Ed. 116 Julho 2016

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FOTO DE CAPA

MICHELIN Pneu AXIOBIB Ultraflex em trator agrícola. Foto: Printer Press

Michelin aposta no potencial da ‘radialização’ e inicia produção de pneus agrícolas no Brasil.

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Apostando no potencial demandado pela agricultura brasileira, a Michelin - gigante francesa no ramo de pneus - iniciou no final de junho a produção de pneus radiais agrícolas na unidade fabril de Campo Grande (RJ). “A oferta de pneus agrícolas com a tecnologia de ponta Michelin vem para contribuir, de forma significativa, para a produtividade da agricultura nacional”, explicou Nour Bouhasson, presidente da Michelin na América do Sul.

GRÃOS

Soluções de controle para nematóides na soja

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Nematóides de galhas, das lesões radiculares e do cisto da soja aparecem entre os maiores inimigos do Agronegócio Brasileiro, tendo causado danos e perdas muito significativas.

LEITE

Pastejo Rotacionado: período de ocupação de piquetes

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O pastejo rotacionado é um sistema de produção mais eficiente, com maior controle da frequência da desfolha, aumentando a produtividade, garantindo a produtividade da pecuária.

Geadas provocam quebras em cafezais brasileiros

CAFÉ

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“O cafeicultor perdeu o medo de plantar café em baixadas”. Esta frase do cafeicultor Toninho David, de Franca (SP), resume bem o que aconteceu na madrugada do dia 18 de julho: fortes geadas.

14º Concurso de Qualidade de Café da Alta Mogiana

CAFÉ

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m virtude da situação político-econômica pelo qual passa o Brasil nos últimos anos, cresce o número de desempregados e o de empresas (indústrias, comércio e serviços) que fecham suas portas por falta de perspectivas de saldo positivo em suas vendas para os próximos meses. Mas não é o que se observa no Agronegócio. Único setor a apresentar um PIB - Produto Interno Bruno positivo em 2015, o Agronegócio mantém crescimento positivo. Somente nos seis primeiros meses de 2016, o superávit do setor foi de US$ 38,91 bilhões, influenciado pelo crescimento de 4% nas exportações. No último mês de junho, os cinco complexos exportadores foram: a soja (44,1% de participação); carnes (15,7%); complexo sucroalcooleiro (12,3%); produtos florestais (12,1%); e o café (4,3%). Mas o melhor de tudo isto é que as perspectivas são melhores ainda para o futuro próximo. Principalmente se levarmos em consideração que todos os demais setores dependem, de uma forma ou de outra, do sucesso do Agronegócio. Os setores de Comércio e Serviços em 99% das cidades do País dependem exclusivamente da renda obtida no Agronegócio. Dependem da oferta de produtos, do sucesso financeiro e também da oferta de emprego. Já o setor industrial, grande parte dele já trabalhava algum insumo ou produto utilizado no Agronegócio. Aqueles que ainda não trabalhavam para este setor, passa agora a enxergar grandes oportunidades no Agronegócio. Com uma visão profissional de mercado, a Michelin - gigante francesa no ramo de pneus - iniciou no final de junho a produção de pneus agrícolas no Brasil, na unidade de Campo Grande (RJ). A proposta é assumir o ranking nacional de pneus radializados (onde atualmente apenas 6% dos pneus agrícolas comercializados no Brasil são radiais). Na cafeicultura, o grande destaque fica por conta da forte geada que atingiu todo o cinturão produtivo de café: Alta e Média Mogiana; Sul e Sudoeste Mineiro; Cerrado e Alto Paranaíba. Segundo notas de instituições oficiais do setor e relatos dos próprios cafeicultores, com os invernos mais quentes nos últimos anos, o cafeicultor “perdeu o medo de plantar café nas áreas mais baixas”. Era um risco que, infelizmente aconteceu. Já o Ministério da Agricultura divulgou no início deste mês as normas necessárias para a contratação de financiamentos do Plano Safra 2016/2017. Na produção de grãos, destaque para o artigo em que os agricultores recebem orientações detalhadas do controle para os mais diferentes tipos de nematóides que atacam a cultura da soja. Na horticultura, orientações importantes para os produtores de tomate em sistema orgânico, na escolha do melhor sistema de irrigação para cada necessidade. Boa leitura a todos!!!

HORTALIÇAS

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Agronegócio, o setor que impulsiona toda a economia brasileira

DESTAQUE: PNEUS AGRÍCOLAS

EDITORIAL

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Pela primeira vez, o Concurso de Qualidade de Café da Alta Mogiana será realizada conjuntamente pela COCAPEC e pela AMSC. O concurso tem início a partir do dia 15 de agosto.

Sistemas de Irrigação para o tomateiro orgânico

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A produção de tomate em sistemas orgânicos é um desafio devido à grande suscetibilidade da cultura às pragas e doenças. E a escolha do sistema de irrigação é outro fator importante.


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contatos

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JOÃO DOS REIS MAZZO FILHO (mazzo452@gmail.com) Cafeicultor - Batatais (SP). “Gostaria de assinar a Revista Attalea Agronegócios”. EDMILSON CARLOS DOMINGUES (edmilsondomingues@hotmail.com) Agricultor - Ribeirão Preto (SP). “Trabalho na produção de milho e soja e gostaria de assinar a Revista Attalea”. ANIZIO HONORATO GODOY NETO (agrohonorato@gmail.com) Engenheiro Agrônomo - Garanhuns (PE). “Trabalho na área e gostaria de assinar a Revista Attalea”. ANDERSON MATTOS DE OLIVEIRA (andersonoliveiratkd@gmail.com) Funcionário em Empresa de Fertilizantes - Canoas (RS). “Gostaria de receber a Revista Attalea Agronegócios”. WELTON CATARINO Estudante - Franca (SP). “Sou estudante na área de agronegócios e gostaria muito de assinar a Revista Attalea Agronegócios”. MARCELO SEVERINO DA SILVA (agro.marceloa@yahoo.com.br) Produtor de Cana - Uberaba (MG). “Estou abrindo uma empresa de seguros agrícolas e gostaria de receber a Revista Attalea”. SANDRO LUIZ SILVEIRA GERICÓ (sandro.gerico@gmail.com) Técnico - Pedregulho (SP). “Sou formado desde 2004 no Colégio Agrícola de Franca (SP) em Técnico Agrícola, Técnico em Administração Rural e Técnico em Cafeicultura e gostaria de assinar a Revista Attalea Agronegócios”.

FRANCISCO ERNESTO GUASTALLI (fguastalli@ig.com.br) Secretário Municipal de Agricultura - Piracicaba (SP). “Solicito o cadastro da Revista Attalea Agronegócios”. EVELISE MONCAIO MODA (vemmoda@hotmail.com) Engª Agrônoma - Piracicaba (SP). “Gostaria de receber a Revista Attalea”. KISSIA SOARES GUAITOLI (kissiaz@yahoo.com.br) Zootecnista - São Paulo (SP). “Trabalho como zootecnista e gostaria de assinar a Revista Attalea Agronegócios”. WILSON FERREIRA NETO (wilfernet@bol.com.br) Técnica em Agropecuária - Macaíba (RN). “Gostaria de receber a Revista Attalea Agronegócios”. MARCEL AUGUSTO MACHADO (mar_celmachado@hotmail.com) Técnico Agrícola - Capetinga (MG). “Gostaria de assinar a Revista Attalea”. JOSÉ GERALDO ALVES AMARANTE (jose.amarante@outlook.com) Pecuarista - São Carlos (SP). “Sou criador de bezerros Tabapuã e gostaria de receber a Revista Attalea”. DAVI RIBEIRO SOUZA (rsouzada@gmail.com) Tecnólogo em Agronegócio - Botucatu (SP). “Trabalho em engorda de bovinos e gostaria de receber a Revista Attalea”. ANA CAROLINA BARBOSA (barbosacarolinaana@gmail.com) Agricultor - Campos Gerais (MG). “Trabalho na produção de café, milho e gostaria de assinar a Revista Attalea Agronegócios”.

ROGÉRIO DOS SANTOS SILVA (rogerio_silva1214@hotmail.com) Cafeicultor - Espera Feliz (MG). “Trabalho com produtores de café na região da Zona da Mata de Minas e gostaria de receber a Revista Attalea Agronegócios pois traz bastante informações. JULIO CEZAR RIBEIRO (julio.cezar@emater.mg.gov.br) Extensionista Agropecuário - Cruzeiro da Fortaleza (MG). “Gostaria de assinar a Revista Attalea Agronegócios”. MICHELLY GOMES SOUSA COSTA (michelly_1301@hotmail.com) Estudande - Lins (SP). “Faço Engenharia Agronômica e gostaria de receber a Revista Attalea Agronegócios”. CASSIA RENATA PINHEIRO (cassiapinheiro@gmail.com) Pesquisadora - Sete Lagoas (MG). “Sou doutora em Genética e Melhoramento, tenho especialização em Agroenergia e atualmente sou estudante no MBA em Gestão de Negócios, área que gosto muito e, por isso, quero receber a Revista Attalea Agronegócios e sempre estar bem informada”. LAYLA PERES DE SOUZA BALDI (laaylaaa.layla@gmail.com) Estudante - Alfenas (MG). “Gostaria de assinar a Revista Attalea Agronegócios”. ERNANE CÔRTES LEMOS (ernanecortes@hotmail.com) Cafeicultor - Serra do Salitre (MG). “Gostaria de assinar a Revista Attalea Agronegócios”. LIVIA MARIA BARBOSA ANDRADE (livinha021@hotmail.com) Médica Veterinária - Franca (SP). “Gostaria de assinar a Revista Attalea Agronegócios”.


MÁQUINAS AGRÍCOLAS

Michelin aposta no potencial da ‘radialização’ e inicia produção de pneus agrícolas no Brasil FOTO: Printer Press

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Carlos Arantes Corrêa

Vista aérea da fábrica da Michelin em Campo Grande (RJ)

carcaças”, explicou Mendonça. A solução encontrada pela Michelin foi o desenvolvimento de um pneu capaz de suportar a carga e, ao mesmo tempo, proteger os solos e reduzir os custos de produção. “A tecnologia ‘radial’, através de uma arquitetura que proporciona uma banda de rolamento estabilizada, maior área de contato com o solo, carcaça que suporta maiores cargas com menores pressões, é a resposta para essas questões”, disse Christian Mendonça. Atualmente, apenas 6% dos pneus agrícolas vendidos no Brasil são ‘radiais’, enquanto que na Europa esse número chega a 87%. Mas a busca por pneus radiais cresce 22%

FOTO: Revista Attalea

om a maior extensão de terras aráveis no Mundo e a grande variedade climática e de solos, o Brasil tem na Agricultura um dos setores econômicos mais importantes, sendo responsável por mais de 25% do PIB - Produto Interno Bruto. O emprego da tecnologia e da mecanização fez com que a agricultura brasileira se mostrasse ainda mais importante. Maquinários de todos os tipos e tamanhos, para as mais diferentes culturas e atividades, contribuiram diretamente para o aumento da produção agrícola, regularizando o abastecimento de alimentos em todas as regiões do País, bem como alavancando as exportações agrícolas. Contudo, a mecanização na agricultura exige evoluções que se adaptem às necessidades de campo, contribuindo com o aumento da produtividade, redução de custos e preservação ambiental. O Brasil possui as máquinas agrícolas mais potentes e com as tecnologias mais atuais do Mundo. Mas a tecnologia dos pneus, contudo, ainda são da década de 1970, que implicam em deterioração dos solos, produções menores e alto consumo de combustíveis. Neste contexto, apostando no potencial demandado pela agricultura brasileira, a Michelin - gigante francesa no ramo de pneus - iniciou no final de junho a produção de pneus radiais agrícolas na unidade fabril de Campo Grande (RJ). “A oferta de pneus agrícolas com a tecnologia de ponta Michelin vem para contribuir, de forma significativa, para a produtividade da agricultura nacional”, explicou Nour Bouhasson, presidente da Michelin na América do Sul, em coletiva de imprensa realizada no final de junho. Para Christian Mendonça, Diretor de Comércio e Marketing de Pneus Agrícolas da Michelin América do Sul, o pneu é o elo entre a máquina agrícola e o solo. “Desta forma, podemos atribuir a ele uma série de resultados - positivos ou negativos - relacionados ao impacto sobre a produção e a rentabilidade da lavoura. Na busca de uma melhor produtividade, cada vez mais os agricultores vem optando por equipamentos de maior tamanho e a potência, levando os pneus a grandes esforços e provocando a fadiga prematura de suas

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Nour Bouhasson, presidente da Michelin América do Sul, na coletiva de imprensa.


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ao ano, enquanto que a procura por pneus ‘diagonalizados’ (tecnologia antiga) cai 20% ao ano. Considerada apenas a reposição, a companhia lidera este nicho no Brasil, cujo market share subiu 36% desde 2013, para os atuais 26% do mercado. “Apostando neste potencial, a Michelin tem como meta consolidar sua liderança no mercado brasileiro de pneus radiais agrícolas no Brasil”, disse Emmanuel Ladent, Diretor Mundial da Divisão Agrícola da Michelin. A proposta da empresa é fazer na agricultura o mesmo procedimento adotado por ela no transporte de cargas. “Em 1981, quando iniciamos as atividades de produção de pneus para caminhões no Brasil, o mercado nacional absorvia apenas 10% de pneus radiais. Atualmente, 88% do mercado brasileiro é de pneus radiais, bem próximo do que é na Europa”, explicou Ladent. Outro fator que dificultava uma maior participação da Michelin no mercado de pneus agrícolas no Brasil é a exigência dos financiamentos agrícolas (como o FINAME), que obrigam as montadoras de máquinas agrícolas a apresentarem índices de nacionalização superiores a 60%. “Com a produção de pneus agrícolas na unidade fabril de Campo Grande (RJ), a Michelin passa a ter uma maior competitividade junto às grandes montadoras de máquinas agrícolas, como os grupos AGCO [dono das fabricantes de máquinas Valtra e Massey Fergusson], CNH Industrial [proprietário da Case e New Holland Agrícola] e a John Deere”, explicou Mendonça. A UNIDADE - A fábrica de Campo Grande (RJ) torna-se a sétima unidade da Michelin no Mundo, que possui três fábricas na Europa (França, Espanha e Polônia), uma na China, uma no Japão e uma nos Estados Unidos. Destino de 1 bilhão de euros em investimentos nos últimos cinco anos, o Brasil foi escolhido pela Michelin para fornecer produtos específicos para o agronegócio de toda a América do Sul. A fábrica de Campo Grande recebeu aporte de R$ 100 mil para agregar a área agrícola. Num primeiro momento, a capacidade é de 40 mil unidades por ano em torno de 20 tamanhos distintos. O diretor de comércio e marketing de pneus agrícolas da Michelin América do Sul, Christian Mendonça, explica que o objetivo é fornecer pneus para tratores,

FOTO: Printer Press

MÁQUINAS AGRÍCOLAS

Emmanuel Ladent, Diretor Mundial da Divisão Agrícola da Michelin.

colheitadeiras, pulverizadores (estreitos), máquinas compactas e veículos de transporte de cana de açúcar e carretas agrícolas. “Isso porque é no Brasil que surgem as maiores demandas do segmento agrícola para a empresa. À medida que a tecnologia embarcada nas máquinas utilizadas na lavoura avança, cresce também a necessidade de pneus que tragam ganhos de produtividade. Neste contexto, segundo a companhia, o pneu do tipo radial é o mais indicado para a agricultura de precisão”, disse Nour Bourhasson. Culturas como a soja, café e cana-de-açúcar são as que geram as maiores demandas do País. Na América Latina, o Brasil lidera o consumo dos pneus Michelin, seguido pela Argentina e, em volume menor, a Colômbia e o Chile. “A Michelin acredita no potencial dos mercados brasileiros e confia que o que está acontecendo é passageiro”, acrescenta, em referência à crise econômica do País. ALTA TECNOLOGIA - Atualmente, os agricultores se deparam com um desafio em comum: maximizar sua produtividade e reduzir os custos operacionais. Atendendo à esta demanda, além da tecnologia ‘Michelin Radial’, a Michelin levará à sua linha de produção agrícola no Brasil, a tecnologia ‘Michelin Ultraflex’. “Esta última conta com uma pegada até 70% maior em relação às demais”, afirma Mendonça, sobre a maior tração, distribuição de peso do equipamento e rapidez no trabalho proporcionada pelo pneu da linha Ultraflex, último lançamento da empresa no segmento. Esta revolucionária inovação que, graças à sua capacidade para trabalhar sob baixa pressão, compacta menos o solo e obtém melhor rendimento, responde a um duplo desafio do mercado: melhorar a produtividade, acompanhando a evolução do maquinário agrícola, ao mesmo tempo em que contribui para a preservação do meio ambiente, protegendo solos e economizando combustível. Um estudo realizado pela universidade britânica Harper Adams mostra que o ganho potencial de uma lavoura de commodities pode chegar a 4% quando todas as máquinas envolvidas na produção têm pneus radiais substituídos pelos com a tecnologia Ultraflex IF (Increased Flexion) e VF (Very High Flexion). Em uma pequena palestra, durante a coletiva de imprensa, o vice-chanceller da Harper Adams, Engº Agrº Peter Mills, apresentou breves informações sobre o estudo. “Se trouxermos esse estudo para a realidade brasileira, po-


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MÁQUINAS AGRÍCOLAS

CONHEÇA A LINHA AGRO MICHELIN

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Michelin desenvolveu uma linha completa de pneus voltados a atender as necessidades dos agricultores brasileiros para todas as máquinas agrícolas de pequena a grande potência. Todos os modelos possuem uma estrutura radial, que aumenta a área de contato com o solo, proporcionando:• melhor distribuição da pressão sobre o solo e, em consequência, menor compactação no solo;

MICHELIN CargoxBib – Destinado aos veículos de transporte de cana-de-açúcar e carretas agrícolas. Sua estrutura é imbatível em comparação à resistência de rolagem, capacidade de carga e proteção do solo, com todos os atributos de alto desempenho de uma carcaça radial, transportando cargas pesadas em baixas pressões e/ou em alta velocidade.

