Edicao nº 95 setembro 2014

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EDITORIAL

DESTAQUE: Café MÁQUINAS

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A Prefeitura Municipal, os Sindicatos Rurais de Pedregulho (SP) de Franca (SP), de Altinópolis (SP), de Batatais (SP), de Patrocínio Paulista (SP) e de Itirapuã (SP), além da Revista Attalea Agronegócios, formalizaram o projeto do estande regional da Alta Mogiana durante a Semana Internacional do Café e Espaço Café Brasil, realizado em Belo Horizonte (MG) de 15 a 18 de setembro último, e que reuniu todos os elos da cadeia produtiva do café do país e do mundo.

Queda na produção e venda de máquinas agrícolas

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Pesquisa do IEA - Instituto de Economia Agrícola mostra que houve queda na produção e na venda de máquinas agrícolas no país no primeiro semestre de 2014, em comparação com o mesmo período de 2013

LEITE

Pastejo Rotacionado e os pontos críticos no manejo (2)

HORTALIÇAS

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Artigo dos pesquisadores da APTA-SP que aborda questões importantes sobre a importância da implantação do Pastejo Rotacionado na criação de bovinos leiteiros.

Mini-Hortaliças em destaque

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Produtos diferenciados e que agradam o paladar são cada dia mais procurados pelos consumidores brasileiros. Hortaliças com tamanhos e cores diferentes também fazem sucesso na decoração de pratos sofisticados e atraem produtores rurais.

Cocapec inaugura novo núcleo em Capetinga (SP)

CAFÉ

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esmo com a forte seca e as altíssimas temperaturas registradas no primeiro semestre de 2014, os cafeicultores da Alta Mogiana (SP e MG) provam que estão produzindo café em uma região privilegiada, mas também comprovam que possuem uma alta bagagem de conhecimento técnico capaz de driblar as intempéries de clima e de mercado. No próximo mês de outubro, o Brasil e o Mundo aguardam os resultados dos dois principais concursos de qualidade da região: o “11º Concurso de Qualidade de Café - Seleção Senhor Café”, organizado pela COCAPEC - Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuaristas e o “12º Concurso de Qualidade do Café da Alta Mogiana - Edição Dr. Fábio de Salles Meirelles”, organizado pela AMSC - Associação de Produtores de Cafés Especiais da Alta Mogiana. Além disto, cafeicultores da Alta Mogiana representaram mais uma vez com excelência a região na 2ª SIC - Semana Internacional de Café e no 9º Espaço Café Brasil, evento realizado em Belo Horizonte (MG). Ainda na cafeicultura, destacamos nesta edição o novo site de Sementes Piraí voltado à cafeicultura; a inauguração do novo Núcleo da COCAPEC em Capetinga (MG); a repercussão sobre a estimativa de safra da CONAB; e a técnica do esqueletamento ou poda lateral seletiva. Para os pecuaristas de leite, finalizamos o artigo sobre pastejo rotacionado e a entrada da raça Guzerá na produção de leite. Aos horticultores e fruticultores, destaque para o crescente mercado das mini-hortaliças e para os novos híbridos de bananeira. O mercado da cana de açúcar é destaque a diminuição da moagem no Centro Sul do País, o que prova que se acentua a quebra agrícola no setor. Ressaltamos, ainda, que mesmo em um cenário de recessão em que o Brasil se encontra, há uma previsão de novo recorde de vendas de fertilizantes neste segundo semestre. Destaque também para a Prefeitura de Franca (SP) que organizará em novembro próximo a 1ª Festa do Cavalo de Franca. Boa leitura a todos!

Alta Mogiana se destaca na Semana Internacional do Café em BH

EQUINOS

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Mesmo com clima adverso, café da Alta Mogiana se destaca

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Os mais de 200 cooperados da COCAPEC em Capetinga (MG) acabam de ganhar uma nova unidade totalmente reformulada. São mais de 6 mil m² de área construída.

Franca (SP) organiza a 1ª Festa do Cavalo

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Todos os preparativos estão sendo feitos para que o evento represente oficialmente todas as atividades equestres esportivas desenvolvidas e praticadas na região de Franca (SP)


MÁQUINAS

Primeira colhedora de café do mundo comemora 35 anos

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m projeto à frente do seu tempo. Assim pode ser considerado o lançamento, há 35 anos, da primeira colhedora de café produzida no mundo, a K3. O produto brasileiro é fruto da parceria visionária entre o Instituto Agronômico de Campinas (IAC), o Instituto Brasileiro de Café (IBC) e a Jacto – empresa localizada em Pompéia (SP), tendo à frente o imigrante japonês Shunji Nishimura –, que veio antecipar o que hoje é considerado vital para a sustentabilidade da cafeicultura brasileira: a colheita mecanizada. Dentro do sistema produtivo do café brasileiro, a colheita manual tem sido um fator limitante devido à falta de mão de obra, ao tempo e ao custo operacional; portanto, a mecanização da colheita tem fator preponderante na manutenção do Brasil entre os maiores produtores de café do mundo, além de haver a necessidade de novas opções que permitam melhores possibilidades e soluções para o café adensado. O projeto começou a ser desenvolvido na década de 1970 e originou o Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento da Jacto. Em 1974, foi lançado o primeiro derriçador para a primeira fase da colheita, e em 1975 começaram os

testes com a primeira versão da colhedora, o protótipo K1, acionado por trator e que serviu de base para os aperfeiçoamentos no segundo protótipo, o K2, que foi ao campo em 1977. Finalmente, em 1979, com a presença do então vicepresidente da República, Aureliano Chaves, a Jacto lançava no mercado a primeira colhedora de café do mundo. “Podemos dizer que a máquina foi produzida bem antes de a necessidade estar tão evidente ao setor cafeeiro na época, daí seu caráter visionário. As pesquisas começaram no início da década de 1970, época em que a mão de obra para a lavoura cafeeira ainda era farta, especializada e mais acessível. Seu lançamento em 1979 foi um marco histórico na produção de café no Brasil e no mundo”, comenta Walmi Gomes Martin, gerente de produto do segmento de colhedoras da empresa. Para se ter uma ideia do impacto do lançamento, ainda hoje a cultura do café envolve uma atividade de elevado custo, sendo que a colheita manual corresponde ao redor de 40 a 63% dos custos de produção, demandando grande contingente de mão de obra. Já com a colheita mecanizada, é possível reduzir o custo de colheita em até 62%.

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MÁQUINAS FOTO: Divulgação Jacto

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contatos MARCO ANTÔNIO DE PAULA (andre.ssp@hotmail.com) Empresário no Comércio de Café - São Sebastião do Paraíso (MG). “Gostaria de assinar a Revista Attalea Agronegócios”.

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EMILLY MISAEL DA SILVA (mylla_millord@hotmail.com) Estudante - Franca (SP). “Gostaria de assinar a Revista Attalea Agronegócios” ADRIANA B. COSTA (drickac13@hotmail.com) Produtora Rural - Água Boa (MT). “Gostaria de assinar a Revista Attalea Agronegócios”.

Foi somente na década de 1990, quase 15 anos após o lançamento da colhedora, que o setor começaria a sofrer, de forma mais consistente, a carência de mão de obra. A construção civil, que vivia um momento bastante intenso nos países emergentes, passara a absorver boa parte dessa mão de obra, além de ter havido a melhora nos índices como os de alfabetização, que permite que o trabalhador busque oportunidades fora do campo. “O agricultor, para ser competitivo, precisa buscar não apenas o aumento da produtividade – o que já é um assunto amplamente debatido –, mas, sobretudo, melhorar a qualidade de seus produtos. A colheita mecanizada do café reduz os custos de produção, uma vez que otimiza a mão de obra fixa da fazenda, além de permitir uma colheita mais rápida e um produto de melhor qualidade pela redução da janela de colheita. Outro ponto muito importante é o valor agregado”, explica Martin. Hoje, a K3 da Jacto encontra-se em sua sexta versão, acompanhando as necessidades da dinâmica cafeicultura brasileira. Ela oferece, cada vez mais, valor agregado aos produtores, com equipamentos mais eficientes e precisos, o que garante ganhos em qualidade no café colhido. “As constantes pesquisas e a melhoria de recursos tecnológicos permitem, inclusive, o desenvolvimento de componentes específicos para cada máquina, o que melhora, sobremaneira, seu desempenho”, diz o especialista, que reforça a necessidade de opções que acompanhem o atual desenho do modelo de negócio do café. “A cafeicultura começa a esbarrar em alguns entraves, como ganhar em produtividade sem aumentar as áreas plantadas. A opção do adensamento, por exemplo, já é bastante discutida em congressos e simpósios, e, embora já existam áreas com ruas mais fechadas, o modelo de mecanização atual precisa se adequar a essa realidade”, alerta Martin. KTR 3500 - A colhedora KTR 3500, lançada em 2103, foi desenvolvida com reservatório de café com capacidade efetiva de 1.800 litros. Com o novo reservatório, associado ao sistema de descarga on the go, a nova KTR 3500 não precisa parar a operação de colheita quando seu reservatório está cheio. Dessa forma, é possível realizar a descarga do café colhido simultaneamente à colheita. “Isso significa otimização dos recursos produtivos da fazenda cafeeira, já que um único conjunto (trator cafeeiro e carreta) pode acompanhar até três colhedoras KTR 3500, sem interrupção na colheita”, explica Martin. Entre outras novidades, a KTR 3500 apresenta: cambão com ajuste hidráulico de altura, com altura máxima de colheita de 3,50 metros; comandos de operação acoplados ao trator; sistema de automação da direção; maior recurso de nivelamento; sistema de câmeras para melhor visualização das operações e pneus de baixa compactação.

SABRINA ADELINO (smadelino@gmail.com) Estudante de Agronomia - Araxá (MG). “Quero receber a Revista Attalea Agronegócios”. SEBASTIÃO HOMERO VIEIRA (homero.vieira@emater.mg.gov.br) Extensionista Agropecuário I - Emater - Alfenas (MG). “Solicito encarecidamente que altere o meu endereço de correspondència, pois admiro muito a Revista Attalea Agronegócios”. DEUSMAR SILVÉRIO DA SILVA (margaretefnsilva@hotmail.com) Cafeicultor e Criador de Gado de Corte - Santa Rosa da Serra (MG). “Gostaria de receber a Revista Attalea Agronegócios”. MANOEL LUIZ DE OLIVEIRA (fcmata.nuporanga@gmail.com) Cafeicultor, produtor de soja e cana de açúcar - Franca (SP). “Gostaria de assinar a Revista Attalea Agronegócios”. MATEUS BARBOSA ARAÚJO (mateus_barbosaaraujo@hotmail.com) Estudante de Agronomia - Lavras (MG). “Gostaria de receber a Revista Attalea”. GEOVANA FERNANDA JOANA (geovanajoana@yahoo.com.br) Estudante - Barbacena (MG). “Sou estudante de Agronomia do IFET Barbacena e gostaria de receber a Revista Attalea Agronegócios. Conheci a revista na Hortitec, em Holambra (SP) e a mesma é muito útil para meus estudos”.

QUER ASSINAR? Para assinar a Revista Attalea Agronegócios, acesse o nosso site: www.revistadeagronegocios.com.br e preencha corretamente as informações na aba Fale Conosco.


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Ministério da Agricultura formaliza pedido de prorrogação do PSI

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FOTO: Jornal Zero Hora

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Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) formalizou junto à área econômica do governo federal a prorrogação do Programa de Sustentação do Investimento (PSI) para 30 de junho de 2015, atrelando-o ao período do Plano Safra. A informação foi divulgada no início de setembro pelo diretor de Economia Agrícola do MAPA, Wilson Vaz de Araújo, durante sua participação em seminário realizado no Circuito Tecnológico sobre Inovação e Sustentabilidade Agropecuária (CT-ISA), na EXPOINTER, em Esteio (RS). “Quanto mais rápido os produtores, as indústrias e as revendas tiverem conhecimento sobre as condições de contratação, terão mais tranquilidade para seu planejamento”, disse Araújo. A decisão sobre a prorrogação caberá ao Conselho Monetário Nacional. “O MAPA não quer a interrupção das contratações”, reforça o diretor de Economia Agrícola. O setor de máquinas e implementos reivindicava que a linha de financiamento fosse atrelada ao ano safra, que vai de 1º de julho a 30 de junho, porque o PSI está relacionado ao ano fiscal do governo. As taxas de juros tanto para o PSI quanto para o Mo-

derfrota estão regulamentadas até 31 de dezembro, dentro do ano fiscal do governo. Assim, em dezembro indústrias e produtores ficam reféns da definição para os novos financiamentos, o que acaba resultando em uma parada de no mínimo 30 dias entre a reunião do Conselho Monetário Nacional, a publicação de portaria e a regulamentação do Banco Central.


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Queda na produção e venda de máquinas agrícolas

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Celso Luís Rodrigues Vegro1 Célia Regina Roncato P. Tavares Ferreira2

mercado de máquinas agrícolas automotrizes exibiu, no primeiro semestre de 2014, acentuada queda no total das vendas (-18%), frente a igual período do ano anterior. Nos primeiros seis meses do ano, foram produzidas 40.407 máquinas agrícolas, representando 7.970 máquinas a menos que a quantidade contabilizada no primeiro semestre de 2013. Tanto as vendas para o mercado interno quanto as exportações declinaram, empurrando para baixo o desempenho do segmento (Tabela 1). Dentre os tipos de máquinas fabricados (tratores de rodas, colheitadeiras, cultivadores motorizados, tratores de esteiras e retroescavadeiras), a queda dos indicadores (produção, vendas para o mercado interno – nacionais/importadas - e exportações) foi generalizada, excetuando-se as exportações de tratores de esteiras e de retroescavadeiras, com elevação de 56,7% e 14,4%, respectivamente. Os cultivadores motorizados foram os itens com menores percentuais de queda nas vendas totais, com singelos -2,8% de declino no período. Quanto ao trator de roda, item de maior procura pelos agricultores e de maior volume de produção pelas montadoras, houve encolhimento do mercado com decréscimo de -17,8% nas vendas totais. Com preços de seus produtos depreciados, segmentos como o sucroenergético, oleaginosas e milho não deverão alavancar a demanda por máquinas. Todavia, como existe sazonalidade na venda de tratores de rodas, é possível que essa tendência de encolhimento do mercado seja parcialmente mitigada pelas encomendas efetuadas para entregas no segundo semestre de 2014. Outros indicadores dos demais itens fabricados pelas montadoras seguiram alinhados com o desempenho dos tratores de rodas, ou seja, com queda nas vendas totais de 24,2% nas colheitadeiras e de 30% no segmento de retroescavadeiras. O declínio do mercado de máquinas agrícolas, aparentemente, não afetou o número de postos ocupados nas montadoras, pois, no primeiro semestre de 2014, houve contratação de 113 novos funcionários, totalizando 20.869 empregados. Em contrapartida, dificilmente a receita cambial repetirá os US$3,55 bilhões contabilizados em 2013, pois, entre janeiro e junho de 2014, ela foi de apenas US$1,53 bilhão. Tradicionalmente, o mercado externo para máquinas agrícolas automotrizes brasileiras é concentrado no bloco de

AUTORES

1 - Pesquisador Científico IEA - Instituto de Economia Agrícola. Email: celvegro@iea.sp.gov.br 2 - Pesquisador Científico IEA - Instituto de Economia Agrícola. Email: celia@iea.sp.gov.br

países que compõem o MERCOSUL e alguns poucos países africanos. A crise econômica instalada na Argentina, principal destino das exportações brasileiras, puxou as vendas para baixo. As quantidades comercializadas mais expressivas são esperadas para o segundo semestre do ano, coincidindo com o plantio da safra de verão no Centro-Sul (Figura 1). Porém, o arrefecimento do mercado no princípio de 2014, após recorde de produção e vendas em 2013, dificilmente recuperará as vendas mensais para patamares acima das 6 mil maquinas ao mês. Considerando as vendas por unidade da federação, o Estado de São Paulo permanece líder na demanda por máquinas agrícolas automotrizes, representando 17,7% desse mercado, seguido pelo Paraná (15,4%), Rio Grande do Sul (15,3%) e Minas Gerais (10,7%) (Figura 2). Esses


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quatro estados concentram, aproximadamente, 60% das vendas para o mercado interno. Tão logo ocorra a recuperação econômico/financeira do segmento sucroenergético, as vendas em São Paulo deverão se distanciar ainda mais dos demais estados, uma vez que, no boom vivenciado no segmento entre 2006 e 2007, o mercado paulista representou 36% do total de vendas internas. O revigoramento adotado para o MODERFROTA, no Plano Agrícola Pecuário 2014/15, prevê recursos para aquisição de máquinas agrícolas automotrizes da ordem de R$3,5 bilhões, majoração superior a 2.000 pontos percentuais frente à alocação do plano anterior. Essa condição permite construir cenário prospectivo de melhoria de vendas e, consequentemente, da produção de máquinas agrícolas automotrizes. Ainda que o contexto do agronegócio brasileiro se

diferencie do restante da economia, exibindo taxa de crescimento acima dos 3% para 2014, mesmo associado à recente injeção de recursos federais para o financiamento das compras do segmento, não se pode estar otimista com sua produção e vendas1. Dificilmente a produção ultrapassará as 90 mil máquinas, quantidade que sinaliza encolhimento de 10% desse mercado. A permanente renovação da frota de máquinas agrícolas é elemento sine qua non na estratégia de incremento da competitividade dos cultivos e criações nacionais, pois vigora a tendência de substituição de máquinas de menor potência por equipamentos maiores, de menor custo operacional e melhor desempenho em campo, otimizando as tarefas com redução de custos. --------------------------------------¹ A queda da taxas de juros da economia em 2013 impulsionou as vendas totais que somaram mais de 83 mil máquinas, montante bastante razoável para o país.


