimos quatro anos, Leonardo vendeu mais de 500
Um dos segredos de tamanha popularidade é a capacidade que esse intérprete possui de se renovar e de reunir em seus CDs um repertório sólido e diversificado, sem se limitar a um único rumo musical. Sertanejo de raiz, forró, arrasta-pé, country, pop romântico, são diferentes variáveis, mas sempre tendo a voz doce e inconfundível do astro goiano ditando a direção e a coesão de seus álbuns. Figura querida no meio artístico, Leonardo é proprietário da Talismã Music, empresa que administra as carreiras de Paula Fernandes, Eduardo Costa, Di Paullo e Paulino, e do próprio Leonardo.
A repercussão do acidente levou Leonardo a estrelar recente campanha do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) visando reduzir os acidentes de carro. Sua tragédia pessoal foi tematizada para alertar todos os brasileiros de que os altos índices de acidentes de trânsito no país podem ser diminuídos. Alegrias e tristezas da trajetória da dupla Leandro e Leonardo serão contadas no cinema com o filme “Não Aprendi Dizer Adeus” já em andamento, inclusive com o ator Bruno Gagliasso no papel de Leonardo. Uma história de vida que será compartilhada nas telas de cinema e com certeza emocionará a todos nós. Saiba mais www.leonardo.uol.com.br
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texto e foto Divulgação
O fenômeno musical Israel e & Rodolffo N
uma certa ocasião, em um estúdio na cidade de Goiânia-GO, Antônio, pai de Israel, e Juarez, pai do Rodolffo, se conheceram. Ambos faziam trabalho de gravação de jingles políticos para candidatos de cidades diferentes. Começaram a trocar ideias e, enquanto aguardavam a vez de serem atendidos, descobriram que tinham algo em comum. Tinham filhos pequenos já ensaiando soltar a voz. Um disse que o filho fazia segunda voz, outro disse que o filho fazia primeira voz. Surgiu o interesse de promover o encontro. O tempo passou até que um dia houve o encontro de fato. Israel era muito quietinho e Rodolffo era traquina, mas, aos poucos, foram entrosando, Rodolffo morava em Jaraguá e Israel em Goianésia.
Saiba mais www.israelerodolffo.com.br
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Estavam a 55 quilômetros de distância um do outro. Esse era o grande empecilho da nova dupla. Ora um ia para Jaraguá, ora o outro ia para Goianésia. Após um tempo, a família de Israel resolveu mudar para Jaraguá. A partir daí puderam entrosar melhor e foi assim que tudo começou. No início apresentavam-se em festinhas, casas de amigos, eventos políticos, aniversários e na escola onde estudavam. Aos 10 anos de idade, em 1999, gravaram um CD demo, com quatro musicas inéditas, que não chegou a ser divulgado. Este foi o primeiro trabalho, mais a título de experiência e curiosidade. Foi o suficiente para empolgar os meninos e fazer com que tomassem gosto, de fato, pela música. Daí em diante não pararam mais de cantar e compor, sempre com orientação e responsabilidade do Juarez Diaz. Hoje já têm 4 CDs gravados, um DVD programado para setembro, dessa vez 100% autoral, no qual estão depositando muitas expectativas de ampliar mais ainda os horizontes da dupla.
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por Marcus Vinícius - Blognejo foto Divulgação
João Carreiro & Capataz, o verdadeiro sertanejo em dose dupla
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á tempos não se via tamanha comoção em torno de um disco, no caso “Lado A, Lado B” com João Carreiro & Capataz. A explicação é simples. A música sertaneja tradicional perdeu espaço para a música sertaneja de modinha, muitas vezes “descartável”, voltada à balada, à putaria, à cachaça e afins, adaptações de funk ou de hits nordestinos, além da mais recente modalidade, a tentativa de fazer pegar algum apelido dado ao ato sexual, usada em cada vez mais canções. Mas o fato de ela ter perdido espaço não quer dizer que o seu público deixou de existir. Ele continua fiel, esperando novos lançamentos de artistas que ainda ousam levantar a bandeira da tradição na música sertaneja, valorizando a viola e letras de conteúdo. João Carreiro & Capataz são uma das duplas que melhor representa isso. Por isso, este disco era tão aguardado. Trata-se de um projeto de um disco duplo que demorou dois anos pra sair. O disco 1, ou o “Lado A”, traz 22 músicas de raiz, sendo 15 inéditas de composição do próprio João Carreiro. Todas as músicas tocadas de forma rústica, como era feito antigamente, com quantidade reduzida de instrumentos. O disco 2, ou o “Lado B”, traz 18 músicas, incluindo todas as que foram lançadas após o DVD da dupla, formando o disco normal de carreira, mas com alguns diferenciais importantes para o entendimento dessa comoção. Para começar, o álbum é quase 100% autoral. 15 músicas do Lado A e todas as do Lado B são de autoria do João Carreiro. No lado B, alguns dos principais destaques ficam por conta das participações. Além das já conhecidas, como Gino & Geno na música “Mangueira”, o disco traz ainda uma participação do Juliano Cézar na releitura da música “Melhor do Brasil”, que a dupla já tinha gravado com João Neto & Frederico. Mas os destaques ficam por conta das músicas gravadas com a dupla Matogrosso & Mathias (“Cadê”) e Rionegro & Solimões (“Sete Sentidos”). Duas canções de fazer chorar e que trazem de volta um pouco da magia esquecida do sertanejo romântico. Essa é a grande surpresa do lado B do disco. O lado “romântico” da dupla João Carreiro & Capataz, até então desconhecido, está evidenciado em pelo menos 5 músicas. Outra característica marcante da dupla nestes dois discos é a ausência de preocupação com a escolha de temas e linguagens previamente determinados por um “padrão invisível préestabelecido” na música. No lado A, por exemplo, há uma canção em homenagem ao Lampião, o rei do cangaço e outra feita pelo João Carreiro para homenagear seus vizinhos. No lado B, a mesma coisa: temas até meio subversivos e/ou melodias aplicadas de maneira independente do que o “mercado” manda. A música “Saudade Docê” foi gravada na pegada antiga do rock, como as músicas do Elvis e similares. O rock também foi tema e melodia na música “Roqueirinha”, que não traz nada de sertanejo, exceto a letra.
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A música “É judiação” é uma homenagem ao lambadão cuiabano, original da terra natal da dupla. Por conta disso gravaram parte da música nessa pegada e convidaram o grupo Scort Som para participar da música. A ausência de preocupação com os temas das músicas provavelmente alcança seu ápice na música “Saci”, uma sátira bem-humorada aos usuários de maconha. A última música do lado B, “Sarafa”, é uma homenagem ao pai do Capataz, que faleceu recentemente. O interessante no caso dessa música é que o Capataz não sabia da surpresa e só foi ficar sabendo no dia da gravação da música. É também de saltar aos ouvidos a qualidade da produção. A dupla é avessa à entrega da produção de seus discos aos grandes medalhões, que fazem a maioria dos discos de sucesso. Ao contrário. Encontraram um estúdio na própria cidade onde moram, o “Play Mix”, com uma estrutura de fazer inveja a muito estúdio grande, e deixaram a produção e os arranjos a cargo principalmente do próprio produtor da banda, o Zé Renato Mioto. Aliás, a identidade inimitável é o principal diferencial da dupla. São os principais representantes de um segmento praticamente esquecido, o sertanejo tradicional, e por isso mesmo foram abraçados pelo público sertanejo, o da essência e não apenas de momento. A frase do amigo radialista, Allysson Kalil, explica porque a dupla vai tão bem. “Enquanto a maioria busca apenas a fama, João Carreiro & Capataz constroem uma carreira”. Mais verdade que isso, impossível. Saiba mais www.joaocarreiroecapataz.com.br
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da Redação foto Mauro Marques
Mega Sertão, o espaço do seu artista O
Cristiano Bildeira, idealizador do projeto Mega Sertão
projeto Mega Sertão surgiu da necessidade de divulgar os novos artistas da nossa música sertaneja e também os já consagrados. Idealizado por Cristiano Bildeira, profissional com mais de 20 anos na área musical (tendo trabalhado com vários artistas de sucesso), o Mega Sertão tem como estrutura grandes parceiros do meio musical que fazem a diferença. Cada etapa do projeto tem artistas solo e duplas, sendo uma grande oportunidade para o artista que procura o seu espaço no ramo musical, pois a divulgação se estende a várias cidades do Triângulo Mineiro e de todo o Brasil, com mídia em rádios, material impresso, revista Cult e outros veículos. O Mega Sertão dispara seu artista via e-mail para todas as Rádios, Prefeituras, Sindicatos Rurais e contratantes, oferecendo conteúdo das “10 Mais” tocadas no Triângulo Mineiro. Vale destacar que o Mega Sertão é também parceiro da revista República Cult Sertaneja. Informações, vídeos e fotos dos maiores eventos e artistas sertanejos do Brasil. Cadastre-se no site www.megasertao. com.br e receba todo este conteúdo. Entre em contato via e-mail (contato@megasertao.com.br) Cristiano Bildeira 34-9123-8485
www.megasertao.com.br Destaques do site Megasertão
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da Redação fotos Aracolor - Fábio Fonseca
Arraiá do Pica-Pau
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raguari agitou-se no dia 2 de junho, com a balada sertaneja universitária. O evento marcou o Arraiá do Clube Pica-Pau e trouxe como atrações musicais Guilherme Lopez, Neto & Ralf, Dyogo & Lucas, e Mônica Costa. Veja quem curtiu a noite araguarina.
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por Célio Cardoso fotos Divulgação
Fatos e acontecimentos do mundo sertanejo 1 Zezé di Camargo&Luciano, sucesso com show intimista In Love 2 Bruno e Marrone grava novo DVD no Credicard Hall 3 Victor&Leo lança CD e DVD Ao Vivo em Floripa 4 Chrystian&Ralf, sucesso em show no Castelli Máster em Uberlândia 5 Marco&Mário preparam novo trabalho para segundo semestre 6 Luiz Cláudio trabalha em novo projeto
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Triângulo Mineiro é referência na
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revelação de talentos
1 Muryell&Rafael 2 Guilherme Lopes 3 Juninho Bessa 4 Neto&Rafl 5 Paulo Sérgio 6 Diogo&Thomaz 7 Sidney do Cerrado 8 Lukas&Fael 9 Matheus Borges 10 Diego&Ricardo 11 Nando Moreno 12 Lucas Decarizo 13 Erich Lins
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www.netoeralf.com.br A dupla revelação 2011 e 2012, presente nos principais eventos da cidade e região. A mistura certa entre os clássicos e contemporâneos do sertanejo.
Contato: 34 9987.9724
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da Redação fotos Kaká Fotografias
Chrystian e Ralf em Uberlândia
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onsideradas as vozes mais afinadas da música sertaneja, os irmãos Chrystian e Ralf agitaram a cidade em mais uma bela apresentação que aconteceu, dia 7 de julho, no Castelli Master. O evento também contou com a participação da dupla Rudã e Raphael. Confira alguns cliques da festa.
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por Juliana Pronunciati foto Divulgação
Tonico e Tinoco ganharam fama e reconhecimento com a viola U ma das duplas brasileiras mais famosas, que usaram a viola para apresentar o talento musical, Tonico e Tinoco continuam vivos na memória e nas rádios do país. Os irmãos João Salvador Perez, o Tonico, e José Perez, o Tinoco, nasceram no interior do estado de São Paulo, cresceram na roça e, mesmo antes de aprenderem a escrever, já cantarolavam modas de viola. O gosto pela música veio dos avós maternos Olegário e Isabel, que tocavam acordeão e cantavam na colônia onde moravam.
A primeira apresentação profissional da dupla foi em agosto de 1935, na Festa de Aparecida de São Manuel. Junto com o primo Miguel, formavam o “Trio da Roça”. Logo o trio ficou famoso, mas, no fim de 1937, a família Perez decidiu tentar a vida em Sorocaba-SP. O período é de crise com a implantação da Ditadura de Getúlio Vargas e a Segunda Guerra Mundial, e as dificuldades fizeram com que, anos depois, a família voltasse para uma outra fazenda em São Manuel. Com a volta, Tonico e Tinoco tiveram a oportunidade de se apresentarem pela primeira vez em uma rádio, onde passaram a cantar todos os domingos. Apesar de não ganharem nenhum dinheiro com isso, os irmãos cantavam por amor a arte. Em 1941, uma nova mudança, dessa vez, para São Paulo.
