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EVENTOS
36ª Nacional do Cavalo Mangalarga mais uma vez em Franca (SP)
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Organizado pela ABCCRM - Associação Brasileira dos Criadores de Cavalo da Raça Mangalarga, a 36ª Exposição Nacional da raça será realizada mais uma vez na cidade de Franca (SP), entre os dias 17 e 27 de setembro próximo, nas dependências do Parque de Exposições “Fernando Costa”. Além dos aguardados julgamentos de morfologia e andamento, responsáveis por eleger os novos campeões nacionais, a programação está repleta de atrações para o público.
Dia Nacional do Campo Limpo em Ituverava (SP)
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A FAFRAM - Faculdade “Dr. Francisco Maeda” organizou ao lado de parceiros o 10º Dia Nacional do Campo Limpo, nas estruturas da Central de Recebimento de Embalagens Vazias de Agrotóxicos.
Pastejo Rotacionado e os pontos críticos na implantação
LEITE
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Artigo dos pesquisadores da APTA-SP que aborda questões importantes sobre a importância da implantação do Pastejo Rotacionado na crialção de bovinos leiteiros.
9º Espaço Café Brasil 2014
HORTALIÇAS CAFÉ
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criação de equinos sempre acompanhou a humanidade desde tempos remotos. Para uns é uma paixão, mas para muitos representa um dos grandes setores econômicos do país, do Estado e da região. O Brasil possui o maior rebanho de equinos na América Latina e o terceiro maior rebanho do Mundo. Somados aos muares (mulas) e asininos (asnos) são 8 milhões de cabeças, movimentando R$ 7,3 bilhões anuais, somente com a criação de cavalos. O rebanho envolve mais de 30 segmentos, distribuídos entre insumos, criação, esportivo e destinação final e compõe a base do chamado Complexo do Agronegócio Cavalo, responsável pela geração de 3,2 milhões de empregos diretos e indiretos. Somente na região de Franca (SP), estima-se que o Agronegócio Cavalo movimenta anualmente R$ 5 milhões com a comercialização de animais, escolas de hipismo, provas e eventos, leilões, produção e comercialização de insumos do setor (como roupas, botas, selas, acessórios, ração, medicamentos, feno e pastagem), além dos empregos diretos de profissionais: médicos veterinários, zootecnistas, tratadores, transportadores e os diversas pessoas necessárias na equipe operacional. É neste contexto que a Prefeitura de Franca lançará nos próximos dias a FESTA DO CAVALO DE FRANCA, com a participação das escolas de Hipismo Clássico, os participantes do Campeonato Regional de Corridas Hípicas, praticantes de Team-Penning e Ranch Sorting e os praticantes de Três Tambores. Destacamos, ainda, nesta edição, os artigos dos pesquisadores da APTA-SP sobre “Pastejo Rotacionado” e da “Adubação Verde na Entrelinha da Cana-Soca”. Também importante é a abordagem dos pesquisadores do Instituto Biológico de SP sobre a utilização de extratos vegetais da Primavera e da Maravilha no controle de viroses no cultivo do alface. Na cafeicultura, destaque para a participação dos cafeicultores da IG Alta Mogiana na 2ª Semana Internacional do Café e no 9º Espaço Café Brasil, em Belo Horizonte (MG). Boa leitura a todos!
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De 15 a 18 de setembro próximo será realizada a 2ª Semana Internacional do Café e o 9º Espaço Café Brasil, em Belo Horizonte (MG). Com o apoio de várias instituições, cafeicultores da Alta Mogiana representarão a IG Alta Mogiana no evento.
Utilização do Trichoderma na produção de alface
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Artigo de pesquisadores do Instituto Biológico de SP que mostram a importância da utilização de extratos vegetais da Maravilha e da Primavera no controle de viroses na produção do alface.
Adubação Verde na entrelinha da cana soca
CANA
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Agronegócio Cavalo formata setor econômico importante
DESTAQUE: Equinos
EDITORIAL
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Artigo de pesquisadores da APTA-SP apresentam alternativas com a utilização de espécies de adubos verdes em consórcio com a cana-de-açúcar, principalmente para suprir em nitrogênio.
MÁQUINAS
O trator ideal para quem não pode parar na lavoura
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TECNOLOGIA
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m evento realizado na Central de Recebimento de Embalagens Vazias de Agrotóxicos de Ituverava (SP), durante todo o dia 18 de agosto e organizado pela FAFRAM - Faculdade “Dr. Francisco Maeda” - que também gerencia a estrutura - e dirigida aos diversos profissionais do setor, professores, alunos e toda a comunidade envolvida, participaram do 10º Dia Nacional do Campo Limpo da Região de Ituverava (SP). O evento contou ainda com o apoio da FFCL - Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, com apoio da Prefeitura Municipal, Escolas Técnicas Agropecuárias, Arysta LifeScience, Bayer CropScience, Dupont, Syngenta, Campagro, Casa da Lavoura, Coram, Polícia Ambiental do Estado de São Paulo, Centro de Formação de Condutores União e alunos e professores do novo curso de Enfermagem da FAFRAM. Durante a solenidade de abertura, a Comissão Organizadora prestou homenagens aos representantes de cada setor envolvido no processo que se destacaram em 2014 no Dia Nacional do Campo Limpo neste último ano. Paulo Sergio de Moura Jr. foi homenageado como o produtor do ano; a Campagro, na pessoa do gerente operacional Adriano Martins; o Posto de Franca (SP) - ARPAF - Associação de Revendas de Produtos Agrícolas de Franca e Região, na pessoa do diretor Allan de Menezes Lima, representado por Mônica Antônia dos Santos; o Posto de Batatais (SP) - ARAB - As-
FOTOS: Revista Attalea Agronegócios
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FAFRAM realiza em Ituverava (SP) o 10º Dia Nacional do Campo Limpo
O presidente César Luiz Mendonça na abertura do evento.
Estande da Syngenta durante o Dia Nacional do Campo Limpo.
Estandes da Dupont e da Campagro, participantes do evento
sociação das Revendas Agrícolas de Batatais, representado pelo presidente Francisco Luis Marques Pereira; a Usina Alta Mogiana; a Casa da Lavoura, na pessoa da coordenadora de marketing Marina Bagaiolo Moraes Villela Rosa; a Dupont, na pessoa de Anesio Meloni Neto; a Arysta LifeScience, na pessoa da Claudia Barreto e o Centro de Formação de Condutores de Ituverava, na pessoa de Moacir Gilberto David. “O Sistema Campo Limpo já é considerado exemplo de gestão de resíduos sólidos no Mundo todo. O modelo de responsabilidade compartilhada garante que 94% das embalagens plásticas de defensivos agrícolas comercializadas anualmente sejam destinadas de forma correta”, explicou César Luiz Mendonça, presidente do Conselho de Curadores da Fundação Educacional de Ituverava, mantenedora da FAFRAM. Além do trabalho que beneficia o meio ambiente, a equipe da Central de Recebimento de Embalagens Vazias de Agrotóxicos de Ituverava faz também um trabalho social e comemora neste ano 10 anos de compromisso com a conscientização e reflexão das comunidades onde atua. “Palestras são planejadas todos os anos para jovens universitários e estudantes de cursos técnicos; ações comunitárias fazem a diferença em algumas cidades; alunos, professores e escolas de todos os municípios são convidados a
TECNOLOGIA FOTOS: Revista Attalea Agronegócios
participar de um concurso para concorrerem a prêmios; portas são abertas nas centrais, no mesmo dia, para que a comunidade, as autoridades, as empresas associadas e os produtores de todo o Brasil possam comemorar o Dia Nacional do Campo Limpo juntos, como estamos fazendo no dia de hoje”, explica a Profª Regina Eli de Almeida Pereira, diretora da Central de Recebimento de Embalagens Vazias de Agrotóxicos de Ituverava. Como proposta do Sistema Campo Limpo foi instituído o Programa de Educação Ambiental (PEA), com o objetivo apoiar as instituições de ensino na complementação de conteúdos curriculares por meio de temas relacionados ao meio ambiente e alinhados às recomendações dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN). Participaram 31 escolas de 10 municípios da região (Ituverava, Restinga, Itirapuã, Guará, Miguelópolis, Nuporanga, Ipuã, Morro Agudo, Buritizal e Aramina). Os participantes também puderam conferir, em À esquerda, a Profª Regina Eli de Almeida Pereira e seu esposo, o Biólogo Márcada uma das estações do Dia de Campo, as principais cio Pereira, diretor da FAFRAM. À direita, o agricultor homenageado, Paulo novidades que cada uma das empresas participantes Sérgio de Moura Jr. e o presidente César Luiz Mendonça. trouxeram para orientar o público. Como parte da programação deste dia, também, a Cen- vores na escola e realização de um dia de campo com pequetral de Recebimento de Embalagens Vazias de Agrotóxicos nos agricultores familiares do Assentamento 17 de abril, em de Ituverava abriu suas portas para a visitação do público. O Restinga (SP). Professores de três escolas participantes do programa intuito foi o de explicar o funcionamento de uma central de recebimento, que é parte da logística reversa realizada pelo de educação ambiental estão realizando projetos em suas escolas sobre o assunto. Sistema Campo Limpo. Outras atividades voltadas à comunidade também RECONHECIMENTO - No último dia 21 de julho, foram incluídas, como: ação comunitária com plantio de ár-
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Tradecorp adquire empresa de algas marinhas
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Tr a d e c o r p , empresa especializada em fisiologia vegetal e nutrição das culturas, e a empresa irlandesa OGT, especializada na colheita e processamento de algas marinhas, assinaram o acordo pelo qual a empresa irlandesa passa a fazer parte da Tradecorp e da área de AGRO BUSINESS do GRUPO SAPEC. Através da aquisição, ambas as empresas reforçam a sua posição. A Tradecorp reconhece a importância dos bioestimulantes na agricultura e terá acesso preferencial a uma matéria-prima de qualidade superior. Isto permitirá o desenvolvimento da sua gama de bioestimulantes, um mercado global que está em forte crescimento devido às necessidades de uma agricultura cada vez mais exigente. “A integração da OGT na Tradecorp garante o fornecimento de matérias-primas para Bioestimulantes, e abre um novo mercado de Gramados, Campos esportivos e Áreas Verdes em todo o mundo” afirmou Nicolas Lindemann, Diretor Executivo da Tradecorp. INF: www. tradecorp.com.br
Inseticida biológica contra a Helicoverpa
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inseticida biológico Diplomata promete sanar um dos grandes problemas no controle da Helico-verpa armigera: os efeitos tóxicos após a aplicação. Lançado pela empresa holandesa Koppert Biological Systems, o produto contém somente aditivos de grau alimentício, o que não altera o ecossistema. O Diplomata tem como princípio ativo o vírus núcleo – poliédrico Helicoverpa armigera. Este inseticida biológico, devido à sua especificidade, preserva os inimigos naturais da lagarta. Espécies aquáticas, pássaros e mamíferos não são afetados. “Além das perdas econômicas, cada vez mais as pragas e doenças estão ficando tolerantes e resistentes aos defensivos convencionais. Temos uma tecnologia exclusiva para os produtores, que minimiza o impacto ambiental, conserva a biodiversidade local e combate efetivamente as pragas”, informou o diretor industrial da Koppert do Brasil, Danilo Pedrazzoli. No entanto, neste primeiro momento ainda não será possível atender todo o Brasil, uma vez que o produto precisa ser mantido refrigerado, informa a empresa.
UpLexis e Agrometrika firmam parceria
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upLexis, empresa especializada na análise e interpretação de grandes volumes de dados, acaba de fechar uma parceria com a Agrometrika, plataforma de serviços para análise de crédito para o agronegócio. Com o acordo, a Agrometrika passa a contar com a upMiner, solução de mineração de dados da upLexis, integrada em sua plataforma web. Segundo Fernando Pimentel, diretor de operações da Agrometrika, a plataforma de serviços da Agrometrika é hoje a mais completa para análise de crédito para o agronegócio. INF: www.uplexis.com.br
contatos EURIPEDES CARLOS FERREIRA (carlos@peglev.com.br) Empresário no Setor de Agronegócios Franca (SP). “Gostaria de assinar a Revista Attalea Agronegócios”. RACHEL MACHADO DE SOUSA (rachelsmachado@uol.com.br) Pesquisadora - Varginha (MG). “Atuo no segmento do café há mais de 11 anos e gostaria de publicar artigos e receber a Revista Attalea Agronegócios”. JOSÉ ALBERTO DI LELLO (cemiar_admfinanceiro@yahoo.com.br) Agricultor - Batatais (SP). “Gostaria de assinar a Revista Attalea Agronegócios”. OLAVO BORGES (olavo-assis@bol.com.br) Pecuarista de Leite - Arcos (MG). “Queroreceber a Revista Attalea Agronegócios”. RICARDO DOMICIANO FIGUEIREDO (ricardo.dfigueiredo@yahoo.com.br) Engenheiro Agrônomo - Três Pontas (MG). “Gostaria de receber a Revista Attalea Agronegócios”. ANDREA SQUILACE CARVALHO (asqcarvalho@yahoo.com.br) ATER, Cafeicultor e Criador de Ovinos Espírito Santo do Pinhal (SP). “Gostaria de receber a Revista Attalea Agronegócios”. ERNESTO ROGÉRIO PEREIRA MELO (ernestobiguatinga@hormail.com) Estudante de Agronomia - São Pedro da União (MG). “Gostaria de assinar a Revista Attalea Agronegócios”. JACIARA APARECIDA OLIVEIRA (jaciaraparecida@hotmail.com) Engª Agrônoma - Perdizes (MG). “Gostaria de assinar a Revista Attalea”. CARLOS ALBERTO LIMA (beto@cooxupe.com.br) Comércio de Insumos Agrícolas - Alfenas (MG). “Gostaria de assinar a Revista Attalea Agronegócios”. ABRÃO FADUL JUNIOR (farmabrasil@netmg.com.br) Pecuarista - Itaú de Minas (MG). “Quero assinar a Revista Attalea Agronegócios”.
QUER ASSINAR? Para assinar a Revista Attalea Agronegócios, acessar o nosso site: www.revistadeagronegocios.com.br e preencher corretamente as informações na aba Fale Conosco.
nas dependências do Esporte Clube Sírio, em São Paulo (SP), a Central de Recebimento de Embalagens Vazias de Agrotóxicos de Ituverava (SP) foi premiada no Prêmio “ANDEF 2013/2014 - Categoria Campo Limpo” como a melhor Central entre as 112 participantes do Brasil. Inaugurada em 1999 e gerenciada pela Profª Regina Eli de Almeida Pereira, a Central de Ituverava recebe embalagens de produtores de 31 munícipios do estado de São Paulo (Adamantina; Altinópolis; Aramina; Barretos; Batatais; Buritizal; Franca; Guará Igarapava; Ipuã; Ituverava; Jardinópolis; Jeriquara; Miguelópolis; Monte Alegre; Morro agudo; Nuporanga; Orlândia; Pedregulho; Restinga; Sales de Oliveira; Santo Antônio da Alegria; São Joaquim da Barra) e Minas Gerais (Capetinga; Claraval; Ibiraci; Patrocinio; Sacramento; São Sebastião do Paraiso; Uberaba; Uberlândia). Recebe também embalagens proveniente dos Postos de Recebimento Franca (Franca, Ibiraci, Pedregulho, Claraval, Itirapuã, restinga, Cristais Paulista, Patrocinio Paulista, Ribeirão Corrente, Capetinga, Cassia, Sacramento, Sales de Oliveira) e Batatais (Patrocinio Paulista, Restinga, Jardinópolis, Bodowski, Nuporanga, Serrana, Ribeirão Preto, Altinópolis, Cassia dos Coqueiros). Por fim a Central realiza o Recebimento Itinerante recebendo embalagens de pequenos produtores de 12 municípios do entorno e de 05 usinas da região: Alta Mogiana, Louis Dreyfus, Pedra Agroindustrial, Raizen, Biosev. A COLETA NO BRASIL - No ano de 2013 o Brasil destinou 40.404 toneladas de embalagens vazias de agrotóxicos, deste total a Central de Ituverava destinou 323,78 toneladas. No 1º semestre de 2014 nossa Central já destinou 181,55 toneladas de embalagens. Existem no Brasil 410 unidades de recebimento (298
FOTO: Revista Attalea Agronegócios
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Premiação da ARPAF durante o Dia Nacional do Campo Limpo 2014.
postos e 112 centrais), distribuídas por 25 estados e Distrito Federal (DF). Desde 2002, quando o INPEV - Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias iniciou as operações, foram destinadas mais de 280 mil toneladas de embalagens plásticas vazias de defensivos agrícolas pós-consumo, graças ao engajamento da indústria (representada pelo INPEV), dos canais de distribuição, dos agricultores e do poder público. A responsabilidade compartilhada entre os elos do programa explica a capacidade do Sistema Campo Limpo de encaminhar para a reciclagem 94% das embalagens primárias (ou seja, em contato direto com o produto) e 80% do total de embalagens vazias de defensivos agrícolas comercializadas no mercado brasileiro (plástico, papelão e metal).
