Ano I · nº 03 · junho/2012 · distribuição gratuita
FESTAS JUNINAS cores, sabores e diversão. Fique por dentro!
BIBLIOTECAS
GRAJAÚ
BAIRRO VIVO
NA RIO+20
meio milhão de livros à disposição dos tijucanos
MOSTRE-SE!
ANUNCIE! (21) 3251-2621 comercial@revistadatijuca.com.br
A GENTE NEM SE DÁ CONTA QUE MUITAS DAS NOSSAS AÇÕES SÃO ROTINEIRAS E AUTOMÁTICAS: ESCOVAR OS DENTES, TOMAR BANHO, ESPREGUIÇAR-SE PELA MANHÃ, ALMOÇAR, JANTAR, DORMIR. A GENTE TAMBÉM NÃO IMAGINA COMO É FÁCIL ADQUIRIR NOVOS HÁBITOS, QUANDO DISSO DEPENDE A NOSSA VIDA E A DOS NOSSOS FILHOS E NETOS – MESMO QUE A GENTE AINDA NÃO OS TENHA.
DESTAQUE
É TEMPO DE PENSAR NO FUTURO Junho chega, traz as deliciosas festas juninas, e no pacote, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20). Coisa grande. Governos e comitês internacionais vão chegar na cidade, atrapalhar nosso trânsito e ainda nos deixar com uma culpa a resolver: ou mudamos os hábitos ou não teremos futuro! Separar um lixo aqui, consumir um tanto menos acolá, desligar a torneira, reutilizar o que ainda serve... Batendo um papo com algumas pessoas que já adotam essas práticas, digamos, bonitas, com relação ao meio ambiente, descobrimos que nem é tão difícil. Vira rotina. É com você e ninguém mais. Tem um pessoal super legal que sabe tão bem disso, que não contente em fazer a sua parte, resolveu partilhar com um bairro inteiro. O resultado se vê todo dia nos projetos que pretendem transformar o Grajaú em um bairro vivo e que seráo apresentados na Cúpula dos povos, durante a Rio+20. Muitas vezes essa mudança de hábitos vem no jeito de tratar o outro, de olhar e acreditar que nada é impossível. Quem sabe bem disso é o técnico de natação Menescal Pedrinha, que treina crianças com algum tipo de deficiência no Tijuca Tênis Clube. O resultado? Isabel Cristina e Ana Lúcia, atletas formadas no clube, que esperam ansiosamente pela confirmação nas Paralimpíadas de Londres. Então é isso. Se faltava um empurrãozinho para subir na mesa e olhar a vida de um jeito diferente, talvez esse clima de Rio+20 que tomou conta da cidade seja a oportunidade. Você pode começar lendo mais. Que tal? A Tijuca tem várias bibliotecas abertas ao público com um acervo que passa do meio milhão de exemplares. Ou, a partir desse momento, começar a separar seu lixinho. Vamos subir na mesa? Abraços, MARIA SOCORRO E SILVA
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PELA TIJUCA Junho já chegou e trouxe a animação das festas juninas
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12 ESPECIAL O que fazer com o lixo nosso de todo dia
CAPA
Grajaú Bairro Vivo – projeto que pretende mudar hábitos no bairro – será apresentado na Rio+20
16 NOSSA RUA Sabóia Lima – um recanto bonito no pé da montanha
Junho de 2012
EDITORA-CHEFE Maria Socorro e Silva maria.s@revistadatijuca.com.br
PRODUÇÃO Editora Caderno Amarelo
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DESIGN E PROJETO GRÁFICO Lucas Santos http://fiatluks.deviantart.com
FOTOGRAFIA DA CAPA
DESTAQUE
Guido Gomes
Como o Tijuca Tênis Clube tem descoberto novos talentos no esporte
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COLABORADORES Ana Carolina Jacuá Daniel Strauch Guido Gomes Maurício Motta Michele Garcia
REVISÃO Caderno Amarelo
COMERCIAL comercial@revistadatijuca.com.br
MÚSICA E ARTE
DISTRIBUIÇÃO
Vale Encantado vai sediar festival internacional
. Caderno Amarelo . Banca Antonio Rigido Duino e Antonieta – Jornais e Revistas
REVISTA ONLINE revistadatijuca.com.br facebook.com/RevistadaTijuca @RevistadaTijuca
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LEITURA Bibliotecas do bairro têm mais de 500 mil títulos à disposição
FALE COM A GENTE contato@revistadatijuca.com.br (21) 3251 2621 – 2ª a 6ª das 9 às 18h. A Revista da Tijuca é uma publicação mensal da Editora Caderno Amarelo. Nossos colaboradores não têm responsabilidade com horário nem vínculo empregatício com a Revista da Tijuca ou a Caderno Amarelo.
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LEITOR GOLPE DA LISTA TELEFÔNICA Recebemos o exemplar nº 02 da Revista da Tijuca e tivemos a oportunidade de apreciar a matéria sobre o Golpe da Lista Telefônica. Nós mesmos fomos vítimas de tal golpe e lhe digo que não é tão novo assim. Conosco ocorreu em 2008. Exatamente como descreveu. Uma matéria dessa natureza deveria ser amplamente divulgada para evitar que pessoas de boa fé ou menos avisadas fossem vítimas destes farsantes. De qualquer forma, parabéns pelo excelente texto, explícito e conciso. Joaquim J. Hamaral (R. São Francisco Xavier) PRIMEIRA EDIÇÃO Para os moradores da área, essa p ub l i c a ç ã o veio em boa hora. O nível da revista é muito bom, diferente das demais publicações de bairro. Quero registrar com ênfase a excelente fotografia de capa. Essa foto podia ter servido como cartaz do filme “Praça Saens Pena”. Obra de arte. Parabéns pelo conteúdo. Parabéns pela fotografia. Desejo uma longa e exitosa vida a revista do nosso bairro. João Augusto Mendes Agradecemos e nos sentimos lisonjeados com a comparação.
Fale com a gente! • contato@revistadatijuca.com.br
gal uma matéria sobre a Praça Afonso Pena (antiga Castilhos França), a qual, infelizmente, deixou de ser um aprazível local de lazer com laguinho e muito verde para as crianças, para se tornar passagem para a estação do metrô. Marcelo Maciel (São Francisco Xavier) Sugestão anotada, Marcelo. Obrigada! Achei muito interessante a abordagem que está sendo feita, que realça os pontos positivos do bairro. Danielle Bourguignon (Rua dos Artistas) NO SITE – TRILHA PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA Acho importantíssimo que as pessoas portadoras de necessidades especiais tenham garantido acesso aos parques ecológicos. Estou lutando para que o Parque Estadual do Grajaú, na Rua Comendador Martinelli, também seja adaptado para receber visitantes que são deficientes visuais e andam de cadeiras de rodas. Como nada foi feito até então (existem leis há mais de 10 anos dispondo sobre acessibilidade em locais públicos), tive que encaminhar uma denúncia à Ouvidoria do Ministério Público (n.º 171.274) falando sobre o problema e que foi recebida pela 3ª Promotoria de Proteção ao Idoso e Deficiente, tel. 2292 8615, gerando o Processo n.º 201200095116. E como é de interesse de toda a comunidade do Andaraí e Grajaú, integrantes da Grande Tijuca, estou compartilhando para que os interessados possam também acompanhar e interagir junto aos órgãos públicos responsáveis. Rodrigo Phanardzis Ancora da Luz (Andaraí)
A primeira edição da revista nos brindou com uma bela matéria sobre a Praça Saens Peña. Porém, ficou o gostinho de quero mais em relação aos cinemas que fizeram parte da história do bairro. Que tal uma reportagem com os cinemas da Tijuca? Também seria bem le-
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ERRATA BEM CONTADA Acabo de receber o número 02, aqui na praça Edmundo Rego, no Grajaú, e constatei um equívoco na publicação. Na página 34, em ERA UMA VEZ UM RIO COMPRIDO..., na 6ª linha consta: “...Quando Caxias, que convalescia, não podia mais seguir na presidência da República,...” Cabe aí um reparo: Caxias foi (e é) Patrono do Exército Brasileiro. O presidente que adoeceu e cedeu posto para o Marechal Floriano foi o Marechal Deodoro, 1º Presidente da República. Carlos Gomes (Grajaú) Muito obrigada, Carlos. Considere a errata acatada. COLÉGIO MILITAR
“(...) o fundador do Colégio Militar não é Duque de Caxias” Paulo Granja Obrigada, Paulo. Constatamos, no site do Colégio Militar, que o fundador é Thomaz Coelho.