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Após participar de um concurso da Rádio Difusora, a dupla emocionou o público presente, que ficou admirado com a afinação dos irmãos Perez, como eram conhecidos. Com isso, foram contratados pela emissora. O nome Tonico e Tinoco veio em seguida, como sugestão do apresentador do programa Arraial da Curva Torta e lendário divulgador da música sertaneja, Capitão Furtado, que disse que uma dupla tão original não poderia ter nome espanhol. A estreia em disco de Tonico e Tinoco foi com a música “Em vez de me agradecê”, lançada em 1945. No ano seguinte, foi a vez de o grande sucesso “Chico Mineiro” ser gravado. Depois disso, outras inesquecíveis canções da dupla tomaram as rádios, como “João de Barro”, “Chalana”, “Moreninha Linda”, “Rei do Gado”, “Saudade Vai”, entre tantas outras. Apesar das mudanças na música sertaneja, a dupla nunca mudou o estilo, que foi, inclusive, copiado por gerações futuras. O último show da Dupla Tonico e Tinoco foi em Juína (MT), no dia 7 de agosto de 1994. Tonico morreu aos 77 anos, em 13 de agosto do mesmo ano, após uma queda da escada do prédio onde morava. Com a morte do irmão, Tinoco seguiu carreira solo por alguns anos e recebeu o título de sertanejo há mais tempo na ativa. Ele morreu em 4 de maio de 2012, aos 91 anos, devido a insuficiência respiratória e duas paradas cardíacas.
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por Chico Lúcio foto Mauro Marques
Ronaldo Adriano, o “fazedô” de sucessos E
le tem música na alma, doçura no coração, pureza no olhar. Tem a humildade dos sábios, o sorriso de criança, o tesouro da amizade. Mais que isso, tem o dom de compor e melodiar palavras, privilégio que Deus concede a criaturas especiais. Aliás, especialíssimas, como Ronaldo Adriano, um dos maiores compositores vivos deste país. Ele é mineiro de Capinópolis, mas sempre teve Uberlândia no seu caminho, como endereço de passagem ou moradia. Uma paixão correspondida com o título de Cidadão Uberlandense que lhe foi concedido em 2011, pela Câmara Municipal de Uberlândia, em projeto do vereador Felipe Attiê. Nascido Alberito Leocádio Caetano, num dia 6 de setembro, foi batizado artisticamente “Ronaldo Adriano” por Chacrinha, o velho guerreiro, que o projetou nacionalmente em seus programas, especialmente a partir do momento em que venceu o concurso “A voz mais parecida com a de Evaldo Braga”, que abriu-lhe portas como cantor para o mercado musical do Norte e Nordeste. A música entrou em sua vida por influência dos pais que
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cantavam, sem pretensões profissionais, e mais precisamente quando ganhou um cavaquinho aos seis anos de idade. Já aos oito mergulhou no universo das Folias de Reis, que o moldaria não só musicalmente, mas também como homem de fé e convicção religiosa. “Os homens eu admiro, Cristo eu idolatro”, exalta. Na garupa do tempo, Ronaldo está completando 43 anos de carreira, recheados pelo sucesso de suas cobiçadas composições, eternizadas nas vozes de Lindomar Castilho, Trio Parada Dura, Tião Carreiro e Pardinho, Tonico e Tinoco, Cascatinha e Inhana, Milionário e José Rico, Sérgio Reis, Gino e Geno, Teodoro e Sampaio, Waldick Soriano, Irmãs Galvão, Cezar e Paulinho, Chitãozinho e Xororó, Rick e Renner, Chico Rey e Paraná, Guilherme e Santiago, Matogrosso e Mathias, Leandro e Leonardo, João Paulo e Daniel, e inúmeros outros. Em especial, Creone, Barrerito e Mangabinha (o Trio Parada Dura) foi uma espécie de porta-voz de suas canções e com elas ganharam 16 Discos de Ouro. Basta citar “Luz da minha vida”, “Blusa vermelha” e “Último adeus”, hits que o Brasil sabe cantar de cor e salteado. Outro que personalizou suas composições foi o goiano Lindomar Castilho com “Você é doida demais” (sucesso em 16 países) e “Eu vou rifar meu coração”, que também ganharam o mercado latino-americano (“Eres loca de verdad” e “Voy a rifar mi corazón”). A ficha de compositor caiu bem cedo, aos 14 anos de idade, quando Ronaldo Adriano fez a letra de “Criminosa”. O primeiro sucesso viria na voz aveludada do seresteiro Carlos José com a romântica “Pranto do Adeus”. Brotaram da fonte sonora de Ronaldo Adriano mais de 1000 composições, o que lhe garante um lugar de destaque na galeria dos mais importantes compositores populares do Brasil. São 22 discos gravados como cantor, 8 Discos de Ouro e um álbum em castelhano lançado em vários países. Ronaldo passou pela grande escola do circo e, durante 16 anos, cantou na noite de Goiânia, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Cuiabá. Profissionalmente, levou sua música a outros países, como México, França, Japão, Estados Unidos e Argentina. O apelo e linguagem popular de suas músicas chegaram às telas da televisão e do cinema. As Domésticas, Carandiru, Lúcio Flávio, o passageiro da agonia, e Sangre en Santa Maria (estrelado por Clint Eastwood e Fernando Sanchez) tem músicas de Ronaldo Adriano em suas trilhas sonoras. Já na televisão, colocou sucessos em novelas globais, como Paraíso e América, e Bicho do Mato (Rede Record). Mas a de maior visibilidade foi “Você é Doida Demais” na trilha da série televisiva e do filme “Os Normais”. Ronaldo Adriano é meio “discípulo” de Gerson Coutinho da Silva, o grande poeta “Goiá” de Coromandel, de quem foi amigo pessoal, sendo admirador de sua obra e do seu estilo de compor. Entre outros compositores, destaca Erasmo Carlos, Chico Buarque de Holanda, João Bosco, Cartola e Benedito Seviero.
De Pink Floyd a Tonico e Tinoco Ao contrário do que muitos imaginam, Ronaldo Adriano está em plena atividade artística, compondo, cantando e produzindo trabalhos de outros artistas. Tem cumprido sua agenda de shows principalmente no Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Norte e Nordeste. Na região do Triângulo Mineiro e parte de Goiás ainda é reconhecido mais como compositor. Atualmente está divulgando seus mais recentes trabalhos: o CD “Forronejão” (22º de sua carreira) com 14 músicas e convidados como Rick Sollo no clássico “Luz da Minha Vida”, e o DVD “Ao Vivo em Indianópolis” gravado no ano passado com a participação de convidados e amigos ilustres. Entre futuros projetos está um outro CD e DVD ao vivo, um disco seu com músicas e mensagens espirituais, e produção de trabalhos para outros artistas. Em 2013 deve ir a Portugal gravar um CD, com seus grandes sucessos, cantados no idioma original dos portugueses. E Ronaldo ainda tem um sonho: que o rei Roberto Carlos gravasse uma música sua. Eclético, gosta “de Pink Floyd a Tonico e Tinoco” e enfatiza que todo artista deve ser respeitado, independente do estilo, pois tem público para tudo. Vê o atual sertanejo universitário com restrições (e exceções como Victor & Leo, Jorge e Mateus e Paula Fernandes), o que segundo ele fortalece ainda mais a verdadeira música raiz sertaneja. “Esta, sim, é imortal”, acentua. Sobre o processo de criação, Ronaldo Adriano conta que é algo divino e nem sempre solitário. “Antes e depois faço uma oração ao Criador. Começo a escrever naturalmente. Muitas letras e melodias já vêm prontas. Outras acontecem em outros locais e na rua. Um exemplo é “Blusa Vermelha” que nasceu enquanto ele estava com o carro parado num semáforo na madrugada de São Paulo. Na época fumante, pegou o papel interno do maço de cigarros e começou a escrever a letra. Hoje sempre deixa o gravador por perto. Para ele, uma letra tem que ter começo, meio e fim, como as de Evaldo Gouveia e Jair Amorim. “Quando componho, percebo que sou porta-voz dos outros, com os quais divido este sentimento. Sinto-me privilegiado por este dom tão sublime que Deus me deu e agradeço a Ele todos os dias”, confessa. Ronaldo Adriano sobrevive de direitos autorais e shows, mas ressalta que apenas 20% dos compositores recebem legalmente os direitos autorais. Entretanto, sente-se “milionário”, não pelo dinheiro, mas pela graça de ter criado tantas letras e sucessos e através deles fazer parte da vida e do sentimento de milhões de pessoas. “Forronejão” é o mais novo trabalho de Ronaldo Adriano Contato para shows: ronaldoadrianocantor@hotmail.com São Paulo (11) 8155-5923 Uberlândia (34) 9240-7144
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por Camila Lemes fotos Divulgação
Balada sertaneja em São Paulo
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onhecida por sua agitação, a grande São Paulo esconde lugares incríveis. Existem baladas para todos os gostos e disposições. Basta anoitecer que jovens, universitários, homens e mulheres se esbaldam pela noite que hoje se tornou referência em uma das maiores capitais do mundo. São Paulo nunca dorme! A sensação do momento é o sertanejo, ritmo que a cada dia mais tem conquistado seu espaço no gosto dos brasileiros, trazendo diversas vertentes como universitário, arrocha, sambanejo, entre outros. Hoje não poderia deixar de citar que a grande São Paulo acomoda as melhores casas noturnas. Em destaque estão o Villa Mix e o Wood’s Bar, ambos voltados para o estilo sertanejo. Villa Mix O Villa Mix está situado na região nobre da capital paulista, na Vila Olímpia, e ocupa uma área de 2000 mil m², com capacidade para receber 1500 pessoas. É uma casa noturna premium sertaneja e tem como proprietários a dupla Jorge e Mateus, além da parceria com um grupo de empresários paulistanos da Enter Eventos. Hoje, o novo point tornou-se uma opção de entretenimento sertanejo e reúne celebridades, artistas, músicos e a sociedade paulistana em espaço exclusivo, privilegiado, oferecendo excelente serviço e um atendimento diferenciado. Toda sofisticada, a estrutura é inspirada nas tendências de renomados
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clubes internacionais, com bom gosto e requinte até nos detalhes da decoração. A casa conta com serviços diferenciados para um público seleto, a partir dos 25 anos. O destaque do empreendimento é o luxuoso Camarote Suíte, ambientado por uma lounge em área privativa, com infra-estrutura completa e de primeira linha composta por sala, bar, ar condicionado, banheiros e acessos diferenciados com capacidade para 20 pessoas. Conta também com mais seis camarotes para 10 pessoas, equipados com banheiros e bar, área vip para 300 pessoas, ambos com entradas exclusivas. A área para fumantes possui um local amplo e arborizado, a infraestrutura é composta por palco, chapelaria, ambulatório, cinco banheiros e serviço de vallet. O empreendimento conta com uma equipe altamente qualificada, com cerca de 100 profissionais responsáveis pelo atendimento, que já nasce tendo em seu DNA tudo o que é necessário para ser a melhor e mais bem frequentada casa de shows da noite sertaneja de São Paulo.
