Edição nº 102 abril 2015

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AGRISHOW 2015: Muita expectativa em todo o setor

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A Mastite é processo inflamatório da glândula mamária, caracteriza-se por queda na produção e alterações na composição do leite, resultante da ação de agentes infecciosos.

Dessecação para colheita antecipada da soja

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Uma prática muito usada para antecipar a colheita da soja de 3 dias a uma semana é a dessecação. Os benefícios da dessecação antecipada da cultura da soja vão além da colheita.

IBGE reduz para 31,34 milhões de sacas de café

CAFÉ

FOTO DE CAPA Vista aérea da AGRISHOW, em Ribeirão Preto (SP). Foto publicada no jornal Tribuna de Ribeirão Preto, de autoria de Alfredo Risk.

Palco de tendências, lançamentos e inovação tecnológica para o agronegócio brasileiro, a AGRISHOW – Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação contará com a participação de mais de 800 marcas, que preparam uma série de novidades em máquinas, implementos agrícolas, sistemas de irrigação, acessórios, peças, e outros produtos, com o intuito de elevar a produtividade do cultivo dos produtores rurais e, assim, reduzir custos com insumos, recursos naturais e hora trabalhada do equipamento no campo.

Mastite bovina e o uso de antissépticos

SOJA/MILHO LEITE

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O IBGE divulgou no último dia 10 de abril que a produção de café arábica na safra 2015/16 deve ser de 1.880.548 toneladas ou 31,34 milhões de sacas de 60 kg, queda de 0,6%.

Dia Nacional de Conservação do Solo

SOLOS

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e 27 de abril a 1º de maio, em Ribeirão Preto (SP), acontecerá a 22ª AGRISHOW - Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação. A feira tem se destacado ao longo desses mais de 20 anos pela sua expressiva contribuição para o desenvolvimento tecnológico do segmento, para o aprimoramento de técnicas de manejo no campo, e para a adoção de inovações que auxiliaram a elevar o patamar de produtividade, de produção e de lucratividade da agropecuária nacional. A Revista Attalea Agronegócios participará, mais uma vez do evento, com estande próprio. Na produção leiteira destacamos a importância da utilização de antissépticos no controle da mastite bovina. Já na cadeia produtiva da soja, publicamos artigo que comprovam os benefícios da dessecação para a colheita antecipada da soja e os cuidados com o percevejo na safrinha de milho. Ressaltamos, também, o prazo final para o cumprimento do CAR – Cadastro Ambiental Rural que termina oficialmente no dia 6 de maio de 2015. Há indícios, contudo, de que o Ministério do Meio Ambiente vai ter que prorrogar o prazo. Na cafeicultura publicamos diversos artigos e notícias importantes, com destaque para a nova estimativa de safra do IBGE, bem como a visão do setor frente à quebra de safra e os preços bem abaixo do custo de produção. Para o setor de hortaliças, frutas e flores a expectativa aumenta. A Hortitec 2015 promete trazer novidades importantes. Boa leitura a todos!!!

HORTITEC

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AGRISHOW: Expectativa em meio à instabilidade econômica

DESTAQUE: Agrishow 2015

EDITORIAL

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Infelizmente, no “Dia Nacional da Conservação do Solo”, não temos muito a comemorar. Vários são os problemas de degradação dos solos que atingem amplas áreas agrícolas em todo o País.

HORTITEC 2015: muita expectativa do setor

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A HORTITEC – Exposição de Horticultura, Cultivo Protegido e Culturas Intensivas – chega à 22ª edição plenamente consolidada como a maior e mais importante mostra do setor.


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MÁQUINAS

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Sami Máquinas estará presente na AGRISHOW com lançamento da Agritech, o trator 1185 S de 85cv.

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Sami Máqunas, concessionária de tratores e implementos Yanmar Agritech com lojas em Franca (SP), Ribeirão Preto (SP) e São Sebastião do Paraíso (MG), estará presente na 22ª edição da Agrishow, feira agrícola que ocorre entre os dias 27 de abril e 1º de maio, em Ribeirão Preto, atendendo seus clientes da região e apresentando para eles o lançamento de 2015 da Agritech, o trator modelo 1185 S Turbo, que conta com motorização de 85cv. Segundo o diretor da Sami Máquinas, Sami El Jurdi, o novo modelo desenvolvido pela empresa, especializada na criação de tratores voltados para pequenas e médias propriedades, traz tecnologias que farão a diferença no dia a dia do agricultor. “O modelo 1185 S Turbo é um trator que conta com um motor Turbo de 85 cv, o que proporciona mais torque e operações silenciosas e econômicas, além de possuir o câmbio sincronizado, o sistema de direção hidrostática com grande precisão, o eixo dianteiro mais robusto e com maior eficiência de tração, o sistema de refrigeração de água e óleo integrado e o levantador hidráulico com Sistema Autolift”, explica Sami El Jurdi. O novo trator também abre a possibilidade das Sami Máquinas explorar novos mercados. “Por ser um trator maior e que realiza operações com implementos mais pesados, passamos a atuar agora com culturas que antes não eram possíveis de contar com nossas máquinas, em razão de trabalharmos com máquinas com potências menores”, explica El Jurdi. LINHA COMPLETA - A Agritech também apresentará em seu estande durante a AGRISHOW toda a linha de tratores, microtratores e implementos Yanmar Agritech, com produtos voltados ao pequeno produtor e máquinas com versões personalizadas para cada cultura, como as do café, por exemplo. Terão destaques os modelos 1175 SE (75cv) e 1155 SE (55cv), os mais estreitos das cate-gorias; o 1155 New Cabinado (55cv), o primeiro modelo da categoria a sair com cabine original de fábrica no Brasil e o 1175 S (75cv). Informações: www.samimaquinas.com.br

contatos LUIS GUSTAVO GUIMARÃES CORRÊA Engenheiro Agrônomo - Cássia (MG). “Gostaria de fazer o meu cadastro e passar a receber a Revista Attalea Agronegócios”. PAULO ROBERTO FALAGIGNA Engenheiro Agrônomo - São João da Boa Vista (SP). “Gostaria de fazer o meu cadastro e passar a receber a Revista Attalea Agronegócios”. FERNANDO F. NOGUEIRA Produtor Rural - São João da Boa Vista (SP). “Gostaria de assinar a Revista Attalea Agronegócios”. JOÃO JOSÉ DA SILVA NETO (joaojosesilvaneto5@gmail.com) Estudante em Tecnologia em Agronegócios - Franca (SP). “Gostaria de receber a Revista Attalea Agronegócios”. MAICON FERREIRA (maiconferreira.vga@gmail.com) Analista Comercial no Mercado de Fertilizantes - Varginha (MG). “Gostaria de receber a Revista Attalea Agronegócios”. ÁLVARO MUSSOLIN (alvaro@cati.sp.gov.br) Engenheiro Agrônomo - Ribeirão Preto (SP). “Solicito alteração no meu cadastro para continuar recebendo a Revista Attalea Agronegócios”. EDER GALLET SOARES (edergallet@yahoo.com.br) Estudante em Medicina Veterinária - Franca (SP). “Gostaria de assinar a Revista Attalea Agronegócios”. MARCELO SILVA ARANTES (marcelo.arantes@pivot.com.br) Engenheiro Agrônomo - Goiânia (GO). “Trabalho com projetos e vendas de equipamentos de irrigação, além de ser proprietário rural em Piracanjuba (GO). Gostaria de receber a Revista Attalea Agronegócios”.

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Mร QUINAS

Trator do Ano Brasil 2015: 31 modelos em disputa e somente um ganhador. A resposta virรก na AGRISHOW

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AGRISHOW 2015

Inovação tecnológica poderá ser vista nos estandes das principais empresas do segmento

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alco de tendências, lançamentos e inovação tecnológica para o agronegócio brasileiro, a AGRISHOW – Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação contará com a participação de mais de 800 marcas, que preparam uma série de novidades em máquinas, implementos agrícolas, sistemas de irrigação, acessórios, peças, e outros produtos, com o intuito de elevar a produtividade do cultivo dos produtores rurais e, assim, reduzir custos com insumos, recursos naturais e hora trabalhada do equipamento no campo, aumentando a rentabilidade. A feira, a ser realizada de 27 de abril a 1º de maio, em Ribeirão Preto (SP), tem se destacado ao longo desses mais de 20 anos pela sua expressiva contribuição para o desenvolvimento tecnológico do segmento, para o aprimoramento de técnicas de manejo no campo, e para a adoção de inovações que auxiliaram a elevar o patamar de produtividade, de produção e de lucratividade da agropecuária nacional. O segmento é um dos mais importantes na composição do PIB brasileiro, respondendo por 22,8%, segundo dados do CEPEA - Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada. “A AGRISHOW 2015 é um instrumento nacional para pequenos, médios e grandes produtores rurais, ao mostrar a evolução tecnológica do agronegócio brasileiro, possibilitar o intercâmbio de informação entre eles e, também, garantir o incremento de produtividade por meio da adoção de inovações”, disse Fábio Meirelles, um dos fundadores da AGRISHOW e seu atual presidente e presidente da FAESP – Federação da Agricultura e da Pecuária do Estado de São Paulo, durante coletiva de imprensa. Nesse período, a AGRISHOW passou por momentos de crescimento da economia brasileira bem como por situações mais desafiadoras, como nesta edição. Mas, por sua importância, ela sempre propiciou um ambiente favorável para a realização de negócios durante e depois do evento. “O

FOTO: Divulgação FAESP/SENAR

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Expositores levarão lançamentos para elevar a produtividade e reduzir custos de produção

Dr. Fábio de Salles Meirelles, presidente da FAESP e da AGRISHOW 2015

Brasil nunca precisou tanto do agronegócio como neste momento. E a AGRISHOW tem um papel fundamental nesse sentido, porque os agricultores do Norte ao Sul do país se encontram na feira para trocar informações e ver novidades. E as empresas do segmento represam seus lançamentos para serem vistos lá”, afirmou Maurílio Biagi, presidente de honra da AGRISHOW 2015. De acordo com os organizadores da exposição, essas características da feira – vitrine de inovações tecnológicas e condições favoráveis para negócios – ressaltam o protagonismo da AGRISHOW 2015. Assim, tradicionalmente, são esperadas as principais lideranças do segmento bem como a participação de importantes representantes das três esferas do governo – municipal, estadual e federal. Em termos de visitação, a expectativa é receber, em uma área de 440 mil m², cerca de 160.000 visitantes do Brasil e do exterior, um público qualificado e interessado em conhecer tecnologias para o campo e, também, em se atualizar em termos das novidades anunciadas para melhorar as condições de financiamentos e investimentos.

VISITE NOSSO ESTANDE

A equipe da Revista Attalea Agronegócios participará mais uma vez da AGRISHOW com estande próprio. Convidamos você: produtor rural, empresário e profissional do setor de agronegócios a visitarem o nosso estande. PAVILHÃO COBERTO OESTE - ESTANDE F045


AGRICULTURA ORGÂNICA

Fert Bokashi® promove redução de mais de 80% na população de nematóides

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FOTOS: Editora Attalea

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Segundo Carlos Pastoriza, presidente da ABIMAQ – Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos, a entidade, em conjunto com outras associações do setor, como a Faesp, enviaram uma carta aos ministérios da Fazenda e da Agricultura solicitando que, até o final desta safra, não haja alterações nas condições, volumes de financiamento e taxas de juros do Programa Moderfrota – Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras. A feira terá lançamentos nas áreas de: agricultura de precisão, agricultura familiar, armazenagem (silos e armazéns), corretivos, fertilizantes, defensivos, equipamentos de segurança (EPI), equipamentos de irrigação, ferramentas, implementos e máquinas agrícolas, máquinas para construção, peças, autopeças, pneus, pecuária, produção de biodiesel, sacarias e embalagens, seguros, sementes, software e hardware, telas, arames, cercas, válvulas, bombas, motores e veículos (pick ups, caminhões e utilitários, além de aviões agrícolas). A AGRISHOW 2015 terá muitas outras atrações, como o Núcleo de Tecnologia e Demonstração de Campo, no qual o visitante terá a oportunidade de conhecer, na prática, as mais inovadoras experiências tecnológicas direcionadas à Agricultura de Precisão, que trazem uma série de benefícios como produtividade, economia de recursos, entre outros. A feira sediará a etapa final do Prêmio Trator do Ano 2015, onde será anunciado o modelo vencedor bem como

BETTA HIDROTURBINAS APRESENTARÁ LINHA COMPLETA DE TURBO RODAS No estande da Betta Hidroturbinas, os visitantes poderão conferir a linha completa de Turbo Rodas, cuja capacidade de bombeamento pode chegar até 155 mil litros/dia. O equipamento não utiliza energia elétrica ou combustível, sendo movido apenas a água. Todos os modelos possuem bombeamento de água com fluxo contínuo. A manutenção é simples e de baixo custo, pois o produto não utiliza gaxeta, sendo necessário trocar o óleo da bomba a cada dois meses e trocar o reparo do pistão a cada 6 meses ininterruptos de uso, dependendo da qualidade da água bombeada.

NAANDANJAIN MOSTRARÁ AS MAIS NOVAS TECNOLOGIAS PARA IRRIGAÇÃO A NaanDanJain estará expondo na AGRISHOW 2015 as mais novas tecnologias de seus produtos e as novidades em soluções para irrigação, oferecendo sempre um nível elevado de precisão, consistência e confiabilidade. Dentre a gama de tecnologias de irrigação e linhas de produto, a empresa inclui tubogotejadores, microaspersores, aspersores, acessórios e projetos completos, além de oferecer soluções personalizadas em sistemas de irrigação para os clientes.

PINHALENSE APRESENTARÁ A NOVA COLHEITADEIRA AUTOPROPELIDA P1000 A Pinhalense levará para a AGRISHOW 2015 um novo produto, a colheitadeira autopropelida P1000, que pode operar em terrenos com até 30% de declive. O equipamento possui maior eficiência energética e menor área de manobras, dispensa o uso de transmissão mecânica e oferece mais conforto para o operador, inclusive possibilitando a visualização em operação da parte traseira. Ele ainda realiza a colheita em lavouras com diferentes arquiteturas e tem como característica a facilidade de regulagem e manutenção.

NOVA PLANTADEIRA CASE IH GARANTE CAPACIDADE PRODUTIVA 25% SUPERIOR A Case IH apresenta, durante a AGRISHOW 2015, sua mais nova linha de plantadeiras com tanque central de sementes, a Easy Riser, com seis opções: 11, 13, 15, 17, 19 e 24 linhas. Focada em alto rendimento operacional, ou seja, plantio com menor número de paradas para reabastecimento, o equipamento possui um sistema exclusivo de reservatórios com capacidade aproximada de até 2,1 toneladas para sementes e 6 toneladas para adubo. Os tanques de armazenagem suportam um big-bag completo de sementes por tanque, o que potencializa a logística e o planejamento da safra. A nova Easy Riser de 24 linhas chega a fazer até 36 ha de plantio de soja por carga.


