Edição 72 - Revista de Agronegócios

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EVENTOS

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Nutrição na Florada do Cafeeiro

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O Gestor Agronômico do Grupo Bio Soja, Engº Agrº Renato Passos Brandão publica a terceira parte do seu artigo sobre NUTRIÇÃO DO CAFEEIRO. Nesta edição, ênfase para a Nutrição na Florada do Cafeeiro, com orientações sobre a adubação antes da florada, as adubações foliares e as adubações pós-florada. O pesquisador detalha, ainda, todas as fases da florada no cafeeiro, fazendo com que o cafeicultor analise cada etapa.

IRRIGAÇÃO

LEITE

A qualidade do leite tem melhorado ultimamente?

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Artigo de Laerte Cassoli, da Clínica do Leite (Esalq/USP) analisa a qualidade do leite produzido no Brasil após a implantação da Instrução Normativa 51 em 40 mil fazendas, com coletas mensais.

Manejo da Irrigação com Tensiômetro

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Artigo dos profissionais da Bolsa Irriga, de Franca/SP, com os procedimentos necessários para detectar a necessidade de irrigação para o cafeeiro, a partir da utilização de tensiômetros.

Poda do cafeeiro Conilon preparando a próxima safra

CAFÉ

Cafeeiro”. Na condução da lavoura do cafeeiro Conilon, artigo da Embrapa orienta sobre os procedimentos de poda de produção após a finalização do período de colheita. Em dois artigos sobre irrigação, publicamos orientações sobre a importância do manejo através do uso de tensiômetros, bem como a irrigação em pastagens. Na atividade leiteira, o pesquisador da Esalq/USP, Laerte Cassoli, aborda o tema qualidade do leite. Será que mesmo após as orientações sobre a IN-51 melhorou a qualidade do leite? A realização da 4ª EXPOVERDE merece destaque por conta das ofertas de máquinas e implementos que acontecerão durante o evento, bem como a realização de três seminários: o 6º Seminário de Agricultura Orgânica; o 2º Workshop de Cafeicultura da Alta Mogiana; e o 3º Seminário de Meliponicultura. A Revista Attalea Agronegócios estará presente com estande próprio e será Mídia Oficial do evento. Boa leitura a todos.

EUCALIPTO

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m meio à finalização da colheita de café em grande parte das regiões produtoras do país, destacamos a realização do 1º Concurso de Qualidade de Café de Santo Antônio da Alegria (SP), organizado pela APRONA - Associação dos Produtores Rurais do Norte Alegriense, realizado neste mês de agosto. Os cafeicultores Antonio Maia e Divino Maia venceram na categoria “Lote” e Arlindo da Silveira venceu na categoria “Microlote”. Ambos participarão do Concurso Estadual de Qualidade de Café de São Paulo. Ressaltamos, também, a realização do 10º Concurso de Qualidade do Café da Alta Mogiana, edição Dr. Celso Vegro, organizado pela AMSC - Associação de Cafés Especiais da Alta Mogiana, que incorpora os concursos de Altinópolis (SP) e de Pedregulho (SP), e que será realizado em 20 e 22 de setembro próximo. O destaque da edição na cafeicultura fica por conta da terceira parte do artigo do Gestor Agronômico do Grupo Bio Soja, Renato Passos Brandão, que enfoca a “Nutrição na Florada do

EVENTOS

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Concursos de Qualidade de Café E A 4ª EXPOVERDE EM FRANCA (SP)

DESTAQUE: nutrição

EDITORIAL

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Artigo da Embrapa orienta os cafeicultores de café Conillon sobre quais os procedimentos mais recomendados para as podas de produção, após o período de colheita.

Sistemas Silvipastoris: árvores e pastagens

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Artigo extraído do Anais da ZOOTEC, que será dividido em três partes. Nesta primeira parte, ênfase para os conceitos de Agroflorestas e o estabelecimento de sistemas silvipastoris.

Regional CATI-Franca premia Agricultores

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Dia do Agricultor premia agricultores de 13 municípios da Regional Franca da CATI. Em Franca, a Câmara Municipal premia dois agricultores escolhidos pelo CMDRural.


Parque Fernando Costa sediará EM SETEMBRO A 4ª EXPOVERDE

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FOTO: Editora Attalea Agronegócios

om grande expectativa, a Comissão Organizadora da 4ª EXPOVERDE - Feira de Máquinas e Implementos Agrícolas, Insumos, Flores, Frutas, Hortaliças, Plantas Nativas, Plantas Ornamentais, Plantas Medicinais e Agricultura Orgânica de Franca e Região já iniciou os preparativos para o evento, que acontecerá de 20 a 23 de setembro, no Parque de Exposições “Fernando Costa”, em Franca (SP). A realização é da Associação dos Produtores Rurais do Bom Jardim, com o apoio da Prefeitura de Franca, através da Secretaria Municipal de Desenvolvimento, do SENAR-SP, através do Sindicato Rural de Franca; do SEBRAE-SP, através do Escritório Regional de Franca; do Banco do Brasil; e do Clube do Automóvel Antigo de Franca. A Revista Attalea Agronegócios firmou parceria como a Mídia Oficial do evento, da mesma forma que a empresa Toninho Butina será a Montadora Oficial. “Buscamos, com este evento, firmar a EXPOVERDE como a principal feira de negócios da Alta Mogiana no segundo semestre, envolvendo atividades e negócios nas áreas agrícolas e de paisagismo”, explica Claudionor Euripedes da Silva, presidente da Associação do Bom Jardim. A feira conta com vários estandes de empresas de produtos e serviços relacionados à agricultura (cultivo de grãos, mudas frutíferas, sementes de hortaliças, irrigação, agricultura orgânica, plantas medicinais, insumos, máquinas e implementos agrícolas) e também o paisagismo (mudas de orquídeas, flores e demais plantas ornamentais, gramas, mudas de plantas nativas, pedras, decoração, jardinagem, madeira, gramas, etc.).

Trator Yanmar-Agritech, no estande da SAMI MÁQUINAS, presente mais uma vez na EXPOVERDE.

EVENTOS

Reunidas em um único espaço, as empresas que trabalham nestas áreas terão a oportunidade de mostrar produtos e serviços, atraindo um número maior de visitantes, bem como comprovar a importância econômica destas atividades na economia local, responsáveis pela geração de riquezas e geração de empregos. O Banco do Brasil estará presente no evento, favorecendo a efetivação de negócios entre empresas e produtores rurais. De acordo com Nivan Ferreira Borges, gerente geral da Agência Franca, serão ofertadas várias linhas de crédito para a aquisição de máquinas e implementos agrícolas. EMPRESAS CONFIRMADAS Para este ano são mais de 60 espaços comerciais dos quais 65% já foram comercializado. “As empresas anteciparam a reserva dos estandes, o que nos agrada muito, pois facilita a organização dos espaços e a divulgação”, disse Claudionor.

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Como destaques principais, confirmaram participação, com estandes próprios, duas grandes empresas na área de paisagismo: a Sapucaia (Franca/SP) e a Multiverde (Batatais/ SP); também duas revendas agropecuárias de Franca/SP: a Casa das Sementes e a Casa do Café; além da APOFRAN Associação dos Produtores Orgânicos de Franca e Região; a MCT - Consultores (Campinas/SP); a AgroOceânica (Campinas/SP); a Irrigare (Franca/SP), empresa especializada em irrigação; a Pioneer (Franca/SP), multinacional do setor de grãos, principalmente milho e soja; a Sami Máquinas, concessionária Yanmar-Agritech (Franca/SP); a OIMASA, consessionária Massey Ferguson (Franca/SP); o Paraíso dos Tratores, revendedor Green Horse (São Sebastião do Paraíso/MG); a Vemafre e a Automec, revendas Chevrolet (Franca/SP); a Viasol Aquecedor Solar (Franca/SP); a Luana Motos (Franca/SP), dentre várias outras empresas. Na área Ambiental, muitas ações e estandes estão sendo programados pela Secretaria Municipal de Serviços e Meio Ambiente para comemorar o Dia da Árvore. “Convidamos toda a comunidade francana a visitar a 4ª EXPOVERDE, em especial os estandes da Trilha da Vida, do Jardim Zoobotânico e das entidades ambientais parceiras, como a Polícia Ambiental e a Cetesb”, disse Ismar. NEGÓCIOS No ano passado, a EXPOVERDE contabilizou R$ 1,75 milhão em negócios gerados durante o evento. E a agricultura foi o setor com maior destaque, principalmente com as empresas de máquinas e implementos e também irrigação. “Aos poucos, a feira vai se tornando referência regional, dando oportunidade para os agricultores de toda a região e também de Minas Gerais conhecerem e adquirirem máquinas, implementos, equipamentos, insumos e diversos outros serviços voltados à produção agrícola”, afirma Carlos Arantes Corrêa, Secretário Municipal de Desenvolvimento e diretor da Revista Attalea Agronegócios. O horário de funcionamento da 4ª EXPOVERDE será das 9 às 18 horas, com entrada gratuita. A Revista Attalea Agronegócios é parceira do evento desde a sua criação e

FOTOS: Editora Attalea Agronegócios

EVENTOS

Os cafeicultores terão várias opções e modelos de equipamentos para todas as operações que a cultura exige.

manterá um estande próprio durante os quatro dias. CURSOS e PALESTRAS Além da feira comercial, o produtor rural ou o visitante comum poderá ainda participar de várias palestras técnicas e cursos programados para o período da feira. Em parceria com o Sindicato Rural de Franca, será realizado o “Curso de Cultivo de Orquídeas”, com profissional do SENAR-SP. Já em parceria com o Círculo de Orquídófilos de Franca, serão realizados quatro cursos Básicos de Cultivo de Orquídeas, proferido pelo especialista Jânio Miras Henrique, chefe do Orquidário Municipal “Iaiá Jacintho”. Com o apoio da CATI através do EDR-Franca, também está programada a realização de uma palestra sobre PPAIS Compra de Alimentos da Agricultura Familiar. AGRICULTURA ORGÂNICA O 6º Seminário de Agricultura Orgânica tem como realizadores o SEBRAE-SP e a APOFRAN - Associação dos Produtores Orgânicos de Franca e Região e acontecerá no durante todo o dia 20 de setembro, no Auditório “Fábio de Salles Meirelles”, no recinto do Parque de Exposições “Fernando Costa”. Os temas das palestras ainda estão sendo definidos, mas os organizadores informam que pretendem abordar a importância dos alimentos orgânicos na alimentação e para a saúde. Além das palestras, os interessados em Agricultura Orgânica poderão conhecer e adquirir produtos e alimentos orgânicos nos vários estandes já confirmados na feira. Entre eles, a feirinha da APOFRAN e a AGRO OCEÂNICA. CAFÉ Já o 2º Workshop de Cafei-


EVENTOS FOTO: Editora Attalea Agronegócios

ponicultura”. O biólogo Célio Augusto Pereira Rodrigues acrescenta, ainda, que os visitantes da 4ª EXPOVERDE poderão conferir, no local, a instalação de um meliponário. “Pretendemos ensinar os interessados como proceder para montar o seu Meliponário, mostrando a disposição das caixas, quais os modelos de caixas e ainda as espécies mais apropriadas de abelhas sem-ferrão para iniciar o criatório”, explicou Célio. BRINDES Mais uma vez, a Comissão Organizadora programou vários sorteios de prêmios para os produtores rurais e os visitantes que se cadastrarem. Para o acesso à feira, o credenciamento será obrigatório. Muito simples e rápido. Para os produtores rurais, a Comissão Organizadora programou o sorteio de uma Roçadeira. Enquanto que para os visitantes, os brindes estão sendo recolhidos junto às empresas expositoras. O sorteio acontecerá no domingo dia 23 de setembro, no período da tarde. No ano passado, o agricultor Marcial de Souza Stefani, cafeicultor do sítio Retiro, zona rural de Ribeirão Corrente (SP), foi o ganhador de uma Carreta Agrícola Acton. “Para este ano, estudamos aumentar o valor do prêmio, mas dependemos dos patrocinadores.

Os amantes de flores, orquídeas e plantas ornamentais terão, mais uma vez, a oportunidade de adquirir seus vasos, a preços competitivos.

Cafeicultura da Alta Mogiana acontecerá no dia 21 de setembro, sexta-feira, no mesmo local e contará com três palestras. Um tema ainda não ficou definido. Uma das palestras será do Dr. Alysson Fagundes, engenheiro agrônomo e pesquisador da Fundação Procafé desde 2006. O tema a ser abordado será “Nutrição Equilibrada do Cafeeiro”. A terceira palestra será do Engº Agrº Roberto Maegawa, profissional da COCAPEC - Cooperativa dos Cafeicultores e Agropecuaristas e um dos responsáveis técnicos pelas pesquisas na Fundação Experimental do Café Alta Mogiana, entidade criada pela parceria entre COCAPEC, Prefeitura de Franca, Sindicato Rural de Franca, COONAI e Credicocapec, com o objetivo de pesquisar cafeeiras na Alta Mogiana. FOTO: Clube Automóvel Antigo

MELIPONICULTURA Os amantes da criação de abelhas terão a oportunidade de maiores conhecimentos durante o 3º Seminário de Meliponicultura (criação de abelhas sem-ferrão), que acontecerá nos dias 22 e 23 de setembro, no Auditório “Fábio de Salles Meirelles”. Mesmo sem ter fechado o quadro de palestrantes, os organizadores confirmaram a abertura do seminário com a palestra do Prof. Ayrton Vollet (USP-Ribeirão Preto/SP), abordando o tema “Biologia das Abelhas Sem-Ferrão e o porquê Criá-las”. Logo a seguir, o Dr. Ricardo Camargo (Embrapa Meio Ambiente-Jaguariúna/SP), abordando o tema “Características e Processamento de Mel de Abelhas Sem-Ferrão”. No período da tarde teremos o Prof. Jerônimo Villas Boas (Coordenador de Estudos Ambientais na Paraíba), abordando o tema “Meliponário Massapê - Um Exemplo de Sucesso”. Encerrando o dia com a palestra do Dr. Osmar Malaspina (UNESP-Rio Claro/SP), abordando o tema “Agrotóxicos e Pesticidas - Risco para Nossa Abelhas”. No dia 21 de setembro estão confirmadas apenas as palestras do Prof. Ayrton Vollet, abordando o tema “Resgate de Abelhas Nativas em Projetos de Alto Impacto Ambiental”. A seguir, fechando o seminário, palestra do Dr. Ricardo Camargo, abordando o tema “Profissionalização da Meli-

CARROS ANTIGOS Outra excelente atração para o público visitante será o 14º Encontro de Automóveis Antigos de Franca, organizado pelo Clube do Automóvel Antigo de Franca, do diretor Gil Biasoli, que ocorrerá concomitantemente com a 4ª EXPOVERDE. São aguardados expositores de mais de 35 muA nicípios brasileiros.

