3ª IDADE: A DOR E A DELÍCIA DE CHEGAR LÁ
TEM TIJUCANO NA PRÓXIMA NOVELA DAS OITO
O PERIGO DOS
INCÊNDIOS
LOGO LOGO A PRIMAVERA VAI DAR O AR DA SUA GRAÇA. AFINAL, É SETEMBRO E A SÁBIA NATUREZA NÃO ERRA, NEM SE ATRASA: DIA 22 DE SETEMBRO ELA CHEGA. ESPLENDOROSA E ENFEITANDO COM FLORES ESSE MUNDO. NOS MOSTRANDO QUE NADA É PARA SEMPRE E QUE, INVARIAVELMENTE, APÓS O INVERNO, A VIDA SE RENOVA DE CORES E PERFUMES. É O CICLO NATURAL.
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Pintor radicado na Tijuca é selecionado para criar e expor na Câmara dos Deputados em Brasília
FLORES POR TODOS OS LADOS Natural como a velhice, por exemplo, que chega para todos, invariavelmente trazendo o cansaço dos anos vividos. Muita gente, encara as fases da vida como as das estações e procura sempre se renovar. Ser velho ou novo, não faz diferença, quando há vontade. Mostramos isso na matéria sobre os desafios de enfrentar a velhice, também chamada de terceira idade e melhor idade (confessamos, não entendemos o significado do termo, afinal, todas as idades são boas). Procuramos mostrar que a imagem do senhorzinho ou senhorinha doente e caquético já não é mais unanimidade, como era há alguns anos. Tem velho por aí, dando um banho em muita molecada sedentária. Para muitos deles, é como se a Primavera tivesse chegando só agora, para dar aquela renovada. Comprovadamente, encarar dessa forma, faz muito bem à saúde, ao humor, ao prazer e ainda aumenta a expectativa de vida. Falando em Primavera, uma iniciativa de moradores e voluntários da rua Carlos Vasconcelos vem transformando a atmosfera da via. Eles já dispuseram mais de 100 mudas de orquídeas nos troncos das árvores. Quando passar por lá, dá uma olhadinha para cima e aproveita para curtir o colorido, que se estende por todo ano. Uma iniciativa bonita, que merecia ser copiada por outras ruas. Muitas vezes, você compra ou ganha a fl or e, quando murcha, não sabe o que fazer com ela. Pois é, agora já sabe. Quem se habilita? Ainda recorrendo aos ciclos naturais, o comecinho do próximo mês vai ser marcado pelas eleições municipais. Eu sei, já falamos sobre os candidatos na edição passada, mas nunca é demais lembrar que, ao contrário da natureza que se renova a cada estação de três meses, a sua escolha vai trazer uma mudança, ou permanência, por quatro anos. É muito tempo para se perder com alguém que não vale a pena. Pense nisso. Por hora, ame, sorria, seja feliz. Afinal, é Primavera! Abraços, MARIA SOCORRO E SILVA REVISTADATIJUCA 4
15 CAPA Muitas vezes uma imprudência ou falta de cuidado acaba com tudo o que foi construído em uma vida.
ESPECIAL Uma iniciativa voluntária está mudando a aparência da rua Carlos Vasconcelos
3ª IDADE: A DOR A DELÍCIA DE CHEGAR LÁ
TEM TIJUCANO NA PRÓXIMA NOVELA DAS OITO
O PERIGO DOS
INCÊNDIOS
Agosto de 2012
EDITORA-CHEFE
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Maria Socorro e Silva maria.s@revistadatijuca.com.br
BEM CONTADA Andaraí — A história de um bairro que já fez parte do universo de Machado de Assis
PRODUÇÃO Editora Caderno Amarelo
DESIGN E PROJETO GRÁFICO Lucas Santos http://fiatluks.deviantart.com
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FOTOGRAFIA DA CAPA Daniel Strauch
COLABORADORES
REPORTAGEM
Ana Carolina Jacuá Daniel Strauch Guido Gomes Maurício Motta Michele Garcia
Setembro é o mês de Cosme e Damião e o Andaraí está em festa com a data
REVISÃO Caderno Amarelo
COMERCIAL
26 DIREITO Contratos de compra de imóveis
DESTAQUE
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Foi-se o tempo em que envelhecer era se entregar aos problemas decorrente da idade
Marcia Farsura (21) 3251 2621 comercial@revistadatijuca.com.br
DISTRIBUIÇÃO Caderno Amarelo
REVISTA ONLINE revistadatijuca.com.br facebook.com/RevistadaTijuca @RevistadaTijuca
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LEITOR
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PROPOSTAS PARA A TIJUCA
Gostei muito da matéria com as propostas dos candidatos a prefeito para a Tijuca. Achei que poderiam ter explorado mais outros aspectos, fora dos quatro pontos abordados. Afinal, os programas deles não se resumem somente a saúde, educação, segurança e lazer. Talvez fosse o caso de, na próxima edição, ser feita uma matéria assim, também com os candidatos a vereador que atuam na região, para conhecermos melhor em quem vamos votar no dia 07 de outubro. Fica a dica! Fábia Barreiras (Rua Dr. Satamini) Senti falta das propostas dos candidatos a vereador da grande Tijuca na matéria sobre as eleições. Ainda estou na dúvida e isso ajudaria muito a mim e a outros que não sabem em quem votar.
EDIÇÃO N° 05 Através desse e-mail, gostaria de dar os parabéns pela revista. É muito legal saber que ela está crescendo e trazendo informação para o público tijucano (principalmente). A revista é muito bem elaborada e, pela qualidade das fotos e papel (entre outras coisas), percebe-se que nasceu para ficar entre as melhores.
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ERRAMOS Matéria do America
Bruno Gomes Monteiro de Barros (Tijuca) Bruno, agradecemos os elogios, as dicas e indicações de erratas na matéria do América. Adoramos as sugestões de pauta. Em breve você as verá nas páginas da Revista. Continue colaborando, a revista fica ainda mais rica quando as sugestões vêm dos leitores.
João R. Braga (Rua Dona Maria) Fábia, os assuntos solicitados aos candidatos foram escolhidos por ordem de importância na vida da maioria das pessoas. Seria impossível, por uma questão de espaço, trazermos todas as propostas deles. Sobre os candidatos a vereador, mais uma vez a questão do espaço da revista foi preponderante em não abrimos um canal para eles. São muitos, e não conseguiríamos dar o mesmo espaço para todos.
Tem sim, Joana. Além da arqueóloga Simone, responsável pela pesquisa, trabalharam na escavação os arqueólogos Vera Machado, Luiz Fernando Cunha e Giovani Scaramella, a historiadora Renata Jardim, o zooarqueológo José Antônio Alves Azevedo e o estagiário Caio Fampa Tavares, além dos profissionais que trabalham na obra diariamente.
Que maravilha saber que nossa história começa a ser revirada. Meus parabéns à equipe de arqueólogos que estão trabalhando na escavação. Mas, além da Simone Mesquita, há outros profissionais envolvidos. Quem são? Joana Bastos (Rua Afonso Pena)
1. O nome do time não traz acento agudo no “e”; 2. O clube não se chama América Futebol Clube e sim America Football Club; 3. Diferente do que foi citado, que o time não joga na elite do futebol brasileiro há 29 anos, a verdade é que são 24 anos — a última vez foi em 1988, ficando em 24º lugar; 4. o America não é conhecido como “mecão” e sim como “mequinha”; 5. Na lista dos que já torceram pelo time, citamos D. Ivone Lara, que está viva, com 91 anos. Cultura O projeto Pequenos Grandes Escritores é promovido pela Editora Oficina de Livros, e não Oficina do Livro.