• redução do tempo de realização do trabalho, o que proporciona maior produtividade; • diminuição do consumo de combustível; • conforto e flexibilidade nas operações; • capacidade de carga elevada.

MICHELIN AxioBib – Desenvolvido para máquinas agrícolas de forte potência, de mais de 250cv, oferece melhor tração e menor resistência à rodagem. Isto significa, para o cliente, um ganho de produtividade: tempo trabalhado e economia de combustível. É o único pneu com a denominação IF (Increased Flexion - “Maior Flexão”), estabelecida pela Tire and Rim Association dos Estados Unidos.

FOTOS: Printer Press

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demos dizer que um produtor de 2 mil hectares consegue uma produtividade média de soja de 3,12 mil quilos por tonelada (52 sacas por hectare). Com o aumento de 4% citado pelo estudo, considerando o preço da saca de 60 quilos de soja a R$ 80, há um ganho superior a R$ 320 mil por safra”, comenta Mendonça. Peter Mills ressaltou, ainda, que há tratores que pesam até 60 toneladas, daí a necessidade de procurar por ferramentas que diminuam este dano. “A pressão interna de um pneu está na pequena área em que ele fica em contato com o chão. Fizemos este levantamento para que o produtor rural entenda que isso pode aumentar suas despesas e que as recompensas [pela mudança] são significativas”, afirma o especialista. “O pneu é o elo entre a máquina agrícola e o solo, [sendo assim] é possível atribuir a ele uma série de resultados positivos”, completou. * O jornalista viajou a convite da Michelin e da Printer Press Comunicação Corporativa.

MICHELIN MachxBib – Destinado a tratores de alta potência, proporciona economia de combustível e tração. Ideal para carregar grandes cargas sob pressões ultrabaixas. Com uma carcaça extramacia e ombros arredondados, o pneu oferece proteção vital do solo durante a preparação, o plantio e o tratamento. Já a banda de rodagem plana e estável se distribui uniformemente por toda a carcaça, o que distribui a pulverizar a pressão e a reduzir a compactação do solo.


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MÁQUINAS AGRÍCOLAS

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om a supervisão dos diretores Wanderlei Walmir da Silva e Gisele Aparecida de Souza Silva, a Fort Baterias inaugurou neste mês de julho a segunda unidade da rede, que já atua em Franca (SP) desde 2013. A nova loja está instalada na Rua General Carneiro, 405, no bairro da Estação. A loja conta com o maior estoque de baterias automotivas da região de Franca. “Somos uma empresa especializada em venda de baterias automotivas, para caminhões, máquinas agrícolas e motocicletas. Mas também fornecemos baterias para no-break, motinhas elétricas e, para os admiradores de som automotivos, possuímos baterias estacionárias de alta amperagem para este público em especial”, explicou Wanderlei Silva. A rede Fort Baterias firmou parcerias fortíssimas com os maiores fornecedores de baterias do Brasil e Mercosul, oferecendo marcas como Moura, Bosch e, em especial, as baterias KF. “Como Gisele Aparecida de Souza Silva e Wanderlei Walmir da Silva, diretores da Fort Baterias firmamos uma parceria com exclusividade com a Indústria de Baterias KF, podemos proporcionar aos nossos necessidades. “Nossa equipe é formada por pessoas engaclientes baterias a bons preços e com altíssima qualidade”, jadas, que conseguiram absorver o espírito otimista e motivador dos proprietários, fazendo com que o cliente saia semexplicou Gisele Aparecida Silva. A empresa conta ainda a seu favor com uma equipe pre satisfeito após o atendimento”, disse Wanderlei. Outro diferencial que merece destaque na Fort Bateprofissional, que procura atender os clientes em suas reais rias é o atendimento em domicílio. “O cliente liga e vamos INFORMAÇÕES até ele para trocar sua bateria, sem custo algum por este tipo MATRIZ = Rua Minas Gerais, 636, Vila Aparecida, Franca (SP) - Telefone de serviço, na comodidade de sua casa, levamos a máquina (16) 3025-1366 e (16) 9.9236-4217. de cartão e ele não fica na mão sem bateria”, afirmou Gisele. FILIAL = Rua General Carneiro, 405 – Estação, Franca (SP) - Telefone Na nova unidade Estação, a Fort Baterias congrega um (16) 3723-1400 e (16) 9.9223-1701. ambiente tranquilo, com mais conforto para o cliente, que HORÁRIO DE ATENDIMENTO = das 8h00 às 18h00 de segunda à sextaenquanto espera pela troca da baterias de seu carro, poderá feira e aos sábados das 8h00 às 12h00. saborear um delicioso cafezinho expresso, ler uma revista ou assistir uma TV. “Neste novo ponto, buscamos atender aos clientes dos bairros Estação e circunvizinhos, que já há algum tempo têm nos ligado na Matriz para troca de suas baterias. Nossa meta é proporcionar a eles maior rapidez no atendimento e, por ser um local de alto fluxo de veículos e ótima localização, o cliente não ficará perdido na hora de escolher com quem trocar sua bateria; virá direto para Fort Baterias”, disse Wanderlei. A matriz da empresa está localizada na Rua Minas Gerais, 636, também em Franca (SP). “Em breve esta matriz também estará em um novo endereço e em novo ambiente também. Estamos terminando nosso novo prédio, na mesma Rua Minas Gerais, só que agora na esquina com a Pernambuco”, finalizou Wanderlei. Os diretores Wanderlei e Gisele e toda a equipe da Fort Baterias. FOTOS: Revista Attalea

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Fort Baterias inaugura segunda unidade em Franca (SP) com foco na satisfação dos clientes


GRÃOS

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EMPRESAS

VALTRA: REFERÊNCIA PRODUQUIMICA LANÇA NO SETOR CANAVIEIRO ‘PROGRAMA SUPERA’

REX 80F, NOVA LINHA DE TRATORES LANDINI

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Para atender às necessidades tecnológicas dos produtores de cana de açúcar, a Valtra (www.valtra.com.br) desenvolveu um amplo portifólio que abrange produtos e serviços para todas as etapas na lavoura. Possui uma linha completa de tratores para todas as fases do cultivo, divididos em 5 familias: Série A Geração II (66 a 96 cv), Linha BM (106 a 132 cv), Linha BH (137 a 210 cv) , Linha BT (150 a 215 cv) e Série S (325 a 375 cv). A plantadora BE 6200 realiza todas as operações do plantio (sulcação, adubação, distribuição de mudas, aplicação do fungicida, aplicação de inseticida e cobrição em duas linhas simultaneamente). A nova colhedora BE 1035e é uma máquina perfeita para colher em canaviais de grande produtividade.

A Produquímica (www.produquimica.com.br) – especialista em soluções para nutrição e fisiologia de plantas, animal e florestal – acaba de lançar o Programa Supera, que reúne um portifólio de última geração com soluções inovadoras para as lavouras. São fertilizantes de solo, tratamento de sementes, fertilizantes foliares e biofertilizantes. O programa conta agora com mais três opções: Phusion®, Up! Seeds® eTranslok®. O Phusion® é o resultado da fusão de três tecnologias (Maxxi-Phos, Microsol e Sulfurgran) e 7 nutrientes, o que proporciona maior eficiência nutricional. Já o Up! Seeds® reúne tecnologias de estímulo via semente, pelo recobrimento das sementes, o que potencializa o crescimento do sistema radicular e a formação dos nódulos. O Translok® é uma tecnologia exclusiva para ajudar a planta no processo de enchimento de frutos e de grãos.

Como estratégia de inovação sempre apresentando tecnologia de ponta, a Landini (www.landini.it) lança a nova linha Rex 80F, trator que vem sendo aprimorado desde 1982, com novo design e acabamento de capô e nova motorização Perkins Tier 3. Com maior área de capô com grades, facilitando a entrada de ar; design moderno de acordo com os novos modelos; faróis redondos integrados ao capô; e carenagens desmontáveis facilitando a manutenção. Quanto ao motor, o Perkins Tier 3 apresenta 74cv de potência, aspiração natural e 261 Nm de torque, além de alto desempenho, baixo nível de ruído, baixo consumo de combustível e reduzido impacto ambiental.

CONTRA FERRUGEM, BASF GRUPO BIO SOJA LANÇA LANÇA ATIVUMTM EC FERTIUM NITRO+S

TIMAC AGRO COMEMORA O DESAFIO DE PRODUTIVIDADE

A Basf (www.basf.com.br) anunciou essa semana o lançamento do fungicida foliar Ativum™EC (Piraclostrobina + Epoxiconazole + Fluxapiroxade) para o controle da ferrugem asiática e de outras doenças da soja. Trata-se de um produto de “alta eficiência” e estará disponível já para a próxima safra da oleaginosa, que começará no mês de setembro no Brasil. Contendo triplo modo de ação, o Ativum™EC bloqueia eficientemente o Complexo II (Carboxamida) e Complexo III (Estrobirulina) da respiração na mitocôndria e também inibe a síntese de ergosterol (Triazol) essencial para formação das membranas celulares dos fungos.

A TIMAC Agro (www.br.timacagro.com) comemora, pelo segundo ano consecutivo, presença de suas tecnologias entre as maiores produtividades de soja do país. O campeão do resultado do Desafio da Máxima Produtividade de Soja safra 2015/2016, promovido pelo Comitê Estratégico Soja Brasil (CESB), utilizou a tecnologia TOP-PHOS na fertilização da sua lavoura, e obteve a excelente marca de 120,07 sc/ha. As tecnologias da TIMAC Agro vêm contribuindo para que os produtores ultrapassem suas marcas de produtividade ano após ano. Na safra 2014/2015, clientes da TIMAC Agro já tinham conquistado a 1ª e a 2ª colocação no Desafio do CESB.

Já está disponível o novo produto do Grupo Bio Soja (www.biosoja.com.br), o Fertium Nitro+S®, indicado para aumentar a produtividade das culturas de café, cana-de-açúcar, pastagem e hortifrútis. Com excelente fonte de nitrogênio, o Fertium Nitro+S® deve ser aplicado durante a estação chuvosa. O produto fornece enxofre aumentando o desenvolvimento radicular e melhorando a eficiência na absorção de nutrientes além de aumentar a capacidade de troca de cátions (CTC) do solo e melhorar as suas condições físicas e químicas.


EMPRESAS

SISTEMA CYCLOAR REDUZ PERDAS DE NA COLHEITA DE CANA, CASE A8800 É GRÃOS EM SILOS E ARMAZÉNS SINÔNIMO DE PRODUTIVIDADE

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Cerca de 3% do total de grãos colhidos são perdidos dentro das unidades de armazenagem, por conta de problemas como amarelamento, ardidos dos grãos, deterioração, mofo e insetos. Também existe o problema da “suadeira” do silo que ocorre tanto na camada superior da massa de grãos quanto na lateral do silo. Observando que este problema ocorre sistematicamente, a Cycloar (www.cycloar.com.br) colocou no mercado uma importante solução para reduzir estas perdas.Trata-se de um sistema de exaustão, criado no Brasil e que vem revolucionando a armazenagem brasileira. A ação do Cycloar é proporcionar a eliminação destas ocorrências, de forma natural e sem custos, e preservar a colheita armazenada com melhor qualidade. Os agricultores além de obterem melhor qualidade do grão armazenado, reduzem os custos de armazenamento, obtendo lucros extras, como economia de energia elétrica, uniformidade de umidade na massa e eliminação de odores, antes não dimensionados. O Cycloar reduz em até 50% estas perdas porque retira o ar quente dentro dos silos e armazéns.

A Case IH (www.caseih.com.br) apresenta uma máquina que irá se tornar referência: a Colhedora de Cana A8800. O projeto traz tecnologias que garantem eficiência e mais produtividade. A versão 2016 apresenta um sistema de iluminação que auxilia reparos noturnos, com um ponto de luz dedicado para a parte frontal do equipamento e um pendente, para utilização 360º. Já os novos rolamentos dos rolos alimentadores tiveram uma redução de 83% no seu tempo de troca, de 15 horas, para duas horas e meia para troca de todos os rolamentos. A centralização dos pontos de lubrificação é outro diferencial que possibilita realizar a tarefa em 30 minutos (a cada 50 horas de colheita).

IZAGRO FACILITA O GRUPO EUROPEU ADQUIRE HUSQVARNA PROMOVE TRABALHO DE CAMPO FERTILIZANTES TOCANTINS VENDA DE DERRIÇADORAS

O IZAgro (@IZagroapp) é um aplicativo gratuito que veio para facilitar o trabalho no campo. Auxilia todos os profissionais do setor na consulta e compartilhamento de conhecimento e dicas na área agrícola. Nele, produtores rurais, técnicos e estudantes podem consultar as informações sobre os produtos registrados para controle de pragas, doenças e plantas daninhas em mais de 10 culturas diferentes, além de informações sobre os sintomas e meios de controle disponíveis para cada praga ou doença. Quando se encontra o produto desejado, é possível consultar todas as informações para garantir uma aplicação correta, evitando desperdícios e seguindo os princípios de sustentabilidade. O aplicativo também envia dicas agrícolas de Engenheiros Agrônomos cadastrados no banco de prestadores do IZAgro.

EuroChem Group AG (www.eurochemgroup. com), uma empresa líder global em agroquímicos, anunciou neste mês a aquisição de uma participação de controle (50% + 1 ação) na Fertilizantes Tocantins, uma das maiores misturadoras e distribuidoras de fertilizantes do Brasil. A transação está sujeita à aprovação regulatória e espera-se a conclusão até o final de agosto de 2016. A aquisição está em linha com a estratégia da EuroChem de fortalecer sua presença no crescente mercado de fertilizantes da América Latina. Com a presença e conhecimento de mercado da Fertilizantes Tocantins, suas fábricas e estrutura comercial estabelecida, com mais de 2.000 clientes, esta aquisição irá reforçar os negócios da EuroChem na região. Fundada em 2003, a Fertilizantes Tocantins está estrategicamente localizada nas áreas de maior crescimento agrícola do Brasil: no Norte, Nordeste e Centro-Oeste e vendas atingindo 740.000 toneladas de fertilizantes em 2015.

Líder global em equipamentos para o manejo de áreas verdes, a sueca Husqvarna (www. husqvarna.com/br) aposta no mercado cafeeiro de Minas Gerais, principalmente no Sul e na Zona da Mata, e realiza ação para estimular as vendas da Derriçadora CH12, produto para ser acoplado ao Aparador 226RJ e que auxilia na colheita dos grãos de café em qualquer estágio de maturação. Até o mês de agosto, a empresa contará com um promotor especializado nesse mercado para demonstrar o produto em uso no campo. Esse profissional será responsável por apresentar os diferenciais do equipamento, levar informações técnicas de utilização, mostrar as vantagens e o diferencial da mãozinha Husqvarna e sanar todas as possíveis dúvidas dos produtores rurais. A proposta é realizar um trabalho que vá além do contato com a revenda, aproximando o produtor, entender o dia a dia deles e mostrar como é possível tornar a atividade ainda mais eficiente.


GRÃOS

Soluções de controle para nematóides na soja

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odas as espécies de plantas cultivadas podem ser atacadas por fitonematoides, cuja presença nos solos passa, na maioria das vezes, despercebida pelos agricultores devido ao tamanho reduzido que eles possuem e por, geralmente, não apresentarem sintomas muito visíveis nas plantas. Seu deslocamento no solo é bastante limitado, portanto, sua disseminação é altamente dependente do homem, por meio de mudas contaminadas, deslocamento de máquinas de áreas contaminadas para áreas sadias e por meio de irrigação e/ou água das chuvas. Geralmente os sintomas ocorrem em reboleiras facilmente identificáveis no campo. As perdas devidas ao ataque de fitonematoides na agricultura mundial estão estimadas em aproximadamente, US$100 bilhões/ano (TIHOHOD, 2000). No Brasil, a quantificação de perdas não é precisa, devido principalmente às interações com danos provocados por pragas e outras doenças. O clima, predominantemente tropical propicia o encontro de condições de umidade e temperatura ideais para sua reprodução e alimentação. Estes fatores, associados a uma agricultura intensiva (cultivos sucessivos) e manejos inadequados, constituem pontos-chave para uma explosão populacional destes fitonematoides e, consequentemente, perdas significativas de produtividade. Em agosto de 2015, o Ministério da Agricultura publicou no Diário Oficial da União, a lista de pragas que apresentam os maiores riscos sanitário e fitossanitário para as principais culturas do país nas próximas safras. Nematoides de galhas, das lesões radiculares e do cisto da soja aparecem entre os maiores inimigos do Agronegócio Brasileiro, tendo causado danos e perdas muito significativas nos últimos anos e constituindo motivos de preocupação em termos de manejo para as próximas safras. O controle de fitonematoides é bastante complexo, assim, a combinação de diferentes medidas de controle fa-

AUTORA

1 - Engenheira Agrônoma, MSC em Fitopatologia/Nematologia.

FOTOS: Renata Souza

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Renata Souza¹

Sintomas de Pratylenchus brachyurus em lavoura de soja

vorece o manejo mais eficiente da população do patógeno. O agricultor deve ter a consciência de que a erradicação dos nematoides é praticamente impossível, porém, a adoção de práticas associadas podem reduzir populações do patógeno e danos por ele causados. O primeiro passo para a realização de um programa de controle eficaz é identificar qual é a espécie predominante na área afetada através de uma amostragem de solo que deverá ser enviada a um laboratório de análises nematológicas qualificado. Além de se conhecer qual é a espécie, uma amostragem bem feita poderá também informar a quantidade de inóculo presente no local, permitindo assim a criação de um programa de controle de acordo com a necessidade da área. A melhor época para se amostrar o solo será em torno de 45 – 50 dias após o plantio, quando a cultura já está estabelecida e os nematoides já completaram seu primeiro ciclo de vida nas raízes das plantas. É importante salientar que, amostras de raízes também deverão ser enviadas junto ao solo.

Lavoura de soja com plantas atacadas por Pratylenchus brachyurus


FOTOS: Renata Souza

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Sistema radicular atacado por Meloidogyne spp.

