Edição 81 - Revista Agronegocios

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EVENTOS

EMBRAPA propõe medidas de manejo integrado de Helicoverpa.

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Apontada na Bahia como suposto bioterrorismo, onde já causou mais de R$ 1 bilhão em prejuízos a lavouras de soja e algodão, a lagarta Helicoverpa armigera vem tirando o sono de produtores rurais de vários estados brasileiros devido ao alto grau de destruição. A lagarta come plástico, provocou sérios danos em cultivares que possuem genes que expresam proteínas Bt e ataca mais de 17 culturas econômicas em todo o país.

16ª EXPOCAFÉ movimenta R$ 260 milhões

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Realizada em Três Pontas (MG) e contando com 140 expositores de diversos segmentos da cadeia produtiva, os negócios gerados e prospectados na feira foram 30% a mais que no ano anterior.

EMPRESAS

CAFÉ

AMSC visita Divinolândia (SP) e Poços de Caldas (MG)

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Gabriel Borges, Orlando Beloti e o provador Calixto Peliciari visitaram uma propriedade Fairtrade em Divinolândia (SP) e a infraestrutura da Bourbon Specialty Coffees.

Grupo Agrotécnica inaugura revenda em Franca (SP)

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Especializada na assessoria técnica a produtores de café, soja, milho, feijão, cana de açúcar, hortifruti em geral e jardinagem, a Agrotécnica de Franca será a 13ª unidade do grupo.

Nutrição do Cafeeiro (parte 12)

CAFÉ

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Natureza prova, a cada dia, que o conhecimento humano ainda é pequeno e que requer constantemente a busca por novas descobertas. Por muito tempo, a ciência assombrou gerações, com as invenções em maquinários e remédios e culminou recentemente com a adoção da biotecnologia em vários setores da humanidade, incluindo a agricultura e a pecuária. Em muitos casos, o ser humano é taxado de querer ser Deus, de querer manipular a Natureza. Talvez os críticos tenham razão. Não estamos aqui para julgar, mas sim para levantar a necessidade crescente pela produção de alimentos. Mas para aqueles que imaginaram que a descoberta da tecnologia Bt na agricultura, visando o controle de pragas e doenças, eliminaria totalmente a necessidade de novas descobertas em cultivares, enganou-se. Com prejuízos superiores a R$ 1 bilhão em lavouras de 17 culturas econômicas em todo o país, a lagarta Helicoverpa armigera tornouse o centro de várias discussões. De bioterrorismo à prova de que a biotecnologia Bt não funciona, o ataque da Helicoverpa demonstra claramente que o conhecimento precisa ser novamente estimulado, caso a Humanidade queira definitivamente eliminar a fome em todo o mundo. Sabemos que a fome no mundo não é fruto apenas da baixa produção de alimentos. Tem outros fatores, como problemas com a logística de armazenamento, de transporte, de processamente; enfim, de muitos elos da cadeia produtiva. Mas, sem dúvida alguma, os prejuízos no campo são preocupantes, quando qualquer tipo de manejo, produto químico ou produto biológico não consegue controlar o ataque de um inseto. Nesta edição, destacamos as orientações dos pesquisadores da EMBRAPA as medidas de manejo integrado de Helicoverpa armigera. Neste contexto, destaque também para a nova tecnologia da Pioneer tecnologia OptimumTM Intrasect TM é a mais nova e eficiente tecnologia Bt, com a mesma segurança e com benefícios adicionais obtidos pela combinação de duas diferentes proteínas Bt: a Cry1F e a Cry1Ab. Na cafeicultura, destaque para o 12º artigo do pesquisador Renato Brandão, consultor do Grupo Bio Soja e do artigo do Bureau de Inteligência Competitiva do Café, retratando potenciais concorrentes do café brasileiro. Nossa equipe visitou ainda a 16ª EXPOCAFÉ e a 20ª HORTITEC, e pôde comprovar o sucesso dessas feiras. Boa leitura a todos!

EVENTOS

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Biotecnologia, lagartas e o conhecimento humano

DESTAQUE: Helicoverpa

EDITORIAL

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Artigo do pesquisador Renato Passos Brandão, do Grupo Bio Soja, orienta o cafeicultor a otimizar os seus investimentos e aumentar a rentabilidade da atividade cafeeira.

20ª HORTITEC movimenta R$ 100 milhões

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Realizada em Holambra (SP) e considerada a maior feira do segmento hortifruti e flores, a HORTITEC contou com 400 expositores e um público redorde superior a 26 mil visitantes.


GRÃOS

Optium Intrasect : a mais nova e eficiente combinação de tecnologias Bt TM

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Pioneer inova e combina dois produtos testados e aprovados pelos produtores

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introdução do milho Bt no Brasil é um exemplo global do profissionalismo do agricultor brasileiro, sempre disposto a adotar tecnologias que lhe tragam novas soluções a problemas graves como o ataque de lagartas no milho, reduzindo riscos e aumentando as possibilidades de incrementar a sua produtividade, melhorar a qualidade do produto final e a lucratividade. Fiel à sua tradição de parceira com o agricultor e ao seu perfil de empresa inovadora como canal de novas tecnologias, a Pioneer® inovou, combinando dois produtos testados e aprovados pelos produtores - o milho Herculex® I e o milho YieldGard® -, gerando a tecnologia OptimumTM Intrasect TM, uma nova geração e, portanto, uma evolução da tecnologia Bt em milho. A tecnologia OptimumTM Intrasect TM é a mais nova e eficiente tecnologia Bt, com a mesma segurança e com benefícios adicionais obtidos pela combinação de duas diferentes proteínas Bt: a Cry1F e a Cry1Ab. Esta combinação de duas diferentes proteínas, eficientes e estáveis, traz ao mercado melhor espectro de controle de lagartas que atacam a cultura do milho. A tecnologia foi obtida por cruzamento conven-

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GRÃOS

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cional das tecnologias individuais, sendo caracterizada como uma combinação de eventos. A tecnologia OptimumTM Intrasect TM, como todo novo produto da Biotecnologia Agrícola, foi submetida à aprovação da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), órgão ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, formado por especialistas de diversas áreas da ciência e representantes de diversos órgãos governamentais, que atestou sua segurança para saúde humana e animal, bem como para o meio ambiente. A presença nas plantas de milho, simultaneamente, das proteínas Cry1F e Cry1Ab, propicia excelente controle das principais pragas tais como a lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda), a broca-da-cana-de-açúcar (Diatraea saccharalis) e a lagarta elasmo (Elasmopalpus lignosellus). Ainda, complementado com melhor controle da lagarta-da-espiga (Helicoverpa zea) e da lagarta-rosca (Agrotis ipsilon), e o controle de pragas secundárias como a lagarta-das-vagens (Spodoptera eridania) e a lagarta-do-trigo (Pseudaletia sequax), que podem aparecer na lavoura e, assim ganhar importância econômica em virtude do controle das pragas principais. As recomendações de manejo permanecem as mesmas já conhecidas para os produtos que contêm apenas uma proteína: utilizar o Tratamento de Sementes Industrial, que controla pragas não atingidas pelo Bt tais como os percevejos e associar a essas tecnologias, um correto manejo de insetos na palhada pré-plantio, o que aumenta a probabilidade de sucesso na produção. Também não se pode deixar de fazer o monitoramento constante da lavoura para verificar a presença de insetos e danos nas plantas e, caso seja identificado um nível de dano econômico, fazer uso de inseticidas químicos devidamente registrados para esse uso junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Para a preservação da eficiência da tecnologia, também não podemos esquecer as medidas de manejo da resistência de insetos aos métodos de controle. No caso do milho OptimumTM Intrasect TM recomenda-se o uso de uma área de refúgio equivalente a 5% (cinco por cento) da área total

plantada, em distância não superior a 800 metros. Além das duas proteínas Bt, o milho OptimumTM Intrasect TM ainda tem ferramentas que auxiliam no melhor manejo das plantas daninhas. Uma delas é a tecnologia Liberty Link® de tolerância a herbicidas formulados com Glufosinato de Amônio presente no milho Herculex® I. A outra tecnologia que poderá ser incorporada como ferramenta adicional é a tecnologia Roundup Ready® de tolerância aos herbicidas Roundup®, aumentando ainda mais o espectro de controle das plantas daninhas. Os híbridos da marca Pioneer®, que trazem a tecnologia OptimumTM Intrasect TM, serão identificados pela combinação de letras YH quando a combinação for constituída pelas tecnologias Herculex® I e YieldGard®, ou pelas letras YHR quando a combinação for formada pelas tecnologias Herculex® I, YieldGard® e Roundup Ready®. As letras sempre ficarão após o seu respectivo número num tamanho 40% menor do que os números. Veja os exemplos: P1630YH ou P1630YHR. Vários híbridos da marca Pioneer estão em fase de registro no Registro Nacional de Cultivares do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e já deverão ser comercializados a partir desta próxima safrinha, em pequena escala. Da mesma forma que com outros milhos geneticamente modificados, no uso do milho OptimumTM Intrasect TM é fundamental observar a norma de coexistência entre milho convencional e milho transgênico, estabelecida pelo Governo Federal (Resolução Normativa no 4 da CTNBio). Ela estabelece as distâncias que devem ser observadas entre seu campo de milho geneticamente modificado (Bt ou outras tecnologias) e o campo de milho convencional do seu vizinho. É importante ressaltar que essa prática não tem nada a ver com segurança do produto, atestada por sua aprovação para uso comercial e, sim, simplesmente respeitar o direito do vizinho de não ter seu milho polinizado por plantas de milho transgênico. A norma prevê apenas o isolamento por distância, sendo que os campos devem ser separados por cem metros de distância, ou alternativamente por 20 metros, caso se coloque uma bordadura de dez linhas de milho convencional, de mesmo porte e ciclo do híbrido, contendo a tecnologia OptimumTM Intrasect TM. Essa bordadura pode contar como área de refúgio, desde que atenda ao tamanho de área necessário. Importante ressaltar que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento está fiscalizando a adoção das medidas de coexistência.


EVENTOS

16ª EXPOCAFÉ supera expectativas e movimenta R$ 260 milhões

Feira reuniu 140 expositores de diversos segmentos da cafeicultura brasileira.

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m três dias os negócios gerados e prospectados na 16ª edição da EXPOCAFÉ ficaram em torno de R$ 260 milhões, 30% a mais que no ano anterior. Realizada na Fazenda Experimental da EPAMIG em Três Pontas (MG), a feira atraiu um público superior a 20 mil pessoas. “A feira foi um sucesso. O produtor está cada vez mais mecanizando a lavoura, e esse é um indicativo sócio-econômico importante. Como a saca do café está com preço bem abaixo do desejável, o produtor encontra aqui novidades que reduzem custo”, afirma Marcelo Lana, presidente da EPAMIG. Produtores de pequeno, médio e grande porte visitam a feira. “A mecanização da lavoura é uma realidade. Vendemos pequenos equipamentos até para apanhadores de café”, destaca o representante comercial da Honda, Carlos Eduardo de Araújo. Os números dos expositores comprovam que na Expocafé, o visitante vem para comprar. A TDI, empresa de Araguari (MG) que fabrica colhedoras de café, trouxe cinco máquinas para pronta entrega e vendeu todas. “Temos ainda vinte propostas de compra muito bem encaminhadas”, afirma Abdias Junior, diretor de marketing TDI. “Tivemos pedidos de financiamento de R$ 5 mil a R$ 600 mil de produtores de vários estados do Brasil”, desta-

Estande da Syngenta na 16ª EXPOCAFÉ: sempre com muitos cafeicultores.

