Revista da Tijuca – 04

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Ano I · número 04 · Jul/2012 · distribuição gratuita

NOSSOS ATLETAS

OLÍMPICOS

MACIÇO

DA TIJUCA:

PATRIMÔNIO DA HUMANIDADE


TIJUCA: HÁ 253 ANOS TENDO UMA VIS

PARAB

(21) 3251-2621

comercial@revistadatijuca.com.br


SÃO PRIVILEGIADA DO RIO DE JANEIRO!

BÉNS!

– Pico da Tijuca, 1.021m de altitude


É MÊS DE ANIVERSÁRIO DA NOSSA QUERIDA TIJUCA, E, POR ISSO MESMO, O CLIMA É DE FESTA. TEMOS MUITO A COMEMORAR. AFINAL, NÃO É TODO DIA QUE SE CHEGA A 253 ANOS COM “CORPITCHO” DE 20. A EXPERIÊNCIA SEMPRE NOS TRAZ LIÇÕES, TANTO PARA NÃO REPETIR ERROS COMO PARA COMEMORAR ACERTOS. SOMOS UM BAIRRO EM VIRTUOSO CRESCIMENTO. PARABÉNS A NÓS, TIJUCANOS QUE FAZEMOS ESSA HISTÓRIA TODOS OS DIAS!

13 ESPECIAL

VAMOS CONQUISTAR O MUNDO Sempre que chega essa época de jogos olímpicos, um sentimento de orgulho e ansiedade toma conta do Brasil. Nossos atletas, sim, porque eles são “nossos”, mesmo que nunca os tenhamos visto pessoalmente, encaram a difícil missão de representar o país da melhor forma possível e de nos trazer medalhas. De preferência de ouro, amarelinhas, brilhantes. É como se cada um de nós também ganhasse o direito de exibir a medalha olímpica. Essa sensação de “somos melhores” começa bem antes, quando os atletas conquistam o direito de estar lá. Nós, tijucanos, já estamos com esse sentimento. Quatro, dos nossos melhores competidores, conseguiram. Gigantes que são, não estão mais treinando por aqui, a não ser Roberto Silva, atleta paralímpico. Mas, passaram pelo bairro, iniciaram a carreira por aqui e, temos certeza, na hora do Hino Nacional e de receber as medalhas, vão lembrar onde tudo começou. Nessa hora, nós também vamos nos arrepiar de emoção. Será mais um tijucano a entrar para a história em nível mundial da UNESCO. Falando em história e em conquistar o mundo, fomos atrás do pessoal que conviveu com a turma que fazia barulho no antigo Divino bar. Gente que jogou bola, brincou, ouviu conversas de artistas como Tim Maia, Erasmo Carlos, Roberto Carlos e tantos outros, quando ainda eram meros desconhecidos. Cada um, em sua medida, contribuiu para que esses 253 anos fossem mais musicais e animados. Nesse mês da aniversário, temos ainda mais um título a comemorar: o Maciço da Tijuca ganhou, junto com outras maravilhas da cidade, o título de Patrimônio da Humanidade. Como nem tudo são fl ores, mas vale como experiência, trazemos um relato emocionado de uma pessoa que se perdeu na Floresta da Tijuca e, por um milagre, sobreviveu para contar a história. Isso é ser Tijuca! Abraços, MARIA SOCORRO E SILVA REVISTADATIJUCA 4

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Lembranças de um pessoal que fez história no bairro: a turma do Divino

10 PELA TIJUCA Os riscos dos imóveis abandonados que ameaçam cair a qualquer momento

CAPA

Quem são os atletas que treinaram na Tijuca e agora vão para as Olimpíadas de Londres.


Julho de 2012

EDITORA-CHEFE Maria Socorro e Silva maria.s@revistadatijuca.com.br

CULTURA

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A admirável arte das ruas. Conheça Beto Fame e suas cores pelos muros da Tijuca

Editora Caderno Amarelo

DESIGN E PROJETO GRÁFICO Lucas Santos http://fiatluks.deviantart.com

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FOTOGRAFIAS DA CAPA Divulgação

COLABORADORES

DESTAQUE

Daniel Strauch Guido Gomes Maurício Motta Michele Garcia Rodrigo Ancora da Luz

O Maciço da Tijuca acaba de tornarse Patrimônio da Humanidade

ALERTA

PRODUÇÃO

REVISÃO Caderno Amarelo

COMERCIAL

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comercial@revistadatijuca.com.br

DISTRIBUIÇÃO

Perdido na Floresta da Tijuca: Uma história real de imprudência

Caderno Amarelo

REVISTA ONLINE revistadatijuca.com.br facebook.com/RevistadaTijuca @RevistadaTijuca

16 NOSSA RUA Dr. Satamini – Ele foi médico e morou na Tijuca até a morte

FALE COM A GENTE contato@revistadatijuca.com.br (21) 3251 2621 – 2ª a 6ª das 9 às 18h.

A Revista da Tijuca é uma publicação mensal da Editora Caderno Amarelo. Nossos colaboradores não têm responsabilidade com horário nem vínculo empregatício com a Revista da Tijuca ou a Caderno Amarelo.

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LEITOR GRAJAÚ UM BAIRRO VIVO NA RIO+20

Fale com a gente! • contato@revistadatijuca.com.br

PROTESTO: CADÊ A CICLOVIA QUE ESTAVA AQUI?

O Grajaú é muito mais, mas muito mais, do que publicaram na revista nº3 do Ano 1. A ONG citada na matéria (Casa de Cultura Anitcha), não é uma representante dos interesses do bairro. O conteúdo da matéria parece que vem de encontro aos interesses comerciais da propaganda da revista, disfarçada de reportagem. Finalizo com meus protestos de morador do bairro. (sic). Luiz Carlos Ramos Cruz (Grajaú) Caro Luiz, agradecemos sua mensagem. A matéria não era especificamente sobre o bairro, mas sobre ser o único da Zona Norte representado na Rio+20. Sabemos que a Casa de Cultura Anitcha não é representante única dos interesses do bairro, até porque isso compete aos moradores em geral. E não foi uma matéria paga, como você insinua. Foi uma reportagem, aproveitando o gancho do assunto do mês que foi a Conferência Mundial Para o Meio Ambiente – Rio+20. Aceitamos sugestões de pauta sobre o bairro e sobre toda a grande Tijuca. Uma edição não finaliza, em absoluto, todos os pontenciais assuntos de um bairro. TRÁFEGO AÉREO NA TIJUCA Sou moradora da Tijuca, Afonso Pena, e gostaria de sugerir uma matéria sobre o intenso tráfego aéreo. Entrei em contato com a ANAC e e posteriormente me encaminharam para mais dois órgãos, a fim de obter explicação sobre a, de repente, intensa movimentação de aviões, inclusive voando baixo e em horários variados – noite, manhã , o que tem gerado muito desassossego aos moradores. Cristiane Aparecida Paulino (Praça Afonso Pena) Agradecemos a sugestão de pauta. Analisaremos com carinho. Obrigada.

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de conhecimentos sobre o Bairro. Parabéns a toda equipe. Elienai P.dos Santos (R. Carlos Vasconcelos) O QUE FAZER COM O LIXO NOSSO DE TODO DIA? Em tempos de busca por sustentabilidade é triste ver que a recém inaugurada ciclovia da Tijuca foi parcialmente destruída no trecho da rua Barão de Mesquita pela própria prefeitura semanas depois de inaugurada por conta do asfaltamento da rua. A pintura e a divisória da faixa foram destruídas. Só restaram as placas. É impressionante ver como setores da própria prefeitura não se comunicam. O velho jargão continua vivo no poder público municipal: “uma faz e outro desfaz”. O jeito é guardar minha bicicleta e ir para o trabalho de carro. Cezar Pires (R. Ribeiro Guimarães) EDIÇÃO N° 3 Gostei muito da 3ª edição da Revista da Tijuca. Nos encheu de informações úteis! Falou sobre o Grajaú como representante da grande Tijuca na Rio+20 e outros assuntos interessantes. A cada mês, a revista vem nos enriquecendo

Muito informativa e esclarecedora a matéria sobre o lixo veiculada na edição nº3 da Revista da Tijuca. Eu e muita gente que conheço não sabíamos, por exemplo, que pilha ou lâmpadas são considerados lixo comum. Antes eu separava tudo em sacos coloridos. Depois da matéria, com as orientações corretas, passei a colocar tudo em sacos transparentes. Afinal, sustentabilidade também passa pela responsabilidade com o outro, no caso, o catador. Parabéns. Muito bem feita a reportagem. Luiza Toledo (R. Conde de Bonfim)

Para se corresponder com a Revista da Tijuca, envie e-mail para contato@revistadatijuca. com.br ou pelo telefone 21 3251 2621. As cartas devem ser enviadas com nome e a rua onde mora o autor. Por motivo de espaço, as mensagens podem ser publicadas resumidamente.


