Edição 31 - Revista de Agronegócios - Fevereiro/2009

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1 Revista Attalea庐 Agroneg贸cios - Fev 2009 -


LWS

30 Anos

Fone./Fax: (16) 3720-0466

Rua Ivo Rodrigues de Freitas, 3031- Distrito Industrial - Franca - SP www.lwsequipamentos.com.br - e-mail: lws@lwsequipamentos.com.br

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Unidade de Vácuo

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Conjunto de Ordenha

Unidade de Vácuo

Eurolatte balde ao pé

Eurolatte 300 / 430

Insuflador, coletor, copos em aço inox e tubo curto do vácuo Eurolatte

Tanque resfriador

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Capacidade de 300 à 2000 litros

Bomba de vácuo 300 com 2 unidade

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Revista Eurolatte 700 / 1050 Attalea® Agronegócios - Fev 2009 -

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Attalea

1º TRATOR DO PROGRAMA MAIS ALIMENTOS entregue na região de Franca • João Paulo Felício, produtor rural de Patrocínio Paulista (SP) financiou um trator modelo Massey Ferguson MF-250XE/4, tração 4x4, com 51cv de potência, da concessionária OIMASA FRANCA. • Os recursos são provenientes do Programa MAIS ALIMENTOS, do MDA - Ministério de Desenvolvimento Agrário, através de parceria com a Coonai e o Banco do Brasil, agência de Patrocínio Paulista.

3 Revista Attalea® Agronegócios - Fev 2009 -

Pedro Felício e João Paulo Felício

Oimasa Franca Av. Wilson Sábio de Mello, 1430 - Tel. (16) 3711-7900 37 ANOS EM FRANCA - HÁ 6 ANOS SOB NOVA DIREÇÃO


E D I T O R I A L

4 Revista Attalea® Agronegócios - Fev 2009 -

Determinação e Diversificação impulsionam o agronegócio na região da Alta Mogiana Não é a primeira, nem vai ser a última crise econômica que atingirá o brasileiro. Na minha opinião, somos o único povo do mundo “especializado” em suportar dificuldades econômicas. Foram tantas ao longo da história e várias apenas ao longo dos meus quarenta e poucos anos, desde a crise do petróleo no início da década de 70 - do século passado! Afirmando isto, não quero diminuir, em momento algum, os impactos negativos que esta atual crise tem causado ao nosso país e à nossa região. São vários pais de famílias que perderam seus empregos, tanto nas fazendas, quanto nas cidades. Como também são várias as empresas que, se não fecharam as portas, foram obrigadas à “enxugar” seus custos para sobreviver à tormenta econômica mundial. Quero apenas engrandecer a determinação de algumas pessoas, que mesmo sentindo na pele as dificuldades desta atual situação econômica, procurou (e encontrou) alternativas que as fizeram não somente permanecer em suas atividades, mas crescerem profissionalmente. Parabéns aos empresários e aos produtores rurais que buscaram novas tecnologias. Não somente aquela tecnologia mecanizada, mas também a tecnologia da informação - a informatização, o gerenciamento - que auxilia diretamente na tomada de decisão sobre qual for a atividade desenvolvida. Na edição deste mês, procuramos retratar várias situações em que, produtores e empresários encontraram soluções para

atender as necessidades do mercado. É o caso do Viveiro Monte Alegre - dos meus amigos André, Luis Cláudio e do Sr. Luiz Cunha, atual prefeito de Ribeirão Corrente - que desenvolveram a tecnologia de produção de mudas de café em tubetes e substratos. Também é o caso da LWS Equipamentos para Refrigeração, do meu amigo e exímio inventor Luis Antonio da Silva, o Luisinho, que desenvolveu um equipamento que aquece água a um custo extremamente baixo. Na silvicultura, destacamos o Seminário sobre Uso Múltiplo do Eucalipto na Região da Alta Mogiana”, organizado pelo ParcintecFranca, através da Cocapec, Coonai e Credicocapec e que recebeu mais de 200 pessoas interessadas em participar do projeto conjunto da cooperativa. Na atividade leiteira, destaque para a utilização do algodão na dieta alimentar dos rebanhos. Já na área de fertilizantes, apresentamos artigo importantíssimo do pesquisador José Laércio Favarin, da ESALQUSP, que aborda a “Importância dos Micronutrientes na Agricultura”. O amigo Luiz César Marangoni apresenta em sua coluna mensal sobre contabilidade rural, informações sobre o “Contrato de Safra”. Ressalto, também, a parceria firmada entre Prefeitura de Franca e Escritório Regional do SEBRAE, que passarão a realizar conjuntamente atividades como feiras, seminários e palestras que estimulam o empreendedorismo no setor de agronegócios. Boa leitura a todos e até a próxima edição!

A REGIÃO EM FATOS E IMAGENS

CAPA

A Revista Attalea Agronegócios, registrada no Registro de Marcas e Patentes do INPI, é uma publicação mensal da Editora Attalea Revista de Agronegócios Ltda., com distribuição gratuita a produtores rurais, empresários e profissionais do setor de agronegócios, atingindo 85 municípios das regiões da Alta Mogiana, Sul e Sudoeste de Minas Gerais. EDITORA ATTALEA REVISTA DE AGRONEGÓCIOS LTDA. CNPJ nº 07.816.669/0001-03 Inscr. Municipal 44.024-8 R. Profª Amália Pimentel, 2394, Tel. (16) 3403-4992 São José - Franca (SP) CEP: 14.403-440

EMAIL’S revistadeagronegocios@netsite.com.br revistadeagronegocios@hotmail.com revistadeagronegocios@bol.com.br

PORTAL PEABIRUS www.peabirus.com.br/redes/ form/comunidade?id=1470 DIRETOR E EDITOR Eng. Agrº Carlos Arantes Corrêa (16) 9126-4404 cacoarantes@netsite.com.br DIRETORA COMERCIAL e PUBLICIDADE Adriana Dias (16) 9967-2486 adrianadias@netsite.com.br CONTABILIDADE

Escritório Contábil Labor R. Campos Salles, nº 2385, Centro - Franca (SP) Tel (16) 3722-3400 CTP E IMPRESSÃO Cristal Gráfica e Editora R. Padre Anchieta, 1208, Centro Franca (SP) - Tel. (16) 3711-0200 www.graficacristal.com.br ASSESSORIA JURÍDICA Raquel Aparecida Marques OAB/SP 140.385 É PROIBIDA A REPRODUÇÃO PARCIAL OU TOTAL DE QUALQUER FORMA, INCLUINDO OS MEIOS ELETRÔNICOS, SEM PRÉVIA AUTORIZAÇÃO DO EDITOR.

Antigo Mercado Municipal de Batatais, local de aglomeração de produtores rurais, em foto no início do século passado. ENVIEM-NOS FOTOS SOBRE O TEMA “AGRONEGÓCIOS”, DAS REGIÕES DA ALTA MOGIANA OU SUDOESTE MINEIRO, MANDE-NOS PARA PUBLICARMOS NESTA SEÇÃO.

Os artigos técnicos, as opiniões e os conceitos emitidos em matérias assinadas são de inteira responsabilidade de seus autores, não traduzindo necessariamente a opinião da REVISTA ATTALEA AGRONEGÓCIOS.

Cartas / Assinaturas Foto da Capa:- Editora Attalea Muda de café produzida em tubete. (Viveiro Monte Alegre, Ribeirão Corrente/SP)

Editora Attalea Revista de Agronegócios Rua Profª Amália Pimentel, 2394 São José - Franca (SP) CEP 14.403-440 revistadeagronegocios@netsite.com.br


Na contramão da crise, Yanmar Agritech planeja crescer 10% em 2009

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Attalea

FOTO: Divulgação Sami Máquinas

O destaque da empresa é o A Agritech Lavrale, fabricante trator 1175, um projeto totalde tratores agrícolas Yanmar Agritech mente nacional, desenvolvido e Agritech, localizada em Indaiafabricado pela Yanmar Agritetuba (SP), expôs toda a sua linha ch. “Atualmente 75% da nossa de produtos no Show Rural produção é destinada ao ProCoopavel, evento realizado entre grama Mais Alimentos. Nosso 09 e 13 de fevereiro, em Cascavel objetivo é manter essa média e (PR). É a única empresa brasileira crescer 10% este ano”, completa com a linha de tratores, microOkuda. Segundo o gerente de tratores e implementos voltada vendas, a empresa cresceu 20% especialmente para a agricultura em 2008, contrariando todas a familiar e foi a empresa responexpectativas e a crise mundial. sável por entregar o primeiro Na região de Franca (SP), o trator do Programa “Mais Aliprimeiro de vários tratores Yanmentos”, lançando pelo MDA mar Agritech adquiridos através Ministério do Desenvolvimento Sr. Elviro Ferreira recebe as chaves do primeiro do Programa “Mais Alimentos” Agrário, do Governo Federal, que trator Yanmar Agritech entregue na região em 2008 foi entregue no final de 2008 visa disseminar a adoção de tecnologias por parte dos agricultores verno como esse vem contemplar a mes- pela Sami Máquinas. O beneficiado foi familiares para elevar a oferta interna ma idéia do nosso grupo, que é levar o produtor rural Elviro Ferreira da tecnologia para o pequeno produtor, Silva, da Fazenda Cachoeirinha, do de produtos básicos. “Sempre trabalhamos com tratores responsável por grande parte da produ- município de Pedregulho (SP), que que buscam se adequar à idéia da agri- ção nacional”, explica Nelson Okuda, adquiriu um modelo Yanmar Agritech cultura familiar e um programa do go- gerente de vendas da Yanmar Agritech 1030, tração 4x4.

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FOTOS: Editora Attalea

M Á Q U I N A S

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Da esquerda para a direita: Alexandre Hermógenes (gerente de vendas Oimasa Franca), Pedro Felício (produtor rural, sentado na plataforma do trator), Pedro (carteira agrícola do Banco do Brasil, unidade Patrocínio Paulista/SP), Dannilo Castaldi (Coonai), João Paulo Felício (produtor rural beneficiado) e Antônio Carlos (vendedor Oimasa Franca)

Revista Attalea® Agronegócios - Fev 2009 -

Oimasa entrega o seu primeiro trator do Programa MAIS ALIMENTOS na região de Franca

FOTOS: Alexandre Hermógenes

O produtor rural João Paulo Felício, “Agradecemos o empenho do Banco do Paulo Eduardo Meleti, de Claraval cooperado da COONAI, de Patrocínio Brasil e da Oimasa que não pouparam (MG), que contratou um trator MFPaulista (SP), recebeu no final do mês esforços para liberar este financiamento 275, também pelo Programa Mais de janeiro, na sede da concessionária que vai proporcionar muitos benefícios Alimentos, com o apoio do Banco do Oimasa, em Franca (SP), o primeiro ao nosso cooperado”, afirma Avelar. Brasil agência de Claraval e da Emater Alexandre Hermógenes, gerente de local”, afirmou Alexandre. trator da região financiado por meio do Pronaf Programa Mais Alimento Alimento. vendas da Oimasa Franca afirmou A linha de crédito Mais Alimentos, Toda a intermediação do financiamento ainda que a concessionária entregaria, criada no Plano Safra da Agricultura foi feita pelo convênio DRS - ainda neste mês de fevereiro, mais um Familiar 2008/09, permite aos proDesenvolvimento Regional Sustentável, trator. “O contemplado foi o produtor dutores o financiamento entre R$ 7 mil firmado entre Banco do Brasil e e R$ 100 mil para investir na COONAI. infra-estrutura produtiva da O trator, modelo MF-250 agricultura familiar, como 50 cv 4x4, da Massey Ferguson, compra de máquinas e equique custou R$ 48.359,64, será pamentos, correção de solo, utilizado pelo produtor na área irrigação, plasticultura, armade sua propriedade, especiazenagem, formação de pomalizada em horticultura orgânica. res, sistemas agroflorestais e De acordo com Marcelo melhoria genética. Avelar, vice-presidente da Na safra 2008/09, o Pronaf COONAI, a linha de crédito está Mais Alimentos terá R$ 6 disponível para todos os bilhões dos R$ 13 bilhões do produtores da Coonai que desePlano Safra. O prazo para jarem adquirir insumos ou fazer pagamento é de até dez anos, investimentos na pecuária leicom carência de três anos e O MF-275 do Sr. Paulo Meleti: segundo trator entregue teira ou outra atividade afim. pela Oimasa no Mais Alimentos, só em fevereiro. juros de 2% ao ano.


com o calor do fogão de lenha. Na residência do Sr. Ademir Lourenço Batista e D. Rosane, empregados da Fazenda São Geraldo, em Restinga (SP), a instalação do equipamento foi importante para suprir uma deficiência na instalação elétrica existente. “A fazenda já dispõe de energia elétrica, mas não é suficiente para atender às necessidades de todas as famílias que aqui moram.

