Edição 17 - Revista de Agronegócios - Dezembro/2007

Page 1

Dezembro de 2007

1

R E VI S TA ATTALEA AGRONEGÓCIOS


R E VI S TA ATTALEA AGRONEGÓCIOS

GEOPROCESSAMENTO e GEOREFERENCIAMENTO DE IMÓVEIS RURAIS

Dezembro de 2007

2

AGRONEGÓCIO e DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL EDUCAÇÃO AMBIENTAL e RESPONSABILIDADE SOCIAL AGROINDÚSTRIA CANAVIEIRA AGROENERGIA e SUSTENTABILIDADE PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA e COMERCIALIZAÇÃO

DURAÇÃO 12 MESES LETIVOS

CERTIFICAÇÃO e RASTREABILIDADE DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS

AULAS QUINZENAIS

CORPO DOCENTE ESPECIALIZADO (IAC, ESALQ/USP, IEA, UNESP, FAFRAM/FE, FFLC/FE)

F U N D A Ç Ã O EDUCACIONAL


Dezembro de 2007

3

R E VI S TA ATTALEA AGRONEGÓCIOS


7 - LEITE = Coonai lidera campanha de incentivo ao consumo de leite pasteurizado. 8 - LEITE = Artigo: Qualidade do leite e nutrição da vaca em lactação. 15 - TECNOLOGIA = Agritech Lavrale lança trator agrícola compacto. 16 - GADO DE CORTE = Artigo: Suplementação mineral energética para gado de corte a pasto. 18 - TECNOLOGIA = Artigo: Tecnologia de aplicação de defensivos agrícolas. 20 - CAFÉ = Campagro e BASF organizam palestras dirigida aos cafeicultores da Alta Mogiana. 22 - CAFÉ = Distúrbios na florada confirmam redução de safra. 24 - OVINOS = Manejo de pastagens para ovinos com o uso de cercas eletrificadas móveis. 26 - ARTIGO DO MÊS = Roberto Rodrigues: “Fruticultura, uma nova fronteira para a exportação”.

A Revista Attalea Agronegócios, registrada no Registro de Marcas e Patentes do INPI, é uma publicação mensal, com distribuição gratuita, reportagens atualizadas e foco regionalizado na Alta Mogiana, Triângulo e Sudoeste de Minas Gerais. TIRAGEM 3 mil exemplares EDITORA ATTALEA REVISTA DE AGRONEGÓCIOS LTDA. CNPJ nº 07.816.669/0001-03 Inscr. Municipal 44.024-8 Rua Professora Amália Pimentel, 2394, São José CEP: 14.403-440 - Franca (SP) Tel. (16) 3723-1830 revistadeagronegocios@netsite.com.br DIRETOR E EDITOR Eng. Agrº Carlos Arantes Corrêa cacoarantes@netsite.com.br DIRETORA COMERCIAL Adriana Silva Dias (16) 9967-2486 adrianadias@netsite.com.br

Certificação em Produção Integrada de Mamão FOTO: EMBRAPA

R E VI S TA ATTALEA AGRONEGÓCIOS

JORNALISTA RESPONSÁVEL Rejane Alves MtB 42.081 - SP PUBLICIDADE Sérgio Berteli Garcia (16) 9155-4845 Adriana Silva Dias (16) 9967-2486 ASSESSORIA JURÍDICA Raquel Aparecida Marques OAB/SP 140.385 FOTOS e PROJETO GRÁFICO Editora Attalea Revista de Agronegócios Ltda. COLABORADORES Méd. Vet. Josiane Hernandes Ortolan Luis Humberto Carrião Wolney A. Pereira Junior Dr. Julio Roberto Fagliari Luiz Eduardo dos Santos Dr. Roberto Rodrigues

Dezembro de 2007

4

CTP E IMPRESSÃO Cristal Gráfica e Editora Rua Padre Anchieta, 1208, Centro Franca (SP) - Tel/Fax (16) 3711-0200 www.graficacristal.com.br CONTABILIDADE Escritório Contábil Labor Rua Campos Salles, 2385, Centro, Franca (SP) - Tel (16) 3722-3400 É PROIBIDA A REPRODUÇÃO PARCIAL OU TOTAL DE QUALQUER FORMA, INCLUINDO OS MEIOS ELETRÔNICOS, SEM PRÉVIA AUTORIZAÇÃO DO EDITOR.

O pesquisador Jailson Lopes Cruz, da Embrapa Mancioca e Fruticultura Tropical publica artigo referente a importância do Programa Integrado de Frutas.

Os artigos técnicos e as opiniões e conceitos emitidos em matérias assinadas são de inteira responsabilidade de seus autores, não traduzindo necessariamente a opinião da REVISTA ATTALEA AGRONEGÓCIOS.

Foto da Capa: Attuale Comunicação, Itu (SP) Trator Yanmar Agritech 1145-4, formando canteiros para o plantio de hortaliças.

Cartas ou e-mails para a revista, com críticas, sugestões e agradecimentos devem ser enviados com: endereço, município, número de RG e telefone, para Editora Attalea Revista de Agronegócios:- Rua Eduardo Garcia, 1921, Residencial Baldassari. CEP 14.401-260, Franca (SP) ou através do email revistadeagronegocios@netsite.com.br


R E VI S TA ATTALEA AGRONEGÓCIOS

do terceiro artigo da Drª Josiane Ortolan, sobre “qualidade do leite e nutrição da vaca em lactação”. A importância da criação de vacas zebuínas com dupla aptidão é apresentada pelo presidente da Associação Bra-

sileira dos Criadores de Gir Leiteiro, Luis Humberto Carrião. Apresentamos, ainda, matérias importantes que retratam o aquecimento do setor de máquinas agrícolas e o lançamento de um trator da Agritech, compacto, de 70 cavalos. Na cafeicultura, publicamos artigo que confirmam que os distúrbios na florada passada reduzirão a próxima safra de café. No final do mês passado, a Campagro e a BASF realizaram palestra com o Dr. Celso Vegro. Na ovinocultura, pesquisadores apresentam informações a respeito do manejo de pastagens com o uso de cercas eletrificadas móveis. Nesta última edição do ano de 2007, queremos desejar Boas Festas a todos os nossos parceiros e leitores. Aproveitamos a oportunidade para convidar aos leitores a participarem mais efetivamente da construção desta revista. Escreva-nos. Até mais!

5 Dezembro de 2007

Após o “desastre” da água oxigenada e soda cáustica no leite UHT ou ‘leite de caixinha’ em alguns laticínios mineiros, que acumulou prejuízos em todos os elos da cadeia produtiva do leite, os laticínios da região passaram a adotar estratégias para estimular o consumo de leite. Ao mesmo tempo, o consumidor começou a reconhecer a idoneidade de alguns laticínios. Mérito à Coonai - Cooperativa Nacional Agroindustrial que lidera campanha para estimular o consumo do ‘leite de saquinho’ ou ‘barriga-mole’ em toda a região. Com mais de 1.400 cooperados em uma área de 51 municípios e uma média de 100 mil litros captados diariamente, a Coonai vem se firmando como um dos principais laticínios de toda a região. Mas é na qualidade de seus produtos que a empresa pretende se firmar. Ainda falando da cadeia produtiva do leite, ressaltamos a publicação

FOTO: Editora Attalea

Leite: consumo força a qualidade na produção


R E VI S TA ATTALEA AGRONEGÓCIOS

KERA Nutrição Animal: Referência em qualidade, resultados práticos e atendimento ao cliente.