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| Mirante

SITE ENSINA COMO PREVENIR OBESIDADE INFANTIL Parece brincadeira, mas a proposta do site desenvolvido pelo Hospital Universitário Pedro Ernesto (Hupe), da Uerj, é bem séria. Diante das estatísticas preocupantes sobre o número de obesos no Brasil – 15% das crianças estão acima do peso, segundo o IBGE – o pessoal do Instituto de Nutrição e do Departamento de Endocrinologia do hospital resolveu tratar do assunto de forma preventiva, mirando nas crianças. Assim surgiu o www.telessaude.uerj.br/colorindo-e-movendo, um projeto lúdico que ensina, brincando, como passar longe do excesso de peso. Para as crianças, as informações são apresentadas através de jogos, brincadeiras e outras atividades. Para pais e educadores, o site disponibiliza materiais sobre alimentação saudável, atividade física e avaliação nutricional, além de uma área de teleconferências, onde profissionais ligados ao projeto apresentam assuntos relacionados ao crescimento saudável das crianças e adolescentes.

HOSPITAL INVESTE EM TELHADO VERDE

UVA SEDIA MOSTRA DE PSICOLOGIA O campus Tijuca da Universidade Veiga de Almeida irá sediar a 6ª Mostra Regional de Práticas em Psicologia, entre os dias 24 e 27 de julho. A programação inclui palestras, oficinas, mesas de debates, atividades culturais e lançamentos de livros. Haverá também uma exposição itinerante sobre os 50 anos da Psicologia no Brasil. A Mostra acontece anualmente, desde 2007. As cinco edições anteriores reuniram, cada uma, cerca de 400 pessoas que trocaram experiências, construíram redes e debateram suas práticas. O evento é gratuito e a inscrição pode ser feita pelo site www.crprj.org.br/mostra ou pelo telefone (21) 2139-5439. REVISTADATIJUCA 8

O projeto surgiu há dois anos, quando foi implantado o primeiro telhado verde no Hospital São Vicente de Paulo sobre o abrigo de resíduos químicos. A ideia era quebrar o paradigma de que abrigos são sujos e feios e trazer beleza e funcionalidade ao local. O resultado, no entanto, foi além da estética. Deu tão certo que já foi construído um segundo sobre o vestiário e agora será estruturado um terceiro sobre a recepção do hospital. O projeto, que tem a função de dissipar o calor e melhorar a estética do ambiente, já conseguiu baixar em até 6°C a temperatura dos espaços onde estão instalados – em média, num dia de temperatura externa de 34ºC, a máxima no interior é variável de acordo com a cobertura: em telhado verde, 28,8º C; uma laje, 34,7º C; aço galvanizado, 45º C.


EDIÇÃO 2012 SERÁ LANÇADA EM AGOSTO

59% DA OBRA DO MARACANÃ ESTÁ PRONTA O balanço apresentado no final de junho pelo Consórcio Maracanã 2014 indica que as obras do estádio atingiram 59% de conclusão. O estádio já está com a alvenaria dos 231 banheiros finalizada e boa parte dos 60 novos bares, que ocuparão entre o 1º e 5º pavimentos. A instalação do anel de compressão, que irá sustentar a lona tensionada, já alcançou os 56,7%. Segundo a assessoria do Consórcio, o primeiro lote de cabos tensionados já chegaram ao Rio de Janeiro. Também já foram finalizadas as quatro novas rampas monumentais e estão sendo recuperadas as antigas. Na primeira semana de julho, foi iniciado o processo de retirada do aterro para a instalação da irrigação do campo e das quatro torres de circulação, que conectarão o térreo com os andares superiores. A previsão é de que a reforma seja totalmente concluída em janeiro de 2013.

Qual criança não gosta de colecionar álbum de figurinhas? E se os personagens principais forem seus amigos do dia a dia? O Tijuca Tênis Clube inovou e criou o álbum de figurinhas do Dente de Leite, campeonato de futebol interno que está na 39ª edição. O álbum foi criado em 2011 e a edição deste ano já está quase pronta. Serão 692 figurinhas vendidas em uma banca localizada em frente ao Clube e no jornaleiro do Shopping Tijuca. Os atletas inscritos em oito categorias, além dos patronos de cada time, estarão no livro ilustrado. Jogadores do Fraldinha (5-7 anos), Dentinho (8-9 anos), Pré Mirim (10-11 anos), Mirim (12-13 anos), Infantil (14-15 anos), Juvenil (16-18 anos), Master (30-45 anos) e Sênior (a partir de 46 anos) estarão presentes no álbum. O lançamento da edição 2012 deve ocorrer em agosto no próprio clube.

ALADIN E SUA TURMA INVADIRAM O SHOPPING TIJUCA Nessas férias o Shopping Tijuca preparou uma programação gratuita especial para animar as crianças. Até o próximo dia 29 de julho, o evento “Aladin” proporcionará muita diversão e encantamento. Os pequenos poderão participar das aventuras do jovem Aladin em diversas atividades lúdicas e ainda revisitar toda a história desse clássico. Começando no Escorregador do Palácio da Princesa Jasmine, a criançada poderá deslizar e aproveitar a brincadeira no tapete mágico. Em seguida poderão ajudar Aladin no tiro ao alvo com estilingue e ainda enfrentar o Desafio do Jafar: um espaço com games no qual a missão é interagir com os personagens da história, que já foi também adaptada para o cinema, desenho animado, teatro, ópera, literatura, entre outros. A atração funciona de segunda a sexta-feira, das 13h às 21h; sábados, das 10h às 22h, e domingos e feriados, de meio-dia às 21h.


| Pela Nossa Rua PelaTijuca Tijuca

P

roblemas estruturais que colocam prédios em risco de cair não têm hora nem endereço certos para acontecer. Este ano, na Tijuca, a Defesa Civil registrou 48 ameaças de queda de imóveis. Comparado com os dados de 2011, não houve alterações. As principais causas desse tipo de trajédia urbana são desabamentos e incêndios. A solução? Investir em prevenção.

SERÁ QUE

VAI CAIR? TEXTO Maria Socorro e Silva | FOTOS Guido Gomes REVISTADATIJUCA 10

O ideal, segundo o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea), é que seja feita uma vistoria a cada cinco anos em construções com mais de 10 anos de existência. A proposta está em tramitação na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, na Assembléia Legislativa e também no Senado. Caso seja aprovada e torne-se Lei, a obrigação da vistoria passa a ser diretamente do proprietário. “Hoje ninguém faz nada. As prefeituras não têm fiscais suficientes e não conseguem fazer essa fiscalizaçãos preventiva. Não tenho dúvidas que, com a Lei, diminuirá muito o número de acidentes”, afirma o presidente do


Crea, Agostinho Guerreiro. O órgão é um dos responsáveis pelas propostas em tramitação nas três instâncias legislativas. Não existe um levantamento com números exatos sobre a quantidade de prédios em risco de ruir. Há quem fale em mais de cem na cidade. Na região da Tijuca, sabe-se que há vários, mas nada com exatidão. Os números da Defesa Civil são com base nas denúncias da população. A certeza é somente que nenhum tem valor de tombamento. Os registros da Defesa Civil variam de prédios com defeitos na estrutura até imóveis em mau estado de conservação seja por abandono, herança, espólio ou quando o proprietário passa a morar fora do país. Para resolver, o caminho mais certo é a prevenção através de vistorias e emissão de laudos. No caso dos incêndios, o documento é emitido por um engenheiro elétrico e, nos de prédio com risco de queda, esta é realizada por um engenheiro civil especializado em estrutura. Há indícios visíveis que podem indicar risco de desabamento como inclinação de parede, dano estrutural, rachaduras profundas, perda de parte da estrutura. Mas calma, não é qualquer rachadura ou reboco caindo que significa que o prédio vai ruir. Quem alerta é o engenheiro da Secretaria de Defesa Civil, Luiz André Moreira Alves. “Há de ser constatado o risco, por um especialista, para que sejam tomadas as providências cabíveis”, explica. REVISTADATIJUCA