Esquema de montagem

• Baixo custo de instalação; • Reduz a conta de energia elétrica; • Funciona mesmo em dias nublados; • Rapidez no aquecimento da água; • Ideal para chuveiros, pias, etc.

Antigamente, quando alguém ligava o chuveiro interferia diretamente na rede elétrica, desligando-se a televisão, as lâmpadas, etc. Hoje, temos água quente para o banho de toda a família”, explica Ademir. Em outras situações, a instalação do equipamento vem atender a uma necessidade também importante: a redução da conta de energia elétrica no final do mês. “Em algumas residências, dependendo do número de pessoas, o chuveiro elétrico é responsável por mais de 30% do custo da energia elétrica no final do mês. Com este equipamento, o conforto do banho quente é mantido, sem onerar o bolso do agricultor”, analisa Luisinho. O custo do equipamento também atrai os produtores rurais. “Fica até cinco vezes mais barato que um aquecedor solar normal, com a vantagem de produzir água quente mesmo em dias nublados”, ressalta o empresário.

7 Revista Attalea® Agronegócios - Fev 2009 -

ÁGUA QUENTE, A UM CUSTO BAIXO, MESMO EM DIAS NUBLADOS.

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Melhor qualidade de vida e redução da conta de energia elétrica na zona rural. Estes são os benefícios diretos proporcionados pelo equipamento produzido pela LWS Equipamentos e Materiais para Refrigeração, empresa sediada em Franca (SP), especializada na produção de equipamentos em aço inox para a produção e industrialização de leite, bem como para refrigeração na indústria calçadista. Segundo Luis Antonio da Silva, diretor da LWS, a idéia de se utilizar a energia térmica (calor) do fogão de lenha já é bem conhecida. “Nós apenas adaptamos a forma de montagem do equipamento, reduzindo riscos de acidentes e facilitando ainda mais o sistema”, explica. O equipamento consiste dos encanamentos; de um boiler, com capacidade suficiente para armazenar água quente para até cinco pessoas; e de uma serpentina, que entra em contato direto

FOTO: Editora Attalea

Equipamento utiliza o calor do fogão de lenha para produzir água quente

T E C N O L O G I A


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Franca sedia seminário sobre eucalipto No último dia 12 de fevereiro, no Auditório “Walter Anawate”, na Uni-Facef, em Franca (SP), realizou-se o “Seminário de Implantação e Manejo do Eucalipto para Uso Múltiplo na Região da Alta Mogiana”, evento organizado pela Cocapec, Coonai, Credicocapec e Parcintec-Embrapa Franca.Cerca de 200 pessoas estiveram presentes, divididas entre cafeicultores e interessados na cultura. A Cocapec foi o agente motivador do evento e do estudo e propôs aos seus cooperados investir em uma segunda fonte de renda, com intuito de driblar os momentos de crise típicos de qualquer monocultura. Maurício Miarelli, presidente da Cocapec, fez a abertura do evento, resFOTO: Editora Attalea

S I L V I C U L T U R A

saltando a importância da cafeicultura na região da Alta Mogiana, mas afirmou que o eucalipto serviria como alternativa de renda para os cafeicultores, principalmente em áreas degradadas ou sub-utilizadas de suas propriedades. Miarelli explicou, ainda, qual é o papel da cooperativa neste projeto.

“Tanto no cultivo do eucalipto, quanto em qualquer outra cultura, o papel da cooperativa é de orientar e amparar seus cooperados, fazendo com que este corra o menor risco possível, que não fique na mão do mercado, que tenha o poder de decisão na questão do preço de venda e que consiga agregar valor ao seu produto”, explicou Miarelli Segundo o presidente da Cocapec, o eucalipto é a cultura ideal para a Alta Mogiana, pois a cultura exigiria um investimento menor em infra-estrutura operacional - para o produtor e para a cooperativa -, além de maior capacidade de organização da produção e comercialização do produto, gerando renda para as pessoas que moram nesta região. “Seremos todos pequenos produtores, como acontece com o café, mas reunidos seremos grandes. É muito mais fácil ganhar juntos”, afirmou Miarelli O professor da Esalq/USP, dr. José Leonardo de Moraes Gonçalves apresentou palestra sobre a situação atual do eucalipto no Brasil. De acordo com Gonçalves, a silvicultura oferece inúmeras oportunidades de utilização da madeira, como o fornecimento de energia (através da queima da lenha ou carvão), papel, celulose, móveis, madeira tratada, construção civil, infra-estrutura e cercas nas propriedades rurais. As tecnologias que permeiam a silvicultura se aprimoraram nos últimos 30 anos e transformou as médias brasileiras que eram de 13m³ ao ano. A clonagem das variedades de eucaliptos foi a principal responsável por este desenvolvimento. De acordo com Gonçalves, existem variedades e espaçamentos adaptáveis a necessidade e utilização de cada produtor. O eucalipto também oferece um baixo nível de risco em relação a outras culturas e pode ter retorno a curto ou longo prazo dependendo da necessidade de cada produtor. Por isso, como incentivo para o plantio de eucalipto, o Banco do Brasil oferece a PROPFLORA PROPFLORA, uma linha de crédito com juros de 6,5% a.a. para implantação e manutenção da


Tabela 1. Linhas de Financiamentos do Programa Nacional de Florestas ESPECIFICAÇÃO Benefícios

Finalidade

Teto por Beneficiário

PROPFLORA

PRONAF FLORESTAL

Produtores rurais (pessoas físicas ou jurídicas), associações e cooperativas. Implantação e manutenção destinadas ao uso comercial, industrial e energético; recomposição e manutenção de áreas de preservação e reserva florestal legal.

Agricultores familiares enquadradados nos grupos “B”, “C” e “D” do PRONAF. Projeto de investimento em silvicultura, sistema agroflorestais e exploração extrativista ecologicamente sustentável.

R$ 150 mil/ano

Taxa de Juros

8,75% a.a.

Carência

Até 8 anos

Prazos de Pagamento

Até 12 anos

Garantias

Assistência Técnica

As admitidas no Manual de Crédito Rural (MCR 2.3), quais sejam: hipoteca, penhor cedular (floresta a ser colhida), aval de terceiros, carta de fiança, dentre outras.

Proporcionada por parcerias com instituições públicas, de pesquisa e não-governamentais.

Todo o território nacional. Abrangência

Agente Financeiro

Tabela 11). Estudos da silvicultura (Tabela Esalq/USP comprovam que a nossa região poderá produzir de 40 a 50 m³ ha/ano, enquanto a média nacional é de 30m³. Os custos de implantação e manutenção da lavoura até o sétimo ano é de R$4.500, sendo R$ 2.500 apenas no primeiro ano. Isso tornaria a região extremamente competitiva no mercado brasileiro. “Há uma tendência mundial de crescimento das áreas florestais, pois a medida que os países se desenvolvem, cresce também a demanda por papel, energia e madeira”, FONTE: finaliza Gonçalves. (FONTE: Comunicação Cocapec Cocapec)

Banco do Brasil e demais bancos credenciados pelo BNDES

R$ 1.000,00 (agricultores grupo “B”) R$ 4.000,00 (agricultores grupo “C”) R$ 6.000,00 (agricultores grupo “D”) Obs: até 65% do montante do projeto é liberado no primeiro ano 4% a.a. para Grupos “C” e “D” 1% a.a. para o Grupo “B” • bônus de adimplência de 25% sobre os encargos financeiros Até 8 anos para os Grupos “C” e “D” Até 1 ano para o Grupo “B” Até 12 anos para os Grupos “C” e “D” Até 2 anos para o Grupo “B” Até 16 anos quando se tratar de recurso oriundo de Fundos Constitucionais. As garantias são livremente negociadas entre os agricultores e o agente financeiro. Uma nota de Crédito Rural (NCR) é emitida pelo agente financeiro e o agricultor apresenta cadastro, projeto de viabilidade técnica, economia, social e ambiental. Pode ser financiada (até no máximo 2% do valor do projeto) ou proporcionada por parcerias com instituições públicas, privadas, de pesquisa e não-governamentais. Todo o território nacional para a demanda espontânea; regiões dos biomas Mata Atlântica e Caatinga para a demanda induzida pelo Fundo Nacional do Meio Ambiente (FNMA) Banco do Brasil, Banco da Amazônia (BASA), Banco do Nordeste do Brasil (BMB) e demais bancos do Sistema Nacional de Crédito Rural.