Saiba mais (11) 3044-3241 www.villamixsp.com.br
Wood’s Bar No final de 2010 chegou em São Paulo o primeiro projeto diferenciado voltado para o ritmo sertanejo: o Wood´s Bar, já renomado no sul do país. Recebeu show dos principais nomes da cena sertaneja e muitas celebridades que curtem as suas noites. O empreendimento é tradicional nas noites de quartas, sextas-feiras, sábados e domingos especiais na cidade. Quase 100 mil pessoas tiveram acesso ao palco intimista desde sua inauguração. A casa tornou-se ícone na venda de champagnes Moët Chandon, estouradas ao som de Fernando & Sorocaba, Zezé di Camargo & Luciano, Michel Teló, Luan Santana, Marcos & Belutti, Bruno & Marrone, Hugo Pena, João Neto & Frederico. Em seu primeiro ano esteve presente em importantes eventos, como na segunda edição do Sertanejo Pop Festival, evento que reuniu aproximadamente 40 mil pessoas na Chácara do Jockey e teve toda sua área VIP com assinatura e expertise do selo Wood´s que recebeu mais de 5 mil amantes do ritmo. A marca ainda criou a primeira revista voltada para o segmento sertanejo, com programações, entrevistas focadas e ainda temas de entretenimento e de beleza. Seu público não se restringe a camisas quadriculadas, mas à moda atual e novidades do mercado. A casa noturna tem como sócios Rafael Setrak, Luiz Felipe Scarpa, Eduardo Cunha e o sertanejo Sorocaba (dupla Fernando & Sorocaba) e está localizada na Vila Olímpia. Foi projetada com o mais moderno sistema de som e ar condicionado, que atende o dobro da capacidade do público, com 60% de renovação do ar, num espaço de 1000 m², seis metros de pé direito, e tendo como principal material a madeira. Em destaque está a funcionalidade do ambiente aplicada em conjunto com a estética, possibilitando a todos os seus clientes visão total do palco. Saiba mais (11) 3849-6868 Twitter @woods_sp Facebook Woods SP
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por Juliana Pronunciati foto Divulgação
Mercado sertanejo se modifica com as novas tecnologias
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os últimos anos, a tecnologia vem transformando a forma como os diversos setores de atividades se comportam. E, com o meio artístico, não tem sido diferente. O desenvolvimento tecnológico fez com que o acesso à informação se tornasse cada vez mais rápido e eficiente e, para acompanhar essas mudanças, este mercado também precisou se modificar. É cada vez mais comum os artistas sertanejos buscarem novas tecnologias com o objetivo de inovar nos shows, na produção e divulgação dos trabalhos e para manter contato com os fãs, por exemplo. Trabalhando no mercado artístico já há vários anos, o empresário Antonio Jack vem acompanhando essa evolução. “Hoje a divulgação se dá via internet, o CD perdeu espaço para os arquivos MP3 e virou panfleto nas portas de shows. Os fã-clubes se mobilizam via redes sociais. Músicas de artistas brasileiros, como Michel Teló e Gusttavo Lima, estão entre as mais baixadas em vários países da Europa. Vivemos em um mundo conectado e dinâmico”, ressalta. Para ele, o meio artístico no Brasil tem crescido muito e se modernizado, levando aos palcos e aos DVDs e Blu-Rays o que há de melhor em tecnologia de ponta. “O show business brasileiro não deve nada às grandes produções americanas e europeias”, observa. Gestão de carreiras Além de influenciar nas produções dos artistas, uma outra área está se beneficiando do emprego da tecnologia: a de gestão das 46 | república cult sertaneja
carreiras. Para Jack, é fundamental que as informações de um escritório artístico sejam organizadas e de fácil acesso, o que é possível com a ajuda tecnológica. Pensando nisso, ele criou um sistema de gestão de carreiras: o Showlution, um trocadilho em inglês usando as palavras show + solution (solução) + online. Há algum tempo, quando ainda trabalhava como produtor de uma grande dupla de Uberlândia-MG, ele sentiu a necessidade de ter o trabalho mais organizado, já que tudo era compartilhado entre três produtores, uma agenda e um financeiro. “Por mais que fôssemos organizados, a informação não ficava concentrada em um único lugar. Precisávamos agendar com a banda, fazer a pré-produção, entrar em contato com o contratante do show e, às vezes, algum detalhe se perdia. Como era programador, resolvi desenvolver um sistema onde toda a equipe pudesse acessar a agenda de shows. A partir daí, foi surgindo a necessidade de inserir novas funções, até chegar ao formato de hoje”, conta.
estoque, de contatos, de pessoal e até o programa de e-mail para o envio de informações à equipe. Além disso, em algumas cidades do interior do Brasil, algumas operadoras de celular não funcionam, mas todas elas têm uma lan house”, comenta. Entre os artistas que utilizam o Showlution estão Humberto e Ronaldo, Marco e Mário, Nando Moreno, Matheus e Kauan, Zé Neto e Cristiano e Willian e Marcelo. “Estamos em processo de implantação em alguns dos maiores escritórios artísticos do país. Alguns escritórios têm resistência em investir em tecnologia. Não acreditam em um trabalho em redes sociais ou mail marketing, em aplicativos para smartphones, em sistemas de gestão. Veem isso como um gasto e não como investimento. Investir em tecnologia é investir em qualidade. Ficar de fora é remar contra a maré”, alerta.
O sistema, segundo Jack, é voltado para escritório de artistas e busca atender as necessidades da área. “Por ser desenvolvido por um profissional do show business, possui uma linguagem totalmente voltada para os profissionais da área. Isso faz toda a diferença”, enfatiza. O sistema consiste em um aplicativo de agenda, com cadastro detalhado e calendário de shows, reservas, controle financeiro, estoque de material, cálculo de distâncias e gestão de pessoal. Pode ser acessado de qualquer lugar do mundo via internet por smartphones e computadores. “O sistema contribui primeiramente na organização, pois toda informação necessária encontrase em um único lugar”, afirma Jack. O sistema também oferece praticidade, pois o acesso à agenda, a todos os dados referentes a um show, aos contratos, aos contatos de um contratante, ao relatório financeiro mensal fica a um clique de distância. “Isso substitui as antigas planilhas de financeiro, de república cult sertaneja | 47
por Marcus Vinicius – Blognejo
Quando a moda é passageira U
ma das muitas peculiaridades introduzidas na música sertaneja recentemente, graças à explosão jovem do estilo, é a preocupação em se falar a língua do povo, de uma forma rápida e eficaz. E essa preocupação, às vezes, dá origem a elementos pouco ortodoxos ocasionados principalmente pelo que está em voga naquele determinado momento. Tais elementos podem ser positivos ou negativos, dependendo do ponto de vista de cada um. E não é surpresa nenhuma perceber que a maioria dos pontos de vista pendem para o lado negativo. Por conta disso, os elementos acabam sumindo na mesma velocidade com que apareceram. Na história recente do gênero, assistimos o surgimento da onda do “funknejo”, que misturava música sertaneja com elementos do funk, a importação exagerada de canções nordestinas, a proliferação de canções cujo refrão se limita a repetir demasiadamente determinada sílaba ou som característico, geralmente em alusão ao ato sexual, a insistência em fazer a música ser dançada numa comemoração de gol por um jogador famoso, e, a mais recente, a adoração aos carros. Tudo isso aconteceu e acontece depois que uma canção fez sucesso utilizando algum destes elementos, o que faz com que uma série de artistas passem a acreditar que aquilo também pode dar certo com eles. No caso do “funknejo”, a música que deu início a essa onda foi a famigerada “Sou foda”, adaptação de um funk carioca. O sucesso desta canção, que foi gravada por dezenas de artistas, acabou fazendo com que vários artistas sertanejos pensassem que fariam sucesso se gravassem alguma adaptação de uma música funk. Isso deu origem a centenas de músicas que não tiveram outra função a não ser a de denegrir a imagem da mulher e propagar determinados trejeitos e manias até então desconhecidos dos sertanejos. A importação de canções nordestinas já é uma modinha um pouco mais duradoura e que até hoje ainda encontra adeptos. O fato de o Nordeste ser praticamente independente do restante do Brasil, no que diz respeito à sua cultura, provavelmente foi determinante para que os sertanejos começassem a importar canções dos artistas de lá, fazendo parecer que a música era na verdade uma canção inédita. O começo se deu provavelmente com a importação de canções como “Pode chorar”, “Minha mulher não deixa não”, “Beber, cair, levantar”, “Chupa que é de uva”, etc, mas o auge aconteceu, sem sombra de dúvida, com a importação e o posterior galáctico sucesso da música “Ai se eu te pego”, uma regravação do Michel Teló para uma canção do grupo Cangaia de Jegue.
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Na mesma onda de “Ai se eu te pego” (importação de uma canção nordestina), mas involuntariamente dando origem a outra modinha, veio a música “Balada Boa”, gravada pelo Gusttavo Lima, que também alcançou sucesso mundial. A música, caracterizada pela repetição ininterrupta do refrão “tche tche re re tche tche”, acabou ocasionando o surgimento de diversas outras músicas que, assim como sua precursora, brincavam com sílabas ou sons em alusão ao ato sexual, como “Le Le Le”, “Eu vou pegar você e tãe”, “Tcha tcha tcha”, “Bará Berê” e diversas outras que ainda surgem às pampas em todo o Brasil. Assim como a “Balada Boa”, uma outra canção surgiu com base na mesma onda e sem querer gerou uma outra. “Eu quero tchu, eu quero tcha”, além de adaptar a fonética da batida do funk e brincar com uma sílaba ou som característico, acabou caindo nas graças de um grande jogador de futebol, coisa que, na verdade, havia começado com a música “Ai se eu te pego” e a dança do Cristiano Ronaldo, mas que ainda não havia chegado aos gramados brasileiros. O jogador do Santos, Neymar, dançou “Eu quero tchu, eu quero tcha” na comemoração do seu centésimo gol, o que provocou (assim como a dança do Cristiano Ronaldo para o “Ai se eu te pego” provocou para o Michel Teló) o sucesso instantâneo da dupla João Lucas & Marcelo, intérprete do hit. Isso ocasionou o surgimento de diversas outras canções que representavam tentativas desesperadas de fazer com que ele, o Neymar, dançasse as músicas na comemoração de algum gol. A mais recente modinha, a da adoração a carros potentes, começou com o sucesso da música “Vem ni mim Dodge Ram” e ganhou mais força ainda com o sucesso da canção “Camaro Amarelo”. Na mesma onda, surgiram canções como “Fiorino”, “Camaro Preto” e muitas outras. Todas essas ondas passageiras têm em comum o fato de que a maioria não dura mais do que uma temporada. Além das citadas, é possível enumerar outras, como a criação de coreografias repetitivas para os refrões das músicas ou o lançamento de uma série de músicas baseadas em alguma expressão popular que esteja na moda, como “As Mina Pira”. Todas elas, no entanto, sempre causam mais efeitos negativos do que positivos ao segmento. Além de diminuírem o valor da música sertaneja enquanto expressão artística, essas modinhas passageiras acabam desviando o foco do que seria realmente importante ou o que, de fato, poderia acrescentar algo de positivo ao segmento. Isso desestimula o lado criativo dos compositores, que, para sobreviverem e atenderem à demanda dos intérpretes, acabam se preocupando muito mais em cair no modismo do que simplesmente criar algo que realmente tenha algum valor artístico. E quem perde acaba sendo a própria música sertaneja.
www.netoeralf.com.br A dupla revelação 2011 e 2012, presente nos principais eventos da cidade e região. A mistura certa entre os clássicos e contemporâneos do sertanejo.
Contato: 34 9987.9724
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por Serifa Comunicação fotos Divulgação
Sertanejos ditam moda e influenciam no estilo dos fãs N
ão há dúvida de que o estilo sertanejo, além de fazer parte da história musical do país, também influencia a moda. Especialmente nos dias atuais, em que o ritmo conquista cada vez mais jovens, com músicas mais animadas, e ganhou o apelido de “sertanejo universitário”. Nomes como Luan Santana, Victor e Leo, João Bosco e Vinícius, Gusttavo Lima e Jorge & Mateus são alguns dos artistas que fazem parte dessa nova geração, lotando shows e também ditando moda com os fãs. De acordo com a designer e consultora de moda e estilo, Natália Souza Neves, nas apresentações e shows, os cantores e duplas têm um jeito próprio de se vestir, que expressa o estilo musical de cada um. Alguns elementos, no entanto, são peças-chave de qualquer composição, como a camisa xadrez, bota, chapéus, cintos com fivelas grandes, coletes, jeans mais justo, muito couro e franjas nas peças. Para Natália Neves, muitos artistas hoje são considerados referências na moda sertaneja, cada um com seu estilo, como Zezé di Camargo e Luciano, Bruno e Marrone, Victor e Leo, Luan Santana, Guilherme e Santiago, João Bosco e Vinícius e Daniel. E, para quem gosta do estilo sertanejo, a designer e consultora de moda e estilo tem uma boa notícia. “Nesse inverno, o estilo country veio com tudo como tendência de moda, inspirado na vida selvagem, no grunge e no workwear (roupas funcionais). A liberdade é uma das palavras-chave e vem representada pelo ‘verdadeiro jeanswear’, que aparece bastante vintage, bem azul e com referências ao universo americano e à história dos cowboys”, explica. Segundo Natália Neves, materiais naturais e rústicos também conduziram essa tendência. “Além do azul, os tons terrosos também chegaram com tudo, principalmente por conta do couro. Cáqui, caramelo e camel fazem contraste com branco, vermelho e tons de laranja. As franjas deram um charme especial às produções, seja em acessórios, como bolsas e sapatos, ou nas próprias roupas, como em jaquetas e calças”, ressalta. Mas, para os fãs que pretendem seguir a moda sertaneja dos seus ídolos, Natália Neves dá dicas. “O cuidado essencial é saber ter um estilo próprio e, a partir dele, montar looks mixando os dois estilos. O estilo country masculino é bem específico. Tenha cuidado com excessos. Também não misture estampas. Coordená-las é uma tarefa complicada. No country, o xadrez já é uma padronagem específica e não deve ser misturada com outra estampa. Mas acredito que o bom é, primeiramente, se sentir bem, estar de acordo com o seu estilo”, afirma.
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Veja alguns looks de sertanejos escolhidos pela designer e consultora de moda e estilo Natália Neves.
Luan Santana: o cantor sempre aparece de camisa xadrez, uma das principais peças de seus looks. O colete também é um dos prediletos de Luan Santana. Em shows e premiações ele costuma usar o acessório.