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Dentre as providências, a primeira é a visita de uma equipe da Defesa Civil formada por um engenheiro especialista e técnicos que vão até o local e fazem uma análise visual e técnica de cunho emergencial. Eles identificam a patologia, depois geram um boletim de ocorrência com a descrição do problema. Se não houver risco, o caso é arquivado. Do contrário, o laudo é encaminhado para a Secretaria de Urbanismo, que é o órgão responsável, para que esta notifique o proprietário, que é o real responsável pelo imóvel. “Quando há o risco de desabamento, é solicitada a interdição com evacuação e tomadas todas as medidas emergenciais como escora, e, em casos extremos, a demolição”, disse Alves. A regra vale tanto para prédios tombados quanto comuns, com ou sem a presença do proprietário. “Se o problema é grave e há a possibilidade de colocar terceiros em risco, é feito o isolamento imediato”, enfatiza o engenheiro. Vale salientar que o poder público não pode fazer obras em imóveis particulares sob o risco de improbidade. No caso de prédios tombados existe, no Rio de Janeiro, um programa de isenção do IPTU como incentivo para que o dono mantenha o imóvel em ordem e sem risco de desabamento. Qualquer pessoa pode denunciar imóveis com risco de desabamento através do número 1746 ou 199.

ESTATÍSTICAS DA GRANDE TIJUCA TIJUCA

2011

2012

3

16

24 11

18

12

7

66 29 17

DESABAMENTOS

0

0

0

3

2

0

2

0

0

9

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0

63

1

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INCÊNDIOS

0

0

0

0

0

2

0

2

0

2

2

0

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5

9

2012

2010

3

2011

2012

2010

2011

4

2012

2010

AMEAÇAS DE DESABAMENTO

2011

2012

RIO COMPRIDO

2011

GRAJAÚ

2010

ANDARAÍ

2010

ALTO DA BOA VISTA

210 86 48

Fonte: Defesa Civil


| Especial

TURMA DO DIVINO A INESQUECÍVEL

TEXTO Maurício Motta | FOTOS Divulgação

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ocê conhece o Divino? Não é o time de futebol da novela das nove, e sim um dos maiores restaurantes que já existiu na Tijuca. O estabelecimento ficava na rua Haddock Lobo, esquina com Matoso, ao lado do já extinto “Cine Madri”. Era o ‘point’ de uma juventude que mandava no bairro nas décadas de 50 e 60 e fazia inveja aos frequentadores da Zona Sul. O Divino Bar era o local onde os jovens de classe alta da Tijuca marcavam de se encontrar. Na turma, passaram moradores do bairro e vizinhos como Babulina, Erasmo Esteves e Tião. Não conhece? Para facilitar, eis os nomes artísticos: Jorge Benjor, Erasmo Carlos e o saudoso Tim Maia. Enquanto a Bossa Nova circulava por Copacabana e Ipanema, o Divino recebia jovens comuns, sem dinheiro e que se tornariam íco-

nes da música popular brasileira. Da Igreja de São Sebastião dos Capuchinhos até a Paulo de Frontin, era raro não ter um frequentador do Divino Bar. Jorge Benjor era do Rio Comprido. Erasmo morava na rua do Matoso. Tim Maia, ou melhor, Tião, já que foi antes da fama, era filho de seu Altivo e dona Maria, donos da pensão mais conhecida do local. Um casarão na Afonso Pena era o estabelecimento dos pais do gordinho mais simpático da Tijuca que entregava marmitas e os meninos do bairro o chamavam de Tião Marmiteiro, para revolta do moleque, que não economizava nos palavrões e xingamentos. Erasmo conheceu Tião nas peladas de rua. Entre uma entrega e outra, Tião dava uma paradinha para jogar bola e era comum desfalcar as quen-

tinhas para saciar sua eterna fome. Por ser o menos dotado de condição física, sobrava a posição de goleiro para o gordinho. As quentinhas serviam de trave nas ruas. Dava certo, até que dona Maria chegava e botava todos para correr. A fase de entregador de marmitas chegou ao fim quando Tião tinha 13 anos. A música sempre foi ponto em comum a todos na época. Aos 14 anos, Tião formou os “Tijucanos do Ritmo” e cantava com os vizinhos Valdir no saxofone, Valtinho no acordeão e Edson Trindade no violão e vocais. O grupo animava as quermesses e domingueiras no salão paroquial da Igreja de São Sebastião. Na época, a Tijuca era praticamente o centro da cidade e a juventude sabia aproveitar. Era um grupo de adolescentes que gostava muito de música,


futebol, paquera e bebida – a onda era tomar cuba-libre. Em qualquer mesa do Divino um bom papo era sempre certo. Havia os intelectuais, os artistas, os malucos, os brigões, os profissionais liberais e até quem não fazia nada. “Falavam que era local de brigas por conta de uns dois ou três, como Pato e o lutador Mauro Gonzaga. As vezes, alguns garotos se juntavam e se achavam valentões, mas não era um lugar para brigas’’,, recordou Raphael de Agostini, que dizem ser o inventor peido artifício “peidão”,, depois disseminado até hoje em toda a cidade. Tratava-se de um barbante que, ao ser aceso, exalava um cheiro insuportável. No Divino Bar, Tim Maia, que começou a frequentar o local com os amigos Arlênio Lívio e Edson Trindade, reencontrou Erasmo e conheceu Paçoca, Nenéu, Mandoca, Pinto Nu, Sérgio Maluco, Lafayette, Fernando Tavares, Oswaldo Motta, Wellington Oliveira, Vasco Loureiro e Raphael de Agostini, que era o “cabeça” da turma. Na época, Erasmo chegava sempre na garupa da Vespa de Almir, o único do grupo que era motorizado. A turma adorava música e filmes. Sempre estrangeiros. Todos tinham visto as fitas de Elvis Presley, James Dean e Marilyn Monroe. Tião – Tim Maia - se destacava quando surgia um violão. Era a hora de dar uma de Little Richard com a batida perfeita de"“Long Tall Sally’’. Mas Tião só era o centro das atenções, de forma positiva, na hora da música, pois na maioria das vezes sofria com o deboche dos garotos e a indiferença das meninas. REVISTADATIJUCA 14

A Turma do Divino tinha aproximadamente 50 integrantes. Engana-se quem pensa que Erasmo Carlos ou Tim Maia fossem os caras. Pelo contrário, mal tinham dinheiro para entrar no bar e passavam mais tempo do lado de fora observando quem entrava e saia do local. A Turma do Divino tinha uma integrante que vivia metida entre os homens. Esta era Lilica. Uma menina mulher que acompanhava os meninos em todas as atividades: brigas de rua, jogos de futebol, idas ao Maracanã, bebedeiras e também fazia sexo com a maioria. A primeira vez de quase todos aqueles jovens fora com Lilica, que por muito tempo foi o anjo e talismã da rapaziada. “Do Divino, íamos muitas vezes na casa da Neusa, local conhecido como o Clube das Desquitadas, por abrigar muitas moças separadas que eram inteligentes, virtuosas, que por alguma razão não se entenderam no casamento’’, lembra Raphael de Agostini.

TINHA ATÉ TIME DE FUTEBOL

A CRIAÇÃO DO THE SPUTNIKS

Aos sábados os jovens se reuniam para bater uma bolinha. Um time foi formado e os jogos passavam das fronteiras da Tijuca. Não era raro partidas em campos de várzea de Duque de Caxias, Guadalupe e Pilares e o craque da equipe era um moreno alto com estilo driblador. O “Babulina’’ do Rio Comprido que chegou até a fazer testes nos juvenis do Flamengo. O tal habilidoso era Jorge Benjor, que morava bem perto do Divino. Na equipe de futebol, o jovem Tião era apenas incentivador, já que não tinha talento para arrumar uma vaga.