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EVENTOS

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Estande da MIAC - MÁQUINAS COLOMBO

Colheitadeira de café da NEW HOLLAND.

ca Celma Fontana, assistente de negócios do Banco do Brasil. Além dos estandes, quem visitou a lavoura teve oportunidade de conhecer sete novas cultivares desenvolvidas pela EPAMIG. De acordo com o pesquisador Gladyston Carvalho “São materiais resultantes do cruzamento genético de algumas cultivares já conhecidas pelos cafeicultores, só que cinco são resistentes à ferrugem e adaptadas a áreas montanhosas, e as outras duas, para colheita mecanizada e empresarial”. O coordenador técnico da Expocafé e pesquisador da EPAMIG, César Elias Botelho, destaca que “o desafio da pesquisa é buscar cultivares resistentes à ferrugem e que tenham uniformidade na maturação do grão para que o produtor obtenha bom resultado na colheita”.

Estande da BIO SOJA.

Estande da IHARA

Estande da FERTILIZANTES HERINGER

Estande da BAYER CROPSCIENCE

Estande da BASF, sempre lotado de cafeicultores.


AMSC visita grupo de cafeicultores Fairtrade em Divinolândia (SP)

CAFÉ

Grupo também conheceu a Bourbon Specialt Coffees, em Poços de Caldas (MG)

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empre atenta a novidades e as principais tendências do mercado de cafés especiais, a AMSC (Associação dos Produtores de Cafés Especiais da Alta Mogiana), realizou em junho, duas visitas à cidades da região com o objetivo de conhecer mais de perto o trabalho desenvolvido por um grupo de Fairtrade e a infraestrutura da Bourbon Specialty Coffees. No dia 26 de junho, o secretário executivo da associação, Gabriel Borges, acompanhado do produtor associado, Orlando Beloti e do provador Calixto Peliciari, viajou a Poços de Caldas (MG). O grupo conheceu as instalações da Bourbon Specialty Coffees, empresa compradora de diversos lotes do Concurso de Qualidade promovido pela Associação. Além de conhecer a infraestrutura, o grupo convidou um provador da Bourbon para fazer parte do corpo de jurados do concurso que será realizado em setembro. No período da tarde, o grupo viajou a Divinolândia (SP), onde se encontrou com o presidente da Associação de Produtores Rurais do município, Francisco Sérgio Lange. O

A comitivida da AMSC na Bourbon Specialty Coffees.

A comitiva da AMSC em um cafezal Fairtrade de Divinolândia (SP)

encontro teve como objetivo conhecer o grupo de Fairtrade desenvolvido pelos cafeicultores. Na oportunidade, eles também se reuniram com o oficial de campo da Fairtrade no Brasil, João Mattos. “Queremos agendar uma palestra para os nossos produtores e tentar formar um grupo Fairtrade na nossa região”, explicou Borges. Criado na década de 60, o Fairtrade tem como característica a união de responsabilidade social, sustentabilidade e competitividade para pequenos e médios produtores. “Essa certificação une todas as cadeias do café nas regras do comércio justo, o que facilita a exportação. Pode ser uma sugestão muito interessante para os produtores da Alta Mogiana”, explicou Oliveira. Atualmente a AMSC tem mais de 30 associados, destes a maior parte são de pequenos e médios produtores, que poderiam ser beneficiados com esta certificação.

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DESTAQUES

SEMEX BRASIL, SUCESSO DURANTE A 19ª FEICORTE

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a semana em que a cidade de São Paulo recebeu o maior evento indoor da Cadeia Produtiva da Carne, a FEICORTE, a Semex Brasil obteve ótimos resultados, dentro e fora da pista. Destaque para o touro Grande Campeão da Raça Angus, que é neto materno do touro Dateline, comercializado pela empresa. O evento também foi muito comemorado pela equipe de vendas, já que os números dobraram em comparação com a feira do ano passado. INFORMAÇÕES:www.semex.com.br.

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SAFE TRACE CAFÉ PARTICIPA DA FISPAL CAFÉ 2013 Safe Trace Café esteve presente na FISPAL

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CAFÉ 2013 - Feira de Negócios para o Setor Cafeeiro e maior Feira de Alimentos da América Latina. O evento ocorreu entre os dias 25 e 28 de junho, no ExpoCenter Norte, em São Paulo (SP) e reuniu produtores, torrefadores, exportadores, distribuidores, baristas e profissionais do setor cafe-eiro ocorrerá simultaneamente à Fispal Food Service, propiciando oportunidade única aos expositores impulsionarem suas marcas. INFORMAÇÕS: www.stcafe.com.br

ARYSTA LANÇA PRODUTOS NA HORTITEC

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contatos HUMBERTO DIAS (hdconsultoriaagricola@hotmail.com) Consultor Técnico em Cafeicultura Santo Antônio da Alegria (SP). “Gostaria de assinar a Revista Attalea Agronegócios”. ADRIANO HENRIQUE DO CARMO (bioadrianocarmo@gmail.com) Gestor Ambiental - Batatais (SP). “Sou biólogo, gestor ambiental e proprietário rural, atuando em propriedades rurais. Trabalho com sistemas silviagropastoris e com viveiros de mudas nativas exótivas”. DANIELLA FÁTIMA FERREIRA (daniellarpa@hotmail.com) Estudante de Agronomia - Araxá (MG). “Olá, gostaria de receber a Revista Attalea Agronegócios. Tenho bastante afinidade com a cultura do café. Estou começando estágio na CAPAL (Cooperativa Agropecuária de Araxá) e a revista poderia me ajudar muito”.

urante a HORTITEC 2013 a Arysta LifeScience apresentou aos hortifruticultores o fungicida Kaligreen, primeiro produto da linha “Passaporte Verde” a chegar no mercado brasileiro e que tem como base ingrediente ativo de bicarbonato de potássio. Além dele, a empresa destacou ainda o bactericida Kasumin; o Biozyme, produto diferenciado com alta tecnologia e baseados em extratos vegetais; o fertilizante K-Fol, cuja fórmula balanceada atua na fase de estruturação, frutificação e finalização dos cultivos; e o fungicida Ranman. INFORMAÇÕES: www.arystalifescience.com.br.

JOÃO BOSCO MARINHEIRO SANDRIN (jsandrin@netsite.com.br) Cafeicultor e Pecuarista - Batatais (SP). “Gostaria de assinar a Revista Attalea Agronegócios”.

PRESENCE REALIZA SEMINÁRIO DE PISCICULTURA

ALÉCIO MESSIAS CINTRA (aleciocintra@hotmail.com) Técnico Agrícola - São Sebastião do Paraíso (MG). “Gostaria de assinar a Revista Attalea Agronegócios”.

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rganizada pela Nutrinorte, revenda Presence para a região de Franca (SP), aconteceu no último dia 27 de junho, no Parque de Exposições “Fernando Costa”, o 1º Seminário de Piscicultura. Envolveu palestra sobre “Boas Práticas de Manejo na Reprodução e Alevinagem de Tilápias” (Jorge Bieira Barbosa/Aquaporto); “Manejo Nutricional de Tilápias” (Rodrigo Figueiredo do Rego/AquaPresence); e “Novas Tecnologias para a Produção de Tilápias” (Marine Equipamentos). INFORMAÇÕES: Tel. (16) 3723-3788. www.nutrinortenutricao.com.br

CAFEICULTURA INCENTIVA USO DE TECNOLOGIAS

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Arvus Tecnologia apresentou, durante a 16ª EXPOCAFÉ, soluções de agricultura de precisão e de gestão da lavoura. Especializada no desenvolvimento de softwares e equipamentos de precisão para agricultura e silvicultura, a Arvus Tecnologia mostrou a eficiência do uso de controladores eletrônicos de taxa variável, além de outras tecnologias para o setor. INFORMAÇÕES: www.arvus.net.br

FERNANDO NASCIMENTO PAULA (fernandinhonp@gmail.com) Gestor de Agronegócios - Cássia (MG). “Trabalho com classificação e comercialização de café. Gostaria de assinar a Revista Attalea Agronegócios”.

MICHELLE ROSE A.S. DE FARIA (biblioteca.ifsp.barretos@gmail.com) Instituto Federal de SP - Barretos (SP). “Gostaria de receber a Revista Attalea Agronegócios, que considero de fundamental importância para professores e alunos do curso Técnico em Agronegócios. Obrigada”. GUILHERME KUNIMATSU CERVI (guikunicervi@yahoo.com.br) Administrador de Empresas - Franca (SP). “Gostaria de assinar a Revista Attalea Agronegócios”. OSMAR REZENDE DA SILVA (heliaacs@hotmail.com) Cafeicultor e Pecuarista - Piumhi (MG). “Gostaria de assinar a Revista Attalea Agronegócios”


CAFE

Indonésia: um potencial concorrente do Café Brasileiro.

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partir desta edição, a Revista Attalea Agronegócios trará regularmente artigos organizados pela equipe do Prof. Dr. Luiz Gonzaga de Castro Junior, coordenador do Bureau de Inteligência Competitiva do Café, que retratam países potenciais concorrentes do café brasileiro. Iniciamos com a Indonésia. Trata-se de um país de aproximadamente 242 milhões de habitantes, situado entre o sudeste asiático e a Austrália, é composto pelo maior arquipélago do mundo. Possui a maior economia do sudeste asiático sendo ainda membro do G-20.O principal setor econômico é o de serviços (45,3% do PIB), seguido pela indústria (40,7%) e pela agricultura (14%) que apesar de ser a terceira maior responsável pela economia é o setor que mais gera empregos no país. A Indonésia é hoje o terceiro maior produtor de cafés sendo que a maior parte de sua produção é de Robusta, 8 milhões de sacas (aproximadamente 82,5%). PONTOS FORTES = a) - Indústria de solúveis e “mixed coffee” em franca expansão; b) - Produção de cafés raros e especiais conhecidos e valorizados mundialmente (por ex. Kopi Luwak); c) - Aumento do consumo interno de café; d) - Condições meteorológicas favoráveis durante a colheita (ex-

ceto no norte da Sumatra); e) - Aquecimento da demanda pelo café Robusta no mercado mundial; f) - Geração de empregos (44,3% dos trabalhadores do país). PONTOS FRACOS = a) - Idade das plantas de café (> 25 anos); b) - Produtividade baixa (aproximadamente 8 sacas/ha); c) - Grande concorrência interna com outros produtos agrícolas como cacau, borracha e óleo da palma. AÇÕES = 1) - Investimentos governamentais no desenvolvimento da cafeicultura. 2) - Preocupação com a produtividade e qualidade. Principais discussões: industrialização, cafés solúveis e “mixed coffee”, concorrência interna com outros produtos agrícolas. CONSIDERAÇÕES = • A produção de café na Indonésia cresceu 17%