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S I L V I C U L T U R A

9 Revista Attalea® Agronegócios - Fev 2009 -


- Fev 2009 -

O algodoeiro é cultivado para produção de fibra e a torta, resultante da semente,após a extração do óleo, representa mundialmente a segunda mais importante fonte ou suplemento protéico disponível para a alimentação animal, ultrapassada apenas pela soja. De todos os subprodutos de algodão, os farelos da torta, são os mais conhecidos e utilizados. Resultam da remoção do óleo, que pode ser feita tanto pelo esmagamento mecânico do caroço como através do uso de solventes. A produção brasileira de algodão vem apresentando grandes oscilações ao longo dos anos, ainda que a produtividade tenha apresentado tendência crescente. Na região produtora de algodão arbóreo, a praga do bicudo teve efeitos mais acentuados, acelerando a

substituição desta espécie pelo algodão herbáceo. Os farelos, como fonte protéica, apresentam teores de proteína bruta (PB) de 34,3 a 48,9% e, como fonte de energia, teores de energia digestível (ED) de 3,22 a 3,44 Mcal/kg. Os caroços de algodão, além de teores de PB de 22 a 25% e de FDN entre 37 e 44%, possuem

Bebedouro Industrial • Todo em aço inox 304; • Depósito de água com capacidade para 150 litros; • Equipado com unidade hermética ½ cv 220v; • 2 torneiras sendo para água natural e gelada; • Atende de uma só vez 300 pessoas • Dimensões: 600mm de compr x 600mm largura e 1.200mm altura • Acompanha filtro purificador HFSG 5 ½”

de 4,12 a 5,30 Mcal/kg de ED. São também importantes fontes de fibra, com teores de fibra bruta (FB) de 17,2 a 28%. A casca do caroço de algodão e os restos de culturas, utilizados como fontes de fibra, apresentam teores de FB de 42,9 a 50,0%. Como fontes de macrominerais, ressaltem-se os teores de fósforo (P), acima de 1% nos farelos, de cálcio (Ca), que chegam a 0,24% nos farelos e caroços e de enxofre (S), atingindo 0,43% no farelo proveniente da extração mecânica do óleo. Apesar da reconhecida qualidade dos subprodutos resultantes da indústria algodoeira, como alimento para bovinos, permanecem os problemas resultantes da presença do gossipol nestes derivados. Além disso, métodos modernos de extração de óleo têm aumentado a

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10 Revista Attalea® Agronegócios

O algodão na nutrição de bovinos FOTO: Editora Attalea

L E I T E


concentração deste composto fenólico nos subprodutos, ao mesmo tempo em que as vacas de alta produção tendem a aumentar a ingestão de alimentos e, conseqüentemente, de gossipol. Nestas condições, o limite máximo de ingestão de gossipol de 24 g/dia pode ser excedido, com possíveis conseqüências adversas. Reações fisiológicas diversas podem ocorrer, dependendo do estágio produtivo e nutricional do animal. A molécula de gossipol não é metabolizada pelas bactérias do rúmen nem pelo animal. Ela se une às proteínas que contém aminoácidos livres, impedindo seu metabolismo. As ligações com proteínas, bem como altos níveis de ferro na dieta podem inativar os pontos de ligação do gossipol, diminuindo sua toxicidade. A peletização também resulta em diminuição de sua atividade. Os subprodutos do algodão, principalmente aqueles nos quais o gossipol ainda não foi inativado, não são recomendados para bezerros, devido à alta suscetibilidade dos monogástricos. Os teores de gossipol do algodão diferem

com as variedades e os locais de plantio. As tortas apresentam valores em gossipol de 0,5 a 0,2%. Bovinos alimentados com Caroço de Algodão mostram resultados diferentes daqueles apresentados por animais recebendo os seus componentes, gordura, farelo e casca, separadamente. Uma das razões pode ser a liberação lenta da gordura no rúmen e mesmo alguma gordura que não é liberada no rúmen e atinja o intestino, o que pode explicar o aumento da produção e da gordura do leite observado em vacas recebendo caroço de algodão. O aumento da demanda por energia, observado em vacas de alta produção, tem realçado a importância do caroço de algodão como suplemento energético. Devido ao teor de gordura, é considerado um alimento de alta energia, especialmente na alimentação de vacas, em início de lactação, expostas a ambientes de altas temperaturas e umidade, quando estão em balanço energético negativo. Nestas condições, a suplementação com caroço de algodão resulta em

aumento da produção.e do teor de gordura do leite. Por outro lado, quando a fibra da ração é de qualidade inferior ou em quantidade insuficiente, pode ocorrer uma queda no teor de proteína do leite de vacas recebendo caroço de algodão. O efeito do caroço do algodão pode ser negativo quando a forragem for apenas silagem de milho. No entanto, este efeito pode ser corrigido pelo fornecimento de feno de alfafa nas quantidades de 25 a 50% da MS da ração. Alguns tratamentos têm sido desenvolvidos visando melhorar a qualidade do caroço de algodão e, principalmente, aumentar a quantidade de proteína e gordura que ultrapassem o rúmen sem serem degradas. A extrusão diminui a solubilidade do nitrogênio e a quantidade de proteína degradada no rúmen, porém não afeta a produção de leite. A tostagem do caroço de algodão não mostra efeito que a justifique. FONTE: Adaptado do Departa(FONTE: mento Técnico Nuvital, www. nuvital.com.br nuvital.com.br)

L E I T E

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C A F É

Emerson Luiz Barbizani 1 Regina Maria Quintão Lana 2 Fernando Campos Mendonça 2 Benjamim de Melo 2 Carlos Machado dos Santos 2 Alex Fabiany Mendes 3

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INTRODUÇÃO - A produção de mudas bem desenvolvidas e de boa qualidade é fator primordial para o cafeeiro, pois condiciona uma carga genética adequada e essencial ao sucesso da cultura. Recipientes adequados ao desenvolvimento devem apresentar volume suficiente para o crescimento das mudas, além de proteger as raízes contra desidratação e danos mecânicos. Também devem proporcionar condições favoráveis ao desenvolvimento do sistema radicular e facilidade de manejo no viveiro, no transporte e no plantio (Campinhos Júnior & Ikemori, 1983). Além disso, é muito importante a influência do recipiente sobre o enovelamento de raízes na fase de viveiro, que continua na fase de campo e pode baixar a estabilidade das futuras árvores. No sistema usual de produção de mudas de cafeeiro, utilizam-se saquinhos plásticos e um substrato composto por 70% de solo e 30% de esterco bovino, enriquecido com adubos químicos. Esse sistema apresenta alto custo de transporte, longa permanência em viveiro, baixo rendimento de plantio, consumo elevado de substrato, riscos de contaminação das mudas por patógenos e crescimento de plantas daninhas na fase de viveiro (Guimarães et al., 1998). A produção de mudas em tubetes sob telados facilita o isolamento do viveiro em relação a insetos, protege contra 1

- Graduando, Agronomia- ICIAG/UFU – Universidade Federal de Uberlândia, Av. Amazonas s/n, Bl. 2E, Caixa Postal 593, 38400-902, Uberlândia (MG) 2 - Professores do Instituto de Ciências Agrárias/UFU. Ciênc. agrotec., Lavras. Edição Especial, p.1471-1480, dez., 2002. 3 - Engenheiro Agrônomo, Eucatex Agro. - PUBLICADO na Revista Ciências Agrotécnicas, Lavras (MG), Edição Especial dez 2002, p. 1471-1480

FOTO: Editora Attalea

Produção de mudas de cafeeiro em tubetes associada a diferentes formas de aplicação de fertilizantes

nematóides e doenças de solo, facilita o controle de pragas e doenças da parte aérea, preserva a integridade do sistema radicular no viveiro e melhora as condições de trabalho dos operários (tubetes suspensos do solo) (Lima, 1986; Vichiato, 1996). Além disso, o uso de tubetes na cafeicultura reduz o período de viveiro, antecipa o plantio no campo, diminui o uso de substrato, evita plantas daninhas, dispensa o expurgo do substrato e elimina problemas de “peão torto” e enovelamento de raízes (Tubaldini, 1997; Guimarães et al., 1998). Substrato é a mistura de materiais usada no desenvolvimento de mudas, sustentando e fornecendo nutrientes à planta. Pode ser de origem vegetal, animal ou mineral, sendo constituído por uma parte sólida (partículas minerais e orgânicas) e pelo espaço poroso, que é ocupado por água ou ar. O desenvolvimento do sistema radicular é influenciado pela aeração do substrato, que depende da composição de suas partículas. O substrato exerce influência significativa sobre a arquitetura do sistema radicular e o estado nutricional das plantas (Spurr & Barnes, 1973, citados por Guimarães et al., 1998).

Um substrato ideal é aquele que satisfaz as exigências químicas e físicas das mudas, fornecendo um teor adequado de nutrientes ao seu desenvolvimento. Deve apresentar composição uniforme, baixa densidade, grande porosidade, alta CTC, boa retenção de água, isenção de pragas, patógenos e sementes, ser abundante, operacionalizável e economicamente viável. Vários materiais têm sido usados na produção de mudas em tubetes, is oladamente ou em misturas, destacando-se: vermiculita, esterco bovino, “moinha” de carvão, serragem, bagaço de cana, acícula e casca de pínus, casca de eucalipto compostada, casca de arroz calcinada, húmus de minhoca e turfa (Campinhos Junior et al., 1984; Guimarães et al., 1998). Considera-se inadequado o uso de materiais de origem mineral (argila e areia) para a produção de mudas em tubetes, em razão do peso e desagregação do substrato, e por não serem estéreis (Campinhos Júnior & Ikemori, 1983). Os macronutrientes primários (N, P e K) geralmente são adicionados ao substrato na forma sólida, mas podem ser fornecidos na forma líquida (fertirrigação) (Landis et al., 1989). Os macronutrientes secundários (Ca, Mg e S) estão presentes em muitas formulações comerciais. Geralmente o Ca e o Mg são fornecidos pela aplicação de calcário calcítico e dolomítico, e o enxofre é fornecido em pequenas quantidades, pela decomposição de matéria orgânica, água de rios, chuva e aplicação de vários tipos de defensivos agrícolas (Califórnia

Quadro 1. Precipitação pluviométrica (mm) no decorrer do período experimental após a repicagem (DAR) (106 dias, entre 21/08 e 05/12/1.998). DAR 34 35 48 50 52 56 57 66 70 71 72 73 75 76 80 85 95 98 P r e c i p . 38 10 6 28 5 29 31 12 30 20 15 5 12 13 5 52 30 20


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A 2ª MELHOR FACULDADE PARTICULAR DO BRASIL