Raízes de soja atacadas por Pratylenchus brachyurus

Logo após, buscar as práticas mais úteis e cabíveis à sua área, como descrito abaixo: • Resistência Genética de Plantas: A resistência genética de plantas aos nematoides é um dos métodos mais eficientes e econômicos de se evitar as perdas ocasionadas por estes (Roberts, 2002). A partir do conhecimento prévio da população de nematoides presente na área de cultivo, basta ao agricultor escolher e realizar o plantio de genótipos resistentes. Porém, é importante lembrar que apenas a utilização

de cultivares e híbridos com baixo fator de reprodução de nematoides (FR) não é suficiente para assegurar resultados satisfatórios da lavoura. A esta prática devem ser adotadas medidas complementares. • Medidas Fitossanitárias: a prevenção constitui o princípio mais importante e a melhor linha de defesa para o controle de fitonematoides. Significa impedir a disseminação de campo para campo, de fazenda para fazenda ou de


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um país para outro. Além disso, a limpeza de equipamentos é de suma importância, devendo-se lavar cuidadosamente máquinas, implementos e ferramentas depois de se trabalhar em áreas infestadas. O agricultor consciente deve utilizar suas máquinas e implementos primeiramente em áreas não infestadas para depois utilizá-las em áreas conhecidamente infestadas. • Rotação de Culturas: a rotação de culturas é um dos métodos mais recomendados para o manejo de nematoides em culturas anuais ou perenes de ciclo curto. Se em determinada área é plantada a mesma cultura suscetível ciclo após ciclo, as populações de nematoides que se desenvolvem nesta cultura tendem a aumentar. A rotação com plantas não hospedeiras restringe a multiplicação dos nematoides e, aliada aos fatores naturais de mortalidade, favorece a redução da população do patógeno. Ao planejar cuidadosamente a sequência de plantas a serem utilizadas em rotação numa área é possível reduzir a densidade populacional do patógeno abaixo do nível de danos na cultura comercial de maior valor e não promover o aumento da população de outras espécies de nematoides (FERRAZ et al., 1999; HALBRENDT; LaMONDIA, 2004). • Plantas Antagonistas: o uso de plantas antagonistas é um dos métodos culturais mais estudados para o controle de fitonematoides, podendo ser utilizado em sistemas de rotação de culturas em programas de controle de nematoides. São consideradas plantas antagonistas aquelas que afetam negativamente a população de nematoides, a exemplo de plantas armadilhas (o nematoide consegue penetrar o sistema radicular, porém, não é capaz de completar seu ciclo de desenvolvimento), hospedeiras desfavoráveis (há penetração do sistema radicular, porém, poucos nematoides se desenvolvem) e aquelas que contêm compostos nematicidas/ nematostáticos em seus tecidos (FERRAZ; VALLE, 1997). Os benefícios do uso dessas plantas podem ser variados, como não prejudicar os inimigos naturais dos nematoides, favorecendo o aumento de agentes de controle biológico, como por exemplo, a Mucuna deeringiana, o Ricinus communis (mamona), Canavalia ensiformes (feijão de porco) e Secale cereale (centeio); algumas espécies utilizadas são capazes de fixar nitrogênio da atmosfera e fornecer ao solo expressivos volumes de matéria orgânica, como é o caso da mucuna-preta, contribuindo com 120 a 180 kg/ha de nitrogênio fixado da atmosfera. Espécies de Crotalaria são importantes antagonistas de nematoides, com destaque para a C. spectabilis, devido ao fato de não serem hospedeiras e não permitirem a multiplicação dos nematoides em esquemas de rotação de culturas. As gramíneas, utilizadas como forrageiras podem mostrar-se viáveis, pelo fato da pecuária ser atividade comum em diversas regiões do Brasil, principalmente no Cerrado. As gramíneas de maior demanda e mais promissoras para rotação na região do Cerrado, principalmente com leguminosas, são Brachiaria spp., Panicum maximum, Paspalum spp. e Andropogon guayanus (SPAIN et al., 1996). Em diversos experimentos essas espécies demonstraram pronunciado efeito antagonista, inibindo a eclosão de juvenis de nematoides, comportamento não-hospedeiro, ação como planta armadilha e não permitindo que as populações completassem seu ciclo de desenvolvimento.

• Adição de Matéria Orgânica ao Solo: a incorporação de matéria orgânica ao solo permite melhorar a estrutura e a fertilidade do solo, além da adição de determinados materiais ao solo auxiliarem na redução da população de fitonematoides. As principais fontes de matéria orgânica utilizadas no manejo de nematoides são: tortas de sementes de oleaginosas (mamona, nim, amendoim, mostarda, algodão, soja, linho e outros); biomassa vegetal (mucuna, repolho, folhas de nim, alfafa, crotalária); resíduos agroindustriais (resíduos da industrialização de chás, algodão, mandioca, bagaço de canade-açúcar, palha de café e de arroz); resíduos de animais (esterco de frango e bovino, rejeitos de limpeza de peixes, farinha de ossos e quitina); e lixo urbano (detritos e resíduos de tratamento de esgotos). As populações de fitonematoides podem ser afetadas pelos seguintes mecanismos: => Liberação de compostos nematicidas preexistentes nos materiais orgânicos; => Produção de compostos nematicidas, como amônia e ácidos graxos, durante a degradação; => Introdução e/ou incremento de microrganismos antagonistas; => Aumento da tolerância e resistência das plantas ao ataque de patógenos; => Alterações nas propriedades físicas do solo, que são detrimentais ao comportamento do nematoide. Provavelmente, o sinergismo entre esses mecanismos seja responsável pela ação supressora sobre o patógeno, mais do que o efeito isolado de apenas um deles. • Controle Químico: os nematicidas químicos apresentavam-se no passado como altamente tóxicos, podendo contaminar lençóis freáticos e reduzindo a microbiota antagonista do solo aos nematoides, sendo retirados do mercado. Atualmente, grandes investimentos têm sido realizados para o desenvolvimento de produtos eficazes e seguros ao meio ambiente. Estes produtos, aplicados em tratamento de sementes ou ao sulco de plantio, atuam aumentando o vigor das plantas e auxiliando no desenvolvimento de raízes secundárias, conferindo à planta maior tolerância ao ataque do patógeno e sanidade tanto do sistema radicular quanto da parte aérea. Alguns produtos, com efeito de contato, atuam ainda diretamente sobre os nematoides, interrompendo sua movimentação e, consequentemente, causando sua mor-


GRÃOS te por inanição, já que estes não conseguem penetrar as raízes para dar início ao processo de alimentação. • Controle Biológico: muito tem se falado nos últimos anos sobre controle biológico. Vários organismos são considerados inimigos naturais de fitonematoides, como nematoides predadores, vírus, ácaros, fungos e bactérias (STIRLING, 1991). Para que um microrganismo seja considerado um bom agente de controle biológico ele deve possuir vários atributos, como não ser patogênico às plantas e aos seres humanos, ser eficiente em reduzir ou suprimir a população de nematoides, ser facilmente e economicamente produzido em massa, permanecer infectivo após longo tempo de armazenamento, entre outros. Atualmente, os produtos mais pesquisados e utilizados como bionematicidas são à base de fungos parasitas de ovos e fêmeas, como Paelomyces lilacinus, que é um fungo primariamente saprófita, crescendo em vários substratos presentes no solo. O fungo dissemina-se rapidamente em solos agricultáveis, colonizando os ovos de nematoides após o crescimento micelial na massa de ovos. Também tem-se utilizado a bactéria Pasteuria penetrans, endoparasita, capaz de formar esporos de resistência no solo. Esta apresenta várias características que a colocam no patamar de agente bacteriano de maior potencial de controle biológico de nematoides (FREITAS; CARNEIRO, 2000), como: sobrevivência por longos períodos no solo, resistência ao calor e à dessecação, elevado potencial reprodutivo, inocuidade ao homem e a outros animais, compatibilidade com inúmeros pesticidas e fertilizantes, não é afetada por práticas culturais e não apresenta nenhum inimigo natural descrito até o momento. A multiplicação desse patógeno ocorre in vivo, ou seja, plantas são inoculadas com juvenis de nematoides contendo seus endósporos aderidos, em caso de vegetação. Essa produção é lenta e laboriosa, porém, sabe-se que mesmo densidades baixas de endósporos no solo podem aumentar em condições ideais, ao ponto de tornarem o solo supressivo aos nematoides. A essas práticas podemos ainda adicionar a eliminação de camadas compactadas de solo, melhoria do equilíbrio do pH e a manutenção de bons níveis de potássio. Importante salientar que a adoção dessas práticas deverá ser realizada de acordo com a necessidade de cada área, da espécie de fitonematoide presente e do nível populacional desta. Para maiores informações e a criação de um programa de controle de nematoides eficaz, consulte um engenheiro agrônomo de sua confiança. Referências Bibliográficas: BARKER, K.R.; HUSSEY, L.R.; KRUSBERG, L.R.; BIRD, G.W.; DUNN, R.A.; FERRIS, H.; FERRIS, V.R.; FRECKMAN, D.W.; GABRIEL, C.J.; GREWAL, A.E.; McGUIDWIN, A.E.; RIDDLE, D.L.; ROBERTS, P.A.; SCHIMITT, D.P. ; Plant and soil nematodes: societal impact and focus for the future. Journal of Nematology, Lakeland, v.26, p.127-137, 1994. FERRAZ, S.; VALLE, L. A. C. Controle de fitonematoides por plantas antagônicas. Viçosa, MG: Editora UFV, 1997. 73 p. (Cadernos Didáticos). FERRAZ, S.; VALLE, L. A. C.; DIAS, C. R. Utilização de plantas antagônonicas no controle do nematoide de cis-

tos da soja (Heterodera glycines Ichinohe). In: Sociedade Brasileira de Nematologia (ED). O nematoide de cisto de soja: a experiência brasileira. Jaboticabal, SP: Artsigner Editores, 1999. P. 25-53. FERRAZ, S.; FREITAS, L. G. de.; LOPES, E. A.; DIAS-ARIEIRA, C. R.; Manejo sustentável de fitonematoides. Viçosa, MG, Ed. UFV, 2010. 306 p. FREITAS, L. G.; CARNEIRO, R. M. D. G. Controle biológico de nematoides por Pasteuria spp. In: MELO, I. S. de (Org). Controle Biológico. Jaguariuna, SP: EMBRAPA, 2000. p. 197-216. HALBRENDT, J. M.; LAMONDIA, J. A. Crop rotation and other cultural practices. In: CHEN, Z.; CHEN, S.; DICKSON, D. W. Nematology – advances and perspectives. V. II: Management and utilization. Beinjing: Tsinghua University Press; Wallingford: CABI Publishing, 2004. P.909-930. Ritzinger, C. H. S. P.; Costa, D. C.; Nematoides e alternativas de manejo. Livro Banana, capítulo x, p. 183-184. ROBERTS, P. A. Concepts and consequences of resistance. In: STARR, J. L.; COOK, R.; BRIDGE, J. (Eds.). Plant resistance to parasitic nematodes. Wallingford: CAB International, 2002. P. 23-41. SPAIN, J. M.; AYARZA, M. A.; VILELA, L. Crop pasture rotations in the Brazilian Cerrados. In: SIMPÓSIO SOBRE O CERRADO, 8., 1996, Brasília. Anais…Brasília: EMBRAPA/CPAC, 1996. P. 39-45. STIRLING, G. R. Biological Control of plant parasitic nematodes: progress, problems and perspects. Wallingford: CAB International, 1991, 282 p. TIHOHOD, D. Nematologia agrícola aplicada. Jaboticabal: FUNEP, 372 p. 2000.

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TECNOLOGIA

Monitoramento e controle de galpões de suínos 20

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A tecnologia da informação como ferramenta na relação qualidade vs. custo de produção

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Hermes Nunes Pereira Júnior1

om a abertura de novos mercados consumidores o uso da tecnologia da informação tem se tornado uma ferramenta importante para diminuir o custo e aumentar a qualidade na produção do rebanho. Este artigo descreve o estudo feito em uma granja de suínos e como a tecnologia da informação mostrou a real situação dos ambientes em relação aos fatores monitorados e as sugestões de melhorias no controle dos ambientes. Com a abertura de novos mercados – internos e externos, muitos suinocultores perceberam que a produção do rebanho utilizando os modelos tradicionais não melhoraria a qualidade do rebanho na hora do abate nem diminuiria o custo da produção durante o período de engorda. Neste novo cenário a tecnologia da informação foi usada para dar uma visão mais detalhada dos agentes que atuavam durante o período de engorda do rebanho na granja, a temperatura, a umidade e o nível de amônia interferem diretamente na produtividade do rebanho. Nesta pesquisa foram monitorados os ambientes de cada fase da criação suína e como os três fatores enumerados incidem na qualidade na hora do abate. Neste estudo foram utilizados sensores que colhiam a cada 10 minutos os níveis de amônia, temperatura e umidade relativa do ar dentro dos galpões. Estes dados eram enviados para um servidor/computador externo através da internet e então feitas as análises baseadas nos níveis mínimos e máximos de cada fator dentro do ambiente monitorado. Se os valores estiverem fora das margens superiores ou inferiores atribuídas a cada ambiente o sistema enviava uma mensagem para o e-mail do gerente da granja. Além da coleta automática dos dados dos galpões, a granja continuou tendo suas medições feitas manualmente por um funcionário como de costume, anotando numa planilha a hora da medição e os valores da umidade relativa do ar e da temperatura dentro do galpão. Estas duas formas de leituras foram um ponto de confronto entre ambas e pode-se ver quais fatores influenciaram nas medições de ambas.

RESULTADOS - No período de monitoramento dos ambientes de criação percebeu-se que os valores internos de temperatura e umidade relativa do ar tiveram momentos onde eles ultrapassaram os valores máximos para o ambiente. Comparando com as planilhas de cada ambiente, os valores só voltaram ao patamar aceitável após a anotação do funcionário na planilha. Na hora que ele aferia a temperatura e umidade ele acionava os ventiladores para diminuir a temperatura interna. Os sensores de monitoramento detectaram a elevação da temperatura mas o acionamento dependia do funcionário. Se o sistema estivesse interligado com a rede de

AUTOR

1 - Professor do curso de Redes de Computadores da FACISA / Univiçosa. Email: hnpjunior@gmail.com

ventiladores ele poderia acioná-los automaticamente. A umidade relativa do ar estava diretamente relacionada com a lavagem do ambiente. Quando o funcionário entrava no galpão e sentia que o nível de amônia estava alto ele abria o registro de água e o lavava. Esta observação era feita de forma empírica, o funcionário sentia a ardência causada pela amônia e então lavava o galpão. Durante o monitoramento dos galpões a lavagem dos galpões não acusaram a elevação acima dos valores máximos em várias ocasiões onde foram feitas as lavagens. A água usada nos galpões baseando-se apenas na experiência do funcionário elevou o nível de umidade, aumentou o consumo de água – consumo estimado em 400 litros por cada vez de assepsia do ambiente. CONCLUSÕES - Com este estudo percebeu-se que a ação humana baseada apenas nas leituras aferidas pelos funcionários é imprecisa e influencia diretamente na qualidade interna do ambiente e, consequentemente, no rebanho. O uso de tecnologias de monitoramento e acionamento dos equipamentos de controle são de grande importância para a maximização do ganho no final da criação. O tempo entre o nascimento e o abate do rebanho é de 150 dias. A cada dia espera-se que o animal engorde cerca de 800 gramas. Se algum fator externo prejudicar este aumento de peso diário não haverá chance de recuperação até o final do ciclo. Na granja monitorada a média de peso por animal no final da criação é de 103 kg, mas a expectativa é que diminuindo a variação dos 3 fatores dentro dos galpões o peso seja elevado para um valor que fique entre 105 e 105 kg por cabeça. O uso racional dos recursos (água e energia elétrica) durante a produção, incide diretamente no custo final do quilo vendido aos abatedouros. O uso das tecnologias da informação podem aumentar a qualidade do rebanho e diminuir o custo da produção, aumentando por fim o lucro do produtor.


