Edição 41 - Revista de Agronegócios - Dezembro/2009

Page 1

1 Revista Attalea庐 Agroneg贸cios - NOV 2009 -


O nosso caminho é feito pelos nossos próprios passos. Mas a beleza da caminhada depende daqueles que nos acompanham. Que neste NOVO ANO que se inicia, possamos caminhar mais e mais juntos, em busca de um mundo melhor, cheio de conquistas, paz, saúde, compreensão e muito amor.

2 Revista Attalea® Agronegócios - NOV 2009 -

Luis Cesar Marangoni, diretor

Feliz Natal e um ótimo 2010! São os votos da Família Escritório Alvorada

Funcionários do Escritório Alvorada

Escritório de Contabilidade Rural

ALVORADA Rua Gonçalves Dias, 2258, Vila Nicácio, Franca (SP) PABX (16) 3723-5022 - Email: ruralalvorada@netsite.com.br

Attalea

PRODUTOR RURAL,


3 Revista Attalea庐 Agroneg贸cios - NOV 2009 -


EDITORIAL

O gerenciamento da propriedade rural

4 Revista Attalea® Agronegócios - NOV 2009 -

Dezembro. Final de ano civil e metade do ano agrícola 2009/2010. Vários motivos para confraternizações e também preocupações para o agricultor da região. A economia brasileira vaibem, mas requer ajustes que beneficiem diretamente o setor produtivo. É este o elo mais prejudicado, seja qual for o problema. “Quebrou o sistema financeiro em Dubai? Caem os preços do café! Tem previsão de safra recorde de milho nos EUA? Caem os preços da carne! Aumentou o consumo de refrigerantes? Caem os preços do leite! Os preços mínimos no país não cobrem o custo de produção; o gerenciamento da produção agrícola é deficiente; os ‘gargalos comerciais’ complicam a vida de quem só sabe produzir. A vida no campo ainda sofre pela falta de assistência técnico-gerencial. No final da primeira década do Século XXI, a propriedade rural no Brasil ainda mantém sistemas empresariais arcaicos. Falta gerenciamento administrativo, financeiro e tecnológico, mesmo com todos os acessos à informação que o produtor rural tem em mãos. Mesmo com a internet, serviços públicos, apoio do Sistema “S” (Sebrae, Senar, Sesi, Senac), associativismo, financiamentos produtivos ainda são pouco utilizados no campo. Reconheço que a burocracia e outros males políticos ‘sugam’ grande parte da riqueza do país. Mas são entraves que precisam ser superados, não deixados de lado. Lembro dos tempos - mesmo antigos, mas não arcaicos - onde na zona rural os vizinhos se juntavam para realizarem tarefas em grupo, como montar o silo, vacinar animais, reformar cercas e estábulos, roçar pastos, construir pontes. Na verdade, o que se leva de exemplo destas atividades não são os ‘frutos que foram colhidos’, mas sim a união que até então existia. Falta união entre os agricultores (são poucas as associações que realmente funcionam na prática); os representantes da classe (com raras

excessões) não estão preocupados com a situação do agricultor; a classe política que deveria representar os agricultores não fazem o seu papel. Sem falar que a falta de união do próprio agricultor não consegue eleger seus representantes legais. Queremos dizer, com isto, que a classe produtora rural tem o poder de decidir por ela mesma, mas não vai conseguir nada se não se unir e exigir os seus direitos. Na página 13 publicamos matéria que orienta sobre a importância do gerenciamento na propriedade rural. Quanto às previsões para o final da próxima safra, publicamos artigo do Dr. Roberto Rodrigues, sobre a safrinha de milho e sobre a próxima safra de café no país. São análises importantes e reflexivas sobre o comportamento de campo e de mercado para culturas importantes para o país. Na matéria de capa, apresentamos resultados importantes sobre o teor de matéria seca na produção de silagem de qualidade. Também na produção de leite, apresentamos pesquisa importante que atende algumas exigências de mercado, que é a produção de leite sem colesterol. Publicamos também matéria orientativa sobre a novidade do INCRA: a emissão de CCIR - Certificado de Cadastro de Imóveis Rurais pela internet. Na pecuária bovina, apresentamos artigo técnico do Dr. Ricardo Lopes D. Costa, da APTA-Andradina (SP), que aborda técnicas de ultrasonografia para a produção de embriões. Quanto à legislação ambiental de Reserva Legal e de APPs - Áreas de Preserção Permanente, apresentamos considerações técnicas da EMBRAPA-Florestas e as alterações promovidas pelo Governo Federal sobre a alteração no prazo de averbação e registro de Reserva Legal. Boa leitura a todos e que a celebração ecumênica do Natal contemple energias de construção e de paz. Que o Ano Novo traga vida nova e grandes conquistas!

A Revista Attalea Agronegócios, registrada no Registro de Marcas e Patentes do INPI, é uma publicação mensal da Editora Attalea Revista de Agronegócios Ltda., com distribuição gratuita a produtores rurais, empresários e profissionais do setor de agronegócios, atingindo 85 municípios das regiões da Alta Mogiana, Sul e Sudoeste de Minas Gerais. EDITORA ATTALEA REVISTA DE AGRONEGÓCIOS LTDA. CNPJ nº 07.816.669/0001-03 Inscr. Municipal 44.024-8 R. Profª Amália Pimentel, 2394, Tel. (16) 3403-4992 São José - Franca (SP) CEP: 14.403-440

EMAIL’S revistadeagronegocios@netsite.com.br revistadeagronegocios@hotmail.com revistadeagronegocios@bol.com.br

DIRETOR E EDITOR Eng. Agrº Carlos Arantes Corrêa (16) 9126-4404 cacoarantes@netsite.com.br DIRETORA COMERCIAL e PUBLICIDADE Adriana Dias (16) 9967-2486 adrianadias@netsite.com.br CONTABILIDADE

Escritório Contábil Labor R. Maestro Tristão, nº 711, Higienópolis - Franca (SP) Tel (16) 3406-3256 CTP E IMPRESSÃO Cristal Gráfica e Editora R. Padre Anchieta, 1208, Centro Franca (SP) - Tel. (16) 3711-0200 www.graficacristal.com.br ASSESSORIA JURÍDICA Raquel Aparecida Marques OAB/SP 140.385 É PROIBIDA A REPRODUÇÃO PARCIAL OU TOTAL DE QUALQUER FORMA, INCLUINDO OS MEIOS ELETRÔNICOS, SEM PRÉVIA AUTORIZAÇÃO DO EDITOR. Os artigos técnicos, as opiniões e os conceitos emitidos em matérias assinadas são de inteira responsabilidade de seus autores, não traduzindo necessariamente a opinião da REVISTA ATTALEA AGRONEGÓCIOS.

Cartas / Assinaturas Editora Attalea Revista de Agronegócios Rua Profª Amália Pimentel, nº 2394, São José Franca (SP) CEP 14.403-440 revistadeagronegocios@netsite.com.br


M Á Q U I N A S

5 Revista Attalea® Agronegócios - NOV 2009 -


ARTIGO

Efeito do teor de matéria seca, na ocasião da colheita, na quantidade e na qualidade da silagem

6 Revista Attalea® Agronegócios - NOV 2009 -

José Carlos Cruz Miguel M. Gontijo Neto Israel Alexandre P. Filho Walfrido Machado Albernaz José Joaquim Ferreira

1 1 1 2 3

A época de colheita da lavoura para a silagem ou o ponto ideal de colheita para a produção de silagem é assunto que já foi bastante discutido entre produtores e técnicos, mas até hoje é considerado um dos principais erros na produção de silagem. São muito frequentes situações desfavoráveis de produção de silagem de milho devido à antecipação do momento ideal para a colheita, quando a planta ainda não apresenta teor de matéria seca desejado e os grãos ainda não acumularam quantidade suficiente de amido. Os agricultores ainda têm dificuldades de efetuar essa colheita no momento oportuno por uma série de razões exigindo, principalmente dos órgãos de fomento e de assistência técnica, uma melhor estratégia de abordagem para a resolução desse problema. Quando o milho para silagem é colhido antes de completar seu ciclo, isto é, antes do milho atingir sua maturidade fisiológica, a data da colheita afeta a produção de massa seca total e a composição relativa das diferentes partes da planta, principalmente a percentagem de grãos na massa seca total. O corte antecipado do milho para silagem resulta em perdas significativas na produção total de matéria seca e na percentagem de grãos na planta e, consequentemente, menor será a qualidade da silagem. Além disso, em função da menor quantidade de grãos, elevamse os teores de fibra e reduzem-se sensivelmente os teores de energia da silagem. Teor de Matéria-Seca - Embora o teor de MS (matéria seca) reduzido 1 - Pesquisadores da Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas-MG) 2 - Extensionista da Emater-MG (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais) 3 - Pesquisador da Epamig (Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais).

FOTO: PIONEER

L E I T E

(abaixo de 30%) seja indesejável, a colheita do milho com teor de MS acima de 35-37% também não é desejável, pois aumenta a resistência da massa de silagem à compactação durante a sua confecção, reduzindo a densidade. Altos teores de MS (acima de 40%) também exigem maior potência do equipamento que realiza a colheita para manter o tamanho da partícula uniforme. Além destes fatores, quando o grão atinge a maturidade fisiológica a digestibilidade do amido decresce, principalmente em cultivares que apresentam textura de grãos do tipo duro. O teor de matéria seca é considerado um dos mais importantes fatores que contribuem para a obtenção de uma boa silagem. Para se conseguir silagens com adequado teor de matéria seca, as plantas devem ser cortadas com os grãos entre a textura pastosa e a farinácea dura. Existe uma faixa de percentagem de matéria seca que é ideal tanto para o consumo como para a produção e a conservação da silagem, que, no caso do milho, fica em torno de 30 a 35%. Teor de MS inferior a 25% propicia ambiente favorável à proliferação e ao desenvolvimento de bactérias produtoras de ácido butírico e também a perdas de princípios nutritivos, por lixiviação, e intensa degradação de proteínas. No ponto farináceo duro, a silagem produzida tem como principal característica o alto consumo, o que, sem dúvida, eleva o seu valor nutritivo. É interessante notar que a digestibilidade da matéria seca e o

NDT (nutrientes digestíveis totais), como indicativos do valor nutritivo do alimento, sofrem pequenas alterações com a evolução da maturação fisiológica. Este fato pode ser explicado pela maior participação percentual do colmo na qualidade da planta nos estádios iniciais de maturação. Nos estádios mais avançados, o colmo é gradativamente substituído pela fração de grãos, que assume maior participação na matéria seca da planta, caracterizada pela maior densidade energética e pelo maior teor de matéria seca. Concursos de Produtividade A ensilagem do milho fora da faixa de teor de MS adequada foi observada em duas safras nas propriedades rurais participantes do Concurso de Produtividade de Milho promovido pela Emater-MG na região Centro de Minas Gerais. Na safra 2006/07, 59% dos agricultores colheram o milho para silagem com teor de matéria seca inferior a 30%, sendo que 20% colheram o milho com teor de MS inferior a 25%. Em 2007/08, houve agricultor que colheu o milho com menos de 20%, enquanto 27% dos agricultores colheram o milho com menos de 25% de MS. Naquela safra, 80% dos agricultores colheram o milho com menos do que 30% de MS; 18% e 3% dos agricultores colheram o milho para silagem com teor de MS superior a 35%, em 2006/07 e em 2007/08, respectivamente.


