Edição 37 - Revista de Agronegócios - Agosto/2009

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1 Revista Attalea庐 Agroneg贸cios - Agos 2009 -


Attalea

F U N D A Ç Ã O EDUCACIONAL

A 2ª MELHOR FACULDADE PARTICULAR DO BRASIL AGRONOMIA e MEDICINA VETERINÁRIA

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PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU É NA FAFRAM 2 Revista Attalea® Agronegócios - Agos 2009 -

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Falta política agrícola O P I N I Ã O

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Wanderley Cintra Ferreira, produtor rural A falta de uma política agrícola definida leva todos que participam da cadeia produtiva à improvisação, plantios desordenados, sem previsão de custos, sem conhecer o preço de venda, problemas climáticos, meios de escoamento precários, ausência de preços mínimos remuneradores, tributação excessiva em todo o segmento e, consequentemente, falta de renda ao produtor rural. Qual o setor do agronegócio pode dizer que está indo bem ? A cana, o leite, o milho, a soja ou o café. Acredito que nenhum deles. Estamos assistindo empresas do setor de laticínios solicitar recuperação judicial (concordata); usinas de cana atrasarem pagamentos aos seus fornecedores; empresas e produtores com alto nivel de endividamento, tudo isso deixando o segmento agrícola sem saber que decisão ou rumo tomar. A cada ano é uma nova aventura, sem perspectiva de renda.

Talvez o comércio de insumos , a indústria de máquinas e equipamentos agrícolas e os bancos estejam levando alguma vantagem, porém, correndo o risco da inadimplência do setor produtivo. O Governo não se preocupa com a agricultura, pois, sabe que ela nunca deixará de produzir. Há alguns anos ouvi de um representante do Ministério da Fazenda que é quem cuida dos recursos financeiros a seguinte expressão que jamais esqueFazenda não quebra, ela muda ci: “Fazenda de dono dono”. Se o atual proprietário não consegue “tocar”, aparece outro que “toca”. A história mostra isso. Cabe, portanto, às lideranças políticas e setoriais a responsabilidade de cobrar do governo uma política agrícola definida e de longo prazo, deixando que o produtor se preocupe apenas em produzir com responsabilidade, produtividade e qualidade, colocando na mesa do povo o produto de seu trabalho e recebendo para isso um preço justo e digno.

A REGIÃO EM FATOS E IMAGENS

A Revista Attalea Agronegócios, registrada no Registro de Marcas e Patentes do INPI, é uma publicação mensal da Editora Attalea Revista de Agronegócios Ltda., com distribuição gratuita a produtores rurais, empresários e profissionais do setor de agronegócios, atingindo 85 municípios das regiões da Alta Mogiana, Sul e Sudoeste de Minas Gerais. EDITORA ATTALEA REVISTA DE AGRONEGÓCIOS LTDA. CNPJ nº 07.816.669/0001-03 Inscr. Municipal 44.024-8 R. Profª Amália Pimentel, 2394, Tel. (16) 3403-4992 São José - Franca (SP) CEP: 14.403-440

EMAIL’S revistadeagronegocios@netsite.com.br revistadeagronegocios@hotmail.com revistadeagronegocios@bol.com.br

PORTAL PEABIRUS www.peabirus.com.br/redes/ form/comunidade?id=1470 DIRETOR E EDITOR Eng. Agrº Carlos Arantes Corrêa (16) 9126-4404 cacoarantes@netsite.com.br DIRETORA COMERCIAL e PUBLICIDADE Adriana Dias (16) 9967-2486 adrianadias@netsite.com.br CONTABILIDADE

Escritório Contábil Labor R. Maestro Tristão, nº 711, Higienópolis - Franca (SP) Tel (16) 3406-3256 CTP E IMPRESSÃO Cristal Gráfica e Editora R. Padre Anchieta, 1208, Centro Franca (SP) - Tel. (16) 3711-0200 www.graficacristal.com.br ASSESSORIA JURÍDICA Raquel Aparecida Marques OAB/SP 140.385 É PROIBIDA A REPRODUÇÃO PARCIAL OU TOTAL DE QUALQUER FORMA, INCLUINDO OS MEIOS ELETRÔNICOS, SEM PRÉVIA AUTORIZAÇÃO DO EDITOR. Os artigos técnicos, as opiniões e os conceitos emitidos em matérias assinadas são de inteira responsabilidade de seus autores, não traduzindo necessariamente a opinião da REVISTA ATTALEA AGRONEGÓCIOS.

Mais uma foto do amigo Ismar Jacintho (Franca/SP). Em foto dos anos 60, do século passado, o touro Krishna, com genética inteiramente da Índia, de propriedade do Ten. Continentino Jacintho, tradicional pecuarista e criador de Gado Gir na região de Franca (SP). ENVIEM-NOS FOTOS SOBRE O TEMA “AGRONEGÓCIOS”, DAS REGIÕES DA ALTA MOGIANA OU SUDOESTE MINEIRO, MANDE-NOS PARA PUBLICARMOS NESTA SEÇÃO.

Cartas / Assinaturas Editora Attalea Revista de Agronegócios Rua Profª Amália Pimentel, 2394 São José - Franca (SP) CEP 14.403-440 revistadeagronegocios@netsite.com.br


FOTOS: Sami Máquinas

Sami Máquinas entrega os primeiros tratores Yanmar-Agritech através do Programa Mais Alimentos em São Sebastião do Paraíso (MG)

Alaor de Souza, representou seu filho Sérgio H.R. de Souza.

Túlio Marques Tubaldini e Sami El Jurdi, diretor comercial.

Sami El Jurdi e João Batista de Oliveira.

Antônio Adolfo representou sua filha Letícia Maria Colombarolli de Souza.

O programa “Mais Alimentos” é uma modalidade de investimento com recursos do Ministério do Desenvolvimento Agrário que é liberado por intermédio do PRONAF (Programa Nacional de Agricultura Familiar) e está aquecendo a indústria de máquinas agrícolas. A iniciativa também prepara os pequenos produtores para ampliar a produção de alimentos. Conforme dados da ANFAVEA (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) o setor registrou no último ano um aumento de 45 % nas vendas de tratores da Sami El Jurdi e José Carlos linha da agricultura familiar. Marques. De acordo com o gerente da filial, Francinaldo Alves Batista, o empreendimento vem se Máquinas, Sami El Jurdi, procedeu a entrega de chaves das destacando desde que a loja de Franca instalou sua filial em cinco primeiras unidades destinadas para o município, o que é Paraíso. “Desde que aqui chegamos temos tido um bom motivo de satisfação para todos os envolvidos. “É uma grande entrosamento com a comunidade, a procura tem sido satisfação já termos 22 entregas para serem feitas. Estamos satisfatória e hoje estamos tendo a felicidade de realizarmos com estas primeiras unidades e temos certeza de que teremos muito mais até o decorrer do ano”, assegura Sami El Jurdi. esta entrega dos primeiros tratores”, destaca. Os primeiros contemplados são Túlio Marques Tubaldini, O programa tem a participação da Emater que realiza o contato direto dos produtores com o projeto e já apresenta José Carlos Marques, João Batista de Oliveira, Sérgio Henrique bons resultados. Segundo o extensionista João Bosco Minto, o Rodrigues de Souza que foi representado pelo pai, Alaor de Souza, e Letícia Maria Colombarolli de Souza. trabalho realizado no muDe acordo com Túlio, que já nicípio resultou na elaboração é cliente da loja Sami em Franca, de 64 projetos e aplicação de “a vinda de uma unidade para São R$ 3 milhões em Paraíso. Para Sebastião do Paraíso facilitou as o gerente do Banco do Brasil, nossas vidas, pois temos um Célio Cintra, desde 1996 quanTRATORES - IMPLEMENTOS - PEÇAS excelente atendimento aqui do o Pronaf foi iniciado na também. Estou muito satisfeito, cidade a agência já atendeu pois, este trator veio em boa hora mais de 1400 famílias e mo- MATRIZ - Franca - SP FILIAL - São Sebastião do Paraíso - MG Av. Wilson Sábio de Mello, 2141, Dist. Industrial Av. Brasil, 727 - Vila Helena e vai muito nos ajudar no nosso vimentou cerca de R$ 25 mi- Fone: (16) 3713-9600 Fone: (35) 3531-7000 / 3531-4007 comercial@samimaquinas.com.br filial@samimaquinas.com.br trabalho do dia a dia lá na lhões em investimentos. lavoura”, afirma. (Fonte: Jornal Durante a solenidade, o do Sudoeste) diretor comercial da Sami

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A parceria COONAI - Cooperativa Nacional Agroindustrial e Banco do Brasil, através do DRS Desenvolvimento Regional Sustentável conquistou mais um excelente resultado. No começo de agosto, dois tratores Massey Ferguson foram entregues pelo Programa Mais Alimentos Alimentos. Desta vez para agricultores Elcio José Santucci e José Altair Santucci, ambos do município de Os agricultores José Altair Santucci e Cristais Paulista (SP) e cooperados dddd, gerente, Élcio José Santucci, José Altair Santucci, Danilo e Oimasa Franca Élcio José Santucci da COONAI, que adquiriram respectivamente os tratores MF-275 e Massey Ferguson na região, todos adquiridos na Oimasa Franca, resultado MF-250 da Oimasa-Franca. Através desta parceria, em menos de que confirma o sucesso da parceria um mês foram entregues quatro tratores entre a cooperativa e o banco. FOTOS: Editora Attalea

M Á Q U I N A S

Oimasa entrega mais dois tratores pelo Programa Mais Alimentos

Setembro é o mês final para entrega da Declaração de ITR e ADA Todo proprietário rural, pessoa física ou jurídica estão obrigados a entregar a Declaração do ITR / 2009 (Imposto Territorial Rural) até o dia 30/09/2009 30/09/2009. Ela é composta pelo DIAC - Documento de Informação e Atualização Cadastral do ITR e pelo DIAT - Documento de Informação e Apuração do ITR. O fato gerador do ITR é a propriedade, o domínio útil ou a posse (inclusive por usufruto) de imóvel por natureza. Os proprietários rurais também precisam fazer a Declaração do ADA - Ato Declaratório Ambiental somente os proprietários que possuem em suas terras APP (Área

de Preservação Permanente), ARL (Área de Reserva Legal), RPPN (Áreas de Reserva Particular do Patrimônio Natural), AIE (Área de Declarado Interesse Ecológico), ASFA (Áreas de Servidão Florestal ou Ambiental) e Áreas Cobertas por Florestas Nativas. Poucas pessoas sabem, mas o proprietário rural pode se beneficiar com redução de até 100% do ITR com a preservação ambiental e com a apresentação do ADA junto ao Ibama. As informações relativas ao ADA devem ser apresentadas anualmente. Fique atento! Procure um escritório de contabilidade rural.

