Edição nº 109 dezembro 2015

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FOTO DE CAPA Cup of Excellence Brazil Naturals 2015. Cafeicultor Sebastião Afonso da Silva (Cristina/MG) é homenageado por Adolfo Ferreira (pres. BSCA), Debbie Hill (diretora ACE), Vanusia Nogueira (diretora BSCA) e André Cunha (pres. AMSC) Foto: Adriana Dias

Concurso premia os melhores cafés naturais do País

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Os cafés naturais do Brasil conquistam, a cada ano, o paladar dos principais provadores de café do mundo. O reflexo mais atual é o resultado do Cup of Excellence - Brazil Naturals 2015, realizada em Franca, na Alta Mogiana de São Paulo. A solenidade de premiação aconteceu no Franca Polo Clube, no último dia 11 de dezembro e reuniu cafeicultores, empresários e diversas autoridades políticas e setoriais. Sebastião Afonso da Silva, de Cristina (MG), região da Indicação de Procedência da Mantiqueira de Minas, foi o campeão.

ABELHAS

LEITE

Pecuária de Precisão

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Artigo dos pesquisadores Glayk Humberto e Vânia Mirele Carrijo abordam a importância da Pecuária de Precisão, abrangendo diferentes parâmetros dos animais, como uma forma moderna de gerenciar os sistemas de produção animal.

Franca (SP) realiza o 6º Seminário de Meliponicultura

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Pelo sexto ano consecutivo, a cidade de Franca (SP) recepciona no Parque “Fernando Costa” os mais importantes pesquisadores em Meliponicultura (criação de abelhas sem ferrão)

A importância do novo híbrido de Milheto Granífero

GRÃOS

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O híbrido ADRG 9050, lançado pela Sementes Adriana na safra 2014/2015, produz de 4 a 6 toneladas de palhada por hectare, recicla nutrientes (potássio) e reduz a população de nematóides no solo.

Magnésio: um nutriente esquecido na cafeicultura

CAFÉ

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om a realização na cidade de Franca (SP) da fase internacional do Cup of Excellence 2015 Brazil Naturals - considerado o maior concurso de qualidade de cafés naturais do Mundo, toda a cafeicultura da região da Alta Mogiana foi beneficada. Primeiro, pelo reconhecimento por parte da BSCA - Associação Brasileira de Cafés Especiais da qualidade do café arábica produzido em toda a região, que abrange cafeicultores em 15 municípios paulistas (Altinópolis, Batatais, Buritizal, Cajurú, Cristais Paulista, Franca, ltirapuã, Jeriquara, Nuporanga, Patrocínio Paulista, Pedregulho, Restinga, Ribeirão Corrente, Santo Antônio da Alegria e São José da Bela Vista) e 08 municípios mineiros (Claraval, Capetinga, Cássia, Ibiraci, Itamogi, Sacramento, São Sebastião do Paraíso e São Tomás de Aquino). Mas, acima de tudo, a importância do trabalho de união formalizado pela AMSC - Associação de Produtores de Cafés Especiais da Alta Mogiana e da COCAPEC - Cooperativa dos Cafeicultores e Agropecuaristas da Região de Franca. Ambas as instituições contribuiram diretamente para que o Cup 2015 fosse realizado com sucesso. Para finalizar, ressaltamos que, pela primeira vez em cinco anos de concurso, cafeicultores da Região da Alta Mogiana inscreveram amostras. E, já nesta primeira vez, sem ainda muitos conhecimentos de participação, três cafeicultores de Ibiraci (MG) e um de Cássia (MG) conseguiram se classificar entre as mais de 230 amostras. Parabéns a todos os envolvidos! Mudando de assunto, mas ainda falando de Franca (SP), ressaltamos o trabalho da Prefeitura Municipal na criação de abelhas sem ferrão (nativas). Realizou o 6º Seminário de Meliponicultura e inaugurou o maior Meliponário Público do País, com quase 300 colméias de mais de 11 espécies nativas. Na cadeia produtiva do leite, destacamos o novo artigo dos pesquisadores Glayk Humberto e Vania Mirele Carrijo, que abordam o tema “Pecuária de Precisão”. Na produção de grãos, apresentamos o híbrido de Arroz BRS Esmeralda, cuja pesquisa da Embrapa Cerrados comprova o lucro de até 39% sobre o investimento inicial para agricultores matogrossenses. Merece destaque, também, a inauguração em São Sebastião do Paraíso (MG) de uma nova unidade da Campagro. Com relação à pesquisa cafeeira, duas importantes matérias retratam a importância da contribuição do IAC - Instituto Agronômico de Campinas, através do trabalho de inúmeros pesquisadores e do Banco de Germoplasma na cafeicultura brasileira. Concluindo mais um ano de trabalho, queremos desejar a todos os nossos parceiros comerciais e leitores um Feliz Natal e um Excelente Ano de 2016.

HORTALIÇAS

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A cafeicultura está em ‘festa’ na Região da Alta Mogiana

DESTAQUE: Cup of Excellence

EDITORIAL

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Em novo artigo, o pesquisador Renato Passos Brandão aborda a importância do magnésio: o quarto nutriente mais absorvido pelo cafeeiro, porém esquecido nos programas nutricionais.

Variedades de cebolas para todas as regiões produtoras

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A cebola é um dos principais produtos agrícolas cultivados no país. A TopSeed Premium possui em seu portifólio de 11 híbridos totalmente adaptados para o cultivo em diferentes condições.


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contatos

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MARISA CALFA (rh.hospvet@gmail.com) Área Veterinária - Santa Vitória (MG). “Trabalho em um hospital veterinário de um Centro Educacional. Gostaria de assinar a Revista Attalea Agronegócios”. VANESSA LIMA (vanessalima1801@bol.com.br) Estudante - Franca (SP). “Sou estudante do curso Técnico de Agronegócios e Agropecuário, da escola ETEC “Prof. Carmelino Corrêa Jr.”, sediada em Franca (SP). Gostaria de assinar a Revista Attalea Agronegócios”. ANTONIO GABRIEL NUNES (agabrieln@yahoo.com.br) Cafeicultor - Batatais (SP). “Trabalho com cafeicultura e gostaria de assinar a Revista Attalea Agronegócios”. ANA OLIVEIRA (anatcheoliveira@bol.com.br) Agricultor - Barracão (RS). “Trabalho com pecuária, hortaliças e lavouras em geral. Gostaria de receber mensalmente a Revista Attalea Agronegócios”. HERMES CONRADO BOTTAN (hermesconrado@bb.com.br) Gerente - São Paulo (SP). “Sou gerente de Relacionamento Rural Personalizado do Banco do Brasil. Gostaria de assinar a Revista Attalea Agronegócios”. GILBERTO BERTOLA CANTARUTTI (gbcanta@hotmail.com) Engenheiro Agrícola - Barbacena (MG). “Sou Instrutor de Máquinas do SENAR-MG e gostaria de receber esta excelente Revista Attalea Agronegócios”.

MARCO ANTÔNIO MOTTA CARVALHO (mottacarvalho@hotmail.com) Estudante - Volta Redonda (RJ). “Gostaria de receber a Revista Attalea Agronegócios”. JARBAS DOS REIS SILVA (jarbasreissilva@gmail.com) Estudante - Uberlândia (MG). “Estudo Agronomia na Universidade Federal de Uberlândia. Gostaria de receber a Revista Attalea Agronegócios”. BRUNO FALEIROS NOCERA (bruno_faleirosn@hotmail.com) Trainee em Nutrição de Ruminantes - Belo Horizonte (MG). “Minha família é natural de Franca (SP) e atualmente trabalho no Departamento Técnica da Vaccinar Nutrição e Saúde Animal. Gostaria de assinar a Revista Attalea Agronegócios”. LEONARDO VINICIUS ELIAS (leo.v.elias@hotmail.com) Economista - São Paulo (SP). “Trabalho na área de agronegócios. Gostaria de receber a Revista Attalea Agronegócios”. JOSÉ MARCOS GUIGUER JARDIM (zecajardim@usp.br) Empresário Rural - Pirassununga (SP). “Gostaria de assinar a Revista Attalea Agronegócios”. GUILHERME ALVES DE ARRUDA (gui.aalves1977@gmail.com) Empresário - Campo Grande (MS). “Trabalho na empresa Hazmat Soluções em Agropecuária e Meio Ambiente. Gostaria de receber a Revista Attalea Agronegócios”. JENNIFER ROCHA PINTO GARBIN (jenniferrocha1991@gmail.com) Técnico Agrícola - Pelotas (RS). “Graduando em Agronomia e gostaria muito de receber a Revista Attalea Agronegócios”.

PAULO H.R. TRIBST (paulo@pedrascongonhas.com.br) Empresário - Belo Horizonte (MG). “Sou fornecedor de pó de rocha, fonte de magnério e micronutrientes. Gostaria de assinar a Revista Attalea Agronegócios”. RONALDO JOSÉ CÂNDIDO (bufalosite@bol.com.br) Gerente de Pecuária - Ibiraci (MG). “Trabalho na Agropecuária Morada dos Búfalos e também sou vice-presidente da ACIASI - Associação Comercial de Agronegócios, Serviços e Turismo. Gostaria de assinar a Revista Attalea Agronegócios”. JOSÉ HENRIQUE OLIVEIRA MORAIS (henriqueibiraci@hotmail.com) Cafeicultor - Ibiraci (MG). “Gostaria de receber a Revista Attalea Agronegócios”. LETICIA LIMANA PUIATI (leticiapuiati@yahoo.com.br) Pecuarista e Produtor de Vinhos - Santa Maria (RS). “Gostaria de receber a Revista Attalea Agronegócios”. ARNALDO JOSÉ ALVES (arnaldoabilio@gmail.com) Engenheiro Agrônomo - Araguari (MG). “Gostaria de assinar a Revista Attalea Agronegócios”. LUCAS JOSÉ DOS SANTOS OLIVEIRA (lucasoliveira1997@outlook.com) Estudante de Agronegócios - Franca (SP). “Sou Auxiliar Administrativo na área de Agronegócios e Gostaria de assinar a Revista Attalea Agronegócios”. ROBERTO RIBEIRO CARVALHO PINI (robrpini@gmail.com) Engenheiro Agrônomo - Barueri (SP). “Sou produtor rural desde 1972 e me dedico a produção de pupunha. Gostaria de receber a Revista Attalea Agronegócios”.


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LEITE

Pecuária de Precisão

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pecuária de precisão, no contexto dos ecossistemas, é a forma moderna de gerenciar os sistemas de produção animal. Consiste na medição de diferentes parâmetros dos animais, a modelagem desses dados para selecionar a informação que se quer, e o uso desses modelos em tempo real visando o monitoramento e o controle de animais e rebanhos. A pecuária de precisão integra os conhecimentos de comportamento animal, a tecnologia eletrônica e os sistemas de decisão aplicados a produção animal. O fundamento está em conhecer o comportamento dos animais e saber por

AUTORES 1 - Zootecnista, B.Sc. Mestrando em Produção Animal Sustentável pelo Instituto de Zootecnia. Jurado Efetivo de Raças Zebuínas e Assessor de Pecuária Leiteira. Email: glaykhumbertovilela@yahoo.com.br 2 - Médica Veterinária, M.Sc. Produção Animal Sustentável pelo Instituto de Zootecnia. Docente do Centro Paula Souza. Atua na área de sanidade, escrituração zootécnica e biotecnologia da reprodução.

Sega Pasto

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om o objetivo de auxiliar o pecuarista a obter uma pastagem com todos os nutrientes e fibras necessárias e um feno de alta qualidade, a Casale oferece o ‘Sega Pasto’. Equipamento único e consolidado no mercado, possui um sistema de corte vertical com rotor de 42 facas que proporciona uma poda sem agressão à fibra, preservando o caule do capim e otimizando o manejo de pastagem. Com o Sega Pasto, o pecuarista aumenta a vida útil do capim e diminui o período de rotação dos piquetes, sem perda de capim, gerando economia e eficiência na recuperação das pastagens. Além disso, o equipamento sega e condiciona forragens de alta produção, promovendo a secagem mais rápida e agilizando o processo de enfardamento.

FOTO: www.droneimages.com.br

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Glayk Humberto Vilela Barbosa1 Vânia Mirele Ferreira Carrijo2

que, e como, modificá-lo. O condicionamento do comportamento ingestivo, via treinamento dos animais com recompensas e criação de aversões, as cercas virtuais, o aumento do valor percebido das terras são exemplos de ferramentas de precisão que podem ser usadas no manejo de ambientes. Ao longo dos anos, tem-se procurado disponibilizar conhecimentos, informações e tecnologias que viabilizem a pecuária de precisão que conciliem produção/produtividade com conservação ambiental, garanta segurança alimentar e nutricional para o consumidor e assegure rentabilidade, qualidade de vida e ascensão social ao produtor, focada na excelência gerencial e organizacional. Assim, está implícita a produção coerente de leite, carne, lã, couro entre outros, baseada em tecnologias que protejam o consumidor das crises de abastecimento e das variações acentuadas de preços e permitam os criadores inserirem nas leis da competitividade ditadas pelos mercados globalizados. Assim, a pecuária de precisão delineada com base em metas/alvos produtivos bem definidos, requer o gerenciamento da variabilidade espacial e temporal dos recursos produtivos. A análise dos ambientes com suas características e limitações próprias e o entendimento dos pontos relevantes antecedem a escolha de tecnologias que permitam implementar ajustes e adequações dos sistemas de exploração em função das diversidades e especificidades locais/regionais e de cada propriedade. Há um amplo leque de tecnologias que suportam a lógica da pecuária de precisão e são múltiplos os sistemas de produção que combinam, articulam e criam sinergia entre as diferentes técnicas de produção. Na realidade, há necessidade de se buscar a otimização da produtividade, pela compatibilização do desempenho individual, priorizando genótipos vegetais e animais adaptados. A junção desses dois conjuntos garante a sustentabilidade do sistema e a persistência do relvado no longo prazo. Como sistema sustentável pode-se caracterizar o sistema que maximize os benefícios socioeconômicos da geração presente, preservando a qualidade ambiental e a capacidade de produção para as gerações futuras; fica implícita a necessidade de conhecimento da capacidade de produção ao