13

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AULAS QUINZENAIS

DURAÇÃO 12 MESES LETIVOS

MATRÍCULAS ABERTAS


- Fev 2009 -

duzido em delineamento experimental de blocos casu3,5 alizados com parcelas sub3,0 divididas e quatro repetições. 2,5 DC = 2,2877 + 0,3065 Osm - 0,02 Osm² Cada sub-parcela foi consR² = 0,9487 2,0 tituída por 30 plantas, sendo úteis as 12 plantas centrais. 1,5 Nas parcelas foi avaliada 1,0 a fertirrigação, cujos trata0,5 mentos foram: 0,0 8 4 6 10 2 12 0 (C): com - Parcela (C) Doses de Osmocote (g/L) DC Obs. DC Est. fertirrigação em 14 aplicaFIGURA 3 – Diâmetro do caule (DC) em função da dose do ções de freqüência semanal, a partir do 1º par de folhas fertilizante de liberação lenta. definitivas, utilizando-se um Máximo MSR = 0,36 g/planta regador. As fontes de nu0,40 trientes foram produtos 0,35 hidrossolúveis NPK 09-450,30 15, 15-00-00 e 20-05-30, 0,25 utilizados alternadamente nas 0,20 MSR = 20,1183 + 0,0721 Osm - 0,0053 Osm² doses de 1,5 g/L, 1,0 g/L e 1,0 R² = 0,9150 0,15 g/L, respectivamente, em 0,10 aplicações semanais de 2,2 0,05 litros de solução por parcela 0,0 (Eucatex-Agro, 1998 – 8 4 6 10 2 12 0 Doses de Osmocote (g/L) Comunicação pessoal). MSR Obs. MSR Est. - Parcela (S) (S): Sem FIGURA 4 – Matéria seca de raízes (MSR) em função da dose do fertirrigação. fertilizante de liberação lenta. Nas subparcelas, foi avaliado o uso do fertilizante 1,6 de liberação lenta (OsmocoMáximo MSPA = 1,17 g/planta 1,4 te® 15-09-12), nas doses 0; 1,2 2,73; 5,45;8,18 e 10,91 g/L, que correspondem a 0, 150, 1,0 300, 450 e 600 g por saco de 0,8 55 L de substrato. As sementes 0,6 MSPA = 0,2086 + 0,2187 Osm - 0,0125 Osm² foram pré-germinadas em R² = 0,9930 0,4 germinador de areia e repi0,2 cadas para os tubetes na fase 0,0 8 4 6 de “orelha de onça”, colo10 2 12 0 Doses de Osmocote (g/L) cando-se uma muda em cada MSPA Obs. MSPA Est. tubete. Sempre que necessáFIGURA 5 – Matéria seca de parte aérea (MSPA) em função da rio, a irrigação foi feita três dose do fertilizante de liberação lenta vezes ao dia, da instalação à avaliação final. município de Araguari (MG), em um Verificam-se no Quadro 1 a viveiro com cobertura de sombrite precipitação pluviométrica ocorrida MATERIAL E MÉTODOS - A preto (sombreamento de 50%). As durante o experimento e as datas de sua área experimental situou-se no parcelas foram distribuídas em uma ocorrência. Os valores foram considebancada de produção de mudas, com- rados no controle da irrigação. posta de tela de arame ondulado Os tratos culturais e fitossanitários foQUADRO 2 – Tratos culturais realizados para suporte de tubetes, com e 1,30 ram feitos de acordo com a necessidade no experimento. m de largura e instalada a uma altura e são apresentados no Quadro 2, 2 juntaDias Após Trato de 1,0 m do solo. As mudas de mente com o período de ocorrência Repicagem Cultural cafeeiro cultivar ‘Mundo Novo IAC medido em dias após a repicagem 0 Repicagem das Mudas 379/19’ foram produzidas em (DAR), que foi feita no dia 21 de agosto. 21 Controle do Bicho-Mineiro tubetes de polietileno preto com O experimento teve duração de 146 38 Controle do Bicho-Mineiro volume de 120 ml, previamente dias, do plantio das sementes no 38 Adubação Foliar esterilizados com uma solução de germinador de areia ao fim (40 dias até 55 Aplicação Inseticida e Fungicida hipoclorito de sódio a 0,4%. a repicagem, mais 106 dias). 68 Aplicação Inseticida e Fungicida O substrato utilizado foi o PlantAs avaliações foram feitas aos 106 69 Padronização das Mudas max Café®. O experimento foi con- DAR, quando mais de 50% das mudas 4,0

Diâmetro do Caule (mm)

Máximo DC = 3,46

Matéria Seca de Raízes (g/planta)

14 Revista Attalea® Agronegócios

Fertilizer Association, 1985, citado por Landis et al., 1989). Nos substratos comerciais para mudas, é imprescindível o fornecimento dos micronutrientes (B, Cu, Zn, Fe, Mn e Mo). O balanço dos micronutrientes é indispensável, pois o excesso de um pode interferir na disponibilidade de outro (Landis et al., 1989). A complementação do substrato com nutrientes para mudas em tubetes geralmente é feita com adubos de liberação lenta, visando a reduzir problemas de excesso de solubilidade e perdas por lixiviação de nutrientes. Osmocote®, Nutricote® e uréia revestida com enxofre são alguns exemplos desse tipo de fertilizantes (Landis et al., 1989). Para complementar as necessidades das mudas de cafeeiro em tubetes, pode-se complementar a aplicação de nutrientes por meio da fertirrigação. É uma técnica promissora, mas ainda pouco investigada na produção de mudas em tubetes, necessitando-se verificar sua viabilidade técnica e econômica na produção de mudas de cafeeiro. Objetivou-se com este trabalho determinar a dose mais adequada de um fertilizante de liberação lenta (Osmocote ®) para a produção de mudas de cafeeiro e a eficiência da complementação da adubação através da água de irrigação, com redução da adubação via substrato.

Matéria Seca Parte Aérea (g/planta)

C A F É


estavam no estádio de plantio no campo (quatro pares de folhas). Foram avaliadas as características: altura de plantas (AP, cm), diâmetro de caule na altura do colo (DC, cm), número de pares de folhas (NPF), área foliar (AF, cm²), matéria seca de raízes (MSR, g) e parte aérea (MSPA, g) e volume de raízes (VR, cm³). Observa-se que o volume de raízes foi medido mergulhando-se o sistema radicular em copo de becker com água e anotando-se a diferença de volume antes e após o mergulho. Os resultados obtidos foram submetidos à análise de variância para verificação de diferenças significativas entre si e, posteriormente, analisados por meio de

teste de comparação de médias (Tukey) e por regressão polinomial. RESULTADOS E DISCUSSÃO - Na Tabela 1 encontram-se os resultados da análise de variância das características avaliadas. De acordo com a análise de variância, o uso da fertirrigação teve efeito significativo sobre AP (1% de probabilidade), NPF, MSPA e AF em AP (5% de probabilidade). Houve efeito significativo do fertilizante de liberação lenta, influenciando significativamente todas as características estudadas (1% de probabilidade). Para as características AP e NPF, houve

Tabela 1. Resultados da análise de variância das características avaliadas1. Fator de Variação

G.L.

Blocos Fertirrigação Resíduo (A)

3 1 3

Quadrados Médios AP DC NPF M S R M S P A ns ns 9,35 0,021 0,10 * 0,1057ns 0,19ns 220,89* * 0,014ns 0,23 * 0,0006ns 1,75 * 3,56 0,008 0,01 0,1000 0,14

VR 10,24ns 0,31ns 11,97

VR 208,39ns 782,61* 45,02

Parcelas 7 Osmocote 4 10.292,89* * 1,868* * 4,56* * 2,9238* * 45,09* * 208,08* * 24.676,59* * 87,82* * 0,044ns 0,25* * 0,0689ns 0,29ns 5,51ns 109,93ns Fert. x Doses 4 21,62 0,017 0,06 0,0268 0,19 4,81 61,91 Resíduo (B) 24 TOTAL 39 C.V. - A (%) 0,69 1,38 1,31 8,548 3,35 10,91 2,87 C.V. - B (%) 3,69 4,24 7,02 9,889 8,75 15,47 7,54

efeito interativo significativo entre fertirrigação e doses de fertilizante de liberação lenta, de forma que as análises foram feitas considerando-se essa interação. Com base nos resultados, foram feitas as análises qualitativas e quantitativas de efeitos dos tratamentos de fertirrigação e doses do fertilizante de liberação lenta, respectivamente. Fertirrigação - As características que apresentaram diferenças significativas (teste F) em relação aos tratamentos de fertirrigação, sem interação com doses do fertilizante de liberação lenta, foram a matéria seca da parte aérea e a área foliar. Na Tabela 2 são apresentados os resultados do teste de compa-ração de médias para ambos. A fertirrigação proporcionou resultados superiores, com efeito Tabela 2 – Médias de matéria seca da parte aérea (MSPA) e área foliar (AF) de mudas de cafeeiro em tubetes, em relação aos tratamentos de fertirrigação1. Fertirrigação com sem

1

– Altura de plantas (AP), diâmetro caule (DC), número de pares de folhas (NPF), matéria seca de raízes (MSR), matéria seca da parte aérea (MSPA), volume de raízes (VR) e área foliar (AF). ** - Teste F significativo a 1% de probabilidade * - Resultado do teste F significativo a 5% de probabilidade N.S. - Teste F, resultado não significativo Fertilizante de liberação lenta

1

MSPA (g) 5,26 a 4,85 b

AF (cm²) 108,85 a 99,99 b

- Nas colunas as médias seguidas da mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.

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- Fev 2009 -

Volume de Raízes (cm³/planta)

Área Foliar (cm²/planta)

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positivo sobre a parte aérea observa-se um efeito signifi4,0 das mudas, mas não houve cativo da fertirrigação apenas Máximo VR = 3,11 cm³ 3,5 efeito significativo sobre o nas menores doses do fer3,0 sistema radicular, provaveltilizante de liberação lenta, 2,5 mente em razão da quantipassando a ser praticamente 2,0 dade de nitrogênio presente insignificante a partir da connas formulações utilizadas na centração de 4 g/L, a partir 1,5 DC = 1,0368 + 0,6125 Osm - 0,0451 Osm² R² = 0,9182 fertirrigação. da qual a fertirrigação tor1,0 As Figuras 3 a 7 aprenou-se desnecessária. Tal co0,5 sentam as regressões polinomo nos casos anteriores, de0,0 8 4 6 10 2 12 0 miais para DC, MSR, MSPA, terminou-se a dose do ferDoses de Osmocote (g/L) VR Obs. VR Est. VR e AF em relação aos tratatilizante de liberação lenta mentos de doses do fertili- FIGURA 6 – Volume de raízes (VR) em função da dose de para máxima AP, com e sem zante de liberação lenta. A Osmocote® fertirrigação. Os máximos utilização desse fertilizante valores de altura de plantas teve efeito quadrático sobre foram 155,1 mm com fer160 Máximo AF = 149,8 cm² todas as características citadas, tirrigação e 154,7 mm sem 140 conforme é possível observar fertirrigação, obtidos com as 120 nas figuras. doses de 8,3 e 8,2 g/L de 100 O diâmetro do caule aufertilizante de liberação lenta. 80 mentou com a aplicação do Na Figura 9 têm-se os 60 DC = 16,324 + 29,368 Osm - 1,6154 Osm² fertilizante de liberação lenta resultados do experimento R² = 0,9949 40 até um máximo de 3,46 mm, para NPF. Da mesma forma que correspondeu à dose de que as demais características, 20 7,7 g/L. obtiveram-se as doses do ferti0,0 8 4 6 10 2 12 0 Doses de Osmocote (g/L) Nas Figuras 4 e 5 têmlizante de liberação lenta para AF Obs. AF Est. se as regressões polinomiais maximizar os resultados. Os para matéria seca de raízes e FIGURA 7 – Área foliar (AF) em função da dose de Osmocote® valores máximos de NPF fode parte aérea, espectivaram 4,01 e 4,14 pares/planta mente, em função da dose do (com e sem fertirrigação), e fertilizante de liberação lenta. foram obtidos com as doses APCOM = 75,483 + 19,179 Osm - 1,1551 Osm² Os máximos valores de matéde 8,4 e 7,9 g/L do fertilizante R² = 0,9316 160 ria seca de raízes e de parte de liberação lenta, respecaérea foram 0,36 e 1,17 g/ tivamente. 140 planta para as doses de 6,8 e 120 DISCUSSÃO GERAL 8,7 g/L, respectivamente. 100 Na Figura 6 é apresenOs resultados obtidos estão 80 tada a regressão polinomial em concordância com OliAPSEM = 62,163 + 22,504 Osm - 1,6154 Osm² 60 R² = 0,9826 para volume de raízes (VR) veira et al. (1995), que cons40 em função da dose do fertataram a produção de mu20 tilizante de liberação lenta. O das de melhor qualidade com 0,0 máximo valor de VR (3,11 a utilização de um ferti8 4 6 10 2 12 0 Doses de Osmocote (g/L) cm3/planta) foi obtido com a lizante de liberação lenta (forDados Obs. (COM) Dados Obs. (SEM) Estimativa (COM) Estimativa (COM) dose de 6,8 g/L. mulação 17-09-13), anteciNa Figura 7 verifica-se FIGURA 8 – Altura de plantas em relação à dose do fertilizante pando em 40 dias a liberação o resultado da regressão poli- de liberação lenta, com (C) e sem (S) fertirrigação. de mudas com considerável nomial para a área foliar (AF) economia de mão-de-obra. em função da dose do fertilizante de se que nas duas menores doses do ferti- Andrade Neto (1998) também obserliberação lenta. Segundo o resultado da lizante de liberação lenta (0 g/L e 2,73 vou resultados superiores em mudas de regressão, a máxima área foliar será de g/L) houve efeito significativo e positivo cafeeiro com o uso de fertilizante de 149,8 cm2 e pode ser obtida aplicando- da utilização de fertirrigação. O mesmo liberação lenta, em relação à aplicação se 9,1 g/L do fertilizante de liberação não foi verificado a partir da dose inter- de superfosfato simples e cloreto de lenta. mediária (5,45 g/L), evidenciando-se o potássio ao substrato. Efeito interativo Fertirrigação efeito de fertilização contínua do fertiliO máximo desenvolvimento da x Doses do Fertilizante de zante de liberação lenta. parte aérea (AP, DC, NPF, MSPA e AF) Liberação Lenta - Os resultados do Nas Figuras 8 e 9 observa-se a ocorreu com a utilização de doses do teste de Tukey relativos às características comparação dos resultados da interação fertilizante de liberação lenta entre 7,7 altura de plantas (AP) e número de pares entre doses do fertilizante de liberação e 9,1 g/L, que correspondeu à aplicação de folhas (NPF), em interação com as lenta e fertirrigação, em forma de re- de 1,16 a 1,37 g/L de N, 0,69 a 0,82 g/L doses do fertilizante de liberação lenta, gressão polinomial, para AP e NPF, de P2O5 e 0,92 g/L de K2O. O máximo 3 Observa- respectivamente. Em ambas as figuras, crescimento do sistema radicular (MSR encontram-se na Tabela 3. Altura de Plantas (mm)