Dezembro de 2007

6

Ao ser fundada, em 1987, a LNF Latino Americana deu o primeiro passo na construção de uma empresa cujo fim primeiro é dar suporte técnico e qualificado a seus parceiros. Agregando e gerando conhecimento de forma permanente, criou um modelo de atendimento completo destinado àqueles clientes que buscam qualidade e otimização de seus processos. A empresa detém as mais eficientes e modernas soluções da biotecnologia aplicada nas áreas em que atua, as quais são disponibilizadas a seus parceiros por uma equipe técnica altamente qualificada. É hoje, líder nacional em aplicações de enzimas e microorganismos na produção de álcool combustível, açúcar, sucos, vinhos, vinagres e bebidas destiladas. A Kera foi criada há 3 anos como uma

divisão da LNF com o fim de atender o setor agropecuário. Em bovinocultura produz inoculantes para silagens de milho, sorgo, capim, grão úmido e cana de açúcar; os probióticos BIOCALF para bezerros do primeiro ao quinto dia de vida, BIOBOVI TR para bezerros a partir

do 6º dia e até o pré-parto e Levumilk para vacas em préparto e lactação. A característica mais marcante dos produtos da Kera é a altíssima contagem de UFC/g o que garante os resultados esperados às dosagens recomendadas. Assim, durante os primeiros 5 dias de vida, o bezerro recebe 10 bilhões de UFC/dia; ao iniciar com Biobovi TR no 6º dia, receberá 50 bilhões/cab/ dia de células vivas de levedura selecionada e 250 milhões/dia de UFC de bactéria láctica. Por sua vez, uma vaca, com 10g/ cab/dia recebe 200 bilhões de células vivas de levedura selecionada/dia. O mesmo conceito se aplica a seus inoculantes: altas dosagens de UFC/g de silagem, para garantir uma fermentação rápida e segura, com a máxima preservação de nutrientes.


pasteurizado. De todos os tratamentos térmicos existentes na industrialização do leite, a pasteurização é a que menos altera a sua composição natural (vitaminas B1, B2, B6, B9, B12 e C, sais minerais e proteínas), além de manter os lactobacilos vivos. É por isso que o leite pasteurizado é considerado o leite natural mais nutritivo depois do leite materno. De acordo com a empresa, o leite pasteurizado, caso sofra adição de produtos químicos, é mais facilmente percebida. “O leite pasteurizado é vendido ‘fresco’ e tem validade de no máximo quatro dias. Qualquer adulteração em sua com-posi-

ção é facilmente percebida por-que o sabor e a coloração mudam. No leite UHT, a adulteração pode passar despercebida pelo consumidor porque existem várias maneiras de mascará-la, sem alteração no sabor ou no paladar, mas a grande vantagem do leite pasteurizado está em você consumir um produto com um valor nutricional superior”, analisa. A Coonai está no mercado desde 1941 e tem tradição no setor lácteo. Atualmente conta com 1.432 cooperados, distribuídos em 57 municípios de São Paulo e Minas Gerais. A captação diária de leite da cooperativa fica em torno de 100 mil litros, que são destinados à fabricação de leite pasteurizado, leite pasteurizado tipo B, e leite cru refrigerado (vendido para outras empresas do setor). Em 2007, novos produtos foram lançados com a marca Coonai: bebida láctea em vários tipos de embalagens e sabores e requeijão integral e light. A cooperativa continua beneficiando e disponibilizando no mercado duas marcas de café torrado e moído, a Larezza e a própria marca Coonai Coonai.

7 Dezembro de 2007

FOTO: Editora Attalea

A Coonai - Cooperativa Nacional Agroindustrial, sediada em Brodowski (SP), iniciou em novembro uma campanha na região nordeste do Estado de São Paulo para incentivar o consumo do leite pasteurizado, conhecido popularmente como “barriga-mole” ou de “saquinho”. De acordo com Eduardo Lopes de Freitas, presidente da Coonai, o leite pasteurizado traz mais benefícios para a saúde, principalmente por não ter conservantes. “A campanha tem como objetivo esclarecer os consumidores. Colocaremos outdoors, jingles e spots em rádios e distribuiremos panfletos nos pedágios e nas cidades da região. Com as denúncias de adulteração do leite tipo longa vida, ou UHT, de algumas marcas, esta iniciativa torna-se mais importante para que o consumidor fique bem informado e não deixe de consumir o leite puro e saudável que tanto bem traz à saúde, em razão de um problema pontual”, explica Eduardo. A grande diferença entre o leite pasteurizado e o longa vida está na superioridade do valor nutricional do leite

R E VI S TA ATTALEA AGRONEGÓCIOS

Coonai lidera campanha de incentivo ao consumo de leite pasteurizado


A longa história da Coonai inclui o pioneirismo nacional na granelização da

entrega nas propriedades a preços abaixo do mercado e lojas que vendem produtos necessários para a pecuária. Atualmente as lojas gerenciadas pela Coonai ficam em Patrocínio Paulista (SP) e Itirapuã (SP). Outras 12 lojas espalhadas por municípios na região da Alta Mogiana foram terceirizadas, mas mantêm condições especiais aos cooperados Coonai. Em novembro serão abertas duas novas unidades: uma em Brodowski (SP) e uma em Pedregulho (SP). A Coonai também colocou em prática em 2007 o Projeto Coonai-Cana, que reúne produtores interessados em fornecer cana-de-açúcar para uma usina de sua região de abrangência. Para a safra 2006/07, dez cooperados fizeram com contrato de fornecimento de 250 hectares. Para a próxima safra, (2007/08) a meta é multiplicar por 10 a área de produção, reunindo 2.500 hectares de cooperados. No médio prazo, é previsão é atingir 10 mil hectares.

Eficiência produtiva: agora e sempre Sebastião Teixeira Gomes (1) O elevado preço do leite recebido pelo produtor, atualmente, tem contribuído para encobrir ineficiências em alguns sistemas de produção. Modelos que não seriam viáveis numa situação de preços históricos, atualmente estão operando a todo vapor. Para fazer “brotar” leite e aproveitar os preços favoráveis, alguns produtores têm exagerado no uso de concentrado e até de hormônios que estimulam a produção. Em alguns casos, a tecnologia adotada não tem sustentação no longo prazo. É evidente que o produtor deve aproveitar os bons ventos que sopram, neste ano, na atividade leiteira, para compensar os maus momentos vividos no ano passado. Isto ninguém tem dúvida. A questão é que tanto no preço alto como no baixo, obtém maior rentabilidade quem for mais eficiente. Rentabilidade e eficiência são indicadores valiosos em qualquer época. (1)

- Professor Titular da Universidade Federal de Viçosa.

FOTO: Jorge Neves

R E VI S TA ATTALEA AGRONEGÓCIOS

Tradição

8 Dezembro de 2007

coleta de leite junto aos produtores. Os testes para a implementação deste processo tiveram início em 1997 e em 2000, 100% da coleta já estava sendo feita a granel. Para viabilizar esta modernização, a cooperativa financiou o maquinário necessário para os produtores mecanizarem a ordenha e os tanques de expansão para armazenarem o leite acumulado. As principais vantagens deste tipo de coleta são: maior qualidade do produto, redução de custos e melhoria da qualidade de vida do produtor. “A coleta com latão já é praticamente inexistente em nossa região, não se justifica mais, sendo que um caminhão-tanque consegue transportar 22 mil litros/dia de uma só vez com garantia total da qualidade do produto”, explica Eduardo. A Coonai ainda oferece assistência técnica e outros benefícios a seus cooperados como seguro de vida, convênio médico, fábrica de ração, que

Também neste ano muitos projetos inovadores foram lançados em parceria com importantes organizações para fortalecer os cooperados através de assistência técnica. Entre eles o Projeto de Viabilização da Pecuária Leiteira, em parceria com a Secretaria da Agricultura e Programa SAI, e o Projeto com o SEBRAE, oficializado em outubro de 2006, que está trazendo muitas conquistas e ganhos de produtividade e custo/benefício para os produtores. “Nossa marca está cada vez mais competitiva, vencemos licitações importantes como os vários lotes do Programa Viva Leite do Estado de São Paulo e ainda conseguimos maior aproximação e envolvimento com o nosso produtor, razão de ser da cooperativa”, avalia o presidente.

A rentabilidade, medida em porcentagem, é calculada pela divisão da renda bruta pelo custo de produção, subtraindo 1 e multiplicando-se por 100. Exemplo: Se a renda bruta fosse R$ 90,00 e o custo de produção, R$ 80,00, a rentabilidade seria 12,5%. Diz-se que o produtor “A” será mais eficiente que o “B” quando, com a mesma quantidade de insumos utilizada por ambos, “A” produzir mais que “B”, ou então, “A” conseguir a mesma produção

de “B”, com menor quantidade de insumos. Na análise dos determinantes do aumento no preço do leite, neste ano, o mercado internacional tem posição de destaque. O maior crescimento da demanda externa, em relação à oferta, puxou para cima os preços de lácteos, em especial, do leite em pó. Tudo indica que a influência do mercado externo será crescente e continuada. Por isto, é importante o produtor considerar as tendências daquele mercado no planejamento de sua atividade. No mercado internacional, especialistas projetam nos próximos anos aumentos nas demandas de milho e soja, para atender à produção de combustível. Tal projeção implicará aumentos nos preços destes grãos e, por conseqüência, aumentos no custo de produção de leite. Diante dessas tendências, é recomendável que o produtor invista, agora, na produção de volumosos, em quantidade e qualidade, como estratégia para reduzir a utilização de concentrados e, por conseqüência, o custo de produção. Quem adotar será mais eficiente e terá maior rentabilidade.


