Edição 73 - Revista Agronegócios

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Boa leitura a todos.

EVENTOS IRRIGAÇÃO

Importante também o artigo do Dr. André Fernandes (UNIUBE) sobre o cultivo do cafeeiro irrigado por gotejamento. Já entre os eventos, destaque para o 10º Concurso de Qualidade de Café da Alta Mogiana, organizado com maestria pela diretoria comandada por Gabriel Afonso Mei Alves de Oliveira e Milton Cerqueira Pucci. Também em Franca (SP), destaque para a 4ª EXPOVERDE - Feira de Agricultura e Paisagismo da Alta Mogiana, realizada pela Associação dos Produtores Rurais do Bom Jardim. Já para o próximo mês, a Comissão Organizadora da 22ª Semana de Engenheiros Agrônomos da Região de Franca mostra as alterações propostas para este ano, bem com orientações sobre a data e onde obter os ingressos. Na silvicultura, contribuição importante do Dr. Flávio Pereira, com orientações sobre a produção sustentada de madeira através do sistema silviagrícola com Acácia mangium, clones de Eucalipto e a produção de grãos.

EVENTOS

Maior produtor de leite e de café do país, o Estado de Minas Gerais encabeça agora uma das maiores campanhas de divulgação do agronegócio mineiro (e por que não dizer, brasileiro!) Após a criação do programa Minas Leite, onde o Estado assiste mais de mil fazendas com práticas gerenciais, técnicas e administrativas buscando especificamente a melhoria da qualidade e o aumento da produtividade do leite, Minas Gerais agora obteve o reconhecimento internacional ao confirmar sede da reunião da OIC - Organização Internacional do Café. O evento acontecerá em setembro de 2013 e reunirá 38 países exportadores e 32 importadores, que respondem por 97% da produção mundial de café e mais de 80% do consumo global do grão. É o principal fórum intergovernamental que trata das questões do café. Publicamos ainda, nesta edição, a quarta parte do artigo de Renato Brandão, Gestor Agronômico do Grupo Bio Soja, que trata da nutrição do cafeeiro na frutificação.

AMSC premia vencedores do 10º concurso qualidade

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Em festa brilhantemente organizada no Espaço Cedro, Flávia Lancha venceu na categoria Natural, seguido de Oscar Kroll Filho. Na modalidade Cereja Descascado, Antonio Grisi Sandoval ficou em primeiro lugar, seguido de Versi Crivelente. O destaque maior ficou por conta da categoria Microlote. Allan de Menezes Lima, diretor da Bolsa Agronegócios venceu com amostra superior a 90 pontos da SCAA. Em segundo ficou Felipe Maciel Raucci.

4ª EXPOVERDE gera $ 1,9 milhão em negócios

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Mesmo com as intempéries do clima em Franca (SP), a 4ª EXPOVERDE superou as expectativas e emplatou R$ 1,9 milhão em negócios realizados e futuros, somados aos negócios do Banco do Brasil.

Cultivo de cafeeiro irrigado por gotejamento

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Artigo de André Fernandes, doutor e professor da UNIUBE, com orientações sobre o cultivo de café irrigado por gotejamento. Destaque para o lançamento do seu mais novo livro.

22ª Semana do Engenheiro Agrônomo de Franca (SP)

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Comissão Organizadora divulga data e local de realização do evento que comemorará o dia do Engenheiro Agrônomo. Neste ano, será um churrasco, no dia 20 de outubro.

Manejo do Cafeeiro (4ª) Nutrição na Frutificação

EUCALIPTO CAFÉ

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Minas Gerais: o estado DO AGRONEGÓCIO

DESTAQUE: evento

EDITORIAL

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Artigo de Renato Passos Brandão (Gestor Agronômico do Grupo Bio Soja), com ênfase para a nutrição do cafeeiro no período da frutificação, com indicação de produtos da empresa.

Sistema Silviagricola na produção de madeira

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Artigo do Dr. Flávio Pereira, com orientações importantes sobre a produção sustentada de madeira através do Sistema Silviagricola de Acácia mangium, clones de Eucalipto e de grãos.


LEITE

Minas Leite ajuda a reduzir custos NAS PROPRIEDADES RURAIS

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programa de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Leite em Minas Gerais (Minas Leite), criado pela SEAPA - Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, assiste atualmente a 1.107 fazendas no Estado e até o fim do ano deverá alcançar mais 43 propriedades. Nessas fazendas são introduzidas práticas gerenciais, técnicas e administrativas com o objetivo de aumentar a produtividade e qualidade do leite diante dos crescentes custos principalmente com a alimentação dos animais. De acordo com o coordenador do Minas Leite pela Seapa, Rodrigo Puccini Venturin, os dados dos últimos meses têm mostrado a importância de ações simples de manejo e reformulação da dieta do rebanho leiteiro, que representa o item de maior peso no custo do leite. “No acumulado de julho de 2011 a julho de 2012, o preço do litro de leite se manteve em R$ 0,87, mas o custo de produção teve uma alta de 18,93%. Os principais responsáveis são os gastos com ração concentrada, produto à base de farelo de soja e milho, que subiram 19,6%, e as despesas com o volumoso, formado por silagem de milho e cana-deaçúcar, que aumentaram 18,9% nos últimos doze meses, segundo a Embrapa”, diz Venturin. Por isso, o coordenador considera fundamental uma boa gestão de manejo nos pastos, que pode ser por meio do pastejo rotacionado. Este sistema consiste em áreas cercadas sobre o pasto, localizadas nas proximidades do local de ordenha. De acordo com a orientação dos extensionistas é estabelecido um um rodízio dos piquetes utilizados pelos animais, permitindo a recuperação do capim no local em que as vacas se encontravam. Durante a seca, os animais recebem nessas áreas o alimento, que pode ser produzido na própria fazenda, à base de cana-de-açúcar ou silagem de milho, aprimorando a qualidade da produção desse volumoso. É necessário observar também a quantidade adequada para

ERRATA

Na última edição, publicamos o artigo “Uma Pergunta Simples: a Qualidade do Leite tem Melhorado nos Últimos Anos?”, do Dr. Laerte Dagher Cassoli. O artigo foi publicado originalmente no Portal Milkpoint (www.milkpoint.com.br)

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atender ao rebanho, possibilitando a redução do uso de ração, que teria de ser adquirida fora da propriedade. Lavoura e Pecuária - Nas propriedades assistidas pelo Minas Leite, os técnicos da Emater também recomendam o desenvolvimento do sistema de integração lavoura e pecuária, que pode ser conjugado com o plantio de florestas, contribuindo para a diversificação da produção e, como consequência, para o aumento da renda. Venturin diz que é necessário considerar também itens de gestão como o manejo da água dos animais. Por isso, os extensionistas orientam os produtores na adoção de medidas para a melhoria da disponibilidade e do fornecimento de água. “É indispensável ter água de qualidade, sempre limpa e de boa quantidade, o mais próximo possível das salas de ordenha e dos cochos de alimentação e dos piquetes”, destaca Venturin. Para garantir a eficiência das ações destinadas à melhoria da produção de leite e da gestão dos negócios das propriedades, os técnicos da Emater-MG recebem primeiramente um treinamento na Fazenda da Epamig, em Felixlândia, na Região Central do Estado. Atualmente há 240 extensionistas envolvidos no trabalho nas propriedades e mais 180 se preparam para atender ao programa lançado há seis anos e agora presente em todo o Estado. A coordenação do programa está buscando a maior participação dos sindicatos rurais, cooperativas e prefeituras. Venturin diz que a ajuda dessas instituições, mediante convênio, garante o reforço da assistência técnica às propriedades. Para participar do Minas Leite o produtor deve procurar um dos escritórios da Emater-MG. A


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ARTIGO

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Mercado de trabalho no Agro é atraente? Quem dá mais?

José Annes Marinho - Engº Agrônomo e Gerente de Educação da ANDEF - Associação Nacional de Defesa Vegetal - [www.andef. com.br].

os últimos dias, eu e meu irmão pensamos no que fazer para mantermos os profissionais de nossa fazenda no campo motivados? Será que temos um mercado de trabalho atraente? Parece-nos que sim. Porém, está sendo uma tarefa difícil manter os profissionais no campo. Isso para não dizer impossível já que as cidades estão extremamente interessantes. Nelas temos shoppings, asfalto, bares, restaurantes, enfim, tudo que atrai as pessoas - sejam oriundas das cidades, sejam oriundas do meio rural. Pois bem, como dizemos no Rio Grande do Sul “não tá morto quem peleia”. Assim, iniciamos uma análise de nossa situação. No quesito “mão-de-obra”: identificamos desafios e oportunidades que podem ser parecidas a de outros amigos produtores como a tal falta de gente para o campo. Hoje, cerca de 84% da pessoas vivem nas cidades, ou seja, se fizermos a velha regra de três, teremos aproximadamente 25 milhões de pessoas no campo contra 175 milhões nas cidades. Há regiões onde este índice urbano pode chegar a 97%, como algumas regiões do Sul. Diante dessa situação temos dois cenários: o primeiro que diz que o agro emprega 1/3 das pessoas e, de fato, é ver-

dadeiro. Porém, nossa profissionalização está muito aquém do que deveríamos ter, principalmente quando falamos da agricultura familiar. Vejam como somos paternalistas: será que o agro não seria um só? Parece ser uma autocrítica e, na realidade, é! Precisamos dedicar mais esforços em educação e capacitação de nossos profissionais. Dividir para quê? Não está na hora de exercitarmos o cooperativismo? Todos ganham. Mercado aquecido, porém com pouca profissionalização. E o que isso gera? O segundo cenário: a tal escassez de pessoas que querem ficar no campo. Esse é nosso maior desafio. E o que devemos fazer para mantê-los motivados no campo? Será que não está na hora de esquecermos que somos familiares (para aqueles que ainda pensam desta forma), e sim “empresas do agro”? Independente do meu tamanho, que produzimos para gerar lucros, que temos controle de nossas atividades e custos, que temos gestão do nosso negócio? Não está na hora de inserirmos estes profissionais como se fossem participantes do nosso negócio, criar formas de ganhos por produtividade? Se a fazenda atingiu sua meta, eles também deverão ser beneficiados. Seria o exercício do ganha-ganha, oriundo do marketing. Amigos, vale à pena exercitar aspectos que estão ligados ao ser humano: nos motivam a mudar nossos hábitos, como “eu” por “nós”, “eu trabalho para” por “eu trabalho com”. Nosso medo de mudança não pode ser maior que a nossa inovação. Por fim, nossos problemas devem ser transformados em desafios e oportunidades. Este é o conceito que pode, sem dúvida, diminuir os nossos medos e que, em um futuro próximo, possamos ter um apagão no campo por falta de gente, ou seja, gente com sangue na veia, gente com resiliência e comprometimento. Nunca esqueça, o melhor está por vir. A


EVENTOS

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CAFÉ

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Minas Gerais sediará maior evento MUNDIAL DO CAFÉ EM 2013

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inas Gerais vai sediar o maior evento internacional da cafeicultura em 2013. Atendendo à proposta do grupo mineiro que participa da reunião da Organização Mundial do Café (OIC) em Londres (Inglaterra), Belo Horizonte foi eleita no final de setembro, a sede do próximo encontro, que será realizado em setembro do ano que vem. A escolha por unanimidade da capital mineira para sediar a 50ª Reunião da OIC foi feita após a apresentação do secretário de Agricultura de Minas Gerais, Elmiro Nascimento, que mostrou aos membros da organização o potencial do Estado para receber um evento internacional. Será a primeira vez que o Brasil irá sediar uma reunião da OIC, que é o principal fórum intergovernamental que trata das questões do café. Seus membros representam 38 países exportadores e 32 importadores, que respondem por 97% da produção mundial de café e mais de 80% do consumo global do grão. “A reunião da OIC em Belo Horizonte dará maior projeção aos cafés de Minas e do Brasil”, ressaltou o secretário, que participa da delegação brasileira

com o presidente da FAEMG - Federação da Agricultura e Pecuária de Minas Gerais, Roberto Simões, e representantes do Ministério da Agricultura e Pecuária e Ministério das Relações Exteriores. A organização, mediante a atuação dos representantes governamentais e do setor privado, promove a melhoria da qualidade do café, fomenta a expansão do consumo mundial do grão e coordena projetos de desenvolvimento cafeeiro destinados a agregar valor e aprimorar a comercialização. Além disso, assegura a transparência do mercado, disponibilizando informações objetivas e abrangentes sobre o setor global por meio de dados estatísticos e estudos de mercado. O Brasil é o maior produtor mundial de café e Minas Gerais o líder da produção nacional. “A liderança foi conquistada com grandes safras de cafés produzidos de acordo com as exigências dos consumidores internacionais, uma qualidade mantida com a parceria do governo estadual, por intermédio de iniciativas como o Certifica Minas Café, programa de certificação das propriedades desenvolvido pela Secretaria da Agricultura”, diz Elmiro Nascimento. A

FRANCA (SP)

• Programa CONSERVADOR DE ÁGUAS, com o replantio de todas as APPs de todas as propriedades cadastradas no município; • Programa POLICIAMENTO COMUNITÁRIO RURAL, com a implantação de GPS, rádios e mapeamento das estradas rurais; • Criação da FEIRA REGIONAL DO CAFÉ. • E mais: www.alexandre45.com.br

• Pequeno Cafeicultor na região do Bom Jardim; • Fundador da Associação dos Produtores Rurais do Bom Jardim; • Um dos responsáveis pelo asfaltamento da Vicinal Nelson Nogueira (que liga Franca a Ribeirão Corrente); • Funcionário Público há 12 anos no Parque “Fernando Costa”.