LEITE

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Augusto Zonta1 e Márcia Cristina de Mello Zonta2

ontinuando o artigo publicado na edição anterior “Pastejo Rotacionado1: Pontos Críticos na Implantação” vamos discutir sobre os aspectos relevantes no andamento do sistema após a instalação física.

QUALIDADE DOS ANIMAIS - Não precisamos utilizar animais de grande valor genético, mas também não podemos colocar animais ruins ou com estado de saúde comprometido. É preciso escolher animais que respondam às boas condições nutricionais que serão oferecidas. Ao entrar no sistema os animais precisar estar vacinados, vermifugados e em condições físicas para realizar o pastejo. NÚMEROS DE ANIMAIS - Outro ponto importante é a taxa de lotação, ou seja, o número de animais. Esta variável irá depender da área, do nível de reposição de nutrientes no solo, controle do resíduo pós pastejo e época de pastejo. Resumindo: depende da quantidade do material vegetal. Não podemos deixar de observar também as características da propriedade, capacidade de trabalho, mão de obra, distribuição das chuvas ao longo do ano e disponibilidade de água para os animais. O objetivo é determinar a quantidade de animais de forma a evitar o super ou sub pastejo. No superpastejo ocorre o corte frequente da planta sem dar tempo suficiente de descanso para a sua adequada recuperação. Com o tempo,

AUTORES

1 - Zootecnista, Ms, PqC do Polo Regional da Alta Paulista/APTA. Email: zonta@apta.sp.gov.br 2 - Zootecnista, Ms, Técnica do Polo Regional da Alta Paulista/APTA. Email: marciazonta@apta.sp.gov.br

FOTO: EMBRAPA Pecuária Sudeste

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Pastejo Rotacionado: Pontos 2 Críticos no Manejo

ocorre a diminuição do sistema radicular e morte da planta. Já no sub pastejo, o animal tem muito material vegetal disponível e escolhe o que vai pastejar, deixando material em bom estado para trás que com o tempo envelhece, endurece e perde qualidade nutritiva. Ocorrem os desperdícios. Com a saída dos animais a quantidade de massa que sobra por hectare, o chamado resíduo pós-pastejo, deve estar próxima de 2.500kg de matéria seca. Um exemplo: Se o nosso sistema tem 11 piquetes de 1 hectare, a disponibilidade de matéria seca por hectare na entrada dos animais é de 4.200 kg e o período de ocupação é de 3 dias, quantos animais posso ter por piquete? Vamos aos cálculos para melhor visualizar o problema. Um bovino adulto consome diariamente cerca de 2,5% do seu peso vivo em matéria seca. Supondo que temos animais com peso médio de 380kg de peso vivo. O consumo diário de matéria seca seria de 9,5kg de MS/cab/dia. Multiplicando pelo período de ocupação vamos ver que cada animal consome 28,5kg no período. A quantidade de material disponível para o consumo dos animais é obtido subtraindose a quantidade ideal de resíduo da disponibilidade na entrada dos animais, ou seja, 1.700kg. Este valor dividido pelo consumo individual no período nos informa a quantidade total de 60 animais. Agora basta dividirmos este valor pela área total. Conclui-se que cada piquete é capaz de manter 5,45 animais durante 3 dias. RESÍDUOS PÓS-PASTEJO - Como verificar que o sistema esta rodando de forma equilibrada? Pela sobra de forragem após a saída dos animais. E como posso conferir isto? Pelo método do quadrado a lanço e estimativa da matéria seca. O método do quadrado consiste em lançar no piquete, após a saída do animais, um quadro de ferro com dimensões 1m x 1m e cortar todo o material que estiver dentro deste quadro. A altura de corte para as gramíneas do gênero Panicum é de 15cm e para a Brachiaria, rente ao solo. Quanto maior a área do piquete mais vezes será preciso reali-


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zar o lanço do quadro para que o material colhido seja representativo e possamos fazermos a média. Recomenda-se realizar este corte após o meio dia e em dia ensolarado garantindo assim que não se colha o orvalho junto com a vegetação o que acabaria afetando no peso. O material cortado deverá ser pesado em balança capaz de quantificar frações de quilo. Anota-se o valor. Como a determinação da matéria seca não precisa ser exata, apenas uma estimativa é o suficiente, este material poderá ser desidratado ao sol ou em forno baixo até o ponto de feno e depois pesado novamente. Exemplificando: Peso natural = 1.906g // Peso seco = 290g 1) - Estimativa da matéria seca do capim MS = (Peso seco x 100) / Peso natural MS = (290x100)/1906 = 15,21% 2) - Estimativa da quantidade de matéria seca disponível em 1 ha Total = (10000 x 1,906) x 0,1521 = 2899 kg MS de resíduo/ha

Engenheiros Agrônomos comemoram dia 11/10

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Dia do Engenheiro Agrônomo da região de Franca (SP) será comemorado no próximo dia 11 de outubro. A Comissão Organizadora 2014 definiu que neste ano será realizado um jantar no Salão da Boipec Leilões (Rodovia Ronan Rocha, Franca sentido Patrocínio Paulista), com início marcado para as 20 horas. Composta pelos profissionais: Amanda Hernandes (CATI-Batatais), Shigueru Kondo (CATI-Franca), Fabrício David (COCAPEC), Pamela Radi, Felipe Ferreira e Allan de Meneses Lima (Bolsa Agronegócios) e Ivam Mendonça (Dedeagro), a Comissão Organizadora conta com a participação de todos os Engenheiros Agrônomos da região, com suas famílias, para uma verdadeira confraternização Para participar, os profissionais interessados devem procurar um dos pontos de distribuição dos ingressos:- COCAPEC, CATI-Franca, Dedeagro e Bolsa Agronegócios. O evento acontece com o apoio financeiro de várias empresas do setor de agronegócios. Na edição do próximo mês, a Revista Attalea Agronegócios promoverá a divulgação de fotos e das empresas parceiras do Engº Agrônomo.

FOTO: EMBRAPA Pecuária Sudeste

LEITE

Neste exemplo observamos que o resíduo pós pastejo está um pouco acima do valor recomendado de 2500kg/ha. Se o resíduo for superior: Os animais devem permanecer por mais tempo no piquete ou deve-se introduzir animais gradativamente. Se for inferior: Passou do tempo da retirada ou precisa-se reduzir o número de cabeças. Não será necessário realizar este procedimento rotineiramente, pois com o tempo o produtor vai ficando experiente e aprende por observação a associar a quantidade de matéria seca disponível e a altura da gramínea por ocasião da saída dos animais. FERTILIDADE DO SOLO - Se a fertilidade estiver boa, o resíduo apresentará uma rebrota vigorosa, se a fertilidade estiver a desejar a rebrota será muito lenta e após o período de descanso não haverá quantidade de matéria natural suficiente para a reentrada de todos os animais no piquete. Nesta situação o correto é realizar a adubação para corrigir a deficiência de nutrientes do solo. Uma alternativa não eficiente seria deixar maior quantidade de resíduo, aumentar o período de descanso e/ou reduzir a quantidade de animais, porém com o sistema perderá estabilidade. Uma adubação adequada e econômica exige a análise de solo na implantação da técnica e repetida uma vez ao ano. ADUBAÇÃO - A adubação irá depender da análise de solo, da intensidade do sistema e da espécie vegetal que está sendo utilizada. Apresente o resultado da análise de solo a um profissional. IRRIGAÇÃO - Toda planta para crescer precisa de horas de luz, temperatura adequada e água. O inverno, época seca do ano, caracteriza-se por baixa intensidade e menor quantidade de horas luz, além das baixas temperaturas, principalmente em regiões serranas. Portanto, nestes casos, o investimento em irrigação não é interessante. Mas nas regiões do país mais próximas ao equador, mesmo no inverno, as noites não são tão frias e a luz solar não sofre tanta variação. Neste caso a irrigação pode ser interessante para prolongar um pouco o uso do sistema de pastejo rotacionado. CONSIDERAÇÕES FINAIS - O pastejo rotacionado é uma técnica interessante quando o objetivo é obtermos maiores ganhos de peso por área, porém requer maior dedicação do produtor quando comparado ao pastejo contínuo. O monitoramento da planta, solo e o ajuste criterioso da quantidade de animais em pastejo é condição indispensável para o sucesso financeiro do empreendimento.


LEITE

Raça Guzerá ganha espaço na produção de leite em Minas Gerais

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FOTO: Marcelo Cordeiro

raça Guzerá - tradicionalmente associada no Brasil à pecuária de corte -, ganha mais espaço e destaque na produção de leite. Durante o concurso leiteiro realizado na 80ª Expozebu, em Uberaba (MG), em maio último, a vaca ‘Manacá JF’ sagrou-se como a primeira Guzerá a quebrar a marca dos 50 quilos de leite/dia, sendo a nova recordista mundial de produção, com o pico de 52 quilos/dia e média de 45,730 quilos. ‘Manacá JF’ dá assim a projeção ao excelente trabalho desenvolvido por José Transfiguração Figueiredo na Fazenda Ygarapés (Jampruca/MG - Vale do Rio Doce) De acordo com Figueiredo, a história do Guzerá JF em concursos leiteiros teve início em 1991, quando ‘Madona JF’ ganhou o primeiro concurso leiteiro em Governador Valadares (MG). “Em 1992, começou o controle oficial pela AssoVaca ‘Manacá JF’, recordista mundial da raça Guzerá na produção de leite. ciação Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ), e desde então, buscou-se associar as novas tecnolo- da característica começou com o início do teste de progênie gias aos critérios de seleção. Já em 1995, as primeiras trans- da raça há 19 anos. Durante esse tempo, já foram provados ferências de embrião do rebanho, a multiplicação de famílias mais de 300 animais. O serviço é comandado pela Empresa por meio das FIVs e a participação dos programas de melho- Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e pela Assoramento genético para leite, além da participação no Núcleo ciação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ). “Temos a MOET, foram decisivas para o avanço genético do plantel”, evolução da duração de cada lactação, tão importante para a explicou Figueiredo. base da pecuária leiteira e a evolução na produção, ou seja, nos Outro animal de destaque da raça e recordista na cate- quilos de leite que temos expectativa de ter acrescido numa goria fêmea jovem com média de 27 quilos de leite/dia é ‘Gra- lactação”, comentou Mariana Alencar, gerente do Programa na’, do plantel do pecuarista Marcelo Lack, de Uberaba (MG). de Melhoramento Genético de Zebuínos (PMGZ) da ABCZ. Lack afirma que utiliza somente machos e fêmeas Atualmente, 30 animais são testados. Sêmens de touprovados pelo teste de progênie positivo para leite. O po- ros estão disponíveis gratuitamente em centrais para pequetencial do rebanho comercial também é alto e cada vaca nos produtores que quiserem colaborar com as pesquisas. produz, em média, 13 quilos de leite por dia. Assim, com A intenção dos técnicos é ampliar os estudos nos próximos apenas 150 fêmeas, a fazenda do produtor Marcelo consegue anos e também o potencial leiteiro do guzerá. “Se o criavender mais de dois mil litros diador continuar engajado na seleção riamente. “O tirador de leite de gado dos animais, isto é, direcionando os não puro e que faz uso provado pelo melhores indivíduos para acasalateste progênie tem um ganho muito mento, descartando os que não têm maior, pelo fato da heterose que ele tanto potencial produtivo e sempre provoca em cruzar o zebu com uma fazendo a-ferições, a evolução para raça mestiça”, explicou Lack. todas as características que tenham A aptidão leiteira da raça Guzerá interesse econômico, vai ser muito é muito explorada no país de origem, grande”, ressaltou Mariana. (FONa Índia. No Brasil, o desenvolvimento TE: adaptado de G1)

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HORTALIÇAS

FOTOS: Divulgação Agristar do Brasil

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s mini-legumes são rentáveis ao produtor e atendem tanto aos chefs de cozinha quanto aos pais interessados em uma refeição mais lúdica para estimular a educação alimentar dos filhos. Produtos diferenciados e que agradam o paladar são cada dia mais procurados pelos consumidores brasileiros. Hortaliças com tamanhos e cores diferentes também fazem sucesso na decoração de pratos sofisticados. Para atender essa demanda, a Topseed Premium, linha de sementes inovadoras da Agristar com alta tecnologia para hortifruticultura, desenvolveu uma série de produtos, denominada Especialidades, diferenciados nos quesitos sabor, qualidade, formato, praticidade e facilidade de consumo, que atende a alta gastronomia, rede de hotéis, restaurantes e empórios, além de ser uma opção de refeições lúdicas que podem auxiliar os pais a proporcionar uma alimentação mais saudável para seus filhos. A novidade da linha para o mês de agosto é o lançamento dos mini pimentões coloridos Apple Red, Honey Yel-

Mini Pimentão Apple Red - Linha Especialidades - Topseed Premium.

low e Mango Orange, que se destacam pelo sabor adocicado, formato reduzido, coloração (vermelho, amarelo e laranja) intensa, alta produtividade e brix elevado.

Beterraba sem anéis brancos conquista preferência

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produção nacional de beterraba é uma das mais significativas dentro do contexto volume total do mercado nacional agrícola de hortaliças. Segundo dados estatísticos oficiais disponíveis, existem hoje no Brasil cerca de 10.000 hectares desta hortaliça, produzidos em mais de 100.000 propriedades. Deste total, cerca de 45% estão localizadas com maior predominância nas regiões de São José do Rio Pardo, Piedade e Ibiúna, no estado de São Paulo, e São Gotardo, Madre de Deus e Carandaí, no estado de Minas Gerais, região sudeste. Outros 35% estão localizados na região sul, especialmente em Curitiba e Porto Alegre. Estas regiões são responsáveis pela produção de 250.000 ton. a 300.000 ton/ano, receita que contribui para a remuneração anual de mais de 500.000 pessoas que permanecem no campo. Na hora de escolher a beterraba para comprar, uma das observações feitas pelas donas de casas e consumidores em geral é a existência de anéis brancos ao redor da leguminosa. Segundo Antonio Shohei Hiramatsu, consultor técnico da Bejo Sementes, este tipo de ocorrência é conhecida por anelamento, sendo raro nas variedades híbridas, enquanto nas demais ocorre com maior intensidade. Anéis brancos são um problema fisiológico da planta que acontece sob a condição de estresse, temperatura ou falta de água. Normalmente, eles são mais comuns nas variedades. No híbrido ocorre uma melhor característica de padronização, menor estresse e maior resistência à ocorrência destes anéis abrancos. Isso não quer dizer que ela FOTO: Bejo Sementes

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Topseed Premium investe em sementes de mini hortaliças e lança mini pimentões diferenciados

não venha a ter o anel branco. Mas, explica Paulo E. Trani, pesquisador do IAC, produtos que não mostram os anéis “brancos”, que desvalorizam o produto, não dependem apenas da cultivar (variedade ou híbrido), mas também da temperatura ambiente. “Altas temperaturas (acima de 25 a 30 graus) favorecem o aparecimento de anéis e coloração vermelha menos intensa em relação às épocas mais frias”, esclarece o pesquisador. Em geral, os híbridos atualmente presentes no mercado mostram menos problemas de anéis claros e são mais uniformes que as variedades convencionais. Nos meses mais frios ou em regiões acima de 800 m de altitude, o produtor pode plantar o ano todo a cultivar ‘Early Wonder Tall Top’ (existem seleções de diversas empresas), de formato arredondado. Se esse produtor vender a sua produção apenas para o segmento residencial, eu não recomendo o plantio do H. Rodina, que tem formato cilíndrico. Por sua vez, se seus clientes são do segmento de cozinhas industriais, essa parece ser uma boa opção”, indica. Para produtores que plantam beterraba nos meses mais quentes do ano e estão localizados abaixo de 800m de altitude, existe a opção de semear beterrabas híbridas. Apesar dessas custarem cerca de 5 vezes mais do que a cultivar ‘Early Wonder Tall Top’, os produtores poderão contar com o beneficio desses genótipos não formarem anéis brancos. São exemplos desses híbridos os ‘H. Krestel’, ‘H. Redondo F1’ e ‘H. Boro F1’.


FOTOS: Divulgação Agristar do Brasil

HORTALIÇAS

Mini Pimentão Honey Yellow - Linha Especialidades - Topseed Premium.

“Os mini pimentões podem ser consumidos in natura como um petisco, grelhados ou em saladas. Para o produtor, eles oferecem alto valor agregado e são indicados para cultivo protegido. Apresentam peso médio de 14 g por fruto e alcançam produção média de 2,5 kg por planta”, explica o Especialista em Solanáceas da Agristar, Marcelo Becker de Almeida. A Topseed Premium apresenta também outros produtos especiais como o Tomatoberry (mini tomate em forma de coração), a mini berinjela Milan, os tomates tipo grape nas cores vermelho (Mascot) e as novidades “chocolate” (ricos em licopeno), amarelo e laranja, as mini abobrinhas verdes e amarelas Ball Squash (redondas), e os tomates tipo cereja (Dellycia) e mini-italiano (Piccolo), além das alfaces baby leaf e mini alfaces. Visualmente atrativas, essas variedades exóticas podem ser utilizadas na composição de pratos quentes, em saladas ou na confecção de canapés, sendo uma ótima opção para uma culinária sofisticada e mais saborosa. “O mercado de mini hortaliças vem ao encontro do novo consumidor brasileiro, que elegeu o sabor e a qualidade como fatores determinantes para o consumo. As composições das dietas nutricionais, a praticidade e agilidade no manuseio dos alimentos, a compra de menores quantidades pelo consumidor final e a rastreabilidade na procedência do produto são algumas das tendências quanto ao tipo de hortaliça a ser consumida. Hoje, os mini tomates são o carrochefe desta segmentação, mas há também mini cenouras, mini alfaces, mini beterrabas, entre outras variedades contribuindo para o crescimento desse mercado”, afirma o ge-

Mini Berinjelas Milan - Linha Especialidades - Topseed Premium.

