Edição 38 - Revista de Agronegócios - Setembro/2009

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1 Revista Attalea庐 Agroneg贸cios - Set 2009 -


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Governo federal anuncia medidas de apoio aos setores cafeeiro e leiteiro As medidas de apoio ao setor cafeeiro e também para os produtores familiares e cooperativas de leite anunciadas pelo Governo Federal foram consideradas positivas, mas insuficientes para solucionar os prejuízos a curto prazo. Na cafeicultura, uma das medidas anunciadas pelo ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, foi a criação de uma linha de R$ 100 milhões para renegociar o pagamento das CPRs, estabelecendo quatro anos para a quitação e juros de 6,75% anual. Segundo Breno Pereira de Mesquita, presidente da Comissão Nacional do Café da CNA Confederação Nacional da Agricultura, seria necessário que o prazo fosse de 12 anos, incluindo 12 meses de carência. Segundo ele, este é um ano de safra de ciclo baixo, portanto o produtor está descapitalizado. Já a aquisição de sete milhões de sacas de café confirmada para ocorrer este ano é considerada medida positiva. O problema é o valor de negociação do produto. O governo anunciou que utilizará o preço mínimo de R$ 261,69 por saca de 60 quilos, para o café arábica. O valor não cobre os custos de produção. O preço de referência deveria ser de R$ 314,00 por saca, considerando os contratos de opção que vencerão em janeiro.

O P I N I Ã O

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EDITORA ATTALEA REVISTA DE AGRONEGÓCIOS LTDA. CNPJ nº 07.816.669/0001-03 Inscr. Municipal 44.024-8 R. Profª Amália Pimentel, 2394, Tel. (16) 3403-4992 São José - Franca (SP) CEP: 14.403-440

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FOTO: Editora Attalea

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No setor leiteiro, o governo decidiu socorrer produtores familiares e cooperativas de leite para evitar prejuízos causados pelas quedas de preços no mercado “spot”. O Ministério do Desenvolvimento Agrário usará R$ 50 milhões para enxugar a oferta de 7 mil toneladas de leite em pó de forma imediata. E o Ministério do Desenvolvimento Social já reservou parte do orçamento de R$ 468 milhões do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) para abastecer as cestas básicas do governo com leite em pó. O governo avalia garantir os preços por meio de compras diretas do leite ou financiar o carregamento dos estoques de cooperativas com opção de compra. Os problemas estão concentrados nas principais bacias leiteiras do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais e Goiás. São Paulo não entrou. Ao menos 100 mil produtores de uma dezena de cooperativas seriam beneficiados na primeira fase do programa emergencial. O plano inclui financiar a estocagem em cooperativas por até um ano com juros 3% ao preço de R$ 7,50 por quilo. “É uma espécie de capital de giro”, diz Campos. Assim, o governo sinaliza ao mercado um ajuste na oferta e demanda futuras, o que auxiliaria na recuperação dos preços.

A Revista Attalea Agronegócios, registrada no Registro de Marcas e Patentes do INPI, é uma publicação mensal da Editora Attalea Revista de Agronegócios Ltda., com distribuição gratuita a produtores rurais, empresários e profissionais do setor de agronegócios, atingindo 85 municípios das regiões da Alta Mogiana, Sul e Sudoeste de Minas Gerais.

CTP E IMPRESSÃO Cristal Gráfica e Editora R. Padre Anchieta, 1208, Centro Franca (SP) - Tel. (16) 3711-0200 www.graficacristal.com.br ASSESSORIA JURÍDICA Raquel Aparecida Marques OAB/SP 140.385 É PROIBIDA A REPRODUÇÃO PARCIAL OU TOTAL DE QUALQUER FORMA, INCLUINDO OS MEIOS ELETRÔNICOS, SEM PRÉVIA AUTORIZAÇÃO DO EDITOR. Os artigos técnicos, as opiniões e os conceitos emitidos em matérias assinadas são de inteira responsabilidade de seus autores, não traduzindo necessariamente a opinião da REVISTA ATTALEA AGRONEGÓCIOS.

Cartas / Assinaturas Por um erro de revisão, publicamos a foto acim na edição 37 com a legenda incorreta. A foto mostra dois tratores Massey Ferguson sendo entregues pela Oimasa-Franca através do Programa Mais Alimentos, em parceria com a Coonai e Banco do Brasil. No destaque, Evandro Souza Mendes (gerente da agência Dompieri do Banco do Brasil ), Norival Rocha (gerente geral do Banco do Brasil em Franca/ SP), os agricultores Élcio José Santucci e José Altair Santucci (agricultores de Cristais Paulista/SP), Dannilo Castaldi de Faria (gestor em agronegócios e coordenador do Setor de Investimentos da Coonai) e Franco Ávila (Oimasa-Franca).

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Carolina de Barros Aires

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A cultura agrícola brasileira reserva, em geral, papel predominante para a adição de fertilizantes com macronutrientes em sua composição, como nitrogênio, potássio e fósforo. No entanto, é reconhecido em todo o mundo que, além dos macronutrientes, as plantas necessitam de micronutrientes essenciais para sua saúde, crescimento e reprodução. Os macronutrientes são consumidos em grandes quantidades, enquanto os micronutrientes são consumidos em volumes menores. Mas esses volumes são fundamentais para o bom desenvolvimento das plantas. Um desses micronutrientes é o zinco. 1 - Engenheira Química formada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e pós-graduada em Qualidade, Segurança e Meio Ambiente pela Universidade Otto von Guericke, em Magdeburg, Alemanha.

FOTO: Fundecitrus

Zinco, fator fundamental para aumento e melhora da produção agrícola

Sintomas de deficiência de zinco em folhas de laranjeira.

O zinco é um cofator nas reações enzimáticas e, portanto, participa de diversos ciclos bioquímicos das plantas, incluindo fotossíntese e formação de açúcar, síntese de proteínas, fertilidade e produção de sementes, regulagem do crescimento e defesa contra doenças. Estudo conduzido pela Organização de Alimentos e Agricultura (FAO), da

Organização das Nações Unidas, mostrou que a deficiência em zinco é uma das mais comuns no mundo. A deficiência de zinco afeta as funções bioquímicas, impedindo que a planta se desenvolva corretamente. Isto resulta em colheitas com piora na qualidade e menor rendimento da produção. Muitas espécies de plantas são afetadas pela deficiência de zinco, entre elas a maior parte das lavouras de grãos (arroz, trigo, milho, sorgo, etc.), diversas árvores frutíferas (espécies cítricas, maçã, goiaba, abacaxi, etc.), sementes oleaginosas (nozes, avelãs, etc.), cana de açúcar, café, cenoura, batata e tomate, dentre outros. O zinco foi identificado como um nutriente essencial para as plantas na década de 1970. Assim, o uso do óxido de zinco em fertilizantes tem a principal finalidade de fornecer às plantas a quantidade adequada deste micro-

F E R T I L I Z A N T E S

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nutriente para seu melhor desenvolvimento. Isto porque, devido às colheitas sucessivas e intensivas, o zinco vem sendo progressivamente retirado do solo em quantidades superiores - em certos casos, muito superiores - à sua reposição natural. A quantidade de zinco necessária para as plantas é infinitesimal, o que caracteriza esse elemento como um micronutriente. No entanto, essa quantidade mínima regula todo o crescimento vegetal, uma vez que entra na composição de diversas metaloenzimas e de hormônios essenciais para o desenvolvimento da planta. Essas enzimas e hormônios têm papéis fundamentais em diversos ciclos bioquímicos das plantas relacionados ao metabolismo de carboidratos tanto durante a fotossíntese quanto na conversão de açúcares em amido, ao metabolismo de proteínas e de auxina (regulador de crescimento), à formação de pólen, manutenção da integridade de membranas biológicas e resistência às infecções por agentes patogênicos. O zinco também participa do metabolismo do nitrogênio. Plantas com deficiência de zinco apresentam folhas pequenas e com formato distorcido, com encurtamento das brotações e aglomeração de folhas na região de crescimento. As plantas apresentam ainda déficit de clorofila, fazendo com que as folhas fiquem mais claras e até mesmo brancas. No caso da deficiência de zinco, essa descoloração ocorre perto das nervuras, elas podem apresentar também partes mortas e pintas de coloração bronze. Essas deficiências foliares são encontradas em folhas velhas e novas, diferentemente de outras deficiências de nutrientes. A deficiência de zinco também pode ser detectada em nível celular, por meio da malformação de organelas como

cloroplastos e mitocôndrias. A ausência ou deficiência desse elemento pode ocasionar ainda problemas na divisão celular e raízes retorcidas e com pontas alargadas. É importante ressaltar que a deficiência de zinco pode reduzir em até 40% o rendimento de culturas. Para evitar esses problemas, devem ser realizados estudos no solo e nas plantas para identificar suas causas, pois alguns dos sintomas relatados são comuns tanto à deficiência de zinco quanto à de outros micronutrientes. As principais causas de deficiência de zinco em lavouras são: baixa concentração total em solos (principal-

mente arenosos calcários ou sódicos); baixa disponibilidade (alto pH, solos calcários ou sódicos), altos níveis de fosfatos e nitrogênio e zonas de crescimento de raízes restritas devido à compactação do solo. Assim, a aplicação de fertilizantes contendo macro e micronutrientes pode ajudar a resolver problemas que afetam o rendimento e a qualidade da produção agrícola, elevando inclusive a repercussão positiva na saúde dos consumidores finais dos produtos (beneficiados ou não) pela presença desses elementos, como reconhecem a FAO e diversos institutos de pesquisas internacionais.