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Número de Pares de Folhas (cm)

e VR) ocorreu com a dose de 6,8 g/L, TABELA 3 – Altura de plantas e número de pares de folhas de mudas de cafeeiro em ou 1,02 g/L de N, 0,61 g/L de P2O5 e tubetes, em função das doses de fertilizante de liberação lenta e utilização de fertirrigação1. 0,82 g/L de K2O. Pode-se dizer que a Doses (g/L) Nº Pares Folhas Altura de Plantas (mm) dose mais recomendável de fertilizante (Formulação Com Sem Com Sem de liberação lenta (15-09-12), a fim de 15-09-12) se obter mudas com raízes mais vigoroa a a 2,478 1,850 a 70,025 70,025 Zero sas e proporcionar uma melhor relação a a a 3,603 3,228 a 129,925 129,925 2,73 a entre matéria seca de parte aérea e a a 3,770 3,958 a 146,400 146,400 5,45 raízes, que poderá favorecer o seu 3,853 a 4,040 a 143,450 a 143,450 a 8,18 a a a desenvolvimento no campo, foi de 6,8 3,978 3,835 a 152,925 152,925 10,91 g/L. 1 -Na horizontal, médias seguidas da mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey a Os resultados deste experimento 5% de probabilidade. foram superiores aos encontrados por Tubaldini (1997) das mudas, até as doses NPF(COM) = 2,5878 + 0,3377 Osm - 0,02 Osm² para DC, AP, MSPA e MSR, R² = 0,9271 que maximizaram os apesar de um período experesultados para parte 4 rimental menor (146 dias) aérea (7,7 a 9,1 g/L) e que o citado pelo autor (180 sistema radicular (6,8 g/ dias). Isso indica uma melhor L). 3 adequação da formulação Como o desenvolviutilizada para a produção de mento do sistema radiNPF(SEM) = 1,8805 + 0,5748 Osm - 0,0366 Osm² 2 mudas de cafeeiro neste cular, é de fundamental R² = 0,9956 experimento. No experiimportância para a immento de Tubaldini (1997), plantação da lavoura 1 os resultados superiores aos cafeeira, recomenda-se deste experimento para NPF que seja priorizado o 0 8 4 6 10 2 12 evidenciam o efeito do auequilíbrio entre a parte 0 Doses de Osmocote (g/L) mento da concentração de aérea e o sistema radicuCOM Obs. SEM Obs. COM Est. COM Est. nitrogênio na formulação de lar no desenvolvimento FIGURA 9 – Número de pares de folhas em relação à dose de liberação lenta. Pelos resulta- fertilizante de liberação lenta, com (C) e sem (S) fertirrigação. das mudas na fase de dos de maximização viveiro. encontrados, sugerem o uso de doses sário que os experimentos com mudas A fertirrigação pode ser usada para menores que a recomendação de de cafeeiro em tubetes sejam também complementar a adubação inicial no fertilizante de liberação lenta dada pelo avaliados quanto ao comportamento substrato com menores doses do fertiliautor (9,1 g/L) para a formulação 18- dos diferentes tratamentos no campo. zante de liberação lenta. As doses mais 05-09. Neste experimento, foi utilizada adequadas de fertilizantes aplicados por CONCLUSÕES - Doses crescentes meio da fertirrigação e por fontes de uma formulação 15-09-12 e, portanto, a quantidade de nutrientes foi diferente. do fertilizante de liberação lenta (15- liberação lenta deverão ser determinaA dose recomendada pelo autor 09-12) resultaram em melhor qualidade das pela análise de custos. forneceu 1,64 g/L de N, 0,46 g/L de P2O5 e 0,82 g/L K2O, com maior dose de nitrogênio do que neste experimento e conseqüente maior crescimento da parte aérea das mudas. As maiores diferenças entre as duas formulações são os teores de nitrogênio e fósforo. No presente experimento, procurou-se valorizar o desenvolvimento do sistema radicular, justificando a dose ideal e a formulação utilizada. A tecnologia de produção de mudas de cafeeiro tem evoluído rapidamente, incorporando técnicas e insumos na obtenção de plantas mais vigorosas e livres de problemas fitossanitários. É neces-

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Viveiro Monte Alegre promove demonstração de plantio mecanizado de mudas produzidas em tubetes Buscando difundir a tecnologia da produção de mudas de café em tubetes na região da Alta Mogiana, foi realizada no final do mês de janeiro uma demonstração de campo no Viveiro Monte Alegre (Ribeirão Corrente/SP). A atividade consistiu em promover o plantio mecanizado das mudas de café produzidas em tubetes e foi organizado através de uma parceria entre Viveiro Monte Alegre e a AgroPL, empresa de consultoria e aluguel de máquinas de Franca (SP). Cerca de 40 produtores e Engenheiros Agrônomos participaram do André Cunha apresenta as vantagens da produção de mudas de café em tubetes. evento. André Cunha – que ao lado do irmão viveirista precisa se adaptar ou então biental, pela redução do uso de agroLuis Cláudio (Cooperfran) e do pai Luiz terá dificuldade em garantir a sanidade tóxicos, bem como com a eliminação Cunha dirigem a Fazenda e o Viveiro do viveiro (principalmente por ataque de resíduos plásticos na lavoura”, Monte Alegre – relatou os resultados já de nematóides fitoparasitas)”, explica explica o empresário. obtidos com as técnicas de formação e André. Plantio a Campo – Os presentes Procurando encontrar a técnica mais plantio de mudas de café em tubetes. Segundo ele, alguns resultados já adequada para a produção de mudas puderam conhecer de perto a tecnopodem ser avaliados em campos expe- de café em substratos, o Viveiro Monte logia de plantio mecanizado de mudas rimentais montados em anos anteriores Alegre vem fazendo nestes anos inú- de café em tubetes. Danilo Vaz, diretor na Fazenda Monte Alegre e outras fa- meras pesquisas com tubetes, substratos, da AgroPL respondeu a todas as dúvidas zendas da região, onde compara-se mu- adubações, etc em parcerias com em- dos produtores e profissionais do setor, das convencionais (saquinhos) com mu- presas como a Valoriza Soluções Agrí- principalmente quanto à redução dos custos de plantio, menor necessidade de das de tubetes, plantadas nas mesmas colas (Patos de Minas/MG). Na presença de cafeicultores tradi- mão-de-obra, uniformidade e redução condições. “ A proibição do uso do brometo de metila para a desinfecção da cionais da região, o viveirista André no tempo de plantio. Os produtores presentes se mosterra e esterco – necessários para a pro- Cunha destacou, ainda, uma série de dução de mudas convencionais nos sa- vantagens na produção de mudas de traram otimistas com o novo processo quinhos , é a principal razão pela ado- café em tubetes. “Há uma facilidade no de plantio. Mas lembraram a necesção do uso de substratos esterilizados manuseio, maior uniformidade, melhor sidade de uma maior oferta de máenraizamento das mudas, sistema radi- quinas, já que se houver uma grande industrialmente nos tubetes“. A produção de mudas em tubetes cular preservado no plantio e trans- demanda pelo plantio mecanizado, a está sendo implantada no Viveiro Monte porte; otimização do transporte, agili- falta destas máquinas poderá comAlegre de forma gradativa já há três dade no plantio e bom pegamento a prometer o plantio nas épocas mais anos. É um avanço na tecnologia. O campo; ressaltando a preservação am- recomendadas. FOTO: Editora Attalea

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ADUBOS, SEMENTES, DEFENSIVOS; ELABORAÇÃO E IMPLANTAÇÃO DE PROJETOS DE IRRIGAÇÃO; ASSISTÊNCIA TÉCNICA ESPECIALIZADA

3720-2323 - 3720-2141 R. Elias Abrão, 110, São Joaquim - Franca (SP)


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Participantes acompanham o plantio mecanizado.

Verificam as mudas após o plantio mecanizado.

19 Revista Attalea® Agronegócios - Fev 2009 -

Os agrônomos Ricardo de Paula e Luiz Fernando Puccinelli ouvem as explicações de André Cunha.

Quatro operários são necessários para o plantio mecanizado das mudas de café produzidas em tubetes.