Camionete antiga que estará em exposição na 4ª EXPOVERDE, em que além da carroceria, parte da cabine é de madeira.

EM TEMPO 4ª EXPOVERDE - Parque de Exposições “Fernando Costa” Av. Dr. Flávio Rocha, 500, Vila Exposição, Franca (SP). Telefone (16) 9156-9636, com Marcos. www.franca.sp.gov.br/expoverde / Email: expoverde2012@hotmail.com 14º ENCONTRO DE AUTOMÓVEIS ANTIGOS DE FRANCA Email: gilpapelariafranca@gmail.com Telefone (16) 3724-3813, com Gil Biasoli

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MÁQUINAS

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primeiro contrato do Programa “Pró-Implementos” no estado de São Paulo foi assinado no início do mês de agosto na agência do Banco do Brasil, em Nuporanga (SP). Os agricultores Moacir Vanderlei Bocalon e a esposa Ivete Aparecida Piazza Bocalon adquiriram implementos agrícolas da concessionária OIMASA Orlândia Implementos e Máquinas Agrícolas S/A. O Programa “Pró-Implementos” foi criado em maio deste ano pelo governador Geraldo Alckmin, durante a Agrishow, em Ribeirão Preto (SP). O programa é inédito no país, onde o produtor rural pode financiar implementos agropecuários com juros zero, subsidiados pelo Estado. Os implementos devem ser novos, não havendo limite do número adquirido, desde que o valor máximo financiado não ultrapasse R$ 150 mil. O financiamento pode ser pago em até seis anos com carência de até três anos. O programa é desenvolvido pela Secretaria da Agricultura e Abastecimento e o Banco do Brasil, agente financeiro

• Programa CONSERVADOR DE ÁGUAS, com o replantio de todas as APPs de todas as propriedades cadastradas no município; • Programa POLICIAMENTO COMUNITÁRIO RURAL, com a implantação de GPS, rádios e mapeamento das estradas rurais; • Criação da FEIRA REGIONAL DO CAFÉ. • E mais: www.alexandre45.com.br

FOTOS: Divulgação - Oimasa

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Oimasa e Banco do Brasil de Nuporanga (SP) assinam 1º CONTRATO DO PROGRAMA PRÓ-IMPLEMENTOS EM SP

Os agricultores Moacir Bocalon e Ivete Piazza assinam contrato.

do FEAP - Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista, órgao responsável pela execução do Programa. Os agricultores paulistas que se enquadram dentro do perfil FEAP [ isto é, aqueles com renda agropecuária anual de até R$ 600 mil ], que deve representar no mínimo 80% de sua renda bruta anual - pequenos e médios produtores. Os interessados em participar devem procurar a Casa da Agricultura do município ou por meio dos escritórios regionais da CATI, para orientações na elaboração do projeto e organização do pedido. A CATI encaminhará o projeto, juntamente com a Declaração de Aptidão do FEAP (DAF), à agência do Banco do Brasil do seu município/região para análise de crédito. Aprovado o financiamento pelo banco, procure a revenda responsável pelo orçamento, para providenciar emissão da nota fiscal. De posse da nota fiscal, o Banco do Brasil, após o registro do instrumento de crédito em cartório, autorizará o pagamento à revenda do implemento agropecuário, para que, na sequência, seja feita a sua entrega. A


EVENTOS

Sindicato Rural de Uberlândia define DATA DA FEMEC 2013

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segunda edição da FEMEC - Feira de Negócios que reunirá as principais marcas do setor agropecuário em Uberlândia (MG), acontecerá de 19 a 22 de março de 2013, no Parque de Exposições do Camaru. A data do evento foi anunciada pela diretoria do Sindicato Rural, no início de agosto. Os organizadores da FEMEC 2013 realizaram a primeira reunião com revendedores, empresários, representantes da indústria e de instituições parceiras para iniciar a formatação do projeto que será conduzido de maneira cooperada. O objetivo é atender aos anseios de todos os envolvidos no processo. Este ano, a data de lançamento oficial da FEMEC será antecipada para que os fabricantes possam se programar previamente e garantir seu espaço no parque e obter sucesso no evento. De acordo com o coordenador João Semenzini, o potencial do mercado será ainda mais explorado desta vez com a inclusão de outros segmentos do agronegócio na feira. Segundo ele, a intenção é expandir a FEMEC para o setor pecuário. “A cadeia produtiva do leite é um bom campo para ser prospectado e agregar valor ao evento”, afirmou.

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Em 2012 a FEMEC reuniu importantes nomes do mercado brasileiro de máquinas e implementos agrícolas, insumos, sementes, fertilizantes, ferramentas, bombas e motores, veículos utilitários, náutica e equipamentos em geral para agricultura de pequeno, médio e grande porte. A movimentação financeira da FEMEC neste ano ultrapassou R$ 70 milhões. Informações sobre reservas de espaço pelos telefones (34) 3292 8840 (34) 3292 8840 | 3292 8833. A


DESTAQUE

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CBI Madeiras, empresa com unidades em Franca, Capelinha (MG) e João Pinheiro (MG), conquistou um certificado inédito no país, o selo Qualitrat; concedido pela ABPM (Associação Brasileira dos Produtores de Madeira Tratada)para empresas que seguem padrões de origem, qualidade e legalidade na produção de madeira reflorestamento tratada. A cerimônia de entrega do certificado foi realizada no dia 24 de julho, na sede do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), em São Paulo (SP). A empresa está há mais de 30 anos no mercado, investindo em reflorestamento, produção, tratamento e comercialização de madeiras para as mais diversas finalidades. Para o presidente da CBI Madeiras, Paulo Maciel, o Qualitrat irá agregar valor a produção e garantir aos consumidores a qualidade do produto. “Muitas empresas perguntam sobre a origem da madeira, processo do tratamento ou se há certificação. Este selo antecipa e responde essas dúvidas. Vivemos até aqui sem o Qualitrat, mas será difícil, a partir de agora, crescer e se fixar no mercado sem esta fantástica e real diferenciação”, afirma.

FRANCA (SP)

• Pequeno Cafeicultor na região do Bom Jardim; • Fundador da Associação dos Produtores Rurais do Bom Jardim; • Um dos responsáveis pelo asfaltamento da Vicinal Nelson Nogueira (que liga Franca a Ribeirão Corrente); • Funcionário Público há 12 anos no Parque “Fernando Costa”.

FOTO: Divulgação - AMSC

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CBI Madeiras conquista SELO DE QUALIDADE QUALITRAT

Paulo Maciel e a diretora da CBI Madeiras, Rita Mutton Maciel

Paulo acredita que este certificado é uma das medidas mais importantes já desenvolvidas pelo setor. “Criar espontaneamente um programa como este mostra a maturidade, seriedade e confiança das usinas afiliadas à ABPM. O Qualitrat garantirá ao consumidor que ele está adquirindo produtos de uma empresa que opera de acordo com princípios de qualidade e legalidade”, comenta Maciel. Para conquistar o selo, a CBI Madeiras teve que comprovar sua atuação em cinco categorias: Habilitação e Idoneidade Jurídica; Gestão da qualidade nos processos; Gestão Ambiental; Regularidade Social, Trabalhista e Gestão de Saúde e Segurança; Ética e Responsabilidade Social. O programa de autorregulamentação foi criado pela ABPM, em parceria com o IPT, responsável pelo processo de auditoria e o Instituto Totum, uma das entidades mais conceituadas na área. A

Celina Almeida (Instituto Totum), Flavio Geraldo (Presidente da ABPM), Paulo Maciel (presidente CBI Madeiras), e Ligia Ferrari (IPT) durante a cerimônia de entrega do selo


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LEITE

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Uma pergunga simples: A qualidade do LEITE TEM MELHORADO NOS ÚLTIMOS ANOS?

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Laerte Dagher Cassoli 1

esse artigo iremos tentar responder a uma pergunta que frequentemente é feita a nossa equipe da Clínica do Leite: “Mas e ai? A qualidade melhorou ou não nos últimos anos?”. Aparentemente trata-se de uma pergunta simples que poderia ser respondida sem mais delongas. No entanto, a sua resposta necessita de uma análise intensa e cuidadosa sobre o banco de dados de resultados de análise. Ao longo destes últimos 2 meses, fizemos um estudo, o qual iremos apresentar neste artigo para que possamos responder de forma técnica e científica se a qualidade melhorou ou não ao longo dos últimos anos. O banco de dados da Clínica do Leite - ESALQ/USP A Clínica do Leite monitora leite de cerca de 366 indústrias localizadas principalmente nos estados de São Paulo e Minas Gerais, mas também em Goiás, Paraná, Mato Grosso do Sul e Bahia. O programa de monitoramento iniciou-se em 2002/03 e intensificou-se após 2005 com a IN-51. No início eram menos de 15 indústrias com cerca de 2.000 produtores monitorados. Este número foi aumentando a cada ano e em junho de 2012, atingimos cerca de 40.000 fazendas com pelo menos uma análise mensal. Variáveis de avaliação da qualidade do leite e seleção de produtores - Para este estudo, utilizamos duas variáveis de avaliação da qualidade do leite, a contagem bacteriana total (CBT) e a contagem de células somáticas (CCS). Foi considerado o período de 2007 a 2012 (até junho 2012), e para cada produtor selecionado, foi calculada a média geométrica anual para CCS e CBT. Em relação aos produtores selecionados,temos que destacar aqui qual foi o critério utilizado tendo como objetivo responder a pergunta inicial “A qualidade do leite melhorou nos últimos anos ?”. Para responder a esta pergunta temos que analisar sempre a mesma população de produtores duTabela 1 - Número de produres monitorados continuamente durante 5 anos.

1 - Eng. Agrônomo pela USP (2000), mestrado em Ciência Animal e Pastagens pela USP (2005) e doutorado em Ciência Animal e Pastagens pela USP (2010). Atualmente, é pesquisador da Clínica do Leite, do departamento de Zootecnia da ESALQ/USP, onde desenvolve pesquisas nas áreas de Bovinocultura Leiteira, Produção e Qualidade do Leite. Departamento de Zootecnia. Piracicaba, SP - Caixa-postal: 09. Telefone: (19) 3429-4278. www.clinicadoleite.com.br.

rante os anos de 2008, 2009, 2010, 2011 e 2012. Portanto, selecionamos somente produtores que tiveram análise durante os 5 anos consecutivos. Assim poderemos analisar se de fato houve alteração na qualidade do leite. Além disso, incluimos nesta avaliação o fator “Programa de valorização por qualidade (PVQ)”, ou seja, dividimos os produtores em dois grupos: Grupo A (produtores cujas indústrias compradoras remuneram por qualidade PVQ) e Grupo B (produtores cujas indústrias compradoras não remuneram por qualidade - SPVQ). Com esta análise poderemos verificar se os produtores com PVQ apresentaram uma melhoria da qualidade mais intensa que os demais. Resultados Observados - Na Tabela 1, são apresentados o número de produtores que tiveram resultados de análise durante os 5 anos (2008, 2009, 2010, 2011 e 2012), tanto para CCS quanto para CBT. Como podem observar trata-se de um número significativo de produtores, quase 10 mil, acompanhados durante os 5 anos. Como o ano de 2012 ainda não se encerrou, iremos considerar apenas até o ano de 2011 para fazermos as nossas considerações. Para cada ano e grupo, distribuimos os produtores de acordo com determinadas faixas (classes) de CCS e CBT. Do ponto de vista analítico, a distribuição dos produtores por faixas é a melhor maneira de se caraterizar a população estudada. No Gráfico 1, apresentamos esta distribuição para CBT de produtores não submetidos a programa de valorização da qualidade (SPVQ). Podemos notar que a % de produtores com CBT acima de 600 mil UFC/mL diminui significativamente de 49% em 2008 para 33% em 2011 (redução de Gráfico 1 - Distribuição de 5.149 produtores sem PVQ, em função da CBT, durante o período de 2008 a 2012.


MUNDO PET

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LEITE Gráfico 2 - Distribuição de 4.825 produtores com PVQ, em função da CBT, durante o período de 2008 a 2012.