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longo do tempo, visando garantir a estabilidade da produção, trabalho e renda. Assim, sistemas de produção em equilíbrio e em não equilíbrio são componentes de um processo de produção contínuo; a bovinocultura empresarial, focada nas oportunidades mercadológicas, deve ser acompanhada de mecanismos que integre os sistemas produtivos de base familiar, e perspectivas para a integração lavoura – pecuária – agroenergia, assim como, para o uso múltiplo da terra. O mundo enfrenta desafios ambientais sem precedentes, e a produção de gado esta no centro desse estágio. Relatório controversos publicados pelo (United Nations Steifeld et al. 2006), indicaram que a pecuária sobre pastejo ocupa 26% da superfície terrestre livre de gelo, e que a pecuária tem levado a degradação de 20% das pastagens e terras de pastagens (73% dos pastos em áreas secas). Independentemente de a produção de gado produzir impactos maiores ou piores que outros setores, o fato é que a pecuária gera enormes benefícios para os seres humanos, mas também tem conseqüências negativas sobre a terra. Assim, é necessário melhorar os sistemas pecuários para minimizar impactos ambientais, mantendo alta produtividade, qualidade e eficiência energética. Precisão refere-se à produção de animais para a exploração de vários níveis de heterogeneidade e as respostas nãolineares em processos de produção para aumentar a rentabilidade e reduzir impactos ambientais. A produção animal está em um período de rápida adaptação e desenvolvimento, tanto a nível regional como global. Há intensas pressões e simultâneas oportunidades associadas com a necessidade de produção animal segura e ecológica. Isso criou a necessidade e oportunidade de usar sistemas de identificação animal e rastreabilidade de nível nacional em muitos países. Simultaneamente, os avanços nas comunicações eletrônicas e das tecnologias GPS alimentada pelos seus altos consumos, resultou em grandes declínios nos preços e melhorias no desempenho, abrindo uma janela de oportunidade para criar sistemas de baixo custo com grande

precisão, podendo ser utilizados na pecuária de produção. Informações sobre o comportamento animal e sua localização podem ser utilizadas para delimitar locais ou ambientes a serem utilizados pelos animais, e equilibrá-los em função de suas necessidades. Para tanto, a pecuária de precisão necessita considerar a dinâmica do processo de produção. Uma vez que o papel dos herbívoros domésticos não seja mais a simples colheita de tecidos vegetais e sua conversão em produto animal, pois a eles são exigidos compromissos com serviços ecossistêmicos, origina-se o papel do ruminante como engenheiro ambiental. A produção animal de precisão incluirá dois sistemas relacionados: entradas de informação e gestão desses dados. O desenvolvimento de sistema para melhorar o gerenciamento das entradas é necessário para fornecer aplicativos para modificar a produção e o comportamento animal. Em termos específicos, é necessário mais investigação para gerar conjuntos de melhores condições de estímulos e dispositivos de treinamento para os animais, incluindo os alimentadores remotamente controlados. Finalmente, componentes tem de ser totalmente integrado em sistemas completos que podem ser comercializados, assim como ocorreu na agricultura de precisão.

Governo do MS entrega resfriadores

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Governo do Estado entregou no final de novembro 43 resfriadores de leite para cooperativas e assentamentos rurais de 19 municípios de Mato Grosso do Sul. A solenidade de repasse foi realizada no Centro de Pesquisa da AGRAER – Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural, em Campo Grande (MS). O objetivo da ação é aumentar os índices de produção e a qualidade do leite produzido por cooperativas e pequenos produtores familiares do Estado. Ao todo, foram investidos R$ 439 mil para a aquisição dos 43 resfriadores. Os equipamentos foram adquiridos por meio dos dois contratos de repasse n.º 781.953 e o 781.959/2012, convênios firmados entre o governo do Estado e Ministério da Pecuária, Agricultura e Abastecimento (MAPA). Os dois contratos se somados autorizam a aplicação de mais de R$ 800 mil, com repasse feito pela Caixa Econômica Federal. A compra foi realizada nos moldes de pregão eletrônico e ainda restam R$ 432 mil a serem utilizados em uma nova licitação de equipamentos. A estimativa é de que outros 41 resfriadores de leite possam ser adquiridos, dependendo da oscilação de mercado, com base no atual cenário econômico em se encontra o País. (FONTE: AGRAER)


FERTILIZANTES

Yara investirá na construção de fábrica de fertilizantes foliares e micronutrientes

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m mais um passo de consolidação da posição de liderança no mercado brasileiro de fertilizantes, a Yara anuncia a construção de uma unidade de produção dos fertilizantes foliares e micronutrientes YaraVita em Sumaré (SP), a primeira da empresa voltada a esta linha de produtos fora da Europa. Atualmente, os produtos da linha comercializados no Brasil, utilizados para o recobrimento de fertilizantes sólidos, tratamento de sementes e aplicação foliar, vêm das unidades da Yara em Pocklington, na Inglaterra. A nova fábrica de YaraVita em Sumaré adotará as mesmas tecnologias fabris e seguirá os altos padrões internacionais da empresa, que estão em conformidade com a legislação mais rigorosa do mundo, a australiana, conferindo uma qualidade superior aos produtos e um maior controle de metais pesados. Esses padrões estabelecem uma criteriosa seleção de matérias-primas que, associada à tecnologia de formulação da Yara, garantem ao agricultor uma alta performance agronômica com sustentabilidade ambiental. O investimento para a construção da nova unidade será de R$ 41,4 milhões e a inauguração está prevista para o segundo semestre de 2017. A unidade será responsável pela fabricação de aproximadamente 70% de todo o volume de YaraVita comercializado pela empresa no Brasil. “O investimento para a construção dessa unidade reafirma nosso compromisso com o País e com os agricultores brasileiros.

É a primeira vez que a Yara constrói uma unidade para a produção de YaraVita fora da Inglaterra, o que reforça a importância do Brasil para a companhia. Nos últimos três anos, investimos mais de US$ 1 bilhão no Brasil, entre melhorias, novos empreendimentos e aquisição de empresas do setor”, disse Lair Hanzen, presidente da Yara Brasil. A escolha por Sumaré é estratégica, pois, no município, a Yara mantém a unidade misturadora de fertilizantes mais moderna do País, inaugurada em novembro de 2014. A nova fábrica será capaz de produzir todos os produtos líquidos da linha YaraVita, tanto as suspensões concentradas quanto as soluções, atendendo perfeitamente às necessidades dos agricultores brasileiros. Os principais produtos que serão fabricados na unidade, em um primeiro momento, são YaraVita Coating, YaraVita Glytrel, YaraVita Thiotrac e YaraVita Bortrac. A linha de fertilizantes YaraVita é amplamente comercializada no Brasil e bem conhecida dos produtores do País, por conta dos benefícios e do valor agregado de seus produtos. Os produtos são desenvolvidos especificamente para a aplicação de micronutrientes no recobrimento de fertilizantes sólidos, tratamento de sementes e aplicação foliar. A linha fornece nutrientes específicos a cada cultura e perfil de agricultor, exatamente quando e onde a lavoura necessita, aumentando o desempenho das plantas e, consequentemente, a produtividade.

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NOTÍCIAS

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om um forte trabalho na criação de abelhas nativas (conhecidas como Sem Ferrão ou Meliponas), o município de Franca (SP) inaugurou neste mês o maior Meliponário Público do Brasil, que conta com 280 colônias de 11 espécies sem ferrão e encontra-se instalado no Jardim Zoobotânico. Os investimentos feitos na construção e instalação desse Meliponário Municipal são originários do Fundo Municipal do Meio Ambiente Idealizado por Alexandre Ferreira, prefeito de Franca (SP), o Meliponário Municipal foi inaugurado no último dia 11 de dezembro por Arnaldo Jardim, Secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. Segundo Denise Alves, do Departamento de Entomologia e Acarologia da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (USP/Esalq), as abelhas desempenham papéis fundamentais no desenvolvimento das plantações e, consequentemente, na alimentação da sociedade, por isso, torna-se indispensável adquirir conhecimento sobre a vida do inseto e compreender melhor suas vantagens. “Atualmente, 88% das plantas com flores são dependentes de animais para a transferência de grãos de pólen em quantidade suficiente para a fertilização dos óvulos e a consequente formação de frutos e sementes, e das 115 culturas agrícolas que lideram a produção global, 70% se beneficiam da ação desses polinizadores, o que representa 35% do suprimento alimentar humano.”

FOTO: Ájax Notícias

FOTO: Editora Attalea

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Maior Meliponário Jardim promete do País é inaugurado projeto de piscicultura para Rifaina (SP) em Franca (SP)

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Secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de SP, deputado federal Arnaldo Jardim anunciou no último dia 11 de dezembro, que Rifaina (SP) abrigará nas águas afluentes do Rio Grande, um grande projeto de piscicultura. O plano será desenvolvido com pequenos e médios agricultores em suas propriedades – com a criação de peixes a partir de alevinos distribuídos pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA) e também com parceria e apoio da MFoods, da multinacional MCassab que tem um entreposto de pescado na cidade. “Em janeiro, pretendemos trazer aqui o Governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, para lançar este programa e, a partir daí, auxiliarmos aqueles que quiserem empreender neste setor, como já ocorre em algumas regiões do Estado”, disse Jardim, afirmando que na semana passada o programa foi lançado em São José do Rio Preto. A MCassab já desenvolve um programa próprio de piscicultura. O frigorífico da empresa em Rifaina é um dos maiores entrepostos de pescado do País. Tilápias são produzidas em tanques da Fazenda da empresa e processadas no frigorifico que trabalha com cerca de 120 funcionários e teria quase o triplo de capacidade da produção obtida hoje. Além da carne da tilápia, que é fornecida para o mercado nacional, a pele do peixe é exportada pela multinacional através de suas unidades de produtos alimentícios. Hoje, o entreposto de Rifaina produz 320 toneladas de peixe ao mês. São cerca de 15 toneladas, em média, por dia, segundo o diretor da empresa na cidade, Gustavo Bozzano. Ao final de sua visita o secretário visitou a MCassab, onde assistiu um vídeo sobre o processamento de peixes e observou como é feita a produção.


ABELHAS

6º Seminário de Meliponicultura reúne produtores e especialistas em Franca (SP)

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FOTOS: Revista Attalea Agronegócios

ntre os dias 11 e 12 de dezembro, mais uma vez, a cidade de Franca (SP) foi palco de um ciclo de estudos e atividades práticas sobre a criação de abelhas sem ferrão (Meliponicultura). O Seminário de Meliponicultura é uma criação do atual prefeito de Franca (SP), Alexandre Ferreira, sendo que a organização foi de Célio Augusto Pereira Rodrigues, da Secretaria de Desenvolvimento, em parceria com Ismar Tavares, da Serviços e Meio Ambiente. As atividades foram realizadas no Parque de Exposições “Fernando Costa” e no Jardim Zoobotânico. O evento contou com o apoio do SENAR-SP, por meio do Sindicato Rural de Franca, da Embrapa Meio Ambiente, da AMESAMPA - Associação de Meliponicultores do Estado de São Paulo; da FAAMESP - Federação das Associações de Apicultores e Meliponicultores do Estado de São Paulo; e do Meliponário Abelha Brasil. A abertura do Seminário aconteceu no dia 11 de dezembro, com a primeira palestra abordando a temática ‘Biologia das Abelhas sem Ferrão’, com Cristiano Menezes, pesquisador da USP. A seguir, Ricardo Camargo, pesquisador da Embrapa Meio Ambiente abordou as ações da AMESAMPA - Associação de Meliponicultores do Estado de São Paulo. No período da tarde, os participantes participaram da solenidade de inauguração do Meliponário Municipal, instalado no Jardim Zoobotânico de Franca (SP) e que comportará cerca de 280 colônias de abelhas meliponas, como Jataí, Uruçu, Mandaçaia, Uruçu-Amarela, etc. No sábado, ultimo dia do evento, a programação do seminário abordaria ainda a palestra da Drª Genna Souza, pesquisadora da UESB - Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. Logo a seguir, os participantes poderiam participar de uma das três oficinas práticas, todas realizadas no Meliponário Municipal - Jardim Zoobotânico.

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Ricardo Camargo, pesquisador da Embrapa Meio Ambiente, de Jaguariúna (SP).

Na Oficina 1, abordando o tema “Práticas de Manejo com as Abelhas Nativas”, com José Mauro Souza (Furnas MG). Já a Oficina 2, Cristiano Meneses abordou o tema “Práticas de Manejo com as Abelhas Nativas”. E na Oficina 3, Genna Souza abordou o tema “Produção de Cosméticos à Base de Mel de Meliponídeos”.

Cristiano Meneses, pesquisador da USP.


GRÃOS

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s produtores mato-grossenses obtiveram 39% de lucro sobre o investimento para a produção de arroz de terras altas na safra 2013/2014 com o uso da cultivar BRS Esmeralda, desenvolvida pela Embrapa. Esse foi o resultado de um estudo que analisou a viabilidade econômica dessa cultivar para a rizicultura empresarial naquele estado. O levantamento de dados se baseou nos gastos com os fatores de produção e no preço de comercialização da saca de 60 quilos do produto. Realizado pela Embrapa Arroz e Feijão (GO), o trabalho levou em consideração a aquisição de insumos (sementes, fertilizantes, corretivos de solo e defensivos), as operações com máquinas e implementos e os serviços (mão de obra). Além disso, foi contabilizado o dispêndio com a pós-colheita na secagem do grão. Não foram incluídos custos fixos, como, por exemplo, a depreciação de tratores e o preço da ter-

FOTO: Sebastião Araújo

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Arroz BRS Esmeralda gera lucro de 39% sobre investimento aos agricultores matogrossenses

Gene pode melhorar rendimento do arroz e do milho Mutação Genética aconteceu no processo de “domesticação do grão” e deixou os alimentos maiores O descobrimento de um gene que transporta açúcares às sementes de cereais pode ajudar na criação de novas variações de alto rendimento de alimentos como arroz e milho, segundo revela um estudo publicado no início de novembro pela revista britânica “Nature”. Esse gene, identificado por um grupo de cientistas dos Estados Unidos e da França, pode ser o responsável pelas grandes diferenças de tamanho apresentadas entre as sementes de cereais cultivadas por produtores atualmente em relação às silvestres. Em comunicado divulgado pela “Nature”, os autores do estudo lembram que os primeiros agricultores selecionaram as maiores sementes para cultivar cereais, como arroz e milho, porque acreditarem que elas apresentavam um