Pioneer® é a vencedora do Concurso de Silagem da Fundação ABC Com o objetivo de reconhecer e divulgar a cadeia produtiva de silagem de milho como uma cultura de alta produção, a Fundação ABC organizou em julho o 1° Concurso de Silagem Silagem. Para premiar os 10 híbridos mais produtivos foram realizadas análises bromatológicas dos materiais inscritos para determinar os melhores índices de qualidade, com premiação para o produtor, assistente técnico, empresa do híbrido, prestador de serviço, empresa de fungicida e o fabricante da ensiladeira. Os híbridos de silagem da Pioneer foram os grandes vencedores do concurso, onde ficaram com 7 colocações entre os 10 híbridos mais produtivos produtivos, com média de produtividade de 87,7. O Pioneer 32R22, 32R48 e 30R50 30R50, são os híbridos vencedores que aliam alto potencial produtivo e superprecocidade.

O 32R22 é um híbrido simples e superprecoce que apresenta elevada resposta ao manejo, e pode ser plantado tanto para silagem de planta inteira como de grão úmido. O híbrido 32R48 é simples e reúne superprecocidade na colheita com elevado potencial produtivo. Já o 30R50 alia elevado potencial produtivo, estabilidade e alta resposta ao manejo. Investindo cada vez mais em pesquisa e avançadas técnicas de melhoramento genético, a Pioneer desenvolve híbridos para silagem com elevada produção de matéria verde e tolerância às principais doenças. A silagem é o alimento mais barato depois da pastagem, devido a sua alta produção por área, baixo custo por quilo e alta qualidade energética. É utilizada em cerca de 95% das propriedades com pecuária leiteira na região do Paraná.


J.B.Matiello 1; S.R. Almeida 1; e A. W. R. Garcia 1 O cobre tem três funções principais no cafeeiro, beneficiando as lavouras de café, através do seu efeito: a) Como micronutriente, exigido para os processos de crescimento e produção do cafeeiro; b) Como fungicida e bactericida, protegendo as plantas contra as suas duas principais doenças, a ferrugem e a cercosporiose, além de sua atividade, também, contra eventuais ataques de Pseudomonas, Colletotrichum e outros fungos; c) Como efeito tônico, atuando na supressão do efeito do etileno, produzido nos processos de necrose da folhagem ou pela morte de fungos epífitas que vivem sobre o cafeeiro. Com isso o cobre evita queda das folhas, promovendo maior retenção foliar. Com seu conjunto de efeitos, o uso do cobre, melhora o desenvolvimento e a produtividade nos cafezais e beneficia, ainda, a qualidade dos frutos do café. As formas de cobre devem ser adequadas para atender a uma ou mais das funções, já citadas. Duas formas são utilizadas: a) - Sais de cobre cobre, prontamente solúveis, principalmente o sulfato; outros como quelato, cloreto, etc; b) - Produtos de cobre onde o elemento é liberado lentamente, compreendendo, principalmente, o oxicloreto, o hidróxido, o óxido cuproso, a calda bordaleza (trioxisulfato de cobre) e outras formas menos usadas (sulfato tribásico, roseinato, sal de amônea e cobre, naftanato, etc...) Para a função nutricional, ambas as formas podem ser usadas. Para o efeito 1

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FOTO: Editora Attalea

O cobre na nutrição do cafeeiro

fungicida e bactericida é necessária a liberação lenta e constante de partículas (íons) de cobre e para efeito tônico parece ser preciso a combinação das funções nutricionais e protetora.. O cobre é um micronutriente importante para o cafeeiro. Ele atua em vários processos fisiológicos das plantas, como a fotossíntese, a respiração, no metabolismo de proteínas e entra em processos de ativação de resistências das plantas (fito-alexinas). Com deficiência de cobre as folhas novas apresentam uma ondulação, deixando as nervuras salientes na página inferior. Com deficiência mais grave as folhas mais velhas ficam cloróticas e aparece uma área amarelada a partir do pecíolo, se alongando ao longo e ao lado da nervura principal, chegando a se tornar esbranquiçada. As folhas deficientes são muito sensíveis à escaldadura pelo sol. As folhas ficam anormalmente voltadas para baixo. As condições onde ocorre maior deficiência de cobre são as seguintes; a) Em solos húmicos, pois a matéria orgâ-

nica imobiliza o cobre. b) Em solos muito corrigidos; com V% e pH altos, pois nessa condição o cobre fica menos disponível; c) Em regiões quentes. As exigências de cobre para o cafeeiro, para sua vegetação e produção, foram determinadas pela pesquisa, assim: a) No crescimento: Até o 1,5 ano de campo um cafeeiro utiliza cerca de 80 mg de cobre/planta. Na 1ª safra (2,5 anos) a exigência de cobre corresponde a 120-150 g de cobre/hectare. b) Na fase adulta: Para uma lavoura com produção de 30 sacas/ha há uma necessidade de cerca de 250 g de cobre/ ha/ano. A suficiência do cobre, no solo ou nas folhas do cafeeiro, pode ser avaliada comparando-se os resultados das análises químicas aos padrões ou níveis que se considera adequados. No solo adota-se como adequado os níveis de 1,5 a 10 ppm e nas folhas de 10 a 50 ppm de cobre. O suprimento de cobre nutricional deve ser feito, preferencialmente, via foliar, através de pulverizações. Podese usar no solo somente no sulco ou na cova de plantio, em mistura com a terra, pois, quando usado em cobertura, o cobre não se aprofunda no solo (semelhante ao zinco). As fontes de cobre nutricional de liberação gradual do cobre apresentam maior eficiência, pois mantém um suprimento constante do nutriente que é, assim, mais absorvido no tecido foliar. Isso ocorre com as formulações de fungicidas cúpricos, como o hidróxido, o óxido, o oxicloreto e caldas bordalezas, por essa razão essas formulações são, também, as mais indicadas para suprir a deficiência de cobre.

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Poda do cafeeiro: índices e coeficientes técnicos

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por uma série de análises, que deve ser feita em conjunto pelo técnico e pelo cafeicultor. Inicialmente, é importante verificar se a poda é necessária ou se outras práticas de manejo, como adubação, seriam suficientes para sanar o problema. Uma vez recomendada, outras considerações, como densidade de plantas, variedade, fechamento da lavoura, perda de ramos produtivos, ataque de pragas, falhas na lavoura e preço do café, devem ser feitas, para definir o tipo mais adequado de poda. Com relação às falhas na lavoura, níveis acima de 20% determinam a erradicação ao invés de poda.

FOTO: Editora Attalea

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Rodrigo Luz da Cunha 1 Sérgio Parreiras Pereira 2 Roberto Antônio Thomaziello 3 Marcelo de Freitas Ribeiro 4 Vicente Luiz de Carvalho 5 Introdução - Nos últimos 40 anos, a cafeicultura passou por grandes modificações com a introdução de diferentes tecnologias. Espaçamentos mais adensados que até então eram de 4,0 x 2,5 m, com duas a quatro plantas por cova, passaram a ser usados para estimular a adoção de podas. Estas eram praticadas, inicialmente, para resolver problemas de fechamento das lavouras, de recuperação de cafeeiros danificados por geadas e granizo, além de desbrotas anuais. As ferramentas utilizadas resCircular Técnica produzida pela EPAMIG - Centro Tecnológico da Zona da Mata (CTZM). Tel.: (31) 3891-2646. Email: ctzm@epamig.br 1 - Engº Agrº, D.Sc., Pesq. EPAMIGCTSM-EcoCentro, Caixa Postal 176, CEP 37200-000 Lavras-MG. Email: rodrigo @epamig.ufla.br 2 - Engº Agrº, M.Sc., Pesq. IAC, Caixa Postal 28, CEP 13012-970 Campinas-SP. Email: sergiopereira@iac.sp.gov.br 3 - Engº Agrº, Consultor/Bolsista CBP&D - Café/Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Caixa Postal 28, CEP 13012-970 Campinas-SP. Email: rthom@iac.sp.gov.br 4 - Engº Agrº, M.Sc., Pesq. EPAMIGCTZM, Caixa Postal 216, CEP 36570-000 Viçosa-MG. Email: mribeiro@epamig.br 5 - Engº Agrº, M.Sc., Pesq. EPAMIGCTSM-EcoCentro, Caixa Postal 176, CEP 37200-000 Lavras-MG. Email: vicentelc @epamig.ufla.br.

tringiam-se ao machado, foices, serrotes de poda e motosserra. Embora a pesquisa e a literatura sobre podas sejam extensas, seus resultados têm sido associados apenas às produções após a poda. De maneira geral, as podas do cafeeiro não têm refletido aumento de produtividade. Para o uso da tecnologia da poda, a indústria de máquinas e de implementos agrícolas vem suprindo o cafeicultor com várias opções de implementos para os diferentes tipos de podas, alguns passíveis de ser acoplados ao trator. Aspectos Gerais a Serem Analisados Antes da Poda - A decisão de podar ou não a lavoura de café passa

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Tipos de Podas - Os tipos de poda são: recepa, decote, esqueletamento, desponte e poda seletiva. Recepa - A recepa é a poda mais drástica, também conhecida como poda de renovação. Elimina, praticamente, toda a parte aérea do cafeeiro e provoca a morte de mais de 80% das raízes absorventes. É a poda que exige maior tempo de recuperação do cafeeiro, em termos de produção, e um maior número de operações de desbrota. Deve ser recomendada somente quando não existe a possibilidade de aplicar uma outra poda. A intensidade dos danos na parte aérea do cafeeiro determina a altura do corte. Lavouras que perderam

