Edição 21 - Revista de Agronegócios - Abril/2008

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Encomendas pelos Fones: Fazenda Monte Alegre: (16) 3723-5784 André Cunha: (16) 9967-0804 Luis Cláudio: (16) 9965-2657

Mudas de café produzidas no sistema convencional (saquinhos), tubetões e mudões para replantio. FOTOS: Viveiro Monte Alegre

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Mudas de café certificadas pelo Ministério da Agricultura

Temos também Mudas de Eucalipto e de Nativas para Reflorestamento


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Leite mantém ritmo de crescimento

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FOTO: Editora Attalea

O preço do leite longa vida já aumentou cerca de 20% no primeiro trimestre de 2008 e deve continuar em alta este ano. A previsão tem como base não só a entressafra que se inicia e reduz a quantidade de leite in natura produzido e disponível para beneficiamento, como também a valorização do mercado mundial de lácteos, cuja produção ainda está aquém da demanda. Esses fatores, aliados ao aquecimento do mercado interno, deverão sustentar o preço do leite e de seus derivados, entre os quais o longa vida, em níveis próximos dos registrados em 2007. Na região de Franca (SP), vários projetos estão sendo desenvolvidos visando organizar a produção leiteira em pequenas propriedades. É o caso do CATI-Leite, da Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo, onde no final do mês passado teve o lançamento regional na propriedade do Sr. Honofre Bazon, em Itirapuã (SP). Nesta edição, continuamos a retratar algumas propriedades que exploram a atividade leiteira no município de Carmo do Rio Claro (MG). Destacamos, também, mais um artigo da Drª Josiane Ortolan, discorrendo sobre o tema qualidade de leite efeitos do teor de energia da dieta de

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A Revista Attalea Agronegócios, registrada no Registro de Marcas e Patentes do INPI, é uma publicação mensal da Editora Attalea Revista de Agronegócios Ltda., com distribuição gratuita, reportagens atualizadas e foco regionalizado na Alta Mogiana, Triângulo, Sul e Sudoeste de Minas Gerais. TIRAGEM 3 mil exemplares EDITORA ATTALEA REVISTA DE AGRONEGÓCIOS LTDA. CNPJ nº 07.816.669/0001-03 Inscr. Municipal 44.024-8 Rua Professora Amália Pimentel, 2394, São José CEP: 14.403-440 - Franca (SP) Tel. (16) 3723-1830 revistadeagronegocios@netsite.com.br

vacas em lactação. Vários eventos acontecerão nestes próximos dias: Agrishow, em Ribeirão Preto (SP), Dia-de-Campo de Leite, em Patrocínio Paulista (SP), Encontro da Família Rural, em Claraval (MG) e a 39ª EXPOAGRO, em Franca (SP). O zootecnista Gilmar Brüning retrata, em artigo, os aspectos relevantes na reforma e implantação de pastagens. Apresentamos, ainda, um artigo importante sobre o controle biológico da lagarta-do-cartucho-do-milho. Destacamos, também, a preocupação dos pesquisadores e citricultores com relação ao aparecimento da Mosca-Negra-dos-Citros no estado de São Paulo. A Fafram - Faculdade Dr. Francisco Maeda, de Ituverava, divulga o início das segundas turmas de Pós-Graduação Lato Sensu. Boa leitura a todos.

DIRETOR E EDITOR Eng. Agrº Carlos Arantes Corrêa cacoarantes@netsite.com.br DIRETORA COMERCIAL Adriana Silva Dias (16) 9967-2486 adrianadias@netsite.com.br JORNALISTA RESPONSÁVEL Rejane Alves MtB 42.081 - SP PUBLICIDADE Adriana Silva Dias (16) 9967-2486 ASSESSORIA JURÍDICA Raquel Aparecida Marques OAB/SP 140.385 CTP E IMPRESSÃO Cristal Gráfica e Editora Rua Padre Anchieta, 1208, Centro Franca (SP) - Tel/Fax (16) 3711-0200 www.graficacristal.com.br CONTABILIDADE Escritório Contábil Labor Rua Campos Salles, 2385, Centro, Franca (SP) - Tel (16) 3722-3400 É PROIBIDA A REPRODUÇÃO PARCIAL OU TOTAL DE QUALQUER FORMA, INCLUINDO OS MEIOS ELETRÔNICOS, SEM PRÉVIA AUTORIZAÇÃO DO EDITOR. Os artigos técnicos e as opiniões e conceitos emitidos em matérias assinadas são de inteira responsabilidade de seus autores, não traduzindo necessariamente a opinião da REVISTA ATTALEA AGRONEGÓCIOS.

Foto da Capa: Editora Attalea SAFIRA DA ALTO ESTIVA, premiada na 45ª EXPASS. Fazenda Paraíso, Franca (SP).

Cartas Editora Attalea Revista de Agronegócios Rua Profª Amália Pimentel, 2394. CEP 14.403-440, Franca (SP) ou revistadeagronegocios@netsite.com.br.


EVENTOS

Ribeirão Preto. O momento em que “as empresas que confiam no seu taco” – na expressão do ministro Roberto Rodrigues – não só expõem seus produtos de forma estática, mas demonstram também a sua eficiência e produtividade, ou seja, as qualidades intrínsecas que de fato interessam ao cliente em potencial. Para eles, é o momento de tirar dúvidas comparando o desempenho de equipamentos similares. Para os fabricantes, é a hora da verdade, de provar a superioridade dos seus produtos. A crescente disposição das empresas em participar das dinâmicas demonstra

que se trata da melhor forma de conquistar clientes. “A participação nas demonstrações dinâmicas cresceu tanto que foi necessário estabelecer algumas restrições”, explica Luiz Mario Machado Salvi, diretor da Araiby Feiras e Eventos, a empresa contratada para organizar as demonstrações dinâmicas desde a primeira edição da Agrishow Ribeirão Preto. “Elas foram organizadas em módulos, de acordo com o tipo de tarefa a ser executada – plantio, pulverização, colheita etc. Além disso, foi necessário restringir a participação das empresas a uma máquina por módulo, senão não seria possível atender a todas. Mesmo assim, atualmente são realizadas cerca de 200 demonstrações por dia.” Desde 2004, as demonstrações são classificadas em três grupos: agricultura empresarial, agricultura familiar e pecuária. A principal preocupação dos organizadores é com o respeito às regras destinadas a garantir uma participação totalmente ética e imparcial.

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Prevista para acontecer de 28 de abril a 03 de maio próximo, em Ribeirão Preto (SP), a Agrishow 2008 - Feira Internacional da Tecnologia Agrícola em Ação sinaliza para superar a edição anterior, que atingiu um público total de 140 mil visitantes, em uma área total de 190.000 m2 de exposição, com a participação de 660 expositores e movimentação financeira da ordem de R$ 710 milhões. Desde a sua criação, em 1994, o principal objetivo da feira é fomentar negócios, desenvolver e valorizar o produtor rural, a agricultura, a pecuária e agroindústria nacional. Um dos indicadores do sucesso da Agrishow é o conceito de feira agrícola dinâmica com demonstrações de máquinas, equipamentos e implementos agrícolas em ação. A expectativa dos agricultores é o de conhecer as novidades tecnológicas principalmente em maquinários e implementos. As demonstrações dinâmicas são o grande fator diferencial da Agrishow

FOTO: Editora Attalea

Região se prepara para a Agrishow 2008

Tem festa na Agrishow O

Você é nosso convidado! comemora 20 anos de atuação no mercado. Além das novidades tecnológicas da Agrishow e aquela orientação especializada, você sempre consegue o melhor negócio com o .

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Empresária ou familiar, pecuária de leite se destaca em Carmo do Rio Claro

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A pecuária leiteira na região de Carmo do Rio Claro (MG) ultrapassou os limites da tradição. Familiar ou empresária, as propriedades produtoras de leite estão investindo cada vez em mais em tecnologias, buscando reduzir os custos de produção e, consequentemente, aumentar a rentabilidade. O pecuarista Renato Antônio Rey Jr. e a D. Alessandra produzem leite há mais de 20 anos e são exemplos dos momentos bons e ruins que a atividade já passou. “Já trabalhei com Luis Antonio da Silva (LWS) e o criador gado Jersey, já abandonei a atividade Renato Antônio Rey Jr., entre os filhos Leonardo e Maurício. por não ter retorno financeiro. Hoje De acordo com Luis Antonio da Silva, nós aprendemos que o sucesso da atividade está em adotar tecnologias práticas da LWS Equipamentos de Refrigeração, e mais baratas, bem como reduzir os cus- o pecuarista poderia reduzir ainda mais os seus custos, se adequasse a quantidade tos de produção”, afirma Renato. Com exceção de um empregado, a de milho na ração balanceada. “A silagem propriedade utiliza apenas a mão-de- de milho é o melhor volumoso que o peobra familiar: a esposa D. Alessandra e os cuarista pode ter. Se bem preparada, a silagem ainda é mais nutritiva e mais bafilhos Leonardo e Maurício. A propriedade possui 30 alqueires e rata que a ração industrializada. Porém, um plantel de 100 animais, sendo 43 em sem necessidade, os criadores acabam lactação que, em três ordenhas diárias, aumentando os seus custos de produção produzem 1.000 litros/dia. O Sr. Renato quando adicionam uma quantidade ainadotou um pequeno sistema de ordenha da maior de milho triturado na ração canalizado para seis animais de cada vez. balanceada”, explica Luisinho. “É um “Na alimentação dos animais, adotamos desperdício e é fácil de se observar. É só a silagem de milho misturado a 1/3 de olhar as fezes das vacas. O produtor adotou ainda um sistema capim-cameron (média de 30 kg/dia/animal) e uma quantidade diária de ração de piquetes, onde são distribuídos os anibalanceada aqui na própria propriedade”, mais de acordo com a fase de vida (vacas solteiras, vacas em lactação, novilhas e explica Renato. bezerras). “A atividade leiteira trabalha com uma margem muito pequena. O Sala de ordenha com capacidade para que sobra é praticamente 6 animais o que se gasta. Mas estamos contentes com os resultados obtidos nos últimos anos”, ressalta Renato. Em uma propriedade vizinha, o pecuarista Ail-

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À esquerda, o pecuarista Ailton Silva Freire. À direita, bagacilho de cana, utilizado como cama no free stahl .