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Pastejo Rotacionado: pontos 1 críticos na implantação
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Augusto Zonta 1 Márcia Cristina de Mello Zonta 2
FOTO: Monique Schuabb
a pecuária moderna constantemente adotamos novas tecnologias e cada uma delas nos oferecem vantagens e desafios. Debater se o sistema de pastejo rotacionado é melhor que o pastejo contínuo é perda de energia. O que realmente faz sentido é discutir se determinada tecnologia é adequada para minha realidade e se tenho condições de conduzi-la corretamente pelo tempo necessário. Entre as vantagens do sistema de pastejo rotacionado podemos citar o melhor aproveitamento do pasto, consumo mais uniforme e menor gasto energético do animal para a busca de alimento de qualidade. As pesquisas mostram que esta tecnologia proporciona melhores ganhos por área e menores ganhos por animal. Isto ocorre devido ao menor poder de seleção do animal. Em regiões onde o custo da terra é alto esta característica torna-se interessante. Os maiores desafios desta técnica são os custos com cercas para a divisão da área e a capacitação do produtor para entender, observar e ajustar as variações no sistema ao longo do ano. É imprescindível o acompanhamento de um profissional nos dois primeiros anos da implantação do sistema. No início, recomenda-se um ritmo menos intenso e introdução parcial do rebanho neste novo sistema. ASPECTOS GERAIS - Em um sistema de pastejo ro-
AUTORES 1 - Zootecnista, Ms, PqC do Polo Regional da Alta Paulista/APTA. Email: zonta@apta.sp.gov.br 1 - Zootecnista, Ms, Técnica do Polo Regional da Alta Paulista/APTA. Email: marciazonta@apta.sp.gov.br
tacionado a área da pastagem é dividida em piquetes que são utilizados durante um certo intervalo de tempo que chamamos de período de ocupação. Ao fim deste período o piquete ficará em descanso com a transferência dos animais para o piquete seguinte. Observa-se um pastejo mais uniforme quando os piquetes são retangulares. Para reduzir os custos de implantação, as novas divisões devem ser planejadas de forma a aproveitar as cercas e divisões já existentes e o acesso por um corredor a uma área coletiva única com sombra, água e sal mineral. Nesta área os animais irão descansar e ruminar.
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Recomenda-se que a área de descanso fique estrategicamente localizada de forma que o piquete mais distante não exceda a 500 metros. O tamanho da área de descanso deve ser adequada para abrigar todos os animais do sistema e não prejudicar a vegetação de cobertura do solo. Evitando-se assim a produção de lama no local em épocas de chuva, o que causaria prejuízos sanitários e produtivos. Conforme a categoria animal a ser trabalhada, o espaço individual varia de 15 a 30m² para cada animal. Visando evitar quebra de cercas e facilitar a manobra das máquinas por ocasião da adubação ou outros processos, o corredor de acesso à área de descanso deve ser de 10 metros de largura e as entradas com 5 metros no mínimo. Duas opções de croqui exemplificando os piquetes e área de descanso. Os cochos de sal mineral devem fornecer 5 centímetros lineares por animal e 10 centímetros por animal para o cocho de água. O sal mineral deverá estar sempre disponível e soltinho. Esta verificação deve ser feita diariamente FOTO: Gir Brasil
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FOTO: Univers. Federal Tecnológica do Paraná
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aproveitando a ocasião para observar a condição dos animais e da pastagem. Quanto ao cocho de água devemos prestar atenção ao volume de água do reservatório e a vazão para o rápido preenchimento após o consumo. A limpeza dos cochos é algo que o produtor não dá a devida atenção, mas é de grande importância. Se não há água disponível e de qualidade os animais não bebem, não há consumo de alimento e consequentemente não há ganho de peso. No verão o consumo de água por animal varia entre 30 a 50 litros por dia conforme a categoria. Para exemplificar: Com 50 animais no sistema, o consumo total médio seria de 2.000 litros por dia. A vazão de entrada deverá repor 50% do consumo diário em 2 a 3 horas. Ou seja 1.000 litros. Recomenda-se que o valor de consumo diário seja multiplicado por 3 (6.000 litros para os 50 animais), pois desta forma, se houver algum problema na entrada de água, bomba ou tubulação, o produtor terá 3 dias para resolver o problema. Este prazo é muito útil principalmente se o problema ocorrer no final de semana. NÚMERO DE PIQUETES - O número de divisões depende principalmente das características da gramínea predominante na área. No caso de novas áreas dependerá da gramínea escolhida. A fisiologia, ciclo, hábito de crescimento, facilidade de propagação, velocidade de rebrota, resposta a adubação e adequação às condições climáticas da região são algumas informações que precisam ser levadas em consideração na escolha. Por exemplo, se o sistema for instalado em áreas com gramíneas de hábito cespitoso, como no caso do gênero Panicum (Colonião, Mombaça, Tanzânia), haverá um maior
LEITE FOTO: EMATER-GO
número de piquetes. • Quanto menor o período de ocupação maior o desafio. • Quanto maior o período de descanso maior será o número de piquetes. • Maior número de piquetes implica em maior custo com estrutura.
número de piquetes e um menor número dos dias de ocupação, em comparação com as gramíneas de crescimento prostrado, no caso as braquiárias. Isto ocorre porque as plantas cespitosas sofrem mais com as desfolhas, principalmente as rebrotas, uma vez que são de fácil apreensão pelos bovinos. Por este motivo, precisam de maior número de dias de descanso. Já com as prostradas ocorre o inverso. Observe a fórmula:• Quanto maior o período de ocupação menor será o
ERRATA:
Queijo Canastra carece de boas práticas de produção
Conclui-se que é de grande importância encontrar o equilíbrio entre o nivel de desafio, ou seja, a intensidade do sistema e o custo de implantação deste. Intensidade do sistema implica em grande remoção de material vegetal, maior nível ou frequência de adubação, menor área por animal, maiores perdas por acamamento, dependendo da categoria maior disputa, exige melhor controle de cerca e melhor mão de obra. De forma geral utiliza-se 25, 30 ou 35 dias de descanso e 1, 3 ou 5 dias de ocupação. Estes intervalos atendem a maioria das gramíneas normalmente utilizadas. Recomenda-se período de ocupação de 1 dia apenas para os experientes. Não é recomendado períodos de ocupação maiores que 5 dias pois desta forma os animais passariam a comer a rebrota. Esta situação não é desejável. Alguns trabalhos apontam também que neste caso ocorre uma maior infestação por helmintos. Observe a tabela: PERÍODO DE DESCANSO (dias) 25
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Na edição anterior (Edição 93 - Julho 2014), na matéria intitulada “Pesquisadora avalia que Queijo Canastra carece de boas práticas de produção” (páginas 13 e 14) publicamos equivocadamente créditos para as fotos para ESALQ/USP. Na verdade, os créditos das fotografias são para a pesquisadora Mayra Fernanda Silveira Diniz, Cientista de Alimentos e Mestre em Ciência e Tecnologia de Alimentos pela ESALQ/USP.
PERÍODO DE OCUPAÇÃO (dias)
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CERCAS - A utilização de cerca elétrica para as divisões internas da área é a escolha mais comum, uma vez que apresenta custo por quilometro inferior ao da cerca de arame farpado tradicional. Porém, nesta hora o produtor fica tentado a economizar no eletrificador, painel fotovoltaico, baterias, isoladores e outras peças. Não vale a pena. Trabalhe com peças de qualidade e consulte um profissional para a construção das cercas, proteção contra raios e adequado aterramento. A cerca elétrica funciona desde que instalada adequadamente e não haja vazamentos de corrente devido a peças ruins ou falta de roçada do capim nas linhas de condução. O correto dimensionamento do sistema é um ponto importante para a redução de custos com estrutura e um relacionamento harmônico com a fisiologia da gramínea disponível. A escolha do tipo de cerca utilizada depende do capital disponível na fase de implantação e a orientação de um profissional para a construção de cercas elétricas é uma questão de segurança e economia.
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GRÃOS
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Espécies silvestres como fontes de resistência à pragas e doenças no amendoim
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amendoim representa uma importante fonte de proteína e óleo. Seu impacto econômico se deve principalmente à sua grande diversidade de formas de consumo. Os grãos possuem teores de óleo em torno de 45% e de proteína entre 20 a 25%. A produção de amendoim no Brasil foi de aproximadamente 324 mil toneladas em casca, na safra 2012/13. O país vem sendo recentemente considerado pelos principais importadores como um grande e novo pólo produtor para exportação visando confeitaria. A produção brasileira está concentrada no Estado de São Paulo, onde a área de plantio, nos últimos anos, tem estado perto de 90.000 ha entre a 1ª e 2ª safras (IEA, 2013; CONAB, 2013). As pragas e doenças da parte aérea estão entre os fatores que mais limitam a produção economicamente sustentável do amendoim no Brasil. A mancha castanha (Cercospora arachidicola), mancha preta (Cercosporidium personatum) e ferrugem (Puccinia arachidis) são as doenças de maior importância atual para a cultura em São Paulo. A mancha preta e ferrugem, em especial, quando não controladas quimicamente, podem causar reduções de até 70% além de afetar a qualidade do produto. Em conseqüência, a aplicação de fungicidas é necessária, o que contribui significativamente para os altos custos da produção agrícola.
FOTOS: APTA REGIONAL
Marcos Doniseti Michelotto 1, Ignácio José de Godoy 2 e Alessandra Pereira Fávero 3
Sintomas da Mancha-Castanha nas folhas do Amendoinzeiro.
Cultivares moderadamente resistentes e aplicação de técnicas de monitoramento das doenças ou das condições climáticas têm sido difundidos aos produtores como formas de reduzir a dependência da cultura ao uso de agroquímicos, entretanto o impacto dessas tecnologias tem sido moderado. A cultura do amendoim na região Centro-Sul do Brasil deve também estar protegida quimicamente das pragas, especialmente dos insetos que atacam a parte aérea, para que as máximas produtividades sejam obtidas. Particularmente em São Paulo, o Tripes-do-Prateamento, Enneothrips flavens (Thysanoptera: Thripidae) e a Lagarta-do-Pescoço-Vermelho, Stegasta bosquella (Lepidoptera: Gelechidae) são consideradas pragas-chave, pelos prejuízos causados, ocorrência generalizada nas culturas e elevados níveis populacionais. Estima-se em cerca de 30% as reduções de produtividade na ausência de controle ou pelo controle químico não eficiente desses insetos.
Sintomas da Mancha-Preta nas folhas do Amendoinzeiro.
AUTORES 1 - Eng. Agr., Dr., PqC. do Polo Regional Centro Norte. Email: michelotto@apta.sp.gov.br 1 - Eng. Agr., Dr., PqC. do Polo Regional Centro Norte. Email: ijgodoy@ apta.sp.gov.br 1 - Eng. Agr., Drª, PqC da Embrapa Pecuária Sudeste. Email: alessandra. favero@embrapa.br
Sintomas da Ferrugem nas folhas do Amendoinzeiro.
As infestações desses insetos têm um aspecto característico importante e peculiar: ambos se alojam nos brotos (ponteiros) dos ramos, provocando danos mais ou menos severos ao desenvolvimento vegetativo das plantas. Este hábito de ataque faz com que os próprios produtos químicos (inseticidas) a serem usados para o seu controle sejam de diferenciada eficiência e composição, o que torna esse controle mais eficiente, mas ainda mais caro. Por essas razões, a busca de cultivares resistentes torna-se de grande importância para o melhoramento genético da espécie. Trabalhos têm mostrado que os cultivares atuais apresentam alguma diferença em relação à tolerância a essas pragas, porém o impacto dessas vantagens ainda é pequeno a ponto de propiciar uma redução ou supressão do controle químico. Portanto, tanto nas doenças quanto nas pragas aqui citadas, a busca por germoplasma altamente resistente e a sua utilização no melhoramento genético é de grande importância para a obtenção de avanços genéticos mais expressivos na obtenção de cultivares resistentes. As maiores perspectivas podem estar no germoplasma silvestre de amendoim. O amendoim é uma espécie cujo gênero ocorre naturalmente em cinco países da América do Sul, inclusive no Brasil, formando uma diversidade com mais de 80 espécies já identificadas. Sendo o Brasil riquíssimo nessa diversidade do gênero Arachis, a conservação, caracterização e uso sustentável do germoplasma autóctone são de grande importância para a sua utilização nos trabalhos de melhoramento do
FOTOS: APTA REGIONAL
GRÃOS
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A Lagarta-do-Pescoço-Vermelho e os sintomas de danos nas folhas.
amendoim no país. O Banco Ativo de Germoplasma de Espécies Silvestres de Arachis localiza-se na EMBRAPA-CENARGEN - Recursos Genéticos e Biotecnologia, em Brasília (DF) e conta com 1.250 acessos desse germoplasma, em sua grande maioria coletados em território brasileiro. Em relação à espécie cultivada, o IAC - Instituto Agronômico de Campinas (SP) é o que detém a maior coleção do país (2.100 acessos).