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os primeiros lugares nas quatro categorias de produto – até 80 cv, de 80 a 130 cv, de 130 a 200 cv e acima de 200 cv – e na categoria Especiais. Os finalistas foram definidos por meio da somatória de notas obtidas na votação popular (20%) e da mídia especializada no setor de máquinas agrícolas (10%) e da análise do júri técnico (70%), formado por seis especialistas da área de mecanização agrícola, de quatro diferentes regiões do Brasil. O vencedor do Prêmio Trator do Ano será aquele que, entre os finalistas, obtiver a melhor avaliação do júri técnico. Já o trator que receber a maior votação da mídia especializada receberá o título de “Design do Ano”. VISITANTES - Um dos principais objetivos dos organizadores da AGRISHOW 2015 é proporcionar a melhor experiência para o visitante. Assim, há um processo contínuo de aprimoramento da infraestrutura do evento, como o programa de melhorias do calçamento, colocação de bancos e ampliação das áreas com descanso dentro do recinto da feira, e a ampliação e modernização das praças de alimentação, com Food Trucks. Outra novidade refere-se à área tecnológica: o aplicativo da AGRISHOW 2015 está disponível para dispositivos móveis com sistema Android e iOS nas lojas Apple Store e Google Play. A instalação é rápida, fácil e gratuita e possibilita que o visitante obtenha informações atualizadas da maior feira de tecnologia agrícola do país. Um dos principais benefícios em instalar o aplicativo é poder realizar um agendamento prévio em quais estandes que o produtor rural pretende conhecer, traçando rotas facilitando a sua visita à feira.

COLHEDORAS DE AMENDOIM DA KBM COM TECNOLOGIA NORTE AMERICANA A KBM Equipamentos Agrícolas apresentará na Agrishow 2015 um portfolio composto de 25 produtos, que atendem as lavouras de amendoim, algodão, café e cana-de-açúcar, além de milho, soja, avicultura e preparo de solo. Um dos destaques será as colhedoras de amendoim 4 e 6 linhas (KBM3384BR e KBM3386BR), que realiza a colheita do amendoim com baixíssimo índice de perdas preservando a qualidade do produto final, permite médias de grãos de roça abaixo de 2%. Equipamento com baixa manutenção, que permite o máximo de aproveitamento do tempo disponível de colheita, as manobras podem ser feitas sem desligar o eixo de tomada de força do trator.

COLHEITADEIRA CF-950 DA COLHEFORT ECONOMIA NA COLHEITA DE SEMENTES Na Agrishow 2015, a Colhefort terá dois destaques: a colheitadeira CF -950, que oferece maior resistência e economia na colheita de sementes de pastagem e a recolhedora CF-2000, voltada para o mercado cafeicultor e que pode ser considerada uma especialista no recolhimento eficiente de grãos no chão. Também poderão ser vistos o enleirador CF600 e a ceifadeira CF-280, equipamentos reconhecidos por sua alta resistência, e os peneirões CF-550 e CF-510 que contribuem com o aumento da produtividade no campo, proporcionando agilidade na seleção e padronização de sementes.

SOLUÇÕES DA STA MÁQUINAS ALIAM MECANIZAÇÃO E AUMENTO NA PRODUÇÃO

A STA Máquinas, empresa importadora de maquinário e implementos agrícolas, irá apresentar na Agrishow 2015 uma variedade de soluções para mecanização de diversos cultivos, como milho, cenoura, cebola, tomate, tabaco, grãos e para horticultura e fruticultura. Os destaques são as esteiras de borrachas para colhedeiras e tratores, transplantadeiras e aplicadores de mudas, máquinas de processamento de tubérculos, além de uma solução completa para produtores de batatas.

COLHEDORA DE CAFÉ ‘SAFRA ZERO’ SERÁ LANÇADA PELA TDI MÁQUINAS AGRÍCOLAS

A colhedora de café safra zero, que faz em um só processo a poda, o decote e a colheita de café, será o lançamento da TDI Máquinas Agrícolas na Agrishow 2015. A empresa ainda levará para a feira a mini colhedora para cafés novos e adensados, e sua linha de colhedoras tracionadas e automotrizes, que têm como características durabilidade, garantia e ótimo custo-benefício. O objetivo da participação da TDI na feira é que ela proporciona muita visibilidade tanto no Brasil como no exterior.


LEITE

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EVENTO

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o último dia 24 de março, na sede da Tracan Case IH, no Distrito Industrial “Antônio Della Torre”, em Franca (SP) aconteceu mais um “Dia de Bons Negócios”. O evento reuniu toda a diretoria da empresa, com participação do Dr. Fábio Moreira da Silva, professor do Departamento de Engenharia da UFLA - Universidade Federal de Lavras (MG); e de Simone Goldman B. Ribeiro, consultora de Agronegócios do Escritório Regional do Sebrae em Franca (SP). Segundo o professor Fábio, em estudos realizados pela UFLA com a colheitadeira Coffe 200Case IH, o diferencial foi a qualidade do café colhido, visto que a máquina colhe seletivamente apenas os grãos maduros, com o mínimo dano aos frutos e com um maior volume colhido em relação à colheita mecanizada plena. A consultora Simone Goldman apresentou aos cafeicultores presentes a importância e os benefícios da Indicação Geográfica do Café da Alta Mogiana.

A consultora Simone Goldman Ribeiro, do Sebrae.

FOTOS: Editora Attalea

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‘Dia de Bons Negócios’ da Tracan reúne cafeicultores em Franca (SP)

Dario Sodré, Artur Eduardo Monassi e Célio Godói, diretores da Tracan.

O prof. Dr. Fábio Moreira da Silva, comenta os benefícios da mecanização.

O evento contou com a participação de muitos cafeicultores da região de Franca (SP) interessados nos benefícios da colheita seletiva.


GRテグS

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Luiz Florêncio Franco Margatho1, Sílvia Cristina Barboza Pedrini2 e Vera Cláudia Magalhães Curci3

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mastite, ou processo inflamatório da glândula mamária, caracteriza-se por queda na produção e alterações na composição do leite. Normalmente, resulta da ação de agentes infecciosos, podendo estar envolvidas diferentes espécies de fungos, vírus, mico plasmas e, principalmente, bactérias. Epidemiologicamente, a mastite bovina divide-se em mastite contagiosa e ambiental. A mastite contagiosa é definida pela forma de transmissão de animal para animal, possui como reservatório o próprio animal e sua localização é intramamária. A mastite ambiental é ocasionada por microrganismos, os coliformes e as estreptoccias, presentes no ambiente, e mais frequente nas épocas quente e chuvoso. De acordo com a forma de manifestação da infecção, as mastites podem ser caracterizadas como clínicas ou subclínicas: Mastite clínica: é visível e fácil de ser percebida, pois o úbere fica avermelhado, aumentado de volume, quente e o leite com pus, grumos e às vezes sangue. Para melhor visualização deste tipo de mastite deve-se executar o teste da caneca de fundo preto em todas as ordenhas. Mastite subclínica: não é visível e difícil de ser percebida, pois há ausência de sintomas claros na vaca, a não ser, pequena redução na produção de leite. Então o diagnóstico

AUTORES 1 - Med. Veterinário, Dr., PqC do PRDTA Centro Oeste/APTA. Email: margatho@apta.sp.gov.br 2 - Med. Veterinária, Dra., Instituto Lauro Souza Lima/Bauru. Email: silviapedrini@yahoo.com.br 3 - Med. Veterinária, Dra., PqC da UPD Araçatuba do PRDTA Extremo Oeste/APTA. Email: vlmcurci@apta.sp.gov.br

FOTO: APTA-SP

Mastite bovina e o uso de antissépticos

é feito pelos testes de contagem de células somáticas no leite (CCS) e/ou Califórnia Mastite Teste (CMT). A subclínica também é a forma mais prevalente da doença e a causadora da maioria das perdas econômicas, que variam de 5 a 25% da produção leiteira. As práticas de manejo de ordenha em uma fazenda com produção leiteira devem ser orientadas para o controle da mastite. Para isto é essencial que se faça um planejamento completo, com medidas importantes, como o tratamento das vacas no período seco, tratamento dos casos clínicos, manejo adequado e bom funcionamento do sistema de ordenha, além é claro, da imersão dos tetos, que é indispensável (MARGATHO et al., 1998 ). Uma das principais formas de controlar a contaminação e evitar a mastite é através da limpeza e antissepsia dos tetos. Um rodízio entre as substâncias ativas é recomendável para que não se crie germes resistentes a determinado antisséptico. Para manter um úbere saudável, deve-se tomar o máximo cuidado no pré e pós-dipping, que é mergulhar os tetos, cobrindo-os por inteiro acima da base do úbere, em até 90% da superfície do teto, com soluções antissépticas adequadas. Esta é uma das práticas mais importantes e indispensáveis para redução da mastite contagiosa e podem reduzir a mastite subclínica em 50 % a 90%. O pré-dipping (Figura 1) tem como finalidade prevenir o aparecimento de novos casos de mastite, principalmente a ambiental. As vacas já entram na sala de ordenha com as bactérias ambientais presente na pele do teto, e, ao se iniciar a ordenha, com a retirada do tampão de queratina, o canal do teto é aberto, o que possibilita a entrada de bactérias para o interior do úbere. Ao se realizar o dipping, há uma diminuição de contaminantes local, e uma queda na taxa de infecção da glândula mamária no rebanho. Já o pós-dipping (Figura 2) previne a mastite contagiosa. As bactérias contagiosas localizadas no interior do úbere e na pele do teto são veiculadas de vaca a vaca via teteiras, mãos de ordenhadores e outros utensílios. O pós-


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Fig. 1 - Pré-dipping por meio de banhos de imersão dos tetos em solução desinfetante.

Fig. 2 - Pós-dipping dos tetos por meio de banhos de imersão em solução desinfetante.

dipping é aplicado imediatamente após a ordenha para tentar impedir que estas bactérias contagiosas penetrem no úbere no momento em que o esfíncter do teto está aberto e exposto à entrada de microrganismos, permanecendo por aproximadamente uma hora. Para serem efetivos, tanto o pré como o pós-dipping, deve-se, primeiramente, escolher um produto antisséptico de comprovada eficiência. O produto deve ser aplicado somente após a limpeza dos tetos, caso excessivamente sujos precisam ser lavados antes do pré-dipping, para uma boa ação germicida. É necessário deixar que o produto fique no teto pelo menos 30 segundos, sem deixar secar e tirar o produto do teto com papel toalha (Figura 3). Há uma redução do número de bactérias na pele dos tetos em mais de 90% depois de mamada do bezerro, se os tetos forem cuidadosamente higienizados. Infelizmente, na maioria das propriedades, agentes antissépticos são escolhidos por hábito de uso, facilidade de aplicação ou preço. Entretanto, devem-se avaliar as praticidades e as limitações de cada antisséptico, dado que seu uso inadequado ou em baixas concentrações de químicos antimicrobianos levam a uma seleção natural de cepas resistentes em uma população microbiana. O uso adequado de antissépticos tem como objetivo reduzir suficientemente a população de microrganismos patogênicos e evitar a potencial disseminação de enfermidades. Como não existe um agente antisséptico ideal, alguns

fatores devem ser considerados na escolha dos mais apropriados, tais como possuir amplo espectro de ação; ser atóxico e não irritante a pele humana e animal; e ter custo acessível. Estudos relacionados ao desempenho e a ação de alguns antissépticos, frente a microrganismos patogênicos de mastites contagiosa e ambiental, em bovinos, já foram registrados (PEDRINE & MARGATHO, 2003). A solução de hipoclorito de sódio a 2% mostrou excelente eficácia contra todos os micro-organismos testados, no entanto foi extremamente irritante para a pele do animal. O hipoclorito de sódio a 0,5%, na concentração recomendada para rotina, apresentou efeito antimicrobiano bastante reduzido. Além disto, o cloro apresenta um elevado grau de afinidade por material orgânico como fezes, sangue, pus, o que pode neutralizar a sua ação microbicida na prática rotineira do pré e pós-dipping. O iodo possui uma melhor atividade in vitro tanto a 2% quanto a 1% frente a microrganismos patogênicos isolados de casos de mastite bovina. Estudos relatam que soluções de iodo devem ser utilizadas em banhos de tetos em baixas concentrações (0,5% ou menos), desde que soluções a 1% de iodo têm resultado em aumento no teor de iodo no leite. Portanto recomenda-se a utilização do iodo a 0,5% a fim de se evitar resíduo no leite, embora, nessa concentração, não apresente o melhor desempenho in vitro contra todos os microorganismos testados. O clorexedina apresentou boa efetividade contra bactérias gram positivas e negativas, tanto a 1% quanto a

Quadro 1 - Principais princípios ativos de antissépticos, de uso no pré e pós dipping, registrados no MAPA, disponíveis no mercado. PRINCÍPIO ATIVO

MECANISMO DE AÇÃO

Compostos Iodados

O iodo livre combinado de forma irreversível com as proteínas das células microbianas.

Cloro

Oxida enzimas e altera a permeabilidade da parede celular.

Compostos Quaternários de Amônio Clorexidina

Na maioria das vezes agem inibindo enzimas dos microrganismos. Altera a permeabilidade da membrana celular dos microrganismos e a função osmótica

VANTAGENS DE USO Grande eficiência germicida, menos irritante e corrosivo que o cloro, Na presença de matéria orgânica sua atividade é afetada em menor escala. Baixo custo, Efetivo contra grande número de espécies e age contra esporos de bactérias. Inodoros, incolores, não corrosivos,não irritantes; Estáveis na presença de matéria orgânica e ampla faixa de pH. Baixo custo, Efetivos contra a maioria das bactérias, vírus e esporos, Não é tóxica.

DESVANTAGENS DO USO Menos eficiente que o cloro contra os esporos de bactérias e bacteriófagos, Pode causar sabor em produtos lácteos, Desco-loração de equipamentos. Corrosivos, Irritações da pele teto e Orde-nhador, Diminui a atividade com o tempo de armazenamento e na presença de matéria orgânica. Pouco efetivo contra bactérias Gram negativas Podem inibir culturas lácteas. Corrosivos, Irritações na pele e mucosas, São afetados pela matéria orgânica, Perdem atividade com o pH.


REFERÊNCIAS MARGATHO, L.F.F.; HIPOLITO, M.; KANETO, C.N. Métodos de prevenção, controle e tratamento da mastite bo-

LEITE FOTO: APTA-SP

0,5%, o que torna o produto economicamente viável quando se analisa a relação custo x benefício, pois, além de ser um agente antisséptico de amplo espectro de ação e não irritante teve os melhores resultados (PEDRINE & MARGATHO, 2003). Sua ação foi maior quanto maior a concentração, mas as soluções a 2% e a 1% não se distinguiram daquela a 0,5%. Foi significativamente superior à ação do hipoclorito de sódio a 0,5% e os outros antissépticos. O clorexidina obteve papel de destaque, tendo demonstrado efetivo contra microrganismos causadores de mastites contagiosos e ambientais, podendo ser utilizado na concentração de 0,5%. MEDEIROS et al. ( 2009 ) recomendam a avaliação periódica dos desinfetantes utilizados nas propriedades leiteiras por regiões, devido a variações no perfil de sensibilidade e resistência da mastite bovina causada por Staphylococcus spp. Na escolha do antisséptico, fatores como natureza, concentração, potência e propriedades físico-químicas são de fundamental importância para escolher o melhor agente. Há necessidade de lembrar que não existe antisséptico ideal que seja barato, inodoro, não corrosivo, não tóxico e eficaz contra todos os microrganismos indesejáveis capazes de resolver todos os problemas de contaminação. No quadro 1 Apresentamos algumas propriedades dos principais agentes antissépticos, focando suas aplicações práticas, vantagens e desvantagens na sanidade animal, para eleger o melhor agente sanitizante.