Attalea

LWS

30 Anos

Fone./Fax: (16) 3720-0466 Rua Ivo Rodrigues de Freitas, 3031- Distrito Industrial - Franca - SP www.lwsequipamentos.com.br - e-mail: lws@lwsequipamentos.com.br

SN EI LG VÓ CI CI O U Conjunto de OrdenhaLS Eurolatte balde ao pé T U R A

7 Revista Attalea® Agronegócios - NOV 2009 -

Pulsador Simultâneo

Unidade de Vácuo Eurolatte 700 / 1050

Bomba de vácuo 300

Bomba de Vácuo 430

Bomba de Vácuo 700

Bomba de Vácuo 1050

Pulsador Alternado

Kit Ordenha Eurolatte

Pneumático L02 InterPuls

Insuflador, coletor, copos em aço inox e tubo curto do vácuo Eurolatte

INSUFLADOR, MANGUEIRA P/ LEITE, VÁCUO E PEÇAS DE REPOSIÇÃO DOS MODELOS EUROLATTE, WEST, BOSIO, HARMONY E ALFA.

Ordenhadeira móvel

Unidade de Vácuo

Tanque resfriador

Bomba de vácuo 300 com 2 unidade

Eurolatte 300 / 430

Capacidade de 300 à 2000 litros


L E I T E

8

FOTO: Editora Attalea

Revista Attalea® Agronegócios - NOV 2009 -

Em MG, campanha “Beba Mais Leite” busca melhorar preço ao produtor Produtores de Leite do município de Luz (MG), no Centro-Oeste do Estado, atendidos e apoiados pela EmaterMG - Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais, estão cada vez mais se organizando para conseguir um preço melhor para o produto. A iniciativa está sendo viabilizada por meio de uma campanha para aumentar o consumo de leite, sensibilizando o consumidor, principalmente crianças, para o valor nutricional da bebida. O slogan “Beba mais leite” vem sendo divulgado em peças publicitárias como bonés, adesivos, camisetas e em placas fincadas às margens da Rodovia 262, no perímetro urbano de Luz, desde fevereiro do ano passado. Os resultados já estão aparecendo. Segundo o produtor Ademar Lino de Araújo, idealizador do projeto, está sendo criada a Associação Beba Mais Leite Leite, com foco na valorização do produto e do produtor. “A gente sabe que não é algo a curto prazo, mas a gente tem de começar. Acreditamos que a médio prazo, o consumo vai aumentar e o preço melhorar”, informa. Lino acrescenta que é preocupante o consumo de sucos artificiais pelas crianças, em detrimento do leite, alimento reconhecidamente nutritivo. “Minha esposa trabalha em escola e vem constatando o quanto tem crescido a obesidade entre as crianças. Isso é resultado de má alimentação”, argumenta. Ademar conta que estava cansado de ver a pecuária leiteira diminuindo na região, sem que nada fosse feito. Dos cerca de 1.500 produtores rurais que há três anos viviam da pecuária leiteira, no município de Luz, hoje resta apenas uma média de 500 na atividade, por conta da desvalorização do produto. “Depois de várias reuniões, palestras e manifestações, vimos que não tinha nada assim, movimentando realmente o segmento. Então, começamos a campanha de produtor pra produtor, mostrando o nosso leite”, relata, ressaltando a importância de lidar com os desafios de modo diferenciado.

FOTO: LWS

Na maioria das situações, o produtor faz a opção pelo corte mais cedo da planta mais verde por quatro motivos: a ensiladeira corta mais fácil; a compactação no silo é facilitada; os animais consomem mais; e perde-se menos grãos nas fezes. Outra razão seria devido ao fenômeno de clorose das folhas inferiores das plantas, causada pela adubação inadequada, principalmente com nitrogênio e enxofre. Esse fenômeno daria uma falsa impressão de que a planta está secando, o que levaria muitos agricultores a iniciar a colheita de forma antecipada. No caso do Concurso de Produtividade de Milho para Silagem, pode-se também creditar a ensilagem precoce da lavoura à falta de colheitadeira própria e ao receio de que a lavoura passasse do ponto ideal de ensilagem. Para melhorar o corte do milho no ponto ideal de colheita, o agricultor deverá trabalhar a colheitadeira, fazendo a afiação das facas no mínimo duas vezes ao dia, bem como fazer a aproximação das facas com contrafacas de maneira a se obter tamanhos regulares de partículas e a máxima quebra dos grãos. Geralmente, as regulagens de corte recomendadas para as ensiladeiras disponíveis no mercado variam entre 4 e 6mm, proporcionando partículas com tamanho entre 1 e 3cm e com boa eficiência na quebra de grãos. Eventualmente, regulagens até menores são recomendadas se os teores de matéria seca forem mais elevados.

O preço conseguido por litro, entre R$ 0,44 e R$ 0,68, segundo Ademar, não cobre nem os custos de produção. Assim, muitos produtores acabam por abandonar o negócio. Ademar afirma que após a iniciativa, os produtores estão mais mobilizados e empenhados na qualificação, por meio de cursos de capacitação. Rações a um preço mais acessível, assistência veterinária gratuita e palestras sobre qualidade do leite já são também alguns ganhos que vieram com a organização do grupo, de acordo o produtor. O colaborador da campanha, Guilherme Resende de Oliveira, confirma que, desde o lançamento da Beba Mais Leite Leite, as adesões dos produtores locais e dos municípios vizinhos à causa, assim como dos consumidores de leite, aumentaram. Segundo ele, o grupo formado por lideranças do setor, planeja hoje ações mais focadas no consumidor final, e já estão em pauta, a utilização de outdoors e banners em supermercados e padarias, além das atuais peças publicitárias. O grupo da Beba Mais Leite tem reuniões quinzenais, para delegar as funções entre os colaboradores, que reúnem cooperativas de produtores de leite, órgãos municipais e produtores dos municípios Dores do Indaiá (MG), Extrema (MG) e Esteio (MG), que aderiram ao projeto. “Temos a necessidade de intensificar o negócio, agregando mais pessoas e outros municípios, falando a mesma linguagem para fortalecer a Foncampanha”, explica Guilherme. (Fonte: Milkpoint Milkpoint)


Brandão conseguiu isolar o colesterol do leite. O processo começa em uma centrífuga, com o leite cru: de um lado sai o creme e do outro o leite desnatado, que é reservado. O creme vira manteiga. Depois, ela é derretida e se torna um óleo. A parte mais pura é selecionada e colocada em um equipamento

chamado coluna cromatográfica. O professor de Tecnologia de Alimentos da UFV, Sebastião Brandão, explica como funciona o equipamento: ‘À medida que o óleo da manteiga vai atravessando a coluna, o colesterol agarra no material que está dentro da máquina, fica agarrado e, quando termina processo, o óleo já sai sem o colesterol.’ O óleo é misturado ao leite desnatado lá do início do processo e volta a ser integral, mas agora, sem colesterol. O leite pode ser consumido puro ou usado na fabricação de derivados como queijo, iogurte e manteiga. O produto ainda depende de testes em escala industrial para chegar ao mercado. Luci já aguarda ansiosa: ‘Eu achei fantástico porque a gente vai poder beber um leite achando que é leite, sem ficar preocupada também em buscar o desnatado, sem carregar culpa, né? E assim que tiver no mercado eu vou comprar’, disse. O colesterol pode ser usado na produção de Vitamina D. (Fonte: Mega Minas )

L E I T E

9 Revista Attalea® Agronegócios - NOV 2009 -

ÁGUA QUENTE A UM CUSTO BAIXO MESMO EM DIAS NUBLADOS Boiler com serpentina

Esquema de montagem

• Baixo custo de instalação; • Reduz a conta de energia elétrica; • Funciona mesmo em dias nublados; • Rapidez no aquecimento da água; • Ideal para chuveiros, pias, etc.

LWS

30 Anos

Fone./Fax: (16) 3720-0466

Rua Ivo Rodrigues de Freitas, 3031- Distrito Industrial - Franca - SP www.lwsequipamentos.com.br - e-mail: lws@lwsequipamentos.com.br

Attalea

Em Viçosa (MG), pesquisadores da Universidade Federal conseguem isolar o colesterol do leite. A medida pode ajudar milhares de consumidores que não podem comer derivados do produto. Pelo desenho, a molécula de colesterol parece inofensiva, mas o excesso desse tipo de gordura pode ser um vilão da saúde. O colesterol pode se depositar nas paredes da artérias e causar entupimento. O clínico geral César Augusto da Silva afirma que: ‘O entupimento da artéria coronária pode provocar infarto. O entupimento de uma artéria carótida, que leva sangue para o sistema nervoso, pode levar a um derrame cerebral.’ A aposentada Luci de Oliveira tem colesterol alto e não pode comer uma série de alimentos, como leite integral e manteiga. Ela diz que todo alimento que contém gordura demais a prejudica. Ela consome produtos desnatados. Mas a dieta pode ficar mais saborosa a partir de uma pesquisa da Universidade Federal de Viçosa, em Minas Gerais. A equipe do professor Sebastião

FOTO: Editora Attalea

Pesquisadores da UFV desenvolvem leite sem colesterol


G R Ã O S

10 Revista Attalea® Agronegócios - NOV 2009 -

Em 2009, tivemos um mercado de milho onde as percepções foram as mais variadas, já que apenas poucos conquistaram boa lucratividade, e para isso, dois foram os pré-requisitos: Conquista de altas produtividades - Como não poderia ser diferente, a história tem provado e comprovado que só alcançando altos rendimentos é que minimizamos as flutuações e a volatilidade de preços, principalmente para o mercado de milho que possui duas grandes safras dentro do mesmo ano. Assim, na safra de verão, a meta deve ser sempre atingir produtividades superiores a 145 sc/ha, conquista factível para todas as regiões milhocultoras do Brasil, pois nas áreas de maior vocação produtiva já são conquistadas produtividades superiores a 200 sc/ha, mesmo em condições de sequeiro. E, para a safrinha, os fundamentos são os mesmos, mas por motivos óbvios, as expectativas são menores e os melhores rendimentos situam-se na faixa dos 80 a 90 sc/ha, mesmo sabendo que em regiões como Mato Grosso e

FOTO: PIONEER

SAFRINHA 2010 – O que nos espera?

Goiás já se atinge produtividades superiores a 110 sc/ha de média em áreas extensas e, casos excepcionais, de 130 sc/ha como vimos na safrinha 2009 no MT; Trabalhar conceito de Margem - Tratando a lavoura como uma unidade de negócios, é fundamental que a especulação seja mínima e a tentativa de acertar o pico de preços seja abolida, pois a história prova que este método por tentativa tem sido extremamente perigoso e punitivo para a maioria dos produtores, pois dentro de um cenário

pautado pela volatilidade e recheado de inúmeras variáveis, é praticamente impossível comercializar 100% da safra no pico de preços. Assim, é fundamental ter uma precisa planilha de custos para se estabelecer a margem a ser conquistada, e após um criterioso acompanhamento de mercado, definir o momento de liquidar posições. Agora olhando para a safrinha 2010, precisamos perceber o mercado de milho dentro de uma visão mais ampla, avaliando o cenário nacional e mundial para tomarmos a decisão mais acertada e, dentro desta ótica, veremos que as expectativas são bem mais animadoras do que esta última. Vamos destacar os 10 pontos principais que irão nortear a safrinha em 2010:

Safrinha: desafios e superação em 25 anos de história Francisco Sampaio

1

Em 1980 o mercado de milho no Brasil dava início a uma mudança no quadro de oferta. Mesmo que ainda timidamente, a produção de milho passou a ter oficialmente a segunda época de plantio com os primeiros plantios no Nordeste brasileiro. Na safra de 1983/84, representando apenas 6,5% da área total e 5,6% da produção total do Estado, iniciava-se no Paraná uma segunda safra de milho plantada em sucessão à safra oficial de verão. Nascia, então, o que hoje é oficialmente reconhecido como safrinha. Portanto, em 2009, a safrinha completou 25 anos e consolidou novo marco na dinâmica de oferta e demanda deste cereal. Mas, se há 25 anos a safrinha teve seu início pautado como mercado de oportunidade visando o escoamento das sementes não consumidas na safra de verão, hoje o Planejamento Técnico e a Importância Econômica da segunda safra são 1 - Gerente de Negócios da Pioneer Sementes

fundamentos indispensáveis. Nesse período, além do significativo aumento de área plantada superior a 15 vezes, muitas outras conquistas foram alcançadas. Dentre elas, iremos destacar as 5 principais: a) - Aumento de 215% na produtividade. Na safrinha plantada em 1984, a produtividade foi de 1.174 kg/ha e, em 2009, de 3.694 kg/ha em todo o país, comprovando que a adoção de alta tecnologia foi fator fundamental para esta brilhante conquista; b) - A primeira vez em que a produtividade nacional alcançada na safrinha superou as 3,5 toneladas/ha foi em 2003, quando estados como MS, GO e PR conquistaram produtividades superiores a 4,0 toneladas/ha; c) - O cenário de milho no Brasil mudou radicalmente a sua dinâmica pois, se em 1984 a produção de milho safrinha representou apenas 2% da produção total, em 2009 este percentual foi de 34%; d) - Em 1995, a Pioneer Sementes inaugurou em Toledo, no Paraná, a primeira estação de pesquisa do Brasil

com foco 100% voltado para pesquisa e desenvolvimento de híbridos adaptados ao desafiador ambiente de safrinha; - Em 2008, o estado do Mato Grosso se tornou o segundo maior produtor de milho do Brasil, fruto de uma consolidação da alta tecnologia aplicada na safrinha, onde, nos últimos 10 anos, conquistou uma evolução de 197% em produtividade, saltando de 1.500 kg/ha para 4.450 kg/ha em uma expressiva área de 1,5 milhão de hectares; Agora estamos nos aproximando do novo planejamento para a safrinha 2010 e, assim, teremos que avaliar com critério e cautela tudo que ocorreu com esta última safrinha plantada em 2009, já que tivemos altos custos de produção e, nem com as excelentes produtividades alcançadas nos estados de Goiás e Mato Grosso, não temos muito a comemorar, pois os baixos preços praticados pelo mercado impediram maiores lucratividades, deixando para a grande maioria, um grande sentimento de frustração.


- O Brasil está plantando a menor área de milho desde a década de 60, pois foi em 1966 a última vez que o país plantou uma área de milho inferior a 9,0 milhões de hectares. Segundo dados do USDA/CONAB /MAPA, o Brasil deve plantar, no máximo, 8,4 milhões de hectares na safra verão 2009/2010; - Mesmo com as exportações reprimidas em 2009 pelo câmbio desfavorável, onde deveremos totalizar, no máximo, 7,5 milhões de toneladas, nosso estoque de passagem está estimado pelas consultorias em, aproximadamente, 6,0 milhões de toneladas, o suficiente para um consumo de, no máximo, 45/50 dias, o que nos sinaliza que, em meados e até o final de fevereiro de 2010, poderemos ter problemas de desabastecimento em virtude da forte retração na área da safra verão do Sul e Sudeste do país, o que pode promover uma elevação significativa nos preços; - O segundo semestre de 2009 teve forte redução nos custos de produção, principalmente quando avaliamos os fertilizantes, que puxados pelos nitrogenados apresentou reduções superiores a 45%. Assim a cultura do milho, que responde muito ao uso de nitrogenados, torna-se a grande favorecida e todas as consultorias já apontam para uma redução de, pelo menos, 15% no custo total de produção para safrinha 2010; - A alta disponibilidade de híbridos de alta tecnologia, associados às novas tecnologias e o uso associado de fungicidas e Tratamento Industrial de sementes para controle de sugadores propicia maior proteção da lavoura e produtividades ainda maiores na colheita. - O Brasil já se consagrou como o país que adotou com maior velocidade

a Tecnologia Bt. Estima-se que a próxima safrinha terá, no mínimo, 50% de adoção e muitas regiões com índices superiores a 70%. Isto já é uma garantia de maior proteção contra ataques de lagartas e melhor qualidade de grãos, o que promove maior segurança quanto à produtividade almejada; - Os estudos climáticos indicam para uma forte expectativa de aparecimento do fenômeno El Niño, o que sinaliza maiores precipitações pluviométricas e melhores chances de altas produtividades, o que significa um incentivo à adoção de maior tecnologia; - A Argentina estará plantando a menor área de milho desde 1991, estimando-se uma área de, no máximo, 2,0 milhões de hectares; - Os EUA estão colhendo em 2009 a segunda maior safra de milho da sua história, estimada em 329 milhões de toneladas. Mas, o fato de maior destaque é que os americanos estão com o maior consumo de milho de toda a sua história: devem totalizar uma demanda superior a 331 milhões de toneladas. Assim, a relação estoque/ consumo será reduzida de 14,1% para 12,6% no maior produtor mundial de milho; - Em 2009, os EUA devem utilizar o volume recorde de milho para etanol, chegando a 104 milhões de toneladas. Assim atende às exigências impostas pela

Lei definida ainda no governo Bush, assinada em dezembro de 2007 (Energy Independence and Security Act of 2007), e que estabelecia um percentual mínimo de 10% de mistura de etanol em toda gasolina consumida. Está tramitando no Congresso americano uma proposta de aumento deste percentual mínimo para 15% já em 2010. O governo Obama já admite, pelo menos, uma elevação para 12%, o que sinaliza forte incremento na demanda de milho para o próximo ano; - Na América do Sul, com a forte redução nas áreas de milho nos principais produtores como Brasil, Argentina e Paraguai, a safrinha 2010 será o grande balizador de preços para o segundo semestre do próximo ano, pois o primeiro semestre será marcado pela pouca oferta de milho no hemisfério Sul; Diante de todas estas análises e considerações, concluímos que é fundamental separar os aspectos que nortearam a safrinha 2009 daqueles que estarão prospectando a safrinha 2010. Teremos melhores chances de lucratividades porque, além de melhores expectativas de preços, temos considerável redução no custo de produção. E tudo isso estará associado ao novo sistema de combinação de tecnologias, ou “Solução Completa, que a Pioneer estará disponibilizando para a próxima safrinha, contemplando forte Sistema de Combinação de Híbridos, Tratamento Industrial de Sementes, Tecnologia Bt com os genes Yield Gard® e Herculex® I, Native Genes e toda a força de serviços prestados pela Pioneer. Na safrinha 2010 teremos a Tecnologia a Serviço da Lucratividade.

G R Ã O S

11 Revista Attalea® Agronegócios - NOV 2009 -


ARTIGO

12 Revista Attalea® Agronegócios - NOV 2009 -

Horizonte sombrio em 2010 Roberto Rodrigues

1

No começo do mês de novembro, a reunião do Conselho Superior do Agronegócio da FIESP terminou sombriamente: palestras dos competentes consultores André Pessoa (Agroconsult), Alexandre Mendonça de Barros (MB Agro), Roberto Perosa (GVAGRO) mostraram um horizonte bastante carregado para as principais atividades agropecuárias brasileiras em 2010. Ficou claro que o grande problema pela frente é a desvalorização do dólar, fato que tira a competitividade de nossos produtos no mercado internacional, inibindo a renda nas exportações e abrindo espaço para importações. Por isso, os preços da soja, por exemplo, podem cair. Estados Unidos, Brasil e Argentina colherão suas maiores safras, elevando a oferta global, em um ano, de 210,5 para 252,3 milhões de toneladas, o que aumentará os estoques finais de 37,4 para 56,1 milhões de toneladas. Mesmo com a demanda 1 - Coordenador do Centro do Agronegócio da FGV, presidente do Conselho Superior do Agronegócio da FIESP e professor do Departamento de Economia Rural da UNESPJaboticabal, foi ministro da Agricultura (governo Lula).

FOTO: Editora Attalea

2 0 1 0

aquecida, a recuperação dos estoques deverá sinalizar preços menores. Também o milho, com safras enormes, terá preços baixos, apontando resultados negativos. Mesmo para o algodão, cujo consumo voltou a crescer depois da crise, e que terá redução da área plantada no Brasil, o eventual melhor preço em dólar será relativizado pelo câmbio. As carnes, igualmente, têm cenários pouco animadores, começando pela bovina: em 2009 as exportações encolheram, principalmente por causa da dura restrição da União Européia. Como a arroba de carne estava muito barata nos últimos anos, os criadores mandaram as fêmeas para o abate,

Escritório Contábil

ABERTURA DE FIRMAS, ESCRITAS FISCAIS E CONTABILIDADE EM GERAL EM NOVO ENDEREÇO

Rua Maestro Tristão, 711 Higienópolis - Franca (SP) Tel. (16) 3406-3256

reduzindo o nascimento dos bezerros. Este ciclo está acabando, o que elevará o preço do bezerro para reposição, enquanto as exportações seguirão sem renda por causa do dólar barato (que, aliás, faz nossas carnes ficarem caras em termos internacionais). Mesmo com queda dos preços de milho e soja, matérias primas das rações para frangos e suínos, estas carnes seguirão afetadas pelo fator cambial no mercado externo. O café e a laranja são os produtos agrícolas que mais sofrerão. Café já vinha mal há 3 anos e 2010 é o ano da safra cheia, dentro do regime de bianualidade da cultura. Embora a oferta e demanda estejam equilibradas, o que não justifica o preço baixo do café, a especulação tem sido extremamente prejudicial. Com a crise, houve redução do consumo de suco de laranja e os preços despencaram. Não há perspectiva de recuperação significativa em 2010. E, para piorar, há o descasamento cambial recorrente: os produtores estão semeando agora uma safra com insumos comprados a um dólar de um e noventa, e irão colhê-la a um dólar de um e setenta, talvez menos. Mesmo com a queda dos preços dos insumos em dólar, o desnivelamento entre plantio e colheita tem efeito devastador. Enfim, ano ruim para os produtores. Diante deste quadro, é tempo de tomar providências agora, para evitar mais tarde o velho e desagradável ciclo de inadimplência, negociação de dívidas, prorrogação, reclamação, enfim, esta desgastante história conhecida de todos que a ninguém interessa. Ah, se o seguro agrícola estivesse funcionando! Mas, até lá, o Banco do Brasil e o governo de São Paulo criaram um interessante mecanismo, as opções, que dão ao agricultor uma chance de comercializar sua produção sem intervenção oficial, mas com tempo para decidir o melhor momento para vender. Poderia ser ampliado para outras regiões. ( Fonte: Folha de S.Paulo )


FOTO: Divulgação

‘Supercafé’ será estampa de café no Brasil e Japão

As embalagens de café industrializado no Brasil já podem estampar a imagem da mascote Supercafé Supercafé, personagem da campanha Café é Saúde, do MAPA - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que foi lançada em maio. Essa medida também vale para as embalagens do produto brasileiro industrializado pela empresa japonesa UCC - Ueshima Coffee Company Para o diretor executivo da ABIC - Associação Brasileira da Indústria de Café, Nathan Herszkowicz, “a personagem representa inovação importante na divulgação do café, tendo boa aceitação entre os consumidores e notadamente entre a população mais jovem”. O objetivo da campanha é estimular o consumo da bebida entre o público acima de 15 anos de idade. De acordo com Herszkowicz, a reprodução da mascote nas embalagens de café poderá otimizar a mensagem, contribuindo para ampliar o saudável hábito de tomar café. As novas embalagens, no entanto, só serão utilizadas a medida em que os atuais estoques forem consumidos pelas empresas.