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muitos ramos produtivos nas partes mediana e inferior da copa, com a perda de saia, ou que se encontram muito fechadas pelo adensamento, o corte deve ser realizado a uma altura de 30 a 40 cm do solo. Nos casos em que é possível deixar alguns ramos laterais ou ramos “pulmão”, ela pode ser executada de 50 a 80 cm de altura. Estes ramos proporcionam uma recuperação mais rápida e mais vigorosa do crescimento vegetativo, resultando em maiores produções, quando comparadas com a recepa sem pulmão. Depois da recepa, é fundamental a condução das brotações, eliminando-se o excesso de brotos na dependência do espaçamento, preferindo-se as brotações mais vigorosas e baixas, existentes no sentido das fileiras. Deve-se realizar, inicialmente, o desgalhamento dos ramos laterais (plagiotrópicos), bem rente ao tronco do cafeeiro, para facilitar a retirada da lenha ou deixar os resíduos da poda na própria lavoura. Posteriormente, realiza-se o corte inclinado do tronco, em bisel, com a utilização de uma motosserra. O Quadro 1 apresenta os rendi-

mentos médios das operações de desgalhamento e recepa. Decote - O decote é o tipo de poda alta que elimina a parte superior do cafeeiro para reduzir a sua altura, facilitando os tratos culturais, a colheita ou a recuperação do terço superior das plantas, desde que os ramos inferiores ainda se encontrem em forma satisfatória. Aplica-se também no caso de cafeeiros atingidos por geadas de capote dos ponteiros, granizos ou faíscas elétricas. A altura do corte determina os dois tipos de decote: alto e baixo. O decote alto (2,0 a 2,2 m) é aplicado, geralmente, quando se quer manter os cafeeiros a uma altura constante, por exemplo, para adequálos à irrigação por pivô. O decote baixo (1,2 a 1,8 m) é aplicado em lavouras, onde se faz necessária a recomposição da parte superior dos cafeeiros. As deformidades ou “cinturamentos” são eliminados, conduzindo-se um ou dois brotos por planta.

O Quadro 2 apresenta os rendimentos médios das operações de decote manual e mecanizado. Esqueletamento - Esqueletamento é um tipo de poda relativamente drástica, que consiste na associação do decote alto (1,6 a 2,0m) com o corte acentuado dos ramos produtivos. É indicado para lavouras em vias de fechamento, para lavouras desgastadas pela idade com perda de produção; para lavouras atingidas por geada de “capote” e para lavouras no sistema adensado mecanizável, que necessitam de podas a cada quatro ou cinco anos (THOMAZIELLO; PEREIRA, 2008). O esqueletamento não deve ser aplicado em plantas que perderam muitos ramos laterais e a saia. É importante que o corte dos ramos laterais primários seja realizado de maneira que confira à planta uma arquitetura cônica. Assim, inicia-se, no topo, o corte dos ramos a uma distância de 20 a 30 cm do tronco, aumentandose esta distância, gradativamente, para terminá-la, na base da planta, a 40 ou 50 cm do tronco.

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Quadro 1 - Coeficientes técnicos relacionados com as operações de recepa de cafeeiros. OPERAÇÃO

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Desgalhamento lateral

DESCRIÇÃO

EQUIPAMENTO/ INSTRUMENTO

Limpeza da planta para recepa

1) - Manual com foice 2) - Esqueletadeira acessório acoplado em derriçadeira lateral motorizada ou roçadeira lateral motorizada com lâmina de serra 1) - Machado

2) - Motosserra

Recepa

Corte no tronco a uma altura de 30 a 40 cm do solo, para recepa baixa e 50 a 80 cm, para recepa alta

RENDIMENTO UNIDADE (nº plantas/dia)

a) - café menor 2m b) - café maior 2 m

600 - 800 300 - 500

d/H d/H

a) - café menor 2m b) - café maior 2 m

1.500 - 2.000 1.000 - 1.500

d/H d/H

a) - recepa baixa b) - recepa alta a) - rendimento em função do diâmetro do caule

250 - 300 300 - 500

d/H d/H

1.500 - 2.000 (dois homens)

d/H

3) - Roçadeira lateral motorizada com lâmina de serra

a) - disco com 80 dentes para tronco com até 5cm diâmetro

até 1.200

d/H

4) - Roçadeira costal de maior potência

a) - disco tornado para tronco com até 15cm diâmetro

1.200 - 1.800

d/H

5) - Recepadeira mecanizada

a) - implemento acoplado ao trator e acionado pelo eixo da tomada de força

500 - 1.000

h/m

10 Revista Attalea® Agronegócios - Set 2009 -

OBSERVAÇÃO

NOTA: d/H = dia/homem; h/m = hora máquina.

Essa poda estimula o desenvolvimento de ramos ladrões, ao longo da haste vertical (ortotrópica), que devem ser eliminados para evitar, posteriormente, o fechamento excessivo da lavoura, o que comprometerá a penetração de luz e o seu manejo nutricional e fitossanitário. O corte pode ser feito manualmente, com foice ou roçadeira costal motorizada, ou mecanicamente com esqueletadeira motorizada. Desponte - O desponte dos ramos produtivos, assim como o esqueletamento, é aplicado para restauração do crescimento dos ramos laterais, quando atingem um comprimento acima de 1,20 m e começam a mostrar sinais de esgotamento, reconhecido pela

falta de vigor, crescimento vegetativo insatisfatório e rosetas ralas. O desponte estimula a formação de ramos laterais secundários e terciários. Consiste no corte das extremidades dos ramos produtivos, deixando-os com comprimento de cerca de 50 cm no topo e 90 cm na base do cafeeiro. É um esqueletamento suave que pode ser realizado mesmo na ausência de decotes, principalmente em cultivares de porte baixo. Os coeficientes desta operação aproximam-se muito daqueles utilizados nas operações de esqueletamento Quadro 33). (Quadro Poda seletiva - É uma variante que é executada após a análise individual de cada planta, preservando-se o poten-

cial produtivo da lavoura, podendo utilizar desde a recepa baixa até um decote. Requer mão-de-obra treinada, sendo recomendada, principalmente, para pequenos produtores. O rendimento desta prática depende dos diferentes tipos de podas que serão realizados. Desbrota - A desbrota consiste na retirada de brotações que surgem no ramo ortotrópico da planta de café. Esses brotos, conhecidos como de ramos “ladrões”, aparecem geralmente estimulados pela insolação que incide no tronco ou qualquer interferência na dominância apical. Suas remoções são facilitadas, quando a brotação é nova, pois pode ser realizada manualmente Quadro 44). (Quadro

Quadro 2 - Coeficientes técnicos relacionados com as operações de decote de cafeeiros. OPERAÇÃO

Decote

DESCRIÇÃO

Corte da planta a uma altura de 1,20 - 2,20 m

EQUIPAMENTO/ INSTRUMENTO 1) - Manual com foice

Rendimento variável de acordo com o porte da planta

2) - Roçadeira lateral motorizada com lâmina de serra

Disco com 80 dentes para tronco com até 5 cm de diâmetro

3) - Decotadeira mecanizada NOTA: d/H = dia/homem; h/m = hora máquina.

OBSERVAÇÃO

-

RENDIMENTO UNIDADE (nº plantas/dia) 500 - 800

1.500 - 2.000 600 - 1.200

d/H

d/H d/H


Quadro 3 - Coeficientes técnicos relacionados com as operações de esqueletamento de cafeeiros Arábica. OPERAÇÃO

Esqueletamento com decote

DESCRIÇÃO

Poda dos ramos laterais, deixando de 20 a 30 cm do tronco no topo e de 50 a 60 cm do tronco na saia

Decote a uma altura de 1,60 a 2,00 m

EQUIPAMENTO/ INSTRUMENTO

OBSERVAÇÃO

RENDIMENTO UNIDADE (nº plantas/dia)

1) - Manual com foice

Rendimento variável de acordo com o porte da planta

200 - 300

2) - Roçadeira lateral motorizada

Esqueletadeira com saibro ou disco de 80 dentes para tronco com até 5 cm de diâmetro

1.000 - 2.000

3) - Podadeira lateral e decotadeira mecanizada

Realiza poda nos ramos laterais e verticais simultaneamente

500 - 900

1) - Roçadeira lateral com lâmina deserra

Rendimento variável de acordo com o porte da planta

2.000 - 3.000

d/H

d/H

C A F É

d/H

d/H

NOTA: d/H = dia/homem; h/m = hora máquina.

Na maior parte das lavouras que receberam algum tipo de poda (recepa, esqueletamento ou decote), a desbrota é uma atividade essencial e irá permitir o sucesso ou não da poda. Deve ser feita após o desenvolvimento inicial das primeiras brotações, escolhendo-se aquelas que melhor se encaixam na nova arquitetura das plantas. Em apenas alguns casos de podas feitas regularmente, como o esqueletamento sucessivo, pode-se dispensar a desbrota (RONCA, 2007). Sistemas de Podas em Lavouras Adensadas - Em lavouras adensadas, as podas tornam-se práticas regulares que devem ser realizadas dentro de uma programação preestabelecida, com a

associação de mais de um tipo de poda. Esses tipos de poda podem ser executados com vários esquemas de condução da lavoura, como recepa em linhas alternadas, recepa ou decote em linhas alternadas e outras. Uma prática utilizada com bons resultados é a recepa por talhão, originando uma nova lavoura após dois anos, o que permite escalonar plantios para manter constante a produtividade da propriedade. Época Apropriada para Podar o Cafeeiro - A época da poda, por regular o crescimento vegetativo, afeta a safra futura. Desse modo, quanto mais cedo se poda, a partir de julho, maior será a próxima produção. A época mais

apropriada é logo após a colheita (FAGUNDES et al., 2007). Cuidados Observados durante e após a Poda - De maneira geral, a poda promove um aumento considerável de plantas daninhas, principalmente aquelas mais drásticas, aumentando o número de capinas. Apesar da redução quantitativa das doses da adubação, para alguns tipos de podas, o produtor não pode dispensá-la. As culturas intercalares são uma opção que pode promover renda adicional para o produtor no período de renovação da lavoura. É importante, entretanto, adequar o número de linhas da cultura intercalar para não prejudicar o cafeeiro.