Mini Abobrinhas Ball Squash - Linha Especialidades - Topseed Premium.

rente da Topseed Premium, Rafael de Morais. Quando comparadas às variedades convencionais, as mini hortaliças garantem mais vantagens ao produtor, pois são comercializadas com maior valor agregado. “Nesse mercado, o produtor tem a oportunidade de agregar valor ao seu produto e obter maior lucratividade em seu negócio em uma menor área de produção. Este é um mercado cuja demanda de produtos por parte do consumidor aumenta a cada dia e deve continuar a crescer pelos próximos anos, em quantidade de plantas e diversidade de materiais”, destaca o Coordenador Técnico de Vendas da Topseed Premium, Carlos Formoso.

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Paulo E. Trani1, Francisco A. Passos1, Maria Cecília C.L. Teodoro2, Valdeir J. dos Santos3 e Paulo Frare4

experimento foi realizado no município de Coroados (SP) sendo adotado o espaçamento de 0,90-1,20 m x 0,15 a 0,40 m (1 a 2 plantas por cova). Na indicação de calagem, recomenda-se aplicar calcário em toda a área de cultivo, com antecedência suficiente para correção do solo (30 a 90 dias) para elevar a saturação por bases a 70-80% e o teor de magnésio do solo a no mínimo 9 mmolc/dm3. O quiabeiro é sensível a acidez elevada devendo ser cultivado em solos com pH (CaCl2) entre 5,5 e 6,0. Com relação à adubação orgânica, recomenda-se aplicar em toda a área de cultivo, cerca de 30 dias antes do plantio, 10 a 20 t/ha de esterco de curral ou composto orgânico, ambos bem decompostos, ou ainda, 2,5 a 5 t/ha de esterco de galinha curtido ou húmus de minhoca. As quantidades recomendadas de fertilizantes orgânicos variam conforme as características de cultivo: clima da região, época de plantio, ciclo da cultura, níveis de matéria orgânica e textura do solo, presença ou ausência de nematóides, utilização ou não de irrigação na cultura. Quando possível recomenda-se incluir o plantio de adubo verde no esquema de rotação de cultura com o quiabeiro. Muitas espécies de adubos verdes podem ser cultivadas na primavera–verão, com semeadura de setembro a março, ou no outono-inverno, com semeadura de abril a agosto. Caso a área esteja infestada por nematóides de galhas recomenda-se o plantio de Crotalaria juncea, Crotalaria espectabilis e Crotalaria paulina, visando o controle e o fornecimento de massa para incorporação ao solo. Por outro lado, deve-se estar atento para o fato que o uso excessivo de adubos orgânicos, tais como estercos animais, compostos orgânicos diversos e adubos verdes, poderá acarretar um desenvolvimento vegetativo exuberante, dificultando as colheitas e o controle fitossanitário, entres outros aspectos. Com relação à adubação mineral de plantio, recomenda-se aplicar no sulco de plantio, de acordo com a análise do solo, cerca de 10 dias antes do plantio, as seguintes doses de

AUTORES 1 - Instituto Agronômico, Centro de Horticultura, Campinas (SP). Email: petrani@iac.sp.gov.br; petrani32@hotmail.com; fapassos@iac.sp.gov.br; 2 - CATI, Araçatuba (SP). Email: edr.aracatuba@cati.sp.gov.br. 3 - CATI, Piacatu (SP). Email: ca.piacatu@cati.sp.gov.br. 4 - Produtor de Quiabo em Coroados (SP).

FOTO: Francisco A. Passos

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Pesquisa indica nível de calagem e adubação para a cultura do quiabo

Figura 1. Planta de quiabo cultivada em solo fértil mostrando boa frutificação. Jundiaí, 2009. NITROGÊNIO (N, k/ha) 20

FÓSFORO (mg/dm3) 0-25 26-60 60-120 >120 (P2O5, kg/ha)

POTÁSSIO (mmolc/dm3) 0-1,5 1,6-3,0 3,1-6,0 >6,0 (K2O, kg/ha)

350

120

BORO (mg/dm3) 0-0,20 >0,20 (B, kg/ha) 1

0

150

100

50

COBRE (mg/dm3) 0-0,2 0,3-0,8 >0,8 (Cu, kg/ha) 2

1

0

80

40

20

ZINCO (mg/dm3) 0-0,5 >0,5 (Zn, kg/ha) 3

0

Para a adubação mineral de cobertura, recomenda-se aplicar 20 a 80 kg/ha de N e 15 a 60 kg/ha de K2O durante o ciclo da cultura. As coberturas (20 kg/ha de N e 15 kg/ha de K2O cada vez) iniciam-se aos 20 dias após a emergência das plantas, podendo ser repetidas a cada 20 a 30 dias, dependendo do desenvolvimento do quiabeiro. Na adubação foliar, recomenda-se efetuar duas aplicações de solução de molibdato de amônio a 0,02% até a floração.


FERTILIZANTES

Previsão de novo recorde de vendas de fertilizantes em 2014

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o Brasil, as entregas de fertilizantes ao consumidor final, no primeiro semestre de 2014, totalizaram 12.987 mil toneladas de produtos, superando em 6,9% o recorde apresentado para o mesmo período em 2013, que foi de 12.150 mil toneladas, segundo fontes do setor (Tabela 1). Em termos de nutrientes (N, P2O5 e K2O), foram entregues 5.585 mil toneladas, superior em 6,8% em relação ao mesmo período de 2013 (quando totalizaram 5.229 mil toneladas). Essa maior demanda reflete em: a) antecipação de compras para a safra 2014/15; b) retração dos preços dos fertilizantes pagos pelos agricultores1; e c) aumento nas vendas para o milho safrinha e trigo. As entregas de nitrogenados (N), no período de janeiro a junho de 2014, foram de 1.645 mil toneladas, com crescimento de 7,8%, em relação ao mesmo período de 2013 (quando perfizeram 1.526 mil toneladas). Fato explicado, principalmente, pelo aumento de demanda para as culturas de milho safrinha, algodão, café e trigo. Os fosfatados (P2O5), no referido período, registraram incremento de 2,4%, passando de 1.774 mil toneladas no primeiro semestre de 2013, para 1.816 mil toneladas no mesmo período de 2014, segundo informações do setor, com destaque nas entregas para as culturas de milho safrinha, trigo, soja e milho para safra de verão 2014/15. No caso dos potássicos (K2O), observou-se maior incremento (10,1%), passando de 1.929 mil toneladas, de janeiro a junho de 2013, para 2.124 mil toneladas no mesmo período de 2014, observando-se acréscimos tanto nas entregas dos produtos formulados como nas coberturas com elementos simples, sobretudo para milho safrinha, algodão, soja e milho safra de verão.

Entre janeiro e junho de 2014, o Estado do Mato Grosso, maior produtor nacional de soja e algodão, lide-rou o ranking nas entregas (2.735 milhões de toneladas de produtos), sendo responsável por 21,1% do total nacional. As vendas nesse estado, no primeiro semestre de 2014, contabilizaram aumento de 5,6%, quando comparadas com igual período do ano anterior. Também, de acordo com o critério de regionalização para o Brasil do Sindicato das Indústrias de Adubo do Estado de São Paulo (SIACESP), observou-se acréscimo nas entregas em outros Estados da região CentroOeste (por exemplo, Mato Grosso do Sul com 15,7% e Goiás, 15,2%), e da região Sul, ou seja, Rio Grande do Sul (4,3%) e Paraná (4,5%). Por sua vez, na região Sudeste, aumentaram as vendas em Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro; porém, São Paulo, importante Estado consumidor, registrou queda nas entregas de 7,3%, influenciado pela redução da demanda da cana de açúcar em razão da severa estiagem ocorrida no primeiro trimestre do ano (época de plantio de novos talhões) e, ainda, em razão tanto da política federal de contenção dos preços dos combustíveis, quanto da queda nas cotações internacionais do açúcar que, conjuntamente, tem prejudicado a rentabilidade do segmento sucroenergético. Entretanto, dada a sazonalidade típica nas vendas de fertilizantes, pode ocorrer recuperação parcial ou até total nas vendas em São Paulo (Tabela 1). Em julho de 2014, as entregas aumentaram 8,6% em relação ao mesmo período de 2013, perfazendo, no período de janeiro a julho de 2014, o total de 16.240 milhões de toneladas de produtos, com acréscimo de 7,2%, quando comparado com o mesmo período de 20132. No primeiro semestre de 2014, a produção da indústria nacional de produtos intermediários totalizou 4.157 mil toneladas de produtos, com queda de 10,2% em relação ao registrado no mesmo período do ano anterior. Já as importações brasileiras no referido período apresentaram um acréscimo de 11,9%, somando 10.842 mil toneladas de produtos3, tendo em vista o aumento nas importações de 15,2% nos nitrogenados e 25,7% nos potássicos; porém, os fosfatados apresentaram decréscimo de 1,3%. O principal porto de desembarque de fertilizantes foi Paranaguá (PR), representando 40,5% do total, seguido de Rio Grande (RS) (16,4%), Santos (SP) (12,2%) e Vitória (ES) (6,3%). Em 2013, as vendas de fertilizantes no Brasil cresceram 5,2% em relação ao ano anterior, perfazendo o total de 31.082 milhões de toneladas de produtos, quantidade que se constituiu em recorde histórico. Destaque-se que, em termos de nutrientes, o crescimento registrado foi de 6,6%, indicando crescimento na fórmula média utilizada pelos produtores agrícolas4. A soja, principal cultura que emprega fertilizantes no Brasil, segundo estimativas da Associação Nacional para Difusão de Adubos (ANDA), em 2013, apresentou incremento nas entregas de 10,8% em relação ao ano anterior, totalizando 11.930 milhões de toneladas de produtos (38,4% do total nacional). Ademais, constatou-se, no referido

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período, incremento nas entregas para diversas culturas, com destaque para as entregas destinadas para trigo (31,3%), arroz (9,8%) e tomate (8,9%). Houve aumento também para importantes culturas, como cana-de-açúcar (8,4%), fumo (3,4%), milho (2,7%) e pastagens (1,7%). Em contrapartida, registrou-se queda nas entregas para várias culturas, como laranja (-18,8%), café (-15,3%), feijão (-9,3%), batata (-3,8%), banana (-2,2%) e algodão herbáceo (-2,0%)5. Houve aumento na comercialização de fertilizantes em 2013 para a maioria dos estados da região CentroSul, com exceção de Minas Gerais e Espírito Santo, que mostraram retração nas entregas de 3,8% e 0,8%, respectivamente. O Estado do Mato Grosso liderou as entregas de fertilizantes em 2013, com 5.484 milhões de toneladas de produtos (aumento de 4,4% em relação ao ano anterior); ele representou 17,6% das entregas totais, seguido de São Paulo (13,6%), Rio Grande do Sul (12,7%), Paraná (12,2%), Minas Gerais (11,3%), Goiás (8,9%) e Bahia (6,1%) (Tabela 1). A comercialização de fertilizantes em 2013 seguiu o padrão sazonal convencional de concentração das vendas no segundo semestre, simultaneamente ao plantio das culturas de verão. Constatou-se que 60,9% das entregas (18.932 milhões de toneladas de produtos) ocorreram no segundo semestre, com pico das vendas em outubro (12,4% do total das entregas) (Figura 1). Na análise das relações de troca entre fertilizantes e os principais produtos agrícolas na região Centro-Sul, constatou-se que em 2013 as culturas de soja, feijão, batata, algodão com caroço, laranja para mesa, trigo e arroz apresentaram relações de troca mais favoráveis, quando comparadas com as de 2012, ou seja, ganho do poder aquisitivo dos produtores para compra de fertilizantes agrícolas. Em contrapartida, algumas culturas como café, milho e cana-de-açúcar apresentaram relações de troca desfavoráveis para os agricultores, no referido período6. A indústria nacional de fertilizantes iniciou 2013 com estoque de 4.897 mil toneladas de produtos e finalizou com quantidade de 5.006 mil toneladas, com aumento de 2,2% (Tabela 2). A produção da indústria nacional de produtos intermediários para fertilizantes em 2013 foi de 9.305 milhões de toneladas de produtos, quantidade 4,3% inferior ao registrado no ano anterior (Tabela 2). Verificou-se, assim, decréscimo nas quantidades produzidas, em termos de nutrientes, dos nitrogenados (5,1%), dos fosfatados (3,7%) e dos potássicos (10,3%). No caso das matérias-primas, utilizadas em sua fabricação, constatou-se menor produção de rocha fosfática, ácido fosfórico e ácido sulfúrico, enquanto houve aumento na produção de amônia7. Em 2013, aumentaram as importações brasileiras de fertilizantes (10,5%), as quais totalizaram 21.619 milhões de toneladas de produtos. O cloreto de potássio continuou sendo o principal produto importado, respondendo por

35,3% do total. No caso das matérias-primas para produção de fertilizantes, houve incremento nas importações de apenas 1,8% no referido período8. O dispêndio de divisas com importações de matérias-primas e produtos intermediários para fertilizantes, em 2013, foi estimado em US$9.640 bilhões (FOB), com aumento de apenas 0,9% em relação ao ano anterior, em função do aumento na quantidade importada9. Os preços médios FOB dos fertilizantes importados, que se situaram em US$441,27/t em 2011 e US$454,63/t em 2012, impulsionados em grande parte pela forte demanda mundial, decresceram para US$391,68/t em 201310. No primeiro semestre de 2014, o preço médio dos fertilizantes importados pelo Brasil situou-se em US$328,16/t (FOB), ou seja, 22,0% abaixo do observado no mesmo período do ano anterior (em US$420,55/t-FOB), tendo em vista a queda da maioria dos produtos no mercado internacional, como os preços do cloreto de potássio, superfosfato simples, fosfato monoamônico (MAP) e sulfato de amônio importados. Por exemplo, o preço médio do cloreto de potássio importado, que se situou em US$435,19/t (FOB) no período de janeiro a junho de 2013, decresceu para US$304,88/t (FOB) em janeiro a junho de 2014 (retração de 30,1%). A demanda por fertilizantes para a safra 2014/15 permanece aquecida. Segundo fontes do setor, mesmo diante de um cenário de baixa nos preços internacionais de grãos, sobretudo milho e soja, estima-se novo recorde nas entregas de fertilizantes ao consumidor final no Brasil em 2014111. A previsão é de que a comercialização de fertilizantes atinja cerca de 32 milhões de toneladas de produto, acima da quantidade observada em 2013, que foi de 31.082 milhões de toneladas. (FONTE: IEA-SP) 1 - Dois fatores têm contribuído para a queda nas cotações internacionais dos fertilizantes: a) houve forte aumento da produção doméstica na China (maior consumidor e importador mundial do insumo) e b) ruptura do cartel bielorrusso que controlava os preços do minério potássico e, consequentemente, desse tipo de fertilizante. 2 - ASSOCIAÇÃO NACIONAL PARA DIFUSÃO DE ADUBOS - ANDA. Principais indicadores do setor de fertilizantes. São Paulo: ANDA, 2014. Disponível em: <http://www. anda.org.br/estatisticas.aspx>. Acesso em: ago. 2013. 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9 - Anuário estatístico do setor de fertilizantes 2009-2013. São Paulo: ANDA, 2010-2014. 10 e 11 - FREITAS, T. Racha em cartel de potássio dificulta investimentos. Jornal Folha de S. Paulo, São Paulo, p. 10, 03 ago. 2013.


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Quebra agrícola se acentua e previsão de moagem diminui no Centro Sul

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União da Indústria da Cana-deAçúcar (UNICA), em conjunto com o Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), demais sindicatos e associações do setor sucroenergético, revisou a estimativa de moagem de cana-de-açúcar para a safra 2014/2015 na região Centro-Sul do País. A nova projeção indica uma moagem de 545,89 milhões de toneladas, queda de 5,88% em relação à estimativa inicial (580,00 milhões de toneladas) e redução de 8,57% sobre o valor final da safra 2013/2014 (597,06 milhões de toneladas). Em São Paulo, Estado que respondeu por mais de 61% da oferta de cana-de-açúcar na safra passada, este declínio esperado para a moagem é ainda maior, atingindo 11,71%: 367,45 milhões de toneladas processadas na safra 2013/2014, ante 324,43 milhões de toneladas previstas para a atual safra - quantidade que também é inferior àquela registrada na safra 2012/2013 (329,92 milhões de toneladas). O diretor Técnico da UNICA, Antonio de Padua Rodrigues, explica que as condições climáticas observadas desde o início da atual safra foram piores do que aquelas utilizadas na elaboração da primeira estimativa divulgada em 23 de abril. De fato, dados apurados pelo CTC junto às unidades produtoras mostram que importantes áreas canavieiras, como aquelas localizadas nos Estados de São Paulo e Minas Gerais, apresentaram chuvas muito abaixo da média histórica. Na região de Piracicaba, por exemplo, o índice de precipitação pluviométrico verificado entre abril e julho ficou 68,4% aquém do valor histórico, com prejuízo significativo para a oferta de matéria-prima. “A situação no Centro-Sul é bastante heterogênea. Em alguns Estados a safra está atrasada devido ao excesso de chuvas, com possibilidade das usinas não conseguirem colher toda a cana disponível. Por outro lado, regiões canavieiras tradicionais têm sido severamente impactadas pela seca, o que deve levar a uma antecipação no término da safra e impedir a realização da colheita em áreas onde a planta não se desenvolveu o suficiente para o corte”, explicou Rodrigues. Em relação à produtividade agrícola, segundo informações levantadas pelo CTC, a quebra acumulada desde o início da atual safra até o final de julho alcançou 6,42%, com 78,7 toneladas de cana-de-açúcar por hectare colhido, frente a 84,1 toneladas por hectare verificadas até esta mesma data de 2013. No Estado de São Paulo, esta retração na produtividade agrícola deve ser ainda mais intensa. O valor acumulado desde o início da safra 2014/2015 até julho atingiu 79,2 toneladas por hectare, redução de 9,69% quando comparada às 87,7 toneladas por hectare registradas em igual período do ano anterior.