Em outubro de 1957, a União Soviética lançava o satélite artificial Sputnik. Tião também gostava muito do espaço sideral e ficou encantado com a novidade. Tanto que teve uma ideia inusitada e nomeou seu novo grupo musical com o nome do satélite soviético. Assim nascia “The Sputniks’’. Arlênio Lívio e Wellington Oliveira foram convidados. O grupo só cantaria músicas americanas e precisava de alguém com boa pronúncia. Uma noite, Arlênio resolveu apresentar um amigo do Curso Supletivo da Escola Ultra. Um tal capixaba chamado Roberto Carlos que se candidatou para


a última vaga do The Sputniks. Um moreninho magro de cabelos crespos que puxava da perna e adorava rock. Os ensaios aconteciam na casa de Tião, que na época morava na rua Barão de Itapagipe. Roberto cantou “Tutti Frutti”, “Long Tall Sally” e “Little Darlin” e impressionou a todos. A estréia do grupo aconteceu em dezembro de 1957 no salão paroquial da Igreja São Sebastião dos Capuchinhos. A apresentação mais importante aconteceu em um Festival de Calouros no Clube Municipal em que o quarteto ficou com o segundo lugar. O grupo não teve vida longa, mas serviu para revelar Roberto Carlos e Tim Maia. Após a entrada no The Sputniks, Roberto Carlos, que era morador do Lins de Vasconcelos, passou a ser mais um integrante da Turma do Divino. Oswaldo Motta lembra do dia em que viu Roberto Carlos dividindo uma média com manteiga em uma padaria próximo ao Divino. O garoto que viria a ser o Rei da música brasileira, não tinha dinheiro nem para tomar um café.

O jovem Tião, mais conhecido como Tim Maia

Amin Rodrigues também lembra dos garotos que mais tarde ficaram famosos. ‘’Isso aqui era uma festa. Os famosos frequen-

tavam o Divino. Não esqueço do Roberto Carlos comprando móveis aqui, antes da fama. Jorge Benjor era outro que estava sempre pelas redondezas’’, afirmou um dos poucos comerciantes que ainda resiste ao tempo e segue no local desde 1958 com uma modesta loja de móveis. A fama do Divino ainda está presente na Rua Haddock Lobo, o bar na esquina com a Rua Barão de Ubá adotou o nome de “Botequim do Divino”. Influência explícita ao antigo point, apesar de não haver nenhuma ligação com antigo proprietário, como relatou um funcionário do estabelecimento. No início da década de setenta, o “Cine Madrid” pegou fogo e nunca mais voltou a funcionar, o Divino também não existe mais. Hoje no lugar do antigo embrião da Jovem Guarda encontram-se duas pequenas lojas, uma lanchonete e um salão de beleza.

HOMENAGEM DE ERASMO À TURMA DA TIJUCA Em homenagem à Turma do Divino, onde começou, Erasmo Carlos, já famoso, compôs e gravou a música “Turma da Tijuca”.

Eu era aluno do Instituto Lafayette /Naquele tempo eu já pintava o sete/Trocava as letras dos anúncios do cinema /Transformando um belo filme/Num sonoro palavrão/Que turma mais maluca, aquela turma da Tijuca/Naquele tempo já existia punk/E Tim Maia nem cantava funk /Grandes sarros no silêncio das escadas/Quebra-quebra nos estribos do bonde 66/Que turma mais maluca, aquela turma da Tijuca/Nessa eterna sensação de gol/Muitas brigas e o nascer do rock'n roll/Muita gente em claro na fila da carne/Esperando o sol raiar /Só pra vender o seu lugar/Que turma mais maluca , aquela turma da Tijuca/Todos eram namorados da Lilica/Que do bairro era a moça mais bonita/Da cachaça todo mundo era freguês/ Nas noturnas serenatas que acabavam no xadrez.

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| Nossa NossaRua Rua

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INFORME PUBLICITÁRIO

RUA

DR. SATAMINI TEXTO Maria Socorro e Silva | FOTOS Guido Gomes

S

e fosse vivo, o Dr. Antônio Satamini estaria fazendo 147 anos. Nascido em Bajé (RS), no ano de 1865, o doutor chegou ao Rio de Janeiro ainda quase um menino. Estudou e formou-se na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Competente, esse ilustre tijucano foi professor, pesquisador, membro titular da Seção de Ciências Naturais da Academia Brasileira de Medicina e médico da família real. Talvez esses atributos tenham sido o motivo perfeito para ele virar nome de rua, homenagem que recebeu ainda em vida, em 1917. A Dr. Satamini é um corredor que começa na Rua do Matoso, como prolongamento da Rua João Paulo I, e termina na Rua São Francisco Xavier, tendo a Av. Heitor Beltrão como seu seguimento. Antes denominada Rua Fagundes Varela, a nova denominação foi concedida pelo decreto 1.165, de 31/10/1917. Com pouco mais de um quilômetro, a rua é uma reta movimenta-

da em praticamente todas as horas do dia. De tráfego obrigatório para vários destinos da Tijuca, corta ruas importantes como a Campos Sales, Afonso Pena e Professor Gabizo. Rica em pequenos comércios, é lá também que está o Hospital São Vicente de Paula. Médico influente e à frente do seu tempo, Dr. Satamini era cuidadoso com seus pacientes e prático em suas aplicações. Ainda hoje, pode ser vista no Museu Salles Cunha (Rio Comprido), uma seringa metálica portátil que lhe pertenceu. O objeto que tem proteção especial para agulha, era esterilizável em água fervente e permitia injeções de solutos diversos, inclusive anestésicos. A família Satamini residiu durante muito tempo na Tijuca, em um velho casarão localizado na esquina da Rua Aguiar com Conde de Bonfim. Dr. Satamini faleceu aos 91 anos, em 15/05/1956. Hoje está eternizado na rua que leva seu nome. REVISTADATIJUCA

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| Capa

OLÍMPICOS DA

TIJUCA TEXTO Maurício Motta | FOTOS Divulgação

BAIRRO ESTARÁ REPRESENTADO NOS JOGOS DE LONDRES E TEM GENTE QUE JÁ PASSOU POR AQUI COM GRANDES ESPERANÇAS E CHANCES DE VOLTAR COM MEDALHAS

E

stamos a dias do início da 30ª edição dos Jogos Olímpicos, e poderemos assistir em Londres, atletas que treinaram e se preparam em nosso bairro. O Tijuca Tênis Clube, um dos dez maiores clubes formadores de atletas no Brasil, contribuiu em diferentes modalidades. O Brasil busca melhorar o desempenho que teve há quatro anos em Pequim, quando conquistou 15 medalhas, sendo três de ouro, quatro de prata e mais oito de bronze. Entre os atletas que subiram no lugar mais alto do pódio na China, destacamos Thaísa do vôlei feminino, que foi aluna da escolinha do Clube. A expectativa é de mais medalhas. A melhor participação brasileira aconteceu em 2004, nos Jogos de Atenas. Foram cinco ouros, duas pratas e três bronzes, com a 16ª colocação no quadro geral de medalhas. Em Londres, além da sonhada e inédita medalha de ouro no futebol, os brasileiros têm expectativa de outras façanhas. O basquete masculino que não disputava os jogos há 16 anos conta com o talento e a experiência do ala-armador, Marcelinho Machado, que atua no Flamengo e jogou no Tijuca, antes de despontar no cenário nacional. Outra esperança de bons resultados vem das águas. Lara Teixeira formará dupla com Nayara Figueira nas piscinas de Londres. A atleta treinou por muito tempo nas piscinas do TTC. Em Pequim, a dupla ficou em 13º lugar na modalidade.

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THAÍSA

MARCELINHO MACHADO

Talvez a atleta mais vitoriosa que saiu do TTC tenha sido a central Thaísa, 25 anos, que está na seleção de vôlei desde 2007. Conquistou a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Pequim (2008), além do primeiro lugar no Grand Prix de 2008 e 2009.

No basquete masculino, o Brasil formou talvez o time mais forte de sua história. Marcelinho Machado, com 37 anos, é um dos jogadores mais experientes. O jogador, ex-Tijuca, fez parte do final da geração de Oscar. “O torcedor brasileiro já estava com saudade de ver o basquete masculino nas Olimpíadas e só tive uma noção melhor do tamanho dessa saudade pela maneira como as pessoas comemoraram a vaga. Temos um grupo muito bom, uma equipe que pode e vai fazer uma grande competição em Londres’’, afirmou o atleta, que está há 15 anos na Seleção Brasileira e já conquistou o tricampeonato pan-americano (1999, 2003 e 2007).