Para se corresponder com a Revista da Tijuca, envie e-mail para contato@revistadatijuca.com.br ou ligue 21 3251 2621. Os e-mails devem ser enviados com nome e a rua onde mora o autor. Por motivo de espaço, as mensagens podem ser publicadas resumidamente.
REVISTADA REVISTADATIJUCA
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| Mirante
TIJUCA VAI GANHAR ESCOLA PÚBLICA DE REFERÊNCIA A partir do ano que vem, as famílias terão mais uma opção de escola pública de qualidade na Tijuca. É o Colégio Estadual Chico Anysio. O prédio está sendo reformado e as obras deverão ser concluídas no fim de outubro. A unidade terá 10 salas de aula, dois laboratórios, auditório, biblioteca e capacidade para atender até 1.200 alunos (sendo 400 em cada turno). O colégio oferecerá o Ensino Médio Integrado, que é uma modalidade de ensino que une a formação geral (conteúdos da Educação Básica) com a formação técnica (preparando para o mercado de trabalho) e pressupõe a construção de uma matriz curricular diferenciada. Os estudantes vão aprender finanças, contabilidade, planejamento e marketing.
SALGUEIRO
SUSTENTÁVEL
VOCÊ PODE AJUDAR A RECONSTRUIR NOSSA HISTÓRIA A equipe que trabalhou nas escavações do Convento Bom Pastor — que foi matéria da edição passada — pede a ajuda dos tijucanos para começar a recontar nossa história. Além do que foi achado no subterrâneo do lugar, está sendo montado um acervo com peças e objetos que tenham relação com a igreja e o convento. Assim, quem tiver fotos, móveis, objetos, lembranças ou outras relíquias desses locais, pede-se que procure a secretaria da Igreja. Você pode doar ou emprestar para a equipe, comandada pela arqueóloga Simone Mesquita, fotografar e guardar o registro.
MÚSICA NA BIBLIOTECA Fica em exposição até o dia 29 de setembro, na Biblioteca Popular Municipal Marques Rebelo, na Tijuca, uma exposição de livros e revistas que tem como tema a Música Popular Brasileira. O local é aberto de segunda à sexta, das 9h às 17h e aos sábados das 10h às 16h. A entrada é gratuita. A Biblioteca fica na Rua Guapeni, 61. REVISTADATIJUCA 8
Um grupo vem fazendo bonito no Salgueiro com ações voltadas para o cuidado com o meio ambiente. Merece destaque o projeto “Líderes Ambientais do Salgueiro”, que está concorrendo, junto à Fundação suíça Dekeyser & Friends a um financiamento que será destinado à capacitação, através de workshops e ações de coleta de lixo e abordagem aos moradores, de 20 jovens da comunidade. A ideia do projeto é capacitar jovens, formando-os como multiplicadores, aumentar a conscientização a respeito do problema do lixo no Salgueiro, reduzir a quantidade de detritos através de ações de coleta e, usar o lixo para confecção de peças de decoração e artesanato, que poderão ser comercializadas, gerando a sustentabilidade financeira do projeto.
BOTECO NOVO NA BOM PASTOR Uma nova unidade do delicioso “Nosso Churrasqueto” acaba de ser inaugurado na esquina das ruas Bom Pastor e Sabóia Lima. Mantendo a qualidade, o bom atendimento e o chopp geladíssimo, que já são marcas das outras unidades (Leme e Tijuca), o boteco chega para preencher uma lacuna da região, que não tinha opções de barzinho e restaurante e deixar felizes os apreciadores de um choppinho no comecinho da noite e os que gostam de um farto almoço de domingo. Fora isso, ainda tem a praticidade do delivery e o almoço executivo de segunda a sexta. A gente foi conferir e aprovou!
“VERSÃO BRASILEIRA...” Bem ali na Usina, no número 1.331 da Rua Conde de Bonfim, está localizado o estúdio da extinta Herbert Richers S.A. Para quem não sabe, esta foi uma grande produtora de filmes para o cinema brasileiro, que, além de alugar seus estúdios para filmagens da Rede Globo, seus trabalhos ainda são considerados referência no mercado de dublagens da América Latina. Nas décadas de 50 e 60, os estúdios da Herbert Richers S.A. chegavam a produzir oito filmes por ano. Contudo, logo após o Herbert Richers conhecer e se tornar um grande amigo de Walt Disney, a empresa encontrou sua vocação na dublagem, primeiramente de desenhos animados, e depois telenovelas, filmes e seriados. A partir da década de 70, quando a infl ação elevou os preços nas bilheterias, Herbert Richers decidiu parar de produzir filmes. Até os anos 90 foi o estúdio mais produtivo dentre o mercado de dublagem no Brasil, chegando a dublar cerca de 150 horas de filmes por mês, o que correspondia a 70% do que era veiculado no Brasil. Durante quase três décadas, a Tijuca foi considerada a capital da dublagem do Brasil, e, muitos dubladores passaram a residir no bairro. Não há tijucano que deixe de sentir orgulho quando escuta ou lembra a voz do locutor Ricardo Mariano dizendo “versão brasileira: Herbert Richers”.
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Após a construção do Projac, e, com o crescimento do mercado, o estúdio entrou em crise. A coisa piouro em 2009, com a morte do empresário. Em 2010, fechou as portas de vez.
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| Pela Nossa Rua Destaque Tijuca
VELHO?
QUEM A
Tijuca é o segundo maior bairro do Rio de Janeiro em número de residentes idosos, contando com mais de 30 mil habitantes nesta faixa etária, o que corresponde a 18,41% de sua população total, perdendo somente para o bairro de Copacabana, com mais de 33 mil habitantes idosos, 23,15% do seu total. Antes, no tempo dos pais dos nossos avós, chegar vivo aos 60 anos era um mérito. Hoje, a situação é outra e as perspectivas são bem positivas. Ou seja, esse número vai aumentar. Segundo a Organização Mundial de Saúde, existiam 390 milhões de pessoas acima de 65 anos em 1998 e estima-se que em 2025 esse número seja o dobro. Aqui na América Latina, é esperado um aumento de 300%. Dentre os fatores que contribuem para o fenômeno, estão, sem dúvida, a preocupação com o estilo de vida e o incremento da atividade física na rotina do dia a dia. Para o fisioterapeuta e especialista em medicina tradicional chinesa do S.I.R (Sistema Integrado de Reabilitação), Marco Antônio, não há dúvidas que os benefícios de uma prática constante de atividades vão além do aspecto físico. “Volta a disposição até para namorar, porque o idoso sai do âmbito familiar e se coloca em um grupo com pessoas semelhantes, onde passa a se admirar e, com isso, elevar a autoestima”,
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EM, EU? TEXTO Ana Carolina Jacuá | FOTOS Guido Gomes
Em outubro, PROMOÇÃO exclusiva para
médicos & dentistas
afirma o fisioteraupeta. Segundo estudiosos da terceira idade, cinco fatores são recomendados para o idoso ter saúde: independência, casa, afeição, comunicação e ocupação. Esses estudos mostram que a boa saúde na velhice está diretamente ligada aos níveis de satisfação e bem estar. Assim, a prática regular de atividade física, melhora não somente esses cinco aspectos, mas promove também a diminuição das dores articulares, aumento da densidade óssea, controle da glicose e aumento da capacidade respiratória. Melhorando tudo isso, cresce a autoconfiança, autoestima e cai a depressão.