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do ano safra 2011/2012 para o ano safra 2012/2013, atingindo aproximadamente 9,7 milhões de sacas. • O consumo interno cresceu 7,6% do ano safra 2011/2012 para o ano safra 2012/2013. • As importações de café do país caíram cerca de 19% e as exportações subiram 13% do ano safra 2011/2012 para o a no safra 2012/2013. • O aumento na produção é reflexo da melhoria na produtividade uma vez que a área utilizada na cafeicultura diminuiu nos últimos anos. CENÁRIO = O Ministério da Agricultura da Indonésia vem destinando recursos a fim de promover melhorias no setor cafeeiro, o que deve gerar impacto na oferta do país e, consequentemente, na mundial. Observou-se do ano safra 2011/2012 para o ano safra 2012/2013 um aumento da produção total de cafés arábica e robusta, resultado do ganho de produtividade já que a área total explorada pela atividade diminuiu. A baixa produtividade (média de 8 sacas/ha) é o obstáculo a ser vencido. De 2000 até 2012, a produção de café robusta na Indonésia cresceu aproximadamente 34%, o que foi mais que suficiente para manter o país como 3º maior produtor mundial. Considerando a atratividade atual da cultura, que favorece o incentivo público e privado ao setor, é de se esperar um avanço na produtividade média da cafeicultura na Indonésia, o que possivelmente colocará o país com uma produção na casa dos 13-14 milhões de sacas. O grande limitador da maior oferta de café pela Indonésia é a concorrência interna que o produto sofre com

outros produtos agrícolas. Assim, quando estes se mostram mais rentáveis que o café, eles tomam para si a atenção, essencialmente financeira, do governo e dos produtores. É o que vem acontecendo com o óleo da palma que é bastante valorizado por suas diversas utilidades, principalmente em alguns casos onde aparece como uma alternativa ao petróleo, o que dá a atividade, além da valorização atual, ótimas perspectivas de futuro. Outros produtos que concorrem diretamente com o café na aplicação de recursos são o cacau e a borracha. SOBRE O BUREAU - O Bureau de Inteligência Competitiva do Café é um programa desenvolvido no Centro de Inteligência em Mercados (CIM) da Universidade Federal de Lavras (UFLA). Informações: www.icafebr.com.


EVENTOS

SinRural de Passos (MG) realiza de 6 a 9 de agosto a 5ª edição da SINAGRO Feira acontecerá no Parque de Exposições “Adolfo Coelho Lemos”

Leonardo Medeiros, presidente do Sindicato Rural de Passos, faz a apresentação da 5ª SINAGRO aos empresários.

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praticamente um mês do início da 5ª SINAGRO (Feira de Agronegócios do Sudoeste Mineiro) a Comissão Organizadora informa que 15 empresas fecharam parceria com a organização para a aquisição de estandes. O evento acontece de 6 a 9 de agosto no Parque de Exposições “Adolfo Coelho Lemos”, em Passos (MG) e trará máquinas de última geração e alta tecnologia; estandes de empresas do segmento rural com ofertas de insumos, produtos veterinários e agropecuários e muita novidade para o produtor rural. A proposta de um preço diferenciado para os empresários foi feita durante o café empresarial, realizado no dia 21 de junho, no qual foram discutidas maneiras de mobilização dos produtores rurais de toda a região participar da feira. Conforme o coordenador comercial da 5ª SINAGRO, Anselmo Figueiredo, os parceiros que aderirem até a próxima semana terão um valor reduzido, como forma de incentivo para participação na feira. “Todas as empresas, tanto de maquinário, quanto de insumos agrícolas, quanto de outros ramos poderão nos procurar para a negociação”, salientou. No dia 21 de junho, mais de 80 pessoas de vários segmentos ligados ao agronegócio participaram da reunião de trabalho que teve como objetivo traçar metas para trazer os produtores rurais para a feira. Foram feitas reuniões separadas por áreas como empresários, instituições financeiras, instituições de ensino e extensão, entidades técnicas como a EMATER, prefeituras e associações rurais. De acordo com o presidente do Sinrural, Leonardo Medeiros, a reunião foi bastante proveitosa porque cada um dos vários setores que estão envolvidos com a realização da feira puderam expor quais seus anseios e quais as maneiras de trazer os produtores rurais, peça chave do evento, para a feira. “A produtividade e o lucro são os grandes alicerces do produtor rural. É nossa obrigação elaborar uma feira que atenda este perfil. Portanto, o tema deste ano é “Sustentando

o crescimento do campo” e vamos trazer palestras neste sentido, buscar linhas de crédito diferenciadas, preços melhores de insumos, peças e equipamentos”, salientou o dirigente. Participaram da reunião os secretários de Indústria, Comércio e Turismo, José Eustáquio do Nascimento, o Taquinho e o de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Nivaldo de Oliveira, o Chaparral, os prefeitos de Pratápolis (MG), José Eneido Modesto, o de Capetinga (MG), Daniel Bertholdi, o secretário de Obras de Itaú de Minas (MG), José Eurípedes Roriz, representando o prefeito Norival Lima. Dentre as sugestões uma delas é de que as esposas dos produtores rurais sejam convidadas a participar da feira, pois estas mulheres estão ligadas diretamente ao trabalho no campo, principalmente nas pequenas propriedades. Com relação a taxas, as agências de crédito disseram não terem linhas diferenciadas regionais, mas que podem trabalhar no sentido de aprovação de crédito antes mesmo

Estande da Sami Máquinas, representante da Yanmar Agritech em São Sebastião do Paraíso (MG) na edição 2012 da SINAGRO.

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da feira, para que quando a SINAGRO, acontecer os produtores já tenham seus créditos aprovados. E a sugestão da maioria é de que as prefeituras em parceria com a AMEG (Associação dos Municípios do Médio Rio Grande) faça a mobilização para que todas as administrações forneçam transporte para os produtores virem para a feira. A SINAGRO é uma realização do Sindicato Rural de Passos com parcerias da Emater (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural-MG), IMA (Instituto Mineiro de Agropecuária) Fesp (Fundação de Ensino Superior de Passos), Banco do Brasil, Ifsuldeminas (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul de Minas Gerais), Banco do Brasil, Ameg (Associação dos Municípios do Médio Rio Grande), Faemg/Senar, Casmil (Cooperativa Agropecuária do Sudoeste Mineiro), Prefeitura Municipal de Passos, Caixa Econômica Federal e Sindicom/Isepem. A 5ª SINAGRO (Feira de Agronegócios do Sudoeste Mineiro) é a sequência de uma iniciativa que tem como objetivo aproximar produtores, empresários, prestadores de serviços e, pela transferência de conhecimentos, estimular o crescimento do agronegócio, bem como profissionalizar o setor fomentando, cada vez mais, o surgimento de gestores e empreendedores conscientes da força socioeconômica do homem do campo, especialmente numa região em que predomina a economia agropecuária. Para o presidente do SinRural e organizador da feira, o produtor rural Leonardo Medeiros e parceiros têm a certeza de que a participação de todos contribuirá para o sucesso e para que o evento atinja o objetivo de fazer mais forte o setor rural em toda a região.

Confira a programação do evento: ABERTURA OFICIAL • Dia: 6 de agosto de 2013, às 10 horas • Presenças: Ministro da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA), Antonio Andrade; Secretário Estadual de Agricultura Pecuária e Abastecimento (SEAPA), Elmiro Alves Nascimento, deputados estaduais, deputados federais, prefeitos, vereadores e lideranças regionais. PROGRAMAÇÃO DE PALESTRAS NA FEIRA 06 de agosto, às 11 horas Mobilização: Encontro de Reestruturação da ASSUL – Associação dos Sindicatos Rurais do Sul de Minas 06 de agosto, às 16 horas Painel: Estrada Boa no Campo. Com Engº Agrº José da Paz Andrade Câmara, Gerente Regional da Emater de Guaxupé (MG). 07 de agosto, às 16 horas Painel: Aplicações da Informática no Gerenciamento de Propriedades Rurais. Com Prof. João Paulo de Toledo Gomes - IFSULDEMINAS - Campus Passos 08 de agosto, às 15 horas Painel: Confecção de Móveis e Utensílios com a Madeira do Cafeeiro. Com: Prof. Geveraldo Maciel - IFSULDEMINAS Campus Machado 08 de agosto, às 16 horas Painel: O Mercado do Café Orgânico. Com Luiz Adauto de Oliveira (COOPFAM - Poço Fundo/MG) 09 de agosto, às 10 horas Painel: Crédito para Agricultura de Baixo Carbono. Com Dr. Antonio Francisco de Castro Filho, assessor de agronegócio do Banco do Brasil LEILÃO SINAGRO DE GADO LEITEIRO O melhor do gado leiteiro da melhor bacia leiteira do País. Dia: 08 de agosto de 2013 Pesagem certificadas pela Emater Entrada dos Animais: 06 de agosto agosto de 2013, até 18h Esgota: 07 de agosto – Hora: 6:00h 1ª Pesagem: 07 de agosto – Hora: 18h 2ª Pesagem: 08 de agost0 – Hora: 6:00h


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ARTIGO

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VITIMADOS PELO ÊXITO Celso Luis Rodrigues Vegro - Engenheiro Agrônomo, M.S. De-

senvolvimento Agrícola. Pesquisador Científico do IEA - Instituto de Economia Agrícola - SP. [ celvegro@iea.sp.gov.br ]

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agronegócio Cafés do Brasil destaca-se frente às demais cadeias produtivas nacionais e frente aos seus principais concorrentes internacionais no esforço de suprimento mundial. Os volumes produzidos, associados à magnitude de seu mercado interno e a liderança nas exportações mundiais, o fazem sobressair como componente da matriz econômica brasileira. A liderança tecnológica que o país exerce ao longo das distintas etapas que compõem sua cadeia produtiva confere tenacidade competitiva de custos e qualidade sem rival no horizonte. Tal desempenho técnico/produtivo e econômico do agronegócio Cafés do Brasil pode ser confrontado com recentes projeções de consumo (Figura 1), que estimam cenários bastante favoráveis aos cafeicultores brasileiros (pois em todas as situações a demanda cresce) e, por consequência, para os demais agentes: torrefadores, solubilizadores, exportadores/traders, varejo e governo (via impostos). O provável cenário estima crescimento da demanda mundial em 2,0% a.a., o que elevaria o suprimento global para o patamar das 164,8 milhões de sacas, ou seja, pouco mais de 27 milhões de sacas frente ao consumo contabiliza-

do pela Organização Internacional do Café (OIC) em 2012. A média das duas últimas safras de café do Brasil (arábica e conilon), estimadas pela Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB)1, alcançou a produção de 50 milhões de sacas2. Considerando que o país tem participado com aproximadamente um terço da oferta global do produto, essa quantidade não se encontra muito distante da necessária contribuição brasileira para a concretização dos cenários pessimista e provável, isso no transcurso da safra 2013/14 distante, portanto, cinco safras ainda do ponto futuro em evidência (2020) (Tabela 1). O status quo atual da oferta brasileira (arábica e robusta – mercados interno e externo) não atenderia o suprimento global estimado somente para as condições de ampliação, ainda que marginalmente, de sua parcela de mercado (salto para 35% de demanda) ou no cenário mais otimista (crescimento de 2,5% a.a.) em que a oferta teria que alcançar 55,10 milhões de sacas. Todavia, antever um cenário em que a oferta brasileira se amplie bastante parece bastante plausível. Considerando a trajetória da produção de arábica desde a safra 2003/04 até a última estimativa de 2013/14, constata-se que há ajuste ascendente para a quantidade colhida, reflexo do incremento da produtividade, uma vez que não se tem observado expansão da área cultivada (Figura 2). A evolução da produção de conilon, no mesmo período considerado, também exibe ajuste positivo para a linha de tendência, com