A atleta tinha 14 anos quando começou a jogar no Tijuca Tênis Clube e foi aluna do professor Júlio Kuntz. “Desde que chegou ao clube, Thaísa foi alçada diretamente para o Mirim. Era uma jogadora que se destacava pelo potencial físico e estatura. Com 13 anos, já tinha 1,92m. Tratava-se de uma atleta com habilidade motora e manejo da bola diferenciados.”, lembrou Kuntz. O antigo treinador relembra os sacrifícios da ainda menina Thaísa antes de conquistar o seu lugar ao sol. “Ela morava na Baixada Fluminense e nossos treinos eram diários e começavam às 14h. Ainda menina, estudava em Campo Grande até meio dia e o trajeto era longo. Thaísa almoçava uma marmita no ônibus para não perder tempo de treinamento”.

Miguel Ângelo da Luz já foi treinador de Marcelinho no Flamengo. “Ele é um dos três melhores jogadores que atuam em nosso país. Sempre foi compromissado e gosta do que faz. Não é a toa que chegou onde está. A idade não pesa. Sua principal virtude são as precisões nos arremessos”, confidenciou o técnico, que está otimista com relação ao basquete masculino trazer medalhas para o Brasil.

que, vinte os depois Rio-92, a s enções d o s teressad o s m discutir o uro do planeta Terra, voltam-se para o Rio de Janeiro por um motivo nobre. Entre os dias 13 e 22 de junho a cidade estará seando a Conferência seleção das feminina Nações Unidas de vôlei sobre já conhece Desenvolvimento suas adversárias Sustentável na luta - Rio+20. pelo bicampeonato O objetivo desse nasencontro Olimpíadas. de lideranças A undiais é construir a agendaacontece do desenvolvimento sustentável asepróximas décadas. Como? os Estados Unidos, competição entre 28 de julho e 11 de para agosto as brasileiras vão enfrentar China, Sérvia, Turquia e Coreia do Sul. No basquete masculino, a chance de medalhar começa no dia scutindo29 soluções para problemas comoAinda falta de água, do modelo atuala de energia para um menos agressivo de julho contra a Austrália. estão notransição grupo: Espanha, China, anfi triã Grã-Bretanha e uma seleção aao meio mbiente, gestão oceanos, exploração deacontecerá fontes renováveis de energia, segurança ser defidos nida no Pré Olímpico que na Venezuela no mês de julho.alimentar, acesso a água, e principalmena criação de Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS).Todos esses pontos estão inseridos nos dois temas principais da nferência: economia verde no contexto do desenvolvimento erradicação pobreza a estrutura AsAOlimpíadas de Londres ocorrerão entre os dias 27 desustentável julho e 12 ededaagosto. Só nosda resta torcerepara ouvir oinstitunal paraHino o desenvolvimento sustentável. Nacional Brasileiro várias vezes e que nossos atletas, em especial, os que saíram do nosso bairro, brilhem cada vez mais no cenário do esporte internacional. expectativa é que, tanta gente reunida e pensando sobre o futuro, se consiga chegar a um plano comum que integre cuidado m o meio ambiente, crescimento econômico e combate à miséria.

QUEM SÃO OS RIVAIS DO VÔLEI FEMININO E DO BASQUETE MASCULINO EM LONDRES

A


LARA TEIXEIRA

ROBERTO SILVA

Lara Teixeira, 24 anos, disputará a segunda olimpíada na carreira. A atleta do nado sincronizado esteve em Pequim em 2008. Lara, que forma dupla com Nayara Figueira, iniciou no esporte no Tijuca Tênis com quatro anos de idade. No clube, fazia aulas de natação, ginástica artística e ballet e a mistura das três modalidades fez com que, quatro anos mais tarde, estivesse no time mirim do nado sincronizado tijucano.

As Paralimpíadas de Londres vão começar no dia 29 de agosto e o judoca Roberto Silva surgiu no Tijuca Tênis Clube para brilhar internacionalmente. O lutador, atual campeão brasileiro e deficiente visual, está confirmado em Londres.

Em 2007, disputou os Jogos Pan-Americanos no Rio de Janeiro e conquistou a medalha de bronze, tanto em equipe como no dueto. Pelo resultado, ganhou, através do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), o Prêmio Brasil Olímpico. No Pan de Guadalajara, mais um bronze para a coleção. No ano seguinte, nas Olimpíadas da China, ficou em 13º lugar. Lara não esquece o tempo em que treinou no Tijuca. “Fiquei até 2011 e tenho as melhores recordações possíveis. Era minha segunda casa”. Sobre Londres, Lara espera alçar vôos maiores. “Queremos alcançar nossa primeira final olímpica”, finalizou.

O judoca participou dos mundiais de 2011 e 2012 na Turquia e ficou em 5° lugar na última edição. No Para-Pan de Guadalajara (2011) também ficou na 5ª colocação e em 3º no Aberto da Alemanha deste ano. Hoje, faixa preta, Roberto Silva é titular da seleção no peso médio (até 90kg). Silva sofre de uma doença degenerativa chamada retinose pigmentar e vem perdendo a visão gradativamente. Atualmente, está classificado como B1 e só tem cerca de 10% da visão. “A preparação foi muito boa. Estou muito ansioso por uma boa participação e espero medalhar”, afirmou o judoca, que até hoje frequenta as instalações do Tijuca Tênis Clube para treinar com o professor Leonardo Lara, que dá aula no local há dois anos.

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| Direito

CARREIRA DO MAGISTÉRIO TAMBÉM TEM

DIREITO A APOSENTADORIA ESPECIAL Privilégio vale não apenas para professores, mas a todas as funções decorrentes do magistério LUCIA MARIA DA SILVA

M

uito se fala na aposentadoria especial para os profissionais que desempenham a função de magistério. O que alguns profissionais da educação não sabem é que este direito se estende não apenas à função desempenhada pelo professor em sala de aula, mas abrange também outras categorias decorrentes do magistério e a este relacionadas. O Supremo Tribunal Federal (STF), no ano de 2009, em análise a uma Ação Direta de Inconstitucionalidade, movida pela Procuradoria Geral da República contra um dos artigos da Lei nº 11.301 de 2006, que estabelece aposentadoria especial não apenas para os profissionais do magistério, bem como para os gestores educacionais, assegurou que o direito não está restrito unicamente ao trabalho em sala de aula, como muito se questionou e se entendeu. O principal benefício do Acórdão é que ele consolidou a ampliação do rol dos beneficiários legitimados à percepção de aposentadoria especial, que esta não se circunscreve apenas ao trabalho em sala de aula, abrangendo também a preparação de aulas, a correção de provas, o atendimento aos pais e alunos, a coordenação e o assessoramento pedagógico e, ainda, a direção de unidade escolar. E ainda, as funções de direção, coordenação e assessoramento pedagógico integram a carreira do magistério, desde que exercidos, em estabelecimentos de ensino básico, por

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professores de carreira, excluídos os especialistas em educação, fazendo jus aqueles que as desempenham ao regime especial de aposentadoria estabelecido nos arts. 40, § 4º, e 201, § 1º, da Constituição Federal, conforme texto legal. Com a publicação do referido despacho, todos os integrantes da carreira do magistério que completarem os critérios de idade e tempo de contribuição exigidos podem solicitar a aposentadoria. Se você se enquadra em uma destas categorias deve estar atento e procurar uma Agência da Previdência Social munido de documentos que são essenciais: Número de Identificação do Trabalhador – NIT (PIS/ PASEP); Documento de identificação (Carteira de Identidade, Carteira de Trabalho e Previdência Social, entre outros); Cadastro de Pessoa Física – CPF; Carteira de Trabalho e Previdência Social e/ ou outro documento que comprove o exercício de atividade em estabelecimento de ensino básico, no nível infantil, fundamental e/ou médio, bem como em cursos de formação profissional, autorizados ou reconhecidos pelos órgãos competentes do Poder Executivo Federal, Estadual, do Distrito Federal ou Municipal; Diploma registrado nos órgãos competentes federais e estaduais ou qualquer outro documento que comprove a habilitação para o exercício do magistério. E se houver indeferimento do pedido você deve buscar ajuda profissional jurídica para ter seu direito efetivamente assegurado. Lucia Maria da Silva – OAB/PB 12.681


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| Destaque

MACIÇO DA TIJUCA:

PATRIMÔNIO DA HUM TEXTO | FOTOS Daniel Strauch

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braçando o bairro da Tijuca encontramos um relevo coberto de verde, imponente ao ponto de ter cumes que estão a mais de mil metros acima do mar e que é tão importante ao meio ambiente, cultura e beleza da cidade que, com certeza, fez a diferença na escolha do Rio de Janeiro como Patrimônio Mundial da UNESCO. O Maciço da Tijuca é formado por um conjunto de serras e montanhas próximas do oceano que vão da parte Leste da cidade até a Oeste. Possui aproximadamente 131 km2, dos quais 39 km2 constituem o Parque Nacional da Tijuca, e além de abrigar a terceira maior floresta urbana do planeta, guarda várias espécies de fauna e flora totalmente característicos da Mata Atlântica. Esse relevo carioca se destaca não só por sua vegetação exuberante, mas também pelos aspectos morfológicos peculiares, caracterizados por diversos pontões e dobramentos, que foram entalhados ao longo dos anos pela ação do intemperismo. Deste modo,

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encontramos cumes e formações rochosas bem características, como o morro Dois Irmãos, a Pedra da Gávea, a Pedra Bonita, o Bico do Papagaio, o Morro do Elefante, a Pedra do Andaraí, o morro do Sumaré, o morro do Corcovado e o Pico da Tijuca. A extensão do Maciço da Tijuca vai do Costão do Vidigal até o bairro do Campinho e configura-se num divisor natural entre as Zonas Sul, Norte e Oeste do Rio de Janeiro. Inúmeras vias de trânsito cortam essas montanhas, como o Túnel Rebouças, a Autoestrada Lagoa-Barra e a Avenida Edson Passos – que além de ligar a Tijuca e Barra da Tijuca, ainda abriga o acesso a diversos pontos turísticos que estão localizados no maciço. Mas esse patrimônio da cidade tem tal riqueza e esplendor devido à iniciativa do imperador Dom Pedro II, que, no final do século XIX, procurou restaurar as nascentes e mananciais da cidade, buscando a preservação da região, por meio de desapropriações de fazendas e reflorestamento de áreas devastadas.


MANIDADE No entanto, atualmente esse relevo carioca enfrenta graves problemas, como o aumento da favelização e das áreas desmatadas. Com o aumento das chuvas, há cada vez mais o risco de deslizamentos, devido a ocupação desordenada, irregular e em áreas de risco. Isto continuará a ocorrer, apesar da preocupação do Governo na construção das contenções nas encostas, devido à descontrolada derrubada de árvores que dão estabilidade ao solo dos morros. E em tempos de estiagem, as montanhas do Maciço da Tijuca enfrentam o perigo das queimadas, que tem aumentado, principalmente, devido a intensa e agressiva proliferação de uma planta estranha à Mata Atlântica, o capim colonião, que tem grande capacidade de disseminação. Apesar desses problemas, o belo, importante e suntuoso relevo do maciço vai estar sempre saudando os tijucanos que ao levarem os olhos para suas encostas são saudados com um visual de encher os olhos, quer seja para melhor se localizarem ou somente para apreciar um pouco do colorido na paisagem urbana.


| Alerta

E

ra para ser somente uma aventura em um sábado de sol claro, mas acabou se transformando em um pesadelo com direito a duas noites dormindo ao relento, várias picadas de insetos, fome, frio e a preocupação de amigos e familiares. Em um misto de imprudência com excesso de confiança, o advogado Rodrigo Luz se embrenhou na Floresta da Tijuca, no dia 23/06/2012 com o propósito de desbravar o local e voltar ao final do dia. Detalhe: foi sozinho, sem comida, água e sem as roupas adequadas. Fez, em um só dia, tudo o que não poderia ter feito. O resultado não poderia ser outro, perdeu-se, penou três dias e duas noites no meio do mato, dormiu ao relento, foi picado por insetos, comeu larvas e, graças a Deus, às redes sociais e à sorte de ter cruzado o caminho de um trilheiro conhecido antes de perder-se, foi encontrado com vida. Rodrigo é apenas um caso dentre os vários que acontecem diariamente no Parque Nacional da Tijuca. Alguns não chegam a ser registrados porque a própria pessoa acaba encontrando o caminho sozinha. Nas demais ocasiões, é preciso um esforço de órgãos públicos como polícia, bombeiros e outros profissionais em busca do desaparecido. Força, energia e recursos investidos por falta de prudência e respeito à natureza.

PERDIDO NA FLORESTA

E AGORA?

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No intuito de alertar sobre o perigo que é embrenhar-se no mato sem qualquer planejamento, é o próprio Rodrigo quem narra a malfadada aventura. Que sirva de alerta para todos.


Conforme a imprensa andou noticiando e muitos espalharam pelas redes sociais, fiquei perdido três dias e duas noites entre os dias 23 a 25 de junho. Gente! Minha imprudência foi enorme, mas mesmos os erros cometidos são cheios de significado. Se eu disser que, nas minhas caminhadas anteriores, jamais tive alguma dificuldade, estaria mentindo. Pois, desde 99, morando em Nova Friburgo, em que comecei a fazer minhas aventuras, ocorreram situações quando fiquei desorientado. Só que, quando não chegava ao meu destino, conseguia voltar por onde vim ou sair em outro lugar (...). A maioria das vezes eu me dava bem! Fazia caminhadas de seis horas sem problemas, o que me encheu de autoconfiança. Morando aqui no Rio desde meados de dezembro, fiquei ansioso por querer conhecer profundamente o território da cidade e, principalmente, esta área onde estou morando na Zona Norte. Minha compulsão por estar em novos lugares ficou a mil. De lá pra cá, fiz vários passeios e caminhadas.

Pois é. Dizer que antes disso Deus não me mandou um aviso, estaria mentindo. Quando foi no dia 3/5, saí à tardinha de casa e tinha chegado até o alto do Morro do Elefante. Não achei a trilha, o sol começou a se por, senti um certo desespero e quase me perdi. Naquele dia, consegui acertar o caminho de volta e cheguei em casa de noite, grato por não ter passado a noite ali e estar vivo. Mas vocês acham que eu aprendi a lição naquele dia? Coisa nenhuma! Não demorou muito pra que a minha mente justificasse que o fato de não ter achado a trilha pro outro lado do Morro do Elefante teria sido o fato de escurecer. Na manhã deste último sábado, após ter sido cancelado um evento do qual o pessoal da minha ONG participaria, resolvi então caminhar. Não avisei ninguém pra onde iria, nem levei celular, mochila, alimentos, lanterna, facão ou barraca de acampamento. Simplesmente resolvi ir até o alto do Morro do Elefante e, se identificasse o caminho para o outro lado, desceria por ele. Aí, quando cheguei lá em cima, encontrei o Luiz Albuquerque vindo com seu grupo do Alto da Boa Vista pra cá. Pergun-

Como antes eu tinha conheci“Achei que aquela seria mesmo a minha hora e que do a pé uma boa parte do nosso Estado e da Serra do Mar, pensei ainda poderia sofrer por dias até, finalmente, morque o Parque da Tijuca fosse só um pequeno jardim. Brincadeira rer com uma parada cardíaca...” de Mickey Mouse pra quem se achava um grande trilheiro que já tinha andado praticamente tei-o se a trilha estava “limpa”, o que, no linguaFriburgo inteiro mais boa parte dos municípios jar do meio rural, significa “roçado”. Então, com de Cachoeiras de Macacu, Teresópolis, Silva a presença deles, senti-me super auto-confiante. Jardim, Casimiro de Abreu, Macaé e Trajano de Morais. Só que passear no meio rural é muito Continuei o caminho, descendo embalado e diferente de um parque ecológico! Principalacreditando que, à tardinha, estaria na sede mente porque as vias de acesso são menores e do parque talvez antes das 15h. Só que, quando não há moradores. cheguei num bananal é que comecei a me embananar. Fui descendo por uns vales e vi que Bem, mas quando eu olhava os morros da janão chegava a lugar nenhum. Retornei e não nela de casa, cada dia dava aquela vontade de achei o caminho de volta, pelo que precisei pasir daqui do Grajaú (bairro onde moro) até a sede sar a noite ali, ficando pouco acima do bananal, do Parque da Tijuca, situada no Alto da Boa Visperto de, salvo engano, uns taquaruçus. ta, bem como descobrir um roteiro até à praia por dentro do mato. Aí soube que pessoas já Só aquela noite foi num terrível teste de resisfaziam o roteiro, geralmente vindo do Alto da tência pra mim. Sem ter me alimentado naqueBoa Vista pra cá e outros até um lugar em Jale dia (tomei apenas o café da manhã), dormi carepaguá chamado de Represa do Cigano. Pascom estômago vazio e enfrentando o frio geseios que nem são recomendados pelo parque lado da serra, tendo que deitar ao relento pela porque fogem do circuito turístico. Porém, não primeira vez na vida fora de uma barraca. Sofri quis esperar a oportunidade de pintar um pasuns ataques de mosquito, só que o pior mesmo seio. Eu mesmo resolvi arriscar, sozinho assim foi o frio. Sabia que, sem comida, a pessoa sobrecomo já fazia há tepos lá em Nova Friburgo e vive por dias e água tem bastante por ali. Ainda nunca tive problemas. REVISTADATIJUCA