PECUÁRIA

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LEITE

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Período de ocupação dos piquetes no pastejo rotacionado

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intensificação da produção animal a pasto, observada nos últimos anos, tem sido a saída de muitos produtores para compensar o aumento dos custos dos fatores de produção como terra, mão de obra e mesmo do capital. Neste cenário, a busca por sistemas mais eficientes e com maior capacidade para aumento da produtividade é determinante para garantir a lucratividade da atividade pecuária, notadamente da pecuária de leite. O pastejo rotacionado se adequa bem a esta realidade pois, por meio do maior controle da frequência de desfolha, ditada pelo período de descanso, e da intensidade de desfolha, determinada pela altura residual do pasto após o período de ocupação dos piquetes, é possível aumentar a eficiência de uso da forragem e, com isso, elevar a taxa de lotação e a produção de leite por área. Para Martha Jr. et al (2003), pelo maior controle do crescimento da planta, o pastejo rotacionado é mais indicado para gramíneas cespitosas de alto potencial de produção (capim Elefante, capim Mombaça etc.) que têm sua perenidade comprometida quando submetidas a curtos intervalos entre desfolhas, mas que, sob longos períodos de crescimento, apresentam deterioração da estrutura do pasto (elevada proporção de hastes e de folhas mortas). O pastejo rotacionado é definido como a divisão da pastagem em piquetes que serão pastejados de forma rotacionada pelo lote de animais. Assim, períodos de descanso, tempo que o pasto vai rebrotar após um pastejo, e períodos de ocupação, quando os animais permanecem no piquete para consumo ou rebaixamento do pasto, são os dois fatores do pastejo rotacionado que devem ser levados em conta pelo manejador da pastagem. Da combinação destes dois fatores resulta também o número de piquetes a serem utilizados, de acordo com a fórmula:- NP = PD/PO + X, sendo: NP = Número de piquetes / PD = Período de descanso / PO = Período de ocupação e X = grupos de animais em pastejo. Neste texto, consideramos apenas o efeito do período de ocupação dos piquetes sobre o sistema, embora o período de descanso também seja fundamental, tanto para controlar o crescimento do pasto, como para definir o número de piquetes necessários. Em um sistema de pastejo rotacionado mais simples, o período de ocupação (PO) pode ser igual ao período de descanso (PD), em torno de 25 a 30 dias; chamado de pastejo alternado, onde são necessários apenas dois piquetes. Entretanto, em sistemas rotacionados tradicionais, buscando elevar a taxa de lotação e a produtividade, os períodos de ocupação variam desde um dia (ou ½ dia) até 7 dias. Mas quais são as vantagens e desvantagens destes extremos? Primeiro precisamos ter em mente que a forragem disponível no pasto deve atender às necessidades do rebanho ou de um determinado lote de vacas. Desta forma, se eu

decido utilizar um longo período de ocupação para um lote de 20 vacas, por exemplo, é de se imaginar que precisarei de um piquete grande o suficiente para garantir forragem aos animais, teoricamente, até o último dia de ocupação. Já se este mesmo lote de animais for permanecer no piquete por apenas 1 dia, o piquete pode ser menor, mas o número de piquetes a ser feito aumenta consideravelmente. Considerando um pastejo rotacionado com 21 dias de descanso, o período de ocupação determina o número de piquetes necessários. Assim, para 1 dia de ocupação, são necessários 22 piquetes; para 3 dias de ocupação, 8 piquetes; e para 7 dias de ocupação, 4 piquetes. Assim, pode-se ver que, com menores períodos de ocupação, há maior divisão da pastagem, aumentando os custos com cerca, bebedouros etc. Por outro lado, se tem melhor uniformidade de pastejo devido ao alto número de animais num piquete relativamente pequeno. Ou seja, não se observa grandes variações de altura do pasto após a saída dos animais. Com isso, não há necessidade de roçada do pasto ou, se o for, apenas pontos específicos de um piquete pequeno serão rebaixados. Outra vantagem é que a produção diária de leite também se mantem estável, uma vez que a dieta das vacas sofre pouca alteração com a troca diária de piquetes e ocorre melhor distribuição das fezes e urina e menor perda de forragem com áreas de malhadouro. Já sob longos períodos de ocupação, de 7 dias, os animais experimentam, ao final do período, do 5º ao 7º dia, certa restrição alimentar, já que nestes dias há menor disponibilidade de folhas na pastagem; fração preferencialmente consumida pelos animais e de maior valor nutritivo. Outro ponto desfavorável de longos PO diz respeito ao pasto: no verão chuvoso e sob doses de adubação de cobertura relativamente altas, as gramíneas preconizadas para uso sob pastejo rotacionado apresentam alta taxa de crescimento. Isso faz com que, em poucos dias, de 5 a 7, haja considerável rebrotação das touceiras já pastejadas, levando os animais a repetirem o pastejo nestas touceiras, podendo levá-las ao esgotamento enquanto outras touceiras ficam “mal” pastejadas. Nesta condição, tem-se um pastejo desuniforme com pontos superpastejados e outros subpastejados, tornando a roçada uma prática frequente para controlar a estrutura do pasto para o seguinte ciclo de pastejo. Períodos de ocupação intermediários, de 2 ou 3 dias, podem conciliar as vantagens apontadas para os dois extremos. Não existe uma recomendação geral para o uso de um ou outro período de ocupação e a decisão de qual utilizar vai depender de fatores como o nível de intensificação desejado, capacidade de investimento do produtor, da gramínea utilizada, do nível de produção das vacas e do nível de suplementação adotado, dentre outros. (FONTE: Embrapa Gado de Leite)


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Espécie até então não relatada na América do Sul, suas larvas alimentam-se dos perfilhos da pastagem.

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m grupo de pesquisadores liderados pelo entomologista da EPAGRI - Empresa de Pesquisas Agropecuárias de Santa Catarina, Leandro do Prado Ribeiro identificou em Santa Catarina uma nova praga que infesta pastagens de grama-bermuda (Cynodon dactylon), especialmente o cultivar Jiggs. Trata-se da Moscada-Grama-Bermuda Atherigona (Atherigona reversura Insecta, Diptera, Muscidae), espécie até então não relatada na América do Sul. A praga, encontrada em abril de 2015 em pastagens de Abelardo Luz (SC), Chapecó (SC), Palmitos (SC) e Videira (SC), nas regiões Oeste e Meio-Oeste do Estado, foi analisada, inicialmente, no Laboratório de Entomologia do CEPAF - Centro de Pesquisa para a Agricultura Familiar da EPAGRI, em Chapecó (SC). Com base em características morfológicas (genitálias de machos) e análises moleculares baseadas na amplificação do gene mitocondrial citocromo oxidase I (COI), ela foi identificada pelos pesquisadores da Epagri com a colaboração do professor Claudio de Carvalho, da Universidade Federal do Paraná, e da professora Kirsten Lica Haseyama, da Universidade Federal de Minas Gerais.

A MOSCA - A Mosca-da-Grama-da-Bermuda coloca seus ovos nas plantas e, quando eles eclodem, as larvas se alimentam dos perfilhos (brotações) da pastagem. “A morte das folhas apicais de perfilhos infestados é decorrente do dano no tecido vascular, que conduz a uma redução significativa no crescimento das plantas, reduzindo a produção de biomassa de forragem em áreas já estabelecidas e dificultando o estabelecimento de novas áreas com espécies vegetais hospedeiras do inseto-praga”, explica Leandro.

FOTOS: EPAGRI - Leandro Ribeiro

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Mosca Atherigona: nova praga que infesta pastagens é identificada em Santa Catarina

Segundo o pesquisador, esse inseto ocorre em diversos países do hemisfério Oriental e da região da Australásia. Em 2010, foi detectado no sul da Geórgia, nos Estados Unidos e, mais recentemente, foi encontrado no sul do México. “Embora a porcentagem de perfilhos danificados seja variável de acordo com o cultivar, a praga causou uma diminuição média de 7,7% da biomassa seca total de diferentes cultivares de Cynodon e perdas significativas na qualidade da forragem produzida em estudos conduzidos nos Estados Unidos”, conta. No entanto, Leandro ressalta que o inseto tem maior preferência pelo cultivar Jiggs em virtude de características morfológicas estruturais da planta (perfilhos mais tenros) que favorecem o desenvolvimento da praga. Os cultivares de pastagem atacados pela Mosca-daGrama-Bermuda são amplamente utilizados em todas as regiões de Santa Catarina por conta de sua produtividade e adaptação às condições de clima e solo do Estado. Estima-se que cultivares de grama-bermuda sejam utilizados em pelo menos 70% das propriedades produtoras de leite do Estado. De acordo com Leandro, a hipótese mais provável é que a praga tenha entrado no Estado com a importação de material propagativo (mudas) de pastagens. Em visitas a outras regiões catarinenses, o pesquisador identificou que o inseto já está espalhado no Estado. “É cedo para dizer quais serão os efeitos dessa praga no Estado. Ela pode se alastrar e causar prejuízos ou ter inimigos naturais que vão ajudar a contê-la”, explica. A próxima etapa, que envolve a CIDASC - Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina e o MAPA - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, é monitorar a praga para avaliar sua dispersão e seu estabelecimento em Santa Catarina e, então, estudar a necessidade de adotar de estratégias de contenção e controle. A EPAGRI está envolvida no treinamento de técnicos desses dois órgãos. (FONTE: EPAGRI/SC)


Como produzir vacas longevas?

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LEITE

FOTO: Corey Geiger, Managing Editor, Hoards Dairyman

m 1940, quando iniciou a seleção genética de vacas leiteiras, o foco era somente na produção de leite. Após alguns anos – entre 1960 e início de 1970 – começou a seleção na produção de gordura e depois de proteína. Já no final dos anos 70 e início de 80 começaram as avaliações dos traços morfológicos das vacas, como: corpo, pernas em geral, garupa, úbere anterior, úbere posterior e ligamento médio. A seleção por células somáticas teve início nos anos 90 e logo após foram acrescentadas Na imagem está a vaca June EX 97 (à esquerda), de linhagem Goldwyn x Allen x Rudolph x Lindy, que com nove anos produziu em seis lactações: 71.524 Kgs de leite, com 4,40% de gordura e 3,40% de proteína. Já a a mensuração de vida produtiva, vaca Alana EX96 (à direita), de cruzamento Goldwyn x Skychief x Starbuck x Sheik, com sete anos produziu a fertilidade das vacas e por fim, em cinco lactações, 61.716 kgs de leite, com 4,10% de gordura e 3,50% proteína. as provas com dados de eficiência alimentar – como as realizadas em suínos e aves – que per- seus aprumos, com uma visão posterior de ossatura bem plamitem identificar a capacidade de conversão de matéria seca na, evitando assim, lesões de jarrete ou derrames nos mesmos. (MS) em leite. • A estrutura corporal deve ser de estatura mediana Atualmente este item já consta na fórmula das provas com 145cm na garupa - e não muito grande, isto é, para uma canadenses LPI - Índice de Lucratividade Vitalícia e das pro- vaca holandesa de peso médio - entre 650 e 680kg - na idade vas americanas TPI – Índice de Desempenho Total. adulta (terceira lactação). Com todas estas informações, muitos produtores e especialistas em rebanho leiteiro passaram a conhecer melhor Todos estes traços de morfologia estão relacionados dias características de uma vaca leiteira moderna e longeva. retamente aos índices de vida produtiva. Portanto, ao escoUm estudo realizado no Canadá – entre 2003 e 2007 – com lher o grupo de touros para melhoramento genético de sua base nos dados de classificação e produção da Holstein Ca- propriedade, selecione aqueles com altos desvios para úbere nadá, deu uma visão mais clara de quais são as características anterior, textura de úbere e ligamentos central com patas lineares mais comuns nas vacas longevas canadenses, onde paralelas na visão posterior e bons escores de locomoção. é destacado, principalmente, os traços de sistema mamário e Este é o segredo para aumentar a vida útil de suas vacas e ter depois pernas e pés. mais rentabilidade. (FONTE: Hilton Ribeiro - Distrital da Dentre as 25 características lineares avaliadas nas va- Região ABCW do Paraná) cas (sistema mamário, pernas e pés, força leiteira e garupa), há cinco que mais impactam na vida produtiva dos animais. No sistema mamário as mais importantes são: úbere anterior; textura de úbere (característica exclusiva na prova Canadense); profundidade de úbere; ligamento central e altura de úbere posterior. Outras características de grande importância na longevidade são: pernas vista posterior; qualidade óssea (característica exclusiva prova Canadense); locomoção do animal; pernas vista lateral; e profundidade talão. As características de menos importância são: largura de peito; estatura; colocação de tetos posterior; colocação coxofemoral e comprimento tetos. Resumindo, uma vaca longeva deve apresentar as seguintes características: • Úberes anteriores bem inseridos, com muita textura e irrigação e máximo de profundidade na altura do jarrete (musculatura posterior da coxa), na quarta ou quinta lactação, com ligamento central bem demarcado e forte; • As pernas e patas devem caminhar paralelamente nos

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EVENTOS

FEACOOP 2016 APRESENTA EM BEBEDOURO (SP) AGROCHEMSHOW DISCUTE TECNOLOGIAS VOLTADOS AO AGRICULTOR SETOR DE AGROQUÍMICOS 26

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A Coopercitrus e a Sicoob Credicitrus realizam de 1º a 04 de agosto a 17ª FEACOOP, sua tradicional Feira de Agronegócios (www.coopercitrus.com.br), realizada na Estação Experimental de Citricultura de Bebedouro (SP). O evento possui entrada franca e estará repleto de novidades, com destaque para o estande da New Holland, de uma loja de conveniência AM PM, uma dinâmica de tecnologias de precisão, além de contar com uma Unidade de Referência Tecnológica em Integração Lavoura Pecuária Floresta, modelo sustentável de produção agrícola. Já a Netafim, empresa pioneira e líder mundial em soluções de irrigação por gotejamento, apresentará como destaque o Streamline Plus: um tubo gotejador com maior resistência no campo à pressão (20%) e a tensão (40%). O novo produto também é mais resistente ao entupimento e aumenta a durabilidade e uniformidade. Além disso, estará em alta também os kits de MBP (mudas pré-brotadas) para cana. “Desenvolvemos esse kit para garantir a uniformidade e desenvolvimentos das mudas utilizando-se do sistema mais eficiente de irrigação a um custo muito atrativo”, declara Rafael Faggioni, Gerente de Contas da Netafim. Os organizadores esperam cerca de 160 expositores no evento, dos segmentos de insumos, máquinas e implementos agrícolas e a presença de 12 mil visitantes, entre cooperados e produtores rurais das áreas de atuação das duas cooperativas. As condições facilitadas se estendem para as mais de 60 filiais da Coopercitrus ao longo desses dias. Presente nos Estados de São Paulo e Minas Gerais, a Coopercitrus possui mais de 25 mil cooperados e faturou em 2015 a cifra de R$ 2 bilhões.

Organizada anualmente pela AllierBrasil Agro e a CCPIT da China, a 9ª Brasil AgrochemShow (www.agrochemshow.com.br) acontecerá nos dias 22 e 23 de agosto, no Hotel Maksoud, em São Paulo (SP). São esperadas cerca de 400 pessoas nos dois dias de evento entre fabricantes, traders de defensivos agrícolas e representantes de empresas da China, Índia, Paraguai, Argentina, EUA, Europa e Brasil. Neste ano, haverá Rodada de Negócios e palestras com o foco principal em registros de agroquímicos (CCPIT-China, MAPA, IBAMA, ANVISA, Allier Brasil, Arysta LifeScience e Rothmann Sperling Padovan Duarte). A 9ª Brasil Agrochem Show tem por objetivo oferecer um espaço para criar o diálogo e gerar negócios entre os players de defensivos agrícolas e representantes de empresas de vários países. Os patrocinadores do evento são: Dinagro, Sementes Semeali, CHD´S Agroquímica e a Iprochem.

PLANTIO DIRETO NA PALHA CADEIA DO LEITE SERÁ 13º ENCONTRO SOBRE A SERÁ DISCUTIDO EM GOIÂNIA DISCUTIDA EM CASTRO (PR) CULTURA DO AMENDOIM

O Agroleite Castrolanda 2016 (www.agroleite castrolanda.com.br) acontecerá de 16 a 20 de agosto, em Castro (PR), capital nacional do leite. O evento é voltado a todas as fases da cadeia do leite e busca através de sua programação apresentar o potencial de produção de leite da região nos aspectos qualitativo e quantitativo. Indicado aos proprietários das principais fazendas leiteiras do país, bem como profissionais dos diversos segmentos da cadeia leiteira (veterinários, engenheiros agrônomos, técnicos, pesquisadores e consultores). Durante o Agroleite Castrolanda também são realizados os fóruns de Pecuária Leiteira, do Meio Ambiente, da Batata, da Suinocultura e do Feijão. Além do Painel de Ovinocultura; do Torneio Leiteiro; Julgamentos Oficiais das raças Holandês, Jersey, Simental e Simlandês; Dinâmica de Máquinas e Implementos Agrícolas; e Troféu Agroleite. Tudo isto para se discutir genética, alimentação, qualidade animal, qualidade final e tecnologias voltadas aos setores.

O 13º Encontro sobre a Cultura do Amendoim (www.funep.org.br), promovido pela Funep, será realizado nos dias 18 e 19 de agosto de 2016, nas dependências do Centro de Convenções da UNESP/FCAV, em Jaboticabal (SP). O evento será conduzido pela Câmara Setorial do Amendoim, através do presidente Luiz Antonio Vizeu. Serão abordados vários temas, como: “Evolução e Características do Mercado de Amendoim no Brasil”, por Dejair Minotti - Entressafra-Consultoria de PósColheita; “Manejo Integrado de Pragas em Amendoim”, por Marcos Donizete Michelotto - Pesquisador Científico da APTA – Polo Regional Centro Norte; “Inclusão do Amendoim no Grupo de Culturas com Suporte Fitossanitário Insuficiente”, por Ernesto Fantini - Consultor Syngenta; “Epidemiology and Management of Leaf Spot Diseases of Peanut”, pelo Prof. Dr. Alberti K. Culbreath - Universidade da Georgia, EUA. Espaços técnicos da BASF, Syngenta, Oxiquimica e Aminoagro.

O 15º Encontro Nacional de Plantio Direto na Palha (www.15enpdp.com.br), organizado pela Federação Brasileira de Plantio Direto e Irrigação, será realizado entre os dias 20 a 22 de setembro de 2016, nas dependências do Centro de Eventos da Universidade Federal de Goiás, em Goiânia (GO). Os participantes terão a oportunidade de atualizarem seus conhecimentos em relação a rotação de culturas, controle de invasoras resistentes, manejo de doenças do solo, controle biológico de pragas e doença como nematoides, fertilidade do solo, stress hídrico, mecanização agrícola, sistemas integrados de produção, sem perder de vista a conservação do solo e da água e as características do ambiente das lavouras para a melhoria da eficiência da produção e da renda da atividade agropecuária. O evento conta ainda com um dia de campo que abordará os temas: “SPD e ILP no sequestro de gases de efeitos estufa”, “Manejo de pragas, plantas daninhas e doenças com plantas de cobertura” e “Adubação de sistemas”.


EVENTOS

PROTAGONISMO SERÁ DEBATIDO NO 6º CONGRESSO ANDAV FOCA NA GESTÃO 15º CONGRESSO DA ABAG ESTRATÉGICA NA DISTRIBUIÇÃO 27

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O embaixador, Marcos Azambuja, que será um dos debatedores do painel “Protagonismo no Agronegócio”, no 15º Congresso Brasileiro do Agronegócio (CBA) - (www.abag.com.br/cba), tradicional evento do setor, realizado pela ABAG – Associação Brasileira do Agronegócio, e que acontecerá de 8 a 10 de agosto, com uma novidade: a realização de uma feira de negócios, no WTC – World Trade Center, em São Paulo (SP). Participarão também do painel como debatedores: Marcelo Furtado, representante da Coalizão Brasil, Clima, Florestas e Agricultura; Marcos Montes, presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária; Roberto Rodrigues, coordenador do GVAgro; e Zeina Latif, economista chefe da XP Investimentos. Sobre a temática, Luiz Carlos Corrêa Carvalho, presidente da ABAG, afirma que toda liderança conquistada necessita ser transformada num autêntico protagonismo de uma forma menos tímida, que alargue ainda mais o campo das exportações nacionais. “O Brasil tem uma vantagem competitiva decisiva: o fato de sermos um dos poucos países que ainda tem capacidade de expandir sua produção via elevação da produtividade, mas também com o uso de novas áreas cultiváveis, sem necessidade de desmatamento”.