Fernando e Sorocaba: os cantores apostam nas camisas estilizadas, além do tradicional cinto de fivela grande. Sorocaba tem como marca registrada os chapéus, peça-chave quando se fala de moda sertaneja.
Zezé di Camargo e Luciano: a dupla se modernizou ao longo dos anos - a camiseta com listras e o visual jeans com jeans estão entre as tendências das próximas estações. João Bosco e Vinícius: camisas e sobreposições - os cantores gostam de usar camisetas com camisas sobrepostas e não dispensam a boa calça jeans e o sapato, ou bota, de couro.
Victor & Leo: a dupla adota um visual bem casual - camisas xadrez e jaqueta de couro são as principais peças do guarda-roupa deles. Guilherme e Santiago: Santiago gosta dos cintos de fivela grande e não tira o chapéu. Guilherme prefere um visual mais básico, com calça jeans e camisas - o xadrez e as estampas mais uma vez aparecem no estilo sertanejo.
Bruno & Marrone: dupla usa bastante sobreposições com camisetas e camisas, além de polos. O xadrez e o jeans nunca podem faltar nos looks sertanejos.
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por Serifa Comunicação fotos Divulgação
Mulheres de sertanejos dão show no mundo dos blogs N
os palcos, os maridos são sucesso, mas, na internet, quem dá um show são as mulheres de sertanejos. Apaixonadas por moda e beleza, Marianne Rabelo, esposa de Bruno, da dupla com Marrone, e Ana Carolina de Freitas, casada com Jorge, da dupla
com Mateus, são referência no universo dos blogueiros de moda. Com uma linguagem focada no público feminino, elas usam os blogs para compartilhar as paixões que têm e dar dicas de como se vestir, se maquiar, se comportar, entre outros assuntos que as mulheres gostam. No blog da Ina, como Ana Carolina é conhecida, a esposa de Jorge também mostra que está por dentro de tudo o que é tendência em moda e beleza. Em cada post, ela apresenta looks fashion e acessórios dela ou de famosas, que podem ser usados por qualquer mulher no dia a dia - muito diferente da forma como as tendências são apresentadas nas passarelas. Para agregar conteúdo à sua página na internet, Ina busca, ainda, escrever sobre outros assuntos, como dicas de viagens, de maquiagem e postar entrevistas com famosos. Looks das lojas de grife também ganham espaço no blog de Ana Carolina, além das promoções que agradam qualquer internauta. Com tudo isso, não há dúvida de que, assim como os maridos, Marianne e Ina também fazem sucesso entre os blogueiros e amantes da moda!
No blog de Marianne Rabelo, a esposa do sertanejo posta fotos de seus looks usados em viagens feitas com a família, festas e de tendências fashion de outros países por onde passa. Ela também faz questão de mostrar o estilo dos filhos, os gêmeos Maria Eduarda e Enzo, para que as mamães se inspirem. Além disso, dá dicas de promoções de lojas parceiras de seus blogs, apresenta novidades em maquiagens e acessórios e também dicas de passeios, hotéis e restaurantes dos lugares que visita. Tudo o que uma mulher precisa!
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por Erika Andreo fotos Kaká Fotografias
Bastidores da moda M
oda é tudo aquilo que diz quem somos. É através da moda que nós mostramos para o mundo o nosso verdadeiro eu, a nossa identidade. As roupas que vestimos dizem quem somos, como pensamos e até mesmo como agimos em sociedade. Tendência é um conjunto de mudanças dentro de um sistema, fazendo um todo. Na moda é
Animal Print - essa tendência acabou virando moda, isso mesmo, já tem uns três anos que está presente nas coleções dos estilistas e vai continuar para primavera verão 2013. Podemos usar como blusas, calças, vestidos, casacos, shorts, boleros, acessórios como bolsas, sapatos, cintos, echarpes, etc. A dica fica para que você não erre, use sempre uma única peça no look, apenas para marcar o que você quer valorizar no seu corpo, chame a atenção para aquela região usando animal print, assim como nossa amigas fizeram.
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uma coleção que os estilistas lançam no mercado, fazendo moda que pode ser passageira ou se perpetuar no tempo. Posso usar tendência e fazer minha moda. Nesta coluna iremos ver a moda misturada à tendência, mas não das modelos, das passarelas, dos desfiles, mas sim, de você, pessoa que consome moda/tendência na vida real. Nos Bastidores da Moda a modelo é você.
A transparência veio nesta estação para deixar a mulher mais elegante e sensual, sem cair na vulgaridade. Para isso basta tomar alguns cuidados, escolher peças discretas e com bordados, aplicações, rendas, recortes, etc. A peça mais usada é a camisa combinada com saias, shorts e calças, sempre mais justos e a camisa mais soltinha. Uma combinação perfeita é a camisa transparente com a saia de couro. Assim você arrasa.
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Brilho, muito brilho. Esta estação veio repleta de brilho, ele pode ser usado de dia e, claro, não pode faltar à noite. Se você não sabe o que usar, aposte no brilho que não tem erro. Ele pode ser um detalhe apenas para o dia a dia, como pode ser ousado à noite. Vem em vários tecidos, paetê é o carro-chefe, mas também aposte no lourex e os metalizados. Veja como a noite de Uberlândia está repleta de brilho.
As cores fortes também vieram com tudo nesta estação, mas devemos tomar cuidado nas combinações para não errar e exagerar. Por isso a dica é: aposte nos detalhes, um cinto, um blazer, um sapato, uma jaqueta, uma saia, uma blusa, uma bolsa, enfim, apenas uma peça. Olha como temos amigas que sabem muito bem o que eu estou dizendo.
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Ensaio
Andressa Suita, beleza e talento A
ndressa Suita, a deslumbrante modelo, atriz e apresentadora, nasceu no Estado de Goiás. Começou sua carreira artística aos 7 anos de idade trabalhando como modelo. Andressa estreou na Rede Record com a personagem Adriana, uma surfista, na novela Prova de Amor, escrita por Tiago Santiago, em 2006. Mais tarde foi convidada para participar do mais famoso reality show da emissora, A Fazenda, em 2009. Ela já fez participações em Malhação, na novela Beleza Pura e também na Turma do Didi (Rede Globo). Atualmente é estudante de Jornalismo e mora na cidade de São Paulo.
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Fotos Studio Photo Aluizio Fotógrafo Suzana Nascimento Marca Índias do Brasil semijoias
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publi editorial foto Kaká Fotografias
Mônica Costa, na direção do sucesso! N
atural de Araguari, Mônica Costa das Chagas nasceu no dia 23 de março de 1993, filha de Duarte Gomide das Chagas e Relva Ribeiro Costa das Chagas. Mônica começou a se apaixonar por música ainda na infância. De início, adorava cantar, mas sem pretensão nenhuma. Aos oito anos de idade ingressou no Coral da Igreja Santa Clara, onde se destacava pela voz serena e macia. Aos 11 anos, já com a certeza da música em seu coração, começou a compor e, sempre amparada por amigos e familiares, perdeu a timidez, pôs a voz no mundo e todos se emocionaram com a exuberância do seu talento. Mônica Costa também é reconhecida pela sua generosidade por contribuir com o próximo. A cantora sempre fez e faz questão de realizar e participar de atividades sociais e eventos que propaguem o nome de Deus, a quem é fiel. Em 2007, Mônica participou de um festival de música no Colégio Exatas e, pela sua voz, conquistou todos os presentes. O professor do colégio e também cantor, conhecido como “Renato Quase Russo”, observou o talento de sua aluna e convidou-a para participações nos lugares onde ele se apresentava. Assim, Mônica foi conquistando o reconhecimento das pessoas, pois encantava a todos com a sua voz e o seu carisma. Ainda na igreja, conheceu José Antônio, seu parceiro de dupla durante dois anos. A dupla chamava-se “Mônica & Rafael” e sempre se destacava por onde passava, fazendo parte da história musical de Araguari. No ano de 2011, já consciente de seu talento e motivada por familiares e amigos, Mônica se inscreveu no renomado programa “Ídolos”, exibido na Rede Record, onde participaram mais de 49 mil candidatos de todo o Brasil. Durante as etapas, encantou os jurados, ganhando elogios de todos. Classificou-se no Top 15, etapa que exigiu bastante dedicação e persistência. Foi um período também de muita emoção e orgulho. Mônica sempre fez questão de destacar todo o seu carinho por Araguari e, por isso, leva o nome de sua cidade por todo o Brasil, demonstrando, assim, sua simpatia, seu caráter, sua voz e, principalmente, seu amor pelas pessoas. Em 2012, apoiada por uma equipe de profissionais obstinada a fazer dela um sucesso, Mônica vem conquistando mais e mais fãs, por toda a região do Triângulo Mineiro e interior de Minas Gerais, com sua voz suave e marcante.
Site www.monicacosta.mus.br
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Contato para show: 3083-1441 . 8811-1438
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por Rogéria Lemos - Approach foto Maurício Antônio
Sobre o Ecad
O
Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição) é uma instituição privada, sem fins lucrativos, instituída pela Lei 5.988/73 e mantida pela Lei Federal 9.610/98, cujo principal objetivo é centralizar toda a arrecadação e distribuição dos direitos autorais de execução pública musical, inclusive por meio de radiodifusão e transmissão por qualquer modalidade, e da exibição de obras audiovisuais. É administrado por nove associações de música e representa 536 mil os titulares de obras musicais (autores, intérpretes, produtores fonográficos, músicos e editores nacionais e estrangeiros) filiados a elas. É constituído de sede e 27 unidades arrecadadoras nas principais capitais do país. Possui uma ampla cobertura em todo o Brasil, além de um sistema de controle totalmente informatizado e centralizado. Em 2011, distribuiu R$ 411,8 milhões a 92650 compositores, intérpretes, músicos, editores e produtores fonográficos, um crescimento de mais de 18% em relação ao ano anterior.
O cantor e compositor Sorocaba (dupla Fernando&Sorocaba), líder do ranking do Ecad em 2011
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Autorização prévia para utilização de música De acordo com a Lei Federal 9610/98, somente o autor tem o direito de utilizar, fruir e dispor de sua obra, bem como autorizar ou proibir a sua utilização por terceiros, no todo ou em parte, por qualquer meio ou processo. No caso de execução pública de músicas, a autorização para utilização é fornecida pelo Ecad, que é o representante legal dos titulares, mediante pagamento prévio da retribuição autoral. De acordo com o artigo 68 da lei 9.610, “Considera-se execução pública a utilização de composições musicais ou literomusicais, mediante a participação de artistas, remunerados ou não, ou a utilização de fonogramas e obras audiovisuais, em locais de frequência coletiva, por quaisquer processos, inclusive a radiodifusão ou transmissão por qualquer modalidade, e a exibição cinematográfica”. São considerados locais de frequência coletiva: teatros, cinemas, salões de baile ou concertos, boates, bares, clubes ou associações de qualquer natureza, lojas, estabelecimentos comerciais e industriais, estádios, circos, feiras, restaurantes, hotéis, motéis, clínicas, hospitais, órgãos públicos da administração direta ou indireta, fundacionais e estatais, meios de transporte de passageiros terrestre, marítimo, fluvial ou aéreo, ou onde quer que se representem, executem ou transmitam obras literárias, artísticas ou científicas. O cálculo do direito autoral é realizado de acordo com os critérios estabelecidos no Regulamento de Arrecadação e sua Tabela de Preços, sendo estes definidos pelas associações de música que integram o Ecad e ambos disponíveis para consulta no site do Ecad (www.ecad.org.br). Os valores são calculados levando-se em consideração a importância da música para o negócio, um percentual sobre a receita bruta, quando há venda de ingressos, couvert ou qualquer outra forma de cobrança para que as pessoas possam adentrar no local de execução musical. Leva-se em conta também a atividade do usuário, o tipo de utilização da música (ao vivo ou mecânica) e a região socioeconômica em que o estabelecimento está situado. Este último é considerado apenas nos casos em que o cálculo for baseado em área sonorizada (quando não existe receita). Após definido o valor da retribuição autoral, o usuário recebe um boleto bancário que, quitado, autoriza a utilização da música. O Ecad controla a emissão desses boletos através de um sistema totalmente informatizado desenvolvido exclusivamente para a instituição. Dos valores arrecadados 75,5% são repassados aos titulares filiados e 7,5% às associações para suas despesas operacionais. Ao Ecad são destinados os 17% restantes para a administração de suas atividades em todo o Brasil.