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“A idade cronológica nem sempre vem de encontro à física, isso se deve a uma dieta saudável, acompanhada de exercícios físicos que contribuem para uma vida saudável, melhorando a fl exibilidade e coordenação, velocidade e aumento dos níveis de resistência”, explica o mestre de Muay Thai e proprietário da MR Pilates, Márcio Rodriguez. Fora isso, ele ressalta ainda a importância dos exercícios de impacto para que os ossos permaneçam fortes. “Para isso, as melhores atividades são Muay Thai, Pilates, treinamento funcional, potência, corrida e força”, enfatiza.
MENS SANA IN CORPORE SANO Os velhinhos da Tijuca estão no lucro, então. Além de viver em um bairro tradicional por natureza, a Tijuca oferece diversas opções que contribuem para o bem-estar dos idosos. Exemplo disso é a Casa de Convivência e Lazer para idosos Bibi Franklin Leal, projeto da Secretaria Especial de Envelhecimento Saudável e Qualidade de Vida, que está situada na Rua General Espírito Santo Cardoso. Sob os cuidados da Prefeitura da cidade, realiza atividades de lazer e ocupacionais, como oficinas e palestras, sem contar os famosos bailes que animam toda uma geração. O Sesc Tijuca também promove atividades especiais para os idosos com aulas de alongamento, dança REVISTADATIJUCA
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flamenca, dança de salão, dança do ventre e as oficinas de artesanato. Aos sábados, são oferecidas oficinas gratuitas de dança para a terceira idade. As aulas ajudam a desenvolver a criatividade, sincronia, harmonia, entre outros benefícios. Para incrementar o pacote, agora em setembro, está oferecendo aulas gratuitas de memória cognitiva e afetiva, especialmente para idosos. Essa atividade, aliás, é prática semanal na Biblioteca da Tijuca, dentro do projeto “Recriação da Memória”, voltado ao público da Terceira Idade. Todas as quintas-feiras, entre 14h e 16h, são promovidas atividades recreativas gratuitas voltadas a manter acessa a chama da memória atravé de atividades lúdicas, leituras de livros e revista e apresentações de artistas. Segundo os organizadores, não se trata de um tratamento para a volta da memória perdida, mas uma forma de prevenção através de atividades prazeirosas.
A MESMA PRAÇA, O MESMO BANCO... E UMA NOVIDADE! As praças eram locais tradicionais que os idosos aproveitavam para tomar sol, passear, fazer caminhadas e jogar uma partidinha de xadrez ou baralho. Mas hoje esta realidade está mudando. Para cuidar do bem-estar de quem está na melhor idade, não basta realizar atividades para o lazer. Cuidar da saúde também é fundamental, e isto, está diretamente ligado à prática regular de exercícios físicos. A personal trainer Érica Furtado ressalta a importância da atividade física, principalmente, na terceira idade. “Com o tempo, a pessoa tende a perder massa óssea e muscular. A prática de exercícios físicos é importante para o idoso, pois ajuda a fortalecer os ossos e músculos, prevenindo possíveis REVISTADATIJUCA 12
lesões” diz. Talvez isso explique o sucesso das Academias da Terceira Idade (ATI), já instaladas em quatro praças da Tijuca. O projeto, que também é fruto da Secretaria Especial de Envelhecimento Saudável e Qualidade de Vida, é realizado em praças públicas da cidade do Rio de Ja-
neiro, com o objetivo de levar atividades de musculação para idosos, conscientizando-os sobre a importância da realização de treinamento de força e da prática de atividade física em sua vida cotidiana. Atualmente, o Rio de Janeiro conta com 61 ATI´s. As atividades
A recomendação médica foi o principal incentivador para a prática do exercício, que acabou se tornando um agradável hábito na vida do aposentado. “Faço a caminhada por recomendação médica, e passei a gostar. Se eu não andar, vou fazer o quê? Ficar em casa deitado? Eu, não”, brinca. Outro projeto que incentiva a prática de exercícios para a terceira idade é o Saúde na Praça, promovido por iniciativa privada, e que acontece nas Praças Afonso Pena e Saens Peña. Todos os dias, na parte da manhã, quatro turmas, em diferentes horários, realizam exercícios voltados para o público da terceira idade. O projeto, que foi iniciado em maio de 2011 e já conta com 450 alunos, é gratuito e totalmente aberto à comunidade tijucana.
deste projeto são realizadas de segunda a sexta-feira, nos períodos de 7h às 10h e 16h às 19h. Cada ATI é formada por uma equipe composta de professores de educação física, técnicos de enfermagem e apoios. A orientação médica e de profissionais da área é extremamente importante, antes de iniciar a prática de exercícios.
O coordenador do projeto, Ricardo Almeida, explica que a intenção é garantir ao idoso a manutenção da capacidade de realizar as atividades cotidianas, que com o tempo são perdidas. “O projeto desenvolve o campo mental e o pilar físico do idoso, trabalhando, principalmente, as várias funcionalidades do dia a dia. O maior objetivo é estimular, através da prática de exercícios, as atividades mais simples, como abaixar para pegar um pote no chão ou mesmo subir uma escada”, explica Almeida. Ainda como parte do projeto, são promovidas ações externas como passeios e visitações a locais públicos. Essa é a parte destinada à socialização, também necessária aos idosos.
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PILATES X CORRIDA O método trabalha princípios básicos que ajudam o corredor a ter melhor performance nas pistas e evitar lesões: concentração, fortalecimento da musculatura, respiração, fluidez, precisão e controle. Assim o corredor melhora a postura e aprimora a mobilidade nas articulações, importante para a eficiência dos movimentos. Com uma sessão semanal, já é possível colher esses benefícios. Procure sempre um profissional experiente e atento a todos os seus movimentos. Caso se interesse em conhecer o método e experimentar uma aula de Pilates, entre em contato com o professor Marcio Rodriguez do Estúdio MR Pilates.
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O aposentado Arie London tem 86 anos e é adepto das caminhadas. Morador do entorno da praça Afonso Pena, aproveita a proximidade com o local para se exercitar com muita disciplina. “Caminho sempre duas vezes ao dia, uma de manhã e outra à tarde. Só não venho mesmo se estiver chovendo”, diz o aposentado.
| Especial Cultura
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FLORES POR TODOS OS LADOS NA CARLOS VASCONCELOS
D
a próxima vez que passar pela rua Carlos Vasconcelos, dê uma olhadinha para o alto das árvores que margeiam a rua. Elas estão lá, coloridas, vibrantes, bonitas e dando um novo ar aos troncos. São mudas de orquídeas de vários tipos. Fruto do trabalho voluntário de um grupo de moradores que, desde 2009, resolveu unir forças e
enfeitar a rua. O resultado é um imenso jardim suspenso composto por mais de 100 mudas. O registro de cada orquídea colocada está exposto no blog floresdavasconcelos.blogspot.com. Lá, é possível entender um pouco sobre essa iniciativa e, quem sabe, começar a fazer na sua rua também. De acordo com o blog, qualquer pessoa pode participar
com doação de mudas, pode ser aquela que você ganha e não sabe o que fazer com elas, depois de algum tempo. Então, ao invés de jogar fora, leva lá e deixa com o porteiro do número 76. Segundo o blog, a equipe se reúne aos sábados, às dez da manhã, para fazer o trabalho de jardinagem. Sem dúvida, uma ótima iniciativa que mantém a rua em clima de Primavera durante o ano todo.