Quadro 4 - Coeficientes técnicos relacionados com as operações de desbrota de cafeeiros. OPERAÇÃO

Desbrota

DESCRIÇÃO Eliminação de ramos “ladrões” ou verticais (ortotrópicos)

EQUIPAMENTO/ INSTRUMENTO

OBSERVAÇÃO Esqueletamento

RENDIMENTO UNIDADE (nº plantas/dia) 400 - 600

d/H

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11 Revista Attalea® Agronegócios - Set 2009 -


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12 Revista Attalea® Agronegócios - Set 2009 -

A nona edição da Campanha Hora Certa da Cooparaiso terminou no último dia 18 de setembro com balanço positivo em visitas e negócios realizados, segundo a comissão organizadora. Foi contabilizado um público de cerca de seis mil pessoas, que aproveitaram a visita pelos 64 estandes na feira para conhecer novos produtos e serviços, bem como fechar negócios visando o início de novo ano-agrícola. De acordo com o vice-presidente da Cooparaiso, José Fichina, o evento superou positivamente todas as expectativas da empresa. “Chegamos ao término de mais uma campanha Hora Certa. Isso representa para o produtor o plantio da próxima safra. A cooperativa se empenhou muito em trabalhar preços compatíveis para o produtor, tanto no aspecto de trava de café como no valor de insumos e defensivos. A Cooparaiso está trabalhando a trava de café a R$ 320, e implantou várias modalidades de pagamento. A feira superou todas as expectativas em termos de números comerciais e o número de visitantes”, declarou o vice-presidente. O terceiro e último dia foi movimentado pela visita de alunos da Escola de Formação Técnica Gerencial (ETFG) e Escola Estadual Paula Frassinetti. Outro ponto alto foi a entrega de certificados para mais de 200 alunos que concluíram o curso básico de informática, que faz parte do projeto “Universidade Cooperaiso”. O curso tem como objetivo a inclusão digital, ensinando o uso básico do computador e da internet, voltado para os produtores, seus familiares e funcionários. Os núcleos da Cooparaiso de Guapé e Bom Jesus da Penha também trouxeram seus alunos para receber o diploma. O educador cooperativista, Ilson José Aparecido, disse que é surpreendente

FOTOS: Editora Attalea

Campanha Hora Certa da Cooparaíso 2009 alcança resultados excelentes

ver o interesse dos alunos. “Pessoas de 9 a 80 anos frequentaram o curso e agora poderão fazer a diferença em seus trabalhos. A filha de um produtor de apenas dez anos, aprendeu informática em nosso curso e hoje ela ajuda o pai a fazer o custo de produção de sua lavoura”, contou Ilson. Uma das novidades da nona edição foi a participação de empresas do setor de produtos veterinários. Estiveram expondo seis empresas , com experimentos sobre silagem e outros serviços. O Produtor - Durante todos os dias do evento, produtores dos núcleos da Cooparaiso localizados nas cidades de Alegre (ES), Altinópolis (SP), Bom Jesus da Penha (MG), Espera Feliz (MG), Guapé (MG), Itamoji (MG), Jacuí (MG), Passos (MG), Piumhi (MG), Pratápolis (MG) e São Tomás de Aquino (MG), visitaram a cooperativa e também a feira Hora Certa. Para o produtor de Alegre (ES), Nelson Alves Victor de Assis, que é atendido pelo núcleo da Cooparaiso daquela cidade, “a feira foi um grande presente na visita que fizemos para conhecer toda a Cooperativa. O evento não foi apenas um local para fazer boas compras como também adquirir conhecimento e informação”, disse Nelson. O produtor de Espera Feliz (MG), Ademir da Silva Pauletti, que já foi

pedreiro e bóia fria, contou que seu sonho era ser produtor de café e há oito anos conseguiu realizá-lo, contando com o apoio do núcleo da Cooparaiso em sua cidade. Em visita à Hora Certa, disse que é uma pena que nem todos os produtores têm a oportunidade de conhecer um evento desse porte. “Valeu a pena viajar para ver uma feira tão boa. Tem preços bons em todos os produtos, com muita variedade. Gostei demais de tudo o que vi e achei as ofertas muito válidas para que o produtor faça suas compras”, disse o produtor. O bombeiro Helder, que também ajuda seu pai na lavou de café, disse que antes de comprar adubo na Hora Certa esteve pesquisando em outros lugares. “Nenhum preço conseguiu se aproximar ao oferecido na feira. A diferença era muito grande. Valeu a pena comprar durante essa campanha”, contou ele. Cursos e Palestras - As empresas expositoras e o Sebrae ofereceram palestras técnicas e clínicas agrícolas. O número de presentes cresceu a cada apresentação; produtos novos e tecnologias foram apresentadas e foi uma das atrações da feira. Os produtores tiveram a oportunidade de ouvir palestra técnica com o pesquisador José Braz Matiello e apresentação motivacional com o


FOTOS: Editora Attalea

Ambiente do jantar de confraternização dos expositores realizado no Italian Buffet, em São Sebastião do Paraíso.

médico Wanderley Pires. Em ambas o salão nobre da Cooparaiso ficou lotado. O sucesso também pode ser conferido nos cursos promovidos pelo Senar e voltados para o público feminino. Foram oferecidas aulas de bordado em fitas, biscuit e arranjo floral; em todos houve grande procura.

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Marcelo Almeida (COOPARAÍSO), José Braz (MAPA/Procafé) e Fábio Moreira (UFLA)

sua satisfação pelo sucesso alcançado em mais uma Campanha Hora Certa. O evento foi realizado no Italian Buffet, diga-se de passagem, brilhantemente. Organização, som ambiente agradável, companheirismo entre os

Matiello

empresários e instituições e um cardápio de fazer inveja a muitos outros eventos Parabéns à diretoria da Cooparaíso e, em especial, ao departamento de comunicação da cooperativa.

13 Confraternização - Um jantar de confraternização foi oferecido pela Cooparaíso a todos os expositores da campanha. Toda a diretoria da Cooparaíso esteve presente, capitaneado por Rogério Couto Rosa Araújo, diretor comercial da cooperativa. Carlos Melles, deputado federal e presidente da Cooparaíso não pode comparecer, mas apresentou em vídeo

Equipe BASF

Equipe Lagoa da Serra

UFLA - Universidade Federal de Lavras

Sindicato Rural de S.S.Paraíso.

EMATER - S.Sebastião do Paraíso.

Revista Attalea® Agronegócios - Set 2009 -


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14 Revista Attalea® Agronegócios - Set 2009 -

Os cafeicultores estabelecidos na região da Alta Mogiana e que tenham propriedades nos municípios de Altinópolis, Batatais, Buritizal, Cajuru, Cristais Paulista, Franca, Itirapuã, Jeriquara, Patrocínio Paulista, Pedregulho, Restinga, Ribeirão Corrente, Santo Antônio da Alegria, Nuporanga, São José da Bela Vista tem até o dia 25 de setembro para se inscreverem no 7º Concurso de Qualidade de Café da Alta Mogiana Mogiana, safra 2009/2010. De acordo com Milton Pucci, presidente da AMSC - Associação de Cafés Especiais da Alta Mogiana, as amostras de café deverão corresponder aqueles produzidos em suas próprias fazendas, obrigatoriamente nestes municípios citados. “Somente serão aceitos cafés de espécie Coffea arabica, de bebida fina, preparado por via seca (café natural) ou por via úmida (cereja descascado)”, afirma Pucci. O julgamento dos cafés será realizado nos dias 01 e 02 de outubro, no Comfort Hotel e a cerimônia de premiação será realizada na sede campestre do Clube de Campo de Franca (SP), no dia 03 de outubro. “O objetivo do concurso é o de selecionar os melhores cafés desta renomada região e incentivar os produtores na melhoria contínua de qualidade”, explica Gabriel Afonso Mei Alves de Oliveira, presidente da Comissão Organizadora. O produtor, pessoa física ou jurídica, poderá inscrever apenas uma amostra de café cereja descascado e uma amostra de café natural. A amostra de café natural

FOTO: Editora Attalea

AMSC realiza 7º Concurso de Qualidade de Café

Gabriel Mei (esquerda) e Milton Pucci (direita) premiam os vencedores em 2008: Wagner Crivelenti e José Edson.