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32%). Se considerarmos o limite de 100 mil, tinhamos 15% de produtores “conformes” em 2008 sendo que em 2011 esta proporção subiu para 23% (aumento de 50%). Fica evidente portanto a melhoria na CBT ao longo dos 5 anos, mesmo para produtores que não estavam submetidos a um PVQ. Já no Gráfico 2, temos a mesma distribuição para produtores que estavam submetidos a um PVQ. Considerando limite de 600 mil UFC/mL, tínhamos uma porcentagem de 17% dos produtores em 2008, contra apenas 8% em 2011 (redução de 52%). Por outro lado, considerando o limite de 100 mil UFC/mL, em 2008 tínhamos 53% dos produtores “conformes”, contra 65% em 2011 (aumento de 30%). Assim como os produtores sem PVQ (SPVQ), produtores submetidos a PVQ apresentaram uma melhora significativa na qualidade do leite quanto a CBT. A velocidade com que ocorreu esta melhoria pode ser questionável, visto que estamos falando de 5 anos e de uma Gráfico 3 - Distribuição de 5.111 produtores sem PVQ, em função da CCS, durante o período de 2008 a 2012.

variável (CBT) que tecnicamente é uma das mais fáceis de serem trabalhadas. Vale ainda ressaltar aqui a diferença que existe entre produtores submetidos ou não a programas de valorização da qualidade. Observem que abaixo de 100 mil UFC/mL (limite que será adotado em 2016), quase 70% dos produtores que recebem por qualidade, já estariam conforme, contra apenas 23% dos que não recebem por qualidade. E quanto a CCS? Será que também estamos observando uma melhoria significativa? No Gráfico 3 é apresentada a distribuição dos produtores não submetidos a um PVQ (SPVQ). Diferentemente da CBT, a % de produtores acima do limite de 600 mil cels/mL não se alterou e inclusive sofreu aumento de 21% em 2008 para 26% em 2011. Se considerarmos o limite de 400 mil cels/mL (que passará a valer em 2016), tinhamos 55% dos produtores “conformes” em 2008 e 50% em 2011. Através destes resultados, podemos concluir que a qualidade do leite não melhorou quanto a CCS, em produtores que não recebem por qualidade (PVQ). Mas e os que recebem por qualidade? Será que melhoraram a CCS visto que foram incentivados financeiramente para isso ? Como podemos observar no Gráfico 4, também não houve qualquer tipo de melhora na qualidade do leite quanto a CCS, mesmo nos produtores que foram “incentivados”. Da mesma forma, diferentemente da CBT, para CCS não existe diferença na distribuição dos produtores com ou sem PVQ. Tal comportamento sugere que existam outros fatores que influenciam na redução da CCS, que não o PVQ. Somado a isso, sabemos que o controle da mastite é um tema complexo e que exige um esforço muito grande por parte do produtor. Como pudemos observar através dos resultados aqui apresentados, nota-se uma melhoria da qualidade quanto a contagem bacteriana total nos últimos anos, talvez numa velocidade não tão grande como poderíamos imaginar. Além disso, produtores com PVQ possuem um leite com menor CBT. Já para CCS, nota-se que não houve qualquer tipo de melhoria nos últimos anos o que comprova que o controle da mastite é um dos grandes desafios dos produtores e técnicos. A Gráfico 4 - Distribuição de 4.806 produtores com PVQ, em função da CCS, durante o período de 2008 a 2012.


EMPRESAS

BASF investe em novo CENTRO DE TRATAMENTO DE SEMENTES

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Unidade de Proteção de Cultivos da BASF inaugurou na última quinta-feira, dia 2 de agosto, em Santo Antonio de Posse (região metropolitana de Campinas/SP), seu novo Centro de Tecnologia para Tratamento de Sementes. O novo complexo da BASF tem como principal objetivo dar apoio tecnológico às atividades de tratamento de sementes da empresa. Com maquinário de última geração para o tratamento de sementes, o novo Centro contribuirá no desenvolvimento de produtos e tecnologias que atendam as necessidades da agricultura brasileira, bem como na prestação de serviços voltados à cadeia de valor sementeira, por meio de capacitação, treinamentos, workshops e dias de campo. Coordenado pelo Dr. Reinaldo Bonnecarrere, gerente Técnico de Tratamento de Sementes da BASF para a América Latina, contará com dez profissionais trabalhando exclusivamente nesta unidade. Esse investimento reforça a posição da Estação Experimental de Santo Antônio de Posse (SP) como uma referência para a BASF globalmente, já que figura como um dos pólos

de desenvolvimento de novas tecnologias para os trópicos no desenvolvimento de produtos e serviços voltados ao agronegócio. “Trabalharemos com o desenvolvimento de novos produtos para atender as necessidades das empresas de sementes. Os principais cultivos a serem analisados são soja, milho, algodão, feijão, trigo, cevada, girassol, canola, sorgo e amendoim”, explica Leandro Martins, diretor de pesquisa e desenvolvimento da BASF da Unidade de Proteção de Cultivos para a América Latina. “A inovação tecnológica faz parte da estratégia da companhia – somente em 2011, a BASF investiu cerca de US$ 2 bilhões em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), e a maior porcentagem deste valor total (cerca de 26%) foram destinados exclusivamente ao negócio de proteção de cultivos. O novo Centro recebeu um aporte de aproximadamente US$ 2,5 milhões, um montante considerável quando falamos de pesquisa agrícola no Brasil”, comenta Eduardo Leduc, Vice Presidente Sênior da Unidade de Proteção de Cultivos da BASF para América Latina e de Sustentabilidade para a América do Sul. A

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CAFÉ

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APRONA realiza 1º Concurso de Qualidade DE CAFÉ DE STO. ANTONIO DA ALEGRIA (SP)

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rganizado pela APRONA - Associação dos Produtores Rurais do Norte Alegriense, com o apoio do SEBRAE-SP, Escritório de Ribeirão Preto (SP), aconteceu nos dias 18 e 19 de agosto, o 1º Concurso de Qualidade de Café de Santo Antônio da Alegria (SP). A proposta veio atender uma demanda dos cafeicultores do município em participar do Concurso Estadual de Café, que acontece no final de cada ano. Para isto, era necessário organizar um concurso no município - conhecido pela qualidade dos cafés ali produzidos. De acordo com o Engº Agrº José Guilherme Nogueira, Gestor e Consultor de Agronegócios do SEBRAE, 19 amostras no critério Café Natural foram selecionadas para participar do concurso. Foram avaliados aspectos sensoriais do café (como aroma, cheiro, paladar), que comprovam a qualidade final do produto. Segundo o Engº Agrº Carlos Pasquali, presidente da APRONA, na categoria “Lote” [até 20-30 sacas], Antônio Maia e Divino Maia ficaram em 1º lugar, seguido de Miguel de Assis (2º), Ademir Guerra (3º) e Élvio Frighetto (4º). Já na categoria “Micro-Lote” [até 5 sacas], Arlindo da Silveira conquistou o 1º lugar, seguido de Adelina Aparecida Souza Silva (2º). Os dois primeiros de cada categoria poderão agora participar do Concurso Estadual de Qualidade do Café. Em dezembro acontecerá o 9º Concurso Nacional de Qualidade do Café – Safra 2012, promovido pela ABIC - Associação Brasileira das Indústrias de Café. Várias empresas participaram do evento, com destaque para a Batatais Tratores e Implementos (concessionária Agrale em Batatais/ SP); a Cooparaíso; a Casa das Sementes, revenda de Franca/SP; o Café Nova Era, de Altinópolis/SP; e a Santa Emília (concessionária Toyota, de Ribeirão Preto/SP). A


HORTICULTURA

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IRRIGAÇÃO

Irrigação por ASPERSÃO EM PASTAGEM AGO 2012

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om o aumento da competitividade no mercado do boi leiteiro e do boi gordo e o grande avanço das tecnologias empregadas no segmento, o produtor que deseja obter um bom resultado de seu gado deve pensar em irrigar sua pastagem, pois com ela, ele consegue uma produtividade maior do que uma área não irrigada, tendo assim várias vantagens como a diminuição de custo. O sistema mais utilizado é o por aspersão em malha, em que os tubos de subida da água são distribuídos geometricamente por toda área, interligados pela tubulação principal, daí vem o nome aspersão em malha. Abaixo temos um quadro onde destacamos algumas vantagens desta modalidade de irrigação: a) - Pode ser empregado em terrenos de qualquer topografia; b) - Exige menos mão de obra na implantação; c) - Promove melhor distribuição de adubos solúveis na água; d) - Umidade do ar é elevada, re1 - Gerente administrativo-financeiro - E-mail: leandro.oliveira@irrigare.com.br

FOTOS: Irrigare

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Leandro D. Oliveira 1

duzindo a transpiração das plantas; e) - A irrigação pode ser feita a qualquer hora do dia; f) - Custo de implantação mais baixo comparado a outras modalidades; g) - Aumento da qualidade e produtividade do alimento para o gado; h) - Sistema que pode ser utilizado pelo pequeno produtor. Portanto, o produtor que bus-

Tabela 1: Dados da produção de leite em pastos tropicais ir-

rigados

INDICE

PRODUÇÃO VERÃO

Lotação

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Produção/vaca/dia

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Produção/ha/dia Produção total Quantidade de dias

252 52.920 210 dias

PRODUÇÃO INVERNO 07 18 126 19.530 155 dias

* Cana p/ 09 cab.x 155 dias (14-5) = 50 ton´s necessária (+ 0,5 ha) Total : 48.300 lt/há/ano

ca diminuir seus custos, aumentar a produtividade, sendo ele pequeno ou grande produtor deve investir em irrigação de suas pastagens, que com certeza colherá bons frutos futuramente. Abaixo temos uma ilustração que mostra como é feito a irrigação por aspersão em malha:A


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contece nos dias 11,12 e 13 de setembro a Campanha Hora Certa 2012. O objetivo do evento é proporcionar aos produtores rurais insumos, máquinas e implementos com os melhores preços e condições de pagamento. Uma bem montada estrutura está sendo preparada para receber mais de 5 mil visitantes. O local escolhido este ano para a realização da Feira é a EXPAR – Parque de exposições de São Sebastião do Paraíso . Com amplo estacionamento e uma área ideal para demonstrações de máquinas e implementos, o parque receberá mais de 80 fornecedores de renome da agricultura nacional . A feira contará ainda com diversas atrações para produtores e suas famílias. Uma bem montada praça de alimentação, mini fazendinha, cursos de artesanato em chinelos e arranjos florais para as mulheres, vôo panorâmico de balão entre outros. Para os jovens, o evento contará com um Workshop sobre Cooperativismo e a Gincana da Hora, uma atividade onde os jovens das comunidades rurais poderão mostrar seus conhecimentos sobre o cooperativismo, a cafeicultura e ain-

FOTO: Editora Attalea Agronegócios

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Cooparaíso convida agricultores para CAMPANHA HORA CERTA 2012

da ganhar prêmios. Todos estão convidados a participar deste evento. Venha e faça bons negócios, afinal esta é a hora de acertar os ponteiros com os custos! (FONTE: Cooparaíso) A

Cafeicultores de Elói Mendes (MG) participam de palestra sobre DOENÇAS FOLIARES NO CAFEEIRO

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o final de julho, cafeicultores da região de Elói Mendes (MG) participaram de palestra com o tema: “Doenças Foliares no Cafeeiro”, ministrada pela Drª Flávia Patrício, pesquisadora do Instituto Biológico de São Paulo. A palestra foi de grande importância para o conhecimento dos produtores de café, já que a Mancha Aureolada vem aparecendo em plantações de café de municípios vizinhos. O evento contou com a organização da EMATERMG, através do Técnico em Agropecuária Cláudio Salim e o apoio de várias empresas do segmento, dentre elas: Lobão Agropecuária, Geagro e Laboratório de Análises Químicas de Santo Antônio do Amparo (MG). Estiveram presentes produtores rurais de toda comunidade, o prefeito Natal Cadorini. (Fonte: Rede Social A do Café)


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m festival que alia tradição, costumes, música e gastronomia e tem como foco o apogeu do ciclo do café no Brasil; esse é o Festival Vale do Café, realizado no Rio de Janeiro durante o mês de julho. O evento acontece simultaneamente em 15 municípios do sul fluminense e tem como objetivo divulgar e valorizar a cultura cafeeira da região, promover o turismo cultural e o desenvolvimento econômico no interior do Estado. “Tivemoso privilégio de participar deste grande evento através de convite do Sebrae, levando o café Terra Preta para apreciação e degustação do enorme público presente. Os eventos aconteceram FOTOS: Divulgação - AMSC

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AMSC participa no RJ do FESTIVAL VALE DO CAFÉ

em duas lindas fazendas, sendo o café servido após os espetáculos musicais. Durante a degustação, tivemos a oportunidade de contar um pouco sobre o nosso café e a região da Alta Mogiana e sentir a receptividade e aceitação do público. Foi uma grande oportunidade de contatos e também de apresentar e projetar nosso café e nossa região”, conta Fernanda Maciel, produtora de cafés especiais e associada à AMSC (Associação dos Produtores de Cafés Especiais da Alta Mogiana). Em 2012, o festival chegou a sua 10ª edição e promoveu atividades culturais durante duas semanas. Praças, igrejas e fazendas no meio da Mata Atlântica foram os palcos das atrações do evento. Os shows percorreram diversos municípios do Vale do Café e segundo a organização do evento cerca de 90 mil pessoas prestigiaram as atividades. Antes de cada apresentação, a sommelière Deise Novakoski ministrou uma palestra sobre café - história, os tipos, formas de produção e degustação. O público aprendeu, por exemplo, como se dá o processo de plantio da semente, formas de torrefação e moagem e como identificar e degustar um bom café. Além de receber dicas de métodos de preparo do café turco ao expresso. A


GESTテグ

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Cooxupé aposta em geoprocessamento PARA MELHORAR PRODUÇÃO

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lém de reunir diversos dados para mapear a área cafeeira da região, hidrografia, matas ciliares, APPs (Área de Preservação Permanente), rastrear os tipos de lavoura dos cooperados, sacas por produtor, temperatura, entre outras importantes informações, a área de Geoprocessamento da COOXUPÉ está incorporando cada vez mais novos processos e projetos. Segundo o presidente da cooperativa, Carlos Alberto Paulino da Costa, o projeto dividiu-se em duas etapas. “Primeiro precisávamos saber a área e a produção que tínhamos. Hoje temos dados de precisão que além de facilitar o trabalho da COOXUPÉ nos ajuda a argumentar com governo e entidades sobre as necessidades do setor. O segundo passo agora é fornecer estes dados para o cooperado”, diz Paulino. Atualmente, mais de 14 estações meteorológicas são comandadas pela área, que também possui 254 pontos de coleta de chuva. Dados como temperatura, força do vento e as oscilações do clima são atualizadas de 15 em 15 minutos na página da cooperativa. “Isso ajuda o produtor com o seu planejamento do dia, da semana ou do mês. É a temperatura que irá determinar quando ele pode pulverizar a lavoura, plantar, entre outras manobras que precisam do clima específico”, afirma Éder Ribeiro dos Santos, coordenador técnico

CAFÉ

de Geoprocessamento da cooperativa. Grandes projetos em vista - Com o grande fluxo de informações do setor cafeeiro, a área espera levar até o final de 2013 para o site da cooperativa, dados ainda mais completos que vão facilitar a gestão da propriedade dos cooperados. “Hoje conseguimos avaliar o que acontece em cada região. Porque a produção caiu ou aumentou? Como o produtor consegue produzir um café de qualidade e o seu vizinho não? Nosso corpo técnico viaja constantemente, atualiza os dados. Nossa intensão é que no momento em que o cooperado acessar sua página, ele obtenha essas informações personalizadas sobre sua propriedade, o que deverá facilitar seu planejamento de ações”, conta. Em breve deve começar na cooperativa um projeto de inclusão digital para que os produtores conheçam as ferramentas disponíveis na internet. Desde janeiro, os cooperados da COOXUPÉ podem contar com o Café Online, que permite a comercialização de café na internet. Outro novo passo dado pela equipe de Geoprocessamento é a atualização das estradas rurais, o que facilitará a locomoção tanto da equipe técnica da cooperativa, que visita A regularmente as propriedades dos cooperados.