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| Nossa NossaRua Rua
RUA
ANDRADE NEVES TEXTO Maria Socorro e Silva | FOTOS Guido Gomes
E
la está inserida no que se conhece como a “área nobre” da Tijuca. Fora um ou outro estabelecimento, é basicamente uma rua residencial com posta de prédios altos, apartamentos caros e varandas grandes. Charmosa, tem sofrido recentemente com a obra do metrô da Uruguai, que fez aumentar o fluxo de carros e a poeira. É uma das ruas mais charmosas da Tijuca. Tem pouco mais de 600 metros de extensão e vai da José Higino até a Uruguai. No meio,
está a pracinha Barão de Corumbá, que serve de rotatória e quebra o fl uxo dos veículos que passam por lá diariamente. Faz parte do quadrilátero oficial de caminhadas composto pelas ruas Homem de Melo, Uruguai e Visconde Cabo Frio. O nome “Andrade Neves” é uma homenagem ao general gaúcho, José Joaquim d’Andrade Neves, homem corajoso que comandou a Guarna Nacional Brasileira na guerra do Paraguai, em 1865.
Como recompensa pelo bom trabalho, foi agraciado com a comenda “Barão do Triunfo”. Em uma das batalhas do qual participou, foi ferido gravemente no pé por uma bala e morreu em janeiro de 1869. No Estado do Rio de Janeiro, além desta rua, é homenageado também em Niterói e Duque de Caxias. Homem importante que foi, tem seu nome espalhado por cidades como São Paulo, Campinas (SP), Belém (PA) e em seu Estado natal, Rio Grande do Sul.
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REVISTADA REVISTADATIJUCA 18
QUAL A SITUAÇÃO
DO SEU PRÉDIO? A MAIORIA DAS EDIFICAÇÕES DA TIJUCA FORAM CONSTRUÍDAS ANTES DA APROVAÇÃO DO DECRETO QUE DEFINE AS NORMAS DE SEGURANÇA ESTABELECIDAS PELO CORPO DE BOMBEIROS DO RIO DE JANEIRO
TEXTO Maria Socorro e Silva | FOTOS Daniel Strauch
O
s incêndios estão entre os mais perigosos acidentes domésticos. Um mero descuido ou distração, e tudo o que você tem, inclusive a vida, pode ser destruído no meio das chamas ou da ingestão de fumaça em excesso. Muitas vezes, a causa é uma vela acessa próxima a uma cortina, um cigarro em brasa esquecido em cima da cama, um curto circuito, uma panela que estoura, uma tomada com vários plugues inseridos ao mesmo tempo ou uma fiação desencapada. Às vezes o descuido acontece no meio de uma boa intenção. Foi assim com os moradores de um prédio localizado nas imediações do Shopping Tijuca. Ninguém sabe ao certo o que provocou o incêndio, que causou pânico, na madrugada do último 24 de abril. “Oficialmente não sabemos, mas a rádio corredor disse que foi uma vela para São Jorge, que foi acessa na biblioteca da casa de uma moradora”, nos contou a maquiadora e moradora do prédio, Cristina Matias. Por volta de duas da madrugada, ela e o marido começaram a sentir cheiro de fumaça dentro do
quarto. Abriram a janela, mas não viram fogo. Resolveram interfonar para a portaria, mas ninguém atendeu. “Abrimos a janela da sala e o cheiro estava muito forte. Nessa mesma hora, a vizinha de cima bateu na nossa porta avisando do incêndio”, lembra Cristina. No desespero, seguiram o protocolo e tentaram descer pelas escadas, mas por causa do cheiro forte e da fumaça, a única alternativa foi subir para teto do prédio e aguardar a chegada dos bombeiros. A agonia da espera durou em torno de 1h30, segundo Cristina. De acordo com dados do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ), a maior causa de incêndios na grande Tijuca está inserida na categoria descuido — literalmente falta de cuidado com instalações elétricas inadequadas e mal dimensionadas. Elas são as principais causas desse tipo de acidente que, somente no último mês de agosto, transformou em chamas, a história de nove famílias. Desde o começo do ano, foram registradas 131 notificações, dez a menos que no mesmo período do REVISTADATIJUCA
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ano passado. A queda, no entanto, não é motivo para comemorar. Os números ainda são considerados altos e ocorrem, principalmente, em prédios residenciais. Uma das possíveis explicações, segundo o Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, é a idade dos prédios. Na Região da Tijuca existem muitas edificações que foram construídas ou licenciadas em data anterior ao Decreto 897/76, que é a legislação utilizada pelo Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro. É essa legislação que institui, dentre outros procedimentos, o Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico (COSCIP), que contém todos os requisitos de segurança indispensáveis para as edificações construídas na cidade. “Por terem sido construídos antes do Decreto e não terem tido problemas até então, muitos prédios estão fora dos padrões e, em caso de incêndio, colocam a vida dos moradores em risco maior que os já regulamentados”, comentou Márcio Mota, sub-secretário de Defesa Civil. Foi o caso do prédio de Cristina Matias. Ela conta que, após o acidente, os moradores se reuniram e exigiram a adequação às normas estabelecidas e em vigor. Para sorte dos moradores do prédio, um dos vizinhos é da brigada de incêndo de uma empresa e, após o incidente, elaborou um relatório minuncioso com tudo o que precisava ser modificado e, em uma reunião de condomínio, os moradores apresentaram ao síndico, que está, aos poucos, adequando a edificação às normas do CBMERJ. “As edificações devem apresentar um projeto de adequação ao COSCIP e às legislações complementares. Neste caso, haverá uma vistoria a essas edificações, onde as exigências serão adequadas conforme as possibilidades arquitetônicas e estruturais”, orienta a capitã Cláudia, do Corpo de Bombeiros do RJ. Uma vez, de posse REVISTADATIJUCA 20
dos documentos necessários, é exigida a correta manutenção dos dispositivos preventivos, para que, em caso de necessidade, eles funcionem corretamente. “Toda edificação pode estar segura, basta procurar o quartel de bombeiros mais próximo e solicitar uma orientação. Os grandes incêndios começam pequenos. Com a prevenção correta, é possível diminuir consideravelmente o risco de sua edificação ser atingida por um incêndio”, diz a capitã. Levando em consideração que a maior causa de incêndios são as instalações elétricas mal dimensionadas, o ideal é fazer constante-
mente vistorias com engenheiros elétricos . “Eles são os profissionais indicados para detectar, resolver e até mesmo prevenir qualquer problema relativo a instalações elétricas”, orienta o presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea/RJ), Agostinho Guerreiro. A capitã Cláudia explica que para estar legalizado, um prédio deve possuir o Laudo de Exigências e o Certificado de Aprovação, ambos emitidos pelo CBMERJ. “Como cada prédio possui características diferentes, é preciso avaliar cada caso individualmente, para definir os dispositivos preventivos mínimos exigidos”, esclarece.
CUIDADOS BÁSICOS Os dispositivos de segurança podem ser fixos ou móveis, como por exemplo, caixas de incêndio com mangueiras ou extintores. Na vistoria, também é avaliada a conformidade do gás com as Normas vigentes na edificação e a necessidade de dispositivos complementares, tais como para-raios. Como conselhos, nesses casos, nunca são demais, a capitã Cláudia elenca os cuidados básicos que devem ser tomados, tais como: desligar as tomadas dos equipamentos elétricos quando terminar de usar; manter as instalações elétricas e de gás em conformidade com as normas de segurança; não utilizar, em hipótese alguma, vários equipamentos em uma mesma tomada; desligar a boca do fogão quando não estiver por perto; não dormir com nenhum equipamento que ofereça risco de incêndio, ligado; não deitar na cama com cigarros acessos. “Também é importante estar legalizado junto aos órgãos competentes e possuir os dispositivos preventivos mínimos exigidos pelo Corpo de Bombeiros, devidamente instalados e manutenidos”, finaliza. REVISTADATIJUCA
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| Reportagem
NOS PRÓXIMOS DIAS 26 E 27 DE SETEMBRO SERÁ REALIZADA A FESTA DE SÃO COSME E SÃO DAMIÃO. A ÚNICA IGREJA DEDICADA A ELES, NO RIO, FICA NO ANDARAÍ E JÁ ESTÁ EM FESTA COM PROGRAMAÇÃO PARA O MÊS INTEIRO.