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FEAP financia agricultores em São Paulo

A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo está oferecendo, por meio do FEAP - Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista oferece linhas de financiamento para os agricultores com renda bruta anual de até R$ 400 mil. São várias linhas de atuação, oferecendo crédito para fruticultura, flores, pecuária bovina de corte e leite e de bubalinos, suinocultura, avicultura, ovinocultura, caprinocultura, piscicultura, olericultura, apicultura, agroindustrialização, florestas, máquinas e implementos e café com ênfase na melhoria da qualidade. As condições são de juros de 3% ao ano e prazos de pagamento de até 7 anos.


Na Safra 2009/2010, Banco do Brasil amplia oferta de crédito e se consolida como um dos principais agentes financeiros do agronegócio

D E S T A Q U E

FOTO: Editora Attalea

No mês de julho aconteceu em c) - aumento dos limites de finanOrlândia (SP) uma reunião com todos ciamento de custeio e investimento os administradores que atuam com para R$250 mil e R$ 200 mil, respecagronegócios na região para o lançativamente. mento do Plano Safra 2009/2010. O Para incentivar práticas e sistemas evento foi organizado pela Superinprodutivos sustentáveis, promovendo tendência Regional do Banco do a recuperação de pastagens degradaBrasil. Além dos administradores, estidas, da fertilidade do solo e de áreas veram presentes autoridades e produagrícolas com baixa produtividade, a tores rurais de toda a região. Em destaSuperintendência Regional do Banco que, o gerente da agência centro do do Brasil informou que foi concedido Banco do Brasil em Franca (SP), Noriaumento de 15% em crédito de cusval Rocha; o superintendente regional teio para produtores que tenham em Ribeirão Preto (SP), Fábio Euzebio; e Mais Alimentos: é um dos programas em que suas propriedades reservas legais e o Banco do Brasil vem contribuindo com o Dannilo Castaldi de Faria, gestor em incremento do agronegócio regional. áreas de preservação permanente agronegócios e coodenador do Setor previstas na legislação ou apresentem O mais importante acima de tudo plano de recuperação com anuência do de Investimentos da COONAI. Para a safra que se inicia agora, o está no fato de que, todas as linhas de IBAMA ou órgão estadual ambiental Banco do Brasil se consolida como o apoio ao agronegócio estão liberadas já competente. principal agente financeiro do agrone- neste mês de agosto, diferentemente do Com estas novidades, cabe agora ao gócio brasileiro. Só para se ter idéia, a que aconteceu em anos anteriores. produtor rural da região analisar quais Além da questão de oferta de recur- são as suas necessidades para poder oferta de crédito rural é de R$ 107,5 sos, a Superintendência Regional do optar pelo melhor financiamento de bilhões; um um aumento de 37% em relação à safra anterior. Deste total, são Banco do Brasil apresentou aos parti- produção para a Safra 2009/2010. Na região de Franca (SP), o Banco R$ 92,5 bilhões para a agricultura cipantes os principais avanços no Plano do Brasil se coloca à disposição dos procomercial (incremento de 42,3%) e R$ Safra 2009/2010. a) - estabelecimento de maior limite dutores rurais para informações ou aco15 bilhões para a agricultura familiar. Na nova configuração do Plano Sa- de renda do produtor para fins de en- lhimento de propostas de custeio, cofra, o PROGER - Programa de Geração quadramento, passando de R$ 250 mil mercialização e investimentos para a Safra 2009/2010 com disponibilidade de Emprego e Renda tem aumento sig- para R$ 500 mil; b) - introdução da modalidade de de recursos em todas as suas agências. nificativo na disponibilidade de recursos crédito rotativo; (72%), sendo destinados R$ 5 bilhões.

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Produtor de leite da Coonai é um dos ganhadores do Prêmio de Produtividade com Qualidade L E I T E

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O cooperado da COONAI, João Cláudio Fulco, produtor de leite em Bonfim Paulista (SP), ficou em quarto lugar no Prêmio Produtividade com Qualidade oferecido pelo Sebrae-SP aos produtores que mais se destacaram nos grupos atendidos pelo Sebrae-SP na cadeia do leite no ano passado. As outras colocações ficaram para outras regiões. A lista de premiados inclui ainda Claudenir Mestre (1º lugar) e Pedro Antônio Giovanini (em 2º lugar), ambos de Votuporanga (SP); José Mateus Camargo, de Tatuí (SP), e João Carlos de Góes Castro, de Ourinhos (SP), empatados em 3º lugar. A cerimônia de premiação foi realizada no dia 8 de julho durante o 2° Encontro Estadual de Produtores de Leite em Patrocínio Paulista (SP). O encontro foi promovido pelo SebraeSP, Sistema OCESP (Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo), a OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras) e a COONAI (Cooperativa Nacional Agroindustrial). O diretor técnico do Sebrae-SP, Paulo Arruda, que participou da premiação, ressaltou a importância de cada vez mais o produtor rural se tornar um

empreendedor. “Seria importante que todos os produtores do País seguissem o exemplo de vocês (produtores participantes da premiação), que buscam informações e atualizações”, disse. A coordenadora da Cadeia do Leite do Sebrae Nacional, Fátima da Costa Lamar, destacou o desenvolvimento do setor na região de Franca. “A cadeia de leite começou pequena com 15 projetos e, atualmente, temos 56. Desde 2005, estamos aprendendo com nossos parceiros e, nos últimos anos, estamos conseguindo bons resultados”, afirmou. O programa desenvolvido pelo Sebrae-SP na cadeia leiteira tem trazido resultados excelentes aos produtores. “São mais de 300 produtores atendidos atualmente, com custo mínimo para a cooperativa”, afirmou Eduardo Lopes de Freitas, presidente da Coonai. Outros Destaques - A abertura oficial do encontro aconteceu no dia 7

de julho com a realização do 1º Fórum de Dirigentes do Cooperativismo Leiteiro Leiteiro, com a presença do ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues, atual coordenador do Centro de Agronegócios da FGV (Fundação Getúlio Vargas) e presidente do Conselho do Agronegócio da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de SP) e Márcio Lopes de Freitas, presidente da OCB. O objetivo do encontro foi fortalecer e atualizar a cadeia produtiva de leite, criar um ambiente de atualização e nivelamento de informações técnicas e de mercado, destacar os casos de sucesso e promover a integração entre produtores, entidades e indústrias ligadas ao setor. A programação do evento incluiu também a Feira de Novas Tecnologias, o Dia da Educação Cooperativista e o Torneio Leiteiro e contou com a participação de várias empresas.


Cristais Paulista (SP) realiza em setembro o X Dia do Agricultor FOTO: Editora Attalea

Franca Franca”, sob a regência do Prof. Vicente de Paula Rosa de Souza. Na quinta-feira, também às 19 hoPerspecras, será realizada a palestra “Perspectivas do Mercado de Café Café”, proferida por Washington Luiz Bueno de Camargo Junior, representante da Link Investimentos, de Franca (SP). Mas o ponto principal do evento está na exposição e comercialização de má-

Está tudo preparado para a 10ª edição do Dia do Agricultor de Cristais Paulista (SP) (SP), tradicional feira de máquinas, implementos e tecnologia para agricultura e pecuária na Alta Mogiana. Realizado pela Prefeitura de Cristais Paulista, através da SAMA - Secretaria de Agropecuária e Meio Ambiente, o Dia do Agricultor acontecerá este ano entre os dias 02 e 04 de setembro, no Parque de Exposições “José Alexandre Junqueira Vilela de Andrade”. De acordo com a comissão organizadora do evento, grandes empresas do setor já confirmaram participação, como a Oimasa, representante Massey Ferguson na região; Sami Máquinas, representante Yanmar-Agritech; AgroPl, representante Tramontini; A.Alves, representante New-Holland; Paraíso dos Tratores, representante Green Horse; Colorado Máquinas, representante John Deere; Marispan; Facchini; Eclética; Cocapec; Casa das Sementes; Bolsa de Agronegócios; Coonai; Dedeagro; Varre-Tudo; Sindicato Rural de Franca; Banco do Brasil; Parcintec-Franca; CATI-EDR Franca; Defesa Sanitária Estadual; Casa do Agricultor; Automec - Representante Chevrolet; Gota Verde; Netafim; SEBRAE; Banco Santander e Bolsa Agronegócio. A abertura do evento acontecerá às 19 horas do dia 2, quarta-feira, com a palestra do Engº Agrº Pedro César Avelar, diretor técnico do EDR - Escritório de Desenvolvimento Rural de FranSistema de ca, abordando o tema: “Sistema Pastejo Rotativo Fertilizado Fertilizado”. No mesmo dia, às 20 horas, está programada a apresentação da OrEncantos da Viola de questra “Encantos

quinas, implementos, equipamentos e insumos agrícolas. “Os produtores rurais terão a oportunidade de conhecer o que as empresas tem melhor em tecnologia voltada à produção agrícola e pecuária. Tudo em condições especiais, facilitando a realização de negócios. Este é o objetivo principal do Dia do Agricultor”, afirma Hélio Kondo, prefeito de Cristais Paulista (SP).