Gerenciamento qualificado é essencial para o sucesso no mercado de café O momento é oportuno, segundo a pesquisadora, pois “o reconhecimento internacional do café brasileiro faz com que produtores busquem a cada dia maior qualidade de seu produto. O cafeicultor só atinge essa qualidade e consegue atender aos desejos dos consumidores, cada vez mais exigentes, com um bom plano de gerenciamento”. Porém, adverte Glória, “o gerenciamento não pode mais se restringir apenas à fazenda, mas, ir também além de suas porteiras e atender ao mercado de forma geral. Grandes mudanças aconteceram nos últimos anos na forma de se trabalhar o café. Atualmente o gerenciamento visa um número reduzido de funcionários, preocupação ambiental e justiça social”. De acordo com a pesquisadora da EPAMIG - Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais, o produtor, hoje, só atinge seus objetivos com um bom planejamento. “Um bom resultado requer planejamento, organização, direção e controle. Exige definição do futuro desejado e dos meios necessários para atingi-lo; alocação adequada de recursos, principalmente humanos, existentes na empresa; direção que lidera e motiva os subordinados para execu-

tarem, com sucesso, atividades e tarefas que lhe forem atribuídas e também controle para verificar se tudo ocorreu como planejado”. De acordo com Glória, outros fatores ligados ao gerenciamento como, por exemplo: observar a forma como os empregados trabalham, aplicar os adubos, fungicidas e inseticidas na quantidade e hora certa também são determinantes para uma boa qualidade de café. É necessário também acompanhamento especial na hora da comercialização do café, devido à instabilidade dos preços. “Há sempre a incerteza quanto ao preço que o produto atingirá no fim do processo de produção. No Brasil, há cerca de 300 mil cafeicultores que, todo ano, têm que vender seu café. A comercialização, do ponto de vista do cafeicultor, é uma etapa incômoda, trabalhosa e arriscada. Diversas firmas, com finalidades diferentes, negociam o café”, enfatiza a pesquisadora. Outro ponto importante, o crescimento de mercado para o café fino ou gourmet. “Os mercados consumidores deste café crescem a uma velocidade superior à do mercado normal e a sua maior procura tem determinado um diferencial no preço”, diz. (Fonte: Café e Mercado)

C A F É

13 Revista Attalea® Agronegócios - NOV 2009 -


C O N T A B I L I D A D E

14 Revista Attalea® Agronegócios - NOV 2009 -

Certificado de Cadastro de Imóvel Rural já pode ser emitido pela internet Os empréstimos, negócios e transferências ligados a imóveis rurais poderão ser feitos com maior agilidade, com a emissão pela internet do CCIR Certificado de Cadastro de Imóvel Rural Rural. O documento é exigido pela área de crédito dos bancos ou pelos serviços cartoriais que precisam da comprovação de dados do Sistema Nacional de Cadastro Rural. Até então, o certificado valia por três anos, mas será agora emitido anualmente, mediante o pagamento de taxa cadastral de R$ 1,40 para imóveis com área de até 20 hectares ou de R$ 30 para aqueles de 20 a 1.000 hectares. Constam do sistema 6 milhões de imóveis rurais, a maioria situada no Sudeste e no Sul do país. O INCRA - Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária gastava cerca de R$ 5 milhões, em despesas com os Correios, para enviar o documento aos proprietários de imóveis rurais, cujos endereços nem sempre estavam atualizados. Segundo a coordenadorageral de Cadastro Rural do INCRA, Lucimeri Selivon, a taxa que será cobrada se refere à manutenção do registro e o valor será recolhido à Conta Única da União.

A regularidade do cadastro rural atesta a natureza da exploração econômica da área e facilita a localização de seus representantes. Até o final de dezembro, o CCIR fornecido pela internet vai atestar a situação cadastral dos imóveis a partir de 2006, uma vez que os últimos documentos que vinham sendo expedidos correspondiam ao ano de 2005. Por isso, neste mês, a emissão do documento vai gerar o recolhimento equivalente ao dos quatro últimos anos. Segundo a diretora de Ordenamento Fundiário do Incra, Erica Galvani, a partir de janeiro de 2010, no entanto, serão cobrados apenas os valores do exercício em questão. A emissão será feita com certificação digital. Quem não tiver acesso à internet poderá procurar uma das 3 mil unidades municipais de cadastramento do INCRA, uma das 40 unidades avançadas ou ainda uma das 30 sedes regionais. Os interessados em obter o CCIR podem acessar o link disponível no canto superior direito do site do Incra. O certificado será emitido com número para comprovação de autenticidade, que poderá ser checada no site pelos bancos ou cartórios.

Incra reforma portal na Internet para suportar demanda O INCRA, por meio de seu departamento de Tecnologia da Informação, está reforçando a estrutura de informática da autarquia para atender a demanda de acessos em sua página na Internet. A medida foi tomada para atender com rapidez ao grande número de acessos na página por conta da procura pela renovação, atualização de dados do CCIR. De acordo com a Diretoria de Ordenamento da Estrutura Fundiária do INCRA, não há necessidade de pressa na emissão do CCIR CCIR, pois é possível retirar o documento até o dia 27 de janeiro sem incidência de juros e multa de mora. No entanto, é necessário pagar uma taxa de serviços cadastrais de R$ 1,40 para imóveis com área de até 20 hectares ou de R$ 30 para aqueles de 20 a 1.000 hectares.

Prefeituras continuam prestando serviços de orientação aos proprietários rurais nas UMCs Vinculadas às prefeituras, as UMCs - Unidade Municipal de Cadastramento estão presentes em aproximadamente 55% dos municípios brasileiros, tendo nas prefeituras seu principal braço. De acordo com Jacinto Chiareli Junior, responsável pela UMC do município de Franca (SP), a emissão do CCIR através da internet não alterará em praticamente nada o atendimento na unidade. “Não altera muita coisa para as prefeituras. Como o CCIR era entregue diretamente pelo Incra através dos correios, a emissão do documento pela internet contribuirá diretamente apenas com o próprio INCRA, que economiza-

rá em aproximadamente R$ 5 milhões com despesas de correios”, afirma Chiareli. Caso o cidadão não tenha acesso à Internet ou tenha dificuldade em acessar o portal do INCRA, ele poderá procurar a UMC mais próxima de sua residência e solicitar a emissão do CCIR. “Por isso que eu digo que o trabalho da UMC continuará o mesmo”, explica Chiareli. Outra questão importante que merece atenção do produtor rural é a necessidade de atualização dos dados cadastrais da propriedade junto ao INCRA. Quem estiver com os dados desa-

tualizados ou que não participou do recadastramento de 1992, não vai conseguir emitir o CCIR pela internet. Ele precisa procurar a UMC mais próxima para efetuar o recadastramento e somente assim conseguir emitir o CCIR”, diz. Chiareli lembra ainda que, de acordo com o Decreto Federal 4.449, de 2002, todas as propriedades rurais no país precisam estar georeferenciadas até 2011. “Em alguns casos, como em áreas superiores a 500 hectares, o prazo já expirou e aquelas que não entregaram a documentação foram retiradas do sistema do INCRA e não conseguirão emitir o CCIR pela internet”, explica.


Marcos Nogueira Mônica Simões

1 1

O resultado da quarta e última estimativa da safra nacional de café (conilon e arábia), divulgado no último dia 16 de dezembro pela CONAB - Companhia Nacional de Abastecimento, mostra que o Brasil fechará 2009 com o beneficiamento de 39,47 milhões de sacas de 60 quilos do produto. Esta temporada é de bienalidade negativa, quando há redução na colheita. Comparando-se aos últimos dez anos, este é o melhor resultado alcançado entre os biênios de baixa, superando em 9,4% o de 2007. Já em relação a 2008, período em que a produtividade foi positiva, houve um recuo de 14,18%, ou 6,52 milhões de sacas a menos. Outro fator que contribuiu para este quadro foi o regime de chuvas irregular e as temperaturas elevadas. As altas precipitações pluviométricas dos últimos meses, coincidindo com as fases de maturação e colheita do grão, comprometeram os processos de colheita e secagem, resultando em um maior volume de café com qualidade inferior. Dessa forma, a produção do café arábica, o mais cultivado no país, com 73,1% da produção total, ficou em 28,9 milhões de sacas, redução de 18,5%, ou decréscimo de 6,62 milhões de sacas. As principais quedas foram registradas em Minas Gerais (-16,8%) ou 3,95 milhões de sacas, Paraná (-43,8%) ou 1,14 milhão de sacas e São Paulo (-22,6%) ou 997 mil sacas. Minas é o maior produtor, com 19,60 milhões de sacas, ou 68,08% do total. Já o tipo conilon (robusta) é responsável por 26,9% da colheita nacional, com 10,60 milhões de sacas. Isso representa um crescimento de 0,9% sobre a produção da safra anterior. O Espírito Santo é o maior produtor dessa espécie, com 7,60 milhões de sacas, seguido por Rondônia (1,55 milhão) e Bahia (542 mil). A espécie robusta, diferentemente da arábica, não sofre com o fenômeno da bienalidade. Área – Neste ano os cafezais ocupam uma área produtiva de 2,09 milhões de hectares, também com redução de 3,54% sobre a superfície de 2,17 milhões ha da safra passada. Com isso, pelo menos 76,89 mil hectares deixaram de ser cultivados. O levantamento mostra que a maior área está em Minas Gerais, com 1 milhão ha, onde o arábica ocupa 98,6%. O solo mineiro representa 48,1% da área total cultivada, a 1 - Pesquisadores da CONAB.

FOTO: Editora Attalea

Brasil colhe mais de 39 milhões de sacas de café Funcafé contrata crédito para mais 3 cooperativas

maior no país. Espírito Santo é o segundo, com 479,80 mil ha. A pesquisa de campo das duas culturas foi realizada no período de 23 de novembro a 4 de dezembro nos principais estados produtores. O acompanhamento da produção dos cafezais mobilizou 189 técnicos da estatal e de órgãos conveniados.

Recursos para mais três cooperativas de crédito de Minas Gerais foram contratados pelo FUNCAFÉ - Fundo de Defesa da Economia Cafeeira, do MAPA - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. São R$ 3,8 milhões para a Credialp, de Alpinópolis (MG); Credicarpa, de Carmo do Paranaíba (MG), e Credivass, de São Gonçalo do Sapucaí (MG). O CMN - Conselho Monetário Nacional está destinando R$ 100 milhões, exclusivamente para cooperativas. Cada entidade pode contratar até R$ 10 milhões e o limite por produtor é de até R$ 200 mil.

E

SILVA & DINIZ COMÉRCIO E REPRESENTAÇÃO DE CAFÉ LTDA. Av. Wilson Sábio de Mello, 1490, São Joaquim

NOVOS TELEFONES Tel. (16) 3402-7026 / 3402-7027 3402-7028 / 3402-7029

C A F É

15 Revista Attalea® Agronegócios - NOV 2009 -


16 Revista Attalea® Agronegócios - NOV 2009 -

Uma pesquisa realizada pela ABCSEM - Associação Brasileira do Comércio de Sementes e Mudas revela que o setor de hortaliças é um ramo do agronegócio em pleno crescimento e que movimenta milhões de reais anualmente, em toda a sua cadeia, do campo ao varejo. Só em 2008, de acordo com dados da associação, cerca de R$ 307 milhões foram comercializados em sementes no País, valor pago pelos produtores de hortaliças. Atualmente, são cerca de 700 mil hectares de área plantada no Brasil, com envolvimento de mais de 700 mil produtores, que geram cerca de 3 milhões de empregos diretos.. São mais de 80 espécies cultivadas e uma grande segmentação de mercado, devido a diferentes tipos de produto e formas de oferecê-lo ao mercado. A pesquisa de 2008 também revelou que a melancia, com 98 mil hectares; a cebola, com 53 mil hectares; a alface com 51 mil hectares; o tomate com 55 mil hectares (38 mil - tomate de mesa e 17 mil - tomate para processamento); o milho doce com 36 mil hectares e o repolho com 35 mil hectares são as espécies de hortaliças que tem mais representatividade em termos de área. Entre as hortaliças folhosas o destaque é para alface, que apresenta um importante leque de tipos demandadas pelo mercado (lisa, crespa, americana, roxa/vermelha, romana e salad bowl). A pesquisa Abcsem não inclui alho e batata, pois ambos não têm sua reprodução vegetativa por semente. De acordo com o presidente da associação, Francisco Sallit, alguns dos principais motivos para o crescimento do mercado são: maior uso de híbridos; preços de sementes mais elevados, devido ao cultivo protegido, por exemplo; introdução de valor agregado (ou seja, da percepção que o consumidor tem do produto com relação às suas necessidades considerando o benefício versus preço) e novas tecnologias nos produtos, como o tomate com F3 (melhorado geneticamente), além do aumento da população mundial e do consumo per capita, resultado da busca por uma vida FOTO: ABCSEM