Wagner Crivelenti recebe prêmio em 2007 de Milton Pucci, João Sampaio e Orestes Quércia.

ou descascado não pode estar ligada a qualquer outro café. As amostras inscritas deverão estar beneficiadas e serem classificadas como tipo três para melhor (máximo 12 defeitos) pela tabela da Classificação Oficial Brasileira. O teor de umidade máximo aceitável será de 11%. As amostras de café deverão ser entregues diretamente no sindicato de sua cidade. Se enviadas pelo correio (somente sedex) para: Praça Padre Luis Sávio, 250, Centro Pedregulho – SP, CEP 14470-000. A Comissão Julgadora será integrada por classificadores de café de reputação nacional, que julgarão as amostras quanto à qualidade de bebida, utilizando os atributos da folha de prova da Specialty Coffee Association of America (SCAA) para selecionar os lotes vencedores. Haverá duas premiações. A primeira premiação será feita aos cinco primeiros lotes preparados por via seca (café natu-

ral). A segunda premiação será feita aos cinco primeiros cafés preparados por via úmida (café cereja descascado). Para os 10 primeiros colocados de cada categoria serão conferidos certificados de participação e colocação no Concurso. Os cinco primeiros colocados de cada categoria ganharão o direito de participar do 8º Concurso Estadual de Qualidade de São Paulo. A AMSC realizará leilão dos cinco primeiros colocados de cada categoria, imediatamente após a classificação dos lotes, no mesmo local das provas, e anunciados no evento de premiação. Os vencedores disponibilizarão 10 sacos de cada lote premiado, para venda à melhor oferta.

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15 Revista Attalea® Agronegócios - Set 2009 -


C A No dia 1º de setembro, as empresas BASF Fe CAMPAGRO realizaram uma Noite de ÉPalestras sobre Cafeicultura. O evento foi realizado na Churrascaria Minuano, em Franca (SP) e contou com um público superior a 100 pessoas, entre cafeicultores e engenheiros agrônomos. Em sua palestra, o Engº Agrº Pedro Mendonça apresentou as soluções da BASF para a cafeicultura, com ênfase na importância do controle da Phoma com o produto Cantus® . Já o Engº Agrº Milton Verdade abordou o tema “Certificação do Café” - procedimento cada vez mais exigido pelos mercados compradores. 16 Os participantes puderam ainda conferir Revista os benefícios AgCelence na cultura do café. Attalea® Agronegócios AgCelence é a marca mundial da BASF para o - Set 2009 inovador conceito de efeito fisiológico positivo e significa a junção das palavras agricultura e excelência,ou seja,plantas mais verdes,mais saudáveis e produtivas. Segundo Renato Pádua, RTV BASF, os fungicidas da família F500 (como por exemplo o Opera®) fornecem algo mais ao cafeeiro, além da proteção contra as principais doenças.Na cultura do café os benefícios AgCelence se traduzem no maior vigor, maior quantidade de grãos cereja,maior quantidade de grãos peneira 17 e acima e menor quantidade de café no chão aumentando assim a produtividade e a qualidade do café.

Em pé: Rafael Isaac (Campagro), Carlos Eduardo (diretor Campagro), Netão (Campagro), Renato Duarte (BASF), Vinícius Ávila e Lucas Andrade (Campagro Ibiraci/MG) e Fernando Lago (Campagro), Agachados: José de Alencar (gerente Campagro),JoséGilberto(diretorCampagro)eEvandroRodrigues(Campagro).

José de Alencar (gerente da Campagro), Eli Vieira Brentini (cafeicultor e presidente do Sindicato Rural de Pedregulho/SP)esuaesposaRaquelCardosoBrentini.

Attalea

BASF e CAMPAGRO realizam Noite de Palestras para Cafeicultores


Carlos Eduardo, Renato Pádua, Milton Verdade e José Gilberto.

A Família Zanetti: Vicente, Marcelo, José Luis e Pedro, acompanhadosdeRafaelIsaac.

17

Netão, Engº Agrº Luis Fernando Puccinelli, Ismail Ferreira, Renato Pádua, Orlando Cintra e Engº Agrº Iran Francisconi.

OsEngºAgrºsAlbinoRochetti eShigueruKondo

Netão, o Engº Agrº Maurício Kondo, Alexandre Engler e RégisRicco(Campagro).

Em pé: José de Alencar, Rafael Isaac e Fernando Lago. Sentados: Evamberto Junior, Evamberto Fanelli Fernandes ePauloEduardoFonsecaRibeiro.

Revista Attalea® Agronegócios - Set 2009 -

FábioPulheis,AntônioJardimeoEngºAgrºLuisFernandoPaulino.

Carlos Roberto Darine (cafeicultor), Guilherme Vicentini, RafaelIsaaceDanielAndradeVieira(Basf)


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18 Revista Attalea® Agronegócios - Set 2009 -

Setor produtivo do café deve encontrar alternativas ao endossulfam Estará aberta, até 03 de novembro, a Consulta Pública 61, da ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária, para que sejam apresentadas críticas e sugestões relativas à proposta de banimento do ingrediente ativo endossulfam endossulfam, que é utilizado no cultivo de café para o controle da Broca. Este é um tema de grande relevância e alerta ao setor produtivo do café, já que ainda não existem alternativas de produtos com eficiência comprovada em escala comercial. A proibição do uso do endossulfam é justificada pela alta toxidade do produto para o ambiente e ao homem. Para as condições de produção brasileiras, outros tipos de controle da broca do café, sejam com produtos naturais ou de manejos culturais não apresentam eficácia, segundo o Manual de Recomendações - MAPA/Procafé. Vale destacar que em termos econômicos, esta é a principal praga para o cultivo de robusta e a segunda mais importante para o café arábica. De acordo com a Organização Internacional do Café (OIC), é o inseto que mais danifica a cafeicultura em todo o mundo. Ação da Pesquisa - Cientes da necessidade de encontrar alternativas ao uso deste produto, pesquisadores da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), uma das instituições fundadoras do Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café, que tem seu programa de pesquisa coordenado pela Embrapa Café, testam a eficiência de substâncias que poderão substituir o Endossulfam. Em experimento conduzido

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em Alfenas, no Sul de Minas, nas safras 2007/2008 e 2008/ 2009, em uma lavoura de Acaiá, os resultados para a mistura chlorantraniliprole e thiamethoxam foram positivos, porém, do ponto de vista comercial, não há indícios de que serão comercializados. Parte dos resultados desta pesquisa foi divulgada no VI Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil, realizado em Vitória, em junho último. De acordo com o pesquisador da Epamig, Júlio César de Souza, que investiga esta praga há mais de 35 anos, uma alternativa para substituir o endossulfam seria o fipronil fipronil, que demonstrou resultados satisfatórios em experimento científico. Ele ressalta que o cafeicultor deve, sobretudo, realizar um monitoramento da praga em sua lavoura, com aplicação de defensivos apenas em casos de danos econômicos, evitando-se o uso indiscriminado. Para o pesquisador, não há motivo para alarde, já que existem alternativas validadas pela pesquisa, necessitando de interesse e investimento industrial. Cautela para a Proibição - Em pronunciamento sobre o tema, Luiz Roberto Rodrigues, diretor da Associação de Cafés Especiais do Norte Pioneiro do Paraná (ACENPP), demonstrou grande preocupação sobre a possibilidade de proibição do princípio ativo Endossulfam, já que não há uma alternativa comercial com eficiência comprovada para as principais regiões produtoras. Segundo ele, a broca-do-café prejudica o resultado econômico da cafeicultura, com a redução do peso e da qualidade física do produto (cinco grãos brocados equivalem a um defeito) e, principalmente, por servir de porta de entrada para fungos e bactérias que depreciam a qualidade da bebida. Preocupada com esta medida, a Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé (Cooxupé), maior cooperativa de café do mundo, com mais de 11,5 mil cooperados e comercialização média anual de 3,7 milhões de sacas, enviou, em 2008, nota de alerta a entidades de classe e lideranças do setor. Para Antonio Augusto Ribeiro de Magalhães Filho, superintendente de desenvolvimento da Cooxupé, qualquer medida tomada no sentido de privar a cafeicultura nacional do ingrediente ativo endossulfam endossulfam, até que existam substitutos eficazes, será desastrosa do ponto de vista da sustentabilidade, pois causará danoso impacto econômico e social. Consulta Pública - Até o final da consulta pública, que fica aberta por 60 dias, os agrotóxicos a base de Endossulfam podem ser utilizados. A revisão dos dados toxicológicos e a conseqüente continuidade ou não do registro somente poderá ocorrer durante o processo de reavaliação. As contribuições à consulta pública 61 www.anvisa. podem ser feitas pelo site da Anvisa (www.anvisa. gov.br gov.br)) , pelo e-mail toxicologia@anvisa.gov.br toxicologia@anvisa.gov.br, pelo fax (61) 3462-5726 ou pelo endereço: Agência Nacional de Vigilância Sanitária / Gerência-Geral de Toxicologia, SIA, Trecho 5, Área Especial 57, Lote 200, Brasília, DF, CEP 71.205.050.


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19 Revista Attalea® Agronegócios - Set 2009 -


G R Ã O S

20 Revista Attalea® Agronegócios - Set 2009 -

Os híbridos Dekalb com tecnologia YieldGard® da Monsanto protegem a cultura do milho dos danos causados pela broca-do-colmo (Diatraea saccharalis); lagarta-docartucho ( Spodoptera frugiperda ) e lagarta-da-espiga (Helicoverpazea). Assim, o plantio do milho Dekalb com a tecnologia YieldGard® ajuda a reduzir a utilização de inseticidas e representa uma estratégia eficiente e ecologicamente compatível com o Manejo Integrado de Pragas (MIP)

Benefícios da tecnologia YG a) - Ajuda a reduzir o numero de aplicações de inseticidas; b) - Menor risco de intoxicação com produtos químicos; c) - Diminui a necessidade de transporte de e armazenamento de inseticidas na propriedade; d) - Menor utilização de equipamentos e de mão de obra; e) - Explora todo o potencial genético dos híbridos Dekalb com melhor aproveitamento de água e nutrientes pela planta; f) - Maior produtividade com melhor rentabilidade.