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Fig. 3 - Secagem dos tetos com papel toalha

vina. Bol.Téc. Inst. Biol., São Paulo, n.9, p.5-35, 1998. MEDEIROS, E.S.; SANTOS, M.V.; PINHEIRO JÚNIOR, J.W.; FARIA E.B.; WANDERLEY, G.G.; TELES J.A.A.; MOTA, E.A. Avaliação in vitro da eficácia de desinfetantes comerciais utilizados no pré e pós-dipping frente amostras de Staphylococcus spp. Isoladas de mastite bovina. Pesq. Vet. Bras. 29(1): 71-75, 2009. PEDRINE, S; MARGATHO, L.F.F. Sensibilidade de microrganismos patogênicos isolados de casos de mastite clínica em bovinos frente a diferentes tipos de desinfetantes. Arq. Inst. Biol., São Paulo, v.70, n.4, p.391-395, out./dez., 2003.


GRÃOS

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Erik Lopes Gomes1

A

produção de soja precoce seguida por milho safrinha já é uma realidade em vários estados brasileiros. Esta combinação tem contribuído economicamente para a viabilidade das fazendas que adotaram este sistema. Atualmente, uma prática muito usada para antecipar a colheita da soja em 3 dias a até uma semana é a dessecação. Os benefícios da dessecação antecipada da cultura da soja vão além da colheita, possibilitando uniformidade de maturação, plantio do milho safrinha com redução de plantas daninhas, maior aproveitamento da umidade do solo e chuvas, dessecação de plantas invasoras adultas e eliminação de plantas daninhas jovens, transporte de grãos com menos impurezas, entre outros. Para uma dessecação eficiente é preciso monitorar a lavoura e verificar o momento em que a soja completa a sua maturação fisiológica. Um estudo da Fundação MT reco-

Percevejo Thyanta perditor

FOTOS: DuPont Pioneer

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Dessecação para colheita antecipada da soja e cuidados com percevejos na safrinha

Estádio R7.3 (76% das folhas amareladas)

menda que o dessecante seja aplicado no estádio R7.3, quando 76% das folhas estão amarelas, e alerta que a dessecação fora do período certo pode comprometer a produtividade em até 12 sacos por hectare. Para que a redução de plantas daninhas aconteça após a dessecação, a escolha do herbicida deve ser baseada nas plantas daninhas predominantes na área. Herbicidas como o Paraquat (indicado para predominância de gramíneas) e Diquat (indicado para a predominância de ervas daninhas de folhas largas) o processo de absorção é completado em 30 minutos, por isso, na maioria das vezes, chuvas após o período de aplicação, não interferem no funcionamento do produto. Além de plantas daninhas, outra preocupação que deve chamar a atenção dos agricultores são os percevejos. Os percevejos causam danos expressivos na cultura da soja e com o seu crescente aumento nos últimos anos, têm causado danos também em áreas com plantio de milho safrinha. Embo-

Percevejo Dichelops furcatus

AUTOR 1 - Gerente de Agronomia da DuPont Pioneer.

Percevejo Acrosternum sp.


FENICAFÉ 2015

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GRÃOS

FOTOS: DuPont Pioneer

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ra todas as espécies de percevejo requeiram um monitoramento constante, as espécies que aparecem no final do ciclo da soja, como o percevejo barriga-verde (Dichelops furcatus e Dichelops melacanthus) merece atenção especial. Devido a sua relevância, as operações de manejo no final da cultura devem contemplar o controle dos percevejos, reduzindo as populações que poderiam, posteriormente, comprometer o desenvolvimento do milho, causando desde o murchamento das folhas centrais (coração morto) até a seca total da planta. Além disso, os danos severos de percevejo podem ser confundidos com danos causados por lagartas mastigadoras. A alimentação do percevejo pode, além de tudo, promover alterações fisiológicas na planta como o enrosetamento de gramíneas e furos simétricos com bordas amareladas no limbo foliar do milho. Pesquisas realizadas pela DuPont Pioneer revelam que o ataque de percevejo barriga-verde (Dichelops furcatus), além de reduzir o número de plantas e causar deformações, altera o padrão de florescimento de alguns híbridos, levando a falta de sincronia na emissão dos pendões e espigas. O manejo desta praga requer ações com base em monitoramento e nível de controle. O número de amostragem por tamanho de área deve acontecer da seguinte forma: Para preparar iscas para um talhão meça 500 ml (300 g) de grãos de soja, coloque em um recipiente com água limpa e deixe por 10 a 15 minutos. Feito isto, escorra a água e adi-

Dano leve do percevejo em milho.

Dano moderado do percevejo em milho.

cione meia colher (de café) de sal de cozinha e misture – não coloque o sal na água, pois isto exige uma maior quantidade –, meça novamente o volume dos grãos já umedecidos e divida esse volume em 10 iscas. Nas tabelas acima veja qual ação de manejo com base no monitoramento com iscas deve ser feita para o plantio de milho safrinha com a tecnologia Bt. Os percevejos devem ser considerados pragas-chave nas culturas de sucessão a soja. A melhoria do manejo desta praga depende de um monitoramento sistemático da população no agroecossistema e do aprofundamento de estudos relacionados à praga e sua interação com a planta. Desta forma, mesmo após a aplicação de inseticida e fungicida na soja, é importante que haja monitoramento próximo a fase de dessecação e, assim, se for necessário, fazer uma nova pulverização contra percevejos para diminuir a população deste inseto antes do plantio do milho safrinha.

Dano severo do percevejo em milho.


MEIO AMBIENTE

Ministério do Meio Ambiente pode prorrogar prazo para o cadastramento no CAR

O

prazo para fazer o CAR – Cadastro Ambiental Rural termina oficialmente no dia 6 de maio de 2015, mas os números mostram que o Ministério do Meio Ambiente vai ter que prorrogar o prazo. Os Estados do Rio Grande do Sul e do Paraná já enviaram pedido ao Governo Federal para estender o prazo, que pode ser em até um ano, segundo a lei que regulamentou o CAR. Mas a decisão é política e tomada em conjunto entre os Ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente. De acordo com Raimundo Deusdará, diretor do SFB – Serviço Florestal Brasileiro, o anúncio deve ser feizo a partir da segunda quinzena de abril. “Há necessidade, ainda, de um levantamento oficial nos Estados. O balanço vai estabelecer critérios técnicos do comportamento do povoamento da base e do direcionamento de possíveis tratamento dos desiguais de forma desigual. Vamos fazer um balanço vendo caso a caso, vendo esse comportamento quantitativo e qualitativo e subsidiar uma decisão política pela Ministra do Meio Ambiente”, afirmou Deusdará. Pelo último balanço do Ministério do Meio Ambiente, divulgado em 30 de março último, 39% da área (150 milhões de hectares) e 14% dos imóveis previstos estão cadastrados. A informação confirma o que a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, já havia anunciado no começo de março:

“o período de prorrogação poderá ser diferente em cada Estado, conforme o empenho deles em fazer o CAR funcionar”. Para a CNA – Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil, foi previsto em lei a possível prorrogação por mais um ano porque já se sabia que era impossível fazer o cadastro de todos os imóveis no curto prazo de um ano. A CNA é contra a possibilidade do governo prorrogar a inscrição no CAR por um período inferior a 12 meses. Rodrigo Justus reforça, ainda, que é importante que o produtor rural faça o cadastro o quanto antes e não deixe para a última hora. “Se não tiver conhecimento para fazer, procure um profissional. Esse cadastro não é feito anualmente, não é uma despesa considerável. É simples, é automatizado para quem sabe operar as ferramentas necessárias para fazer o cadastro”, informa Brito. Mesmo assim, muitos produtores rurais têm receio de errar o cadastro e estão contratando serviços especializados. Isto porque o CAR exige que o agricultor conheça a fundo a sua propriedade. Não basta, por exemplo, saber apenas se tem morro ou não na sua área. É preciso saber a declividade, quantas nascentes tem na terra e a largura dos rios. É preciso informar como a produção está dividida, se tem gado, agricultura ou alguma floresta. (FONTE: Alterado de G1 e Canal Rural)

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MEIO AMBIENTE

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Confira as principais informações sobre o preenchimento do CAR 1. - QUEM PRECISA FAZER O CAR? O Cadastro Ambiental Rural é obrigatório para todos os imóveis rurais (propriedades ou posses), públicos ou privados, áreas indígenas, comunidades quilombolas e tradicionais, além dos assentamentos de reforma agrária. 2. - QUEM DEVE PREENCHER O CADASTRO? O proprietário ou o posseiro do imóvel rural ou o seu representante legal. 3. - O PEQUENO PRODUTOR PRECISA FAZER O CAR? Todos os pequenos produtores devem fazer o cadastro. De acordo com o Decreto Federal 7.830 de 17 de outubro de 2012, em seu Artigo 8º, deve ser de graça e a responsabilidade é do governo. No Estado de São Paulo, as Casas de Agriculturas são as responsáveis por auxiliar os pequenos produtores a preencherem o CAR. Em Minas Gerais, a responsabilidade é da SEMAD – Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, sob a coordenação executiva do IEF – Instituto Estadual de Florestas. 4. - O QUE ACONTECE COM QUEM FIZER O CAR? O proprietário ou posseiro rural que não efetuar o cadastro perderá os benefícios previstos na Lei Federal nº 12.651, de 25 de maio de 2012, que instituiu o Novo Código Florestal Brasileiro como, por exemplo, a obtenção de créditos e financiamentos agrícolas. 5. - PRECISO CONTRATAR UM PROFISSIONAL PARA FAZER O CAR? Não é obrigatório. O proprietário ou o posseiro do imóvel rural pode fazer isso sozinho, buscando ajuda caso

necessário em sindicatos rurais, casas de agricultura, ematers, etc. Caso prefira, há a possibilidade de contratação de empresas ou profissionais especializados, garantindo a confiabilidade do preenchimento. 6. - QUE INFORMAÇÕES DEVEM SER PREENCHIDAS? Identificação do proprietário ou posseiro; documentos que comprovem a posse da propriedade ou da posse rural; identificação do imóvel rural (CCIR); imposto territorial rural (ITR); delimitação do perímetro do imóvel rural, das áreas de remanescentes de vegetação nativa, da RL - Reserva Legal e das APPs – Áreas de Preservação Permanente, além das áreas de uso restrito e áreas consolidadas. 7. - COMO FAZER O PREENCHIMENTO DO CAR? O cadastro pode ser preenchido no site www.car.gov. br ou nos sites dos órgãos estaduais que utilizam sistema próprio integrado ao SICAR – Sistema Nacional de Cadastro Ambiental. O poder público poderá oferecer suporte técnico para a inscrição dos imóveis de até 4 módulos fiscais (varia conforme legislação de cada município). Já para os assentados da reforma agrária, esse suporte deve ser fornecido pelo INCRA – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária. 8. - QUANDO O IMÓVEL SERÁ CONSIDERADO REGULARIZADO AMBIENTALMENTE? O CAR é o primeiro passo para a regularização ambiental do imóvel rural. Se o órgão ambiental estadual competente constatar que o imóvel não apresenta passivo ambiental referente à Reserva Legal, Área de Preservação Permanente e Área de Uso Restrito, ele estará regularizado. Se houver passivo ambiental, o proprietário deverá aderir ao PRA – Programa de Regularização Ambiental. (FONTE: Alterado de G1 e Canal Rural)


CAFÉ

Cafeicultor pode usar inseticida no combate à broca do café

O

s cafeicultores de Minas Gerais poderão dar continuidade ao uso do princípio ativo Ciantraniliprole, inseticida que auxilia no combate à brocado-café (Hypothenemus hampei). A permissão foi concedida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que prorrogou por mais um ano a portaria que autoriza a importação, em caráter emergencial e temporária, à DuPont para comercialização de produto. A liberação do produto ocorre em um período importante para evitar novas perdas na cafeicultura, já que a safra foi prejudicada pela estiagem registrada em novembro e início de 2015. A autorização trouxe alívio aos produtores, que após a proibição do Endossulfan ficaram sem opções para o combate à praga. Em 2014, o uso do produto também foi autorizado por portaria, cuja validade venceu em 13 de março de 2015. Agora, o desafio dos representantes do setor é fazer com que a medida se torne definitiva e que mais empresas possam comercializar o produto. De acordo com o diretor da FAEMG - Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais e presidente das comissões de Cafeicultura da entidade e da CNA - Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, Breno Mesquita, a prorrogação da portaria, que permite o uso do Ciantraniliprole, é fundamental para evitar mais perdas na cafeicultura. “Os cafeicultores do Estado, principal produtor de café, não podem ficar sem opções para o combate da broca-docafé, que se não controlada corretamente pode ser responsável por grandes perdas na colheita e na qualidade do grão. A prorrogação por mais um ano atende à demanda do setor”, avalia. Ainda segundo Mesquita, o processo para que o princípio ativo possa ser registrado e comercializado no país é burocrático, o que complica a situação dos cafeicultores. “A burocracia e a necessidade de passar por avaliações em vários órgãos, como na Anvisa, por exemplo, dificulta todo trâmite. Nosso desejo é que a situação seja resolvida e que outras empresas, além da DuPont, possam disponibilizar o produto no mercado brasileiro. Essa diversificação é importante para estimular a concorrência entre as empresas e para que o produtor tenha mais opções, podendo escolher aquele que lho ofereça melhor custo-benefício”, explica. SAFRA - Em relação à safra, na avaliação de Mesquita, as chuvas registradas em março tiveram papel fundamental na produção cafeeira de Minas Gerais, minimizando as perdas provocadas pela estiagem. Apesar da maior regularidade das precipitações, a atual safra mineira ainda refletirá os impactos da escassez de água registrada entre novembro de 2014 e janeiro deste ano. Também são esperados reflexos negativos em 2016, já que o crescimento dos cafezais foi reduzido. “As chuvas observadas em março paralisaram as perdas que estavam ocorrendo em função da escassez de água. Mas, mesmo assim, teremos problemas com a estiagem, o que já foi prejudicado não será recuperado. Não sabemos em qual escala, mas a safra de 2016 também terá problemas, isso

porque a seca fez com que o crescimento do cafezal ficasse abaixo do esperado para o período”, oberva Mesquita. De acordo com o levantamento da Fundação Procafé, Minas irá colher na safra 2015 entre 21,5 e 22,9 milhões de sacas de 60 quilos, volume que varia entre uma queda de 5% e um aumento de apenas 1,35%. No Estado, a maior queda na produção foi verificada nas regiões do Jequitinhonha e Norte, onde a produção ficará ate 35,06% menor. No Sul de Minas e Oeste, a expectativa é de uma redução de até 9,29%, com volume mínimo de 9,8 milhões de sacas. “Se estivéssemos em um ano de produção normal, sem interferências climáticas, os preços pagos pelo café estariam em patamares remunerativos. Porém, desde o ano passado estamos enfrentando perdas na produtividade, fazendo com que os custos fiquem mais altos e os preços insuficientes para cobrir os mesmos e garantir uma margem de lucro. Além disso, no caso do produtor que utiliza insumos importados, a desvalorização do real frente ao dólar, comprometeu ainda mais a renda devido aos custos mais elevados. Entretanto, para os que exportam a produção, a situação é um pouco mais favorável”, analisa Mesquita. (FONTE: Jornal do Comércio e CCCMG)

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CAFÉ

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Assembleia Geral Ordinária (AGO) da Cocapec, referente ao exercício de 2014, aconteceu no dia 26, nas dependências da matriz, localizada em Franca (SP), com a presença de mais de 250 cooperados. Novamente a cooperativa fecha com saldo positivo e tem suas contas aprovadas por unanimidade pelo plenário. Tudo foi devidamente analisado pelos auditores independentes e pelo conselho fiscal. Dentre a destinação das sobras ficou aprovado mais de 60 % para a ampliação do núcleo de Ibiraci (MG). Para isso já foi adquirido um terreno anexo a unidade. A expansão acontecerá em breve na loja e no armazém de insumos. No futuro, conforme a demanda, será possível utilizar a área para construção de novos armazéns de café. Desta forma, a cooperativa valoriza esta importante região cafeeira. Os 40% restantes serão divididos igualmente para o aumento do capital social e créditos nas lojas, proporcionalmente a movimentação de cada cooperado. A AGO definiu ainda os novos membros (titulares e suplentes) do conselho fiscal, são eles:Titulares - Zita Cintra Toledo - João Francisco de Souza - Helio Hiroshi Toyoshima Suplentes - Marcos Antônio Tavares - André Luis Cintra - Renato Antônio Cintra No início de março todos estes assuntos foram previamente apresentados através dos Comitês Educativos em sete localidades, abrangendo toda a área da Cocapec.