1. Amido Quantidades controladas variando de 35 a 40 % da MS de carboidratos não fibrosos, como exemplo, amido de grãos, farelos, farinhas, fubá, resíduos amiláceos da indústria, silagem de grão úmido, também chamados glicídios de rápida fermentação (GRF) são importantes na alimentação de ruminante, pois ao serem fermentados produzem rapi1

- Médica Veterinária, mestre em Qualidade e Produtividade Animal e doutoranda em Qualidade e Produtividade Animal pela FZEA-USP. Email: josiortonal@hotmail.com

damente a energia necessária para os microrganismos do rúmen se multiplicarem. Essa energia prontamente liberada, permite a transformação da PDR (proteína degradável no rúmen) em pro-teína microbiana que é a principal fonte de

R E VI S TA ATTALEA AGRONEGÓCIOS

Continuando com o assunto qualidade do leite, façamos agora uma abordagem sobre o valor nutricional dos componentes da dieta.

aminoácidos para a pro-dução da proteína do leite. Os GRF também fornecem parte da energia necessária para aumentar o volume de leite produzido. Os amidos dos diferentes grãos são fermentados no rúmen de modo distinto. Não somente tem os vários grãos usados como concentrado distintos teores de amido, como é diferente a velocidade com que o amido de cada tipo de grão é fermentado no rúmen. Além disso, o processamento do grão (trituração, moagem grosseira ou fina, tratamento térmico como a gelatinização do amido de milho ou milho floculado), afeta a taxa de fermentação no rúmen. Como exemplo, a silagem de grão úmido de milho apresenta uma fermentação muito mais rápida no rúmen do que o

9 Dezembro de 2007

Josiane Hernandes Ortolan (1)

FOTO: Assoc. Criadores Gado Jersey

Qualidade do leite e nutrição da vaca em lactação (3) Tipo de Energia no Concentrado


Tabela 11. - Variação na fermentação Fonte

Fermentação rápida

Trigo Cevada Aveia Milho Sorgo

Processamento Floculação a vapor Alta umidade Moagem a seco Amassamento a seco Grão inteiro

Fermentação lenta Fonte: Allen, 1991

Tabela 2. 2 Dietas e características de composição, antes e após o ajuste de ingredientes Ingredientes Antes do ajuste Após o ajuste (kg MS/dia) (kg MS/dia) Silagem de milho Silagem de alfafa Feno de gramínea Silagem de espiga de milho úmido (1) Fubá de milho Casquinha de soja Mistura proteína+gordura+mineral Bicarbonato de sódio Total Composição na MS (%) Volumoso FDN FDN estruturado (2) Amido Amido fermentável no rúmen

6,43 4,75 0,50 3,20 1,81 0,90 5,25 0,23 23,10

6,83 4,75 0,41 0,00 4,53 1,58 4,80 0,25 23,10

50,60 34,30 25,10 27,20 77,00

52,60 33,40 25,10 28,10 73,00

Qual o significado hoje de uma vaca zebuína de duplo propósito? Luiz Humberto Carrião (1)

FOTO: Editora Attalea

R E VI S TA ATTALEA AGRONEGÓCIOS Dezembro de 2007

10

grão seco, isso em decorrência do amido sofrer gelatinização (rompimento dos grãos de amido) mediante a aplicação de calor e umidade. O grau de gelatinização determina a susceptibilidade do amido á degradação enzimática. Com a gelatinização, ocorre o rompimento das membranas e das estruturas dos grânulos de amido, com conseqüente solubilização da matriz protéica, e é este fenômeno que melhora a digestão enzimática do amido. A Tabela 1 (ao lado) esquematiza a variação na fermentação, de acordo com a fonte de amido e o tipo de processamento. Contudo, podemos concluir que quantidades controladas de amidos rapidamente fermentáveis são favoráveis à produção de proteína microbiana no rúmen, mas o excesso pode levar o animal a um quadro de acidose subclínica ou até aguda no rúmen e, posteriormente, a problemas de casco (laminite) e abscessos de fígado, podendo também ocorrer torção de abomaso. Porém, antes do animal manifestar reações clinicas tão graves o teor de

No início do segundo semestre deste ano, elaborei um pequeno estudo sobre a importância de uma vaca zebuína de duplo aptidão. A arroba de boi que sempre esteve cotada historicamente a 22 dólares, foi comercializada a R$ 43.67, com o dólar fechando na época a R$ 1,985. Mas a realidade era outra, sendo comercializada a R$ 63,00, em Goiás, o equivalente a 33,07 dólares. Por outro lado, o litro de leite tipo C foi comercializado a R$ 0,80 a produtores que entregavam acima de 500 litros. Os animais zebuínos levados a abate com a idade de três anos (16 arrobas em média), de acordo com as cotações da época, foram comercializados a R$ 1.008,00. 1

- Luiz Humberto Carrião é presidente da ASSOGIR

Uma vaca zebuína com produção média diária de 4.2/litros dia durante uma lactação, a pasto, de 10 meses, produzirá 1260/litros, originando uma receita de R$1.008,00, isto é, um boi no frigorífico. Esta vaca zebuína, além de um boi no abate deixará desmamada uma cria, que pela cotação da época, seria comercializada por 6,3492 arrobas de boi.

Mas qual o custo com essa vaca extraordinária que ao final da lactação de dá um boi de 16 arrobas e uma cria de 6,3492? O mesmo que uma vaca zebuína de corte, exceto a mão-de-obra do ordenhador. A vaca zebuína de duplo-propósito, ao invés de produzir na desmama uma receita de 6,3492 arrobas de boi (que é a receita produzida por uma vaca zebuína de corte) produzirá 22,3492. Trocando em miúdos, uma vaca zebuína de único propósito (carne), proporcionará na desmama uma receita de R$400,00 enquanto a de duplo-propósito (leite e carne) R$ 1.407,99. Será que essa diferença não compensaria as despesas com ordenhadores? Fora das contas não há salvação!


R E VI S TA ATTALEA AGRONEGÓCIOS

Paixão, Tradição e Resgate de uma Raça

DIANA TE KUBERA (Dalton x Jaborina de Brasília) amamentando sua bezerra ALINE [ Diana TE Kubera encerrou a 1ª Lactação com 7.709 kg de leite ]

Dezembro de 2007

11

AURORA (F.B. Quadrantal x Meteoro)

FABEL NOBRE BALEIA (Nobre x Finesa de Brasília) • Plantel Gir Selecionado para Leite • Venda de Tourinhos, Novilhas, Bezerras e Preenhezes Sexadas de Fêmeas; • Animais Premiados em várias exposições em 2007;

GIR LEITEIRO - FRANCA/SP

Rodovia João Traficante, km 3,5 Tel (16) 8155-4444 - Franca (SP) mtcalil@uol.com.br

• Em pesagens oficiais da ABCZ, vários animais ultrapassaram os 25 kg diários, outros os 30 kg diários;. • Caçadora de Brasília atingiu a incrível marca de 41,9 kg em um único dia.


Figura 1. 1 Medidas do pH no rúmen antes e após o ajuste da dieta (Stone, 1999) 7

pH

6.5 6 5.5 5

Dias

Ajuste da dieta

Produção de leite (l/dia)

Figura 2. Produção de leite (l/dia) antes e após o ajuste da dieta (Stone, 1999). 38 36 34 32 30 28 26 Ajuste da dieta

Dia s

Figura 3. Efeito do ajuste da dieta sobre a % de gordura e % de proteína do leite (Stone, 1999).