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20 Revista Attalea® Agronegócios - Fev 2009 -

Cocapec prevê redução em torno de 35% a 45% na safra A Cocapec - Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuaristas de Franca e Região - deu início ao seu levantamento da safra 2009 de café, que abrange a região da Alta Mogiana Paulista (abrangendo os municípios de Rifaina, Pedregulho, Jeriquara, Cristais Paulista, Franca, Ribeirão Corrente, São Jose da Bela Vista, Restinga, Patrocínio Paulista e Itirapuã) e três municípios do sudoeste de Minas Gerais (Ibiraci, Claraval e Capetinga), totalizando cerca de 49 mil hectares destinados à atividade cafeeira. Segundo o diretor-secretário da Cooperativa, Ricardo Lima de Andrade, para a realização do trabalho de campo, os agrônomos foram devidamente preparados para que o levantamento seja realizado de maneira uniforme. “A padronização da equipe em nível de campo é extremamente

necessária, pois, assim, adota-se a mesma conduta, a mesma metodologia em todas as áreas a serem consultadas”, explicou. Ele disse que serão visitados cerca de 500 pontos desses 49 mil hectares – sorteados aleatoriamente – para a realização do levantamento. “Assim, teremos ciência de como está a florada e, consequentemente, qual a expectativa de produção para cada uma dessas áreas”, relatou. Levando-se em conta um universo representativo a ser consultado pelos agrônomos da Cocapec, o qual considera as variações de região e subregiões existentes, Andrade sinalizou para a possibilidade de uma quebra em torno de 35% a 45% na comparação com a safra do ano anterior, e não de 19% como foi divulgado, equivocadamente, por alguns veículos de comunica-

ção. “No ano passado, tínhamos uma previsão inicial de que seriam colhidas cerca de 1,580 milhão de sacas de 60 kg, mas a consolidação dos dados nos mostrou algo em torno de 1,380 milhão, ou seja, uma quebra entre 10% e 12% do projetado inicialmente”, calculou o diretor da Cocapec, que completou alegando que, “mesmo que tenha ocorrido um recorde no recebimento da cooperativa em 2008, não se atingiu o volume que era esperado”. Portanto, realizando um exercício de futurologia, podemos prever que os produtores de café da região de atuação da Cocapec devem colher uma safra cujo volume oscile entre 759 mil e 897 mil sacas de 60 kg de café em 2009. “Após o levantamento de campo, realizamos a consolidação dos dados com o trabalho de escritório. Feito isso, provavelmente no fim deste mês de fevereiro deveremos apresentar os dados da estimativa oficial à safra de café de nossa região”, concluiu Andrade. (FONTE: Blog do Café )

EXPOCAFÉ 2009

E

SILVA & DINIZ COMÉRCIO E REPRESENTAÇÃO DE CAFÉ LTDA. Av. Wilson Sábio de Mello, 1490, São Joaquim

NOVOS TELEFONES Tel. (16) 3402-7026 / 3402-7027 3402-7028 / 3402-7029

UFLA inicia os preparativos Ao final da edição anterior, quando foram realizados negócios acima de R$ 200 milhões em apenas três dias e os expositores deixavam reservados seus estandes para o próximo ano, a diretoria da EXPOCAFÉ visava reestruturar o projeto, adequandoo ao crescente número de visitantes, expositores, caravanas de estudantes, produtos e produtores. As atividades de campo, demonstrativos de máquinas, defensivos e fertilizantes mereceram para este ano uma aumento de 20% na área na Fazenda Experimental da EPAMIG, na cidade de Três Pontas, no sul de Minas, onde se realiza o evento. A EXPOCAFÉ 2009 contará com 250 estandes, plots e quiosques, superando os números anteriores. A previsão de negócios a serem realizados deve manter-se no aumento de 15%, levando-se em conta a cautela nos mercados mundiais. Nesta edição, a EXPOCAFÉ são esperados cerca de 45 mil visitantes que encontrarão maior diversidade em produtos e serviços para a pequena e grande propriedade cafeicultora. Poderão conhecer técnicas para secagem do café, melhorias do solo, fungicidas, adubação e outros. (INFORMAÇÕES: www. expocafe.com.br ou (35) 3829.1764.


Mercado Físico Café Arábica - Fonte Gazeta Mercantil e Café & Mercado. (Média mensal, R$ /sc 60kg) SÃO PAULO • Mogiana - Fino/Extra Fino - Bica Dura 6 • Marília/Garça - Bica Dura 6 - Bica Rio 7

MINAS GERAIS • Sul/Sudoeste - Bica Fina - Bica Dura 6 - Cereja Desc. • Cerrado - Fino/Extra Fino - Bica Dura 6 - Cereja Desc.

AGO

ANO 2008 NOV SET OUT

DEZ

249,83 254,94 260,58 265,80 266,65 245,70 261,63 257,44 262,65 263,32 242,50 259,46 255,53 257,15 258,14 219,65 224,45 216,99 205,15 201,54

AGO

ANO 2008 SET OUT NOV

DEZ

249,78 264,84 260,28 264,95 266,30 245,88 261,53 257,29 261,95 263,83 252,31 269,67 264,58 273,10 276,18 250,43 265,24 260,68 265,80 266,75 246,27 261,63 257,41 262,70 263,53 265,61 273,56 270,83 276,95 277,66

Preços de Insumos Cafeicultura - Fonte IEA (Em R$)

Mês

Out/07 Jan/08 Ago/08 Out/08

• INSETICIDAS DE SOLO Verdadero 600WG (1kg) 424,31 Baysiston GR (20kg) 250,73 Temik 150 (20kg) 379,37 Actara 250WG (100g) 29,83 • BICHO-MINEIRO Decis 25CE (1L) Polytrin 400/40 CE (1L)

432,14 251,03 367,13 28,86

453,56 253,61 378,54 29,76

476,54 243,23 364,21 30,31

37,92 37,11

39,03 37,59

40,44 38,71

127,06 81,77 84,26 54,97 77,53

127,83 83,36 83,91 55,32 75,79

21,28 50,82 80,68

23,00 49,95 85,76

38,49 36,84

• FERRUGEM, PHOMA e CERCOSPORA Priori Xtra (1L) 124,33 124,45 Opera (1L) 82,26 83,73 Alto 100 (1L) 92,58 92,09 Folicur 200CE (1L) 63,68 61,61 Opus (1L) 102,24 79,44 • HERBICIDAS Roundup (1L) 16,43 16,59 Goal BR (1L) 56,48 51,63 Trop (5L) 59,67 59,90

Principais Países Importadores - Fonte MIDC, ABIC e Café & Mercado CAFÉ VERDE

Jan a Nov 2007 volume1 preço2 receita3

Alemanha 5.025.063 EUA 4.498.583 Itália 2.677.762 Bélgica 1.278.407 Japão 1.873.527 TOTAL 24.804.301

CAFÉ SOLÚVEL EUA Rússia Ucrânia Reino Unido Japão TOTAL

TORRADO E MOÍDO

136,73 687.052 5.182.150 131,13 589.888 4.564.900 140,28 375.638 2.882.900 139,67 178.554 2.280.183 145,59 272.772 1.770.383 136,20 3.378.317 26.115.350

Jan a Nov 2007 volume1 preço2 receita3 480.883 461.929 190.692 222.582 130.972

Jan a Nov 2008 volume1 preço2 receita3

109,01 170,90 172,02 164,29 172,01

52.422 78.942 32.802 36.568 22.529

Jan a Nov 2007 volume1 preço2 receita3

159,47 826.409 154,51 705.326 165,56 477.300 159,68 364.089 168,04 297.503 158,21 4.131.674

Jan a Nov 2008 volume1 preço2 receita3 502.363 359.017 199.507 188.890 179.573

143,18 192,72 202,04 187,92 197,13

71.926 69.188 40.309 35.497 35.399

Jan a Nov 2008 volume1 preço2 receita3

EUA 66.831 256,27 17.127 83.062 Itália 16.635 206,24 3.431 17.116 Argentina 4.041 293,95 1.188 11.265 Japão 3.648 225,36 822 6.049 Paraguai 1.161 155,37 180 1.289 TOTAL 1 -Volume em sacas de 60kg; 2 - Preços em US$/sc de 60kg; 3

287,63 231,24 217,04 254,91 192,37

23.891 3.958 2.445 1.542 248

Variação 2007/2008 volume preço receita 3,13% 1,47% 7,66% 78,36% -5,51% 5,29%

16,64% 20,28% 17,83% 19,57% 18,02% 27,06% 14,32% 103,91% 15,42% 9,07% 16,16% 22,30%

Variação 2007/2008 volume preço receita 4,47% -22,28% 4,62% -15,14% 37,11%

31,34% 37,21% 12,77% -12,36% 17,45% 22,88% 14,39% -2,93% 14,60% 57,13%

Variação 2007/2008 volume preço receita 24,29% 2,90% 178,74% 65,84% 11,00%

12,24% 39,49% 12,12% 15,37% -26,17% 105,81% 13,11% 87,59% 23,82% 37,43%

C A F É

21

Particip. Volume 2008 2007 12 MÉDIA 20% 18% 11% 5% 8% 100%

19% 17% 11% 9% 7% 100%

Particip. Volume 2008 2007 12 MÉDIA 17% 16% 7% 8% 5%

17% 12% 7% 6% 6%

Particip. Volume 2008 2007 12 MÉDIA 67% 17% 4% 4% 1%

65% 13% 9% 5% 1%

- Receita em mil US$

Rua Campos Salles, 2385 Centro - Franca (SP) Tel. (16) 3722-3400 - Fax (16) 3722-4027

Escritório Contábil

M E R C A D O

Rua José de Alencar, 1951 Estação - Franca (SP) Tel. (16) 3722-2125 - Fax (16) 3722-4938

ABERTURA DE FIRMAS, ESCRITAS FISCAIS E CONTABILIDADE EM GERAL

Revista Attalea® Agronegócios - Fev 2009 -


A importância dos MICRONUTRIENTES para a agricultura

- Fev 2009 -

Os vegetais são constituídos, em média, por 96% de substâncias orgânicas (CH2O), às quais foram incorporadas no material vegetal por meio da fotossíntese, complementado por 4% de minerais. A composição da fração mineral (4%) é variável e depende de fatores como tipo de planta, da idade e das condições de desenvolvimento, principalmente da disponibilidade dos elementos no solo. Entre esses elementos, 14 são considerados essenciais, sem os quais a planta não completa o ciclo de vida, sendo eles: N (nitrogênio), P (fósforo), K (potássio), Ca (cálcio), Mg (magnésio), S (enxofre) - conhecidos como os macronutrientes - e Zn (zinco), Fe (ferro), Mn (manganês), Cu (cobre), Ni (níquel), Cl (cloro), B (boro) e Mo (molibdênio) - conhecidos como os micronutrientes. Os micronutrientes são assim considerados não por serem de pouca importância para o desenvolvimento das plantas, mas porque são requeridos em baixas concentrações, da ordem de miligramas por quilograma de matéria seca vegetal, enquanto os macronutrientes são encontrados em concentrações de gramas por quilograma de matéria seca. Os micronutrientes desempenham importante papel no metabolismo das plantas, sendo constituinte de enzimas ou atuando como ativadores. Apesar da pequena quantidade requerida de nutrientes minerais, sem eles não há vida. A fotossíntese, processo 1 - Professor Dr. do Departamento de Produção Vegetal da ESALQ/USP 2

- Aluna de Mestrado.