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PARAISO DOS TRATORES COMERCIO E SERVICOS DE TRATORES E IMPLEMENTOS MULTIMARCAS

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Com o início da florada do café (setembro e outubro), a fim de possibilitar que a lavoura fique livre de doenças comuns ao cafezal e, assim, alcance resultados expressivos de produtividade, os cafeicultores devem estar atentos às medidas que possam proteger seus pés de café dos fungos que afetam diretamente a florada. A DEDEAGRO oferece, para este época, o Programa Muito Mais Florada Café Café, da Bayer Cropscience, que contribui para a sanidade das lavouras e sua produtividade. O Programa Muito Mais Florada Café foi estruturado para o controle dos fungos que provocam a necrose e a morte das flores e, consequentemente, a inviabilização do crescimento saudável dos chamados “chumbinhos” (futuros grãos) que, após o ataque dos fungos , ficam com aspecto negro e poroso.

Para favorecer a eficiência de sua ação preventiva, o Programa Muito Mais Florada Café utiliza um produto de contato: o Rovral e outro sistêmico: o Folicur. A ação do fungicida de contato – que não requer a germinação dos esporos dos fungos – é complementada com a ação do sistêmico, que possui ação preventiva e curativa, cujo ingrediente ativo penetra e move-se intacto dentro da planta. Por combinar dois produtos com mecanismos de ação diferenciado, o programa contribui para o desenvolvimento da florada com aumento de até 60%! Como o programa objetiva o manejo integrado de doenças do cafezal, deve ser aplicado inicialmente em duas épocas. A primeira deve acontecer na pré-florada (fase de cotonetes) e a segunda, na pós-florada, na fase de “chumbinho”.

É preciso estar atento ainda às condições de temperaturas amenas às temperaturas altas associadas à umidade também alta, que são condições favoráveis ao aparecimento das doenças (Phoma, Coletotrichum e Cercospora), responsáveis por perdas consideráveis na lavoura cafeeira, principalmente devido à mumificação de “chumbinhos” e quedas prematuras de frutos. Nesta fase é de suma importância a proteção da florada do café. Além disso, o Programa Muito Mais Florada Café ainda controla a Ferrugem remanescente da safra anterior, fato que oferece aos cafeicultores a oportunidade de iniciar o novo ciclo com a lavoura livre de focos de doenças. Proteja sua produção. Procure um Consultor Técnico de Vendas da DEDEAGRO DEDEAGRO.

FOTOS: DEDEAGRO

C A F É

Doenças da florada do café: saiba quais são e como proteger o cafezal

Há mais de uma década em sintonia com o cafeicultor! Há 12 anos, a Dedeagro atua em parceria com o agricultor, fornecendo produtos agrícolas para as lavouras de café, milho, soja, horticultura, entre outros. Faça-nos uma visita ou entre em contato pelo telefone e solicite a visita de um de nossos Consultores Técnicos em sua fazenda!

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Quadro 1 - Produtividade cafeeira e tratamentos de doenças. TRATAMENTOS 1 - Fosfito + Oxicloreto (1,0 l/ha + 2,5 kg/ha) 2 - Oxicloreto (2,0 kg/ha) 3 - Fosfito (1,0 l/ha) 4 - Fosfito + Oxicloreto (1,0 l/ha + 2,0 kg/ha) 5 - Fosfito + Oxicloreto (0,5 l/ha + 1,0 kg/ha) 6 - Muito Mais Florada (0,5 l/ha + 0,5 l/ha)

SAFRA 2006 (sc/ha) 32,5 b 37,6 b 30,6 b 38,8 b 43,4 ab 57,0 a

Fonte: AGROTESTE, 2006. Autor: Dr. Jefferson Gitirana Neto


Cooparaíso Europe vai colocar duas marcas de café na França agronegócio, com ênfase na distribuição de legumes. “Eles (Agrial) são formidáveis, tem uma logística muito competente”, destacou Carlos Melles, enfatizando que a parceria é um negócio ainda muito pequeno pelo porte que pode alcançar. “É uma nova fase para a nossa cooperativa, estamos iniciando esta distribuição do café torrado e moído no mercado europeu, mas não perdemos de vista o nosso imenso mercado Carlos Melles, deputado federal-MG e brasileiro”, sinalizou o presidente presidente da Cooparaíso da Cooparaíso. O novo negócio integra o planejamento estratégico da Cooparaíso denominado Agenda Positiva 20052015 2015, que prevê uma série de importantes ações nesta década, entre elas, a A Revista Exame divulga anuimplantação de um novo complexo de almente o ranking das 1000 maiores armazéns gerais, atingir o recebimento empresas do Brasil, avaliando-se de 3 milhões de saca de café, aplicações dados de mais de 3.500 empresas, de conceitos de sustentabilidade, amque publicaram demonstrações conpliação da área de ação, tudo isso iniciatábeis no “Diário Oficial” dos estados do por um programa de comunicação. ou enviaram seus resultados para “Faz parte de um processo de apoio análise para a edição das Melhores ao produtor”, ressaltou Carlos Melles, e Maiores 2009 2009. ao lembrar que 85% dos cooperados A Cooparaíso se destacou na da Cooparaíso são formados por mini e pesquisa como a 2ª maior coopepequenos produtores. rativa de café do país, com faturaOutro ponto importante desta mento de US$ 196 milhões em 2008. parceria, é que o projeto é endossado No quadro das maiores empresas do pelo BNDES - Banco Nacional de agronegócio (produtores agropecuáDesenvolvimento Econômico Social, rios e empresas que fornecem insupelo BDMG - Banco de Desenvolvimos ou prestam serviços aos produmento de Minas Gerais e pela APEX tores), a Cooparaíso aparece em 3º Agência Brasileira de Promoção de lugar. “É uma conquista”, diz Melles. Exportações e Investimentos. FOTO: Divulgação

A partir do dia 11 de setembro o consumidor francês poderá comprar duas marcas de café torrado e moído exportados diretamente pela Cooparaíso Europe S/A, empresa nascida de uma parceria entre a Cooparaíso S/ A e a cooperativa francesa Agrial – que detém mais de 200 pontos de venda naquele país europeu. O produto chegará ao mercado em embalagens de 1/2 kg à vácuo e valvulada, com duas opções 100% arábica: Classic Mogiana e Alto Paraíso Paraíso, com paladares testados no país europeu. “Estamos iniciando uma nova fase na Cooperativa e com um parceiro muito qualificado: a Agrial é uma das melhor empresa cooperativa da Europa e tem um alto nível de profissionalização na distribuição de alimentos”, explicou o presidente da Cooparaíso, deputado Carlos Melles, ao final da Assembléia Geral Extraordinária, realizada na no último dia 10 de julho e que ratificou a criação da Cooparaíso S/A (com 100% do capital da Cooparaíso) e da Cooparaíso Europe S/A (formada com 89% de capital da Cooparaíso S/A e 11% da Agrial). Há mais de dois anos as duas cooperativas vem mantendo entendimentos para formalizar a parceria estratégica, de um lado aproveitando a estrutura e comprovada qualidade dos cafés e de gestão da Cooparaíso, e de outro a capilaridade e avançada logística da Agrial na colocação de alimentos na Comunidade Econômica Européia, com negócios em vários segmentos do

Cooparaíso: a 2ª cooperativa de café do Brasil

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Uma dissertação de mestrado defendida na UFLA - Universidade Federal de Lavras contribuiu para abandonar a idéia de que o cafeeiro não responde à aplicação de altas doses de fósforo (P) no solo em sua fase de produção, sobretudo, em solos de baixa fertilidade As conclusões do pesquisador Thiago Henrique Pereira Reis reafirmam a visão de uma nova corrente que busca repensar o sistema produtivo do cafeeiro, visando torná-lo mais eficiente, competitivo e sustentável. Neste estudo, que recebe o apoio financeiro do Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café (CBP&D/Café), cujo programa de pesquisa é coordenado pela Embrapa Café, observou-se que o cafeeiro irrigado respondeu à adubação fosfatada, obtendo uma produtividade média de

70 sacas em seis anos avaliados com a maior dose de P2O5 (400 Kg/ha). A pesquisa de Thiago Reis segue a linha adotada pelos pesquisadores da Embrapa Cerrados, da equipe do pesqui-

sador Antônio Fernando Guerra, aprofundando os conhecimentos quanto ao comportamento e disponibilidade de fósforo no solo, observados no âmbito do sistema solo-planta. O estudo questiona os atuais critérios de recomendação de adubação fosfatada para o cafeeiro. Desta forma, buscou caracterizar a disponibilidade de P quando da aplicação de maiores doses do nutriente, por meio de seu fracionamento no solo. Constatou-se que a maior parte dos compostos fosfatados está na fração biodisponível, ou seja, aquela ainda disponível às plantas. Também se buscou caracterizar a variação das formas inorgânicas de fósforo ligadas a Ferro (Fe), Alumínio (Al) e Cálcio (Ca), por meio do fracionamento das mesmas, ao longo dos ciclos de cultivo.