3,8 3,6 3,4

%

R E VI S TA ATTALEA AGRONEGÓCIOS Dezembro de 2007

12

gordura do leite e a quantidade de leite produzida diminuem consideravelmente. Sendo assim, a queda no teor de gordura pode servir de alerta para a prevenção de problemas maiores, através do ajuste dos ingredientes da dieta. Um experimento com 500 vacas em lactação alimentadas com duas dietas, antes e após um ajuste de ingretabela 2), 2 e os dientes (tabela efeitos desse ajuste sobre o pH no rúmen, produção e composição do leite, podem ser visualizados, respectivamente, nas Figuras 1, 2 e 3 (Stone, 1999). O ajuste consistiu na retirada da silagem de espiga de milho e aumento das quantidades de fubá de milho e de casquinha de soja, sem afetar o consumo total de MS. Segundo Stone (1999), as vacas em lactação antes do ajuste apresentavam baixos teores de gordura e de proteína no leite, produção de leite abaixo da esperada e sinais iniciais de problemas nos cascos (laminite). Em algumas das vacas foram obtidas amostras de líquido de rúmen, antes e após o

Gor dur a

3,2

P r ot eína

3 2,8 2,6

Ajuste da dieta

Dia s

ajuste na dieta. Antes do ajuste, apesar de não haver manifestação de diarréia, nem falta de ruminação, os valores de pH foram considerados como muito baixos (todos abaixo de 6,0), o que é indicativo de acidose subclínica, explicando os baixos teores de gordura e de proteína no leite e a produção abaixo do esperado. Com o ajuste ficou comprovado, que no caso específico, houve um excesso de amido rapidamente fermentável no rúmen, na forma da silagem de espiga de milho, o que levou os animais à acidose subclínica. Sanado o problema, houve uma pronta resposta dos animais, com aumento dos teores de gordura e proteína e aumento da produção de leite. Na próxima edição continuaremos dissertando sobre o assunto alimentação e qualidade, a fim de sanar as principais duvidas sobre a nutrição da vaca em lactação. Gostaria também de lembrar que duvidas e sugestões são bem vindas e devem ser mandadas à revista ou no meu e-mail, josiortolan@ hotmail.com. Até a próxima.


Dezembro de 2007

13

R E VI S TA ATTALEA AGRONEGÓCIOS


TECNOLOGIA

R E VI S TA ATTALEA AGRONEGÓCIOS Dezembro de 2007

14

A Anfavea - Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores elevou sua previsão de produção e vendas de máquinas agrícolas no país para 2007 e 2008. O aumento da renda no campo, a expectativa de uma nova safra recorde em 2007/2008 e a maior demanda por equipamentos em segmentos como o de cana-de-açúcar ajudam a explicar a perspectiva mais otimista da entidade. A produção total em 2006, que foi de 46,1 mil unidades, deverá saltar para 63 mil unidades este ano, o que representará um crescimento de 36,7%. A estimativa anterior para 2007 era de 60 mil unidades. Para a próximo ano, a produção deverá atingir a marca de 69 mil unidades, volume superior à estimativa anterior da Anfavea, de 65,4 mil. Assim, em 2008, o setor deve repetir o desempenho registrado em 2004, o melhor da década. “A demanda está aquecida. Com exceção das colheitadeiras para algodão, que têm demanda de 300 máquinas por ano e, por isso não justificam uma grande produção local, o mercado tem disponibilidade física para atender o aumento da demanda”, diz Gilberto Zago, vicepresidente de máquinas agrícolas da Anfavea. A capacidade instalada da indústria fica atualmente entre 98 mil e 100 mil máquinas. As vendas no mercado interno deverão encerrar o ano com 37 mil unidades, volume 44% maior que o registrado em 2006 e superior também à estimativa

FOTO: Editora Attalea

Projeções para o setor de máquinas agrícolas ficam ainda melhores

anterior da Anfavea, de 36 mil unidades. Em 2008, prevê a entidade, o consumo deverá crescer outros 14,9% para 42,5 mil. A perspectiva inicial era de 41,4 mil.“O momento é muito melhor. Em 2002, por exemplo, houve fábrica que não vendeu uma única colheitadeira para cana”, afirma Zago. O mercado de colheitadeira para as lavouras de cana-de-açúcar é de cerca de 800 unidades anuais. Para os próximas safras, as perspectivas é de aumento, principalmente em virtude do programa de eliminação, até 2014, da queima da palha de cana nas plantações paulistas. Os volumes de exportação também

Expansão à Vista Projeções para o mercado de máquinas agrícolas - milhares de unidades

80

80 63,0

60

80

69,0 60

60 42,5

46,1 40

40

20

20

40

37,0 25,7

0 2006

2007

2008

PRODUÇÃO

Fonte:

Anfavea

20

0

22,0

26,0

26,5

2007

2008

0 2006

2007

2008

VENDAS INTERNAS

2006

EXPORTAÇÃO

deverão crescer em comparação tanto com o desempenho do ano passado, quanto com a estimativa anterior da entidade. O que não muda, por outro lado, é a perspectiva de estagnação dos embarques entre 2007 e 2008. Para este ano, em vez de 24 mil máquinas anteriormente previstas, a indústria deverá exportar 26 mil unidades - no ano passado, foram 22 mil máquinas. Para 2008, a projeção é de exportação de 26,5 mil unidades. “Éramos um franco importador de máquinas há 30 anos e hoje somos um dos grandes players no mercado externo”, diz Zago. Entre outubro e novembro, o número de empregos na indústria de máquinas agrícolas passou de 15.521 para 15.662. O segmento manteve, com isso, a fatia de 13% do total de trabalhadores na indústria automotiva, que chegou em novembro a quase 119,6 mil pessoas. A produção entre um mês e outro caiu 12,9%, mas o fenômeno explica-se pelo fato de o setor reduzir o ritmo no fim do ano, quando a safra está em fase final de plantio, argumenta o dirigente. Entre novembro de 2006 e o deste ano, as vendas no mercado interno cresceram 70,1% (para 3.689 unidades). (Valor Econômico)


TECNOLOGIA

citros, café (completando a gama de aplicações para a cultura), cereais e para serviços em pecuária de leite e corte. Outra novidade do 1175 da Agritech Lavrale é o número de marchas do trator, que aumentou de 9 para 12, ampliando a adequação as necessidades de serviços. O trator pode ser usado, portanto, em diferentes ambientes e para variados serviços. O novo produto tam-bém eleva a capacidade levante de implementos de até 2 toneladas. “Esse aumento da capacidade é um ganho para o agricultor. O trator 1175 continua com um tamanho compacto, característica das máquinas da marca, porém com alta capacidade para executar diversas tarefas no campo”, explica Nelson Watanabe. A economia é um ponto forte do novo trator. Além do preço acessível, a máquina proporciona menos gastos em comparação a outras, porque seu motor faz um aproveitamento total do combustível. É um motor limpo, com poucos periféricos laterais e bastante silencioso. “O motor foi concebido dentro das melhores

normas de qualidade, com moderna tecnologia, seguindo a filosofia da empresa de colocar no mercado tratores que não prejudiquem o meio ambiente”, lembra Watanabe. Ele destaca ainda o eixo dianteiro blindado do trator que, além de ter sido construído com material de maior durabilidade, possui menor raio de giro. “Esses detalhes fazem com que o operador ganhe tempo na manobra e não desperdice combustível”, analisa Manuel Martines Cano, gerente industrial da Agritech Lavrale. Marco na empresa Com a novidade, a empresa entra em um novo mercado, que exige tratores mais potentes, preparados para os desafios pesados do campo. Com o 1175, a Agritech pretende ampliar a presença de tratores da marca no mercado de frutas e cereais, além de consolidar o uso da marca na cafeicultura. “A potência do 1175 faz com que ele tenha maior durabilidade, agüentando mais safras. O lançamento marca uma nova fase na empresa, pois o projeto foi inteiramente planejado e fabricado internamente, permitindo que tivéssemos um domínio de todo o processo da fabricação”, afirma o gerente de pós-vendas e marketing da empresa Pedro Cazado Lima Filho. “É um trator que nasceu da experiência da Agritech em se adequar às necessidades da agricultura. Apresentamos um trator que veio para aumentar a produtividade do campo”, conclui Watanabe.