FOTOS: COCAPEC

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AGO da COCAPEC aprova recursos para expansão em Ibiraci (MG)

Mais de 250 pessoas acompanharam a AGO.

O balanço foi aprovado por unanimidade pelo plenário.

Na oportunidade, os cooperados conheceram os dados e esclareceram suas dúvidas diretamente com a diretoria da cooperativa.

CAMEX zera imposto de café em cápsula A CAMEX - Câmara de Comércio Exterior zerou a alíquota do Imposto de Importação do café torrado e moído em doses individuais acondicionadas em cápsulas e aparelhos eletrotérmicos de uso doméstico para preparação instantânea de bebidas, em doses individuais, a partir de cápsulas. As alíquotas incidentes sobre os itens antes da redução eram, respectivamente, 2%, 10% e 20%. A decisão consta de duas resoluções publicadas no Diário Oficial da União (DOU) que alteram a Lista Brasileira de Exceções à Tarifa Externa Comum do Mercosul. Os documentos também determinam a exclusão da lista de preservativos e de alguns tipos de brinquedos. (FONTE: Exame).

Cápsulas de café Lucca Cafés Especiais e Nespresso.


CAFÉ

CNC solicita ao Governo reavaliação nos preços mínimos do café

E

m reunião realizada no mês passado, o presidente executivo do CNC - Conselho Nacional do Café, deputado federal Silas Brasileiro, reuniu-se com a ministra da Agricultura Kátia Abreu e solicitou novamente uma reavaliação nos preços mínimos do café. “Em abril de 2014, CNC e CNA realizaram trabalhos com a CONAB - Companhia Nacional de Abastecimento e o próprio Ministério e chegou-se a um custo médio de produção de R$ 343 por saca para o arábica, evidenciando que o preço mínimo de R$ 307 estava defasado. Para 2015, com a valorização do dólar, além da escassez de água para lavouras irrigadas, apresentamos que os custos aumentaram ainda mais, sendo emergencial que o preço mínimo da variedade seja elevado a valores condizentes com os gastos na produção”, diz o CNC em comunicado à imprensa. Para o café conilon, diferente do ocorrido com o arábica e após congelamento desde 2009, o preço mínimo da variedade foi reajustado para R$ 180,80 por saca no ano passado, ficando ainda abaixo do custo de produção. Além disso, a escassez de recursos hídricos, a valorização do dólar,

que encarece os insumos, e os maiores custos com encargos trabalhistas e sociais têm pesado sobre a cultura e tornado a atividade mais cara, sendo necessária, portanto, nova atualização, afirma o CNC. O deputado tratou, ainda, da necessidade de anúncio e liberação, de forma única, dos recursos das linhas de financiamento do FUNCAFÉ - Fundo de Defesa da Economia Cafeeira, evitando maiores especulações no mercado. Por fim, Silas Brasileiro se posicionou contrário à entrega de informações tecnológicas do setor brasileiro para organismos internacionais como foi acordado entre a Embrapa e a World Coffee Research (WCR). “Nossas vantagens tecnológicas foram obtidas em 100 anos de pesquisa e não faz sentido entregarmos para países concorrentes, haja vista que produzimos café sob as mais rígidas leis ambientais e sociais — que aumentam nossos custos —, sendo a tecnologia a nossa única vantagem competitiva frente a outras nações cafeeiras, as quais não alcançam nosso nível de produtividade”, finalizou Silas Brasileiro.

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CAFÉ

J.B. Matiello1, Iran B. Ferreira1, S.R. Almeida Carlos 1, H. S. Carvalho2 e Salvio Gonçalves3.

A

s rosetas de café são os locais, junto aos nós dos ramos laterais, onde ocorre a frutificação do cafeeiro. Ali, a quantidade de frutos, o seu numero por roseta, é um fator muito importante para se chegar a uma boa produtividade da lavoura. A produção do cafeeiro, e, consequentemente, do cafezal, atende a uma fórmula matemática, em que a sua área produtiva, representada pelo numero de ramos laterais, ao ser multiplicada pelo numero médio de nós do ramo e pelo numero de frutos por nó, resulta em um numero total de frutos por planta.Assim, um cafeeiro que possui 100 ramos produtivos, com média de 7 nós produtivos e 10 frutos por roseta, teria uma produção de 7.000 frutos, ou cerca de 11,6 litros de frutos por planta. Neste último ano, temos recebido muitas consultas, com informações de produtores que apontam um menor numero de frutos nos ramos produtivos. Eles indagam o por que disso. A resposta, que se aplica à maioria dos casos, está no stress que as lavouras vêm sofrendo, que tem levado as mesmas à desfolha e ao balanço desfavorável de reservas que conseguiram manter, importantes no pegamento dos frutos. Os experimentos realizados pela pesquisa, com diferentes níveis de desfolha efetuados nas plantas, mostraram que quanto maior o enfolhammento maior resultará o numero de frutos por roseta. Um bom número de frutos, normal em plantas que vão ser bem produtivas, é aquele acima de 10-15 frutos/roseta. O estresse hídrico continuado, no ano de 2014, pro-

FOTOS: Divulgação Fundação Procafé

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Rosetas cheias é que valem para uma boa produtividade do cafeeiro

Conjunto de ramos com poucos frutos por roseta, conhecido por rosetas ralas, em cafeeiro da cultivar “Mundo Novo”, mais sensível ao estresse.

Na mesma área da foto anterior, conjunto de ramos com numero adequado de frutos por roseta(rosetas cheias), em cafeeiro da cultivar “Catuaí”, menos sensível ao estresse.

Poucos frutos por roseta significam baixa produtividade, no ramo, no cafeeiro e no cafezal.

AUTORES 1 - Eng. Agrônomos da Fundação Procafé. www.fundacaoprocafe.com.br 2 - Pesquisador EMBRAPA-Café. 3 - Eng. Agrônomo e Consultor em Cafeicultura.

moveu o desgaste dos cafeeiros e, assim, as plantas chegaram na floração com menores reservas. Veio a florada, e, nessa condição desfavorável, mesmo lavouras que apresentavam, teoricamente, bom potencial produtivo, como aquelas esqueletadas em 2013, que tiveram safra zero em 2014, apresentam, agora em 2015, um numero insuficiente de frutos nos ramos. Algumas lavouras tiveram problemas já na floração. Outras lavouras floriram bem, mas tiveram perda anormal de chumbinhos, em dezembro-janeiro. Outra causa, que leva à redução do numero de frutos por roseta, é o ataque por doenças das inflorescências - nos botões, flores e chumbinhos. Neste ano, em função do período seco e quente, estas doenças tiveram pouca importância. Poucos frutos por roseta significam baixa produtividade, no ramo, no cafeeiro e no cafezal. Conjunto de ramos com poucos frutos por roseta, conhecido por rosetas ralas, em cafeeiro da cultivar “Mundo Novo”, mais sensível ao estresse.


CAFÉ

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IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulgou no último dia 10 de abril que a produção de café arábica na safra 2015/16 deve ser de 1.880.548 toneladas ou 31,34 milhões de sacas de 60 kg. O volume representa uma queda de 0,6% em relação a estimativa mais recente (fevereiro) por conta da redução de 0,8% no rendimento médio. Em fevereiro, o IBGE estimou que a safra da variedade arábica nesta temporada seria de 32,2 milhões de sacas, com ligeira alta de 0,8% em relação a 2014. Já a de robusta cairia 11,3% para 11,7 milhões de sacas. No estado de Minas Gerais, responsável por 71% da produção nacional, o rendimento esperado é de 1.354 kg/ha, com uma queda de 1,0% ante o mês anterior. Apesar das condições climáticas terem melhorado nos últimos meses nas principais regiões produtoras do estado, a seca e as altas temperaturas ainda tem reflexos nos levantamentos de produção.

FOTO: CCCMG

IBGE reduz para 31,34 milhões de sacas a produção de arábica nesta safra

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safra de café na maior região produtora do país, Guaranésia (MG), deve ficar comprometida por conta das chuvas irregulares, haja vista que o “mês de janeiro foi sem chuvas, onde muitos chumbinhos caíram do pé, e o café não apresentará a qualidade de anos anteriores”, explica Christina Ribeiro do Valle, vice-presidente do sindicato rural. Segundo ela, a irregularidade prejudica até mesmo a previsão de safra, pois a produção em cada pé de café está variando significativamente. Contudo, as consultorias privadas estimam uma safra de 49 a 50 milhões de sacas para o Brasil, no entanto “será muito difícil chegar nesses valores, o que temos visto - quando aparecem essas previsões - é que os compradores querem elevar o número das pesquisas para subir os preços, e os produtores são muito desunidos não conseguindo provar o que acontece no campo”, declara Christina. Além disso, na região de Guaranésia (MG), os custos de produção estão a R$ 520,00 reais o saco de café - por conta de ser uma área montanhosa onde maquinas agrícola não entram - e hoje o saco é comercializado a 460,00 reais, ou seja, uma produção negativa, “e o preço de garantia está R$

FOTO: CAPEBE

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Cafeicultores vêm safra irregular e preços bem abaixo dos custos de produção

307,00, quer dizer uma coisa tão absurda que a gente não entende porque o governo não valoriza a cafeicultura que produz tantos impostos e emprega tanta gente”, afirma a vice-presidente. Outro custo que tem prejudicado os cafeicultores é o preço dos adubos e fertilizantes - necessário para nutrir as plantas das condições climáticas adversas - que com a valorização do dólar sofreu aumento de mais de 20%. “Em janeiro comprávamos o saco da ureia por 60 reais, hoje em dia esse mesmo adubo está valendo de 72 a 75 reais, então o produtor não consegue fazer uma adubação porque não tem dinheiro, e fará apenas para manutenção da planta”, explicou Valle. Para ela, mesmo com o retorno das chuvas, é preciso realizar uma boa adubação para o café recuperar as folhas, no entanto, com os custos da adubação a produção de 2016 deve ficar comprometida pela falta de nutrientes. Com isso, o produtor não tem produto para se capitalizar durante os picos de preço, pois os estoques da região são restritos - com a colheita do ano passado muito pequena “então o produtor quase que vendeu o café todo para fazer a colheita. Teve que ir ao banco e fazer empréstimo para fazer a colheita deste ano que será em maio”, afirmou Christina. (FONTE: Notícias Agrícolas).


CAFÉ

Cafeicultura quer financiamentos de R$ 4,1 bi do FUNCAFÉ, alta de 8% ante 2014.

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FOTO: CCCMG

epresentantes dos cafeicultores pedem recursos de 4,136 bilhões de reais para financiamento das atividades da safra 2015 no âmbito do FUNCAFÉ - Fundo de Defesa da Economia Cafeeira, que conta com juros subsidiados pelo governo, segundo nota divulgada nesta sexta-feira pelo CNC - Conselho Nacional do Café. O montante para financiamentos neste ano, segundo a sugestão do CNC, representa um aumento de 8 por cento em relação ao orçamento de 2014, e aguarda a sanção da presidente Dilma Rousseff. De acordo com o conselho dos cafeicultores, “frente ao cenário de duas quebras consecutivas de safra devido às adversidades climáticas”, em 2014 e 2015, faz-se necessário que o aumento de cerca de 311 milhões de reais nos recursos do Funcafé seja destinado às linhas de Custeio e Estocagem. O setor avalia que os recursos são necessários para os produtores poderem comercializar o produto de maneira que obtenham renda na atividade. Dessa forma, o CDPC Conselho Deliberativo da Política do Café aprovou nesta semana a manutenção dos mesmos valores do ano passado para as demais linhas de financiamento do Funcafé.

Durante a reunião do CDPC, o coordenador geral de apoio ao Funcafé, Marconni Sobreira, disse que há uma “sobra” de aproximadamente 142 milhões de reais dos recursos do ano passado, “os quais já se encontram disponíveis para que os tomadores os requeiram como recursos ‘antecipados’ para a Colheita 2015 junto aos agentes financeiros”. (FONTE: Reuters)

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ARTIGO

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O ASSOCIATIVISMO E O CAFÉ André Luis da Cunha - Cafeicultor, diretor-presidente da AMSC - Associação dos Produtores de Cafés Especiais da Alta Mogiana [ altamogiana@amsc.com.br ]

a coluna do mês passado, abordei a questão das “Associações e do Associativismo”, fazendo referência aos benefícios potencialmente promovidos por essa dinâmica da organização da sociedade civil - principalmente no tocante ao desenvolvimento regional - e também comentei sobre os requisitos necessários para o sucesso e prosperidade da entidade. Neste mês, aprofundo mais no tema, ao focar o segmento do café e a importância das associações para o direcionamento da cafeicultura nacional. O mercado tradicional de commodities do café verde, com crescimento anual na casa de 2,5%, estrutura-se pela padronização e volume, com preço referenciado em bolsa e norteado pelos fundamentos de oferta e demanda. Um produto para atender o consumidor tradicional, orientado por marcas conhecidas e confiáveis, além de preço competitivo. Durante a chamada “segunda onda” do café, o consumidor passou a se preocupar com qualidade e sustentabilidade, exigindo selos atestando pelas conformidades socioambientais nos processos produtivos. Surgem então as certificações e, consequentemente, a necessidade dos cafeicultores estarem organizados para o cumprimento com os requisitos demandados. Neste momento, as Associações assumem o papel de divulgação e orientação para as certificações; e se posicionam como lideranças (ao lado de outras entidades) no movimento de melhoria nos processos produtivos, proporcionando um salto evolutivo em termos de gestão da propriedade. Em alguns casos, a certificação passa a ser motivador da organização de cafeicultores em entidades sem fins lucrativos. Entretanto, o mercado continua a evoluir e vem a 3ª onda do consumo do café, com crescimento anual de 20%, marcada pela qualidade diferenciada da bebida - em que as características singulares são valorizadas por sua excentricidade, pela necessidade do consumidor em conhecer a procedência do produto e de saber que o cafeicultor é responsável em relação à atividade que exerce. Há o interesse pelos aspectos produtivos, pelos atributos do terroir e pela cultura da região produtora. As certificações deixam de ser diferencial, abrindo espaço para o reconhecimento da origem. Nesse cenário, em curso, as entidades sem fins lucrativos estão no processo de estruturação das regiões produtoras de café – algumas mais avançadas e outras menos – para o atendimento das novas exigências e tendências do mercado consumidor. A 3ª onda sinalizou uma mudança de conceitos que impactam na forma de pensar e agir na cadeia do café diante das oportunidades advindas com a diferenciação. O exemplo mais claro para ilustrar isso é o movimento das regiões - em sua maioria liderada por associações - para a conquista e implantação das Indicações Geográficas de Café.