FOTOS: Dedeagro

As vantagens de plantar os milhos híbridos com tecnologia Yieldgard da Dekalb

Milho com a tecnologia YieldGard®.

Plante refúgio - É recomendado o plantio de 10% da área com milho não Bt, visando prevenir o desenvolvimento

Há mais de uma década em sintonia com o cafeicultor! Milho sem a tecnologia YieldGard®.

Há 12 anos, a Dedeagro atua em parceria com o agricultor, fornecendo produtos agrícolas para as lavouras de café, milho, soja, horticultura, entre outros.

de insetos de populações resistentes, o que é comum a qualquer método de controle de insetos. Essa prática faz parte do MRI - Programa de Manejo de Resistência de Insetos.

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Siga as Normas de Coexistência - Em conformidade com a Resolução n°4 da CTNBio, o agricultor deve manter as lavouras comerciais de milho geneticamente modificado a uma distância mínima de 100 (cem) metros das lavouras de milho convencional localizadas em áreas vizinhas ou, alternativamente, de 20 metros, desde de que acrescidas de bordadura com, no mínimo, 10 (dez) fileiras de plantas de milho convencional de porte e ciclo vegetativos similares ao milho geneticamente modificados.

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A importância da Matéria Orgânica para o Cafeeiro FOTO: Viveiro Monte Alegre

Quadro 1 - Avaliação Técnica e Econômica: Campo Demonstrativo Orgânico. Campo nº 13-Luis Cunha, Ano-Safra: 07/08 e 08/09. Cidade: Ribeirão Corrente (SP) PRODUTO PREÇO PREÇO VALORIZA PREÇO ESTERCO Café R$ 260,00 R$ 250,00 R$ 150,00 Tratamento 1 Tratamento 2 Tratamento 3 Tratamento 4

TRATAMENTOS Adubação Química Composto Valoriza 4 ton/ha Esterco de Galinha 5 ton/ha Composto Valoriza 4 ton/ha redução 400kg 21-0-21

TRATAMENTO André Cunha na lavoura de café adubada com adubo orgânico Valoriza.

A matéria orgânica tem efeito direto sobre as características físicas, químicas e biológicas do solos, sendo considerada fundamental para a manutenção da capacidade produtiva dos solos. Do ponto de vista Físico Físico, a matéria orgânica melhora a estrutura do solo, aeração e retenção de água.. Quimico Quimico: potencializa absorção do adubo químico evitando perdas; Biológico Biológico: melhora a quantidade de microorganismo do solo. A matéria orgânica atua diretamente sobre a fertilidade do solo e também contribui como fonte de macro e micronutrientes essenciais às plantas. Mas para que os minerais (N, P, K, Ca, Mg, S )da matéria orgânica fiquem disponíveis é necessário que haja um processo de compostagem devidamente controlado e fontes de matéria primas de excelente qualidade Com isto, a Valoriza Fertilizantes Ltda Ltda, deste o ano 2001 vem produzindo o Fertilizante Orgânico Compostado, que é feito a base de esterco de galinha, mais nutrientes minerais, sendo o mesmo devidamente equilibrados e compostado. Então a partir de 2002 começamos a montar campos experimentais com a UFU (Universidade Federal de Uber-

Tratamento 1 Tratamento 2 Tratamento 3 Tratamento 4 TRATAMENTO Tratamento 1 Tratamento 2 Tratamento 3 Tratamento 4

SAFRA 07

SAFRA 08

MÉDIA

R$ 1.000,00 R$ 750,00 R$ 500,00

R$ 1.000,00 R$ 750,00 R$ 700,00

R$ 1.000,00 R$ 750,00 R$ 600,00

AVALIAÇÃO DE PRODUTIVIDADE SAFRA 08 SAFRA 09 37,3 38,0 49,0 42,0 46,0 38,0 48,6 41,0

MÉDIA 37,65 45,50 42,00 44,80

RENTABILIDADE MÉDIA (2 colheitas, relação a adubação química) Tratamento 1 Tratamento 2 Tratamento 3 Tratamento 4

Químico 4 ton Valoriza 5 ton esterco 4 ton Esterco - Químico

R$ 1.041,00 R$ 381,00 R$ 873,00

OBS - Foram descontados os custos dos orgânicos Valoriza e esterco

Quadro 2 - Comparativo das Análises de Solos em tratamentos químicos e orgânicos. pH 5

ÁREA COM FERTILIZANTE ORGÂNICO VALORIZA P K Ca Mg CTC V% M.O. 33 100 1,1 41 10 92,1 57

pH

M.O.

4,8

27

ÁREA COM ADUBAÇÃO QUÍMICA Ca CTC P K Mg 32

0,6

lândia ) para validar os resultados obtidos com o uso do Fertilizante Orgânico Valoriza em relação ao esterco de galinha e diversos outros compostos. Em 2007, a empresa montou um campo experimental na Fazenda Monte Alegre, situada em Ribeirão Corrente

Fertilizante Orgânico REPRESENTANTE REGIONAL Vitor (34) 9975-9342 VALORIZA FERTILIZANTES BR-365 km 02 UBERLÂNDIA - MG Fone: (34) 3229-4948

10

4

56,6

S 149

V%

S

26

50

(SP), de propriedade de Luiz Cunha e André Cunha, com o objetivo de comparar: o uso de Fertilizante Orgânico Valoriza em relação ao Esterco de Galinha; apenas adubação Química; e Orgânico Valoriza com redução do Quadro 11) Quimico. (Quadro

F E R T I L I Z A N T E S

21 Revista Attalea® Agronegócios - Set 2009 -


P O L Í T I C A

22 Revista Attalea® Agronegócios - Set 2009 -

Presidente do CNC explica o pacote de auxílio anunciado pelo Governo Gilson Ximenes O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, anunciou, no dia 16 de setembro, as medidas adotadas pelo Governo Federal no intuito de amenizar a crítica situação financeira do setor produtor, com a intenção de gerar renda aos produtores. Segundo o ministro, serão investidos R$ 2 bilhões, até junho de 2010, na prorrogação de dívidas, criação de uma linha de crédito e redução de juros. O conjunto de medidas tem o objetivo principal de retirar do mercado cerca de 25% da safra atual para melhorar a renda do produtor, formar estoques e equilibrar a oferta e a demanda do produto. Confira, na sequência, as ações apresentadas. 1) Custeio e Colheita: prorrogação por quatro anos desses financiamentos da safra 2008/2009, do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé), que irão vencer entre setembro de 2009 e março de 2010. Para ter acesso ao benefício, o produtor deve comprovar incapacidade de pagamento e efetuar, no mínimo, 20% do valor do débito na data de vencimento da parcela contratada; 2) Cooperativas de Crédito: criação de uma linha de crédito de R$ 100 milhões, com recursos do Funcafé, para as Cred’s refinanciarem as dívidas de produtores que comprovarem incapacidade de pagamento. O financiamento será concedido com juros de 6,75% ao ano e os produtores terão quatro anos para quitar as parcelas. Cada cafeicultor poderá financiar até R$ 200 mil, desde que não seja ultrapassado o limite de R$ 10 milhões por cooperativa de crédito; 3) Cédula de Produto Rural (CPR): retomada da linha de crédito de R$ 100 milhões para a renegociação de financiamentos atrelados à CPR. A medida vale para as CPR’s de 2008 prorrogadas para 2009 e as de 2009

vencidas até a data da aprovação da resolução pelo Conselho Monetário Nacional (16/09/2009). O financiamento, com recursos também oriundos do Funcafé, terá prazo de quatro anos e juros de 6,75% ao ano; 4) Taxa de Juros do Funcafé: o Governo também reduziu a taxa de juros do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira de 7,5% para 6,75% ao ano para todas as linhas de financiamento em curso e as novas operações. A medida se tornará válida a partir de 1º de outubro de 2009; 5) Preço Mínimo: ficou estabelecido como base de concessão dos financiamentos de Estocagem, do Financiamento para Aquisição de Café (FAC) e da Linha Especial de Crédito (LEC) o preço mínimo em vigor, que é de R$ 261,69; 6) Compra de Café pelo Governo: assim como adiantado no dia 9 de setembro, o Ministério da Agricultura anunciou a aplicação de R$ 300 milhões diretamente na aquisição de café. Segundo Stephanes, o modus operandi será semelhante ao do AGF (capital do Tesouro Nacional), porém com recursos originários do Funcafé. Cada produtor poderá participar com até 1.000 sacas de 60 kg dos cafés arábica tipo 6, bebida dura para melhor; e tipo 7 bebidas dura, riada e rio, com os valores, por saca, situando-se em R$ R$ 261,69 (mínimo), R$ 254,01, R$ 240,16 e R$ 213,16, respectivamente, conforme apuração da Conab. No ato da compra, o Governo acrescentará aos preços mencionados o reembolso do INSS e da sacaria, o que deve gerar um incremento em torno de R$ 15,00 por saca; 7) Conversão da Dívida: também de acordo com o anunciado na semana passada, o Governo autorizou a conversão, em sacas de café, da linha de financiamento de Estocagem do Funcafé da safra 2008/2009. Assim, esta linha se junta à Funcafé – Dação em