15 Dezembro de 2007

FOTO: Divulgação

A Agritech Lavrale, fabricante de tratores e microtratores Yanmar Agritech, coloca no mercado um trator que é considerado um aprimoramento do conceito de máquinas agrícolas. O trator 1175 é o primeiro da marca a possuir 70 cavalos e o primeiro a levar para o campo um motor de 16 válvulas. O trator foi inteiramente desenvolvido com tecnologia própria e todos os componentes produzidos na fábrica em Indaiatuba (SP), exceto o motor. O projeto envolveu um investimento de cerca de R$ 9,5 milhões. “Somos uma empresa com tradição na fabricação de tratores de pequeno porte e o 1175 é o nosso primeiro trator de maior porte. Com esse produto, queremos ampliar a nossa participação no mercado, alicerçada na experiência bemsucedida que tivemos ao longo dos anos atuando no mercado de agricultura familiar”, destaca o gerente de vendas da Agritech, Nelson Okuda Watanabe. Segundo ele, o produto nasceu de uma necessidade do mercado. “Nossa atuação no mercado se concentra principalmente em fruticultura, horticultura, café e grãos. Nossos clientes cresceram juntamente com os implementos e com isto surgiu a necessidade de oferecer um trator de maior potência”, destaca Nelson. Para a fabricação do trator 1175 foram adicionados diversos recursos que facilitam o trabalho no campo e geram maior economia de gastos. O novo trator é voltado principalmente para culturas perenes (maçã, manga, uva, nectarina),

R E VI S TA ATTALEA AGRONEGÓCIOS

Agritech Lavrale lança trator agrícola compacto de 70 cavalos


Suplementação mineral energética para bovinos a pasto

R E VI S TA ATTALEA AGRONEGÓCIOS Dezembro de 2007

16

(1) (2) (3)

Figura 1 - Ganho de Peso

FOTO: Editora Attalea

Wolney A. Pereira Jr. José Carlos da Silva Adilson Costadelli

A suplementação mineral energética tem sido um tema muito discutido atualmente, pois os incrementos em desempenho dão ao pecuarista o adicional necessário para que o animal complete seu ciclo mais rápido, seja ele na fase de recria ou engorda, com um custo benefício mais atraente que a suplementação mineral tradicional. Realizamos dois trabalhos com suplementação energética de baixo consumo. Um trabalho foi realizado na Fazenda 04 de Agosto, localizado no município de Tangará da Serra (MT). Foram utilizados 90 garrotes da raça nelore, em fase de recria, com PV médio inicial de 303 kg, inteiro, manejados em dois pastos, sendo um de mombaça com 48 ha e outro de Brachiária MG5 com 42 ha. O período de suplementação foi de 114 dias, utilizando o suplemento mineral energético Premiphós Campo Águas da PREMIX. Estes animais submeteram a três pesagens, sendo a primeira pesagem no dia 13/01/2006, com 303 kg de PV, a segunda no dia 22/02/2006, com 337 kg de PV e a pesagem final no dia 09/05/ 2006 com 394 kg de PV. No intervalo da primeira para segunda pesagem, os animais tiveram um ganho de 34 kg em um período de 39 dias o que resultou em 0,872 kg de ganho diário. Da segunda pesagem para terceira e ultima, o ganho foi de 57 kg em um

período de 75 dias, resultando em 0,760 kg de ganho diário. O ganho médio total por animal foi de 91 kg em 114 dias de suplementação, resultando 0,798 kg de ganho médio Figura 11) diário por cabeça (Figura O outro trabalho foi realizado na Fazenda Fonte, também no município de Tangará da Serra (MT), de propriedade da Arca Agropecuária. Foram avaliados 837 animais da raça nelore, a pesagem inicial foi na castração e a pesagem final ao abate. Os animais foram manejados em 7 pastos de Brachiária brizanhta com lotação média de 1,3 UA/ha, suplementados com o suplemento mineral energético Premiphós Campo Águas da empresa PREMIX. Os lotes foram formados com pesos médios iniciais variando

de 365 kg a 410 kg, por animal. O peso médio dos animais, nos lotes ao abate, variou de 468 kg a 495 kg. Observamos que o período de suplementação variou de 90 até 210 dias, de acordo com o peso inicial, e a Tabela 2 - Consumo Mensal do Premiphos programação de abate da Fazenda Fonte, Campo Águas-Fazenda Fonte para os 837 animais. Os ganhos médios Mês Kg/cabeça/dia diário variaram de 0,605 até 0,762 kg. Outubro 2005 0,128 Observamos um resultado muito Novembro 2005 0,140 positivo em relação ao ganho em carcaça Dezembro 2005 0,160 para esta categoria animal, com Janeiro 200 0,180 rendimento variando de 52,44% até Fevereiro 2006 0,149 54,73%. Março 2006 0,158 Segundo o zootecnista da fazenda Abril 2006 0,160 (1) - Premix (Técnica em Suplementação), Fonte, José Carlos da Silva, os ganhos Maio 2006 0,196 (2) - Fazenda Fonte, (3) anteriores para esta categoria, variavam Média (kg) 0,159 - Fazenda 04 de Agosto. de 0,500 kg até 0,550 Kg. Tabela 1 - Dados Gerais dos Lotes suplementados com Premiphós Campo Águas, Fazenda Fonte. Confira os consumos médios Abate Lote Animais Pesagem PV (Kg) Pesagem PV (Kg) Período Kg/ g/dia *Rendimento mensais da Fazenda Fonte Inicial Inicial Final Final (dias) Período Carcaça(%) na Tabela 2 FEV 1A 115 08/11/05 410 07/02/06 468 90 58 FEV AB/8 110 12/11/05 399 22/02/06 476 101 77 ABR C10/1 90 08/11/05 389 05/04/06 483 147 94 ABR C10/2 90 09/11/05 397 05/04/06 494 146 97 MAIO 9 96 09/11/05 382 01/05/06 497 172 115 MAIO 7 84 04/11/05 365 01/05/06 474 177 109 MAIO 6A/2 252 20/10/05 368 19/05/06 495 210 127 * Peso no curral, no dia do embarque, comparado com o peso morto (carcaça quente)

644 52,44 762 53,82 639 54,34 664 54,34 669 53,16 616 54,37 605 53,43 no frigorífico.

Benefício: Custo O fator determinante para inserção de tecnologia em uma fazenda, está diretamente relacionado


Dezembro de 2007

17

R E VI S TA ATTALEA AGRONEGÓCIOS


R E VI S TA ATTALEA AGRONEGÓCIOS Dezembro de 2007

18

TECNOLOGIA

Tecnologia de aplicação de defensivos agrícolas FOTO: ANDEF

com o benefício que esta tecnologia traz ao pecuarista. O custo por animal diário em uma suplementação com Premiphos Campo Águas, com um consumo de 0,170 kg, é de aproximadamente R$ 0,16. O custo diário deste mesmo animal em uma suplementação mineral convencional, com um consumo de 0,070 kg, gira em torno de R$ 0,06. Quando analisamos somente desta forma, o animal suplementado com Premiphós Campo Águas, tem um custo aproximado de R$ 0,10 superior ao animal suplementado com mineral por dia. Tomando por base o valor médio pago na arroba de boi, de R$ 60,00, com um rendimento médio de 50%, teremos R$ 2,00 pagos por cada 1 kg de carne. Como o diferencial de custo da suplementação é de R$ 0,10 ao dia, suplementado com Premiphos Campo Águas o ganho adicional necessário para pagar o investimento é de 0,050 kg por animal/dia. Os dados de campo da equipe PREMIX, mostram ganhos adicionais variando de 100 até 250 gramas por animal ao dia em relação à suplementação mineral. Com um ganho adicional de 0,150 kg por animal/dia quando suplementados com Premiphos Campo Águas, em um período de 180 dias de suplementação, teremos um adicional de 27 kg de PV. Com este adicional podemos prever o período de antecipação ao abate ou desocupação das pastagens. Considerando um ganho médio de 0,525 kg por animal/dia, quando suplementados com mistura mineral, para ganhar estes mesmos 27 kg de PV adicional, precisa-se de mais 51 dias de pasto no período das águas. O benefício é muito interessante, pois alem de retornar o custo do investimento, os adicionais entram como receita, promovendo maior ganho em kg de carne por hectare, tornando mais rápido o abate dos animais a pasto, favorecendo a entrada de maior nº de animais em sistemas que exigem peso mínimo limite; seja para confinamento ou exposição à monta no caso de novilhas.