ANDA ANALISARÁ FATORES CRÍTICOS NA COMPETITIVIDADE DO SETOR

Com a presença das mais destacadas lideranças políticas, setoriais e econômicas ligadas ao agronegócio brasileiro, a ANDA – Associação Nacional para Difusão de Adubos promoverá, no dia 29 de agosto de 2016, no Hotel Renaissance, em São Paulo (SP), o 6º Congresso Brasileiro de Fertilizantes (www.anda.org.br), tendo como tema principal “Competitividade”. André Nassar, ex-secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, abordará o tema Competitividade da Agropecuária Brasileira no Atual Cenário. Na sequência teremos José Luiz Tejon, diretor do Núcleo de Estudos de Agronegócio da ESPM; e Luis Ignácio Prochnow, coordenador do Grupo de Trabalho Nutrientes Para a Vida (NPV) e diretor do Programa IPNI no Brasil, que promoverão o lançamento da Nutrientes Para a Vida (NPV), uma iniciativa mundial, criada nos EUA, fundamentada em critérios científicos comprovados, que estimula e promove a “Gestão 4C dos Nutrientes”, pautada em quatro princípios básicos: fonte certa, dose certa, época certa e local certo, de maneira a assegurar que não haja problemas de desequilíbrio no solo.

As profundas mudanças socioeconômicas e políticas em andamento no Brasil reforçam o Agronegócio como o mercado que mais se destaca no país neste momento de crise. Em 2015, somente o mercado de distribuição de insumos agropecuários movimentou cerca de R$ 34 bilhões, entre fertilizantes, produtos de nutrição vegetal e medicamentos veterinários. Porém, as tendências para 2017 mostram que o ano será bastante desafiador. A ANDAV - Associação Nacional dos Distribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários, como principal entidade deste segmento que emprega mais de 50 mil profissionais e é responsável por 70% da comercialização de insumos, antecipa-se a isso na sexta edição do Congresso ANDAV – Fórum & Exposição (www. congressoandav.com.br/2016). Com uma pauta voltada aos desdobramentos políticos e econômicos e à importância da gestão estratégica dos distribuidores, o VI Congresso ANDAV acontecerá nos dias 15, 16 e 17 de agosto, no Transamerica Expo Center, em São Paulo (SP). A exposição reunirá mais de 70 marcas nacionais e internacionais que apresentarão suas novidades e lançamentos em adubos, defensivos, fertilizantes, nutrição animal, sementes, agricultura de precisão, automação comercial, soluções financeiras, entre outras. A visitação à exposição é gratuita e restrita aos profissionais do setor.


CAFÉ

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frio extremo que fez na madrugada de 18 de julho último em praticamente toda a região cafeeira do Sul e Sudoeste Mineiro, bem como na Alta e Média Mogiana, no Cerrado Mineiro e Alto Paranaíba, comprometeu consideravelmente os talhões de cafés em diversas propriedades destas regiões. Relatos chocantes de cafeicultores vieram de São Pedro da União (MG), Ibiraci (MG), Poços de Caldas (MG), Muzambinho (MG), Nova Resende (MG), São Sebastião da Bela Vista (MG), Andradas (MG), Cristais Paulista (SP), Campos Altos (MG), Franca (SP), Ilicínea (MG), Garça (SP), Caconde (SP), Ouro Fino (MG), Ribeirão Corrente (SP), Santa Rita do Sapucaí (MG), Serra do Salitre (MG), Monte Belo (MG) e Cabo Verde (MG). A preocupação dos cafeicultores, agora, é para com a safra 2017/2018, uma vez que os ramos que iam produzir os botões e flores para a próxima safra foram queimados. SUL DE MINAS - O Sul de Minas Gerais - maior região produtora de café arábica do Brasil - também teve muita geada, sendo que as mais baixas temperaturas ficaram entre 4,0°C abaixo de zero e 4,0°C positivos. No município de São Pedro da União (MG), localizado no sul do estado e próximo à divisa com o estado de São Paulo, várias propriedades cujo cultivo do café é o principal da região, a geada foi mais intensa atingindo 20% de fazendas cujo grão ainda não foi colhido.

FOTO: Sindicato Rural Campos Altos

Sem geadas fortes há mais de 15 anos, cafeicultores passaram a cultivar áreas antes atingidas

Deposição de gelo em cafeeiro em Campos Altos (MG)

Em Varginha (MG), hortaliças sem estufa foram queimadas pela geada e em Ituiutaba (MG), a geada também provocou danos, principalmente em produtores hortifrutigranjeiros.

CERRADO MINEIRO - Produtores de café em Campos Altos (MG), região do Alto Paranaíba, a formação de cristais de gelo nas plantas atingiu várias fazendas em uma área de pelo menos 1.200 hectares de cafezal, atingido pelo menos 4 milhões de pés e gerado um prejuízo que passa de R$1,5 milhão para alguns produtores, segundo dados do Sindicato Rural local. De acordo com o produtor rural Renato Caetano Domingos, não geava com essa intensidade há cerca de 15 anos. “Foram queimados 150 mil pés de café em cerca de uma hora. É uma uma sensação de vazio porque é um trabalho de uma vida”, contou. Outro produtor rural que teve a plantação afetada pela geada conta que o prejuízo também está no valor que será gasto para recuperar a lavoura. “Não prejudicou só as folhas, ou a vara do pé de café. O tronco já mostra o sinal da intensidaTalhão de café plantado em baixada, atingido por geada, no município de Campos Altos (MG).

FOTO: TV KZ

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Geadas provocam quebras em cafezais da Alta Mogiana, Cerrado e Sul de Minas


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FOTO: Fernando Barbosa

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FOTO: Toninho David

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Cafeeiros já desfolhados pela forte geada em Franca (SP).

Geada ao amanhecer, em São Pedro da União (MG).

inicial é que o município deixe de colher em 2017, 25 mil sacas de café.. “O prejuízo é muito grande porque o produtor deixa de gastar dentro do município. A mão de obra vai acabar porque serão três, quatro anos sem o produtor produzir nada, só gastar”, lamentou. ALTA MOGIANA - Para o cafeicultor Antônio Carlos David, com propriedade no município de Franca (SP), a geada desde ano comprometeu consideravelmente as áreas do Sitio Santa Luzia com cafés novos, de 2 anos até 4 anos. “Tive uma perda muito grande. Calculo um prejuízo de 80% da produção na safra 2017. Espero que as plantas atingidas brotem sem precisar fazer uma recepa. É a natureza que tarda, mas não falha. Com os invernos mais quentes nos últimos anos, a gente perdeu o medo de plantar café nas áreas mais baixas. É triste, mas o que Deus manda pra nós está bem feito”, afirma Toninho David.

FOTO: Toninho David

de da geada. É difícil afirmar se ela vai ou não ter recuperação, sabemos que vai depender de muito gasto”, afirmou o produtor Antônio Carlos de Ávila. O produtor João Ronaldo Moreira já calculou o prejuízo que vai ter com mais de 160 mil pés de café queimados pela geada. “Meu prejuízo vai ser de R$1,5 milhão. É uma situação sem precedentes. Cerca de 30 famílias dependem disso aqui, e trabalham conosco o ano todo”, desabafou. De acordo com presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Campos Altos, Wilton Antônio Dornela, as lavouras podem levar até três anos para se recuperar e a estimativa

Toninho David mostra talhão queimado pela geada em Franca (SP).


CAFÉ

1ª Feira de Negócios COCATREL acontece em setembro

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roporcionar ao cooperado a oportunidade de adquirir insumos, defensivos e maquinário agrícola que tornem o trabalho na propriedade rural mais adequado e rentável. É com esse objetivo que a COCATREL - Cooperativa dos Cafeicultores da Zona de Três Pontas realizará nos dias 5, 6 e 7 de setembro a sua primeira Feira de Negócios. Nos dias 5 e 6, a Feira de Negócios funcionará das 8 às 17 horas e no dia 7, das 8h às 12h. Para o evento são esperadas 60 empresas de todo o Brasil, dos setores de fertilizantes, agroquímicos, máquinas e implementos agrícolas. De acordo com Jorge Luis Piedade Nogueira, Diretor Técnico Industrial, a Cocatrel encara com otimismo o novo desafio. “Os expositores estão empolgados. Chegou a hora de viabilizar bons negócios e de aproximar os cooperados e produtores da região ao que há de melhor e mais moderno no mercado”, completa.

Para incentivar a transação comercial, haverá algumas facilidades, explica Nogueira. “Estamos conversando com as empresas para que elas pratiquem preços muito competitivos, bem atrativos nas compras à vista”. Outra medida prevista é a implantação das operações de barter, ou seja, o café será trocado por mercadorias. “A moeda do cooperado é café. Acreditamos que o produtor terá mais segurança em fazer compromisso em sacas do grão do que firmar compromisso em real”. Pequenos e grandes produtores poderão desfrutar da modalidade, respeitando-se alguns limites que estão sendo definidos. Os estandes serão erguidos no terreno ao lado da Loja Matriz, localizado na Avenida Ipiranga, em Três Pontas (MG). Com entrada gratuita, os visitantes terão acesso também à Cafeteria onde poderão degustar bebidas de excelente qualidade servidas em ambiente moderno e agradável e ainda adquirir produtos com a marca Cocatrel.

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granelização na cafeicultura proporciona diversos benefícios, entre eles mais agilidade no processo e redução de custos. Todas estas vantagens já é uma realidade para os cooperados da Cocapec da região Claraval (MG). O sistema oferece ainda mais segurança no momento de entrega e armazenamento, garantindo a integridade do lote pelo fato de tudo ser controlado por sistema. Após o café dar entrada na cooperativa, seja na à granel ou em big bags, ele é colocado em bags padronizados e recebe um código no qual constam todas as informações necessárias, para que toda a gestão de logística seja realizada de forma eficiente. A granelização foi aprovada em Assembleia Geral Extraordinária (AGE) no final de 2011. A implantação na Cocapec aconteceu gradualmente a partir de 2012 na unidade de Franca (SP). Na sequência, Ibiraci (MG) começou a receber seguida de Pedregulho (SP), Capetinga (MG) e Cristais Paulista (SP). Nesta última a entrega é 100% granelizada. Na safra de 2015 os recebimentos através da granelização, englobando as entregas a granel e big bag, representaram 75% do total. Com o início da operação em Claraval (MG) a expectativa é que este percentual aumente ainda

FOTO: Divulgação COCAPEC

Granelização chega à Cocapec de Claraval (MG)

Todos os funcionários foram treinados para desempenhar o trabalho da melhor maneira possível.

mais. Este fato é importante em ano de bienalidade alta, pois contribui para agilizar a movimentação dos cafés nos armazéns”.

OMS autoriza uso do Glifosato por 6 meses P aíses da comunidade europeia se reuniram em Genebra, na Suíça, em busca de consenso sobre o uso do Glifosato na agricultura mundial. De acordo com a presidente da Organização Mundial da Saúde, Margareth Chan, a aplicação do herbicida foi prorrogada por mais 18 meses. Para o secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Eumar Novacki, a decisão libera a produção brasileira do clima de insegurança. “A presidente entendeu a importância do glifosato para a agricultura mundial. Antes de se estabelecer claramente se um produto é perigoso, é necessário avaliar cientificamente qual o seu risco para a saúde humana. Não se pode banir um produto largamente utilizado pela produção agrícola, e que contribui para sua produtividade, sem critérios científicos”, disse Novacki, que participou da reunião, na semana passada. Segundo Novacki, a presidente da OMC vai acompanhar os estudos e já adiantou que concorda com essa posição. “Temos que evitar as manifestações que tragam insegurança e gerem especulações que desequilibram o mercado agrícola e colocam em xeque a segurança alimentar mundial”, alertou Margareth Chan.

Os cooperados já começam a entregar sua produção através do sistema.

A estrutura já está em funcionamento, faltando apenas ajustes finais da obra.


CAFÉ

Blairo Maggi confirma ‘recriação’ do Departamento de Café no MAPA

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tendendo a uma solicitação conjunta do senador Ricardo Ferraço, do deputado Evair de Melo, secretário geral da Frente Parlamentar Mista do Café, e do presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), deputado Silas Brasileiro, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, recebeuos juntamente com os deputados Paulo Foletto e Marcos Montes, presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), Natália Fernandes, coordenadora de Produção Agrícola da CNA, e Pedro Silveira, da Gerência Técnica e Econômica da OCB, para tratar de uma pauta positiva para a cafeicultura. O principal item da audiência foi a criação de uma nova estrutura para a atividade cafeeira dentro do MAPA, haja vista a extinção do Departamento do Café, em 2015, durante a gestão da senadora Kátia Abreu, e os entraves burocráticos que o setor vivenciou desde então, em especial no que se refere à liberação dos recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé), aos trâmites junto à Organização Internacional do Café (OIC) e à implementação de uma política pública eficaz. Blairo Maggi cumpriu seu compromisso e comunicou

que será criado o Departamento de Café, Florestas Plantadas, Cana de Açúcar e Agroenergia na nova estrutura do MAPA. O posicionamento de Blairo Maggi deve ser enaltecido, pois essa medida devolverá à cafeicultura uma estrutura própria, permitindo um melhor encaminhamento nas decisões políticas para o setor, além da retomada das reuniões do Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC) e de seus Comitês. Também de acordo com a postura que teve na reunião do dia 16 de maio, o ministro da Agricultura reiterou que a indicação do nome do novo diretor do Departamento ficará a cargo do setor produtivo. Assim, o CNC alinhou posicionamentos com a União da Indústria de Cana de Açúcar (UNICA), a Indústria Brasileira de Árvores (IBÁ), a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), a Comissão Nacional do Café da CNA, a Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA), a Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), a Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (ABICS), o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) e a Frente Parlamentar da Agropecuária para a definição de um nome consensual, que será encaminhado ao Mapa.

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ARTIGO

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André Luis da Cunha - Cafeicultor, diretor-presidente da AMSC - Associação dos Produtores de Cafés Especiais da Alta Mogiana [ altamogiana@amsc.com.br ]

star presente em uma das principais feiras do segmento de cafés especiais é um momento para aproveitar e conectar com as tendências do setor, conhecer as empresas do segmento e relacionar com os diversos públicos envolvidos com cafés especiais. A Região da Alta Mogiana marcou sua presença na feira da Specialty Coffee Association of Europe – SCAE (Associação de Cafés Especiais da Europa) com representantes da AMSC e, por isso, compartilho na coluna deste mês a percepção que eles trouxeram de lá. A World of Coffee, realizada em Dublin de 23 a 25 de junho, superou as expectativas, a começar pela cidade em que foi sediada. Dublin, com seus 600 mil habitantes, mostrouse uma capital cosmopolita que, nos últimos 10 anos, têm crescido na cultura de cafés especiais, com estabelecimentos especializados e profissionais renomados presentes em diversos cantos da cidade. As pessoas, em meio às tarefas do dia a dia, tomam o tempo de andar um pouco mais por café de qualidade excepcional. Os cafés brasileiros podem ser encontrados em blends com cafés de outros países ou, mais raramente, como um single origin de uma fazenda. Baristas brasileiros, que já se destacaram em campeonatos mundiais, também estão à frenFOTOS: Divulgação AMSC

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WORLD OF COFFEE, DUBLIN/IRLANDA

te de algumas cafeterias, com receitas de bebidas – quentes e frias – exclusivas aos consumidores. Na feira em si, que acontecia entre 10h e 17h diariamente, foram encontrados poucos cafés brasileiros sendo apresentados como single origin ou lotes especiais. Os principais destaques foram cafés do Kenya, Sumatra e Etiópia, com atenção para a variedade Gueisha. Os cafés nacionais continuam com procura de volume por “fine cup”, com finalidade para base de blends. A Região da Alta Mogiana mostrou-se pouco conhecida pelos torrefadores, que estão bastante abertos a receber amostras de cafés com características mais exóticas e no contato mais direto com os produtores, com foco na transparência do relacionamento ao longo da cadeia. Essa característica se evidencia quando considerada a nova geração de compradores que chega ao mercado. No cupping estruturado no estande da BSCA pela AMSC, com cafés exclusivos da Região, os presentes gostaram da diversidade de sabores, sendo os cafés de mais destaque aqueles com notas frutadas (levemente fermentado), acidez marcante e aromas florais. E, dentre os diversos cafés provados de origens mais diversas, ficou claro que o café da Região tem qualidade para se diferenciar e agradar ao paladar dos mais exigentes consumidores. É preciso um trabalho contínuo de posicionamento da marca território e evidenciar as características que os tornam únicos.


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Região da Alta Mogiana abre inscrições para o 14º Concurso de Qualidade de Café

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FOTO: Divulgação AMSC

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partir do dia 15 de agosto, o cafeicultor da Região da Alta Mogiana poderá entregar sua amostra de café para participar do 14º Concurso de Qualidade de Café da Região da Alta Mogiana. Em 2016, a novidade passa a ser a união do Concurso de Qualidade do Café da Região da Alta Mogiana com o Concurso de Qualidade de Café – Seleção Senhor Café. A AMSC se une à COCAPEC para fortalecer a ação do Concurso de Qualidade e promover uma valorização ainda maior dos produtores e dos cafés da Região. Como convidada especial para liderar a equipe de juízes na seleção dos melhores lotes da safra 2016/17, estará a Sra. Georgia Franco, da Cafeteria Lucca Cafés Especiais de Curitiba (SP). E, como Presidente da Comissão Organizado-

ra do concurso estará o Sr. Elder Moscardini, do Café Irmãos Moscardini. As etapas do 14º Concurso de Qualidade de Café da Região da Alta Mogiana estão previstas para acontecer nas seguintes datas: • Entrega das amostras: 15 de agosto até 19 de setembro • Pré-seleção: 26 a 29 de agosto • Seleção e júri: 12 a 14 de outubro • Evento de premiação: 14 de outubro Cafeicultor: fique atente aos prazos e não perca esta oportunidade de ter seu café e seu trabalho reconhecido! A Região da Alta Mogiana conta com sua participação!