Teosinto (B e C), o ancestral do milho moderno, que sofreu mutação espontânea e originou o milho moderno

valor nutricional mais alto. O tamanho do grão, explicam os cientistas é determinado por um processo de “recheio de sementes” pelo qual os açúcares são incorporados ao interior delas. “O processo do ‘recheio de sementes’ gera plantas de melhor rendimento. Um melhor entendimento desse processo poderia ajudar a melhorar os cultivos”, indica o estudo, liderado pelo especialista Davide Sosso, da Universidade de Stanford (Califórnia). Sosso e sua equipe descobriram que um gene presente no milho, denominado “ZmSWEET4c”, é responsável pelo processo de “rechear as sementes”, cuja células transportam açúcares como glicose e frutose. Ao comparar as sequências genéticas de milho cultivado por agricultores seu antepassado silvestre, os cientistas detectaram que no processo de “domesticação” ocorreu uma mutação do “ZmSWEET4c”. Os especialistas também encontraram no arroz o gene “OsSWEET4”, relacionado ao “ZmSWEET4c” e responsável, além disso, pelo processo de “domesticação” desse cereal. O descobrimento desses “transportadores” de açúcares, destaca o estudo, pode, em última instância, contribuir para a criação de novas variedades de alto rendimento de arroz e milho. (Fonte: Agência EFE)


ra. Complementarmente, o investimento para a produção foi calculado para a obtenção de uma produtividade de 3,6 mil quilos por hectare. A produtividade média no Mato Grosso é 3,2 mil quilos por hectare, com uso de outras cultivares. Esses custos dos fatores de produção foram baseados nos preços médios praticados nas praças de Rondonópolis, Água Boa, Sinop e Paranatinga em abril de 2014. Já a receita bruta, que também teve como referência essas mesmas localidades e período, foi aferida presumindo um rendimento de 55% de grãos inteiros no beneficiamento industrial do produto. A analista da Embrapa Osmira Fátima da Silva, que participou do levantamento, avalia que esses resultados evidenciam que a BRS Esmeralda contribui para o fortalecimento da cadeia produtiva do arroz de terras altas no Mato Grosso. “Acreditamos que essa tecnologia seja economicamente viável e proporcione ao agricultor maior segurança na obtenção de alta produtividade, qualidade de grãos e boa lucratividade sobre os investimentos no sistema de produção”, afirma. Osmira acrescenta que os insumos foram o fator que mais onerou o custo de produção (53%), com destaque para os fertilizantes e corretivos de solo, que tiveram uma participação de 41%. Já as operações com máquinas e implementos corresponderam a 29%, os serviços, 16%; e a pós-colheita, 2%. A análise da viabilidade econômica da BRS Esmeralda para o agronegócio na safra 2013/2014 foi um dos trabalhos apresentados no 9º Congresso Brasileiro de Arroz Irrigado, que aconteceu em agosto, em Pelotas (RS). O evento foi promovido pela Sociedade Sul-Brasileira de Arroz Irrigado (Sosbai) e teve como tema Ciência e Tecnologia para a Otimização da Orizicultura. VERSATILIDADE DE CULTIVO - A BRS Esmeralda foi lançada pela Embrapa e parceiros em abril de 2013. Ela é fruto do cruzamento de outras cultivares, realizado em 1997, e seu desenvolvimen-

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to se estendeu até o ano 2008. A BRS Esmeralda atinge produtividade média acima de quatro mil quilos por hectare e oferece boa segurança fitossanitária, com graus de resistência às doenças mancha-parda, escaldadura-das-folhas, mancha-de-grãos e brusone. A cultivar tem grãos com qualidade agulhinha e possui ciclo precoce (entre 105 a 110 dias). Apresenta porte ereto, o que facilita a colheita mecanizada, e tolerância ao acamamento, o que significa que, mesmo sob o peso dos cachos cheios e pesados, a planta não costuma se “deitar” facilmente sobre o solo. Ainda segundo a Embrapa, outra característica importante da BRS Esmeralda é a senescência tardia (stay green), ou seja, a persistência da coloração verde das folhas na fase de maturação de grãos, o que permite manter o produto sem perdas, à espera da colheita, por mais tempo no campo. No Município de Água Boa (MT), o diretor da empresa Sementes Cabeça Branca, Dorival Ruiz, e o responsável técnico, Emílio Pascoal, confirmaram as características da BRS Esmeralda. Segundo eles, a cultivar é rústica, resistente ao acamamento e tem boa produtividade, com média de 4,05 mil quilos por hectare. Para o pesquisador e melhorista de plantas da Embrapa Adriano Castro, a BRS Esmeralda favorece o desenvolvimento do agronegócio orizícola. Isso porque ela pode ser cultivada em rotação de culturas em áreas com agricultura intensiva (terras velhas) e em renovação de pastagens. “As características da planta, como o vigor inicial, altura reduzida e boa tolerância ao acamamento, tornam a cultivar bastante eficiente nos sistemas de integração lavourapecuária, em que a competição com as forrageiras é forte. Além disso, a BRS Esmeralda contribui para revitalizar a cultura do arroz de terras altas no Mato Grosso, principalmente, como opção em sistemas de rotação, como por exemplo, com a soja”, esclarece Castro. Segundo a Embrapa Arroz e Feijão, em 2013, a área plantada com a cultura alcançou a faixa dos 160 mil hectares; a produtividade média foi de 3,2 mil quilos por hectare; e a produção do estado atingiu cerca de 500 mil toneladas. Isso faz com que o Mato Grosso seja o principal produtor de arroz de terras altas do País. O pesquisador da Embrapa crê também que, por causa da qualidade de grão da cultivar e pelo fato de o arroz estar bastante presente na mesa dos brasileiros, o benefício da BRS Esmeralda alcança toda a cadeia produtiva. “É uma enorme satisfação, por meio de sementes que carregam inovações tecnológicas, impactar positivamente a vida de produtores, indústrias e consumidores. Em especial, porque o arroz é um alimento básico da população”, conclui Adriano Castro. A BRS Esmeralda é indicada para os estados de Mato Grosso, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Piauí, Rondônia, Roraima e Tocantins.


GRÃOS

O

milheto está ganhando força em todo o Brasil. O movimento é impulsionado principalmente pelo lançamento de novos híbridos, que oferecem lucratividade na produção de grãos. O híbrido ADRG 9050, lançado pela Sementes Adriana na safra 2014/2015, representou um marco na história do milheto em nosso país. A cultura do milheto é vista tradicionalmente como um investimento na safra subsequente, frequentemente de soja, por combater nematoides, produzir palhada e reciclar nutrientes, principalmente o potássio. Entretanto, por ter uma elevada produtividade, a nova cultivar abriu aos produtores a possibilidade de obter ganhos financeiros com a colheita. Além de produzir de 4 a 6 toneladas de palhada por hectare, o ADRG 9050 reduz dois tipos de nematoides: Pratylenchus brachyurus (FR 0,3) e Meloidogyne javanica (FR 0,4), segundo laudo de avaliação da APROSMAT (Associação dos Produtores de Sementes de Mato Grosso). Por ser plantado imediatamente após a janela da safrinha de milho no Centro-Oeste, o ADRG 9050 está permitindo a prática de uma segunda safra rentável. Nas regiões onde a janela para plantio de safrinha é menor, o milheto aparece como uma opção mais segura, principalmente em função da resistência ao estresse hídrico. O milheto é originário da região de Sahel, uma área quente e de baixa umidade localizada abaixo do deserto do Saara, na África. Por ser uma planta naturalmente resistente, seu plantio se disseminou e conquistou uma participação importante na produção de ração e no consumo humano em diversos países. “Em função da sua origem, o milheto tem como característica ser extremamente resistente à seca. É uma das plantas mais eficientes em transformar a água, não só em grãos, mas também em matéria seca, a biomassa”, explica o melhorista Luiz Bonamigo, que desenvolveu novas cultivares de milheto em parceria com a Sementes Adriana. De acordo com o pesquisador, a velocidade de crescimento do milheto é mais acelerada do que em qualquer

FOTOS: Sementes Adriana

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Novo híbrido de Milheto Granífero traz lucro para o produtor do Centro-Oeste

Híbrido de Milheto ADRG 9050

outra cultura. A explicação para o bom desempenho está no sistema fotossintético da planta. A gramínea tem produto final da fotossíntese formado com 4 carbonos, o chamado sistema C4, originário das regiões tropicais, o que resulta em maior produtividade e rapidez de crescimento. A única restrição ao plantio do milheto são as áreas alagadiças. “O milheto não gosta de áreas de lençol freático alto que alagam, como onde se planta o arroz irrigado”, afirma Bonamigo. De acordo com José Matielo, Diretor Comercial da Sementes Adriana, a empresa começou a investir no milheto apenas como uma solução interna. O objetivo era melhorar a formação de palhada em solos arenosos na Fazenda Adriana. Mas ao identificar suas inúmeras aptidões, a empresa investiu em pesquisa e trouxe materiais com perfil voltado para a maior produção de grãos, sem deixar de lado os outros benefícios oferecidos pela cultura. “O grão de milheto tem grande aceitação pelo mercado consumidor, principalmente no mercado de rações”, afirma Matielo, apontando a possibilidade de comercialização dos grãos como vantagem econômica do híbrido. No plantio de Safrinha após a colheita da soja, por ser uma planta naturalmente resistente e eficiente, o ADRG 9050 tem ótimas produtividades com baixo investimento. O manejo da lavoura, do plantio à colheita, demanda apenas intervenções pontuais e pode ser feito com os mesmos equipamentos utilizados na produção de soja. Estes fatores explicam o baixo custo da produção de milheto. PRODUTIVIDADE - A produtividade do ADRG 9050 na última safrinha, colhida entre Junho e Julho de 2015 no Mato Grosso e em Goiás, apresentou ótimos resultados, com produtividades acima de 40 sacas/ha e alcançando até 52 sacas por hectare em propriedades nos municípios de Diamantino, General Carneiro e Mineiros. Na Bahia e outras regiões do Matopiba as colheitas superaram as 50 sc/ha em diversas fazendas. A maior produtividade foi alcançada no município baiano de São Desidério, onde o ADRG 9050 resultou em colheitas de 60,5 sacas por hectare.


GRテグS

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CANA DE AÇÚCAR

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o último dia 12 de novembro, produtores de cana de açúcar da região de Ribeirão Preto (SP) receberam orientações sobre como alavancar sua produtividade utilizando o sistema de Mudas Pré-Brotadas (MPB), desenvolvido pelo Instituto Agronômico (IAC), de Campinas (SP), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. O secre-

FOTOS: IAC

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Canavieiros de Ribeirão Preto (SP) aprendem a alavancar produtividade e renda com Sistema MPB UFAL libera duas novas variedades RB

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Universidade Federal de Alagoas (UFAL), por meio do Programa de Melhoramento Genético da Cana-de-açúcar (PMGCA), liberou duas novas variedades RB (República do Brasil) de cana-de-açúcar no Encontro Nacional da Rede Interuniversitária para o Desenvolvimento do Setor Sucroenergético (RIDESA). O evento foi realizado em Ribeirão Preto (SP) e marcou a celebração de 45 anos de surgimento das variedades RB e os 25 anos da criação da RIDESA. Com a liberação das novas variedades RB, pequenos e médios produtores alagoanos e de todo o Brasil vão contar com material genético de ponta, testados em diferentes ambientes de produção de regiões canavieiras. Das 16 que serão liberadas, duas são de propriedade da UFAL: RB961552 e RB991536. De acordo com pesquisadores, elas são altamente produtivas, com maturação tardia e resistentes às ferrugens marrom e alaranjada. A primeira, destaca-se por ser responsiva a fertirrigação; a segunda, por ter porte ereto, sendo recomendada para colheita mecanizada. Também serão liberadas duas variedades de propriedade da Federal de Viçosa (UFV), outras duas da Rural de Pernambuco (UFRPE), quatro da Federal de São Carlos (UFSCar), três da Federal do Paraná (UFPR), duas da Rural do Rio de Janeiro (UFRJ) e uma da Federal de Goiás (UFG).

A RIDESA E A CONTRIBUIÇÃO DAS VARIEDADES RB - Com a extinção do Programa Nacional de Melhoramento Genético da Cana-de-açúcar (Planalsucar), em 1990, houve a transferência das suas estruturas físicas, tecnológicas e de recursos humanos para as universidades federais; a UFAL foi uma delas. Foi nesse contexto que teve início a RIDESA. Atualmente, a Rede utiliza, para o desenvolvimento de seus estudos, um total de 72 estações experimentais, localizadas nos estados onde a cultura da cana-de-açúcar apresenta maior expressão.

tário Arnaldo Jardim destacou no evento os ganhos trazidos pela nova técnica, lembrando que a inovação resgatará a vocação natural do agricultor de plantar e cultivar. No 1º Dia de Campo Mais Cana, na Fazenda Santa Maria, no município de Luiz Antônio (SP), técnicos, estudantes, produtores e representantes de empresas parceiras conheceram cada um dos passos da cadeia de produção das MPBs. Em estações de demonstração prática, os grupos tiveram acesso a informações sobre irrigação, adubação, colheita e plantio da inovação desenvolvida pelo IAC. Um dos principais benefícios da nova técnica, destacado por Arnaldo Jardim, é resgatar no homem do campo sua vocação para o plantio e o cultivo, atualmente padronizados pelas usinas que compram a produção. “É um método que veio para ficar porque garante muitos ganhos para o produtor. E aumentar a produtividade no campo é uma das


CANA DE AÇÚCAR FOTO: Secretaria de Agricultura SP

principais recomendações do governador Geraldo Alckmin para nós da agricultura”, lembrou o secretário. O titular da agropecuária paulista elencou ainda outros pontos positivos da técnica do Governo Paulista, como o repovoamento que as mudas são capazes de fazer nos canaviais, uniformizando as fileiras de produção e garantindo mais longevidade à plantação, além de melhor qualidade no corte. Com as MPBs, o canavieiro poupa dinheiro em vários elos de sua cadeira produtiva. Isso porque a inovação diminui drasticamente o uso de material de propagação: em vez das 18 toneladas por hectare, o produtor necessitará apenas de 1,5 tonelada para cultivar a mesma área. É a garantia de mais lucro líquido em cada hectare cultivado e economia de recursos naturais como água e solo. Para garantir que o sistema de MPB dê resultado, técnicos do IAC ensinaram cada passo do processo, desde o preparo da muda até sua colocação no solo. Pesquisador do Instituto, Mauro Xavier lembrava aos interessados que “é preciso que vocês produtores façam o processo de maneira correta. Queremos que vocês resgatem os benefícios da muda, tenham um material de qualidade para fazer a propagação”. O pesquisador elencou a simplicidade como característica facilitadora do sistema, mas lembrou que não se deve confundir simplicidade com fazer de qualquer jeito, há uma grande diferença. O mais importante é que o homem do campo saiba manusear a nova tecnologia, é primordial que ela seja transferida para a terra. Um dos interessados nas explicações era Bruno Modesto Homem, que ao lado do pai produz cana em Jaboticabal - e também amendoim, em menor escala – e viu na nova técnica a chance dos lucros aumentarem. “A gente precisa ter quem pense no setor, como a Secretaria está fazendo. Toda iniciativa que diminui custo e aumenta a produtividade é bem-vinda para nós no campo”, explicou. Atenta às explicações, a canavieira Eliane Escaroupa, de Jaboticabal, viu no Dia de Campo a oportunidade para se inteirar mais sobre as novidades do setor do qual faz parte. Acompanhada do filho, Eliane estava contente porque, como disse, “a melhoria do nosso trabalho é sempre o melhor caminho a ser seguido”. BROTANDO - As mudas começarão a ser produzidas em janeiro de 2016, com plantio marcado para março seguinte. Elas serão desenvolvidas em oito pólos diferentes de propriedades de associados das parceiras COOPLANA - Cooperativa Agroindustria e SOCICANA - Associação dos Fornecedores de Cana de Guariba, nos municípios de Pradópolis (SP), Dumont (SP), Jaboticabal (SP), José Bonifácio (SP), Guariba (SP), Catanduva (SP), Palestina (SP) e Taquaritinga (SP). O IAC é responsável desde março pelo treinamento

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para o desenvolvimento das MPBs, fornecendo também os kits de materiais necessários para o desenvolvimento delas. “Aqui se dá um passo fundamental, que é recuperar o desafio da produtividade. E vocês estão participando desse momento desafiador”, lembrou Arnaldo Jardim, otimista com relação ao potencial do etanol produzido pelo setor, que sofria por um artificialismo econômico federal que o desvalorizava. Para o secretário, o etanol recuperou seu verdadeiro valor, mas “ainda está pagando o preço da má condução da política econômica federal”. O 1º Dia de Campo Mais Cana foi promovido pelo IAC em parceria com COOPLANA, SOCICANA, UFSCAR Universidade Federal de São Carlos e empresas parceiras que expuseram produtos já pensados para a nova técnica. Opções como bandejas de cultivo das mudas e maquinários específicos para plantar, adubar e irrigar a lavoura pré-brotada. Um momento para a Secretaria corresponder à confiança depositada pelos produtores em suas pesquisas para levar cada vez mais produtividade e renda ao campo. “Não foi um discurso vazio o que fizemos em março no lançamento das MPBs. Tudo o que foi planejado está sendo feito”, comemorou Marcos Landell, diretor do Centro de Cana do IAC, em Ribeirão Preto (SP).