IRRIGAÇÃO

Irrigação: o melhor investimento para O AUMENTO DA PRODUTIVIDADE

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FOTO: Divulgação

ernando Cury é produtor rural junto com sua família, cultivando na Fazenda Brejo Limpo, situada no município de São José da Bela Vista (SP), diversas culturas como o café, milho, cana de açúcar, além da produção de feno e da pecuária de leite. Sempre antenado nas novidades que envolvem o agronegócio, Fernando busca sempre novos métodos para aumentar a produtividade e reduzir os seus custos. Nessas pesquisas, ele enxergou algo essencial: a irrigação, que tendo um planejamento e uma manutenção correta o produtor rural vai obter bons resultados, diminuir seus custos e diferenciar-se no mercado. A empresa que dá o suporte técnico em irrigação para Fernando Cury é a Irrigare. Sediada em Franca (SP) e comandada por Wesley do Carmo Junior Cury, Neto Cury, Wesley Araújo e Fernando Cury. Araújo, a Irrigare é parceira da Família Cury há sete anos, sempre projetando, executando e realizando a as- consegue repor nutrientes na época certa. “A produtividade sistência técnica em suas propriedades. realmente é muito maior que nas áreas de sequeiro. Nós já “A parceria entre a Fazenda Brejo Limpo e a Irrigare tivemos uma área de 24 hectares no ano passado que atingiu está indo para o sexto projeto de irrigação. A assistência téc- 118 sacas de café por hectare. Já neste ano, a produtividade nica é realmente muito boa. Recomendo tranquilamente a vai ser de 70 sacas por hectare, para cima”, disse. Irrigare”, disse Fernando Cury. De acordo com o produtor, A Irrigare faz todo projeto, levantamento topográfico ele faz um acompanhamento desde o plantio com análises de e dimensionamento. “Temos como missão atender todas as solo, comprovando que com o auxílio da irrigação, a cultura necessidades do produtor rural em irrigação”, diz Wesley. A

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EVENTOS

4ª Expoverde gera $ 1,9 milhões em negócios 10

FOTOS: Divulgação

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Associação dos Produtores do Bom Jardim divulgou balanço com os resultados da 4ª EXPOVERDE - Feira de Agricultura e Paisagismo da Alta Mogiana, encerrada no último dia 23 de setembro, em Franca (SP). Para o presidente da Associação, Claudionor Euripedes da Silva, a Expoverde atingiu as expectativas previstas pela Comissão Organizadora. “Mesmo com as intempéries do clima, conseguimos realizar todas as atividades previstas e, no final de semana, milhares de pessoas compareceram ao parque para conferir as novidades na área paisagística e visitar a feira de carros antigos”. Carlos

Carlos Arantes Corrêa (Secretário Municipal de Desenvolvimento), Luis Muller (filho do agricultor), Rosa Maria Garcia (esposa do agricultor), Roni Celso Garcia (cafeicultor), Diego Fernandes (Gerente de Relacionamento do Banco do Brasil), Claudionor Euripedes da Silva (presidente da Associação dos Produtores Rurais do Bom Jardim) e José Augusto Freixes (diretor do Sindicato Rural de Franca, representando o presidente Galileu de Oliveira Machado).

Arantes, secretário de Desenvolvimento, pasta responsável pelo apoio técnico ao evento, também fez uma avaliação positiva. “O início da feira foi tímido por causa da chuva, que afastou o público visitante, mas no final de semana este quadro foi revertido”, esclarece. O público visitante superou 21 mil pessoas e o evento contou com a participação de 53 expositores dos municípios de Franca, Campinas (SP), Vargem Grande do Sul (SP), São Sebastião do Paraíso (MG) e São Tomás de Aquino (MG). Um dos objetivos da Expoverde é fazer com que os diversos segmentos do setor se interajam e façam novos clientes e negócios. Com valor estimado de negócios na ordem de R$ 1,9 milhão, sendo que R$ 850 mil foram concretizados durante a feira e negócios futuros. O restante foram propostas protocoladas nas agências do Banco do Brasil. Em comparação com a feira do ano passado, os resultados tiveram um crescimento considerável. Naquela ocasião, foram realizados R$ 1,7 milhão em negócios. Todos os anos, os organizadores realizam uma pesquisa de satisfação entre os expositores. De acordo com os dados levantados, todas as atividades técnicas (seminários, workshops e cursos) receberam avaliação positiva, o que comprova o interesse dos visitantes em novidades tecnológicas. Animados, os expositores deste ano também confirmaram interesse em participar da próxima edição da Expoverde, em 2013. Premiação - A Comissão Organizadora realizou o sorteio de uma Roçadeira Lavrale para o agricultor que visitasse a feira e fizesse o seu credenciamento na portaria principal. O sorteado foi Roni Celso Garcia, pequeno cafeicultor da região rural do Bom Jardim. O sorteio foi possível graças ao apoio da Prefeitura de Franca, do Sebrae-SP, do SENAR (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) e do Banco do A Brasil.


EVENTOS

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10º Concurso de Qualidade do Café da Alta Mogiana premiou no dia 22 de setembro os melhores cafés da região em três categorias: Natural, Cereja Descascado e Microlote. A cerimônia aconteceu no Espaço Cedro, em Franca, e reuniu cerca de 450 pessoas, entre autoridades, produtores rurais e profissionais do setor. Na categoria Natural - a mais disputada no concurso -, Flávia Lancha Oliveira (Fazenda Bom Jesus, em Cristais Paulista/SP) conquistou o primeiro lugar. Em segundo lugar ficou Oscar Kroll Filho (Sitio Morada da Serra, de Santo Antônio da Alegria/SP). Na modalidade Cereja Descascado, o vencedor foi Antonio Grisi Sandoval (Fazenda Santa Terezinha, de Pedregulho/SP), seguido de Versi Crivelente Ferrero (Sitio Cachoeirinha, de Santo Antônio da Alegria/SP). Na categoria Microlote, venceu o Engº Agrônomo Allan de Menezes Lima (Chácara Nossa Senhora da Rosa Mística, em Cristais Paulista/SP e diretor da revenda Bolsa Agronegócios, em Franca/SP). Em segundo lugar ficou Felipe Maciel Raucci (Fazenda Terra Preta, de Pedregulho/SP). Os vencedores receberam um iPad e o tradicional bule

FOTO: Thaici Martins

Concurso de Qualidade premia os MELHORES CAFÉS DA ALTA MOGIANA

Milton Pucci, Celso Vegro (homenageado), o cafeicultor Wagner Crivelente Ferrero, Gabriel Afonso Oliveira, presidente da AMSC.

do Concurso. As 30 melhores amostras de Natural, 10 melhores de Cereja Descascado e 10 Microlotes foram premiadas com uma xícara personalizada e certificado de produtor de café especial.

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EVENTOS FOTOS: Thaici Martins

Organizado pela AMSC (Associação dos Produtores de Cafés Especiais da Alta Mogiana) com o objetivo de selecionar os melhores grãos da região, valorizar os produtores e incentivar a melhoria contínua da qualidade, o 10º Concurso recebeu 197 amostras (164 de café natural, 19 de cereja descascado e 14 microlotes). “O nível das amostras inscritas no Concurso cresce a cada ano. Tivemos cafés de 90 pontos e 66% das amostras recebidas obtiveram nota acima de 80 pontos. Isso nos motiva e mostra uma preocupação dos produtores com a qualidade e aperfeiçoamento da produção. O mercado de cafés especiais tem muito a crescer e precisa desta qualificação”, comenta Gabriel Afonso Oliveira, presidente da AMSC. Segundo Gabriel, a AMSC está fazendo há dois anos um trabalho de aproximação com armazéns e dealers especializados em cafés especiais na Europa, EUA e Japão “Os cafés vencedores desse ano serão comercializados por um dealer italiano junto ao mercado asiático, buscando projeção e valorização dos cafés da Alta Mogiana”, explica. Foram inscritas no concurso amostras de cafés produzidos nas 15 cidades que compõem a região da Alta Mogiana: Altinópolis, Batatais, Buritizal, Cajuru, Cristais Paulista, Franca, Itirapuã, Jeriquara, Patrocínio Paulista, Pedregulho, Restinga, Ribeirão Corrente, Santo Antônio da Alegria, Nuporanga e São José da Bela Vista.

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A seleção e julgamento dos cafés foram realizados no Salão de Eventos do Tower Hotel durante os dias 20 e 21 de setembro por uma comissão julgadora composta por Carolina Franco, Adriano Reis, Fabio Ruellas e Marcilesia Aparecida de Oliveira, quatro classificadores de reputação nacional com experiência em competições internacionais e no Cup of Excellence. Todas as amostras inscritas no Concurso foram codificadas e registradas em cartório para garantir a credibilidade do evento. Concurso homenageia Celso Vegro - O engenheiro agrônomo Celso Vegro, pesquisador científico do IEA (Instituto de Economia Agrícola da Secretaria de Agricultura e Abastecimento), foi o homenageado da 10ª edição do Concurso de Qualidade de Café da Alta Mogiana. Vegro se formou na USP/Piracicaba, tem especialização em Sistemas Agrários pela PUC de São Paulo e mestrado em Desenvolvimento,Agricultura e Sociedade pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Atualmente, atua como Pesquisador Científico da Agência Paulista de Tecnologia para os Agronegócios da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. Dois candidatos à prefeitura de Franca (SP) prestigiaram o evento: o médico veterinário Alexandre Ferreira (PSDB) e o radialista Marcelo Bomba (PTC).

Ivanilson José dos Santos, representando o cafeicultor e Engº Agrônomo Allan de Menezes Lima (ganhador na categoria Microlote), ao lado da esposa Denise do Couto Spessoto, Karla Dias e amigos.

Saiba como funciona o Concurso - Os classificadores dos armazéns selecionam


FOTOS: Thaici Martins

EVENTOS

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Julio Ferreira, Felipe Raucci, Fernanda Maciel e Calixto Peliciari

Calixto Peliciari, Marcilesia de Oliveira (juiza), Milton Pucci, Flávia Lancha Oliveira e Gabriel Afonso Oliveira

os melhores cafés e inscrevem no concurso. As amostras recebidas são colocadas em novas embalagens, idênticas para todos e codificadas pelo representante do 2º Tabelião de Notas de Franca em total sigilo. Já codificadas as amostras são entregues ao profissional responsável pela torra dos grãos. Os juízes provam cada amostra e dão notas considerando: Fragância/Aroma, Uniformidades, Doçura, Sabor, Acidez, Corpo, Retrogosto/Sabor Residual e Equilíbrio. Pela primeira vez, em dez anos de concurso, um café da Alta Mogiana obteve uma pontuação acima de 90 pontos,

que foi o microlote de Allan de Menezes Lima. Segundo a SCAA – Specialty Coffee Association of America, cafés são especiais se obtiverem nota acima de 80 pontos. Os cafés produzidos na Alta Mogiana apresentam característica única: a) - Sabor doce, chocolate, aroma com notas de açúcar caramelizado e frutas amarelas. b) - Corpo aveludado e amanteigado. c) - Doçura intensa e acidez equilibrada. d) - Final prolongado e agradável. A


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Tendências de consumo de alimentos e bebidas. O que busca meu novo consumidor de café? José Guilherme Nogueira - Engº Agrônomo e Mestre em Admin-

istração de Organizações pela FEA-USP. Gestor de Agronegócios do Sebrae-SP. Especialista em canais de distribuição e planejamento estratégico de cadeias agroindustriais.