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EVENTOS

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4ª Sinagro (Feira de Agronegócios do Sindicato dos Produtores Rurais de Passos), realizada de 7 a 10 de agosto no Parque de Exposições ‘Adolpho Coelho Lemos’, em Passos (MG), superou as expectativas de público e de negócios, com negociações de R$ 10 milhões fechados durante a feira e negócios futuros em torno de R$ 30 milhões. O evento contou também com a presença do secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, Elmiro Alves Nascimento e o secretário de Desenvolvimento Social, Cássio Soares. Também esteve presente o diretor técnico da Emater-MG, José Rogério Lara e o subsecretário de Política Urbana, Renato Andrade. A feira que está em sua quarta edição é organizada pelo SinRural (Sindicato Rural de Passos) e tem como coordenador o presidente Leonardo Medeiros, que também é presidente da Casmil (Cooperativa Agropecuária do Sudoeste Mineiro). De acordo com Medeiros, “a Sinagro se consolida, a cada ano, como o evento de importância para o agronegócio regional e como oportunidade para que produtores, fornecedores e parceiros possam aproveitar a reunião de todos num espaço em que o intercâmbio é facilitado e, por isso mesmo, ótimos negócios podem ser feitos”, disse. A 4ª Sinagro conseguiu em quatro dias a exposição de produtos, serviços e de eventos paralelos, como palestras, minicursos e até um seminário sobre agricultura familiar. Com entrada gratuita, os visitantes puderam conhecer os novos modelos de tratores, máquinas, implementos agrícolas, insumos, equipamentos para a agroindústria e para diversas atividades rurais, e também várias linhas de crédito e financiamento de instituições bancárias, distribuídos nos estandes das mais de 70 empresas participantes. De São Sebastião do Paraíso, a Cooparaíso (Cooperativa Regional dos Cafeicultores em São Sebastião do Paraíso), adquiriu um espaço para oferecer produtos de um fabricante de tratores, máquinas e implementos. Os tratores em exposição na 4ª Sinagro são para diver-

FOTOS: Editora Attalea Agronegócios

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SINAGRO, em sua 4ª edição, SUPERA EXPECTATIVAS DE NEGÓCIOS

Estande da Sami Máquinas, filial de São Sebastião”ao do Paraíso (MG)

sos segmentos de produção, da cafeicultura a outras culturas agrícolas. A maioria das empresas oferece também implementos de fabricação própria ou em parceria com outras indústrias. As opções de compra também foram variadas, do crédito do banco da própria fábrica a linhas de financiamento através do Banco do Brasil. Para produtores de leite, do pequeno ao grande, foram ofertadas várias máquinas, como uma ordenhadeira de tecnologia alemã, que, num sistema informatizado, registra até a produtividade de cada vaca, facilitando ao proprietário acompanhar o desempenho do animal. Dois pavilhões foram reservados para criadores de aves para abate, mostrando equipamentos para a montagem de aviários e granjas de suínos, poços artesianos, material de construção rural. Em outros dois pavilhões o visitante encontrava artesanato de várias cidades da área da AMEG (Associação dos Municípios da Microrregião do Médio Rio Grande), como Carmo do Rio Claro, Jacuí, Cássia e São José da Barra, que trouxeram tapetes, toalhados, artigos de cerâmica e até doces típicos da região. A


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Instruções de Manejo de IRRIGAÇÃO COM TENSIOMETRIA

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Thiago Silva Santos, Allan de Menezes Lima e Geraldo Augusto Nascimento 1 1. APRESENTAÇÃO

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necessidade de irrigação do cafeeiro surgiu com o avanço da cultura para as regiões consideradas marginais ao cultivo quanto às necessidades hídricas onde a cafeicultura só é viável quando irrigada; desta maneira, ressalta-se que se tem alcançado elevadas produtividades e produto de alta qualidade. Nas regiões consideradas aptas à cafeicultura, tradicionalmente produtoras, a ocorrência de estiagens prolongadas (veranicos) nas fases críticas de demanda de água pela cultura tem promovido redução significativa na produção. A irrigação por gotejamento é um método que vem despertando grande interesse em todo o mundo. Vários trabalhos experimentais e observações de campo mostram que este sistema permite bom controle e economia da água aplicada. Em diversas condições, tem proporcionado produções superiores às obtidas por outros métodos. A utilização da irrigação por gotejamento no Brasil, de uma maneira geral, vem ocorrendo sem um monitoramento criterioso do nível de água no solo. A ausência de um manejo adequado da água utilizada na irrigação contribui para o seu desperdício e possíveis perdas em produtividade, aumentando os custos da atividade. 2. MANEJO COM TENSIOMETRIA a. TENSIOMETRIA O tensiômetro é uma ferramenta bastante prática e com precisão adequada para ser usado no manejo da irrigação do cafeeiro. O tensiômetro é constituído basicamente de uma cápsula porosa, conectada a um mecanismo de leitura através de um tubo de PVC, sendo seu interior preenchido com água. Quando colocado no solo, a água contida na cápsula tende a entrar em equilíbrio com a tensão da água no solo ao seu redor. Qualquer mudança no teor de água do solo e conseqüentemente em seu estado de energia, será transmitida à água no interior da cápsula, sendo indicada rapidamente pelo dispositivo de leitura. Desta forma, mede-se com que força o solo retém a água e, conseqüentemente, o quanto de água está retido no solo. O posicionamento dos tensiômetros deve ser 1 - Departamento Agronômico, Bolsa Irriga. Netafim Brasil

feito com muito critério em relação ao gotejador e as plantas, de forma a representar a umidade do solo na média da faixa úmida formada pelo tubogotejador. Caso estes sensores de umidade sejam posicionados muito próximos ou muito distantes em relação ao gotejador, as leituras induzirão a interpretação de excesso ou falta de umidade, respectivamente. O posicionamento ideal está representado abaixo: Igualmente importante, a instalação deve ser realizada sob orientação de um profissional especializado e com ferramentas adequadas para garantir perfeito funcionamento do tensiômetro. O furo no solo deve ser feito com trado específico, em seguida umedecido com água e colocado o tensiômetro, pressionando levemente o solo ao redor do mesmo na superfície. b. INTERPRETAÇÃO DAS LEITURAS Como o próprio nome já diz, o tensiômetro mede a força com que o solo retêm a água e quanto maior esta força, mais seco está o solo. Para fins de manejo de irrigação, temse usado os seguintes valores de referência em lavouras de café irrigadas com gotejamento: • 0 -8 kPa: O solo está saturado ou muito próximo à saturação, quando as irrigações atingem esse nível de umidade no solo houve um gasto excessivo de água e há lixiviação do solo; • 10 kPa: Para a maioria dos solos é tido como a capacidade de campo, ou seja, o teor ideal de umidade no solo onde há água facilmente disponível às plantas e a aeração não é prejudicada; • 25-30 kPa: Em cafeeiros irrigados por gotejamento este é o momento de irrigar. • 30 kPa: A partir deste valor a planta começa a ter dificuldades de absorver água do solo e pode ter seu desen-


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FOTOS: Bolsa Irriga

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Instalação dos Tensiômetros

ψm = L(kPa) −

h(cm ) 10

Onde: ψm - potencial matricial (em kPa); L – leitura do tensiômetro;

h – comprimento do tensiômetro deste o meio da cápsula até o nível de água em seu interior. 3. CONCLUSÕES O manejo da irrigação e fertirrigação abrangem questões que vão desde economia pura e simples gerada pelo manejo adequado do sistema de irrigação até as questões ambientais de racionalização do uso da água, fertilizantes e energia e seus benefícios preservacionistas, ressaltando assim a importância da irrigação e adubação via água convenientemente dosada. A

Bom Jardim realiza QUERMESSE EM SETEMBRO

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comunidade rural do Bom Jardim, situada entre os municípios de Franca (SP) e Ribeirão Corrente (SP) realizará no próximo dia 1º de Setembro, a tradicional Quermesse na Capela do Bom Jardim. O evento, em louvor a Nossa Senhora Aparecida, é realizado há décadas por várias famílias da comunidade. Os organizadores convidam todos a participarem. O evento terá início a partir das 17h30, com uma missa e procissão. Logo em seguida, o famoso leilão de prendas, comandado por Cizinho, Carlos Henrique e Luan. A

FOTO: Divulgação

volvimento vegetativo e reprodutivo afetados. É importante lembrar que o valor obtido nas leituras de tensiômetros estão acrescidas do peso da coluna de água presente no interior do tensiômetro, e por isso deve ser descontado de suas leituras para se obter o potencial matricial, medida da força com que o solo retêm a água e indiretamente indica o teor de umidade. A correção da leitura é feita subtraindo-se da mesma o valor do comprimento do tensiômetro (em centímetros) dividido por dez, de acordo com a fórmula abaixo:


CAFÉ

Redução do tempo de germinação de sementes DE CAFÉ É TEMA DE DISSERTAÇÃO NA UFLA

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o final do mês de julho foi dado mais um passo rumo à validação de uma nova metodologia para avaliar e atestar a germinação de sementes de café em tempo reduzido. Os benefícios da nova metodologia foram enfatizados durante a defesa de dissertação do estudante da Universidade Federal de Lavras (UFLA) Gabriel Castanheira Guimarães, sob a orientação da pesquisadora da Embrapa Café, Sttela Dellyzete Veiga Franco da Rosa. Em atuação na UFLA desde 2008, no âmbito do Consórcio Pesquisa Café, a pesquisadora da Embrapa Café vem desenvolvendo pesquisas em parceria com a UFLA e a Universidade de Ohio/EUA, com o objetivo de redu-zir o tempo gasto no teste de germinação de sementes de café. Segundo a pesquisadora, o teste de germinação do café, atualmente descrito nas regras oficiais do Sistema Nacional de Produção de Sementes e Mudas (SNSM), demanda um período de 30 dias. “Este tempo é considerado longo, atrasando e onerando a comercialização das sementes e posteriormente a formação das mudas”, considera, reforçando que a redução do tempo do teste é altamente favorável, do ponto de vista técnico, econômico e científico, dando

maior flexibilidade e autonomia às atividades do sistema de produção, bem como às atividade de pesquisa sobre a propagação desta espécie. Além dessa finalidade, o teste de germinação de sementes de café vem sendo apontado como importante ferramenta no controle de qualidade de grãos de café para a produção da bebida. Resultados recentes de pesquisas comprovam a correlação entre parâmetros químicos e sensoriais com variáveis da qualidade fisiológica e bioquímica dos grãos de café. Assim, há evidências de que o teste de germinação poderá ser utilizado como um marcador fisiológico da qualidade de bebida do café, dando ao produtor uma opção para a tomada de decisão sobre os destinos de lotes de café, em função da qualidade. A defesa da dissertação teve a participação do pesquisador da Epamig, Antônio Rodrigues Vieira e do professor do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais André Delly Veiga. Com os resultados deste trabalho, a equipe dará início ao processo de validação do novo teste de germinação de sementes de café, visando a posterior publicação nas Regras de Análises de Sementes. (Fonte: UFLA/Cibele Aguiar) A

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CAFÉ

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N fosfitos.

Fernando Jardine 1 a edição anterior, discorremos sobre a importância do fósforo e o seu comportamento no solo, bem como o papel do fósforo nas plantas. Agora falaremos sobre os

FOTOS: Editora Attalea Agronegócios

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A importância do Fósforo e dos Fosfitos NA CULTURA DO CAFÉ (parte 2)

O que são os fosfitos A fonte normal de fósforo para as plantas são os ácidos fosfóricos (H3PO4), que ao reagirem com uma base formam os fosfatos (PO4). Os fosfitos tem como fonte de fósforo o ácido fosforoso (H3PO3) que ao reagir com uma base forma fosfitos (PO3). Os fosfatos (PO4) são pouco móveis no solo pois formam compostos insolúveis com Ca e Mg, tornando-se indisponíveis para as plantas principalmente na época que a planta mais necessita de fósforo, que é na florada. Quando aplicados via foliar levam 5 dias (sem chuva) para que a planta absorva 50% deste. A planta absorve 10% após 16 horas. Quando se aplica fosfatos via foliar em horas quentes ou em excesso, estes podem causar fitotoxidade nas plantas. No solo somente 1% do fosfato fica disponível. Os fosfitos possuem uma molécula de oxigênio a menos que os fosfatos e, por esse motivo, apresentam um alto grau de solubilidade e mobilidade. Essa única característica confere aos fosfitos a habilidade de serem absorvidos rapida-

mente e se deslocarem através das membranas da planta, na folhagem e no sistema radicular. De 90 a 98% dos fosfitos, quando aplicados via foliar, são absorvidos de 3 a 20 horas após a aplicação. O fosfito é assimilado na sua totalidade, é mais móvel no solo e portanto mais disponível para as plantas e é mais solúvel em água e solventes orgânicos. A planta requer menos energia para absorver o fosfito que o fosfato. É um excelente agente complexante que favorece a absorção de outros nutrientes como Ca, B, Zn, Mn e K. Os fosfitos transformam os aminoácidos das plantas em proteínas mais rapidamente; pode ser usado no controle de enfermidades devido as propriedades sanitárias, pois o íon fosfito (PO3) exerce por si só uma ação inibidora no desenvolvimento de infecção fúngicas (ação curativa) e por outra parte, induz a planta a formação de substâncias naturais de autodefesa (ação preventiva). O íon fosfito é indicado no controle dos fungos do gênero Phytophora e dos fungos da podridão do colo, raiz, tronco e frutos. A persistência do íon fosfito na planta é de 30 a 90 dias em plantas perenes e de 15 a 30 dias em hortícolas e ornamentais. Diferenças básicas entre fosfato e fosfito Quando o ácido fósforico (H3PO4) é neutralizado com uma base, tal como hidróxido de potássio (KOH), hidróxido de sódio (NaOH) ou hidróxido de amônio (NH4OH), resulta num sal. O sal do ácido fosfórico é um fosfato. A equação abaixo mostra o reação do ácido fósforico com o hidróxido de potássio.