FOTO: Universidade da Califórnia
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Esse acervo genético torna essas duas instituições parceiras naturais na utilização dessa variabilidade para o aprimoramento tecnológico da cultura através da criação de cultivares. Em todos os países que possuem programas de melhoramento de amendoim, apenas uma pequena porcentagem da diversidade nativa é aproveitada. Isto ocorre, em alguns casos, porque o germoplasma não está totalmente caracterizado para identificação de resistência a fatores bióticos e abióticos ou outras características de interesse. Em outros casos, porque os projetos de introgressão, dificultados por barreiras genéticas, envolvem estratégias de prazo mais longo, inibindo os melhoristas a ampliar essa diversidade. Assim, a tendência é o estreitamento da base genética da cultura, dificultando a criação de cultivares mais resistentes a pragas e doenças ou limitando os ganhos genéticos para outros caracteres de importância para os agricultores ou para o mercado dos produtos. Em pesquisas realizadas no Brasil e em diversos países, no caso das doenças foliares, várias espécies do gênero Arachis têm sido consideradas altamente resistentes. No caso das pragas aqui consideradas, as pesquisas são mais restritas porque elas ocorrem como pragas apenas no Brasil. Pesquisas recentes aqui realizadas têm mostrado perspectivas de variabilidade para resistência entre acessos do germoplasma silvestre. Entretanto, a variabilidade potencialmente existente nas espécies silvestres de Arachis tem sido pouco explorada ao longo de muitos anos. O principal entrave é que a grande maioria delas é diplóide, enquanto que a espécie cultivada é alotetraplóide, ou seja, a espécie cultivada (Arachis hypogaea), alotetraplóide, possui dois genomas, A e B, enquanto que a grande maioria das espécies silvestres, diplóides, possui alternativamente, genomas A ou B. A barreira da ploidia faz com que os híbridos obtidos sejam estéreis. Mais recentemente, este problema foi resolvido em função da possibilidade de obtenção de indivíduos anfidiplóides. O anfidiplóide é obtido através do cruzamento de espécies dos dois grupos (A e B), obtendo-se híbridos diploides estéreis AB. Posteriormente, faz-se o tratamento desses híbridos com colchicina, ocorrendo a duplicação dos cromossomos, produzindo indivíduos AABB, que podem ser cruzados com Arachis hypogaea por terem a mesma constituição genômica da espécie cultivada. A cultivar COAN de amendoim foi o primeiro caso de genes transferidos a partir de Os primeiros trabalhos realizados no Brasil geraram informações valiosas sobre o potencial de resistência a doenças em diversos acessos de Arachis spp. Paralelamente, trabalhos envolvendo o anfidiploide (A. ipaënsis x A. duranensis) contribuíram para o estudo da evolução da espécie cultivada, constituindo-se em um marco na estratégia do uso de anfidiploides para superar a barreira de incompatibilidade com o amendoim cultivado. Assim como as espécies silvestres, os anfidiplóides apresentam diversas características indesejáveis do ponto de vista agronômico, relacionadas com a arquitetura da planta, padrão de vagens e sementes e baixa produtividade. Devido a isto, é necessário, após o primeiro cruzamento do anfidi-plóide com um cultivar representante da espécie cultivada (Arachis hypogaea L.), realizar uma série de retrocruzamentos do mate-
FOTO: APTA REGIONAL
GRÃOS
O Tripes-do-Prateamento e sintomas de danos nas folhas do amendoinzeiro.
rial segregante resistente, com cultivares elite do programa de melhoramento (genitores recorrentes) visando recuperar os caracteres agronômicos desejáveis (Godoy et al., 2011). Com a implementação da parceria Embrapa – IAC – APTA Regional e a inclusão de outros colaboradores ao grupo, intensificaram-se os trabalhos de prospecção de caracteres desejáveis no germoplasma silvestre de Arachis. Obtiveram-se informações sobre a germinação e dormência das sementes silvestres (Carrega et al. 2010) e resistência às doenças foliares (Fávero et al., 2008; Michelotto et al., 2008) bem como iniciaram-se os estudos para busca de resistência ou tolerância de espécies silvestres ao tripes e à lagarta-dopescoço-vermelho (Janini, 2011). Ao mesmo tempo, o IAC e a Embrapa já vêm realizando os primeiros retrocruzamentos a partir de alguns anfidiploides considerados como resistentes às doenças foliares, utilizando como genitores recorrentes os cultivares elite do programa IAC (Santos et al., 2013). CONSIDERAÇÕES FINAIS - Apesar das dificuldades apontadas em relação à incompatibilidade genômica com a espécie cultivada, e à inadequação agronômica das espécies silvestres, é possível afirmar, por esses primeiros resultados obtidos em nossas condições, que a resistência às pragas e doenças aqui consideradas poderá, em futuro não tão distante, ser incorporada aos nossos cultivares a partir deste germoplasma silvestre, resultando em significativos ganhos no melhoramento genético do amendoim para as regiões produtoras de São Paulo e outros estados brasileiros.
SOLOS
A importância da análise química das folhas na agricultura
A
diagnose consiste na avaliação do estado nutricional de uma planta tomando uma amostra, seja de um tecido vegetal, seja do solo, e compará-la com seu padrão preestabelecido. Este padrão consiste em uma planta ou solo que apresenta todos os nutrientes e proporções adequadas capazes de proporcionar condições favoráveis para a planta expressar seu máximo potencial genético para a produção. Para avaliar o estado nutricional da planta, existem algumas ferramentas de diagnose que apresentam características específicas, a qual pode ser feita no tecido vegetal ou no solo. No tecido vegetal, normalmente, utilizam-se as folhas, podendo ser a partir da diagnose visual ou da análise química que, por sua vez, pode ser interpretada, tomando um único nutriente através do método do nível crítico, da faixa de suficiência, ou alternativamente, tomando como base a relação dos nutrientes, feita pelo método denominado DRIS (Sistema Integrado de Diagnose e Recomendação). Indiretamente, o solo, através da análise química, pode ser também utilizado para avaliar o estado nutricional da planta. Assim, existem várias ferramentas que podem ser utilizadas, preferencialmente de maneira integrada, para o conhecimento do sistema solo-planta, com subsídios suficientes para a interferência, se for o caso, na adoção de práticas de adubação mais eficientes. A diagnose visual permite avaliar os sintomas de deficiência ou excesso de nutrientes, e é possível fazer correções no programa de adubação, com certas limitações. Entretanto, este método recebe críticas, uma vez que, no campo, a planta é passível de sofrer interferências de pragas e patógenos que podem mascarar a exatidão da detecção do nutriente-problema. Além disto, a diagnose visual não quantifica o nível de deficiência ou de excesso do nutriente em estudo. Cabe salientar que somente quando a planta apresenta uma desordem nutricional aguda, é que ocorre claramente a manifestação dos sintomas visuais de deficiência ou excesso característicos, passíveis de diferenciação; entretanto, neste ponto, parte significativa da produção (cerca de 40-50%) está comprometida. Portanto, o uso da diagnose visual não
deve ser a regra e, sim, como um complemento da diagnose. Os sintomas visuais de deficiência e excesso são apresentados no próximo capítulo (item 3.4). A diagnose vegetal presta-se para identificar o estado nutricional da planta, através da análise química de um tecido vegetal que seja mais sensível em demonstrar as variações dos nutrientes e que seja o centro das atividades fisiológicas da planta, ou seja, na maioria das vezes, a folha. É necessário, ainda, que a planta esteja em uma época de máxima atividade fisiológica, como no florescimento ou início da frutificação.
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Sintomas de deficiência de magnésio no Maracujá-Doce: folhas velhas com clorose internerval (A) e com a progressão da deficiência, as folhas tornamse amareladas com parte das margens necrosada (B)
de coleta de folhas e pecíolos para a diagnose foliar do algodoeiro. A coleta das folhas seguiu-se com os seguintes estádios de desenvolvimento: 1ª coleta – época 1 : 44 dias – botão floral ; 2a coleta – época 2 : 59 dias – flor ; 3a coleta – época 3 : 74 dias – fruto imaturo. Observou-se que o pecíolo é a parte mais sensível às variações de concentração de nutrientes do que o limbo foliar. Verifica-se que nos cultivares de ciclo anual a concentração de fósforo no limbo e pecíolo decrescem linearmente com o tempo. A absorção de fósforo é contínua durante todo o ciclo de desenvolvimento da cultura, mas a maior parte do fósforo absorvido no período do crescimento vegetativo é translocado das folhas para os frutos. A época mais adequada para a coleta das folhas é de 44 dias após florescimento ou no botão floral. Nem sempre a constatação de deficiência nutricional através do levantamento visual de sintomas permite a possibilidade de correção da carência no próprio ano agrícola. Entre os critérios de interpretação normalmente usados, pode-se citar o baseado no nível crítico que exprime um único valor ou um intervalo de valores, ou seja, uma faixa com teor adequado. É comum, nas tabelas dos órgãos oficiais, o uso de faixas de teores adequados, visto que engloba maior número de condições edafoclimáticas ou cultivares distintas. Além disso, não existe um determinado ponto de ótima produção, mas sim uma determinada faixa, porque o aumento da produção obtido com doses crescentes de nutrientes é sempre associado a um erro estatítisco. Nos resultados de pesquisas locais, é comum expressar, como valor adequado de nutrientes, o nível crítico.
Sintomas de deficiência de potássio em folhas velhas de Seringueira, onde se observa uma clorose na borda e no ápice da folha, seguida por necrose marginal.
Em virtude desta última exigência da análise química das folhas no auge do desenvolvimento da planta, coloca-se a diagnose foliar com pouca ação na eventual correção da deficiência de nutrientes em plantas anuais no mesmo ciclo de produção da cultura. Entretanto, em culturas perenes como cafeeiro, a diagnose foliar apresenta potencial elevado no diagnóstico do estado nutricional da planta e possibilidade de correção no mesmo ano agrícola, com satisfatória eficiência. Portanto, a idéia de se usar conteúdo mineral como critério para se avaliar o estado nutricional de plantas perenes é bastante atraente, visto que a diagnose foliar tem como vantagem utilizar a própria planta como extrator. Para a amostragem correta da folha-diagnose propriamente dita, devem-se considerar a época de coleta, tipo de folha e o número suficiente, que garantirá validade do resultado da análise química foliar, sua interpretação e a correção das deficiências com as futuras adubações. É relevante salientar a importância dessa etapa de amostragem, visto que a maioria dos erros que podem ocorrer em um programa de adubação, advêm da amostragem malfeita e não por problemas analíticos de laboratório ou ainda do uso de tabelas de recomendação inadequadas. Para a diagnose foliar do algodoeiro devem ser amostradas folhas no período de florescimento (quinta folha da haste principal, 80 – 90 dias da emergência), e os resultados interpretados segundo os dados da Tabela 1. MEDEIROS & HAAG (1990) estudou a melhor época Tabela 1 - Teores adequados de nutrientes na matéria seca de folhas de algodoeiro, no período de florescimento (MALAVOLTA, 1992).
FOTO: Embrapa Tabuleiro Costeiros
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FOTO: Rilner Alves Flores / Dr. Renato Mello Prado
SOLOS
N Mg P K S Ca - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - (g.kg-1) - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 35-40 3-5 2.0-2.5 14-16 2-3 30-40 B Zn Cu Fe Mo Mn - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - (mg.kg-1) - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 20-30
5-35
60-80
30-100
20-60
1-2
Sintomas de deficiência de cobre em Coqueiro, com destaque para o arqueamento do ráquis, folhas pequenas e cloróticas, folíolos secos nas extremidades, aspecto queimado, evoluindo para toda a folha e para a planta toda.
FOTO: Arthur Vieira
FOTO: Luis Antônio S. de Castro
SOLOS
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Sintomas de deficiência de potássio em folhas de Ameixeira.
Normalmente, os experimentos de adubação, que definem os níveis críticos ou faixas adequadas, como os apresentados anteriormente, devem seguir alguns procedimentos chamados padrões, como: 1) - Escolher uma área, com um grupo de solos representativos, que predomine na região, e que apresente um teor de nutrientes baixo, para que haja a resposta da planta. Os demais nutrientes não estudados devem ser fornecidos em quantidades ótimas para o máximo desenvolvimento das plantas. 2) - Utilizar técnicas de cultivo das plantas de acordo com as recomendações locais e amplamante empregadas pelos produtores e, ainda, usar fontes de fertilizantes normalmente disponíveis e com custo por unidade de nutriente satisfatório. 3) - Estabelecer as relações de resposta, ou seja: a) - Dose do nutriente aplicado x teor do nutriente no solo; b) - Teor do nutriente no solo x teor do nutriente na folha; c) - Teor do nutriente na folha x produção, conhecida como curva de calibração. 4) - Repetir experimentos em diferentes condições edafoclimáticas, a fim de que a informação seja válida para o maior número de propriedades rurais, e que sejam beneficiados mais produtores. Além da avaliação do estado nutricional da planta, Landivar & Benedict (1997) recomendam uma avaliação sistêmica em todo ciclo de vida da planta, conhecido como mapeamento ou monitoramento, durante cada fase de desenvolvimento: a) Vegetativa primária, emergência da planta até o aparecimento do primeiro quadrado; b) Juvenil, do primeiro quadrado à primeira floração; c) Reprodutiva, primeira floração ao desbaste; d) Maturação, desbaste à maturação das maças e colheita. Nestas fases é levantado vários dados das plantas como tipo de estrutura reprodutiva presente (quadrado, maça ou fruto), nas duas primeiras posições de cada ramo reprodutivo, bem como medidas de Tabela 1 - Interpretação dos níveis de retenção de frutos obtidos durante a fase reprodutiva. FATORES AFETADOS
RETENÇÃO DE FRUTOS NA PRIMEIRA E SEGUNDA POSIÇÕES ABAIXO DE 60% ACIMA DE 70% abaixo da média
acima da média
Potencial de Crescimento Excessivo
mais alta
mais baixa
Necessidade de PIX
mais alta
mais baixa
mais baixa
mais alta
Potencial Produtivo
Necessidade de Nutrientes
Obs. A retenção de frutos de 60 a 70% é considerada média.
Sintomas de deficiência de nitrogênio em folhas de Cafeeiro.
altura, número de nós vegetativos. Tomando-se como exemplo a segunda fase de monitoramento, onde a planta está na fase de floração inicial, a qual quantifica a retenção de frutos medido na primeira e segunda posições de cada ramo e suas inferências no manejo da cultura. Estes dados obtidos são processados em um programa específico de microcomputador (PMAP). Segundo os autores, o desempenho do monitoramento da cultura durante os estágios chaves de desenvolvimento da planta deve ser entendido como ferramenta valiosa pelos produtores para identificarem problemas e estabelecerem prazos para iniciar ação corretiva. (FONTE: Nutrição de Plantas)
EMPRESAS
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Empresa francana produz bags para diversos segmentos
C
ontando com profissionais com grande experiência de mercado, a FranBag atua no segmento de bags para transporte de grãos, atende cooperativas, fazendas, usinas e diversos outros segmentos empresariais. Qualidade e durabilidade são os principais diferenciais da empresa, que conta com uma equipe técnica treinada e equipamentos de última geração. Toda esta eficácia e agilidade estão associadas ao melhor custo. Esses princípios e valores fazem com que a empresa conquiste junto ao cliente, credibilidade e confiança necessárias para a sua fidelização. A empresa, sediada no Distrito Industrial de Franca (SP), atende os setores: alimentício, mineral, agrícola, fertilizante, farmacêutico, cerâmico, petroquímico, químico e refratário. Os produtos da FranBag são confeccionados em fibra de polipropileno de alta resistência aditivado com tratamento anti-UV (raios ultra violetas), possuindo laminação ou não, garantindo a impermeabilidade do mesmo.
Através de seu departamento técnico, a empresa está preparada para analisar as necessidades de cada cliente e desenvolver um modelo de big bag que atenda suas expectativas e necessidades. A FranBag trabalha com bags de inúmeros tipos e opções de armazenamento e transporte. São confeccionados de acordo com as especificações técnicas e necessidades de cada cliente, oferecendo várias opções de tamanho e capacidade de carga. São ideais para o acondicionamento, armazenagem e transporte de açúcar, farinha de trigo, grãos e sementes em geral, fertilizantes, minérios, rações, produtos químicos e petroquímicos, farmacêuticos, herbicidas e refratários, resíduos industriais e outros. Possui tecnologia de ponta que possibilitam a impressão em uma ou duas faces, visando a identificação e promoção do produto acondicionado. Disponibilizamos diferentes tipos de alças, válvula de carga e descarga, para que o mesmo se adeque perfeitamente as suas necessidades.