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á alguns anos o pensamento do consumidor global está mudando, com isso o produtor de café, frutas, hortaliças, carnes devem se preocupar com o que esse consumidor está buscando? Com o advento da globalização, da internet e o aumento da concorrência entre as empresas, os clientes buscam mais informações sobre o que estão comprando. Esse acesso à informação tem mudado a forma de consumo, trocando as compras de simples impulso e desejo por aquisições mais racionais e mais exigentes. Assim isso reflete em uma mudança de produção para toda a cadeia agrícola, seja ela de café, frutas, etc..Dessa forma, é possível listar alguns fatores, dentre tantos outros, que influenciam o consumidor na hora da compra: planejamento futuro no seu consumo(quanto eu vou comprar?), procura de valor (o que eu valorizo nesse produto? – Qualidade? Preço?), compra em escala (preço baixo?), redefinição de luxos (é necessidade?), reavaliação da marca (essa marca oferece o que eu procuro?), busca pelos melhores produtos (atendem a minha expectativa?), redução de resíduos (esses produtos são sustentáveis?) e rastreabilidade (como esse produto foi feito, de onde ele vem? etc). Essa demanda mais exigente procura por produtos que atendam diferentes expectativas. O moderno consumidor almeja opções que sejam nutritivas e saudáveis, que maximizem o bem-estar, com funcionalidade adequada, design atraente e que sejam convenientes. Parece difícil, mas se analisarmos bem, muitos produtos atendem a essas necessidades. Outro ponto que merece atenção é a valorização do tempo e da atenção do consumidor no momento da compra, não basta ser bom, com qualidade, o produto também tem que parecer bom e isso em todo seu aspecto! Desenvolver produtos que tenham identificação e sejam personalizados de acordo com o público-alvo demonstram a preocupação do fabricante para com o cliente, por exemplo produtos voltados ao público para pessoas acima de 65 anos, o tamanho da letra na embalagem é diferenciado (maior), as características do produto voltados a saudabilidade (faz bem ao coração, pouca gordura, etc) são procuradas por esses consumidores. De acordo com a pesquisa Brasil FoodTrends 2020, realizada nas principais capitais do país em maio deste ano pelo Ibope – Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Es-

tatística no ano de 2011– a pedido da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo – Fiesp –, a tendência alimentar dos consumidores mostra a busca por produtos que ofereçam conveniência e praticidade, que sejam confiáveis e tenham qualidade, que emitam sinais interpretados pela sensorialidade do consumidor e lhe dê prazer, além de serem produzidos atendendo a princípios de sustentabilidade, bem-estar e ética. Os pontos destacados na pesquisa mostram as tendências em nível mundial. Principais pontos destacados na pesquisa foram:Conveniência e praticidade: Produtos minimamente processados, pequenas embalagens, práticos para consumo, suco prontos para beber, especialmente voltados à refeições fora do lar. Qualidade e confiabilidade: Produtos certificados de Boas Práticas de Produção Agrícolas (BPA), Marcas Próprias (utilização da marca do supermercado) e uso da inovação tecnológica para melhorias na qualidade do produto, especialmente em embalagens para transparecer confiança e qualidade. Sensorialidade e prazer: Fornecimento cafés especiais para excelentes restaurantes, produção de alimentos com Indicação Geográfica (IG) – caso do café do cerrado, Carne do Pampa Gaúcho, Frutas do vale do São Francisco e produtos gourmet – com altíssima qualidade. Sustentabilidade, bem-estar e ética: Produtos com certificação socioambiental, como os selos: Fairtrade Labelling Organizations (FLO), Rainforest Alliance e do Instituto Biodinâmico (IB). Atuar dessa forma aumenta a garantia de vendas de vários produtos e gera oportunidade para agregarmos serviços, associados sempre ao que os consumidores esperam encontrar. Para o empresário que trabalha em qualquer parte da cadeia de alimentos (produção (produtor rural), processamento (torrefadores), comercialização (cafeterias) o conhecimento do que o cliente procura definirá o sucesso em suas vendas. Estar atento a essas tendências podem abrir novas oportunidades para o sucesso de sua empresa. Bons negócios! A


IRRIGAÇÃO

Cultivo do cafeeiro IRRIGADO POR GOTEJAMENTO

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André Luís Teixeira Fernandes

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Brasil já irriga 251.000 ha de todo o seu parque cafeeiro, o que representa quase 10% da cafeicultura nacional. O que chama a atenção é que esta fatia irrigada responde por 25% da produção nacional, mostrando a grande competitividade da cafeicultura irrigada nacional. Os cafezais irrigados estão mais concentrados nos estados do Espírito Santo, Minas Gerais, Bahia e, em menor proporção, em Goiás, Mato Grosso, Rondônia e São Paulo. A irrigação tem sido utilizada mesmo nas regiões consideradas tradicionais para o cafeeiro, como o sul de Minas Gerais, Zona da Mata de Minas Gerais, Mogiana Paulista, Espírito Santo, etc. Trabalhos de pesquisa demonstram que 1 - Professor Dr. Engenharia de Água e Solo, Universidade de Uberaba (UNIUBE), Coordenador do Núcleo de Cafeicultura Irrigada da Embrapa Café, e-mail: andre.fernandes@uniube.br

o aumento de produtividade média com o uso da irrigação (médias de pelos menos 3 safras) tem sido de 50%, quando comparada com as lavouras de sequeiro, trabalhos estes desenvolvidos nas regiões de Lavras e Viçosa, Minas Gerais, regiões consideradas aptas climaticamente ao cultivo do cafeeiro, sem a necessidade de irrigação. Vários experimentos têm sido conduzidos nas diferentes regiões cafeeiras, objetivando, principalmente, avaliar o efeito da irrigação na produtividade e qualidade do cafeeiro, sendo vários deles relacionados a estresse hídrico x produtividade/qualidade do café. Existem diferentes sistemas de irrigação que podem ser utilizados, sendo que a escolha do sistema de irrigação mais adequado depende de uma série de fatores, destacando-se o tipo de solo, a topografia, o tamanho da área, os fatores climáticos, os fatores relacionados ao manejo da cultura, o déficit hídrico, a capacidade de investimento do produtor e o custo do sistema de irrigação. Além disso, deve-se ter

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IRRIGAÇÃO Gráfico 1 – Custos de instalação dos principais sistemas de irrigação do cafe-eiro (Conversão: U$ 1,00 = R$ 2,15).

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FOTO: André Luis Teixeira

em mente também que é grande o volume de água exigido na irrigação e, por isso, a necessidade de otimizar a utilização deste recurso é um dos aspectos mais importantes que deverá, também, ser considerado no momento de decidir pelo método e pelo sistema de irrigação a ser utilizado. Em geral, a irrigação do cafeeiro é feita por dois métodos: aspersão e irrigação localizada. Os sistemas de aspersão utilizados na irrigação desta cultura são os seguintes: aspersão convencional móvel (com aspersores pequenos, médios e canhões) ou fixa (que inclui o sistema de aspersão em malha), autopropelido e pivô central. Em função de aspectos relacionados ao consumo de energia, exigência de mão-de-obra e outros aspectos operacionais, os sistemas mais viáveis de irrigação por aspersão têm sido o convencional (principalmente do tipo malha) e o pivô central. Já com relação à irrigação localizada, os sistemas mais utilizados são o gotejamento, por suas características técnicas que permitem uma irrigação com grande precisão, economia de água e energia e as fitas de polietileno (sistema também conhecido como “tripa”), principalmente pelo menor custo de implantação. No Gráfico 1, estão dispostos custos atualizados dos principais sistemas de irrigação para o cafeeiro. Pode-se observar que, para irrigar a lavoura, o produtor tem opções que variam de U$ 1.200,00 a 3.300,00/ha. Com relação aos demais sistemas, o gotejamento tem

Sistema de irrigação por gotejamento na região de Presidente Olegário (MG).

uma série de vantagens, das quais se destacam: a) - Maior eficiência no uso da água (melhor controle da lâmina de água; diminui as perdas por evaporação; não ocorre perdas por percolação e por escoamento superficial; não irriga ervas daninhas entre as fileiras da cultura; não é afetada pelo vento, tipo de solo ou interferência do irrigante); b) - Maior produtividade (em geral, obtém-se maior produtividade com irrigações localizadas, pois a freqüência de irrigação é maior neste método; menores variações na umidade do solo e em conseqüência produção mais uniforme; c) - Maior eficiência na adubação (permite o uso da fertirrigação e em razão de concentrar o sistema radicular da cultura junto ao bulbo molhado, facilita a aplicação do adubo por cobertura; d) - Maior eficiência no controle fitossanitário (não irriga as ervas daninhas e não molha a parte aérea dos vegetais, o que facilita o controle destas ervas, dos insetos e fungos, permitindo maior eficiência no uso de defensivos, além de permitir a aplicação direta de defensivos sistêmicos via água de irrigação; e) - Não interfere com as práticas culturais (por não molhar a faixa entre fileiras, podem-se fazer capinas, colheitas e aplicação de defensivos antes, durante e depois da irrigação); f) - Adapta-se a diferentes tipos de solo e topografia (como a aplicação de água na irrigação é em pequena intensidade, este método se adapta melhor do que qualquer outro, a diferentes tipos de solo e a variada topografia, mesmo no caso de ter-renos com topografia irregular e acidentada; g) - Pode ser usado com água salina ou em solos salinos (como o turno de rega é, em geral, muito pequeno, o teor de umidade dentro do bulbo molhado é sempre bastante elevado, mantendo-o com menor concentração de sal no seu interior e maior na sua periferia. Isso permite maior concentração de raízes na região central do bulbo; h) - Economia de mão-de-obra (por se tratar de sistemas fixos e possibilitar automatização, há grande economia de mão-de-obra (1 homem/100ha) quando comparados com sistemas convencionais de irrigação por aspersão e por superfície. Porém, apresenta também algumas limitações, como: i) - Entupimento (uma das características deste método é o fluxo de água por pequenos orifícios. Por isso necessita de um sistema de filtragem cuidadosamente dimensionado, para atender as características do projeto. Com o desenvolvimento das indústrias de filtros, podemos dizer que os problemas mais comuns de entupimento no passado foram superados. Esse assunto será abordado com mais detalhes nesta unidade de estudo; ii) - Distribuição do sistema radicular (quando os primeiros sistemas de irrigação localizada foram instalados no Brasil, utilizavam-se gotejadores somente ao lado das plantas, de acordo com o espaçamento entre elas. Isso gerava um bulbo úmido constante somente naquela região e onde se concentrava o sistema radicular, diminuindo a estabilidade, principalmente de árvores frutíferas, o que levava ao tombamento. Hoje não é comum este procedimento, sendo o mais recomendado a irrigação por faixa molhada ao longo da fileira da cultura, o que, consequentemente, elimina a má distribuição das raízes. Na cafeicultura, este problema


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IRRIGAÇÃO Gráfico 2 - Lay-out geral de um projeto de irrigação por gotejamento

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pode ser evitado, com o manejo dos emissores, através da mudança na instalação das linhas de gotejadores, em relação às linhas de plantas; iii) Capina, fogo, vandalismo, roedores (são problemas que realmente atormentam a vida dos produtores. Como o sistema normalmente fica sobre o solo, no momento das capinas pode ocorrer corte dos tubogotejadores e demais peças do sistema, como, por exemplo, dos tubos que conectam os microaspersores na linha lateral; o fogo é outro problema, porque todo o material utilizado é de plástico e de polietileno e estes são sensíveis à alta temperatura. Roedores também se constituem em problemas, pois danificam os tubos quando vão matar a sede nas linhas laterais do sistema, onde estão instalados os gotejadores. Em alguns países, como Austrália e Cuba, utiliza-se a subirrigação, que consiste em enterrar todas as linhas laterais a uma certa profundidade, dependendo da cultura. No Brasil já existem alguns produtores que estão adotando esta tecnologia. Porém, os resultados não tem sido satisfatórios. Há necessidade de maiores pesquisas antes de se adotar com propriedade o enterrio de tubogotejadores em café.