Para a primeira quinzena de agosto, dados preliminares apurados pelo CTC remetem a uma queda no rendimento agrícola da lavoura colhida no Centro-Sul de aproximadamente 13%, chegando a atingir 16% em São Paulo. Para Rodrigues, “a quebra agrícola se acentuará nos próximos meses na medida em que as unidades começarem a colher cana com menos de 12 meses”. No Estado de São Paulo, estamos trabalhando com uma retração de produtividade em torno de 20% entre agosto e novembro, com áreas chegando a superar 30% nas últimas semanas de safra, concluiu. A expectativa é de que a produtividade final do Estado para a safra 2014/2015 totalize 71,4 toneladas por hectare, queda próxima de 15% em relação às 83,3 toneladas por hectare registradas na safra 2013/2014. MOAGEM REGISTRADA ATÉ 16 DE AGOSTO - Na primeira quinzena de agosto, o volume processado de canade-açúcar pelas unidades produtoras da região Centro-Sul alcançou 44,90 milhões de toneladas, contra 36,00 milhões de toneladas registradas na última metade de julho de 2014 e 46,47 milhões de toneladas verificadas na primeira metade de agosto de 2013. Com isso, a moagem acumulada desde o início da safra 2014/2015 até 16 de agosto atingiu 325,34 milhões de toneladas, aumento de 2,75% comparativamente às 316,64 milhões de toneladas computadas até a mesma data da safra 2013/2014. Este incremento na moagem, aliado à redução significativa da produtividade agrícola, promoveu um crescimento de aproximadamente 15% na área colhida de cana-de-açúcar no Centro-Sul, chegando a atingir mais de 30% em algumas regiões. Como consequência desse avanço, duas unidades produtoras já deverão encerrar a safra 2014/2015 até o final de agosto.“Ao longo dos próximos meses deve-se obser-


CANA DE AÇÚCAR var o encerramento antecipado da moagem por várias unidades produtoras na região Centro-Sul. Em São Paulo, por exemplo, a antecipação média do término de safra comparativamente ao ano anterior será da ordem de 30 dias”, acrescentou o executivo. QUALIDADE DA MATÉRIA PRIMA - A nova estimativa para a safra 2014/2015 prevê uma concentração de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) de 135,50 kg por tonelada de cana-de-açúcar, leve crescimento de 1,63% relativamente ao valor final registrado na safra 2013/2014 (133,32 kg de ATR por tonelada). No acumulado desde o início da atual safra até 16 de agosto, o teor de ATR por tonelada de matéria-prima processada totalizou 130,68 kg, alta de 2,47% em relação ao índice observado no mesmo período de 2013 (127,53 kg de ATR por tonelada). Especificamente nos primeiros 15 dias de agosto, a quantidade de ATR por tonelada de cana-deaçúcar atingiu 142,96 kg. PRODUÇÃO DE AÇÚCAR E DE ETANOL - A nova estimativa aponta para uma produção de açúcar de 31,35 milhões de toneladas, queda de 3,52% comparativamente à primeira previsão divulgada em abril (32,50 milhões de toneladas) e recuo de 8,57% em relação às 34,29 milhões de toneladas produzidas na safra 2013/2014. A produção de etanol, por sua vez, deverá atingir 24,00 bilhões de litros, redução de 7,23% relativamente à projeção inicial e de 6,14% sobre os 25,58 bilhões de litros fabricados na safra passada. Como resultado, a nova estimativa indica que 44,49% da cana-de-açúcar projetada para a safra 2014/2015 terão como destino a produção de açúcar. Esse percentual é inferior aquele observado na safra 2013/2014, quando 45,22% da matéria-prima processada destinou-se à fabricação do alimento. Essa tendência de um mix mais alcooleiro esperada para o final da atual safra já começa a ser observada na primeira quinzena de agosto, onde a proporção de cana direcionada à produção de açúcar atingiu 45,73%, contra 47,89% verificados em igual período de 2013 e 46,20% registrados na última metade de julho de 2014. O diretor da UNICA salienta que “o movimento observado nas últimas quinzenas, quando houve uma maior proporção de cana destinada ao açúcar comparativamente a 2013, foi invertido no início de agosto”. A queda nas cotações do açúcar e a melhor remuneração proporcionada pela comercialização do etanol têm incentivado essa reversão, acrescentou Rodrigues. De fato, enquanto a fabricação de açúcar nos primeiros

15 dias de agosto diminuiu 4,33% no comparativo com idêntica quinzena de 2013, atingindo 2,80 milhões de toneladas, o volume produzido de etanol cresceu 4,44%, totalizando 2,04 bilhões de litros. Deste montante, 905,80 milhões de litros referem-se ao etanol anidro e 1,14 bilhão de litros ao etanol hidratado. No acumulado desde o início da safra 2014/2015 até 16 de agosto, a quantidade produzida de açúcar somou 17,91 milhões de toneladas. Neste mesmo período, a fabricação de etanol atingiu 13,91 bilhões de litros, sendo 6,02 bilhões de litros de etanol anidro e 7,89 bilhões de litros de etanol hidratado. VENDAS DE ETANOL - As vendas de etanol pelas unidades produtoras da região Centro-Sul entre abril e 16 de agosto alcançaram 8,96 bilhões de litros, sendo 8,39 bilhões de litros direcionados ao mercado doméstico e 572,85 milhões de litros à exportação (queda de 57,72% no comparativo com o mesmo período de 2013). O executivo da UNICA explica que “a nova estimativa indica que as exportações de etanol continuarão aquém dos volumes verificados nos anos anteriores e deverão alcançar apenas 1,20 bilhão de litros na safra 2014/2015, contra 2,57 bilhões de litros contabilizados na safra 2013/2014”. Esse declínio das exportações e a menor produção de açúcar compensarão quase integralmente o recuo da produção de etanol combustível, dando total segurança para o abastecimento doméstico, concluiu Rodrigues. No mercado interno, as vendas acumuladas de etanol hidratado até 16 de agosto totalizaram 4,76 bilhões de litros. O volume comercializado de etanol anidro, por sua vez, atingiu 3,63 bilhões de litros, crescimento de 8,18% sobre o mesmo período de 2013. Na primeira quinzena de agosto, as vendas domésticas de etanol hidratado somaram 585,47 milhões de litros, incremento de 3,82% comparativamente ao valor registrado na última metade de julho. Tomando-se as vendas diárias do produto, na medida em que esta segunda quinzena de julho apresentou um dia a mais disponível para a comercialização, o incremento do volume vendido na primeira metade de agosto chega a 10,74%. No caso do etanol anidro, o volume destinado ao mercado doméstico atingiu 415,59 milhões de litros nos primeiros 15 dias de agosto. “A nossa expectativa é de que as vendas de etanol hidratado cresçam nas próximas quinzenas, pois seu preço nos Estados de Goiás, Mato Grosso, Paraná e São Paulo permanece em patamar bastante inferior ao valor cobrado pela gasolina, constituindo forte incentivo econômico ao consumidor”, esclareceu Antonio de Padua Rodrigues.

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Produção de palhada e colmos de variedades de cana de açúcar

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Mônica Sartori de Camargo1 André César Vitti2

Tabela 1 - Características das variedades avaliadas. CULTIVAR

ORIGEM

AMBIENTE DE PRODURUSTIPRODUÇÃO TIVIDADE CIDADE

COLHEITA

FOTO: APTA Regional Centro Sul

IACSP 93-3046 Jaú (SP) produção brasileira de cana-de-açúcar jun-ago A2-C2 Alta Sim IACSP 93-6006 Assis (SP) foi estimada em 560 milhões de tonelamai-ago B2-D2 Alta -IACSP 94-4004 Mococa (SP) das numa área de 8,4 milhões de hectares jul-out A1-C2 Alta -IAC 87-3396 Jaú (SP) jun-set na safra 2012/13, sendo o estado de São C1-D2 Média Sim IAC 91-1099 Piracicaba (SP jun-ago A2-D2 Muito Alta -Paulo o mais expressivo em área cultivada e produIAC 86-2480 Ribeirão Preto (SP) mai-nov A-B Alta Não tividade. Essa relevância econômica está associada IACSP 94-2094 Ribeirão Preto (SP) jun-nov C1-E1 Média -a um papel social pela geração de empregos diretos IACSP 94-2101 Ribeirão Preto (SP) jun-nov A1-C1 Alta -e indiretos. Há, ainda, o seu papel ambiental esRB 86-7515 ---jun-set C-E Alta Sim sencial na produção de etanol pela possibilidade de reduzir o uso de combustíveis fósseis e, recente- Adaptado de Landell et al. (2002); Landell et al.(1997); Landell et al.(2005), Marques e Silva (2008). mente, na geração de energia pelo bagaço, usado nas usinas brasileiras, que, ao contrário de outros países, são similar à RB 86-7515, que é a mais cultivada no Brasil e paautossuficientes. drão nos experimentos com variedades de cana-de-açúcar. Com a proibição da queima da cultura para colheita, a Mas, a IAC 91-1099 foi superior nas soqueiras a todas as vapalha de cana (ou palhada), que é composta de folhas e pon- riedades. As produtividades médias nas três colheitas foram teiros, pode permanecer no solo (Figura 1) ou ser levada par- superiores a 100 t ha-1, tendo atingido 410,8 t ha-1 de colmo, cial ou totalmente para a indústria com o objetivo também mostrando o potencial produtivo da IAC 91-1099 nesse amgerar energia. A quantidade de palha produzida é definida biente de produção. em função das cultivares e/ou produtividade da cultura e faOutras variedades mostraram valores superiores a 285 tores climáticos. Assim, as informações sobre a produção de t ha-1 de colmos ao longo dos ciclos tais como RB 86-7515, palha das cultivares serão, cada vez mais, importantes para IACSP 94-4004, IACSP 93-3046 e IACSP 93-6006. Mas, manejo da cultura integrando produção de açúcar e/ou eta- ‘IACSP 94-2094’ mostrou desempenho inferior às demais nol e de palhada. nos três ciclos. As baixas temperaturas de Tietê em relação Um estudo conduzido em Tietê, SP (Figura 2) em solo à região de origem mais quente, Ribeirão Preto, podem ter representativo da região centro sul (Argissolo Vermelho atrasado sua brotação e aumentado o número de falhas na Amarelo distrófico), quantificou a produtividade de colmos parcela, contribuindo, assim, para sua baixa produtividade. e de palhada de nove variedades de cana-de-açúcar (Tabela A produtividade de palhada foi maior para IAC 911) dos programas de melhoramento do IAC (IAC), Cooper- 1099 e IAC SP 93-3046 com média de 6 t de massa seca, sucar (SP) e Ridesa (RB) durante a cana-planta e duas so- enquanto RB 86-7515, IAC 91-2101, IAC 86-2480 e IACSP queiras. 94-4004 apresentaram valores médios inferiores em cerca de Após o preparo do solo e a calagem, a adubação de 40-50% desse valor na cana planta. Ao final dos 3 ciclos, IAC plantio foi feita com 600 kg ha-1 da fórmula 4-30-16 (N- 91-1099 apresentou maior quantidade de palha (20 t ha-1) P2O5-K2O) e 600 kg ha-1 da fórmula 20-05-15 (N-P2O5-K2O) que os demais. foram aplicados em cobertura. Nas soqueiras, as adubações Esses resultados mostraram que não se pode generalide cobertura foram feitas com 115 kg ha-1 de N e 90 kg ha-1 zar que quanto maior produtividade de colmos, maior será a de K2O. palhada, pois está relacionada, também, às característiNas colheitas (julho/08; julho/09; outubro/10), as plantas foram divididas em palhada (folhas + palmito) e colmos, secas em estufa (65oC) e pesadas para determinação da massa seca. A produtividade de colmos foi estimada pela biometria, em função da pesagem de 4 m lineares de cada parcela. Diferenças na produtividade de colmos e de massa seca de palhada foram observadas nas colheitas. Na cana-planta, a IAC 91-1099 foi destaque em produtividade de colmos e

AUTORES

1 - Engº Agrº, Dr., PqC do Pólo Regional Centro Sul/APTA. Email: mscamargo@ apta.sp.gov.br 2 - Engº Agrº, Dr., PqC do Pólo Regional Centro Sul/APTA. Email: acvitti@apta. sp.gov.br

Figura 1. Visão geral da palhada de cana-de-açúcar, Piracicaba, 2010.


cas da variedade. Considerando o mesmo ambiente de produção, cultivares com entrenós mais curtos e maior perfilhamento tendem a apresentar maior quantidade de palhada. Por exemplo, IAC91-1099 e RB 86-7515 apresentaram a maior produtividade de colmos na cana-planta, mas a RB 86-7515 foi inferior em palhada devido ao seu menor número de entrenós e maior altura, inerentes a ela. Concluiu-se que IAC 91-1099 foi destaque quanto à produtividade de colmos e de palhada nos três ciclos, sendo atribuído a sua região de origem ser Piracicaba enquanto o menor desempenho foi de IACSP 94-2094.

FOTO: APTA Regional Centro Sul

CANA DE AÇÚCAR

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REFERÊNCIAS: LANDELL, M.G.de A.; CAMPANA, M.P.; FIGUEIREDO, P.; ZIMBACK,L.; SILVA, M.de A.; PRADO, H. Novas Variedades de cana-de-açúcar. 1997. 28p. (Boletim técnico IAC, 169). LANDELL, M.G. A variedade IAC 86-2480 como nova opção de cana-de-açúcar para fins forrageiros: Manejo de produção e uso na produção animal. Campinas: Instituto Agronômico, 2002, 193p. LANDELL,M.G..A.; CAMPANA, M.P.; FIGUEIREDO, P.; VASCONCELOS, A.C.M.; XAVIER, M.A.; BIDOIA,M.A.P.; PRADO, H.; SILVA, M.A.; DINARDOMIRANDA, L.L.; SANTOS, A.S.; PERECIN, D.; ROSSETTO, R.; SILVA, D.N.; MARTINS, A.L.M.; GALLO, P.B.;

Figura 2. Visão geral do experimento na colheita da primeira soqueira, Tietê, 2009.

KANTHACK, R.A.D.; CAVICHIOLI, J.C.; VEIGA FILHO, A.A.; ANJOS, I.A.; AZANIA, C.A.M.; PINTO, L.R. ; SOUZA, L.C. Variedades de cana-de-açúcar para o Centro-Sul do Brasil :15a liberação do programa cana IAC (1959-2005). Campinas, 197p. (Série Tecnologia APTA, Boletim técnico IAC, 197). MARQUES, T.A.; SILVA, W.H. Crescimento e maturação em três cultivares de cana-de-açúcar. Revista de Biologia e Ciências da Terra, v.8, p.54-60, 2008.


CAFÉ

O

s mais de 200 cooperados da COCAPEC em Capetinga (MG) acabam de ganhar uma nova unidade totalmente reformulada. São mais de 6 mil m² de área construída que já fornece diversos serviços aos associados da região. Agora o núcleo conta com novo armazém de café, já totalmente equipado com o sistema de granelização, que já entrou em operação antes mesmo da inauguração. Os insumos agora são acomodados em mais de 1.100m², divididos em dois pavimentos, uma novidade nas instalações da COCAPEC, todos de acordo com os padrões de segurança ambiental. A loja, antes bastante apertada, agora possui um amplo balcão de atendimento e um espaço útil de 77m². Grande parte dos mais de 10 mil itens que a Cocapec comercializa já está disponível para cooperados e clientes. O local ainda comporta espaço para A inauguração atraiu cerca de 100 pessoas entre cooperados, colaboradores e comunidade. que agrônomos e o profissional técnico veterinário recebam os associados e façam suas recomendações. Além para a cidade. “É uma honra ter a COCAPEC em nosso mudisso, uma novidade é o Posto de Atendimento (PA) do Si- nicípio, ela tem impacto direto na melhoria da qualidade coob Credicocapec. A copa, que está completamente equi- de vida em Capetinga, pois proporciona aos produtores da pada, tem tudo para se tornar o ponto de encontro dos agri- região condições para viverem da cafeicultura”. O desenlace da fita inaugural foi realizado pelo presicultores que degustarão saborosos cafezinhos. A grande comemoração aconteceu no dia 27 de agosto dente Maurício Miarelli, o ex-presidente e atual membro e foi acompanhada por mais 100 pessoas entre cooperados, do conselho administrativo João Alves de Toledo Filho e autoridades políticas, fornecedores e colaboradores. O pre- pelo prefeito Daniel Bertoldi. O descerramento da placa que sidente da COCAPEC, Maurício Miarelli, abriu a sequência marca a data ficou a cargo da coordenadora Joana D’arc Pires de discursos dizendo que “essa obra é o símbolo da organiza- e do vice-presidente Carlos Yoshiyuki Sato. As novas instalações foram pensadas para atender a ção e união dos cooperados deste município, e isso é o nosso crescente demanda dos cooperados da região. As melhorias maior capital” Representando as autoridades políticas locais, o pre- realizadas agora colocam o núcleo dentro dos padrões de feito Daniel Bertoldi ressaltou a importância da cooperativa qualidade da COCAPEC. FOTOS: Divulgação Cocapec

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Novo núcleo de Capetinga (MG) Símbolo do Cooperativismo

O novo armazém de granelização em Capetinga (MG) possui 2.800 metros quadrados.