ARTE: Agroplanta

22 Revista Attalea® Agronegócios

de conversão de luz, CO2 e água em energia e biomassa, por exemplo, CH2O é totalmente dependente dos elementos minerais. A formação do açúcar CH2O na fotossíntese, matéria prima de todos os processos vegetais depende de cobre pela sua função no transporte de energia via plastocianina, proteína em cuja composição há cobre e que representa 70% do cobre foliar. O Cu desempenha importante função na constituição da oxidase do ácido ascórbico (vitamina C) e da citocromo-oxidase, que se encontram nos cloroplastos, e participa de enzimas de oxidorredução, às quais enzimas associadas ao Cu reagem com O2 e reduzem esse gás em H2O2 ou H2O. O Cu também faz parte da enzima fenoloxidase catalisadora da conversão de compostos fenólicos em cetonas, durante a formação da lignina e da cutícula. Além disso, o Cu influencia a fixação do N2 pelas leguminosas, sendo essencial no balanço de nutrientes que regulam a

José Laércio Favarin 1 Ana Paula Neto 2

Apesar da pequena quantidade requerida de nutrientes minerais, sem eles não há vida.

transpiração na planta. O manganês participa da hidrólise da molécula de água, necessária para a formação de ATP, moeda energética dos vegetais. A partir do açúcar formado (CH2O) a planta continuará o seu crescimento iniciado com a germinação da semente, desde que haja zinco e boro. O zinco está relacionado com a expansão celular pela sua ação na formação do triptofano, precursor na biossíntese de reguladores do crescimento (AIA). Além disso, atua na formação da clorofila, é componente estrutural de diversas enzimas e ativa outras, como a trifosfato desidrogenase, essencial na glicólise e na degradação de proteínas. O boro está presente em cada nova célula, cuja formação depende das reservas de amido constituída a partir do açúcar pela ação da fosforilase do amido, que tem sua atividade dependente de B. O amido, ao ser metabolizado, fornece energia para o crescimento radicular, assim como das estruturas reprodutivas. Além disso, o B é importante no florescimento, crescimento do tubo polínico, nos processos de frutificação, no metabolismo do nitrogênio e na atividade de hormônios. As plantas que retiram o nitrogênio da atmosfera e fixam biologicamente o N como a soja, dependem da atividade da nitrogenase, uma molibdoenzima que se forma nos nódulos na presença de Mo. Em plantas vasculares, o Mo foi encontrado como componente estrutural da redutase do nitrato, enzima do metabolismo do nitrogênio, que converte NO3- a NO2-, primeiro passo na formação de aminoácidos e proteínas. A nitrogenase não tolera excesso de oxigênio, por isso é produzida a leghemoglobina, a qual controla o nível desse gás no interior dos nódulos. Para a pro-


dução de leghemoglobina (cor vermelha dos nódulos) a soja depende de cobalto (Co), por fazer parte da constituição da vitamina B12, necessária na síntese de leghemoglobina. Por isso, esses micronutrientes têm sido aplicados nos tratamentos de sementes. O ferro está envolvido no metabolismo basal da planta (reações de oxidoredução), fazendo parte de proteínas como a ferredoxina, responsável pela transferência de elétrons da fotossíntese. Além disso, participa do metabolismo no nitrogênio e na síntese da clorofila. O cloro atua no processo de liberação de O2 no fotossistema II, provavelmente como cofator da proteína que contém Mn. Desempenha também funções na regulação estomática na fotossíntese, ativação de enzimas (amilase, asparagina-sintetase e ATPase do tono-

plasto). No entanto, a deficiência deste elemento é muito rara em condições naturais, pois a disponibilidade de cloretos na natureza é alta e normalmente encontra-se nos tecidos em concentrações muito acima das necessidades das plantas. Em geral, há registro de toxicidade provocado por absorção excessiva de cloro, ligada aos problemas de salinização dos solos. O níquel foi o último elemento identificado como essencial às plantas. Faz parte da enzima urease, necessária à hidrólise enzimática da uréia, transformando-a em NH4+ e CO2. A deficiência de micronutrientes pode ocorrer pela falta do elemento em quantidades suficientes no solo e por estarem na forma indisponível às plantas. A disponibilidade dos micronutrientes é afetada por diversos fatores como pH, matéria orgânica, textura, atividade microbiana, DEFICIÊNCIAS CAUSADAS PELO drenagem, condições de e climáticas. DÉFICIT DE MICRONUTRIENTES oxidação-redução Em pH alto ocorre diminuição da solubilização e absorção de Cu, Zn, Fe e Mn e, por outro lado aumenta a disponibilidade de Mo. Solos com elevados teores de matéria orgânica (MOS) apresentam altos teores de micronutrientes. No entanto, em alguns casos as plantas cultivadas nesses solos apresentam Deficiência de Boro baixas concentrações, por exemplo, de cobre, provavelmente em razão da elevada fixação dos micronutrientes pela MOS. A textura influencia no teor de micronutrientes, pois os solos arenosos, além de apresentarem menor capacidade de troca catiônica (CTC), tendem a possuir menores teores, devido ao risco de lixiviação. Os microrganismos podem Deficiência de Zinco atuar liberando nutrientes na decomposição da MOS. O processo de oxidação-redução interfere na disponibilidade de Fe e Mn. Já a redução provocada por alta umidade pode aumentar a disponibilidade do Cu, Mo e Zn, chegando a causar toxidez. Elevadas temperaturas do solo favorecem a absorção de micronutrientes e temperaturas baixas reduzem a taxa de mineDeficiência de Manganês ralização da MOS, afetam a respiração indispensável para

O uso dos micronutrientes foi impulsionado pelos seguintes fatores: • Ocupação do Cerrado, deficientes em micronutrientes; • Uso da calagem, que reduz a disponibilidade; • Maior exportação pelos grãos, que acentua o empobrecimento do solo pelo aumento da produtividade das culturas, graças ao melhoramento genético; • Uso de fórmulas concentradas de NPK, sem micronutrientes e; • Redução da disponibilidade de micronutrientes pelas interações que ocorrem no solo, quando são usadas doses elevadas de NPK.

fornecer energia a absorção ativa de Cu, Zn e Mn, assim como afeta a sua disponibilidade por estar imobilizado na MOS. Até meados da década 1980 a adubação das plantas fundamentava-se quase, exclusivamente, na correção dos solos pela aplicação de calcário (elevação do pH), com o fornecimento de cálcio e magnésio e aplicação corretiva e em sulcos de fósforo e potássio. Entretanto, apesar do aumento do potencial produtivo das plantas, propiciado pelos avanços do melhoramento genético e a eficiência dos produtos para o controle de fatores bióticos – plantas daninhas, pragas e doenças, as produtividades agrícolas não aumentavam. Assim, iniciou a preocupação com a “adubação equilibrada”, a qual deveria ir além do uso de zinco, único micronutriente usado com freqüência. De forma gradual se deu a adoção de outros micronutrientes na adubação, como boro, manganês, cobre e molibdênio, primeiramente via solo e, depois, por meio do tratamento de sementes e aplicação foliar. Com a adoção crescente do plantio direto a partir da década 1990, associada mais recentemente ao emprego de plantas transgênicas, os micronutrientes têm sido valorizados e, aparentemente, haverá um novo impulso em direção da “adubação equilibrada”, em razão dos resultados de pesquisas que evidenciam a interação negativa do glifosato na absorção e translocação Jolley et al., 2004; desses nutrientes (Jolley Eker et al., 2006; Santos et al., 2007; Ozturk et al., 2008; Gordon, 2007 2007).

F E R T I L I Z A N T E S

23 Revista Attalea® Agronegócios - Fev 2009 -


C A N A

A Ç Ú C A R

24 Revista Attalea® Agronegócios - Fev 2009 -

O CTC - Centro de Tecnologia Canavieira, principal entidade de pesquisa e desenvolvimento de cana do País, completa 40 anos em 2009 com a inauguração da biofábrica de mudas de cana-de-açúcar, em Piracicaba (SP), que será capaz de produzir até um milhão de mudas de cana por mês. Segundo o pesquisador Marcos Virgílio Casagrande, pesquisador do instituto e coordenador do programa “Muda Sadia”, a readequação de um dos prédios do centro está em fase de conclusão, para que a fábrica entre em funcionamento logo no início de março. O CTC terá ainda, em sua sede, a primeira planta-piloto brasileira de etanol celulósico para a produção do combustível a partir do bagaço e da palha da cana. Casagrande destaca que o espaço, de cerca de mil metros quadrados, foi adaptado para poder abrigar a produção mensal da biofábrica, que será mais de 20 vezes superior em relação ao número de mudas de cana produzidas no CTC. “Tínhamos uma capacidade de produção de 500 mil mudas anuais e agora teremos o dobro deste índice, só que por mês”, assinala. O investimento previsto é de R$ 1 milhão. O aumento na capacidade produtiva do centro é resultado de uma série de investimentos em modernização e assepsia do laboratório. “Tudo foi feito com um rigor idêntico ao de uma UTI (Unidade de Terapia Intensiva) hospita-

Mês Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Janeiro Fevereiro Março Ajuste Final 1

- Em R$/kg ATR;

FOTO: CTC

D E

Piracicaba constrói biofábrica de mudas de cana-de-açúcar

CTC6 e CTC7, mudas desenvolvidas pelo Centro de Tecnologia Canavieira

lar”, informa. A otimização do processo permitiu ao CTC produzir plantas que tenham uma taxa de multiplicação de duas mil novas mudas. Funciona assim: cada muda original produzida no laboratório é capaz de gerar em média duas mil novas plantas. USO - O pesquisador explica que as mudas produzidas serão utilizadas pelos associados do CTC (cerca de 180, entre usinas brasileiras e produtores de cana). “Apesar da produção em laboratório, o uso é prático e de acordo com as características de cada associado”. Para maximizar este atendimento, o CTC trabalha desde 2005 na produção laboratorial de quatro gerações de mudas, com 18 variedades, cada qual ideal em uma região, de acordo com o tipo de solo e clima. “A biofábrica está intrinsecamente relacionada a projetos como o ‘Muda Sadia’, que buscam mapear uma produção de mudas de altíssima qualidade”, assinala. “Os

ganhos são impressionantes, já que o CTC disponibiliza uma infinita variedade de plantas que pode ser aplicadas de acordo com o perfil de cada unidade produtora que a gente atende”. SANIDADE - As mudas têm uma garantia de sanidade que não é possível no cultivo de campo, onde estão sujeitas às pragas comuns. Uma das mais conhecidas é o “bicudo da cana-deaçúcar” (Sphenophorus levis), praga que se alastrou no país por meio do transporte de matrizes, que não ataca as mudas produzidas em laboratório. “A palavra por trás de todo este investimento é a sustentabilidade de toda cadeia produtiva”. ETANOL CELULÓSICO - O CTC também terá a primeira plantapiloto brasileira de etanol celulósico para a produção do combustível a partir do bagaço e da palha da cana. O bagaço e a palha que ficam no campo contêm açúcares na forma de celulose. Um dos objetivos da plantapiloto é transformar essa celulose em um tipo de açúcar acessível para a levedura transformá-lo em etanol, chamado etanol celulósico. A produção de etanol existente hoje no Brasil está na chamada primeira geração de produção de etanol, na qual a partir da cana-de-açúcar produz-se sacarose e então etanol. O combustível celulósico já responde pela chamada segunda geração.

Sistema de Remuneração da Cana-de-Açúcar - Fonte Consecana 2004/2005 2005/2006 2006/2007 2007/2008 Cana Cana Cana Cana Mensal1 Mensal1 Mensal1 Mensal1 Campo2 Campo2 Campo2 Campo2 0,1957 0,2173 0,2249 0,2375 0,2352 0,2485 0,2614 0,2555 0,2550 0,2680 0,2773 0,2445 2

21,37 22,49 23,15 23,76 24,10 24,66 25,26 25,63 25,88 26,14 26,48 26,70

0,2269 0,2238 0,2438 0,2488 0,2654 0,2870 0,2848 0,3179 0,3569 0,3743 0,4027 0,3083

24,78 24,61 25,26 25,74 26,36 27,23 27,79 28,62 29,57 30,53 31,69 33,66

- Em R$/ton, com índice 109,19 kg ATR.