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Free-stahl da propriedade do Sr. Ailton.

Grande parte do milho empregado na alimentação das vacas acaba não sendo aproveitado pelo trato digestivo dos animais.

Carmo do Rio Claro e a preferência pela silagem de milho como principal alimento volumoso.

Na próxima edição retrataremos a propriedade do Sr. Moizés Lemos, que produz 10 mil litros diários.

Secretaria de Agricultura lança CATI-LEITE em Itirapuã No último dia 27 de março, na propriedade do Sr. Honofre Bazon, em Itirapuã (SP), foi realizado o lançamento do Projeto CATI-Leite, na regional de Franca (SP). O Engº Agrº João Bruneli Jr. representou o coordenador da CATI, Sr. Francisco Eduardo Bernal Simões e, ao lado do Engº Agrº Carlos Pagani Neto, (gerente técnico do CATI-Leite); do Engº Agrº Pedro César Avelar (monitor do projeto CATI-Leite na regional Franca); do prefeito de Itirapuã, Marcos Henrique Alves; do Méd. Vet. José Eduardo Macedo (secretário municipal de agricultura) e de outras autoridades, lançaram oficialmente o programa na região.

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ton Silva Freire possui uma história de vida parecida. “Estou na atividade há uns 20 anos. Já criei gado Girolando e o tempo me mostrou que o gado Holandês é mais produtivo. Comecei com 60 litros/dia e hoje, após um trabalho de genética e investimentos em alimentação, alcancei a marca de 2.500 litros/dia”, explica Ailton, que atualmente emprega cinco funcionários mais a família. Na alimentação do plantel de 250 vacas, sendo 110 em lactação, Ailton utiliza para os lotes principais a silagem de milho como principal volumoso. “Para os lotes mais fracos, usamos a silagem de capim”, diz. A propriedade não tem piquetes, apenas um pasto para o gado solteiro. Por outro lado, o criador adotou o sistema de free-stahl para abrigar as vacas em lactação. Atualmente, tanto o Sr. Renato, quanto o Sr. Ailton arcam com os custos de profissionais veterinários. Estas duas realidades distintas retratam a aptidão leiteira do município de

João Bruneli Jr, Luis Gustavo Lopes (EDR-Orlândia), o produtor Honofre Bazon, Carlos Pagani Netto e Pedro César Avelar.

Novos no projeto : Arthur Chinelato (Embrapa/São Carlos) entre os pecuaristas Aristeu Lespinasse Filho e Ricardo Freitas de Souza.

O “CATI-Leite CATI-Leite” um proCATI-Leite jeto da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo e tem no EDR Escritório de Desenvolvimento Rural de Franca sua base regional. É uma continuidade do Projeto de Viabilidade da “Projeto Pecuária Leiteira Leiteira”, iniciado em parceria com a Embrapa Pecuária Sudeste, de São Carlos (SP), e que teve por finalidade capacitar os profissionais da CATI a desenvolver, a partir de

agora, os trabalhos junto aos pecuaristas de cada regional. “O grande diferencial do projeto é a gestão da propriedade. Fazer com que os produtores entendam a importância das atividades de administração, como quanto se gasta com a atividade, aprendendo a fazer a escrituração zootécnica dos animais, bem como a escrituração contábil. Só assim ele poderá saber se está tendo lucro ou prejuízo com a atividade”, explicou o Engº Agrº Pedro César Avelar.


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77 anos de tradição, seleção e criação de Gir Leiteiro

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GIR LEITEIRO - FRANCA/SP

Proprietária: MARIA TEREZA LEMOS (Tóla Lemos) Rodovia João Traficante, km 3,5 (Rod. Franca/Ibiraci) - Tel (16) 8155-4444 Email: mariatereza@fazendaparaiso.com.br / Site: www.fazendaparaiso.com.br

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SAFIRA DA ALTO ESTIVA Campeã Vaca Jovem, Reservada Grande Campeã e Reservada Melhor Úbere Jovem na 45ª EXPASS

UNO DA SILVANIA Campeão Touro Sênior na 45ª EXPASS • Plantel Gir Selecionado para Leite; • Venda permanente de Tourinhos, Novilhas, Matrizes e Embriões das Melhores Matrizes; • Animais premiados em várias exposições; • Sucesso do “Leilão Berço do Gir”;

ARIANA TE KUBERA Campeã Vaca Sênior e Melhor Úbere Vaca Sênior na 45ª EXPASS • Em pesagens oficiais da ABCZ, vários animais ultrapassaram os 25 kg diários;

• CAÇADORA DE BRASÍLIA atingiu a incrível marca de 41,9 kg em um único dia.


Qualidade do leite e nutrição da vaca em lactação (6) Josiane Hernandes Ortolan 1

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Energia da dieta

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Efeitos do teor de energia da dieta de vacas em lactação

O fornecimento altas concentrações de energia na dieta de vacas em lactação tende a aumentar o teor de proteína do leite, pois estimula a síntese de proteína microbiana no rúmen, porém, essa estratégia pode em médio prazo, comprometer a saúde do rúmen (acidose) e da vaca. Por outro lado, nas condições atuais encontradas no campo, como as deficiências nutricionais, tanto em energia, proteína e balanço mineral, se melhorarmos o fornecimento de energia, já melhoraria e muito a produção da vaca em lactação, porém, sempre lembrando que um balanço da dieta segundo a exigência nutricional do animal, sempre é o mais adequado. Gordon (1977) em um de seus trabalhos demonstra muito bem que a porcentagem de proteína do leite aumenta na medida em que o aporte, tanto de proteína, quanto de energia, atende às exigências para a produção de leite. Figura 11). (Figura Atendidas as exigências, a resposta ao aumento da proteína é mínima, enquanto que em relação ao aumento no aporte energético ainda pode haver resposta. Suplementação com gordura na dieta Vacas de alta produção exigem uma maior demanda de suplementação com alimentos energéticos, e os níveis antes comuns de, apenas, 3 a 4 % de gordura na MS vem sendo dobrados com o uso controlado de gordura vegetal e animal e de produtos especiais, como a chamada gordura inerte no rúmen, ou “by-pass” (sabões de cálcio), já dissertados em outro 1 - Médica veterinária, mestre em Qualidade e Produtividade Animal e doutoranda em Qualidade e Produtividade Animal pela FZEAUSP. Email: josiortolan@hotmail.com

artigo (“Utilizando gordura na alimentação de vacas de alta produção” ). De acordo com Kennelly et al. (1999), a suplementação com gordura geralmente tem um efeito negativo sobre a porcentagem de proteína do leite, embora em certos estudos tenham sido encontrados até aumentos na produção de proteína, face ao aumento da produção de leite. Causas da redução no teor de lactose do leite Segundo pesquisas, a lactose é o componente do leite menos afetado pela alimentação. Sob condições normais, o

teor de lactose é um pouco menor no início e ao fim da lactação, acompanhando a curva de produção. A lactose é quem dá o ritmo à produção de leite, ou seja, quanto mais ácido propiônico estiver disponível para a síntese de lactose no úbere, mais leite é secretado, isso por que a lactose e o potássio no leite da vaca sem mastite mantém o equilíbrio osmótico entre o leite e o sangue, através da retirada de água dos fluidos extracelulares e intra-celulares. Assim, quanto mais lactose é secretada, mais água é necessária para formar o leite, que tem na sua composição 87,5 % de água. Entretanto, em situações de subnutrição energética (cetose) principalmente no pré-parto ou logo no pós-parto, em que não há “pico” de lactação, há diminuição no teor de lactose (Thomas & Rook, 1983). Alteração do ponto de congelamento do leite Em situações de alimentação deficiente, especialmente na falta de suplementação adequada com concentrados e minerais, quando o leite apresenta uma diminuição no teor de lactose, ocorre uma redução no peso específico do leite e no

FIGURA 1. - Efeito dos aportes de energia e proteína no teor de proteína (%) do leite (Gordon, 1977)

FIGURA 1. Efeito dos aportes de energia e proteína no teor de proteína (%) do leite (Gordon, 1977)