N
o ano de 1983, uma história cercada de milagres acompanhou um jovem tijucano, que teve de superar muitos problemas de saúde. Mauricio nasceu em seis de abril no Hospital dos Servidores no Centro da cidade. O menino loirinho era prematuro e a gestação não demorou mais que sete meses e meio. Apesar dos problemas pré-parto, o peso e a altura não foram tão anormais. A criança nasceu com 2,610kg e 49 cm. Sendo assim, a equipe médica não viu a necessidade de colocá-lo em uma incubadora. Por causa disso, Mauricio teve muitos problemas respiratórios. Chegou a ter algumas paradas cardíacas e os médicos chegaram a dá-lo por diversas vezes como morto. Apenas um milagre seria capaz de salvar aquele menino que saía do hospital, passava em casa, e logo tinha que voltar depressa nos braços dos pais para a emergência. O menino passava mais tempo internado do que no convívio dos familiares. Quem quisesse conhecer o garoto, que acabara de nascer, era melhor ir ao hospital, ali era sua verdadeira casa. Certo dia, um dos médicos disse ao pai do garoto, seu Oswaldo, que era preciso ser forte e para que preparasse a mãe, dona Stella, para o pior. Não foram poucos os conselhos para que o casal já pensasse em ter outro filho. Todavia,
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os pais não desistiam: a fé era a maior esperança. Tudo começou a mudar no dia em que, quase seis meses e muitas internações depois, o pai do menino teve a ideia de pegar o filho no colo e levá-lo para ser batizado na Igreja de São Cosme e Damião, no Andaraí. O batismo foi no dia 27 de setembro de 1983. Ao sair da Paróquia, pais, padrinhos, convidados e a criança foram para casa. Aquele era um dos dias em que, excepcionalmente, o menino estava em casa e não no hospital. Poucos dias depois, uma pequena desidratação fez com que o garoto voltasse ao hospital, mas, desta vez, foi breve. Afinal, o que era uma desidratação para quem teve parada cardíaca com poucos dias de vida? Dessa vez, ao sair do hospital, nunca mais voltou. A não ser para rever a equipe médica que não acreditava na recuperação daquele que foi dado como um caso quase impossível. Após o batismo, Mauricio recuperou-se e hoje em dia quase não tem problemas de saúde. O pai do garoto, então fez a promessa de que levaria o filho, todos os anos, no dia 27 de setembro, à missa de São Cosme e São Damião para agradecer pelo milagre. Por isso, todos os anos, eu — sim, essa é a minha história — volto para agradecer aos santos gêmeos pela minha cura.
UM MILAGRE
COSME
A HISTÓRIA DOS SANTOS Cosme e Damião eram dois irmãos gêmeos que exerciam a medicina para ajudar pessoas necessitadas, sem fins lucrativos. Muito cristãos, os dois empregavam remédios da época sempre acrescidos do sinal da cruz em seus doentes. Sendo assim, muitas curas e milagres aconteciam. Os dois viveram na época do Império Romano e deviam adoração ao Imperador, como todos da época. Nossos médicos foram presos, interrogados e a eles foram prometidas todas as honrarias em Roma, desde que negassem Jesus Cristo e reverenciassem somente o Imperador. Eles responderam com segurança: preferimos morrer do que adorar o Imperador, seguiremos Jesus Cristo para sempre. E o fim foi trágico. Por volta dos anos 300, os dois irmãos foram perseguidos. Passaram por afogamentos, foramfl echados, colocados em fogueiras e, por fim, decapitados. Em pouco tempo, toda a Europa cultuava os mártires que morreram por amar a Deus. Na Itália, França, Espanha e Portugal, há igrejas de São Cosme e São Damião. Atualmente, são venerados como padroeiros dos médicos e de todos os que trabalham na área da saúde. Os restos mortais dos santos foram levados para uma basílica, erguida em Roma em homenagem aos dois irmãos. Na paróquia do Andaraí, existem alguns pedaços dos ossos de São Cosme e São Damião, que são apresentados ao povo em datas especiais.
E DE
E DAMIÃO TEXTO Maurício Motta | FOTOS Guido Gomes
São Cosme e São Damião com vestimentas árabes REVISTADATIJUCA
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TRADIÇÃO DE DOCES VEM DA UMBANDA No Brasil, a primeira igreja foi erguida em Pernambuco, na cidade de Igarassu, em 1530. Os portugueses e jesuítas trouxeram a história ao país. Hoje, este templo encontra-se fechado para missas e louvores, sendo aberto somente para visitação. A tradição de doces no dia de São Cosme e São Damião vem da Umbanda. Escravos participavam das devoções de fazendeiros e passaram a fazer pedidos aos santos gêmeos. Para agradecerem, ofereciam quitutes. A igreja católica, no entanto, não reconhece esta prática de distribuição de doces no dia dos santos, mas não a proíbe. A instituição indica ser melhor fazer doações de material escolar, ajudar a creches ou doar roupas para as crianças necessitadas. Sobre a controvérsia da comemoração ao dia dos santos ser em 26 ou 27 de setembro, a Igreja explica. Durante muitos anos se comemorou no dia 27, que é o mesmo dia da morte de São Vicente de Paulo. Em 1969, durante a reforma litúrgica, concluíram que não haveria problema em mudar a comemoração para o dia 26, uma vez que não se sabe a data exata da morte dos santos. “Como aqui temos a tradição de comemorar no dia 27 e muitos fiéis visitam a igreja nesse dia, resolvemos manter a data e antecipar também para o dia 26”, explica o diácono Adriano. REVISTADATIJUCA 24
NA IGREJA DO ANDARAÍ, A PROGRAM INTEIRO E RECEBE FIÉIS DE TODOS OS A Igreja de São Cosme e São Damião, que f ica localizada na rua Leopoldo, 434, ao lado do Hospital do Andaraí, vai promover missas, de hora em hora, nos dias 26 e 27 de setembro, a partir das seis da manhã, com a última marcada para as 20h. Haverá também uma intensa queima de fogos em homenagem aos santos nos dois dias. Antes, no dia 23 de setembro, uma carreata e queima de fogos, após a missa das 9h30. No dia 27, a procissão com as imagens dos padroeiros vai percorrer as ruas do bairro a partir das 16 horas. O caminho terá início na rua Leopoldo, passando pelas ruas Dona Amélia, Paula Brito e retornando para a Paróquia. O local recebe grande público
nos dias 26 e 27. Em média, 150 p e s s o a s ac omp a n h a m c ad a missa, mas em alguns horários, o número chega a 400. A igreja foi fundada no dia 27 de setembro de 1944 e uma das f undadoras foi Ruth Bellini Vianna que, desde os cinco anos de idade, acompanha a história dos santos. A adoração de dona Ruth é tão grande que, em 2011, esteve em Roma para conhecer a igreja de São Cosme e São Damião que existe lá. “Estive na Itália e fiz questão de conhecer a igreja que fica ao lado do Coliseu. F i que i i mp r e s s io n a d a c om tanta beleza. Foi emocionante”, relata a professora aposentada e moradora do Grajaú. D on a Rut h e x pl ic ou c omo começou a adoração pelos santos.