CAFÉ KOH H3PO4

KOH KH2PO4

KOH K2HPO4

K3PO4

Quando o ácido fosforoso (H3PO3) é neutralizado com uma base, tal como hidróxido de potássio (KOH), hidróxido de sódio (NaOH) ) ou hidróxido de amônio (NH4OH), resulta num sal. O sal do ácido fosforoso é um fosfito. A reação entre o ácido fosforoso e o hidróxido de potássio é mostrada abaixo. KOH H3PO3

KOH KH2PO3

K2HPO3

Fosfito: sua importância na agricultura e influência nas plantas. O química do fosfito se difere da do fosfato pois no fosfito tem-se um átomo de oxigênio no lugar do hidrogênio. Esta substituição resulta em profundas diferenças na maneira com que os dois compostos comportam-se em relação a organismos vivos. No fosfato o átomo de fósforo se apresenta no centro de um tetraedro, com os átomos de oxigênio distribuídos nas pontas do tetraedro. As cargas no íon são distribuídas regularmente entre estes quatro átomos de oxigênio de

modo que a estrutura seja totalmente simétrica, por qualquer maneira que se veja o tetraedro. No fosfito o átomo de fósforo também se apresenta no centro de um tetraedro, mas a simetria perfeita, que é característica do fosfato, é perdida. Para o fosfato reagir e se tornar parte na bioquímica de organismos vivos, ele deve reagir com enzimas, catalisadores, para que as reações químicas coletivas da célula constituam um metabolismo. Possivelmente a enzima fosfato reconhece três dos quatro átomos de oxigênio e liga o íon fosfato a superfície da enzima. Tanto a forma da molécula como a distribuição das cargas parecem influir nesta ligação. Uma vez que o fosfato tenha limite para reagir com a enzima, o oxigênio remanescente da superfície torna-se disponível para reagir com outras enzimas catalisadoras da reação. O fosfito tem somente um lado semelhante a todos os outros lados do tetraedro do fosfato, então para se ligar a superfície de uma enzima, com a qual a fosfato normalmente se une, deve ser obrigatoriamente através deste lado. Quando o fosfato se une a superfície da enzima nesta orientação, é o átomo de hidrogênio ligado ao átomo de fósforo que esta na superfície da enzima, não um átomo de oxigênio como no fosfato. Assim, o fosfito não pode entrar nas mesmas reações bioquímicas que o fosfato. Eles devem, assim como, na distribuição diferente nos dois ânions, ser discriminados pela maioria das enzimas envolvidas nas reações de transferencia do fósforo. A

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DESTAQUE

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FOTO: Divulgação AGRIFAM

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Revista Attalea apóia campanha EM PROL DO HOSP. ALLAN KARDEC FOTOS: Divulgação

Sucesso de público na 9ª AGRIFAM, EM LENCÓIS PTA.

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9ª edição da AGRIFAM - Feira da Agricultura Familiar e do Trabalho Rural, que foi realizada, pela primeira vez, no recinto de exposições “José Oliveira Prado”, na cidade de Lençóis Paulista, no início de agosto, registrou um sucesso de público com a marca de 28 mil visitantes. O local que já abriga as exposições FACILPA e EXPOVELHA agregou a AGRIFAM, que passou a ter uma estrutura melhor e teve seus setores valorizados junto ao público e expositores. Segundo a entidade organizadora do evento, a FETAESP - Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de São Paulo, foram movimentados cerca de R$ 17 milhões em negociações, somando as vendas no local mais as propostas pós-evento. Advindos de todas as regiões paulistas e de outros estados, o público que conferiu as novidades e a grande diversidade de atrativos para a agricultura familiar, lotou os estacionamentos gratuitos com carros, motos e caravanas realizadas por prefeituras, sindicatos e organizações. Durante os três dias de feira, pode-se ver uma grande variedade de produtos, maquinários, implementos agrícolas, automóveis e utilitários, além de artigos produzidos por agricultores, assentados e quilombolas, como nas feiras da CATI e ITESP, que atraíram muitos visitantes com suas comidas, bebidas e outros produtos típicos do campo. Braz Albertini, presidente da Fetaesp e idealizador da Agrifam, em seu balanço final da feira, salienta “que a alteração de local foi benéfica, agregando qualidade e melhor estrutura ao evento”. Destacou ainda a satisfação demonstrada pelo público visitante, expositores e autoridades que estiveram no local. “A Feira ficou maior, ganhou destaque e é evidente o contentamento de todos, público e expositores, são só elogios”. A próxima edição já tem data certa para acontecer, de 02 a 04 de agosto de 2013, no mesmo local. “O apoio e carinho recebido por todos da cidade nos garante a certeza de muitas edições da Agrifam em Lençóis Paulista”, disse Albertini. A

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diretoria do Hospital Psiquiátrico Allan Kardec, por intermédio do seu diretor, o cafeicultor Wanderley Cintra Ferreira, iniciou uma campanha entre os cafeicultores da região de Franca (SP), solicitando apoio para que a instituição consiga manter o atendimento para pacientes mentais. A instituição é uma entidade filantrópica que completa 90 anos em novembro próximo e que destina 200 leitos para internação e 30 vagas no Hospital-Dia para pacientes mentais. Possui programas específicos para o tratamento de alcoolistas e demais dependentes químicos, onde existe hoje grande demanda. Segundo Wanderley, o SUS (Sistema Único de Saúde) contribui com uma pequena parte das despesas, obrigando a instituição promover campanhas junto à comunidade, a fim de cobrir os custos com os cuidados dedicados aos pacientes. Diante disto, o Hospital Allan Kardec inicia uma campanha junto aos cafeicultores solicitando ajuda, através da doação de sacas de café, que poderão ser entregues na COCAPEC ou em outro local determinado pelo doador. A Revista Attalea Agronegócios compartilha este trabalho beneficente e solicita o apoio de todos os cafeicultores que puderem colaborar. Aproveitamos para convidá-los a visitar a instituição: Rua José Marques Garcia, 675 - Cidade Nova. Franca (SP) - Tel. (16) 2103-3000 - www.kardec.org.br A


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Nutrição do Cafeeiro (parte 3) NUTRIÇÃO NA FLORADA DO CAFEEIRO

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Renato Passos Brandão 1

crescimento do cafeeiro pode ser dividido em duas fases: crescimento vegetativo e reprodutivo. Em determinados estádios do desenvolvimento do cafeeiro, as duas fases podem ocorrer simultaneamente. Por exemplo, na fase de enchimento dos grãos, há também um intenso crescimento vegetativo do cafeeiro. O crescimento vegetativo ocorre com maior intensidade durante o período chuvoso e com altas temperaturas (setembro/outubro a março). O crescimento reprodutivo é constituído por duas etapas: floração e frutificação. A florada tem início com a indução floral e vai até a antese ou abertura das flores. Na frutificação ocorre a formação dos frutos do cafeeiro e é composta pelas seguintes fases: vingamento floral, desenvolvimento do Florada do cafeeiro fruto e maturação. Nesta edição será abordada inicialmente a floração do positivamente no pegamento da florada e dos frutos e no decafeeiro, suas fases e as interações ambientais e nutricionais. senvolvimento posterior dos frutos do cafeeiro. Posteriormente, será abordada a importância do manejo nuQualquer insucesso nesta fase da cultura, com certetricional antes e logo após a florada do cafeeiro em lavouras za absoluta, comprometerá a produtividade do cafeeiro e a com alto potencial produtivo. rentabilidade desta atividade agrícola. Na próxima edição, a ser publicada em setembro deste O que é uma flor? ano, será abordada a frutificação, segunda etapa do cresciDo ponto de vista botânico, uma flor é simplesmente mento reprodutivo do cafeeiro. uma folha modificada. Uma estrutura vegetativa influenciaO que é florada? da pelo ambiente, transforma-se em uma estrutura reproduA florada é o processo de formação de flores, ou seja, a tiva que potencialmente originará um fruto. produção dos órgãos reprodutivos das plantas. É um momenA florada e a produção do cafeeiro concentram-se na to crucial em qualquer cultura e o cafeeiro não é exceção a porção dos ramos laterais que cresceram na estação anterior. esta regra. A florada, desde o seu início (indução floral) até a Eventualmente, podem também surgir flores em ramos de abertura da flor ou antese envolve uma série de modificações crescimento do ano mas são casos raros. bioquímicas, morfológicas e fisiológicas no cafeeiro. É importante destacar que as axilas florais produzem Do ponto de vista biológico, a produção de flores sig- gemas uma única vez. Desta forma, as produções do cafeeiro, com o passar dos anos, concentram-se nas extremidades dos nifica a perpetuação do cafeeiro. Do ponto de vista econômico, a florada significa o ramos. Quando isso acontece após sucessivas safras, recoprovável retorno dos investimentos realizados pelo cafeicul- menda-se a poda para a renovação da lavoura. tor. Uma boa florada não significa necessariamente altas Fases da florada do cafeeiro produtividades mas é o ponto de partida de um novo ciclo O cafeeiro arábica (Coffea arabica L.) é uma espécie reprodutivo que será concretizado com a colheita dos grãos diferente das demais levando dois anos para completar o seu do cafeeiro. ciclo fenológico. No primeiro ano, formam-se os ramos veA produtividade do cafeeiro é reflexo da florada e da getativos durante os meses de dias longos e no segundo ano, capacidade da cultura em segurar ou manter o máximo pos- as gemas vegetativas são induzidas a gemas reprodutivas. A florada do cafeeiro pode ser dividida em quatro fases: sível de flores. Os fatores bióticos ou internos do cafeeiro e abióticos ou ambientais vão influenciar negativamente ou indução ou iniciação floral; diferenciação ou desenvolvimento da flor; dormência do botão floral e antese, abertura 1 - Engenheiro Agrônomo, Mestre em Solos e Nutrição de Plantas e Gestor Agronômico do Grupo Bio Soja. E-mail: renatobrandao@biosoja.com.br da flor ou a florada propriamente dita


CAFÉ Brasileiro está associado a um período de déficit hídrico e baixa temperatura. Neste período ocorre também uma grande redução no crescimento vegetativo do cafeeiro. O cafeeiro arábica suporta déficits hídricos de até 150 mm sem maiores prejuízos ao desenvolvimento vegetativo das plantas e sem consequências significativas para a safra a ser colhida no ano seguinte.

Flor do cafeeiro

A partir deste momento, vamos abordar as diferentes etapas da florada do cafeeiro e a sua interação com as condições ambientais e nutricionais. a. Indução ou iniciação floral A indução ou iniciação floral é a transformação das gemas vegetativas em reprodutivas causada por estímulos ambientais. A indução floral tem início em janeiro, quando os dias começam a ficar menores e as gemas vegetativas são induzidas pelo fotoperiodismo a transformarem-se em gemas reprodutivas. A partir de abril, com os dias com menos de 13 horas de luz efetiva, intensifica-se a indução das gemas foliares em gemas florais. As condições ideais para a indução floral no cafeeiro são dias curtos, a não ocorrência de déficit hídrico severo e a diminuição da temperatura noturna entre os meses de fevereiro e abril. b. Diferenciação floral ou desenvolvimento das flores Posteriormente, os primórdios florais se desenvolvem continuamente por um período de aproximadamente dois meses até atingirem um tamanho máximo de 4 a 8 mm e quando maduras, entram em dormência. A diferenciação floral necessita de dias quentes e noites amenas. Uma amplitude térmica desejável seria por volta de 11ºC, ou seja, noites com temperaturas ao redor de 18ºC e dias com temperaturas em torno de 29ºC. c. Dormência A dormência é a fase na qual o botão floral do cafeeiro atinge a sua maturidade fisiológica e fica pronto para a antese através de um estímulo ambiental. Nas regiões cafeeiras do Sudeste do Brasil, o estímulo ambiental à quebra da dormência dos botões florais é o reinício das chuvas que ocorre entre setembro e outubro. O período de dormência do cafeeiro no Sudeste

d. Antese ou abertura das flores ou florada propriamente dita A antese ou a abertura das flores ou a florada propriamente dita do cafeeiro ocorre após um período de estiagem seguido por períodos de chuvas. É necessário um período seco para quebrar a dormência dos botões florais, que permanecem em repouso até a ocorrência das chuvas. O choque hídrico, causado pela chuva ou irrigação, é o principal fator para desencadear a florada. Entretanto, outros fatores, como um acentuado aumento da umidade relativa do ar, mesmo nos cafeeiros que não receberam água das chuvas ou das irrigações, poderá também provocar a florada. Normalmente, em setembro ou outubro (final do período seco do ano) ocorrem as primeiras chuvas e tem início o desenvolvimento das flores. A abertura das flores ocorre, em geral, de 8 a 12 dias após as primeiras chuvas ou irrigações (8 a 10 mm) e logo depois, verifica-se a queda das pétalas (fase pós-florada). Em lavouras submetidas a um período de deficit hídrico observa-se com frequência uma florada principal com grande intensidade e floradas secundárias. Entretanto, nos cafeeiros que receberam água com muita frequência na fase da dormência, os botões florais crescem de forma

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CAFÉ

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Flor estrelinha (flor anormal).