FOTO: André Luis Teixeira

Componentes do sistema - Em geral, um sistema típico

Sistema de irrigação por gotejamento na região de Pedregulho (SP)

de gotejamento, conforme esquematizado, a seguir, é constituído das seguintes partes: sistema de captação e bombeamento; cabeçal de controle; linha principal; linha de derivação; linha lateral; emissores (gotejadores) – Gráfico 2. O conjunto motobomba é de fundamental importância no sistema de irrigação localizada. As bombas, normalmente usadas neste sistema de irrigação, são as do tipo centrífuga de eixo horizontal. A água é pressurizada através do sistema de bombeamento, e antes que chegue a ser aplicada, necessita passar por um sistema de filtragem. Equipamentos de bombeamento podem ser elétricos ou a diesel. Na maioria das situações que se encontram na prática, sistemas de gotejamento não trabalham sob gravidade ou com caixas d’água elevadas. Embora as pressões de trabalho não sejam altas, para que os sistemas operem corretamen-te, é necessário que as moto-bombas sejam capazes de pressurizar o sistema com valores muito acima daqueles possíveis através de caixas d’água ou quedas naturais. O cabeçal de controle é uma das principais partes de um sistema de irrigação localizada. Ele fica normalmente situado após o conjunto motobomba, ou seja, no início da linha principal. Em algumas situações, dependendo da topografia e do projeto, o cabeçal deverá ser adequadamente instalado. É constituído, em geral, das seguintes partes: medidores de vazão; filtros (hidrociclones, areia, tela ou disco); injetores de produtos químicos e orgânicos; válvulas de controle de pressão e medidores de fluxo; registros e manômetros. O conhecimento de como o processo de filtragem ocorre quando a água passa pelos filtros, aliado aos dados de análise da qualidade da água, é fundamental para que a escolha do equipamento de filtragem seja o mais apropriado. Assim, a determinação do melhor equipamento é uma combinação de vários fatores e um engenheiro de irrigação experimentado deve ser capaz de indicar o filtro mais adequado para cada caso específico. Com relação às tubulações, além da adutora, um sistema de irrigação por gotejamento tem a linha principal, a linha de derivação e as linhas laterais com emissores. A linha principal conduz a água da motobomba até as linhas de derivação. Geralmente, utilizam-se na linha principal tubos de PVC rígido ou aço galvanizado. Ela pode ser instalada na superfície do solo ou ser enterrada, facilitando, neste caso, as operações com máquinas agrícolas na área. A linha de derivação conduz a água da linha principal até às linhas laterais. Normalmente, utilizam-se tubos de PVC. É comum a instalação de válvulas de controle de pressão e ventosas no início dessas linhas. As linhas laterais são as linhas nas quais estão instalados os emissores que aplicam água juntos às plantas. Devem ser dispostas em nível e são constituídas de polietileno flexível, com diâmetro variando, geralmente, de 16 a 32 mm. São instaladas ao longo das fileiras de café, com distâncias preestabelecidas, conforme critérios já discutidos. Os emissores são, talvez, os componentes mais importantes da rede de distribuição de um projeto de irrigação localizada e, por terem uma estrutura hidráulica que pode ser muito complicada, são também os mais delicados do


IRRIGAÇÃO sistema. Toda a dificuldade do seu projeto construtivo reside no seguinte problema: os emissores devem proporcionar uma vazão baixa, mesmo porque os diâmetros das tubulações, tanto das laterais como das linhas de distribuição, são reduzidos. Devido às grandes distâncias que estes tubos devem conduzir a água, em sistemas de irrigação localizada, fazem com que um ligeiro incremento no diâmetro encareça sobremaneira a instalação. Por outro lado, a pressão de serviço dos emissores não deve ser muito baixa, para minimizar o efeito da redução da uniformidade de aplicação de água em condições de declive do terreno. Ambas estas condições, vazão baixa e pressão relativamente alta, conduzem, do ponto de vista exclusivamente hidráulico, a emissores com orifícios muito pequenos, que, por outro lado devem ser os maiores possíveis para evitar problemas de entupimentos. Esta contradição resulta na fabricação de grande variedade de emissores. Quando o produtor de café adota um sistema de irrigação por gotejamento, que é um dos mais tecnológicos existentes, espera ter maior segurança no seu negócio. Se o projeto for feito de forma adequada, com instalação cuidadosa e adotando-se um manejo racional da sua água e energia, com certeza terá sucesso. São várias as histórias de

sucesso com cafeicultores irrigantes que adotam o gotejamento, em praticamente todas as regiões brasileiras. Nas regiões cafeeiras tradicionais, como o Sul de Minas Gerais, a irrigação por gotejamento tem crescido de forma acelerada, graças aos excelentes resultados obtidos pelos produtores que já adotam esta tecnologia há mais tempo. Outros grandes projetos foram montados na região da Mogiana Paulista e outros no cerrado, região já tradicional de cafeicultura irrigada. LIVRO - Cultivo do Cafeeiro Irrigado por Gotejamento Foi publicada a segunda edição da obra: Cultivo do Cafeeiro Irrigado por Gotejamento, dos autores Roberto Santinato e André Luís T. Fernandes. O livro tem 396 p., sendo 40 coloridas. É dividido em 6 capítulos: 1) - Introdução; 2) - Sistema de irrigação por gotejamento; 3) - Seleção de áras para plantio do cafeeiro irrigado por gotejamento pelo clima, solo e disponibilidade de água; 4) - Implantação da lavoura; 5) - Condução de Lavoura e 6) - Colheita e pós-colheita. A

INFORMAÇÕES INTERESSADOS EM ADQUIRIR A OBRA Através do email = andre.fernandes@uniube.br ou na Associação dos Cafeicultores de Araguari (MG) Tel. (34) 3242-8888, falar com Cecília Araújo

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12ª edição da Campanha Hora Certa da Cooparaíso, que aconteceu de 11 a 13 de setembro em São Sebastião do Paraíso (MG), bateu todos os recordes. Foram comercializados mais de R$ 56 milhões em maquinário, insumos, implementos e outros produtos, sendo que em 2011, a Hora Certa fechou em R$ 46 milhões em negócios. A feira teve também recorde de público em sua 12ª edição, com seis mil visitantes nos três dias do evento. “Dois principais fatores externos contribuíram muito para o sucesso da campanha. Um deles foi que na semana que antecedeu a Hora Certa, tivemos mais de dois mil pontos de alta na Bolsa, na comercialização de café. Isso representou mais de R$ 30 por saca, isso foi altamente positivo. Outro fator, foi a redução da taxa de juros que aconteceu um antes do início da feira, contribuindo muito para a venda de máquinas e implementos agrícolas”, disse o diretor de operações da Cooparaiso, Rogério do Couto Rosa Araújo. Segundo Rogério, as vendas em maquinário agrícola, através da Divisão de Máquinas da Cooparaiso (Dimaq) e de FOTOS: Editora Attalea Agronegócios

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Balanço da Hora Certa da Cooparaíso REFORÇA OTIMISMO DO AGRICULTOR sua concessionária Valtra, totalizaram R$ 14.274 milhões, contra R$ 5.800 milhões no ano passado. “Isso representa um aumento de 146% no resultado final das vendas. Foram comercializados 73 tratores Valtra durante a feira”, informou o diretor. A área de insumos agrícolas também não ficou atrás. “Na área de insumos tivemos um faturamento também bastante expressivo, bem como em outros produtos. Em fertilizantes alcançamos o total de R$ 29.673 milhões; em defensivos ficamos com o resultado de R$ 10.715 milhões e outros produtos, entre calcário e medicamentos, obtivemos o total de R$ 2.100 milhões”, informou Rogério e relação aos números finais. Entusiasmado com os resultados recordes, Rogério disse que o balanço da Hora Certa foi de “68% acima do ano passado, em um total de R$ 56.762.143,20 milhões”, comparou. O diretor disse que o planejamento para a Hora Certa do Ano que vem já começou e que a Cooparaiso está preparando diversas surpresas. “Muitas empresas parceiras e também outras que souberam do sucesso da feira, do setor de veículos, como caminhões, já fizeram a reserva de estandes para o ano que vem. Vamos ter que rever a área total da feira. Pudemos oferecer uma diversidade maior de show room de máquinas e implementos agrícolas oferecendo outras opções para o produtor para que pudesse realmente conhecer o produto. Fizemos uma feira focada nos três pilares: o social, ambiental e econômico. A maioria dos produtores que participaram foram para efetivamente fazer negócios e levou a família para as outras atividades que a Hora Certa promoveu”, finalizou Rogério. O evento agradou os produtores, como é o caso do cafeicultor Alexandro Cardoso, de Bom Jesus da Penha, proprietário do Sítio Penha. Ele disse que a feira recebeu melhorias significativas. “Neste ano há mais empresas expondo, com muito mais novidades”, conta. A


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Comissão Organizadora da 22ª Semana do Engenheiro Agrônomo de Franca (SP) e região definiu o formato do evento para este ano, que acontecerá dia 20 de outubro, em comemoração ao Dia do Engenheiro Agrônomo. Diferentemente dos eventos realizados em anos anteriores, será realizado um Churrasco Festivo no Recanto Xingu, chácara situada aos fundos do Parque Universário e Unifran. “Será numa tarde de sábado, com início previsto para as 16 horas. Um retorno à época de graduação! Com muita cerveja, descontração e animação! Convidamos todos os amigos de profissão para esta confraternização”, ressalta Alex Kobal, um dos membros da Comissão Organizadora. Os interessados em participar do evento devem providenciar a retirada dos convites antecipadamente na COCAPEC - Cooperativa dos Cafeicultores e Agropecuaristas, na Campagro ou na Casa do Café, todas em Franca (SP). “Para aqueles que retirarem os convites antecipadamente até o dia 18 de outubro, haverá um desconto no preço dos convites. Após esta data, o valor do convite será de R$ 60,00 por pessoa”, avisa Kobal. Segundo a Comissão Organizadora, o custo dos ingressos para participar do evento é de R$ 15,00 para o Engenheiro Agrônomo; R$ 20,00 para o primeiro acompanhante; e R$ 45,00 para o segundo acompanhante. O evento é realizado graças ao apoio financeiro de diversas empresas do setor, como a ADM, Agraria, Agropec, Agrovant, Aminoagro, Arysta, Basf, Bayer CropScience, Biolchim, Biolimp, Bolsa Agronegócios, Café Brasil, Café La Santé, Camari, Casa das Sementes, Casa do Café, Cati, Chentura, Chevrolet, Cocapec, Credicocapec, Dedeagro, Du Pont, Fafram, Fênix, Fertiberia, FMC, Gecal, Herbicat, Homeopatia Brasil, Ihara, Liberfós, Mosaic, Pionner, Plant Ouro, Real Pec, Sami Máquinas, Sapucaia Paisagismo, Sindicato Rural Franca, Sipcam, Syngenta, Uniagro, Viveiro Monte Alegre, Cooperfran, Votorantim e Xilema. A

FOTOS: Hildeu Imóveis

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Franca (SP) sedia em outubro 22ª SEMANA DO ENGº AGRÔNOMO

Centro Cana do IAC pesquisa calcário líquido

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Carlos Arantes Corrêa1

a edição do mês de julho deste ano da Revista Attalea Agronegócios, publiquei uma matéria de autoria da empresa Fertec, do grupo Embrafer, de Barretos (SP), a respeito do lançamento do produto Calcário Líquido. De acordo com a empresa, um produto desenvolvido a partir de uma tecnologia revolucionária, composto por fertilizante mineral misto, com alto teor de carbonatos e óxidos, para uso nas mais diversas culturas. Recebi alguns questionamentos de engenheiros agrônomos questionando a eficácia do produto. Conversei com vários outros profissionais com atuação significativa no setor agrícola da região, que também questionaram, mas outros foram unânimes em afirmar que ainda é cedo para questionar o produto, pois é uma tecnologia nova e faltam estudos, falta experimentação. Neste caminho, mantive contato com o pesquisador Sandro Roberto Brancalião, do Centro Avançado da Pesquisa Tecnológica do Agronegócio de Cana do IAC, em Ribeirão Preto (SP). De acordo com Sandro, o Centro está sim avaliando os efeitos do Calcário Líquido em dois experimentos: um em casa de vegetação e outro em campo. “Mas ainda são estudos preliminares, onde testei a reatividade no solo através de análises químicas de rotina. O objetivo é também o de avaliar os efeitos nas propriedades físicas do solo. Os dados finais ainda serão publicados”, informou Sandro Brancalião. A