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Tabela 1. - Efeito do número de refeições com concentrado sobre o seu ponto de congelamento, composição do leite, é o forteor de gordura do leite. produzindo efeitos semenecimento da dieta totallhantes à fraude pela adição mente misturada (dieta total), Experimento 1 Experimento 1 Município de água. onde em cada bocado a vaca Aspectos de manejo aliingere o volumoso misturado 2x 6x 2x 6x Número de refeições mentar também podem ao concentrado (energético, 23,6 23,4 16,9 17,8 Produção de leite (kg/d) afetar o ponto de congelaprotéico, mineral-vitamí3,69 4,04 3,24 3,79 Teor de gordura (%) mento do leite. nico) evitando oscilações na Fonte: Kaufmann et al., 1979 O acesso limitado ao fermentação ruminal e Os problemas digestivos e metabó- mantendo o pH mais elevado e estável. alimento concentrado e à ingestão de água nos intervalos entre ordenhas, licos da vaca leiteira que afetam a proO estímulo à ruminação é fundaquando compensados pelo livre acesso dução e a composição do leite se origi- mental à saúde do rúmen, como já visto logo antes da ordenha, podem ser causas nam da dificuldade de conciliar potencial acima, e principalmente em dietas com da diminuição do ponto de conge- genético de produção (altas exigências silagem de milho que durante o processo lamento do leite, conforme revisão de nutricionais para o úbere) com os limites sofreu picagem num tamanho médio de Kirchgessner et al. (1965) sobre este impostos pela capacidade de ingestão partícula de 1 a 2 cm, recomenda-se (tamanho de rúmen) e pela qualidade fornecer uma quantidade mínima (2 a 3 assunto. nutritiva do alimento volumoso (velo- kg de MS) de feno ou silagem pré-secada cidade de fermentação no rúmen). Manejo alimentar de boa qualidade, isso para ter um Daí a necessidade de se usar racio- mínimo de fibra efetiva para uma boa Além dos fatores já citados ao longo nalmente os alimentos concentrados, ruminação. dos 6 artigos já comentados sobre ajustando-se a quantidade a fornecer ao A regra prática para garantir o qualidade do leite e nutrição da vaca em nível de produção e aumentando-se a mínimo de fibra efetiva na dieta lactação, envolvendo ingredientes da freqüência de refeições, ou seja, evitando- recomenda que 75 % de FDN consumidieta que afetam a composição do leite, se fornecer acima de 4 kg por refeição. da pelo animal, proceda de volumoso Os efeitos positivos do maior número suficientemente estruturado. outros aspectos de manejo alimentar relacionados ao modo de fornecer o de refeições sobre a melhor regulação da alimento ao animal, devem ser fermentação no rúmen e o aumento no Na próxima edição, manteremos o consumo de MS são amplamente conhe- mesmo foco: nutrição da vaca em considerados. Por tudo que já foi dito anteriormen- cidos, havendo também um efeito posi- lactação, mas com outras abordagens. Gostaria também de lembrar que te, pode-se concluir que quando a tivo sobre o teor de gordura do leite, confermentação no rúmen estiver dentro de forme os dados da Tabela 1 (Kaufmann, dúvidas e sugestões são bem vindas e devem ser mandadas à revista ou no elimites considerados normais, a produção et al., 1979). Outro tipo de manejo adotado, com mail, josiortolan@hotmail.com. de leite estará otimizada, pelo menos no efeito, positivo sobre a produção e que se refere à qualidade. Até a próxima.


EVENTOS

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Franca realiza a 39ª Expoagro Investindo no agronegócio e em parcerias institucionais, a prefeitura e a Comissão Organizadora intensificaram ações na organização da 39ª Expoagro Exposição Agropecuária de Franca (SP), que será realizada de 12 a 25 de maio, no recinto do Parque de Exposições “Fernando Costa”. As tradicionais exposições pecuárias foram ampliadas, em raças e em número de animais. Serão ao todo quatro raças bovinas (Nelore, Girolando, Brahman e Gir Leiteiro), duas equinas (Mangalarga e Árabe), duas ovinas (Santa Inês e Morada Nova), provas de hipismo e a tradicional exposição de cães. O julgamento de Nelore está marcado para os dias 17 e 18. O do Cavalo Man-

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galarga, para os dias 16 a 18. No domingo, dia 18, acontece o julgamento de ovinos, ranqueado na Aspaco - Associação Paulista dos Criadores de Ovinos. No segundo turno, nos dias 22 a 24 acontecerão os julgamentos de Cavalo Árabe e Gado Brahman. Nos dias 23 a 24 acontecerão os julgamentos de Gado Gir e Gado Girolando. “Estamos resgatando ainda o Torneio Leiteiro de Gado Gir, que já foi tradicional em épocas passadas e estamos negociando a realização do leilão de Gado Nelore”, afirmou Heitor de Lima, diretor da Divisão de Atividades Produtivas e coordenador da exposição. O torneio tem início no dia 22, quinta-feira, com término programado para o sábado, dia 24. Para a edição deste ano, a prefeitura não mediu esforços em reformas na estrutura do Parque Fernando Costa. Além dos telhados, dos barracões de animais, dos banheiros, da pintura e dos jardins, a prefeitura reformou completamente a Casa do Criador, transformando-a em um espaço próprio para receber palestras,

seminários e congressos tecnológicos. A prefeitura pretende reinaugurar o auditório no dia 16 de maio, homenageando um ilustre “filho-de-Franca”: Dr. Fábio de Salles Meirelles, presidente da FAESP, do SEBRAE-SP, do SENAR-SP, da CNA e do FUNDEPEC. A comissão organizadora firmou ainda parceria com o Escritório Regional do Sebrae e pretendem realizar, durante a Expoagro, um Congresso Tecnológico abordando o tema “panorama de mercado”, envolvendo as atividades de produção de leite, café, cachaça, ovinos, peixes, orgânicos, frutas e mel.

FOTOS: Editora Attalea

Personalidades na festa de lançamento da 39ª Expoagro

José Augusto Freixes e Geraldo Cintra Diniz

Acima, Heitor de Lima, coordenador técnico da Expoagro 2008. À direita, os criadores de Nelore José Milton de Souza (acima) e Waguinho Samello (abaixo).

Eduardo Henrique e esposa

Alexandre Botina e esposa


39ª

12 a 25 de maio - Pq. Fernando Costa

12 a 18/05 GADO NELORE

20 a 25/05 GADO GIROLANDO

Uma das maiores exposições agropecuárias do Estado de São Paulo

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19 a 25/05 CAVALO ÁRABE

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14 a 18/05 CAVALO MANGALARGA

Dias 19 a 21

Dias 22 a 24

CONGRESSO DE AGRONEGÓCIO

TORNEIO LEITEIRO Gado Gir

20 a 25/05 GADO GIR

25/05 EXPOCÃES

16 a 25/05 OVINOS

SHOWS 16 17 18 21 23 24 25 19 a 25/05 GADO BRAHMAN

Banda Eva

Inimigos da HP

Victor & Léo

Cláudia Leite

Roupa Nova

Gino & Geno

João Neto & Frederico


Organização prevê superar 2007 em negócios e em público

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A UFLA - Universidade Federal de Lavras juntamente com inúmeras instituições parceiras, realizarão nos dias 18, 19 e 20 de junho, na Fazenda Experimental da Epamig, município de Três Pontas (MG), a EXPOCAFÉ 2008, maior feira de tecnologia agrícola voltada para o agronegócio café. O evento foi idealizado e criado a partir de projetos financiados pelo CNPq/ BIOEX-Café e surgiu como uma excepcional oportunidade para que produtores busquem novas tecnologias e conhecimentos fundamentais à sustentabilidade do agronegócio, onde a produtividade das lavouras, a melhoria da qualidade do produto e a redução dos custos de produção, aliadas à preservação dos recursos naturais são muito importantes. FOTO: Divulgação

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A EXPOCAFÉ é um órgão vinculado a Pró-Reitoria de Extensão da UFLA, criado pela Resolução CUNI no 027, de 19 de outubro de 2000. Recebe cerca de 45 mil visitantes de várias regiões e estados brasileiros. Nestes quase 11 anos de existência, a EXPOCAFÉ vem contribuindo de forma substancial no desenvolvimento da cafeicultura nacional, notadamente na região do Sul de Minas, tornando-a mais competitiva. No tocante à extensão, processo educativo, cultural e científico que articula o ensino e a pesquisa de forma indissociável e que viabiliza a relação transformadora entre Universidade e sociedade em que se insere, a EXPOCAFÉ tem propiciado à comunidade acadêmica

oportunidades para elaboração da práxis do conhecimento. Esse contato da comunidade acadêmica com a sociedade produtora tem permitido reflexões no sistema ensino-aprendizagem. O substancial crescimento do evento devido ao reconhecimento por parte de todos os segmentos relacionados ao agronegócio café, demonstra claramente que a EXPOCAFÉ é o referencial da cafeicultura nacional. A quantidade e valor de negócios, diretos e indiretos, proporcionados vêm aumentando. No ano passado, foram contabilizados cerca de R$ 112 milhões em negócios e um público de 30 mil pessoas.


Agrícola, Agronomia, Administração, Zootecnia, Ciência da Computação, Ciências Biológicas, Engenharia de Alimentos, Química, Engenharia Florestal e de Medicina Veterinária) intermediando a relação produção x indústria x comércio x universidade. Desta forma, o evento tem recebido produtores e técnicos de todo o Brasil e do exterior, autoridades políticas do setor cafeeiro, além de estudantes de graduação e de pós-graduação dos diversos cursos de ciências agrárias do país.