Uma ação recente no Brasil, mas que já promoveu alguns avanços no aspecto organizacional dos agentes das cadeias de café, regionalmente. Até outubro de 2014, foram registradas no país, segundo o MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), vinte e seis Indicações Geográficas agropecuárias - dentre as espécies Procedência e Denominação de Origem - sendo quatro de regiões produtoras de café. A primeira Indicação de Procedência foi concedida em 2005 para a Região do Cerrado Mineiro, atualmente gerida pela Federação dos Cafeicultores do Cerrado, entidade formada por nove cooperativas, sete associações de produtores e uma fundação de desenvolvimento. A Federação do Cerrado é hoje referência em inovação e gestão de Indicação Geográfica e posicionamento perante o mercado, ilustrada pela conquista da primeira Denominação de Origem em café no ano passado. Na sequência, a Região da Mantiqueira de Minas conquistou sua IP em 2011, tendo a sua frente a APROCAM – Associação dos Produtores de Café da Mantiqueira. Em 2012, foi concedida a IP para o Norte Pioneiro do Paraná, cuja titularidade pertence a Associação dos Cafés Especiais do Norte Pioneiro do Paraná, ACENPP. E em 2013 foi reconhecida a Indicação de Procedência do Café da Alta Mogiana, liderada pela Associação dos Produtores de Cafés Especiais da Alta Mogiana, AMSC. Há, ainda, em análise pelo INPI – Instituto Nacional de Propriedade Intelectual, os pedidos de registros das Indicações Geográficas de café da Região do Oeste da Bahia pela Associação dos Cafeicultores do Oeste da Bahia, ABACAFE; e da Mogiana do Pinhal, pelo Conselho do Café de Mogiana do Pinhal. As associações têm sido fundamentais neste novo direcionamento da cafeicultura nacional, seja ao aproximar o produtor das tendências do mercado consumidor, seja ao promover, através do relacionamento institucional, a troca de experiências e informações entre diversos agentes da cadeia, fortalecendo as conexões entre eles. Neste processo, não se pode deixar de mencionar a Associação Brasileira de Cafés Especiais, BSCA, com seu trabalho de promoção e difusão dos melhores cafés especiais das regiões produtoras brasileiras no mercado internacional. Esta entidade também idealizou e realiza o Concurso de Qualidade Cafés do Brasil – Cup of Excellence, que em 2015 terá como região anfitriã da etapa internacional da categoria Natural Late Harvest a Alta Mogiana, através de uma parceria com a AMSC. Duas associações, alinhadas em seus objetivos, unindo esforços em prol da cafeicultura nacional e de seus cafeicultores.


A qualidade do café em evidência

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busca contínua pela evolução da qualidade do café faz parte da estratégia da Indicação Geográfica do Café da Alta Mogiana, representando uma ação de apoio aos cafeicultores que dela fazem parte com o objetivo de agregar valor e melhorar a rentabilidade da atividade. No mercado de cafés especiais, que representa 12% do mercado internacional do grão, o valor de venda para alguns cafés diferenciados tem um sobre preço médio que varia entre 30% e 40% do café convencional. Em alguns casos, como em concursos de qualidade, esse ágio pode ultrapassar a barreira dos 100%. Trata-se também de um mercado em que os consumidores são mais exigentes, valorizam as características singulares da bebida e a experiência única que proporciona, relacionando-a com a história até sua chegada à xícara. A IMPORTÂNCIA DE TRABALHAR A QUALIDADE NO CAFÉ - A qualidade do café é um dos aspectos mais importantes para sua comercialização e o produtor deve estar atento aos fatores que interferem nas características desejadas pelo comprador. Agregar valor ao produto é um dos resultados obtidos pela melhoria dos processos focando a qualidade do café e, para isso, é primordial que o cafeicultor conheça as tecnologias disponíveis para cada etapa. É importante que o cafeicultor faça a análise sensorial das amostras de cada talhão,

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buscando identificar aqueles com maior potencial de bebida para a posterior separação dos lotes de melhor qualidade, durante a póscolheita. Deve-se planejar a operação de colheita para que ela comece sempre pelas áreas da lavoura onde os frutos estiverem com a maturação mais avançada. Enquanto isso, os demais talhões chegam no ponto de maturação ideal para a qualidade. O manejo apropriado durante a secagem e o armazenamento adequado também são fundamentais. A RASTREABILIDADE E O SELO DE ORIGEM E QUALIDADE - A rastreabilidade é um sistema de informação que permite saber as origens, os processos de produção e os destinos de uma mercadoria. O seu uso é uma tendência de mercado, impulsionada por um consumidor que valoriza cada vez mais a ética, a qualidade e a procedência dos produtos. É por isso que somente cafés produzidos dentro das áreas demarcadas e respeitando processos que ressaltam as características únicas da região podem utilizar o selo de Origem e Qualidade da Alta Mogiana – IP. Ele é uma poderosa ferramenta de diferenciação, utilizando a rastreabilidade para levar a história do cafeicultor diretamente ao consumidor e gerando mais reconhecimento. Além disso, o exclusivo sistema de rastreabilidade online dos produtores da Alta Mogiana pode ser utilizado para um melhor controle dos processos produtivos e da qualidade, tornando-se um aliado na gestão da fazenda.

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UNICAMP realiza “1º Fórum sobre Fair Trade na Cafeicultura”

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próxima edição do Fórum Permanente de Sociedade e Desenvolvimento da Universidade Estadual de Campinas, com o tema “Fair Trade na cafeicultura”, será realizada no dia 27 de abril, a partir das 8h30, no auditório do Centro de Convenções da Unicamp, em Campinas (SP). Segundo os organizadores do encontro, “as unidades de produção de café são no Brasil, bem como em outros países, predominantemente familiares. Com a desregulamentação do setor dos anos 1990, diversos produtores familiares tiveram sua forma de reprodução social ameaçada. Uma das formas de responder a este novo contexto foi a criação de mecanismos em que consumidores apoiam financeiramente este perfil de produtores, pagando um preço diferenciado, o qual, em parte, alcança os produtores e suas associações: o sistema Fair Trade”. Os objetivos principais do encontro são caracterizar a cafeicultura familiar e o grau de adesão dos cafeicultores à certificação Fair Trade no Brasil, identificar demandas de avaliação de impacto deste sistema e discutir formas de avaliá-la. Confira a Programação Oficial: MESA: CAFEICULTURA FAMILIAR E CERTIFICAÇÃO COORDENAÇÃO: Sergio Parreiras Pereira Pesquisador científico no Instituto Agronômico de Campinas (IAC). Mediador da Comunidade Manejo da Lavoura Cafeeira no PEABIRUS. Coordenador do Núcleo de Manejo do Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café (CBP&D/ Café). PALESTRANTE:- 09h30 – Paulo Henrique Leme Professor e pesquisador da Universidade Federal de Lavras. Atua na área de Estudos de Mercados Construcionistas, analisando certificações sustentáveis (terceiro setor e públicas), de qualidade e origem no agronegócio. PALESTRANTE:- 09h50 – Celso Luis Rodrigues Vegro Pesquisador científico do IEA - Instituto de Economia Agrícola MESA: DIAGNÓSTICO E DEMANDAS DE AVALIAÇÃO DO CAFÉ FAIR TRADE Coordenação: Julieta Teresa Aier de Oliveira Pesquisadora doutora e orientadora do programa de pósgraduação da Faculdade de Engenharia Agrícola da Unicamp. PALESTRANTE: - 11h00 – Reinaldo Rodrigues Diretor da Faitrade Brasil, entidade que tem como principal objetivo a construção de um mercado de produtos fairtrade no Brasil. PALESTRANTE: - 11h20 – André Luis Reis Cafeicultor e atua como presidente da Cooperativa dos Produtores de Café Especial de Boa Esperança. Também é

presidente da Associação das Organizações de Produtores Fairtrade do Brasil (BRFair). MESA: METODOLOGIAS DE AVALIAÇÃO DE IMPACTO Coordenação: Marco Tulio Ospina Patino Professor na Faculdade de Engenharia Agrícola da Unicamp. Foi consultor da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) na República de Panamá e do Banco Inter Americano de Desenvolvimento (BID) na Republica de Paraguai. PALESTRANTE:- 14h00 – Ruerd Ruben Professor e pesquisador no Instituto de Pesquisa Agrícola da Universidade de Wageningen (Holanda). Atua na área de avaliação de impactos em sistemas de produção agrícola e impactos de programas de certificação socioambientais. PALESTRANTE:- 14h20 – Bèat Gruninger (BDS Consulting) Diretor da BSD Consulting, que é um grupo de consultoria com escritórios estabelecidos em vários países (Brasil, Suíça, Colômbia, Chile, Equador, Portugal, Espanha, México, EUA, Alemanha e China). Já atuou por vários anos como consultor da Fairtrade. No Brasil, a BSD Consulting está trabalhando com projetos focados na sustentabilidade de sistemas de produção e já tendo desenvolvido vários estudos de impactos de programas de certificação. MESA: PROJETOS DE CAFEICULTURA FAMILIAR E TECNOLOGIA SOCIAL Coordenação: Eduardo Heron dos Santos (a confirmar) Gerente de TI do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (CECAFÉ). Responsável pela geração de informações estatísticas aos associados da instituição. Coordena o programa nacional de emissão do Certificado de Origem da Organização Internacional do Café (OIC). PALESTRANTE:- 15h30 – Elio Cruz de Brito Diretor geral da Associação Hanns R. Neumann Stiftung do Brasil, que está vinculada a Neumann Kaffee Gruppe, referência mundial no comércio de café. Está vinculado ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), em projeto voltado a sustentabilidade da cafeicultura no Brasil. Possui carreira profissional fortemente orientada para o desenvolvimento local sustentável das comunidades produtoras e do setor cafeeiro PALESTRANTE:- 15h50 – Rogério Miziara Assessor Sênior da Fundação Banco do Brasil. Formado em administração e comercio exterior, atua na análise e gerenciamento de projetos sociais, no gerenciamento do Programa Banco de Tecnologias Sociais e no gerenciamento do Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social.


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Aliança público-privada para facilitar a sustentabilidade do mercado cafeeiro mundial

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FOTO: Mariania Bassani

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om a assinatura de um Memorando de Entendimento entre a OIC - Organização Internacional do Café, a Associação 4C e a IDH – Iniciativa de Comércio Sustentável, o mercado cafeeiro internacional presencia a maior aliança público-privada já realizada até o momento. Estabelecida para facilitar a sustentabilidade do mercado cafeeiro global no longo prazo, com base em uma abordagem com foco nos cafeicultores, a aliança tem o objetivo de escalonar as iniciativas existentes, de forma custo-efetiva, e preencher os gaps rumo ao impacto coletivo no setor cafeeiro. Reconhecendo o enorme potencial desta cooperação público-privada para a promoção do crescimento econômico, redução das diferenças e melhoria dos padrões de vida nos países produtores de café, será crucial para a aliança o desenvolvimento de uma estrutura estratégica de colaboração e ação para os stakeholders-chave do café, públicos e privados, nos níveis nacional e internacional. “Produtores de café ao redor do mundo enfrentam desafios cada vez mais difíceis. Os efeitos da mudança climática na produção e a falta de acesso à recursos financeiros ameaçam o modo de vida de homens e mulheres que cultivam o café que tanto amamos. A OIC tem orgulho em fazer parte deste esforço conjunto para apoiar iniciativas que ameaçam nossos cafeicultores e a indústria do café em sua totalidade”, afirma Robério Oliveira Silva, Diretor Executivo da OIC. A aliança reconhece que essas questões sistêmicas de sustentabilidade necessitam de novas formas de colaboração, pré-competitivas e com foco nos cafeicultores, para estimular o empoderamento da grande quantidade de homens e mulheres que trabalha no setor cafeeiro. Esta cooperação, que evoluiu a partir do diálogo da Visão 2020, iniciado pela Associação 4C, “é um grande avanço para a sustentabilidade no longo-prazo do setor cafeeiro – fornecerá a estrutura para combinar as forças dos setores público e privado para abordar assuntos críticos e, comumente complexos, contribuindo, desta forma, para o aumento da resiliência da próxima geração de cafeicultores”, explica Melanie Rutten-Sülz, Di-

Ted van der Put (Diretor do Programa da IDH), Melanie Rutten-Sülz (Diretora Executiva da Associação 4C) e Robério Oliveira Silva (Diretor Executivo da OIC).

retora Executiva da Associação 4C. Um grande componente desta aliança é o compromisso das três organizações e seus principais círculos eleitorais. Todos os parceiros promovem o desenvolvimento sustentável como meio para atingir o progresso social e econômico em países produtores de café, enquanto protegem os recursos naturais - a OIC, como principal corpo intergovernamental e responsável por abordar os desafios enfrentados pelo setor cafeeiro mundial (Público), a Associação 4C, como plataforma de múltiplos stakeholders e padrão de entrada que une o setor cafeeiro para lidar com as questões de sustentabilidade de forma pré-competitiva (Privada) e a IDH, como responsável pela convocação das principais Parcerias Público-Privadas (PPPs) de alta escalão. “A aliança entre a OIC, a Associação 4C e a IDH é um passo importante para aprofundar a magnitude e coordenar, de forma inclusiva, os esforços ainda fragmentados das indústrias, dos padrões, dos países produtores, das ONGs e dos doadores, para melhorar o modo de vida e as práticas de agricultura dos cafeicultores” afirma Ted van der Put, Diretor do Programa da IDH.