Cooxupé aposta em geoprocessamento PARA MELHORAR PRODUÇÃO

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m 5 de setembro a Bio Soja em parceria com Campagro realizou palestra para os cafeicultores de Ibiraci (MG) e região. A participação ficou acima das expectativas com o comparecimento de 49 cafeicultores. O foco da palestra foi a importância da nutrição balanceada e equilibrada no cafeeiro e o programa nutricional Bio Soja para esta cultura. Inicialmente, o vendedor da Campagro Lucas Carrijo realizou a abertura da palestra enfatizando o seu objetivo e apresentando a equipe de vendas da Campagro e da Bio Soja. A palestra realizada pelo Gestor Agronômico da Bio Soja, Renato Passos Brandão foi dividida em cinco etapas. Na primeira etapa da palestra foi realizada uma breve apresentação do Grupo Bio Soja que neste momento é constituído por quatro empresas e seis unidades industriais. Na segunda parte, o Gestor Agronômico da Bio Soja, salientou a importância dos nutrientes no desenvolvimento do sistema radicular do cafeeiro e os respectivos produtos Bio Soja: Boro (Gran Boro Mag); Fósforo (Fertium® Phós); Cálcio (calcário para as camadas superficiais e o gesso agrícola para as camadas subsuperficiais); e Magnésio (calcário dolomítico e Gran Boro Mag); Na terceira parte da palestra foi abordada a importância da nutrição equilibrada e balanceada para a obtenção de altas produtividades no cafeeiro. Além disso, foi também en-

FOTO: Campagro

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Nutrição balanceada e equilibrada foi foco de palestra DA BIO SOJA E CAMPAGRO EM IBIRACI (MG)

fatizado a possibilidade da redução nos custos com as adubações equilibradas e aumento na rentabilidade da atividade cafeeira. Uma das interações mais importante na cultura do cafeeiro é a que ocorre entre o cálcio, magnésio e potássio. O aumento nas adubações potássicas sem o correspondente aumento no teor de magnésio no solo pode reduzir a produtividade do cafeeiro. A solução não é a redução na dose do potássio aplicado nas lavouras do café mas o fornecimento do magnésio com a aplicação do Gran Boro Mag (200 kg/ha). O foco da quarta parte da palestra foi a importância da adubação fosfatada com o Fertium® Phós no plantio do café e nas lavouras em produção. O Fertium® Phós é um fertilizante organomineral com altos teores de substâncias (ácidos fúlvicos e ácidos humicos) enriquecido com fósforo. O Fertium® Phós substitui integralmente a adubação fosfatada no cafeeiro. As substâncias húmicas do Fertium® Phós reduzem a fixação do fósforo, aumentam a disponibilidade deste nutriente ao cafeeiro e proporcionam maior desenvolvimento do sistema radicular e vegetativo com aumento na produtividade da cultura. Na quinta e última parte da palestra foi salientado a importância da adubação foliar no fornecimento dos nutrientes ao cafeeiro com destaque aos micronutrientes, fosfitos e aminoácidos. O Bioamino® Extra é um fertilizante foliar líquido com aminoácidos e compostos orgânicos que estimulam o desenvolvimento vegetativo do cafeeiro minimizando os estresses ambientais. Os fertilizantes da linha Fertilis® possuem alta eficiência no fornecimento dos nutrientes e na correção das deficiências nutricionais no cafeeiro. O Fertilis® Fosfito aumenta a tolerância do cafeeiro às doenças fungicas no cafeeiro. O Fertilis® Mol deve ser utilizado nas pulverizações foliares para melhorar a eficiência das adubações nitrogenadas na cultura do cafeeiro. O encerramento da palestra foi realizado pelo Lucas Carrijo da Campagro. Salientou a importância da parceria dos cafeicultores com os fornecedores de insumos agrícolas visando a maximização agronômica e o aumento na produtividade e rentabilidade na cafeicultura. A


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Cocapec promove 9º Concurso de Qualidade de Café “SELEÇÃO SENHOR CAFÉ”

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COCAPEC - Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuaristas realiza neste ano, o 9° Concurso de Qualidade de Café – Seleção Senhor Café – Alta Mogiana. O objetivo do concurso é incentivar seus cooperados a produzirem cafés arábica de alta qualidade, reforçando o reconhecimento da Alta Mogiana como fornecedora de cafés especiais e valorizando a marca “Senhor Café”, nas apresentações Superior e Gourmet. As inscrições deverão ser feitas até o dia 28 de setembro. Poderão participar do concurso somente cooperados que estejam com o café depositado nos armazéns da cooperativa ou em local por ela indicado. De acordo com o regulamento, serão aceitos somente lotes de café da espécie Coffea arabica, safra comercial 2012/2013 preparados por via seca (café natural) e por via úmida (cereja descascado ou despolpado), com tipo 4 para melhor de acordo com a tabela oficial brasileira de classificação de bebida dura para melhor, nas peneiras 16 e acima, com vazamento de no máximo 2% da peneira 16. O teor de umidade deverá ser de, no máximo, 11%, tanto para os cafés naturais como para descascados ou despolpados. Cafés fora destas características serão desclas-

sificados. Cada cooperado tem direito a participar com um lote de no mínimo 30 sacas e, no máximo, de 100 sacas. A comissão organizadora será composta pelos senhores Anselmo Magno de Paula e Airton Rodrigues Costa. Já a comissão julgadora será formada por técnicos em classificação de café, não pertencentes ao quadro de funcionários da COCAPEC, indicados pela comissão organizadora, devidamente habilitados junto à Associação Comercial de Santos. Os nomes dos 20 primeiros classificados de cada categoria serão anunciados no dia 10 de outubro e a premiação acontecerá no dia 17 do mesmo mês. Os cinco primeiros lotes classificados de cada categoria, produzidos em propriedades no Estado de São Paulo, serão encaminhados ao 11º Concurso Estadual de Qualidade do Café de São Paulo. Para avaliar as amostras, a COCAPEC adota o procedimento de identificá-las com códigos para serem classificadas e degustadas por árbitros, o que permite a imparcialidade da equipe julgadora diante de cada prova. Os cinco primeiros classificados, dos cafés preparados por via seca (café natural), serão contemplados com os prêmios (vale compras), a serem utilizados nas lojas da Cocapec. A

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Manejo do Cafeeiro (parte 4) NUTRIÇÃO NA FRUTIFICAÇÃO DO CAFEEIRO

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Renato Passos Brandão 1

a edição anterior, foi abordada a primeira etapa do crescimento reprodutivo do cafeeiro, a florada, suas fases e as interações ambientais e nutricionais. Posteriormente, foram abordados os produtos Bio Soja que devem ser utilizados antes e logo após a florada do cafeeiro em lavouras com alto potencial produtivo. Nesta edição, será abordada a fenologia do cafeeiro e a frutificação, segunda etapa do crescimento reprodutivo do cafeeiro, as suas respectivas fases e as interações ambientais e nutricionais. Posteriormente, será comentado o programa nutricional Bio Soja para a frutificação do cafeeiro. 1. Fenologia do cafeeiro A maioria das plantas completa o seu ciclo no mesmo ano fenológico. Entretanto, a fenologia do cafeeiro arábica (Coffea arabica L.) é completamente diferente. É uma cultura que leva dois anos para completar o seu ciclo fenológico (Tabela 1). No primeiro ano, formam-se os ramos vegetativos que serão os ramos reprodutivos no segundo ano e as gemas foliares. O segundo ano fenológico tem início com a florada induzida por um choque hídrico, causado por chuva ou irrigação após um período de dormência causada por déficit hídrico. Posteriormente, ocorre a formação dos chumbinhos e a expansão inicial dos frutos do cafeeiro. Em seguida tem-se

a granação dos frutos e a fase de maturação. Na fase final do segundo ano fenológico ocorre o repouso e a senescência ou morte dos ramos plagiotrópicos terminais. Na primavera do ano civil seguinte brotam novos ramos vegetativos, que se transformam em reprodutivos, permitindo nova produção no ano seguinte. O conhecimento do ciclo fenológico do cafeeiro é imprescindível na cafeicultura moderna para melhorar o manejo da cultura. Na cafeicultura irrigada possibilita identificar as fases com maior demanda por água e naquelas que é necessário um estresse hídrico para promover uma florada mais uniforme. Portanto, no cafeeiro arábica ocorre simultaneamente 1 - Engenheiro Agrônomo, Mestre em Solos e Nutrição de Plantas e Gestor uma fase reprodutiva e uma vegetativa em locais diferentes Agronômico do Grupo Bio Soja. E-mail: renatobrandao@biosoja.com.br do mesmo ramo. A intensidade de cada uma desTabela 1: Fenologia do cafeeiro (Coffee arabica L.) durante dois anos consecutivos, nas sas fases vai depender da condições climáticas tropicais do Brasil. provável safra no cafeeiro, safra de baixa ou com alta produção. Na safra de baixa produção, há um predomínio da fase vegetativa com a formação dos novos ramos vegetativos e na safra de alta, os carboidratos são carreados em sua maior parte para os grãos em formação (alta carga pendente). Entretanto,


CAFÉ independentemente se a safra é de baixa ou alta produção, a demanda de carboidratos pelo cafeeiro é alta e são similares nos dois ciclos de produção principalmente em lavouras em sistemas de alta produtividade. Portanto, o conhecimento do ciclo fenológico permite identificar as fases mais críticas do cafeeiro. Por exemplo, verificar quais as fases em que a exigência de água é maior e naquelas na qual é interessante um pequeno estresse hídrico para a maturação dos botões florais. 2. Frutificação do cafeeiro A frutificação é a segunda etapa do crescimento reprodutivo ocorrendo após a florada e é nesta fase que ocorre a formação dos frutos do cafeeiro. A frutificação do cafeeiro pode ser dividida em três fases: vingamento floral, desenvolvimento dos frutos e a sua maturação. 2.1. Vingamento floral O vingamento floral é a maturação das flores após a antese ou abertura das flores. No Sudeste Brasileiro, o vingamento floral ocorre entre setembro e dezembro. Após um choque hídrico por chuva ou por irrigação, as gemas maduras intumescem, transformando-se em botões folhas e florescem uma semana após. Após o vingamento floral, inicia-se o desenvolvimento dos frutos do cafeeiro. Temperatura ambiente elevada associada com um estresse hídrico no vingamento floral pode prejudicar o pegamento da florada com aumento acentuado no abortamento floral. 2.2. Desenvolvimento dos frutos O desenvolvimento dos frutos do cafeeiro é caracterizado pelo aumento na massa seca e alterações na sua composição química e na sua coloração. A primeira fase do desenvolvimento é denominada de chumbinho, quando os frutos não apresentam crescimento visível. Na segunda fase, ocorre uma rápida expansão dos frutos até atingirem crescimento máximo por volta de dezembro, mantendo no seu interior, uma consistência aquosa. Esta etapa compreende de três a quatro meses (setembro/ outubro a dezembro). Um estresse hídrico nesta fase pode provocar uma queda prematura dos frutos, em virtude da produção do etileno na região do pedúnculo do fruto, ativando a síntese de enzimas de degradação da parede celular. Neste local ocorre a formação de uma camada de abscissão, favorecendo a queda dos chumbinhos. Além disso, pode resultar também na formação de frutos “chochos” e de menores tamanhos (peneira baixa). A terceira etapa no desenvolvimento dos frutos do cafeeiro é denominada de granação. Normalmente, ocorre em pleno verão entre janeiro e março. É caracterizada pela solidificação dos líquidos dos frutos com acumulo de massa seca e alterações na composição química e na coloração dos frutos do cafeeiro originando os grãos. A partir de janeiro acentua-se a cor verde do fruto (fase grão verde) e em março ocorre a solidificação dos líquidos

internos formando a semente propriamente dita. A granação é a fase que mais desgasta o cafeeiro. Os frutos em pleno desenvolvimento necessitam de grande quantidade de carboidratos ou fotoassimilados. Diversas pesquisas comprovaram que o mais importante para o desenvolvimento dos frutos é a fotossíntese corrente, ou seja, aquela produzida diariamente pelo cafeeiro. Portanto, estresse hídrico prolongado na granação do cafeeiro reduz a atividade fotossintética com redução na síntese de carboidratos e afeta o desenvolvimento dos frutos promovendo a formação de frutos “chochos” ou mal granados. A classificação final dos grãos do cafeeiro será afetada negativamente. 2.3. Maturação dos frutos Os frutos depois de atingirem seu pleno desenvolvimento, iniciam a maturação fisiológica. Esta fase normalmente ocorre entre abril e junho e depende da precocidade da cultivar e da acumulação de energia solar a partir da florada. A fase da maturação dos frutos do cafeeiro é marcada por profundas alterações nos componentes químicos dos frutos, tais como, alterações nos teores e composição de açúcares, ácidos e óleos e aumento das taxas respiratórias. A partir desta fase ocorre a degradação de clorofilas com a síntese de carotenóides, alterando a cor dos frutos de verde para uma coloração vermelha ou amarela. Ocorre também maior síntese de etileno, aumento da acidez, aumento no teor de sólidos solúveis totais, aumento no