Eng. Agr. Dr. Julio Roberto Fagliari (1) Os defensivos agrícolas são insumos essenciais para o sistema de produção agrícola, pois quando adequadamente aplicados, são eficazes no controle de pragas, doenças e plantas daninhas. Entretanto, se empregados de maneira inadequada, podem causar sérios prejuízos. A melhoria da eficiência na aplicação desses produtos e conseqüentemente da segurança do aplicador e do meio ambiente deverá ser alcançada por meio da evolução no processo de aplicação, nos seus variados aspectos. A aplicação de defensivos é uma operação realizada há várias décadas no Brasil e no mundo, porém, é uma das atividades que menos sofreu inovações durante este período, sendo realizada ainda com alto grau de empirismo. Considerando-se que os agentes nocivos, de maneira geral, necessitam de pequenas doses do ingrediente ativo para serem controlados, e tendo em vista que as quantidades aplicadas desses produtos são relativamente muito grandes, pode-se afirmar que a apli(1) - Gerente Técnico - Spraytec Fertilizantes Ltda. Maringá, PR

cação de defensivos agrícolas é um dos processos mais ineficientes até hoje praticado pelo homem. Podemos atribuir a eficácia do controle ao poderoso efeito tóxico dos produtos, o qual compensa a deficiente deposição de gotas obtida com as aplicações. Uma aplicação adequada é aquela que, realizada no momento correto, proporciona cobertura suficiente do alvo e nele deposita a quantidade de produto necessária para eliminar ou abrandar, com segurança, um determinado problema, a fim de que sejam evitados danos econômicos. Assim, os produtos fitossanitários devem ser aplicados com o máximo de eficiência e segurança. Entretanto, desde o preparo da calda até a ação do defensivo sobre o alvo, diversos fatores interferem nesse processo. Os fatores como o tipo de alvo a ser atingido, a capacitação do aplicador, a qualidade da água de pulverização, o defensivo mais adequado, os equipamentos de aplicação, as condições climáticas e o uso de adjuvantes agrícolas podem influenciar na eficiência da aplicação, pois são responsáveis pela cobertura, retenção, absorção, penetração e translocação dos produtos. As principais perdas decorrentes das aplica-


uma série de benefícios, pois em pequenas doses um único produto apresenta características de tensoativo (diminui a tensão superficial da água), espalhante (diminui o ângulo de contato da gota com a superfície), adesivo (aumenta a aderência do produto depositado), surfactante (ativador de superfície), antiespumante (evita a formação de espuma), acidificante (baixa o pH da calda para níveis adequados), quelatizante (seqüestra minerais da água), antievaporante (diminui a volatilidade) e redutor de deriva (vapor e partículas). Além de reduzirem as perdas e conseqüentemente o impacto ambiental, esses produtos induzem uma ativação momentânea da fisiologia (metabolismo) da planta, melhorando a ação dos defensivos. O sucesso da tecnologia de aplicação de defensivos agrícolas deve estar alicerçado na qualidade do produto (eficiência e seletividade), no momento da aplicação (alvo vulnerável) e na qualidade da aplicação (atingir o alvo com eficiência e sem perdas). Observamos, portanto, que no momento de pulverizar uma lavoura é preciso garantir uma perfeita cobertura do alvo com o produto aplicado e, nesse sentido, o condicionamento da calda de pulverização com produtos de alta qualidade é fundamental. Assim, cabe ao profissional habilitado à indicação do produto mais confiável, e ao produtor a correta utilização do mesmo. Aqueles produtores que atendem as recomendações técnicas estão melhores preparados frente às dificuldades típicas da prática agrícola.

R E VI S TA ATTALEA AGRONEGÓCIOS

vantes são compostos que podem ser acrescentados ao ingrediente ativo durante a formulação dos defensivos na indústria, ou serem adicionados à calda de pulverização no momento da aplicação no campo. Neste caso, procura-se melhorar a qualidade da calda e as condições de aplicação para a proteção e absorção das gotas pulverizadas. Para grande parte dos defensivos, é difícil obter bons resultados no controle sem o acréscimo de algum tipo de adjuvante. A importância dos adjuvantes é bastante acentuada, a ponto de sua utilização ser considerada como “o seguro” da aplicação e da eficiência para a maioria dos defensivos. Apesar disso, é conveniente ressaltar que o uso inade-quado ou a má qualidade desses produtos pode aumentar a toxicidade dos defensivos e causar danos às culturas e ao meio ambiente, provocar incompatibilidade física ou química entre o defensivo e o adjuvante, gerando floculação, precipitação, formação excessiva de espuma e diversas outras reações que poderão reduzir a eficiência do defensivo a ser aplicado, causando grandes prejuízos ao produtor. Para evitar tais situações, é recomendado adquirir adjuvantes de boa qualidade produzidos por empresas idôneas, além de seguir as orientações de técnicos qualificados. Hoje existem formulações modernas, relativamente novas no mercado brasileiro, que foram desenvolvidas por seletas empresas essencialmente voltadas ao segmento de tecnologia de aplicação de defensivos, as quais se mantêm na vanguarda de seu setor de atuação. Assim, as formulações modernas desenvolvidas por essas empresas oferecem

19 Dezembro de 2007

ções podem ser atribuídas à deriva, a má qualidade da água, formação de espuma, escorrimento das gotas, má homogeneização da calda, equipamentos inadequados e condições climáticas adversas, entre outros. Todos esses fatores devem ser considerados, pois quando interagem podem responder por perdas superiores a 70% do volume aplicado. A tecnologia de aplicação é o encontro de três ciências - a química (qualidade do produto), a física (qualidade da aplicação) e a biologia (alvo e momento da aplicação). É a interação dinâmica entre essas três áreas que torna as aplicações agrícolas eficazes. Isto é importante para que o produtor obtenha maior rentabilidade em seu negócio, haja vista o grande investimento feito nas aplicações de defensivos agrícolas. A baixa eficiência no processo de controle fitossanitário, na maioria das vezes, leva a um aumento no número de aplicações de defensivos, acréscimo das doses utilizadas e perda de produtividade e rentabilidade das culturas, além de prejuízos ambientais. A aplicação inadequada de defensivos, além de levar ao controle ineficiente dos alvos (pragas, doenças e plantas daninhas), geralmente está associada a maiores custos. A melhoria na eficácia da aplicação e conseqüentemente da segurança do aplicador e do meio ambiente deverá ser alcançada por meio da evolução no processo de aplicação. Entre os diversos fatores que determinam o sucesso ou o fracasso de uma aplicação de defensivos está o uso de adjuvantes agrícolas, também conhecidos por condicionadores de caldas. Adju-

FOTO: ANDEF

TECNOLOGIA


R E VI S TA ATTALEA AGRONEGÓCIOS

Dirigida ao público cafeicultor da região da Alta Mogiana, foi realizada no final de novembro, no Sitio Morada do Sol (Restinga/SP), uma palestra com o Engº Agrº Celso Luis Rodrigues Vegro, pesquisador do IEA - Instituto de Economia Agrícola. O evento foi organizado pela rede de revendas Campagro e pela multinacional BASF. Na abertura do evento, Carlos Eduardo, diretor da Campagro apresentou um panorama global da empresa, sediada em Orlândia (SP) e com sete filiais: Batatais (SP), Franca (SP), Guaíra (SP), São José do Rio Pardo (SP), Passos (MG), Uberaba (MG) e Sacramento (MG). Posteriormente, Pedro Mendonça, pesquisador da BASF, apresentou o novo conceito de tratamento fitossanitário: o AgCelence. “AgCelence é a nova marca mundial da BASF para o conceito de efeitos fisiológicos positivos, que ocorrem nas plantas após a aplicação de fungicidas da família F-500, como o Opera, Comet e Cabrio Top”, afirma Mendonça. Finalmente, Celso Vegro apresentou a palestra “Mercado de Cafés - Análise e Novas Perspectivas”. O professor abordou uma visão geral do agronegócio café, a estrutura do mercado e, finalmente, apresentou cenários com perspectivas e tendências para a próxima safra.

FOTOS: Editora Attalea

Campagro e BASF organizam palestras

Cerca de cem pessoas, entre cafeicultores e profissionais do setor prestigiaram a palestra do Dr. Celso Vegro.

Dezembro de 2007

20

Luis Cunha (Viveiro Monte Alegre), Engº Agrº Wanderley Lima Salgado, André Siqueira Rodrigues, Rafael Isaac e André Cunha (Viveiro Monte Alegre).

O Engº Agrº Albino João Rocchetti (vice-presidente de Agronomia da AERF) e o palestrante Engº Agrº Celso Luis Rodrigues Vegro (IEA).