IRRIGAÇÃO

D

e gota em gota: é assim que muitos produtores tem conseguido ampliar os negócios e contornar eventuais problemas de crise hídrica. Este é o caso da Fazenda Santa Helena, localizada na Serra do Salitre (MG), cerrado mineiro, considerada a primeira região produtora de café demarcada no Brasil. Em 2006, o produtor Jayme Santos Miranda adquiriu uma área de 400 hectares e investiu no sistema de irrigação por gotejamento que se caracteriza por aplicar as gotas de água diretamente na raiz. Com essa tecnologia, os resultados foram dobrados. “Nosso cliente saiu de uma média de 30 sacas por hectare (produtividade média em sequeiro) para uma produtividade média (seis colheitas) acima de 60 sacas por hectare”, destaca Carlos Sanches, gerente agronômico da Netafim, empresa pioneira e líder mundial em soluções de irrigação por gotejamento. E como dobrar a produtividade é o objetivo de qualquer produtor, Sanches explica como a irrigação por gotejamento influencia neste processo. “Através da nutrirrigação: técnica desenvolvida pela Netafim e que consiste num avanço da fertirrigação - que aplica a solução nutritiva por meio da água irrigada. Assim é possível chegar diretamente nas raízes fazendo com que ela cresça mais rápido que as demais, ou seja, o produtor não desperdiça água, insumos, tempo, e essa prática é responsável pelo expressivo aumento da produtividade. Temos casos na ordem de até 200% em relação a outros métodos”, destaca. Falando em números, é possível mensurar quanto em reais a Fazenda Santa Helena já lucrou. “Considerando hoje FOTOS: Netafim

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Gotejamento traz sustentabilidade ambiental e economia para a lavoura de café

a produtividade média do cerrado mineiro em torno de 40 sacas por hectare e também a da fazenda que é 60 sacas por hectare, adicionamos 20 sacas por hectare, o que significa com atual preço do café de R$ 400,00, R$ 8.000,00 por hectare, ou seja, o sistema é pago já na primeira colheita”, completa o gerente. Atualmente no Brasil, a área de cultivo é de 65 milhões de hectares, mas apenas cinco milhões são irrigados. Neste sentido ainda há muito o quê crescer e desenvolver dessa tecnologia. “É preciso esclarecer aos que não tem conhecimento o quanto é uma ferramenta de trabalho importante e crucial para resultados de sustentabilidade na fazenda”, finaliza Sanches exemplificando. “Hoje o gotejamento é o sistema mais eficiente de irrigação da atualidade. Por exemplo, está disponível aos produtores de café a tecnologia de gotejamento subterrâneo, como o próprio nome diz o sistema de irrigação é enterrado, simplificando ainda mais o dia a dia da fazenda”. Além de economizar água, outros benefícios são evidentes ao adotar o gotejamento: redução de custos na produção, homogeneidade das lavouras, facilidade de manejo com a implantação da fertirrigação ou nutrirrigação, entre outros. “Quando decidimos implantar essa tecnologia pensamos primeiramente em amenizar prejuízos com a escassez da chuva. Em pouco tempo percebemos os inúmeros benefícios e apostamos cada vez mais no gotejamento. A cafeicultura irrigada está só no início e devemos ao longo dos próximos anos evoluir ainda mais em produtividade, novos manejos, possibilidades de adensar mais plantas por hectare, fazendo com que se torne mais competitiva”, afirma Jayme Santos Miranda, proprietário da Fazenda Santa Helena.


MÁQUINAS

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EMPRESAS

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ais conhecida por fornecer insumos e máquinas agrícolas para produtores de cana-de-açúcar e laranja, a COOPERCITRUS, atualmente a maior cooperativa rural do Estado de São Paulo, deflagrou recentemente uma estratégia de incorporação de cooperativas menores para expandir sua atuação em café, grãos e pecuária. De acordo com o presidente da COOPERCITRUS, José Vicente da Silva, a cooperativa oficializará nesta sexta-feira a assinatura de um memorando de entendimentos para a incorporação da Cooperativa Agropecuária do Brasil Central (COBRAC), de Araçatuba (SP). Trata-se do segundo acordo do tipo firmado pela COOPERCITRUS em 2015. Em setembro, a cooperativa já havia assinado um memorando de entendimentos com a COOPARAÍSO, sediada em São Sebastião do Paraíso (MG). Além disso, também está em estágio avançado oprocesso que culminará no terceiro acordo, com a também mineira Cooperativa Agropecuária Regional de Andradas (CARA), de Andradas (MG), conforme Silva. As três cooperativas que serão incorporadas pela COOPERCITRUS enfrentaram dificuldades financeiras – a COOPARAÍSO ainda lida com uma dívida elevada – e têm baixa capacidade de investimento. Para a COOPERCITRUS, as incorporações representam a oportunidade de reduzir a

FOTOS: Revista Attalea Agronegócios

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Para avançar em café e grãos, COOPERCITRUS vai incorporar cooperativas em SP e MG

Silos graneleiros da COBRAC, em Araçatuba (SP)

dependência do segmento de cana-de-açúcar. De acordo com Silva, a COOPERCITRUS deverá encerrar 2015 com um faturamento de aproximadamente R$ 2 bilhões. Nos próximos cinco anos, o dirigente projeta alcançar um faturamento de R$ 4 bilhões. “O crescimento que teremos será puxado por café e grãos”, explicou. A expectativa de Silva é que, nesse período, a COOPERCITRUS reduza a participação do segmento de cana no faturamento dos atuais 40% para 25%. Na área de café, os 5 mil cooperados COOPARAÍSO e os cerca de 1 mil da CARA terão papel relevante. “Vamos ter beneficiamento, venda e exportação de café”, afirmou Silva. No caso da COOPARAÍSO, que tem uma situação financeira mais delicada, o memorando de entendimentos já previu o arrendamento dos ativos e a transferência de funcionários. Nos segmentos de grãos e de pecuária, a contribuição virá da COBRAC. De acordo com o presidente do grupo com sede em Araçatuba (SP), Sérgio Paoliello, a cooperativa cinquentária passou quase 20 anos convivendo com um processo de saneamento de dívidas. Agora recuperada, a COBRAC voltou a investir e passou a apostar na produção de derivados de soja. Com a incorporação da COBRAC, a COOPERCITRUS já vislumbra a ampliação da fábrica de sal mineral e, no futuro, a construção de uma fábrica de sal mineral de maior porte. (FONTE: Valor Econômico)


CAFÉ

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EMPRESAS

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FOTOS: Divulgação Palini & Alves

Somos líderes, somos Palini & Alves.

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ara conquistar a liderança do mercado de máquinas agrícolas para o processamento de café a Palini & Alves teve como alicerce seus valores fundamentais: humildade, respeito aos cafeicultores e o oferecimento de tecnologia sem limites, com soluções inovadoras e ajustadas à realidade do agronegócio café. Nos últimos anos a cafeicultura brasileira passou por grandes mudanças tecnológicas, e a Palini & Alves sempre esteve na vanguarda desta verdadeira revolução. A confiança foi conquistada dia após dia, através de sua qualificada equipe de profissionais. É a liderança reconhecida dentro e fora da fazenda. Por este motivo, o reconhecimento como líder no mercado de máquinas agrícolas para o processamento de café pelo Anuário da revista Globo Rural é uma conquista a ser compartilhada e comemorada. Ela é o resultado de mais

de 35 anos investindo em inovação e qualidade, com dedicação para ajudar os cafeicultores a realizarem seus sonhos. O sonho de vocês é o que nos move. E é por este sonho que continuaremos a lutar para a conquista de novos mercados, afinal, além da atuação em outras áreas do cenário de equipamentos agrícolas, a Palini & Alves exporta tecnologia brasileira em máquinas e equipamentos para mais de 30 países. Ser líder de mercado é o resultado de um esforço construído em conjunto com os produtores de café, e este é o maior reconhecimento que uma empresa pode ter, o da satisfação e confiança de seus clientes. É por este motivo também que dividimos esta conquista com todos os nossos colaboradores e clientes. Parabéns a todos nós, pois SOMOS LÍDERES, SOMOS PALINI & ALVES.


HORTALIÇAS

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CAFÉ

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Magnésio - um nutriente esquecido nos programas nutricionais no cafeeiro

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Renato Passos Brandão1

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magnésio é o quarto nutriente mais absorvido pelo cafeeiro superado apenas pelo nitrogênio, potássio e cálcio e é praticamente igual ao fósforo e enxofre. Entretanto, é um nutriente esquecido nos programas nutricionais do cafeeiro. De maneira geral, os cafeicultores acreditam que a aplicação do calcário dolomítico seja suficiente para o fornecimento de doses adequadas de magnésio ao cafeeiro. Entretanto, em muitas situações, é necessária uma adubação complementar com este nutriente para a manutenção dos teores adequados no solo e no cafeeiro. Neste artigo será abordada a importância do magnésio na nutrição do cafeeiro e o manejo nutricional com este nutriente. 1. Teor de magnésio nos solos Anualmente, o laboratório de solos do Procafé em Varginha (MG) realiza cerca de 15.000 análises de solo. A maioria das análises é proveniente de lavouras cafeeiras ou em solos que serão cultivados com café. Num primeiro momento, a maior preocupação dos cafeicultores é com o fósforo e potássio. Entretanto, o principal nutriente limitante à cultura do cafeeiro é o magnésio (Tabela 1). Cerca de 84% dos solos analisados pela Fundação Procafé em 2012 estavam com a saturação de magnésio abaixo da faixa adequada ao cafeeiro. Os solos com baixo teor de P representam apenas 32% do total analisado e aqueles com baixa saturação de potássio eram apenas 24%.

2. Absorção de magnésio O magnésio é absorvido pelas plantas na forma do íon bivalente (Mg2+) e é influenciada pelos demais cátions do solo, Ca2+ e K+. A absorção do magnésio é prejudicada pelo excesso de cálcio no solo mas muito mais pelo potássio. Segundo Matiello et al. (2013), a saturação de magnésio nos solos adequada ao cultivado do cafeeiro situa-se entre 15 e 20%, a saturação de potássio entre 3 e 5% e a saturação de cálcio entre 40 a 50%. 3. Funções do magnésio O magnésio é constituinte da clorofila (2,7% do seu peso molecular), pigmento responsável pela coloração verde das plantas. Exerce papel fundamental na fotossíntese e na produção de fotoassimilados, necessários a obtenção de altas produtividades na cultura do cafeeiro. O magnésio está envolvido com o metabolismo do fósforo no cafeeiro. É “carreador” do fósforo aumentando a absorção deste nutriente pelo cafeeiro. Melhora a eficiência agronômica dos fertilizantes fosfatados. É o nutriente que ativador o maior número de enzimas no cafeeiro, dentre as quais, as enzimas relacionadas com a síntese de carboidratos e outras envolvidas na síntese dos ácidos nucleicos. Atua diretamente na qualidade da bebida do café. Lavouras com deficiências de magnésio são menos produtivas e produzem bebidas de pior qualidade. O baixo suprimento do magnésio do solo ao cafeeiro compromete o fluxo de carboidratos das folhas para os grais, prejudicando a sua granação.

Tabela 1 - Resultados de análise química de solo em amostras recebidas no laboratório da Fundação Procafé em 2012. Parâmetros de Solo pH em água (<5,5; 5,5 a 6,3 e >6,3)

Média de ocorrência de resultados na amostragem do solo (%) Baixo Adequado Alto 8 52 40

Fósforo em mg/dm3 (<10, 10 a 20 e >20)

32

29

39

Saturação de cálcio em % (<40, 40 a 50 e >50)

64

27

9

Saturação de magnésio em % (<15,15 a 20 e >20)

84

11

5

Saturação de potássio em % (<3, 3 a 5 e >5)

24

59

17

Saturação de bases em % (<50, 50 a 60 e >60)

57

33

10

Extrator: Fósforo em Mehlich-1.

Fonte: Matiello et al, 2004.

AUTOR 1 - Engº Agrônomo, Mestre em Solos e Nutrição de Plantas pela UFLA e Gestor Agronômico da Bio Soja. E-mail: renatobrandao@biosoja.com.br

Figura 1. Sintomas de deficiência do magnésio nas folhas do cafeeiro. Fonte: Procafé (2012).