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teor de aumento da respiração e no teor de nitrogênio total. Nessa etapa da frutificação, a evapotranspiração potencial decresce significativamente reduzindo a necessidade de água pelo cafeeiro. As deficiências hídricas moderadas beneficiam a qualidade do produto. Posteriormente, ocorre a fase de “passa” seguida pela fase do fruto seco. Na fase “passa”, os frutos entram em senescência. Nesta fase ocorrem fermentações com produções de alcoóis e ácidos indesejáveis e a qualidade do fruto tende a diminuir de forma bem acentuada. O estádio seco é a fase final da secagem, na qual a umidade dos frutos situa-se na faixa de 11 a 12%, considerada como ideal para o armazenamento dos frutos na forma integral ou após o seu beneficiamento. 3. Fatores que afetam a frutificação do cafeeiro A frutificação do cafeeiro é infuenciada por uma série de fatores abióticos ou ambientais e bióticos (planta) que causam uma série de distúrbios fisiológicos que serão abordados a seguir. 3.1. Queda e má formação de frutos A frutificação, depois da florada, é a fase do desenvolvimento do cafeeiro mais afetada pelas condições climáticas adversas principalmente o deficit hídrico. Uma das principais anormalidades no cafeeiro é a queda dos chumbinhos que pode ocorrer em qualquer estádio do seu desenvolvimento mas tem um pico entre o 80º e o 100º dia após a florada. Basicamente, a queda dos frutos do cafeeiro “chumbinhos” pode ser causada por quatro fatores:

cem retidos nos ramos, mumificados, devido ao ataque de Phoma e Colletotrichum. 3.1.4. Ferimentos pelo ataque de moscas dos frutos ou de broca O ataque de moscas dos frutos ou de broca aumenta a incidência de abortamento dos frutos. 3.2. Chochamento e má granação dos grãos A principal causa do chochamento e má granação dos grãos é a deficiência hídrica no período entre o 90º e o 120º dia após a floração (fase de granação), que resulta na formação de grãos negros ainda aquosos e redução no tamanho das sementes. Há uma tendência no aumento na incidência de frutos denominados de “bóia” por flutuarem no lavador juntamente com os frutos secos. São frutos externamente normais porém internamente são desprovidos de sementes. Em deficit hídrico mais acentuado no período da granação, ocorre a inibição do crescimento e desenvolvimento dos frutos. 3.3. Coração negro Esta anormalia fisiológica ocorre normalmente entre o 80º e o 120º dia após a abertura das flores com o abortamento do grão no estado leitoso. Externamente, os frutos são normais mas internamente, as lojas ficam parcial ou totalmente enegrecidas. Esta anormalia está associada com altas temperaturas associadas com um forte veranico no enchimento do grão do café ainda verde e é mais acentuado nos frutos localizados nos ponteiros e na fase ensolarada da planta, onde a seca é mais acentuada.

3.1.1. Redução das reservas de carboidratos A principal causa da queda dos chumbinhos está relacionada com o redução das reservas dos carboidratos das plantas que é proporcional ao desfolhamento do cafeeiro no momento da florada. Em cafeeiros com acentuado desfolhamento, a quantidade de carboidratos produzida pela área foliar do cafeeiro não é suficiente para suprir a demanda dos ramos vegetativos e dos frutos no estágio inicial de desenvolvimento. Neste momento, tem-se uma grande competição entre os frutos, principalmente em condições de frutificação intensa, ocasionando redução no tamanho e queda dos chumbinhos mais novos. Os frutos pequenos que permanecem entre os maiores ficam com o pedúnculo e a base enegrecidos e com o passar do tempo tornam-se mumificados.

4. Recomendações de uso dos produtos Bio Soja para a frutificação do cafeeiro De forma similar ao que foi comentado na edição anterior, o programa nutricional Bio Soja na frutificação do cafeeiro tem os objetivos abaixo: Objetivo 1. Nutrição equilibrada e balanceada do cafeeiro; Objetivo 2. Desenvolvimento do sistema radicular horizontalmente e em profundidade; Objetivo 3. Manter uma área foliar exuberante e sadia.

3.1.2. Excesso de chuvas O efeito do excesso de chuvas na queda dos frutos é mais significativo quando ocorre logo após um período seco. O principal sintoma é a queda acentuada dos “chumbinhos” com pequenas rachaduras no pedúnculo, provenientes da forte pressão exercida pela súbita entrada de água nos frutos, associada ao enfraquecimento das paredes celulares nessa região.

4.1. Adubações de solo A partir da frutificação do cafeeiro é necessária a intensificação do fornecimento dos nutrientes nas adubações de solo para manter uma eficiente taxa fotossintética com alta produção de carboidratos. É importante relembrar que o desenvolvimento dos grãos é muito dependente da fotossíntese corrente, ou seja, aquela produzida diariamente pelo cafeeiro. Realizar o fornecimento do nitrogênio e potássio levando em consideração a expectativa de produtividade, teor foliar do nitrogênio, teor de potássio no solo e o histórico do talhão.

3.1.3. Ataque de fungos “Phoma e Colletodrichum Em anos com chuvas prolongadas entre novembro a dezembro, os frutos tornam-se escuros, secam e permane-

Além dos objetivos acima, o programa nutricional também tem por objetivo estimular o cafeeiro a aumentar a produção de carboidratos para atender as necessidades da carga pendente e a produção dos novos ramos produtivos.


CAFÉ Em cafeeiros em produção fertirrigados, realizar a aplicação destes nutrientes utilizando produtos da linha Irrigamax® que possui baixo índice salino (isento de sódio e cloro) e baixo poder acidificante, características ideais dos fertilizantes para a utilização em fertirrigação. Neste caso, a dosagem do nitrogênio e potássio deve ser parcelada iniciando as aplicações com as primeiras irrigações após o estresse hídrico e as demais até março. Maiores informações sobre as adubações nitrogenadas e potássicas em cafeeiro em produção, consulte a edição de agosto deste ano. Em cafeeiro em produção cultivados em solos com alto teor de potássio ou com altas dosagens deste nutriente, a deficiência de magnésio é generalizada mesmo em solos com teor adequado do magnésio. A saturação de magnésio mais adequada nos solos cultivados com cafeeiro é de 15 a 20%. Eventualmente, se a aplicação do magnésio no solo antes da florada do cafeeiro (150 a 200 kg/ha do Gran Magnésio 30) não foi suficiente para manter o teor foliar deste nutriente na faixa adequada (3,1 a 3,6 g/kg), reaplicar o Gran Magnésio 30 entre novembro e dezembro na dosagem de 100 a 150 kg/ha entre novembro e dezembro. Se o teor de boro nas folhas do cafeeiro, estiver também abaixo da faixa adequada (60 a 80 mg/kg), substituir o Gran Magnésio 30 pelo Gran Boro Mag ou pelo Gran Mix Visão aplicando a mesma dosagem. 4.2. Adubações foliares Conforme comentado anteriormente, a frutificação do cafeeiro tem início com o vingamento das flores. Portanto, a pulverização foliar realizada cerca de 30 dias após a florada mencionada no artigo anterior, que ocorre na fase do “chumbinho” pode ser considerada como a primeira aduba-

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Figura 1. Deficiência de zinco na cultura do cafeeiro. Fonte: Procafé (2011).

ção foliar realizada na frutificação do cafeeiro. Além dos nutrientes fornecidos nas aplicações foliares, é extremamente importante também o fornecimento de aminoácidos, hormônios e fosfitos. O fornecimento de zinco é crucial para o desenvolvimento do cafeeiro. Este micronutriente é responsável pela síntese do triptofano, precursor do hormônio de crescimento, ácido indol-acético (AIA). A deficiência de zinco é generalizada nas lavouras de café e é mais intensa nos solos argilosos e com baixo teor do nutriente. Os sintomas da deficiência do zinco no cafeeiro ocorrem inicialmente nas folhas e órgãos mais novos. As folhas novas tornam-se pequenas, estreitas e alongadas com clorose (amarelecimento) internerval permanecendo as


CAFÉ nervuras verdes. Ocorre também encurtamento dos internódios do cafeeiro (Figura 1).

30 SET 2012

Qual a forma mais eficiente para o fornecimento de zinco ao cafeeiro? Para responder a pergunta acima é necessário inicialmente conhecer a textura dos solos. Em solos argilosos, a forma mais eficiente para o fornecimento de zinco ao cafeeiro são as pulverizações foliares. A adsorção do Zn nos solos argilosos reduz a eficiência da absorção deste nutriente pelas raízes do cafeeiro. Realizar de 3 a 5 aplicações foliares do NHT® Zinco na dosagem de 150 a 300 mL/ha iniciando as pulverizações após a florada e as demais com intervalos de 45 a 60 dias. Em solos arenosos e de textura arenosa, o zinco pode ser aplicado no solo preferencialmente no drench. Neste caso, utilizar o NHT® Zinco na dosagem de 2 a 4 L/ha na primeira pulverização via drench. O NHT® Zinco é um fertilizante fluido com alto teor de zinco (1 kg/L) e é produzido com óxido de zinco nanoparticulado originando partículas extremamente pequenas. A deficiência do manganês no cafeeiro é generalizada em solos sob vegetação de cerrado e em solos com saturação de bases acima da faixa adequada (supercalagem). De forma similar ao zinco, os sintomas da deficiência do manganês no cafeeiro ocorrem inicialmente nas folhas e órgãos mais novos. Estas folhas permanecem com tamanho normal e ocorre clorose internerval permanecendo as nervuras verdes (Figura 2). A fonte de manganês mais adequada para o fornecimento deste nutriente ao cafeeiro é o NHT® Manganês + (Tabela 2). Aplicar de 6 a 8 L/ha do NHT® Manganês + parcelando a dosagem em 3 ou 5 vezes, sendo a primeira logo após a florada do cafeeiro e as demais com intervalo de 45 a 60 dias. A deficiência de cobre ocorre em solos com baixo teor

Figura 7. Deficiência de manganês na cultura do cafeeiro. Foto: Procafé (2011).

Tabela 2: Efeito de duas fontes de manganês nos teores deste

nutriente nas folhas do cafeeiro em produção. TRATAMENTO

TEOR DE Mn NAS FOLHAS DO CAFEEIRO (mg/kg) ANTES DA DEPOIS DA AUMENTO NO APLICAÇÃO APLICAÇÃO TEOR FOLIAR

Sulfato de Mn (1,33 kg/ha)

47

54

7

49

89

40

NHT® Manganês+ (1 L/ha)

FONTE: Deptº Agronômico do Grupo Bio Soja (2012).

do nutriente, lavouras na qual não são utilizados fungicidas cúpricos, solos com alto teor de matéria orgânica e com alto pH. As substâncias húmicas da matéria orgânica formam complexos com alta estabilidade com o cobre reduzindo a sua disponibilidade ao cafeeiro. Em lavouras deficientes em cobre, realizar a aplicação do NHT® Cobre Super na dosagem de 300 a 450 mL/ha parcelando a dosagem em 3 ou 5 aplicações anuais iniciando após a florada do cafeeiro e as demais com intervalo de 45 a 60 dias. Para melhorar a eficiência das adubações nitrogenadas no cafeeiro é importante o fornecimento do molibdênio nas pulverizações foliares. Este nutriente tem ação direta no aumento da eficiência das adubações nitrogenadas no cafeeiro. O molibdênio é constituinte da enzima redutase do nitrato, responsável pela conversão inicial do N-nítrico (N-NO3-) em N orgânico (aminoácidos) que posteriormente formam as proteínas. Aplicar 500 mL/ha do Fertilis® Mol parcelando a dosagem nas duas primeiras adubações foliares após a florada do cafeeiro. Em lavouras com grande carga pendente ou aquelas que tiveram desfolha muito grande causada por uma alta produtividade e/ou seca no inverno muito intensa e/ou alta incidência de pragas e doenças e/ou desequilíbrios nutricionais, realizar a aplicação de 4 a 6 L/ha do Bioamino® Extra parcelando a dosagem do produto ao longo da estação das chuvas. A primeira adubação foliar com o Bioamino® Extra deve ser realizada antes da florada na dosagem de 1 a 1,5 L/ha e as demais na frutificação do cafeeiro com intervalo de 45 a 60 dias. Direcionar as aplicações do Bioamino® Extra no período de maior crescimento vegetativo (setembro/ outubro a fevereiro/março). Eventualmente, as duas últimas adubações foliares do Bioamino® Extra podem ser substituídas pelo Radix® na dosagem de 400 mL/ha. Este fertilizante foliar fluido possui altos teores de carbono orgânico que estimulam o maior desenvolvimento vegetativo e do sistema radicular do cafeeiro. A aplicação dos fosfitos via foliar no cafeeiro estimula a síntese de “fitoalexinas”, substâncias orgânicas inibidoras do crescimento dos fungos e envolvidas com a resistência do cafeeiro às doenças. Realizar a aplicação de 4,5 a 6,0 L/ha do Fertilis® Fosfito


CAFÉ 00-30-20 parcelando a dosagem em 3 ou 4 vezes iniciando as pulverizações na fase do chumbinho e as demais com intervalo de 45 dias. Em aplicações com os produtos da linha NHT®, utilizar preferencialmente o Fertilis® Fosfito 00-2826 na mesma dosagem. Na granação e da maturação, realizar duas adubações foliares com o NHT® Mega K na dosagem de 1,0 a 1,5 L/ha para a suplementação com o potássio. As adubações foliares com o NHT® Mega K não substituem as adubações potássicas de solo. O Naft® e o Silkon® são fertilizantes foliares que devem ser utilizados em todas as pulverizações para melhorar a eficiência no fornecimento de nutrientes ao cafeeiro. Na Tabela 3 há a sugestão da Bio Soja para a nutrição foliar no florescimento da cultura do cafeeiro.