Mercado interno de adubo dá mostras de recuperação A demanda dos agricultores brasileiros por fertilizantes confirmou as expectativas e começou a reagir em junho, o que fortalece as projeções de que as vendas devem voltar a sua sazonalidade histórica em 2009 e se concentrar no terceiro trimestre. Esse comportamento não foi observado em 2008, quando a oferta internacional estava apertada no início do ano e temia-se no mercado o risco de escassez no momento do plantio da safra de verão, em parte evitado pelos reflexos da crise internacional. De acordo com a ANDA Associação Nacional para Difusão de Adubos, as entregas das misturadoras

(empresas que produzem o insumo acabado) às revendas espalhadas pelo país somaram 1,836 milhão de toneladas no mês passado, 32,5% a mais que em maio. Na comparação com junho de 2008, a queda ainda foi de 23,6%. Com isso, o volume acumulado atingiu 8,455 milhões de toneladas no primeiro semestre, 26,5% abaixo do total apurado em igual intervalo do ano passado. Como a indústria ainda está com estoques elevados - eles chegaram a 7 milhões de toneladas em dezembro, em decorrência da forte retração das vendas entre o quarto trimestre de 2008

e o primeiro trimestre deste ano -, a produção nacional e as importações ainda não ganharam fôlego similar ao das entregas. A produção atingiu 752,8 mil toneladas em junho, 3,6% mais que em maio e 2,6% abaixo de junho do ano passado. As importações, por sua vez, alcançaram 901,6 mil toneladas, quedas de 4,2% e 48,8% nas mesmas comparações. No primeiro semestre, a produção nacional chegou a 3,712 milhões de toneladas, retração de 21,2%, e as importações somaram 3,359 milhões, baixa de 61,1%. (Fonte: Valor Econômico e AgnoCafé) .

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FOTO: Editora Attalea

Estudo demonstra que cafeeiro responde às altas doses de fósforo com mais produtividade


FOTO: Editora Attalea

Sob orientação do professor Antônio Eduardo Furtini Neto e coorientação do pesquisador da Epamig, Paulo Tácito Gontijo Guimarães, o estudo quantificou as frações do nutriente em função da produtividade do cafeeiro em dois experimentos com solos distintos: em um Latossolo Vermelho distrófico, em área irrigada localizada em Planaltina (DF), no Campo Experimental da Embrapa Cerrados, e em um Argissolo Vermelho distrófico, em área de sequeiro, em Cabo Verde MG). Demonstrações e Resultados A conclusão do estudo de Thiago Reis revela que o fósforo aplicado ao solo encontra-se na fração biodisponível, principalmente ligado ao Alumínio, sendo esta a forma que predominantemente fornece o nutriente ao cafeeiro. Vale lembrar que o fósforo total (Pt) é composto de frações orgânicas e inorgânicas do nutriente e apresentam diferentes graus de disponibilidade para as plantas. Nesse sentido, analisando-se os resultados obtidos pelo fracionamento do P inorgânico, onde não ocorreu a adição de P no solo (dose 0 kg ha de P2O5), observou-se que a maior parte do nutriente esteve complexada com Fe, prevalecendo a ordem P-Fe>P-Al>PCa, para todas as camadas avaliadas nos dois anos (0 a 10, 10 a 20 e 20 a 40cm). À medida que as doses de P no solo foram aumentadas, todas as frações inorgânicas do nutriente aumentaram, de modo mais expressivo o P-Al, seguido do P-Fe e, posteriormente, o PCa. Esse comportamento foi observado com maior destaque na camada de 0 a 10 cm, uma vez que a adubação fosfa-

tada na cultura do cafeeiro ocorre em superfície, sem haver incorporação, sendo o nutriente de baixa mobilidade no solo. De maneira geral, os maiores ganhos de produtividade do cafeeiro foram constatados a partir da dose anual de 200 kg/ha de P2O5. Esses resultados mostram-se expressivos em relação a estudos anteriores, quando foram analisadas doses de 0 a 180 kg de P2O5 e incrementos da ordem de 12 a 16% na produtividade. Na área de sequeiro avaliada, a produtividade foi de 69,5 sacas beneficiadas/ha, na safra 2008, para a área que recebeu 300 kg/ha de P2O5 e 38,8 sacas beneficiadas/ha para a área adubada convencionalmente. Neste experimento, localizado no Sul de Minas, além da maior produtividade, a aplicação de alta dose de fósforo ainda resultou em um menor efeito da bienalidade, mantendo-se a produtividade acima de 60 sacas/ha nos dois anos avaliados. Contextualização da Pesquisa - Por muitos anos, o cafeeiro foi considerado uma planta que não respondia à aplicação de doses de fósforo no solo em sua fase de produção. Prova-

velmente, chegou-se a esta conclusão devido ao fato do fósforo ser um dos nutrientes menos exportados pelo cafeeiro, como descrito nos trabalhos do professor Eurípides Malavolta, que também creditava ao nutriente o papel de armazenar e transferir energia para a planta. Além disso, anteriormente, o cafeeiro era cultivado em solos de média a alta fertilidade e a maioria das fazendas experimentais nas diferentes regiões do mundo situava-se em localidades nessas condições. Entretanto, alguns trabalhos têm mostrado que esta planta consegue responder a incrementos de fósforo, principalmente nos solos de baixa fertilidade como os originalmente sob cerrado. As pesquisas acerca do comportamento do fósforo no solo foram intensificadas a partir do desenvolvimento da tecnologia do estresse hídrico controlado pela equipe da Embrapa Cerrados. Existia uma demanda crescente por informações sobre a influência de adubações fosfatadas no desenvolvimento, vigor das plantas e pegamento da florada. Existia a idéia de que o nível de fósforo observado nas análises do solo de alguma forma estaria inadequado para as plantas. Neste sentido, o estudo de Thiago Reis retoma os trabalhos que focalizam a importância do fósforo na formação e manutenção dos cafeeiros. Os resultados demonstram que o ajuste nutricional é necessário também nas lavouras de sequeiro, visando garantir o desenvolvimento das plantas e o pegamento da próxima safra, sobretudo, para lavouras de alta performance. Contudo, ainda há necessidade de responder muitas indagações a respeito do assunto.

F E R T I L I Z A N T E S

13 Revista Attalea® Agronegócios - Agos 2009 -


Attalea

Jantar, Negócios & Viola

DRº JOSÉ RAMON RIBEIRO e ESPOSA

JOSÉ RAMON RIBEIRO FILHO e ESPOSA

Com o intuito de oferecer oportunidades de negócios diferenciados e apresentar o grupo R. R. Ribeiro, A Casa 14 do Agricultor e seus parceiros : Bayer Cropscience e Revista Stoller do Brasil, realizou no dia 30 de julho o 1º Jantar, Attalea® Agronegócios e Viola, reunindo profissionais de diversos - Agos Negócios 2009 setores do agronegócio, cafeicultores, engenheiros agrônomoseparceirosnaregião.

Os resultados foram surpreendentes, com grande volume de negócios levantados entre os principais produtores daregiãoeasatisfaçãodos presentes. A diretoria anunciou que serão realizados novos eventos, em datas a serem definidas em toda a região, sendo o primeiroemIbiraci (MG).

GEOVANNI BASSO e SENHORITA

ISAAC BRASIL

JÚLIO MICALLI e ESPOSA

FABIANO JARDIM e ESPOSA

GERALDO CINTRA DINIZ

JOSÉ JUSTINO DE PAULA e ESPOSA


EQUIPE CREDICOONAI - Capetinga (MG)

MIGUEL e JOSÉ BALDUÍNO e FAMÍLIA

15 Revista Attalea® Agronegócios - Agos 2009 -

EQUIPE BAYER CROPSCIENCE

LUIS CLÁUDIO CUNHA e ESPOSA

JOSÉ ALEXANDRE RIBEIRO e ESPOSA

FERNANDO CURY e ESPOSA

CASSIANO DINIZ e ESPOSA

MARCELO (Credicoonai) e PEPINHO

DORIVAL LIMONTA e ESPOSA

EDSON MARGARIDO e ESPOSA

WANDERLEY CINTRA e LUCIANO


FAMÍLIA MOSCARDINI

JOAQUIM LEONEL e FAMÍLIA

16 Revista Attalea® Agronegócios - Agos 2009 -

EWERTON e ESPOSA LUIS CARLOSBERGAMASCO e ESPOSA

ANTÔNIO MOSCARDINI e ESPOSA

GUILHERME MORAES ALMEIDA (Gerente Franca) e PEPINHO

MILTON EUGÊNIO e ESPOSA

FAMÍLIA MICALLI

ANTÔNIO AUGUSTO JARDIM e FAMÍLIA

PEDRO MOSCARDINI e FAMÍLIA MÁRIO ROBERTO e JOSÉ ORCEZI


Engº Agrº Roberto Antônio Thomaziello Existem uma série de fatores influenciando a baixa produtividade média dos cafezais, entre as quais citaríamos:- a degradação de solos; as adubações inadequadas; os tratamentos fitossanitários incorretos; os tratos culturais inadequados; e as adversidades climáticas. Por outro lado, também existem diversos fatores positivos para aumento da produtividade e que deveriam ser melhor utilizados pelos produtores, como:- exploração do potencial produtivo das variedades plantadas; maior e melhor adensamento das lavouras; e podas. Podas - A principal finalidade da poda é “eliminar todo tecido foliar e vegetativo improdutivo, cuja possibilidade de recuperação depois de anos de grandes produções seja praticamente nula”. O cafeeiro é um arbusto de crescimento contínuo, que apresenta dimor-