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ARTIGO

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inclinação ainda mais acentuada do que a observada no caso do arábica (Figura 3). O incremento da produção, liderado pela produtividade física das lavouras, constitui-se no principal resultado do processo de mudança da base tecnológica em curso na cafeicultura brasileira. Possuindo naturezas diversas (novas variedades, clones, podas, adensamento, irrigação, mecanização, etc.), tais inovações convergem no sentido de auferir maior rendimento por unidade de área3. As inovações agronômicas aplicadas à cultura têm permitido expressivos ganhos de produtividade, e ocorreram sob situação de mercado pouco favorável aos cafeicultores, excetuando-se, a safra 2011/12, em que as cotações para os arábicas finos ultrapassaram os R$500,00/sc. Em todo o restante do período analisado, os preços recebidos estiveram colados aos custos de produção para aqueles com produtividades acima das médias de cada tipo (arábica e conilon). Assim, há evidência estatística atestando elevação da oferta com relativa independência das cotações de mercado4. Portanto, não há por que crer que possamos ter quedas acentuadas na oferta, mas ao contrário, manutenção dessa linha de crescimento. Aparentemente, os cenários traçados pela OIC para a demanda pelo produto associado à histórica participação brasileira no suprimento global (cerca de 1/3 do total demandado), já se encontram atingidos na corrente safra e possivelmente mais ainda nas vindouras. A superação brasileira das metas produtivas, conquista ímpar na cena cafeeira internacional, ocorreu tanto na quantidade produzida quanto na qualidade final da bebida (lavados, descascados e excelentes naturais)5 e traz consigo relativo clima de ausência de expectativas para os investidores (industriais, traders, especuladores - nacionais e internacionais). Provavelmente, um clima morno para as expectativas é o pior dos mundos para a formação de preços das commodities, pois reduz a liquidez disponível nesse mercado, aprofundando, eventualmente, ainda mais as persistentes baixas das cotações. A luz do que se expôs, não há exagero em se concluir que a formação futura dos preços para os Cafés do Brasil não

deverá ser favorável aos cafeicultores. Sem que entre nossos principais competidores (Vietnã, Indonésia, Colômbia e centro americanos), ou até mesmo dentro dos principais cinturões do país, ocorram substanciais perdas (decorrentes de distúrbios climáticos, incidência de pragas e doenças, abandono das lavouras em razão da baixa remuneração pelo produto), e prevalecerá o cenário de que no mercado de café não há espaço para a acumulação de riquezas. Como resultado final dessa dinâmica, ter-se-á a vitimização pelo próprio êxito6. -x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x 1 - COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO - CONAB. Acompanhamento da Safra Brasileira - Café. São Paulo: CONAB, maio 2013. 20 p. (Segunda Estimativa). 2 - A média das estimativas das duas últimas safras brasileiras de café projetadas pelo USDA alcançam as 52,3 milhões de sacas, conforme relatório. GLOBAL AGRICULTURAL INFORMATION NETWORK – GAIN Report. Coffe Anual. Disponível em:< http://gain.fas.usda.gov/Recent%20 GAIN%20Publications/Coffee%20Annual_ Sao%20Paulo%20 ATO_Brazil_5-13-2013.pdf>. Acesso em: jun. 2013. 3 - Do ponto de vista econômico, seria uma aberração teórica defender a tese de que produção não reage aos preços. O que se discute aqui é que sob as baixas cotações ocorra diminuição no ritmo de crescimento da produção, comparativamente, às situações em que as cotações estejam favoráveis aos cafeicultores. 4 - A manutenção e/ou ligeira redução da área cultivada contribui para o incremento da produtividade, na medida em que exclui das médias os talhões de menor rendimento. 5 - As baixas cotações afetam primeiramente o interesse na produção de qualidade, pois com custos mais elevados e prêmios em baixa, o desestímulo para manutenção dessa estratégia é ainda maior. 6 - Essa discussão continua no artigo que será lançado a seguir, que tem por título: “Exortação à qualidade”.


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Grupo Agrotécnica inaugura revenda na cidade de Franca (SP)

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Ao centro, Antônio Carlos Ciofi e Evandro Pacheco Lustosa, diretores da Agrotécnica, são apresentados pela equipe de trabalho da revenda, formada por Pâmela, Neto e João Carlos. Ao mesmo tempo, também são apresentados os representantes das empresas parceiras.

C

om uma nova proposta de trabalho, foi inaugurada no último dia 20 de junho, no Distrito Industrial de Franca (SP), a nova revenda do Grupo Agrotécnica. Com sede em Matão (SP), o grupo possui filiais em Tabatinga (SP), Itápolis (SP), Cândido Rodrigues (SP), Olímpia (SP), Paraíso (SP) e Taquaritinga (SP); além de revendas coligadas em Araraquara (SP), Santa Rita do Passa Quatro (SP), São Carlos (SP), Pirassununga (SP) e Dois Córregos (SP). Os agricultores da região de Franca (SP) passam a contar agora com a assessoria técnica de uma equipe de profissionais com profundo conhecimento em café, soja, milho, feijão, cana de açúcar, hortifruti em geral e também produtos para jardinagem. São inúmeras as novidades em produtos das empresas parceiras da Agrotécnica, como a Milenia, Produquímica, Pioneer, Nortox, Helm e Arysta.

Os convidados adentram pela primeira vez nas dependências da nova revenda da Agrotécnica.

Acima, os cafeicultores José Lourenço Bolonha, José Carlos Veronez, Fabiano Contini e Leonardo Bolonha.

Os engenheiros agrônomos Breno, Wanderley Lima Salgado, Albino Rocchetti e Ismar Coelho.


EVENTOS

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Nutrição do Cafeeiro (parte 12) - Princípios básicos para o manejo nutricional do cafeeiro safra 13/14

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D

Renato Passos Brandão 1 Cássio de Souza Yamada 2

Figura 1. Café arábica duro Tipo 6 - Sul de Minas deflacionado – 1990 a 2012 (base 100 - dezembro 2012). Fonte: Safras & Mercados.

esânimo, preocupação e angustia”. Neste momento, estas palavras refletem o sentimento da grande maioria dos cafeicultores que cultivam o café arábica. Nas últimas duas safras, as cotações do café arábica ficaram acima do custo de produção e proporcionaram uma boa remuneração aos cafeicultores (Figura 1). Em junho de 2011, as cotações do café arábica (preços deflacionados) atingiram o pico de R$ 560,00 a saca beneficiada de 60 kg (café tipo 6 – Sul de Minas Gerais). O preço deflacionado é aquele que leva em consideração a inflação do período da avaliação da cotação do café. Por exemplo, na Figura 1, o valor base do café é de dezembro de 2012. O preço do café deflacionado em junho de 2011 leva em consideração a inflação do período. Portanto, o preço deflacionado é superior ao preço corrente do café da época. Desta forma, o cafeicultor tem uma noção melhor da cotação atual do café em comparação com períodos anteriores. O preço médio deflacionado da saca beneficiada do café arábica (bebida tipo 6), Sul de Minas Gerais entre janeiro de 1990 e dezembro de 2012 é de R$ 457,04, superior as atuais cotações. Atualmente, as cotações da saca beneficiada do café arábica estão ligeiramente acima ou abaixo do custo de produção dependendo da produtividade. Quanto maior a produtividade, menor o custo por saca de café. Estudos realizados pelo PROCAFÉ verificaram que o aumento na produtividade do café arábica de 30 para 40 sc. beneficiadas por hectare reduz o custo de produção por saca produzida entre 10 e 12% (Garcia & Matiello, 2007). Neste momento, a colheita está no seu pico e em breve, estaremos iniciando mais uma safra e os sentimentos dos ca-

AUTORES

1 - Engº agrônomo, Mestre em Solos e Nutrição de Plantas pela UFLA e Gestor Agronômico do Grupo Bio Soja. 2 - Trainee do Departamento Agronômico do Grupo Bio Soja.

feicultores não podem e nem devem ser aqueles mencionados anteriormente. O momento é crítico mas também é um momento de reflexão e de muito trabalho. Qual o significado da palavra reflexão? Reflexão significa examinar mais profundamente uma idéia, uma situação ou um problema e achar uma ou mais soluções. Neste momento, quais são as principais dúvidas dos cafeicultores? Devo manter os investimentos nas lavouras de café? O que eu devo realizar nos talhões de café para reduzir os custos de produção sem comprometer a produtividade da cultura e aumentar a lucratividade da atividade cafeeira? O manejo sustentável de uma lavoura de café é muito complexo e envolve uma série de etapas, dentre os quais, manejo integrado de pragas, doenças e de plantas daninhas, manejo nutricional, manejo da física do solo minimizando a sua compactação, poda e irrigação. Do ponto de vista nutricional, o que o cafeicultor deve realizar para otimizar os seus investimentos e aumentar a rentabilidade da atividade cafeeira? 1. Avaliação do estado nutricional do cafeeiro em produção e recomendações de nutrientes O cafeicultor deve monitorar nutricionalmente as suas lavouras de café em produção utilizando as ferramen-


Figura 2. Avaliação do estado nutricional do cafeeiro em produção e recomendações de nutrientes para a safra 2013/2014.