HORTALIÇAS
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CAFÉ
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pós 10 meses do início das obras (novembro de 2013), a nova base de armazenagem da COCAPEC em Cristais Paulista (SP) começa a receber a safra de café. A estrutura de aproximadamente 12 mil m² está preparada para receber os cafés através do sistema de granelização e tem a capacidade para cerca de 300 mil sacas de café. Para se ter ideia do tamanho da obra o até então maior armazém da cooperativa, localizado em Franca (SP), possui 3.600 mil m². A balança foi aferida pelo IPEM-SP - Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo no início de agosto e está de acordo com os padrões para funcionamento. Para Os colaboradores empilham os big bags com muita habilidade dentro do grande armazém. entrada, por questões de segurança, será necessário utilizar o trevo de acesso a Cristais Paulista (Águas Quentes) tanto na ida quanto na volta. A necessidade da construção de uma nova área de armazenagem foi para atender demanda dos cooperados que, a cada safra, cresce mais, mesmo com a bienalidade, característica da produção cafeeira. Todos os recursos para a obra foram aprovados pelos associados em Assembleia Geral Ordinária de 2013 e 2014. FOTO: Divulgação COCAPEC
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COCAPEC inicia as atividades de armazenagem em Cristais Paulista (SP)
CRESCIMENTO COM RESPONSABILIDADE - O local onde está o novo armazém funcionava o antigo Horto Florestal de Cristais Paulista. Para que pudesse ser efetivada a aquisição, no dia 27 de setembro de 2013, a Câmara Municipal de Cristais Paulista aprovou por unanimidade o projeto de lei do executivo autorizando a permuta de imóveis,
O núcleo está recebendo cafés através dos sistema de granelização o que proporciona mais agilidade na entrega.
A balança aferida pelo IPEM já está em pleno funcionamento com todos os equipamentos necessários.
já garantindo também um novo local de funcionamento para o Horto Municipal. Por conta dos trabalhos, foi autorizado pela CETESB Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental, órgão ambiental ligado à Secretaria Ambiental do Estado de São Paulo, o corte de 112 árvores e, como compensação, cerca de 2.000 mudas nativas foram plantadas no manancial localizado na Fazenda Jandira, responsável pelo fornecimento de água a população de Cristais Paulista. A COCAPEC fará todo o acompanhamento para o desenvolvimento da Área de Preservação Permanente (APP) até 2016. Outras 800 mudas serão destinadas a Reserva Legal nas dependências da área da própria cooperativa em Cristais Paulista, totalizando assim 2.800 árvores reflorestadas.
CAFÉ
Irmãs apostam na moda do food truck e criam cafeteria móvel A FOTO: Andréa Graiz/Agência RBS
s irmãs Jeanny e Aline Bavaresco sempre sonharam em trabalhar juntas, e o projeto foi concretizado em um food truck de café, simpático carrinho itinerante chamado de Delicafé. A dupla de empreendedoras se divide nas tarefas da sociedade: enquanto Aline comanda a cozinha, Jeanny (que deixou para trás a rotina de executiva de uma grande multinacional) diverte-se administrando o novo negócio e conversando com os clientes. “A aceitação tem sido muito boa por onde passamos. Percebemos que Porto Alegre está aberta para uma gastronomia nesses moldes, com uma estrutura de rua e cuidados dignos de chef. As pessoas olham o carrinho de longe, ficam curiosas e se aproximam – conta Aline, que se apaixonou pela culinária e estudou o assunto durante uma viagem para a Austrália. Além de vários tipos de cafés, o cardápio colado na parte da frente do carrinho sob medida oferece ainda alternativas de lanches quentes e rápidos. E olha que bacana: elas fazem parte de um grupo de empreendedores que se reúne
nos finais de semana, de sexta à noite até domingo, em um estacionamento na Venâncio Aires, 946, batizado de Bom Fim Food Park. O evento já foi assunto no blog nas semanas anteriores, mas vale a pena repetir a dica e incluir uma refeição por lá na agenda do próximo final de semana. (FONTE: CCCMG)
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Caracterização da deficiência de fósforo em cafeeiros jovens por erros na distribuição do adubo no plantio J.B. Matiello1, Marcelo Jordão1 e Iran B. Ferreira1
N
a presente nota técnica objetiva-se relatar e caracterizar problemas em cafeeiros jovens, ligados à falta de fósforo no sulco/cova de plantio. A deficiência de fósforo aparece cedo, na fase de formação da lavoura, nos 2 primeiros anos de campo. Ela pode ser observada em plantas salteadas ou um conjunto de plantas na linha, as quais apresentam folhas de coloração verde claro a amarelado, e com o ápice da folha necrosado. Também, ocorrem nas folhas muitas lesões da Cercospora negra. As plantas com problemas tem menor crescimento e apresentam aspecto de fraqueza ou stress nutricional. O problema de falta de P tem origem em problemas na distribuição ou mistura irregular do adubo fosfatado aplicado no sulco/cova de plantio. Aquelas plantas que ficam sem adubo disponível por falha na adubadeira do sulco, apresentam os sintomas de fraqueza relatados. Situação comum é o desligamento da adubadeira antes de terminar a linha, ou se prolonga o plantio alem da área do sulco onde o adubo fosfatado foi distribuído. Ao examinar o sistema radicular das plantas deficientes, verifica-se que ele se apresenta pouco desenvolvido, com as raízes primárias sem problemas, porém, com poucas raízes finas. Na Fazenda Experimental do Convênio Fundação Procafé e a Fundação do Café da Alta Mogiana, em Franca (SP), foram verificados, agora em maio/14, plantas com 1,5 ano de idade, de cafeeiros Mundo Novo, mostrando sintomas típicos de deficiência de fósforo, conforme relatados anteriormente. O plantio desse talhão foi feito depois da abertura de sulco e distribuição do adubo fosfatado com adubadeira
AUTORES 1 - Engenheiros Agrônomos da Fundação Procafé. Site: www.fundacaoprocafe.com.br
Tabela 1 - Níveis de P no solo, em amostras de 0-40cm, em condições de plantas com e sem sintomas de amarelecimento. FEF, Franca (SP), 2014.
1 - Com problemas
NÍVEL DE P (Melich) no solo, 0-40cm em ppm, média de 6 amostras cada 11,6
2 - Sem problemas
69,5
CONDIÇÃO DAS PLANTAS
mecanizada e mistura com subsolador. Para analisar e correlacionar o problema com a carência de P tomou-se amostra de solo, na profundidade de 0-40 cm, tomada entre plantas, bem no meio de onde foi feito o sulco. Foram tomadas amostras de duas condições, onde as plantas apresentavam problema e onde tinham seu desenvolvimento normal. As amostras foram tomadas em 6 locais em cada condição. Elas foram analisadas quimicamente e foram obtidos os resultados, cujas médias estão colocadas na Tabela 1. Pode-se verificar, pela Tabela 1, que os níveis de P no solo, junto às plantas com problemas, se encontram deficientes, enquanto aqueles correspondentes à condição normal das plantas se apresenta bastante superior, mais de 6 vezes maior. Pode-se concluir que – a caracterização da deficiência de P em plantas jovens de café, por falta ou má distribuição de adubo fosfatado no sulco de plantio, pode ser feita visualmente, pelos sintomas de amarelecimento e seca do ápice das folhas. Sua comprovação pode ser obtida através de análise de solo, para quantificar o teor de P presente na área do antigo sulco de plantio.
CAFÉ
Estudo prevê migração do café das montanhas para áreas planas
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Novo método detecta impurezas do café falsificado “com 95% de precisão”
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Luiz Guilherme Trevisan Gomes1
arçom, tem manose demais no meu café!”: nova técnica desenvolvida por pesquisadores brasileiros visa detectar, com facilidade, substâncias fraudulentas no café. Logo ao acordar, após o almoço, durante o expediente ou os estudos, o café é uma das fontes de energia preferidas por milhões de pessoas ao redor do mundo. Mas quanto do seu “cafezinho” é realmente café? Cientistas do Departamento de Química da Universidade Estadual de Londrina (UEL), no Paraná, apresentaram um teste para a detecção de café falsificado, ou seja, misturado com impurezas (soja, milho, cevada, açaí e outras) frequentemente adicionadas para aumentar o volume do produto vendido, em exposição realizada em São Francisco,
AUTOR 1 - Graduado em Ciências Econômicas pela Universidade Estadual Paulista (Unesp). Atualmente, cursa o MBA em Controladoria e Finanças na Universidade de São Paulo (USP). Entusiasta da razão e da ciência, fundou o espaço de divulgação científica Make It Clear Brasil, em 2013.
na Califórnia. Os adulterantes não necessariamente representam risco à saúde do consumidor, mas podem comprometer a qualidade e o sabor do produto final, e sua detecção em meio ao café torrado e moído se torna muito complicada: “não podemos ver este tipo de adulteração a olho nu”, afirmou Suzana Nixdorf, pesquisadora da UEL que estuda métodos de avaliação do café há mais de 20 anos. Para Nixdorf, a microscopia, técnica usualmente empregada, pode ser subjetiva, além denão determinar a porcentagem de impurezas inserida no pó de café. O novo método desenvolvido por Nixdorf utiliza um cromatógrafo, equipamento que separa os componentes, no caso, carboidratos, de uma mistura e provê o observador de gráficos contendo as proporções relativas de cada componente. A técnica funciona a partir da comparação entre os perfis de açúcares encontrados nas plantas que produzem os diversos tipos de café e nas que produzem as impurezas acrescidas ao café. Assim, os tipos de açúcar mais abundantes nas espécies vegetais são utilizados como marcadores na fase de detecção de sua presença em uma amostra. A análise do café arábica, por exemplo, revelou que a galactose é o sacarídeo (açúcar) predominante neste tipo de café. Por outro lado, no triticale — adulterante comum, híbrido de trigo e centeio —, abunda a glicose, enquanto que, no açaí, predomina a manose. Com o uso do cromatógrafo, é possível distinguir substâncias presentes em misturas aparentemente homogêneas de café e impurezas “com 95% de precisão”, segundo Nixdorf. A pesquisadora ressalta também ser possível avaliar a contaminação por partes da planta do café que não o próprio grão, como galhos e folhas, uma vez que estas partes se caracterizam por proporções distintas de carboidratos.
CAFÉ
Bureau de Inteligência do Café apresenta Relatório de Tendências do mês de julho Luis Gonzaga de Castro Junior 1
O
1. PRODUÇÃO panorama da cafeicultura nos diversos países produtores varia bastante. Enquanto alguns se mantêm competitivos no mercado, expandindo sua produção e desenvolvendo-se de acordo com as exigências do mercado, outros não conseguem o mesmo, encontrando diversos problemas e com declínio na produção. Diversos fatores acarretam essa separação em dois grupos e, dentre eles, a tomada de decisões corretas é o principal determinante entre o sucesso e o fracasso. Porém, há uma grande dependência do clima que é muitas vezes o ponto chave para garantir uma boa safra ou para devastar lavouras e arruinar todo o trabalho feito em prol da cafeicultura. A América Central luta para recuperar-se o mais rápido possível do estrago causado pelo surto de ferrugem na região. Para isto as iniciativas públicas e privadas adotam uma série de medidas que permitem aos cafeicultores contar com apoio de diversas instituições estrangeiras que lançam projetos de mitigação para o problema. Estes auxílios partem principalmente de programas governamentais, ONGs
e empresas do ramo que estão preocupadas com a redução do fornecimento de café centro-americano, famoso pela boa qualidade da bebida. A busca pela produção sustentável é o foco das estratégias de diversos produtores, que desejam não apenas receber prêmios pela certificação, mas também manejar de maneira mais eficiente suas lavouras através do planejamento e do gerenciamento adequado da propriedade. Com isso, eles conseguem aumentar a competitividade de sua atividade, tanto pela maior eficiência de produção e processamento, reduzindo os custos, quanto pelo aumento no valor agregado de seus produtos. Alguns países destacam-se na realização de iniciativas para promover a cafeicultura local e aproveitar oportunidades do mercado. Na África, o foco é a retomada da produção em regiões que já foram tradicionais e que possuem boas condições ambientais, mas que hoje se encontram em péssima situação e produzem muito pouco. Na América do Norte, o objetivo é melhorar o manejo das lavouras no que diz respeito ao combate de pragas, que há tempos incomodam os cafeicultores, e também na recuperação da produção local. Na Ásia a situação é mais delicada e a maioria dos produtores encontra-se em situação de declínio
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CAFÉ na produção, alguns por enfrentarem problemas e outros por estarem passando por um processo de renovação que será benéfico no longo prazo.
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FAIR TRADE - As campanhas de conscientização social como estratégia de marketing fazem o café Fair Trade cada vez mais demandado no mercado norte-americano. A sensibilização dos consumidores para o comércio justo, em suas diversas categorias (dentre elas o café), cresceu de 34% para 55% nos últimos dois anos e os prêmios pagos aos fornecedores cresceram de 13 milhões para 39 milhões de dólares nos últimos cinco anos. Os consumidores se preocupam mais, além da qualidade, com a origem e a forma de produção daquilo que consomem. Cafeicultores antenados a esta tendência conseguem aumentar a sustentabilidade de sua produção com manejo diferenciado e acesso a apoio técnico e financeiro de diversas instituições públicas e privadas que buscam valorizar a iniciativa. Além disso, tornam suas atividades mais competitivas através da comercialização do café com valor agregado. APOIO FINANCEIRO - Continuando seus esforços para mitigar os impactos causados pelo surto da ferrugem na América Latina, a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) firmou parceria com a empresa Starbucks para fornecer 23 milhões de dólares em programas de recuperação da cafeicultura da região. O fundo será utilizado para conceder assistência técnica, defensivos e fertilizantes aos agricultores, além de empréstimos a ju-
ros reduzidos para que eles possam se manter na atividade. Inicialmente, US$ 8 milhões serão destinados para parceiros que realizarão o treinamento de produtores no México, Guatemala, Honduras, El Salvador, Nicarágua e Peru. Além disso, US$15 milhões serão utilizados para financiar a revitalização de lavouras devastadas. A crise da ferrugem na região afeta o abastecimento de cafés especiais que é cada vez mais demandado no mercado global. Esta iniciativa é apenas parte de várias medidas tomadas pela USAID, que busca diversas parcerias para fornecer recursos, e pela Starbucks que, além de fornecer apoio técnico e financeiro aos produtores, comprou uma fazenda experimental na Costa Rica a fim de realizar pesquisas e estudos para o desenvolvimento de cultivares resistentes ao fungo. PRODUÇÃO - A instabilidade do mercado cafeeiro é o principal fator de preocupação da grande maioria dos produtores. Nesta situação fica mais difícil a tomada de decisões sobre onde e como agir na busca pelo desenvolvimento da atividade. Neste contexto, os cafeicultores e governantes são mais exigidos quanto à sua capacidade gerencial e devem trabalhar na busca por dados e informações que lhes dêem base para encontrar as melhores oportunidades. Diversos países produtores têm adotado políticas de expansão de áreas e aumento da produtividade como uma forma de reduzir os custos e aumentar a competitividade. Apesar de ser uma estratégia interessante, ela traz reflexos no mercado global, podendo causar a queda dos preços. Outros focam na diferenciação que é um meio mais eficiente pela valorização do café e que não gera impacto negativo no preço, uma vez que a demanda por este produto cresce cada vez mais em todo o mundo. A oferta neste segmento apesar de ter diminuído com o surto de ferrugem na América Central, volta a aumentar com a recuperação da produção colombiana. AMÉRICA CENTRAL - Pesquisas apresentam novos dados sobre os danos causados pela ferrugem na cafeicultura da região. Levantamentos realizados pela Organização Internacional do Café (OIC) revelam que os prejuízos na produção chegam a 74% em El Salvador, 64% na Costa Rica, 37% na Nicarágua e 25% em Honduras. Segundo a revista internacional Fair Trade Magazine o fungo atingiu cerca de 50% das lavouras, resultando em uma quebra de aproximadamente 2,7 milhões de sacas, que já resulta em elevações no preço do café. Essa situação já vem alterando o comportamento das indústrias e compradores, que antes se uniam aos cafeicultores na tomada de medidas de apoio à recu-
peração da produção de café. Como estas medidas em sua maioria trarão resultados apenas no longo prazo e o mercado já responde à falta do produto, os compradores viram-se obrigados a buscar novos fornecedores que não foram atingidos pelo surto da doença e que produzam cafés com características semelhantes à tradicional qualidade centroamericana. MÉXICO - O governo mexicano lançou um novo plano agrícola que coloca a cafeicultura como foco das ações de desenvolvimento da produção e aumento da competitividade. Para incentivar os agricultores, a Secretaria de Agricultura do país destinará aproximadamente 30 milhões de dólares para proteção contra possíveis baixas no preço do produto. Além deste incentivo, a próxima safra contará ainda com o início da fase produtiva de várias lavouras que foram replantadas há quatro anos e que deverão trazer um aumento de 15% na produção de café do México. BRASIL - MINAS GERAIS - O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento anunciou o fornecimento
CAFÉ de R$ 800 mil à EMATER-MG para apoiar programas para o desenvolvimento e qualificação técnica de extensionistas e cafeicultores. O dinheiro será destinado à realização de dias de campo, como o Circuito Mineiro de Cafeicultura em 2014 e 2015, para a distribuição de materiais sobre a cadeia produtiva do café e visitas de técnicos da instituição. Este serviço de extensão se baseará na capacitação de 160 extensionistas que assistirão 6,2 mil produtores em gestão, implantação, produção, colheita, processamento, armazenamento e comercialização. Isso tudo tem como finalidade desenvolver nos cafeicultores a capacidade de trabalhar de forma sustentável nos aspectos produtivos, sociais, econômicos e ambientais, para que assim possam se tornar mais competitivos. ÁFRICA - CAMARÕES - Medidas públicas incorretas fizeram com que a cafeicultura do país apresentasse constante declínio desde a crise econômica mundial dos anos 80, o que prejudicou fortemente sua produção de café. Muitos produtores acusam o governo de omitir-se frente às dificuldades deixando que o caos tomasse conta da atividade
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CAFÉ safra 2014 de café do Vietnã quebrará em aproximadamente 1,6 milhões de sacas devido a problemas climáticos e ao início de um intenso programa de replantio de lavouras velhas (com mais de 20 anos de produção) a fim de torna-las mais produtivas. O projeto visa substituir aproximadamente 95 milhões de plantas em um prazo de 10 anos e, apesar de provocar queda imediata na produção, será extremamente benéfico e necessário ao aumento da competitividade da cafeicultura vietnamita no longo prazo. As especulações da queda na produção de café robusta já refletem na elevação de seu preço no mercado global.