Tabela 3: Sugestão Bio Soja para nutrição foliar da cultura do

cafeeiro

ÉPOCA DE APLICAÇÃO

PRODUTOS NHT® Zinco Bioamino® Extra Fertilis® Mol

Chumbinho

Fertilis® Fosfito 00-28-26

1L 250 mL 1 a 1,5 L 500 mL a 1 L

Naft® ou Silkon®

100 a 200 mL

NHT® Zinco

150 a 300 mL

NHT® Magnésio Radix® Granação: 2 aplicações

Fertilis® Fosfito 00-28-26

com intervalo de 30 a

NHT® P-Boro-P

45 dias 2

NHT® Mega K Fertilis® Fosfito 00-28-26 NHT® Magnésio

Pós-colheita

150 a 300 mL

NHT® P-Boro-P

Naft® ou Silkon®

5. Considerações gerais A fase reprodutiva do cafeeiro é dividida em duas fases: florada e frutificação. A florada tem início com a indução floral que ocorre por volta de abril e vai até a antese ou abertura das flores (setembro/outubro a novembro/dezembro). A frutificação inicia-se com o vingamento floral e finaliza com a maturação dos grãos do cafeeiro. A florada e a frutificação são as mais fases mais críticas do cafeeiro e são as mais afetadas pelas condições climáticas. O retorno dos investimentos realizados pelo cafeicultor na sua atividade será definido na fase reprodutiva do cafeeiro. Café mal nutrido antes da indução floral (abril) está com a sua produtividade comprometida para a safra seguinte. Portanto, a produção da safra seguinte é reflexo do manejo nutricional e dos demais tratos culturais rea-lizados na atual safra. Como minimizar as condições climáticas adversas na fase reprodutiva, tais como, déficit hídrico e variações bruscas de temperatura e obter altas produtividades no cafeeiro ao longo de safras sucessivas? Provavelmente, este é o sonho de todos os cafeicultores: cafeeiro produtivo e com grande longevidade. Basicamente, cafeeiro produtivo ao longo de sucessivas safras é aquele que possui uma área foliar exuberante e sadia e um sistema radicular bem desenvolvimento no perfil do solo explorando o maior volume possível do solo. Portanto, os tratos culturais (correção da acidez do solo nas camadas superficiais e subsuperficiais, manejo nutricional do cafeeiro, controle de pragas e doenças, controle dos nematóides e colheita mecanizada bem conduzida) são fundamentais em cafeeiros em sistemas com alta produtividade. O cafeicultor tem que minimizar a morte das raízes, a seca dos ponteiros e manter a máquina produtora de carboidratos na sua máxima capacidade (folhas verdes e sadias). Os cafeicultores que dispõem de água na sua propriedade não podem e não devem abrir mão da

DOSAGEM POR HECTARE

NHT® Cobre Super

1L 400 mL 1 a 1,5 L 500 mL a 1 L 1 a 1,5 L 100 a 200 mL 1 a 1,5 L 1L 150 mL

NHT® P-Boro-P

500 mL a 1 L

Naft® ou Silkon®

100 a 200 mL

possibilidade de irrigar as suas lavouras. É quase impossível atingir altas produtividades na cafeicultura sem o manejo adequado da irrigação. Neste momento, quero deixar uma mensagem positiva. Vocês já passaram por diversas crises na cafeicultura e este é o momento que temos para melhorar ainda mais o manejo das nossas lavouras. Procurem os agrônomos e demais profissionais envolvidos com a cafeicultura e verifiquem o que deve ser realizado para melhorar o manejo das suas lavouras. Maiores informações sobre os produtos Bio Soja para a frutificação do cafeeiro, entrar em contato com a Bio Soja via representante comercial (verificar o telefone de contato – www.biosoja.com.br) ou via e-mail - biosoja@biosoja. com.br. A

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SILVICULTURA

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Produção sustentada de madeira no sistema silviagrícola DE ACÁCIA, CLONES DE EUCALIPTO E DE GRÃOS

D

Flávio Pereira Silva 1; Eduarda T.P.D. Ferreira 2

urante muitos anos o monocultivo de florestas de rápido crescimento no Brasil estava restrito às grandes reflorestadoras. Mais recentemente tem-se despontado como atividade lucrativa para grandes, médios e pequenos silvicultores, apresentando rentabilidade 130% superior a bovinocultura e 75% superior à sojicultura. O sistema silviagrícola consiste, no cultivo consorciado de espécies florestais de rápido crescimento, como o eucalipto e Acacia mangium, com culturas agrícolas anuais ou bianuais, numa mesma área e ao mesmo tempo, constituindo uma nova alternativa de sustentabilidade das propriedades agrícolas para reflorestadores, apicultores, agricultores e pecuaristas. Ele permite a obtenção de um 1 - Eng. Florestal – D.Sc. em Silvicultura. Caixa Postal 216; Viçosa (MG) - email: acaciaflavio@ufv.br 2 - Estudante de Eng. Florestal – Bolsista CNPq. Caixa Postal 216; – Viçosa (MG) email: eduarda.ferreira@ufv.br

número maior de produtos e/ou serviços a partir de uma mesma área do que nos monocultivos florestais ou agrícolas, refletindo no aumento e diversificação de renda por unidade de área, agregando receita agropecuária e reduzindo os riscos da atividade. Recentemente, esta prática tem sido tratada como uma nova alternativa que auxilia na sustentabilidade do campo, aumentando a produtividade das culturas, antecipando receitas e gerando benefícios ambientais. Se comparado com as monoculturas, o sistema silviagrícola proporciona uma maior biodiversidade ambiental tanto em nível de solos como de plantas. Esta associação proporciona diversos elementos de sustentabilidade ecológica como à redução da erosão dos solos, aumento do teor de matéria orgânica, manutenção da umidade do solo, aumentando a infiltração de água no solo e estabilizando a temperatura do mesmo, entre outros benefícios. Produção de madeiras de Acacia mangium e de clones superiores de eucalipto urograndis no sistema silviagrícola Madeiras de florestas plantadas têm uso nobre, independente do sistema de cultivo, entretanto suas qualidades devem atender às exigências dos mercados consumidores, tornando a produção de madeira um negócio sustentável e ambientalmente correto. O Eucalyptus urograndis produz madeira de boa qualidade, apresenta boa forma florestal, boa produtividade, excelente plasticidade ecológica e madeira satisfatória para serrarias, enquanto os clones superiores deste híbrido de eucalipto e a Acacia mangium apresentam-se como alternativas viáveis para a produção de madeiras para a fabricação de móveis, sendo que os clones já vêm sendo usados de forma tímida no Brasil, para este fim, enquanto a A. mangium é usada intensamente no Sudoeste Asiático. O consórcio da Acacia mangium e clones de Eucalipto urograndis (Eucalyptus urophylla x Eucalyptus grandis), com culturas agrícolas anuais, permitem ao agricultor agregar maior valor à madeira, quando esta é destinada ao mercado moveleiro, para o qual são exigidas madeiras de boa qualidade e isentas de defeitos. Estas madeiras devem apresentar uniformidade, resistência mecânica, estabilidade, facilidade para beneficiamento, aceitação de pregos, colagem, usinagem, ausência de bolsa de resina, rachaduras, entre outros. A obtenção de madeiras com tais características requer o emprego de práticas silviculturais adequadas, como espaçamento de plantio, podas, desbastes seletivos e eliminação de brotações, entre outras. O emprego de técnicas específicas nas operações de abate, transporte, desdobra e secagem constitui pré-requisitos fundamentais para uma boa aceitação


SILVICULTURA FOTO: Flávio Pereira

das madeiras nas movelarias e marcenarias. No entanto, a idade das árvores abatidas exerce papel decisivo sobre a qualidade das madeiras para móveis, garantindo matéria prima com pouco ou nenhum defeito, boa estabilidade, resistência e trabalhabilidade. Este sistema é extremamente promissor, uma vez que o preço de mercado de madeiras para serraria pode ser quatro vezes maior do que os preços das madeiras destinadas para celulose ou energia. Além de ser economicamente atrativa, a Sistema silviagricola: eucalipto, feijão e Acacia mangium produção de madeira em sistema silviagrícola, quando bem planejada, permite uma boa elevado valor comercial, antecipando receitas, melhodensidade populacional de árvores e uma adequada penetração rando o fluxo de caixa e diversificando as atividades da de luz para as culturas anuais intercaladas, aumentando a ren- propriedade rural. tabilidade financeira das áreas cultivadas. A necessidade de reduzir os custos de produção florestal, Transformação do sistema silviagrícola em sistema garantir elevada produtividade, reduzir mão-de-obra, minimi- silvipastoril - O consórcio de culturas agrícolas anuais zar a erosão dos solos e os impactos ambientais produzidos pelas com espécies florestais seguidas pela introdução de pasmonoculturas e pecuária, são questões sobre as quais os sistemas tagens nas entrelinhas de plantio da floresta possibilita a silviagrícolas prestam relevantes contribuições. Compatibilizar redução dos impactos ambientais, maximiza a biodivera produção florestal e agrícola numa mesma área e ao mesmo sidade, recompõem parcialmente os componentes flotempo tem despertado o interesse dos produtores, por permitir a restais, aumenta o ciclo orgânico e dos nutrientes, ofeexploração harmoniosa das florestas e das culturas agrícolas com rece fonte de alimento e abrigo para animais silvestres, o meio ambiente, otimizando o uso da terra e a rentabilidade dos fornece madeira, oferece pasto de melhor qualidade no investimentos. Este sistema vem sendo empregado com sucesso período seco do ano, proporciona um ganho adicional no Noroeste de Minas Gerais, onde diferentes espécies e clones de peso de até 12% nos animais criados neste sistema; de Eucalyptus sp. são consorciados com arroz, feijão ou soja pro- permite o controle e redução dos sub-bosques, diminue duzindo grãos e madeiras de excelente qualidade para serraria, os riscos de incêndios florestais, entre outros benefícios. boa rentabilidade financeira e boa preservação ambiental. Ele Assim, o estabelecimento de pastagens nas entrelinhas pode ser desenvolvido por todas as classes de produtores rurais, de plantios florestais, seguido pela criação de animais de desde que garantam o uso sustentável dos solos, colhendo ape- corte ou de leite, tem reduzido os custos de manutennas os produtos comercializáveis e incorporando os resíduos ao ção destas áreas, sem prejudicar o crescimento e sobrevivência das árvores. Neste caso, a pastagem deverá ser sistema. Assim, o sistema silviagrícola contemplando Acacia man- composta por gramíneas e leguminosas produtivas, bem gium e clone de eucalipto representa uma alternativa para a sus- adaptadas às condições locais e tolerantes ao sombreatentabilidade financeira e ambiental das propriedades agrícolas mento para que o futuro sistema silvipastoril proporpor serem adaptadas às diferentes condições ecológicas, fácil cul- cione a obtenção de um número maior de produtos e/ou tivo, produzirem madeiras de excelente qualidade para móveis e serviços e menores riscos.