Existem três tipos de distribuição previstos no Regulamento de Distribuição do Ecad: • direta (shows, circo, micaretas/festejos populares, cinema, obras audiovisuais) • indireta (direitos gerais, rádio, televisão) • indireta especial (carnaval, festa junina e músico acompanhante) EVOLUÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO NA ÚLTIMA DÉCADA ANO 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
TOTAL (em reais) R$ 120.828.610,42 R$ 156.525.923,88 R$ 187.794.398,20 R$ 212.867.782,29 R$ 205.939.540,17 R$ 250.490.071,43 R$ 271.485.547,49 R$ 317.806.081,02 R$ 346.465.496,88 R$ 411.775.388,13
Artista em defesa do direito autoral Líder no ranking do Ecad dos autores com maiores rendimentos em 2011, o compositor e cantor Sorocaba, da dupla Fernando & Sorocaba, faz coro juntamente com grandes nomes da música brasileira na campanha “Vozes em Defesa dos Direitos Autorais. E que vozes!”. Atualmente a campanha conta com a participação de diversos artistas, como Fagner, Roberto Menescal, Fafá de Belém, Victor Chaves, Dudu Nobre, Martinho da Vila, Sandra de Sá, Durval Lelys, João Roberto Kelly, Renato Teixeira, entre outros. Todos participam de forma gratuita. A ação busca conscientizar a sociedade sobre a importância do pagamento dos direitos autorais na vida dos profissionais que vivem de música. A criação e produção é da Set TV Cine. Sorocaba afirma: “Paga Pau e Meteoro são composições que, com certeza, já fizeram parte da sua vida. Eu quero falar do direito autoral no Brasil e do quanto ele é importante para a nossa cultura musical. Antes do Sorocaba cantor, nasceu o Sorocaba compositor, e esse incentivo do direito autoral me ajudou de forma maravilhosa para que se desse o “start” na carreira de Fernando & Sorocaba, que vem crescendo constantemente. A cultura musical brasileira precisa desse tipo de incentivo. O Brasil é um país carente de bom entretenimento e este crescimento da música vem melhorando graças a essa instituição que é o Ecad, que cuida para que este incentivo chegue até o artista. Eu agradeço às pessoas que pagam de forma correta ao Ecad. Para aquelas que ainda não estão pagando, passem a pagar, porque você estará ajudando, investindo na cultura musical do nosso país”.
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por Juliana Pronunciati fotos André Torres
Festival em Cruzeiro dos Peixotos conserva a tradição da viola
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o pequeno distrito de Cruzeiro dos Peixotos, a cerca de 30 quilômetros de Uberlândia-MG, a viola tem espaço garantido. O local é palco do Festival Nacional de Viola de Cruzeiro dos Peixotos (FeNaCuPe), que, nas edições realizadas em 2011 e 2012, reuniu cerca de 25 mil pessoas. O festival foi idealizado em 2010 pela produtora Viola de Nóis Produções, representada pelo produtor cultural, músico e cantador Tarcísio Manuvéi, com o objetivo de homenagear Pena Branca e Xavantinho, já que o distrito foi o berço - local de nascimento e criação - da dupla. De acordo com
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a produtora cultural da Viola de Nóis Produções, Polyana de Oliveira Faria, Pena Branca e Xavantinho ajudaram a mobilizar a produção de atividades artístico-culturais em Cruzeiro dos Peixotos, o que tornou o distrito e sua produção cultural conhecida nacionalmente. O primeiro festival, realizado em fevereiro de 2011, contou com mais de 15 mil pessoas, nove shows, uma oficina, 24 violeiros e duplas caipiras selecionadas concorrendo a premiações em quatro segmentos. Na segunda edição, neste ano, o objetivo foi incentivar
a atual produção musical independente executada com a viola de dez cordas. “Isso porque ela é, hoje, um dos instrumentos de maior importância e reverência no Brasil. Sendo assim, sua valorização e difusão são imperativas. Ainda que seja sob os auspícios da música caipira ou com traços sonoros de modernidade e inventividade do sertanejo, do pop ou do rock, independentemente do gênero ou estilo musical, a viola foi o ‘instrumento expressão’ das músicas apresentadas no 2º FeNaCuPe”, ressalta. De acordo com Polyana de Oliveira Faria, na segunda edição, o evento também pretendeu expandir e demonstrar para Uberlândia e região a riqueza da cultura popular brasileira com a utilização da viola. “Em três dias de evento foram contemplados 20 trabalhos de duplas e violeiros selecionados de quatro estados brasileiros e 12 municípios”. Houve, ainda, shows com baluartes do ofício e de duplas e grupos violeiros, feira de artesanatos do distrito e comidas típicas. Ainda segundo a produtora, no local onde foram montadas as estruturas para que o festival acontecesse (Rua Belizário Dias, nº 5, em frente à igreja matriz), será construído o primeiro Memorial da Viola Caipira. Polyana Faria explica que a viola é um dos instrumentos mais antigos do mundo, mas, com o passar dos anos, ganhou caixas de ressonância e novos formatos, surgindo, assim, seus derivados, com destaque para o alaúde árabe. No Brasil, ela foi introduzida pelos colonizadores. “A viola era utilizada pelos jesuítas na catequização dos índios nas missas, sendo empregada durante o coro e nas músicas cantadas por eles”. Acrescenta também que a viola hoje não é só a representante da música caipira, ela é utilizada por outros gêneros e estilos musicais, o que faz dela a cara do Brasil, plural. “É para brindar este instrumento e exacerbar toda sua expressão rítmica e sonora que batalhamos diariamente por sua difusão e propagação”, enfatiza. Viola continua viva Além dos tradicionais nomes que exploram a viola em seus trabalhos, como Tonico e Tinoco, Almir Sater, Pena Branca e Xavantinho, e Tião Carreiro e Pardinho, o instrumento vem se mantendo vivo em duplas sertanejas mais jovens. João Carreiro e Capataz, Luiz Mazza e Luciano e Lucas Reis, por exemplo, são alguns dos nomes que mantêm viva a tradição da música caipira, mas com traços de modernidade. Segundo Poliana Faria, ser caipira e fazer música caipira hoje não significa nascer na roça, cantar em terços e tocar viola. “A questão é de destino, gosto, herança cultural, mas, sobretudo, de expectativas e escolhas frente à reprodução sócio-espacial contemporânea, onde cada um se define e se insere”, finaliza.
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por Marcus Vinícius – Blognejo
Quanto vale o show?
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ecentemente foi divulgado na coluna F5 da Folha de São Paulo um ranking com os valores mais altos de shows musicais no Brasil, com base em informações enviadas pelos próprios escritórios. Segundo a lista, que englobou artistas dos mais diversos segmentos musicais, Michel Teló é o artista com o show mais caro da atualidade, seguido da dupla Fernando & Sorocaba e da cantora Paula Fernandes. Vejam, ao lado, a lista completa.
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Assim que esta lista foi veiculada pelo jornal Folha de São Paulo, um intenso debate no meio artístico foi iniciado. A lista estaria, na verdade, completamente defasada, além de apresentar uma série de erros, percebidos pela maioria das pessoas que se postou contra os dados divulgados. De fato, a lista realmente está recheada de equívocos, principalmente no que diz respeito ao mercado sertanejo. Em primeiro lugar, a lista deixou de apresentar o principal nome sertanejo da atualidade, quando o assunto em questão é o mercado de shows: a dupla Jorge & Mateus. Não há dúvidas de que Jorge & Mateus são os artistas mais importantes da música sertaneja nos dias atuais. A quantidade de shows realizados pela dupla a cada mês e o resultado financeiro obtido com os eventos dos quais a dupla participa são elementos essenciais para definir que eles, sim, e não Michel Teló, é que realizam talvez o show mais “caro” do Brasil. As aspas utilizadas na palavra “caro” não são à toa. Outro erro da reportagem apresentada pelo jornal Folha de São Paulo é se basear apenas nos cachês solicitados pelos artistas. Hoje em dia, a maioria dos artistas, principalmente os de renome, trabalha com base em bilheteria e não com cachês fechados. É que, dependendo da importância e do grau de sucesso de determinado artista, é mais vantajoso para o mesmo dividir o lucro do evento com o contratante (o realizador do show) do que exigir um valor fixo. Cachês fixos só são exigidos quando o artista ainda não conhece o contratante que realiza o show ou quando o evento em questão ainda não tem tradição ou quando o próprio artista não tem plena confiança na própria capacidade de fazer com que o público compareça ao show. Por conta disso, o valor é muito variável. Na verdade, ao invés de se trabalhar com o termo “cachê”, o jargão comum do mercado de shows é o termo “garantia”, esta sim, representada por um valor fixo. Um artista aceita dividir o lucro do evento com o contratante, mas o contratante deve garantir, mediante contrato, um determinado valor mínimo, caso o lucro do evento não alcance o valor esperado. Outro erro bastante claro na lista apresentada na matéria é a presença de nomes de artistas que não têm relevância no mercado se comparados a diversos nomes da música sertaneja. Sem diminuir a importância dos mesmos, claro, mas diversos artistas que não são realidade nacionalmente, mas gozam de grande prestígio em seus estados de origem, trabalham com valores bem maiores do que “Pixote” e “Turma do Pagode”, por exemplo. Cristiano Araújo e Israel & Rodolfo no centro-oeste e no Triângulo Mineiro, João Carreiro & Capataz, e Munhoz & Mariano no interior de São Paulo e no Paraná, Léo Magalhães no Nordeste, são alguns exemplos de artistas que trabalham com valores mínimos de garantia bem acima de boa parte dos nomes da lista apresentada. O que ficou evidente é que a lista da Folha de São Paulo foi montada com base em uma realidade que não é mais aplicada no mercado de shows. Não se fala mais em “cachê”, mas em “garantia”. O erro em tentar listar os nomes dos artistas que cobram mais caro pelos seus respectivos shows poderia ser facilmente evitado se a lista levasse em conta os artistas com show mais lucrativo. E a variação frequente de valores entre um show e outro acaba tornando esta lista um equívoco.
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por Tulio Rodrigues foto Divulgação
Loiras, ruivas e morenas do Brasil: opções e consumo de cervejas premium se multiplicam no país
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mercado brasileiro de cervejas já não é mais o mesmo. O cenário mudou muito em poucos anos, para melhor. Um breve passar de olhos pelas prateleiras e você poderá notar: a tradicional bebida loira deixou de ser ofertada em apenas meia dúzia de rótulos e cedeu espaço às ruivas e morenas, multiplicandose em centenas de opções, numa profusão de cores e sabores. O crescimento é fruto da chegada e consolidação de marcas premium internacionais e investimento das cervejarias nacionais no lançamento de diferentes tipos e formatos da bebida, somado ao aumento do poder aquisitivo da população brasileira e à mudança da percepção desse público diante da diversidade de itens.
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Os brasileiros têm recebido as novidades de braços abertos e, estimulados, os fabricantes correspondem às expectativas: só nos últimos cinco anos centenas de novos rótulos premium aportaram nas prateleiras do país. E o movimento não deve parar por aí: a expectativa dos profissionais do setor é dobrar as vendas de produtos premium dentro de dez anos. Os estabelecimentos e profissionais atentos à tendência se prepararam para entrar nesse filão sem sair do Brasil - o que é melhor para todos. Através da capacitação e conhecimento do produto e do mercado é que a Cultura Cervejeira será ampliada e disseminada a todos os seus públicos.
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por Marcus Vinícius – Blognejo fotos Divulgação
As 20 mais tocadas E
stamos de volta com a lista das 20 músicas mais tocadas no Brasil nos últimos dias. Assim como na primeira edição, é importante observar a evolução ou o retrocesso da música sertaneja nos períodos analisados. São dados oficiais levantados pela Crowley Broadcast Analysis do Brasil entre os dias 01/07 e 07/07. Vamos à lista:
1ª - EU SEM VOCÊ - Paula Fernandes 2ª - HUMILDE RESIDÊNCIA - Michel Teló 3ª - SOU O CARA PRA VOCÊ - Tiaguinho 4ª - NÃO ME PERDOEI - Victor & Leo 5ª - SET FIRE TO THE RAIN - Adele 6ª - A VERDADE - Fernando & Sorocaba 7ª - ALÉM DO SOL, ALÉM DO MAR - Leonardo 8ª - COMEÇAR DE NOVO - Eduardo Costa 9ª - JÁ NÃO SEI MAIS NADA - Bruno & Marrone 10ª - INCONDICIONAL - Luan Santana 11ª - ASSIM VOCÊ MATA O PAPAI - Sorriso Maroto 12ª - I LOVE YOU - Marcos & Belutti 13ª - EU QUERO TCHU, EU QUERO TCHA - João Lucas & Marcelo 14ª - COLO COLO - João Bosco & Vinícius, part. Aviões do Forró 15ª - CAMARO AMARELO - Munhoz & Mariano 16ª - SOU SEU AMOR E VOCÊ É A MINHA VIDA - Zezé di Camargo & Luciano 17ª - SINAL DISFARÇADO - Zé Ricardo & Thiago, part. Israel Novaes 18ª - LINGUAGEM DOS OLHOS - Péricles 19ª - PARADISE - Coldplay 20ª - PAYPHONE - Maroon 5 part. Wiz Khalifa A lista até agora, é gritante a mudança. Diversas músicas deixaram de figurar entre as 20 mais tocadas, dando espaço para outras nem sempre dos mesmos artistas. Sobre a quantidade de canções sertanejas entre as 20 mais tocadas, em comparação com a última lista, não houve mudança.