ORAÇÃO DE SÃO COSME E SÃO DAMIÃO São Cosme e Damião, que por amor a Deus e ao próximo vos dedicaste à cura do corpo e da alma de vossos semelhantes, abençoai os médicos e farmacêuticos, medicai o meu corpo na doença e fortalecei a minha alma contra a superstição e todas as práticas do mal. Que vossa inocência e simplicidade acompanhem e protejam todas as nossas crianças. Que a alegria da consciência tranquila, que sempre vos acompanhou, repouse também em meu coração. Que a vossa proteção, Cosme e Damião, conserve meu coração simples e sincero, para que sirvam também para mim, as palavras de Jesus: Deixa vir a mim os pequeninos, pois deles é o Reino do Céu. São Cosme e Damião, rogai por nós.
MAÇÃO DURA O MÊS ESTADOS DO BRASIL “Quando tinha cinco anos, passei a frequentar uma pequena capela, onde atualmente é a creche ao lado da paróquia. Um grupo, comandado pelo pároco Olivério Kraemer, resolveu erguer a Paróquia de São Cosme e São Damião”, lembrou. Uma novidade na igreja é a Sala dos Milagres, onde os fiéis vão agradecer a s g r a ç a s a l c a n ç a d a s . No l o c a l , administrado por dona Ruth, podemos enc ont ra r v ár io s ob jeto s que s ão oferecidos aos santos em agradecimento por algum pedido atendido. A sala foi inaugurada em 2010 e é uma das principais atrações da igreja. “Com certeza, São Cosme e São Damião merecem todas as honrarias a eles oferecidas. Foram santos que viveram por Deus e vale muito a pena conhecer a igreja que fica bem pertinho do nosso bairro”, recomenda dona Ruth.
| Direito
COMPRA DE IMÓVEIS
PECULIARIDADES DO CONTRATO Quais a diferenças entre contratos de compra e venda entre bens móveis e bens imóveis? JOÃO AUGUSTO MENDES O contrato de compra e venda talvez seja hoje, a espécie de contrato mais corriqueira. Isso se deve ao consumo desenfreado de bens, móveis e imóveis. Vamos iniciar falando dos bens móveis, para depois tratar das diferenças essenciais que se verificam entre os contratos, que têm por objeto bens móveis e os que tratam da aquisição de imóveis. Comecemos com uma pergunta singela: como se aperfeiçoa um contrato de compra e venda de bem móvel? Vamos imaginar um bem móvel qualquer, um celular, por exemplo. Vamos até a loja, escolhemos o modelo, pagamos o preço e recebemos o produto. Pronto, o contrato de compra e venda está perfeito e acabado. Simples assim. Todos nós sabemos, que pagando o preço e recebendo o produto, nada mais temos que fazer. O acordo de vontade entre o comprador e o vendedor está selado. Um recebeu o produto e o outro o pagamento. Mas, como é que o direito reconhece tecnicamente o acabamento desse contrato? Não há mistério, apenas se emprega uma palavra diferente, se diz que houve a tradição. Em bom português: para o direito, o contrato de compra e venda de coisa móvel se aperfeiçoa com a entrega da coisa. Passemos agora ao que interessa, os bens imóveis. O primeiro problema se apresenta, quando supomos que a compra de um bem imóvel pode se equiparar em sua simplicidade, às compras dos bens móveis que cotidianamente realizamos. Evidentemente, todos sabem que, para comprar um imóvel têm que se assinar um documento, ou seja, o contrato tem que ser formalizado através do que se denomina “instrumento”. Isso já muda um pouco. Vamos dar nome aos bois. O tal documento ou instrumento que se costuma (melhor, se deve) assinar ao comprar um imóvel, se chama escritura definitiva de compra e venda. Então, já temos uma primeira diferença: no contrato de compra e venda há a REVISTADATIJUCA 26
necessidade da assinatura de um documento contratual chamado “escritura definitiva”. Mais: essa escritura tem que ser lavrada num cartório de notas e por isso se denomina escritura pública. Isso quer dizer que, para se adquirir a propriedade de um bem imóvel, não adianta celebrar um contrato através de um documento particular, mesmo que nele se contemple todas as clausulas de uma escritura pública. Muito bem, até aí muitos leitores podem estar achando este artigo uma apologia do óbvio. Vamos em frente. Imaginemos que um hipotético leitor compre um imóvel através de uma escritura definitiva de compra e venda lavrada e assinada no cartório de notas. Após alguns dias recebe o chamado “traslado” da escritura (o documento ou corporificação do ato realizado). Vamos mais adiante: o nosso comprador toma posse do imóvel. Ora, como efetivamente comprou o imóvel através do contrato de compra e venda apropriado (escritura pública) e nele já está morando vai se intitular, com suposta razão, dono do imóvel. Aí é que se apresenta o segundo problema, um quase paradoxo: embora tenha comprado o imóvel e já esteja sob a sua posse, o nosso hipotético leitor não é proprietário de nada. É que a propriedade imobiliária não se transmite pela assinatura da escritura e nem mesmo com a posse, mas sim, e unicamente, com a chamada transcrição. Em outras palavras, para que se adquira a propriedade de um imóvel, é necessário não apenas assinar a escritura definitiva no cartório de notas, mas também, e necessariamente, registrá-la no registro de imóveis competente. Existem então, dois cartórios essenciais à aquisição da propriedade imobiliária, mas distintos: o cartório de notas onde se assina a escritura de compra e venda e o cartório de registro de imóveis onde se registra a escritura. João A. Mendes (advogado) — jarmendes22@gmail.com
| Dia Cultura a dia
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| Cultura
O HIPERREALISMO DE
J.G. FAJARDO
O
pintor JG Farjado, radicado na Tijuca, faz parte de um seleto grupo de 25 pintores nacionais que formaram um acervo de 25 obras, onde homenageiam brasileiros históricos que ajudaram na formação de nosso país. A mostra “Construtores do Brasil” está em exposição na Câmara dos Deputados, em Brasília, até o dia 27 de setembro. Participam também do grupo Romero Brito, Christina Oiticica e Marysia Portinari, dentre outros. São 25 retratos de personagens históricos que contribuíram para a formação e consolidação do Estado Nacional. A mostra ganhou pinturas em diferentes estilos e técnicas, especialmente encomendadas a artistas plásticos renomados. E José Geraldo Fajardo está entre eles, a pedido do ministro Aldo Rebelo. As obras foram doadas e passarão a integrar o acervo permanente da Casa do Congresso Nacional. A idealização e curadoria da exposição são do ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, deputado federal licenciado e ex-presidente da Câmara. A primeira edição, em 2006, foi montada a partir da reprodução de fotos ou ilustrações dos 25 personagens selecionados. Na edição 2012, ao invés de reproduções, foram feitas pinturas. A seleção dos artistas foi feita pelo Espaço Cultural da Câmara, que procurou ter como critério na seleção dos artistas, a sua vinculação regional com os personagens retratados. Dessa forma, o mundialmente conhecido pintor pernambucano, Romero Britto, retratou Frei Caneca; a carioca Christina Oiticica, esposa do escritor Paulo Coelho, pintou Raposo Tavares; o
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Criador e criatura. Farjado está entre 25 artistas convidados a produzir e expor na Câmara dos Deputados em Brasília. Ele retratou o Barão do Rio Branco. mineiro Carlos Bracher transpôs para óleo o inconfidente Tiradentes; o gaúcho Urbano Vilela identificou a estátua mais antiga de Bento Gonçalves e a usou como base para sua tela; o amazonense Óscar Ramos, ao produzir o primeiro retrato em sua longa carreira abstrata, descobriu aspectos novos enquanto pesquisava a biografia do índio Ajuricaba. José Geraldo Fajardo, como pintor radicado no Rio de Janeiro há mais de 30 anos, pintou o histórico Barão do Rio Branco, por tratar-se de um personagem carioca. José Geraldo Fajardo, mais conhecido por JG Fajardo, nasceu em Ilha dos Pombos — interior do Estado do Rio de Janeio, em 1960. Pintor hiperrealista, mora na Capital carioca desde 1983, quando aqui che-
gou para por a serviço dos futuros clientes, seu talento artístico. Hoje, Fajardo é pintor oficial do Clube Militar — RJ, da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), onde já pintou ex-presidentes da República do Brasil; o histórico Brigadeiro Eduardo Gomes; os empresários Arthur Sendas e Humberto Mota; o educador e acadêmico Arnaldo Niskier; o Desembargador de Mato Grosso, Dr. Diocles de Figueiredo; o ex-ministro Sergio Mota; o economista Antônio Kandir, dentre outros.