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J.B. Matiello1, Iran B. Ferreira1, A.J. Paulino2 e Wander R. Gomes2

FOTOS: Divulgação Fundação Procafé

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“Clone 2” de cafeeiros Conillon apresentam maior tolerância à seca no Espírito Santo forte estiagem que ocorreu na área de cultivo de café conillon no Norte do Estado do Espírito Santo, no período de 14 de dezembro a 15 de fevereiro, mostrou que o “Clone 2” ou “V12” suportou mais o estresse hídrico, não apresentando murcha nas plantas; enquanto que o clone “Vitória”, em linhas ao lado, se mostravam com plantas completamente murchas. A resistência ou tolerância à seca já é conhecida nos cafeeiros Conillon, da espécie Coffea canephora, os quais são, normalmente, mais tolerantes a períodos de estresse Em campo de clones, à esquerda cafeeiros do clone 2, com folhagem verde e sem murchahídrico, quando na comparação com variemento, ao lado de outro clone(direita), este com folhagem murcha e iniciando amarelecimento. dades da espécie Coffea arabica. Este difeSão Gabriel da Palha (ES), jan-15 rencial se deve, principalmente, ao sistema radicular, mais volumoso e mais profundo, dos cafeeiros uns da África úmida e outros da seca. Conillon. Neste ano foi muito nítida a diferença de comportaTambém já se sabe que, no geral, cafeeiros Conillon mento em relação ao estresse hídrico verificada em campos formados por mudas clonais são menos tolerantes à seca, de conillon clonal, nas áreas de Colatina (ES) e de São Gaquando comparados com cafeeiros formados por mudas de briel da Palha (ES), no Norte. Nesses campos, o clone conhesementes. cido por “Clone 2”, correspondente ao “V12”, mesmo comA comparação entre clones de C. canephora ,quanto à parado com outros clones, com as mesmas características de sua tolerância a períodos secos nunca havia sido feita, embo- folhas menores, típicas de Conillon, se mostrou bem mais ra, na prática, sempre notou-se que materiais genéticos mais tolerante à seca. próximos do robusta, de folhas maiores, sempre ficam mais A explicação para este diferencial favorável ao “Clone murchos do que outros mais próximos das características do 2” certamente não está ligada a prováveis diferenças, enConillon, com folhas menores. Explica-se isto pelo fato de tre clones, no sistema radicular das plantas. Esta diferença, se considerar que esses materiais tiveram diferentes origens, tudo indica, está ligada ao tipo de folhagem do “Clone 2”. Ele possui folhas mais arredondadas e mais grossas, devendo transpirar menos e perdendo menos água do que àquelas dos demais clones. Ressalta-se que, diante do clima mais seco que vivenciamos nos últimos anos e considerando, em consequência, a falta de água para irrigação, o plantio de clones mais tolerantes à estiagem é muito importante, para redução dos riscos.

Matiello e Wander examinam, em São Gabriel da Palha (ES), os diferentes clones de conillon

AUTORES 1 - Eng. Agrônomos da Fundação Procafé. www.fundacaoprocafe.com.br 2 - Eng. Agrônomos da COOABRIEL.

Detalhe do diferencial de tolerância à seca em cafeeiro do “Clone 2” (esq.) e de outro clone, o “Vitória”, em linha ao lado.


Aplicando no alvo com qualidade

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controle das pragas e doenças exige uma aplicação correta dos defensivos. Essa conduta depende de vários fatores já conhecidos como: velocidade e umidade do ar, temperatura, água limpa, defensivos agrícolas registrados, preparo da calda, seleção de bicos compatíveis à aplicação, operador treinado e pulverizador de qualidade. Nesse contexto, o pulverizador assume um papel de extrema importância. Para uma aplicação bem feita, é necessário uma mudança de comportamento bem como pulverizadores com estrutura de Turbo Atomizadores adequados à estrutura da planta. Estamos falando de atomizadores com turbo hélice com carenagem (volutes bilateral) as chamadas torres de aplicação. Essa inovação tem como característica principal a proximidade da saída do ar e dos bicos de pulverização na planta. Característica que proporciona o aumento da quanti-

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dade e a distribuição dos bicos ao longo da serpentina (Ramal). Na aplicação com Turbo Atomizador convencional , a adequação da vazão dos bicos em função da distância que a gota tem que percorrer para atingir, o terço superior da árvore é bastante dificultoso. Com o sistema Speed Jet K.O., essa situação deixa de existir, pois os bicos e a saída de ar na Turbina estão distribuídos do ponteiro à saia de forma bastante uniforme próxima a planta. Essa condição permite uma quantidade maior de bicos, com redução do tamanho do orifício de aplicação produzindo gotas de tamanho menor, portanto mais leves, tendo assim mais facilidade de ser conduzida para o alvo com um numero maior de gotículas por centímetro quadrado. O sistema Speed Jet K.O. proporciona uma pulverização uniforme e eficiente de forma que o cafeicultor aplique corretamente os defensivos agrícolas. Tecnologia correta reflete em mais produtividade e mais rentabilidade.

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ealizada no final de março, a AGO - Assembleia Geral Ordinária da EXPOCACCER - Cooperativa dos Cafeicultores do Cerrado levou para o salão do Restaurante Brumado dos Pavões, em Patrocínio (MG), um número expressivo de seus cooperados para avaliarem os resultados do ano anterior e traçarem ações e metas para o ano de 2015. Entre as ações previstas para este ano, o destaque ficou para a finalização da estrutura de armazenagem que está sendo construída às margens da BR365, sentido Patrocínio a Uberlândia. O novo armazém tem a construção realizada em sistema de módulos, no sentido de acompanhar o crescimento da produção dos cafés da Região do Cerrado Mineiro, sendo que a conclusão do primeiro módulo está prevista para o primeiro semestre deste ano, recebendo os cafés colhidos nesta safra, conforme explica o superintendente, Sérgio Geraldo Dornelas. “Todo crescimento comercial precisa ser sustentado pela melhoria da estrutura física da cooperativa de atendimento, armazéns e industrialização de cafés. Em junho já poderemos receber café na nova unidade. O projeto contempla 70 mil m², dois armazéns com capacidade para 500 mil sacas de café cada e uma linha completa de rebenefício e seleção eletrônica. Para este ano o armazém geral e obras de apoio do primeiro módulo ficarão prontos e iniciaremos o maquinário que será concluído em breve, entrando em produção em 2016. Os benefícios deste investimento serão enormes, pois resultarão numa grande redução de custos com alugueis de armazém e maquinário; bem como haverá uma série de ganhos indiretos de melhoria na performance e rapidez em nossos processos, segurança e melhoria da qualidade no atendimento a nossos cooperados”. FOTO: Divulgação Expocaccer

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EXPOCACCER expande seus investimentos em 2015 com nova unidade de armazenamento

O ANO DE 2014 - O Relatório da Administração contendo as principais realizações em 2014 foi apresentado aos cooperados pelo superintendente da cooperativa, Sérgio Geraldo Dornelas. Nele destaca-se o posicionamento da Expocaccer como uma cooperativa exportadora, enviando para 28 países a soma de 434.725 sacas. Também merece destaque o recebimento de 1,3 milhões de sacas, número 23% maior que em 2013, bem como a comercialização de mais de 1 milhão de sacas, ultrapassando, pela primeira vez esta marca, cujo crescimento foi de 14% frente ao ano anterior.

“Atendemos em 2014 mais de 120 clientes distintos em várias partes do mundo. Conseguimos aumentar consideravelmente a venda de cafés especiais para todos os mercados que atuamos. Também obtivemos destaque no mercado interno com 641 mil sacas comercializadas. Número altamente expressivo em que conseguimos vender 50% a mais que em 2013 para as indústrias nacionais e exportadoras que adquirem café no mercado interno. Logo, acreditamos que cumprimos nosso papel enquanto cooperativa fornecedora de cafés de qualidade, uma vez que tivemos um bom posicionamento tanto no mercado interno, quanto no externo”, analisa o superintendente. Dentro deste contexto, também foi apresentado o resultado contábil de 2014, cujo faturamento foi de R$ 446.314.028,00 reais. Através da prestação de contas, os associados puderam comprovar o movimento crescente da cooperativa desde sua constituição, bem como o resultado superavitário líquido. A Assembleia, por sua vez, decidiu por destinar parte do montante superavitário para incorporação na conta de capital dos cooperados, proporcionalmente à sua movimentação. ELEIÇÃO DO NOVO CONSELHO FISCAL - O novo Conselho Fiscal foi eleito por aclamação durante a Assembleia. Os membros efetivos escolhidos foram os cooperados: Diego Ferrari Garcia, Sebastião Henrique Amaral, Mariana Veloso Heitor, José Itacir Guimarães, Gabriel Alves Nunes e Érika Cristina Pires Ruiz. Este Conselho tem vigência de um ano e sua função é analisar as contas da cooperativa com o objetivo de garantir, aos demais cooperados, segurança e transparência nos negócios.


POLÍTICA AGRÍCOLA

Produtor rural paulista poderá agora obter autorização de transporte vegetal pela internet

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s agricultores do Estado de São Paulo poderão, a partir do mês de março, agilizar o processo de emissão da PTV - Permissão de Trânsito Vegetal por meio eletrônico. Antes, o documento só podia ser emitido por uma unidade da Coordenadoria de Defesa Agropecuária da Secretaria de Agricultura e Abastecimento. Agora, o processo poderá ser feito pelo próprio produtor a partir de um computador ou de um telefone móvel com acesso a internet. A PTV é um documento sanitário emitido ao final de um processo de certificação fitossanitária, coordenado pela Defesa Agropecuária, para viabilizar o trânsito de vegetais de acordo com as normas de defesa sanitária vegetal. O processo tem início com a habilitação de engenheiros agrônomos e florestais para emissão do CFO - Certificado Fitossanitário de Origem e CFOC - Certificado Fitossanitário de Origem Consolidado, que fundamentam a emissão da permissão de trânsito. “A permissão é um importante instrumento do ponto de vista sanitário para evitar a transmissão de doenças e a defesa sanitária, mas isso não pode ser de forma buro-

cratizada. Então, a partir de hoje, o produtor rural pode ter acesso ao documento da sua casa, do seu computador, de onde estiver, sem precisar se deslocar atá a Casa de Agricultura ou até aos escritórios da Defesa Sanitária”, explicou o governador Geraldo Alckmin. A Permissão de Trânsito Vegetal é necessária para que o Estado de São Paulo possa exportar produtos vegetais que sejam veiculadores de pragas quarentenárias presentes, para outro país ou outro estado da federação. Também pode ser exigida em determinadas situações, para o trânsito dentro do próprio estado, como é o caso das mudas. O processo será realizado por meio do sistema GEDAVE - Gestão em Defesa Animal e Vegetal, que já permite a emissão da e-GTA - Guia de Trânsito Animal Eletrônica. Para ter acesso, os produtores e responsáveis técnicos deverão realizar o cadastro no sistema GEDAVE e devem comparecer a uma das unidades de Defesa Agropecuária portando o requerimento de ativação ou desbloqueio de acesso devidamente preenchido e assinado, além de toda documentação exigida como cópia e original do CPF, RG e comprovante de endereço.

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FERTILIZANTES

Produto desenvolvido pelo Grupo Bio Soja é a fonte adequada de fornecimento de enxofre

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s produtores rurais já podem encontrar no mercado o NHT® Super S, a solução adequada para suprir a falta de enxofre nas culturas e garantir bom desenvolvimento das plantas. Desenvolvido pelo Grupo Bio Soja, o novo fertilizante fluido possui alto teor de enxofre, aumentando a produtividade e favorecendo o crescimento e frutificação das lavouras. O enxofre é um elemento fundamental na produção dos reguladores de crescimento das plantações e pouco utilizado nos programas nutricionais das culturas brasileiras, comprometendo a produtividade. “Por ser transformado pelos microrganismos é muito difícil manter o enxofre na camada superficial do solo em quantidade suficiente para atender às necessidades das plantas, sendo necessária uma reposição anual para manter o potencial produtivo do solo”, explica José Roberto de Castro, diretor de marketing e desenvolvimento do Grupo Bio Soja. Godofredo Vitti, Professor Doutor da ESALQ –USP, especialista em solo e nutrição de plantas, explica que o enxofre é essencial para a agricultura e em solos pobres desse elemento, como no caso do Brasil, é muito importante o fornecimento desse nutriente. O baixo teor do enxofre no solo, na nutrição da planta, traz menor produtividade, menor qualidade e menor resistência a fatores adversos, sejam bióticos ou abióticos. Ele explica que o enxofre se encontra nas plantas formando substâncias determinantes de qualidade e desempenhando funções vitais, sobretudo, no metabolismo das pro-

FOTO: Divulgação Grupo Bio Soja

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Novo fertilizante à base de enxofre fortalece e aumenta a produtividade das culturas

teínas e nas reações enzimáticas. Participa na formação de alguns aminoácidos (cisteína, cistina, metionina, taurina) e, devido a isso, está presente em todas as proteínas vegetais. Deve-se ressaltar que os aminoácidos metionina e cistina são essenciais, ou seja, somente sintetizados pela planta, e a falta deles na nutrição humana e animal ocasiona danos irreversíveis à saúde, como escorbuto, hemorragias, não retenção do feto e cegueira noturna. O elemento permite que o produtor potencialize ao máximo a adubação mineral, pois está ligado diretamente à fixação do nitrogênio do ar atmosférico e à incorporação (metabolização) do nitrogênio mineral em compostos orgânicos, por exemplo. Além disso, o enxofre é responsável pelo sabor, a pungências e o aroma às plantas – frutas, hortaliças, legumes etc. O NHT® Super S é um produto líquido e deve ser utilizado para a pulverização das lavouras em pré-plantio e jato dirigido nos sulcos. Diferente dos outros produtos disponíveis no mercado, o NHT® Super S possui partículas muito pequenas, o que permite a oxidação gradual pelas bactérias, oferendo a suplementação adequada para as plantas. Publicações do agrônomo, pesquisador e professor Eurípedes Malavolta indicam que a utilização do enxofre em culturas de algodão apontou aumento de 37% na produtividade, 41% na cultura do café, 28% no feijão, 26% no trigo, 24% na soja, 21% no milho, 18% em citros, 16% no arroz e 11% na cana-de-açúcar. O produto também é recomendado para outras espécies, como hortaliças, cereais e leguminosas, por exemplo. CULTURA

AUMENTO DA PRODUTIVIDADE (%) COM O USO DO ENXOFRE

Café

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Algodão

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Feijão

28

Trigo

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Soja

24

Milho

21

Citros

18

Arroz

16

Cana de Açúcar

11

Sorgo

10

Fonte: Malavolta, 2003


SOLOS

FOTO: EMBRAPA

O que comemorar no Dia Nacional da Conservação do Solo?