4. Sintomas de deficiência do magnésio O magnésio é um nutriente móvel no floema do cafeeiro. Portanto, os sintomas da deficiência ocorrem nas folhas velhas. Ocorre redução no teor de clorofila com o amarelecimento dos espaços entre as nervuras das folhas (clorose internerval). Entretanto, as nervuras das folhas do cafeeiro permanecem verdes (Figura 1). A deficiência do magnésio reduz a fotossíntese do cafeeiro, reduzindo a síntese dos fotoassimilados e comprometendo o desenvolvimento e a produtividade da cultura. Com o agravamento da deficiência do magnésio, ocorre a queda prematura das folhas do cafeeiro, depauperando às plantas e acentuando a bienalidade da cultura. 5. Causas da deficiência do magnésio no cafeeiro As principais causas da deficiência do magnésio no cafeeiro estão abaixo:• Solos ácidos com baixo teor de magnésio (Mg < 8 mmolc/dm3); • Solos com alto teor de potássio (K > 3 mmolc/dm3) podem ocasionar um desequilíbrio na relação Mg/K do solo (relação menor que 3), Tabela 2; • Uso continuado de fertilizantes acidificantes no solo que ocasionam uma maior lixiviação do magnésio. Os fertilizantes nitrogenados, exceto o nitrato de cálcio possuem grande capacidade de acidificação dos solos. • Calagens com uso continuado de calcários calcíticos ou calcários dolomíticos com baixos teores de magnésio. É importante mencionar que na legislação anterior, tinham os três tipos de calcários, calcíticos (MgO<5%), magnesianos

CAFÉ

Tabela 2 - Efeito da adubação potássica na relação Mg:K do

solo e na produtividade do cafeeiro.

Teor dos nutrientes Relação Produtividade no solo (mmolc/dm³) do café Mg:K K Mg Ca no solo (sc beneficiadas/ha) 65,6a 1,7 Testemunha, sem K 3,5 6 20 50,8b 100 kg/ha de KCl/ano 4,9 1,2 6 20 Tratamentos

200 kg/ha de KCl/ano

6,5

7

20

1,1

56,9b

400 kg/ha de KCl/ano

5,1

8

20

1,6

51,9b

Fonte: Matiello et al, 2004.

(5 a 12% de MgO) e dolomíticos (MgO>12%). A partir da nova legislação, há apenas dois tipos de calcários, o calcário calcítico (MgO<5%) e o dolomítico (MgO>5%). 6. Manejo da nutrição com magnésio O manejo da nutrição com magnésio no cafeeiro tem início com a realização da análise de solo para a avaliação do teor deste nutriente no solo e as relações deste nutriente com os demais cátions do solo (Ca2+ e K+). Eventualmente, se o cafeicultor tiver a análise química das folhas do cafeeiro da safra anterior, o manejo nutricional torna-se mais preciso permitindo que o profissional da área agronômica possa realizar os ajustes necessários nos programas de adubação de solo e foliar. 6.1. Calagem Realizar a calagem elevando a saturação de bases para a faixa mais adequada ao cafeeiro (50 a 60%). Se houver necessidade, utilizar o calcário dolomítico com teor adequado de óxido de magnésio. 6.2. Adubação de solo A forma mais eficiente para o fornecimento de magnésio ao cafeeiro são as adubações de solo.

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CAFÉ A Granorte, empresa coligada ao Grupo Bio Soja possui fertilizantes de solo fornecedores de magnésio ao cafeeiro e demais culturas (Tabela 3). Tabela 3 - Fertilizantes granulados fornecedores de magnésio

ao cafeeiro.

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Produtos

Garantias (%) S B 2 3,2

Ca -

Mg 30

Gran Magnesio 30

-

30

3,2

-

-

-

Gran Mogiana

-

25

3,2

3

-

4

Gran Mix Visão

2

30

3,47

2

2

2

Gran Boro Mag

Mn -

Zn -

A fonte de magnésio da linha Gran é o óxido de magnésio que no processo de granulação é atacado com o ácido sulfúrico aumentando a solubilidade do nutriente e proporcionando aumento significativo na produtividade do cafeeiro (Tabela 4). Tabela 4 - Efeito da adubação com magnésio na produtividade do cafeeiro irrigado Tratamento Testemunha

Doses de Mg (kg/ha) -

Diferença de Produtividade do produtividade cafeeiro (sc. beneficiadas/ha) (sc. beneficiadas/ha) 46,3

Óxido de Magnésio

118

69,3

23,0

Sulfato de Magnésio Hepta

141

64,2

17,9

Fonte: Adaptado de Matiello & Krolling, 2010.

6.2.1. Dose do magnésio A dose do magnésio a ser aplicada em cafeeiros em produção em solos com baixa saturação de magnésio é 10 kg do nutriente para uma expectativa de produtividade de 10 sacas beneficiadas de café. Por exemplo, para uma expectativa de produtividade de 40 sacas beneficiadas de café, aplicar 40 kg/ha de Mg. É importante mencionar que a aplicação sucessiva do Gran com magnésio proporciona aumento nos teores deste nutriente no solo. Há lavouras de café na região de Franca/ SP, dentre as quais, o cafeicultor Rodrigo de Freitas com saturação de magnésio ligeiramente acima da faixa adequada após o uso continuado do Gran Max Visão. 6.2.2. Época e local de aplicação Realizar a aplicação do Gran no início da estação das chuvas ou das irrigações na projeção da copa do cafeeiro. Realizar a reaplicação do Gran somente após a análise foliar do cafeeiro e se o teor de magnésio ficar abaixo da faixa adequada. 6.3. Adubações foliares Em lavouras com deficiência de magnésio, realizar a adubação no solo e complementação do nutriente via foliar. Realizar a aplicação de 4 a 6 L/ha do NHT® Magnésio parcelando a dose em 3 aplicações. Se houver necessidade, iniciar as aplicações foliares antes do florescimento do cafeeiro e as demais com intervalo de 30 a 45 dias. 7. Considerações finais A cultura do cafeeiro é uma das mais susceptíveis as oscilações do mercado. Os custos da cafeicultura no Brasil são cada vez maiores e ao mesmo tempo, há falta de profissionais especializados na cafeicultura. Portanto, o cafeicultor terá

que melhorar ainda mais o gerenciamento da sua propriedade com a redução nos custos de produção e aumento na produtividade. Aparentemente, o comentário acima é contraditória mas é agronomicamente viável. Por que não gerenciar melhor a nutrição do cafeeiro? Será que os fertilizantes utilizados no cafeeiro em produção, por exemplo, 20-05-20 e o 21-00-21 são as melhores opções técnicas e econômicas? Será que posso reduzir o potássio nas adubações do cafeeiro em produção em solos com teores adequados deste nutriente? Será que o manejo da adubação com magnésio pode proporcionar aumento na produtividade do cafeeiro reduzindo o custo por saca de café? Conforme comentado no início deste artigo, o magnésio é um nutriente esquecido nos programas nutricionais. Entretanto, o magnésio é fundamental na nutrição do cafeeiro permitindo altas produtividades nesta cultura principalmente em sistemas de produção com a utilização de altas doses de potássio. O manejo da nutrição com magnésio tem início com a análise de solo e se houver necessidade, realizar a correção da acidez do solo com a utilização de calcário dolomítico com teores adequados de óxido de magnésio. Em solos com saturação de bases na faixa adequada ao cafeeiro e com a saturação de magnésio abaixo da adequada, realizar a aplicação dos fertilizantes granulados da Granorte fornecedores de magnésio (Tabela 3). A dose do produto vai depender do teor de magnésio no solo e da expectativa de produtividade do cafeeiro. Realizar também o acompanhamento nutricional do cafeeiro com análises foliares periódicas. Se for possível, realizar de 2 a 3 análises foliares anuais. “Insanidade é continuar fazendo sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes.” Albert Einstein - Físico alemão (1879-1955) 8. Literatura consultada CARVALHO, J.G. de; GUIMARÃES, R.J.; BASTOS, A.R.R.; BALIZA, D.P.; GONTIJO, R.A.N. Sintomas de desordens nutricionais em cafeeiro. In: GUIMARÃES, R.J.; MENDES, A.N.G.; BALIZA, D.P. (Ed.) Semiologia do cafeeiro: sintomas de desordens nutricionais, fitossanitárias e fisiológicas. Lavras, Editora UFLA. 2010. p. 30-66. GUIMARÃES, P. T. G.; REIS, T.H.P. Nutrição e adubação do cafeeiro. In: REIS, P.R.; CUNHA, R.L. da (Ed.). Café Arábica: do plantio à colheita. Lavras. 2010. p. 347-445. MALAVOLTA, E. Nutrição, adubação e calagem para o cafeeiro. In: RENA, A.B.; MALAVOLTA, E.; ROCHA, M. & YAMADA, T. (Ed.). Cultura do cafeeiro: fatores que afetam a produtividade. Piracicaba: Associação Brasileira para Pesquisa da Potassa e do Fosfato. 1986. p. 165-274. MATIELLO, J.B.; GARCIA, A.L.; PAIVA, A. C. R.S. Análise de solo é importante para economia na lavoura de café. Revista Attalea Agronegócios. Franca, v. 82. p. 25-26, setembro de 2013.


REFLORESTAMENTO

Associação Florestal recompõe cerca de 116 hectares em 2014/2015

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FOTO: Associação Florestal

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á mais de 20 anos a Associação de Recuperação Florestal Vale do Rio Grande vem buscando, através de doação de mudas exóticas, o reflorestamento das propriedades rurais do Estado de São Paulo. Além de contribuir ao meio ambiente a Associação visa melhoria na renda do produtor rural da região. O novo Código Florestal passou a fazer uma série de exigências como o geoferrenciamento, Cadastro Ambiental Rural (CAR), formação de reserva legal e das Áreas de Preservação Permanente - APP, entre outras. Com a necessidade de adequações a procura pelas mudas da Associação vem em uma escala crescente. Para se ter uma ideia, somente em 2014/2015 foram doadas pela Associação cerca de 255 mil mudas, reflorestando aproximadamente 116 hectares no Estado de São Paulo. Com a reposição os principais benefícios advindos da atividade são:- Contribuição ao meio ambiente; Aumento das áreas de reflorestamento; Maior oferta de matéria prima aos consumidores; Menos pressão sobre os remanescentes

Propriedade reflorestada com mudas doadas pela Associação Florestal em Pedregulho (SP).

naturais; Reflorestamento nas áreas de APP; e Plantio para desenvolvimento de projetos obrigatórios como o CAR.


CAFÉ

COCAPEC participa do Cup of Excellence

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FOTO: Divulgação Cocapec

FOTO: Divulgação Cocapec

FOTO: Revista Attalea Agronegócios

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ela primeira vez a cidade de Franca (SP) sediou o mais importante evento da cafeicultura, o Cup of Excellence, promovido pela BSCA. A Cocapec, uma das apoiadoras do certame, encaminhou diversas amostras de seus cooperados paulistas e mineiros. A Cocapec, sócia da BSCA, entrou no roteiro de juízes e jornalistas, vindos de vários lugares do planeta, que conheceram a importância do associativismo na atividade cafeeira. Os profissionais também são representantes de grandes compradores de café, gerando uma ótima oportunidade de futuros negócios. A visita de cerca de 40 pessoas Recepcionados pela diretoria da Cocapec, o grupo acompanhados pela diretora executiva da BSCA, incluiu o laboratório, considerado Vanusia Nogueira, conheceu um pouco do trabalho da cooperativa. um dos melhores do país, atestado pelos selos da ESALQ\USP e IAC, onde souberam como são formatizado, e garante a integralidade e rastreabilidade dos feitas as análises de folha e solo que auxiliam na aplicação lotes depositados pelos mais de 2 mil cooperados, o que imde defensivos e fertilizantes. Além disso, conheceram o pressionou bastante os juízes. armazém de granelização, onde o sistema é totalmente inA diretoria da Cocapec recepcionou o grupo e, juntamente com colaboradores, apresentou um pouco da história da cooperativa, assim como sua estrutura, projetos sociais, destacando a força do cooperativismo na região. A premiação aconteceu no último dia 11, com o presidente Maurício Miarelli compondo a mesa solene, e os lotes mais bem colocados da região foram dos cooperados Luiz Gustavo Guimarães Correa (17º) de Cássia (MG), e José Augusto Peixoto (22º) de Ibiraci (MG). O desempenho dos municípios mineiros traz uma grande satisfação a Cocapec que mostra que a região está entre os melhores cafés naturais do Brasil produzindo volume com sustentabilidade.

O presidente Maurício Miarelli compôs a mesa solene na cerimônia de premiação.

Na granelização, os visitantes viram o processo de armazenagem totalmente informatizado, acompanhados pelo diretor-secretário Alberto Rocchetti Neto.


CAFÉ

Espanha registra demanda de quase 600 xícaras de café ao ano por habitante

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obério Oliveira Silva, diretor executivo da Organização Internacional do Café, principal entidade mundial dedicada ao café, declarou recentemente, durante a oitava feira ExpoEspeciales, celebrada na Colômbia, que nunca se consumiu tanto café no mundo como nos últimos 20 anos. As 150 milhões de sacas que se consomem anualmente em nível mundial ratificam isso e parece que a tendência continuará em alta. “O café vem tendo um crescimento de 2,5% em média ao ano”, disse Silva. As 400 bilhões de xicaras consumidas anualmente são uma boa mostra da importância que o café tem nos hábitos do consumo da população. O café parece ser o novo ouro negro: segundo dados da Organização, é a segunda matéria-prima em exportação mundial depois do petróleo. Além disso, seu cultivo serve de sustento para cerca de 100 milhões de pessoas em 80 países, em sua maioria latinos e africanos e, precisamente, graças à presença das colônias espanholas nessas zonas, os grão de café verde chegaram à Península Ibérica por volta do século 18 para, definitivamente, configurar como algo imprescind-

ível na vida de muitos espanhóis. Na Espanha se tomam 14 milhões de xícaras de café ao ano, segundo a Organização Internacional do Café. Por sua vez, a Federação Espanhola de Café aponta que são consumidas 170 milhões de toneladas de café verde ao ano, o que equivale a 599 xícaras por habitante. Porém, o café verde é somente o princípio. A planta de que se obtém o grão possui mais de cem variedades, sendo que apenas duas delas são utilizadas comercialmente, o arábica, que tem cerca de 70% da produção mundial, e o robusta, ideal para blends. Com o passar o tempo, o café tem deixado de ser algo mecânico e funcional para se converter em um produto gourmet. Já não se trata de uma simples bebida para se manter desperto, agora, o consumidor se preocupa mais pela boa qualidade, sabor e forma de servir. Segundo um estudo da rede de cafeterias Café & Té, duas de cada dez xícaras de café consumidas na Espanha fora de casa são bebidas em uma cafeteria especializada e o restante em bares e padarias. (FONTE: Jornal El Economista)

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ARTIGO

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2015: O ANO DA VEZ DOS CAFÉS ESPECIAIS DA REGIÃO DA ALTA MOGIANA André Luis da Cunha - Cafeicultor, diretor-presidente da

AMSC - Associação dos Produtores de Cafés Especiais da Alta Mogiana [ altamogiana@amsc.com.br ]