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por Ludmilla Pádua - Relações Públicas fotos divulgação
Invasão Carioca Os caras irreverentes do Rio de Janeiro estão por aí.
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om um jeitinho mineiro, a carioca Fulano de Tal Produtora chegou a Uberlândia “devagarinho” e com muita competência conquistou seu espaço na cidade. Sabendo que ainda tem muito trabalho a realizar pela frente e trabalhando atualmente com as duplas “Rudã e Raphael”, “Welington e Nillo” e “Lukas e Fael”, os cariocas Rafael Regis e Flávio Ferreira ganham aos poucos a confiança dos artistas mineiros. “- Cuidamos de tudo, desde o visual até produção do show, passando por repertório e venda de show. O Flávio cuida do comercial e eu fico com a parte artística. Trouxemos um pouco da empresa do Rio de Janeiro para Uberlândia com a mesma essência e filosofia adotada por lá”, conta Rafael Regis. Desenvolver um trabalho com a cara dos artistas e uma pitada de irreverência carioca nas ações foi a fórmula que a Fulano de Tal Produtora criou para enfrentar um mercado cheio de inconstâncias e concorrências. A produtora trabalha apenas com o que realmente acredita e está sempre aberta a novos projetos e desafios.
Tel: (34) 9123-4437 / 7811-5561 / 88 * 7823 E-mail: contato@fulanoprodutora.com.br Site: www.fulanoprodutora.com.br Facebook: facebook.com/fulanoprodutora
Com pouco mais de um ano de estrada, a dupla conquistou boa repercussão local, execução de músicas em diversas rádios de Minas Gerais, Goiás e Rio de Janeiro, além do primeiro lugar no Festival de música sertaneja realizado por uma rádio local em 2011, o que ajudou ainda mais a conquistar espaço em grandes apresentações e festas da Região. Para o segundo semestre de 2012, a dupla prepara o lançamento do 1º CD da carreira, que virá composto de um mix entre o sertanejo universitário, romântico e raiz. www.rudaeraphael.com.br / Facebook: rudaeraphaeloficial
São 6 anos de carreira desde que Welington e Nillo uniram seu amor pela música, e desde então, com muito trabalho vem conquistando seu espaço. O grande destaque e ponto forte da dupla é a facilidade em compor novas canções e o brilhante casamento entre as vozes suaves, o que facilita a entrada no mercado pop sertanejo atual. Ainda para 2012 a dupla prepara o lançamento de novas canções que serão lançadas em áudio e vídeo. www.welingtonenillo.com.br / Facebook: duplawn
Formada em Uberlândia neste ano de 2012, a dupla Lukas e Fael traz na bagagem grande experiência de antigos trabalhos, o que auxilia a entrada no mercado concorrido da região. Com poucos meses de formação, a dupla já visitou diversas cidades, tocou nas principais casas e forma um público cada vez mais fiel em todos os locais que passa. www.lukasefael.com.br / Facebook: lukasfael
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por Serifa Comunicação foto Mauro Marques
Blognejo é referência em informações do mundo sertanejo
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e um hobby para a principal atividade. É assim que o uberlandense Marcus Vinícius de Deus Bernardes definiu o blog sertanejo que mantém na internet, o Blognejo. A ideia de criar a página na internet surgiu há cinco anos e hoje o blog já ocupa a segunda posição de blogs sertanejos mais acessados no país. Segundo Marcus Vinícius, na época em que teve a ideia de criar o blog, a música sertaneja ainda era vista como algo alheio às novidades da internet e, por isso, seu projeto foi um dos pioneiros. “Praticamente não existiam sites e blogs voltados especificamente para este segmento e as críticas musicais publicadas em revistas e em sites quase nunca tinham discos e artistas sertanejos como temas”, disse. Internauta assumido, para ele, não encontrar informações sobre o assunto na web, era frustante. “Como um
nerd fã incondicional de música sertaneja - o que era bem raro e ciente da necessidade de uma visão crítica e analítica sobre o segmento, acabei criando eu mesmo um blog e justamente nessa linha editorial”, conta. O interesse pelo sertanejo, de acordo com Marcus Vinícius, vem desde a infância, influenciado pelo pai, que é fã incondicional de música raiz. “Lembro que o primeiro disco de vinil que ganhei do meu pai e que não era de um artista infantil foi o volume 1 da dupla Zezé di Camargo & Luciano. Comecei a me familiarizar ainda mais com o gênero sertanejo quando comecei a tocar violão, aos 10 anos, e viola caipira, aos 14 anos”, explica. A partir dos 15 anos, Marcus Vinícius passou a atuar profissionalmente como músico na noite de Uberlândia. “Fiz parte de duas duplas sertanejas, uma delas com meu irmão, e atualmente mantenho uma carreira solo, mas o projeto com o blog acaba impedindo de me dedicar à música de uma forma mais intensa. Mas sempre que posso estou por aí cantando e tocando”, revela. O blog veio, então, ao encontro desse interesse e da carreira musical que já levava. No entanto, o Blognejo, segundo Marcus Vinícius, tem alguns diferenciais, já que, ao invés de se preocupar apenas com os fatos corriqueiros e com notícias sobre os artistas do segmento, ele também se preocupa em abordar o lado técnico das produções, com análise de discos lançados e do mercado sertanejo de forma geral, tudo em textos completos, mas usando uma linguagem informal. “Temos como diferencial o fato de que a maior parte dos leitores do blog é de profissionais da área, entre artistas, produtores, empresários, radialistas, promotores de eventos, o que torna o blog muito mais competitivo”, enfatiza. Blogueiro profissional O sucesso do Blognejo fez com que Marcus Vinicius tivesse que abandonar um emprego para se dedicar exclusivamente à atividade de blogueiro, que o mantém financeiramente com a venda de espaços publicitários. O projeto também fez com que ele passasse a ter contato mais direto com os principais artistas e empresários do ramo e se tornasse referência.“Passaram inclusive a me pedir conselhos sobre os seus próprios projetos”, diz. E para os fãs do Blognejo, Marcus Vinícius promete novidades. “Estamos implantando em breve o novo layout do blog, com nova logomarca e novas funcionalidades, além de um aplicativo para Iphone, Ipad e celulares com sistema operacional Android”, conclui.
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Saiba mais www.blognejo.com.br
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por Marcus VinĂcius - Blognejo foto Leo Faria
Arrocha, a nova mania dos sertanejos
Juninho Bessa, o arrocha que vem conquistando o Brasil
80 | repĂşblica cult sertaneja
P
ioneiro do arrocha em Uberlândia, o cantor Juninho Bessa abriu mão do pragmatismo dos códigos do Direito para se dedicar integralmente à liberdade poética que encontrou na música. Ele mesmo compôs 9 das 16 canções que integram o disco ‘Sol’. Vale ressaltar que o álbum vem sendo aceito de forma surpreendente em inúmeros veículos de comunicação do país. As músicas ‘Vou dar o nó em você - Arrocha’ e ‘Sol’, além de tocarem em grandes rádios, estão sendo destaques nos blogs sertanejos do Brasil. O DVD ‘Sol’, considerado ousado em sua concepção, é o primeiro trabalho totalmente HD de Uberlândia-MG. Concebido com o que há de melhor no mercado, como utilização de câmeras de cinema e direção da A1 Filmes, ‘Sol’ Tour 2012’ tem viajado por várias partes do Brasil, especialmente nos estados de Goiás, São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, levando um repertório extremamente versátil e contagiante. O arrocha se tornou o novo ritmo padrão da música sertaneja. O ritmo não é (ou é, dependendo da forma como se analisa) nem dançante e nem romântico. É na verdade uma mistura das duas coisas, e talvez por isso acabou caindo no agrado de uma grande parcela do público sertanejo. Mas o que vem a ser o arrocha? De onde ele vem e em que ele consiste? Na verdade, o ritmo arrocha é uma adaptação para a cultura brasileira da dança da República Dominicana conhecida como “bachata”, que apareceu nas favelas daquele país nos anos 60 como um misto de bolero, tcha tcha tcha e tango. Os nordestinos foram os primeiros a trabalhar com a versão brasileira da bachata, criando o arrocha baiano, que hoje conta com expoentes como Tayrone Cigano e Léo Magalhães. De 2009 para cá foi que os sertanejos enxergaram no arrocha um grande potencial e trataram logo de adaptá-lo à realidade do segmento, modificando algumas de suas características a fim de agradar o público de forma mais direta. Os goianos foram os primeiros a se darem conta do que o arrocha poderia se tornar. Para isso, inseriram um pouco mais de peso nas percussões, tornando o arrocha praticamente uma alternativa ao sertanejo dançante, como o vanerão e suas vertentes. O primeiro grande hit a trazer a pegada do arrocha foi a música “Não vou mais chorar”, gravada pela dupla João Neto & Frederico, no ano de 2009. Na verdade, tratava-se de uma regravação. A dupla Maurício & Eduardo já havia gravado, inclusive com o mesmo arranjo. Com o tempo, provavelmente percebendo o potencial dessa nova mistura de ritmos, vários artistas sertanejos começaram a se aventurar no arrocha. O mais comum, no entanto, é aplicar o arrocha somente nos refrões das canções. Apenas mais recentemente é que o arrocha tem sido aplicado em 100% da melodia de algumas músicas. No seu novo DVD, Cristiano Araújo ousou e acelerou ainda mais a pegada na música “Hoje eu sou seu meu bem”. A dupla Zé Ricardo & Tiago tem feito sucesso com a canção “Sinal disfarçado”, que também traz 100% de sua melodia em ritmo de arrocha. Outro grande exemplo é o do cantor Israel Novaes. Ele é a representação mais evidente desse caminho para o qual se dirige a música sertaneja, principalmente entre os artistas goianos. A Audiomix, que gerencia artistas como Jorge & Mateus, Gusttavo Lima e outros, agora aposta as fichas neste artista que é praticamente 100% arrocha. A primeira música lançada por ele, “Vem ni mim Dodge Ram”, também gravada 100% em ritmo de arrocha, se tornou hit sem que ele precisasse fazer um show sequer. Em Uberlândia, o principal expoente deste novo subgênero sertanejo tem sido Juninho Bessa. Depois de conquistar um grande espaço com a música “Vou dar um nó em você”, regravada pela dupla Thaeme & Thiago, ele acaba de lançar mais outra canção na mesma pegada, intitulada “CB 600”. Entre os principais sucessos recentes da fase “arrocha” da música sertaneja, podemos citar “Vem ni mim Dodge Ram”, “Sinal Disfarçado”, já citadas, e “Camaro Amarelo”, da dupla Munhoz & Mariano, e “Só vou beber mais hoje”, da dupla Humberto & Ronaldo, além do megahit “Eu quero tchu, eu quero tcha”, da dupla João Lucas & Marcelo, que levou o arrocha sertanejo à trilha da novela das nove.