A Expocafé em parceria com a TV Alterosa – Varginha abriu inscrições para o Concurso Garota Expocafé 2008. Segundo o Regulamento poderão se inscrever garotas entre 18 e 27 anos, independente do seu estado civil, enviando a ficha de inscrição devidamente preenchida, que está à disposição no site www.expocafe.com.br www.expocafe.com.br, com duas fotos (uma de corpo inteiro e outra de rosto). A inscrição também poderá ser realizada através do endereço eletrônico garota expocafe@yahoo.com.br expocafe@yahoo.com.br, mas só serão aceitas as inscrições cujas fotos estiverem anexadas. O período de inscrição via inter-net será de 1º de abril a 25 de maio de 2008 e via correio será de 1º de abril a 20 de maio de 2008. As inscrições enviadas via correio, só terão validade se tiverem o carimbo dos Correios com data até 20 de maio de 2008. O concurso acontecerá no dia 19 de junho de 2008, durante o Expocafé 2008. O concurso será divulgado durante a programação semanal da TV Alterosa, outdoor e panfletos.

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Garota Expocafé

FOTO: Divulgação

O evento, sem fins lucrativos, foi até 2002 realizado na Fazenda São Sebastião e em 2003 foi transferida para a Fazenda Experimental da EPAMIG, ambos localizados em Três Pontas (MG). Concomitantemente com a dinâmica de máquinas (colhedoras, derriçadoras, recolhedoras, abanadoras, pulverizadores, podadoras, esqueletadoras, distribuidoras de fertilizantes e corretivos, transportadoras, classificadoras, secadores etc), o evento conta com exposição, feira, palestras, fórum de debates, rodadas de negócios, lançamentos e cozinha experimental (receitas a base de café). Tudo isso em um ambiente onde o produtor pode se sentir à vontade, encontrar tecnologias adequadas ao seu empreendimento e mesmo assessorias técnicas de profissionais de universidades, principalmente da UFLA – Universidade Federal de Lavras; de extensionistas de cooperativas e das Emater’s – Empresa de Assistência Técnica e Assistência Rural e de pesquisadores da Epamig – Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais, além de aproximadamente 50 monitores (alunos de graduação e de pósgraduação dos cursos de Engenharia

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Edição Especial

18 a 20 de junho • Três Pontas (MG) A Editora Attalea Revista de Agronegócios está organizando a publicação de uma Edição Especial, que circulará durante a 11ª EXPOCAFÉ. Convidamos a sua empresa a participar desta edição, que pretende divulgar o que existe de melhor em tecnologia e serviços na cafeicultura brasileira. A Edição Especial terá uma tiragem de 10 mil exemplares e será distribuída gratuitamente durante a feira É uma oportunidade única de divulgação.

Reserve já o seu espaço • Fechamento dia 20 de maio Revista Attalea

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Novas regras para a qualificação dos torrados

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O café brasileiro vai passar por um novo processo de identificação e qualificação dos grãos verdes e do produto torrado e moído. De acordo com a nova portaria divulgada pelo MAPA - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, as medidas para estabelecer um padrão oficial de qualidade levam em consideração a origem do café verde ou torrado e incluem a avaliação sensorial de aroma, fragrância, viscosidade e acidez Após a consulta pública sobre o regulamento técnico com as novas regras, as opiniões com fundamentações técnicas sobre o projeto devem ser encaminhadas ao Ministério da Agricultura em até 60 dias. O consumo per capita de café no Brasil chegou ao 74 litros por ano em

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2007, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic). O índice é próximo ao constatado na Alemanha e Itália, que estão entre os maiores países consumidores. O mercado nacional corresponde a 14% da demanda mundial, e consumiu no ano passado cerca de 17,1 milhões de sacas. Para Natan Herszkowicz, diretor executivo da ABIC, a iniciativa é extremamente positiva e vai atender

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SILVA & DINIZ COMÉRCIO E REPRESENTAÇÃO DE CAFÉ LTDA. Av. Wilson Sábio de Mello, 1490, São Joaquim

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a cadeia produtiva como um todo. Ele explica que o consumidor ganha com um produto identificado e de qualidade comprovada, os produtores com uma melhor remuneração pelo grão segregado e a indústria com a organização do setor. “A melhora da qualidade é a ferramenta que impulsiona o consumo”, disse. Na regulamentação antiga, as análises eram feitas em torno da classificação do grão verde de acordo com as normas brasileiras. Herszkowicz diz que no processo de torrefação são definidas as características quanto ao aroma e sabor, que são muito complexas. E isso não era contemplado com o antigo código. Segundo ele, as novas regras são as mais avançadas no mundo em relação a qualificação do produto final e explica que isso deverá separar o café do dia-a-dia, dos gourmets - que possuem maior qualidade. Tabela 1. - Evolução história Conillon e Arabica, em reais por saca.

Mês

Conilon Tipo 6

Arábica Tipo 6

Diferença* Arab/Con

Jan/06 Fev/06 Mar/06 Abr/06 Mai/06 Jun/06 Jul/06 Ago/06 Set/06 Out/06 Nov/06 Dez/06 Jan/07 Fev/07 Mar/07 Abr/07 Mai/07 Jun/07 Jul/07 Ago/07 Set/07 Out/07 Nov/07 Dez/07 Jan/08 Fev/08 Mar/08

R$ 179,54 R$ 179,42 R$ 179,75 R$ 167,15 R$ 154,36 R$ 158,60 R$ 160,80 R$ 171,94 R$ 183,01 R$ 185,92 R$ 202,95 R$ 216,42 R$ 213,28 R$ 198,07 R$ 201,85 R$ 197,28 R$ 189,43 R$ 203,00 R$ 201,49 R$ 201,06 R$ 205,14 R$ 205,28 R$ 206,47 R$ 207,18 R$ 209,73 R$ 221,46 R$ 228,62

R$ 291,50 R$ 269,75 R$ 254,44 R$ 248,82 R$ 234,86 R$ 224,58 R$ 218,16 R$ 232,82 R$ 233,47 R$ 235,12 R$ 269,13 R$ 291,35 R$ 281,63 R$ 267,66 R$ 252,72 R$ 238,87 R$ 232,20 R$ 240,80 R$ 238,63 R$ 254,55 R$ 259,15 R$ 255,84 R$ 245,82 R$ 261,28 R$ 267,84 R$ 285,19 R$ 263,28

- R$ 111,96 - R$ 90,33 - R$ 74,69 - R$ 81,67 - R$ 80,50 - R$ 65,98 - R$ 57,36 - R$ 60,88 - R$ 50,46 - R$ 49,20 - R$ 66,18 - R$ 74,93 - R$ 68,35 - R$ 69,59 - R$ 50,87 - R$ 41,59 - R$ 42,77 - R$ 37,80 - R$ 37,14 - R$ 53,49 - R$ 54,01 - R$ 50,56 - R$ 39,35 - R$ 54,10 - R$ 58,11 - R$ 63,73 - R$ 34,66

* Diferença de preços, em reais por saca, entre arábica tipo 6 duro para melhor e conillon tipo 6 Espírito Santo.

FONTE: Cepea


GRÃOS

Celebração da Colheita em Pratápolis

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No último dia 03 de abril, na fazenda Correnteza, em Pratápolis (MG), foi realizado o “Diade-Campo de Milho Celebração da Colheita”, organizado pela multinacional BASF, em parceria com a Dekalb e a Agroceres. O tempo chuvoso atrapalhou um pouco. Mas os produtores que participaram puderam avaliar o aumento na produção de milho quando da utilização do Opera. Segundo Pedro Paulino Mendonça, pesquisador da BASF, o produto está sendo indicado para a região do sudoeste mineiro devido a alta incidência dos funProdutores de milho da região de Pratápolis (MG) gos Phaeosphaeria e Cercospora. “Além destes fungos, temos observado na tância da aplicação de fungicidas, região um aumento da incidência de evitando-se que este fator reduza a doenças do colmo no milho”, afirmou produção de milho. Além da aplicação do fungicida, os Mendonça. Segundo o Engº Agrº Renato Pádua, produtores puderam conhecer ainda as Representan-te Técnico de Vendas da qualidades e o potencial de dois materiais BASF na região de Franca, a proposta do híbridos de milho: o DKB-177, da Dekalb dia-de-campo foi o de mostrar a impor- e o AG-7088, da Agroceres.