Para se corresponder com a Revista da Tijuca, envie e-mail para contato@revistadatijuca. com.br ou pelo telefone 21 3251 2621. As cartas devem ser enviadas com nome e a rua onde mora o autor. Por motivo de espaço, as mensagens podem ser publicadas resumidamente.
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| Mirante
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TAI CHI CHUAN NA PRAÇA AFONSO PENA Faz bem ao corpo e à alma. Não exige pré-requisito algum a não ser disposição. É na praça ao ar livre e de graça. Estamos falando de Tai Chi Chuan, exercício para o corpo e a mente. Segundo Oswaldo Gomes, professor de Tai Chi há 14 anos, a atividade, quando praticada correta e regularmente, trata articulações e órgãos, melhora o equilíbrio, a postura e coordenação motora. Para participar, basta preencher uma ficha de inscrição e levar um atestado médico. ONDE PRATICAR Andaraí: Condomínio Tijolinho – 2ª, das 19h às 21h Tijuca: Praça Afonso Pena 3ª e 5ª, das 7h às 9h Maracanã: Praça Niterói 3ª e 5ª, das 7h às 9h Grajaú: Praça Nobel 3ª, 4ª e 5ª, das 7h às 9h
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FEIRA DA SAENS PEÑA AGORA É BEM DE NATUREZA IMATERIAL O prefeito Eduardo Paes vetou, mas não teve jeito. Em votação de 30 contra 1 na Câmara Municipal, a feira da Praça Saens Peña levou a melhor e foi tombada como bem de natureza imaterial da cidade. Isso significa que, a feirinha, que funciona há mais de 30 anos no local, ganhou prestígio e oficialmente a garantia da permanência na praça. Atualmente, 160 feirantes trabalham semanalmente no espaço que funciona às sextas e sábados com venda de artesanato, bijuterias, utensílios domésticos, bolsas, móveis e roupas.
OBRAS ESTARÃO SUSPENSAS DURANTE A RIO+20 Obras em vias públicas na grande Tijuca e outros bairros da cidade serão suspensas no período de 11 a 24 de junho por causa da Rio+20. A Conferência vai gerar um aumento do fluxo de pessoas e veículos nas vias públicas, por isso a medida determinada pela Prefeitura. Somente obras emergenciais, devidamente justificadas, serão permitidas.
DIA DOS NAMORADOS Quer uma dica para presentear sua namorada neste Dia dos Namorados? Procure Carolina Marsano ou Neide Barcellos, no sábado, na feirinha da Praça Saens Peña. Caprichosas e antenadas com as últimas tendências da moda, elas vão te dar dicas de bolsas e carteiras que deixarão sua namorada nas nuvens. Vai lá: na altura do Banco do Brasil, toda sexta e sábado.
MICROCRÉDITO PARA OMUNIDADES PACIFICADAS Ainda não tem data marcada oficialmente, mas as comunidades pacificadas Turano, Salgueiro, Formiga, Borel, Andaraí e Macacos vão receber, ainda este ano, o Fundo UPP que disponibilizará microcrédito a empreendedores locais, com juros de 3% ao ano. O total a ser investido pelo projeto é de R$ 6 milhões por ano. Os empréstimos podem ser de R$ 300,00 a R$ 15 mil, com prazo de quitação máximo de 24 meses. Todo microeempreendedor, legalizado ou informal, pode obter um crédito. Basta que o recurso seja aplicado em operações produtivas. O presidente da Investe Rio, Maurício Chacur, estima que poderão ser realizadas 3 mil operações este ano.
PRÁTICA DE ESCALADA A Pedra de mais de 20 metros de altura fica logo ali no final da rua Dr. Aníbal Moreira, visível para quem quiser. O que muita gente não presta atenção é que ela é cheia de grampos para escaladas. Isso mesmo, é um campo escola com dez vias destinadas, principalmente, para iniciantes. Os irmãos Maurício e Tiago Souza frequentam o local há mais de um ano e recomendam.
MORANGO TEM LUTA MARCADA PARA JULHO No próximo dia 07/07, o tijucano Fabrício Morango voltará ao octógono do Ultimate Fighting Championship (UFC), em Las Vegas para enfrentar o americano Melvin Guillard. O embate será válido pelo UFC 148. A luta será no mesmo evento do tão aguardado duelo entre Anderson Silva e Chael Sonnen que vale o cinturão do Peso Médio.
QUE TAL SE TORNAR VOLUNTÁRIO NA FLORESTA DA TIJUCA? Criado em 2003 e tido como referência pelo Instituto Chico Mendes, o Programa de Voluntariado do Parque Nacional da Tijuca (PNT) realiza ações em mutirões periódicos, com o objetivo principal de estreitar a relação entre homem e natureza. O programa conscientiza o potencial turístico e de entretenimento do Parque, além de estimular os cidadãos a participarem de atividades saudáveis e importantes para a cidade. Para participar, basta preencher uma ficha de cadastro no Centro de Visitantes do PNT ou entrar em contato pelo e-mail voluntarios.pnt@gmail.com.
| Pela Tijuca
ESTÁ ABERTA A TEMPORADA DE
FESTAS JUNINAS TEXTO Maria Socorro e Silva | FOTOS Guido Gomes
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unho chegou e com ele as coloridas, saborosas e dançantes festas juninas em homenagem a Santo Antônio (13), São João (23) e São Pedro (28). A Tijuca é tradicionalmente um bairro onde o período junino é aguardado e bem comemorado. São tantas festas que não caberia falar de todas neste espaço. Tem as tradicionais como as da Afonso Pena, São Francisco Xavier, Tijuca Tênis Clube, Igreja Santo Afonso, Praça Edmundo Rego... e outras menores localizadas em ruas e condomínios (A lista completa está no site da Revista (revistadatijuca.com.br/cultura).
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A animação é tanta que um mês somente não basta e a festança entra pelo mês de julho, com as festas julinas. Então prepare sua fantasia e procure o “arraiá” mais festivo porque se não for agora, só no ano que vem. Junho também é um mês conhecido pelo aumento dos casos de queimaduras e acidentes com os fogos de artifício usados para celebrar os santos do mês. É preciso ter cuidado, no entanto, para que a festa não se torne um pesadelo. O primeiro cuidado é comprar em estabelecimentos certificados e dentro das normas estabele-
cidas pelo Corpo de Bombeiros. Lembrando que rojões, foguetes e morteiros não podem ser vendidos a menores de idade. O Corpo de Bombeiros alerta que é preciso verificar as instruções de segurança, orientações do fabricante e faixa etária indicativa na embalagem do produto. As regras para a venda nos estabelecimentos comerciais, de acordo com a legislação, são: piso e teto que não sejam de madeira; andar superior não ocupado por residência; estoque pequeno e bem acondicionado; presença de extintor de incêndio em local visível e de fácil acesso.
SOLTAR BALÃO É CRIME Além de não ter graça nenhuma Esse tipo de atividade pode provocar acidentes, incêndios e prejudicar a aviação. Fabricar, vender ou soltar balões é crime previsto na Lei 9.605/98.
demais formas de vegetação, em áreas urbanas ou qualquer tipo de assentamento humano pode receber detenção de um a três anos ou multa que varia de R$ 1 mil a R$ 10 mil, ou ambas.
Mas você pode fazer a sua parte e denunciar os infratores. Além de preservar a segurança da população e das matas, ainda pode ganhar uma recompensa que varia de R$ 300,00 a R$ 2.000,00, dependendo da informação oferecida, e confirmada, claro. A denúncia pode ser feita preservando sua identificação. O Disque Denuncia/ Balão garante o anonimato.
SERVIÇO
Quem fabrica, vende, transporta ou solta balões que possam provocar incêndios nas florestas e
Disque Balão: (21) 3399-3326 e 3399-3329 Bombeiros: 193 Disque Denúncia: (21) 2253-1177 www.disquedenuncia.org.br Importante: ao ligar para o Disque Denúncia, anote a senha, pois é com ela que você irá receber a recompensa.