A

Antonio Mario Reis de Azevedo Coutinho1

FAO - Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura acertadamente denominou o ano de 2015, o Ano Internacional do Solo. No dia 15 de abril, comemorou-se em todo o País o Dia Nacional da Conservação do Solo. Esta data foi instituída pela Lei Federal no. 7.876, de 13 de novembro de 1989, que determina no seu artigo 1º: “Fica instituído o Dia Nacional da Conservação do Solo a ser comemorado, em todo o País, no dia 15 de abril de cada ano”. A criação desta data demonstra a importância dos solos para a sociedade, já que são considerados como um patrimônio da humanidade pela Organização das Nações Unidas – ONU. Entre os recursos naturais, os solos podem ser considerados como um dos mais importantes, tendo em vista a sua função essencial de permitir o desenvolvimento dos cultivos para a produção de alimentos, garantindo a subsistência da humanidade. Trata-se de um recurso natural indispensável à vida humana e essencial para o equilíbrio do meio ambiente e dos ecossistemas terrestres. Infelizmente, no “Dia Nacional da Conservação do Solo”, não temos muito a comemorar. Vários são os problemas de degradação dos solos que atingem amplas áreas agrícolas em todo o País, sendo este um problema bastante grave em várias regiões. Em vários Estados das regiões Sul e Centro Sul do País, a erosão do solo vem degradando milhares de hectares de terras agrícolas todos os anos, trazendo como consequências

AUTOR 1 - Eng. Agrônomo, pesquisador no Laboratório de Solos da EBDA - Empresa Baiana de Desenvolvimento, Mestre em Geoquímica e Meio Ambiente. * Artigo publicado no POrtal Ecodebate.

deste processo a perda de solos férteis, o assoreamento dos cursos d’água, a poluição dos mananciais, e a degradação dos ecossistemas como um todo. O fenômeno erosivo tem acarretado consequências econômicas, sociais e ambientais gravíssimas para as populações daqueles estados, que sofrem constantemente com os seus efeitos. Segundo dados de pesquisa, estima-se que “80% da área cultivada do Estado de São Paulo esteja sofrendo processo erosivo além dos limites de tolerância, causando perdas de 194 milhões de toneladas de terra/ano” (BELLINAZZI et al. , 1981 apud VISCHI FILHO et al., 2010). O Rio Grande do Sul perde a cada ano cerca de 242,4 milhões de toneladas de solo. Isto corresponde a cerca de 120 mil hectares, ou seja, 2% de sua área cultivada (PETROBRÁS, 1987). Devido a práticas incorretas de cultivo e mau uso dos solos, em poucos anos foram destruídos milhares de hectares de terras no município de Alegrete, sendo que esta região encontra-se em processo de pré-desertificação, pela ação humana,

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apesar dos esforços empreendidos pelos técnicos daquele Estado para debelar este fenômeno nocivo. O processo de desertificação provoca impactos ambientais, sociais e econômicos muito sérios, como a destruição da biodiversidade (flora e fauna), diminuição da disponibilidade de recursos hídricos, redução do potencial biológico da terra, redução da produtividade agrícola, com prejuízos econômicos e sociais para as populações (BRASIL, 1993). Segundo a Federação das Associações de Engenheiros Agrônomos do Brasil, o nosso País perde a cada ano cerca de 600 milhões de toneladas de solo agrícola devido à erosão e ao mau uso. Com as perdas de solo agrícola, perdem-se também nutrientes, elevando-se extremamente os custos para repô-los por meio de fertilizantes e corretivos, o que significa um enorme prejuízo para a agricultura (PETROBRÁS, 1987). Os processos erosivos, além da perda de solo agrícola, geram outras consequências para o meio ambiente, como o assoreamento dos mananciais, a poluição do solo e da água, impactos ambientais negativos sobre a saúde humana, destruição de propriedades privadas, destruição de bens públicos (estradas, barragens, escolas, hospitais), destruição de milhares de hectares de cultivos agrícolas, gerando desta forma, um enorme passivo ambiental, com consequências econômicas e sociais terríveis. Na região semiárida nordestina, os problemas de degradação dos solos são também muito graves, fato que vem crescendo assustadoramente nas últimas décadas. Um grave problema que ocorre atualmente na região semiárida nordestina é a degradação de solos em áreas irrigadas. A ocupação de grandes áreas por projetos de irrigação na região Nordeste, sem os devidos cuidados técnicos, tem resultado em mudanças nas características naturais dos solos, causando fenômenos nocivos como a salinização, a sodificação e a compactação dos solos. A salinização é um grave problema que ocorre nas áreas irrigadas do semiárido nordestino. Os fatores centrais da salinização de um solo estão ligados à aridez do clima e ao manejo da água e do solo. Os climas secos e quentes apresentam índices elevados de remoção de água da superfície por evaporação. Com a evaporação, todo o conteúdo de sais da água é deixado na superfície ou próximo a esta. O excesso de sais no solo inibe o crescimento da maioria das plantas cultivadas, ocasiona problemas de toxidez, influenciando negativamente na produtividade dos cultivos. Em se tratando de regiões semiáridas, constitui-se em um sério problema, limitando a produção agrícola e reduzindo a produtividade dos cultivos a níveis antieconômicos. Segundo OLIVEIRA (1997), “No Nordeste semiárido, as maiores incidências de áreas salinizadas com salinização secundária se concentram nas terras mais intensamente cultivadas com o uso da irrigação”. (…) “A salinidade induzida em áreas do semiárido nordestino, tem trazido problemas de produtividade das plantas cultivadas em extensas áreas. Tais efeitos contribuem para desorganização da economia secularmente débil da região, e quando ocorre em áreas de projetos de colonização do Nordeste, conhecidos como ‘Perímetros Irrigados’ do semiárido, os efeitos sociais negativos se tornam mais evidentes”.

FOTO: EMBRAPA

SOLOS

Dados de pesquisa demonstram que no Brasil, aproximadamente, nove milhões de hectares encontram-se afetados por sais, em sete Estados (salinização por fatores naturais, e salinização induzida por irrigação). A maior área de solos afetados por sais está no Estado da Bahia (44% do total), seguido pelo Ceará que representa 25,5% da área total do País. (GHEYI & FAGERIA,1997). Na região dos cerrados, existem atualmente sérios problemas de degradação física do solo, sendo a compactação um importante processo que ocorre com frequência nesta região, devido ao uso intensivo de máquinas e implementos agrícolas. Os horizontes dos solos ao se tornarem compactados, diminuem a capacidade de infiltração e armazenamento da água, bem como a penetração de raízes dos cultivos. A mecanização intensiva do solo altera a sua estrutura original, influenciando também na atividade biológica. O constante revolvimento da camada arável desestrutura o solo, expondo-o aos processos erosivos. Conforme discutido neste artigo, os dados de pesquisa revelam uma situação séria e pouco promissora para a conservação dos solos no nosso País, demonstrando o perigo a que está exposto este importante recurso natural, principalmente porque os problemas citados não foram equacionados pelos governos e, portanto, seguem se agravando. Como é fácil notar, infelizmente não há o que se comemorar no Dia Nacional da Conservação do Solo. Na realidade, devemos ficar em posição de alerta para a atual situação. Os processos de degradação dos solos avançam a passos largos no nosso País, sendo que a degradação do solo afigura-se como um grave problema que afeta amplas áreas agrícolas no mundo, onde a principal riqueza tem sido tradicionalmente a agricultura. Para reverter a situação atual, faz-se necessário a instituição de políticas públicas sérias pelos governos Estaduais e Federal, que contemplem com prioridade a área de manejo e conservação dos solos e das águas. Caso contrário, estaremos fadados a seguir tratando os nossos solos como o faziam os nossos colonizadores, há 500 anos, queimando-os, degradando-os, utilizando-os intensivamente, até exauri-los.


SOLOS

Calagem: uma prática imprescindível ma das principais dificuldades para o cultivo dos solos brasileiros deve-se ao seu elevado grau de intemperização, que causa perda de nutrientes (lixiviação), acidificação do meio e níveis excessivos de elementos tóxicos ao crescimento das raízes, como alumínio. Para amenizar o efeito negativo destes fatores, tem-se adotado práticas para correção do solo como calagem, gessassem e fosfatagem. A calagem tem como finalidade no solo, diminuir a acidez a níveis que proporcionem maior disponibilidade dos nutrientes as plantas (P, N, S, K), neutralização elementos prejudiciais ao seu desenvolvimento, como alumínio, além do fornecimento de Ca e Mg. Os critérios mais utilizados para recomendação da quantidade de corretivo a ser aplicado é a elevação da saturação por bases (V%) (Critério 1) e o aumento da concentração de Ca e Mg no solo (Critério 2) a valores que supram as necessidades das plantas e eleve as reservas destes nutrientes no solo para posterior uso pelas culturas. Para cada cultura tem-se um valor adequado de V% e concentração de cálcio e magnésio para o seu melhor desenvolvimento . Critério 1. Saturação Por Bases NC = (V2-V1).CTC 10 . PRNT Onde: NC = t ha-1 de calcário. V1 = saturação por bases atual do solo (%) (0-20 cm). V2 = saturação por bases a ser atingida (%) (0-20 cm). CTC = capacidade de troca de cátions em mmolc dm-3 a pH 7 (0-20 cm) PRNT = Poder Relativo de Neutralização Total do Calcário

AUTOR 1 - Graduando em Engenharia Agronômica pela Esalq/USP - Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”. Grupo de Apoio à Pesquisa e Extensão (GAPE)

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FOTO: Esalq/USP

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Ac. Marcos Henrique Feresin Gomes1

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Figura 1. Aplicação de calcário em área total.

Critério 2. Fornecimento de Ca e Mg NC: [30 – (Ca + Mg)] .10 PRNT Onde: NC = t ha-1 de calcário Ca = Teores de Ca encontrados no solo em mmolc dm-3 (0-20 cm) Mg = Teores de Mg encontrados no solo em mmolc dm-3 (0-20 cm) PRNT = Poder Relativo de Neutralização Total do Calcário A aplicação do calcário deve ser realizada em área total (Figura 1) com posterior incorporação, devido a sua baixa solubilidade no solo, pelo menos três meses antes do plantio da cultura de interesse, para que haja tempo suficiente para reação deste corretivo no solo A aplicação de calcário ao sistema de produção tratase de uma prática de alto retorno econômico, devendo ser realizada periodicamente nas lavouras. Sem esta prática, a agricultura se tornaria inviável em grande parte dos solos brasileiros.


ARTIGO

José Antônio Bosco - Cafeicultor em Franca (SP), fer-

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roviário aposentado e chefe da Estação de Trens da Companhia Mogiana, em Franca (SP) de 1953 a 1983.

esde o século XIX, já havia o início da plantação do café, em nossa região. Na virada do século, o café se tornou o principal produto agrícola, promovendo o desenvolvimento econômico nas cidades paulistas. No final do século XIX, o café ganhou grande importância nacional, projetando o estado de São Paulo como o principal centro econômico do país. A riqueza proporcionada pela exportação do café fez que o chamado Oeste Paulista se firmasse como a região mais dinâmica da economia brasileira. Ao contrário de muitas cidades dessa região, que foram fundadas em razão da expansão da cafeicultura, Franca é uma das cidades mais antiga,sendo: em 1805, foi fundada a freguesia; em 1824 conseTrem a vapor da Mogiana chega à estação antiga de Franca em 1925. guiu sua autonomia política, elevando-se a categoria de Vila, com a denominação “Vila Franca do Impera- a riqueza proveniente do desenvolvimento da cultura cafedor” e também a implantação do Código de Postura, no qual eira e com as facilidades e as demandas proporcionadas pela os proprietários de terra eram obrigados a plantar e conser- chegada da Cia Mogiana de Estradas de Ferro e Navegação, var seus pés de café, caso não cumprisse teriam que pagar em 05 de abril de 1887. Isso provocou o crescimento das multa ao Conselho e em 1856 alcançou o “Status” de cidade. atividades comerciais e prestações de serviços na cidade, Em fins do século XIX, Franca passou a conviver com assim como o aumento da população urbana (imigrantes europeus e negros libertos) e também através de vários fazendeiros cafeicultores da região que foram paulatinamente deixando suas residências rurais e se instalando na cidade, passando a exigir melhoramentos nesta e com isso se lançaram como investidores do progresso (aplicação do capital de uma oligarquia enriquecida com o café). Na década de 1890, Franca presenciou um rápido crescimento, evidenciado pela expansão do antigo núcleo central e pelo desenvolvimento de dois novos bairros: o Bairro da Estação, inaugurado com a chegada dos trilhos da Cia Mogiana e a instalação da Estação Ferroviária, numa área totalmente desabitada da Colina do Oeste, e o Bairro Cidade Nova, planejado pela municipalidade em 1892, na região Norte da Colina central. Favorecido pela presença da Estação Ferroviária, o Bairro da Estação se tornou uma importante área de atração populacional e o principal ponto de exportação do café da Alta Mogiana. Em 1924, foi instalado a primeira empresa espeArmazéns Gerais de Franca, Caleiro S/A. Atualmente abriga a Cooperfran. FOTOS: Acervo - Museu da CP Jundiaí

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FRANCA, TERRA QUE PRODUZ O MELHOR CAFÉ DA ALTA MOGIANA


FOTO: José Antônio Bosco

cializada em padronização de café, surgindo grandes armazéns com máquinas de beneficiamento de café. A Cia Mogiana instalou desvio férreo a firma exportadora de café, por exemplo: Caleiro S/A, e outras grandes firmas traziam seus café até a Estação para embarque, como: José Rodrigues Alves, Antonio Rodrigues Alves (Netto Irmãos), João Benedetti, Custódio Falleiros do Nascimento e outros. Em torno de todo esse desenvolvimento econômico e de crescimento da cidade, favoreceu as ações de progresso e modernidade em Franca, que já é considerada uma das mais importantes cidades brasileiras, quando o poder público se empenhou para tal realidade através do aumento da arrecadação propiciada pelos lucros advindos da cultura do café e por todo o desenvolvimento urbano que ele provocou, por isso Franca passa por grandes transformações urbanísticas, que marca a modernidade em 1930. Entre os anos de 1890 a 1930, é entendido como uma época em que a cidade de Franca, apoiada quase que exclusivamente numa economia agrária (sobretudo na produção de café), passa por um processo de modernização que se caracterizou pela implantação de melhoramentos urbanos especialmente no centro . A chegada da Ferrovia foi de fundamental importância para a modernização da cidade, pois, além de viabilizar a vinda de materiais e equipamentos para as obras e de técnicos em arquitetura e paisagismo, os trilhos da Mogiana possibilitaram também um contato mais freqüente entre Franca e as outras cidades mais desenvolvidas, através da facilidade de comunicação que a Ferrovia propiciava . Por volta de 1950, os cafés são selecionados e classi-

A antiga Estação Mogiana de Franca, em foto de 2013.

FOTO: Acervo - Museu da CP Jundiaí

CAFÉ

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ficados, manualmente em esteiras. Onde tornou-se um café fino e conhecido mundialmente: “O MELHOR CAFÉ DO MUNDO”. Para despachar o café, era emitida uma fatura com o nome de “Conhecimento”. O café era depositado pelo dono, nos armazéns da Ferrovia, emitida a fatura, o proprietário negociava direto com o Banco do Brasil, o qual era quem negociava a exportação do café. Em 15 de fevereiro de 1977, saiu o último trem mixto de Franca à Ribeirão Preto (referência regional para as cidades da Alta Mogiana), levando um carro com 36 passageiros e três vagões cargueiros vazios: “último apito de trem em Franca” . A Estação Ferroviária foi encerrada em todas as suas atividades no dia 01 de outubro de 1983, sendo eu, José Antonio Bosco como o último chefe da Estação. Em 11 de outubro de 1985, foi fundada a COCAPEC Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuaristas de Franca. Muitos produtores de café conheceram o sistema cooperativista e valorizaram, através de participar do seu quadro de cooperados, onde a Cooperativa oferece serviços desde a produção até a negociação do café. Empenhados seriamente neste importante produto economicamente próspero, os dirigentes da COCAPEC transformou o cenário da cafeicultura da região em um produto de qualidade, que recebeu o nome de CAFÉ DA ALTA MOGIANA, chegando até ao exterior. Após aposentar-me dedico-me a cafeicultura, sendo cooperado desta conceituada cooperativa com muito orgulho.