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Aspectos relevantes na reforma e implantação de pastagens

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Gilmar Brüning 1

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menores teores de cálcio + magnésio, potássio enxofre e Conforme o ANUALPEC, fósforo. Vilela et. al. (1982; ci2007, das 43.862.130 cabeças tados por Aguiar, 1997) reabatidas no Brasil, em 2007, portaram que em pastagens 2.181.050 cabeças foram consorciadas com legumiterminados em confinamento, nosas tropicais, onde não se fez 2.365.160 cabeças termireposição de nutrientes, ocornadas em semi-confinamento reu uma diminuição de cerca e 849.990 cabeças terminadas de 43% na taxa de lotação do em pastagens anuais de primeiro ao quinto ano de inverno. Desta forma, veriutilização, enquanto nas áreas fica-se que 87% dos animais, onde a reposição foi feita abatidos no Brasil foram anualmente houve aumento Pastagem com sinais visíveis de degradação, lotação acima da terminados exclusivamente de 25% na produtividade no capacidade de suporte, baixa massa de forragem, “rapada” no mês em pastagens. E o restante da quinto ano. janeiro em pleno período das águas. produção também depende A viabilidade econômica diretamente das pastagens, pois prati- animal no país subutilizado, ou inex- da adubação de correção e manutenção camente a totalidade dos processos de cria plorado. das pastagens freqüentemente tem sido e recria é baseada no uso de pastagens. A degradação torna-se evidente questionada. Contudo, a degradação de Uma boa pastagem começa na lim- quando as pastagens passam a suportar pastagens, o maior obstáculo para o peza do terreno, coleta adequada das taxas de lotações cada vez menores, a pre- estabelecimento de uma pecuária bovina amostras de solo para análise, inter- sença de invasoras aumenta conside- sustentável, está quase sempre associada pretação dos resultados, recomendações ravelmente, diminuindo a produção, oca- à deficiência de nutrientes no solo. No de correção, fertilização e a utilização de sionando mudanças na composição botâ- processo de formação e reforma de uma boa semente da espécie desejada. nica, com grande diminuição no estande pastagens, a correção da fertilidade é um Observando-se a aptidão do solo e clima, de plantas da espécie desejada, podendo componente fundamental. Porém, deve o nível de produção e intensificação causar erosão e compactação do solo. ser acompanhada de bom manejo para desejada e o sistema de manejo a ser Costa & Rehman (1999) afirmaram garantir a eficiência de colheita, pois de adotado. que a principal causa da degradação de nada adianta se produzir alta quantidade A produção de bovinos de corte em pastagens é o superpastejo, um cenário de forragem, se não ocorrer a sua conpastejo apresenta grandes vantagens que freqüentemente resulta de manejo versão em produto animal. como: menor custo de produção, inadequado. Em entrevistas realizadas Conforme o senso do IBGE, no Brasil diminuição da poluição ambiental, menor por esses autores com produtores do a área ocupada por pastagens cultivadas estresse dos animais e a transformação de Mato Grosso do sul, 80% dos pecuaristas aumentou em 43% no período de 1996 forragens de baixa qualidade, que não reconheceram que o problema de degra- à 2002, enquanto o rebanho aumentou podem ser utilizadas por outras espécies, dação varia de “importante” a “extre- 17% no mesmo período, demonstrando em proteínas de alto valor biológico. mamente importante” em suas proprie- que o aumento na área de pastagens não Diminuindo a competição por alimentos dades e mesmo assim o problema ocorre. resultou em aumentos na taxa de lotação nobres, como milho e soja, que podem O superpastejo é causado pelo pastejo de (animais/ha), pelo contrário reduziu em ser utilizados na alimentação humana. uma área por um número de animais 6%. Com isso, embora tenha ocorrido Entretanto, Sbrissia & Silva 2001, alertam acima da capacidade de suporte pela intensificação nas áreas de expansão da pecuária, a degradação de pastagens, que a degradação das pastagens é um dos produção de forragem desse pasto. maiores problemas da pecuária, estimanOutra causa importante da degra- provavelmente, tenha contribuído para do-se que 80% das pastagens do Brasil dação de pastagens é a falta de reposição essa redução na taxa de lotação. Os custos da implantação ou reforma Central (que responde por 60% da pro- dos elementos minerais exportados do dução de carne nacional) encontra-se em solo pelas plantas e animais, e, ou perdidos de pastagens variam de acordo com o algum estágio de degradação, podendo por lixiviação e escorrimento superficial. grau de degradação, e conseqüentetornar um elevado potencial de produção Freitas et. al. (1993) encontraram níveis mente, com o tipo de intervenção, que de fertilidade do solo menores em pasta- pode ser: 1 - Zootecnista, Mestre em Plantas forrageiras, • Simplesmente calagem e adubação gens degradadas, com maior acidez e Consultor da Tropeiro Assessoria e Assistência Técnica. E-mail: gilmar.bruning@gmail.com menor saturação por bases, além de corretiva;


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EVENTOS

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• Preparo mínimo, calano preço pago pela arroba de boi, e com tendências augem e adubação; • Preparo total do solo mentar ainda mais, apesar de os preços dos insumos com aração, gradagem, calaterem aumentado também gem e adubação; • Subsolagem, aração, de forma significativa. Diante deste panorama, gradagem, calagem, adubafica clara a necessidade de ção e substituição da espécie uma exploração planejada, forrageira ou consorciação. racional e sustentável do Entre as consorciações ecossistema de pastagens. que podem ser utilizadas, a integração com milho, onde Enquanto no mundo as se efetua a semeadura da pasregiões tradicionais de protagem e em seguida o plantio dução de carne sofrem apeda lavoura com milho e após los para “desintensificar” os Pastagem bem formada com Brachiaria brizantha, bom estande de a colheita dos grãos ou ensilasistemas de produção, o plantas, carga animal ajusta e ausência de plantas invasoras e pragas. gem do milho, a pastagem fica Brasil tem espaço de sobra estabelecida, com a venda dos grãos dilui- de se fazer o investimento na intensifi- para aumentar sua produção sem se os custos da reforma da pastagem. cação dos sistemas de produção, é o aumentar a área ocupada pela pecuária, Outra consorciação interessante que preço do produto final, seja carne ou leite, e cada vez mais firmar-se como grande pode ser trabalhada é a mistura da e o quanto se vai produzir a mais após a produtor de carne, de qualidade e brachiária com milheto e Stylosanthes, intervenção. Nos últimos meses, têm-se ecologicamente “correta”. onde as principais vantagens são, uma observado uma expressiva valorização melhor cobertura do solo, evitando-se erosão e desenvolvimento de plantas invasoras, antecipação do pastejo, uma vez que, o milheto além de suportar alta lotação com ganho médio diário próximo Dia-de-Campo de Leite em Patrocínio Paulista (SP) de 0,700 kg por animal/dia, podendo ser Está marcado para o dia 18 de abril o em técnicas de produção animal em pastapastejado em torno de 45 – 50 dias após Dia de Campo de Leite de Patrocínio Paugens irrigadas e de sequeiro, tendo como o plantio. palestrante o Dr. Adilson Aguiar da FAZU lista (SP). O evento pretende demonstrar O Stylosanthes, além melhorar a a evolução do Sítio São Sebastião, de - Faculdade de Agronomia e Zootecnia de qualidade da dieta, que poderá ser propriedade de Washington Fernando Uberaba (MG). selecionada pelos animais, principalmente Karam & Filhas. O evento foi organizado “O objetivo do programa é dar continas épocas em que a pastagem apresenta através da parceria Sebrae, Faesp/Senar, nuidade às ações já desenvolvidas com os teor de proteína bruta abaixo 6%, poderá grupos atendidos pelo Sebrae-SP, através Sindicato Rural de Patrocínio Paulista, aumentar a produção da pastagem pela CATI e Prefeitura Municipal. do programa SAI - Sistema Agroindustrial fixação de nitrogênio, diminuindo os cusVários assuntos serão abordados, com Integrado, além de fomentar a adesão de novos produtores à cadeia produtiva do destaque para o planejamento e gerenciatos com aplicação de uréia e proporciomento de fazendas leiteiras, com enfoque leite”, afirmou Lauro Spessoto Goulart. nando maior sustentabilidade ao sistema. A diversificação de espécies forraEncontro da Família Dia do Agricultor em geiras na propriedade também é uma Rural de Claraval (MG) Cristais Paulista (SP) alternativa interessante, o plantio de algum cultivar de Panicum, Mombaça, Acontecerá nos dias 03 e 04 de maio, A Prefeitura de Cristais Paulista (SP) Tanzânia ou Aruana em torno de 20% em Claraval (MG), o lº Encontro da está organizando o 9º Dia do Agriculda área pastoril da propriedade, pode ser Família Rural. O evento está sendo orgator tor, que será realizado entre os dias 27 e uma ferramenta de manejo, pois esta nizado pela Emater de Claraval, pela Asso29 de agosto, no recinto do Parque de espécie (Panicum) apresenta uma alta ciação de Pequenos Produtores Rurais da Exposições. produção de forragem no período das Região de Claraval e será realizado no salão A abertura do evento acontecerá às 19h águas, com rebrote bastante vigoroso, e de eventos Dom Carmelo Recchia. do dia 27, com um show com a Orquestra alta qualidade. O evento contará com estandes, minide Violeiros de Franca. palestras educativas (uso correto e seguro A cada edição, a prefeitura investe no Com isso, apresenta uma alta capacide defensivos, prevenção de doenças às faevento, que se destaca pela exposição e dade de suporte e expressivo ganho médio mílias, meio ambiente, tecnologias de procomercialização de máquinas e implementos diário individual nos ani-mais, permitindo cessos produtivos, etc.); demonstração de agrícolas direcionadas para várias culturas, vedar ou diminuir a carga nos pastos com máquinas, equipamentos, insumos e utenem especial para o café. brachiária para serem trabalhados na Informações: (16) 3133-1296, sílios para o agronegócio; lançamento da época da seca, e aumentar o ganho por 3133-1124 ou 8149-8530, com Feira Livre do Produtor Rural. (Fone/Fax: área na propriedade. (34) 3353-5200 ou 3353-5106) Gerson Rocha. Um fator muito importante e que deve ser levado em consideração na hora