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Região da Alta Mogiana encerrou 2015 com “chave de ouro”. Não obstante a primeira colocação do Rafael Giolo na categoria microlote do Concurso Estadual de Qualidade do Café de São Paulo, três cafés despontaram na fase internacional do Cup of Excellence Naturals 2015 e levarão o nome da Região da Alta Mogiana para o leilão internacional a ser realizado pela BSCA e ACE em fevereiro de 2016 - um acontecimento inédito. Luiz Gustavo Guimarães Correa, da Fazenda Boa Vista, ficou com o 17º lugar com um café de 86,67 pontos; José Augusto Peixoto, da Fazenda São José da Boa Vista ficou com o 22º lugar com um café de 86,40 pontos; e Thelma de Lima Peixoto da Fazenda Recanto do Mato ficou com o 31º lugar com um café de 85,67 pontos. Ressalto ainda que esses cafés tiveram sua qualidade identificada pelo trabalho da AMSC, especificamente do Julio Ferreira, na busca pelos grãos de excelência da Região. A Região da Alta Mogiana fez bonito em 2015 e, principalmente, na semana de 06 a 11 de dezembro com o Cup of Excellence. Sobraram elogios a nossa Região pela estrutura e qualidade das propriedades visitadas: Fazenda São Francisco, Sitio Nossa Senhora da Abadia, Fazenda Bela Época, Fazenda Santa Tereza, O´Coffee, Armazéns Gerais Peneira

Alta e Cocapec; e pela organização e receptivo com o qual a equipe de juízes internacionais e da BSCA foram recebidos. A semana do Cup of Excellence Naturals 2015 na Região da Alta Mogiana ficou para a história da nossa cafeicultura. Conseguimos efetivamente nos posicionar como uma Origem Produtora de Cafés Especiais e apresentar ao mundo o potencial da qualidade dos nossos grãos. Os provadores internacionais foram sensibilizados e se encantaram com a Região, retornando aos seus lares com uma excelente impressão do que temos a oferecer aos consumidores de café. Deixo aqui meus agradecimentos à toda a equipe da AMSC por todo empenho, dedicação e comprometimento para com as demandas do Cup of Excellence. Transfiro a vocês todos os agradecimentos e elogios que recebi durante a cerimônia de premiação. Afinal, vocês foram imprescindíveis para que tudo corresse bem como correu. Agradeço também toda a Diretoria e Associados da AMSC pelo apoio e confiança para com o nosso trabalho. Acredito que juntos conseguimos surpreender muitos - e até nós mesmos – pela forma como recebemos e auxiliamos na execução de um evento tão importante para a cafeicultura nacional e internacional. Foi realmente um grande passo para a Região da Alta Mogiana e um grande aprendizado para todos nós!


PECUÁRIA

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CAFÉ

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s cafés naturais do Brasil conquistam, a cada ano, o paladar dos principais provadores de café do mundo. O reflexo mais atual é o resultado do Cup of Excellence - Naturals 2015, divulgado em 11 de dezembro, em cerimônia realizada em Franca, na Alta Mogiana de São Paulo. A solenidade de premiação do CUP OF EXCELLENCE BRAZIL 2015 - CAFÉS NATURAIS aconteceu no Franca Polo Clube, e reuniu cafeicultores, empresários e diversas autoridades políticas e setoriais. O evento é realizado pela BSCA - Associação Brasileira de Cafés Especiais, contou com a organização da APEXBrasil - Agência de Promoção à Exportação; e o apoio da ABIC - Associação Brasileira da Indústria do Café; CECAFÉ - Conselho dos Exportadores de Cafés do Brasil; CNC - Conselho Nacional do Café; CNA - Confederação Nacional da Agricultura; SEBRAE e CarmoCoffees. A auditoria foi da SafeTrace Cafés. A AMSC - Associação dos Produtores de Cafés Especiais da Alta Mogiana foi a instituição anfitriã do evento, que pela primeira vez foi realizada na Região da Alta Mogiana. Contribuíram também diretamente para que o evento acontecesse na cidade de Franca (SP): a COCAPEC - Cooperatica dos Cafeicultores da Região de Franca; a Prefeitura de Franca; e o Sicoob-Credicoonai. A atuação direta do prefeito Alexandre Ferreira foi fundamental para que o evento fosse realizado na cidade e, em especial, no Parque de Exposições “Fernando Costa”. Além da estrutura organizada no recinto para atender as exigências de um concurso tão importante, o prefeito Alexandre Ferreira também exigiu e acompanhou a organiza-

FOTOS: Revista Attalea Agronegócios

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Cup of Excellence Brazil Naturals 2015 premia os melhores cafés naturais do país

André Luis Cunha, presidente da AMSC, premia o cafeicultor campeão, Sebastião Afonso da Silva, de Cristina (MG).

Arnaldo Jardim (Secretário de Agricultura do Estado de SP), André Luis Cunha (presidente da AMSC) e Alexandre Ferreira (Prefeito de Franca/SP).

Debbie Hill, diretora-executiva da ACE, discursa na solenidade de premiação


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ção de roteiros turísticos que pudessem mostrar a cidade de Franca (SP) aos 28 jurados internacionais, bem como a equipe de jornalistas de vários países que permaneceram na cidade durante toda a semana acompanhando o evento. Jurados, jornalistas e equipe técnica visitaram cooperativas (COCAPEC), em fazendas de café da região (O´Coffee, Sítio Nossa Senhora da Abadia, São Francisco, Bela Época e Santa Tereza), em cafeterias especializadas (Café Terreiro), o Ginásio Poliesportivo Pedrocão (Templo do Basquete Nacional) e várias outras atividades. Mas o ápice do evento aconteceu na Solenidade de Premiação, onde reuniram-se, além do prefeito Alexandre Ferreira, Arnaldo Jardim (Secretário de Agricultura do Estado de SP); Adolfo Ferreira (presidente da BSCA); Mauricio Miarelli (presidente da COCAPEC e coordenador do CNC); André Luis Cunha (presidente da AMSC); Márcio Lopes de Freitas (presidente da OCB - Organização das Cooperativas do Brasil); Debbie Hill (diretora executiva da ACE - Alliance for Coffee Excellence); John Thompson (presidente do Juri do concurso); Cláudio Borges (gestor do Projeto Setorial de Cafés da APEX-Brasil); Rogério Volpini (diretor regio-

FOTOS: Revista Attalea Agronegócios

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Ao centro, Maurício Miarelli (presidente da COCAPEC e coordenador do CNC) recebe homenagem de André Luis Cunha (presidente da AMSC) e Adolfo Ferreira (presidente da BSCA).

Ao centro, Luis Claudio Cunha (vice-presidente do Sicoob - Credicoonai) recebe homenagem de André Luis Cunha (presidente da AMSC) e Adolfo Ferreira (presidente da BSCA). Ao centro, Luiz Paulo Dias Pereira Filho (diretor executivo da Carmo Coffee), representando a cafeicultora vice-campeã, Maria Valeria Costa Pereira.

Debbie Hill, Adolfo Ferreira e John Thompson premiam a representante de Ralph de Castro Junqueira, cafeicultor terceiro colocado no concurso.

Márcio Lopes de Freitas (presidente da OCB) recebe homenagem de André Luis Cunha (presidente da AMSC).


nal do SEBRAE Franca); Luis Claudio Cunha (diretor do Sicoob-Credicoonai); o ex-deputado Dr. Ubiali, representando o vice-governador, Márcio França e várias outros representantes de entidades locais, regionais e estaduais. A palavra “UNIÃO” foi a mais utilizada entre todas as autoridades participantes. A realização do evento, pela primeira vez na região, é considerado extremamente importante para que todas as instituições se unam para conquistar mais territórios. E o prefeito Alexandre Ferreira foi incisivo, em primeiro lugar, a olvi-

FOTOS: Revista Attalea Agronegócios

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Equipe Reunida - Jurados, Equipe Técnica e Organizadores no Auditório do Parque “Fernando Costa”

Visita à COCAPEC - Carlos Sato (vice-presidente COCAPEC), André Cunha (presidente AMSC), Adolfo Ferreira (presidente BSCA), Mauricio Miarelli (presidente da COCAPEC), Alberto Roccheti Neto (diretor-secretário da COCAPEC), Vanusia Nogueira (diretora-executiva da BSCA) e Cláudio Borges (gestor do Projeto Setorial de Cafés da APEX-Brasil).

Visita do grupo de jurados, jornalistas e equipe técnica da BSCA à COCAPEC - Cooperativa dos Cafeicultores e Agropecuaristas de Franca (SP).

Acima, John Thompson (presidente do juri do Cup of Excellence Brazil Naturals 2015), em momento de prova sensorial, no Auditório do Parque de Exposições “Fernando Costa”. Ao lado, Vanusia Nogueira (diretora-executiva da BSCA), conduzindo a solenidade de premiação do Cup of Excellence Brazil Naturals 2015.


CAFÉ dar os esforços necessários para que o CUP OF EXCELLENCE seja realizado novamente no ano de 2016 aqui em Franca.

FOTOS: Revista Attalea Agronegócios

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OS CAMPEÕES - O evento premiou 32 cafeicultores, sendo que os três primeiros alcançaram notas superiores a 90 pontos (considerados, “cafés presidenciais”) e os demais entre 85 a 90 pontos. Os quatro primeiro colocados foram da Região da Indicação de Procedência da Mantiqueira de Minas, sendo que o campeão (ou melhor, bicampeão) foi Se-

bastião Afonso da Silva (Cristina/MG); o segundo colocado, Maria Valeria Costa Pereira (Carmo de Minas/MG); o terceiro colocado, Raph de Castro Junqueira (Carmo de Minas/ MG); e o quarto colocado, Cristiana Maria Carneiro Bustamante Figueira (Conceição das Pedras/MG). Em 17º lugar, com um café com pontuação de 86,67 pontos, o cafeicultor Luiz Gustavo Guimarães Corrêa (Cássia/MG), da Fazenda Boa Vista, foi o melhor classificado de todas as amostras inscritas pela Região da Alta Mogiana.

Visita do grupo de jurados, jornalistas e equipe técnica da BSCA à Fazenda Bela Época, de André Luis Cunha (presidente da AMSC). Área de café sombreado por floresta de Cedro Australiano. Manejo Orgânico, consultoria da Homeopatia Brasil Agro, de Alexandre Leonel.

O jurado Stephen Vick, em momento de prova sensorial.

Seth Taylor e Rafael Prime (ao fundo) em momento de prova sensorial.

Visita do grupo de jurados, jornalistas e equipe técnica da BSCA à Fazenda Santa Tereza, em Jeriquara (SP), do cafeicultor Alexandre Engler.


FOTOS: Revista Attalea Agronegócios

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Edgar Bressani recepcionou o grupo de jurados, jornalistas e equipe técnica da BSCA na visita às fazendas do Grupo O´Coffee, em Pedregulho (SP).

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EMPRESAS

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o último dia 19 de novembro, no Salão Italian Eventos, a diretoria da Campagro comemorou a inauguração da nova unidade da empresa na cidade de São Sebastião do Paraíso (MG). Sempre acompanhando as necessidades e desenvolvimento da cafeicultura regional, a mais nova unidade da Campagro possui uma loja muito bem diversificada e bem localizada, e tem por objetivo atender todos os produtores rurais da região de São Sebastião do Paraíso (MG), Itamogi (MG), Jacui (MG) e São Tomás de Aquino (MG). “Juntamente com os nossos parceiros comerciais: Basf, Biosoja, Helm, Nortox, FMC, Agroceres, Monsanto, Heringer, Yara e muitas outras grandes empresas do agronegócio brasileiro, a Campagro tem a grata satisfação de fazer parte do dia a dia dos produtores rurais desta região, levando soluções inteligentes e trabalho responsável para que estes obtenham alto nível de satisfação com os serviços prestados”, afirmou José Gilberto Freitas, sócio-diretor da Campagro. A nova unidade funcionará na Avenida Brasil, nº 650 Vila Helena - São Sebastião do Paraiso (MG). Telefone (35) 3531-3512. A coordenação da loja estará sob os cuidados de José de Alencar Pereira, Gerente de vendas da Divisão Café FOTOS: Campagro

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Campagro inaugura nova unidade em São Sebastião do Paraíso (MG)

Sentados, os sócios-diretores da Campagro: José Gilberto Freitas e Carlos Eduardo de Freitas, e Soraya Farah (consultora de vendas). Em pé, Adriano Martins.

da Campagro. SOBRE A CAMPAGRO - A Campagro é uma empresa especializada na comercialização e distribuição de insumos e sementes com a mais alta qualidade para várias culturas, tais como cana-de-açúcar, milho, feijão, café, HF (horti-fruti) e soja. Com sede no município de Orlândia (SP), a empre-

Na recepção da nova unidade, o diretor José Gilberto Freitas, Soraya Farah, Adriano Martins, Ernane Pimenta, Jovane da Silveira (balcão).


FOTOS: Campagro

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Diretoria da Campagro e equipe de vendas da Campagro de São Sebastião do Paraiso.

Soraya Farah, Ernane Pimenta, José de Alencar Pereira e Jovane da Silveira

sa cresceu baseada no bom atendimento, na maior proximidade com o produtor rural e disponibilizando apenas produtos comprados diretamente dos fabricantes, trabalhando assim com preço e qualidade. A Campagro foi fundada em 1990. Desde então, ela se solidificou no mercado da Alta Mogiana, Triângulo Mineiro e Sudoeste mineiro, com filiais em Batatais (SP), Franca (SP) e Guaíra (SP), Passos (MG), Uberaba (MG), Sacramento (MG), Piumhi (MG), Bambuí (MG) e Ibiraci (MG) e agora com a nova unidade em São Sebastião do Paraíso. José Gilberto Freitas e convidados.

Confraternização no Salão Italian Eventos, em São Sebastião do Paraíso (MG)

À direita, José Gilberto Freitas ao lado do cafeicultor Luis Antônio Tonin e demais convidados.


CAFÉ

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rases como “só saio de casa depois de tomar um café” ou “vamos marcar um cafezinho” fazem parte do cotidiano dos brasileiros. Puro, com leite ou em receitas mais elaboradas, ele está no dia a dia. Mas de onde vem o café que tanto se fala? A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio do Instituto Agronômico (IAC), de Campinas desenvolveu 90% dos cultivares de café arábica – aquele que gera uma bebida aromática e saborosa, conhecido popularmente como café de garrafa — plantadas comercialmente no Brasil. O Instituto já desenvolveu 66 cultivares de café arábica. A Mundo Novo e a Catuaí representam 90% do parque cafeeiro nacional, sendo as preferidas dos cafeicultores por suas características de rusticidade, produtividade, capacidade de adaptação e qualidade da bebida. “Embora se adaptem bem aos diversos sistemas de produção, em praticamente todas as regiões produtoras do Brasil, com a modernização da cafeicultura e implementação de novas técnicas de manejo da lavoura cafeeira, deverá ocorrer adoção gradual de novas cultivares, sempre buscando maior equilíbrio entre produtividade e qualidade, conforme exigências do mercado”, explica Gerson Silva Giomo, pesquisador da Secretaria e diretor do Centro de Café do IAC. Nos outros 10% do parque nacional há uma mescla de cultivares desenvolvidas por outras instituições e pelo próprio IAC, em que algumas se destacam pelo vigor, produtividade, qualidade de bebida, resistência ou tolerância à ferrugem e nematoides, dentre elas Icatu, Obatã, Tupi, Ouro Verde e Bourbon. A contribuição do IAC para a cafeicultura brasileira vai além do desenvolvimento de cultivares. Desde a sua fundação, o Instituto teve grande participação na capacitação técnica de recursos humanos e na consolidação de programas de melhoramento genético de outras instituições de pesquisa, disponibilizando, inclusive, germoplasma que possibilitou o desenvolvimento de novas cultivares em outros Estados brasileiros.