Arte: Roberto A. Thomaziello

Poda de Esqueletamento no cafeeiro

Recepa Baixa = sem “ramos-pulmões” (esquerda) e após a desbrota (direita)

fismo de ramos. a) - Ramos ortotrópicos, oriundos de gemas seriadas e quem tem um crescimento vertical, sendo comumente denominados de “ramos ladrões” b) - Ramos plagiotrópicos, oriundos de gemas cabeça de série e que tem crescimento lateral, sendo os ramos produtivos do cafeeiro. Existem uma série de podas utilizadas na cultura do café visando a recupera-

ção das lavouras, tais como: a) - Recepa: que é uma poda baixa, realizada a 40 cm de altura, eliminandose toda parte vegetativa do cafeeiro. b) - Decote: é uma poda, onde se elimina o ponteiro do cafeeiro, realizada a partir de 1,60 a 1,70m de altura, dependendo das condições das planta e do sistema de condução da lavoura. Características da Poda de Esqueletamento - A poda de esqueletamento foi descrita pela primeira vez pelo Engº Agrº Adolpho Chebabi em 1975, e consiste em se podar os ramos plagiotrópicos (ramos de produção) do cafeeiro a uma certa distância do tronco, normalmente entre 30 a 40 cm de comprimento, aproveitando-se também do momento para se fazer o decote. Ela é um instrumento para se manipular a partição dos açúcares solúveis disponíveis dentro do sistema de fontes e drenos dos cafeeiros. De acordo com Rena & Maestri, os

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ADUBOS, SEMENTES, DEFENSIVOS; ELABORAÇÃO E IMPLANTAÇÃO DE PROJETOS DE IRRIGAÇÃO; ASSISTÊNCIA TÉCNICA ESPECIALIZADA

Arte: Roberto A. Thomaziello

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principais drenos do cafeeiro em ordem decrescente são: flores e frutos > engrossamento de ramos > desenvolvimento de novos brotos > desenvolvimento de raízes > metabolismo de manutenção celular. O cafeeiro quando adulto, depois de várias colheitas, passa a apresentar uma grande proporção de partes de ramos plagiotrópicos (ramos de produção) que já frutificaram uma vez e que não irão frutificar mais no mesmo local. Ensaio experimental realizado pelo Instituto Agronômico em Garça (SP), após onze colheitas, com diversas linhagens de Catuaí e Mundo Novo e tem sido realizado um decote depois da sétima safra, quando há um aumento do diâmetro da saia, apresentou como diâmetro médio para o Catuaí 2,43m e para o Mundo Novo 2,85m, sendo que entre as linhagens de Catuaí o maior diâmetro foi 2,54m e do Mundo Novo 3,17m. Isto demonstra, que o ramo produtivo tem um limite de crescimento e que há necessidade de revigorálo para que a produção não sofra queda acentuada. Os segmentos de ramos que não vão frutificar mais, continuam crescendo em espessura e massa, que são oriundos dos açúcares produzidos pela fotossíntese. Desta forma, quanto mais velha a parte do ramo, maior se torna o seu potencial de competição com outros drenos. Com isto, um cafeeiro velho produz cada vez menos ramos jovens, tornando-se cada vez menos produtivo. A poda de esqueletamento, quando executada corretamente, elimina grande parte dos drenos improdutivos, que são basicamente parte dos ramos velhos, sem qualquer comprometimento à estrutura da planta, favorecendo assim a partição dos assimilados para os novos ramos dos cafeeiros. Com essa poda, realizada normalmente nos meses de agosto e setembro, há uma intensa brotação de ramos novos a partir dos plagiotrópicos podados, até o final das chuvas do ano seguinte (abril – maio, dependendo da região). Esses ramos irão florescer no ano agrícola seguinte, que se inicia em setembro, sendo a primeira produção colhida a partir do mês de maio desse ano agrícola iniciado em setembro. Assim da poda até o início da colheita decorrem cerca de 1,8 anos. Como no primeiro ano não existe o principal dreno que é o órgão reprodutivo formado pelas flores e frutos, os elementos oriundos da fotossíntese são carreados para engrossamento de ramos, desenvolvimento de ramos novos, desenvolvimento de raízes e metabolismo de manutenção celular. O vigor de todo esse desenvolvimento se traduz em produtividade, através do número e vigor das inflorescências. Quanto mais vigoroso for o cafeeiro a ser esqueletado, com um grande número de ramos laterais (produtivos), sem

ter “perdido” ou “levantado” a saia, melhor será a recuperação da planta. Essa poda não deve ser aplicada em cafeeiros depauperados, com perda de saia, com poucos ramos laterais, pois dessa forma haverá uma intensa brotação de ramos ortotrópicos (verticais ou ladrões) a partir do Decote tronco, sendo posteriormente necessária uma intensa desbrota e mesmo assim ficando ao final uma planta defeituosa. Como o esqueletamento é uma poda drástica, inicialmente ocorre também uma grande redução do sistema radicular do cafeeiro, acima de 80%, que tende a se recuperar a medida que a brotação da parte aérea Decote com a condução de se intensifica. Por esse mobrotação. tivo, também não é uma poda recomendada para cafezais instalados em solos com grande infestação de nematóides, pois fatalmente ocorrerá mortes de cafeeiros. No ano agrícola da poda, desde que os demais nutrientes estejam devidamente equilibrados segundo a análise de solo, a aduPoda lateral ou esqueletamento bação a ser realizada é ba(esquerda) e após a brotação sicamente a nitrogenada, (direita). em níveis que atendam as necessidades da intensa brotação. Esses valores deverão estar na faixa de 250 a 300 kg de nitrogênio por hectare. A quantidade de dados experimentais disponíveis sobre esqueletamento não é grande. Todavia, os existentes indicam aumentos significativos de produção, comprovados também por resultados obtidos em diversas lavouras comerciais, justificando portanto a sua aplicação.

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Agricultores ligados à Associação de Cafeicultores Familiares de Santo Antônio do Amparo (MG), ficaram muito satisfeitos com o lavador portátil de café que foi disponibilizado a eles por meio do projeto Unidades Comunitárias de Processamento do Café para Agricultores Familiares Familiares, financiado pelo CNPq/MDA, sob coordenação da pesquisadora Sara Chalfoun de Souza, da EPAMIG - Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais de Lavras (MG). O lavador é uma das tecnologias para a cafeicultura familiar que foi desenvolvida por pesquisadores da UFV - Universidade Federal de Viçosa por meio do Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café, cujo programa de pesquisa é coordenado pela Embrapa Café. O projeto tem como objetivo incorporar qualidade ao café por intermédio

COCAPEC promove o 6º Concurso de Qualidade Com inscrições programadas até o dia 24 de setembro, a COCAPEC – Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuaristas, de Franca (SP), promove seu 6º Concurso de Qualidade de Café – Seleção Senhor Café Alta Mogiana Mogiana. As amostras são avaliadas pelos critérios da BSCA - Associação Brasileira de Cafés Especiais e os nomes dos 20 primeiros classificados de cada categoria serão anunciados no dia 09 de outubro. Os cinco primeiros colocados serão premiados com adubadeira, pulverizador, carreta, roçadeira e tratamento Café Forte Syngenta.

FOTOS: Embrapa - Divulgação

Lavador portátil de café faz sucesso em comunidades rurais de Minas Gerais

do processamento comunitário, favorecendo o associativismo na região. Segundo a bolsista do projeto Juciara Nunes de Alcântara, “esse lavador foi escolhido porque é de fácil utilização e manutenção e pode ser deslocado com facilidade de uma propriedade para a outra, atendendo a vários produtores durante o período da colheita”. A separação do café cereja ou verde do chamado bóia (aquele que flutua na água) não fazia parte do processo de pós-colheita dos agricultores da região até a chegada do lavador. Com isso, para Juciara, a utilização da tecnologia vai acrescentar muito à

qualidade do café que está sendo produzido por eles. O lavador portátil de café contribui para a qualidade da bebida porque, com a separação, o produtor elimina os grãos bóia, que alteram o resultado final e depreciam o preço do produto. Além disso, agrega valor ao produto, já que o café composto apenas por grãos cereja são mais valorizados no mercado. Ele foi desenvolvido sob a coordenação do pesquisador da UFV, Juarez de Souza e Silva, e é um modelo muito simples e ideal para pequenas produções. Consta simplesmente de dois depósitos: o primeiro retém a água de lavagem, sendo construído em chapa metálica e fixo em rodas, para facilitar sua locomoção. O segundo depósito é móvel (basculante) e construído em chapa perfurada ou em tela, servindo para reter o café com maior densidade. O lavador não é ainda comercializado no mercado. Portanto, a unidade que foi entregue para a associação de produtores de Santo Antônio do Amparo foi encomendada a um serralheiro de Lavras, que a confeccionou conforme as determinações da pesquisa em apenas uma semana e custando pouco mais de 1300 reais. Para os pesquisadores ligados ao projeto, esse preço, para um equipamento de grande utilidade como é o lavador portátil, faz dele um maquinário com uma grande relação custo/benefício.