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dade, fazendo com que eles passassem por situações como a incapacidade de transportar sua produção pela falta de condições das estradas públicas e a falta de acesso a insumos. Tudo isto fez com que a produção caísse gradativamente, chegando a espantosos 50% da safra 2011-12 para a safra 2012-13. Visando corrigir esta grave situação e recuperar a cafeicultura de Camarões em um cenário de aumento na demanda pelo produto no mercado global, o governo deu ênfase à atividade na nova campanha agrícola 2014. Dentre as principais propostas está o investimento na melhoria das técnicas de manejo por meio da contratação de especialistas, dentre eles alguns brasileiros. O Conselho do Cacau e Café concedeu 1,5 milhões de dólares ao projeto e a Organização Internacional do Café fornecerá treinamento e tecnologia aos cafeicultores. A União Europeia também anunciou que destinará aproximadamente US$30 milhões para a revitalização da produção de café robusta no país, por meio da renovação de lavouras, plantio em novas áreas, restauração de cooperativas e fortalecimento da comercialização. COSTA DO MARFIM - Visando garantir a boa produção de matéria prima para suas indústrias, a Nestlé investe em grande parte dos países que são seus fornecedores de café, proporcionando assistência técnica aos agricultores, apoio financeiro e acesso a insumos em geral. Honrando este compromisso, lançou um programa que visa aumentar a produção cafeeira da Costa do Marfim em 40% nos próximos 6 anos. Para atingir este objetivo, a empresa forneceu aos agricultores 2 milhões de mudas de cultivares resistentes a diversas doenças, trabalhando para a formação de lavouras cada vez mais produtivas. ÁSIA - ÍNDIA - Em Karnataka, uma das principais regiões produtoras de café da Índia, os cafeicultores estão passando por sérios problemas com a “broca do tronco”. O inseto já causou graves danos às lavouras resultando em grande queda na produção. Segundo a Associação de Café do Estado, este é o ataque mais severo dos últimos 40 anos e mais de 40% dos cafezais deverão ser arrancados. O Conselho do Café já foi acionado e tomou medidas corretivas que incluem o rastreamento e erradicação das lavouras infestadas, além do fornecimento de recursos financeiros para realização de replantios. VIETNÃ - De acordo com estimativas da Volcafe, a
2. INDÚSTRIA O mercado é definido por um ambiente bastante dinâmico e competitivo, devido ao grande número de corporações que concorrem entre si, a fim de obterem posições favorecidas na economia global. Para estabilização de preço e aumento dos lucros, as grandes companhias necessitam implantar barreiras à entrada de novos concorrentes no mercado, e muitas vezes possuem vantagens competitivas frente à empresas entrantes, como a existência de lucros extraordinários no longo prazo, além de vantagens nos custos, por estarem estabelecidas há um bom tempo no mercado. Outro tipo de barreira à entrada considerada no cenário atual é a diferenciação de produtos, que pode ser vista por fatores como marca, design, especificações técnicas e formas de comercialização. As gigantes do café sofrem constantes processos judiciais, devido à acusação de empresas menores que atribuem as tentativas de defesa da concorrência por parte das torrefadoras dominantes, a práticas abusivas, como formação de monopólio no mercado. Por esse motivo, as grandes corporações enfrentam problemas judiciais, que as obrigam disponibilizar suas máquinas à concorrência. O segmento de doses únicas sem dúvida é a grande tendência do mercado atual e indústrias brasileiras têm tomado seu lugar no mercado. A oportunidade de investimento no segmento, faz com que empresas de médio porte consigam expandir seus negócios e aumentar seu portfólio, disponibilizando aos clientes um maior número de produtos, a fim de atender a grande demanda. 3. CAFETERIAS Com o constante aumento de cafeterias por todo mundo, o mercado torna-se, com o tempo, altamente saturado. Com grandes marcas disputando por um mesmo mercado, encontra-se épocas com constantes novidades e inovações. Com uma realidade que passa por mudanças diárias, os consumidores exigem sempre algo novo, tornando períodos de estagnação extremamente prejudiciais aos negócios. A parceria entre empresas, com duas ou mais companhias, pode apresentar uma solução para uma época sem significativas mudanças. É possível notar, na maior parte das vezes, que parcerias acabam fornecendo novos produtos, novas ideias, novos públicos consumidores e ampla propagação das marcas envolvidas. Além de redução nos custos, por produzirem em maior escala, a troca de informações torna esta medida algo extremamente positivo. Por verem e entenderem o mercado de formas diferentes, a parceria de duas ou mais empresas contribui para melhores discussões e estudos do mercado em que estão inseridas.
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Cooperativas conquistam desenvolvimento sustentĂĄvel para todos
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Yara lançou, durante o IV Congresso ANDAV, que aconteceu de 18 a 20 de agosto, em São Paulo (SP), o aplicativo CheckIT, que possibilita ao agricultor detectar as deficiências nutricionais de sua lavoura, entender o motivo pelo qual acontecem e receber recomendações da adubação e nutrição adequada no seu plantio, bem como dicas de qual produto do portfólio da empresa se encaixa melhor às necessidades de sua propriedade. “O CheckIT propicia, ao alcance de um clique, a exibição do diagnóstico da lavoura e as deficiências de nutrientes nas culturas, trazendo recomendações de uso e aplicação correta de nutrientes e fertilizantes. Dessa forma o produtor poderá eliminar as carências nutricionais de sua plantação e escolher o fertilizante correto, aumentando a qualidade, rentabilidade e produtividade”, afirma Lívia Tiraboschi, especialista em Produto, Pesquisa e Inovação da Yara. A ferramenta está disponível, gratuitamente, no Brasil para as culturas de soja e milho e pode ser acessada em smartphones ou tablets com os sistemas operacionais iOS, Android e Windows Phone. Basta acessar a Play Store (Android), a App
Store (iOS) ou Windows Store e procurar por “CheckIT”. O CheckIT mostra aos usuários um acervo fotográfico com os sinais físicos das deficiências nutricionais na soja e no milho, para que o agricultor compare a imagem com a ocorrência da planta, permitindo uma rápida correção e evitando perdas de produtividade. A ferramenta também exibe informações de como a deficiência nutricional afeta a lavoura, os tipos de solo mais propensos ao problema e os fatores que podem agravar a deficiência nutricional. O aplicativo foi desenvolvido para operar em todas as regiões agrícolas do País, inclusive em áreas com baixo sinal de telefonia celular. “Estamos desenvolvendo o aplicativo para que, muito em breve, os produtores brasileiros de outras culturas, como trigo e algodão, possam ter acesso à ferramenta. Dessa forma poderemos oferecer um banco de dados completo sobre as deficiências nutricionais e as dicas para uma melhor nutrição, manejo e escolha correta do fertilizante”, esclarece Lívia. A empresa pretende atualizar mensalmente o aplicativo, incluindo novas culturas agrícolas e melhorias de navegação.
Em palestra na Bahia, diretor da Piraí ressalta importância da adubação verde
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engenheiro agrônomo e Diretor Comercial da Sementes Piraí, José Aparecido Donizeti Carlos, esteve recentemente na Bahia – a convite da Associação dos Engenheiros Agrônomos de Luís Eduardo Magalhães (BA) (AGROLEM) – para ministrar uma palestra acerca do uso e manejo dos adubos verdes como rotação de cultura e sua importância no controle ou quebra do ciclo de pragas e doenças, além de todos os outros benefícios. Durante o encontro Donizeti alertou sobre a importância do combate aos nematoides, uma praga que se alastrou e está presente em todas as áreas de produção – afetando, por exemplo, as culturas de soja, algodão, milho e
FOTOS: Divulgação Sementes Piraí
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Yara lança aplicativo para identificar deficiências de nutrição nas lavouras
feijão – inclusive e, com mais força, nas áreas irrigadas. “O que facilitou o diálogo foi à aceitação que o solo está infestado e a crotalária é uma ferramenta importante no controle de nematóides, mas faltavam informações simples como: espécies mais recomendadas, época e densidade de plantio, uso de misturas de espécies, manejo de biomassa e, principalmente, o controle de ervas daninhas”, constata Donizeti. O evento lotou o auditório da Fundação de Apoio a Pesquisa e Desenvolvimento do Oeste Baiano (Fundação BA), confirmando o grande interesse do público e a necessidade de orientação especializada. Mais informações sobre adubação verde em culturas irrigadas em: www.pirai.com.br/irrigacao (Fonte: Redação Join Agro
EVENTOS
Dia do Engenheiro Agrônomo 2014 acontecerá no dia 11 de outubro
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m comemoração ao Dia do Engenheiro Agrônomo 2014, a Comissão Organizadora informa que o jantar será realizado no dia 11 de outubro, no Salão da Boipec, na Rodovia Ronan Rocha (Franca sentido Patrocínio Paulista), com início marcado para as 20 horas. Os convites estarão disponíveis a partir do dia 10 de setembro, nos seguintes pontos de venda: COCAPEC, CATI-Franca, Dedeagro e Bolsa Agronegócios. A Comissão Organizadora do Evento 2014 é composta pelos profissionais: Fabrício David (COCAPEC), Amanda Hernandes (CATI-Batatais), Pamela Radi, Felipe de Carlos Ferreira, Allan de Meneses Lima (Bolsa Agronegócios), Ivam Mendonça (Dedeagro) e Shigueru Kondo (CATI-Franca). Aguardamos a presença de todos os agrônomos com suas famílias. Venham participar conosco não podemos deixar esta oportunidade de nos confraternizarmos.
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No evento do ano passado, os agrônomos João Dedemo, Iran Francisconi e Edson Castro do Couto Rosa.
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Casa das Sementes e Montana apresentam novo conceito de tecnologia em pulverizador de café
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oi apresentada à equipe Casa das Sementes e à vários produtores rurais da região de Franca (SP) o pulverizador Twister, da Montana, com um novo sistema de pulverização denominado sistema de “mãozinhas”. Este sistema é um conjunto de cinco ou três bicos, em uma haste que é totalmente ajustada à altura e à largura da lavoura, podendo o mesmo pulverizador trabalhar em lavouras novas (porte baixo) a lavouras adultas (muito altas), com a mesma eficiência. Estas mãozinhas possuem fluxo de ar independente para cada conjunto, o que faz com que esta gota seja mais fracionada e melhor direcionada para atingir o alvo (pé de café). O pulverizador Twister Mãozinha possui outro grande diferencial. Não existem correias, somente “cardãs”, o que facilita para manobrá-lo (não quebram cruzetas) e não consome potência do trator. Também não há problema de patinar as correias. Ligou o pulverizador, já começa a funcionar na hora. O sistema de filtragem do pulverizador é feito por dois filtros, um mais grosso e outro mais fino. E são de inox, o que dá uma maior durabilidade, menor entupimentos de bicos, e possui um agitador com duas velocidades, o que melhora a eficiência da pulverização, pois os produtos formulados com pó requerem melhor agitação dentro do tanque para não decantarem. E para facilitar para o operador, o Twister Mãozinha possui sistema elétrico liga-desliga do acionamento, onde com um simples toque no final ou no início da rua de café, há o desligamento ou o acionamento (o que evita que o ope-
rador tenha que olhar para trás). A Montana, com todas estas inovações, começou a mudar o conceito de pulverização, buscando qualidade, maior eficiência e praticidade ao mesmo tempo. Já para a equipe da Casa das Sementes, que busca sempre trazer coisas novas e eficientes para os produtores rurais da região de Franca (SP), será a representante oficial desta marca na região. “E teremos mais novidades, não só em pulverizadores, mas vários implementos”, disse Paulo Figueiredo, diretor da Casa das Sementes. Para o diretor, o setor agrícola está aberto e necessitado da novas tecnologias. “Nós, como empresa, somos esse meio de apresentar ao produtor uma nova visão de trabalho, oferecendo um produto que reduz custo, tempo e muito mais agilidade no campo, pois o produtor hoje precisa e merece de ferramentas a seu favor”, disse.
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Uso de inseticida para combater a broca do café é autorizado no Brasil
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ara combater a praga Hypothenemus hampei, chamada de broca do café, o MAPA - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento divulgou a liberação de um produto base de Ciantraniliprole e que seu uso deve ser realizado em intervalos de 30 a 60 dias, com doses de 175 g por hectare e, no máximo, em duas aplicações. A decisão foi publicada no mês passado no Diário Oficial da União (Portaria nº 711) e menciona que o combate só poderá ser iniciado após a confirmação de que a praga atingiu 3% da produção. Segundo o MAPA, o produto, de baixa toxidade, já foi registrado nos EUA, na União Européia, no Canadá e no Japão. Teve, ainda, aprovação da OMS - Organização Mundial de Saúde e da FAO - Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura e previamente autorizado pelos órgãos de saúde e meio ambiente. Estes fatores, além dos critérios de aceitação internacional embasaram a decisão do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Neri Geller, em liberar a utilização do produto. A expectativa é que o inseticida seja registrado no Brasil até o final do ano.