Maurício Miarelli (presidente), João Toledo (ex-presidente) e Daniel Bertoldi (prefeito), tiveram a honra de desenlaçar a fita inaugural.


CAFÉ

China investe na produção de café visando aumentar o consumo interno

O

estado de Yunnan (no sudoeste da China) anunciou a construção de um centro nacional de café na cidade de Pu’er. Segundo o vice-prefeito de Pu’er, Yang Weidon, o projeto nas mãos do governo e da empresa Yunnan Jinyuan Flor Industry Co. Ltd. vai criar uma plataforma de negociação para reduzir os impactos da variação dos preços globais. Apesar de ser uma área em que a preferência pelos chás é maior, o café da cidade luta pelo reconhecimento, o que tem sido uma situação complicada, já que a flutuação dos preços globais não te favorecidos os produtores. Os grãos de Yunnan são utilizados como matéria-prima para as grandes marcas de café do mundo, mas ainda não conseguiu conquistar o mercado interno, deixando a indústria à mercê das marcas. A região tem 120.000 hectares destinados ao café e produz anualmente mais de 90.000 toneladas, correspondente a 98% do total da produção chinesa.

O projeto confirma a grande crescente de café especial em centros urbanos da China e enquanto a maioria apoiar as lojas vendendo café arábica, mesmo que por modismo, e continuar a beber o chá, as perspectivas são de aumentar esse mercado. Mas, as esperanças de produtores mundiais de a população chinesa de forma maciça consumir a bebida ainda é um sonho em longo prazo. E mesmo quando esse cenário começar a surgir, países vizinhos devem aumentar a produção para ganhar esse mercado que todos têm interesse. Já o Vietnã provou suas habilidades em produzir cafés de alto rendimento e é um fornecedor importante para o mercado chinês. As especializações vietnamitas já estão impactando Laos e seguindo em Mianmar e Camboja. Esse cenário indica que haverá aumento da produção na região, que consequentemente vai crescer também a quota da Ásia na produção mundial, que representa até o momento cerca de 30% do total produzido. (Fonte: Notícias Agrícolas).

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CAFÉ

Sementes Piraí lança página especial para “Adubação Verde na Cultura do Café em seu site

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FOTO: Site www.blogdealtinopolispag3.blogspot.com.br/

Sementes Piraí acaba de lançar em seu site uma página específica para a cultura do café. Disponível para acesso no endereço: www. pirai.com.br/cafe a página contém informações sobre a prática de adubação verde na cafeicultura e conta um pouco sobre essa prática milenar de adubação do solo. O conhecimento da adubação verde no Brasil se confunde com a cafeicultura. Inicialmente, a geração de pesquisas e estudos foram feitos entre 1920 e 1950, por institutos ou departamentos ligados à cafeicultura. No início, o adubo verde mais usado foi o Lablab, mas Cafeeiro com Nabo-forrageiro. Uma das opções para adubação verde no inverno. como era hospedeiro de nematóides de galhas, foi banido das ruas do cafeeiro, substiOs benefícios da adubação verde são inquestionáveis e tuído pelo Feijão-de-porco e, mais recentemente, por legu- comprovados pela pesquisa e prática, mas há uma lacuna na minosas que não tenham associação com o gênero Meloido- escolha do adubo verde ideal e de seu manejo. Esse produto gyne. pode ocupar a área antes da instalação da cultura do cafeeiro, no caso de áreas de reforma ou implantação, proporcionando uma rotação para quebrar o ciclo de pragas e FRAGMENTOS DA HISTÓRIA DA doenças e melhorar as características físicas, químicas e CAFEEICULTURA NA ALTA MOGIANA biológicas do solo. Nesse caso, a preferência é pela Crotalária-juncea, grande produtora de biomassa e nitrogênio, no plantio solteiro realizado no início das chuvas (de outubro a novembro) e o manejo/eliminação antes do plantio das mudas entre Fevereiro e Abril. FOTO: Piraí Sementes

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DICAS IMPORTANTES DA SEMENTES PIRAÍ - As mudas recém-plantadas necessitam de proteção contra o vento e de intensa radiação solar. Nesse caso, pode-se utilizar espécies de maior porte, como (Feijão) Guandu-forrageiro e Crotalária-juncea em todas as ruas ou intercaladas. À medida que as mudas se desenvolvem e se adaptam ao novo ambiente, os adubos verdes serão, aos poucos, eliminados para não prejudicar o seu crescimento.


CAFÉ No cafeeiro em formação ou em produção, a escolha dos adubos verdes recai sobre as espécies de menor porte, não trepadoras, que não sejam hospedeiras de nematóides de galha e permitam, inclusive, o tráfego de máquinas e equipamentos para os tratos culturais necessários e acolheita. Os adubos verdes de verão mais utilizados são a Mucuna-anã, a Crotalária-breviflora e o Feijão-de-porco. ROTAÇÃO - Recomenda-se que os adubos verdes sejam “rotacionados” anualmente. São semeados no início das chuvas (entre os meses de Outubro e Novembro) e roçados/ manejados entre Fevereiro e Março; caso contrário, podem competir com a cultura em água e nutrientes. Alguns cafeicultores adiantam esse manejo para os meses de Janeiro e Fevereiro, com o intuito de que a biomassa se decomponha e esteja disponível para esse período de maior demanda nutricional do cafeeiro. Em regiões mais frias e sem déficit hídrico pronunciado, pode-se semear adubos verdes de inverno como o Nabo-forrageiro, a Aveia-preta e o Tremoço-branco. É possível semear os produtos perenes em regiões sem déficit hídrico. Os mais recomendados são os que não desenvolvem cipós como, por exemplo, o amendoim-rasteiro, o Estilosante e o Desmódio, que promovem uma boa cobertura e evitam o plantio anual.

AGRICULTURA ORGÂNICA (CAFÉ ORGÂNICO) A agricultura orgânica utiliza o coquetel/composto/mix de adubos verdes com prioridade para os de menor porte e não trepadores. Nesse caso, associamos as três espécies de verão já citadas anteriormente. Na semeadura do adubo verde, a lanço ou em linha, recomenda-se deixar 0,5 m a 1 m entre a projeção da “saia” e a leguminosa. O manejo do adubo verde pode ser realizado com roçadoras ou trinchas, deixando o resíduo vegetal no local, ou é lançado para ser depositado na linha de plantio enquanto a “saia” do cafeeiro permitir tal ação. RESULTADOS - Os resultados esperados e comprovados pela prática da adubação verde são: • Aumento da receita, devido ao ganho de produtividade e a melhoria da qualidade do produto; • Redução do custo de produção, com a economia no consumo de adubo nitrogenado e no controle de ervas daninhas e nematoides; • Preservação do solo, pelo combate à erosão e pela melhoria dos atributos físicos, químicos e biológicos do solo. Mais informações em: www.pirai.com.br (FONTE: Redação Equipe Join Agro e Engenheiro Donizeti/ Sementes Piraí)

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CAFÉ

CONAB estima safra de 48 ‘Levantamento é otimista milhões de sacas em 2015 e não reflete a realidade’, afirma a FAEMG A

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safra de café do Brasil em 2015 deverá atingir 48,83 milhões de sacas de 60 kg, disse nesta quinta-feira a Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), em relatório com perspectivas para a agropecuária no país na próxima temporada. A previsão indica aumento da produção de 9,6% ante as 44,57 milhões de sacas estimadas pela CONAB para 2014, uma temporada de amplas perdas nos cafezais brasileiros devido a uma forte seca no início do ano. A estimativa da safra de 2014 foi feita em maio. Agora que a colheita está praticamente encerrada, a CONAB deverá divulgar uma nova projeção na semana que vem. A CONAB disse, por meio da assessoria de imprensa, que os dados de 2015 foram calculados com base em tendências e estatísticas, e não em pesquisas de campo. A primeira estimativa oficial da companhia para a temporada 2015 está prevista para 9 de janeiro. A projeção publicada nesta quinta-feira leva em consideração uma queda projetada de 1,64 por cento na área plantada de café arábica na temporada, seguindo a tendência dos últimos cinco anos. Para a área de café robusta há expectativa de estabilidade. Para chegar à estimativa da próxima colheita, a CONAB cruzou os dados de área com a tendência média de crescimento de produção em anos de bienalidade negativa (como é o caso de 2015), de 13,17%. (FONTE: Reuters)

FOTOS: Divulgação FAEMG

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diretor da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (FAEMG) e presidente das comissões estadual e nacional de café, Breno Mesquita, disse em entrevista à Agência Estado, que os números do 3º Levantamento da Safra 2014, realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), são conservadores e otimistas “demais”, não refletindo a realidade. Ontem, Mesquita havia dito que no Estado a perda de produção por causa da estiagem era de 30%, chegando a 40% em algumas regiões de Minas Gerais. “Como não é a última revisão da CONAB, eu espero que no próximo levantamento esse número de quebra na produção seja revisto para cima. Eu também sou produtor, do sul de Minas, e a minha quebra foi de cerca de 40%, taxa que observo em toda a região. Em Matas de Minas também chega por aí”, declarou. Pelos cálculos da CONAB, houve uma redução de 18,22% na produção do café arábica. Mesquita diz que outros Estados também colheram menos. “Tenho falado com produtores do Paraná e parte de São Paulo e pude constatar que a perda deles é parecida com a dos cafeicultores de Minas”, disse. Para ele, a safra 2014 de café nacional deve ficar em torno de 40 milhões de sacas ou até menos, por conta da estiagem. Pelos números da CONAB de hoje, o Brasil deve produzir este ano 45,1 milhões de sacas de 60 quilos de café beneficiado (arábica e conilon), redução de 8,16% ou 4.010 sacas a menos que as 49,15 milhões produzidas na última safra. (FONTE: Estadão)


FERTILIZANTES

TIMAC Agro lança o potássio mais inteligente da terra

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O palestrante Dr. Antônio Luiz Fancelli

Giancarlo Valduga, gerente nacional Produtos Sólidos.

FOTOS: Editora Attalea Agronegócios

TIMAC Agro, empresa multinacional pertencente ao grupo francês Roullier, que se dedica ao desenvolvimento, produção e comercialização de tecnologias inovadoras para nutrição vegetal e animal, recebeu convidados no Araucária Plaza Hotel, em Ribeirão Preto, para o lançamento de um fertilizante sólido inovador, o K-UP, o potássio mais inteligente da terra. Tecnologia que vem revolucionar o mercado agrícola, o K-UP age de forma mais inteligente nas situações em que a adubação potássica apresenta grandes limitações para a agricultura, proporcionando aumento de produtividade e maior rentabilidade para produtores rurais. Após a palestra sobre adubação potássica, ministrada pelo professor e doutor Antonio Luiz Fancelli (ESALQ-SP), foi oferecido um jantar acompanhado pela boa música da dupla sertaneja Carlos Victor & Thiago.

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Renato Passos Brandão1

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colheita do café da safra 2013/14 já foi finalizada na maioria das regiões cafeeiras e os cafeicultores estão avaliando os resultados econômicos. De maneira geral, a produtividade do café arábica ficou abaixo das expectativas iniciais. Além disso, a forte estiagem que ocorreu a partir do final de 2013 também reduziu a qualidade dos grãos do café. A partir deste momento, o cafeicultor tem que planejar a safra 2014/15 com o objetivo de otimizar os investimentos que serão realizados nas lavouras cafeeiras.

FOTO: Divulgação

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A djuvantes na cafeicultura - Insumo esquecido pelos cafeicultores

Figura 1. Efeito dos adjuvantes siliconados na tensão superficial das gotas de água.

Quais os investimentos a serem realizados em corretivos e condicionadores de solo, fertilizantes de solo e foliares e defensivos agrícolas? Será que é possível a implantação de irrigação nos meus talhões de café? Caso contrário, como manejar a braquiária para manter uma boa cobertura vegetal do solo reduzindo as perdas de solo e água? Num passado não muito remoto, a maior preocupação dos agricultores eram os danos causados

AUTOR

1 - Gestor Agronômico do Grupo Bio Soja.

pelas chuvas nas regiões tropicais. Atualmente, a preocupação é muito diferente. Teremos que adaptar os sistemas de cultivo visando a manutenção da água nos solos cultivados com o cafeeiro. Além disso, o mercado de café é muito volátil com grandes variações nas cotações do produto e o cafeicultor precisa investir com muito critério e cautela. Nestes momentos de turbulência, o investimento em novas tecnologias só deve ser realizado, se o retorno for maior do que o investimento. Um dos insumos agrícolas menos utilizados pelos cafeicultores são os adjuvantes. Entretanto, quando bem manejados podem melhorar a performance dos defensivos agrícolas e fertilizantes foliares. 1. Adjuvantes São produtos adicionados à uma solução a ser pulverizada, visando a melhoria da performance dos insumos agrícola presentes na solução (herbicidas, fungicidas, inseticidas e/ou fertilizantes foliares). É um termo que inclui todos os aditivos químicos. O tipo mais comum de adjuvante são os surfactantes. 1.1. Surfactantes São os adjuvantes mais utilizados nas pulverizações. São substâncias que afetam as propriedades dos líquidos


CAFÉ Tabela 1. Absorção foliar de micronutrientes no cafeeiro na presença de adjuvantes. PULVERIZAÇÕES FOLIARES 1. Sulfato de Zn 0,6% + Ác.

Teor de micronutrientes (mg/kg) após 30 dias 15 minutos B Cu Zn B Cu Zn 104a

13a

50c

47,5b 185,8b 47,9bc

2. (1) + Extravon 0,05%

110a

12a

89b

48,1b 157,3b

65,1b

3. (1) + Surfactante

118a

16a 133a

61,4a 221,5a

95,6a

47,7b

35,9c

Bórico 0,3% + Garant 0,5%

organosilicone 4. Testemunha

72b

9b

4d

98,8c

Fonte: Adaptado de Matiello et al., 1999.

reduzindo a tensão superficial de um líquido proporcionando contato mais íntimo entre a solução pulverizada e a superfície das folhas das plantas. Atualmente, os organosilicones são os surfactantes que tem merecido maior atenção nas pulverizações foliares.

1.1.1. Surfactantes organosilicone Os surfactantes organosilicone são responsáveis pela redução na tensão superficial da gota causando um grande espalhamento da solução na superfície das folhas das plantas (Figura 1). Uma das consequências mais importantes da quebra da tensão superficial é a melhora das pulverizações foliares com os micronutrientes. Ocorre aumento nos teores dos micronutrientes nas folhas do cafeeiro (Tabela 1). 2. Considerações finais Atualmente, os cafeicultores brasileiros são pressionados a produzirem com maior eficiência agronômica e

econômica. A concorrência internacional é cada vez maior e as grandes empresas que intermediam a cadeia produtiva do café estão mudando o hábito do consumidor com a introdução de blends com maior porcentagem de café conilon ou robusta. Uma das formas de melhorar a performance da cafeicultura é a utilização dos adjuvantes siliconados nas pulverizações foliares. Estes adjuvantes proporcionam uma série de benefícios, dentre os quais, a quebra da tensão superficial da gota aumentando a superfície de contato com as folhas do cafeeiro e aumentando a absorção do princípio ativo dos defensivos agrícolas e fertilizantes foliares presentes na calda de pulverização. 3. Literatura consultada ABDEL-RAHMAN, M. Adjuvants, ther actions and uses with plant growth regulators. Proc. 4th. An. Meet. Plant growth regul. Work. Group: Hot Springs, 1977. p.331333. CAMARGO, P.N., SILVA, O. Manual de adubação foliar. São Paulo: Herba, 1975. 258p. MATIELLO, J.B.; BARROS, U.V.; BARBOSA, C.M. Melhoria na absorção de micronutrientes via foliar em cafeeiros pela aplicação de adjuvantes à calda. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE PESQUISAS CAFEEIRAS, 25. 1999. Franca. Anais ... Brasília:MAA-PROCAFÉ, 1999. p.1-2.

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MÁQUINAS

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riada nos anos 1830, o Grupo KUHN é considerado atualmente um dos maiores fabricantes de implementos agrícolas do Mundo. Com a proposta de trabalho que prima a qualidade, a busca por novas tecnologias e a segurança no campo, o Grupo KUHN - com sede em Saverne, França -, emprega 4,7 mil pessoas em todo o Mundo, e atualmente opera em nove unidades de produção situadas na Europa, Estados Unidos e Brasil. O Grupo KUHN é representado em todo o mundo através de ampla rede de revendedores independentes amparados por suas unidades subsidiárias de distribuição e marketing internacionais e distribuidores independentes. Em 2013, o Grupo KUHN faturou EUR 1.047,5 milhões (aproximadamente de R$ 3.360 milhões). Em março deste ano, a empresa adquiriu a Montana Indústria de Máquinas S.A., com sede em São José dos Pinhais (PR), uma das líderes na fabricaçao de pulverizadores autopropelidos no Brasil, mas que também oferecia uma vasta gama de pulverizadores portados (3 pontos), rebocados e de turbina, bem adaptados às necessidades do mercado brasileiro. A empresa também usou sua experiência em autopropelidos para entrar no mercado de espalhadores de fertilizantes autopropelidos.