H O R T I C U L T U R A

Tomate lidera crescimento e lucratividade no setor de hortaliças

mais saudável. Além disso, dotadas de cada vez mais infra-estrutura, as principais empresas mundiais que atuam no segmento também estão presentes no Brasil e estão entre as empresas associadas da Abcsem. Tomaticultura: Lucro e Produtividade - O Brasil apresenta uma grande diversidade de área de plantio de tomate. O último levantamento sobre área cultivada no país, realizado pela Abcsem em 2008, apontou um total de 55 mil hectares, sendo que desse total, 31% ou 17 mil hectares são destinados para o segmento de processamento. Para Sallit, é importante ressaltar que do total da área cultivada de tomate de mesa no Brasil – 38 mil hectares – o segmento Salada Indeterminado e Determinado é o de maior importância econômica e social com uma área de 19 mil hectares. Outros segmentos importantes são: o Italiano/Saladete Indeterminado e Determinado com 8 mil hectares; o Santa Cruz com 11 mil hectares e o Cereja Cereja, com 210 hectares. Outro ponto relevante, apontado por ele, é que, atualmente, 84% da área cultivada de tomate no Brasil utiliza sementes híbridas. 2008 a proSegundo o Agrianual 2008, dução nacional em 2007 foi de 3.200.846 toneladas, sendo que cerca de 65% são cultivados para o consumo in natura e 35% produzidos pelas indústrias de processamento e ofertados ao mercado em forma de extrato de tomate, molhos prontos e pré preparados, catchups, etc. Assim, o atual consumo per capita do tomate está em torno 18 kg/ano, o

que representa um incremento de consumo acima de 35% nos últimos 10 anos. “Porém, podemos considerar um número ainda modesto, se compararmos com o consumo de países como a Itália, que é próximo a 70 kg/ano, e a Turquia, cujo consumo per capita é de 86 kg/ano”, compara Sallit. A cadeia produtiva de tomate tem forte relevância econômica no agronegócio brasileiro, pois movimenta uma cifra anual superior a R$ 2 bilhões (cerca de 16% do PIB gerados pela produção de hortaliças no Brasil). Aliado a isso, o cultivo é um dos mais importantes geradores de emprego na atividade rural do Brasil. “Se considerarmos somente o tomate de mesa, podemos estimar que a cultura emprega cerca de quatro pessoas de forma direta e mais quatro pessoas indiretamente. Isso representa uma oferta de serviços para aproximadamente 300 mil pessoas”, exemplifica Sallit. A produtividade brasileira está em 59 toneladas por hectare ou cerca de 5 kg/pé ou 245 caixas/mil pés de tomate. Podemos afirmar que, nos últimos 20 anos, a tomaticultura nacional duplicou a produtividade, diz Sallit. ”Já temos, atualmente, produtores e sistemas de cultivo, que alcançam rendimento superior a 100 toneladas por hectare, o equivalente a cerca de 9 kg por planta ou mais de 400 caixas por mil plantas”, destaca. Também no Brasil, produtores de tomate em estufa têm alcançado rendimentos expressivos, acima de 500 caixas de 22 kg em estufas médias de 350 m². Quanto ao segmento industrial, também houve um crescimento fantástico de produtividade no país, saltando de um rendimento de 35 toneladas na década de 90, para uma produtividade média próxima a 80 toneladas por hectare”, observa Sallit. Custo de Produção e Rentabilidade - O custo de produção do tomate é um dos maiores em toda a atividade agrícola. De acordo com dados da Abcsem, o custo de produção apresenta grande variabilidade, ficando


FOTO: ABCSEM

entre R$ 30 mil e R$ 55 mil por cada hectare plantado, dependendo da tecnologia empregada na produção e os níveis de produtividade que se espera obter na cultura. Já, a rentabilidade depende fortemente da flutuação de preço que esse cultivo tem no mercado, o que está, muitas vezes, associada à lei da oferta e demanda, além, naturalmente, da qualidade do fruto.

Maior Demanda - O consumo de tomate está concentrado nos grandes centros urbanos, onde a estrutura de atacado e de varejo tem a responsabilidade de ofertar diferentes tipologias de tomate para os consumidores. “Seguramente, o tomate representa para as redes de supermercado um produto estratégico nas áreas de FLV (Frutas/ Legumes/Verduras) e, hoje, não se pode conceber a ausência dessa hortaliça em suas gôndolas”, afirma Sallit. Também há uma preocupação constante com a qualidade, sabor e apresentação do produto, aspectos percebidos e valorizados pelo consumidor. “Cada vez mais o varejo passa a exigir qualidade de fruto, diferente tipologia de produto, segurança alimentar e regularidade de oferta, objetivando atender as demandas de seus clientes’, acredita. As regiões produtoras de tomate de mesa no Brasil estão inseridas normalmente em regiões de planalto e chapada, aproveitando o máximo da amplitude térmica que esses ambientes oferecem ao longo do ciclo da cultura. No Sudeste, está a maior concentração da área plantada de tomate para consumo in natura, com 57%, sendo

que São Paulo e Minas Gerais representam 43% desse total. Já o Sul do Brasil ocupa 19% da superfície, sendo o Paraná com 9%, Santa Catarina com 6% e Rio Grande do Sul com 4% desse total. O restante do Brasil, Centro Oeste e Nordeste participam com 24% do total da área plantada de tomate de mesa no país. Já, o tomate para processamento tem 62% de sua área em Goiás, 20%, em São Paulo e 16%, em Minas Gerais. Considerações sobre o Setor De acordo com Sallit, o setor está desorganizado, não existindo atualmente uma associação de produtores capaz de dar uma direção para o negócio. Desta forma a “Abcsem acredita que alguns pontos importantes devem ser considerados para melhor entender o setor de tomate de mesa brasileiro e buscar soluções que contribuam com o seu desenvolvimento’. Confira abaixo alguns pontos destacados por ele: a) - Zoneamento da Produção: inexistência de zoneamento da produção, que regule a oferta de tomate com a demanda de consumo; b) - Instabilidade de Preços: forte instabilidade de preços devido a inexistência do zoneamento de produção;

c) - Questões Trabalhistas: o setor é um dos maiores geradores de emprego da atividade agrícola e está muito exposto às irregularidades em relação à legislação e segurança do trabalhador. Além disso, existe a necessidade de melhoria na qualificação da mão de obra; d) - Controle de Resíduos, Rastreabilidade e Segurança Alimentar: ponto chave e crítico que irá nortear o setor nos próximos anos, haja vista a organização do varejo quanto à oferta de produtos ao consumidor sob um rígido controle da origem e da qualidade da produção; e) - Valorização e Marketing junto a Diferentes Elos da Cadeia Produtiva ? O setor tem que melhor explorar o verdadeiro valor nutricional do tomate, comunicando a sociedade quanto às qualidades nutricionais da espécie. Também uma efetiva segmentação de produtos, através das diferentes tipologias de frutos e de embalagens nas gôndolas dos supermercados é fundamental para levar essa diversificação e conhecimento aos consumidores. f) - Ausência de Linha de Crédito: Apesar de termos um importante extrato de pequenos e médios produtores ávidos por uma linha de crédito, a atual disponibilidade do crédito está concentrada em outros cultivos, especialmente cereais. g) - Inadimplência durante a Comercialização da Produção: A informalidade na negociação da produção ainda é grande, levando muitas vezes à inadimplência e aumentando o risco desse cultivo.

A MÃO AMIGA DO PRODUTOR RURAL Agradecemos aos clientes por sempre estarem juntos conosco. Desejamos um Feliz Natal e em excelente 2010! LOJA MATRIZ Rua Francisco Marques, 566 Tel (16) 3721-3113 FRANCA (SP)

LOJA FILIAL Rua Av. Santos Dumont, 232 Tel (16) 3723-3113 FRANCA (SP)

H O R T I C U L T U R A

17 Revista Attalea® Agronegócios - NOV 2009 -


Pesquisadores e consultores de café apresentam perspectivas para próxima safra

Revista Attalea® Agronegócios - NOV 2009 -

produtores e traçam um quadro ilustrativo da cafeicultura brasileira.

Alta Paulista e Sorocabana - Os profissionais das regiões Alta Paulista e Sorocabana (Estado de São Paulo) avaliam que as lavouras apresentam bom aspecto nutricional, embora não apresente o vigor de anos anteriores, sobretudo, em decorrência de um menor nível de adubação em 2008. Até o início de dezembro já haviam sido registradas seis floradas, que foram satisfatórias especialmente em lavouras novas ou podadas. Além da alta incidência de broca e ferrugem, a região deverá sofrer ainda com a cercosporiose e mancha aureolada. Estima-se para esta região o plantio de 2 milhões de mudas, especialmente para renovação de lavouras, exceto na região de Piraju (Sudoeste de São Paulo) onde deverá haver expansão da área plantada. Em 2009, estima-se que entre 15 a 20% das lavouras tenham sido podadas (tipo decote). Para a safra 2009/10, a previsão é que sejam colhidas em torno de 1.250.000 sacas. Nos últimos cinco anos, esta região tem se destacado para os investimentos em mecanização da colheita e irrigação, com aproximadamente quatro mil hectares irrigados com o sistema de gotejamento, resultando em produtividades médias de 50 sc/ha). FOTO: PROCAFÉ - Matielo

18

Cerca de 200 profissionais ligados ao sistema agroindustrial do café, que compõem os cinco GTEC’s/Café (Grupos Técnicos de Cafeicultura Syngenta), apresentaram suas percepções sobre o quadro atual da cafeicultura e suas perspectivas para a próxima safra, em reunião em Ribeirão Preto (SP), entre os dias 02 e 04 de dezembro. Pesquisadores, consultores e profissionais ligados às cooperativas de cafeicultores das principais regiões produtoras (Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Espírito Santo e Bahia) apresentaram informações sobre a situação das lavouras, o impacto das floradas, problemas climáticos e fitossanitários, expectativa de novos plantios e renovação das lavouras, percentual de podas e expectativas para a próxima safra (investimentos, produção, comercialização). De modo geral, todas as regiões apresentaram problemas com o excesso de chuvas no período da colheita, com atrasos e depreciação da qualidade final do produto. Em todas as regiões os profissionais ressaltaram alta infestação de broca e expansão precoce da ferrugem, o que exigirá maior atenção e investimento dos cafeicultores. Para Marcos Dutra (Desenvolvimento Técnico de Mercado - Syngenta), as perspectivas são apresentadas por representantes dos principais Estados FOTO: GTEC Sul de Minas

C A F É

Ataque de Ferrugem no cafeeiro

Cerrado Mineiro - Na avaliação dos profissionais do Cer-

rado Mineiro, as lavouras estão em bom estado nutricional, especialmente lavouras novas e com fertirrigação, que também apresentam melhor pegamento das floradas. Na região, a queda antecipada de frutos tem preocupado os cafeicultores. Além da ferrugem e broca acima do normal, outros motivos de preocupação são o bicho-mineiro, mancha anular, cercosporiose e, em regiões de maior altitude, pseudomonas e phoma. Estima-se que sejam plantadas 12 milhões de mudas, 80% delas para renovação das lavouras. Para a safra 2009/10, na área de 160 mil hectares, deverão ser colhidas entre 4,5 a 5 milhões de sacas, com produtividade média de 28 a 31 sc/ha. Quanto aos investimentos para a próxima safra, ressaltase a necessidade de mecanização da colheita, com foco na redução de mão de obra. Técnicos e consultores da região estimam que a maior parte dos produtores utiliza-se de algum programa de troca ou venda futura de café, sendo que 30% da safra futura já pode ter sido comercializada.