Engº Agrº Wanderley Lima Salgado, Engº Agrº Rafael de Morais Isaac e o cafeicultor Fábio Pulheis.

Ricardo Cunha, o Engº Agrº Wanderley Lima Salgado e Mauro Sandoval Silveira.


A família Campagro. Em pé, da esquerda para direita: Engº Agrº Alexandre Peliciari, José de Alencar (gerente comercial Campagro), José Gilberto e Carlos Eduardo (proprietários da Campagro), Engº Agrº Rafael Isaac, Engº Agrº Renato Padua (Basf). Abaixo, da esquerda para direita: Denis Carvalho, Engº Agrº Wilson Aguiar, Consultor Regis Ricco, Guilherme Moraes.

Celso Vegro, pesquisador do IEA, discorreu sobre a análises perspectivas para o mercado de café, apresentando um panorama atualizado do setor.

R E VI S TA ATTALEA AGRONEGÓCIOS

FOTOS: Editora Attalea

dirigidas aos cafeicultores da região

Dezembro de 2007

21

Pedro Mendonça, pesquisador da BASF, apresentou o AgCelence: o novo conceito de tratamento fitossanitário.

Carlos Eduardo (proprietário) apresentou a área de atuação da Campagro em São Paulo e Minas Gerais.

Tel. (16) 3701-3342 Av. Wilson Sábio de Mello, 1945 Distrito Industrial - Franca (SP)

SOLUÇÕES PARA O NOSSO CLIENTE


R E VI S TA ATTALEA AGRONEGÓCIOS Dezembro de 2007

22

Basta chover para que cotações do café recuem devido a especulações de que o clima favorável no Brasil, o maior produtor mundial da commodity, poderá repercutir em aumento da previsão de safra. Entretanto, especialistas e produtores tem se deparado com a constatação de que as condições adversas de clima podem comprometer o pegamento das floradas, com reflexos na safra 2007/2008. Esta é a conclusão da análise técnica elaborada pelos pesquisadores do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Ecofisiologia e Biofísica, do Instituto Agro-nômico de Campinas (IAC), Joel Irineu Fahl, Marcelo Bento Paes de Camargo e Maria Luiza Carvalho Carelli. Segundo o texto: “As condições climáticas do ano de 2007,

FOTO: Editora Attalea

Distúrbios na florada confirmam redução de safra

desde o início de março até o mês de novembro, têm sido atípicas, apresentando deficiência hídrica acentuada e prolongada e temperaturas

E

SILVA & DINIZ COMÉRCIO E REPRESENTAÇÃO DE CAFÉ LTDA. Av. Wilson Sábio de Mello, 1490, São Joaquim - Franca (SP) Tel. (16) 3720-2311 e 3720-2239

médias superiores às normais históricas. Em muitas regiões cafeeiras do Sul de Minas Gerais e da Mogiana (SP) ocorreram chuvas de várias intensidades no mês de julho e também no final de setembro e de outubro, que provocaram floradas de diferentes intensidades. Por exemplo, em Campinas (SP), cafezais adultos floresceram no início de agosto, início de setembro e final de outubro, esta mais intensa”. “Porém, após as chuvas do final de setembro e outubro, a ocorrência de temperaturas máximas elevadas superiores a 34ºC, chegando a alcançar até 37ºC em algumas localidades, associadas com déficit hídrico acentuado, ocasionou a presença de alta porcentagem de botões florais com má formação. Essa anomalia é caracterizada pelo desenvolvimento reduzido das pétalas, impossibilitando a proteção adequada dos estigmas das flores, o que provavelmente, compromete a fecundação dos óvulos, resultando posteriormente em queda dos ovários (chumbinhos) não fecundados. Observa-se, também, com freqüência nessa fase que os estiletes apresentam necrose, provavelmente provocada pelas altas temperaturas, associadas à acentuada deficiência hídrica. Contribuiu ainda para a ocorrência de botões com má formação as temperaturas mínimas elevadas, atingindo em alguns locais até 22ºC”. Em uma mesma planta pode ser encontrado flores com abertura prematura com diferentes graus de anormalidades: a). estilete e estigma consideravelmente expostos – anomalias severas; b). parte do estigma e ponta das anteras salientes – anomalias menos severa; c). flores com abertura da corola no ápice – anomalias fracamente severas. A ocorrência das duas primeiras anomalias pode ocasionar perdas variáveis na produção, enquanto no último grupo (cc) as flores podem apresentar comportamento normal não alterando a produção. Ainda há casos extremos onde todas as partes da estrutura floral permanecem verdes e atrofiadas, com exposição total dos estiletes, dando formação às flores conhecidas como “estrelinhas”. Para os pesquisadores, de modo geral, as condições climáticas adversas, anteriormente descritas, favoreceram a evolução do ataque do bicho mineiro, causando em muitas culturas intensa queda de folhas, levando a baixa relação área foliar por botão floral e conseqüente comprometimento do desenvolvimento e abertura dos botões florais. “O baixo enfolhamento da planta provavelmente apresentará reflexos negativos, de diferentes intensidades, no pegamento e desenvolvimento dos frutos devido à baixa relação hídrica planta/botão-fruto, e ao suprimento insuficiente de carboidratos principalmente na fase posterior à abertura das flores, período em que ocorre intensa divisão e dife-


Sul de Minas O Sul de Minas Gerais é um exemplo onde a florada preocupa os produtores. Segundo Joaquim Goulart de Andrade, gerente do Departamento de Desenvolvimento Técnico da Cooxupé - Cooperativa Regional de Cafeicultores em Gua-

xupé (MG), a situação é mais crítica nos municípios de Alfenas, Campos Gerais, Campo do Meio e Carmo do Rio Claro, onde os cafezais se encontram abaixo de 900 metros de altitude e algumas áreas registraram déficit hídrico de até 400 mm. Ele comenta que ao verem a florada de longe o produtor ficava animado, mas, nos detalhes, perceberam grande quantidade de flores queimadas ou com outros distúrbios. A análise criteriosa destas condições e a previsão da safra deverão ser divulgadas nos próximos dias, com base em relatório técnico e experiência de campo da maior cooperativa de café do mundo. Joaquim Andrade destaca que em regiões de altitude superior a 900 m, mantidas em bom nível de fertilidade e enfolhamento, os distúrbios com a florada serão menores, mantendo boa capacidade produtiva. Entretanto, regiões com deficiência hídrica acentuada terão a próxima safra comprometida. Mais declara ser ainda cedo para prever o percentual desta quebra. “Depois desta seca, se a safra não for afetada, teremos que rever as indicações para o uso de irrigação”.

R E VI S TA ATTALEA AGRONEGÓCIOS

FOTO: Editora Attalea

renciação celular. Em uma mesma planta pode ser observado a presença de botões florais normais, nos ramos com folhas sadias, enquanto os ramos desfolhados apresentam alta incidência de flores mal formadas. No artigo, destaca-se ainda a amplitude dos efeitos das condições climáticas atípicas para o cafeeiro, uma vez que em uma mesma cultura observam-se três floradas de razoável intensidade excessivamente espaçadas (floradas de início de agosto, início de setembro e início de novembro). Tal fato poderá depreciar a qualidade de bebida da próxima safra devido à falta de uniformidade na maturação dos frutos. “O quadro de anormalidades apresentado na última florada (início de novembro) evidencia a possibilidade de perdas na produção, em diferentes intensidades, podendo em algumas culturas atingir percentuais elevados. Apesar das evidências ainda é prematuro quantificar o porcentual na quebra da produtividade. Essa avaliação poderá ser feita com consistência apenas no final da estabilização do processo de frutificação, o que deverá ocorrer em meados de dezembro”, concluem.