0,3830 0,3897 0,3920 0,3645 0,3350 0,3149 0,3124 0,3155 0,3152 0,3028 0,3089 0,3430

41,82 42,20 42,38 41,71 40,76 39,80 39,06 38,55 38,29 37,90 37,63 37,45

0,2632 0,2299 0,2243 0,2268 0,2261 0,2174 0,2370 0,2418 0,2402 0,2529 0,2628 0,2443

31,65 29,34 28,05 27,36 26,91 26,42 26,38 26,46 26,46 26,55 26,74 26,67

2008/2009 Cana Mensal1 Campo2 0,2506 0,2385 0,2493 0,2498 0,2685 0,2920 0,3015 0,3116 0,3238

27,53 26,93 26,97 27,02 27,41 28,02 28,54 28,97 29,44


FOTO: Christian Johnson

Belo Horizonte (MG) sediará em junho a 12ª Expocachaça

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Linha de engarrafamento do Alambique Santa Elisa (Patrocínio Paulista/SP)

A SuperAgro é hoje o maior evento em montagens especiais do agronegócio de Minas Gerais, com 67 mil m2 de pavilhões cobertos, 14 mil m2 de áreas construídas, numa área de 145 mil m2 , com um público de cerca de 100 mil visitantes em 4 dias de eventos , que ocupa toda a hotelaria de Belo Horizonte (MG) e muda o ritmo da cidade. Uma safra recorde de atrações e bons negócios. Integrando-se às outras cadeias produtivas do agronegócio, a Expo Cachaça, que acontece de 04 a 07 de junho, realizará em 2009 a sua 12ª edição, ancorando novamente, a convite do Governo de Minas, através da SEAPA, a 5ª Superagro. Além de atrair milhares de visitantes, sua participação no evento, junto com os demais vértices, é importante para dar ao evento um perfil empresarial, diferenciado e inovador, comercial mente atraente e auto-sustentado. Os resultados colocam Minas Gerais no centro do cenário de oportunidades do setor : o evento movimentou mais de 60 milhões de reais em negócios e recebeu mais de 100 mil visitantes atraídos por uma rica agenda de atrativos. Veja no site as fotos e os vídeos da Expocachaça: evento pioneiro, a maior e a mais conceituada vitrine do

agronegócio da cachaça. A Expocachaça, hoje incorporada como âncora da SuperAgro SuperAgro, está com seu Portal da edição 2009 no ar. Mais interativo: com vídeos, fotos, depoimentos, informações de interesse do setor e do público, links, redes sociais e muito mais, confira no site: www. expocachaca.com.br A 12ª. Expocachaça em seus dois momentos: Feira e Festival, adota uma concepção moderna de evento, com foco na “entretenização” do espaço e no “mixing” de atividades e produtos. Uma concepção que adota a visão atual da aceitação de conceitos de “evento-entretenimento” e “eventoespetáculo”, que amplia enormemente o seu escopo. No caso da Expocachaça, a sua incorporação em 2005 à SuperAgro no Expominas, ampliou forçosamente a sua natureza e proposta original, crescendo o volume de seu público, pelas facilidades que o novo espaço do Expominas oferece. A “entretenização” dos eventos é fruto de uma constatação: “Para atrair a atenção dos visitantes os estandes e os espaços da feira tem que se tornar “verdadeiros parques de diversão”, afirma Francisco Paulo de Melo Neto. (FONTE: Expocachaça 2009).


CONTABILIDADE RURAL

Contrato de Safra FOTO: Editora Attalea

A contratação de trabalhadores rurais no período de safra, apresenta-se especialmente complexa. O empregador enfrenta grande dificuldade para orientar sua conduta dentro das prescrições legais. Por outro lado, o trabalhador preocupa-se com unicamente com sua sobrevivência imediata, considerando apenas o recebimento do salário, sem avaliar aspectos importantes, como, por exemplo, os relativos à saúde e segurança no ambiente de trabalho. O desconhecimento das regras jurídicas aplicáveis, é o primeiro obstáculo a ser superado. Esclarecer o cidadão que produz e o que trabalha a respeito das obrigações e dos direitos básicos que devem ser observados na relação entre eles é o primeiro passo a ser dado para construção de uma realidade social mais responsável e justa. O contrato de safra é aquele que tem sua duração dependente da influência das estações nas atividades agrárias, assim entendidas as tarefas normalmente executadas no período compreendido entre o preparo do solo para o cultivo e a colheita. Trata-se de trabalho não eventual, inserido na atividade do produtor rural. É um contrato de prazo determinado, não podendo ser prorrogado após o

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término da safra. Pode, entretanto, ser sucedido por outro contrato de trabalho. CONTEÚDO DO CONTRATO O contrato deve ser elaborado contendo no mínimo os seguintes caracteres: Identificação completa do empregador e do empregado; função do empregado; o período do contrato (conforme a safra); o salário (na safra o correto é por produção); a periodicidade dos pagamentos (mensal); os horários de trabalho e os períodos de descanso; a especificação das tarefas; a proibição de ajuda de familiares, principalmente de menores de 16 anos. TÉRMINO DO CONTRATO No final da safra, findo normalmente o contrato de safra, o empregador pagará ao empregado: • Saldo de salários; • 13º salário proporcional aos meses trabalhados;

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•Férias proporcionais aos meses trabalhados, mais um terço. O trabalhador terá o direito de sacar os depósitos do FGTS, inclusive os relativos aos saldo de salário e ao 13º salário. Não incide FGTS sobre as férias indenizadas. Se o contrato for rescindido antes do prazo final, por iniciativa do empregador, sem justa causa, o empregado receberá todos os valores referidos anteriormente, levantará o FGTS e ainda receberá uma indenização equivalente à metade do valor a que teria direito até o fim da safra (art. 479 CLT). Nesse cálculo, incluem-se os salários, 13º salário e as férias proporcionais (calculadas pela média) mais um terço. Se a rescisão se der por iniciativa do empregado, este terá a receber o saldo de salários, férias acrescidas de 1/3 e o 13º proporcional. Não terá direito ao saque do FGTS. O termo de rescisão deve ser preenchido em quatro vias, sendo a quarta via da empresa e as demais do empregado. O prazo para realização do acerto rescisório, no caso do contrato de safra, é até o primeiro dia útil seguinte ao último dia trabalhado.


OPINIÃO

Gestão da Cafeicultura FOTOS: Editora Attalea

Willie de Oliveira Cintra

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Em tempos de crise é necessário mais do nunca uma ótima gestão para tentar atenuar os reflexos por ela trazida. Na cafeicultura não é diferente, onde torna-se necessário o tratamento da propriedade como uma empresa agrícola. Para isso o produtor deve se programar, planejar sua atividade anual antes de começar um novo ciclo, para não se frustrar no futuro próximo. A gestão financeira da propriedade está inteiramente ligada à produtividade, onde essa irá diluir principalmente os custos fixos da atividade, como custo da implantação da lavoura, benfeitorias, máquinas, imposto territorial rural (ITR/Taxas). Contudo, o técnico responsável deve trabalhar para atingir a máxima produtividade econômica, ou seja, não adianta ter um custo elevado para explorar a máxima produtividade sem levar em consideração o retorno financeiro. O produtor acompanha o preço do café diariamente e sempre espera que o preço aumente para ele ganhar mais. Nem sempre isso acontece e, concomitantemente, vem as frustrações e perguntas, como: “eu deveria ter vendido” ou “por que eu fui esperar”. Para diminuir o risco desta situação acontecer, o produtor deve planejar e conhecer o custo da saca do seu café. Posteriormente, deve estimar uma 1

- Graduando em Agronomia – UFLA. Iniciação Cientifica – Pós Colheita do Café. Diretor de Agronomia – TERRA JR. – Projetos & Consultorias

meta de preço justa para dar continuidade na atividade cafeeira. Definir o custo de produção é o caminho para o produtor-empresário estimar este custo da saca do seu café. O detalhamento dos talhões nessa hora é importantíssimo, onde será possível diagnosticar as lavouras produtivas e as improdutivas, e daí promover tratamentos diferenciados à elas; semelhante à pecuária leiteira, em que a vaca que recebe mais ração é aquela que produz mais leite. Cada talhão terá então um orçamento específico, compatível com sua produtividade, determinando-se assim um orçamento total/anual. Este orçamento deve ser feito depois da colheita, começando um novo ciclo. Com o passar dos anos, o planejamento/orçamento vai sofrendo alterações para que encaixe no sistema da empresa agrícola, conseguindo atingir valores próximos ao realizado no fechamento anual. A organização dentro da empresa é que vai fazer com que o que foi planejado seja executado no tempo definido, otimizando as atividades, evitando desperdícios e diminuindo a tarefa do gestor de certificar de que tudo esta ocorrendo como o previsto. Com isso, o empresário terá ferramentas para auxiliá-lo em tomadas de decisões importantes, como venda futura, compra antecipada de fertilizante (maio/junho) e produtos fitossanitários. Na cafeicultura moderna, a lavoura deve “falar” com o empresário através de resultados, e estes somente são obtidos através de um trabalho profissional.

EVENTOS Prefeitura de Franca e Sebrae firmam parceria A Secretaria de Desenvolvimento, da Prefeitura Municipal de Franca (SP) e o Escritório Regional do SEBRAESP firmaram parceria para o desenvolvimento de ações e atividades que visam beneficar direta e indiretamente as micro e pequenas empresas sediadas no município. Na pauta das reuniões já realizadas nestes dois primeiros meses do ano, já

estão definidas as realizações de quatro atividades:- Seminário da Cadeia Produtiva do Leite (18 de março), Seminário de Agricultura Orgânica (26 de março), 40ª Expoagro (22 a 31 de maio) e 2ª Expoverde (10 a 13 de setembro). Todos os eventos serão realizados no Parque de Exposições “Fernando Costa”.

LIVROS CONSTRUÇÃO E MANEJO DO MINHOCÁRIO Autores: Engª Agrª Valéria Costa Eller de Souza Editora: LK Editora Contato: www. lkeditora.com.br Tel. (61)3349-5107

Este manual técnico busca orientar os leitores sobre as principais operações realizadas no manejo das minhocas, desde o conhecimento da importância da minhoca e do húmus, a sua biologia, o atendimento à legislação vigente, a identificação das espécies criadas em cativeiro, a finalidade da criação, a preparação dos alimentos, a construção de um minhocário, a colocação de substrato no canteiro, como adquirir as matrizes de minhocas, o manejo do minhocário, a colheita até a sua comercialização. IRRIGAÇÃO POR ASPERSÃO EM HORTALIÇAS - 2ªed Autores: Waldir A. Marouelli, Henoque R. Silva e Washington L.Carvalho Silva Editora: Livraria Embrapa Contato: vendas@ sct.embrapa.br. Tel. (61)3340-9999

Este livro, destinado principalmente a produtores e a técnicos da área de produção de hortaliças, apresenta aspectos relevantes sobre qualidade da água e sistemas de irrigação por aspersão, associação da irrigação com doenças e, sobretudo, uma metodologia que permite ao usuário manejar a água de irrigação de forma prática e simples, sem a necessidade de recorrer a equipamentos e cálculos complicados. Em sua segunda edição, o livro traz tabelas para a estimativa do intervalo entre irrigações e da necessidade de água para quinze novas hortaliças, além de dois novos capítulos, um enfocando aspectos sobre a relação solo-água-plantaclima e outro apresentando parâmetros de irrigação para o manejo de água, em tempo real, para mais de quarenta hortaliças.

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