Matas de Minas - Para os representantes desta região (engloba Zona da Mata Mineira, ES e RJ), as lavouras apresentam estado nutricional regular, devido, sobretudo, ao baixo nível de adubação no período anterior a safra. As floradas antecipadas (julho/agosto) deverão repercutir em uma colheita com maturação bastante desuniforme. Em lavouras mais velhas, percebe-se também baixo pegamento das floradas. Até meados de novembro, a precipitação (em torno de 1300 mm) foi 25% superior a média dos últimos 20 anos. Estima-se para esta região um plantio em torno de 20 milhões de mudas, sendo 10 milhões do programa de renovação do governo do Espírito Santo. A estimativa para a próxima


FOTO: PROCAFÉ - Matielo

Minas e São Paulo fizeram uma avaliação do parque cafeeiro do Sul de Minas e Mogiana. Na opinião destes representantes, o baixo investimento em insumos comprometeu o potencial da safra recém-colhida. No geral, foram seis floradas, com apresentação de fruRamo lateral de cafeeiro seco devido ao ataque da broca Sul de Minas - De acordo com tos em diferentes faos repre-sentantes do Sul de Minas, as chuvas de Campos Gerais e Nepomuceno. ses de granação, o que deverá ter outubro favoreceram a brotação do café, embora Estes profissionais avaliam que resultados negativos na próxima haja sintomas de deficiências nutricionais, princi- entre 20 a 30% dos cafeicultores safra. palmente nitrogênio, zinco, magnésio, boro e do Sul de Minas façam algum tipo Os técnicos das cooperativas manganês. Eles ressaltam que as adubações foram de troca ou venda futura da safra, concordam que haja uma maior insuficientes em função da carga colhida nesta sendo que cerca de 50% da safra incidência de doenças, além da deve ter sido comercializada. dificuldade de controle das plantas safra. daninhas. Para eles, os plantios de Comparado ao ano passado, a fertilização deste Visão das cooperativas - novas áreas e de renovação são ano ainda apresentou redução em torno de 25%. As floradas irregulares (quatro até dezembro) As cooperativas de cafeicultores de baixos e inexpressivos. também deverão repercutir em baixa uniformização no desenvolvimento e pegamento, podendo causar possivelmente maior queda de chumbinhos em Dezembro/Janeiro. Estima-se entre 15 -20% do parque cafeeiro, algo em torno de 120 mil hectares, sofreram algum tipo de poda (recepa ou esqueletamento). Quanto aos novos plantios, entre 2008 e 2009, devem ser totalizados cerca de 18 milhões de mudas de café, sobretudo, para renovação das lavouras. Além da ferrugem e alta incidência de broca, as lavouras apresentam maior ocorrência de cigarras e alto índice de bactérias (Pseudomonas) em locais com ventos frios. Em uma área de 506 mil hectares, estima-se uma colheita em 2010 entre 9,5 a 10 milhões de sacas. Para os representantes desta região, o Sul de Minas não deverá repetir a média dos anos de alta produção que é entre 11 e 12 milhões de sacas, contribuem para esta avaliação, especialmente, os municípios de Três Pontas, Campo do Meio, FOTO: Flávia Patrício - EMBRAPA

safra, incluindo todas as regiões produtoras de referência é em torno de 8 milhões de sacas, sendo 5,3 milhões (Matas de Minas), 2,5 milhões (arábica do Espírito Santo) e 290 mil sacas no Estado do Rio de Janeiro. Diferente do Cerrado Mineiro, os profissionais avaliam que apenas 5% dos cafeicultores destas regiões façam algum tipo de troca ou venda futura da safra, sendo que 15 a 20% da safra pode já ter sido comercializada.

Efeitos do ataque de Pseudomonas em café.

C A F É

19 Revista Attalea® Agronegócios - NOV 2009 -


ARTIGO

20 Revista Attalea® Agronegócios - NOV 2009 -

Ensei Neto FOTOS: EMBRAPA Café

C A F É

Sobre as loucas floradas de dezembro O clima mudou. Disso ninguém mais duvida. Nem mesmo os filmes catástrofes não precisam mais de Hollywood para os efeitos especiais, pois as chuvas e superventanias estão fazendo verdadeiros estragos em todos os cantos. No caso da agricultura, o impacto nas culturas que são perenes, ou seja, de árvores ou arbustos que produzem ao longo de muitos anos como a laranja e o café, é dramático. O cafeeiro é uma planta que tem um ciclo de produção bem definido: floração (em geral na primavera), “pegamento” dos frutos, crescimento e maturação dos frutos e colheita (final do outono e inverno), num período que dura algo como 215 a 245 dias. Quanto mais distante do Equador, mais nítido é o efeito das estações do ano. Algumas floradas fora de época podem acontecer (e qual árvore frutífera não tem o seu “temporão”?), mas quase sempre sem afetar muito a uniformidade da maturação dos frutos. No caso do cafeeiro, quando localizado próximo ao Equador, o fator climático que define esse período fértil e o de colheita são as duas usuais estações: uma chuvosa e outra seca. Como a temperatura é sempre suficientemente quente na faixa equatorial do nosso planeta, a combinação de calor e umidade é ótima para o período fértil (florada e fecundação) e crescimento dos grãos. Já o semestre mais seco representa para as plantas o momento para “expulsar” seus frutos, pois amadurecem e estão prontos para serem colhidos. E a continuação da atmosfera mais seca dá sinais à planta de que uma reserva de energia tem de ser direcionada para a perpetuação da espécie: é quando os botões florais começam a dar sinais. O cafeeiro, como se sabe, produz apenas na parte nova dos ramos, comumente chamado pelos produtores de “ramo verde”, pois ramos

com casca velha (marrom) mantem os grãos da safra em colheita. É por essa razão que o crescimento que se vê dos ramos quando do início do tempo das águas representa a florada do ano seguinte e, portanto, a colheita do ano posterior. Isso mesmo, são quase dois anos nesse ciclo! Este ano houve um “muxoxo” geral dos produtores sobre o clima durante a colheita: chuva sem parar. Até regiões famosas pelo seu clima seco, quase desértico, de maio a setembro, não escaparam dessa mudança climática. E chuva nessa época, além do virtal estrago que faz com a qualidade do café,

“passa uma informação diferente” para a planta. Sim, a planta interpreta que se não há seca e não há porque se resguardar. A abundância de água disponível no solo e na mais alta umidade relativa do ar, é indício de que é momento para seu crescimento, conhecido entre os produtores como “vegetação”. Água é o insumo mais importante para a vida, regulando todos os ciclos dos seres vivos! E assim, além do crescimento dos ramos, que continua com a entrada da primavera e verão, as floradas simplesmente não param de acontecer. É o “Efeito Colômbia”, nome que empreguei pela primeira vez em 1995 quando visitei a região de Barreiras, Oeste da Bahia, onde estava a então surpreendente lavoura irrigada do Sr. João Barata, e que se caracteriza pelas múltiplas floradas ao longo do ano. Isso preocupa? Claro, que sim! Imagine que no Brasil a técnica de colheita mais empregada é a de derriça, seja manual ou mecanizada, quando se retiram todos os grãos do ramo de uma só vez. A colheita seletiva manual somente é viável em propriedades de microprodutores familiares, pois empregando-se mão-de-obra contratada o seu custo é altíssimo. Grandes fazendas fazem isso apenas com poucos e pequenos lotes, atendendo a um pedido específico de cliente. Sendo assim, quando menos uniforme for a florada, significa que mais problemas de qualidade de bebida e, também, de rendimento de colheita, acontecerão. Por outro lado, é certo que a próxima safra ficará comprometida quanto ao seu tamanho, uma vez que parte da florada que deveria ocorrer apenas na próxima primavera se antecipo. Algo semelhante ocorreu há duas safras atrás. Sinal de que está se tornando um padrão? Quem viver, verá! www.coffeetraveler.net


Clones de café arábica em escala comercial estarão disponíveis em 2010 A espécie Coffea arabica é comercialmente propagada por sementes. Mas esta realidade poderá ser diferente a partir do próximo ano (2010), quando deverão ser distribuídas as primeiras mudas clonais de café arábica produzidas em larga escala em uma biofábrica-piloto via embriogênese somática. O objetivo inicial é a validação da tecnologia e a avaliação do comportamento dos clones junto a produtores rurais de várias cooperativas do estado de Minas Gerais. A iniciativa de levar os clones para o campo em escala comercial é da Fundação Procafé, Embrapa Café e Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (Cenargen), por intermédio da Secretaria de Ciência e Tecnologia de Minas Gerais (Sectes). A Fundação de Amparo a Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig), por demanda levantada pelo Polo de Excelência do Café (PEC/Café), é uma das instituições que apóiam financeiramente o projeto, além da Fundação Procafé, Cnpq e Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café (CBP&D/ Café). A Fundação Procafé, atenta às vantagens da propagação vegetativa, vem há 12 anos selecionando plantas matrizes com características de grande interesse agronômico. São plantas matrizes com resistência ao bichomineiro e à ferrugem, boa qualidade de bebida e alta produtividade.

De acordo com Carlos Henrique Carvalho, pesquisador da Embrapa Café que atua na Fundação Procafé, o desenvolvimento de cultivares de Coffea arabica é um processo longo, que normalmente demanda cerca de 30 anos até que uma nova cultivar chegue ao campo. Este tempo pode ser reduzido para cerca de 10 anos com a seleção de plantas matrizes e produção de mudas clonais via embriogênese somática. Esta técnica é considerada a mais adequada alternativa para a multiplicação de plantas híbridas em larga escala. A produção de mudas clonais em pequena escala para avaliação experimental de plantas matrizes já é uma tecnologia dominada pelas instituições participantes do projeto. Carvalho aponta alguns benefícios da propagação vegetativa, como a possibilidade de produzir mudas de plantas matrizes com características de grande interesse e que dificilmente seriam reunidas em uma cultivar propagada por sementes, como por exemplo, resistência ao bicho-mineiro e à ferrugem, boa qualidade de bebida e alta produtividade. Vale ressaltar que a resistência incorporada neste material evitaria o controle químico da ferrugem e do bicho-mineiro, que oneram o custo de produção e representam risco à saúde e ao meio ambiente. Vantagem competitiva - O programa de melhoramento genético

da Fundação Procafé trabalha para o desenvolvimento de cultivares que aliem resistências, qualidade superior de bebida e elevada produtividade. Porém, a fixação destas características tem sido difícil, existindo ainda grande segregação para resistência ao bicho-mineiro e a produtividade pouco uniforme. Para que este material chegue ao mercado pelo método tradicional, estima-se um prazo de 10 a 15 anos. Neste sentido, a produção de cultivares clonais a partir de plantas superiores já selecionadas dentro desta população permitirá a liberação comercial em um curto espaço de tempo. Em caráter experimental, a propagação por embriogênese somática já foi testada com sucesso para a multiplicação de híbridos F1 em alguns países da América Central. Plantas obtidas por este processo apresentam comportamento semelhante ao de plantas oriundas de sementes, não havendo limitação para a sua utilização. Na Fundação Procafé, atualmente são conduzidos vários experimentos que avaliam o comportamento de clones e que no decorrer do projeto serão utilizados para coleta de informações e demonstração aos produtores em diasde-campo. As primeiras mudas em escala comercial deverão estar disponíveis em 2010. (Informações Polo de Excelência do Café http://excelencia cafe.simi.org.br/ )

C A F É

21 Revista Attalea® Agronegócios - NOV 2009 -

A DEDEAGRO deseja a todos os agricultores um Feliz Natal e um próspero Ano Novo.