DÉBORA COLKER
EM ÚNICA APRESENTAÇÃO NA UERJ
A
Companhia de Dança Deborah Colker se apresenta no próximo dia 21 de setembro, no Teatro Odylo Costa Filho, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Se você ainda não viu, é a oportunidade perfeita. Será uma única apresentação com ingressos a preços populares, do espetáculo MIX. Foi com MIX, que Deborah Colker ganhou o prêmio Laurence Olivier, um dos mais prestigiados das artes cênicas em Londres. A coreógrafa, primeira brasileira a receber a premiação, foi a vencedora da categoria “Outstanding Achievement in Dance” (Destaque em Dança), na edição 2001 do prêmio.
SERVIÇO Local: Teatro Odylo Costa Filho • R. S. Francisco Xavier, 524, Campus UERJ — Maracanã Data: 21/09/2012 • 6ª feira — 19h30 Informações: (21) (21) 2334-0048 Ingressos: R$ 10,00 e R$ 5,00
MIX estreou em setembro de 1996, sendo a junção dos dois primeiros espetáculos da Companhia: “VULCÃO” e “VELOX”. A apresentação mescla paixão, ironia e elegância de desfile, formando uma quimera refl exiva sobre o princípio do movimento esboçado em “Máquinas”, a balbúrdia de gestos e movimento instalada em “Cotidiano” e o balé verticalizado de “Alpinismo”, resultando num terceiro espetáculo. O COMEÇO DE TUDO Em 1993, nasce a Companhia de Dança Deborah Colker. Sua estreia aconteceu no projeto “O Globo em Movimento”, em 1994, exibição ocorrida no Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Desde então vem ganhando destaque tanto no cenário nacional como internacional com espetáculos ímpares. REVISTADA REVISTADATIJUCA
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| Cultura
Com o colega Matheus Nachtergaele durante as gravações de “Trinta”, que estréia em 2013
TEM
TIJUCANO NO HORÁRIO NOBRE TEXTO Maria Socorro e Silva | FOTOS Divulgação
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Engraçado e bem humorado, Nando entrou no meio artísitico naturalmente. “Eu sempre tive um ótimo senso de humor e as pessoas acham que todo mundo que é assim, tem que ir para o meio artístico. Foi assim comigo também”. Tanto que seu primeiro papel na televisão foi em 1999, na Escolinha do Barulho (Record). No meio do caminho, tentou outras profissões — estudou Publicidade, Letras e atualmente está no curso de Licenciatura em Teatro. “Quero dar aulas de interpretação, não somente para formar atores, mas para transformar vidas”, destaca.
O FILME — Em “Trinta”, Nando Cunha vive a personagem Luiz Malandro, um dos autores do samba cujo enredo “Rei da França”, deu a Joãosinho o primeiro título dele no carnaval carioca, pelo Salgueiro. As gravações já foram finalizadas e o filme deve ser lançado no começo de 2013.
A
vida não poderia estar melhor para o ator Nando Cunha. Acabou de se tornar pai de um menino lindo, participou da gravação do filme “Trinta”, sobre o começo da vida carnavalesca de Joãosinho Trinta e está escalado para a próxima novela da oito, “Salve Jorge”. “Antes seria um papel de um biscateiro, mas no meio do workshop sobre a novela, Glória Perez (autora) falou: esquece, você vai viver o Pescoço, do núcleo do morro do Alemão”, vibra o ator que vai viver seu primeiro personagem no horário nobre. A empolgação com a mudança na escolha se justifica, principalmente, no fato de ser um papel maior, mais envovido na trama da novela e, com possibilidade de ser melhor explorado. No roteiro, Pescoço é um ex-traficante, mulherengo, que vive se mentendo em confusão e não tem medo do
perigo, pois, mesmo casado com a personagem da Solange Badim, é amante do personagem de Roberta Rodrigues — mulher do chefe do tráfico no morro. Na novela ele será padrastro de duas meninas, uma delas a atriz Bruna Marquezine, com quem já atuou nas novelas Desejo Proibido e Araguaia. “É minha primeira novela das oito, de uma autora que eu nunca tinha trabalhado, por isso mesmo, quero retribuir essa confiança e mostrar o melhor do meu trabalho”, diz. Nando é tijucano de alma e coração. “Moro aqui há vinte anos e não largaria por nada”, vai logo avisando. Caseiro e não muito afeito a badalações, na vida real, não tem nada em comum com o personagem que irá viver na novela. “Me casei há pouco mais de um ano e agora chegou o Davi, eu não preciso de mais nada para ser feliz”, enfatiza.
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Orquestra Petrobras Sinfônica – Mais uma vez, o Centro de Referência da Música Carioca traz alguns integrantes para show na Tijuca dentro do projeto Rio Clássicos. No programa, os choros de Edmundo Villani-Côrtes. Dia 27/09. 19h30. R. Conde de Bonfim, 824. Informações: 3238-3831.
MUSEU Sábado da Ciência – Um mergulho no sangue O Espaço Ciência abre seus portões para os visitantes se divertirem, pintar quadros, modelar as células do sangue e aprenderem mais sobre Dengue e DSTs. Dia 29/09. Das 14h às 17h. R. Heitor Beltrão, 321. Informações: (21) 2204-0599 | eventos@cienciaviva.org.br.
FESTAS Calabouço Heavy Rock Bar – Programação de setembro: 13: Banda Vivian Roll | 14: Bad Medicine (Bon Jovi Tribute) | 15: Banda Maya | 16: Stalker & Rise of Hestia | 20: Big Berth Band | 21: Sweet Emotion (Aerosmith Tribute) | 22: Brazilian Maiden | 23: “Porrada” com a banda 8mm, Serial Killer e Menores Atos | 27: Banda Asylum (Kiss Tribute) | 28: Queen Vision | 29: Anesthesia (Metallica Tribute) – R. Felipe Camarão, 130. Informações: 2268-7014
HORÓSCOPO
CULTURAL TEATRO Meu Caro Amigo – Musical conta a história de uma fã apaixonada por Chico Buarque e sobre como este amor foi capaz de transformar a sua vida. Sexta a domingo às 20h – R$ 16,00. Sesc Tijuca. R. Barão de Mesquita, 539.