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O secretário de Defesa Agropecuária, Rodrigo Figueiredo, acredita que a aprovação dessa alternativa de controle reduz os riscos iminentes com a broca do café nas próximas safras. “Não podemos permitir o reaparecimento de uma praga já devidamente controlada pelo Brasil e, por isso, essa ação emergencial foi adotada”. Segundo a secretária de Produção e Agroenergia, Cleide Laia, o atendimento a essa emergência possibilitará a redução de perdas de qualidade do café.
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IG Alta Mogiana presente no 9º Espaço Café Brasil em Belo Horizonte (MG)
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cidade de Belo Horizonte contribuiram com destaque para o (MG) abrigará de 15 a 18 evento do ano passado, outras imde setembro próximo a seportantes instituições se juntaram gunda edição da Semana ao projeto com o objetivo de fazer Internacional do Café, evento conpresente toda a região da IG - Indisiderado um dos maiores do setor cação Geográfica da Alta Mogiana, cafeeiro do país, que será promovida como a AMSC - Associação dos pelo SEBRAE, FAEMG - Federação Produtores de Cafés Especiais da da Agricultura e Pecuária do Estado Alta Mogiana, o Sindicato Rural de de Minas Gerais e Café Editora. Franca (SP), o Sindicato Rural de São esperados mais de 14 mil Batatais (SP), o Sindicato Rural de visitantes e R$ 85 milhões em geraAltinópolis (SP), o Sindicato Rural ção de negócios - incremento de 15% de Patrocínio Paulista (SP) e o Sinsobre os resultados de 2013. O evendicato Rural de Itirapuã (SP). to surgiu em 2013, durante o enconNo ano passado, a amostra da tro da Organização Internacional do Fazenda “Santa Terezinha”, muCafé (OIC) no Brasil, como opornicípio de Pedregulho (SP) - pertentunidade para divulgar a cafeicultura cente ao cafeicultor Antonio Grisi mineira brasileira e dar impulso aos Sandoval e supervisionada pelo negócios do setor. Engº Agrº Eder de Carvalho Sandy A Semana Internacional do - foi a vencedora, empatado com a Café contará com a participação de fazenda “Sertãozinho”, de Botelhos O Engº Agrº Eder Sandy e o cafeicultor Antônio Grisi três mil produtores e 100 marcas (Sul de Minas). Ambas superaram as Sandoval, vencedor no ano passado. participantes, além de Rodadas de 162 demais amostras vindas de toNegócios, com mais de 150 compradores participantes e 200 das as regiões produtoras de café do País, incluindo algumas amostras de cafés verdes recebidas. Encontros, seminários, menos conhecidas, como Rondônia e Pernambuco. concursos e sessões de cupping também fazem parte da proNa etapa final da disputa, as dez melhores amostras gramação. escolhidas por um júri de especialistas e Q-Graders -, foram preparadas em método filtrado e ficaram durante o evento à ALTA MOGIANA PRESENTE MAIS UMA VEZ - Um disposição dos visitantes para a degustação às cegas (em gardos destaques da Semana Internacional do Café mais uma rafas decodificadas) gratuitamente. Um público animado e vez será o 9º Espaço Café Brasil, o Coffee of The Year 2014. curioso provou as bebidas e escolheu as preferidas, somando Cafeicultores da região da Alta Mogiana participarão nova- cerca de 2.000 votos, com uma participação quatro vezes mente do evento. maior que a edição de 2012. Neste ano, além das instituições pioneiras (Prefeitura O Espaço Café Brasil é uma plataforma de negócios de Pedregulho/SP e Sindicato Rural de Pedregulho/SP), que para o mercado de cafés. Possui área de exposições e atrações focadas para os produtores rurais, cooperativas, torrefadores, exportadores, varejistas, empreendedores, baristas e consumidores. Depois de sete anos em São Paulo, a maior feira de café do país foi incluída na Semana Internacional do Café no ano passado. Os resultados de público e negócios fizeram com que a capital mineira fosse escolhida novamente para sua realização. Para este ano, a expectativa é que a região da Alta Mogiana seja novamente bem representada, mesmo com as dificuldades climáticas que o setor vive nesta safra. “Apesar da quebra da produção, temos um ano de preços mais equilibrados. Quem apostou em qualidade, está otimista. Acreditamos que crescerá o interesse em mais opções de investimentos, em recursos materiais e em conhecimento técnico e mercadológico”, destacou Caio Alonso Fontes, diretor da Café Editora e realizador do Espaço Café Brasil. Para Roberto Simões, presidente da FAEMG, o
CAFÉ evento é importante para a valorização das atividades relacionadas ao café. “Por uma semana, faremos com que a atenção dos brasileiros, se volte para o café, que é o principal produto do nosso agronegócio e um dos maiores de toda a nossa economia”. As ações de fomento à atividade também foram destacadas pelo superintendente do Sebrae Minas, Afonso Rocha. “A valorização do café nacional passa por todas as etapas da cadeia; da capacitação do produtor ao apoio à certificação de origem e à comercialização por qualidade. O evento é muito bem sucedido ao reunir eventos técnicos, rodadas de negócios, cursos, palestras e encontros”. Confiram os eventos simultâneos que acontecem durante Semana Internacional do Café: DNA Café 2014 (15 e 16 de setembro) Encontro de atores da cadeia cafeeira nacional e internacional para debater tendências, desafios e ações para o futuro do mercado de café mundial. Os encontros são realizados em formato de mesas redondas, com representantes de diversos setores do café e mediadores e abertos à participação do público visitante. Cafeteria Gourmet/ Circuito Food Service (15 a 18 de setembro) Direcionada ao mercado de food service, a atração conta com capacitação técnica para empreendedores e orientação em planejamento de negócios. Oferece também workshops práticos, com conceituados profissionais brasileiros sobre o preparo de espressos e drinques, leite com café, torra, degustações e os mais diferentes métodos de preparo da bebida. Fórum da Agricultura Sustentável 2014 (17 e 18 de setembro) Reunirá os principais profissionais do setor para debater ações na cafeicultura e os próximos passos para o desenvolvimento sustentável das gerações futuras. O Brasil, maior produtor e exportador de café do mundo, tem na agricultura nacional o exemplo para o mercado internacional no tema sustentabilidade da cadeia produtiva.
SERVIÇOS SEMANA INTERNACIONAL DO CAFÉ - ESPAÇO CAFÉ BRASIL DATA: de 15 a 18 de setembro // HORÁRIO: das 12h às 20h LOCAL: Pavilhão da EXPOMINAS, Belo Horizonte (MG) SITE: www.espacocafebrasil.com.br INGRESSOS: R$ 30,00 pessoa física // R$ 0,00 pessoa jurídica
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Cursos Técnicos de Café SCAA (15 a 18 de setembro) A Associação Americana de Cafés Especiais (SCAA) ministrará cursos técnicos, do campo à xícara, para os visitantes da Semana, mediante inscrição prévia. Serão cursos de espresso, extração de café filtrado e prova de café profissional. I Encontro de Produtores do Programa Café+Forte (17 de setembro) Encontro promovido pela FAEMG com 300 produtores participantes do programa, que realiza a transferência de tecnologia nas áreas de gestão e custos, melhorando a capacidade de gerenciamento do cafeicultor mineiro.
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empre pensando na melhoria da prestação de serviços aos seus associados, a AMSC (Associação dos Produtores de Cafés Especiais da Alta Mogiana) transferiu, neste segundo semestre, suas atividades para uma nova sede. O lugar, mais amplo, conta agora com espaço para reuniões, sala de seleção e prova de cafés. Para formalizar a inauguração do novo espaço, a Diretoria organizou um encontro com os cafeicultores associados no início de agosto. Na oportunidade, André Luis da Cunha, diretor-presidente, falou sobre as conquistas recentes e ações futuras. Já a superintendente da AMSC, Patricia Milan, apresentou alguns dados sobre o mercado de cafés especiais. Entre as facilidades que os associados encontram na nova sede, está o serviço de degustação e classificação de cafés. Os interessados podem levar os lotes para que o classificador da AMSC, Rodrigo Menezes, faça a prova dos cafés gratuitamente. Ao final, será emitido um laudo técnico com a classificação e avaliação sensorial do lote, disponibilizado online para a consulta. A nova sede da AMSC está localizada na rua Diogo Feijó, 1915, bairro Estação, em Franca. FOTOS: Divulgação AMSC
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AMSC inaugura nova sede e promove encontro de associados
CAFETERIA DE SÃO PAULO ADQUITE LOTE VENCEDOR DO CONCURSO 2013 - O café produzido em Pedregulho por Antonio Grisi Sandoval, vencedor do 11º Concurso de Qualidade do Café da Alta Mogiana, na catego-
ria microlote, foi negociado com uma cafeteria de São Paulo, a San Babila. A AMSC (Associação dos Produtores de Cafés Especiais da Alta Mogiana) foi responsável pelo desenvolvimento do contato, resultado das suas ações de promoção dos cafés especiais da Alta Mogiana no mercado. A entrega do lote especial foi realizada na primeira quinzena de agosto pelo gestor da AMSC, Gabriel Borges, e o classificador da Associação, Rodrigo Menezes, diretamente aos profissionais da empresa compradora.
FOTOS: Divulgação FAZENDINHA
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Lígia M. L. Duarte1, Cleusa M. M. Lucon2, Maria A. V. Alexandre2, Alexandre L. R. Chaves2, Joaquim A. A. Filho3 e Alceu Donadelli4
missores de vírus como os pulgões e tripes, uma vez que não há, até o momento, nenhuma substância com ação “viricida”. Assim, extratos de plantas com atividade antiviral vêm sendo pesquisados há entre as hortaliças, a muito tempo, sendo que, no Braalface é uma das mais sil, estudos pioneiros foram desenimportantes devido à volvidos em laboratório por pessua qualidade nutriquisadores do Instituto Biológico tiva e baixo custo de produção, o (IB). Dentre as espécies já testadas, que a torna intensivamente emdestacam-se Bougainvillea specpregada na dieta da população. O tabilis L. (Primavera) e Mirabilis Estado de São Paulo consolida-se jalapa L. (Maravilha) que têm se como o maior produtor brasileiro mostrado eficientes no controle de alface com uma área cultivada preventivo de vírus, como o causade 7.500 ha, gerando uma renda dor da doença vira cabeça em toanual de R$ 40 milhões. mateiros. Entretanto, a produção pode Por outro lado, o controle ser comprometida por diversas biológico de fungos e bactérias fidoenças como as causadas por: topatogênicos, por meio da utiliza(i) fitopatógenos de solo, ção de fungos do gênero Trichodercomo Pythium sp. e Rhizoctoma, também vem sendo realizado Figura 1 - Campos de produção de alface. nia solani, que chegam a causar experimentalmente por pesquisaperdas de até 100%, acarretando no abandono de áreas de dores do IB, e constitui uma estratégia de grande interesse e produção; importância para viabilizar a redução ou substituição do uso (ii) o vírus do mosaico da alface (Lettuce mosaic vi- de agrotóxicos. Com a finalidade de produzir alface de marus - LMV), que é transmitido por inúmeras espécies de afí- neira competitiva e sustentável e com maior produtividade, deos (pulgões) e o vira cabeça do tomateiro, transmitido por qualidade, lucratividade e com um mínimo de impacto ao tripes; meio ambiente, quando comparado ao sistema de cultivo (iii) o espessamento das nervuras da alface ou “big- convencional, experimentos foram realizados em campo de vein”, induzido pelo complexo viral Lettuce big-vein associ- alface (Figura 1), em Pinhalzinho (SP) utilizando-se: ated virus (LBVaV) e Mirafiori lettuce virus (MiLV), trans(i) três isolados de Trichoderma spp. (IB07/09, IB18/22, mitidos por fungos de solo do gênero Olpidium. IB19/17), mantidos por pesquisadores do IB, ainda em Quanto ao controle dessas doenças, em áreas produtoras de alface, são mais utilizados os métodos de manejo convencionais como a utilização de sementes e mudas comprovadamente sadias; erradicação de fontes alternativas de patógenos como plantas daninhas e canteiros abandonados com plantas velhas de alface; utilização de variedades resistentes e aplicação de fungicida e/ou inseticida. Este último manejo visa principalmente ao controle dos insetos transFOTO: Lígia M.L. Duarte
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FOTO: Alexandre L.R. Chaves
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Efeito da aplicação de extratos vegetais e isolados de Trichoderma na produção de alface
AUTORES
1 - Pesquisadora do Centro de P&D de Sanidade Vegetal do Instituto Biológico de SP. Email:- duarte@biologico.sp.gov.br 2 - Pesquisadores do Centro de P&D de Sanidade Vegetal do Instituto Biológico de SP. 3 - Pesquisador da APTA Regional/Polo Leste Paulista, em Monte Alegre do Sul (SP). 4 - Pesquisador da APTA Regional/Polo Leste Paulista, em Monte Alegre do Sul (SP). Email:- donadelli@apta.sp.gov.br
Figura 2 - Planta de Bougainvillea spectabilis (Primavera).
HORTALIÇAS FOTO: Lígia M.L. Duarte
ao sistema convencional de cultivo de alface, foi obtido, descontados todos os gastos envolvidos no sistema produtivo, ou seja, 36,4% com mão-de-obra e 63,6% com insumos, incluindo os agrotóxicos.
Figura 3 - Planta de Mirabilis jalapa (Maravilha). fase experimental de eficácia, aplicados separadamente; (ii) um produto comercial a base de Trichoderma harzianum (Trichodermil SC, Itaforte Bioprodutos, Itapetininga, SP) e (iii) extratos foliares de Primavera (Figura 2) e maravilha (Figura 3), aplicados isoladamente ou em combinação com os três isolados de Trichoderma. Os resultados desses tratamentos foram comparados com os obtidos a partir de plantas tratadas com produtos químicos. Simultaneamente, com o objetivo de avaliar a flutuação e densidade populacional dos pulgões vetores do mosaico da alface e tripes vetores do vira cabeça, bem como de outros insetos, foram utilizadas armadilhas amarelas de impacto (dupla face), durante todo o ciclo da cultura da alface introduzida na área monitorada. Nas aplicações dos extratos vegetais separadamente ou em conjunto com Trichoderma, foram constatados que: a) - Os isolados de Trichoderma (IB07/09 + IB18/22 + IB19/17) não tiveram qualquer ação sobre o crescimento das plantas de alface. Porém, foram observadas reduções na população de bactérias totais próximas as raízes (rizosfera) de plantas de alface nos tratamentos: => extrato de primavera + três isolados de Trichoderma => isolado IB18/22 de Trichoderma. Nesta avaliação, constatou-se que o isolado IB18/22 de Trichoderma foi mais eficiente para competir e colonizar a rizosfera das plantas de alface; b) - Ocorreu aumento da população de fungos na rizosfera das plantas de alface pulverizadas com extrato de maravilha; c) - O número de plantas com sintomas de espessamento das nervuras (Figura 5) foi menor nos tratamentos: => extrato foliar de Maravilha => extrato foliar de Maravilha + os isolados de Trichoderma (IB07/09 + IB18/22 + IB19/17), mostrando que o extrato foliar de maravilha (sozinho ou em combinação com os isolados de Trichoderma) foi mais eficiente no controle da virose do que o extrato de primavera; d) - Um índice de lucratividade de 27,8%, comparado
A presença do mosaico da alface não foi observada, possivelmente pela recente introdução da cultura da alface na área monitorada. Porém, desde então, o cultivo de alface vem sendo intensivamente realizado e, uma vez introduzido o vírus no campo, é facilmente disseminado para plantas sadias pelo afídeo vetor. Vale lembrar que o LMV é transmitido também por sementes e, como foram constatados cerca de 60% de espécimes de afídeos, que são potenciais vetores do LMV, pode haver também um aumento no número de plantas doentes, comprometendo a produção. No monitoramento da flutuação populacional de insetos vetores, constatou-se também a presença de tripes (24%), potenciais vetores do vírus causador da doença vira cabeça, coleópteros crisomelídeos e cigarrinhas (16%). Convém ressaltar que a aplicação dos extratos vegetais e/ou de Trichoderma não atuou sobre a população de insetos vetores de vírus, mas propiciou às plantas de alface mecanismos de defesa que impedem o avanço da doença na planta e, consequentemente, a sua disseminação no campo. Por outro lado, a combinação destes tratamentos permitiu uma modificação nas populações microbianas (fungos e bactérias) próximos à raiz (rizosfera) e, provavelmente, auxiliou no controle de fungos do gênero Olpidium, que são responsáveis pela transmissão dos vírus que induzem o espessamento das nervuras em alface (Figura 5).