FOTOS: Revista Attalea Agronegócios

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Casa das Sementes é a representante exclusiva da KUHN na região de Franca (SP)

Hugo Pinotti (representante comercial da KUHN), Paulo Figueiredo (diretor da Casa das Sementes) e Ruberval Brasarotto (gerente comercial da KUHN no Centro Oeste e Sudeste).

Com a proposta de ampliar ainda mais a rede de revendedores, o Grupo KUHN firmou parceria com a Casa das Sementes, passando a ser representante exclusivo para a região de Franca (SP). “Venderemos todos os implementos agrícolas produzidos pelo Grupo Khun (pulverizadores, adubadeiras, turbinas, plantadeiras, etc), bem como seremos assistência técnica para a manutenção de equipamentos e reposição de peças. Contaremos com um técnico exclusivo para o atendimento de campo, atendendo todas as necessidades e solucionando todas as dúvidas dos agricultores”, afirmou Paulo Figueiredo, diretor da Casa das Sementes. E não fica somente nisto. De acordo com supervisor da Casa das Sementes, Guilherme Pincerato Figueiredo, o grande diferencial será nas condições de vendas. “Preço à vista dividido em até quatro vezes; pagamento a prazo na safra de 2015; e financiamentos pelo Banco do Brasil e pela própria financiadora da KUHN”, explicou. Para apresentar a parceria e os implementos da KUHN, a Casa das Sementes realizou em setembro uma palestra na sede da empresa dirigida principalmente aos cafeicultores, onde foi apresentado o pulverizador Twister Mãozinha.


CAFÉ

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CAFÉ

Esqueletamento ou poda lateral seletiva em cafeeiros

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J.B. Matiello1 e Luciano Resende2

iversos tipos de podas podem ser empregados na lavoura cafeeira, destacando-se a recepa, o decote e o esqueletamento. As podas podem ser indicadas de forma geral, em todo o talhão, ou em linhas determinadas ou, mesmo, em plantas isoladas, ou poda por apreciação. No caso da recepa e do decote tem sido obtidos bons resultados na aplicação de poda por apreciação, especialmente nos casos de pequenas propriedades, pois é observada a real necessidade, verificada em cada planta, podando-se com o tipo e a

FOTOS: Fundação Procafé

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AUTORES

1 - Engenheiro Agrônomo da Fundação Procafé. Site: www.fundacaoprocafe.com.br 2 - Engenheiro Agrônomo do Programa Bule Cheio (FAERJ-Senar)

FOTO: Daniel Fernandes

Café Especial para Ciclistas

Acima, planta necessitando de poda (direita), ao lado de outra que não necessita. Abaixo, a mesma planta já esqueletada seletivamente (direita).

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m café especial, feito levando em consideração questões sociais e ambientais e que tem como principal diferencial ser um produto para ciclistas. Essa é a proposta do empreendimento idealizado por Carlos Eduardo de Faria Ronca, ou Cadu Ronca, como ele é conhecido. Um dos diferenciais desse empreendimento é o de reverter 10% de todo faturamento para projetos sociais do Instituto Aro Meia Zero. Outra característica interessante do empresário é o fato do mesmo não pretender expandir a marca a todo custo. Isso evidencia uma tendência cada vez maior entre pequenos empreendedores - construir um negócio para a vida inteira, não apenas para tornar-se atraente para investidores e outras empresas maiores. (FONTE: Estadão)

altura mais adequados, aproveitando as partes boas existentes. O conceito de poda por apreciação se baseia nos resultados de pesquisa e nas observações de campo, nos quais os melhores resultados de recuperação e de produtividade no póspoda são obtidos onde as plantas são menos cortadas, com isso aproveitando a estrutura e as reservas acumuladas na ramagem e folhagem, presentes nas partes não podadas dos cafeeiros. O esqueletamento/desponte é um tipo de poda lateral do cafeeiro, que visa renovar os ramos produtivos ou plagiotrópicos da planta. Ele vem sendo aplicado em larga escala na cafeicultura brasileira, principalmente para zerar a safra do ano seguinte à poda, concentrando a produção a cada 2 anos. Talvez por esta razão esta poda não venha sendo empregada, usualmente, de forma seletiva. Relata-se, aqui, duas experiências realizadas com poda por esqueletamento de modo seletivo, neste caso não só utilizando a poda em determinadas plantas, mas, principal-


FOTOS: Fundação Procafé

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Na foto a esquerda, cafeeiro precisando de esqueletamento seletivo em apenas parte da planta. À direita, o mesmo cafeeiro com o esqueletamento já realizado, mantendo sem poda grande parte da planta.

mente, cortando a ramagem lateral de apenas parte de uma determinada planta. O trabalho foi feito em pequenas plantações de cafeeiros catuai, na Chapada Diamantina (BA), e em Porciúncula (RJ), nos dois últimos anos agrícolas. Cada planta recebeu o corte de ramos laterais apenas na parte onde esses ramos se encontravam muito alongados, finos e com pouco crescimento em sua parte terminal, com entre-nós curtos, e, em muitos casos, com ponteiros secos. Os demais ramos, que apresentavam bom crescimento terminal, foram mantidos sem podas. Os ramos se encontravam concentrados na saia e, em certos casos, também no terço médio das plantas. Como resultado da aplicação do esqueletamento/desponte seletivo, em plantas separadas ou em parte da planta de cafeeiros, verificou-se que ocorre uma rápida brotação e recuperação dos ramos laterais podados, função da manutenção do restante da planta, vegetando e produzindo reservas, que evitam o stress devido a uma poda geral da planta, esta afetando diretamente a morte das raízes finas. Observouse, ainda, que plantas que não necessitarem ser podadas ou que foram podadas em ciclo anterior, continuam produzindo, sem problemas, até melhor, devido á abertura propiciada pelo esqueletamento de plantas ao lado. Verificou-se, ainda, que as partes não podadas de uma planta continuam

Esqueletamento seletivo dentro da mesma planta, sendo mantida a sua parte mais alta sem podar.

sua produção normal. Também, verificou-se que a poda parcial por esqueletamento é perfeitamente exequível, usando podadeira motorizada, dirigindo a área de corte do equipamento apenas para as plantas ou parte delas, conforme onde se queira cortar. Com base nos bons efeitos obtidos, pode-se projetar, ainda, com a adaptação de equipamentos, a viabilização do esqueletamento seletivo mesmo com máquinas tratorizadas, usando discos ou segadeiras menores, ou, mesmo, adotando o esqueletamento apenas de um lado da linha de plantas, isto no caso de chuva de granizo ou stress por carga, quando concentrados de um só lado das plantas/linhas.


CAFÉ

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segunda edição da Semana Internacional do Café (SIC), realizada em Belo Horizonte (MG), foi um sucesso. Iniciativa do Sistema FAEMG (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais), Café Editora e Sebrae, o evento reuniu mais de 12 mil visitantes e gerou mais de R$ 80 milhões em negócios e incremento. A proposta do evento foi o de reunir todos os segmentos da cafeicultura e buscar o fortalecimento e a valorização do setor produtivo. “Queremos que a atenção dos brasileiros se volte para o café, principal produto do nosso agronegócio e um dos maiores de toda a nossa economia. É fundamental unirmos o setor para dialogar e criar oportunidades de negócios, informação e inteligência de mercado, agregando valor à produção”, disse o presidente do Edgar Bressani, José Mendonça, Júlio Ferreira, Rodrigo Menezes, André Cunha, Ivan Barbosa, Sistema FAEMG, Roberto Simões. A valorização do café nacional pas- Alexandre Engler, Gabriel Borges e Tamara Nogueira. sa por todas as etapas da cadeia: da capacitação do produtor técnicos, rodadas de negócios, cursos, palestras e encontros”, ao apoio à certificação de origem e à comercialização por disse Caio Alonso Fontes, diretor da Café Editora, organizaqualidade. O evento é muito bem sucedido ao reunir eventos dor do evento. Ele lembrou, ainda, que o “apesar da queFOTOS: Editora Attalea Agronegócios

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Semana Internacional do Café reúne setor produtivo em Belo Horizonte (MG)


FOTOS: Editora Attalea Agronegócios

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bra da produção, temos um ano de preços mais equilibrados. Quem apostou em qualidade, está otimista. Acreditamos que crescerá o interesse em mais opções de investimentos, em recursos materiais e em conhecimento técnico e mercadológico”, disse. Além do Seminário Internacional DNA Café, é realizada a maior feira do setor – o 9º Espaço Café Brasil – que gera negócios e contribui com a formação do mercado de cafés de qualidade por meio dos eventos técnicos. O Espaço Café Brasil é uma plataforma de negócios para o mercado de cafés, com área para exposição, atra-

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ções focadas para os cafeicultores, cooperativas, torrefadoras, exportadores, varejistas, empreendedores, baristas e consumidores. Após a conquista do cafeicultor Antônio Grisi Sandoval, no ano passado, a cafeicultura da Alta Mogiana mais uma vez se fez presente no Espaço Café Brasil. Com o apoio das instituições pioneiras: Prefeitura Municipal e Sindicato Rural de Pedre-gulho (SP), várias outras instituições contribuiram para formalizar o projeto do estande regional da Alta Mogiana, como os sindicatos rurais de Franca (SP), de Altinópolis (SP), de Batatais (SP), de Patrocínio Paulista (SP) e de Itirapuã (SP). A Revista Attalea Agronegócios - parceira no projeto - se fez presente no estande da Alta Mogiana.

Jaguara organiza 2º Espaço Cafés Especiais

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om o objetivo de incrementar o cultivo e a produção de cafés especiais na Região da Alta Mogiana e sob a coordenação de Ivan Barbosa e Mogiana Assessoria em Cafés Especiais, os cafeicultores Fernanda Maciel e Orlando Belotti, de Pedregulho (SP) e a Borá Agropecuária, de Sacramento (MG), realizarão em 23 de outubro, o 2º Espaço em Jaguara de Cafés Especiais, no Parque Náutico de Jaguara (MG). O evento contará com palestra de Maurício Miarelli, presidente da COCAPEC, que discorrererá sobre o “Programa de Cafés Especiais da COCAPEC”. Em seguida, o especialista e consultor Carlos Brando abordará o tema “O mercado de café atual e as perspectivas dos cafés especiais brasileiros”. A segunda parte do evento destinará à comercialização de lotes de cafés especiais, sendo precedida de mesa de provação de 20 amostras de cafés com alta pontuação, dentro da escala da BSCA e, em seguida, acontecerá um leilão destes lotes, destinados às cafeterias nacionais e a expositores de cafés diferenciados. O Sebrae-SP irá coordenar um Encontro de Relacionamento e Negócios, onde produtores convidados assentarão com compradores, para oferecerem os lotes que possuem, dando início a estratégico relacionamento, que poderá nortear os seus negócios futuros. Maiores informações: Telefone (34) 3351-9150 ou pelo site www.cafesespeciaisdejaguara.com.br

FOTOS: Editora Attalea Agronegócios

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COCAPEC e AMSC realizam Concursos de Qualidade de Café

CAFÉS ESPECIAIS - Já a AMSC - Associação dos Produtores de Cafés Especiais da Alta Mogiana realiza, no próximo dia 04 de outubro, o evento de premiação dos vencedores do “12º Concurso de Qualidade do Café da Alta Mogiana - Edição Dr. Fábio de Salles Meirelles”. A proposta do concurso é o de selecionar os melhores cafés desta renomada região e incentivar os produtores na melhoria contínua de qualidade. Poderão participar do concurso somente os produtores de café Arábica estabelecidos na região da Alta Mogiana e que tenham propriedades nos municípios de Altinópolis, Batatais, Buritizal, Cajuru, Cristais Paulista, Franca, Itirapuã, Jeriquara, Patrocínio Paulista, Pedregulho, Restinga, Ribeirão Corrente, Santo Antônio da Alegria, Nuporanga, São José da Bela Vista, além dos municípios mineiros Capetinga, Cassia, Claraval, Ibiraci, Itamogi, Sacramento, São Tomaz de Aquino, São Sebastião do Paraíso. O Concurso será realizado nas categorias via seca (café natural), via úmida (cereja descascado) e Micro lote, preparado em qualquer das formas anteriores, proveniente de propriedade com até 15 hectares de área total, considerando todas as culturas existentes no local, condição que deverá ser atestada à coordenação do Concurso. A diretoria da AMSC divulgou na semana passada os pré-classificados em cada uma das categorias, sendo 44 cafeicultores na categoria Natural, 6 cafeicultores na categoria Cereja Descascado e 8 cafeicultores na categoria Micro Lote.

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FOTO: Blog Jacutinga

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cafeicultor da Alta Mogiana - seja no Estado de São Paulo ou em Minas Gerais além de ter o privilégio de produzir café em uma das principais regiões de café do Mundo, tem a oportunidade, mais uma vez, de ter o seu café também reconhecido pela qualidade de bebida, a partir da participarção nos Concursos de Qualidade de Café que estão sendo organizados na região. Preservando o seu objetivo principal de reconhecer e valorizar o trabalho e empenho dos cooperados na busca de excelência, a COCAPEC Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuaristas da Região de Franca (SP) divulga no próximo dia 10 de outubro os melhores classificados no “11º Concurso de Qualidade de Café - Seleção Senhor Café”. As cinco melhores amostras paulistas e mineiras, preparadas nas categorias via seca (natural) e via úmida (cereja descascado ou despolpado) poderão participar do “13º Concurso Estadual de Qualidade do Café de São Paulo” e do “11º Concurso de Qualidade de Cafés de Minas”, organizado pela EMATER-MG.


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A proposta é divulgar a necessidade do manejo nutricional de cafeeiros

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omprovando mais uma vez a força da parceria entre Campagro e Bio Soja, as empresas realizaram diversas palestras voltadas à cafeicultores na região da Alta Mogiana, incluindo participação no Concurso de Qualidade de Café de Santo Antônio da Alegria (SP). O trabalho e a postura adotados pela equipe de Responsáveis Técnicos de Vendas comprovam a preocupação das empresas em oferecer produtos de alta qualidade e performance ao produtor rural, em especial os cafeicultores. As dificuldades do agricultor já são muitas no seu dia a dia, mas é com o apoio desta equipe que eles vem superando as adversidades de preço, de mercado, de tecnologia, de Leandro Peixoto (Consultor de Vendas Campagro Ibiraci), Renato Passos Brandão (pesquisacontrole de pragas e doenças na agricultura. Como forma de promover ainda mais dor Bio Soja), Lucas de Andrade (Consultor de Vendas Campagro Ibiraci), Cássio Ricardo (Engº Agrônomo Bio Soja), José de Alencar Pereira (Gerente de Vendas filial Franca e Ibieste trabalho, Campagro e Bio Soja realizaram raci), Calimério (Engº Agrônomo Bio Soja) e Rodrigo Chiarelli (RTV Bio Soja). três palestras técnicas neste mês de setembro. Duas comandadas pela Drª Daniela Cristina Vitti, Engª (MG). Já o Engº Agrº Renato Passos Brandão (Pesquisador Agrônoma da Bio Soja, sendo em Pedregulho (SP) e Ibiraci daBio Soja) comandou a palestra em Franca (SP). FOTOS: Editora Attalea Agronegócios

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Campagro e Bio Soja organizam eventos para cafeicultores na região

José de Alencar Pereira (centro) e cafeicultores presentes na palestra no Parque de Exposições “Fernando Costa”, em Franca (SP)

Participação da Campagro e Bio Soja no Concurso de Qualidade de Café em Santo Antônio da Alegria (SP)

Daniela Cristina Vitti em palestra realizada em Ibiraci (MG)

Daniela Cristina Vitti em palestra realizada em Pedregulho (SP)


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´Inventor´ do café adensado se mantém fiel ao sistema 40 anos depois