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por Chico LĂşcio fotos Douglas Luzz
O sambanejo de Marcelo Toddinho
82 | repĂşblica cult sertaneja
A
versatilidade musical de Marcelo Toddinho nos brinda agora com o “Sambanejo”, projeto consolidado em seu novo álbum. A ideia pode não ser original, mas foi pioneira na cabeça e no cavaquinho deste genial cantor e instrumentista de carreira já consolidada entre nós. O universo do novo sertanejo, que domina o mercado musical nos últimos anos, é o pano de fundo da criação deste projeto que Toddinho define como uma homenagem à verdadeira música sertaneja através da releitura dos grandes clássicos da viola para o ritmo do samba. “Quando lancei a semente do disco, a turma estranhou, mas depois todos compraram a ideia e abraçaram a iniciativa comigo”, revela. Também motivado pelo fato de Uberlândia ser hoje um polo sertanejo reconhecido nacionalmente, o projeto começou com uma pesquisa criteriosa que contemplou 300 autênticas canções sertanejas. A seleção de repertório para se chegar às 14 faixas escolhidas teve como critérios: letra, poesia, sucesso, intérprete, enfim, a história de cada uma dessas canções ao longo do tempo e o que elas representam na trilha sonora das pessoas. Com tranquilidade e coerência (elementos indispensáveis para se fazer algo com qualidade), o repertório foi definido dentro da proposta de preservar a estrutura melódica das canções, versando-as para o universo rítmico do samba. E o resultado é surpreendente, sobretudo pela elegância da interpretação e dos arranjos, onde tudo se encaixa com harmonia contagiante no cavaquinho e voz de Marcelo Toddinho. “Este trabalho mostra que a música não tem fronteiras, integrando dois públicos distintos (o samba e o sertanejo). É um tributo que passa pela raiz sertaneja que temos dentro de nós. O gosto pela música sertaneja está em nossa alma e dentro da nossa formação cultural. Foi muito gratificante produzir este disco e me sinto privilegiado em compartilhar estes sons e sentimentos tão verdadeiros com vocês”, observa Toddinho. A produção do CD é assinada por Marcelo Toddinho e foi feita nos estúdios uberlandenses “Kara Nossa” e “A Cor do Som” com um time de craques: Marcelo Toddinho (voz, violão, cavaquinho e bandolim), Weber Rocha (teclado e acordeon), Paulo César / Paulão (baixo), Niltinho (bateria), Cabelinho (percussão geral) e Anderson Soró (pandeiro). Vale destacar que Marcelo Toddinho usa instrumentos Fábio Zuno, de sonoridade única e cristalina. “Sambanejo” traz as seguintes faixas: Na hora do adeus, Chora peito, Seu amor ainda é tudo, Menino da porteira, Tentei te esquecer, Boate azul, Caçador de corações, É o amor, Goiás é mais, Pão de mel, Mercedita (participação de Marcinha França), Ela é demais, 60 dias apaixonado, Pense em mim e Menino da porteira (instrumental). Capa do novo disco que une sertanejo e samba
34 9127-8857 / 34 3237-5360 www.marcelotoddinho.com.br
república cult sertaneja | 83
por Juliana Pronunciati fotos Divulgação
Dificuldades que incomodam artistas e fãs na hora dos shows
Gravação do DVD “Victor & Leo Ao Vivo em Floripa” em Florianópolis - SC
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A
rtistas no palco, é hora de o show começar. O que muitos não sabem, no entanto, é que, até chegar a esse momento, muitas etapas devem ser vencidas para que os sertanejos possam cantar para os milhares de fãs. Uma das grandes dificuldades na hora de se realizar um show é a falta de espaço adequado na maioria das cidades do país. Muitas vezes, os locais que comportam milhares de pessoas ficam em áreas urbanas, o que faz com que algumas limitações apareçam, como o horário em que o show deve terminar. Para que a apresentação não seja prejudicada, a produção deve trabalhar rápido e fazer com que, na hora combinada, tudo esteja pronto para que os cantores subam ao palco.
Já em outras cidades, principalmente as menores, o problema é a falta de espaço para a realização de shows sertanejos, que, quase sempre, atraem milhares de pessoas. A preocupação com a segurança do público faz com que a estrutura, muitas vezes, tenha que ser reduzida, e os artistas tenham que se apresentar em palcos pequenos. Filas para o banheiro, para alimentação e na entrada são outras dificuldades enfrentadas pelos fãs brasileiros quando vão a shows de artistas renomados que contam com grande público. Mas, vendo estas necessidades, algumas cidades brasileiras saíram na frente e já oferecem uma estrutura adequada e são referências quando o assunto é a realização de grandes eventos. Caldas Novas e Florianópolis são exemplos de cidades que apoiam shows que reúnem milhares de pessoas em um mesmo espaço. Sendo assim, essas cidades são frequentemente escolhidas para serem palco de grandes festas, como o Caldas Country, que acontece anualmente em Caldas Novas, no Caldas Park Show. O espaço foi especialmente montado para receber o evento e a cidade oferece estrutura privilegiada, com hotéis e restaurantes para acomodar turistas de todo o Brasil que vão participar da festa. Já a capital catarinense, recentemente, foi escolhida pela dupla Victor & Leo para a gravação do DVD “Victor & Leo Ao Vivo em Floripa”, o terceiro da carreira deles. O show foi gratuito em uma praça na Beira-Mar Continental e reuniu cerca de 200 mil pessoas. Caldas Country em Caldas Novas - GO
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por Chico Lúcio foto Mauro Marques
Erich Lins, um novo talento para a música sertaneja
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N
o universo da música sertaneja atual, marcado por baladas de refrão fácil e letras sem conteúdo, é gratificante ver o surgimento de um verdadeiro talento. Ele se chama Erich Lins e veio para conquistar o seu espaço com uma estrutura profissional que lhe dá régua e compasso na trajetória do seu canto. E ele sabe cantar. Mais que isso, tem carisma e aquele “feeling” natural para o sucesso. Essa nova etapa de sua carreira chegará também com um belo disco, já em divulgação com o single “Querendo te amar”. O CD, que será lançado na primeira quinzena de setembro, traz um repertório selecionado e de muito bom gosto, com canções românticas, outras dançantes e clássicos sertanejos que se harmonizam com a sua personalidade musical. A musicalidade de Erich Lins nasceu em família, aos 9 anos de idade, quando seu pai Lindomar da Silva, cantor e capitão de Folia de Reis, lhe deu um violão de presente. A partir dos 14 anos já cantava profissionalmente nos bares de Uberlândia e Triângulo Mineiro, fazendo dupla com o amigo Jurandir, batizados artisticamente como “Juan e Rodrigo”. O repertório era basicamente sertanejo, recheado pelas músicas das duplas de sucesso da época, como Bruno & Marrone, João Paulo & Daniel, e outras. Com o fim da dupla (que durou cinco anos), Erich passou a cantar somente em casa e festa de amigos. Tornou-se então vigilante bancário, atividade que o levaria a outro parceiro musical e também vigilante bancário chamado Roger. Estava formada então a dupla “Erich e Roger”, que algum tempo depois acabou, deixando como lembrança um CD de canções inéditas. Foi aí que Erich decidiu seguir carreira solo, como “Rodrigo Andrade”, apresentando-se em barzinhos, casas noturnas, eventos empresariais e outros locais. Agora se projeta definitivamente e profissionalmente como Erich Lins. Uma nova etapa, um novo tempo, um novo projeto. A voz de timbre suave e afinadíssimo está pronta, o violão em punho, muito otimismo e motivação. Tudo isso para ocupar o lugar que merece no cenário da música sertaneja brasileira, cantando e encantando todos que o conhecem e que, como eu, podem afirmar com certeza: “Chegou a vez de Erich Lins”. Sucesso, garoto!
Single de trabalho do novo CD de Erich Lins
Contato para shows 34 3223 1166 Erich Lins é artista exclusivo do Escritório República república cult sertaneja | 87
por Marcus Vinícius - Blognejo fotos Divulgação
Quando a separação não dá certo E
m qualquer segmento de trabalho, parcerias sempre são complicadas. Duas pessoas com personalidades distintas nem sempre compartilham das mesmas ideias e muitas vezes a parceria ou sociedade acaba sendo desfeita justamente por conta disso. Na música sertaneja não é diferente. A separação de duplas é uma coisa corriqueira desde os primórdios do estilo. Mas nem sempre essas separações são definitivas. A história do segmento sertanejo é recheada de passagens nas quais grandes parcerias desfeitas foram retomadas meses ou anos depois. O próprio Tião Carreiro, referência para todo e qualquer artista sertanejo, já teve diversos parceiros, mas
nunca conseguiu se livrar da imagem de parceiro do grande Pardinho. Reza a lenda que os dois chegaram, em certas ocasiões, a dividir o palco cantando de costas um para o outro. Duas das maiores duplas da história da música sertaneja, Milionário & José Rico e Matogrosso & Mathias, também já passaram por situações de separação. Numa destas ocasiões, quando coincidentemente as duas duplas estavam separadas ao mesmo tempo, e enquanto o José Rico e o Matogrosso tentavam emplacar uma carreira solo, o José Rico com um disco e o Matogrosso com dois, o Milionário e o Mathias chegaram a formar uma nova dupla e lançaram, no ano de 1992, um disco intitulado “Novos Caminhos”.
No ano seguinte, ainda separado do José Rico e com o fim da parceria com o Mathias, o Milionário formou dupla com outro grande expoente do segmento que também havia desfeito uma parceria de muitos anos: o Robertinho, da dupla Léo Canhoto & Robertinho. O disco da dupla foi lançado em 1993. Nos três casos mencionados, as parcerias foram retomadas. Milionário & José Rico voltaram a cantar juntos e comemoraram no ano passado 40 anos de carreira. Léo Canhoto & Robertinho lançaram há bem pouco tempo o primeiro DVD da história da dupla. E Matogrosso & Mathias mantiveram a parceria ainda por muitos anos, mas por motivos que nunca se tornaram conhecidos do grande público, desfizeram novamente a parceria há cerca de cinco anos. O Matogrosso continua trabalhando com o nome da dupla, mas com um novo parceiro (o segundo depois da saída do Mathias original) e o Mathias hoje faz parte da dupla Matão & Mathias. 88 | república cult sertaneja
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Chrystian & Ralf também passaram por uma situação parecida há pouco mais de 10 anos. Sem divulgar os motivos, a dupla, uma das mais admiradas do segmento, se separou no ano de 1999. Durante os dois anos que estiveram separados, os dois tentaram emplacar uma carreira solo. Enquanto Chrystian
lançou um disco mais comercial, Ralf emplacou um ousado projeto no qual interpretava grandes clássicos da música sertaneja romântica cantando em italiano. O retorno da dupla aconteceu dois anos após a separação, com o disco que talvez tenha sido o melhor da carreira: o elogiado “De volta”.
Edson & Hudson são outra dupla que permaneceu dois anos separada e retomou a parceria. No caso deles, o que começou aparentemente com uma brincadeira acabou desencadeando a separação. Enquanto a dupla ainda trabalhava o DVD “Ao Vivo na Arena”, o Hudson lançou um disco instrumental de rock pesado, o “Turbination”, atendendo a diversos pedidos de fãs, tanto da dupla, quanto os de rock, que sabiam que o Hudson também era adepto do estilo, acenando para o que seria o início de uma possível carreira solo. Coincidência ou não, no ano seguinte a dupla anunciou a separação. A altíssima influência de rock do Hudson, que não agradava muito o Edson, e os problemas com
a bebida, que hoje os próprios assumem abertamente, contribuíram para o fim da parceria no ano de 2009. O Hudson inicialmente tentou seguir uma linha mais pop e lançou o disco “Por que não?”, mas acabou formando outra dupla sertaneja com outro grande expoente do estilo, o Donizetti. Nem chegaram a lançar nenhum projeto. O Edson emplacou um projeto solo com a participação do Zezé di Camargo e do Pelé (o disco “Edson e Você”) e chegou a gravar um DVD. Este disco, no entanto, não foi lançado porque a dupla anunciou o retorno às atividades e recentemente gravou o primeiro DVD desde a volta aos palcos, que ainda não foi lançado.
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Fotos Mauro Marques
Venha conhecer nossa nova loja. Rua Varginha, 35 - novapec.countryshop@gmail.com - 34 3210-0006 - 34 3223-1037 repĂşblica cult sertaneja | 93
publi editorial fotos Divulgação
República, sucesso para sua carreira ou evento O
mercado de eventos de nossa cidade acaba de ganhar uma empresa realmente especializada em shows e promoções artísticas. É a “República”, que chega com uma proposta diferenciada, oferecendo tudo que você precisa para realização do seu evento e um atendimento completo no agenciamento de profissionais de todos os segmentos artísticos. Na realização de eventos, o escritório atende todas as exigências do cliente: local da festa, buffet, som, iluminação, atrações musicais e humorísticas, contando com uma parceria de sucesso com empresas altamente conceituadas nestes segmentos em Uberlândia, principalmente no atendimento a eventos corporativos. Na área do show business, a República fornece todo o suporte e estrutura necessária no agenciamento e representação de
artistas, inclusive mantendo contato com os grandes escritórios de eventos do Brasil. Neste sentido, destacam-se: assessoria de imprensa, produção de CDs, venda de shows, consultoria de imagem, ferramentas de divulgação e prospecção de mercado de acordo com o perfil e público do artista, seja ele local, regional ou nacional. Esta proposta inovadora e que busca resultados concretos é o cartão de visitas da República, muito mais que um escritório de promoções artísticas, a garantia do sucesso para sua carreira ou evento. “Venha conhecer nossa empresa, os diferenciais do nosso atendimento e traga seu portifólio, associando sua empresa ou carreira ao nosso escritório”, convidam os diretores Célio Cardoso, Damião Andrade e Glécio Goulart.