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Dia Nacional do Campo Limpo é comemorado em todo o Brasil

FOTOS: Editora Attalea

T E C N O L O G I A

Casa das Sementes realiza palestra sobre olericultura para filhos de agricultores

A FAFRAM - Faculdade “Dr. Francisco Maeda”, de Ituverava (SP) realizou, no último mês de julho, uma atividade inovadora e importante para a comunidade rural da região da Alta Mogiana. Intitulado “O Poder Transformador do Jovem Rural”, o projeto da FAFRAM contou com a realização de várias palestras, visitas técnicas e orientações práticas. Durante uma semana, 30 jovens com idade entre 15 e 18 anos - escolhidos a partir da inscrição de 150 jovens - permaneceram ‘internados’ no campus da faculdade, participando de inúmeras atividades tecnológicas na região, voltadas à agricultura e à pecuária. Dentre as empresas parceiras no projeto, a Casa das Sementes - revenda sediada em Franca (SP) - se destacou com a realização de uma palestra do Engº Agrº Luis Fernando Paulino, que orientou os filhos de agricultores sobre o tema “Cultivo de Olerícolas”. De acordo com Guilherme Pincerato Figueiredo, filho do diretor da Casa das Sementes, a empresa reconheceu a importância social do projeto da FAFRAM. “O projeto visa mostrar aos filhos de agricultores que ainda existem boas condições de se viver na zona rural. Muita gente quer vir morar na cidade, mas o que falta é divulgar o conhecimento”, diz.

Dia 18 de agosto comemorou-se o Dia Nacional do Campo Limpo Limpo, data fixada no calendário nacional e que representa a conscientização ambiental na agricultura em todo o país. Idealizado pelo INPEV - Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias, o evento reuniu atividades em 99 centrais em 23 estados realizaram atividades. O objetivo do evento é divulgar os resultados positivos e destacar o compromisso socioambiental de todos os integrantes do sistema de destinação final de embalagens vazias de agrotóxicos – agricultores, distribuidores, cooperativas, indústria fabricante e poder público – para o desenvolvimento de uma agricultura sustentável. Fazem parte das comemorações diversas atividades como concursos de desenho e redação nas escolas com etapas municipal e nacional para alunos e professores, palestras para formação e conscientização ambiental sobre os conceitos do Campo Limpo, visitação às etapas do trabalho das centrais com as embalagens vazias e atividades culturais e educativas sobre o meio ambiente. Também serão distribuídos materiais educativos. De acordo com o órgão, o Dia Nacional do Campo Limpo, que está em sua quinta edição, envolveu ano passado mais de 117 mil pessoas em 23 estados e 99 unidades de recebimento. Desde a sua criação, em 2005 o crescimento foi significativo. No início o público atingido foi de 11 mil pessoas em 15 estados participantes e 40 unidades.

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Consumo de café no Brasil surpreende e cresce 6% ignorando a queda no consumo no exterior FOTO: ABIC

O setor de café no mundo vive um instante de pausa, frente às consequências da crise mundial. Não há queda no consumo, mas uma perda de ritmo de crescimento e uma transferência de consumidores das cafeterias especiais para os próprios lares, onde o gasto é menor. Mas essa regra não vale para todos os países. A maior transferência ocorre nos países ricos, os mais afetados pela crise e onde houve maior perda de renda. O Brasil caminha na direção totalmente inversa, e parte dos consumidores continua trocando o coador pelas máquinas e os cafés especiais. “A situação está muito difícil. Neste ano, o consumo em bares, restaurantes e hotéis caiu 15% na Itália”, diz Giuseppe Lavazza, vicepresidente da italiana Lavazza Lavazza, uma das líderes na Europa. Andrea Illy, da também italiana Illycaffè Illycaffè, confirma a queda, mas avalia que “é um fenômeno passageiro”. De acordo com Gabriel Silva Luján, da Federação dos Cafeicultores da Colômbia, no mundo, uma xícara de café fora de casa custa US$ 2,10 em média - bem acima do US$ 0,35 a US$ 0,50 gasto quando preparado em casa. A transferência de consumo de café para o lar aumenta também nos Estados Unidos, mas esse fenômeno não depende apenas da crise, diz Sydney Marques de Paiva, diretor-presidente da Café Bom Dia Dia, empresa que tem uma unidade de produção em Seattle (EUA). O Japão não ficou imune. As cafeterias do Café do Centro registraram leve queda de movimento no país. A empresa concorda com Illy, de que se trata de fenômeno passageiro, e, por isso, mantém os investimentos programados para a Ásia, afirma o diretor Rodrigo Branco Peres. Velocidade Menor - Na verdade, o setor de café já tinha se acostumado a uma confortável velocidade de crescimento no consumo mundial nos últimos anos. Veio a crise e “os 2% ou 2,5% esperados podem ficar em 1%”, diz Carlos Brando, especialista no setor. Mas 1% não é um número desprezível, diz Guilherme Braga, do Cecafé, órgão dos exportadores. “Será mais 1,3 milhão de sacas.” O consumo mundial anual gira próximo de 130 milhões de sacas. As empresas brasileiras ainda buscam os efeitos da crise no país, mas o consumo nacional de café tradicional cresceu 6% de janeiro a abril, “uma taxa surpreendente, principalmente por ser verão”, diz Nathan Herszkowicz, da ABIC - Associação Brasileira da Indústria de Café. E, quando se trata de cafés especiais, também “não há crise”, diz Marco Suplicy, da Suplicy Cafés Especiais Especiais. “O frio ajuda, e nosso Natal [em referência ao melhor período do ano para o café] avança muito bem.”

O estágio “mais maduro” da economia brasileira, a descoberta do café gourmet arábica pelo grande público e os preços acessíveis são os grandes sustentáculos do consumo de cafés especiais no país, que não caiu. A avaliação é de Ricardo Carvalheira, presidente da Starbucks Coffee no Brasil, empresa que não pisou no freio nos investimentos por aqui, ao contrário da matriz, que faz ajustes. Martín Pereyra Rozas, diretor-geral da Nespresso Brasil Brasil, diz que “as nuvens negras do final de 2008” não amedrontaram e a empresa elevou investimentos. Se depender do interesse de empresas e de novos profissionais que buscam a especialização em fazer um bom café, o consumo está garantido. Edgard Bressani, da Ipanema Coffees e da Associação Brasileira de Café e Barista, diz que o número de empresas associadas saltou de 15 para 100 em um ano, e as cafeterias especiais agora Extraído e modificado de Folha de avançam para o interior. (Extraído S.Paulo )

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FOTO: Célio A.P.Rodrigues

Revista Attalea® Agronegócios - Agos 2009 -

Galdino Santos de Almeida, o Sêo Santo, está aposentado há 13 anos e passou por um treinamento em apicultura organizado pelo SENAR-SP, através do Sindicato Rural de Patrocínio Paulista (SP), cidade onde mora atualmente com a esposa. Pelas coincidências da vida, Sêo Santo teve como instrutor Leandro Figueiredo Faleiros, que além de consultor é biólogo e apicultor desde 1984 e na época residia em Ribeirão Preto (SP). Passados três anos após o curso, Leandro adquiriu o sítio Nossa Senhora Aparecida, propriedade no município de Itirapuã (SP), quase na divisa com Minas Gerais, e decidiu implantar um projeto audacioso. Ao invés de produzir mel, como a maioria dos apicultores, a propriedade produz pólen para consumo humano e medicinal. Quem passa hoje na antiga estrada vicinal – de terra – que ligava Itirapuã (SP) a São Tomáz de Aquino (MG) e procura pelo Apiário Nativo, os vizinhos apontam facilmente para os extensos canteiros de flores coloridas. “Decidi criar abelhas e ‘garimpei’ o Sêo Santo para ser meu sócio. Eu precisava de uma pessoa responsável, que gerenciasse o negócio com dedicação e respeito que a apicultura exige. E ele possui todas estas características. É um cara diferenciado”, afirma Leandro. Estrutura - O Apiário Nativo tem instalado atualmente 60 colméias. “Temos uma expectativa total

de produção de pólen próximo de 200 kg/mês. Ainda não atingimos esta quantidade, primeiro porque estamos aqui há apenas 6 meses. Segundo, detectamos a necessidade de mudança na genética de alguns enxames. Precisamos de rainhas mais prolíferas, que botam mais ovos, para que se produza mais abelhas operárias. Quanto mais ovos foram postos, maior a demanda por pólen no interior da colméia. Conseqüentemente, teremos maior coleta de pólen,”explica Leandro. Sêo Santo explica que, para as Os empresários: Sêo Santo e Leandro colméias, como eles trabalham com Faleiros. Ao fundo, o plantio de Cosmos apiários fixos, cada caixa de abelha e Almeirão-Cavalo. está dotada de coletor de pólen, tampa Na sala de manipulação, a atividade e cavalete fixo. Tudo de material de boa requer também poucos equipamentos. qualidade. “A vida útil destes materiais Um Freezer, que é um equipamento é em torno de 7 anos, mas recomenda- obrigatório para a desinfecção do promos manter na propriedade um depó- duto em temperaturas abaixo de 10º nesito com um pequeno estoque, para gativos nas primeiras 48 horas; e um reparos rápidos”, orienta Sêo Santo. Desidratador, necessário para retirar o excesso de água do pólen, facilitando o seu armazenamento e ampliando sua vida útil. A desidratação é feita em temperaturas que variam de 42 a 45º C. “Não precisa ser equipamentos caros. O freezer atende a nossa produção diária e adaptamos um desidratador de frutas para desidratar pólen”, explica Leandro. De acordo com Sêo Santo, o pólen pode ser armazenado, no freezer, sem desidratação, por até 7 meses após a coleta. Após a desidratação, o pólen pode ser armazenado por até 2 anos, se bem embalado. FOTOS: Editora Attalea