PROGRAMA DE CAFÉS ESPECIAIS DO IAC - A qualidade do café interfere diretamente na temperatura do mercado, se aquecido ou não. O perfil sensorial diferenciado, com ênfase no aroma da bebida, tem sido a aposta do Programa de Cafés Especiais do IAC, com potencial para obtenção de cafés com nuances de sabor e aroma floral, frutado, achocolatado, cítrico e de especiarias, entre outros de interesse ao nicho de cafés especiais. “De pioneirismo em pioneirismo, o IAC agora trabalha para gerar nova oportunidade à cadeia de produção, cumprindo a determinação do governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, de gerar renda no campo e produtos de qualidade para a população”, diz Arnaldo Jardim, secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. A proposta do IAC é disponibilizar ao setor uma “carta de cafés” — opções variadas de cultivares de alta qualidade e processamento pós-colheita adequado — com a possibili-

FOTO: Secretaria Agricultura SP

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90% das cultivares de café arábica plantadas no Brasil são desenvolvidas pelo IAC

dade de reorientações nas pesquisas científicas que possam resultar em atendimentos específicos para as demandas apresentadas e as regiões geográficas onde se pretende cultivá-los. “A qualidade é muito sensível às variações de ambiente”, afirma Giomo. Os diversos materiais em estudo no Instituto incluem cultivares antigas como o Bourbon Vermelho, Bourbon Amarelo, Caturra, Icatu, Maragogipe e Mundo Novo, cultivares atuais como Obatã e Tupi, além de híbridos de cultivares elite com acessos do Banco de Germoplasma. A seleção é focada nas características qualitativas dos grãos que resultem em qualidade de bebida diferenciada. “Cafés especiais que apresentam qualidade diferenciada possibilitam maior agregação de valor ao produto, são mais valorizados quanto mais diferenciado e exótico for o perfil sensorial do café”, explica o pesquisador do IAC. Materiais promissores estão sendo cultivados em escala experimental em Campinas (SP), Mococa (SP) e São Sebastião da Grama (SP) para avaliações agronômicas e tecnológicas. Ressalta-se que o cultivo do café especial é igual aos demais. “Maiores mudanças deverão ocorrer na escolha da cultivar apropriada e na pós-colheita do café, etapa em que as técnicas específicas de processamento e secagem deverão ser implementadas para potencializar a qualidade intrínseca da cultivar”, explica. O Programa utiliza padrões internacionais para avaliação da qualidade dos cafés especiais, com os métodos recomendados pelaSpecialty Coffee Association of America (SCAA) e pelo Coffee Quality Institute(CQI), dos Estados Unidos. CARACTERÍSTICAS: • Sistema inovador do IAC propõe trabalho caracterizado pela reunião de áreas de pesquisas aliadas à cadeia de produção do café e ao mercado. • Redução no tempo para obter nova cultivar e fomento ao uso de mudas obtidas por meio da clonagem. • Atendimento de demandas específicas de diferentes regiões produtoras e alinhamento da produção de cafés especiais diferenciados com as exigências do consumidor. • Atendimento a nichos de mercado e valorização da qualidade.


CAFÉ

Banco de Germoplasma do Brasil está em perigo

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rodutores e torrefadores ao redor do mundo estão familiarizados com as variedades de café Mundo Novo e a Catuaí. E quanto a Icatu, Obatã, Tupi, Caturra Vermelho, Caturra Amarelo e Bourbon Amarelo? Todas são brasileiras e cada uma deve sua existência ao Instituto Agronômico de Campinas. O IAC foi fundado há 128 anos pelo imperador português D. Pedro II, em 1887. E, entre seus maiores tesouros, está um banco de germoplasma de café datado de 1929. “Inicialmente, diferentes variedades de arábica foram coletadas de diversas regiões do Brasil. Naquela época, elas eram: Típica, Amarelo de Botucatu, Bourbon Vermelho, Sumatra, Maragogipe e Caturra. A partir dessas plantas, muitas variações/mutações foram encontradas nos campos e trazidas para Campinas”, explica o pesquisador do IAC, Gerson Giomo. Um programa de melhoramento genético foi iniciado em 1932, quando centenas de pés de café de outros países chegaram para estudo. Os resultados de 80 anos de pesquisa representam um enorme legado científico, útil no Brasil e em outros lugares. “Catuaí Vermelho e Caturra Vermelho, por exemplo, são variedades muito cultivadas na América Central. E Obatã está em processo de implementação na Costa Rica”, explica Giomo. “Estima-se que 90% dos 4,3 bilhões de pés de café brasileiros são derivados de cultivares desenvolvidas pelo IAC”, disse.

No século passado, o Instituto desenvolveu 66 cultivares comerciais de café arábica e uma cultivar de robusta. O IAC supervisiona o maior e mais ativo banco de germoplasma do Brasil, com 16 espécies, uma diversidade de formas botânicas, mutações e variedades exóticas originados pela diversificação de C. arabica e C. canephora. Um total de 5.451 acessos e 30.000 plantas estão sob os cuidados do Estado de São Paulo. “É importante ressaltar que todas as pesquisas de melhoramento genético foram financiadas pelos governos Federal e Estadual. A nossa instituição não lucra com o conhecimento produzido”, explica Giomo. Por esta razão, a maioria de sua tecnologia é livre para outros usarem. Infelizmente, a atual crise econômica e política coloca o banco de germoplasma em perigo. Um déficit financeiro nos últimos cinco anos limitou a manutenção, culminando na atual situação precária para essa coleção insubstituível. Pesquisadores já fizeram o seu melhor para cuidar das plantas, mas aposentadorias e pouca mão de obra forçou o conselho administrativo do IAC a procurar fundos financeiros para evitar erosão e o fim dessa base genética, que é essencial para a pesquisa científica e tecnológica. “Estamos procurando uma parceria público-privada em diversos setores que, direta e indiretamente, beneficiaram-se com a tecnologia produzida pelo IAC”, explica Giomo. (FONTE: Kelly Stein - Revista STIR Tea&Coffee)

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Ricardo Nascimento Lutfala Paulino1, Pedro Nascimento Cintra2, Thales Lenzi Nascimento Costa3 e Heitor Antônio de Araújo Oliveira4 INTRODUÇÃO

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FOTO: GHPD e NECAF

Manejo de braquiária na entrelinha do cafeeiro

cafeicultura se destaca no cenário econômico mundial, sendo uma das commodities mais comercializada atualmente. Da mesma maneira, o café destaca-se também por ser a segunda bebida mais consumida no mundo, ficando atrás apenas da água. Com isso, analisando o fato de o Brasil ser o maior produtor de café (Arabica e Canephora) do mundo, nota-se a importância da cafeicultura para os brasileiros. Seguindo ainda essa linha de raciocínio, acaba sendo tendencioso o Brasil apresentar níveis tecnológicos mais avançados do que os demais países produtores, e isso ocorre porque as maiores empresas ligadas, direta e indiretamente, ao cenário do café estão situadas no mesmo, havendo, assim, maiores investimentos e, consequentemente, maior desenvolvimento ao setor cafeeiro do Brasil. Com isso, os cafeicultores e pesquisadores de hoje estão atrás de inovações, que visam, sempre, aumentar a produtividade e diminuir o custo de produção. Atentando-se a

AUTORES 1 – Graduando em Agronomia pela Universidade Federal de Lavras – UFLA, Membro do Grupo de estudos em Herbicidas, Plantas daninhas e Alelopatia – GHPD. Email: ricardo.lutfalap@gmail.com 2 – Graduando em Agronomia pela Universidade Federal de Lavras – UFLA, Membro do Grupo de estudos em Herbicidas, Plantas daninhas e Alelopatia – GHPD. Email: pedro_nascimento.c@hotmail.com 3 – Graduando em Agronomia pela Universidade Federal de Lavras – UFLA, Membro do Grupo de estudos em Herbicidas, Plantas daninhas e Alelopatia – GHPD. Email: thaleslenzic@gmail.com 4 – Graduando em Agronomia pela Universidade Federal de Lavras – UFLA, Membro do Grupo de estudos em Herbicidas, Plantas daninhas e Alelopatia – GHPD. Email: heitorbjp@hotmail.com

isto, há uma técnica inovadora que vem sendo utilizada no campo, que é manter/plantar a braquiária nas entrelinhas do cafeeiro, técnica esta que vem apresentando resultados positivos em relação ao aumento de produtividade, maior retenção de umidade, maior crescimento radicular, maior teor de matéria orgânica no solo e menor incidência de plantas daninhas. Fatos estes, que serão comentados com mais detalhes no decorrer da matéria. MANEJO DE BRACHIARIA NA CULTURA DO CAFÉ - Como mencionado anteriormente, plantar/manter a braquiária nas entrelinhas do cafeeiro é uma técnica nova e que vem sendo bastante utilizada por produtores e até recomendadas por agrônomos em algumas regiões produtoras de café do país. Dessa forma, para a obtenção de bons resultados, o primordial é a escolha da variedade da braquiária a ser utilizada, podendo ser Brachiaria decumbens ou a Brachiaria ruziziensis, pelo fato de apresentarem maior volume de massa verde. Em contra partida,não é aconselhável o uso de Brachiaria brizantha (braquiarão) por apresentar como característica própria formação de touceiras, o que proporciona maior dificuldade no manejo, prejudicando a lavoura. Após a escolha da variedade, o manejo da braquiária será diferente dependendo o local de inserção da mesma na lavoura, sendo que na projeção da saia do café, é necessário que esteja limpo, pois a presença das plantas de braquiária neste local ocasionará em competição direta com a planta de café por nutrientes, luz, água e espaço, acarretando, dessa forma, em prejuízos, ao invés de agregar qualidade no desenvolvimento do cafeeiro. Com isso, recomenda-se a utilização de herbicidas para manter o a projeção da saia limpa, tornando então, o ma-


FOTOS: GHPD e NECAF

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nejo adequado para atingir os resultados esperados. Já no meio da rua, a braquiária irá competir apenas por água, o que não é problema quando está na época das chuvas, pelo contrário, realizando o manejo correto, a presença de braquiária na entrelinha do cafeeiro poderá ocasionar em maior retenção de água, o que proporciona melhores condições de desenvolvimento para o cafeeiro em caso de estiagem. Nota-se que é de extrema importância atentar-se ao período de seca, pois a braquiária pode competir por água com a lavoura, o que ocasionaria em estresse hídrico do cafeeiro, promovendo, então, prejuízos à produtividade. Entrentanto, no período de seca aconselha-se manter o mato totalmente controlado, tanto na projeção da saia como na entrelinha do cafeeiro, para que não ocorra nenhum contratempo. RETENÇÃO DE UMIDADE - A braquiária tem a característica de produzir um material vegetal de lenta degradação

por apresentar alta relação Carbono/Nitrogênio (C/N) e fibras longas, o que é um benefício, pois o solo fica coberto por mais tempo fornecendo abrigo, diminuindo a incidência de sol diretamente no solo, o que reduz significativamente a perda de umidade, otimizando a eficiência do uso da água, como também auxilia na alimentação e reprodução da fauna benéfica que pode até exercer controle biológico das pragas do café. Dessa forma, contribui também para a manutenção da umidade e da aeração do solo. A drenagem que o sistema radicular da braquiária promove é bastante eficaz. Faz o papel de um subsolador, pois sua própria raiz auxilia no processo de descompactação e aeração do solo, infiltração de água. Lembrando também dos insetos que sobrevivem nela e que contribuem para o enriquecimento da atividade biológica do solo. MANUTENÇÃO DE NUTRIENTES - A adubação em cafezais que tem implantado o manejo de braquiária na entrelinha, vem sendo feita da mesma forma que sem a braquiária. O incremento na adubação utilizando esse manejo seria necessário somente naqueles solos em que os níveis de nutrientes estão fora dos níveis adequados (pH, alumínio, matéria orgânica,

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macro e micronutrientes, etc.), onde de qualquer maneira, geralmente exigiria do produtor esse incremento, com ou sem o manejo da braquiária na entrelinha do cafezal. As gramíneas em geral, bem como a braquiária, produzem grande quantidade de massa seca rica em carbono e mantêm boa cobertura do solo, com exigência relativamente baixa quanto ao preparo e fertilidade. Além disso, como vimos que gramíneas possuem alta relação C/N, são plantas que permanecem por mais tempo no solo; no entanto, no início da decomposição tende-se a maior imobilização de nutrientes, principalmente nitrogênio, visto que os microorganismos retiram nitrogênio do solo para decompor a braquiária, o que implica na sua imobilização e, portanto, redução na sua disponibilidade para a cultura, porém, de forma lenta e continua e, conforme ela vai sendo decomposta, esse nitrogênio volta para o cafeeiro disponibilizado pela matéria orgânica. Uma grande vantagem dessa forrageira é que, visto que seu sistema radicular é bastante desenvolvido, consegue resgatar das camadas mais profundas do solo, nutrientes importantes como N e outros mais que, entrando na sua estrutura, são retidos. Com a roçada, esse material volta para o solo, sendo disponibilizado para a cultura esses mesmos nutrientes que ela, por si, não alcançaria; além de depositar no solo material orgânico, que auxilia na estruturação do solo, matéria orgânica provida de variados nutrientes, ácidos húmicos e flúvicos, humina, etc. INTERFERÊNCIA NO SISTEMA RADICULAR DO CAFEEIRO - O uso de plantas específicas para melhorar alguns atributos do solo, por meio da ação de suas raízes, pode ser tão importante como para produção de cobertura do solo. É de conhecimento geral que as plantas cultivadas na entrelinha do cafeeiro para produção de massa vegetal destinada à cobertura da superfície são fundamentais para a proteção do solo, gerando benefícios, como: reduções da erosão do solo, maior reciclagem e disponibilização de nutrientes, acúmulo de material orgânico (carbono) ao solo, além de expressivo impacto na redução da incidência de plantas daninhas. Vale ressaltar também que com o aumento da mecanização da lavoura cafeeira, houve um aumento no espaçamento das entrelinhas, tornando-se mais necessário ainda o manejo de culturas vegetais nas mesmas, com a intenção de regulação da temperatura e da amplitude térmica do solo, das perdas de água por evaporação e manutenção de umidade do solo. A estrutura adequada do solo é aquela que permite bom fluxo de água, aeração do seu interior, resistência à erosão, desenvolvimento de organismos vivos (microrganismos e fauna do solo), apropriado desenvolvimento e funcionamento das raízes das plantas.