CUIDADOS PARA NÃO SE QUEIMAR • Procurar um lugar aberto, longe de redes elétricas; • Nunca soltar foguetes ou bombas dentro de canos, caixas de esgoto ou recipientes de vidro; • Nunca solte os fogos na direção de alguém; • Se o produto falhar, não tente reutilizá-lo; • Mantenha distância de crianças e animais domésticos; • Tenha cuidado ao transportar os fogos.
BOLO DE RAPADURA
MASSA 2 xícaras de rapadura picada 1 e 1/3 xícaras de água 4 ovos 200 g de manteiga 1 lata de leite condensado 2 xícaras de farinha de trigo 1 colher de sopa de fermento COBERTURA 1 lata de leite condensado 100 g de castanha de caju picadas Misture a rapadura e a água em uma panela e leve ao fogo, deixe derreter até formar uma calda. Reserve. Bata as claras em neve e reserve. Bata a manteiga, as gemas, o leite condensado e uma xícara da calda de rapadura. Vá juntando a farinha de trigo aos poucos, batendo bem, acrescente o fermento e só misture. Agregue as claras à massa delicadamente. Leve ao forno pré-aquecido a 180° por cerca de 40 minutos. Para a cobertura, lembra que você usou 1 xícara da calda de rapadura e sobrou um restinho? Pegue essa sobra, misture com o leite condensado e leve ao fogo, mexendo até engrossar. Depois é só cobrir o bolo com esse doce , salpicar as castanhas-de-caju por cima e se deliciar.
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| Destaque
A
produtora de eventos Renata Lara é daquelas pessoas que procuram viver em sintonia com o meio ambiente. Sem dramas ou incômodos, adotou hábitos em sua rotina, possíveis para qualquer pessoa comum. Ela consome o mínimo de produtos industrializados, separa o lixo orgânico do reciclável, reaproveita embalagens e mantém um minhocário em casa. Estranho? A princípio sim, mas um cuidado necessário quando o assunto é o futuro do planeta. Todos os dias no Brasil são gerados em média 188,5 mil toneladas de resíduos sólidos. Desse total, segundo pesquisa realizada no final do ano de 2010 pela associação Compromisso Empresarial para Reciclagem (Cempre), somente 13% vai para compostagem ou reciclagem. O restante segue para aterros ou lixões. São toneladas e mais toneladas de resíduos que poderiam ser transformados em outras coisas ou mesmo destinados a outros fins. Lixo que poderia gerar renda e poluir menos o planeta Terra.
se fosse explorado em sua totalidade, geraria em torno de R$ 8 bilhões por ano, segundo estudos do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea). Ou seja, o brasileiro literalmente enterra essa montante em forma de materiais recicláveis que poderiam voltar à produção industrial e virar dinheiro vivo. Mais que uma questão econômica, é um assunto diretamente ligado ao futuro da vida no planeta. A reciclagem economiza recursos naturais e proporciona o uso racional de energia e menor emissão de gases do efeito estufa. É assim que pensa o estudante de Medicina e presidente do Instituto Econação, Igor Araujo. Na casa dele há duas lixeiras, uma para lixo orgânico e outra para o reciclável. Fora isso, ele ainda pratica o consumo consciente, com aquisição apenas do necessário e o mínimo de perdas possíveis. Também irá por em prática um projeto de recolhimento do óleo utilizado pelos moradores do prédio onde mora.
limpeza mistura tudo no carro do lixo? Essa é uma meia verdade, principalmente para os moradores da Tijuca, Grajaú e Andaraí, bairros que fazem parte da lista dos 42 da cidade onde a coleta seletiva já é uma realidade. Modesta, mas existe. Feitos em horários diferentes da coleta comum pela Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb), o recolhimento visa somente o que é reciclável. É assim, você separa em sacolas transparentes o material reciclável e limpo para que não haja risco de ser misturado com material orgânico. Cada um fazendo sua parte, no dia a dia, o resultado será possível. Na prática, é o que Igor Araujo faz mantendo dois tambores para separação do lixo. É também o que faz Renata Lara com seu minhocário – instalação doméstica usada para processar naturalmente alimentos orgânicos e transformá-los em adubo para hortas e
Aí, você pode estar pensando: separar para quê, se o agente de
Nos últimos anos, o número de municípios que passaram a adotar práticas de coleta seletiva no Brasil cresceu. Aumentou também o número de catadores e, em alguma escala, a consciência da população. É um potencial que,
TEXTO Maria Socorro e Silva | FOTOS Guido Gomes
O QUE FAZER COM
CACOS DE VIDRO Embalar em jornal e colocar em um lixo separado.
ÓLEO USADO Colocar em uma garrafa do tipo Pet e doar em um dos muitos postos de coleta existentes na cidade. Nunca jogar no ralo da pia.
O LIXO NOSSO DE TO REVISTADATIJUCA 12
BATERIAS Reciclam-se só as de telefones sem fio, filmadoras e celulares. As outras, assim como as pilhas, têm baixa concentração de metais pesados e por essa razão não são tidas como prejudiciais ao meio ambiente.
Separar o lixo seco de todos os restos orgânicos: um copo sujo de cafezinho pode inutilizar quilos de papel limpo – e reciclável.
*
Lavar as embalagens para retirar os resíduos dos alimentos e dos produtos de higiene e limpeza.
LÂMPADAS Separar as fluorescentes num lixo à parte. Já as lâmpadas incandescentes não são recicladas, uma vez que, segundo mostram as pesquisas, não causam impacto negativo no meio ambiente – elas devem ser depositadas, portanto, no lixo comum.
ODO DIA?
REUTILIZAR
VALE A PENA
É o que exige menos energia e recursos para ser transformado em outra coisa. Antes de considerar alguma coisa lixo, avalie se não teria outra utilidade para você ou pessoas próximas.
RECICLAR
Algo a se pensar quando vemos que, no lixo nosso de cada dia, a matéria orgânica representa 51,4% enquanto que apenas 31,9% é material reciclável (alumínio, plásticos, papel, aço, metais e vidro).
OS TRÊS ERRES
Para esse processo é necessário acrescentar mais energia, recursos e outros insumos que, somados aos já gastos para fabricação do resíduo original, podem tornar o processo caro e até economicamente inviável.
REDUZIR
jardins. “As cascas de frutas e legumes, por exemplo, não jogo fora, coloco no minhocário, elas se transformam em humus que uso para adubar as plantas, que ficam lindas”, explica. A técnica chama-se compostagem e pode ser feita por qualquer pessoa em um espaço mínimo.
Procure consumir menos e somente o necessário e adote medidas como planejar o cardápio familiar; evite imprimir documentos que não serão usados; use o papel ao máximo; adote uma garrafinha para água e uma caneca para o café; prefira comprar produtos em embalagens grandes.