HORTICULTURA

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HORTITEC – Exposição de Horticultura, Cultivo Protegido e Culturas Intensivas – chega à vigésima segunda edição plenamente consolidada como a maior e mais importante mostra do setor do Brasil e da América Latina. De 17 a 19 junho, o Pavilhão da Expoflora, em Holambra (SP), vai reunir o que há de mais inovador em tecnologia para todos os elos da cadeia produtiva do setor de flores, frutas, hortaliças, florestais e demais culturas intensivas de todo o Brasil e também do exterior. Em uma área de mais de 30 mil m², 430 empresas expositoras vão apresentar aos produtores de flores e de hortifrutícolas novidades em sementes, bulbos, mudas, fertilizantes, irrigação, ferramentas, estufas, embalagens, vasos, telas, substratos, climatização, biotecnologia, assessoria técnica e em comércio exterior, literatura e produtos importados. A expectativa para esta edição é receber mais de 27 mil visitantes, de vários países, e gerar um volume de negócios da ordem de R$ 80 milhões. O diretor da Promoções e Eventos RBB, Renato Opitz, que coordena a mostra, explica que, além dos negócios que são iniciados durante a feira, a Hortitec tem um papel fundamental de multiplicar a tecnologia existente para a horticultura, contribuindo de forma decisiva para tornar a atividade cada vez mais produtiva, rentável e ecologicamente viável. “A fim de manter o elevado nível técnico do público, os convites são distribuídos pelos próprios expositores aos seus clientes atuais e potenciais. Essa iniciativa acaba por gerar um grande encontro de negócios”, explica Opitz. POR DENTRO DE NOVO - Capacitação Técnica e reciclagem de conhecimento também são eventos consolidados na Hortitec, que movimentam os profissionais do agribusiness interessados em conhecer tendências de mercado, trocar experiências fazer e programar negócios. Este ano, dias 17, 18 e 19 de junho, acontecem minicursos, fórum e palestras voltadas para técnicos, produtores, investidores, professores e estudantes envolvidos na cadeia da Horticultura nacional. Tudo a cargo da Flortec, com vagas limitadas.

FOTOS: Editora Attalea

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Com expectativa de movimentar R$ 80 milhões em negócios, 22ª HORTITEC acontecerá em junho


HORTALIÇAS

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HORTICULTURA

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os últimos anos, a cultura da cebola cresceu de forma significativa, seja tecnologicamente ou pelo aumento de produção por área plantada, fatos que mostram a importância da hortaliça para a agricultura nacional. A cebola é a terceira cultura mais produzida no mundo, sendo o Brasil o oitavo produtor mundial. Ao lado da batata e do tomate, a cebola está entre as principais hortaliças produzidas no país, tanto em volume produzido quanto em rentabilidade gerada e giro de capital demandado. Para atender as diferentes regiões do país no cultivo da cebola, a Topseed Premium, linha de sementes profissionais de alta tecnologia da Agristar do Brasil, oferece e desenvolve constantemente para o mercado brasileiro um amplo portfólio de sementes para cultivo de cebolas capaz de atender todo o país. “Hoje temos na linha 13 híbridos comerciais, dentre eles as variedades “Aquarius”, “Soberana”, “Andrômeda”, “Perfecta”, “Sirius”, “Optima” e “Lucinda”, adaptadas de Norte a Sul do Brasil, assegurando ao produtor a confiança de colher excelentes resultados, além de um extenso trabalho de desenvolvimento de produtos visando atribuir aos novos materiais características e benefícios condizentes com as necessidades do produtor e do consumidor”, explica o Gerente Comercial da Topseed Premium, Rafael de Morais. Diante de um mercado cada vez mais exigente em padrão e qualidade, a Agristar investe constantemente em pesquisas com a linha de cebolas híbridas em quatro estações experimentais instaladas em diferentes localidades do país (Santo Antônio de Posse/SP, Orizona/GO, Mossoró/RN e Ituporanga/SC), procurando encontrar os materiais mais adaptados às condições de cada região. “A utilização de variedades híbridas possibilita aos produtores de cebola aumentar a produtividade com ganho em qualidade, podendo atingir até 120 toneladas por hectare em algumas regiões do país, como Triângulo Mineiro e Goiás, além de ampliar o período de plantio e colheita, garantindo oferta constante do produto no mercado”,

FOTOS: Divulgação AGRISTAR

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Linha de cebolas híbridas garante produtividade e qualidade aos produtores durante o ano todo

De norte a sul do país, a Topseed Premium é líder no segmento de cebolas híbridas.

Cebola da variedade “Andromeda”, da Topseed Premium.


FOTOS: Divulgação AGRISTAR

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À esquerda, cebola da variedade “Sirius”. Ao centro, cebola da variedade “Optima” e, à direita, variedade “Perfecta”, da Topseed Premium.

explica o Especialista em Bulbos e Raízes da Agristar, Samuel Sant’anna. Para demonstrar o potencial produtivo e a sanidade das cebolas híbridas para o produtor, a Topseed Premium promove durante o ano todo nas diversas regiões do país os “Dias de Campo” de Cebolas Híbridas. Nesses eventos, os produtores têm a oportunidade de conhecer as características e resultados das variedades híbridas no campo, assim como esclarecer dúvidas de cultivo e manejo. Segundo Sant’anna, em algumas regiões do Brasil o produtor ainda carece de informação técnica a respeito da cultura da cebola. Ele ressalta a importância de procurar a orientação de um profissional capacitado para conseguir bons resultados. “Cada material tem sua particularidade: existem materiais mais exigentes no manejo hídrico; outros, na adubação. Às vezes, dependendo da época de plantio, o resultado do mesmo material pode ser diferente, além das pragas e doenças existentes, que influenciam na produtividade. Por isso, o produtor deve buscar informação antes de implantar a cultura”, orienta o especialista. Durante o ano todo, a Topseed Premium conta com uma equipe de técnicos espalhada por todo o país para orientar sobre o manejo adequado às condições de cada região

e garantir aos produtores qualidade e produtividade como resultados comprovados. “O Brasil é um país continental, com condições diversas, mesmo em microrregiões. Muitas vezes, a genética desenvolvida precisa de maior adequação às condições totalmente diferentes do nosso país. Isso leva tempo e estudo, pois em uma mesma região podemos ter variações de um ano para outro. Adaptar o manejo a estas condições exige muito investimento em tempo e tecnologia. Por esse motivo, a Agristar possui estações experimentais em diferentes regiões e uma equipe que atua amplamente no campo, diretamente com o produtor”, explica o Gerente de Marketing da Agristar, Marcos Vieira. No Brasil, os principais polos de produção estão localizados na Região Nordeste (Irecê/BA e Vale do São Francisco), Goiás (Cristalina/PAD-DF), Minas Gerais (Alto Paranaíba e Triângulo Mineiro), São Paulo (Monte Alto, São José do Rio Pardo e Piedade), Paraná (Irati e Castro), Santa Catarina (Ituporanga e Planalto Norte) e no Rio Grande do Sul (Serra Gaúcha e o polo de São José do Norte). As principais doenças que atingem o cultivo da cebola atualmente são o Fusarium, Raiz Rosada, Phytophthora, Botrytis, Mancha Púrpura, Antracnose, Míldio, Rhizoctonia e Stemphylium.


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Cultivares de Jiló sob sistemas de plantio convencional e direto

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vencional, observaram que na área trabalhada com o plantio convencional as produtividades da berinjela e do jiló foram maiores em comparação com as áreas trabalhadas com o plantio direto e cultivo mínimo. Observaram também que a produtividade da berinjela na área com plantio direto foi ligeiramente maior em comparação com o cultivo mínimo, sendo está prática de manejo de solo a que obteve menores índices de produtividade para a referida cultura. No entanto, na área cultivada com o jiló o cultivo mínimo foi ligeiramente maior do que o plantio direto. O objetivo deste trabalho foi avaliar acessos de jiló quanto as suas características produtivas em diferentes sistemas de preparo de solo. O experimento foi conduzido em campo na área experimental do Pólo Regional Centro Leste/ APTA, em Ribeirão Preto (SP) e foram testados sete materiais de jiló, sendo cinco genótipos (“CNPH/EMBRAPA 81”, “CNPH/EMBRAPA 35”, “Cardoso” IAC/APTA, “Bernacci” IAC/APTA, “Africano” IAC/APTA) e duas cultivares [“Rei do Verde” e “Morro Grande” (Sakata)] e dois sistemas de cultivo de solo (plantio convencional e plantio direto). O jiló “Rei do Verde” é considerada a cultivar mais plantada pelos produtores da região de Mogi Mirim (SP) e a cultivar “Morro Grande” é a líder do mercado paulista. Com relação aos sistemas de cultivo, no cultivo convencional foram realizadas as operações de aração, gradagem e coveamento e no de plantio direto o solo não foi preparado e o jiló foi plantado sobre a palhada da cultura do sorgo cultivado anteriormente. As avaliações foram realizadas quando os frutos apresentavam-se em ponto de colheita sendo avaliados: produtividade total, massa fresca de frutos comerciais e não

Sally Ferreira Blat1, Roberto Botelho Ferraz Branco2 e Paulo Espíndola Trani3

Jiló é originário da Índia ou da África e foi introduzido no Brasil por escravos, pertence a família Solanácea e seus frutos são de coloração verdeclara ou verde-escura quando imaturos, tornando-se laranja-avermelhados quando maduros. A colheita se inicia aos 90-120 dias da semeadura e pode-se prolongar até 100 dias. Geralmente para o consumo os frutos são colhidos imaturos e sua principal característica é possuir o sabor amargo. É uma hortaliça tipicamente tropical, muito exigente em calor e pouco tolerante ao frio, podendo ser plantada o ano todo em localidades de inverno suave, como ocorre na Região Sudeste. É uma cultura de grande aceitação no mercado, porém ainda necessita de muitos estudos. Poucas cultivares estão disponíveis no mercado sendo a mais tradicional em São Paulo a cv. “Morro Grande”, a qual possui frutos globulares, de coloração acentuada verde-escura. Em busca de um sistema de cultivo mais sustentável, o plantio direto vem sendo muito utilizado pelas suas imensas vantagens em conservação do solo. Na horticultura este sistema de manejo do solo está sendo cada vez mais explorado. Aguiar et al. (2002) testando o cultivo de Berinjela e Jiló sob a palhada de milho doce e quiabo e em cultivo con-

AUTORES

FOTOS: Divulgação APTA

1 - Engenheira Agrônoma, Dra. Pesquisadora Científica Polo Regional Centro Leste/APTA. Email: sally@apta.sp.gov.br 2 - Engenheiro Agrônomo, Dr. Pesquisador Científico Polo Regional Centro Leste/APTA. Email: branco@apta.sp.gov.br 3 - Engenheiro Agrônomo, Dr. Pesquisador Científico IAC/APTA. Email: petrani@iac.sp.gov.br

Sistemas de cultivo de solo: plantio direto (esquerda) e convencional (direita). Polo Regional Centro Leste/APTA, Ribeirão Preto, 2010


FOTOS: Divulgação APTA

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Cultivares de jiló testadas. Polo Regional Centro Leste/APTA, Ribeirão Preto, 2010

comerciais, porcentagem de frutos comerciais e não comerciais e número de frutos totais. Cada parcela experimental foi composta por duas linhas de 5m, com espaçamento de 1,0m entre plantas e 1,25m entre linhas, perfazendo um total de 10 plantas por parcela. Os genótipos introduzidos pelo IAC apresentaram a maior porcentagem de frutos comerciais (média de 97,6%) e a menor porcentagem de frutos não comerciais (média de 2,4%), seguidas pelas cultivares “Rei do Verde” e “Morro Grande” (96,3% em média para frutos comerciais e 3,7% para não comerciais) e por final os genótipos oriundos do “CNPH/EMBRAPA 35” e “81” (91,5% em média para frutos comerciais e 8,5% para não comerciais). As cultivares do IAC se destacaram demonstrando a qualidade de seus frutos. Não houve diferença na porcentagem de frutos tanto comerciais quanto não comerciais em relação ao sistema de cultivo de solo. Independente do sistema em que foi produzido, as maiores produtividades foram obtidas pelos genótipos Africano IAC, seguida por “Morro Grande”, “Cardoso IAC” e “Rei do Verde”. Nota-se que as cultivares tradicionalmente mais plantadas, “Morro Grande” e “Rei do Verde” não diferiram estatisticamente das do IAC (“Cardoso” e “Africano”) mostrando o potencial produtivo dessas cultivares do IAC/ APTA. Um fato interessante a ser apontado é que as cultivares do IAC tiveram os menores números de frutos totais, porém maiores produtividades. Esse fato se deve a esses frutos terem tamanho grande (5,5 cm de comprimento e 7,8 cm de largura, em média) se comparado as demais cultivares (4,5 de comprimento e largura, em média). Na hora da comercialização são necessários menor número de frutos por caixa. Além disso, esses frutos possuem coloração diferenciada (“Bernacci” possui coloração branca) podendo ser utilizados para um segmento de mer-

cado gourmet. No fator sistemas de cultivo, o sistema de plantio direto produziu significativamente mais que o convencional, com 47,56 toneladas de frutos por hectare contra 43,11 t.ha1. Analisando os materiais dentro de cada sistema de cultivo, o genótipo “CNPH/EMBRAPA 35” foi o mais produtivo no sistema convencional, com 50,75 toneladas por hectare, enquanto “CNPH/EMBRAPA 81” obteve a menor produtividade nesse sistema. No sistema de plantio direto, “Africano” e “Cardoso” também foram os mais produtivos, com 57,47 t ha-1 e 56,71 t ha-1 respectivamente. Já no mesmo sistema, “CNPH/EMBRAPA 81” foi um dos que obteve o pior desempenho, seguido de “CNPH/EMBRAPA 35”, com produtividades de 31,27 t.ha-1e 37,17 t.ha-1 respectivamente. Com relação aos materiais em ambos os sistemas de cultivo, pode-se afirmar que “CNPH/EMBRAPA 81”, “Bernacci”, “Morro Grande” e “Rei do Verde”, não tiveram diferença de produção em ambos os sistemas, já “CNPH/EMBRAPA 35” foi melhor no sistema convencional, enquanto “Cardoso” e “Africano” foram melhores no sistema de plantio direto. Pode-se concluir que, de modo geral, os materiais produziram significativamente mais no sistema de plantio direto em relação ao convencional. LITERATURA CITADA AGUIAR, J.F.; HOLANDA, F.S.R; SANTOS, V.P; MARCIANO, C.R.; PEDROTT, A.; BLANK, A.F. Produção de berinjela e jiló em diferentes sistemas de manejo do solo no semi-árido sergipano. Horticultura Brasileira, v. 20, n. 2, Suplemento 2. 2002. www.aptaregional.sp.gov. br ISSN 2316-5146 Pesquisa & Tecnologia, vol. 11, n. 2, Jul-Dez 2014


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