Pagamento (Alongamento). Em ambos os casos, o cafeicultor poderá quitar suas parcelas com o produto e o valor da conversão terá como base o preço mínimo vigente de R$ 261,69; 8) R.O. R.L. e demais fontes: o endividamento vinculado às linhas de financiamentos com Recursos Obrigatórios, Recursos Livres e demais fontes de crédito rural não foram contempladas pelo Governo Federal. É válido salientar que, apesar das medidas terem ficado aquém dos pleitos do setor, elas compõem o primeiro passo de uma caminhada rumo à salvação da cafeicultura nacional. Isso porque tendem a dar liquidez ao cafeicultor e gerar sustentação aos preços, principalmente quando tiver início a aquisição direta por parte do Governo, medida que deve retirar até 10 milhões de sacas do mercado para o início da recomposição dos estoques públicos (estratégicos) de café. Contudo, nosso trabalho não se finda por aqui, pois desejamos, de imediato, fazer com que o pagamento dos 20% das linhas de Custeio e Colheita, previstos para este ano, seja transferido para 2010, de forma que o pagamento das quatro parcelas restantes tenha início em 2011. Essa medida é extremamente necessária porque os produtores se encontram sem condições financeiras para quitar o montante referente aos 20%, fato que tentaremos demonstrar ao Governo para que seja feito um aditivo nessas medidas adotadas até o momento. O segundo passo que consideramos é pensar em uma política realmente efetiva ao setor, levando em consideração a revisão do preço mínimo de garantia — para que se aproxime mais da realidade dos cafeais —, a possibilidade de um prêmio à virtual erradicação das lavouras com baixa produtividade e que efetivamente possam ser substituídas por variedades mais produtivas, entre outros pontos.


Attalea

Entre os dias 2 e 4 de setembro, em Cristais Paulista (SP), aconteceu o X Dia do Agricultor. O evento reuniu as principais revendas de máquinas, implementos, equipamentos e insumos voltados à agricultura e pecuária. Organizado pela SAMA - Secretaria Municipal de Agropecuária e Meio Ambiente, o X Dia do Agricultor contou ainda com duas palestras, sendo que uma abordou o tema “Pastejo Rotativo Fertilizado”, com o Engº Agrº Pedro César Barbosa Avelar, diretor do EDR-Franca; e a outra o tema “Perspectivas do Mercado de Café”, com Washington Luiz Bueno de Camargo Junior, da Link Investimentos.

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Conheça a importância do Seguro Agrícola D I C A S

Seguro Agrícola é o seguro destinado a garantir prejuízos causados a lavouras decorrentes de riscos climáticos. Tem por objetivo garantir ao segurado a cobertura das culturas implantadas e conduzidas tecnicamente, observando as recomendações do Zoneamento Agrícola de Risco Climático disponibilizado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, através de época de plantio, tipo de solo e sementes.

BB SEGURO AGRÍCOLA

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É um seguro criado especialmente para quem tem financiamento agrícola no Banco do Brasil e deseja ter sua lavoura protegida. No BB Seguro Agrícola a produtividade segurada e as taxas cobradas são municipalizadas, permitindo a adequação do seguro às necessidades do produtor. Para as culturas irrigadas existem condições diferenciadas. Culturas abrangidas: a) - safra verão: algodão, arroz, cana-de-açúcar, milho e soja. b) - safra inverno: milho safrinha e trigo. Riscos cobertos:- Prejuízos causados à lavoura segurada, decorrentes direta ou indiretamente dos seguintes eventos: incêndio, raio, tromba d’água, ventos fortes, ventos frios, granizo, chuva excessiva, seca, geada, variação excessiva de temperatura. Início da cobertura: a) - para o risco de tromba d’água ou granizo, a cobertura do seguro tem inicio a partir da semeadura ou plantio, ou ainda, da data do pagamento do prêmio, o que ocorrer depois;

b) - para cultura de soja e soja irrigada: inicia-se quando 70% da unidade segurada apresentar plantas com primeiro trifófio; c) - demais culturas irrigadas: inicia-se quando 70% da unidade segurada apresentar a primeira folha definitiva; d) - demais culturas não irrigadas: inicia-se quando 70% da unidade segurada apresentar plantas com duas folhas definitivas. Término da cobertura: no final da colheita da lavoura. Prêmio: é o valor pago pelo segurado para ter direito às coberturas oferecidas pelo seguro. É obtido aplicando a taxa do seguro sobre a importância segurada e variam de acordo com o município de localização da lavoura, o tipo de cultura e o percentual de produtividade.

SUBVENÇÕES Subvenção Federal: percentual de desconto sobre o valor do prêmio líquido, para as lavouras seguradas, desde que o proponente esteja adimplente junto à União - Cadin. A subvenção é limitada por CPF ou CNPJ, ao máximo de R$ 96 mil e a 40% do prêmio líquido para cana de açúcar e 50% do prêmio líquido para as culturas de algodão, arroz, milho e soja. Subvenção Estadual: percentual de desconto adicional sobre o valor do prêmio líquido para lavouras seguradas nos estados: a) São Paulo - a subvenção é o desconto de 50% aplicado sobre o valor do prêmio líquido, depois de retirada a subvenção federal, para as lavouras seguradas no estado de São Paulo. Para cada cliente, o valor máximo de subvenção é de R$ 24 mil por exercício. Exemplo: I - Capital segurado:......................... R$ 100.000,00 II - Taxa de seguro:.................. 5% => R$ 5.000,00 III - Subvenção federal:............50% => R$ 2.500,00(-) IV - Parcela(1) do produtor rural:.......... R$ 2.500,00 V - Subvenção estadual:......... 50% => R$ 1.250,00(-) VI - Parcela final do produto rural:........ R$ 1.250,00 b) Minas Gerais - a subvenção é o desconto de 25% aplicado sobre o valor do prêmio líquido total, limitado à R$ 16 mil por cliente, para o grupo de culturas que abrange algodão, milho e soja, seguradas no estado de Minas Gerais. Exemplo: I - Capital segurado:............................. R$ 100.000,00 II - Taxa de seguro:....................... 5% => R$ 5.000,00 III - Subvenção federal:................50% => R$ 2.500,00(-) IV - Parcela(1) do produtor rural:............. R$ 2.500,00 V - Subvenção estadual:............ 25% => R$ 1.250,00(-) VI - Parcela final do produto rural:........... R$ 1.250,00 O valor do prêmio pode ser financiado pelo Banco do Brasil e o segurado que não avisar sinistro recebe, no final da safra, 5% do valor do prêmio pago, excluindo-se a parte correspondente da subvenção.


Recurso renovável e de ciclo curto, a madeira é matéria-prima de alta qualidade para equipamentos rurais e para a fruticultura. Madeira apresenta vantagens comparativas importantes em relação a outros materiais. Além de ser ecológica, pois seqüestra taxas importantes de carbono livre na atmosfera armazenando-o na forma de ativos, sua produção é limpa, com baixa demanda energética, alta resistência mecânica e bom isolante térmico e elétrico. Hoje, no país, existem aproximadamente 544 milhões de hectares de florestas nativas e cinco milhões de hectares de florestas plantadas. As de eucalipto representam cerca de três milhões de hectares e o restante é ocupado por pinus e outras espécies. O tratamento industrial da madeira a vácuo e pressão em autoclave é o que proporciona melhor relação de custo/benefício. O produto preservativo penetra profundamente nas fibras da madeira, em processo fechado e seguro tanto do ponto de vista ambiental quanto da saúde ocupacional. Assim ela que ficará protegida contra a ação de insetos e fungos, os principais agentes da biodeterioração da madeira. Ganhando proteção pela tecnologia da preservação, essa matériaprima poderá ter diversas aplicações, inclusive em ambientes especialmente agressivos, como no campo. Assim, madeira tratada, matéria-prima que tem a cara do campo, encontra-se em melhores condições com a produção responsável em uma UPM (Usina de Preservação de Madeira). Madeira de eucalipto cultivada e tratada industrialmente apresenta desempenho semelhante

FOTOS: Cia. Suzano

Madeira tratada no meio rural e na fruticultura ao das melhores nativas, ajudando a diminuir a pressão sobre elas e contribuindo para seu uso sustentado. Há dez anos, a produção nacional de mourões representava 15% a 20% do volume total de madeira tratada no Brasil. Esse percentual subiu para 65% do volume total de madeira tratada que hoje chega a, aproximadamente, 675 mil metros cúbicos por ano. São 20 milhões de mourões produzidos com eucalipto roliço. Além de mourões para cercas, a madeira tratada encontra hoje um novo e promissor mercado na fruticultura. A cultura de uvas, por exemplo, exige a construção de estruturas adequadas nos parreirais para que as plantações floresçam. Madeira tratada é, mais uma vez, matéria-prima ideal. Versátil e com alto grau de trabalhabilidade, a madeira permite a construção de estruturas diversificadas para atender a diferentes exigências de cultivo. Entre as maiores vantagens da opção pelo mourão e outras peças de madeira tratada industrialmente, destaca-se a segurança de comprar produto de uma unidade industrial licenciada. Há controle de todas as operações, da matéria-prima colhida ao tratamento, de acordo com norma brasileira 9480 da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) e consagradas internacionalmente. A obediência ao ritual técnico e à segurança ambiental no tratamento é mais uma garantia no tocante à qualidade. Eles asseguram a melhor relação custo/ benéfico com bom desempenho e elevada durabilidade. (FONTE: Associação Brasileira de Preservadores de Madeira - ABPM)