CONSUMO CONSCIENTE
* * * *
Por ano, o Brasil perde, entre a colheita, manuseio, transporte e venda, cerca de R$ 12 bilhões em alimentos que seriam suficientes para alimentar 30 milhões de pessoas; Um terço do que compramos vai para o lixo na forma de cascas, folhas, talos e alimentos estragados; A humanidade já consome 50% mais recursos naturais renováveis do que o planeta é capaz de regenerar; Apenas 16% da população mundial é responsável por 78% do consumo total. Nesse ritmo serão necessários quase cinco planetas. REVISTADATIJUCA
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O lixo reciclável deve ser colocado em sacos transparentes
TIJUCA ESTÁ INCLUIDA NO ROTEIRO DA COLETA SELETIVA COMO CLASSIFICAR SEU LIXO? RECICLÁVEL
COMUM
Lixo seco / coleta seletiva
Lixo úmido / coleta normal
• Garrafas
• Espelhos / Cristais
• Frascos
• Louças
• Potes
• Lâmpadas
• Copos
• Vidros planos
• Cacos de vidro
• Papeis carbono
• Jornais/Revistas
• Celofane
• Papéis em geral
• Plastificado
• Embalagens
• Papel vegetal
• Papelões
• Papéis sujos
• Latas
• Latas de aerosol
• Alumínios
• Pilhas
• Cobres, chumbos, metais e bronzes
• Latas: tintas, de pesticida e inceticida
• Fios
• Espumas de látex
• Brinquedos
• Isopor / acrílicos
• Sacolas
• Fraldas
• Utensílios domésticos
• Adesivos Fonte: Comlurb
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O Rio de Janeiro produz em torno de cinco toneladas de lixo todos os dias. Esse monte de porcaria levou a Cidade Maravilhosa a ostentar o feio título de campeã em quantidade de resíduos per capita do Brasil. A produção dos cariocas é de 1,8 kg/dia – maior que a média nacional estimada em 1,1 kg, de acordo com dados do Ministério do Meio Ambiente. Desse monte de lixo, no entanto, a capital carioca atualmente recicla somente 3%. A cidade tem 23 cooperativas de bairro. Na Tijuca, são somente duas, e consideradas precárias. “É uma atividade primária, familiar, muito limitada e com poucos catadores que sofrem por não terem viabilidade de sustentação econômica”, explica o coordenador de coleta seletiva da Comlurb, Elinor Brito. Ele orienta que a população coloque os materiais recicláveis separados em sacos plásticos transparentes para que o gari possa visualizar o seu conteúdo. Lembrando que o material da coleta seletiva é o lixo seco, ou seja, sem mistura de lixo orgânico, tais como restos de comida e frutas, legumes e verduras, borra de café etc. O papel e o papelão devem estar secos, do contrário não servem para a coleta seletiva. Na Tijuca, que está entre os 42 bairros da rota da coleta seletiva da Comlurb, alguns prédios separam o lixo de acordo com as normas de reciclagem. Tudo o que é recolhido é entregue gratuitamente para a Associação Beneficente Padre Navarro, em Benfica. A Comlurb assume a precariedade do próprio sistema de recolhimento. “A coleta seletiva feita hoje é parcial e precária. Parcial porque não cobre todas as ruas e precária porque a rota não corresponde a todo o roteiro”, diz Brito. Atualmente, 70% das ruas não são cobertas pela frota, e as que são, têm o serviço durante uma hora do dia, uma vez por semana.
Para resolver a questão e adequar-se à nova Política Nacional de Resíduos Sólidos, aprovada em agosto de 2010, que determina, dentre outras coisas, o final dos lixões e aterros até 2014. A cidade está à frente de um projeto que deve ser desenvolvido nos próximos anos e que custará R$ 50 milhões - sendo uma parte
responsabilidade do município e o restante financiado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES). “Com a implantação desse projeto, será coberto 100% dos bairros com eficiência, eficácia e inclusão de catadores”, esclarece Brito. O projeto deve estar em pleno funcionamento em três anos.
COMPOSIÇÃO DO LIXO DOMICILIAR
O dia da coleta seletiva de sua rua pode ser visto no site da Comlurb (www.rio.rj.gov.br/comlurb). A população também pode se informar pelo Teleatendimento 1746, que funciona 24 horas.
COMPOSIÇÃO DOS MATERIAIS RECICLÁVEIS
Fonte: Comlurb
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| Nossa Rua
RUA
SABÓIA LIMA TEXTO | FOTOS Guido Gomes
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Tijuca é um bairro verde por natureza, cheio de belezas naturais, mas ele surpreende sempre. Quem diria que bem no centro urbano do bairro existe uma rua bucólica que margeia o Rio Trapicheiros quando ainda ele salta de cascata em cascata e que existe uma antiga represa que foi usada como centro de abastecimento d’água da cidade no início do século XIX. Essa rua? Rua Sabóia Lima, que começa na praça Gabriel Soares, ponto final da linha 409 e vai até o sopé do Sumaré. Antiga Rua Trapicheiros, era de grande importância para o bairro e a cidade. Lá ficava uma central de abastecimento d’água, implantada
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no primeiro governo do presidente Rodrigues Alves, onde foi instalado o primeiro contador Venturi – instrumento usado para precificar a água, do abastecimento do município. De lá pra cá a rua mudou de nome e passou a chamar-se Sabóia Lima, a central de abastecimento foi fechada e as águas do Trapicheiros já não são mais indicadas para o consumo. A rua também mudou e ganhou um charme bem próprio, com vários estilos arquitetônicos de suas casas, que vão do Colonial ao Art decó, em sua maioria encimadas por belos jardins. No fim da rua, de quase 500 metros, tem uma praça não homologada pela Prefeitura, decorada com animais feitos em alvenaria, construída sob a batuta do professor Paulo de Tarso, morador da rua. A pracinha recebeu o nome de Hans Klussmann e é muito agradável para brincadeiras com os miúdos, embora encontre-se meio esquecida pelo Poder Público e sua limpeza e conservação andem devendo aos moradores da rua e seus frequentadores. A propósito, Augusto Sabóia da Silva Lima (1894 – 1963), nascido petropolitano, foi bacharel em Direito, professor, juiz de menores, desembargador e presidente do Tribunal de Justiça.
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|| Capa
GRAJAÚ NA
RIO+20 TEXTO Maria Socorro e Silva | FOTOS Guido Gomes
O CHARMOSO BAIRRO DO GRAJAÚ ESTÁ NA PROGRAMAÇÃO DA RIO+20, A CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL QUE ACONTECE NO RIO DE JANEIRO ENTRE 13 E 22 DE JUNHO. REVISTADATIJUCA 18
Diretoria da ONG Anitcha, responsáveis pelo projeto Grajaú Bairro Vivo, que promove, dentre outras atividades, a Feira Desapegue-se, na Praça Edmundo Rego, uma vez por mês.
N
ão é sem propósito que o Grajaú está na programação da maior conferência mundial sobre sustentabilidade. O bairro, que faz parte da grande Tijuca, é cenário de um projeto bonito e ousado que é desenvolvido há mais de quatro anos: o Grajaú Bairro Vivo – Uma Evolução Verde. Desenvolvido pela Organização Não Governamental Casa de Cultura Anitcha, será apresentado na Cúpula dos Povos, encontro global da sociedade civil, dentro da programação do movimento Cidades em Transição (Transitions Tower) que consiste em uma rede de cidades e bairros, cujos moradores estão dispostos a repensar a ocupação humana,
em busca de soluções que reduzam o impacto do nosso estilo de vida em centros urbanos. O Bairro Vivo, mais conhecido pela Feira Desapegue-se, que acontece uma vez por mês na Praça Edmundo Rego, é uma proposta que envolve ainda a formação para promoção da saúde e alfabetização ecológica com oficinas de alimentação; horticultura caseira orgânica e permacultura; cine debates, caminhadas ecológicas no Parque Estadual do Grajaú; educação ambiental para crianças com oficinas nos colégios do bairro; colônias de férias e mine-cursos na Desapegue-se. A proposta do projeto, segundo a ONG organizadora, é fomentar
uma onda de conscientização local, uma reconstrução do modo de ver a vida e de agir sobre ela como um ser humano consciente e atuante em seu habitat. “Aproveitando a vocação do bairro do Grajaú para a questão ecológica – com ruas arborizadas, reserva florestal, rede colegial ampla e diversificada, praças, pequeno comércio, cachoeiras, etc – a Anitcha pretende transformar o Grajaú num bairro modelo para o Brasil, formando uma rede de parceiros que promovam ações envolvendo noções de cidadania, alimentação saudável, consumo responsável, práticas sustentáveis e consciência ecológica”, dizem os diretores da ONG. Ações culturais que coloquem o bairro no centro
do debate contemporâneo também fazem parte da estratégia de reeducação individual. Não é à toa que o bairro está na programação. O Grajaú Bairro Vivo reflete os ingrediente estabelecidos como molas mestras do movimento de transição, a ser apresentado na Rio+20, que são: Forme um grupo iniciador, trabalhe a sensibilização sobre os assuntos; estabeleça os fundamentos do grupo; faça um grande lançamento; forme grupos de trabalho; use a tecnologia do “open space”; desenvolva manifestações práticas e visíveis do projeto; facilite o aprendizado; crie pontes com o governo local; honre os anciões; desenvolva um plano descendente de energia; deixe ir aonde quiser ir. Por todos esses motivos, o projeto Bairro Vivo está inserido na programação do espaço Gaia Home, com o movimento Cidades em Transição. Além do Grajaú, participam também representantes de Paquetá, Gávea, Cosme Velho, Humaitá, Santa Teresa, Botafogo e Laranjeiras. A apresentação de todos será no dia 19 de junho. A Anitcha é uma Organização Não Governamental que existe desde 2008, quando foi lançado o evento Desapegue-se. Desde então foram realizadas 36 feiras que reúnem uma média de 500 pessoas por edição e várias outras atividades todas dentro do Grajaú e envolvendo a população do bairro.