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Tabela 2: Efeito da fertirrigação com diferentes fontes de nitrogênio no pH do solo ao longo do seu perfil abaixo do emissor numa única safra de café. pH DO SOLO EM ÁGUA NITRATO SULFATO CÁLCIO DE AMÔNIO

PROFUNDIDADE DE SOLO

TESTEMUNHA

URÉIA

0 a 5 cm

5,8

6,3

4,8

5,0

5 a 10 cm

5,9

5,8

4,9

5,1

10 a 20 cm

5,8

5,9

5,2

5,3

20 a 30 cm

5,7

5,7

5,6

5,3

30 a 40 cm

5,7

5,8

5,7

5,5

40 a 50 cm

5,7

5,7

5,7

5,6

Fonte: Zanini et al. (2002).

tas mencionadas na Figura 2. 1.1. Análise de solo Inicialmente, o cafeicultor deve realizar uma “radiografia” dos solos dos talhões cultivados com o cafeeiro amostrando-o na camada superficial (0 a 20 cm) e na subsuperficial (20 a 40 cm). Se for possível, amostrar também o solo na profundidade de 40 a 60 cm. Se o cafeicultor tiver interesse em conhecer com mais profundidade a fertilidade da camada superficial, realizar a amostragem na camada de 0 a 10 e de 10 a 20 cm (Tabela 1). A amostragem do solo nas camadas superficiais tem por objetivo avaliar a fertilidade do solo explorado pela maior parte do sistema radicular do cafeeiro. A amostragem realizada nas camadas subsuperficiais tem objetivo verificar se há impedimentos químicos que possam prejudicar o aprofundamento do sistema radicular do cafeeiro. Em cafeeiros fertirrigados, realizar também a amostragem do solo no bulbo de irrigação (+/- 20 cm do gotejo). A aplicação da uréia e do nitrato de amônio na fertirrigação acidifica o solo, reduz o teor de cálcio e magnésio e aumenta o teor de alumínio do bulbo de irrigação (Tabela 2). Tabela 1: Análise do solo cultivado com cafeeiro arábica em Jeriquara (SP), nas camadas de 0 a 10 cm e de 10 a 20cm. PARÂMETRO DE SOLO pH CaCl2

UNIDADE

PROFUNDIDADE AMOSTRADA 0 a 10 cm 10 a 20 cm

-

5,0

mg/dm3

50

14

K

mmolc/dm3

3,0

2,9

Ca

mmolc/dm3

22

5

Mg

mmolc/dm3

9

3

Al

mmolc/dm3

0

5

H + Al

mmolc/dm3

29

40

CTC

50,9

P resina

4,3

mmolc/dm3

63

Saturação de Bases (V)

%

54

21

Saturação de Alumínio

%

0

31,4

Saturação de Cálcio

%

34,9

9,8

Saturação de Magnésio

%

14,3

5,9

Saturação de Potássio

%

4,8

5,7

Fonte: Dept° Agronômico do Grupo Bio Soja.

1.2. Análise foliar A segunda informação necessária para o monitoramento nutricional do cafeeiro é a análise foliar realizada na safra anterior, 2012/13. A análise foliar é uma ferramenta imprescindível em sistemas de produção com manejo nutricional sustentável visando altas produtividades no cafeeiro. De maneira geral, o teor dos nutrientes nas folhas do cafeeiro tem correlação com o teor do mesmo nutriente no solo. Entretanto, podem ocorrer algumas distorções que são causadas por uma série de fatores, dentre os quais, reações entre os nutrientes no solo, pH do solo interferindo na absorção dos nutrientes, camadas compactadas, variações no teor de umidade e no teor de argila do solo.

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A análise foliar permite adaptações nas adubações de solo e foliares proporcionando uma nutrição muito mais equilibrada do cafeeiro e redução nos custos de produção. Por exemplo, se o teor de P nas folhas do cafeeiro em produção estiver acima da faixa adequada é possível reduzir em 25% a adubação fosfatada na safra seguinte. De forma similar ao P, se o teor foliar de K estiver abaixo da faixa adequada, o cafeicultor tem que aumentar em até 25% a dose do potássio na próxima adubação potássica no solo. Para verificar se a adaptação acima proporcionou os resultados desejados, realizar uma nova amostragem das folhas do cafeeiro em produção cerca de 20 a 30 dias após.

Figura 3. Fluxograma do manejo nutricional do cafeeiro em produção na safra 2013/14.

1.3. Histórico da calagem, gessagem, adubações de solo e foliares Para uma melhor interpretação da análise foliar e do solo é necessário o histórico da calagem, gessagem, adubações de solo e foliares realizados na safra 2012/2013. Vamos analisar os comentários do penúltimo parágrafo do item anterior. Em lavouras de café em produção com alto teor de P nas folhas foi sugerido a redução em 25% na dose de fósforo a ser aplicado na próxima safra. Qual a dose de fósforo a ser aplicado no solo na próxima safra? Para responder a pergunta acima, é necessário saber a dose do fósforo aplicado na safra anterior e a respectiva fonte de fósforo, época e local de aplicação. 1.4. Expectativa de produtividade do cafeeiro na safra 2013/14 Além das informações mencionadas acima, é necessário conhecer a expectativa de produtividade para a recomendação dos nutrientes ao cafeeiro na safra 2013/14. A expectativa de produtividade do cafeeiro não é uma ferramenta propriamente dita para o monitoramento da nutrição do cafeeiro Quanto maior a expectativa da produtividade, maior é a quantidade dos nutrientes a serem aplicados no cafeeiro em produção. Além do diagnóstico do estado nutricional do cafeeiro é necessário também uma avaliação do desenvolvimento vegetativo e da sanidade do cafeeiro. Não podemos nunca esquecer que o cafeeiro é uma cultura perene e o manejo realizado neste momento, terá reflexo num futuro não muito distante. 2. Manejo nutricional do cafeeiro em produção Com as informações da Figura 2, o cafeicultor e o pro-

fissional que presta assessoria agronômica tem condições de definirem os seguintes pontos: • Calagem: se houver necessidade, definir a dose, o tipo de calcário e a época de aplicação; • Silício: se houver necessidade, definir a dose e a época de aplicação; • Gessagem: se houver necessidade, definir a dose e o tipo de calcário; • Adubações de solo: dose dos nutrientes, fontes, época e modo de aplicação; • Adubações foliares: dose dos nutrientes, fontes, época e modo de aplicação.


CAFÉ 3. Fluxograma nutricional em cafeeiro em produção em sistema de sequeiro Na figura 3 há um fluxograma em cafeeiro em produção em sistema de sequeiro. Em cafeeiros irrigados, há algumas adaptações mas que não alteram significativamente as etapas deste fluxograma. Por exemplo, em sistemas irrigados, parte do nitrogênio e potássio podem ser aplicados na fertirrigação aumentando o número de aplicações destes dois nutrientes no solo. Além do nitrogênio e potássio, o boro e o zinco também podem ser aplicados na fertirrigação. 3.1. Calagem e silício Preferencialmente, a calagem deve ser realizada entre junho e julho de 2013. Os calcários possuem baixa reatividade e em solos com teor de umidade adequado são necessários cerca de 3 meses para uma quantidade razoável do corretivo agrícola reagir no solo elevando o pH e os teores de cálcio e magnésio para a faixa mais adequada ao cafeeiro. Pesquisas recentes tem comprovado a eficiência do silício no controle de doenças fungicas no cafeeiro. O silício protege as plantas contra as doenças fungicas através do acumulo deste elemento na parede das células da epiderme e da cutícula, acumulo nos locais de penetração dos patógenos (barreiras estruturais) ou pela ativação das barreiras químicas e bioquímicas da planta. A dose do silício é 25% da dose do calcário. 3.2. Gessagem O gesso agrícola, como condicionador de solos, deve

ser aplicado cerca de 30 a 45 dias após a calagem. Desta forma, as perdas de cálcio, magnésio e potássio do solo por lixiviação serão reduzidas. 3.3. Adubações de solo com fósforo e substâncias húmicas Antes do florescimento do cafeeiro, o cafeicultor deve aplicar no solo, o fósforo com substâncias húmicas para estimular o desenvolvimento do sistema radicular com todas as suas implicações agronômicas, tais como, aumento na absorção de nutrientes principalmente aqueles absorvidos por difusão (fósforo, zinco e potássio) e de água. Normalmente, lavouras de café com sistema radicular bem desenvolvido é sinônimo de lavouras produtivas. O Fertium® Phós é um fertilizante organomineral com altos teores de fósforo solúvel e enriquecido com substâncias húmicas. Deve ser aplicado antes do florescimento do cafeeiro na projeção da copa. Recentemente, a Bio Soja lançou no mercado, o Fertium® Phós Boro Mag. Além do fósforo e substâncias húmicas, o Fertium® Phós Boro Mag possui também magnésio e boro. Maiores informações sobre os fertilizantes organominerais, Fertium® Phós e Fertium® Phós Boro Mag serão comentados nas próximas duas edições da Revista Attalea Agronegócios. 3.4. Adubações de solo com nitrogênio e potássio A adubação de solo com nitrogênio e potássio deve ser parcelada em 3 ou 4 aplicações iniciando antes do florescimento e o último parcelamento deve ser realizado na

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segunda quinzena de fevereiro de 2014. Eventualmente, pode ser realizada uma aplicação de nitrogênio e potássio em março de 2014 desde que os teores foliares destes nutrientes estejam abaixo da faixa adequada. Qual a fonte mais adequada de nitrogênio ao cafeeiro? Esta pergunta será respondida nas próximas edições da Revista Attalea Agronegócios.

mento com os nutrientes mais importantes para o pegamento da florada do cafeeiro: cálcio, boro e magnésio. As demais adubações foliares devem ser realizadas após o florescimento e até a fase inicial da maturação dos grãos do cafeeiro (Figura 3). 3.8. Análise foliar

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3.5. Adubações de solo com magnésio e boro O magnésio e o boro podem ser fornecidos pelo Fertium® Phós Boro Mag ou Gran Boro Mag. A escolha do fertilizante fornecedor destes nutrientes depende do manejo nutricional do cafeeiro. Eventualmente, pode haver necessidade da reaplicação do magnésio e boro após a análise foliar realizada entre outubro e novembro de 2013. 3.6. Adubações no drench (micronutrientes) Se houver necessidade, realizar o fornecimento de zinco, boro, magnésio e fósforo via drench. A fonte mais adequada para o fornecimento de zinco ao cafeeiro é o NHT® Zinco (óxido nanoparticulado) que possui maior mobilidade nos solos argilosos do que as fontes tradicionais deste nutriente. 3.7. Adubações foliares A adubação foliar é a forma mais eficiente para o fornecimento de nutrientes ao cafeeiro. Segundo Malavolta (2001), a aplicação de 1 kg de fósforo nas folhas do cafeeiro equivale a aplicação de 10 a 20 kg do mesmo nutriente no solo. Entretanto, a adubação foliar deve ser utilizada como uma complementação as adubações de solo no cafeeiro. Realizar a primeira adubação foliar antes do floresci-

Realizar pelo menos 3 análises foliares para o monitoramento nutricional do cafeeiro. A análise foliar no cafeeiro permite a realização dos ajustes necessários nas doses dos nutrientes a serem aplicados no solo e via foliar. Infelizmente, a análise foliar é desprezada pela grande maioria dos cafeicultores como ferramenta para o diagnóstico do estado nutricional do cafeeiro. É impossível um manejo nutricional sustentável sem a utilização da análise foliar. 4. Considerações finais O futuro da cafeicultura depende da produtividade. O mercado das commodities agrícolas, dentre os quais, o cafeeiro, o produtor rural não consegue definir o preço do seu produto e o cafeicultor tem que adequar os seus custos de produção à sua receita. Persistindo por muito tempo, as atuais cotações do café arábica, o cafeicultor só conseguirá permanecer na atividade se quebrar paradigmas. O cafeicultor terá que adotar tecnologias atualmente disponíveis que possam aumentar a produtividade da cultura. As condições climáticas desfavoráveis nas principais regiões cultivadas com café arábica (temperaturas mais altas e deficit hídrico acima da média histórica) estão impactando negativamente na produtividade da cultura. Dentro deste contexto, os cafeicultores com recursos hídricos na sua propriedade terão que necessariamente fazer uso desta água irrigando as lavouras de café. A produtividade econômica do cafeeiro depende do fornecimento de doses adequadas de nutrientes e de substâncias húmicas. Entretanto, o cafeicultor terá que fazer uso das ferramentas a sua disposição: análises de solo e análises foliares. Além disso, utilizar também os históricos da calagem, gessagem, adubações de solo e foliares. Nas próximas edições da Revista Attalea Agronegócios serão publicados artigos com o objetivo de melhorar a eficiência das adubações de solo e foliares. Em julho deste ano será abordado as práticas culturais que devem ser adotadas para melhorar a eficiência das adubações fosfatadas na cultura do cafeeiro. Boa colheita e até o próximo mês.