As braquiárias, por serem gramíneas de crescimento rápido, com um vasto sistema radicular (fasciculado) e alta taxa de produção de biomassa e decomposição, se mostram a escolha ideal para a implantação nas entrelinhas do cafeeiro, usada muitas vezes com o intuito de produção de raízes, proporcionando significativas melhorias especialmente nos aspectos relacionados à estrutura e no acúmulo de matéria orgânica do solo. O sistema radicular das braquiárias é bastante eficiente em promover uma estruturação adequada do solo com formação de agregados estáveis, porosidades e canais, também contribui para solucionar o problema da compactação gerada pelo tráfego de maquinários, bastante comum nas entrelinhas do cafeeiro, grande limitante da produtividade da lavoura. As braquiárias são plenamente adaptadas às condições climáticas das diversas regiões do Brasil, são de fácil implantação e estabelecimento, e por serem perenes produzem constantemente a renovação de seu sistema radicular, o que acentua a série de benefícios que ela traz a esse sistema de manejo da entrelinha da cultura do café. BENEFÍCIOS DA BRAQUIÁRIA PARA O CAFEEIRO - Como mencionado no inicio da matéria, será abordado com mais detalhes alguns benefícios da braquiária na cultura do café. Quando mantida somente na entrelinha do cafeeiro, a braquiária pode proporcionar inúmeras vantagens, tais como: • Produção de material vegetal – ocorre o acumulo de palhada, na qual cobrirá a entrelinha do cafeeiro e acarretará em mais material morto para favorecer o incremento de matéria orgânica; • Maior tempo de cobertura do solo – a braquiária é um material de lenta degradação por apresentar alta relação Carbono/Nitrogênio e fibras longas, o que proporcionará


maior tempo de cobertura do solo, ocorrendo, então, além de proteção do solo contra altas incidências solares, menor incidência de plantas daninhas; • Estruturação do solo – o sistema radicular da braquiária é extremamente desenvolvido, promovendo maior areação do solo, e consequentemente, dificultando que ocorra erosão;

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• Retenção e infiltração da água das chuvas no solo – não ocorrendo erosões; • Conservação da umidade do solo – na projeção da saia; • Redução no uso de herbicidas – pois a camada de matéria seca impossibilita o crescimento e desenvolvimento das plantas daninhas; • Proteção contra inimigos na-turais – das pragas nas lavouras e contra possíveis desequilíbrios de pragas que não estão associadas ao cafeeiro; • Redução do tombamento e quebra de mudas e brotos – por meio da formação de quebra-vento em lavouras novas (até um ano e meio de idade) e recepadas. MALEFÍCIOS DA BRAQUIÁRIA PARA O CAFEEIRO - O problema que existe no consórcio do café com a braquiária é oriundo do manejo incorreto da gramínea. Se a planta estiver sendo cultivada na linha ou perto da linha do cafeeiro ocorrerá à competição entre essas espécies, já que a braquiária é mais eficiente em crescer, produzir biomassa, absorver nutrientes e água. O capim braquiária, principalmente o brizantha, é responsável por causar o efeito da alelopatia. No entanto, isto ocorre somente se não houver um manejo adequado da lavoura. Com o uso adequado de corretivos, herbicidas e revolvimento do solo nas faixas de plantios das culturas implantadas em consórcios ou em áreas que anteriormente foram pastagens, não existirão barreiras que impeçam o desenvolvimento da outra cultura do café. À medida que o cafeeiro for se desenvolvendo bem nutrida e for ganhando altura, o capim irá cedendo área. CUSTO x BENEFÍCIO - Analisando a presença da braquiária na entrelinha do cafeeiro, notou-se que quando manejado corretamente, dentro do previsto, obteve-se resultados positivos, quanto ao custo beneficio do manejo. Segundo um cafeicultor de Franca (SP), observou-se que nessas áreas com a presença de braquiária o custo de produção caiu cerca de 40%, devido a vários fatores. Deste

modo, como mencionado anteriormente, os gastos com herbicidas diminuíram quase que 100%, devido ao fato de a massa seca da braquiária na projeção da copa impedir a emergência das plantas invasoras. Houve ainda, redução do custo também pelo fato de que a adubação nitrogenada foi reduzida cerca de um terço do recomendado, atingindo, produtividade entre 55 a 60 sacas/hectare, em cafés adultos.


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os últimos cinco anos, a Pinhalense desenhou e vendeu alguns dos maiores benefícios secos de Arábica e Robusta do mundo para clientes na Ásia, África, América Latina e Brasil. No lado oposto, a Pinhalense desenhou e vendeu muitos benefícios secos pequenos para processamento de cafés especiais, micro lotes e cafés com causa: sustentabilidade, comércio justo e orgânico. Esta ampla gama de soluções foi testemunha da troca de armazenamento de café em sacas de juta para armazenamento em pequenos pacotes à vácuo, big-bags com capacidade para até duas toneladas e silos e containers à granel, além das tradicionais sacas de 60kg. Linhas de processamento em plataformas metálicas elevadas, balanças eletrônicas de fluxo e de big-bags, sistemas de alta tecnologia para recuperação de rejeitos de café, e sistemas sofisticados de aspiração e descarte de casca e pó se tornaram partes opcionais ou padrão para benefícios secos sejam eles grandes ou pequenos. Pode-se argumentar que um novo mundo de benefícios secos está sendo criado – como realmente está – mas que as máquinas continuam as mesmas, mas esta afirmação não está correta. Apesar da maior parte de alterações estar no layout / design, manuseio / logística, prestação de contas / controle de peso, e melhora no ambiente / condições de trabalho, máquinas vêm se diversificando e evoluindo para se adaptarem a estes novos requisitos. A lista e descrições abaixo resumem as opções de máquinas que a Pinhalense oferece atualmente e o desenvolvimento pelo qual passaram – destacado em itálico no texto – para criar o estado da arte dos armazéns de benefício seco.

FOTOS: Divulgação Pinhalense

O futuro do benefício seco

Lavador Separador de Café, 5.000 litros/hora.

DCP, C2DPRC e CDVR – com descascador a frio, descascador de pergaminho e descascador-polidor, a maioria com controle de velocidade eletrônico, algumas com classificador de tamanho, catadores ou itens específicos para micro lotes e todas com sistema de repasse. - Descascadores-Polidores: três abordagens diferentes – DBD, DEPOL e DEPOS – para diferentes capacidades e graus de polimento, todos com separação de casca e sistema de aspiração para garantir um ambiente de processamento livre de fragmentos de pergaminho.

- Pré-Limpezas: três linhas de máquinas com características e graus de sofisticação diferentes – BJ, PL e PRELI – para servir diferentes capacidades e tipos de produtos recebidos, algumas incluindo capacidade de separação por tamanho. - Catadores de pedras: duas linhas de máquinas – CPF e CPFBNR – para servir diferentes produtos: cerejas secas, pergaminho e café verde. Novas características incluem: controle eletrônico de vibração, coifa de aspiração de pó e várias opções de imãs que também são compatíveis com as pré-limpezas acima. - Conjugadas de descasque: diferentes versões – CON, CON-

- Classificadoras por tamanho: duas linhas de equipamentos para separar lotes de café de até oito tamanhos em apenas uma máquina – a tradicional classificadora Porto de fluxo descendente e a nova PFA máquina de fluxo ascendente – que oferecem diferentes capacidades, precisão de separação e possibilidades de layout. - Classificadoras por densidade: quatro tamanhos de classificadoras densimétricas MVF que agora são equipadas com controle de velocidade eletrônico e um novo sistema de aspiração de pó além dos seis níveis de configurações de ajustes, ventiladores de baixo ruído, tampo com chapa metálica reforçada e múltiplas possibilidades de repasse.

Descascador de Cereja Ecoflex-9, conjunto ecológico.

- Unidades de mescla:


três opções diferentes – silos com elevador(es) de alta capacidade, válvulas rotativas e transportadores de velocidade variável – para diferentes tamanhos de lotes, quantidade de produtos recebidos e requisitos de mercado. - Balanças: balanças mecânicas para sacas de juta, três tipos de balanças eletrônicas para big-bags para diferentes aplicações e balanças de fluxo compactas para economia de espaço. - Carregadores de containers: estufador de container a granel de alta velocidade CPC com múltiplas opções de instalação e equipamentos para carregar containers com sacas. A lista e as descrições acima mostram que apesar de alguns tipos e funções de máquinas continuarem os mesmos, suas características e capacidades evoluíram. Além disso, novos acessórios – coifa de aspiração de pó, variadores de velocidade eletrônicos, etc. – foram adicionados e novas máquinas foram introduzidas, como por exemplo as balanças eletrônicas. A grande matriz de máquinas e soluções disponíveis e a complexidade crescente do mercado – micro lotes, cápsulas, cafés diferenciados, blends prontos para serem torrados, etc. – fizeram com que projetar benefícios secos se tornasse uma atividade altamente complexa que é dominada apenas por poucos e na qual a Pinhalense se destaca. Engenheiros e projetistas da Pinhalense não apenas entendem em detalhes as opções de equipamentos, como também sabem uní-los para criar projetos de processamento

FOTO: Divulgação Pinhalense

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Padronizador / classificador de fluxo ascendente c/ 4 peneiras de 1,50 x 1,00 m

altamente eficientes e versáteis. Confie na experiência da altamente capacitada equipe de projetos da Pinhalense para o seu novo benefício de café. Este grupo único de profissionais foi responsável pelo desenho de mais de 20.000 projetos de benefícios de café incluindo alguns dos benefícios secos mais bem-sucedidos do mundo hoje, dos maiores armazéns às menores instalações de processamento de micro lotes. (Fonte: P&A Coffee Newsletter - Coffidential - nº 100)


HORTICULTURA

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conteceu no dia 12 de Novembro de 2015 em São Sebastião do Paraíso a 1ª DESTEC – HF, Feira de Desenvolvimento Tecnológico em Hortifrúti. O evento contou com cerca de 300 visitantes do município e região, que tiveram a oportunidade de conhecer 6 novas tecnologias da EMBRAPA Instrumentação de São Carlos – SP, sendo elas: filme com nanoparticulas de prata, Sistema de Esterilização de Frutos,Turgormeter Sensor, Hidroconservador, Software DropScope e Nano fertilizantes, sendo os dois últimos já disponíveis no mercado. Um outro destaque importante foi a participação do ITAL de Campinas, onde o pesquisador científico José Maria Sigrist palestrou sobre produtos minimamente processados, tema muito atual e de grande interesse dos produtores. Além das apresentações de tecnologias e palestras o evento contou também com a participação das principais empresas do setor, como: ViaVerde Consultoria Agropecuária em Sistemas Tropicais, Ablevision (Dropscope), Hydrofert Nutrição Vegetal, AJM, Abipack, Solomax, TopSeed, Bayer, Zanatta Estufas, Gota Certa, Coopercitrus, Syngenta, Casa das Sementes, Banco do Brasil, Sebrae, Acissp/ Senar, Emater e Epamig. A 1ª DESTEC – HF foi promovida pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Agropecuário e ViaVerde Consultoria Agropecuária. “Trabalhamos na junção de forças do setor com empresas fornecedoras de insumos, maquinários, assistência técnica, produtores rurais e varejistas para criarmos um espaço especializado em Hortifruti, onde é possível a difusão de tecnologia, conhecimento e realizar bons negócios. A 1ª DESTEC-HF deu certo! Vamos continuar com essa proposta de trabalho para os próximos anos”, disse o diretor administrativo da empresa ViaVerde Consultoria, Henry Pimenta.

FOTOS: Revista Attalea Agronegócios

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São Sebastião do Paraíso (MG) sediou a 1ª DESTEC Feira de Desenvolvimento Tecnológico em Hortifruti


HORTICULTURA

Variedades de cebolas que se adaptam às diversas regiões produtoras do Brasil

Cebola híbrida Lucinda

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FOTOS: Attuale Comunicação

S

ementes desenvolvidas com alta tecnologia colaboraram para produzir em 2014 cerca de 1650 toneladas de cebola no Brasil, de acordo com dados do IBGE. As várias safras, em diferentes estados, são responsáveis por suprirem as necessidades de consumo ao longo do ano. A cebola é um dos principais produtos agrícolas cultivados no país e somente a Topseed Premium, linha profissional da Agristar do Brasil e líder na comercialização de sementes, possui em seu portfólio 11 híbridos totalmente adaptados para o cultivo em diferentes condições climáticas e de solo das principais áreas de cultivo país. O calendário mensal de oferta de cebola é extremamente favorável em termos de distribuição de safras e, normalmente, permite ao mercado operar com relativa calma. Mas a produção interna ainda mostra algumas oscilações, alternando excessos de oferta com períodos de escassez do produto, cenários que costumam estar relacionados a fatores climáticos, disponibilidade de sementes e preços recebidos pelos produtores. Por isso, as unidades da Agristar localizadas nos estados de SP, MG, SC e RN realizam pesquisas buscando introduzir no mercado materiais que atendam as exigências tanto dos produtores quanto dos consumidores. “Cada híbrido é posicionado para suportar melhor as condições climáticas e atingir excelentes níveis de produtividade, oferecendo ao mercado um produto de excelente qualidade”, explica o Especialista de Bulbos e Raízes, Samuel Sant’Anna. “A Topseed Premium possui a mais completa linha de cebolas, são as variedades híbridas Aquarius, Soberana, Andrômeda, Perfecta, Sirius, Optima, Fernanda, Lucinda, Serena, Bucaneer e Predileta, adaptadas de Norte a Sul do Brasil, atingindo todos os territórios, com um posicionamento téc-

nico para cada material, visando explorar o máximo potencial genético em busca de produtividade com qualidade, em todas as estações do ano“, explica o Gerente Comercial da Topseed Premium, Rafael de Morais Segundo Sant’Anna, as cebolas híbridas se adaptam às diversas regiões de cultivo no Brasil, possuem melhor tolerância às doenças, e o mais importante, são muito mais produtivas que as variedades convencionais OP. “Enquanto a média de produtividade dos materiais convencionais é de 20 a 30 ton/ha, a das híbridas podem chegar entre 60 até 120 ton/há. As cebolas híbridas são uma alternativa para a produção com qualidade e lucratividade, pois trazem como vantagens ao agricultor: alta produtividade, melhor uniformidade, rendimento e acabamento de bulbos”, explica.

Cebola híbrida Andromeda


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