Durante a Desapegue-se são promovidas trocas de livros, roupas e outros objetos, além de venda de produtos orgânicos, realização de oficinas, apresentações culturais e rodas de dança
TRANSITIONS TOWNS – AFINAL DO QUE SE TRATA? O movimento das Cidades em Transição (Transition Towns) foi criado pelo inglês Rob Hopkins com o objetivo de transformar as cidades em modelos sustentáveis, menos dependentes do petróleo, mais integradas à natureza e mais resistentes a crises externas, econômica e ecologicamente.
As Iniciativas de Transição criam um processo promissor que engaja pessoas, comunidades, instituições e cidades para, juntas, pensarem e implementarem as ações necessárias de curto, médio e longo prazo para enfrentar as mudanças climáticas e o pico do petróleo.
O movimento acredita que não existe um modelo único de transição, nem que todas as respostas para resolver o problema da escassez do petróleo e do aquecimento global já tenham sido encontradas. A ideia é que cada sociedade use a criatividade para fazer a mudança.
Eis que, vinte anos depois da Rio-92, as atenções dos interessados em discutir o futuro do planeta Terra, voltam-se para o Rio de Janeiro por um motivo nobre. Entre os dias 13 e 22 de junho a cidade estará sediando a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável - Rio+20. O objetivo desse encontro de lideranças mundiais é construir a agenda do desenvolvimento sustentável para as próximas décadas. Como? Discutindo soluções para problemas como falta de água, transição do modelo atual de energia para um menos agressivo ao meio ambiente, gestão dos oceanos, exploração de fontes renováveis de energia, segurança alimentar, acesso a água, e principalmente, a criação de Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS).Todos esses pontos estão inseridos nos dois temas principais da Conferência: A economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação que, vinte anos depois da nos,para exploração de fontes reda Eis pobreza e a estrutura institucional o desenvolvimento susRio-92, as atenções dos intenováveis de energia, segurantentável. ressados em discutir o futuro ça alimentar, acesso a água, e do planeta éTerra principalmente, a criação A expectativa que, voltam-se tanta gente reunida e pensando sobre o de futuo Rio de Janeiro porplano um comum Objetivos Desenvolvimenro, para se consiga chegar a um que do integre cuidado com o motivo nobre. Entre os dias to Sustentável meio ambiente, crescimento econômico e combate(ODS). à miséria. 13 e 22 de junho a cidade estará sediando a Conferência Todos esses pontos estão insedas Nações Unidas sobre Deridos nos dois temas principais senvolvimento Sustentável da Conferência: A economia – Rio+20. O objetivo desse verde no contexto do desenencontro de lideranças munvolvimento sustentável e da diais é construir a agenda do erradicação da pobreza e a esdesenvolvimento sustentátrutura institucional para o vel para as próximas décadesenvolvimento. das. Como? A expectativa é que, com tanDiscutindo soluções para ta gente reunida e pensando problemas como falta de sobre o futuro, se consiga cheágua, transição do modelo gar a um plano comum que atual de energia para um integre cuidado com o meio menos agressivo ao meio ambiente, crescimento econôambiente, gestão dos oceamico e combate à miséria.
RIO+20 PARA QUÊ?
| Destaque
TIJUCA:
UM CELEIRO DE ATLETAS TEXTO Maurício Motta | FOTOS Guido Gomes
Bairro busca formar revelações no esporte visando os Jogos Olímpicos de 2016, que serão realizados no Brasil. Não é de hoje que a Tijuca participa das maiores competições esportivas
O
s Jogos Olímpicos de Londres já batem à porta, mas há quem já planeje as próximas Olimpíadas, que serão disputadas no Rio de Janeiro daqui a quatro anos. É o caso do Tijuca Tênis Clube (TTC), que está com um projeto de escolinhas que visa a formação de atletas. As modalidades envolvidas são: Basquete, Futebol, Ginástica Artística, Ginástica Rítmica, Jiu-Jitsu, Judô, Nado Sincronizado, Natação, Natação Paralímpica, Polo Aquático, Tênis e Vôlei. Para conseguir dar andamento ao projeto, o Clube teve de atender a todos os requisitos para entrar na Lei de Incentivo ao Esporte. “Para fazer jus a este apoio, precisamos estar em dia com absolutamente todas as certidões, além de estar quite com os tributos federais, estaduais e municipais”, explicou o gerente administrativo de projetos incentivados, Gustavo Martins.
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A Lei prevê a possibilidade de pessoas físicas e jurídicas destinarem uma parcela do Imposto de Renda em benefício de projetos desportivos elaborados por entidades do setor, após aprovação de uma Comissão Técnica composta por representantes governamentais e membros do setor desportivo e paradesportivo. No caso de empresa, destina-se 1%, e, sendo pessoa física ,a doação é de 6%, similar ao que configura a Lei Rouanet. Atualmente, o Tijuca tem cinco projetos já aprovados pela Lei de Incentivo ao Esporte. Gustavo Martins já trabalha no projeto de formação de atletas há mais de um ano. Para desempenhar a função sem risco de erros, estudou, pesquisou e buscou conhecimento prático em outros clubes-modelo do esporte amador brasileiro. “Visitei o Minas Tênis e o Pinheiros para pegar experiência e ver
como funciona o processo de formação de atletas. Fiquei maravilhado com o que encontrei nestes clubes que tanto já colocaram atletas em Jogos Olímpicos. Minha ideia é fazer o mesmo aqui”, destacou o gerente. O diretor de Basquete, Gustavo Adolpho Carvalho explicou como os incentivos podem contribuir
Alunos aprendem os movimentos básicos e só depois passam a competir cinco jogadores convocados para as seleções de base. Fato que não acontecia há muito tempo. Dentre os atletas que se destacaram na base do Tijuca Tênis Clube estão o ala-armador do basquete, Marcelinho Machado e a jogadora de vôlei Thaísa. Ambos jogaram nas escolinhas do clube antes de brilhar no cenário nacional e hoje jogam na seleção Brasileira de suas respectivas modalidades.
para que o clube revele novos atletas. ‘‘Com a criação das escolinhas, a nossa intenção, no Basquete, é formar jogadores, abastecendo o time adulto, e, com os investimentos, podemos melhorar a estrutura, aparelhagem e oferecer uma melhoria salarial para os nossos profissionais”, disse. O resultado já pode ser observado. Neste ano, o Tijuca teve
TIJUCA TÊNIS CLUBE ESTÁ ENTRE OS DEZ MAIORES FORMADORES DE ATLETAS DO BRASIL O técnico-coordenador de vôlei do Tijuca Tênis Clube, Nélson Correia, lembra-se da época em que Thaísa atuava nas quadras do clube, antes de despontar no vôlei mundial. ‘‘Desde cedo já dava
para ver que ela era uma atleta que faria muito sucesso”, enfatiza. No Clube desde 1986, Correia destaca: Lapidamos a Thaísa aqui no clube e buscamos sempre formar novos talentos em um futuro não muito distante. Atualmente, o Tijuca Tênis Clube está entre os dez maiores clubes formadores de atletas do Brasil. Em entrevista para a revista oficial do Clube, o presidente Paulo Maciel afirmou que o Tijuca já vive intensamente o momento das Olimpíadas de 2016. O Clube está entre as 172 agremiações do país como sede de pré-jogos olímpicos e paralímpicos. Será um dos locais em que os atletas treinarão antes dos Jogos de 2016. No Estado são 30 e na cidade do Rio de Janeiro apenas 11 que, até o momento, atendem a todas as exigências feitas pelo Comitê Olímpico Internacional (COI). REVISTADATIJUCA
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“O CAMINHO DE TODO CLUBE SÃO AS ESCOLINHAS” Com vasta experiência de medalhista olímpico, o técnico do time adulto de basquete do Tijuca Tênis Clube, Miguel Ângelo da Luz, nascido na Tijuca, falou sobre a iniciativa do clube. “O caminho de todo clube são as escolinhas. Por exemplo, nosso basquete, na base, já é um dos melhores do Rio de Janeiro. A ideia é muito boa e para isso temos que colocar cada vez pessoas mais competentes para a formação destes atletas”, afirmou o treinador que conquistou a medalha de prata nas Olimpíadas de 1996 com a Seleção Brasileira de basquete feminino. Miguel Ângelo presencia de perto um jogador criado no Tijuca e que
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já colhe os louros da fama. O armador Gege recentemente foi convidado para treinar com a Seleção que vai disputar o Sul-Americano masculino na Argentina entre os dias 18 e 22 de junho. “O Gege é uma bela promessa. Já o conhecia antes de chegar aqui. Fui eu quem o lancei no time titular e tenho orgulho em ver que é uma das maiores esperanças para o futuro do basquete brasileiro’’, afirmou. Na hora de escolher qual melhor atleta com quem trabalhou, ele não titubeou. “Tenho muita sorte ao longo da minha carreira em que tive o privilégio de trabalhar com os três maiores ídolos do esporte: Hortência, Paula e Oscar’’.