indefinida, resultando em floradas sucessivas. As floradas sucessivas resultam na necessidade de várias colheitas, o que, num sistema de manejo mecanizado (tratos culturais e colheita), representa uma grande desvantagem e aumenta o custo de produção do cafeeiro. Nesta fase da cultura, deficit hídrico e temperatura ambiente elevada, provocam a morte dos tubos polínicos pela desidratação, causando o abortamento das flores, resultando nas conhecidas “estrelinhas”. Outro fator importante na florada é o enfolhamento do cafeeiro. Portanto, pragas, doenças, desequilíbrios nutricionais e a colheita podem afetar a área foliar do cafeeiro e irão prejudicar o pegamento da florada e contribuir para a queda precose dos frutos (aborto floral). As folhas são extremamente importantes para assegurar o bom desenvolvimento e vingamento dos botões florais. Um cafeeiro bem enfolhado tem maior quantidade de carboidratos e um fornecimento mais eficiente de água aos botões florais. Nesta fase da cultura, chuvas de baixa intensidade e alta luminosidade favorecem a fotossíntese das plantas e são decisivas no pegamento da florada. Além dos fatores climáticos mencionados acima (chuvas, temperatura e luminosidade), a carga de frutos das plantas também afeta significativamente a produção da safra posterior. Elevada produção no ano, associada a um forte déficit hídrico, normalmente reflete negativamente na produção do ano seguinte. O que vem a ser um cafeeiro ideal? Até o presente momento, abordamos a florada, as suas diferentes fases e as interações com o ambiente e nutrição. A partir deste momento, vamos responder de forma bem suscinta, os questionamentos abaixo: • O que vem a ser uma lavoura de café ideal? • Qual o segredo para uma lavoura de café produtiva ao longo de várias safras? Para responder as duas perguntas, basta observar as lavouras com alta performance ao longo de várias safras. São lavouras que possuem um sistema radicular bem desenvolvi-

do no perfil do solo e área foliar abundante e saudável. Portanto, o cafeicultor tem que adotar práticas culturais que estimulem o desenvolvimento do sistema radicular na maior profundidade possível e mantenha uma área foliar exuberante. A frutificação do cafeeiro, fase posterior a florada, necessita de uma grande demanda de carboidratos provenientes da fotossíntese notadamente nos cafeeiros com grande carga pendente. Portanto, é crucial uma área foliar abundante e saudável para suprir a demanda dos grãos em desenvolvimento e manter o desenvolvimento vegetativo do cafeeiro. Infelizmente, os maiores erros da grande maioria dos cafeicultores ocorrem no plantio do cafeeiro. Neste momento, é usual a subdosagem de nutrientes notadamente o fósforo, um dos nutrientes responsáveis pelo desenvolvimento do sistema radicular do cafeeiro. Em muitos programas nutricionais, o boro é relegado a um segundo plano e em muitas situações, nem consta das adubações de solo. Em muitas situações, os cafeicultores aplicam doses de calcário abaixo das necessidades dos solos. É importante realizar a calagem elevando a saturação de bases para a faixa adequada ao cafeeiro (V = 60 a 70%). A gessagem deve ser utilizada em solos com impedimento químico nas camadas subsuperficiais para estimular o aprofundamento do sistema radicular. A deficiência do magnésio afeta inicialmente o crescimento das raízes, antes mesmo de qualquer alteração na parte aérea do cafeeiro. É importante ressaltar que a deficiência do magnésio compromete a produção de clorofila, local aonde ocorre a fotossíntese e a produção dos fotoassimilados. A deficiência do magnésio em cafeeiros com carga pendente muito grande é um dos principais responsáveis pelo depauperamento do cafeeiro e acentua a bianualidade. Lavouras com alta carga pendente demandam grandes quantidades de carboidratos que são provenientes da fotossíntese. Resumo: CAFEEIRO PRODUTIVO = SISTEMA RADICULAR DESENVOLVIDO EM PROFUNDIDADE + ÁREA FOLIAR EXUBERANTE E SADIA Recomendações de uso dos produtos Bio Soja para a florada do cafeeiro O programa nutricional Bio Soja para a florada do cafeeiro tem três objetivos: Objetivo 1. Nutrição equilibrada e balanceada do cafeeiro; Objetivo 2. Desenvolvimento do sistema radicular horizontal e em profundidade; Objetivo 3. Manter uma área foliar exuberante e sadia. A partir deste momento, vamos dividir o programa nutricional Bio Soja para a florada do cafeeiro em duas etapas: adubações antes e adubações depois da florada do cafeeiro. A. Adubações antes da florada do cafeeiro As adubações realizadas nesta fase cafeeiro em produção são aquelas realizadas depois da colheita e antes da florada do cafeeiro.


CAFÉ A.1. Adubações de solo Nesta fase da cultura, realizar a aplicação de nitrogênio, fósforo, potássio, magnésio, enxofre e boro no solo. A forma mais eficiente para o fornecimento de fósforo ao cafeeiro em produção é a aplicação de fertilizantes organominerais enriquecidos com este nutriente (Fertium® Phós) na dosagem de 400 a 800 kg/ha. Aplicar a maior dosagem do produto em solos com baixo teor de P (P resina < 13 mg/dm3) e com alta expectativa de produtividade (≥50 sacas beneficiadas/ha). Em cafeeiros em produção fertirrigados, realizar a aplicação de parte do fósforo nas primeiras irrigações do cafeeiro. Aplicar o Irrigamax® 13-40-13 na dosagem de 70 kg/ha. Os produtos Irrigamax® possuem baixo índice salino (isento de sódio e cloro) e baixo poder acidificante, características ideais para a utilização em fertirrigação. Em cafeeiro em produção principalmente em lavouras com elevada carga pendente, a deficiência de magnésio é generalizada mesmo em solos com teor adequado do nutriente. A demanda do cafeeiro por este nutriente é muito elevada e é necessário o seu fornecimento no solo na dosagem de 45 a 60 kg/ha. A dosagem do boro no cafeeiro em produção varia de 2 a 6 kg/ha sendo que as maiores dosagens do nutriente devem ser utilizadas em cafeeiros com alto potencial produtivo (≥50 sacas beneficiadas/ha) e em solos com baixo teor do nutriente (B < 0,6 mg/dm3). A dosagem máxima de boro por aplicação no solo deve ser de 4 kg/ha. Em cafeeiro fertirrigados, a dosagem do boro deve ser parcelada a partir das primeiras irrigações até fevereiro do ano seguinte. O Gran Boro Mag ou o Gran Mix Visão são fertilizantes granulados de solo fornecedores de boro e magnésio ao cafeeiro. Para o fornecimento das dosagens de magnésio e boro mencionadas anteriormente, aplicar de 150 a 300 kg/

ha do Gran Boro Mag ou do Gran Mix Visão sendo que a dosagem máxima por aplicação é de 200 kg/ha. O Gran Mix Visão é um fertilizante granulado mais completo fornecendo magnésio, enxofre, boro, manganês e zinco ao cafeeiro e deve ser direcionado para os solos sob vegetação de cerrado. Antes da florada do cafeeiro, aplicar de 20 a 30% da dosagem recomendada de nitrogênio e potássio. Aplicar de 60 a 70% do nitrogênio e do potássio entre a florada e o final de dezembro e o restante da dosagem dos nutrientes até o início de março. Em cafeeiros fertirrigados, a dosagem do nitrogênio e potássio deve ser parcelada a partir da primeira irrigação após a florada do cafeeiro até o início de março do ano seguinte. Evitar a aplicação de fertilizantes nitrogenados e potássicos acidificantes e com alto índice salino utilizando preferencialmente os produtos da linha Irrigamax®. A.2. Adubações foliares Normalmente, no início da florada do cafeeiro, os teores foliares dos nutrientes estão abaixo da faixa adequada ao cafeeiro. Além disso, em muitas lavouras, pode ocorrer um desfolhamento acima do aceitável que pode ser causado por uma estação seca muito prolongada, alta incidência de pragas e doenças, colheita do café e desequilíbrios nutricionais. Neste caso, é recomendável a aplicação foliar do Bioamino® Extra antes da florada do cafeeiro. Este produto é um fertilizante fluido com alta concentração de compostos orgânicos solúveis em água de cadeia curta, de origem vegetal e é obtido através de processos controlados de biofermentação. O Bioamino® Extra atua no metabolismo do cafeeiro maximizando o seu potencial produtivo e auxiliando na recuperação do cafeeiro após o déficit hídrico e da colheita.

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CAFÉ Os principais benefícios do Bioamino® Extra estão especificados abaixo:

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• Melhora a nutrição do cafeeiro com a quelatização dos nutrientes catiônicos, tais como, Cu2+, Fe2+, Mn2+ e Zn2+; • Recuperação mais rápida do cafeeiro submetido aos estresses causados pelas adversidades climáticas, tais como, déficit hídrico, geadas e variações bruscas de temperaturas; • Maior desenvolvimento vegetativo do cafeeiro favorecendo a fotossíntese e a produção de carboidratos; • Maior desenvolvimento radicular favorecendo a absorção de água e nutrientes; • Maior pegamento e uniformidade da florada e da frutificação do cafeeiro; • Melhora a qualidade dos grãos do cafeeiro; • Reduz a bianualidade estimulando o desenvolvimento radicular e vegetativo do cafeeiro; • Maior produtividade do cafeeiro. A aplicação de Ca e B antes e logo após a florada do cafeeiro aumenta o pegamento das flores e dos chumbinhos proporcionando maior produtividade na cultura (Tabela 1). Tabela 1: Efeito da aplicação do cálcio e boro no pegamento da florada e na produtividade do cafeeiro. TRATAMENTO

PEGAMENTO DA FLORADA (%)

PRODUTIVIDADE EM SC BENEFICIADAS/ha

Testemunha

60

33

Cálcio via foliar

75

48

Boro via foliar

77

51

Cálcio e boro via foliar

81

53

Fonte: Adaptado de Santinato et al. (1990).

O NHT® Cálcio Super é um fertilizante fluido com alto teor de cálcio ao cafeeiro (417,5 g/L) e é produzido com carbonato de cálcio nanoparticulado originando partículas extremamente pequenas. O NHT® Cálcio Super possui baixo índice salino, característica ideal para as aplicações foliares antes e depois da florada do cafeeiro. O NHT® P-Boro-P é um fertilizante fluido com alto teor de boro ao cafeeiro (103,7 g/L) com uma formulação diferenciada. O boro é complexado com poliol, garantindo maior translocação do nutriente no floema das plantas proporcionando um melhor aproveitamento deste nutriente pelo cafeeiro. B. Adubações após a florada do cafeeiro B.1. Adubações de solo Após a florada do cafeeiro, realizar o fornecimento do nitrogênio e potássio. A dosagem do nitrogênio e potássio em cafeeiro em produção é de 250 a 500 kg/ha. A maior dosagem dos nutrientes é para as maiores expectativas de produtividade e para solos com baixo teor de potássio. Em cafeeiros com alta expectativa de produtividade (>70 sc beneficiadas/ha), a dosagem destes nutrientes pode chegar a 550 kg/ha. Maiores informações sobre o parcelamento do nitrogênio e potássio, consultar o item A.1. (adubações de solo antes da florada do cafeeiro).

B.2. Adubações foliares Realizar a segunda aplicação do NHT® Cálcio Super, NHT® P-Boro-P e do Bioamino® Extra nas mesmas dosagens realizadas antes da florada do cafeeiro. Além disso, iniciar as aplicações foliares dos micronutrientes (Tabela 2). Tabela 2: Adubações foliares antes e após a florada do cafee-

iro..

ÉPOCA DE APLICAÇÃO

PRODUTOS NHT® Cálcio

DOSAGEM POR HECTARE 750 mL a 1 L

ANTES DA

NHT® P-Boro-P

1L

FLORADA

Bioamino® Extra

1 a 1,5 L

NHT® Magnésio

1L

Naft® ou Silkon®

100 a 200 mL

NHT® Cálcio

750 mL a 1 L

PÓS-FLORADA (30

NHT® P-Boro-P

500 mL a 1 L

DIAS APÓS A

Bioamino® Extra

FLORADA)

NHT® Zinco Fertilis® Mol Naft® ou Silkon®

1 a 1,5 L 150 a 300 mL 250 mL 100 a 200 mL

O Fertilis® Mol é um fertilizante foliar líquido fornecedor de molibdênio ao cafeeiro. Este nutriente tem ação direta no aumento da eficiência das adubações nitrogenadas no cafeeiro. O molibdênio é constituinte da enzima, redutase do nitrato, responsável pela conversão inicial do N-nítrico (N-NO3-) em N orgânico orgânico (aminoácidos, proteínas, clorofila e demais compostos nitrogenados). Em lavouras com deficiência de manganês, realizar a aplicação do NHT® Manganês + na dosagem de 6 a 8 L/ha parcelando a dosagem entre 3 e 5 aplicações anuais iniciando após a florada do cafeeiro. Em lavouras com baixo teor de cobre nas folhas, realizar a aplicação do NHT® Cobre Super na dosagem de 450 a 600 mL/ha parcelando a dosagem entre 3 e 5 aplicações anuais iniciando após a florada do cafeeiro. Considerações gerais A florada é uma das fases mais críticas do cafeeiro e é neste momento que é definida a produtividade máxima da cultura. Entretanto, diversos fatores do cafeeiro e ambientais ou ambos podem influenciar negativamente nas fases posteriores e podem comprometer a produtividade da cultura. Portanto, a missão dos cafeicultores e dos profissionais da área agronômica é reduzir ao máximo a influência destes fatores para atingir altas produtividades no cafeeiro. Basicamente, cafeeiro produtivo ao longo de sucessivas safras é aquele que possui um sistema radicular bem desenvolvimento no perfil do solo e uma área foliar exuberante e sadia. Com um manejo nutricional mais equilibrado e balanceado, o cafeeiro tem condições de produzir altas produtividades em safras sucessivas, minimizando a morte das raízes, a seca dos ponteiros e reduzindo a sua bianualidade. Maiores informações sobre os produtos Bio Soja para a florada do cafeeiro, entrar em contato com a Bio Soja via representante comercial (verificar o telefone de contato – www.biosoja.com.br) ou via e-mail - biosoja@biosoja.com. br. A