ESPECIALIZAÇÃO

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A Fafram - Faculdade Dr. Francisco Maeda, sediada em Ituverava (SP), programou para os próximos meses o início da segunda turma dos cursos de Pós-Graduação Lato-Sensu organizados pela instituição. Neste mês de abril tem início o curso de Agroindústria Canavieira Canavieira. Já para o mês de maio iniciam-se os cursos de Geoprocessamento Georeferenciamento de Imóveis Urbanos e Rurais rais; o de Agronegócio e Desenvolvimento Sustentável Sustentável; e o de Educação Ambiental e Responsabilidade Social Social. De acordo com a Dra. Maria Amália Brunini, Coordenadora do Programa de Pós-Graduação da Fafram, ainda não está definida a data para o início da segunda turma dos cursos de Produção Agropecuária e Comercialização Comercialização; e o de Certificação e Rastreabilidade de Produtos Agropecuários Agropecuários. Para a primeira turma do curso de Geoprocessamento e Georeferenciamento, a Fafram vem intensificando o ensino aprendizado, adequando-se às alterações propostas pela legislação. A Lei nº 10.267, publicada em 2001, instituiu o novo CNIR - Cadastro Nacional de Imóveis Rurais, um sistema gerido pelo Incra e pela Receita Federal, que é composto pelos dados contidos nas Declarações para o Cadastro de Imóveis Rurais e pelos polígonos formados pelas coordenadas georreferenciadas dos vértices que compõem os limites dos imóveis rurais de todo o país. Em 3 de novembro de 2.004, o Plenário do Confea - Conselho Federal de

FOTOS: Editora Attalea

Segunda turma de Geoprocessamento e Georeferenciamento da Fafram inicia em maio

Profissionais da primeira turma de Especialização em Geoprocessamento e Georeferenciamento de Imóveis Urbanos e Rurais em aula prática.

Engenharia e Arquitetura editou a Decisão PL-2087/2.004, que veio disciplinar o exercício profissional nas atividades correlatas à Lei nº 10.267/01, estabelecendo, dentre outras coisas, os parâmetros formativos necessários para definir os profissionais aptos para desempenhar essas atividades. Não existem dados oficiais que assegurem o número de propriedades efetivamente enquadradas pela Lei no 10.267/01. Um dos principais entraves para o não-cumprimento dessa exigência legal é a falta de recursos humanos devida-

mente qualificados para assumir a responsabilidade técnica na execução das atividades de georreferenciamento rural, na forma prevista na lei. É nesse quadro que se desenha a proposta de realização deste Curso de Aperfeiçoamento Profissional em Geoprocessamento e Georreferenciamento de Imóveis Rurais, como forma de contribuir na capacitação profissional, formando profissionais legitimamente qualificados, à luz do ordenamento jurídico atual, para executar as tarefas inerentes ao georreferenciamento de imóveis rurais.


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F U N D A Ç Ã O EDUCACIONAL


AGRICULTURA ORGÂNICA

Controle biológico da lagarta-do-cartucho do-milho utilizando Trichogramma

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gramma parasitam os ovos de várias ordens de insetos e podem ser multiplicadas em laboratório demaneira fácil e econômica, utilizando-se, para isso, hospedeiros alternativos. A fêmea adulta da vespinha coloca seus ovos no interior dos ovos do hospedeiro. Todo o desenvolvimento do parasitóide se passa dentro do ovo da praga. O parasitismo pode ser verificado cerca de quatro dias após a postura, pois os ovos parasitados tornamse enegrecidos. O ciclo de vida do parasitóide é, em média, de dez dias. O número de ovos parasitados por fêmea depende daespécie do parasitóide, do tipo de hospedeiro e da longevidade do adulto. A fecundidade do hospedeiro é função do suprimento alimentar, da disponibilidade do hospedeiro, da temperatura e da atividade da fêmea, sendo variável de 20 a 120 ovos por fêmea.

FOTO: UFPR

IvanCruz 1 Márcio Antonio R. Monteiro 2

Spodoptera frugiperda conhecida na fase larval como lagarta-do-cartucho, é a principal praga dacultura do milho no Brasil e, nos últimos anos, vem aumentando de severidade em várias áreas cultivadas. Entre os motivos apontados para esse aumento de importância da praga, podem ser citados o desequilíbrio biológico, pela eli- Trichogramma:- Campoletis flavicincta minação de seus inimigos naturais, e também o aumento da exploração da presença, a praga pode ocasionar danos cultura, que é cultivada em várias regiões em várias outras partes da planta, como brasileiras, em duas safras anuais. os pendões, asespigase raízes adventícias. Dessa maneira, livre dos inimigos O período larval varia em função da naturais e com a disponibilidade de ali- temperatura. mento durante o ano todo, a praga tem Durante o verão, quando a tempeamplas condições de sobrevivência. O in- ratura é mais elevada, o ciclo larval pode seto também ataca e causa danos a várias ser completado em cerca de 15 dias. outras culturas de importância econômiPortanto, durante a época mais quenca, como o algodão, arroz, alfafa, amen- te do ano, por exemplo, numa tempedoim, abóbora, batata, couve, espinafre, ratura média acima de 25ºC, o ciclo total Ciclo de vida feijão, repolho, sorgo, trigo e tomate. do inseto pode ser completado em menos A mariposa coloca seus ovos em massa, de 30 dias, possibilitando a essa espécie a geralmente na folha do milho. Uma massa produção de várias gerações durante o A criação das vespinhas teve grande impulso nos últimos 20 anos, através do possui em média cerca de 100 ovos, ano. variando de 26 a 1.500 ovos. A Embrapa Milho e Sorgo vem pro- uso de dietas artificiais e da utilização de Sob temperaturasvariando entre 25º curando novas alternativas de controle hospedeiros alternativos. Estes dois proe 30º C, o período de incubação dura em da lagarta-do-cartucho e foram iden- cessos proporcionam um grande número torno de três dias. Em temperaturas infe- tificados, na própria natureza, insetos que, de insetos de boa qualidade e com idade riores a essas, esse período pode alongar- além de não prejudicarem as lavouras, conhecida. A utilização desses hospese até 8-10 dias. Findo o período de incu- alimentam-se de ovos e larvas dessa deiros alternativos é vantajosa, devido ao bação, eclodem as lagartas, que começam praga, constituindo-se em seus inimigos baixo custo de criação, facilidade do proa alimentar-se dos tecidos verdes, ocasio- naturais, realizando o que se denomi- cesso e alta capacidade de reprodução. nando o sintoma de danos característico nacontrole biológico. Hospedeiros alternativos são aqueles que denominado “folhas raspadas”. À medida As vespinhas do grupo Tricho- proporcionam o desenvolvimento de que a larva cresce, ela diuma espécie parasita de rige-se para a região do forma semelhante à de CONVÊNIO INEAGRO cartucho, onde ocasiona seu hospedeiro prefeseveros danos, se não for Os insetos mais (Incubadora de Empresas rencial. controlada. utilizados como hospeem Agronegócios) e Apesar do cartucho deiros alternativos para ser o local onde normala criação de vespinhas UFRuralRJ são: Cocyra cephalonica, mente se verifica a sua Sitotroga cerealella e • Venda de Bioprodutos (Trichobio, Beauveriobio, Metabio, 1 - Eng. Agr., Ph.D., Anagasta kuehniella. Cladosbio e Bacillusbio); Entomologia Embrapa Para a criação do Tri• Biofertilizantes Líquidos e Caldas; Milho e Sorgo - Caixa Postal151 CEP35701-970. chogramma na Embra• Assessoria Técnica; Sete Lagoas (MG). E-mail: • Conversão de Agricultura Convencional para Orgânica pa Milho e Sorgo, utiliivancruz@cnpms.embrapa.br zam-se como hospe2 - Eng.-Agr., M.Sc. deiro alternativo ovos Fitotecnia. Embrapa Milho de, conhecida como a e Sorgo. Caixa Postal 151. Av. BR 465, km 47, Campus UFRuralRJ - Instituto de Tecnologia Seropédica CEP35701-970. SeteLagoas traça-das-farinhas, que CEP 23.890-000 - Email: agribio@globo.com

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(MG)


Método de liberação no campo Para liberar o parasitóide, existem vários métodos, um deles é através da liberação das vespinhas adultas já emergidas. Para isso, utilizam-se recipientes de plástico ou de vidro, de 1,6 a 2 litros de capacidade, onde são colocadas as cartolinas com os ovos parasitados (duas a seis cartelas de 150 cm²). Os recipientes devem ser acondicionados com um pano preto, preso por um elástico ou goma. Algumas horas após a emergência dos adultos, os recipientes são levados ao campo, onde são, intermitentemente abertos e fechados, a medida que se percorre o local de liberação, calibrando o passo dos operários de tal maneira a cobrir uniformemente o campo. No dia seguinte os recipientes devem novamente ser levados ao local, para distribuição do material restante que emergiu, depositando, cuidadosamente, no final, as cartelas sobre as plantas. Essa segunda liberação deve ser realizada em sentido contrário à do primeiro dia. É necessário que o operário aproxime o máximo a boca do recipiente da planta, para facilitar o encontro dos adultos com

Trichogramma pretiosum parasitando ovos da lagarta Anticarsia gemmatalis .