CLUBE É REFERÊNCIA NACIONAL NO ESPORTE PARALÍMPICO
A turma é formada por 19 alunos entre seis e 21 anos e não importa a deficiência – mental, física ou visual – se há vontade de treinar natação. O trabalho desenvolvido pelo Tijuca Tênis Clube na Natação Paralímpica é uma referência no Brasil. “Os alunos primeiro aprendem aos movimentos básicos na natação e só depois, a partir dos 14 anos é que começa a competição em nível de atleta”, explica o responsável por parte desse sucesso, o professor Menescal Pedrinha, que trabalha com natação adaptada há mais de 30 anos. Nesse nível estão as atletas paraolímpicas Isabel Cristina e Ana Lúcia, que esperam ansiosamente pela confirmação nas Paralimpíadas de Londres. Elas competem na classe S2.
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| Especial
O QUE FAZER COM AS
COBRANÇAS ILEGAIS DOS BANCOS? Como os valores geralmente são baixos, quase ninguém procura a Justiça para reavê-los DANIEL STRAUCH
Q
uem nunca teve a surpresa de notar um sensível aumento nas tarifas bancárias quando chegam as contas? Geralmente é uma porcentagem tão ínfima que não há grande aborrecimento, e os clientes acabam não se importando. Contudo, essa atitude está errada. O Código de Defesa do Consumidor (CDC) se prontifica a defender os clientes de banco expressamente no §2º do artigo 3º. E, além disso, o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) já consolidou esse entendimento por meio da Súmula 297: O Código de Defesa do Consumidor é, sim, aplicável às instituições financeiras. Segundo as normas do Banco Central do Brasil, pode haver aumento do valor de tarifa existente, ou instituição de uma nova tarifa, desde que haja um aviso com no mínimo trinta dias de antecedência à cobrança. Já os preços dos serviços prioritários só podem ser majorados após 180 dias de sua última alteração. Contudo, admite-se a sua redução a qualquer tempo. E esse prazo aplica-se individualmente a cada tarifa. Vale ainda destacar o §3º do artigo 192 da Constituição Federal que determina: “as taxas de juros reais, nelas incluídas comissões e quaisquer outras remunerações direta ou indiretamente referidas à concessão de crédito, não poderão ser superiores a doze por cento ao ano”. Não há respaldo maior do que normas constitucionais. No entanto, os aumentos abusivos são comba-
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tidos especificamente pelo inciso IV, do artigo 51 do CDC: Art. 51. São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas contratuais relativas ao fornecimento de produtos e serviços que: IV – estabeleçam obrigações consideradas iníquas, abusivas, que coloquem o consumidor em desvantagem exagerada, ou sejam incompatíveis com a boa fé ou a equidade. Como esses valores geralmente são baixos, as vítimas não se sentem estimuladas a procurar a Justiça para reaver o que lhes foi cobrado indevidamente. Mas lembre-se que os bancos detêm milhares de clientes, e a cobrança ilegal, ainda que de poucos centavos de cada correntista, é um excelente negócio. Desta forma, caso você perceba um aumento indevido na sua conta, sem aviso prévio e justificável, faça valer os seus direitos e encaminhe sua reclamação ao PROCON ou ingresse com ação judicial pretendendo a devolução em dobro do valor indevidamente debitado em sua conta corrente, acrescido de juros e correção monetária, além de danos morais. A melhor maneira de diminuir essa pratica ilícita é atingindo a parte mais sensível das instituições financeiras: seus cofres. Portanto, honre sua cidadania e cobre seus direitos, pois, aumentando os riscos de condenação, e, consequentemente, elevando os gastos advocatícios dos bancos, acaba-se inibindo essa vergonhosa ilegalidade. Na dúvida, busque orientações com um advogado de sua confiança. Daniel Strauch – Bel. em Direito (danielstrauch@globo).
COMO RECONHECER UM ALIMENTO
Para garantir que um produto é orgânico, é preciso olhar todo o seu sistema de produção. Além disso, quanto mais fresco, melhor. Orgânicos são produzidos sempre com a preocupação de não prejudicar o meio ambiente. A produção orgânica consegue se sustentar sem destruir os recursos naturais.
•
ORGÂNICO
Podem ser usados nos rótulos e anúncios, expressões como “ecológico, biodinâmico, da agricultura natural, biológico, agroecológico, da permacultura, do extrativismo sustentável, entre outras, desde que os produtos sigam as regras da produção orgânica.
Além disso, todas as pessoas que participam de sua produção recebem cuidados, ganham condições dignas de trabalho e seus direitos são respeitados. Para produzi-los, toma-se muito cuidado para não destruir nem desgastar o solo que deve ser protegido para continuar fértil. O agricultor orgânico não cultiva transgênicos porque não quer colocar em risco a diversidade de variedades que existem na natureza.
COMO RECONHECER? •
Para ter o nome “orgânico” no rótulo, o produto deve conter, no máximo, 5% de ingredientes não orgânicos;
•
Produtos que tem uma porção maior de ingredientes não-orgânicos só podem ser chamados de “produtos com ingredientes orgânicos”;
•
A parte orgânica deve ser, no mínimo, 70%; REVISTADATIJUCA
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| Leitura
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Onde Acer Func Cont
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BEM VINDOS ÀS
BIBLIOTECAS DA TIJUCA TEXTO | FOTOS Daniel Strauch
S
e, como dizia Monteiro Lobato, “Um país se faz com homens e livros”, a Tijuca está fazendo bem o seu papel. O bairro dispõe de 16 bibliotecas, sendo dez abertas ao público em geral. Juntas, somam um acervo de quase meio milhão de títulos. Quando o assunto é acesso a informação, os moradores do bairro estão muito bem servidos, seja na enorme e tradicional biblioteca da Universidade Veiga de Almeida, na moderníssima Castro Alves do Colégio Marista São José, ou em uma das três unidades públicas municipais disponíveis na grande Tijuca. Segundo o último censo do IBGE, dos quase 182 mil habitantes do bairro, quase 70% tem nível superior. É certo que esse elevado grau de instrução dos moradores está
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diretamente relacionado à presença de tradicionais instituições de ensino fundamental e superior na Tijuca. Grande parte desses núcleos de instrução possuem bibliotecas com um considerável acervo, no entanto, nem todas estão de portas abertas ao público. E destas, a maior parte só permite a consulta – os empréstimos só são permitidos aos alunos, professores e funcionários. Mesmo assim, estas bibliotecas são verdadeiros patrimônios culturais da Tijuca. Fora as que estão inseridas nas instituições de ensino, o tijucano tem à disposição três das 31 bibliotecas públicas municipais da cidade. Localizadas na Tijuca, Rio Comprido e Grajaú, ficam abertas de segunda à sexta-feira e têm juntas, um acervo de aproxima-
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ULAR MUNICIPAL MARQUES REBELO
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POPULAR MUNICIPAL ALUÍSIO DE AZEVEDO Onde: Travessa Nestor Vitor, 64 Acervo: 15 mil volumes Funcionamento: 2ª à 6ª das 9h às 17h Contato: 2569-7178 Criada em 1958. Tem frequência diária em torno de 30 pessoas. Empresta até dois livros ou revistas e seis gibis a cada 15 dias. POPULAR MUNICIPAL CLARICE LISPECTOR Onde: Rua José Vicente, 55 Acervo: 17 mil volumes Funcionamento: 2ª à 6ª das 9h às 17h Contato: 2577-1413 Criada em 1974. Desenvolve o projeto a Hora do Conto: ciranda de contos, às sextas. Empresta dois livros por pessoa a cada 15 dias. VOLANTE MUNICIPAL JOÃO ANTONIO Onde: Itinerante Funcionamento: Segue um roteiro previamente divulgado Contato: 2481-3619 Precisa apenas de uma Kombi, um toldo, uma mesa e quatro cadeiras para percorrer todo o município emprestando livros. Empresta mediante apresentação de carteira de identidade e comprovante de residência.