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assim fiquei preocupado em não conseguir sair dali ou não ser achado. Imaginei que minha morte seria por motivo de hipotermia e que estaria deixando este mundo de uma maneira tão sem razão (...). Passando o aperto da primeira noite, fui procurar o caminho de volta ali pelo bananal e não consegui encontrar. Distanciei-me e fui sair num outro vale onde também fiquei andando desorientado sem encontrar alguma trilha que me levasse pra qualquer saída. As horas passaram e acabei ficando outra noite na mata que pareceu muito mais longa e fria do que a primeira. Principalmente porque ventava e meu corpo estava com menos energia do que no dia anterior. Por ser inverno, não tinha muito alimento disponível na fl oresta. Cheguei a comer um pouco de cana-do-brejo, folhas de assa-peixe, de bananeira e até larva, sabendo que são coisas comestíveis. Segunda-feira tomei a decisão de descer por um caminho a princípio aplainado entre dois morros que descia em direção ao barulho de uma estrada (a Grajaú-Jacarepaguá). Prossegui, atravessei um trecho cheio de plantas espinhosas e depois continuei andando por dentro de um rio que, por um longo percurso, parecia ser tranquilo. Tinha a esperança de que não encontrasse cachoeiras pelo caminho e fosse sair numa ponte da tal estrada onde eu subiria até o asfalto pra tomar o ônibus. Só que, infelizmente, depois de tanto andar, cheguei até o alto de um enorme precipício de onde despenca uma imensa queda d’água. Eu estava exausto para retornar e meus pés já machucados por causa do roçar do tênis

no calcanhar. Achei melhor pegar um pouco de sol e descansar. Meu corpo já doía devido ao ácido láctico. Eu estava profundamente arrependido com o que fiz (...) Orei muito a Deus e pedi pelas pessoas. Achei que aquela seria mesmo a minha hora e que ainda poderia sofrer por dias até, finalmente, morrer com uma parada cardíaca (...). Entretanto, ainda naquela tarde, a alegria voltou ao meu coração. Ouvi uma voz na mata e respondi para ver se não era alguma alucinação. Então, quando recebi resposta e a mensagem para permanecer onde estava, percebi que realmente estava sendo resgatado. Não sabia exatamente como aquilo estava acontecendo, se alguém teria escutado meus gritos de socorro na mata, e considerava bem remota a possibilidade de ter ocorrido o que de fato aconteceu: minha família ter espalhado na internet o meu desaparecimento e o Luiz Albuquerque visto a informação pelo Facebook a ponto de responder que me viu no alto do Morro do Elefante. E foi justamente isto que houve, mas que também poderia não ter acontecido. E, neste caso teria eu permanecido lá até os urubus comerem meu cadáver.

Bem receptiva, a equipe de socorro cumprimentou-me, trouxe alimento, fez curativo nos meus calcanhares e me guiou dali até uma das saídas do parque na represa dos ciganos. Eles tinham começado a busca no começo da tarde, viram os locais onde eu tinha dormido e improvisaram uma trilha para me tirarem daquele buraco (...)

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ALERTAS DE SEGURANÇA DO PARQUE NACIONAL DA TIJUCA S ES, C ALÇ ADSO V E L S A P U , O U USE R ONÉS/CHAPÉ FECHADOS,SBOL AR E REPELENTE PROTETOR

OS BANHOS DE CACH IR A SÃO PERMITIDOS NO QUEBOE RA , NAS DUCHAS DAS PAINEIR PRIMATAS, AS E NA DAS ALMAS

ATENÇÃO AOS HORÁRIOS DE INÍCIO DA CAMINHADA. LEVE EM CO NT A DE IDA , DE PERMANÊNCIA NO O TEMPO LOCAL E A VOLTA

TRILHAS EVITE PERCORRER AS LE VAR SOZINHO E PROCURE AD O UM CELULAR CARREG

ANIMAIS DOMÉSTICOS NÃO PERTENCEM À FAUNA SILVESTRE E DEVEM PERMANECER FORA DO LIMITE DO PARQUE

O PERNO E SÓ É PER EM C ASOIT MITIDO S AUTORIZA ESPECIAIS, MEDIA NTE Ç ÃO.

ETAS SÓ É O USO DE BICICL IAS ASFALTADAS. V S A N O ID IT RM PE

TIJUCA VAI GANHAR

SISTEMA DE DETECÇÃO DE TIROS OS TESTES FORAM REALIZADOS EM DUAS ETAPAS. SE TUDO ESTIVER DENTRO DO PREVISTO, BAIRRO SERÁ O PRIMEIRO DA CIDADE A TER O EQUIPAMENTO INSTALADO.

A

Grande Tijuca pode ganhar, ainda este mês, o Sistema de Detecção de Tiros. Estruturado para captar informações acústicas e identificar local e tipo de arma que disparou o tiro, o sitema vai funcionar com 76 sensores sonoros instalados em diversos pontos da Tijuca e do Maracanã, cobrindo uma área de seis quilômetros quadrados. De acordo com a Secretaria de Segurança é suficiente para abranger Tijuca, Andaraí, Maracanã, Vila Isabel, Muda, Usina, Grajaú e parte da Quinta da Boa Vista e das comunidades do Borel, Casa Branca, Formiga, Macacos e Salgueiro. O Sistema está programado para funcinar da seguinte forma: Assim que o tiro é disparado, o equipamento emite as informações em tempo mínimo ao 6º Batalhão da Polícia Militar (ali na Barão de Mesquita), e à Secretaria de Segurança Pública. Foram feitos testes em tempo real na primeira semana de julho e se os resultados estiverem dentro do esperado, o equipamento deve começar a funcionar ainda este mês. Segundo a Secretaria de Segurança, o Sistema consegue distinguir um tiro de arma de fogo de outros barulhos similares, como fogos de artifício, por exemplo, desde que sejam disparados em ambiente aberto. REVISTADATIJUCA

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| Cultura

A ADMIRÁVEL

ARTE DAS RUAS TEXTO Maria Socorro e Silva | FOTOS Divulgação


“CORES DA TERRA” EXPOSTAS NA UERJ

APRESENTANDO: BETO FAME

B

eto Fame é tijucano, tem 23 anos de vida e dez de arte espalhada pelos muros do bairro. Estudante da Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), ele usa os sprays de tinta como um instrumento para dar vazão à criatividade. “Eu faço o que eu quiser com uma lata de tinta”, avisa logo de cara, com aquela energia típica dos que acreditam no que fazem. Nascido na Marquês de Valença, Beto estudou no colégio Nossa Senhora da Ressurreição. Lá, conheceu a primeira turma de amigos – todos moradores da Rua Dulce e arredores – que tinham em comum o gosto pelo desenho. Era ainda um molequinho, mas descobriu que podia se expressar dando um colorido novo aos muros, muitas vezes deteriorados. “Eu sempre gostei de desenhar e essa ideia do grafite, surgiu com essa turma. Não parei mais”, diz. Autor de vários grafites coloridos (veja a galeria no site revistadatijuca.com.br/fotos), Beto é conhecido pelo apelido que costuma desenhar: Fame. “Cada um é um fl ow diferente”, enfatiza. Ele abusa dos grafismos. Além das letras em wild style, é um especialista em caricaturas. Talento reconhecido além dos muros tijucanos, está negociando uma exposição coletiva, para muito breve, em uma galeria de Botafogo. Apesar a pouca idade, o estudante leva sua arte muito a sério e cria como profissional. Reservado, não fala em número, mas deixa claro que, hoje, vive financeiramente do grafite. Na UFRJ, já ganhou o respeito de colegas e professores. Está no quarto período, mas já pensa no projeto final. Alguém tem dúvida sobre o que vai ser?