S I L V I C U L T U R A

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P E C U Á R I A

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A Premix Técnica em Suplementação, empresa sediada em Patrocínio Paulista (SP) e especializada no desenvolvimento de soluções tecnológicas para nutrição animal, organizou para o mês de setembro um ciclo de palestras com pecuaristas em três cidades paulista: Bauru, Marília e Nova Odessa. O objetivo da ação foi o de levar informação e esclarecer dúvidas sobre a importância da suplementação mineral e os resultados para o incremento nos índices de produtividade médio das fazendas de criação. Durante a Semana de Ciências Agrárias de Marília, organizada pela UNIMAR - Universidade de Marília, em Marília (SP), o diretor técnico da companhia, Dr. Lauriston Bertelli, falou para um grupo de profissionais e estudantes de ciências agrárias sobre a importância

FOTO: Divulgação

Premix promove campanha para mostrar a importância da suplementação mineral no ganho de peso dos ruminantes

da utilização dos suplementos minerais na dieta dos ruminantes. Em Bauru (SP), o especialista apresentou palestra para pecuaristas no “Recinto Mello Moraes”. Na pauta, as estratégias de manejo nutricional para manutenção do ganho de peso em regime de pasto. Segundo Bertelli o uso da su-

plementação mineral, inclusive nos períodos de seca, promove redução nos custos operacionais no médio e longo prazo uma vez que evita a perda de peso, o chamado boi sanfona. Em Nova Odessa (SP), o diretor técnico da Premix encerrou a campanha com a realização de uma apresentação WorkShop Alimentação e no “WorkShop Bem-Estar Animal em Eqüinos Eqüinos” organizado pelo Instituto de Zootecnia. Na palestra o diretor técnico da Uso de Aditivos Premix abordou o “Uso na Suplementação de Eqüinos Eqüinos”, dando especial destaque para os benefícios do aditivo orgânico ‘Fator Premium’, promotor de eficiência alimentar desenvolvido para aumentar os índices produtivos e reprodutivos quando incluído no sistema de alimentação dos equinos, finaliza Bertelli.

Procura-se gado para abate. Paga-se bem! Os pastos brasileiros estão mais vazios do que nunca. Não há mais gado para abater. Em 2009, com muita sorte vamos repetir o desempenho do ano passado e produzir em torno de 9 milhões de toneladas de carne bovina, com o abate de cerca de 40 milhões de cabeças. Uma série de indicadores comprova que quem acreditou nas estatísticas do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento e o IBGE pode não ter feito os melhores investimentos do mundo. Rebanho de 200 milhões de cabeças? Nem por decreto. Bem mais próximo da verdade estão as consultorias, com Agra FNP à frente, que sempre apostaram em rebanho de no máximo 170 milhões de cabeças. Elas fizeram a lição de casa e analisaram os altos e baixos do mercado, ao invés de supor um crescimento normal do volume de gado, fortalecendo a tese de que são inesgotáveis as nossas potencialidades produtivas. Dois dados ajudam a explicar – e a comprovar – que a pecuária brasileira perdeu muito mais do que se supunha entre 2004 e 2007, período em que a arroba do boi gordo girou em torno de US$ 20, desestimulando produtores apaixonados e levando-os a arrendar suas propriedades para a cana-deaçúcar.

A pecuária é uma atividade produtiva extremamente jovem, com no máximo meio século de história. E nesse período nunca se viu tanto abate de fêmeas nos últimos anos. A média histórica que sempre oscilou entre 30% e 35% saltou para 45%, comprovando uma clara queima de patrimônio dos criadores. Poucas vezes também se viu uma relação de preços tão apertada entre o bezerro e o boi gordo. Hoje, são necessários apenas dois animais de sete meses de idade para comprar um boi pronto de dois anos, sinal de que a matéria-prima (bezerro) está escassa e, obviamente, muito valorizada. A realidade é nua, crua e incontestável. Os frigoríficos trabalham com ociosidade elevadíssima. Alguns podem negar, mas não abatem mais do que 35% de sua capacidade. Na média, os mais competentes trabalham com 50% de suas possibilidades e a curto prazo essa situação dificilmente mudará. Um parêntesis: não consigo tirar uma dúvida da cabeça e talvez alguém possa me ajudar a entender. O que leva o BNDES a comprar participação a peso de ouro nos frigoríficos neste momento? Será que não tem pelo menos um especialista para se informar antes sobre a realidade do mercado e avaliar melhor um investimento desse porte?

Voltando ao mercado, o certo é que a arroba do boi gordo atingiu patamar de preços bastante atrativo para o produtor. No auge do dólar caro, a cotação manteve-se acima de US$ 30 a arroba. Atualmente, supera a barreira dos US$ 40. Ora, reconhecemos a força e a competência dos frigoríficos – que são poucos – em administrar seus custos, inclusive os valores da arroba do boi gordo. Num cenário de instabilidade global como o atual, seria lógico imaginar que a indústria pressionaria (e muito) os fornecedores (pecuaristas). Mas não é o que está acontecendo, pois os preços estão firmes e projetam alta para os próximos meses. Tudo isso porque, definitivamente, não tem boi sobrando nos pastos. Esse cenário não significa que não há luz no fim do túnel. A reposição do rebanho já começou em 2008, avança este ano e certamente continuará em 2010. A safra de venda de touros está para começar. Há expectativa de boa demanda por reprodutores. Afinal, por conta da perda de rentabilidade nas fazendas nos últimos anos, os criadores seguraram os machos mais do que o necessário, o que prejudica a produção de bezerros. Agora é o momento certo de repor o Ian David Hill – plantel de touros.(Ian Diretor Agropecuária Jacarezinho).


Últimos preparativos para a Semana do Engenheiro Agrônomo FOTO: Editora Attalea

A Comissão Organizadora da Semana do Engenheiro Agrônomo 2009 da região de Franca (SP) finaliza os últimos preparativos para o evento, que este ano abrigará além do tradicional jantar, uma palestra com o tema: “Gestão da Empresa Agrícola”. De acordo com Antônio José de Almeida Bünge-Serrana (Bünge-Serrana Bünge-Serrana), a pa- Em 2008 - Os engenheiros agrônomos Gisele Pereira Avelar, Ribeiro Sandoval, Benício Elias de Souza (homelestra abordará dois ca- Cláudio nageado do ano) e Belquice Rodrigues. minhos: Planejamento e Administração / Ferramentas de garantiram presença no evento, que este Comercialização. ano contará com divulgação em outA palestra acontecerá no dia 14 de doors na cidade de Franca, divulgação outubro, às 19 horas, no Auditório do nome da empresa em filmes publi“Fábio de Salles Meirelles”, no Parque citários nas televisões a serem instaladas de Exposições “Fernando Costa”. no salão; e publicidade na Revista Já o tradicional jantar está progra- Attalea Agronegócios Agronegócios. mado para o dia 16 de outubro e será A Comissão Organizadora 2009 realizado pela primeira vez no Salão conta ainda com participação de: Saulo Cocapec AGABÊ (R. Arnulfo de Lima, 2385 Faleiros (Cocapec Cocapec), André Siqueira Casa do Café bairro São José), com capacidade para Rodrigues Alves (Casa Café), Cocapec mais de 500 pessoas. “A escolha do lo- Guilherme Zamikhowisky (Cocapec Cocapec), Coonai cal foi bem planejada, pois além da João Fábio Coelho (Coonai Coonai), Guilherme Cocapec melhor acomodação, o local ainda Rodrigues Alves (Cocapec Cocapec), Mário CATI CATI), Welson Roberto oferece estacionamento privativo, Cunha (CATI DEPRN DEPRN), Carlos Arantes Corrêa seguranças, monitores e brinquedos (DEPRN Revista Attalea Agronegócios para as crianças”, afirma Jacinto Chiarelli (Revista Agronegócios), AERF Prefeitura de Franca Junior (Prefeitura Franca) Alex Kobal (AERF AERF) e Heloisa Pamplona Várias empresas do setor já

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LIVROS DOENÇAS DO TOMATEIRO Autor: Engº Agrº Carlos Alberto Lopes e Antônio Carlos de Ávila Editora: Embrapa Contato: www. cnph.embrapa.br Tel: (61) 3385-9009 O tomate é a hortaliça mais popular na refeição do brasileiro. O consumo de tomate e de seus derivados aumentou com a propagação dos restaurantes “self-service” e com a constatação do valor do licopeno. Este livro teve a sua 1ª edição publicada em 1994. Nesta segunda edição, que foi revisada, atualizada e ampliada, é o resultado de vários anos de trabalho e vem auxiliar de forma prática, a diagnose e o controle das principais doenças do tomateiro, que se constituem um dos maiores gargalos na produção de tomate. Estas informações, adotadas adequadamente contribuirão para reduzir a dependência do uso de agrotóxicos na tomaticultura.

ENXERTIA E PODA DE FRUTEIRAS Autor: Engº Agrº Ms. Dr. Silvio Roberto Penteado. Editora: Livraria Agrorgânica. Contato: www. agrorganica.com.br Email: silvio@ agrorganica.com.br Indicado para todos os que trabalham com fruticultura: técnicos, sitiantes e demais interessados. Ensina de forma simples e prática fazer qualquer tipo de enxertia e poda. O livro tem o objetivo de mostrar as principais formas de condução das fruteiras, como podar e como fazer enxertos. Apresenta métodos de formação de mudas, épocas de podas. tipos de podas, tipos de enxertia (garfagem, borbulhia), ferramentas para poda e enxertia. Livro fartamente ilustrado, muito prático, com muitas fotos e 190 páginas. Mostra passo a passo as etapas da enxertia e a poda de cada fruteira.

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Attalea

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