damente 45 mil exemplares, totalmente disponível a quem quiser dispor de boa leitura. Todas as bibliotecas possuem uma boa infraestrutura, acervo moderno, organizado, conservado e em constante mutação. Fora o universo da leitura e dos livros, é importante destacar os projetos socioculturais que estas bibliotecas promovem. Sejam cirandas de leitura, palestras, oficinas de recreação da memória, estas instituições conseguem reforçar o exercício da cidadania e auxiliar o verdadeiro desenvolvimento da sociedade como um todo. “Em determinadas épocas do ano, essa sala de estudos fica lotada” – comenta a coordenadora da Biblioteca Popular da Municipal Marques Rebelo, situada na Rua Guapeni, Margaret Gomes. Todas as bibliotecas da Tijuca visitadas apontam, nos últimos dois anos, um aumento no número de visitantes. Esse fato indica que, apesar do fácil acesso à informação pela internet, os tijucanos ainda buscam conhecimentos e fortalecimento cultural por meio dos livros.
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| Cultura
MÚSICA E ARTE NO
FESTIVAL ENCANTADO A programação inclui ainda exposições, instalações, cursos e outras atividades ecologicamente corretas TEXTO Maria Socorro e Silva | FOTOS Divulgação
festival internacional de música e arte contemporânea, englobando um planejamento de desenvolvimento das famílias que moram no local e sobre uma ótica de sustentabilidade e preservação da natureza. Essa será a primeira de cinco edições programadas para serem realizadas até 2016.
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unte um lugar que é encantador até no nome, gastronomia natural de alta qualidade, música boa, artistas nacionais e internacionais, instalações de arte por todos os lados com uma pegada sustentável. Esses são os ingredientes de um festival que promete mexer com a Floresta da Tijuca nos próximos dias 16 e 17 de junho, o Festival Encantado. No alto da Floresta da Tijuca, a maior área verde urbana do planeta, a 15 minutos da praia, a comunidade do Vale Encantado, que tem 40 casas e aproximadamente 130 moradores acolhe um
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Com capacidade para 1.300 pessoas por dia, o festival terá atrações como Seu Jorge (padrinho do evento), Cibele e o francês M. Em paralelo, seguindo a linha de outros festivais politica e ambientalmente responsáveis, a programação envolve a realização de cursos com temática sustentável, desenvolvimento de ações sociais e um trabalho educativo voltado para a sensibilização dos visitantes e moradores sobre a preservação do meio ambiente. O fim principal, segundo os organizadores do festival, é dar visibilidade e apoio à Comunidade do Vale Encantado com um enfoque inteligente e parcerias que valorizem o impacto social, econômico e ambiental positivo dos projetos lá desenvolvidos. A ideia é dinamizar a economia local e gerar empregos. A expectativa é que sejam criados em torno de 80 vagas no evento.
SERVIÇO LOCAL: Clube do Vale Encantado – Alto da Boa Vista QUANDO: 16 e 17 de junho 2012 INGRESSOS: De R$ 120,00 a R$ 240,00 MAIS INFORMAÇÕES: www.festivalencantado.org
FRED CAMACHO LANÇA CD SOLO O cantor e compositor Fred Camacho lançou o 1º CD solo, com a participação especial do padrinho musical Almir Guineto e Arlindo Cruz. Fred fez parte da banda de Dudu Nobre, tocou com Beth Carvalho, Arlindo Cruz, Fundo de Quintal, Mart’nália, Martinho da Vila, Maria Rita e Zeca Pagodinho. É de Fred a música “Pela Casa Inteira”, faixa do último CD de Zeca, “O quintal do Pagodinho”.
FICÇÃO
PROGRAMAÇÃO 16 DE JUNHO
17 DE JUNHO
Cibelle
Rogê em Retrato instrumental
General Elektriks Paporeto M The Twelves
Trio Preto+1 Winston Mcanuff Camille Bazbaz Seu Jorge Guest
“Rio de Janeiro, 2054”, conta uma fantástica história de ficção e suspense, passada na cidade do Rio de Janeiro no ano de 2054. Um dos destaques do livro é a maneira detalhada com que o autor descreve a sociedade e a tecnologia da época retratada. Um bom exemplo são as oito linhas do metrô da cidade. O livro, editado pela Multifoco, é o primeiro do escritor Horácio Canale, um argentino com alma tijucana.
M
FESTA PLOC NO PROVISÓRIO Toda sexta-feira na Tijuca, a turma que curte os eternos anos 80 se encontram no Provisório. A agenda de junho está recheada de atrações imperdíveis. Começa às 18h da sexta e só termina às 05h do sábado. Anota: 15/06 – Tributo ao Rock; 22/06 – Banda Zena + Cazuza cover; 29/06 – Christiano Dortas do Perdidos na Selva. Mais: facebook.com/provisoriorio REVISTADATIJUCA 31
| Diversão
AGENDA PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS
www.coquetel.com.br Enfiar o pé na (?): embebedar-se (pop.) Arma não letal utilizada para dispersar multidões Torre de computador (Inform.)
Placa (?): pode ocasionar em cáries Esporte em que se faz gol com as mãos
© Revistas COQUETEL 2012
Que conhece bem algum assunto
Desprovidos de beleza física
Defender (uma causa)
Encargo sobre algo Afiançar
Registros de uma assembleia
A
T
A
A doença como a hipertensão, que não apresenta sinais claros de sua existência
Deusa do Amor (Mit.)
S
Natureza (abrev.) Luiz Melodia, cantor
Naldo – Dia 15/06. Show dançante do cantor sensação do momento. A abertura ficará por conta do grupo de pagode “Numa Boa”. No Tijuca Tênis Clube. Informações pelo telefone 2210-2117.
"Novo", em "neologia" Pequenos Adepto de arroios de ideias exágua doce tremistas
Humor (?), temática de "South Park"
Diz-se do indivíduo mexeriqueiro
Fazer (?)culpa: admitir o próprio erro Ente como o Shrek (Cin.)
Antiga dança popular de origem irlandesa
Jefferson Gonçalves – Um dos mais versáteis nomes da gaita no país apresenta clássicos do Blues, Country Blues, Folk, Funk Blues. Centro Municipal de Referência da Música Carioca Artur da Távola. Rua Conde de Bonfim, 824 - Tijuca Tel. 3238-3831. Ingressos a R$ 1,00.
Ataques súbitos (de tosse) "Star Wars: O Império Contra(?)", filme
(?) alcoólico: o do absinto pode chegar a 85%
Rupert Grint, ator Tabaco em pó "The (?) Circle", série dos EUA
1o governador-geral do Brasil Colônia
Estrutura da carroceria do caminhão
Ondas curtas (abrev.) Em outras palavras
3/add — mea — ril. 4/ogro. 6/secret.
BANCO
Apartamento (gíria)
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Solução G B A S L H A C R L I M O G T E NE T O
J A B C T A A N D I V O N G E A G R R O R AP M E
C F I N E E R I N O T A S E B O O S E N U A R R I O A S E C C H E O D E S
V T E A N N U S L M A D U D L T AC R E A SS O OU S
A S S I N T O M A T I C A
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Rio Dança – Instalação multimídia interativa mostra quatro tipos de dança: de salão; de rua, com danças populares; cênicas, e virtuais, com videodanças e novas tecnologias incorporadas à dança. No Centro Coreográfico do RJ - R. José Higino, 115. Informações 3238-0601 e 3238-0357.