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Conhecimento - Leandro e Sêo Santo afirmam que a tecnologia para a produção de pólen não é muito difundida entre os apicultores e que eles precisaram visitar outras regiões produtoras e também promover a implantação de inovações tecnológicas. “Tanto eu quanto o Leandro trabalhamos com abelhas há algum tempo, mas era para a produção de mel. Não tínhamos assim conhecimentos mais aprofundados sobre a produção do pólen. Assim, visitamos produtores no município de Munhoz, região serrana de Minas Gerais, divisa com o município de Socorro (SP), para conhecer melhor os mecanismos de produção, as técnicas de coleta, armazenamento e comercialização do produto”, explica Sêo Santo. “Em Minas, eles já trabalham há mais de 5 anos com a produção de pólen. A média diária de produção por colméia gira em torno de 300 a 400 gramas, devido principalmente ao fato de possuir colméias altamente produtivas, com rainhas prolíferas e um excelente pasto apícola natural, com vegetação nativa preservada na região”, afirma Leandro. Além do conhecimento técnico do manejo, os apicultores procuraram analisar também outros aspectos, como o método de coleta de pólen. “Decidimos adotar o mesmo método utilizado em Munhoz principalmente devido à sua praticidade e ao seu custo-benefício”. Inovação - A maior inovação do Apiário Nativo está no plantio de flores.

Outras tecnologias - O Apiário Nativo está adotando, também, a utilização da homeopatia (preparados homeopáticos) para estimular as abelhas a produzir mais, a ter mais postura, a ter mais saúde.”Neste inseto, o que importa é termos uma rainha geneticamente prolífera, que produza muitos ovos e que estes ovos sejam a maioria fêmeas, que se tornarão operárias. Os machos, conhecidos por zangões, não trabalham, não produzem mel nem pólen. Assim, quanto mais ovos a rainha põem, mais operárias são geradas, promovendo

uma demanda maior de pólen na colméia”, explica Leandro. A partir de setembro, os apicultores pretendem implantar um programa de melhoramento genético dos enxames. Perguntado porque não foi feito este melhoramento antes, Leandro responde que, devido ao inverno, as rainhas produzidas tanto a nível de laboratório, quanto de campo, são rainhas

A P I C U L T U R A

23 Revista Attalea® Agronegócios - Agos 2009 -

FOTOS: Célio A.P.Rodrigues

FOTO: Célio A.P.Rodrigues

Trabalho Diário - O processo de coleta do pólen inicia com as abelhas. Nós realizamos a coleta diariamente, no final da tarde. Posteriormente, devido à questão sanitária, o pólen precisa ser armazenado no freezer. Somente depois é que se faz a desidratação. A baixa temperatura é necessária para auxiliar na esterilização do pólen, já que será utilizado como alimento ou medicamento.

Mesmo estando numa região onde a cana-de-açúcar não tem interesse em entrar devido ao relevo, não se observa muitas áreas preservadas com matas nativas. Assim, os apicultores decidiram fazer algo inédito. “Lá em Minas Gerais, eles produzem apenas com a florada nativa. Nós inovamos. Procuramos deixar a abelha dentro da própria propriedade. Ela teria que percorrer grandes áreas para conseguir encontrar pólen. É um tremendo gasto de energia e de tempo para a abelha e para nós. Além disto, não queríamos esperar a abertura da florada de AssaPeixe ou do Alecrim-do-Campo”, explica Sêo Santo. De acordo com o apicultor, a abelha trabalha num raio de 1.500 a 3.000 metros de raio. “Porquê não trazer a flor para perto dela? Assim, decidimos plantar flores perto das colméias”, diz Sêo Santo explica ainda que foram realizados experimentos com várias espécies de plantas floríferas. “Pesquisamos quais eram as melhores plantas floríferas para a nossa região; observamos a quantidade de pólen produzida em cada espécie, qual o período de florescência de cada espécie, tipo de manejo e cultivo, forma de reprodução, etc. Deu muito certo. Foi um avanço tecnológico” ressalta. “Nós modernizamos a atividade. Eu trabalho há 17 anos no SENAR, como instrutor de cursos de apicultura no Brasil todo e eu não conheço nenhum trabalho nestes moldes. Plantar flor para abelha em grande escala? Nunca vi. Geralmente a atividade é secundária na propriedade”, afirma Leandro. Atualmente, segundo Sêo Santo, o plantio de flores deu tão certo que são eles quem estão fornecendo para os apicultores mineiros informações tecnológicas e sementes visando o cultivo de plantas floríferas para a produção de pólen.

Caixa para produção de pólen. No detalhe, o coletor e o recipiente de armazenamento.


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AL PE II CT UE L T U R A

kg e paguei R$ 70,00. Ele disse que com uma baixa qualidade genética. “Tivemos que espevendia pólen todos os dias. Dizia que a maior alegria dele é que todo rar a elevação das temperaturas para que possamos adquidia entrava um ‘dinheirinho’. Como ele tirava de 6 a 10 kg de rir abelhas-rainhas do Instituto pólen por dia, ele tinha uma renda de Zootecnia de Pindamoem torno de R$ 400,00 por dia!”, nhangaba (SP), que possuem mais de 40 anos de experiência ressalta Leandro. na produção de rainhas. Custo de Produção - Na Feita esta introdução nas apicultura em geral, o investimencolméias, os apicultores afirto é sempre mais alto na implanmam que eles mesmos produtação (colméias, freezer, desidrazirão suas futuras rainhas, não sendo necessário adquirir no- O manejo no apiário para produção de pólen aparen- tador, sala de manipulação), mas vas rainhas por um bom tem- temente é mais fácil, mas exige os mesmos equi- que pode ser diluído, já que a vida útil de um apiário gira em torno po.”A experiência nos indica pamentos de proteção. que, para se ter uma boa produção de nós fornecemos o ‘carboidrato’ que ela de 5 a 7 anos. No caso do Apiário Nativo, o custo pólen, há necessidade de se trocar anual- precisa. Como nosso objetivo não é mel, mente a rainha de cada colméia. Dife- nós damos a energia que ela precisa para a produção de pólen fica em R$ rentemente da rainha utilizada na pro- para que ela busque o pólen que ela pre- 15,04/kg. Já o custo de processamento dução de mel, que são mantidas no en- cisa e que nós queremos. Assim, dia- gira em torno de R$ 6 a R$ 7,00/kg. “Mesmo com um investimento inixame por até 3 anos, com produção riamente, fornecemos 200 ml de xarope satisfatória”, explica Leandro. de sacarose para cada colméia. Com cial relativamente alto, na média, estes A questão do micro-clima do apiário isto, a abelha não desperdiçará energia números comprovam que a atividade é também foi ressaltado. Segundo eles, para buscar néctar nas flores. Ela já vai rentável”, diz Leandro. para a produção de pólen, é necessário ter bem perto dela. O seu trabalho Retiro de Pólen - Se por um lado ter um apiário protegido do sol excessi- resumirá em buscar pólen”, explica Sêo é vantagem ter dinheiro todo dia, tamvo e protegido do vento. Precisa ter sol, Santo. bém é preciso ressaltar que tem trabamas não em excesso e protegido com quebra-ventos. Melhor ainda se for um Lucratividade - Atualmente, a lho todo dia. Não tem como não fazer a apiário diversificado em espécies frutí- expectativa de produção de pólen por coleta diariamente. Por isso a necessiferas e floríferas. caixa no Apiário Nativo gira em torno dade de um sócio ou de um funcionário “Na área de plantio das flores, ressal- de 100 a 300 gramas por caixa. “Se con- capacitado para a atividade. “É como tirar leite. Só que ao invés tamos que cuidamos como se cuidásse- tabilizarmos que o pólen é vendido de mos de uma lavoura como soja ou R$ 35 a R$ 50,00 o quilo, a atividade é de colher às 5 horas da manhã, colhe-se às 17 horas. Mesmo que você não colha milho. Tivemos a preocupação em cul- altamente rentável”, ressalta Leandro. tivá-las de forma profissional. ProduziSegundo o consultor, o fato que mais em um dia da semana, você tem por mos as mudas, em espaçamentos despertou a atenção dele para a pro- obrigação abrir os coletores das coldefinidos, com irrigação, com adubação dução de pólen é justamente o ganho méias para que as abelhas procedam na orgânica, época de plantio e de florada, diário. “No começo do ano, visitei um limpeza da caixa. É ela quem faz a limtudo com critério técnico.Tudo isto apicultor no município de Pindamo- peza. Assim, torna-se um trabalho de mostra que nós procuramos o que tem nhangaba (SP) que tem 100 colméias segunda a segunda”, explica Sêo Santo. de melhor em tecnologia para im- para a produção de pólen. Comprei 1 O apiário de produção de pólen também pode ser chamado de “Retiro de plantar em nosso apiário”, diz Sêo Santo. Pólen”. Eu explico: a gente planta flor Alimentação do Apiário - Além para a abelha, o produtor de leite planta do plantio de flores próximo ao apiário, pasto. A gente alimenta a abelha com Leandro e Sêo Santo utilizam de outro xarope; o produtor alimenta com a raprocedimento interessante na produção ção diária. E a gente colhe pólen todos de pólen. “Também pensando em manos dias, como o ‘tirador de leite’” afirma. ter as abelhas dentro da propriedade, Mão de Obra Especializada Segundo os apicultores, a atividade requer um funcionário que goste de trabalhar com abelhas e que tenha conhecimento do manejo correto. Após a implantação do apiário, um trabalhador capacitado para a coleta do pólen dá conta tranquilamente de 150 colméias por dia. Apenas para a alimentação, coleta e revisão. Sêo Santo afirma que, se o apicultor Recipiente de armazenamento. Pólen armazenado no freezer ou o funcionário contratado para