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HORTALIÇAS FOTO: Alexandre L.R.,Chaves
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É importante destacar que os experimentos foram conduzidos como parte do PROSAF - Programa de Sanidade em Agricultura Familiar, coordenado pelo Instituto Biológico, com a colaboração de pesquisadores da APTA Regional Polo Leste Paulista – Monte Alegre do Sul (SP). REFERÊNCIAS
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Figura 5 - Sintoma de espessamento das nervuras, causado pelo complexo de vírus Lettuce big-vein associated virus e Mirafiori lettuce virus. Os resultados obtidos também permitiram concluir que a aplicação de isolados de Trichoderma, especialmente o IB18/22, durante o processo de plantio, associado à aplicação de extrato foliar de maravilha até o trigésimo dia após o plantio, pode ser um manejo alternativo recomendado para a cultura da alface. Contatou-se que, comparado ao cultivo convencional, em que foram aplicados produtos químicos como fungicida e inseticida, o lucro da produção foi maior, uma vez que tanto os isolados de Trichoderma spp. quanto os extratos foliares de primavera e maravilha são de fácil aquisição e seguros em termos de aplicação, meio ambiente e para o consumidor.
Azevedo Filho, J.A.; Lucon, C.M.M.; Duarte, L.M.L.; Chaves, A.L.R.; Donadelli, A.; Alexandre, M.A.V.; Kano, C. Efeito da aplicação de maravilha (Mirabilis jalapa), primavera (Bougainvillea spectabilis) e isolados de Trichoderma na produção de alface. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, v. 13, p. 612-618, 2011. Cometti, N.N.; Matias, G.C.S.; Zonta, E.; Mary, W.; Fernandes, M.S. Compostos nitrogenados e açúcares solúveis em tecidos de alface orgânica, hidropônica e convencional. Horticultura Brasileira, v. 22, p. 748-753, 2004. Lucon, C.M.M. Trichoderma no controle de doenças de plantas causadas por patógenos de solo. Artigo em Hypertexto. Disponível em: Link. 2008. Acesso em: 5/set./2011. Lucon, C.M.M. Promoção de crescimento de plantas com o uso de Trichoderma spp. Artigo em Hypertexto. Disponível em: Link. 2009. Acesso em: 5/set./2011. Matsunaga, M.; Bemelmans, P.F.; Toledo, P.E.N.; Dulley, R.D.; Okawa, H.; Pedroso, I.A. Metodologia de custo de produção utilizado pelo IEA. Boletim Técnico do Instituto de Economia Agrícola, v. 23, p. 123-139, 1976. Noronha Ab; Alexandre, Mav; Duarte, Lml; Vicente, C. Controle alternativo de fitovírus com a utilização de inibidores naturais. O Biológico, v. 58, p. 7-12, 1996.
A
EMBRAPA Recursos Genéticos e Biotecnologia desenvolve uma variedade de alface transgênica capaz de prevenir a má-formação fetal causada pela carência de ácido fólico. Prevista para chegar ao mercado em cinco anos, a cultivar tem 15 vezes mais concentração do nutriente que a convencional. Isso significa que apenas duas folhas suprem 100% da necessidade diária de um adulto. “Os primeiros ensaios a campo foram concluídos. A alface transgênica, cultivada em condições comerciais, manteve os níveis de ácido fólico obtidos em laboratório. O desempenho agronômico foi idêntico ao de plantas convencionais. Agora trabalhamos nos testes com animais”, diz o pesquisador Francisco Aragão, responsável pelo projeto. Segundo o CIB - Conselho de Informações sobre Biotecnologia, a EMBRAPA “introduziu na alface um gene da Arabidopsis thaliana, planta modelo usada em cruzamentos genéticos. A função desse gene é elevar a produção natural de ácido fólico na hortaliça. Presente em vegetais verdeescuros, como brócolis e espinafre, a substância (uma forma
FOTO: Leonardo Gottens
Embrapa cria alface transgênica que previne má formação fetal
de vitamina B) colabora com os processos de multiplicação celular, como o desenvolvimento fetal”. “Por essa razão, a suplementação com ácido fólico é recomendada dois meses antes da concepção até o fim da gestação. A prática pode prevenir 50% dos casos de má formação, que, no Brasil, acomete 1,6 bebês em cada mil nascidos vivos. A anencefalia, acúmulo de líquido amniótico no cérebro, um dos tipos mais graves, ocorre em 0,6 bebês por mil nascidos vivos”, completa o CIB. (FONTE: Agrolink)
MEIO AMBIENTE
Proprietários rurais tem até maio 2015 para fazer o Cadastro Ambiental Rural
O
Cadastro Ambiental Rural (CAR) é um instrumento fundamental para auxiliar no processo de regularização ambiental de propriedades e posses rurais. Consiste no levantamento de informações georreferenciadas do imóvel, com delimitação das Áreas de Proteção Permanente (APP), Reserva Legal (RL), remanescentes de vegetação nativa, área rural consolidada, áreas de interesse social e de utilidade pública, com o objetivo de traçar um mapa digital a partir do qual são calculados os valores das áreas para diagnóstico ambiental. Segundo a determinação oficial do Ministério do Meio Ambiente, cerca de 5,6 milhões de propriedades rurais do País, devem fazer a inscrição e registro do imóvel, gratuitamente, até 6 de maio de 2015. O procedimento deve ser feito no site do SiCAR Sistema de Cadastro Ambiental Rural - SICAR Ferramenta importante para auxiliar no planejamento do imóvel rural e na recuperação de áreas degradadas, o CAR fomenta a formação de corredores ecológicos e a conservação dos demais recursos naturais, contribuindo para a melhoria da qualidade ambiental, sendo atualmente utilizado pelos governos estaduais e federal. No governo federal, a política de apoio à regularização
ambiental é executada de acordo com a Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012, que criou o CAR em âmbito nacional, e de sua regulamentação por meio do Decreto nº 7.830, de 17 de outubro de 2012, que criou o Sistema de Cadastro Ambiental Rural - SICAR, que integrará o CAR de todas as Unidades da Federação. Na Amazônia, o CAR já foi implantado em vários estados, constituindo-se em instrumento de múltiplos usos pelas políticas públicas ambientais e contribuindo para o fortalecimento da gestão ambiental e o planejamento municipal, além de garantir segurança jurídica ao produtor, dentre outras vantagens. O Ministério do Meio Ambiente tem trabalhado ativamente para a implementação do CAR na região, por meio de projetos tais como: Projeto de Apoio à Elaboração dos Planos Estaduais de Prevenção e Controle dos Desmatamentos e Cadastramento Ambiental Rural; Projeto Pacto Municipal para a Redução do Desmatamento em São Félix do Xingu (PA) e Projeto de CAR, em parceria com a TNC (The Nature Conservancy), este último, encerrado em dezembro de 2012. Para mais informações sobre o CAR, acesse o site www.car.gov.br
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CANA DE AÇÚCAR
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D
Edmilson José Ambrosano1, Fábio Luis Ferreira Dias2 e Fabrício Rossi3
os cultivos mundialmente usados para a produção industrial de etanol, a cana-de-açúcar produzida no Brasil tem destaque no cenário internacional por sua elevada eficiência fotossintética e produtividade nos ambientes tropical e subtropical, o que lhe garante superioridade de balanço energético, por exemplo, com o etanol produzido a partir de milho. Com a utilização de adubos verdes em consórcio com a cana-de-açúcar pode-se suprir, em parte ou totalmente, os adubos nitrogenados (XAVIER, 2002; TRENTO FILHO, 2009) os quais, por estarem atrelados ao aumento do preço do petróleo, têm custo muito elevado. Com o objetivo de caracterizar e avaliar o potencial de algumas espécies de adubos verdes em integrar um sistema de produção intercalar com a primeira soqueira da cana-deaçúcar e seu efeito na produtividade, bem como sua capacidade de fixar nitrogênio simbioticamente, o Pólo Centro Sul (APTA/DDD) vem desenvolvendo trabalhos nessa linha de estudo no município de Piracicaba (SP). Há grande perspectiva de utilização da adubação verde intercalar para garantia de produtividade, além de preservação ambiental e poupança de insumos, principalmente adubos nitrogenados, na cana colhida sem queima. Ressalta-se que a adubação verde é importante, sobretudo pelo auxílio na recuperação da fertilidade do solo e controle da erosão
Área de plantio de Crotalaria juncea
AUTORES 1 - Engº Agrº, Dr., PqC do Pólo Regional Centro Sul/APTA. Email: ambrosano@ apta.sp.gov.br 2 - Engº Agrº, Dr., PqC do Centro de Cana/IAC-APTA. Email: dias@iac.sp.gov.br 3 - Engº Agrº, Dr., Departamento de Biossistemas, FZEA/USP. Email: rossi@apta. sp.gov.br * O estudo foi conduzido com apoio do CNPq (Bolsa de produtividade em pesquisa do primeiro autor) e da PIRAÍ Sementes.
FOTOS: APTA/SAA
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Adubação verde nas entrelinhas da primeira soca da cana de açúcar *
(AMBROSANO et al., 2011). O trabalho foi desenvolvido no período de setembro de 2001 a agosto de 2003, em área agroecológica do Pólo do Centro Sul (APTA/DDD), em Piracicaba (SP), (22o42’S, 47o38’W e 560 m de altitude) em um solo classificado como Latossolo Vermelho eutroférrico, textura média, cujas características químicas em amostras coletadas antes do plantio da cana-de-açúcar, nas profundidades de 0-0,20 e 0,200,40 m, são apresentadas na Tabela 1. O plantio da cana-de-açúcar foi realizado em setembro de 2001, utilizando-se do cultivar RB 72-454, com o primeiro corte realizado em setembro de 2002. Nesse corte se produziu em média 115,50 t/ha. A semeadura dos adubos verdes foi realizada no final de novembro de 2002, nas entrelinhas da primeira soca em sistema de consórcio. As plantas utilizadas como adubos verdes foram: mucuna-anã (Mucuna deeringiana (Bort.) Merrill), girassol (Helianthus annuus L.) cv. IAC-Uruguai, Crotalaria ocrholeuca L., Crotalaria mucronata L., Crotalaria brevifolia L., guanduanão (Cajanus cajan L. Millsp.) cv. IAPAR-43, Crotalaria juncea L. var. IAC-1, e feijão-de-porco (Canavalia ensiformis DC). Os adubos verdes foram semeados na entrelinha do canavial, em duas linhas espaçadas de 0,5 m com 10 m de comprimento. Após 120 dias da semeadura, em março de 2003, foram amostrados 1 m2 de área útil de cada parcela, para avaliar produtividade de massa de matéria seca dos adubos verdes. As leguminosas apresentaram um bom desenvolvimento nas entrelinhas da cana-de-açúcar e não causaram queda expressiva de produtividade na cultura, com exceção da Crotalaria juncea que prejudicou a produtividade da cana-de-açúcar (Tabela 3). Observa-se também que o Tabela 1: Caracterização química de amostras de solo coletadas antes do início do experimento. Piracicaba (SP), 2003. PROF. (m)
pH
M.O. P resina Ca
Mg
K
Al+H Al SB CTC V
(CaCl2) (g.dm-3) (mg.dm-3) -------------------- (mmolc.dm-3) ------------------- (%)
0,0 - 0,2
5,5
19,8
13,2
32,8 21,4 0,64 23,4 10 54,8 78,5 68,4
0,2 - 0,4
5,5
18,8
10,4
28,8 19,2 0,40 25,4 11 48,4 74,1 64,4
CAFÉ
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CANA DE AÇÚCAR FOTOS: APTA/SAA
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Tabela 2: Massa verde (MV) e seca (MS) de parte aérea, raízes, produção de sementes, potencial de fixação biológica do nitrogênio (FBN) e relação carbono: nitrogênio (C/N) dos adubos verdes utilizados em consórcio nas entrelinhas da primeira soqueira da cana-de-açúcar. Piracicaba (SP), 2003. TRATAMENTOS Mucuna-anã
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Parte Aérea Raízes Sementes MV MS MV MS MS ----------------------- (g/m2) ----------------------* 820 690 127,68 -
FBN (%)
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C/N 27
Girassol
1.080
29,90
18,46
C. ochroleuca
2.620 1.070 144,53
47,27
2,52
99
15
C. mucronata
5.230 2.050 247,47
74,53
89,11
90
29
C. breviflora
1.160
91,79
49,55
26,87
88
36
Guandu-anão
2.880 1.020 174,28
68,19
73,29
79
19
C. juncea
136,77
88
21
Feijão-de-porco
6.560 2.820 334,99 118,39 4.810 1.560 53,38 23,15
94,97
76
17
MÉDIA
3.150 1.380 153,76
75,00
82
960
870
57,07
43,72
-
164
FBN=Fixação biológica do nitrogênio; C/N=Relação carbono nitrogênio *Massa considerando a semeadura em área total. Para efeitos de produtividade real considerar metade da área semeada com adubos verdes.
potencial para suprir ou contribuir para uma adequada nutrição nitrogenada da cana-de-açúcar. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Área de plantio de Guandu-Anão.
girassol provocou perdas em produtividade, devendo ser introduzido no sistema de consórcio com os devidos cuidados, assim como a Crotalaria juncea. Nota-se da Tabela 2 que a Crotalaria juncea foi uma das mais produtivas e a que apresentou maior quantidade de massa seca de raízes, o que pode estar contribuindo para uma maior competição com a cultura da cana-de-açúcar ocasionando menor produtividade de colmos (Tabela 3). Vale ressaltar a baixa relação C/N das leguminosas, em comparação com o girassol (não leguminosa) e o elevado potencial de fixação biológica do nitrogênio, ficando em média 82%, o que significa dizer que do total de nitrogênio presente nas leguminosas utilizadas no experimento cerca de 80% em média, vieram da fixação simbiótica do nitrogênio, implicando esse fato em economia com adubo nitrogenado. A exceção da Crotalaria juncea pode-se recomendar o cultivo intercalar de adubos verdes para cana de primeira soca. As leguminosas utilizadas apresentaram valor alto para fixação biológica do nitrogênio indicando assim um grande
AMBROSANO, E. J.; TRIVELIN, P. C. O.; CANTARELLA, H.; AMBROSANO, G. M. B.; SCHAMMASS, E. A. ; MURAOKA, T.; ROSSI, F. 15N-labeled nitrogen from green manure and ammonium sulfate utilization by the sugarcane ratoon. Scientia Agrícola, v. 68, n.3, p. 361-368, 2011. TRENTO FILHO, E. Consorciação intercalar em linha com crotalaria e feijão-guandu anão na soqueira de cana-deaçúcar. 2009. 28p. Dissertação (Mestrado) Universidade do Oeste Paulista. XAVIER, R. P. Adubação verde em cana-de-açúcar: influência na nutrição nitrogenada e na decomposição dos resíduos da colheita. Seropédica, Rio de Janeiro, 2002. 108p. Dissertação (Mestrado) Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.