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FOTO: Blog O Diário

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uando decidiu plantar café, nos anos 70, o contabilista Manoel Tadashi Hirata foi chamado de louco. Primeiro porque ele, embora tenha nascido na roça, não entendia nada de agricultura, segundo porque naquele momento o Paraná inteiro estava erradicando os cafezais queimados pelas geadas de 1975, depois porque ele estava realmente fazendo uma loucura: decidiu plantar 6,5 mil covas por alqueire, quando qualquer cafeicultor experiente e ajuizado plantaria apenas 1,5 mil. Manoel Hirata usou cálculos matemáticos para definir a posição de cada planta e conseguiu produzir quatro vezes mais do que pelo sistema tradicional Foto: Douglas Marçal Mas, quem o chamava de louco mudou de ideia quase quatro anos depois, no dia em que uma caravana de engenheiros agrônomos da Cooperativa Agrícola de Cotia (CAC), uma das mais respeitadas do Brasil na época, chegou ao pequeno sítio de 5 alqueires em Astorga, na estrada para Jaguapitã, para conhecer o sistema de plantio adensado e como Hirata conseguia produzir 4 vezes mais do que cafeicultores tradicionais. Enquanto pelo sistema tradicional se apurava de 10 a 15 sacas de café limpo, Hirata colhia acima de 50. Nos anos seguintes chegaram técnicos de outras cooperativas, foram realizados dias de campo no sítio e até proprietários de terras de Minas Gerais e Espírito Santo, que na época iniciavam a cafeicultura, vinham em caravanas a Astorga. O café adensado de Hirata ganhou divulgação no Brasil inteiro e serviu para comprovar o que cientistas do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) e de outros centros de pesquisas do café vinham pregando havia anos, mas não conseguiam convencer, principalmente depois das geadas de 1975. No início, Hirata não foi tão confiante de que sua loucura daria certo. Antes de plantar 6,5 mil pés de café no lugar de 1,5 mil, ele tratou de garantir renda para a propriedade com uma granja para produzir ovos. Todos os dias, ele entrega no mercado entre 25 e 30 caixas, com 300 ovos cada uma. Além disto, ele é contador e tem um dos mais conhecidos escritórios de Astorga, é também administrador de empresas, advogado, tem pós-graduação em Administração de Empresas e Licenciatura em Magistério. “Eu não era cafeicultor, por isto usei a lógica, a matemática, para fazer minhas experiências”, conta ele, com a prática de quem já proferiu centenas de palestras às caravanas que visitam sua propriedade. “Calculei os espaços, a posição que ficaria cada planta, como seriam feitos os esqueletamentos para a entrada de luz e quando uma planta deveria ser substituída”. Hirata percebeu também que em um ano dá boa colheita, no seguinte a produção é fraca porque o galho que produziu neste ano não produzirá no mesmo espaço no ano que vem. Assim, os esqueletamentos são alternados entre as plantas e a cada ano um pé de cada quatro será retirado e substituído por uma muda nova. Assim, o cafezal nunca envelhecerá e nem estará inteiramente esqueletado. Na ordem do esqueletamento e da substituição das plantas está um dos segredos do sucesso do adensamento Aos 83 anos e tão ativo hoje quanto na época em que virou cafeicultor, dono de 26 mil pés de café e 500 galinhas poedeiras em apenas 5 alqueires, Manoel Hirata diz que “o

adensamento deu certo, dei minha contribuição à cafeicultura brasileira em um momento em que a maioria dos produtores desistiam da atividade, e agora estou investindo em qualidade do café”. Ele diz que está experimentando novos tratos culturais para chegar a uma bebida cada vez melhor. (FONTE: Blog odiario.com)


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Fungo ameaça produção de café orgânico

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FOTO: Victor J. Blue / Bloomberg

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eodomiro Melendres Ojeda, um produtor de café orgânico em Cajamarca, Peru, está numa encruzilhada. Nenhum dos caminhos possíveis é atraente. O fungo da ferrugem do café, conhecido como “roya” em espanhol, devastou um terço da sua safra. Melendres, pode usar produtos químicos para matá-lo, porém corre o risco de perder sua certificação orgânica e o prêmio de 10% sobre os preços que ela traz. Ou ele pode preservar a certificação e deixar que suas plantas morram. “Nós, os cafeicultores, estamos entre a cruz e a espada”, disse Melendres. O aquecimento global tem favorecido o fungo, permitindo que floresça em alturas outrora inóspitas. O pior surto mundial em 30 anos tem diminuído os rendimentos e a receita e causado a demissão de trabalhadores, do Peru ao México. Produtores orgânicos enfrentam perdas adicionais. Eles estão buscando formas de salvar suas fontes de subsistência e, ao mesmo tempo, evitar o uso de soluções químicas. A ferrugem do café está chegando a alturas mais elevadas em toda a América Latina. Na Guatemala, por exemplo, antes o fungo florescia somente até 914 metros acima do nível do mar, disse Nils Leporowski, presidente da Associação Nacional do Café (ANACAFÉ). Agora, o fungo pode ser encontrado até a 1.828 metros, disse ele. A redução da produção deixou até 437.000 funcionários do café sem emprego na América Latina desde 2012, segundo a PROMECAFE, fundação de pesquisa com sede na Cidade da Guatemala. O crescimento no consumo de café orgânico nos Estados Unidos tem desacelerado, segundo dados de membros da Associação de Comércio Orgânico (OTA), com sede em Brattleboro, Vermont. As vendas nos EUA aumentaram 7% entre 2012 e o ano passado, alcançando US 349 milhões, frente a um crescimento de 30% entre 2011 e 2012, segundo a associação. A taxa de crescimento continuará declinando neste ano por causa do fungo, e os preços poderiam aumentar devido à redução da oferta, disse a OTA. Para que tenham o rótulo de orgânicos nos EUA, os grãos devem ser cultivados durante três anos sem o uso de pesticidas sintéticos nem de outras substâncias proibidas, com um plano de rotação das culturas sustentável que controle as pragas e evite a erosão e o esgotamento dos nutrientes do solo, segundo a OTA. A doença, detectada pela primeira vez na América La-

tina na década de 1970, é causada pelo fungo Hemileia vastatrix. Ela interrompe a fotossíntese da planta e impede que os grãos amadureçam completamente. A ferrugem do café devastou cultivos entre 2009 e 2012 na Colômbia, segunda maior produtora mundial de café arábica, o que elevou os preços dos grãos preferidos pela Starbucks Corp. a seu valor mais alto em 14 anos em 2011. A doença se espalhou para a América Central, o Peru e o México, e, combinado com uma seca no maior produtor do mundo, o Brasil, elevou os preços nos primeiros meses deste ano aos valores mais altos em 26 meses. A impossibilidade de se adaptar às mudanças climáticas provocaria “grandes perdas econômicas em toda a cadeia de abastecimento” e perturbações sociais, segundo a World Coffee Research, um programa de desenvolvimento administrado pelo Instituto de Agricultura Internacional Norman Borlaug, da Texas A&M University System, em College Station. O preço médio de varejo do café nos EUA foi de US 15,23 por quilo nas quatro semanas finalizadas em 10 de agosto, segundo dados compilados pela Bloomberg. O café orgânico é mais caro. A Costco. Wholesale Corp. oferece um pacote de 2,27 quilos de café preto orgânico torrado cultivado em Chiapas, México, a US$ 42,04, ou US$ 18,52 por quilo. Na Guatemala, a nona maior produtora mundial, 70% da área plantada foi infestada, o que aumentou em média 10% os custos de produção, segundo Leporowski da ANACAFÉ. Melendres, o fazendeiro peruano, decidiu continuar produzindo de modo orgânico para ganhar seu prêmio nos preços, apesar de que 40% da safra no Peru tenha sido afetada, segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). “Os agroquímicos somente detêm as pragas temporariamente”, disse ele. “E eles trazem muitos outros problemas”. (FONTE: Marvin G. Pérez | Bloomberg)


FINANÇAS

Contribuição de produtor rural para o Funrural é inconstitucional, decide STJ

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ALINHAMENTO - O relator do caso no STJ, ministro Sérgio Kukina, reconheceu que a jurisprudência da 1ª Seção da corte se consolidou no mesmo sentido do acórdão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, mas defendeu a mudança de entendimento para alinhar a posição do STJ a do STF. No julgamento do Recurso Extraordinário 596.177, com repercussão geral, o STF declarou a inconstitucionalidade do artigo 1º da Lei 8.540, que previa o recolhimento de

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FOTO: Valor Econômico

Superior Tribunal de Justiça reconheceu a extinção definitiva da contribuição ao Fundo de Apoio ao Trabalhador Rural (Funrural) incidente sobre a comercialização da produção do empregador rural (pessoa física). Assim, ao julgar Recurso Especial, a 1ª Turma do STJ, por maioria de votos, decidiu alinhar sua posição a do Supremo Tribunal Federal. O recurso foi interposto por um contribuinte que, além de pedir o reconhecimento de que a retenção e o recolhimento da contribuição foram extintos, reivindicou o ressarcimento dos valores recolhidos desde o fim do Funrural, em 1991. O Tribunal Regional Federal da 4ª Região negou o pedido, afirmando que a contribuição incidente sobre o valor comercial dos produtos rurais, a cargo do empregador rural pessoa física, teria sido extinta pela Lei 8.213/91, mas restabelecida a partir da vigência da Lei 8.540/92. Segundo o acórdão, com a edição da Lei 8.540, os produtores rurais empregadores pessoas físicas voltaram a recolher a contribuição sobre a comercialização de produtos. Entretanto, o contribuinte defendeu no recurso especial que a norma não recriou o Funrural, mas instituiu uma nova contribuição de financiamento da seguridade social.

contribuição para o Funrural sobre a receita bruta proveniente da comercialização de produção rural de empregadores pessoas físicas. O ministro afirmou que os julgamentos do STF com Repercussão Geral e sob o rito do artigo 543-B do Código de Processo Civil “devem servir de qualificada orientação jurisprudencial para os demais órgãos do Poder Judiciário. Isso porque, a despeito da ordem constitucional permitir a divergência das instâncias inferiores frente a esses precedentes, é de todo contraproducente que os demais órgãos da Justiça brasileira não sigam a orientação firmada pelo STF em matéria idêntica”. O ministro concluiu: “Diante da previsão do parágrafo único do artigo 481 do CPC, que dispensa a reserva de plenário para declaração de inconstitucionalidade de lei assim já declarada pelo STF, reconheço a inconstitucionalidade do artigo 1º da Lei 8.540”. (FONTE: Revista Consultor Jurídico)


FRUTICULTURA

Edson Shigueaki Nomura1, Erval Rafael Damatto Junior2 e Eduardo Jun Fuzitani3

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bananeira (Musa spp.), pertencente à família Musaceae, é uma das fruteiras mais comuns nos países tropicais e seu fruto um dos mais consumidos no

FOTOS: Edson Shigueaki Nomura

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FOTOS: Luis Alberto Saes

Novos cultivares e híbridos de bananeira mundo. O interesse pelo cultivo de bananeiras tem crescido consideravelmente nas últimas três décadas por apresentar rápido retorno do capital investido e fluxo contínuo de produção a partir do primeiro ano de cultivo, o que o torna atraente para os agricultores. A cultura da banana também tem grande importância no aspecto social, constituindo importante fonte de renda dos pequenos e médios produtores e da alimentação da população de baixa renda. Figura 1 - Planta com cacho (esquerda) e cacho (direita) da bananeira ‘Nanicão IAC 2001’. A Sigatoka-negra constitui um dos fatores limitantes da produção de banana em todas as partes do produtores para melhorar o controle da doença na região mundo. Esta é uma doença causada por fungos que atacam as é a utilização de cultivares de bananeiras resistentes ou tofolhas da bananeira provocando estrias marrons e manchas lerantes a esta doença, sendo a estratégia ideal do ponto de necróticas negras que reduzem os tecidos fotossintetizantes, vista econômico e de preservação do meio ambiente, principrovocando amarelecimento precoce dos frutos no cacho e, palmente para regiões onde a bananicultura é caracterizada pelo baixo nível de adoção de tecnologias e com baixo reconsequentemente, perdas dos rendimentos brutos. Com a entrada da Sigatoka-negra nos bananais pau- torno econômico. Alguns materiais de bananeira se destacaram com calista no ano de 2004, houve grandes prejuízos aos pequenos e médios produtores, principalmente aqueles que não racterísticas agronômicas e/ou fitossanitárias favoráveis, tais possuem recursos financeiros, e consequentemente não como ‘Nanicão IAC 2001’, ‘Thap Maeo’, ‘FHIA 17’, ‘FHIA podem utilizar todas as tecnologias disponíveis para o con- 18’, ‘BRS Princesa’, ‘BRS Platina’. trole desta doença. Uma das alternativas para esses pequenos ‘NANICÃO IAC 2001’ (Subgrupo Cavendish AAA) Selecionado pelo Instituto Agronômico de Campinas AUTORES (IAC), pelo Dr. Raul S. Moreira. Apresenta altura entre 2,5 1 - Engº Agrº, Me., PqC do APTA - Vale do Ribeira. Email: edsonnomura@apta.sp.gov.br e 4,0 metros e o diâmetro do pseudocaule a 30 cm acima 2 - Engº Agrº, Dr., PqC do APTA - Vale do Ribeira. Email: erval@apta.sp.gov.br do nível do solo varia de 24 a 26 cm. Os cachos apresentam 3 - Engº Agrº, Me., PqC do APTA - Vale do Ribeira. Email: edufuzitani@apta.sp.gov.br formato quase cilíndrico, sendo que as bananas já granadas ficam com suas extremidades distais voltada para cima. A massa fresca do cacho varia de 20 e 25 kg e o número de pencas de 8 a 10 (Figura 1). A casca da fruta quando madura é de coloração amarela clara, a polpa é um pouco farinácea e de cor levemente creme, cujo paladar é menos adocicado que a Nanicão comum. Além disso, é três vezes mais rica em vitamina C do que a Nanicão comum. Após a climatização, conserva-se cerca de 4 a 5 dias a mais que a Nanicão comum. É considerado resistente à Sigatoka amarela e tolerante à Sigatoka negra, pois na colheita apresenta até oito folhas vivas e sem sinais de necrose destas doenças na região Sudeste, porém na região Norte, esta cultivar é considerado suscetível. Além disso, apresenta-se tolerante ao mal do Pana-má (Fusarium oxysporum) e susceFigura 2 - Planta com cacho, penca e fruto da bananeira ´Thap Maeo’. tível ao Moko (Ralstonia solanacearum).


FOTOS: Edson Shigueaki Nomura

FRUTICULTURA

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Figura 3 - Planta com cacho (esquerda), o cacho (centro), penca e fruto (direita) do Híbrido ‘FHIA 17’.

Apresenta ainda, baixa tolerância ao ataque da broca das bananeiras e do nematóide cavernícola (Radopholus similis). ‘THAP MAEO’ (Grupo AAB) Esta cultivar foi selecionada pela EMBRAPA Mandioca e Fruticultura, em Cruz das Almas (BA). Variante da Mysore, ela apresenta pseudocaule menos manchado, mais vigoroso e cachos maiores. Apesar de rústica, recomenda-se que seu cultivo seja feito em solos profundos, bem drenados e realizando as adubações de rotina. Em avaliação realizada em dois ciclos de produção na APTA Polo Vale do Ribeira, Pariquera-Açu (SP), esta cultivar apresentou porte alto (média de 4,0 m no 1º ciclo e 5,2m no 2º ciclo), diâmetro do pseudocaule a 30 cm acima do nível do solo de 24,4 cm (1º ciclo) e 32,0 cm no 2º ciclo. A massa fresca do cacho variou de 18 a 22 kg, mas pode atingir de até 35 kg, com cerca de 12 a 15 pencas e de 210 a 280 frutos/cacho (Figura 2). A capacidade produtiva pode atingir de 30 a 35 t/ha, quando cultivada em solos de boa fertilidade em condições de sequeiro, usando as práticas culturais recomendadas para a cultura. Quando cultivados em solos de baixa fertilidade na região Amazônica, apresentam um bom grau de rusticidade, com produtividade na faixa de 25 t/ha. Possui alta resistência às Sigatokas amarela e negra e ao mal-do-Panamá, sendo moderadamente resistente à broca das bananeiras e ao nematóide cavernícola. ‘FHIA 17’ (híbrido tetraplóide AAAA) Este híbrido é uma bananeira do tipo Gros Michel desenvolvido em 1989 pela Fundación Hondureña de Investigación Agrícola (FHIA), sendo consumida como fruta fresca e os frutos maduros têm sabor parecido ao da Gros Michel. Plantas cultivadas na fazenda experimental da APTA - Pólo Vale do Ribeira apresentaram altura entre 3,5 m (1º ciclo) e 4,0 m (2º ciclo), com pseudocaule cilíndrico com

diâmetro de 30,0 cm (1º ciclo) a 33,3 cm (2º ciclo) e folhas decumbentes. O cacho é cilíndrico e a massa fresca do cacho variou de 30,0 a 36,0 kg, com 180 a 210 frutos por cacho, distribuídos em 10 a 12 pencas. Os frutos apresentam coloração verde claro, semi-curvos, de 20 a 24 cm de comprimento (Figura 3). A fruta madura é de cor amarelo claro e a polpa é de cor creme. A casca das bananas ao amadurecer tem uma coloração amarelo claro bastante atrativa, com uma textura da polpa suave e cremosa, de cor creme claro com sabor parecido aos das cultivares Cavendish. Adicionalmente ao seu consumo em forma fresca, a banana madura pode bem ser usada como purê para alimento de crianças. Também é recomendado seu uso em salada de frutas, porque ao cortar em rodelas, não oxida como as cultivares de bananas comerciais de Cavendish. Este híbrido é tolerante a Sigatoka-negra e resistente ao mal-do-Panamá. É moderadamente resistente aos nematóides. Por sua tolerância às principais doenças, este híbrido pode ser cultivado em sistema orgânico e pode ser uma boa alternativa para agricultura de subsistência, já que não necessitam de aplicações de fungicidas nem tecnologia sofisticada. ‘FHIA 18’ (híbrido tetraplóide AAAB) Desenvolvida pela Fundación Hondureña de Investigación Agrícola (FHIA), apresenta sabor semelhante ao da banana ‘Prata Anã’. A altura da planta variou de 2,7 m (1º ciclo) e 3,5 m (2º ciclo), com pseudocaule vigoroso e resistente (diâmetros de 21,6 cm e 27,1 cm, respectivamente) (Figura 4). A massa fresca do cacho variou de 15,0 a 20,0 kg, com 130 a 170 frutos por cacho em 9 a 11 pencas, quando cultivados em Pariquera-Açu (SP) (APTA - Polo Vale do Ribeira). As bananas maduras apresentam a casca com coloração amarela muito atraente, com textura da polpa suave e cor creme. A banana madura pode ser usada como purê para


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FOTOS: Edson Shigueaki Nomura

FRUTICULTURA

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Figura 3 - Planta com cacho (esquerda), o cacho (centro), penca e fruto (direita) do Híbrido ‘FHIA 18’.

alimento de crianças. Apresenta média tolerância a Sigatokaamarela, resistência a Sigatoka-negra e ao mal-do-Panamá. ‘BRS ‘PRINCESA’ (híbrido tetraplóide AAAB) Este híbrido é resultante de cruzamento da cultivar Yangambi nº 2 com o híbrido diplóide M53 (AA), criado pela EMBRAPA Mandioca e Fruticultura, em Cruz das Almas (BA). O cultivo deste híbrido na fazenda experimental da APTA - Polo Vale do Ribeira (Pariquera-Açu/SP) apresentou plantas de porte alto (1º ciclo: 3,8 m e 2º ciclo: 5,0 m), pseudocaule vigoroso e resistente (25 a 30 cm de diâmetro). A massa fresca do cacho variou de 10 a 15 kg e os frutos são maiores e mais grosso do que a banana ‘Maçã’ (12 a 16 cm de comprimento e 32 a 34 mm de diâmetro), com sabor semelhante ao da banana ‘Maçã’ (Figura 5). Apresenta-se resistente às Sigatokas amarela e negra e tolerante ao maldo-Panamá.