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HORTITEC 2013: vitrine para produtores de frutas, flores e hortaliças Maior feira do setor da América Latina, evento contou com mais de 400 expositores

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ncerrada no último dia 21 de junho, no Parque de Exposições EXPOFLORA, em Holambra (SP), a 20ª edição da HORTITEC - Exposição Técnica de Horticultura, Cultivo Protegido e Culturas Intensivas, comprovou o que os organizadores já esperavam. Público recorde, superior a 26 mil visitantes, lotaram 400 estandes de expositores durante os três dias de evento. Os negócios gerados ainda não foram computados pela organização, mas a expectativa é de alcançar a marca de R$ 100 milhões. Considerada a maior feira de horticultura da América Latina, a HORTITEC é a vitrine de expositores nacionais e internacionais para apresentar as inovações agrícolas a produtores dos diferentes setores do agronegócio: flores, frutas, hortaliças, florestais e demais culturas intensivas. Os visitantes puderam conferir as novidades nas áreas de tecnologia agrícola, ferramentas, estufas, embalagens, vasos, telas, defensivos, fertilizantes, irrigação, sementes, mudas, bulbos, substratos, climatização, biotecnologia e as-

sessoria técnica participam no evento. EMPRESAS DESTAQUES - A empresa JUMIL (Batatais/SP) apresentou como destaque a Plantadora de Hortaliças JM2400 NATURA. Segundo Fabio Chencci, gerente de engenharia da empresa, a JM2400 abre uma nova geração de plantadoras de hortaliças, concebida com foco na precisão de plantio. “Este equipamento traz como principais avanços o plantio em linhas duplas, com um inédito conjunto de seletores de sementes primários e secundários que, aliados à precisão na construção do disco e demais componentes, conferem grande precisão na distribuição de sementes, minimizando a ocorrência de sementes duplas ou falhas e permitindo até mesmo a eliminação do raleio (operação manual de eliminação de plantas duplas ou muito próximas) em plantio de cenoura dependendo da uniformidade da semente”, disse Chencci. A Piraí Sementes, empresa que há mais de 39 anos é referência no segmento de adubação verde e cobertura


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vegetal, foi outro destaque da HORTITEC com o estande “Adubação Verde: O Futuro do Solo Garantido com Sustentabilidade”. “A adubação verde é uma prática milenar que consiste no cultivo de plantas com elevado potencial de produção de massa vegetal, podendo ser utilizada em rotação, sucessão ou em consórcio com culturas de interesse econômico”, disse Luis de Sousa, do Grupo Join Marketing. A BASF apresentou aos agricultores, com o intuito de ajudá-lo no controle de pragas e doenças em hortifruti, os fungicidas CabrioTop®, Cantus®, Forum® e Collis®; os inseticidas Pirate® e Nomolt®, além do Sistema AgCelence® HF, que contribui para aumentar a produtividade.

O grupo Bio Soja também foi outra empresa de destaque na HORTITEC. A empresa apresentou o seu portifólio de produtos para nutrição vegetal, em especial para hortaliças, frutas e cereais. A Isla Sementes apresentou sua linha completa de híbridos de alto desempenho nas mais importantes culturas como abóboras, abobrinhas, alfaces, beterrabas, cenouras, couve-brócoli, melancias, melões, pimentas, pimentões, rúculas e rabanetes. Entre os destaques também estão os tomates híbridos com sabor agregado. O sabor agregado é um conceito ligado à percepção diferenciada sobre o fruto, dando relevo à riqueza de nutrientes e ao diferencial de seus sabores.


GRÃOS

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Embrapa propõe medidas de manejo integrado de Helicoverpa spp.

Lagarga come plástico e ataca mais de 17 culturas econômicas no país

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pontada na Bahia como suposto bioterrorismo, onde já causou mais de R$ 1 bilhão em prejuízos a lavouras de soja e algodão, a lagarta Helicoverpa armigera vem tirando o sono de produtores rurais de vários estados brasileiros devido o alto grau de destruição. Em pesquisas realizadas pelo laboratório da Cooaleste (Cooperativa Agrícola dos Produtores Rurais da Região Sul de Mato Grosso), de Primavera do Leste (MT), descobriuse que a praga é capaz até mesmo de comer plástico. A experiência preocupou a equipe do engenheiro Márcio Henkes Caldeira, gerente de pesquisas da cooperativa. A descoberta do poder de destruição da Helicoverpa ocorreu quando pesquisadores guardaram uma lagarta em um copo de plástico no laboratório da cooperativa. No dia seguinte a mesma havia desaparecido, deixando um buraco no copo. Márcio Caldeira solicitou então uma avaliação mais criteriosa e sucessivamente constatou-se que as lagartas comiam os copos. Ele salienta que o fato da Helicoverpa atacar a maçã dos pés de algodão, por serem mais rígidas, já preocupava os produtores e agora com a constatação de comer o plástico dos copos acende uma questão de alerta, uma vez que ela transita com facilidade do algodão para a soja e outras plantações com proteínas Bt. Há relatos de ataques, além de culturas agrícolas, também em tomate, pimentão, café e citros – conforme a Embrapa. Os pesquisadores avaliam o plantio de mamona como forma de interromper o ciclo, pelo fato de que a lagarta não ataca a planta. “A agressividade da lagarta é muito alta e podemos considerar que, o que o cancro foi no passado, a Helicoverpa pode ser o maior inimigo do produtor dos tempos modernos”, diz Márcio, que prevê prejuízos para a próxima safra em Mato Grosso. “O produtor tem que estar atento e participar dos fóruns de discussão para buscar alternativas de solução do problema”. Nas últimas safras, ataques severos de lagartas nas principais culturas da região do Cerrado têm sido relatados por produtores empresariais. A suspeita predominante recai sobre a ocorrência de populações de Spodoptera frugiperda e Helicoverpa spp. (Lepidoptera:Noctuidae) causando, conforme sua especificidade, severos danos em cultivares que possuem genes que expressam proteínas Bt supostamente resistente a essas pragas. O gênero Helicoverpa é composto por diversas espécies altamente destrutivas, devido a suas características biológicas (polifagia, alta fecundidade, alta mobilidade local das lagartas e migração das mariposas) que lhe permite sobreviver em ambientes instáveis e adaptar-se a mudanças sazonais do clima. A ocorrência de lagartas do gênero Helicoverpa na região do Cerrado foi observada a partir de fevereiro de 2012 em níveis populacionais nunca antes registrados, causando sérios prejuízos econômicos em milho, algodão, soja, feijão

comum, caupi, milheto e sorgo. No país, há também relatos de ataques em tomate, pimentão, café e citros, dentre outras plantas. A Embrapa considera que o crescimento populacional de lagartas do gênero Helicoverpa e consequentes prejuízos aos sistemas de produção foram ocasionados por um processo cumulativo de práticas de cultivo inadequadas, caracterizadas pelo plantio sucessivo de espécies vegetais hospedeiras (milho, soja e algodão) em áreas muito extensas e contíguas associadas a um manejo inapropriado dos agrotóxicos. Isso tornou o agroecossistema progressivamente suscetível a doenças e aos insetos-praga devido à farta disponibilidade de alimentos, sítios de reprodução e abrigo durante quase todo o ano. A semeadura dos cultivos anuais de milho, soja e algodão no Cerrados tem início no mês de outubro e se estende até março com o plantio do algodão irrigado. Nessas áreas de cultivo predomina a semeadura de cultivares de milho transgênico (milho Bt) expressando proteínas tóxicas do Bacillus thuringiensis contra Spodoptera frugiperda (Lepidoptera:Noctuidae) e de cultivares de soja e de algodão transgênicos com resistência a herbicidas. Além disso, alguns produtores da região não utilizam sementes certificadas para o plantio. Adicionalmente, faz– se a implantação da “ponte verde”, constituída pelo cultivo adicional de sorgo, milheto, feijão comum e feijão Vigna. Todos esses fatos contribuem para uma significativa mudança na diversidade de espécies vegetais invasoras e na ampliação de espécies e populações de patógenos e artrópodes associados às plantas cultivadas. Isso acaba propiciando o surgimento de pragas e doenças anteriormente reconhecidas apenas como secundárias, ou ainda pragas restritas a uma ou outra cultura que passam a atacar, indiscriminadamente, todas as demais culturas constitutivas do sistema agrícola.


GRÃOS 1. AÇÕES EMERGENCIAIS Considerando a insustentabilidade ecológica e econômica dos sistemas agrícolas produtivos do Cerrado afetados por Helicoverpa spp. a Embrapa faz, em caráter emergencial, as seguintes sugestões e recomendações:

Esses agentes de competição interespecífica (pragas, doenças, ervas daninhas) têm sido controlados com agrotóxicos, na maioria das vezes, de forma recorrente e ineficaz, com pulverizações sem rigor técnico e, sem o devido monitoramento das pragas.Tornou-se predominante a utilização de mistura de agrotóxicos, de produtos não seletivos com o mesmo sítio de ação sobre os organismos-alvo e não alvo (inimigos naturais). A falta de racionalização no uso de agrotóxicos além de provocar a redução populacional dos inimigos naturais das pragas e desequilíbrios biológicos nos sistemas agrícolas, causa contaminação e problemas de saúde pública derivados dos efeitos tóxicos em humanos. Assim, esse sistema agrícola altamente desequilibrado é o que tem propiciado a abundância contínua de alimentos para as pragas contribuindo significativamente para a proliferação desses insetos. Essas pragas têm atingido níveis populacionais tão elevados, que acabam superando o limiar de atuação dos agrotóxicos comprometendo a eficiência de controle. Essa situação tem causado perdas econômicas significativas aos sistemas de produção, a exemplo do que ocorreu na safra de algodão 2012/2013. Torna-se, portanto, necessário restabelecer o equilíbrio dos Sistemas de Produção Agrícola, antes que outros insetos, além da Helicoverpa armigera, oportunamente se adaptem, aumentando os prejuízos nas safras agrícolas que se seguem. Para a Embrapa além de medidas emergenciais a serem adotadas para restabelecimento desse equilíbrio torna-se fundamental a adoção dos conceitos e práticas do Manejo Integrado de Pragas, já desenvolvidos pela pesquisa.