CAFÉ

FOTO: Flávia Patrício (Inst. Biológico)

Acima, aspecto da Morte do Ponteiro, sintoma causado pela ManchaAureolada (Pseudomonas syringae pv. garcae). Abaixo, danos nos frutos causado pela Mancha de Phoma.

São vários os danos mecânicos (injúrias) que os processos de colheita (manual ou mecanizado) causam no pé de café, servindo de porta de entrada para pragas e doenças.

FOTO: Divulgação Bertanha/Eclética

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FOTO: Flávia Patrício (Inst. Biológico)

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pós a realização da colheita notam-se diversos danos físicos nas plantas causados pela colhedora ou pela ação das mãos, no caso de colheita manual. Os ferimentos nos tecidos vegetais são possíveis portas de entrada para agentes patogênicos, causadores de doença nos cafeeiros. O manejo integrado de doenças no cafeeiro é um conjunto de ferramentas que o agricultor tem a sua disposição e consiste em práticas que vão desde a escolha do cultivar, instalação de quebra ventos, retiradas de restos vegetais da lavoura, controle biológico e controle químico. Essas ferramentas podem ajudar a diminuir o custo em relação, unicamente, ao tratamento químico - que é mais comumente utilizado. Uma importante ação preventiva a ser tomada é a desinfecção das colhedoras ou materiais de colheita. Quando o maquinário da colheita muda de talhão ele pode transportar um inoculo de um talhão mais susceptível para outro mais sadio. Isso ajuda a disseminar o inoculo pela proprie-

FOTO: Mexido de Idéias

Época de cuidar dos cafeeiros para as próximas safras

dade e, consequentemente, aumentar a área que precisará ser tratada, o que eleva os custos. Outro fator que requer atenção é a manutenção do estande das lavouras. Doenças como a Mancha aureolada (Pseudomonas syringae) e a Phoma (Phoma costaricensis), quando em níveis muito elevados, podem causar perda de plantas, o que pode reduzir a produtividade do talhão, inviabilizando-o. Nesse contexto, a ação de fungicidas protetores, com amplo aspecto de controle, é mais uma ferramenta de manejo adequada à maioria das lavouras neste momento. São indicados para áreas com histórico de doenças e/ou áreas com elevado potencial produtivo para próxima safra. Pensando nisso, a Casa do Café trabalha com um portifólio completo para atender as diversas demandas da lavoura cafeeira no que tange as aplicações de pós-colheita. Consulte nossos técnicos e veja qual a melhor opção para suas plantas.


FEMAGRI

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Fertilizantes organominerais fosfatados na cultura do cafeeiro Cássio Ricardo Rodrigues Gomes1, Renato Passos Brandão2, Eder de Paula Guirau3 e Rodrigo Chiareli4

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s solos cultivados com o cafeeiro, normalmente, possuem baixos teores de fósforo (P). Além disso, são solos com alta capacidade de retenção deste nutriente diminuindo a sua disponibilidade ao

cafeeiro. O P atua no armazenamento e transferência de energia no cafeeiro sendo crucial no desenvolvimento da cultura e no pegamento da florada e grãos no cafeeiro. Atua também no desenvolvimento das raízes do cafeeiro, aumentando a eficiência da absorção de água e nutrientes. Neste artigo e no próximo serão abordadas práticas culturais que podem melhorar a eficiência da adubação fosfatada na cultura do cafeeiro.

1. Funções do fósforo no cafeeiro O fósforo é imprescindível ao crescimento e a reprodução do cafeeiro, as quais não alcançam o seu máximo potencial produtivo sem um adequado suprimento deste nutriente. O principal papel do fósforo nas plantas é o armazenamento e a transferência de energia (MALAVOLTA, 2006). É componente dos nucleotídeos utilizados no metabolismo energético das plantas e está presente nas moléculas dos açúcares intermediários da respiração e fotossíntese (TAIZ; ZEIGER, 2004). Atua diretamente na multiplicação e ativação das raízes do cafeeiro, refletindo diretamente na produtividade do cafeeiro (TIBAU, 1984). Uma nutrição adequada de fósforo no cafeeiro minimiza a bienalidade da cultura, permitindo maior uniformidade na maturação dos frutos, colheita com baixa incidência de grãos defeituosos e chochos e plantas mais vigorosas mesmo após altas produtividades (GUERRA et al., 2007). 2. Dinâmica e disponibilidade do fósforo ao cafeeiro O fósforo é um dos nutrientes mais limitantes à cultura do cafeeiro. A maioria dos solos cultivados com o cafeeiro possuem baixos teores de fósforo e necessitam de altas doses do nutriente para um adequado desenvolvimento adequado do cafeeiro. O fósforo no solo encontra-se na fase líquida ou na

AUTORES

1 – RTV de Franca (SP). Email:- cassioagrogomes@hotmail.com 2 – Gestor Agronômico. Email:- renatobrandao@biosoja.com.br 3 – Coordenador Agronômico. Email:- ederguirau@biosoja.com.br 4 – Coordenador Regional de Vendas. Email:- rodrigochiareli@terra.com.br

Figura 1. Dinâmica do fósforo no sistema solo-planta. Fonte: Adaptado de Goedert & Sousa (1984).

solução do solo e na fase sólida (RAIJ, 1991). O fósforo da solução do solo (P solução) está em equilíbrio com o fósforo da fase sólida (P lábil e o P não lábil), Figura 1. O cafeeiro absorve o fósforo da solução do solo, cujo teor é muito baixo, com valores da ordem de 0,1 mg de P/ kg de solo. A camada arável do solo com 25% de umidade possui apenas 50 g/ha de P2O5, quantidade insuficiente para atender as necessidades das culturas (RAIJ, 1991). Portanto, a maior parte do P do solo encontra-se na fase sólida e é dividida em P-lábil e P-não lábil (Figura 1). O P-lábil é aquele que está adsorvido nos coloides minerais e orgânicos do solo mas em equilíbrio com o P da solução do solo, podendo ser considerado como disponível às plantas. O P-não lábil é o fósforo precipitado em compostos insolúveis (comumente com Ca, Fe e Al) ou adsorvido por sítios de elevada energia e deste modo, o seu aproveitamento pelas plantas é incerto (GOEDERT; SOUSA, 1984). A aplicação do P proveniente dos fertilizantes fosfatados solúveis aumenta momentaneamente o teor de P na solução do solo. Entretanto, mais de 90% do P aplicado ao solo é adsorvido na primeira hora de contato com o mesmo, formando, inicialmente, o P lábil e, posteriormente, com o passar do tempo, o P não lábil (NOVAIS et al., 2007), conforme equação abaixo. P fertilizante

P solução do solo = P não lábil = P lábil

3. Fixação do fósforo A retenção do fósforo nos solos reduzindo a disponibilidade deste nutriente ao cafeeiro é conhecida como


CAFÉ “fixação”. Nos solos ácidos a reação do fósforo ocorre com os óxidos de ferro e alumínio formando fosfatos com baixa solubilidade em água. Em solos alcalinos, a reação do fosfato ocorre com o cálcio formando fosfato tricálcio de baixa solubilidade em água. Várias propriedades do solo afetam a fixação do fósforo nos solos, sendo as mais importantes: textura, tipo e quantidade de coloides (minerais de argilas e húmus), pH do solo e quantidade de outros ânions que podem competir com o íon fosfato por sítios de adsorção, por exemplo, sulfato e silicato (GOEDERT; SOUSA, 1984).

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3.1. Efeito do teor de argila A fixação do fósforo é influenciada pelo teor de argila do solo. Quanto maior o teor de argila do solo, maior é a fixação do fósforo (Tabela 1). Tabela 1 - Teores de argila e a capacidade máxima de fixação de fósforo em dois solos tropicais. CARACTERÍSTICAS DO SOLO Teor de Argila (%) Adsorção de Fósforo (mg/cm³) Retenção estimada de P2O5 (kg/ha)

CARACTERÍSTICAS DO SOLO MONTE SANTO PATROCÍNIO (MG) (MG) 14 59 0,33

0,94

1.518

4.324

Fonte: Dias (1992) citado por Favarin et al., (2010).

3.2. Efeito do pH do solo A fixação do fósforo também é afetada pelo pH do solo (Figura 2). A faixa de pH do solo mais adequada para a redução da fixação do P situa-se entre 6,0 e 6,5. 3.3. Efeito da compactação do solo A compactação do solo reduz a difusão do fósforo no solo e pode induzir a deficiência deste nutriente no cafeeiro mesmo em solos com teor adequado.

Figura 2. Efeito do pH na disponibilidade do fósforo. Fonte: Instituto de Potassa & Fosfato (1998).

Quanto maior a compactação do solo, maior é a sua densidade do solo e menor a taxa de difusão do fósforo nos solos. O deslocamento do fósforo no solo é muito mais difícil e lento em solos com alta densidade. Portanto, o cafeicultor deve adotar práticas culturais que reduzam a compactação do solo, tais como: • Aumentar o teor de matéria orgânica no solo; • Evitar o trânsito de máquinas agrícolas em solos úmidos; • Realizar a avaliação da presença de camadas compactadas e se houve necessidade, realizar a descompactação ou a escarificação dos solos. Entretanto, a mecanização das práticas culturais, dentre as quais, a colheita do cafeeiro, tende a aumentar o


CAFÉ tráfico de máquinas e aumentar a compactação dos solos.

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3.4. Adubação no solo com magnésio O magnésio é um carreador de fósforo às plantas melhorando a eficiência das adubações fosfatadas no cafeeiro (FAVARAIN et al., 2010). A saturação do magnésio na CTC dos solos cultivados com cafeeiro deve estar entre 13 e 18%. A relação Ca/Mg e Mg/K nos solos deve ser de 1,5 a 3,5 e 3 a 6, respectivamente. Portanto, o cafeicultor tem que manter o teor de magnésio no solo na faixa adequada ao cafeeiro e em equilíbrio com o cálcio e potássio. Realizar a aplicação do Gran Boro Mag ou Gran Mix Visão na dose de 150 a 200 kg/ha no início do florescimento do cafeeiro. 4. Manejo da adubação fosfatada no cafeeiro O solo é um sistema heterogêneo e ocorrem reações complexas envolvendo os nutrientes adicionados pelos fertilizantes que, muitas vezes, embora em quantidades adequadas, não estão disponíveis às plantas (MARTINEZ et al., 1999). A eficiência da adubação fosfatada em solos tropicais é muito baixa. De maneira geral, a eficiência dos fertilizantes fosfatados no primeiro ano após a sua aplicação situa-se entre 5 e 20% (FAVARIN et al., 2010). O cafeicultor precisa conhecer e levar em consideração os fatores que afetam a eficiência agronômica dos fertilizantes fosfatados no solo. Na prática, pouco se pode fazer para modificar a textura e o tipo dos coloides do solo. Entretanto, o cafeicultor pode alterar os demais fatores do solo, dentre os quais, o pH, a umidade do solo, teor de matéria orgânica e a densidade do solo. As características do sistema radicular do cafeeiro também são importantes no manejo da adubação fosfatada. A eficiência da adubação fosfatada será tanto maior, quanto maior for o volume do solo explorado pelo sistema radicular do cafeeiro. Portanto, a adubação com os fertilizantes organominerais é uma alternativa viável agronômica e economicamente para o aumento da produtividade e rentabilidade da cafeicultura. 5. Fertilizantes organominerais São produtos resultantes da mistura física ou combinações de fertilizantes minerais e orgânicos. A fração orgânica é constituída pelas substâncias húmicas (ácidos fúlvicos, ácidos húmicos e huminas). As substâncias húmicas são o estágio final da humificação dos resíduos orgânicos e é a fração mais ativa da matéria orgânica responsável pelos inúmeros processos químicos, físicos e físico-químicos que ocorrem nos solos. Os fertilizantes minerais fornecem os nutrientes em quantidades suficientes para atender as necessidades do cafeeiro. 10. Literatura consultada FAVARIN, J.C.; TEZOTTO, T.; NETO, A.P. & PE-

DROSA, A.W. Cafeeiro. In: PROCHNOW. L. I.; CASARIN, V. & STIPP, S.R. (Eds.). Boas práticas para uso eficiente de fertilizantes: culturas. v.3. Piracicaba, IPNI. 2010. p.411467. GOEDERT, W.J. & SOUSA, D.M.G. Uso eficiente de fertilizantes fosfatados. In: ESPINOZA, W.; OLIVEIRA, A.J. de (Ed.). Anais do Simpósio sobre fertilizantes na agricultura brasileira. Brasília, DF, EMBRAPA. 1984. p.255-289. GUERRA, A.F.; ROCHA, O.C.; RODRIGUES, G.C.; SANZONOWICZ, C.; RIBEIRO FILHO, G.C.; TOLEDO, P.M.R.; RIBEIRO, L.F. Sistema de produção de café irrigado: um novo enfoque. ITEM, Brasilia, n.73, p.52-61, 2007. INSTITUTO DA POTASSA & FOSFATO. Manual internacional de fertilidade do solo. 2 ed. Piracicaba, Potafos 1998. 177p. MALAVOLTA, E. Manual de nutrição mineral de plantas. São Paulo: Agronômica Ceres, 2006. 631p. MARSCHNER, H. Mineral nutrition of higher plants. New York: Academic, 1995. 887p. MARTINEZ, H.E.P.; GUIMARAES, P.T.G.; GARCIA, A.W.R.; ALVAREZ, V., V.H.; PREZOTTI, L.C.; VIANA, A.S.; MIGUEL, A.E.; MALAVOLTA, E.; CORRÊA, J.B.; LOPES, A.S.; NOGUEIRA, F.D.; MONTEIRO, A.V.C.; OLIVEIRA, J.A. Cafeeiro. In: COMISSAO DE FERTILIDADE DO SOLO DO ESTADO DE MINAS GERAIS. Recomendações para o uso de corretivos e fertilizantes em Minas Gerais: 5ª aproximação. Viçosa, MG, 1999. p.143-168. NOVAIS, R.F.; SMYTH, T.J.; NUNES, F.N. Fósforo In: NOVAIS, R.F.; ALVAREZ V., V.H.; BARROS, N.F.; FONTES, R.L.F.; CANTARUTTI, R.B.; NEVES, J.C.L. (Ed.). Fertilidade do solo. Viçosa, MG; SBCS, 2007. p.471-550. RAIJ, B. van. Fertilidade do solo e adubação. São Paulo: Ceres/Potafos, 1991. 343p. SHARPLEY, A. manejo de fósforo en sistemas de producción agrícola ambientalmente sustentables: desafios y oportunidades. IPNI International Plant Nutrition Institute. Acassuso, Argentina, p.1- 9, 2010. SOUSA, D.M.G. Manejo da adubação fosfatada. In: PROCHNOW. L. I.; CASARIN, V. & STIPP, S.R. (Eds.). Boas práticas para uso eficiente de fertilizantes. v.2. Piracicaba, IPNI. 2010. p.411-467. TAIZ, L.; ZEIGER, E. Fisiologia vegetal. 3 ed. Porto Alegre: Artmed, 2004. 719p. TIDAU, A.C. Matéria orgânica e fertilidade do solo. 3. ed., São Paulo. Ed. Nobel. 1984. 220 p.


CAFÉ

EMATER-MG faz mapeamento inédito do parque cafeeiro de Minas Gerais

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Emater-MG iniciou um trabalho inédito no país para o mapeamento do parque cafeeiro do Estado. Até o final deste ano, será anunciada com mais precisão qual a área plantada nos 50 municípios com a maior produção de café em Minas e que respondem pela metade da safra estadual. Em 2017, será feito o mapeamento das outras regiões, totalizando 465 municípios. Além do mapeamento da área de café no Estado, também será feito um levantamento de onde estão os cafés de qualidade superior em Minas Gerais. Pela primeira vez, as áreas de café de Minas Gerais estão sendo mapeadas com a auxílio de imagens do Google Earth. Uma equipe da Emater-MG, em Belo Horizonte (MG), elabora os polígonos das áreas com cafezais, que são as figuras com as demarcações das glebas plantadas com café desenhadas nas imagens dos municípios produtores. Em seguida, os polígonos são comparados às imagens de satélites como o Landsat8, Rapid Eye e Cbrs. As imagens destes satélites, embora tenham uma definição inferior às do Google Earth, são atualizadas com mais frequência. A próxima etapa é identificar os chamados “pontos de dúvida” nos polígonos, onde não foi possível garantir, após a compara-

ção, se as imagens são mesmo de cafezais. Os polígonos serão então enviados para os técnicos no campo, que com um tablet em mãos, irão visitar os locais e validar as informações captadas do Google Earth. “Atualmente temos levantamentos feitos principalmente com entrevistas, mais subjetivos, sem o auxílio desses recursos tecnológicos”, explica o coordenador estadual de Planejamento e Gestão da Emater-MG, Edson Logato. Para fazer o mapeamento, a Emater-MG assinou um convênio com a CODEMIG - Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, no valor de R$ 4 milhões, para compra de veículos, drones, softwares, tablets, computadores, impressoras e notebooks. Também assinaram o convênio a EPAMIG - Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais, a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a CONAB - Companhia Nacional de Abastecimento e a EMBRAPA. “Todos estes equipamentos obtidos por meio do convênio irão aprimorar o mapeamento. A grande vantagem do trabalho que começamos a desenvolver é evitar a especulação de preços. O produtor, muitas vezes, fica a mercê de informações com pouca precisão e que podem prejudicar a comercialização”, explica Edson Logato.