Artistas já disponíveis para shows através do Escritório República
Luiz Cláudio, uma das vozes mais bonitas do Brasil com repertório diversificado e muito romantismo
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Banda WER, um show de alto nível com o melhor dos Bee Gees e grandes clássicos da música mundial.
Erich Lins, a nova revelação da música sertaneja romântica com uma estrutura altamente profissional
Mathes Borges, talento sertanejo universitário num show eclético e com os clássicos da música sertaneja de raiz
Neto&Ralf, uma das duplas sertanejas que realmente sabem cantar, num show com repertório de muito bom gosto
DJ André Wink, energia e sucesso nas melhores baladas e eventos
Hélio&Júnior - Os Lascadões, dupla de grande sucesso na região e em várias partes do Brasil com os verdadeiros clássicos sertanejos
Leo Pellosi, cantor e compositor de músicas de comédia, faz stand up, aliando piadas e música
Cristiano Jhow, alto astral com seu humor em apresentações de stand up comedy de grande sucesso
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por Divulgação foto Divulgação
Dyogo & Lucas, unidos pela música sertaneja D
yogo interessou pela música sertaneja aos 7 anos de idade, quando seu pai era dono de um bar, onde frequentemente havia som ao vivo. O garoto, mesmo com a pouca idade, sempre acabava dando uma “palhinha”, encantando o público do estabelecimento, que já enxergava o dom de Dyogo. Aos 14 anos começou a cantar profissionalmente, agregando uma expressiva bagagem musical, vindo a residir em diferentes estados (Minas Gerais, Maranhão e São Paulo). Já Lucas, aos 9 anos, iniciou em uma banda infantil patrocinada pelo Conservatório Estadual de Música de Araguari-MG, realizando várias apresentações na cidade e região, gravando seu primeiro CD em carreira solo aos 10 anos de idade. Há 3 anos começou a cantar profissionalmente junto com seu irmão, também adquirindo uma enorme bagagem musical e fazendo shows em vários cantos do país. Resolveram, portanto, somar dois projetos para juntos buscarem o grande sonho. Com talento, dedicação, humildade, carisma e músicas próprias, a dupla vem levando alegria e boa música por onde passam. A dupla tem como principal característica a transmissão de animação e muita energia em seus shows. Também foi o encontro de dois grandes compositores, que juntos esbanjam boas modas sertanejas. Em 2011, foram finalistas do Concurso Caldas Country Show e do Concurso TIM. Com milhares de votos, Na Estrada confirmou sua popularidade no meio virtual e perceberam a legião de fãs conquistada. Em 2012, a
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dupla resolveu se arriscar na capital goiana, onde residem atualmente e conquistaram o público com suas canções, principalmente com a música “No escurinho”, que possui uma coreografia marcante e que caiu no gosto da moçada. Recentemente, com a música “Mas não te pego”, versão da música “Ai se eu te pego”, os jovens ficaram conhecidos nacionalmente, conquistando o público na internet com uma média impressionante de acessos diários. A versão também foi e está sendo executada em várias rádios do país, inclusive sendo trilha sonora do programa “A Fazenda” da Rede Record. Com um casamento de vozes admirável, humildade, dedicação e muita animação em seus shows, a dupla é vista como uma grande promessa da música sertaneja. Saiba mais www.dyogoelucas.com.br
Fotos Mauro Marques
Fazendinha Tapajós, nossa empresa buscando sempre o melhor para atender sua família.
Rodovia BR 050 - KM 66 (saída para Araguari-MG) Funcionamento todos os dias das 7h às 23h. Estacionamento amplo e coberto. 34 3213-9080 sac@fazendinhatapajos.com.br
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por Marcus Vinícius - Blognejo fotos Divulgação
Saindo do Forno Paula Fernandes - Meus Encantos Novo CD da musa da música sertaneja, “Meus Encantos” traz uma série de canções inéditas da cantora Paula Fernandes, que no ano passado vendeu quase 2 milhões de cópias somando CDs e DVDs do disco “Paula Fernandes Ao Vivo”. O disco recente, assim como o anterior, conta predominantemente com canções de autoria da própria Paula Fernandes, exceto a música de trabalho “Eu sem você”, que assim como no disco anterior é uma parceria dela com Zezé di Camargo. Se no disco anterior, Paula tinha a seu favor o uso das imagens do DVD para divulgar seu show, neste ela conta apenas com a própria voz. Mesmo assim, ela preparou um espetáculo para a turnê de divulgação deste trabalho.
Zezé di Camargo & Luciano A dupla Zezé di Camargo & Luciano lança mais um disco (que leva o nome da dupla), desta vez para comemorar, com certo atraso, os 20 anos de carreira e a título de preparação para o lançamento do DVD, que acontece em breve. Este CD traz todas as canções inéditas que foram gravadas no DVD, além de várias outras gravadas em estúdio, numa pegada altamente romântica e nostálgica, com destaque para “Sou seu amor e você é a minha vida”. Com produção a cargo do inseparável César Augusto, o disco se divide entre canções ao vivo e canções de estúdio, mas desta vez as de estúdio conseguem se mostrar bastante superiores. Entre as canções ao vivo, o destaque é a música “Criação Divina”, que conta com a participação de Paula Fernandes.
Eduardo Costa - Pecado de Amor Mais um trabalho ultra-romântico do cantor que hoje é o que mais se aproxima das classes menos abastadas, fazendo o que muitas pessoas chamam de “sertanejo popular”, desvinculandose totalmente da onda do sertanejo universitário e suas vertentes. O disco “Pecado de Amor” do cantor Eduardo Costa foi produzido pelo César Augusto e traz predominantemente canções românticas, geralmente regravações de canções que já foram trabalhadas por outros artistas, como a própria música-título, que foi composta, gravada e trabalhada pela Fátima Leão, além de “Aperte o Play”, “Na rua” e “Se não vai eu vou”. O disco traz também a participação do uberlandense Alexandre Pires na faixa “Presente de Aniversário”.
Thaeme & Thiago - Ao vivo em Londrina Thaeme & Thiago são a nova aposta do cantor, compositor e empresário Sorocaba, da dupla Fernando & Sorocaba. O DVD “Ao vivo em Londrina” já de cara traz a dupla para todo o Brasil através de uma grande gravadora, a Som Livre. O disco, produzido pelo Fernando, parceiro do Sorocaba, traz participações, além dos padrinhos, de Gusttavo Lima e Cristiano Araújo. O Thiago já se destaca como compositor de diversos sucessos da música sertaneja recente e a Thaeme já tem história na música desde o programa Ídolos, do qual ela foi vencedora 98 | república cult sertaneja
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por Renner Cruz fotos Studio S
Ação cobertor amigo “Acenda o seu coração e aqueça quem tem frio” É um projeto realizado por Rildo Naturalmente desde o ano de 2007, com o objetivo de arrecadar cobertores para doar às famílias carentes, instituições e pessoas desabrigadas. Na primeira campanha foram arrecadados 360 cobertores e, em 2012, recebemos 3247 cobertores. O projeto conta com o apoio dos parceiros: Amarildo, o Joalheiro, Canal da Gente, Damaceno Vídeo e Eventos, Lounge, Leo Bione, Gráfica Breda, República Cult Sertaneja, Fórmula P, Guaraná Mineiro, Serifa Comunicação, Rede Vitoriosa, Vila Verde, Policard, Studio S, Tecidos Miramontes, Ditão e Jack (coordenadores da Pastoral de Rua).
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O evento foi realizado na Lounge, dia 5 de junho, com a participação dos apresentadores André Potinho, Amarildo Maciel e Fernanda Viola, com show de amigos sertanejos como: Sidney do Cerrado, Matheus Borges, Muryell & Rafael, Neto & Ralf, Juninho Bessa e Diogo & Thomaz. Durante o evento, houve um leilão, cujos lances foram em cobertores. Foi doado um violão autografado pela dupla Victor e Leo, que arrecadou 204 cobertores. A dupla Bruno e Marrone doou um violão autografado que arrecadou 150 cobertores. Foi leiloada uma joia do Amarildo, o Joalheiro, cuja arrecadação foram 230 cobertores. Agradeço a todos que acreditam e participam da campanha Ação Cobertor Amigo: Revista Cult, parceiros, clientes do salão, empresários, amigos, artistas e voluntários.
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por Renner Cruz fotos Studio S
Entrega dos cobertores A
distribuição dos 3247 cobertores e dos refrigerantes (Guaraná Mineiro) foi realizada no dia 10 de junho. Foram doados para as famílias dos bairros Celebridade, Joana Darc, Zaire Rezende, Morumbi, Lar André Luiz, Núcleo Servos Maria de Nazaré e pessoas
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desabrigadas. Contou com a colaboração de voluntários diversos e Ditão, coordenador da Pastoral de Rua. A Ação Cobertor Amigo em 2012 superou as nossas expectativas. Contamos com a participação de toda sociedade no próximo ano.
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Por Danilo Caixeta Foto Divulgação
Nova área de shows no Camaru 2012 N
os últimos anos a Exposição Agropecuária de Uberlândia (Camaru) tem se destacado em Minas Gerais e estados vizinhos pela completa agenda de shows que oferece. Na edição de 2012 a preocupação se repete: levar ao público uma extensa e variada programação artística que agrade todos os gostos, estilos e faixas etária do exigente público uberlandense e da região. Foi pensando nisso que a organização da feira planejou uma nova área de shows que volta a ser na arena central proporcionando mais conforto e segurança além de um ambiente mais aconchegante. “O novo espaço deve ainda dar mais visibilidade para o palco independente de onde o público estiver”, afirma Karol Borges, produtora artística do Camaru 2012. O lugar ainda vai contar com uma arquibancada para acomodar aproximadamente três mil pessoas.
Camaru 2012 A Exposição Agropecuária de Uberlândia (Camaru) está inserida na agenda cultural da cidade há 49 anos e já figura entre os principais eventos do agronegócio mineiro. Além de uma programação extensa de shows e atrações artísticas, a festa oportuniza a realização de negócios e apresentação de novidades do setor. A feira é realizada pelo Sindicato Rural de Uberlândia com promoção exclusiva do Grupo Paranaíba. Atrações Gusttavo Lima, Paula Fernandes, Israel & Rodolfo, Fátima Leão, Milionário e José Rico, Cristiano Araújo, Nando Moreno, Alexandre Pires, Leonardo, Eduardo Costa, João Carreiro e Capataz, Patati Patata e Galinha Pintadinha. Saiba mais www.camaru.org.br
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da Redação fotos Kaká Fotografias
Lukas & Fael no Café Moah E
xplosão de sucesso em mais uma edição da República Cult Sertaneja que aconteceu, dia 24 de maio, no Café Moah. Muita gente bonita e casa cheia para conferir a apresentação de Lukas & Fael, participação especial de Felipe Bessa e convidados. Confira mais cliques do fotógrafo Kaká em nossa Fan Page República Sertaneja ou acesse o site www.netcult.com.br
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da Redação fotos Kaká Fotografias
República Cult Sertaneja com Neto & Ralf e convidados
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ais uma edição com recorde de público. Foi assim a República Cult Sertaneja realizada dia 21 de junho no Café Moah. O palco ferveu com Neto & Ralf e participações especiais de Victor Freitas & Felipe e Erich Lins. Confira mais cliques em nossa Fan Page República Sertaneja ou através do site www.netcult.com.br
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da Redação fotos Kaká Fotografias
Show de lançamento de Erich Lins N
oite de muita agitação no Café Moah, dia 19 de julho. A República Sertaneja trouxe o show de lançamento da nova revelação da música sertaneja, Erich Lins. Além da apresentação do jovem cantor, o evento contou com a participação de Diego e Victor Hugo, Rudã e Raphael e DJ André Wink. Confira mais fotos da noite sertaneja em nossa página no Facebook República Sertaneja e através do www.netcult.com.br
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da Redação fotos Aracolor - Fábio Fonseca
Balada sertaneja na Loft em Araguari U
m sucesso. Assim foi a República Cult Sertaneja, realizada dia 19 de maio, na Loft - Araguari. O evento teve como atrações Neto & Ralf, Matheus Borges e Diogo & Thomaz. Fique por dentro das novidades. Siga @repsertaneja e curta nossa página no Facebook República Sertaneja.
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da Redação fotos Kaká Fotografias
Feijoada Sertaneja com Juninho Bessa
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conteceu no dia 23 de junho, a primeira edição da Feijoada Sertaneja no Village Mall (antigo The House). O evento contou com uma super estrutura, decoração impecável e buffet completo de feijoada. A animação ficou por conta do Dj André Wink, Juninho Bessa e participações especiais de Erich Lins, Victor Freitas & Felipe, Neto & Ralf, e Diogo & Thomaz. Confira os cliques da festa.
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