Pólo de Produção de Pólen - De acordo com Leandro, a apicultura na região não ocupa nem 2% do cenário agrícola. “Aqui em nossa região, principalmente devido à declividade do terreno, ainda impera o tradicional “café com leite”, cuja faixa de rentabilidade é pequena, ganhando mais se tiver volume de produção. Assim, nós temos um potencial violento para a geração de renda com a apicultura que está sendo desprezado! Você não vê um movimento na região que estimule o produtor rural a investir na apicultura, com exceção dos cursos de apicultura do SENAR-SP. Eu considero esta região um “gigante adormecido”. É só fazer uma conta rápida. Com 100 colméias, um apicultor pode atingir uma rentabilidade bruta de $ 7 a 10 mil reais por mês. Que atividade dá esta rentabilidade em pequena área? A instação do Apiário Nativo na região de Itirapuã não foi por acaso. “Somos uma empresa comercial, que visa lucro. Mas nossa intenção também é fazer com que outros produtores também entrem na atividade e façam desta região um grande pólo produtor de pólen. Quanto mais produção tivermos, melhor para todos”, ressalta Leandro. Mercado - O Apiário Nativo comercializa muito pouco na região. A maior parte é vendida diretamente para um comprador de São Paulo (SP). Os maiores consumidores de pólen no país são as farmácias de manipulação e os usuários de academias de ginásticas. A procura também é observada entre as pessoas alérgicas ao leite ou com dietas vegetarianas, que não tem acesso à proteína animal. Por possuir cerca de 30% de proteínas, o pólen é uma excelente alternativa energética. De acordo com Leandro, o consumidor brasileiro consome muito pouco pólen. “Ele está ainda aprendendo a consumir pólen. Mas é pra-

dução de pólen. Normalmente, na produção de mel, a colméia apresenta enxames maiores e como as caixas são mais abertas, as abelhas são mais agressivas. Na produção de pólen são enxames medianos e a presença do coletor de pólen na entrada da caixa dificulta a saída em grande número de abelhas,o que torna o manejo no apiário mais fácil. “Não quer dizer que são mansas, mas o esquema de produção favorece o manejo. Inclusive, observamos que as abelhas não causam problemas para os vizinhos. O nosso apiário é um exemplo disto. Está instalado quase dentro da varanda da casa e não temos problemas com elas aqui”, ressalta.

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trabalhar com a coleta de pólen não tiver o perfil adequado, a atividade corre um grande risco. “Se a pessoa montar um apiário e colocar um funcionário que pensa apenas em receber o salário no final do mês, talvez não dê certo. A pessoa tem que gostar e tem que ter qualificação profissional”, diz.

Bandejas com pólen no desidratador

ticamente insignificante. O grande foco da produção de pólen é a exportação. Para o nosso projeto, calculamos que 20% será destinado para o mercado interno e o restante será exportado”, afirma. Pólen, Própolis e Mel - O potencial da apicultura é tão grande que, além da produção de pólen, o produtor rural tem ainda um leque de outras possibilidades. “A produção de mel e de própolis também são alternativas altamente rentáveis. É claro que o produtor terá que possuir apiários distintos, já que o manejo para cada produto é diferenciado. São apiários diferenciados, manejos diferenciados, horários de trabalho também diferenciados. Mas desde que ele possua conhecimento, tempo e infra-estrutura, as três atividades podem ser exploradas tranquilamente, até mesmo de forma familiar”, orienta Sêo Santo. Abelhas Mansas - Existe uma diferença relativa entre o apiário para a produção de mel e o apiário para a pro-

O Pólen - É considerado um superalimento. Assim como a geléia-real, o pólen é um produto que chega a atingir 40% de proteína bruta. É raro na natureza você encontrar um alimento com esta quantidade de proteína. Possui ainda todo o complexo-B, inclusive uma vitamina rara nos vegetais, que é a vitamina B-12 – encontrada mais na carne. Apresenta ainda substâncias anti-oxidantes, que combatem os radicais livres. Com exceção apenas do carboidrato, toda a dieta da abelha é a base de pólen. Exemplo - “Quero que minha experiência sirva de estímulo a outras pessoas. Mesmo aposentado me considero na ‘ativa’. Trabalho, ganho meu salário, gero riquezas, ocupo minha cabeça. Isto é o que importa”, finaliza Galdino. Informações - Os interessados em conhecer a atividade podem entrar em contato através do email: leandro. faleiros@bol.com.br faleiros@bol.com.br..

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2º Seminário de Eucaliptocultura faz sucesso

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S I L V I C U L T U R A

Produtores rurais e profissionais do setor agropecuário puderam comprovar o que tem de melhor na tecnologia de produção de eucalipto no 2º Seminário de Eucaliptocultura Eucaliptocultura, realizado no último dia 18 de agosto, no Clube dos Bancários de Franca (palestras) e na Fundação do Café da Alta Mogiana (dia de campo). A organização foi da COCAPEC - Cooperativa dos Cafeicultores e Agropecuaristas, Parcintec-Franca, Sistema Ocesp e CATI - Coordenadoria de Assistência Técnica Integral. O objetivo deste evento foi capacitar o produtor e profissionais do setor agropecuário para a implantação das florestas plantadas de eucalipto e contou com palestrantes altamente capacitados, que abordaram todos os aspectos relacionados ao manejo da lavoura, do plantio até a formação. Na parte da manhã, o Engº Agrº Welson Roberto, diretor técnico do DEPRN-Franca abordou o tema Bom público presente no seminário. Em destaque, à direita e à “Legislação Ambiental Atualizada e Reserva Legal”. Logo frente, Maurício Miarelli (presidente COCAPEC) e Clóvis Biscegli (diretor Embrapa Parcintec-Franca). após, a Engª Agrª Rejane Cecília Ramos, pesquisadora científica do IEA - Instituto de Economia Agrícola orientou os Federal de Viçosa. presentes sobre “Linhas de Financiamento e Seguro Agrícola Rural Encerradas as palestras, os participantes puderam para o Cultivo de Eucalipto”. conferir as orientações práticas na Demonstração de Após o almoço, o tema “Técnicas de Plantio e Manejo de Técnicas de Plantio, realizada na Fundação ExperiEucalipto” foi o tema abordado pelo Prof. Dr. José de Castro, do mental do Café “Alta Mogiana”, onde as empresas SIF - Sociedade de Investigação Florestal e da UFV - Universidade apresentaram tecnologias, produtos e equipamentos utilizados para o plantio. De acordo com a diretoria da COCAPEC, a cooperativa reconhece a excelência dos cafés produzidos na região da Alta Mogiana e incentiva o plantio de eucalipto apenas em áreas subutilizadas pela pecuária ou inadequadas para café como baixadas. Para os organizadores, bem como para vários profissionais do setor, o cultivo de eucalipto é uma excelente alternativa para o produtor rural na diversificação das atividades e geração de uma nova fonte de renda, além de propiciar a adequação ambiental da propriedade agrícola.


Primeira vacina contra brucelose é aprovada para vacas adultas FOTO: Editora Attalea

A pecuária brasileira acelera a modernização tecnológica para aperfeiçoar o controle sanitário e, assim, ampliar seu acesso aos diversos mercados. Um novo e importante passo nesse sentido foi dado com a RB-51®, a primeira vacina contra brucelose aprovada para aplicação em vacas adultas. Causadora de abortamentos, nascimento de bezerros fracos, retenção de placenta e infertilidade, a brucelose produz grandes perdas econômicas em decorrência da redução da eficiência reprodutiva. Em saúde pública, destacase como uma zoonose - doença transmitida de animais para seres humanos que acomete principalmente em pessoas que trabalham com bovinos, como vaqueiros e médicos veterinários. Desde 2001, o Brasil conta com o Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal – PNCEBT, nascido de uma exemplar ação coordenada entre a classe veterinária e o setor público para o combate a essas zoonoses. No caso da brucelose, o Programa trabalha nesta fase para reduzir significativamente a prevalência da doença, apoiado nas ferramentas de diagnóstico e eliminação dos animais soropositivos

e de vacinação das bezerras com a cepa B-19. Todavia, por induzir a formação de anticorpos aglutinantes que interferem nas provas diagnósticas, a cepa B-19 não pode ser aplicada em animais acima dos oito meses de idade. Esta limitação da vacina oficial do PNCEBT impede a revacinação e o conseqüente aumento da imunidade de rebanho, essencial à segurança na saúde reprodutiva, ao controle em áreas próximas de focos da doença e à erradicação nas propriedades que atingiram baixos índices de prevalência. Plano de vacinação da RB-51® 1. - Fêmeas bovinas com idade superior a oito meses, não vacinadas com a cepa B-19 entre 3 e 8 meses de idade; 2. - Fêmeas bovinas adultas vacinadas com a cepa B-19 entre três e oito meses de idade, não gestantes e não soro-positivas no exame de brucelose e com mais de 24 meses de idade:a) - Novilhas e vacas dois meses antes do período de reprodução b) - Todas as novilhas e vacas introduzidas no rebanho c) - Todas as novilhas e vacas em áreas de risco da doença.

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