Rua Padre Conrado, nº 730, Vila Nova PABX: (16) 3722-7977 - Franca (SP)


22 Revista Attalea® Agronegócios - NOV 2009 -

Héctor Javier Narváez 1 Ricardo Lopes Dias da Costa 2 Reginaldo da Silva Fontes 3 Mauricio Mogollón 4 Daniel Sorrentino 5 O avanço da indústria pecuária brasileira, nos últimos anos, tem sido acompanhado pelo rápido desenvolvimento das biotecnias associadas à reprodução bovina. O surgimento da aspiração folicular transvaginal guiada por ultra-sonografia também chamada como Ovum Pick Up (OPU) se deu na década de 80, com a finalidade de ser uma abordagem menos invasiva que a abordagem cirúrgica ou por laparoscopia até então utilizadas. A aspiração folicular transvaginal guiada por ultra-sonografia é uma técnica comumente utilizada na recuperação de oócitos imaturos dos folículos ovarianos de animais vivos de alto valor genético para a produção in vitro de embriões (PIV). Atualmente em torno de 41,9% dos embriões produzidos no mundo são provenientes da técnica OPU-PIV e nos últimos anos o Brasil foi responsável por aproximadamente 50% dos embriões produzidos no mundo por está técnica. Alguns pesquisadores anteriormente demonstraram que é possível obter até 18 gestações em três meses utilizando a 1 - Doutorando do Laboratório de Reprodução e Melhoramento Genético Animal da UENF, Campos dos Goytacazes/ RJ, javiernarvaezvet@gmail.com 2 - Pesquisador da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios – APTA, Pólo Extremo Oeste, Andradina/SP, rldcosta@apta.sp.gov.br 3 - Prof. Associado do Laboratório de Reprodução e Melhoramento Genético Animal da UENF, Campos dos Goytacazes/ RJ, rfontes@uenf.br 4 e 5 - Mestrando do Laboratório de Reprodução e Melhoramento Genético Animal da UENF, Campos dos Goytacazes/ RJ. mao5_2000@yahoo.com

FOTOS: Ricardo Lopes Dias Costa

P E C U Á R I A

Aspiração folicular transvaginal guiada por ultra-sonografia e produção in vitro de embriões

Fig.1 - Vacas Guzerá, doadoras de oócitos da APTA Pólo Extremo Oeste

técnica de aspiração folicular, enquanto na transferência de embriões (TE) convencional, no mesmo período, seria possível obter apenas 5 gestações.

Fig.2 - Técnica de Aspiração folicular

Portanto, na OPU-PIV é possível produzir 2 a 3 vezes mais embriões por unidade de tempo com relação a TE convencional. Outras das vantagens da OPU-PIV são as obtenções de oócitos em qualquer fase do ciclo estral sem tratamento hormonal, possibilitando realizar repetidas recuperações de oócitos de animais vivos sem trauma do trato reprodutivo, permitindo, desta forma, a produção de embriões oriundos de vacas senis, com patologias reprodutivas adquiridas, vacas prenhes e novilhas pré-púberes. Outra vantagem na aplicação da PIV em relação a outras tecnologias é a maximização do uso do sêmen, permitindo maior produção de embriões com uma dose de alto valor comercial e inclusive sêmen sexado. Buscando obter maior número de embriões em um curto


FOTOS: Ricardo Lopes Dias Costa

Fig. 3 Equipamentos utilizados para a realização da técnica de Aspiração folicular.

período de tempo, a OPU têm geralmente se baseados em 1 a 2 sessões semanais usando animais superovulados ou não. Pesquisas anteriores reportaram uma taxa de recuperação de oócitos em torno de 2 a 3 estruturas por doadora, por sessão. Mais recentemente reportaram uma taxa de recuperação de 9,7 estruturas e outros trabalhos acima de 11 oócitos por sessão. Existe também uma ampla variação na produção de oócitos e embriões, com uma variação entre as doadoras de 4 a 33%. Essa variação pode estar diretamente relacionada ao fato de que o oócito, para ser fertilizado in vivo, é obtido através da ovulação de um folículo saudável, durante uma fase específica do ciclo estral e os oócitos aspirados para produção in vitro são obtidos de folículos em diferentes estádios de desenvolvimento e em fases distintas do ciclo estral. Desta maneira, o Brasil apresentou a partir do ano 2000 um contínuo e expressivo aumento na produção in vitro de embriões, observando-se no ano 2003 uma mudança no mercado nacional de embriões, caracterizada pela retração na produção de embriões por superovulação convencional e substituição desta pela produção in vitro, que passa a responder, a partir de 2006, pela maior produção de embriões, com 196.663 estruturas produzidas em relação a 69.886 embriões da TE convencional. Portanto, a produção in vitro de embriões, tanto no Brasil quanto no mundo, foi a técnica que maior espaço ganhou nos últimos anos para multiplicação de animais de interesse econômico, em função de sua grande capacidade de produção.

P E C U Á R I A

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFÍAS BROGLIATTI, G.M.; ADAMS, G.P. (1996) Ultrasound-guined transvaginal oocyte collection in prepurbetal calves. Theriogenology., 45:1163-1176. BUNGARTZ, L.; LUCAS-HAHN, A.; RATH, D. (1995) Collection of oocytes from cattle via follicular aspiration aided by ultrasound with or without gonadotropin pretreatment and in different reproductive stages. Theriogenology., 43:667-675. FABER, D.C.; MOLINA, J.A.; OHLRICHS, C.L..; VANDER WAAG, D.F.; FERRÉ, L.B. (2003) Commercialization of animal biotechnology. Theriogenology., 59:125-138. HASLER, J.F.; HENDRERSON, W.B.; HURTGEN, P.J.; JIN, Z.Q.; McCAULEY, A.D.; MOWER, S.A.; NEELY, B.; SHUEY, L.S.; STOKES, J.E.; TRIMMER, S.A. (1995) Production, freezing and transfer of bovine IVF embryos and subsequent calving results. Theriogenology., 43:141-152. HENDRIKSEN, P.J.M.; VOS P.L.A.M. (2000) Bovine follicular development and its effect on the in vitro competence of oocytes. Theriogenology., 53:11-20. KRUIP, T.A.; BONI, R.; WURTH, Y.A.; ROELOFSEN, M.W.; PIETERSE, M.C. (1994) Potential use ovum pick-up for embryo production and breeding in cattle. Theriogenology., 42:675-684. LONERGAN, P.; MONAGHAN, P.; RIZOS, D.; BOLAND, M.P.; GORDON,I. (1994) Efect of follicle size on bovine oocyte quality and development competence following maturation, fertilization and culture in vitro. Mol. Reprod. Dev., 37:48-53.

LOONEY, C.R.; LINDSEY, B.R.L.; GONSETH C.L.; JOHNSON, D.L. (1994) Comercial aspects of oocyte retrieval and in vitro fertilization for embryo production in problem cows. Theriogenology., 41:67-72. MACHATKOVÁ, M.; JOKESOVÁ, E.; PETELÍKOVÁ, J.; DVORÁCEK, V. (1996) Developmental competence of bovine embryo derived from oocytes collected at various stages of the estrous cycle. Theriogenology., 45:801-810. MERTON J.S.; ROOS A.P.W.; MULLAART, E.; RUIGH L.; KAAL, L.; VOS, P.L.A.M.; DIELEMANl. (2003) Factors affecting oocyte quality and quantity in commercial application of embryo technologies in the cattle breeding industry. Theriogenology., 59(2):651-674. NIBART, M.; SILVA PEIXER, M.; THUARD, J.M.; DURANT, M.; GUYADER-JOLY, C.; PONCHON, S.; MARQUANT-LE GUIENNE, B.; HUMBLOT, P. (1995) Embryo production by OPU and IVF in dairy cattle. In: Réunion A.E.T.E., XI, Hannover, Proceedings, p. 216. PIETERSE, M.C.; KAPPEN, K.A.; KRUIP, A.M.; TAVERNE, M.A.M. (1988) Aspiration of bovine oocytes during transvaginal ultrasound scanning of the ovaries. Theriogenology., 35:751. STUBBINGS, R.B.; WALTON, J.S. (1995) Effect of ultrasonically-guided follicle aspiration on estrous cycle and follicular dynamics in Holstein cows. Theriogenology., 43:705-712. VIANA, J.H.M.; CAMARGO, L.S.A. (2007) A produção de embriões bovinos no Brasil: uma nova realidade. Acta Scientiae Veterinariae., 35:915-924.

23 Revista Attalea® Agronegócios - NOV 2009 -


M E I O A M B I E N T E

Município de Franca no mapa florestal de municípios do Estado de SP Publicamos, nesta edição, o Mapa Franca, Florestal do Município de Franca organizado em 2005 pelo Instituto Florestal do Estado de São Paulo. Na edição anterior, haviamos publicado o mapa do município de Altinópolis.

Nossa proposta é retratar, mensalmente um município, com o objetivo de informar sobre qual o tipo de cobertura florestal cobre o município, com sua respectiva área. As áreas agropecuárias não são destacadas.

MAPA FLORESTAL DOS MUNICÍPIOS DO ESTADO DE SÃO PAULO Inventário Florestal

FRANCA

do Estado de São Paulo

24 Revista Attalea® Agronegócios - NOV 2009 -

Localização no Estado de São Paulo Unidades de Gerenciamento dos Recursos Hídricos mata

548,00

0,96

mata

capoeira

2.691,64

4,71

capoeira

cerrado

1.036,49

1,82

cerrado

cerradão

cerradão

vegetação de várzea

83,71

0,15

campo cerrado

vegetação não classificada

13,42

0,02

4.380,48

7,67

299,86

0,53

campo

TOTAL reflorestamento

7,22

0,01

vegetação de várzea mangue

* (em relação a área do município)

restinga

área do município: 57.100 ha

vegetação não identificada reflorestamento 1:200.000 0

5 km

O SIFESP - Sistema de Informações Florestais do Estado de São Paulo foi desenvolvido objetivando disponibilizar informações sobre a vegetação natural e o reflorestamento resultantes de levantamento efetuado pelo Instituto Florestal da Secretaria do Meio Ambiente, atraInventário vés de seu projeto “Inventário Florestal do Estado de SP SP”. Para algumas regiões, além das informações sobre a vegetação, são apresentados levantamentos sobre o uso e ocupação da terra. Contém ainda, redes de drenagem, área urbana, rodovias, limites municipais, divisões por bacias hidrográficas e regiões administrativas, sendo todas as informações georreferenciadas. Inventário Florestal da O “Inventário Vegetação Natural do Estado de SP SP” constitui uma seqüência das ações que o Instituto Florestal tem desenvolvido objetivando efetuar o mapeamento e a avaliação dos remanescentes da vegetação natural do Estado de São Paulo para fins de estudos e controle da dinâmica de suas alterações. Publicado em 2005, o atual trabalho é um produto digital sendo que as bases georreferenciadas estabelecidas permitem a associação de informações geográficas com banco de dados convencionais. Os resultados do levantamento dos remanescentes são apresentados, em tabelas e espacialmente, considerando-se as diferentes Regiões Administrativas e Unidades de Gerenciamento dos Recursos Hídricos do Estado de SP e Municipios. InImportante conquista do “Inventário Florestal da Vegetação Natural do Estado de SP SP” foi a conversão das antigas legendas utilizadas na vegetação natural para o sistema de classificação fisionômico-ecológico e hierárquico utilizado pelo IBGE, de caráter mais universal.