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CAFÉ

Dalyse Toledo Castanheira1, Giovani Belutti Voltolini2, Laís Sousa Resende3 e Ademilson de Oliveira Alecrim4

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s nutrientes ao mesmo tempo que são absorvidos e utilizados pelas plantas, podem também serem imobilizados no solo ou perdidos por lixiviação, volatilização e desnitrificação, especialmente o nitrogênio. O desenvolvimento de fertilizantes com eficiência aumentada e, consequentemente, que proporcionam a redução de perdas é de extrema importância para o cultivo agrícola. Os fertilizantes de eficiência aumentada podem reduzir a toxicidade, especialmente na produção de mudas, diminuir a demanda por mão de obra no momento da aplicação,

AUTORES

FOTO: NECAF / UFLA

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Uso de fertilizantes de liberação controlada na cafeicultura

1 – Doutoranda em Fitotecnia pela Universidade Federal de Lavras – UFLA; membro do Núcleo de Estudos em Cafeicultura (NECAF) e Grupo de Estudos em Herbicidas, Plantas Daninhas e Alelopatia (GHPD). Email:- dalysecastanheira@hotmail.com 3 – Graduando em Agronomia pela Universidade Federal de Lavras (UFLA); membro do Núcleo de Estudos em Cafeicultura (NECAF) e do Grupo de Estudos em Herbicidas, Plantas Daninhas e Alelopatia (GHPD). Email:- giovanibelutti77@hotmail.com 3 – Graduando em Agronomia pela Universidade Federal de Lavras (UFLA); membro do Núcleo de Estudos em Cafeicultura (NECAF) e Grupo de Estudos em Herbicidas, Plantas Daninhas e Alelopatia (GHPD). Email:- sialresende@gmail.com 4 – Doutorando em Fitotecnia pela Universidade Federal de Lavras (UFLA); membro do Núcleo de Estudos em Cafeicultura (NECAF) e Grupo de Estudos em Herbicidas, Plantas Daninhas e Alelopatia (GHPD). Email:- ademilsonagronomia@hotmail.com

uma vez que estes permitem reduzir o parcelamento das adubações, além de reduzir as emissões de gases do efeito estufa. No entanto, esses tipos de fertilizantes, na maioria das vezes, apresentam custo maior do que os fertilizantes convencionais. QUAL É O PRINCÍPIO DESTA TÉCNICA? - Os fertilizantes de liberação controlada, produtos encapsulados ou recobertos, é um dos tipos de fertilizantes considerados de eficiência aumentada. Estes fertilizantes são formados por grânulos recobertos com enxofre elementar e com camadas de polímeros. Para os fertilizantes de liberação controlada nitrogenados, a ureia recoberta com enxofre é o de tipo produto mais utilizado e fabricado atualmente. Além do fornecimento de nitrogênio, através de ureia altamente concentrada, o fertilizante também disponibiliza enxofre para as plantas. Os fertilizantes recobertos não se restringem apenas aos nitrogenados, podendo ser utilizado em diversos tipos de formulações que contém um ou mais nutrientes no interior dos grânulos. A liberação do nutriente nesses fertilizantes depende diretamente da espessura das camadas de polímero. Sendo possível alterar a taxa de liberação de acordo com a quantidade e a composição do material de revestimento. A temperatura e umidade também influenciam diretamente na liberação do nutriente. RESULTADOS DE CAMPO - Em estudos realizados com a cultura do café, pesquisadores compararam um fertilizante de liberação controlada de nitrogênio (uréia revestida por polímeros) com fertilizantes convencionais, e concluíram que a utilização de fertilizantes de liberação controlada de nitrogênio pode proporcionar uma redução significativa na quantidade de fertilizantes a ser aplicada na lavoura. Além disso, em pesquisas realizadas com fertilizantes de liberação controlada na produção de mudas de cafeeiro foi verificado que esse tipo de fertilizante proporciona o aumento da área foliar das plantas, quando comparadas às que receberam os fertilizantes convencionais. MODO DE APLICAÇÃO - A aplicação dos fertilizantes de liberação controlada no plantio, deve ser realizada em duas covetas laterais a muda com metade da dose em cada coveta, em profundidade de 5 a 10 cm. É recomendado aplicar o fertilizante imediatamente após o transplantio


CAFÉ FOTOS: NECAF / UFLA

ou em até dez dias após. Em lavouras adultas, a aplicação é de forma única, no início das chuvas. É importante ressaltar que no fornecimento de N e K com fertilizantes de liberação controlada não é necessário o aumento de doses por causa de perdas no ambiente, sendo utilizada à dose correspondente a exigência da cultura. A utilização de fertilizantes de liberação controlada, principalmente de nitrogênio e potássio, vem se destacando no cultivo agrícola e proporcionando ganhos de produtividade e mínimas perdas de nutrientes. Contudo, os fertilizantes de liberação controlada podem também se destacar como uma tecnologia inteligente frente às condições climáticas adversas de cultivo, tornando a nutrição das lavouras mais segura e eficiente.

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INCREMENTOS NA PRODUÇÃO - Uma das alternativas para aumentar a eficiência de adubações nitrogenadas é a realização de maior parcelamento. Entretanto, esta prática apresenta um aumento relevante no custo operacional. Outra possibilidade é a utilização de fontes que apresentam uma liberação mais lenta ou controlada dos nutrientes. A premissa básica para o uso desses adubos é a liberação contínua dos nutrientes, reduzindo a possibilidade de perdas por lixiviação e mantendo a planta nutrida constantemente durante todo o período de crescimento. Esses adubos apresentam como vantagens a nutrição otimizada em uma única aplicação, redução da mão-de-obra para adubações em cobertura, eliminação dos danos causados nas raízes pela alta concentração de sais e redução nos custos de produção. CUSTOS - A utilização de fertilizantes de liberação controlada vem ganhando grande destaque na agricultura, visto que a adubação é responsável por grande parte do custo de produção e por meio desta tecnologia a eficiência na realização da mesma é acentuada, implicando assim em maior viabilidade. Contudo, para que os produtores possam lançar mão desta tecnologia são necessários alguns investimentos com custo elevado, isto porque esta tecnologia tem o custo superior aos fertilizantes convencionais, em torno de 2 vezes do valor tradicional. A partir da análise do uso destes insumos os incrementos proporcionados pelo seu uso fazem com que a sua utilização seja viável, contudo, ressalta-se que a agricultura é muito diversificada quanto ao seu nível tecnológico, fazendo com que o uso de certas tecnologias sejam viáveis em certas regiões e em outras não.


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ECOMULCHING MPB faz sucesso na Expocafé

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FOTOS: Divulgação Electro Plastic

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Expocafé, um dos eventos mais importante, senão o maior a nível nacional de agronegócios em café, aconteceu no mês de junho. Foram três dias de exposição, com participação de diversas empresas ligadas à cultura, seja em maquinários, insumos, comercialização, entre outras. O evento aconteceu na Estação Expe-rimental da EPAMIG, em Três Pontas (MG) e contabilizou a participação de mais de 20 mil pessoas, entre produtores, técnicos, pesquisadores e revendedores, vindos da região e de outros Estados produtores de café no País, como o Paraná, São Paulo, Bahia e Espírito Santo. As empresas expositoras tiveram a oportunidades apresentar e divulgar novas tecnologias no manejo e em tratos culturas, bem como em maquinários e implementos para cafeicultura.

A ELECTRO PLASTIC, com 60 anos de mercado no segmento agrícola, participou do evento com a divulgação de uma nova tecnologia o ECOMULCHING MPB, indicado para o manejo e implantação de novas áreas de plantio de café. O filme plástico tem por finalidade cobrir a linha de plantio, evitando assim o aparecimento das ervas daninhas, além de manter a umidade e a temperatura do solo. Isto auxilia e muito no pegamento, desenvolvimento das mudas e na formação uniforme da área. Além de evitar as capinas manual e diminuir o uso de controle químico, o ECOMULCHING MPB irá ajudar o produtor a evitar perda de mudas e também diminuir os custos com mão de obra. Muitos produtores se mostraram interessados nas vantagens desta nova tecnologia. A maioria deles comentavam das dificuldades no período de formação do cafezal, principalmente no controle do mato. O ECOMULCHING MPB é um filme dupla face preta e branco. É diferenciado, pois recebe uma aditivação especial para resistir à exposição ao Sol, por este período de formação do café e, depois, permitindo a retirada total do filme, e em condições para a sua reciclagem. Sendo assim, o ECOMULCHING MPB apresenta-se como um grande aliado do cafeicultor, pois é uma ferramenta que poderá ajudar muito na fase de formação do cafezal, considerada uma das mais importantes para o sucesso de sua produção.


MA SHOU TAO

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Homeopatia Brasil é uma empresa de consultoria para implantação e manutenção de culturas sustentáveis, tendo como ferramenta a tecnologia homeopática. Um de nossos clientes é a Labareda Agropecuária, sediada no município de Cristais Paulista (SP), região da Alta Mogiana, que dentre várias atividades cultiva café com certificações RAS e UTZ. Atualmente com área de 650 hectares, que será ampliada para 685 hectares de café. A gestão agrícola esta sob a responsabilidade de um dos filhos o engenheiro agrônomo Lucas Lancha Mei Alves de Oliveira. “Minha família está envolvida com a produção de café há cinco gerações. Eu assumi a gestão da produção em 2011, e o meu irmão assumiu gestão financeira em 2014. Desde então, fizemos algumas inovações nas lavouras, sendo uma delas o uso da homeopatia na prevenção e no trata-

FOTO: Divulgação HOMEOPATIA BRASIL

A homeopatia auxiliando a cafeicultura certificada

Integração cedro-australiano e café: uma alternativa viável N o Seminário Brasileiro sobre Sistemas de Integração Lavoura, Pecuária e Floresta, realizado em junho último em Três Lagoas (MS), um painel que chamou a atenção do público foi com Ricardo Vilela, da Fazenda Bela Vista Florestal, de Campo Belo (MG) e que tem uma experiência positiva com ILPF, porém, com a integração de café e cedro-australiano. A fazenda possui 200 hectares e essa integração ocorre desde o ano de 2004 e hoje ocupa 70 hectares. Otimista com os resultados alcançados, Ricardo diz que o cedro-australiano é uma madeira de alta qualidade para o setor moveleiro e é destinada também para fins nobres. “É algo muito promissor. Eu trabalho apenas com o mercado interno e acredito muito. Já tive tratativas com outros países, todavia, eles não querem menos que dez containers”, reforça. Sobre o processo de plantação do cedro-australiano, junto com o café, Ricardo diz que “tem alguns que fazem três linhas de café e outras de cedros. O ideal é ter 120 plantas de cedro por hectare, pois uma vez que tenho menos árvores por hectare, tenho um produto de maior valor. Cinquenta centímetros de diâmetro eu já posso tirar e mandar para a serraria”. O cedro-australiano não é uma árvore rústica como o eucalipto. E para produzir bem, exige uma série de cuidados. O primeiro ano de vida é a etapa mais delicada do

desenvolvimento da planta. Além de caprichar na adubação, os agricultores precisam evitar o crescimento de mato nas entrelinhas e devem usar produtos pra combater um inimigo bem conhecido: a saúva. Nos primeiros anos de crescimento, um cuidado importante é fazer a poda dos galhos inferiores, que podem criar nós na madeira. Pelas contas da fazenda Bela Vista, considerando todos os gastos até o corte final da árvore, aos quinze anos, o cultivo exige um investimento médio de R$ 26 mil por hectare. Quando chega aos três anos de vida, o cedro-australiano precisa passar por um primeiro desbaste. O objetivo é cortar um quarto das árvores, para aumentar a entrada de luz, reduzir a competição e fazer uma primeira triagem. Com isso, o cultivo, que começou com 820 árvores por hectare vai ficar com cerca de 600. Nessa etapa, como as árvores são jovens, a madeira só pode ser vendida para lenha, o que gera em média, uns R$ 1 mil por hectare. Quando chega aos oito anos de vida o cedro-australiano passa por um segundo desbaste. É uma operação de grande escala, que tem o objetivo de cortar metade das árvores de cada talhão. Os cedros retirados nessa etapa têm porte médio e rendem toras que podem ser aproveitadas em serrarias. Com isso, cada hectare que tinha 600 árvores, ficará apenas com 300. As árvores que permanecem na área vão crescer bastante até os quinze anos de vida, quando ocorre o corte final”. (Fonte: Ar-Comunicação)


CAFÉ FOTOS: Divulgação HOMEOPATIA BRASIL

mento de pragas e doenças com a Homeopatia Brasil. Em 2012, iniciamos o trabalho com homeopatia na fazenda Bom Jesus, e, depois, transferimos o projeto para uma área maior, na fazenda São Lucas. Temos observado que a homeopatia trata a planta e o ambiente em que ela está inserida, e, portanto, é um mecanismo diferente do que estamos acostumados com os agroquímicos. Como não há a utilização de produtos nocivos, isso nos traz muitos benefícios sociais. São utilizadas baixas concentrações de substâncias, atuando gradativamente nas pragas e doenças, ou seja, a aplicação dos preparados em um ano provoca a aclimatação da planta, que receberá esse estímulo de forma muito melhor no ano seguinte, garantindo um melhor controle fitossanitário da lavoura”, explicou Lucas Lancha. MELHORIA CONTINUA - A homeopatia traz outros benefícios, como a ausência de toxicidade para o meio ambiente e para o aplicador que irá manipular o produto. “Podemos utilizar

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os preparados homeopáticos no entorno das residências dos nossos funcionários, sem causar qualquer dano à saúde das crianças. A certificadora vê esse trabalho como um processo de melhoria contínua, garantindo a sustentabilidade do negócio. A homeopatia se encaixa perfeitamente nesse quesito”, disse Lucas Lancha. Um bom exemplo, afirmou o produtor, foi a observação de mais animais circulando como coelhos, cobras, tatus, tamanduás e, até mesmo, um lobo. “Isto não tínhamos anteriormente. Acredito que a tendência é aumentar, porque é muito melhor para a fauna e a flora um ambiente sem veneno, em que seja possível conviver com a agricultura. Isso tem nos dados muitos pontos para a certificação”, explicou. PRODUÇÃO E QUALIDADE - De acordo com orientações do produtor, a produção de café tem sido mantida de um ano para outro. Além disto, o custo para a implantação com o uso da homeopatia é equiparável ao do custo que tiveram com o manejo convencional. “Também tivemos um ganho com a bebida. Pelo segundo ano tivemos um café com mais de 82 pontos nas lavouras tratadas com homeopatia. Fizemos um plano de redução de agroquímicos e nessa área reduzimos 100% do uso de produtos químicos convencionais, enquanto nas outras áreas da fazenda, conseguimos uma redução entre 5 e 10%. No futuro pretendemos certificar essa área como orgânico. Estamos gostando muito do trabalho que está sendo realizado pela Homeopatia Brasil”, finalizou Lucas Lancha Mei Alves de Oliveira.


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A proposta foi avaliar a qualidade do café no Oeste Baiano sob a influência do fungo Cladosporium

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om o objetivo de avaliar a qualidade do café produzido no oeste da Bahia sob a influência do fungo Cladosporium cladosporioides, mais conhecido como “fungo do bem”, a ABACAFÉ - Associação dos Cafeicultores do Oeste da Bahia e a JCO Bioprodutos promoveram no início do mês de julho, com uma comissão composta pelos cinco melhores degustadores da região, uma Análise Sensorial de Café. A degustação, realizada na sede da COOPROESTE - Cooperativa Agropecuária do Oeste da Bahia, considerou aspectos como fragância/aroma, uniformidade, ausência de defeitos, doçura, sabor, acidez, corpo, finalização e equilíbrio – segundo critérios da organização internacional Specialty Coffee Association of America (SCAA). De acordo com o técnico agrícola da JCO, Ednaldo Santos da Silva, o fungo está sendo avaliado pela empresa desde 2008, na Fazenda Campo Aberto, município de Barreiras (BA). Da sua utilização inicial aos dias atuais, outras propriedades passaram a fazer o uso do fungo nas lavouras de café da região. Devido à qualidade conquistada, participou de diversas competições e obteve colocações satisfatórias.

FOTO: Divulgação ABACAFÉ

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ABACAFÉ e JCO Bioprodutos promovem Análise Sensorial de Café na COOPROESTE

Ronaldo Henrique Silva, responsável pela qualidade na COOPROESTE e Ednaldo Santos da Silva, técnico agrícola da JCO Bioprodutos.

“Somente o produto biológico tem essa propriedade. Os fungos já são usados há muito tempo, mas somente este confere o atributo do sabor. Este fungo demonstrou que, além de proteger a planta de outros fungos prejudiciais à qualidade da bebida, ele também confere um aroma diferenciado, o que interfere de modo significativo na qualidade da bebida que é consumida”, disse Ednaldo, que também é administrador, classificador e degustador. A melhoria na qualidade a partir do uso do fungo pode ser justificada porque transfere açúcar para o grão e com isso, confere melhor sabor. A ação benéfica do fungo é confirmada também pelo responsável de qualidade da COOPROESTE, Ronaldo Henrique Silva. “A cafeicultura do oeste baiano já possui uma qualidade muito boa, mas com essa nova pesquisa vimos que a influência do fungo produziu um café com ainda mais corpo, doçura, sabor e aroma. Isso é muito importante para o nosso café, porque percebemos que essa nova pesquisa deu ainda mais consistência e isso é muito positivo do ponto de vista da valorização do produto. Acredito que, com essa melhoria da qualidade, o uso desse fungo deve ser ampliado, sendo adotado pelos demais produtores da cultura”, destacou. Conforme avaliação dos degustadores, o café produzido com a ação do fungo Cladosporium cladosporioides resulta em uma bebida de alta qualidade, com sabor cítrico e acaramelado, sem adstringência, boa doçura, uniforme, bom balanço (equilibrada), bom corpo e boa acidez, com pontuação para ranquear entre os melhores a nível região e nacional. A degustação foi realizada pelo responsável de qualidade da COOPROESTE, Ronaldo Henrique Silva; pelo gerente de qualidade da Grãos do Cerrado, Reinaldo Cerqueira Neto; pelo gerente de qualidade da Agronol, Jéder de Oliveira; pelo auxiliar de classificação da fazenda Agronol, Rafael José da Silva; e pelo classificador e degustador da Synagro, Caio Ataíde Borges Vasconcelos.