as folhas da mesma. Quando se usa a técnica de levar o recipiente aberto todo o tempo, ele deve estar na posição horizontal, com a boca em direção contrária àquela em que se caminha, deixando que as vespinhas saltem, aproximando-se o recipiente o máximo possível da planta. Outro método de distribuição é através da colocação da própria cartela, antes da emergência dos adultos. Deve-se recortar as cartelas que já vem previamente quadriculada, em 20 pequenas quadrículas. Quando for observada a emergência dos primeiros adultos, leva-se o material para o campo (quadrículas de cartela previamente cortadas), colocando-as na bainha da planta (ponto de inserção da folha no colmo). Quanto mais uniforme for a liberação dos insetos, melhor será a eficiência do controle. Na utilização de cartelas com insetos próximo à emergência, os pontos de liberação variam de 40 a 60 por hectare. Nesse caso, as cartelas são subdivididas de acordo com o número de pontos a ser liberado, e em seguida distribuídas nos pontos estabelecidos. A distribuição do no campo deve ser sincronizada com o aparecimento dos primeiros ovos e/ou adultos da praga. As liberações devem ser repetidas com uma freqüência semanal ou menor intervalo, dependendo do grau de infestação dos ovos da praga. A época correta de se iniciar as liberações, a freqüência em mantê-las e a quantidade empregada são fatores fundamentais para garantir a eficácia do controle biológico com o Trichogramma. É muito importante fazer avaliações antes e depois das libera-

1. - As espécies de Trichogramma são fototrópicas positivas por isto, apresentam máxima atividade de oviposição durante o dia; portanto, podem estar muito sujeitas aos efeitos tóxicos da aplicação de inseticidas não seletivos. 2. - A eficiência do Trichogramma no campo também é afetada pelas condições climáticas. Tem-se verificado, para algumas espécies, que a umidade relativa não tem efeito na sobrevivência e na capacidade de dispersão do parasitóide na faixa de 33 a 92%. Também a ação dovento, em velocidades menores que 3,6m/seg, não tiveram influência na dispersão das fêmeas. A taxa de dispersão (cm/min) do parasitóide, em ambos os sexos, aumenta com a elevação da temperatura. Os machos parecem ser mais sensíveis às altas temperaturas do que as fêmeas, embora temperaturas abaixo de 20ºC tenham reduzido a capacidade de dispersão delas. 3. - Ao fazer as liberações, é indispensável ter em conta a direção do vento, o excesso de radiação solar (calor) e a presença de chuvas. 4. - Para maior eficiência do parasi-tóide, é necessária a redução ou a eliminação do uso de inseticidas químicos. Se for preciso, em alguma situação, deve-se selecionar produtos menos tóxicos e continuar liberando os parasitóides dois ou três dias após, incrementando a dose e a frequência, para restaurar o equilíbrio biológico. 5. - A integraçãodasliberações com outras medidas culturais, microbiológica, físicas e mecânicas podem aumentar a eficiência. ções, para qualificar o comportamento do parasitóide e poder medir sua ação reguladora. Dessa maneira, pode-se também fazer os ajustes necessários. Se possível, deve ser realizada a distribuição de ovos em pontos estratégicos, para se determinar o índice de parasitismo. Caso contrário, fazer essa determinação coletando-se ovos da população natural da praga. Por amostragem, a avaliação da eficiência poderá também ser complementada através da avaliação dos danos às espigas, através de escala de danos.

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Cuidados na liberação

23 Abril de 2008

é uma pequena mariposa, de coloração cinza escura, cujo ciclo de vida dura em torno de 40 dias. Os fatores que afetam a eficiência do parasitóide liberado artificialmente no campo são os seguintes: número de insetos liberados, densidade da praga, espécie ou linhagem de Trichogramma liberada, época e número de liberações, método de distribuição, fenologia da cultura, número de outros inimigos naturais presentes e condições climáticas. A quantidade de insetos a ser liberada por unidade de área varia em relação à densidade populacional da praga. Em média, para a cultura do milho, tem-se liberado cerca de 100.000 indivíduos por hectare. Cada bio-laboratório tem o sua maneira de fabricar as cartelas contendo as vespinhas, alguns colocam em capsulas fechadas cerca de 2000 ovos parasitados, outros as colocam em cartelascom numero de ovos parasitadosvariando de 40.000 a 60.000. Dependendo do fluxo de entrada da praga na área, especialmente em locais onde o desequilíbrio biológico é evidente, às vezes serão necessárias novas liberações, o que deve ser feito sempre após constatada a presença de mariposas na área.

FOTO: UFPR

AGRICULTURA ORGÂNICA


SILVICULTURA

Aval para desmatar em São Paulo terá de considerar espécies

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FOTO: Madeirartix

A concessão de autorizações de desmatamento no Estado de São Paulo, a partir de agora, terá de levar em conta também os mapas de distribuição de espécies elaborados pelo Projeto Biota, além da legislação vigente. Nas áreas classificadas como de maior concentração de biodiversidade, o corte de vegetação só será autorizado mediante a recuperação de uma outra área até seis vezes maior do que a desmatada e de igual importância biológica dentro do Estado. As novas regras foram publicadas em meados de março pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente, cinco meses após a divulgação dos mapas pelo Biota um grande consórcio de pesquisadores, financiado pela Fapesp - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, que há oito anos estuda a biodiversidade paulista. Para os cientistas, é a concretização de um dos objetivos centrais do projeto: o apoio à formulação de políticas públicas de conservação, com base em dados científicos de qualidade. Um dos pontos-chave da resolução é que a compensação florestal precisará ser feita em áreas consideradas importantes

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e que estejam atualmente degradadas. A expectativa, com isso, é fomentar a recuperação de corredores florestais em áreas críticas, que facilitem o trânsito de espécies entre os remanescentes florestais já existentes. Uma das prioridades será para a recomposição de matas ciliares, às margens de rios e lagos. As leis ambientais proíbem o corte de florestas primárias de mata atlântica, mas não havia nenhum mecanismo até agora que exigisse a compensação ambiental de áreas de floresta legalmente desmatadas. Em municípios com menos de 5% de cobertura florestal remanescente, a compensação deverá ser feita independentemente de ser uma área prioritária ou não, e sempre dentro do próprio município.

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Grandes áreas devem comunicar área ciliar até dia 30 de abril Qual é a situação atual das matas ciliares no Estado de São Paulo, as chamadas APPs - Áreas de Preservação Permanente ? Para responder à questão, a Secretaria Estadual do Meio Ambiente (SMA) enviou correspondência para 650 proprietários rurais, que possuem áreas superiores a 2 mil hectares, para que comuniquem até o próximo dia 30, a situação das propriedades sob sua responsabilidade. O comunicado deverá ser em formato digital, constando a situação atual do local, se está ou não cercado e em que estado se encontra a vegetação. Atualmente, há uma estimativa de que cerca de 1,7 milhão de hectares das margens dos corpos d´água no território paulista precisa de recuperação. Com o levantamento que se inicia pelas grandes propriedades e usinas de álcool, a SMA pretende traçar um retrato realista da situação que servirá de suporte e aprimoramento ao Projeto Ambiental Estratégico Mata Ciliar. A previsão é de recuperar as áreas ciliares degradadas em até 25 anos, o que dará ao Estado uma cobertura vegetal nativa da ordem de 5,1 milhões de hectares, 20% do território de São Paulo, contra as 14% atuais. O comunicado da situação das áreas ciliares é regulado pela Resolução SMA 42, de 26/09/2007, que estabelece que propriedades ou posses rurais com área igual ou superior a 2.000 (dois mil) ha, áreas exploradas por empresas florestais do setor de papel e celulose e áreas marginais a reservatórios administrados por empresas de energia e saneamento, deverão fazer os comunicados até o dia 30 deste mês. Para propriedades ou posses rurais com área entre 500 e 2.000 ha., o prazo se encerra em 30 de setembro deste ano. As propriedades menores, com área entre 200 e 500 ha., têm prazo até 30 de setembro do próximo ano.e ação do protocolo agroambiental. Outras informações podem ser obtidas nos escritórios do Departamento Estadual de Proteção dos Recursos Naturais – DEPRN.


SILVICULTURA

Apesar do cenário de con-flitos sobre o desmatamento ilegal de florestas na Amazônia, a madeira certificada está ditando as rédeas de muitas negociações no País. Empresas como Embraer, Gafisa, Takaoka, Natura e Sawaya Engenharia, puxam a demanda com realização de projetos sustentáveis. Há também municípios que estão mudando processos de compra, especialmente para obras de infra-estrutura, visando conter o financiamento público da destruição da floresta Amazônica. O crescimento das florestas certificadas torna-se realidade, é o que apontam dados do Conselho de Manejo Florestal FSC Brasil. Segundo a orga-nização, 40% das florestas do País são certificadas, somando 5 milhões de hectares. Em 2003, apenas 1 milhão de hectares eram certificados. Trata-se da mais conhecida certificação ambiental do mundo, que garante a rastreabilidade da matériaprima desde a floresta, passando por todas as etapas de transformação do produto até o consumidor final.

Com a crescente preocupação ambiental, surgiu a idéia de se estabelecer normas para a exploração dos recursos naturais e garantir sua sustentabilidade. Assim, governos e organizações não governamentais (ONGs) de vários países formularam um conjunto de normas que visa regular o comércio de produtos provenientes das florestas tropicais através de acordos internacionais, pelos quais somente seriam comercializados os produtos retirados de florestas enquadradas em um plano de manejo, certificado por organismos internacionalmente reconhecidos.