FOTOS: Edson Shigueaki Nomura

FOTOS: Edson Shigueaki Nomura

‘BRS PLATINA’ (híbrido tetraplóide AAAB) Este híbrido é resultante de cruzamento da cultivar Prata-anã com o híbrido diplóide M53 (AA), desenvolvido pela EMBRAPA Mandioca e Fruticultura, em Cruz das Almas (BA).

Em avaliação realizada em dois ciclos de produção na APTA Polo Vale do Ribeira, Pariquera-Açu (SP), apresentou plantas de porte alto (1º ciclo: 2,8 m; 2º ciclo: 3,5 m), pseudocaule vigoroso e resistente (25 a 30 cm de diâmetro). A massa fresca do cacho variou de 16,0 a 20,0 kg e os frutos são maiores e mais grosso do que a ‘Prata-anã (18 a 22cm de comprimento e 34 a 36 mm de diâmetro) (Figura 6). Apresenta-se resistente ao mal-do-Panamá e suscetível às Sigatokas amarela e negra. Estes novos cultivares e híbridos apresentam muitas vantagens, principalmente em relação à tolerância as principais doenças que ocorrem em bananeiras, não sendo necessária a aplicação de fungicidas para o seu controle, com menor custo de produção e garantia de fruta isenta de contaminantes químicos. Além disso, podem ser utilizados em cultivo orgânico. Apesar destas vantagens, a aceitação destes novos materiais pelo mercado consumidor ainda é dificultada, por falta de marketing ou simplesmente por apresentarem sabor diferente as cultivares tradicionalmente comercializados (Nanica e Prata). Informações: www.aptaregional.sp.gov.br

Figura 5 - Planta (esquerda), penca (acima à direita) e fruto (abaixo à direita) do Híbrido ‘BRS Princesa’.

Figura 6 - Planta (esquerda) e cacho (direita) do Híbrido ‘BRS Platina’.


EVENTOS

1ª Festa do Cavalo de Franca (SP) abrigará as principais atividades esportivas equestres

À direita, Alexandre Ferreira, prefeito de Franca (SP), idealizador do evento, promove o lançamento da 1ª Feira do Cavalo de Franca em seu gabinete, ao lado do vice-prefeito, Fernando Baldochi.

ser divulgado pela comissão. Durante o evento, já foram definidas a realização de quatro atividades principais: as provas de Team Penning, as provas de Três Tambores, a prova promocional de Hipismo Clássico, um Grande Prêmio de Corridas Hípicas e o Rodeio em Carneiros. As provas de Team Penning acontecerão no sábado e no domingo, dias 08 e 09 de novembro, na pista nº 1 (principal) e serão realizadas pelo Rancho FT, dos empresários Fábio Pimenta e Paulo Toledo. A entidade está sediada em Cristais Paulista (SP) e é muito respeitada no setor e em toda a região, principalmente por ter sido campeões no Circuito de Rodeios de Barretos nos últimos anos. As provas seguirão o regulamento da ABQM - Associação Brasileira de Quarto de Milha e as inscrições serão realizadas durante o even-

FOTO: ABQM

FOTO: Liga de Corridas Hípicas

Fivelas: Modelo de premiação adotado pela Comissão Organizadora.

Trio de competidores em prova de Team Penning.

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FOTO: Assessoria Comunicação

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lanejada pelo prefeito Alexandre Ferreira desde o início de seu mandato, em 2013, a 1ª Festa do Cavalo de Franca será realizada de 06 a 09 de novembro, nas dependências do Parque de Exposições “Fernando Costa”, em Franca (SP) e visa promover o “Complexo do Agronegócio Cavalo”, fortemente baseado em Franca e toda vários outros municípios circunvizinhos. A proposta é o de promover as atividades esportivas equestres que são praticadas regularmente na região de Franca (SP), aliando-as à realização de atividades musicais e de diversão para a população. “Queremos dar ênfase às atividades econômicas envolvidas na Cadeia Produtiva do Cavalo da região, como a comercialização de insumos do setor - como lojas e revendas de ração, medicamentos, roupas, botas, selas, acessórios, feno e pastagem -, e os profissionais do setor - como médicos veterinários, zootecnistas, tratadores, transportadores, empresários de escolas de hipismo e as diversas pessoas envolvidas na equipe operacional”, explicou o prefeito Alexandre Ferreira. A realização do evento é da Prefeitura de Franca em parceria com a Associação dos Produtores Rurais do Paiolzinho e a Câmara Municipal de Franca. Dentre as atividades já definidas pela Comissão Organizadora, a primeira será a escolha da Rainha e das Princesas da 1ª Festa do Cavalo de Franca. O evento de lançamento e escolha da rainha acontecerá em outubro, em data e local a

Dupla disputa prova no circuito de Corridas Hípicas


FOTO:Divulgação ABQM

FOTO:Divulgação

EVENTOS

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Competidora em prova de Três Tambores

to. A premiação total é superior a R$ 30 mil reais, além das fivelas e troféus dos campeões, equiparando-se à premiação das principais provas da modalidade disputadas atualmente. As provas de Três Tambores acontecerão no sábado, dia 08 de novembro, na pista nº 2, e serão realizadas pela MN Provas Cronometradas, dos empresários Miguel Camargo e Nei Batista. A empresa está sediada em Colina (SP) e também é muito respeitada no setor, principalmente por organizar provas em todo o Brasil, principalmente em Avaré (SP). As provas seguirão o regulamento da ABQM - Associação Brasileira de Quarto de Milha e as inscrições serão realizadas durante o evento. A premiação total é superior a R$ 10 mil reais, além das fivelas e troféus dos campeões, o que atrairá competidores de diversos municípios da região. As provas de Hipismo Clássico acontecerão no domingo, dia 09 de novembro, na pista nº 2, e serão realizadas pela Equestrian Center, do empresário Fabiano Meneghetti. A empresa está sediada em Franca e organiza durante o ano um campeonato com 8 etapas, envolvendo todos as escolas de hipismo de Franca e atraindo participantes de Ribeirão Preto (SP), São Joaquim da Barra (SP), Orlândia (SP), Cristais Paulista (SP) e Ituverava (SP). A premiação total é superior a R$ 8 mil reais. Uma das grandes atrações da Festa do Cavalo de Franca será o Grande Prêmio de Corridas Hípicas. O evento está sendo organizado com esmero pela Liga de Corridas Hípicas, que reúne a diretoria dos 7 clubes participantes do campeonato regional, a saber: Clube Hípico Areia, Clube Hípico de Claraval, Clube Hípico de Cristais Paulista, Clube Hípico de Franca, Clube Hípico Nove de Julho, Clube Hípico Ribeirão Corrente e Clube Hípico Seis de Abril. De acordo

com Helder Souza Gomes, diretor da Liga de Corridas Hípicas, a proposta é realizar um Grande Prêmio que reunirá uma disputa festiva com todas as modalidades já reunidas na modalidade (chapéu, lenço, bandeira e agilidade). Já com relação ao Rodeio em Carneiros, a Comissão Organizadora pretende promover a diversão para o público e para os participantes. Definiu a contratação de um profissional capacitado na modalidade, o ex-peão Plínio Paçoca, com conhecimento na atividade por ter sido 77 vezes finalista quando participava do circuito de rodeios em todo o Brasil. O evento abrigará a participação de crianças até 7 anos, com inscrição feita no dia, na pista nº 1 (principal). Maiores informações sobre a 1ª Festa do Cavalo de Franca estão no site www.festadocavalodefranca.com.br ou no facebook www.facebook.com/festadocavalodefranca

FOTO:Divulgação Sociedade Hípica SP

O Rodeio em Carneiros será uma atração a parte no evento.

O charme e estilo do Hipismo Clássico marcarão presença no evento.

CURSOS - Dando continuidade ao seu perfil de ampliar a realização de cursos em diversos setores da economia da cidade, o prefeito Alexandre Ferreira planejou também a realização de cursos de qualificação do setor durante o evento. Assim, serão realizados três cursos específicos. O primeiro, organizado pela ABH - Associação Brasileira de Hipismo e pela Equestrian Center, será realizado Vailton Jaci Cordeiro, o “Baíca”, para os interessados em ser “Desenhador de Percurso de Salto”. O segundo, para os competidores das provas de Três Tambores, onde o treinador Paulo Camilo, através do apoio da ABQM - Associação Brasileira de Quarto de Milha, realizará um curso especifico para os competidores da modalidade, com orientações de profissionais capacitados para garantir o sucesso na atividade. Já para os muladeiros, a grande novidade será a realização de um curso para os interessados em participar de julgamentos em competições oficiais com muares. Todas as informações a respeito destes cursos estarão à disposição dos interessados em breve, no site do evento. DIVERSÃO - Além das atividades equestres esportivas, a Prefeitura de Franca definiu, através de licitação pública, a realização de shows artísticos, além do funcionamento de uma boate country, a praça de alimentação e do parque de diversões para crianças. O edital de licitação foi publicado no início de setembro (http://www.franca.sp.gov.br:8084/siteprefeitura/Licitacoes/120140069/CC%2069%20EDITAL.pdf), com abertura formalizada para o dia 06 de outubro, onde será conhecida a empresa responsável pela organização de todas as atividades elencadas.


EQUINOS

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GERAL

50 FOTO: Editora Attalea Agronegócios

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FOTO: Carplace - Land Rover

1ª Mega Exposição Mangalarga Produtores rurais podem adquirir Marchador Alta Mogiana será Freelander 2 pelo programa de realizada em Franca (SP) vendas corporativas

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om três dos mais renomados árbitros de marcha (Márcio Meirelles Leite, Diego Rodrigues Vitral e Bruno Fillipe de Souza) e outro expert em morfologia (Roberto Alves Ribas), acontecerá de 29 de setembro a 04 de outubro próximo a 1ª Mega Exposição Mangalarga Marchador da Alta Mogiana. O evento será realizado pelo Núcleo Marchador da Alta Mogiana, no Parque de Exposições “Fernando Costa”, em Franca (SP). No início de setembro, todos os membros da nova diretoria do Núcleo Marchador da Alta Mogiana formalizou a parceria com o prefeito Alexandre Ferreira e a partir de agora a raça Mangalarga Marchador passa a contar com “uma nova casa”: o Parque de Exposições “Fernando Costa”. Quem ganha com isto são os criadores da raça, principalmente os sediados em Franca (SP), como Guilherme Maranha, Marcelo, Marta e José Luis. Mas ganha também a população e a economia da cidade, onde a Prefeitura volta a incentivar o turismo de negócios, seja no setor de hotelaria, de gastronomia, no comércio e serviços em geral, principalmente na compra de calçados. Além dos julgamentos, a Mega Exposição contará ainda com uma palestra técnica sobre a “Nova Prova Funcional”, ministrada por Roberto Naves. Teremos ainda um Shopping de Animais, Test Ride, leilão de animais comandados pela 3Barras com transmissão ao vivo pelo Canal Terra Viva e muitos prêmios. Maiores informações com Luciano Rocha, da equipe 3Barras, pelo telefone (15) 9.8128-2524 ou pelo e-mail: lucianorocha29@hotmail.com.

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rodutores rurais, que declaram o Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR), podem adquirir o Freelander 2 por intermédio do programa de vendas corporativas a partir deste mês. Para compras desse modelo, a Jaguar Land Rover oferece benefícios especiais. “O Freelander 2, com motores diesel ou gasolina, é ideal para empresas que precisam de conforto, economia e resistência no dia a dia, especialmente em deslocamentos rurais. Por esse motivo, além de estender a política de vendas corporativas ao modelo, também ampliamos os benefícios para quem procura especificamente o Freelander 2”, explica Ruben Barbosa, diretor de Operações da Jaguar Land Rover Brasil. As vantagens de compra e pós-venda oferecidas pela Jaguar Land Rover envolvem faturamento direto da Jaguar Land Rover — com descontos que podem chegar até 12% —; atendimento na rede de concessionários com executivo de vendas especializado, serviços e preços diferenciados, além de empréstimos especiais nos concessionários participantes. A linha Freelander 2 é equipada com motor 2.2 SD4 turbodiesel de 190 cv de potência que oferece desempenho impecável, consumo eficiente e renomada autonomia. O propulsor está em acordo com as atuais normas brasileiras de emissões e pronto para receber o combustível S50 ou S10. Podem participar também deste programa as empresas de pequeno, médio e grande porte, locadoras e produtores rurais. (FONTE: Ketchum Estratégia)


ARTIGO

GARANTIAS NO CRÉDITO RURAL (Parte 3) - HIPOTECA Luis Felipe Dalmedico Silveira - Sócio na empresa MTC Advogados. [ felipe@mtcadv.com.br - www.mtcadv.com.br ]

E

m nossas duas últimas colunas, abordamos os tipos de penhor admitidos pela Lei nº 4.829/65 como instrumentos de garantia para operações de crédito rural: o penhor agrícola e pecuário e o penhor industrial e mercantil. Esgotados os temas relevantes sobre os tipos de penhor de que falamos acima, seguimos, então, para outro tipo de garantia comumente utilizada em operação de financiamento rural e que é admitida pelo art. 25, VIII da Lei nº 4.829/65: a hipoteca. A hipoteca, tal qual o penhor, é regulado, de forma geral, pelo Código Civil brasileiro (Lei nº 10.406/2002). Especificamente, no entanto, distingue-se do penhor em razão do objeto sobre o qual incide a garantia. O penhor, regra geral, recai sobre bens móveis – e os tipos de penhor, como vimos, serão diferentes entre si, conforme são distintos os tipos de bens oferecidos como garantia -, enquanto a hipoteca, a princípio, incide sobre bens imóveis. Há, no entanto, exceções: a hipoteca pode incidir sobre navios e aeronaves, por exemplo (art. 1.473, VI e VII do Código Civil). Por incidir, em regra, sobre bens imóveis, a hipoteca é constituída por meio de registro do respectivo título junto ao Cartório de Registro de Imóveis da comarca onde o imóvel esteja localizado (art. 1.492 do Código Civil). Neste ponto, vale uma ressalva: diferentemente do penhor, a Lei nº 4.829/65 também exige que, para efeitos de validade entre as partes, o documento que constitui a hipoteca seja levado a registro (art. 28) – é preciso lembrar que, embora o Código Civil exija o registro para efeitos de constituição do direito real de penhor, a Lei nº 4.829/65 dispensa o registro, pelo menos para a validade da garantia entre as partes. Um ponto importante aplicável a todas as garantias reais, mas em especial, à hipoteca, diz respeito à sua indivisibilidade: a menos que isso conste expressamente do título, o pagamento parcial do financiamento contratado não exonera parcialmente a hipoteca pendente sobre o imóvel dado

em garantia (art. 1.421 do Código Civil). Isto quer dizer, portanto, que a hipoteca, em regra, não terá sua incidência reduzida para somente uma pequena parcela do imóvel se grande parte da dívida tiver sido paga. Havendo inadimplemento, o credor seguirá tendo preferência para excutir integralmente a coisa (isto é, aliená-la junto a terceiros), devolvendo ao tomador do crédito a parte do valor que exceder à necessária para pagamento da dívida. A propósito disso, é importante frisar que a hipoteca, por si só, não confere ao credor o direito de apropriar-se do imóvel, em caso de não pagamento da dívida – o chamado “pacto comissório” (art. 1.428 do Código Civil). Frise-se, mais uma vez, que o que a hipoteca confere é preferência para venda da coisa dada em garantia. O credor hipotecário só ficará com o imóvel, caso ambas as partes realizem uma operação de dação em pagamento, em que o credor aceita receber do devedor prestação diversa da que lhe foi prometida (art. 356 do Código Civil) – vale lembrar que o que é prometido pelo devedor, em tais operações, é a restituição do dinheiro emprestado pela instituição financeira na operação de crédito, acrescido dos encargos contratuais. Até por isso – isto é, por conferir preferência para excussão do imóvel -, a hipoteca não limita os direitos que, naturalmente, defluem do fato de o devedor hipotecário ser proprietário do imóvel. Ou seja, o devedor pode, a despeito da hipoteca, utilizar, fruir e dispor regularmente do bem o título de hipoteca, todavia, pode prever que, em caso de venda do imóvel, a dívida vence-se antecipadamente (art. 1.475, parágrafo único do Código Civil). Essa utilização, todavia, deve ser prudente, já que a destruição ou perecimento do imóvel, sem que seja substituído ou reforçado com outra garantia, acarreta o vencimento antecipado da dívida garantida (art. 1.425, I e IV do Código Civil), provocando ao devedor, a depender do montante do crédito contratado, um desequilíbrio relevante no equilíbrio econômico-financeiro de sua atividade.

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