SHOWS
Iodo (símbolo) Somar, em inglês
(?) Lins, autor de "O Fiel e a Pedra"
104, em números romanos
EXPOSIÇÕES
Banda Fato Consumado – Todas as sextas-feiras a partir das 23h. Pop Rock nacional e internacional no melhor estilo. Buxixo Up. Praça Varnhagem. Av. Maracanã, 760. Masc. c/ flyer até 0h R$ 12,00/ s/flyer R$ 15,00. Fem. c/flyer R$ 6,00/s/flyer. Informações: 2264-8484.
FESTAS Pagode 4 elementos com o grupo CLAREOU – Dias 02, 09, 16, 23 e 30/06 . Das 22h às 04h. Ingressos preço unico: R$15, até 0h. Sócios: R$10. Clube América. R. Campos Sales, 118. Informações 2567 7478.
CULTURAL
HORÓSCOPO
EVENTOS “Aladim e a lâmpada Mágica”
Áries
A partir de 28/05 no Shopping Tijuca, piso expansão, até 29/06 - Diversas atividades lúdicas para divertir as crianças durante as férias. Grátis. Informações 3094-6605/ 30946606. Av. Maracanã, 987. Domingos alternativos – Práticas alternativas em prol do autoconhecimento e melhoria da qualidade de vida. Feira de artesanato e produtos orgânicos, trilha ecológica, oficina de brinquedos. 11h. Grátis. Sesc Tijuca – Barão de Mesquita, 539. Informações 3238 2100.
Touro
Gêmeos
TEATRO Valsa nº 6 – Nelson Rodrigues Homenagem ao centenário do autor. Dias 12 e 15/06, às 19h30. Teatro Odylo Costa Filho. R. São Francisco Xavier, 524 – Maracanã – Campus UERJ . Entrada franca. 14 anos. Informações 2334-0048. Terra Brasilis – Conta a história de Portugal na época das grandes navegações até o momento da descoberta do Brasil. Sábados e domingos, 17h. R$ 3,00 (associados); R$ 6,00 (estudantes); R$ 12,00. Livre. Sesc Tijuca – Barão de Mesquita, 539. Informações 3238 2100.
Câncer
Leão
Virgem
O mês será marcado por mudanças. As emoções estarão à flor da pele. Evite misturar trabalho com lazer. Na saúde, faça um check-up. Procure cuidar mais de si.
Tendência a viagens de última hora. Esta é a hora ideal para iniciar coisas novas ou até fazer remodelações no seu trabalho. O mês será de grande vitalidade.
Necessidade de arriscarse em novos projetos no campo profissional. Saia da rotina. Aproveite esta fase produtiva, mas procure descansar um pouco mais e liberar o stress.
Libra
Escorpião
Sagitário
Este é um mês propício para terminar com tudo aquilo que não interessa e que faz realmente mal. Não deve ter receio de aceitar grandes desafios. Mês de grande vitalidade.
A energia estará reforçada e sentirá uma necessidade enorme de pôr em prática tudo o que tem em mente. É hora ideal para avançar, só tenha cuidado com os níveis de stress.
Vai se sentir mais jovem e com mais necessidade de iniciar coisas novas. Estará com um espírito mais aventureiro. Esta é uma fase é ideal para iniciar uma dieta.
Sensibilidade e intuição bastantes apuradas. A sua capacidade de comunicar será um ponto chave neste momento. Use-a. Procure relaxar com alguma atividade física.
Vai sentir que está com mais magnetismo, com a sua auto-estima mais elevada e que sobretudo é Capricórnio muito importante na vida de quem o rodeia. Beba mais água.
O mês será propício para o diálogo. Todas as suas dúvidas terão respostas, e estas serão sempre positivas e produtivas. Comece uma atividade física para gastar energia.
Esta será uma fase repleta de recordações e de emoções relacionadas com o passado. O seu lado emocional estará evidente. Procure conviver um pouco mais com os outros.
Sua energia estará revigorada. O magnetismo causará impacto onde passar ou nos novos contatos que fizer. Na saúde durma mais e controle as horas de sono.
Aquário
Peixes
Fase de conhecimento e avaliação interior. Novas amizades vão aparecer nesta fase da sua vida. Estará mais crente na pessoa que é. Cuide mais da sua saúde.
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||Direito Bem Contada
ERA UMA VEZ
UM ALTO BONITO POR NATUREZA... No começo do século passado, bondes já levavam passageiros para apreciar a beleza do lugar GUIDO GOMES Mesmo com todos prédios da Tijuca, de longe ainda é possível ver o Alto da Boa Vista. E ele está lá desde sempre adornando a cidade com toda sua beleza. Certamente o nome foi dado por um dos primeiros visitantes do lugar, que lá de cima podiam maravilhar-se com a bela vista do vale, por um lado, e do mar, pelo outro. A montanha inspirava moradores, nobres e visitantes a passeios. Em um destes, em 1823, nosso intrépido imperador, D. Pedro I, descobriu uma fonte de águas ferruginosas, que nada mais é que uma água rica em ferro, de paladar horrível, que era usada para tratamento de anemias (três vivas à ciência, à tecnologia e também à indústria farmacêutica). O ar saudável e o clima mais ameno que o da cidade atraía muitos abastados para o Alto da Boa Vista, que foi morada de pintores, escritores e estrangeiros que optavam por fixarem residência por lá. Segundo a historiadora Lili Rose, em seu livro “Tijuca de rua em rua”, o escritor José de Alencar escreveu uma carta ao amigo, e também escritor, Machado de Assis, mencionando as belezas naturais do lugar. Ao longo do tempo, muitas casas foram construídas na estrada Velha da Tijuca e na Avenida Edson Passos. Ainda no fim do século XIX, quando a cidade era pequena e desenvolvia-se em torno do Centro, muitas pessoas iam ao Alto da Boa Vista hospedar-se nos hotéis que tinham por lá. Alguns iam a passeio para desfrutar dos encantos naturais e fugir da correria do dia a dia e outros iam tratar-se de doenças. Alguns outros apenas veraneavam, como o Barão de Itamaraty, que fazia uso do Grand Hotel White, na rua Boa Vista, 12, próximo à estrada do açude. O Barão de Mauá também tinha propriedade no bairro, próxima à residência do comerciante Antônio Vizeu, amREVISTADATIJUCA REVISTADATIJUCA 34 34
bas vizinhass a estrada da cascata Taunay, entrada do Parque Nacional da Tijuca. Havia outro belo hotel no Alto da Boa Vista, o Hotel Bennett, cujo espaço foi o primeiro lugar onde o escritor cearense José de Alencar foi tratar sua tuberculose, e, por meio deste tratamento, conheceu seu futuro sogro, Thomas Cochrane, médico e comerciante inglês, fundador da Companhia de Carris de Ferro da Tijuca, primeira empresa de bondes do Brasil, que morava no Alto. Em 1903 foi inaugurado o Largo da Boa Vista, atual praça Antônio Vizeu, com a presença do prefeito Pereira Passos e do então presidente Rodrigues Alves. No início do século passado, bondes já levavam passageiros, ao Alto da Boa Vista. Famílias levavam seus filhos para brincar e caminhar pelas Praça Antônio Vizeu e Floresta da Tijuca. Muitos desses encantos de épocas passadas já se foram, mas a beleza do Alto ainda está lá pronta para ser explorada ou simplesmente admirada. No caminho pela estrada nova da Tijuca, hoje Avenida Edson Passos, foi tomada por mansões, muitos jardins, largos, e monumentos que datam do século XIX, como a lanterna doada pelo Governo japonês em 1857, ao povo do Rio. O natural crescimento da cidade e a expansão para a Barra da Tijuca, aumento do trânsito e ocupação desordenada da região trouxeram insegurança, e muitos optaram por deixar o bairro, mas os encantos ainda estão lá. Acredite, está muito mais tranquilo andar por aqueles caminhos e apesar dos despachos espalhados, ainda dá pra caminhar, andar de bicicleta...
Guido Gomes – É um tijucano do Ceará. Apaixonado por história e pela Tijuca
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