Considerações técnicas da Embrapa Florestas sobre APPs e Reserva Legal O planejamento para o desenvolvimento sustentável de uma nação requer cuidados com o uso dos recursos naturais e, por consequência, a imposição de conceitos conservacionistas como: área de preservação permanente, reserva legal, unidades de conservação e sistemas de produção sustentáveis. Por isto, a Embrapa Florestas tem desenvolvido, ao longo de seus trinta anos de existência, pesquisas científicas nestas áreas do conhecimento, cujos resultados têm sido repassados para toda a sociedade brasileira. Neste documento, mais especificamente, os pesquisadores da Embrapa Florestas, de diferentes formações técnicocientíficas, expressam suas opiniões sobre aspectos técnicos relacionados a Áreas de Preservação Permanente (APPs) e Reserva Legal (RL). Em relação aos ambientes fluviais a Embrapa Florestas tem definido três posições, sendo duas já consolidadas e uma terceira em discussão com a sociedade. A primeira considera que, além da presença da cobertura vegetal nativa ciliar, a vegetação de APP ao longo dos rios ou de qualquer curso de água deve ser mantida ou recomposta desde o nível mais alto, atingido nas cheias, em faixa marginal, respeitando assim a presença recorrente das águas e suas implicações subsequentes. A segunda reconhece que a recomposição da vegetação de APP deve ser realizada com espécies nativas do ecossistema, de tal modo que as suas funções ambientais possam ser cumpridas e a sua forma recuperada. Assim, em ambientes campestres, devem ser constituídas, predominantemente, por espécies nativas herbáceas e, em ambientes florestais, por espécies nativas arbustivas e arbóreas. Como terceira posição, recomenda que a largura das APPs fluviais considere, também, a textura e a espessura dos solos, assim como a declividade das encostas adjacentes aos cursos de água. Esta proposta contempla a dinâmica de preservação ambiental, estabelecendo condições mínimas suficientes para propiciar estabilidade geológica e pedológica, contribuindo para a preservação da flora e da fauna nativa. Desta forma, promove-se a preservação dos recursos hidrológicos, essenciais à heterogeneidade biótica. Convém considerar que a dinâmica de modelamento das encostas, com ou sem a presença de sistemas de produção, impõe distintos níveis e formas de pressão aos cursos de água. Assim, como exemplo, as APPs deveriam ter larguras mais expressivas sobre solos arenosos, rasos e em relevos declivosos do que em solos argilosos, profundos e de menor declividade. A maior largura justifica-se porque os primeiros possuem menor

capacidade de filtragem, menor capacidade de armazenamento de água, bem como maior suscetibilidade à erosão. Evidentemente, estas três condições deverão ser contempladas conjuntamente, provendo larguras condizentes com as respectivas fragilidades/potencialidades ambientais de cada região. Sobre APPs de topo de morro, a Embrapa Florestas considera que a falta de uma definição do termo “morro” em função da inexistência de uma conceituação homogênea na literatura científica, certamente provoca graves problemas na aplicação da lei. Além disso, há uma grande subjetividade em se estabelecer o que é “topo”, pois os critérios de escolha podem ser os mais diversos em razão dos diferentes fatores ou processos presentes. Isto gerará, certamente, uma grande dúvida ao momento da aplicação da lei. Cabe ressaltar que, atualmente, não se consideram as

M E I O A M B I E N T E

25 Revista Attalea® Agronegócios - NOV 2009 -


FOTOS: Editora Attalea

M E I O A M B I E N T E

26 Revista Attalea® Agronegócios - NOV 2009 -

À esquerda, APP preservada e à direita, APP não preservada em mananciais da região.

características geomorfológicas e pedológicas do morro, impedindo, assim, que sejam definidas, concretamente, as fragilidades e/ou potencialidades destes locais, uma vez que não são consideradas a espessura dos solos, sua textura e nem mesmo a declividade local. Como agravante, não se pode deixar de mencionar que a perfeita avaliação técnica da potencialidade e/ ou fragilidade destes locais deveria considerar, também, a forma e a dimensão geográfica, tanto do morro, como de seu “topo”. No Brasil existem muitos exemplos de “topos” de morros amplos, com solos profundos, argilosos, presentes em relevos de baixa declividade, traduzindo alto potencial de uso. Confrontantemente, nas suas encostas existem solos rasos com menores teores de argila e, naturalmente, em maiores declividades, caracterizando assim, a necessidade de se estabelecer cuidados especiais nos sistemas de produção para não constituir mais um

caso de tensão ecológica. Portanto, seria muito mais lógico discutirem-se vulnerabilidades nas encostas do que nos “topos” dos morros pois, grande parte das vezes, essas áreas são as mais vulneráveis. A Embrapa Florestas tem desenvolvido pesquisas para recuperação de APPs com sistemas produtivos temporários, tais como a utilização de sistemas agroflorestais multiestratificados, quando estas forem consideradas degradadas. Assim, além de ensejar critérios ambientais, poderá, ao mesmo tempo, contemplar anseios de desenvolvimento dos agricultores. Com relação às RLs e outras formas que proporcionem a manutenção ou reconstituição da vegetação nativa, a Embrapa Florestas procura contribuir com tecnologias que auxiliem na busca de um consenso nos debates atuais sobre a legislação pertinente e reconhece como imprescindíveis para diversos preceitos de equilíbrio ambiental e social.

A localização das RLs deve considerar o potencial de uso da terra, de forma que estejam localizadas em áreas com maior fragilidade e impor-tância ambiental, integrando-se com os sistemas de produção, trazendo benefícios ao ambiente e proporcionando uma renda adicional ao produtor. Como estímulo à sua implantação e manutenção, a Embrapa dispõe de tecnologias para seu uso sob a forma de sistemas florestais e agroflorestais, que consideram os aspectos ecológicos, sociais e econômicos, por meio do manejo sustentável. Em conformidade com o que é previsto em lei, a recomposição destas RLs pode ser efetivada através de plantios florestais mistos, com a utilização ou não de espécies exóticas, em caráter temporário, tendo como propósito estabelecer condições favoráveis à restauração do ecossistema original, com planos de manejo que direcionem estes povoamentos para uma composição de espécies nativas, de forma permanente. De forma análoga, a Embrapa Florestas reconhece o mérito dos critérios previstos em lei para a compensação da RL inexistente, desde que em mesma bacia hidrográfica e no mesmo ecossistema. Com estas considerações, pretende-se demonstrar o quanto o Código Florestal Brasileiro pode ser aprimorado por meio de alterações embasadas em pesquisas científicas, caracterizando, mais uma vez, o compromisso da Embrapa com o desenvolvimento sustentável. Fonte: Embrapa (Fonte: Florestas Florestas)


Lula adia em 18 meses prazo para produtor rural registrar reserva legal Em meio à Conferência do Clima de Copenhague, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou decreto que adia para 11 de junho de 2011 a exigência para que os produtores rurais façam o registro da reserva legal de sua propriedade - 80% na Amazônia e 20% para o restante do País. O decreto, que adiou em 18 meses o prazo da averbação, foi publicado no Diário Oficial da União. Com o adiamento, Lula atendeu principalmente à sua base no Congresso, formada por ruralistas e ambientalistas. O presidente concedeu aos fazendeiros que desejarem recompor a reserva legal ajuda financeira e técnica. Donos de fazendas de até 150 hectares receberão ainda mudas e sementes, além de financiamentos especiais. Para obter os incentivos, os proprietários terão de aderir ao Programa Mais Ambiente e assinar um termo de adesão e compromisso, garantindo a recomposição das reservas. O Código Florestal estabelece prazo até 2031 para que elas sejam recompostas. Segundo o ministro da Agricultura, Reinhold

Stephanes, hoje cerca de 3 milhões de propriedades não têm condição de cumprir as exigências de recomposição. A CNA - Confederação Nacional da Agricultura diz que 90% delas não registraram a área de reservas. O decreto de Lula também cria outra condição especial para que o proprietário cumpra a legislação. Não haverá multa mesmo que ele não obedeça ao prazo que acaba em 11 de junho de 2011. A partir do momento em que um fiscal do meio ambiente perceber o descumprimento, o proprietário terá mais seis meses de prazo para indicar a área da reserva, correr atrás da papelada e fazer o registro no cartório. Atualização - O presidente anunciou que depois de voltar de Copenhague, para onde vai na semana que vem, vai fazer um projeto de lei com propostas de mudanças no Código Florestal, para atualizá-lo. O projeto deverá propor a legalização do plantio nas áreas de encostas e morros para lavouras de café, maçã, mate, uva e pêssego. (Fonte: Agência Estado ).

SENAR e SEBRAE lançam programa de gestão da pequena propriedade O SENAR - Serviço Nacional de Aprendizagem Rural e o SEBRAE - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas firmaram no último dia 10 de dezembro, convênio de cooperação técnica para promover ações para estimular o crescimento do pequeno produtor rural. Juntas, as duas instituições vão desenvolver uma metodologia específica de GER - Gestão de Empreendimento Rural. Cerca de dois mil pequenos produtores rurais será beneficiado. O convênio de cooperação técnica foi assinado pela presidente da CNA - Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil e presidente do Conselho Deliberativo do SENAR, senadora Kátia Abreu (DEMTO), e pelo diretor-presidente do SEBRAE, Paulo Okamotto. Serão desenvolvidos dez projetospiloto. O projeto contará com investimento de R$ 10 milhões durante os próximos 15 meses. Meta prioritária

será promover ações de qualificação do homem do campo, de forma que o produtor rural receba treinamento e seja capaz, com ajuda do SENAR, do SEBRAE e dos sindicatos rurais, de aprimorar a gestão da sua pequena propriedade, transformando-a em negócio lucrativo. Em julho deste ano, SENAR e SEBRAE realizaram na sede da CNA, em EmpreendedoBrasília, o workshop “Empreendedorismo para Gestão da Pequena Propriedade Rural Rural”. Desde então, ficou acertado a parceria para desenvolver um programa de eficiência de gestão da empresa rural de âmbito nacional. “O produtor rural precisa estar consciente de que é um empresário rural e que precisa ter lucro com a sua atividade, para assim poder continuar oferecendo alimentos bons e baratos para toda a população”, diz Omar Hennemann, secretárioexecutivo do Senar.

LIVROS SAÚDE AVIÁRIA E DOENÇAS Autor: Raphael Lucio A. Filho Editora: Roca Contato: www. agrolivros.com.br Tel: (51) 34023415 Esta obra, com apresentação didática, mostra os vários tipos de doenças que afetam o ambiente avícola, oferecendo o que há de mais recente em controle, tratamento e prevenção. Saúde Aviária e Doenças conta com a preciosa colaboração de profissionais experientes nas diversas áreas abrangidas, com especial destaque às doenças que atingem avestruzes e emas, uma das mais importantes criações da atualidade. Uma obra imprescindível aos graduandos de Veterinária e Zootecnia com foco em avicultura, além de bem servir aos profissionais que buscam atualização nesse campo.

SISTEMAS AGROFLORESTAIS Autor: Vários autores E d i t o r a : Embrapa Contato: www. agrolivros.com.br Tel: (51) 34023415 A produção agrícola no Brasil e no mundo, baseada na monocultura extensionista, no uso intensivo da terra e no alto consumo de insumos manufaturados nas últimas décadas, encontra-se em grave crise socioeconômica e ambiental, apesar de ganhos de produtividade. A degradação do solo, a redução da biodiversidade, a diminuição dos estoques de água, o aumento da emissão de gases de efeito estufa e apoluição ambiental, vem acarretando acentuadamente na redução de áreas de terras cultivadas. Este livro reúne conhecimentos teóricos e práticos de 80 professores e pesquisadores de diversas instituições brasileiras e do exterior e está estruturado em seis partes, a saber: Socioeconomia e Política, Biologia, Ecologia e Serviços Ambientais; Manejo de Sistemas Agro-florestais, Solos e Nutrição de Plantas; Modelagem e Estatística; Ensino, Extensão e Difusão de Tecnologia.

27 Revista Attalea® Agronegócios - NOV 2009 -


A Bolsa Agronegócios deseja a todos os nossos amigos, produtores rurais e fornecedores um Feliz Natal e um Próspero Ano Novo!

28

ADUBOS, SEMENTES, DEFENSIVOS; ELABORAÇÃO E IMPLANTAÇÃO DE PROJETOS DE IRRIGAÇÃO; ASSISTÊNCIA TÉCNICA ESPECIALIZADA

Attalea

Revista Attalea® Agronegócios - NOV 2009 -

3720-2323 - 3720-2141 R. Elias Abrão, 110, São Joaquim - Franca (SP)


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.