1.1. Estabelecimento de um consórcio para manejo de Helicoverpa – “Consórcio Manejo Helicoverpa” Considerando a importância e a extensão dos danos de Helicoverpa armigera para os sistemas agrícolas brasileiros, é extremamente necessário o estabelecimento de um sistema de alerta para a ocorrência dessa praga. Contudo, o mesmo sistema poderá também ser utilizado para o alerta de outros lepidópteros-praga de importância para os cultivos agrícolas brasileiros. Para tanto, sugere-se a criação de um grupo, em formato de consócio, composto por profissionais de múltiplas disciplinas, de instituições públicas e privadas, empresas de pesquisa, universidades, indústrias de produtos químicos e biológicos, máquinas e implementos agrícolas, cooperativas agrícolas e fundações de pesquisa. Esse Consórcio deverá ser coordenado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA e terá como objetivo disponibilizar informações sobre o complexo de pragas, mais especificamente sobre Helicoverpa armigera, e capacitar profissionais sobre o Manejo Integrado de Pragas (MIP) e Manejo de Resistência de Plantas Transgênicas que Expressam toxinas Bt. O Consórcio deverá informar e capacitar técnicos, com o objetivo de identificar insetos-praga e inimigos naturais. Além de definir as estratégias para operacionalização do sistema de alerta, o Consórcio deverá se responsabilizar pelo fomento e monitoramento de redes de pesquisa para avaliação de produtos químicos e biológicos, além da indicação de boas práticas agrícolas para a retroalimentação anual das recomendações técnicas a serem adotadas. Ao identificar pragas de grande impacto, essa informação deverá alimentar o sistema de alerta em um hotsite na internet que poderá ser criado e gerenciado pela Embrapa. 2.2. Planejamento da Área de Cultivo 2.2.1. Época de semeadura A época de semeadura é uma das principais táticas de controle cultural que compõe o Manejo Integrado de Pragas (MIP). Por isso, recomenda-se efetuar a semeadura das culturas do milho, soja e algodão no menor espaço de tempo possível, procurando obter uma janela de semeadura menor. Esse curto período de semeadura é importante para reduzir

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GRÃOS Tabela 1 - Toxinas de Bt presentes nos eventos transgênicos aprovados pela CTNBio (safra 2012/2013) EVENTOS TRANSGÊNICOS

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TOXINAS DE Bt

Milho

Cry2Ab, Cry1Ab, Cry1A.105 (Cry1Ab, Cry 1Ac, Cry 1F),Cry3Bb, Cry 1F, VIP3Aa

Algodão

Cry2Ab, Cry1Ab, Cry 2Ae, Cry1Ac, Cry1F

Soja *

Cry1Ac

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* aprovado: mas ainda não disponível comercialmente.

o período de disponibilidade de alimento às pragas polífagas e assim, maximizar a eficiência da prática de destruição dos restos de cultura quando esta se tratar do algodoeiro. 2.2.2. Uso de plantas geneticamente modificadas expressando toxinas Bt As empresas detentoras da tecnologia Bt, devem divulgar os dados relativos ao monitoramento da suscetibilidade das espécies alvo às proteínas Bt. Esses dados serão fundamentais para subsidiar a escolha, por parte dos produtores, de variedades Bt (milho, algodão e soja) mais adequadas aos seus sistemas de cultivo. A escolha das variedades Bt deve se basear nas opções disponíveis no mercado que possuam eficiência de controle contra as pragas-chave e também na indicação das empresas para o sistema relacionado. Assim, o produtor poderá, por exemplo, elencar a principal praga no seu sistema de produção e verificar nos prospectos das empresas detentoras da tecnologia, qual a mais adequada para sua propriedade. Após selecionar a planta Bt, verificar a eficiência para as pragas não alvo presentes no sistema (como outros lepidópteros-praga) e adotar estratégias de MIP para esse grupo. As plantas Bt disponíveis no mercado até a safra agrícola 2012/2013 possuem as toxinas relacionadas na Tabela 1. Recomenda-se dessa forma, evitar eventos que expressem as mesmas toxinas nas diferentes culturas simultaneamente e sucessivamente, utilizando preferencialmente a rotação dessas toxinas. Dessa forma, se promoverá o estabelecimento de um mosaico de toxinas na paisagem agrícola, reduzindo o potencial de adaptação das pragas (resistência). 2.2.3. Adoção de Áreas de Refúgio É fundamental que sejam adotadas as áreas de refúgio preconizadas pelas empresas detentoras da tecnologia Bt, utilizando a mesma espécie ou isolinha da cultivar relacionada. Dessa forma, promover-se-á sincronia de emergência de adultos favorecendo o cruzamento entre as populações de pragas expostas e não expostas à toxina Bt. Ressalta-se que para favorecer e facilitar o acasalamento entre os insetos, o refúgio não deve se localizar a mais de 800 metros de distância da área cultivada com plantas Bt. Utilizar o MIP na área de refúgio priorizando utilização de controle biológico, inimigos naturais e bioinseticidas à base de baculovírus. 2.3. Monitoramento Contínuo de Pragas Os dados relativos aos diferentes pontos de coleta a serem definidos pelo Consórcio Manejo Helicoverpa (ver detalhes no item 2.1) deverão alimentar um sistema de alerta

no site específico, que poderá ser gerenciado pela Embrapa. A partir da emissão do alerta pelo Consórcio, confirmando a presença de adultos de Helicoverpa armigera regionalmente, o agricultor deve realizar amostragem nas plantas de sua lavoura para determinar a necessidade de controle da praga. A realização desta amostragem pelo agricultor é de extrema importância, pois o sistema de alerta irá indicar apenas a presença de adultos e é necessário considerar a mortalidade de ovos e lagartas em campo devido a fatores ambientais e ação de inimigos naturais, como predadores, parasitoides e patógenos. 2.3.1. Procedimento de amostragem de Helicoverpa spp. para o CONSÓRCIO Nos diversos polos de produção agrícola brasileira deverão ser instalados pontos de amostragem utilizando de forma conjunta iscas com feromônios e armadilhas luminosas, para coleta de insetos adultos. A utilização conjunta destes dois métodos de amostragem de adultos tem o objetivo de aumentar a segurança do monitoramento da praga pelo Consórcio. As armadilhas de feromônio devem ser instaladas de acordo com a recomendação do fabricante, observando procedimentos de instalação, distância entre armadilhas, frequência de vistoria e frequência de substituição das armadilhas e iscas feromonais em campo. Instruções detalhadas para a instalação de armadilhas luminosas serão apresentadas no site do consórcio. Os insetos coletados deverão ser enviados para um laboratório cadastrado, a ser disponibilizado no site, para serem identificados por profissionais habilitados. Devido à importância e potencial de dano de Helicoverpa armigera, é recomendável que a amostragem de adultos pelo Consórcio seja complementada pela amostragem direta, baseada na vistoria das plantas, para avaliação da presença de ovos e lagartas nas culturas de interesse regional. Os dados obtidos nas armadilhas de captura de adultos e da amostragem direta deverão alimentar o Hotsite do consórcio e ficarão disponíveis para consulta do público geral. 2.3.2. Procedimento de amostragem de Helicoverpa spp. para os agricultores. A partir da emissão de alerta emitida pelo Consórcio, os agricultores da região onde a praga foi detectada deverão vistoriar suas lavouras utilizando métodos de amostragem direta para a tomada de decisão sobre a necessidade de con-


GRÃOS trole. A amostragem direta consiste na vistoria de plantas para estimativa da densidade populacional da praga na lavoura. A vistoria deve ser realizada de forma direcionada para estruturas como brotos novos, flores e outras estruturas reprodutivas onde comumente a praga é encontrada. Adicionalmente, nas culturas de soja e feijoeiro, a amostragem deverá ser realizada utilizando o método do pano-de-batida. Instruções detalhadas de técnicas de amostragem para cada cultivo agrícola deverão ser apresentadas no Hotsite do consórcio, e ficarão acessíveis para consulta pelos consultores técnicos e agricultores. Além disso, essas metodologias serão abordadas nos treinamentos oferecidos pelo Consórcio. Adicionalmente, armadilhas com feromônio podem ser utilizadas pelos agricultores para monitoramento populacional nas diversas culturas e para indicar o momento mais adequado para a liberação de parasitóides de ovos tais como o Trichograma pretiosum. As armadilhas de feromônio devem ser instaladas de acordo com a recomendação do fabricante para cada cultura, observando procedimentos de instalação, distância entre armadilhas, frequência de vistoria e frequência de substituição das armadilhas em campo. 2.3.3. Considerações sobre a necessidade de liberação emergencial de feromônios para o monitoramento de Helicoverpa spp. Considerando as grandes extensões dos cultivos agrícolas brasileiros (soja, milho, algodão, feijão e outros) o uso de armadilha com isca de feromônio é a técnica de monitoramento mais indicada para Helicoverpa armigera, podendo ser usada também para outras espécies do gênero. Armadilhas com feromônio apresentam maior praticidade em relação a outros métodos disponíveis, pois, por serem específicas, apresentam a vantagem de responder imediatamente qual espécie de praga está ocorrendo. Outros métodos que capturam insetos indistintamente, ao contrário, demandam a necessidade de profissionais treinados para a identificação das pragas e no caso da Helicoverpa armigera, requerem o envio de amostras a um laboratório. Neste contexto, é de extrema importância o registro emergencial de feromônios, que possibilite a importação e utilização de feromônios para amostragem de Helicoverpa armigera, bem como, para Helicoverpa zea, Helicoverpa gelotopoeon e Heliothis virescens. Esses feromônios específicos já estão amplamente disponibilizados no mercado norte americano (Iscalure armigera, SPLAT armigera e SPLAT Noctrutap), havendo a necessidade de importação emergencial. 2.4. Utilização do Controle biológico Os sistemas de produção do milho e da soja são bastante propícios ao uso de controle biológico para controle de pragas porque o uso de produtos químicos é menos frequente. O sistema de produção do algodoeiro, ao contrário, devido à diversidade de pragas e o uso intensivo de inseticidas dificulta a utilização de controle biológico. Na cultura do milho o controle biológico deve ser a estratégia preferencial para o manejo da praga, pois esta fica abrigada na espiga do milho reduzindo a sua exposição à pulverização de inseticidas. 2.4.1. Produtos biológicos para controle de Helicoverpa

2.4.1.1. Parasitoides Recomenda-se a liberação inundativa do parasitóide de ovos, Trichogramma pretiosum associada ao monitoramento da população de adultos via uso de armadilhas iscadas com feromônio sexual sintético (1 armadilha a cada 5 hectares). A utilização de armadilha contendo feromônio deve ser utilizada para detectar a chegada da mariposa na área alvo. A captura das primeiras mariposas (em média três mariposas por armadilha) indica o início da oviposição e a necessidade de liberar o agente de controle biológico. A liberação dos parasitoides, geralmente, é realizada pela distribuição nas plantas de cartelas de papelão contendo ovos de um hospedeiro alternativo parasitado ou liberação direta dos adultos de Trichogramma. Já existe no Brasil tecnologia para produção massal dos parasitóides (Tabela 2). Biofábricas privadas, como por exemplo, Bug em Piracicaba (SP) e a ABR – Controles Biológicos em Uberlândia (MG), já se encontram com processos de registros em andamento junto ao MAPA. Como medida emergencial há a necessidade de autorização imediata pelo MAPA para comercialização e liberação desses parasitóides. Também é essencial o fomento a novas biofábricas para a produção dos parasitóides em escala comercial. O controle biológico com o parasitóide de ovos pode ser utilizado tanto no milho como na soja e no algodão. Obviamente, deve-se considerar o efeito negativo dos inseticidas químicos não seletivos sobre o agente de controle biológico na mesma época de liberação do parasitóide.