Tabela 3: Toneladas de cana-de-açúcar produzida por hectare (TCH) do cultivar RB 72-454 cultivado em consórcio com leguminosas adubos verdes. Piracicaba (SP), 2003. ESPÉCIE DE PLANTA ADUBO VERDE
TCH (t/ha)
C. ochroleuca
79
Controle (sem adubo verde intercalar)
72
Mucuna-anã
70
Guandu-anão
70
C. mucronata
67
C. breviflora
66
Feijão-de-porco
65
Girassol
59
C. juncea
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Área de plantio de Mucuna-Anã.
CANA DE AÇÚCAR
Produtores de cana da região de Batatais (SP) reúnem-se em evento organizado pela CATI
Os organizadores Tec. Agr. Cláudio Enrique Frata (CATI), Roberto Tofeti (Presidente do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural), Engª Agrª Sofia de Castro Gouvea Leal (Prefeitura de Batatais) Engª Agrª Drª Amanda Hernandes Stefani (CATI) e Tercio Tostes (Vice-Presidente do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural)
Acima, Engº Agrº Mauro Alexandre Xavier, pesquisador do Centro Cana do IAC. Abaixo, Gley Barbosa Camillo, gerente comercial do CHB Sistemas.
Olívia Conceição Pinheiro Merlin, gerente de Qualidade e Meio Ambiente da Usina Batatais.
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FOTOS: Revista Attalea Agronegócios
A
CATI - Coordenadoria de Assistência Técnica Integral, o Conselho de Desenvolvimento Rural e a Prefeitura da Estância Turística de Batatais (SP), com o apoio do Sindicato Rural de Batatais e da Usina Batatais S/A, realizaram no último dia 16 de agosto de 2014, a 2ª Reunião dos Produtores de Cana de Batatais e Região. O evento contou com a participação de cerca de 90 pessoas, entre elas agricultores, engenheiros agrônomos, técnicos agrícolas, autoridades e outros ligados à cadeia produtiva da cana-de-açúcar. A reunião teve início com a palestra do pesquisador Dr. Mauro Alexandre Xavier, Centro Cana do IAC em Ribeirão Preto (SP), que abordou os “Sistemas de produção de mudas pré-brotadas”. Logo a seguir, o Engº Agrº Alberto Adriano Verruna, gerente corporativo do Grupo Colorado Máquinas abordou o tema “Agricultura de Precisão”. Já Olívia Conceição Pinheiro Merlin, gerente de Qualidade e Meio Ambiente da Usina Batatais abordou em palestra o tema “Boas Práticas Ambientais no Cultivo da Cana de Açúcar”. Gley Barbosa Camillo, gerente comercial da CHB Sistemas, abordou o tema “O Software para o Produtor Rural”, seguido da apresentação institucional do Engº Agrº João Valdir Svertzut Jr, diretor da Coopercitrus. O município paulista de Batatais possui cerca de 90.000 hectares, sendo que 50.000 são cultivados com canade-açúcar em cerca de 550 propriedades, onde a maior parte ainda se trata de produtores independentes que apenas são fornecedores de cana para a Usina.
EQUINOS
Prefeitura lança a 1ª Festa do Cavalo de Franca (SP) que será realizada em novembro
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FOTO: Liga de Corridas Hipicas FOTO: imagem da internet
FOTO: Equestrian Center
FOTO: imagem da internet
C
om a proposta de promover as atividades esportivas equestres que são praticadas em Franca (SP) e na região, mas com ênfase nas atividades econômicas envolvidas na cadeia produtiva do cavalo - como as indústrias de botas, cintos, selas e demais artefatos de couro, o prefeito Alexandre Ferreira lançará, em breve, a Festa do Cavalo de Franca, evento que será realizado no mês de novembro, no Parque de Exposições “Fernando Costa” e deve constar no calendário anual de eventos do Município. De acordo com Alexandre Ferreira, a diversidade das atividades esportivas equestres na região, por si só, já justificaria a realização de um evento promocional como este. “Contudo, queremos também mostrar a representatividade econômica do Complexo do Agronegócio Cavalo. Estimamos que na região movimenta-se anualmente em torno de R$ 5 milhões com a comercialização de animais, escolas de hipismo, provas e eventos diversos, leilões, produção e comercialização de insumos do setor (como roupas, botas, selas, acessórios, ração, medicamentos, feno e pastagem), além dos empregos diretos de profissionais: médicos veterinários, zootecnistas, tratadores, transportadores e os diversas pessoas necessárias na equipe operacional. Isto é extremamente importante para a economia da cidade”, explicou o prefeito. No evento, a proposta é envolver os participantes das
AGO/2014
escolas de Hipismo Clássico; os participantes do Campeonato Regional de Corridas Hípicas (onde atualmente abriga competidores de 7 clubes de 8 municípios de São Paulo e Minas Gerais); os praticantes do Polo Clube de Franca (cidade reconhecida nacionalmente como ‘berço’ dos melhores jogadores de polo do país); praticantes de Team-Penning e Ranch Sorting (atividades com manejo de gado que vem crescendo muito na região); os praticantes de Três Tambores (que envolve milhares de jovens em toda a região, iniciantes ou não na prática do hipismo); além dos amantes de Cavalgadas e Encontros de Muladeiros. Além das provas, a Festa do Cavalo de Franca pretende abrigar estandes comerciais de empresas do setor, shows musicais e praça de alimentação. “Será um evento que privilegia o lado econômico das atividades, mas também com opções de diversão e lazer”, explica Carlos Arantes Corrêa, secretário municipal de Desenvolvimento. A Festa do Cavalo de Franca será acrescentada aos demais eventos já existentes do projeto “Franca - Cidade do Cavalo” - programa criado no início de 2014 pela Administração Municipal como estratégia de marketing para promoção das atividades equestres esportivas realizadas na região. Inicialmente, fazem parte do programa as 10 etapas do Ranking Equestrian Center de Hipismo de Salto (organizado pela Equestrian Center) e a Copa Regional Agroserv de Três Tambores (organizado pela IL Produções).
EQUINOS
Cidade de Franca (SP) recebe mais uma vez a Exposição Nacional do Cavalo Mangalarga
O
rganizado pela ABCCRM - Associação Brasileira dos Criadores de Cavalo da Raça Mangalarga, a 36ª Exposição Nacional será realizada de 17 a 27 de setembro próximo, mais uma vez na cidade de Franca (SP), nas dependências do Parque de Exposições “Dr. Fernando Costa”, o qual, dentre outras facilidades e atrativos, conta com uma infraestrutura excelente, garantindo assim a segurança e o conforto dos animais e do público presente. Além dos aguardados julgamentos de morfologia e andamento, responsáveis por eleger os novos Campeões e Grandes Campeões Nacionais, a programação incluirá coquetéis, provas funcionais, happy hours, leilões, jantares de confraternização, exposição fotográfica e até um show especial com a dupla Rio Negro e Solimões. O presidente da ABCCRM, Mário Alves Barbosa Neto, destaca que a diretoria vem se empenhando nos últimos três anos para que a Nacional se caracterize por um ambiente de camaradagem e de harmonia entre os associados. “Tudo isso foi pensado para oferecer um encontro especial à comunidade mangalarguista, conciliando o competitivo clima da pista de julgamento com uma ocasião ímpar de confraternização para todos os apaixonados pelo Cavalo de Sela Brasileiro”, ressalta o dirigente mangalarguista. Contando com o apoio direto do Núcleo de Criadores Mangalarga da Alta Mogiana - ‘capitaneado’ pelo criador francano Paulo Francisco Gomes Della Torre -, junto com o diretor Jayme Ignácio Rehder Netto, a Exposição Nacional definiu a programação e regras para orientar os criadores interessados em participar do evento. A expectativa é de superar os números do ano passado, quando mais de 500 criadores de todo o país e exterior efetivaram 600 inscrições para participação nas provas e julgamentos. Com vista em incentivar o turismo e a agropecuária, o prefeito de Franca (SP), Alexandre Ferreira, formalizou parceria com a ABCCRM com vistas a contar com a realização do evento para os próximos anos. O hotel oficial do evento é o Tower Franca. Maiores informações no site da ABCCRM: www.cavalomangalarga.com.br
PROGRAMAÇÃO Quarta e Quinta-feira 17 e 18/09/2014 07h00 as 18h00 - chegada dos animais Sexta-feira - 19/09/2014 09h00 - início do julgamento geral e pelagem 16h30 - abertura oficial 18h00 - cocktail Núcleo Feminino // exposição de fotos Guta Alonso // abertura das venda de coberturas em prol da ABCCRM Sábado - 20/09/2014 08h00 - continuação do julgamento geral e pelagem 18h00 - palestra com o Dr. Pagoto (ferrageamento) 19h30 - happy hour camarote Mangalarga Domingo - 21/09/2014 08h00 - continuação do julgamento geral e pelagem 19h30 - happy hour camarote Mangalarga Segunda-feira - 22/09/2014 08h00 - continuação do julgamento geral e pelagem 18h00 - jantar de confraternização dos peões Terça-feira - 23/09/2014 08h00 - continuação do julgamento geral e pelagem 18h00 - happy hour camarote Mangalarga Quarta-feira - 24/09/2014 08h00 - continuação do julgamento geral e pelagem 18h00 - happy hour camarote Mangalarga Quinta-feira - 25/09/2014 08h00 - julgamento dos campeonatos: geral e pelagem 19h30 - jantar de confraternização dos criadores // leilão de barrigas em prol da ABCCRMangalarga // show com Rio Negro e Solimões Sexta-feira - 26/09/2014 08h00 - julgamento dos campeonatos: geral e pelagem, progênie de pai, progênie de mãe, conjunto de raça 18h00 - apresentação leilão Gênesis 21h00 - leilão Gênesis Sábado - 27/09/2014 10h00 - prova mini mirim, mirim, juvenil, feminina e patrão 13h00 - julgamento dos grandes campeonatos: geral e pelagem encerramento oficial e saída dos animais
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ARTIGO
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GARANTIAS NO CRÉDITO RURAL (Parte 2) - PENHOR MERCANTIL E INDUSTRIAL Luis Felipe Dalmedico Silveira - Sócio na empresa MTC Advogados. [ felipe@mtcadv.com.br - www.mtcadv.com.br ]
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a última edição, demos início a uma série de colunas que abordará os instrumentos admitidos pela Lei nº 4.829/65 como aptos a garantir operações de crédito rural. A coluna inicial tratou do penhor agrícola e pecuário – previstos, respectivamente, nos incisos I e II da Lei nº 4.829/65. É momento, portanto, de avançarmos para os dois outros tipos de penhor contemplados pela referida lei: o penhor mercantil e o penhor industrial. O penhor mercantil e o penhor industrial são tratados de forma indistinta pela legislação comum. A Lei nº 10.406/2002 (Código Civil) trata de ambos os tipos de penhor, especificamente, nos arts. 1.447 a 1.450. Também se aplicam a esses dois tipos de penhor as normas comuns aplicáveis a todas as outras espécies de penhor - inclusive o penhor agrícola e pecuário de que tratamos em nossa última coluna -, conforme disposto nos arts. 1.431 a 1.437 do Código Civil. É claro, todavia, que, havendo confronto entre as normas gerais e as normas especiais, estas prevalecem sobre aquelas, em razão do chamado “princípio da especialidade”. Desse modo, não se aplica ao penhor mercantil e ao penhor industrial, por exemplo, o art. 1.433, I do Código Civil, segundo o qual o credor pignoratício (no caso do crédito rural, a entidade financiadora) tem direito à posse sobre a coisa dada em penhor. E isto porque, especialmente, aplica-se ao penhor industrial e ao penhor mercantil o disposto no parágrafo único do art. 1.431 do Código Civil, que dispõe que, em tais casos, “as coisas empenhadas continuam em poder do devedor”. Mas como, então, constitui-se o penhor mercantil e o penhor industrial? No penhor comum, a posse sobre a coisa dada em penhor é direito do credor pignoratício justamente porque o penhor comum constitui-se mediante a entrega efetiva da coisa empenhada. Ocorre que o penhor mercantil e o penhor industrial incidem sobre “máquinas, aparelhos, materiais, instrumentos (...) animais utilizados na indústria (...), produtos de suinocultura, animais destinados à industrialização de carnes e derivados, matérias-primas e produ-
tos industrializados” (art. 1.447 do Código Civil). Tratam-se, como se vê, de bens vertidos na própria atividade do devedor pignoratício – e que, portanto, deles depende para a exploração de sua empresa. Por isso, prevê o art. 1.448 do Código Civil que o penhor industrial e o mercantil constituem-se a partir do registro do respectivo contrato no Cartório de Registro de Imóveis competente – e em se tratando de penhor industrial e de penhor mercantil para fins de garantia de financiamento rural, basta a celebração do contrato para que a garantia passe a valer entre as partes (art. 28 da Lei nº 4.829/65). Esse mecanismo permite, por exemplo, que o produtor rural que toma crédito junto à instituição financeira permaneça na posse do bem dado em penhor, dele fruindo e gozando para fins de exploração de sua atividade. É preciso estar atento, todavia, às limitações impostas pela lei quanto à disposição dos bens dados em penhor mercantil ou industrial. Embora autorizado a fazer uso da coisa, o produtor não poderá, por exemplo, alterar a natureza ou a substância do bem objeto do penhor sem autorização da instituição financeira. Muito menos poderá, ainda, alienar a coisa a terceiros. Se o fizer, deverá substituir os bens alienados ou alterados por outros, conforme dispõe o art. 1.449 do Código Civil. E isto porque, segundo o art. 1.436, V do Código Civil, a alienação da coisa empenhada com autorização do credor pignoratício importa extinção do penhor que recai sobre ela. Neste sentido, a eventual venda de um maquinário utilizado na indústria agrícola, por exemplo, sem a necessária autorização por parte da instituição financeira, poderá acarretar, em caso de inadimplemento do financiamento, na alienação judicial da coisa, ainda que em posse de terceiro – trazendo problemas futuros, portanto, na relação entre o devedor pignoratício e o adquirente do maquinário. Na próxima edição, voltaremos com alguns comentários sobre a hipoteca, enquanto instrumento de garantia de contratos de financiamento rural.
EQUINOS
Copa Regional Agroserv de Três Tambores realizou a etapa final em Franca (SP)
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FOTOS: Revista Attalea Agronegócios
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Ivam Lopes de Paula (IL Produções), Ricardo Rodrigues da Silva (diretor da Agroserv) e a competidora Lael Cristóvão, campeã Avançada.
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pista nº 2 do Parque de Exposições “Fernando Costa” recebeu, no último dia 16 de agosto, a etapa final da Copa Regional Agroserv de Três Tambores, organizado pela IL Produções de Rodeios, do empresário Ivam Lopes de Paula, que contou com o apoio da Agroserv - revenda de produtos agropecuários sediada em Patrocínio Paulista (SP) - e da Prefeitura de Franca (SP). O evento faz parte do programa “Franca - Cidade do Cavalo”. A Copa contou com com a narração do locutor Edmar Naves e a sonorização da equipe Montana Sem Limites. Foi disputada em cinco etapas (Sales Oliveira/SP, Ribeirão Corrente/SP, Ituverava/SP, Orlândia/SP e Franca/SP) e a etapa final foi um sucesso absoluto. Dividida em duas categorias
A competidora Beatriz Bertanha, com o animal “Louça”, na etapa final.
- Iniciante e Avançada - a final da Copa Regional Agroserv contou com a participação de 24 competidores e recebeu uma premiação total de R$ 20 mil, incluindo duas selas profissionais de tambor.
Danilo ‘Montana Sem Limite’, Carlos Arantes Corrêa e Edmar Naves.
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