CAFÉ

Consórcio Nacional do Café valida nova NOVA TÉCNICA QUE DIMINUI CUSTOS

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Brasil, que já avançou em produtividade na cafeicultura, com média de 25 a 30 sacas por hectare, tem condições de ampliar ainda mais seu potencial por meio do manejo das lavouras e alcançar entre 30 e 35 sacas por hectare. Várias cultivares melhoradas já estão à disposição do produtor e algumas pesquisas prometem maior eficiência à atividade, como a mecanização do café robusta e o plantio do capim braquiária em meio à plantação. Grande parte dos estudos é feita pelo Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café, iniciado há 15 anos. Formado por cerca de 40 instituições, entre elas, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Epamig, Iapar, o consórcio traz em seu currículo o maior programa de estudos sobre café no mundo. Pesquisa como o estresse hídrico controlado, que possibilita a maturação uniforme dos frutos, colaborou para a diminuição da bienalidade da espécie arábica, em que um ano de alta produção é seguido por outro de menor colheita. A tecnologia desenvolvida para o Cerrado, combinada à nutrição equilibrada e irrigação, proporciona maior produtividade e crescimento do cafeeiro. Outra aposta dos pesquisadores é o plantio de braqui-

ária entre os pés de café, que inibe as plantas invasoras e reduz a aplicação de herbicidas, provocando a redução dos custos e menor impacto ambiental. Depois de roçada, a braquiária forma uma camada de nutrientes para a planta, principalmente o fósforo, que fica retido no solo. O nutriente garante energia para a planta, forma novos ramos, e aumenta a produção. O estudo está prestes a ser validado. Os testes começaram em 2007 em alguns plantios de Minas Gerais, oeste da Bahia e Goiás. A previsão, de acordo com Antonio Fernando Guerra, gerente de pesquisa e desenvolvimento da Embrapa Café, é que em pouco tempo a técnica esteja sendo empregada na maior parte do sistema produtivo. Na região de Franca (SP), vários cafeicultores adotam esta prática há alguns. Destaque para Antônio Carlos David, que adaptou o manejo da braquiária em seu cafezal com a aplicação de microorganismos (Bokashi), fertilizantes foliares (Nutriplant) e a colheita mecanizada. Técnica esta que diminuiu consideravelmente os custos, centralizou as operações de colheita em um determinado período, eliminou em alguns anos a necessidade de varrição, além de reduzir a infestação com broca. (Fonte: Adaptado de Valor Econômico/ Carine Ferreira). A

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CAFÉ

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Poda dos cafeeiros Conilon: preparando A LAVOURA PARA AS PRÓXIMAS SAFRAS

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erminado o período de colheita do café Coffea canephora (Conilon ou Robusta), é hora de fazer a poda para preparar as plantas para as próximas safras. A técnica deve ser realizada no período de estiagem entre o término da colheita e, quando possível, o primeiro florescimento. Nos cafeeiros da espécie C canephora, os ramos horizontais e os verticais que estiverem esgotados devem ser eliminados pela poda, permitindo-se assim, a renovação parcial ou total do cafezal para novos ciclos de produção. Os ramos horizontais, também conhecidos como ramos produtivos, guias ou plagitrópicos, são os responsáveis pela produção dos frutos de café, enquanto que os ramos ou hastes verticais, conhecidos tecnicamente como ortotrópicos, são os responsáveis pela sustentação dos ramos produtivos. As hastes ortotrópicas devem ser podadas de acordo com o tipo de manejo de ortotrópicos proposto, enquanto que a poda ramos produtivos deve ser realizada todo ano, a partir da primeira safra, independentemente do manejo de ortotrópicos recomendado. Para a poda dos ramos horizontais, devem ser eliminados todos aqueles da parte inferior da planta, que já produziram frutos em pelo menos 70% de sua extensão. Esse procedimento também é conhecido como derrama ou retirada da “saia” do cafeeiro. De maneira geral, a planta é visualmente dividida em três partes, sendo eliminados os ramos do terço inferior. Na prática, esses valores podem ser diferenciados, ou seja, em anos em que houve baixa produtividade, deve-se eliminar menos plagiotrópicos, enquanto que nas safras de alta produtividade podem ser eliminados mais ramos. As hastes ortotrópicas devem ser eliminadas sempre que atingirem altura que dificulte os tratos culturais, tais como aplicação de produtos químicos (fungicidas, inseticidas, acaricidas e adubos foliares) e colheita. Na prática, esses ramos devem ser mantidos por três ou quatro colheitas,

dependendo do manejo adotado. Em Rondônia, existem três tipos de podas de ramos ortotrópicos praticadas atualmente: poda tradicional, recepa parcial e recepa total. O sistema de poda de produção tradicional (anual) consiste na renovação anual de 1/3 a 1/4 das hastes verticais da planta. Após completar um ciclo de poda, a planta apresenta hastes podadas com um, dois, três e quatro anos de idade dependendo da quantidade eliminada por ano. No sistema de “recepa parcial”, o número de hastes ortotrópicas é definido durante a formação da lavoura, preferencialmente após indução para formação de copa (envergamento ou capação) dos cafeeiros. Estas hastes, em número de três ou quatro, são conduzidas pelo período de quatro a cinco anos (três a quatro produções), após os quais há a eliminação de 3/4 dos mesmos, restando apenas uma ou duas hastes por planta, que funcionam como “pulmão”, permitindo o crescimento mais rápido dos novos ramos, além de manter a produção da lavoura, uma vez que podem produzir até 40% da colheita anterior. No ano seguinte à recepa parcial, após a seleção de brotos para substituição das hastes antigas, promove-se a eliminação dos ortotrópicos remanescentes depois da safra. Essa poda é semelhante à Poda Programada de Ciclo (PPC), realizada por agricultores do estado do Espírito Santo. A recepa total consiste em conduzir o número de hastes verticais desejado, três a quatro, por um período de cinco anos (quatro anos de produção), após os quais é realizada a poda drástica, em que todos os ortotrópicos são eliminados à altura de 20 a 40 cm do solo. A principal diferença entre as recepas parcial e total é a manutenção do ramo “pulmão”, que tem como função fornecer energia para as novas brotações, além de possibilitar colheita de frutos, embora pequena, na produção do ano seguinte à poda dos ortotrópicos. (Fonte: Agroclima Portal do Agricultor / Embrapa) A


CAFÉ

Federação dos Cafeicultores do Cerrado forma GRUPO DE EMBAIXADORES DO CERRADO MINEIRO

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o final de julho, a Federação dos Cafeicultores do Cerrado mais uma vez inovou e formou o Grupo de Embaixadores da Região do Cerrado Mineiro. O Grupo de Embaixadores é constituido por colaboradores das nove cooperativas e sete associações de cafeicultores que integram a Região do Cerrado Mineiro e são associadas a Federação dos Cafeicultores do Cerrado. Os Embaixadores serão os responsáveis em suas entidades e municípios por liderar a Estratégia de Marca da Região do Cerrado Mineiro e coordenar as ações de Comunicação e Marketing Desenvolvidas em conjunto pela Federação dos Cafeicultores do Cerrado, entre elas o Projeto Amantes do Café e os programa de Rádio Minuto do Café e Bate Papo com Produtor, além de em suas entidades gerir os materiais de comunicação visual de acordo com a estratégia de Marca da Região do Cerrado Mineiro. Trata-se de uma estratégia inovadora e pioneira no Brasil em termos de gestão de marca coletiva. A Região do

Cerrado Mineiro é a maior Indicação Geográfica em Café no Brasil, abrangendo 55 municípios e uma área de 170.000 ha de café. Isto exige um esforço coletivo e bem direcionado na divulgação e promoção, um engajamento que envolva desde os produtores, comunidade, mercado e consumidores, uma verdadeira integração da cadeia produtiva. Juntos, os Embaixadores da Região do Cerrado Mineiro irão criar o Plano de Comunicação da Região do Cerrado Mineiro para 2013, contendo uma série de ações de valorização da Região. Para Juliano Tarabal Diretor de Marketing da Federação dos Cafeicultores do Cerrado “para se trabalhar estratégias de desenvolvimento de território e gestão de uma marca coletiva o nível de engajamento de toda a região deve ser muito alto, e agora com os Embaixadores da Região nosso esforço ganhara uma força muito grande pois teremos excelentes profissionais, cada um em sua entidade e município promovendo a Região do Cerrado Mineiro”. A

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SILVICULTURA

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Sistemas Silvipastoris: combinação possível ENTRE ÁRVORES E PASTAGENS (parte 1) 1. Introdução - Conceito Agrofloresta é um sistema de manejo de recursos naturais, dinâmico, baseado na ecologia, que diversifica e sustenta a produção por meio da integração de árvores nas fazendas e na paisagem agrícola, visando aumentar os benefícios sociais, econômicos e ambientais para usuários da terra, em todos os níveis. Sistemas silvipastoris são uma das modalidades de istemas agroflorestais. Resumidamente, sistemas silvipastoris são sistemas nos quais forrageiras e/ou animais e árvores são cultivados, simultânea ou seqüencialmente, na mesma unidade de área. As árvores são sub-utilizadas nas propriedades rurais. A arborização das pastagens permite repovoar de forma ordenada áreas de pastagens a céu aberto, para proteger o rebanho dos extremos climáticos e ainda obter serviços ambientais e diversificação de produtos florestais e pecuários. Árvores são um investimento de longo prazo, e podem ser utilizadas no manejo do risco econômico, no planejamento da aposentadoria e como forma de transferir riqueza entre gerações.

2. Porque estabelecer sistemas silvipastoris? É necessário um planejamento cuidadoso para capturar todos os benefícios da presença das árvores no espaço rural. As árvores produzem madeira e outros bens florestais (resinas, produtos medicinais), combatem a salinidade e problemas de alagamento, protegem e conservam os solos, provém sombra e abrigo para outras plantas e animais, conservam e encorajam a biodiversidade, melhoram a beleza cênica. Os sistemas silvipastoris diminuem os impactos ambientais negativos, inerentes aos sistemas convencionais de criação de gado, por favorecerem a restauração ecológica de pastagens degradadas, diversificando a produção das propriedades rurais, gerando lucros e produtos adicionais, ajudando a depender menos de insumos externos (como adubos, postes e mourões), permitindo e intensificando o uso sustentável do solo, além de outros benefícios. Produção Sistemas silvipastoris podem fornecer alimento para pessoas e para o gado, madeira, lenha, postes e mourões, frutos e castanhas, resinas, pasto apícola, entre outros produtos. A utilização das árvores para a produção de madeira envolve planejamento e conhecimento das opções, necessidade de mão de obra e/ou treinamento de pessoal, produção esperada, custos, taxas, mercado e riscos envolvidos. O preço da madeira é afetado não só pela qualidade e espécies, mas também pelo custo de colheita e transporte, facilidade de acesso durante todo o ano e pela regularidade de produção. A associação de pequenos produtores pode permitir a comercialização de volumes maiores, aumentando o preço da madeira, e ainda pode viabilizar a utilização de serrarias portáteis, que agregam valor ao produto comercializado. A produção de madeira leva tempo, e para maximizar os benefícios, os sistemas implantados devem utilizar o maior número de benefícios possível da presença das árvores, como proteção dos ventos e sombra. Na Grã-Bretanha, sistemas silvipastoris com ovinos e Acer pseudoplatanus, na densidade de 400 árvores/ha, não mostraram qualquer redução na produção anual do gado mesmo aos 12 anos de crescimento das árvores. No caso de espécies de crescimento mais rápido como Larch (Larix europaea) e Ash (Fraxinus excelsior), na mesma densidade, houve redução de 10% na produtividade animal, devido ao sombreamento provocado pelas árvores. O sombreamento excessivo das gramíneas forrageiras pode reduzir a produção de matéria seca. Alternativas para manter a produtividade incluem podas e raleamento (desbaste) das árvores, que


podem inclusive gerar renda direta (venda de escoras, postes) ou indireta (uso na propriedade rural). Serviços ambientais Os sistemas silvipastoris têm um papel importante no estabelecimento de corredores biológicos, que favorecem o intercâmbio de genes entre populações de espécies, pela polinização e dispersão de sementes, interligando fragmentos florestais dispersos e isolados. Além disso, sistemas silvipastoris promovem a conservação e melhoria do olo, por meio da redução da erosão eólica, estabilização dos solos, especialmente nas encostas, ação descompactante das raízes e atividade microbiana (Figura 1). As árvores aceleram a ciclagem de nutrientes, principalmente no caso de plantas fixadoras de nitrogênio e com micorrizas, aumentando os nutrientes disponíveis no sistema. A sombra, também, reduzindo o estresse térmico dos animais, auxilia no ganho produtivo dos animais. As árvores auxiliam a conservação do solo de várias maneiras: reduzem a erosão do solo, aumentam a matéria orgânica do solo, melhoram a estrutura do solo e aceleram a ciclagem de nutrientes. As árvores ajudam a reduzir a erosão pela redução do fluxo do vento e de água, mantendo o solo agregado e aumentando a infiltração.A recuperação de áreas degradadas pode ser auxiliada pela deposição de restos vegetais, incluindo tocos, galhos e liteiras, ao longo de curvas de nível, onde eles podem segurar matéria orgânica e sementes. O aumento nos teores de matéria orgânica do solo e de liteira das árvores ajuda a melhorar a estrutura do solo e aumenta a infiltração da água pluvial. A germinação das sementes e o desenvolvimento de uma faixa de vegetação ao longo dessas linhas aumentam, com o tempo, o controle dos fluxos de água e de vento, bem como a ciclagem de nutrientes As raízes de algumas árvores podem penetrar mesmo em solos bastante compactados, auxiliando a capacidade de infiltração da água. Árvores exploram camadas de solo de um a mais de cinco metros abaixo do sistema de raízes de culturas anuais e de forrageiras. As raízes trazem utrientes e os depositam na superfície do solo como liteira, que se decompõe formando a matéria orgânica do solo. A dispersão desses nutrientes para longe das árvores pode ser alcançada pela rotação de longo prazo entre árvores e culturas/pastagens, pela alimentação dos animais com a forragem oriunda das árvores, e pelo plantio das ár-