N

ascida em Araçuaí (MG), filha de mãe lavadeira e pai sapateiro, Maria iniciou sua incursão no mundo da arte utilizando cera de abelha como suporte, material que seu pai usava em seu oficio. Posteriormente, migrou para o barro, retratando a luta e o sofrimento de seu povo em cerâmicas. As peças estão na Galeria Candido Portinari da UERJ. Rua São Francisco Xavier, 524 – Maracanã. Até o dia 27 de julho. A entrada é grátis.

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| Diversão

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Festa Julina do TTC – Dias 13, 14 e 15/07. Com Grupo Nova Geração, Fabiano e Bonatto, Banda Pé de Pano, Grupo Numa Boa, Grupo Só Damas e Banda Taj Mahal. Parque de diversões, comidas típicas, quadrilhas e muito mais. Tijuca Tênis Clube. Informações: 3294-9300.

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EVENTO Cine Clube Infantil Tijuquinha – Até o dia 28/07. Seleção de filmes para a garotada e seus familiares, promovendo a interação entre eles. Grátis. Sesc Tijuca – Barão de Mesquita, 539. Informações 3238-2100.


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HORÓSCOPO

TEATRO A Casa de Bernarda Alba – Sextas e sábados, às 20h. Seis mulheres aprisionadas em uma casa de tradições e costumes. A amargura permeia a vida de cada uma delas. Bernarda, a matriarca, mantém todas a punhos de ferro, até que uma delas ousa desafiar a tirania da mãe. R$ 10,00. Teatro Ziembinski – Rua Urbano Duarte, 22.

Sérgio Mallandro – Stand Up Sem Censura. Mais de 300 mil pessoas já assistiram, confirmando seu status como figura permanente no imaginário brasileiro. Dia 20/07, às 20h30 no Salão Nobre do Tijuca Tênis Clube. Classificação etária: 18 anos. Informações: Camila Fragoso – 3287-4068 | 9477-1983.

Áries

Touro

Gêmeos

Câncer

EXPOSIÇÃO Papel Sustentável – Até 29/07 – Com oficina de origami. Grátis. Sesc Tijuca – R. Barão de Mesquita, 539. Informações: 3238-2164. Leão

Virgem

Mês de traçar novos rumos. Aproveita seu magnetismo e boa energia para driblar situações confusas e difíceis. Mês de melhoria financeira. Saúde em ordem.

Você estará voltado à família. Touro estará mais paciente nesta fase. Tome muito cuidado para não descuidar das obrigações. Tendência a estados de melancolia.

O mês de Julho chega cheio de energias positivas e divertimento. Virão novas parcerias e possibilidade de aumento dos rendimentos. Faça mais caminhadas ao ar livre.

Libra

Escorpião

Sagitário

Julho será sobretudo ligado ao seu bem-estar. O seu espírito aventureiro vai fazer com que consiga abandonar situações chatas. Mês de grande vitalidade e energia.

Questões profissionais e independência financeira são os assuntos do mês. Procure equilibrar sua parte emocional com a racional. Modere os seus hábitos alimentares.

Necessidade de esclarecer situações pendentes. O otimismo será o grande companheiro durante o mês. Um antigo amor poderá reaparecer durante este mês.

Mês para resolver alguns problemas. Não somente referentes a este nativo, mas também às pessoas que o rodeiam. Só tome cuidado para não cansar-se demais com tantas tarefas.

Sua capacidade de liderança e de argumentação irá fazer com que novas portas Capricórnio se abram. Este mês você estará pronto para novas paixões.

Mês de grandes lutas, mas também de grandes vitórias Tente manter a calma. Alguns novos desafios virão, no entanto todos eles serão positivos. Mantenha o bom humor.

Instabilidade vai ser a palavra chave para este mês. Mas, poderá viver momentos favoráveis a novos projetos. Aceite conselhos e opiniões dos que estão próximos.

Fase de grande ascensão. Até o fim do mês poderá contar com algumas boas surpresas. Sua criatividade e potencial serão elogiados. Tire proveito profissional dessa fase rica.

Aquário

Peixes

Mês de mudanças positivas. Viagens estarão favorecidas. Talvez você consegua aliar trabalho e lazer. Respeite o espaço do seu parceiro. Cuidado com resfriados.

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||Direito Bem Contada

ERA UMA VEZ

253 ANOS CHEIOS DE HISTÓRIA... Um passeio pelo tempo desde a expulsão dos jesuitas até os dias de hoje, com muito orgulho GUIDO GOMES Minha relação com a Tijuca é de paixão a primeira, segunda e terceira vistas. Lembro-me ainda da primeira vez que aqui estive e pus meus olhos na praça. Na época estava procurando casa pra morar em outros bairros e desse dia em diante concentrei todas minhas energias por aqui. Casas e apartamentos vistos e revistos e nada me agradava, até que cheguei no fim da lista de lugares a visitar. E ao entrar dei de cara com a vista do maciço que entrava pela varanda enchendo-me os olhos, despertando o mais sincero dos sorrisos, e daí me apaixonei pela segunda vez. Negócio fechado, reforma pronta, mudança feita e avidez crescente de conhecer este lugar tão maravilhoso. Passeio de carro pela floresta, pela Estrada do Redentor, até a parada no mirante e... paixão a terceira vista. A Tijuca completa 253 anos de história. Poderia ser muito mais, mas nosso marco como bairro, propriamente dito, é a expulsão dos Jesuítas pelo Marquês de Pombal em 1759. Desde o início, ilustres tijucanos implantaram um espírito pioneiro na Tijuca. E olha que eu não me canso de dizer a quem quiser ouvir que a primeira linha de bondes de tração animal da cidade foi idealizada e implantada aqui por Thomas Cochrane. A primeira linha de bondes elétricos também foi instalada no bairro. O anteprojeto do primeiro Código Civil brasileiro, que esteve em vigor até 2002, foi redigido por aqui, pelo ilustre tijucano Clóvis Beviláqua. O governo também presenteou a Tijuca com uma praça que é praticamente sua identidade fora dele, deu-lhe também o maior palco do futebol brasileiro, o Maracanã. Nelson Rodrigues criou seus principais personagens observando o comportamento do bairro, presenteando não apenas os tijucanos como todo o Brasil com uma literatura ousada e picante. REVISTADATIJUCA REVISTADATIJUCA 34 34

Se estivessem vivos, esses tijucanos iriam ver com orgulho no que se transformou o bairro que eles ajudaram a crescer, desenvolver e divulgar. Certamente dariam as mãos àqueles que fazem pela Tijuca hoje. Aplaudiriam ao Samba do Trabalhador do Moacyr Luz, cantariam em coro as canções de Aldir Blanc, devorariam os livros de Lili Rose e Patrícia Barboza. Teriam acompanhado com curiosidade a chegada dos cinemas na praça, o nascimento da Jovem Guarda e seu iê iê Iê no Divino bar. Talvez, inicialmente, se assustassem com os grafites que criaram uma identidade própria na Tijuca nascidos das mãos criativas de meninos como Beto Fame e Marcelo Eco. Quando a galera da banda Fato Consumado tocasse seu rock n’ roll, talvez um ou outro balançasse o pezinho, meio que possuído pela música. Refastelariam-se na Praça Varnhagem com pratos que vão do siri à picanha ao ponto, acompanhados de um chopp geladinho, é claro. Provavelmente sentariam-se em arquibancadas opostas em um Fla x Flu, no Maracanã. Nos finais de tarde iriam jogar bocha na Praça Xavier de Brito e aos domingos levariam os netinhos para passear de cavalo ou charrete. Cuspiriam marimbondos quando da construção do Elevado Paulo de Frontin. Festejariam o sucesso das Escolas de Samba da Tijuca e se esbaldariam no Centro de Referência da Música Carioca. Sentariam à frente da TV para ver os atletas tijucanos nos jogos olímpicos de Londres e até no UFC. Exaltariam a continuidade do pioneirismo tijucano e vibrariam com esse sentimento ímpar que é morar nesse bairro que tanto nos enche de orgulho. Por fim diriam: quanta coisa mudou. E pra melhor! Guido Gomes – É um tijucano do Ceará. Apaixonado por história e pela Tijuca


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