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ntigamente dominada pelo cultivo de café do tipo arábica, a região de Itabirinha tem despontado no cultivo do café conilon. Importada de outro estado, a variedade tem sido bem aceita pelos mineiros e vem conquistando novos mercados. “Em função das mudanças climáticas e de novas variedades que o estado do Espírito Santo vem desenvolvendo, agente nota que grande parte dos produtores hoje estão optando pelo café conilon na região”, aponta o técnico da Emater, Vanilton Alves. Essa variedade é a principal aposta do cafeicultor José Maria de Almeida, que possui cerca de 28 mil pés de café, sendo 20 mil deles do tipo conilon, e o restante do tipo arábica. Ele entrou nesse mercado há cerca de dois anos e ele percebe que o produto valorizou mais neste ano, mas ressalta que também foi preciso investimento para ter melhores resultados. “Hoje eu falo que o preço tá bem melhor. Na verdade nós tivemos dois ou três anos de seca, Isso prejudicou muito o agricultor, não só a mim, como toda a região e inclusive o Espírito Santo. Tem gente colhendo café xoxo, eu tenho uma pequena irrigação na minha terra pra gente não perder na qualidade do café. Então estamos colhendo um grão perfeito, de tamanho padrão e a perda foi muito pouca”, avalia José Maria. O cafeicultor tem vendido bem nas cidades da região, e aponta que já venceu cerca de sete a oito mil sacas do café

FOTO: G1 Vales de Minas Gerais

Café conilon conquista produtores de Itabirinha (ES)

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dele em Belo Horizonte, e o produto foi bem recebido pelos consumidores de lá. A única ameça ao desenvolvimento desse mercado é uma nova praga que surgiu nas lavouras da região, para a qual ainda não há produto específico que combata esse mal. O técnico da Emater dá a orientação mais adequada até o momento para impedir que a nova praga atrapalhe os negócios: “O que a gente tem recomendado é arrancar a parte afetada e queimar. Não deixar a broca proliferar na lavoura”, aconselha. (FONTE: Portal G1)


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roma e sabor diferenciados, com pureza de grãos. A Coca-Cola Brasil lança no mercado brasileiro, em agosto, o Café Leão, produto com grãos 100% arábica, cultivados, torrados e embalados no país, com o objetivo de ampliar o acesso do consumidor à categoria de cafés especiais. O Café Leão marca a entrada da CocaCola Brasil no segmento de cafés, por meio Leão, uma marca de origem brasileira com 115 anos de tradição no segmento de chás. Com uma mistura de grãos do cerrado mineiro e das montanhas do Espírito Santo, a produção do Café Leão envolverá uma rede de pequenos e médios cafeicultores das duas regiões. O produto estará disponível em duas torras: escura, com a bebida encorpada e equilibrada com aroma e sabor intensos; e média, com aroma e sabor balanceados com dulçor marcante. O Café Leão será o primeiro da companhia no mundo para o consumo em casa, que busca valorizar o ritual do preparo do café. “O café brasileiro é reconhecido como um dos melhores do mundo. No entanto, combinações de grãos tipo arábica, nossa melhor e mais valorizada espécie de café, dificilmente chegam às casas dos brasileiros porque são em grande parte direcionados ao mercado externo. Leão quer levar para o brasileiro o melhor do café que é produzido aqui”, diz o vice-presidente de Novos Negócios da Coca-

FOTO: Textual Comunicação

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Coca-Cola Brasil entra no mercado de cafés e lança no país produto do segmento especial

Cola Brasil, Sandor Hagen. De acordo com a ABIC - Associação Brasileira da Indústria de Café, o Brasil é o maior produtor e exportador de café e o segundo maior mercado consumidor em volume total do mundo. O segmento de cafés finos e diferenciados apresenta taxas de crescimento de 15% a 20% ao ano. “Ao entrarmos nesse mercado, estimulamos o debate sobre o café tipo exportação. A Leão quer expandir a disponibilidade de café de alta qualidade no mercado, aumentando o acesso do consumidor brasileiro a esse tipo de produto, para que esse segmento possa se desenvolver e ajudar no crescimento da categoria no Brasil”, afirma Sandor Hagen. Inicialmente, o Café Leão será encontrado no Rio de Janeiro, São Paulo e Curitiba, com a previsão de chegar aos principais pontos de venda de todo o país a partir de janeiro de 2017. Em setembro, os consumidores brasileiros também poderão adquirir o Café Leão em canais de e-commerce. O produto está disponível em quatro embalagens: 500g em grãos de torra média, 500g em grãos de torra escura (preço sugerido de R$ 25 cada), 250g moído de torra média e 250g moído de torra escura (preço sugerido de R$ 9,50 cada). A divulgação do novo Café Leão está baseada em promover a experimentação do produto. Por isso, em agosto, serão realizadas ações itinerantes em pontos de venda. A campanha de comunicação – que inclui design das embalagens, experiências de degustação, plataforma on-line, mídia digital e materiais de pontos de venda – foi desenvolvida pela agência Pharus. DIVERSIFICAÇÃO - A Coca-Cola Brasil trabalha constantemente com inovação no portfólio, para que o consumidor tenha mais opções de bebidas para seus diferentes estilos de vida e momentos do dia. Com o novo lançamento, a empresa soma o café à sua linha de cerca de 140 produtos. A companhia já atua nos segmentos de águas, chás, refrigerantes, néctares, sucos, energéticos e bebidas esportivas, entre sabores regulares e versões de baixa ou zero caloria.


DINHEIRO

Ministério da Agricultura divulga as normas para financiamento da Safra 2016/2017

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o primeiro dia de julho, o Diário Oficial da União publicou oito portarias (de números 291 a 298) que normatizam as regras para a liberação dos financiamentos de custeios, investimentos e comercialização da safra 2016/17, aprovadas pelo CNM - Conselho Monetário Nacional. O Plano Agrícola e Pecuário 2016/2017 se estende até 30 de junho de 2017. Com essas medidas, os bancos iniciaram procedimentos para financiar as atividades da nova safra. Para este novo ciclo agrícola, o MAPA - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento informa que o volume de crédito rural sofreu alteração. Em maio deste ano, o governo federal anunciou R$ 202,88 bilhões para o Plano Agrícola e Pecuário 2016/2017. No entanto, os recursos ficaram agora em R$ 185 bilhões. Isso é reflexo do redimensionamento da Letra de Crédito do Agronegócio (LCA), que terá em torno de R$ 10 bilhões à taxa controlada de 12,75% ao ano. As operações de custeio e comercialização com juros controlados contarão com R$ 115,6 bilhões. Os juros foram ajustados sem comprometer a capacidade de pagamento do produtor, com taxas que variam de 9,5% a 12,75% ao ano. Já os juros para agricultores enquadrados no PRONAMP - Pro-

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grama Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural são de 8,5%. Para os programas de investimento, o governo federal destinou R$ 34,045 bi. O Plano Agrícola e Pecuária 2016/2017 traz inovações. O Conselho Monetário Nacional estabeleceu o limite único de custeio de R$ 3 milhões por beneficiário por ano agrícola. Deste total, no primeiro semestre do plano (1º de julho a 31 dezembro de 2016) podem ser aplicados no máximo 60% e o restante no segundo semestre (1º de janeiro a 30 de junho de 2017). Já para a comercialização, o limite aprovado foi de R$ 4,5 milhões por produtor. Para investimento, o teto permaneceu inalterado em R$ 430 mil reais por beneficiário.


LETRAS DE CRÉDITO – Os produtores de maior escala podem contar, agora, com recursos complementares àqueles limites fixados pelo crédito rural, conhecidos como extrateto, para fazer frente as suas despesas de custeio. Esses recursos serão oriundos das LCAs, com taxa fixada em 12,75% ao ano, cujo montante estimado é da ordem de R$ 10 bilhões. Nos planos anteriores, não havia essa opção. Os juros eram livres e, consequentemente, menos atrativos ao setor produtivo, destacou o ministro Blairo Maggi. Além disso, os Certificado de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCAs) e Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs), emitidos por cooperativas e empresas que desejam atrair investidores, poderão ser corrigidos em moeda estrangeira, desde que lastreados na mesma condição. PREÇOS MÍNIMOS - Os novos preços mínimos das culturas de verão, que passam a vigorar nesta safra 2016/2017, foram publicados no Diário Oficial no dia 06 de julho na Portaria 123. As culturas fazem parte da Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM) – instrumento de comercialização de apoio à renda do produtor rural. Quando a cotação de mercado está abaixo do preço mínimo, o goverFOTO: InfoMoney

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Na pecuária de corte, a aquisição de animais para recria e engorda deixa de ser considerada investimento e passa para a modalidade de custeio. A mudança vai proporcionar ao produtor mais recursos e agilidade na contratação do crédito. O MODERINFRA - Programa de Modernização à Irrigação e Cultivos Protegidos, por sua vez, prevê incentivos à aquisição de painéis solares e caldeiras para geração de energia autônoma em áreas irrigadas. O valor programado é de R$ 550 milhões. O novo plano ainda elevou, de R$ 40 mil para R$ 320 mil, o limite para financiamento de estruturas de secagem e beneficiamento de café, por meio do MODERFROTA Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras, que tem programado R$ 5,050 bilhões. Outra meta do Plano Agrícola e Pecuária 2016/2017 é incentivar, por intermédio do Programa ABC - Agricultura de Baixa Emissão de Carbono, o plantio de açaí e cacau na Amazônia. O programa ABC conta com R$ 2,990 bilhões. Também foram renovados para a temporada os programas:- PCA - Programas de Investimento para Construção de Armazéns; o INOVAGRO e MODERAGRO - Programa de Inovação e Modernização Tecnológica na Agropecuária e os destinados às cooperativas (PRODECOOP e PROCAP-AGRO).

FOTO: Divulgação MAPA

DINHEIRO

no federal atua para amparar o agricultor. “Esses aumentos nos preços mínimos, notadamente, milho, arroz e feijão, são muito importantes, não só para estimular o produtor como também para a possibilidade de recomposição dos estoques do governo federal, que hoje estão em níveis baixos”, disse o secretário de Política Agrícola do Mapa, Neri Geller O preço mínimo do milho teve alta de 21,68%, passando R$ 13,56 para R$ 16,50 a saca de 60kg nos estados de Mato Grosso e Rondônia. Outro destaque foi o arroz longo fino em casca para o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, que saiu de R$ 29,67 para R$ 34,97 a saca de 50kg, um aumento de 17,86%. O algodão em pluma aumentou 8,93%, saindo de R$ 54,90 para R$ 59,80/15kg. Já o feijão em cores foi reajustado em 8,46%, passando de R$ 78 para R$ 84,60/60kg. O Diário Oficial da União também trouxe os preços mínimos dos produtos regionais, como o alho, borracha natural cultivada, cacau cultivada, carnaúba, castanha de caju, casulo de seda, guaraná, laranja, leite, mamona e sisal. Foram reajustados ainda os valores dos produtos extrativos, entre eles, açaí, andiroba, babaçu, baru, borracha natural, cacau, carnaúba, castanha do Brasil, juçara, macaúba, mangaba, pequi, piaçava, pinhão e umbu. Confira a Portaria 123, com os preços mínimos: (http:// pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?data=06 /07/2016&jornal=1&pagina=2&totalArquivos=64) BANCO SANTANDER - Segundo Carlos Aguiar, Superintendente Executivo de Agronegócios do Santander, o banco está ampliando sua carteira de recursos com juros livres destinados a clientes do agronegócio, independentemente do crédito com juros subsidiados do Plano Safra 2016/17. “Os recursos oficiais devem sofrer leve queda, em razão da redução dos depósitos à vista. Mas o volume de recursos para o setor com juros livres vai aumentar em torno de 20% na próxima temporada. Estamos com um plano agressivo de aumento da carteira do banco. Devemos ter em torno de uns R$ 400 milhões adicionais no próximo ciclo”, afirmou. Sobre as mudanças recentes nas regras de emissão de LCAs (Letras de Crédito do Agronegócio) e porcentuais destinados ao crédito rural, Aguiar disse que a alteração é um “pesadelo” para os bancos. “O problema não é a ideia de mudar as regras, mas não programar as mudanças. O banco precisa promover alterações em todo o seu sistema,treinamento de pessoas e oferta do produto nas mais de 2 mil agências do banco. Mas acredito que até o fim de julho conseguiremos adaptar o sistema e retomar as emissões”, finalizou.


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Irrigação de tomateiro orgânico: escolha do sistema mais adequado.

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FOTO: Waldir A. Marouelli

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produção de tomate em sistemas orgânicos é um desafio devido à grande suscetibilidade da cultura às doenças e insetospragas. A irrigação, por outro lado, é uma das práticas que provoca maior impacto na ocorrência de doenças. Em menor grau, também tem impacto sobre a população de insetos-pragas e aspectos nutricionais da cultura. Diferentemente da produção convencional de tomate de mesa, em que o gotejamento é tido como o mais apropriado, não existe nenhum sistema que possa ser considerado ideal na produção orgânica. Todos apresentam vantagens e desvantagens, sobretudo no que se refere à forma com que cada sistema interage com o manejo nutricional e, principalmente, fitossanitário do tomateiro. Assim, para a seleção do sistema mais adequado, é necessário avaliar cada condição de cul-

Irrigação do tomateiro por gotejamento.


tivo, incluindo tipo de solo, disponibilidade de água, histórico da área e, principalmente, condições climáticas. Estudos realizados pela Embrapa Hortaliças indicam que o clima é normalmente o principal fator a ser considerado na escolha do sistema, pois tem efeito marcante sobre a fitossanidade do tomateiro, principalmente de doenças de parte aérea. Nesse contexto, a avaliação das condições climáticas da região – umidade relativa do ar (UR) e ocorrência de orvalho e de chuva – é determinante na escolha do sistema. Existe uma estreita relação entre a ocorrência de algumas doenças e insetos-pragas e a forma com que a água é aplicada às plantas. Por molhar toda a planta, sistemas por aspersão favorecem doenças de parte aérea, notadamente em regiões com elevada UR, mas reduzem os danos causados por insetos-pragas. Já os sistemas por sulco e por gotejamento, por criarem pontos ou áreas de saturação no solo após cada irrigação, favorecem doenças provocadas por patógenos de solo, sobretudo em áreas com problemas de drenagem e histórico de doenças. Quanto aos insetos-pragas, o impacto das gotas de água aplicadas na aspersão pode agir na remoção de ovos e larvas de insetos, como da traça-do-tomateiro e broca-grande, além de desfavorecer a movimentação de insetos adultos entre plantas, como a mosca-branca, reduzindo os danos causados por alguns insetos importantes à cultura. Reduções de até 15% de frutos brocados podem ser obtidas apenas irrigando-se por aspersão, sobretudo em condições onde são requeridas entre uma e três regas semanais e quando aspersores de gotas grandes são usados. Além dos aspectos fitossanitários, o sistema de irrigação também pode contribuir para o maior crescimento radicular e a melhor nutrição do tomateiro. Por molhar todo o perfil do solo, a aspersão permite que as raízes do tomateiro cresçam mais lateralmente, enquanto o gotejamento restringe o crescimento por molhar apenas uma faixa de solo. Já o sistema por sulco molha praticamente todo o solo. Como a disponibilização de nutrientes pelo solo em sistemas orgânicos de produção é normalmente lenta e gradativa, tem-se que quanto maior o volume de solo explorado pelas raízes, maior a eficiência na absorção de nutrientes pelas plantas, com reflexos diretos na produtividade. Com base no exposto e estudos realizados, existem duas condições climáticas distintas para as quais se pode in-

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Irrigação por sulco.

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Irrigação por aspersão convencional.

ferir sobre o sistema a ser adotado: a) baixa UR (< 50%) e noites com ausência de orvalho – aspersão; b) UR moderada ou alta (> 60%) e noites com ocorrência de orvalho – gotejamento ou sulco, a depender de outros fatores. Existe, no entanto, uma zona de incerteza sobre qual sistema de irrigação utilizar quando as condições climáticas são intermediárias ou variam durante o ciclo de cultivo do tomateiro. SISTEMA DE IRRIGAÇÃO CONJUGADO - As condições climáticas mesmo em regiões com estação seca bem definida, como no Cerrado do Brasil Central, são variáveis, podendo ocorrer, com alguma frequência e dependendo do ano, noites com orvalho. Logo, em anos em que as condições climáticas são favoráveis às doenças de parte aérea, como requeima e pinta-preta, a produtividade em lavouras de tomate irrigadas por aspersão diminui, podendo ser menor que em lavouras irrigadas por gotejamento ou sulco. Por outro lado, em anos com registros esporádicos de orvalho, a produtividade do tomateiro irrigado por aspersão é maior. Visando minimizar o efeito das variações climáticas na ocorrência de doenças de parte aérea e, consequentemente, se ter uma maior estabilidade na produção e produtividade de tomate a cada safra, é tecnicamente indicado instalar dois sistemas distintos na mesma lavoura – um sistema conjugado. Um dos sistemas deve molhar toda a planta (aspersão) e o outro apenas o solo (sulco ou gotejamento). Trabalhos realizados têm demostrado que, para as condições de inverno seco da região Centro-Oeste, a utilização de um sistema conjugado é mais viável, do ponto de vista econômico, do que se usar um único sistema. A produtividade comercial de tomate, em estudos realizados durante cinco anos no Distrito Federal, foi de 10,0 kg/ m2 quando se irrigou com sistemas conjugados – aspersão/ sulco ou aspersão/gotejamento; 8,5 kg/m2 por aspersão; 7,9 kg/m2 por sulco; 7,7 kg/m2 por gotejamento com duas linhas laterais; 7,2 kg/m2 por gotejamento com lona plástica preta; e 6,5 kg/m2 por gotejamento com uma linha lateral. Comparativamente ao gotejamento com uma linha lateral – sistema mais usado na produção de tomate –, houve aumento médio na receita líquida de 52% quando se irrigou por aspersão/sulco, 47% por aspersão/gotejamento, 29% por sulco, 13% por aspersão e 9% por gotejamento com duas linhas laterais. (FONTE: Embrapa Hortaliças)


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