FOTO: Banco de Imagens da FAO

SILVICULTURA

47

AGO 2012

Controle de erosão com Flemingia macrophylla

vores junto com as culturas/pastagens. As raízes, ao penetrarem o solo, formam poros, que com a decomposição das raízes, auxiliam a infiltração de água.No ambiente mais ameno sob as árvores, a macrofauna contribui para aumentar a permeabilidade do solo. A taxa de decomposição da liteira em matéria orgânica é afetada pela relação carbono:nitrogênio no solo. O maior teor de nitrogênio, como é encontrado de modo geral nas leguminosas, acelera a conversão em matéria orgânica. Além disso, o nitrogênio incorporado a partir das leguminosas é menos propenso a sofrer lixiviação que o de fertilizantes comerciais. Algumas espécies de árvores, como Eucalyptus gummifera, aumentam a disponibilidade de fósforo pela secreção de exsudados da raiz. Árvores que se associam a micorrizas (como Pinus radiata, Eucalyptus marginata) também aumentam o aproveitamento dos nutrientes. Se as árvores são raleadas ou colhidas como madeira, há exportação de nutrientes, que costuma ser menor que as perdas em culturas de cereais. A exportação de nutrientes pode ser reduzida ao se deixar raízes, folhas e casca no local, reduzindo a necessidade de fertilizante para o próximo ciclo de plantio das árvores. O uso de espécies forrageiras para a conservação de solo é uma boa maneira de obtenção de retorno econômico de áreas que estão sendo degradadas sob manejo convencional. O vento transporta muitas pragas, e a proteção das árvores reduz o transporte das pragas para longe de uma área particular e podem simplificar a necessidade de tratamento. Os quebraventos podem servir como uma barreira efetiva para reduzir a contaminação por aspersão, sendo recomendados para sistemas de produção orgânicos. As árvores atraem predadores – aves e insetos, e podem também aumentar a polinização. Por outro lado, o ambiente mais úmido encontrado sob as árvores pode favorecer a incidência de doenças fúngicas. (Fonte: Anais do Zootec, Campo Grande/MS). Continua na próxima edição. A


EVENTOS

AGO 2012

E

m uma palestra realizada na Fazenda Santa Helena, município de Altinópolis (SP), organizada pela Campagro - filiais de Franca (SP) e Ibiraci (MG), cerca de 60 cafeicultores da região puderam conferir as novidades em bioestimulantes para a cultura. O Engº Agrº Rafael Isaac, da equipe da Campagro - comandada por José de Alencar, gerente da unidade Campagro Franca (SP) e Ibiraci (MG) - iniciou a palestra apresentando os resultados obtidos no trabalho desenvolvido na Fazenda Santa Helena, do cafeicultor Juliano Calil. Posteriormente, Fransérgio Batista, Gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da Aminoagro, mostrou aos participantes os pontos positivos obtidos com a adoção de bioestimulantes na cultura do café. Segundo Fransérgio, bioestimulantes são produtos não nutricionais, de ação fisiológica, ricos em moléculas bioativas, que vão agir em momentos críticos do ciclo vegetativo, fornecendo energia necessária para que a planta tenha grandes incrementos em qualidade e produtividade. “De maneira geral, esses momentos críticos podem ser de origem fisiológica ou interna (germinação, florescimento, maturação, etc.) ou mesmo causada por fatores externos (stress hídrico, fitotoxidez, temperatura, pragas, doenças, deficiência nutricional, etc.). Quando não é feito o manejo adequado, esses momentos trarão perdas significativas ao produtor”, explicou Fransérgio. Os bioestimulantes mais conhecidos são: aminoácidos, substâncias húmicas (ácidos fúlvicos e húmicos) e os hormônios vegetais. A utilização destes produtos tem sido uma crescente no mercado agrícola brasileiro por promoverem uma séria de vantagens ao desenvolvimento das culturas. A

FOTOS: Editora Attalea Agronegócios

48

Campagro e Aminoagro realizam palestra para CAFEICULTORES EM ALTINÓPOLIS (SP)

Confira as vantagens DOS BIOESTIMULANTES AMINOÁCIDOS • Germinação (o embrião consome aminoácidos procedentes das proteínas armazenadas no endosperma); • Estimulam um maior enraizamento de estacas em flores e ornamentais; • Atuam diretamente na formação de fitohormônios; • Melhoram a resistência em condições de estresse; • Agem regulando o balanço hídrico da planta em situações de stress; • Funcionam como agente quelante natural de metais; • São fonte de energia para o vegetal quando fornecidos de forma exógena, por serem matéria-prima para proteínas e fonte direta de carbono. SUBSTÂNCIAS HÚMICAS (ácidos fúlvicos e húmicos): • Estimulam o enraizamento; • Atuam como quelante de metais; • Possuem grande efeito estimulante; • São alimento de microorganismos benéficos; • Auxiliam na regulação do potencial osmótico intracelular; • Melhoram as condições físicas do solo.

José Mário Jorge (cafeicultor), José de Alencar (Campagro), Samir Ahamad (Aminoagro), Gustavo Cavaroli (Aminoagro), Juliano Calil (proprietário da Fazenda Santa Helena), Rafael Isaac (Campagro) e Fransérgio Batista (Aminoagro).

HORMÔNIOS VEGETAIS • São responsáveis por iniciar, terminar, acelerar e desacelerar os processos vitais das plantas; • São responsáveis pela germinação, enraizamento, desenvolvimento vegetativo, florescimento e senescência dos vegetais; • Ativam o metabolismo celular. A


EVENTOS

FOTOS: Editora Attalea Agronegócios

Regional da CATI-Franca premia Agricultores 49

AGO 2012

Antônio Carlos David é homenageado por Franca (SP), ao lado de sua esposa Marlize e as filhas, Marina, Márcia e a pequena Maísa.

A

comemoração pelo Dia do Agricultor na região de abrangência da CATI-Franca foi realizada no dia 26 de julho na Associação Recreativa Pedregulhense, em Pedregulho (SP). O encontro reuniu mais de 500 participantes dos 13 municípios que compõem a Regional de Franca. Estiveram presentes agricultores, representantes de todas as prefeituras, alguns prefeitos, alguns vereadores, presidentes de Conselhos Municipais de Desenvolvimento Rural, presidentes de Sindicatos Rurais, o representante do Senar/Faesp e representantes de associações e cooperativas. A programação contou com uma palestra sobre cooperativismo e associa-

O agricultor Láecio Aylon Ruiz (a esquerda) é homenageado pelo município de Restinga (SP).

tivismo, proferida pelo Engº Agrº Márcio Lopes de Freitas, presidente da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), e uma apresentação do Programa de Desenvolvimento Rural Sustentável – Microbacias II – Acesso ao Mercado, feita pelo Engº Agrº Pedro César Barbosa Avelar, diretor da CATI Regional Franca. Também houve a entrega de placas comemorativas, que homenagearam um produtor de cada município da Regional. “É fundamental valorizarmos os agricultores. Esse evento local permitiu incentivarmos e homenagearmos os cerca de 5.500 produtores da Regional, que são nossos principais parceiros. As Casas da Agricultura estão de portas abertas para recebêlos”, diz Pedro Avelar.

O agricultor Divino de Carvalho Garcia (a esq.) foi homenageado por Patrocínio Paulista (SP).

O agricultor Paulo Roberto Lucca (a direita) foi homenageado por Rifaina (SP).


50 AGO 2012

FOTOS: Editora Attalea Agronegócios

EVENTOS

Maurício Mendonça (à esq.) foi homenageado por Cristais Pta (SP).

Odair Ferreira Oliveira (à esq.) foi homenageado por Altinópolis (SP).

Sebastião Lourival Claro (à esq.) foi homenageado por Batatais (SP).

Hélio Ribeiro Mendes (à esq.) foi homenageado por Rib. Corrente (SP).

Antônio Zero (ao centro.) foi homenageado por Pedregulho (SP).

João Bosco Mara (à esq.) homenageado por Sto. Antônio da Alegria(SP).

João Zaneti Neto (à esq.) foi homenageado por São José B. Vista (SP).

Luiz Carlos Bergamasco (à esq.) foi homenageado por Jeriquara (SP).

HOMENAGEM NA CÂMARA MUNICIPAL DE FRANCA (SP) Os agricultores Antônio Carlos David e a esposa Marlize (à esquerda) e Luis Giovani Basso e a esposa (à direita) recebem homenagem da Câmara Municipal, da CATI-Franca, do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural, da Prefeitura de Franca e do Sindicato Rural de Franca, através da lei municipal criada pelo vereador Miguel Laércio Mathias (ao centro).


MERCADO CAFÉ - MÉDIA MENSAL DOS PREÇOS RECEBIDOS PELOS PRODUTORES 1 MÊS

ARÁBICA

ARÁBICA

ARÁBICA

CONILLON

CONILLON

Tipo 6 BC-Duro (Base Cepea-Esalq)

Tipo C Int. 500 (Base Varginha-MG)

Tipo C Int. 500 (Base Vitória-ES)

Tipo 6 - Pen. 13) (Base Cepea-Esalq)

Tipo 7 BC (Base Vitória-ES)

2012

2010

2012

2010

2012

2010

2012

2010

JAN

280,75 433,34

485,04

233,75 261,43

390,00

189,50 241,43

350,00

173,51 206,21

296,51

185,00 195,71

300,00

FEV

278,68 495,98

441,31

227,78 281,00

378,95

191,39 251,00

346,84

168,47 214,32

270,64

172,78 214,50

284,21

MAR

279,70 524,27

387,49

221,52 320,00

346,82

186,52 260,00

322,27

173,67 215,81

255,29

166,52 230,00

272,27

ABR

282,18 524,41

379,53

225,50 325,00

340,00

190,00 268,95

320,00

158,23 220,82

248,66

174,00 233,42

254,50

MAI

289,46 530,76

382,65

231,90 326,59

336,36

190,00 290,00

316,36

160,51 231,69

253,75

174,05 225,00

252,73

JUN

305,13 515,01

360,31

241,43 336,43

340,00

210,95 288,57

320,00

167,57 226,82

252,44

182,38 232,62

260,00

JUL

302,36 457,81

246,82 340,95

360,00

225,91 283,81

335,00

171,50 218,48

197,95 223,57

275,00

AGO

313,93 470,62

234,09 346,09

219,09 295,00

171,45 222,01

195,45 229,13

SET

328,23 511,57

234,76 360,00

223,10 308,33

170,03 233,00

193,33 235,00

OUT

327,15 490,45

235,00 363,50

222,25 314,50

173,81 244,15

192,25 235,25

NOV

355,51 493,83

243,80 384,00

224,70 328,50

187,14 269,29

191,20 258,50

DEZ

387,01 491,35

249,51 390,00

229,71 349,05

192,83 297,26

192,00 299,52

2010

2011

2011

2011

FONTE: Indicador CEPEA/Esalq/BM&F e Boletim do Café - Centro do Comércio de Café do Rio de Janeiro.

-

2011

2011

2012

1 - Em R$/saca de 60kg, posto, com Funrural e sem ICMS.

LEITE - LITROS NECESSÁRIOS PARA COMPRAR INSUMOS E SERVIÇOS NA PECUÁRIA 1 Jun/2012 Mai/2012 Abr/2012 R$ 0,87 2 R$ 0,89 R$ 0,88 3.916 3.621 3.941

INSUMO / SERVIÇO Vaca em Lactação (+12 litros)

Mar/2012 R$ 0,86 3.385

Fev/2012 R$ 0,84 3.200

Jan/2012 R$ 0,82 3.710

Dez/2011 R$ 0,84 3.333

Nov/2011 R$ 0,86 3.554

Out/2011 Set/2011 R$ 0,91 R$ 0,90 3.315 3.667

Diarista

47

44

46,6

40

43

55

51

51

46

41

Ração para Vaca em Lactação (sc 50kg)

40

38,4

37,7

34,1

34,8

42

41

40

40

38

Farelo de Algodão (sc 50kg)

47

44

41

36,1

36,1

47

44

44

43

42

Sal Comum (sc 25 kg)

13

12,8

13,1

11,8

11,9

15

14

14

14

13

Neguvon

27

28,6

29,4

28,6

29,1

31

30

28

31

31

Tintura de Iodo a 10% (Litro)

26

26,5

27

25,1

26,3

30

29

30

27

31

5

4,9

4,9

4,3

4,2

4,8

4,7

4,9

4,7

4,6

Remédio para Mastite (Mastilac)

1,30

1,4

1,5

1,3

1,3

1,6

1,6

1,6

1,8

1,7

Uréia Pecuária

63

62

57

52,4

55,2

68

70

64

60

54

Sulfato de Amônia (sc 50kg)

58

56

52

45,3

46,9

59

56

56

55

49

Detergente alcalino (limpeza ordenha)

30

32

34

29,3

24,8

37

37

35

34

31

2,40

2,3

2,3

2,1

2,1

2,5

2,4

2,3

2,2

2,2

Vacina Aftosa (dose)

Óleo Diesel (Litro)

1 - Poder de compra do leite. 2 - Preço Médio pago ao Produtor. Fonte: Panorama do Leite - Embrapa CNPGL

CANA DE AÇÚCAR VALORES DE ATR e PREÇO TON. CANA MÊS/ANO

Valor ATR mês Cana Campo1 (R$/ton.) R$/kg ATR

Cana Esteira2 (R$/ton.)

Jul/2012

0,4702

53,74

60,03

Jun/2012

0,4943

54,81

61,23

Mai/2012

0,5109

55,31

61,79

Abr/2012

0,4976

54,33

60,69

Mar/2012

0,5057

54,79

61,20

Fev/2012

0,4801

54,62

61,01

Jan/2012

0,5026

54,88

61,30

Dez/2011

0,5268

55,00

61,44

Nov/2011

0,5278

54,77

61,18

Out/2011

0,5162

54,42

60,79

Set/2011

0,4983

54,06

60,39

Ago/2011

0,4880

53,96

60,28

Jul/2011

0,4929

54,15

60,48

Fonte: Orplana e UNICA - Elaboração: UDOP (1) Índice Cana Campo = 109,19 Kg ATR - valor sugerido para contratos de parceira quando a cota-parte do proprietário é entregue no campo. (2) Índice Cana Esteira = 121,97 Kg ATR - valor sugerido para contratos de parceira quando a cota-parte do proprietário é entregue na esteira.

51

AGO 2012


52 AGO 2012


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