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SET 2012


SILVICULTURA

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Vantagens e benefícios do sistema silviagrícola O sistema silviagrícola resultará em benefícios diretos e indiretos para o produtor rural, por permitir a utilização de áreas marginalizadas, protegerem as nascentes, recuperar e proteger os solos, produzir madeira e postos de trabalho. A médio prazo, proporcionará retorno pela não importação de madeiras e pela venda do excedente de madeira produzida na fazenda. A floresta resultante pode ser manejada por desbaste, cujas madeiras oriundas desta operação e do corte final, deverão ser classificadas e destinadas a diferentes usos como móveis, celulose, moirões de cercas tratados, postes, energia, aglomerados ou MDF. O sistema permite ainda a exploração paralela da apicultura, a produção de sementes florestais, óleos essenciais, produção de tanino, forragem e sequestro e venda de créditos de carbono; diversificando e aumentando a renda das propriedades. Ele atende a reposição florestal prevista em lei, aproveita os solos impróprios para a agricultura, amortiza os custos de implantação e manejo dos povoamentos, antecipa receitas, melhora o fluxo de caixa das empresas e constitui fonte de adubação natural para as culturas agrícolas consorciadas. Rentabilidade econômica comparativa do sistema silviagrícola x monocultivo do eucalipto - As espécies florestais de rápido crescimento mais intensamente cultivadas no Brasil são em sua maioria, de grande precocidade e quando bem manejadas, podem apresentar produtividade de até 75 m3/ha/ano, entretanto constituem investimentos de retorno mais demorado do que as monoculturas anuais. Contrariamente, os rendimentos do sistema silviagrícola têm início com a colheita da primeira cultura agrícola e da exploração da apicultura no componente florestal. Para implantação deste sistema, as culturas agrícolas devem ser pouco exigentes em solos e produzirem muita matéria orgânica para o enriquecimento e melhoramento das propriedades do solo, visando melhorar as propriedades deste solo, para o desenvolvimento satisfatório de uma segunda cultura agrícola a ser cultivada na área. A partir do terceiro ano de plantio das espécies florestais, estas poderão ser submetidas a um desbaste seletivo das árvores, cuja madeira produzida poderá ser transformada em produtos mais nobres, antecipando receitas e melhorando o fluxo de caixa de empresa, enquanto a exploração da apicultura contribuirá para aumentar a rentabilidade do consórcio. Resultados de pesquisas de um sistema silviagrícola conduzido no Noroeste de Minas Gerais, durante 11 anos, apresentaram produtividade de 385 stereos/ha de madeira, dos quais 231 foram destinados para energia e os 154 restantes foram destinados a serrarias, enquanto o componente agrícola produziu 43 sacos de grãos durante as duas primeiras safras anuais. A mesma área foi transformada em sistema silvipastoril, com a introdução de pastagem entre as fileiras florestais, seguindo-se exploração da pecuária de corte até os 11 anos, resultando na venda do quarto lotes de novilhos engordados na área e corte final das árvores. Em outra pesquisa conduzida no município de Er-

Estimativa da rentabilidade bruta, por hectare, em Reais, resultante da exploração sustentável da Acacia mangium consorciada com apicultura, gado de corte e plantada no espaçamento 3,0 x 2,0m, com 90% de sobrevivência, desbastes intermediários e corte final aos 9 anos de idade. Rentabilidade da madeira de Acacia mangium Desbaste (ano) 3,0 6,6 9,0

Rent. dos Desbastes e corte final (ha) R$ 4.520,00 tábuas + R$ 22.176,00 lenha R$ 55.650,00 tábuas + R$ 40.159,00 lenha R$ 116.400,00 tábuas + R$ 221.252,00 lenha

Preço Tábua(m3)

Preço Lenha(m)

Rent. Parcial bruta/ha

R$ 400,00

R$ 70,00

R$ 26.695,00

R$ 750,00

R$ 70,00

R$ 95.809,00

R$ 1.500,00

R$ 70,00

R$ 137.652,00

Rentab. do sequestro de carbono atmosférico de Acacia mangium (bônus) Nº planta/ Peso sequestrado/ha Preço / t / Rentabilidade parcial hectare 2º ao 9º ano (t) CO2 bruta / 9 anos 1.500

Mel 36.165,36

210,64

R$ 6.338,15

R$ 30,09

Rentab. da Apicultura na Acacia mangium (em R$) Geléia Própolis Cera Pólen Real 8.193,61

6.799,20

8.193,92

Rent. parcial bruta

6.378,81

65.730,90

Rentab. do sistema silvipastoril em Acacia mangium (*) Ganho Inicio ciclo Ganho peso /3 Rent. bruta Capacidade Ciclo peso anisuporte engorda engorda ciclos engorda parcial (ha) mal/ano 5,5 @ boi

1,5 cabeças/ ha/ano

2 anos

3º ano

16,5 x 3: 49,5@ 49,5@ x 80,00 boi/ha/6 anos

=R$ 3.960,00

Rentab. da produção de Tanino em Acacia mangium Prod. 1º desbaste (kg)

Prod. 2º desbaste (kg)

Prod. corte final (kg)

Prod. total (kg) 9 anos

Preço/kg de tanino

Rentabilidade parcial bruta / 9 anos

1.039,50

2.835,0

2.079,0

5.953,5

R$ 5,15

R$ 30.660,52

* O sistema silvipastoril exige sistema de cultivo diferenciado dos demais e apresenta rentabilidades de madeira, sequestro de carbono e tanino diferente dos valores acima mencionados.

valia (MG), onde foi estabelecido um consórcio de Acacia mangium com eucalipto urograndis, arroz de sequeiro e feijão carioca, no primeiro ano a safra de arroz rendeu 2800 kg por hectare. No segundo ano, o componente florestal foi consorciado com feijão carioca, no período das águas, rendendo 560 kg por hectare. No período do mesmo ano, uma segunda safra do mesmo feijão (safra da seca), apresentando produtividade de 700 kg/ha. Avaliação das espécies florestais com um ano de idade mostrou crescimento médio de sete metros de altura, com boas possibilidades para exploração suplementar da apicultura em nectários extraflorais da acácia consorciada. Os resultados das diferentes pesquisas florestais e apícolas realizadas em diferentes sistemas de exploração no Brasil, envolvendo a Acacia mangium permitiu a elaboração do Quadro de Estimativas de Rentabilidades Financeiras que podem ser obtidas com a exploração da espécie, desde que seja cultivada em condições edafo-climáticas favoráveis a espécie e manejadas por podas e desbastes, entre outras práticas silviculturais. A tabela acima ilustra os múltiplos produtos e múltiplos usos da Acacia mangium e fornece estimativas das rentabilidades brutas, em Reais, resultante da exploração integrada da espécie com desbastes intermediários e corte final aos nove anos de idade. Vale lembrar que madeiras serradas, de boa qualidade, de espécies florestais semelhantes à Acacia mangium, na região Sudeste do Brasil, em 2012, tem seu preço oscilando entre R$1800,00 e R$2.200,00/m³. Maiores informações: acaciaflavio@ ufv.br ou (31) 9151 4063 A


MERCADO CAFÉ - MÉDIA MENSAL DOS PREÇOS RECEBIDOS PELOS PRODUTORES 1 ARÁBICA

ARÁBICA

ARÁBICA

Tipo C Int. 500 (Base Varginha-MG)

Tipo 6 BC-Duro (Base Cepea-Esalq)

MÊS

CONILLON

Tipo C Int. 500 (Base Vitória-ES)

CONILLON

Tipo 6 - Pen. 13) (Base Cepea-Esalq)

Tipo 7 BC (Base Vitória-ES)

2012

2010

2012

2010

2012

2010

2012

2010

JAN

280,75 433,34

485,04

233,75 261,43

390,00

189,50 241,43

350,00

173,51 206,21

296,51

185,00 195,71

300,00

FEV

278,68 495,98

441,31

227,78 281,00

378,95

191,39 251,00

346,84

168,47 214,32

270,64

172,78 214,50

284,21

MAR

279,70 524,27

387,49

221,52 320,00

346,82

186,52 260,00

322,27

173,67 215,81

255,29

166,52 230,00

272,27

2010

2011

2011

2011

2011

2011

2012

ABR

282,18 524,41

379,53

225,50 325,00

340,00

190,00 268,95

320,00

158,23 220,82

248,66

174,00 233,42

254,50

MAI

289,46 530,76

382,65

231,90 326,59

336,36

190,00 290,00

316,36

160,51 231,69

253,75

174,05 225,00

252,73

JUN

305,13 515,01

360,31

241,43 336,43

340,00

210,95 288,57

320,00

167,57 226,82

252,44

182,38 232,62

260,00

JUL

302,36 457,81

408,06

246,82 340,95

360,00

225,91 283,81

335,00

171,50 218,48

275,20

197,95 223,57

275,00

AGO

313,93 470,62

378,48

234,09 346,09

355,00

219,09 295,00

330,00

171,45 222,01

276,83

195,45 229,13

280,00

SET

328,23 511,57

234,76 360,00

223,10 308,33

170,03 233,00

193,33 235,00

OUT

327,15 490,45

235,00 363,50

222,25 314,50

173,81 244,15

192,25 235,25

NOV

355,51 493,83

243,80 384,00

224,70 328,50

187,14 269,29

191,20 258,50

DEZ

387,01 491,35

249,51 390,00

229,71 349,05

192,83 297,26

192,00 299,52

FONTE: Indicador CEPEA/Esalq/BM&F e Boletim do Café - Centro do Comércio de Café do Rio de Janeiro.

-

1 - Em R$/saca de 60kg, posto, com Funrural e sem ICMS.

LEITE - LITROS NECESSÁRIOS PARA COMPRAR INSUMOS E SERVIÇOS NA PECUÁRIA 1 Jul/2012 Jun/2012 Mai/2012 Abr/2012 R$ 0,86 2 R$ 0,87 R$ 0,89 R$ 0,88 3.916 3.601 3.621 3.941

INSUMO / SERVIÇO Vaca em Lactação (+12 litros)

Mar/2012 R$ 0,86 3.385

Fev/2012 R$ 0,84 3.200

Jan/2012 R$ 0,82 3.710

Dez/2011 R$ 0,84 3.333

Nov/2011 R$ 0,86 3.554

Out/2011 R$ 0,90 3.667

Diarista

44

47

44

46,6

40

43

55

51

51

46

Ração para Vaca em Lactação (sc 50kg)

38

40

38,4

37,7

34,1

34,8

42

41

40

40

Farelo de Algodão (sc 50kg)

44

47

44

41

36,1

36,1

47

44

44

43

Sal Comum (sc 25 kg)

13

13

12,8

13,1

11,8

11,9

15

14

14

14

Neguvon

29

27

28,6

29,4

28,6

29,1

31

30

28

31

Tintura de Iodo a 10% (Litro)

27

26

26,5

27

25,1

26,3

30

29

30

27

Remédio para Mastite (Mastilac)

4,9

5

4,9

4,9

4,3

4,2

4,8

4,7

4,9

4,7

Vacina Aftosa (dose)

1,4

1,30

1,4

1,5

1,3

1,3

1,6

1,6

1,6

1,8

Uréia Pecuária

62

63

62

57

52,4

55,2

68

70

64

60

Sulfato de Amônia (sc 50kg)

56

58

56

52

45,3

46,9

59

56

56

55

Detergente alcalino (limpeza ordenha)

32

30

32

34

29,3

24,8

37

37

35

34

Óleo Diesel (Litro)

2,3

2,4

2,3

2,3

2,1

2,1

2,5

2,4

2,3

2,2

1 - Poder de compra do leite. 2 - Preço Médio pago ao Produtor. Fonte: Panorama do Leite - Embrapa CNPGL

CANA DE AÇÚCAR VALORES DE ATR e PREÇO TON. CANA MÊS/ANO

Valor ATR mês Cana Campo1 (R$/ton.) R$/kg ATR

Cana Esteira2 (R$/ton.)

Ago/2012

0,4651

53,04

59,25

Jul/2012

0,4702

53,74

60,03

Jun/2012

0,4943

54,81

61,23

Mai/2012

0,5109

55,31

61,79

Abr/2012

0,4976

54,33

60,69

Mar/2012

0,5057

54,79

61,20

Fev/2012

0,4801

54,62

61,01

Jan/2012

0,5026

54,88

61,30

Dez/2011

0,5268

55,00

61,44

Nov/2011

0,5278

54,77

61,18

Out/2011

0,5162

54,42

60,79

Set/2011

0,4983

54,06

60,39

Ago/2011

0,4880

53,96

60,28

Fonte: Orplana e UNICA - Elaboração: UDOP (1) Índice Cana Campo = 109,19 Kg ATR - valor sugerido para contratos de parceira quando a cota-parte do proprietário é entregue no campo. (2) Índice Cana Esteira = 121,97 Kg ATR - valor sugerido para contratos de parceira quando a cota-parte do proprietário é entregue na esteira.

35

SET 2012


36 SET 2012


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