Áries
Cinderela – Estréia no sábado, 06/10, às 17h. No Espaço das Artes de A a Z – Rua Araújo Pena, 88. Informações: 3872-3735. Allan Kardec – Um Olhar para a Eternidade – Sextas e sábados, às 20h30 e domingo, às 19h30. R$ 40,00. No elenco, Roberto Pirillo – Teatro América (Sala Max Nunes) – Rua Campos Salles 118. Informações: 2565-7916.
DANÇA Festival Corpos Ímpares – O objetivo é promover uma troca de experiências em que o público perceba que a arte é para todos, independente da condição física de cada um. De 20 a 23/09. Ingressos R$ 1,00. No Centro Coreográfico do Rio de Janeiro. R. José Higino, 115.
Touro
Gêmeos
Câncer
EVENTOS Feijoada do Salgueiro – A Feijoada do Salgueiro. Segundo domingo do mês, a partir das 13h. Quadra do Salgueiro – Rua Silva Teles, 104, Andaraí. Com o grupo Terno de Cambraia e convidados.
Leão
Virgem
Novos projetos surgirão e os antigos caminharão com mais rapidez. Uma aura de beleza e paixão estará presente. Aproveite a fase para investir nos assuntos do amor.
Mercúrio em Virgem vão movimentar sua vida, trazendo alegrias, vida social carregada de festas e eventos e, quem sabe, um novo amor. O mês promete alegrias extras.
Os amigos procurarão você durante todo o mês e estarão presentes em sua intimidade. Os negócios ganham um novo colorido, com reuniões e contatos durante todo o mês.
Possibilidade de aumento de ganhos ou projetos que possam florescer em pouco tempo. É possível que você adquira um imóvel ou um bem de valor, durante este mês. Cuidado com o ciúme.
Caso esteja só, prepare-se, pois uma nova paixão pode deixar você meio sem chão. Se for comprometido, invista em situações românticas para resgatar as paixões do início da relação.
No dia 22, o Sol entra em Libra e vai movimentar sua vida financeira. É uma fase ótima para investimentos e aumento de rendimentos através de novos projetos de trabalho. Aproveite!
Libra
Escorpião
Sagitário
Capricórnio
Aquário
Peixes
Os projetos de trabalho, especialmente os de médio e longo prazo, serão favorecidos, assim como os contatos e fechamento de contratos com grandes empresas.
O mês será voltado para as amizades, com a renovação das antigas e com pessoas novas chegando mais perto. Um importante negócio pode ser fechado este mês.
Durante este mês, sua fé será renovada e uma dose de otimismo volta a fazer parte de sua vida, depois dos enfrentamentos e obstáculos dos últimos meses. Bom para viajar.
Caso esteja pensando em viajar para fazer um curso de especialização ou alguma forma de intercâmbio, este é o momento mais propício do ano para fazer isso.
Um projeto de trabalho que possibilita o aumento de seus rendimentos pode começar a dar alguns frutos a partir deste mês. Tenha calma e espere que coisas boas estão por vir.
Os relacionamentos com colegas passam por um ótimo período. As chances de você conhecer alguém que mexa com seu coração em seu ambiente de trabalho é grande.
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||Direito Bem Contada
ERA UMA VEZ
UM LUGAR CHAMADO ANDARAÍ Que era citado nas crônicas de Machado de Assis e foi, por muito tempo, moradia de Nelson Rodrigues
GUIDO GOMES Parafraseando a Bíblia, poderia começar esse texto assim: E no princípio fez-se o Andaraí, que dividiu-se em Andaraí Grande e Andaraí Pequeno. Seria uma maneira interessante de começar a contar a história desse bairro, tão querido pelo grande imortal e fundador da Academia Brasileira de Letras, Machado de Assis, que eventualmente citava-o em seus romances. O bairro do Andaraí deu origem a quase todos os demais bairros da grande Tijuca. Foi através de suas constantes divisões que nasceram Aldeia Campista, Grajaú, Tijuca, Vila Isabel, Muda, Usina, e o próprio Andaraí, sendo-lhes praticamente o pai e a mãe desses. E por esse bairro ter tamanha importância histórica, relutei muito em escrever algo sobre ele nesta coluna, pois seria muito difícil incluí-la em única página, mas sé é pra falar, vamos deixar de enrolação. Lá atrás, mas bem lá atrás mesmo, em 1565, quando Estácio de Sá, que fora o homem mandado pela coroa portuguesa para acabar com a bagunça que estava por essas bandas, deu cabo de sua tarefa, dentre muitas de suas benesses, fez a doação de imensa faixa de terra aos Jesuítas, que instalaram vários engenhos de cana de açúcar, e batizou dois deles, que ficavam na região da grande Tijuca, de Andaraí Grande e Andaraí Pequeno. No início, o Andaraí nada mais era que um grande canavial. Sua exploração, por parte da Companhia de Jesus rendeu muito dinheiro, influência e, com o passar do tempo, a cobiça da Coroa. Então, em 1759, o Marquês de Pombal, sob a alegação de que os padres Jesuítas haviam participado do atentado a D. José I, Rei de Portugal, expulsou a Companhia de Jesus das terras portuguesas e começou a lotear as áreas exploradas pelos padres. Os agraciados por esta iniciativa do poder português foram Barões, Condes e Viscondes. O grande pesquisador Brasil Gerson, em seu livro “História das Ruas do Rio”, cita vários proprietários de chácaras no bairro, onde explorava-se o cultivo da cana e em seguida o café. Já no fim do século XIX REVISTADATIJUCA 34
e início do XX, essas vastas terras passaram a ser vendidas em lotes ou inteiras. Nessa época o Andaraí, ainda parte do Andaraí Grande, assumiu um perfil industrial, contemplando muitas firmas têxteis. Até os anos 1990 ainda havia fábricas instaladas no bairro, como a cervejaria Brahma, que fora a antiga Industria Hanseática, e hoje, acomoda o supermercado Extra na avenida Maracanã. Por mais de 300 anos, o Andaraí reinou soberano por essas terras, mas na passagem do século XIX para XX, começaram a dividir o bairro. E dele vieram o Grajaú, a Vila Isabel, a Aldeia Campista, Muda, Usina e a própria Tijuca. A ínfima parcela restante permaneceu como Andaraí mesmo. Com a industrialização, no início do século passado, as encostas dos morros que o emolduram foram tomadas por trabalhadores dessas indústrias. Assim nasceu o Borel e outras favelas do bairro, que, infelizmente, a partir dos anos 1970, passaram a ser dominadas pela violência, inicialmente da contravenção e depois do tráfico. A falta de segurança lançou uma nuvem de incerteza e medo sobre o bairro. Mas, como diz o ditado “quem foi rei jamais perde a majestade”, torcemos pela volta por cima do velho Andaraí de guerra. Aquele que um dia foi moradia do anjo pornográfico, Nelson Rodrigues, que lá viveu seu momento mais criativo. Do grande compositor Lamartine Babo, que compôs os hinos de vários clubes cariocas, inclusive do seu querido America Football Club, que adquiriu o campo do celebrado Andaray Atlético Club, vice campeão carioca de 1934, onde jogava o zagueiro Don-Don, imortalizado na letra do samba de Nei Lopes. Quem aí não conhece o antológico verso “Do tempo que Don-Don jogava no Andaraí...”? Guido Gomes — É um tijucano do Ceará. Apaixonado por história e pela Tijuca
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