A pressão destes organismos internacionais tem levado as empresas madeireiras a buscarem a sustentabilidade nos seus métodos de produção nas florestas tropicais. A princípio a certificação abrange todos os produtos provenientes de florestas e atualmente tornou-se um passaporte para a comercialização em vários países, com destaque aos pertencentes a União Européia. Esta visão de “passaporte” deu origem a expressão selo verde, hoje muito comum. A certificação é expedida através de solicitação da empresa, que arca com os custos da implementação e exigências da empresa certificadora. Uma vez entregue, o certificado é sinônimo de garantia que a madeira tem origem em uma área manejada de forma adequada e é economicamente viável, sem trazer danos sociais. No caso da madeira, especificamente, a certificação visa comprovar sua origem em área florestal manejada, cuja extração segue critérios científicos e metodológicos.

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Madeira certificada rouba a cena no mercado

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Pesquisa paulista inicia ações de controle da mosca-negra-dos-citros

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FOTOS: IB - Valmir Antonio Costa

O desafio de vencer os obstáculos no campo tem novo momento. A pesquisa científica do Estado de São Paulo está iniciando ações de controle e combate da mosca negra dos citros (Aleurocanthus woglumi), identificada, nos últimos dias, pela primeira vez em lavouras paulistas. O Instituto Biológico (IBAPTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, que confirmou a ocorrência da mosca, já iniciou atividades no sentido de gerar respostas ao setor produtivo. Dois fungos que agem como inimigos naturais da praga já foram identificados pelo IB-APTA na região de Artur Nogueira (SP), desde a confirmação da existência da mosca. O trabalho das instituições de pesquisa paulistas segue também com ações emergenciais. No dia 03 de abril, em Campinas (SP), o pesquisador do IBAPTA, Adalton Raga, ministrou um curso com o objetivo de capacitar engenheiros agrônomos para emissão do Certificado Fitossanitário de Origem (CFO). Esse documento é exigido no trânsito de vegetal e para emiti-lo o profissional deve ser habilitado. Daí a necessidade de capacitar engenheiros agrônomos. A emissão do documento é feita pela Coordenadoria de Defesa Agropecuária, outro órgão da Secretaria de Agricultura. “A mosca destrói mais o negócio citrícola que a planta”, diz João Paulo Feijão Teixeira, coordenador da APTA Agência Paulista de Tecnologia dos

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Agronegócios, ao considerar que a restrição do transporte de materiais tem grande impacto sobre o setor. De acordo com o Adalton Raga, as condições atuais de temperatura e umidade são ideais para o desenvolvimento da praga e dos fungos entomopatogênicos, usados no controle biológico. Ele alerta que o uso de agroquímicos no combate à mosca poderá levar ao desequilíbrio do ambiente, resultando no desenvolvimento de resistência por parte da praga e na redução dos inimigos naturais. Segundo Raga, há um único produto químico para combater a mosca, que já é usado para controlar outras pragas da citricultura. Ele acredita que deverá ocorrer um aumento nas aplicações de inseticidas nos municípios afetados pela mosca-negra. Na pesquisa, o primeiro passo, é fazer o mapeamento geográfico da ocorrência da praga. “Temos que amostrar diferentes localidades do Estado, coletar possíveis plantas hospedeiras, com georeferenciamento da localidade”, explica. Essa ação requer investimentos em recursos humanos e materiais. Está em elaboração projeto de pesquisa com vistas à captação de recursos junto a agências de fomento. “O Governo precisa dessas informações para informar produtores e compradores de outros estados e até de outros países. Esse é o ponto inicial”, diz o pesquisador. Ele acredita que a necessidade atual deverá

resultar em parcerias entre os setores privado e público para gerar tecnologias. No Instituto Biológico, o trabalho está sendo orientado no sentido de investir no controle biológico da praga, por meio do levantamento da ocorrência natural de fungos entomopatogênicos e também de insetos que controlam a mosca, chamados parasitóides. Após a identificação dos fungos, a próxima etapa envolverá multiplicação do material e testepiloto em campo. Raga explica que alguns fungos são de difícil multiplicação, por isso não é possível antecipar em quanto tempo se chegará a esse resultado. “Em geral, quando uma nova praga chega, não há no local inimigos naturais específicos”, diz. Outra fase envolverá a definição de doses de aplicação dos fungos. O pesquisador explica que a elaboração envolve aspectos de formulação, concentração e viabilidade para se chegar à indicação da dose. O que o produtor pode fazer Na avaliação do pesquisador Adalton Raga, os produtores devem se informar para minimizar o impacto da nova praga. A orientação principal é o monitoramento do pomar para observar se há ocorrência da mosca negra. Há ainda a recomendação para lavar os equipa-mentos usados na colheita dos citros, como caixas plásticas, e também os veículos de transporte, que podem servir para levar a mosca de uma região para outra. Como a mosca hospeda-se em outras frutíferas e também em plantas ornamentais, o pesquisador recomenda que o produtor que ainda não tem a praga na propriedade evite a entrada de plantas sem origem definida na área. Raga ressalta a importância da informação e da instrução para os agricultores, considerando que todos devem cuidar para evitar a presença da mosca negra e minimizar efeitos.


CONTABILIDADE RURAL

Admissão do Empregado Rural

2º) - Quais são os requisitos obrigatórios do Atestado de Saúde Ocupacional ASO? a) - Nome Completo do trabalhador, número da carteira de identidade e função; b) - Os riscos ocupacionais a que está exposto; c) - Indicação dos procedimentos médicos a que foi submetido e a data em que foram realizados; d) - Definição de apto ou inapto para a função específica que o trabalhador vai exercer, exerce ou exerceu; e) - Data, nome, número de inscrição no Conselho Regional de Medicina e assinatura do médico que realizou o exame.

4º) - Além dos documentos listados acima, é permitido solicitar do empregado rural uma carta de referência? Sim. É vedada qualquer solicitação que discrimine o empregado rural. 5º) - O empregador rural poderá reter os documentos exigidos para formalizar a contratação?

Escritório de Contabilidade Rural

ALVORADA CADASTRO NO INCRA (C.C.I.R.), I.T.R., IMPOSTO DE RENDA, DEPARTAMENTO PESSOAL, CONTABILIDADE E OUTROS 33 ANOS PRESTANDO SERVIÇOS CONTÁBEIS AOS PROPRIETÁRIOS RURAIS Rua Gonçalves Dias, 2258, Vila Nicácio Franca (SP) - PABX (16) 3723-5022 Email: ruralalvorada@netsite.com.br

Não. O empregador rural deverá providenciar com a máxima urgência a extração dos dados dos documentos solicitados para formalizar a contratação e, em seguida, devolvê-lo mediante recibo, datado e assinado pelo empregado rural. 6º) - O empregado pode iniciar o trabalho sem a assinatura da CTPS (Carteira de Trabalho e Previdência Social)? Recomenda-se que o empregado somente inicie o trabalho após a anotação da CTPS e registro em livro ou ficha própria. 7º) - Quais as anotações que o empregador rural deverá proceder na CTPS? a) - Nome do empregado e endereço; b) - função que o empregado irá exercer; c) - salário do empregado, especificando-o detalhadamente: valor da habitação (se vier a ser descontada) e valor da alimentação (se vier a ser fornecida), ou então, o percentual de comissões, preço etc; d) - data da admissão e constar o tipo de contrato no caso de ser determinado; e) - assinatura do empregador ou de seu preposto; f) - número no cadastramento do PIS/ PASEP e agência bancária do depósito do FGTS; g) - data-base; h) - férias; i) - aumento de salário ou alteração de função; j) - contribuição sindical; k) - interrupção ou suspensão do contrato de trabalho. 8º) - O empregador rural deverá fornecer EPI (Equipamento de Proteção Individual) aos empregados? Sim. Recomenda-se que sejam fornecidos, no primeiro dia de trabalho, mediante recibo, os EPIs necessários à proteção do trabalhador, de acordo com as atividades a serem desenvolvidas na propriedade rural, conforme previsão da NR 31.

R E V I S TA ATTALEA AGRONEGÓCIOS

1º) - O empregado rural pode iniciar o trabalho sem a realização do exame médico admissional? Não. Depois de realizada a seleção do empregado rural e preenchida a ficha de seleção, deverá ser encaminhado para a realização do exame médico admissional.

3º) - Sendo considerado APTO ao trabalho, qual o procedimento seguinte? O empregador rural deverá solicitar ao empregado que apresente, entre outros, os seguintes documentos: a) - Carteira de Trabalho e Previdência Social CTPS; b) - duas fotografias 3 x 4; c) - Título de Eleitor; d) - Cédula de Identidade; e) - Certidão de Nascimento/Casamento; f) - CPF; g) - Certificado de Reservista (somente para sexo masculino); h) - Cartão do PIS; i) - Cópias das certidões de nascimento dos filhos menores de 14 anos; j) - Atestado de vacinação dos filhos menores até seis anos de idade; k) - Comprovação de freqüência escolar dos filhos a partir de 7 anos de idade.

27 Abril de 2008

A partir desta edição, apresentaremos nesta coluna algumas orientações para que o proprietário rural contrate empregados rurais sem maiores “dores-decabeça”. O ideal é que o produtor procure um escritório de contabilidade rural para que seja melhor orientado.


Abril de 2008

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