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GRÃOS 2.4.1.2. Agentes microbianos

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2.4.1.2.1 VÍRUS: Recomenda-se a aplicação de produtos para controle das lagartas à base de baculovirus. Existe registro comercial para uso desse vírus no mercado internacional. Nos EUA está registrado o produto Gemstar produzido pela CERTIS à base de Helicoverpa zea NPV que controla lagartas do complexo Helicoverpa/Heliothis (Helicoverpa zea, Helicoverpa armigera e Heliothis virescens). Na China existe um produto registrado à base de Helicoverpa armigera NPV (Tabela 2). O uso do Baculovirus é recomendado para o controle de lagartas na fase inicial de desenvolvimento (aproximadamente com 1 cm, ou seja, aproximadamente 10 dias após a colocação dos ovos na planta) quando elas são susceptíveis ao ataque do microrganismo. Antes desse tamanho, as pragas poderão ser controladas pela ação de inimigos naturais. Para maior eficiência da tecnologia é necessário o monitoramento da população de adultos (conforme indicado para liberação do parasitóide de ovos) com armadilhas iscadas com feromônio. 2.4.1.2.2 BACTÉRIA: Recomenda-se a aplicação de produtos a base de Bacillus thuringiensis (Bt) para controle de lagartas desfolhadoras. Existem produtos comerciais produzidos pelas empresas Sipcam, Biocontrole, Iscas Tecnologia, Ihara, Sumitomo em fase de registro (Tabela 2). Existem ainda dois outros produtos a base de Bt, desenvolvidos pela Embrapa em processo de registro. Um deles em parceria com a empresa Bthek, chamado Ponto Final e outro chamado Best com a empresa Farroupilha. Esses produtos contêm toxinas além das que estão presentes nas plantas transgênicas. Sugere-se que os produtos à base de Bt não sejam utilizados nas áreas de refúgio, até que estudos sobre os seus mecanismos de ação sejam concluídos. Ressalta-se que para a obtenção de uma pulverização

com qualidade dos produtos a base de vírus ou de Bt será necessário ajustar o volume de aplicação (litros/hectare) que pode ser definido com o auxílio de papeis sensitivos a água onde se deve obter um número mínimo de 30 gotas/cm2. Devem-se aplicar esses produtos biológicos preferencialmente nofinal da tarde e à noite. Na Tabela 2 estão citados alguns dos produtos biológicos e feromônios sugeridos pela Embrapa para obtenção de registros emergenciais para adoção no controle de Helicoverpa spp. 2.4.2. Medidas para viabilizar o uso de Controle Biológico Caso haja necessidade de aplicação de agrotóxicos, devem ser utilizados os mais seletivos aos inimigos naturais. Em áreas plantadas devem-se implantar faixas de vegetação (por exemplo: crotalária, feijão guandu, girassol mexicano, dentre outras plantas) entre talhões para funcionar como barreiras naturais e evitar o efeito do vento sobre os parasitoides de ovos. Essas áreas funcionarão também como locais de abrigo para os inimigos naturais, além de servir de barreira para minimizar a dispersão da praga de uma área de lavoura para outra. No caso de áreas já desmatadas, deve-se planejar a implantação de faixas de vegetação nativa com o mesmo objetivo comentado anteriormente.

2.5. Registro emergencial e uso de inseticidas químicos e biológicos O uso correto de táticas de controle químico e biológico é de crucial importância para o sucesso do controle da Helicoverpa armigera e de outras pragas. Sendo assim, o uso de agrotóxicos sem a realização do monitoramento das pragas e sem a adoção de níveis de ação é inaceitável, pois tem ocasionado uso abusivo, uma das principais causas dos desequilíbrios ecológicos de artrópodes nos sistemas de produção agrícola. Considerando a Tabela 2 - Produtos biológicos e feromônios para o Manejo de Pragas ausência de níveis de NOME COMERCIAL ação para controle de HeESPÉCIE EMPRESA * PRODUTO (onde está disponível) licoverpa armigera para as condições brasileiras, Trichogramma pretiosum Inseto Benéfico:• BUG (Piracicaba/SP) Vespinhas Parasitas os inseticidas químicos (parasitóide) • ABR Controles Biológicos (BRA) devem ser utilizados de (Uberlândia/MG) forma emergencial resBaculovirus: Helicoverpa Gemstar (EUA) Microorganismo • CERTIS peitando os níveis de (vírus entomopatogênico) zea NPV controle disponíveis na Baculovirus: Helicoverpa (CHINA) Microorganismo:• (a ser pesquisada pela LABEXliteratura internacional. (vírus entomopatogênico) zea NPV China Esses níveis de Bacillus thuringiensis Microorganismo:a) - SIPCAM a) - Bacillus t.k 32 controle devem ser pos(bactéria) b) - Biocontrole b) - Agree, thuricide (BRA) teriormente (através de c) - Isca Tecnologia c) - Não informado pesquisas científicas) d) - Ihara d) - Não informado referendados ou modie) - Sumitomo e) - Dipel, Xentari (BRA) ficados pela pesquisa naf) - Ponto Final (em processo f) - Bthek - Brasilia/DF (em parceria cional de acordo com a com a Embrapa) de registro) cultura alvo (Tabela 3). g) - Farroupilhas/Patos de Minas g) - Best (em processo de Para os agentes de (em parceria com a Embrapa) registro) controle biológico devem Feromônio Semioquímicos • Isca Tecnologias Iscalure armigera (EUA) ser observados os níveis • Isca Tecnologias SPLAT armigera (EUA) populacionais da Helicov• Isca Tecnologias SPLAT Noctrap (EUA) erpa armigera sugeridos * Sugere-se um levantamento mais amplo de empresas que tenham a capacidade instalada para produção de inimigos na Tabela 4. naturais e feromônios.


GRÃOS Deve-se ainda observar as dosagens recomendadas dos inseticidas, não usando superdosagens ou subdosagens, uma vez que a eficiência de controle pode ser reduzida, além de poder contribuir para a seleção de populações resistentes aos inseticidas aplicados. Aplicações múltiplas em uma dosagem média geralmente são mais eficazes do que uma única aplicação em superdosagem. Recomenda-se também a rotação de inseticidas de diferentes modos de ação para evitar seleção de populações resistentes. A utilização de produtos mais seletivos aos inimigos naturais (parasitóides e predadores) e polinizadores (abelhas) deve ser priorizada na escolha dos inseticidas para minimizar os desequilíbrios biológicos observados para Helicoverpa armigera. Dessa forma, os produtos devem ser utilizados em ordem de preferência: 1) inseticidas biológicos ou liberação de inimigos naturais devidamente registrados; 2) inseticidas do grupo dos reguladores de crescimento de insetos; 3) Inseticidas dos grupos das diamidas ou espinosinas; 4) Inseticidas bloqueadores de Na (sódio); 5) Inseticidas do grupo das evermectinas; 6) Carbamatos. 2.6. Tecnologia de aplicações de agrotóxicos e bioinseticidas A calibração de deposição de gotas de pulverização é de suma importância, tanto para aplicação de produtos químicos como para produtos biológicos. A calibração deve ser realizada nos locais das plantas onde a praga se localiza, e no estádio inicial do seu desenvolvimento, ou seja, no alvo biológico. Essa calibração de deposição deverá ser realizada com cartões ou papéis sensíveis a água, que deverão ser grampeados nas regiões onde a praga se encontra (folhas, hastes, etc.). Como serão utilizados princípios ativos químicos ou biológicos, com diferentes graus de toxicidade para a praga, serão necessárias, no mínimo, 30 gotas/ cm² de calda em cada alvo de amostragem. Para regulagem inicial do pulverizador, deve-se realizar a amostragem em, pelo menos, 50 plantas em um hectare. O agricultor deverá empregar os volumes de calda (litros/ha) sugeridos pelos fabricantes dos produtos registrados para a Helicoverpa, desde que se obtenha o número mínimo de gotas recomendado anteriormente. Para obtenção da eficiência de controle desejado, as aplicações deverão ser realizadas em horários de temperaturas mais amenas como no início da manhã ou final da tarde ou durante a noite, caso seja possível. 3. Estratégias para transferência de tecnologia (Formação e Capacitação) A formação de multiplicadores deve ser intensificada, com vistas a estimular maior adoção do MIP. Acredita-se que a formação de uma rede de multiplicadores, será capaz de promovê-lo, pois, os técnicos, alvo das capacitações e treinamentos, serão os futuros multiplicadores, até que o processo de educação e conscientização da população rural 4. Considerações adicionais As medidas de controle contextualizadas nas ações emergenciais propostas somente terão o sucesso esperado se adotadas de forma integrada. Também é fundamental que seja restabelecido o equilíbrio ecológico do ambiente agrícola através

Tabela 3 - Níveis de ação para controle de Helicoverpa armigera nas diferentes culturas utilizando os inseticidas químicos. CULTURA Algodão Convencional

NÍVEL DE AÇÃO • 2 lagartas/metro <8mm ou 1 lagarta/metro >8mm ou 5 ovos marrons/metro

Algodão Bt Transgênico • 2 lagartas >3mm/metro ou 1 lagarta >8mm/metro Soja Vegetativa • 7,5 lagartas/m² Soja Reprodutiva

• 1 a 2 lagartas/m²

Feijão

• 1 a 3 lagartas/m²

Milho

• 2 lagartas/m²

Tabela 4 - Níveis de ação para controle de Helicoverpa armigera nas diferentes culturas utilizando os inseticidas biológicos. CULTURA

NÍVEL DE AÇÃO

• Trichogramma

• Liberar 100.000 vespinhas/ha quando forem

pretiosum

observados 3 adultos de Helicoverpa spp. por armadilha.

• Baculovirus

• Observar os níveis de ação sugeridos na Tabela 1, entretanto, considerando lagartas <8mm.

• Bacillus thuringiensis

• Observar os níveis de ação sugeridos na Tabela 1, entretanto, considerando lagartas <8mm.

da redistribuição das áreas agrícolas e da preservação ambiental. Torna-se necessário um reordenamento do plantio sucessivo e contíguo dessas culturas o que pode requerer, inclusive, a suspensão ou exclusão de determinadas espécies com o propósito de reverter o desequilíbrio nas regiões produtoras. Esta medida deverá contribuir para o aumento da biodiversidade funcional desse ambiente agrícola com a preservação dos inimigos naturais das pragas; reduzir drasticamente a disponibilidade de alimento às pragas no tempo e no espaço; reduzir o número de gerações das pragas e consequentemente sua pressão em cada sistema de cultivo. Espera-se com a adoção dessas medidas a obtenção de uma produção agrícola mais rentável e sustentável nas safras que se seguem. (FONTE: EMBRAPA).

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