Dezembro de 2007

23

Encomendas pelos Fones: Fazenda Monte Alegre: (16) 3723-5784 André Cunha: (16) 9967-0804 / Luis Cláudio: (16) 9965-2657


Manejo de pastagens para ovinos com uso de cerca eletrificada móvel

R E VI S TA ATTALEA AGRONEGÓCIOS

Luiz Eduardo dos Santos (1) Eduardo Antonio da Cunha (1) Mauro Sartori Bueno (1) Cecília José Veríssimo (1)

Dezembro de 2007

24

@iz.sp.gov.br

FOTOS: IZ-APTA

Deve-se evitar períodos de ocupação superiores a 5 - 7 dias, tendo por objetivo minimizar a exposição dos animais às larvas infestantes (L 3) eclodidas naquele mesmo ciclo de pastejo (auto O manejo adequado das infestação). Dessa maneira, pastagens a serem utilizadas por quando a população de larvas ovinos deve, obrigatoriamente, infestantes tornar-se significalevar em conta dois aspectos: a tiva, os ovinos já terão saído disponibilidade aos animais de daquela área de pastagem, cuja forragem em níveis elevados de forragem estará bastante rebaiqualidade e quantidade e ainda xada, ficando as larvas sem hosÁrea de pastagem dividida por cerca eletrificada a manutenção de um reduzido pedeiros e expostas às intemmóvel, com fita de nylon. nível de contaminação por ovos péries climáticas (radiação solar e larvas de helmintos. Estes dois pontos sistema possibilita o rebaixamento e ventos). O período de repouso irá variar irão influir na carga animal a ser utilizada, acentuado do relvado, com remoção da em função da época do ano, das ou seja, no número de matrizes que as quase totalidade da área foliar. Com isso condições climáticas, da forrageira e das pastagens poderão manter, bem como no obtém-se a renovação total da massa de condições de fertilidade do solo e visa forragem a ser pastejada, garantindo a possibilitar a recuperação da forragem desempenho dos animais. Tendo-se por objetivo a exploração disponibilização, aos animais, de material após ter sofrido o desfolhamento severo. Em média considera-se um período intensiva das áreas disponíveis, deter- novo e de elevado valor nutritivo, bem mina-se o número total de matrizes da como se estimula o surgimento de novos de 30 a 45 dias (verão / inverno), como criação, ou seja, a carga animal máxima, perfilhos nas touceiras, aumentando a suficiente para se ter uma boa recuperação da forrageira. tomando-se por base a área total de densidade do relvado. O rebaixamento acentuado da forraVale observar que, para o capim pastagem efetivamente disponível e o potencial de produção anual de MS da gem, a altura aproximada de 15 cm, Aruana, o rebaixamento do relvado tem forrageira predominante. Com base possibilita ainda uma insolação plena até ainda um reflexo importante, que é nesses valores, estima-se a disponibilidade a base das touceiras, com alta incidência estimular a emissão de uma maior anual total de forragem e, considerando- da radiação solar, notadamente a ultra- número de perfilhos, característica típica se um consumo médio diário, por animal, violeta, alterando drasticamente as desse cultivar, aumentando a densidade de 3% do seu peso vivo, pode-se estimar condições do ambiente, tornando-o do relvado, com talos mais finos e alta a lotação máxima para a área de pasto menos favorável às larvas de helmintos relação folha/haste. parasitas, colaborando na redução do disponível. Como resultado dessa prática, desde Na exploração intensiva das pasta- nível de infestação da forragem por larvas que seja mantido um bom nível de de helmintos. gens, com ovinos, estas devem fertilidade e seja respeitado o ser manejadas, obrigatoperíodo de recuperação e Figura 1. Esquema de pastejo com lotação rotacionada, riamente, em esquema de rebrota da forragem, tem-se em faixas, com uso de cerca eletrificada. lotação rotacionada, visando uma maior produção de possibilitar um manejo mais forragem, de melhor valor FASE 1 FASE 2 FASE 3 adequado, garantindo, princinutritivo. palmente, um período míniObserva-se, com esta mo de repouso para a forratécnica, a elevada densidade CERCA gem, que possibilite a sua plena de perfilhos que, aliada a alta recuperação antes de um novo relação folhas/hastes, garanDESCANSO CERCA ciclo de pastejo. A adoção desse tem uma elevada disponibilidade de forragem, de (1) DESCANSO - Pesquisadores do Instituto de elevado valor nutritivo. Zootecnia, Nova Odessa (SP), da Pode-se verificar, ainda, Agência de Pesquisa Tecnológica ACESSO ACESSO ACESSO dos Agronegócios - APTA, a intensa exposição do Secretaria de Agricultura e remanescente de forragem à Abastecimento do Estado de São ÁREA VEDADA ÁREA PASTEJADA ÁREA EM Paulo -SAA. E-mail: lesantos radiação solar e à maior AO PASTEJO (EM DESCANSO) PASTEJO


número de divisões, são as cercas móveis, constituídas de fio de nylon trançado com fios metálicos, formando um cordão leve e flexível, que é sustentado por varas plásticas ou barras de ferro ¼, com isoladores plásticos. Esses cordões são encontrados em diferentes espessuras e cores. Também são encontradas fitas de nylon, igualmente com fios metálicos entremeados, com Área de pastagem dividida por cerca eletrificada 1 a 2 cm de largura. móvel, tipo tela de nylon. Essas fitas são mais visíveis que os cordões e, por apresentarem menor coeficiente de distensão, apresentam menos problemas de rompimento dos fios metálicos, fato comum nos cordões de nylon mais finos que, por isso, apresentam menor vida útil. Existem, ainda, as telas de malha de nylon eletrificadas, que apresentam alta eficiência na contenção dos animais, todaÁrea de pastagem dividida por cerca eletrificada via apresentam um custo muito móvel, com fita de nylon. elevado, sendo destinadas a usos específicos. É importante frisar que, o desempenho dos ovinos mantidos em pastagens dependerá, tanto da quantidade de forragem disponível, quanto da qualidade da forragem disponível, valendo lembrar que ovelhas em final de gestação e em lactação necessitam de um aporte Vantagens na utilização considerável de nutrientes, que só pode ser obtido em pastagens O uso da cerca eletrificada de forrageiras produtivas e de Pastagem, manejada com cerca eletrificada, em uso no manejo de pastagens utilielevado valor nutritivo, ou seja, com ovinos Ile de France. zadas por ovinos é bastante práde alta palatabilidade, alta tico e diminui a necessidade de consdigestibilidade e elevada concentração Alternativas de cercas trução de maiores extensões de cerca em nutrientes, por outro lado, também é eletrificadas convencional, apresentando as seguintes preciso ter em mente que as forrageiras vantagens: Existem diferentes tipos de cercas que atendem a esses requisitos apre• Racionaliza o uso das pastagens, eletrificadas. A mais comum é com a sentam, obrigatoriamente, elevadas propiciando melhor aproveitamento da utilização de arame de aço liso, sustentado exigências de nutrientes no solo, de clima forragem produzida; por palanques de madeira ou barras de favorável e de manejo adequado. • Reduz os custos de instalação e ferro com isoladores plásticos. Esse tipo Dessa maneira, pode-se concluir que manutenção das cercas; de cerca normalmente é fixa sendo ade- a exploração intensiva de ovinos, visando • Após a sua utilização podem ser quada para as condições de planteis já a produção econômica de cordeiros para removidas e guardadas, garantindo longo estabilizados e áreas de pastagens já abate precoce, depende, entre outras período de utilização; coisas, de boas pastagens, formadas por definidas. • Possibilita alterações na distribuição As mais práticas, por permitiram a forrageiras de alta produtividade, adedas áreas de pastagens, permitindo montagem e desmontagem rápida e ainda quadamente fertilizadas e corretamente adequações e melhor ajuste de lotações. possibilitar a adequação da área e do manejadas.

R E VI S TA ATTALEA AGRONEGÓCIOS

FOTOS: IZ-APTA

25 Dezembro de 2007

ventilação, aspectos que auxiliam na redução do nível de infestação da pastagem por larvas de helmintos. Resultados bastante positivos podem ser obtidos dividindo-se a área total de pastagem em cinco ou seis piquetes. No inverno serão utilizados em rotação direta. No período de verão cada um desses piquetes será subdividido em três piquetes menores, com uso de cerca eletrificada, liberando-se 1/3 da área de cada vez, para pastejo em faixas. Nos períodos de condições climáticas intermediárias, primavera e outono, pode-se reduzir para duas o número de subdivisões de cada piquete. Nesse esquema, nova faixa é acrescentada àquelas já utilizadas, as quais, apesar de continuarem acessíveis aos animais, não são mais pastejadas, seja por não possuírem forragem, seja pelo acúmulo de urina e fezes. Essas áreas, por estarem com a forragem rebaixada, são preferidas pelos animais para descanso e ruminação, diminuindo, assim, as perdas por acamamento e pisoteio na área em pastejo efetivo. Esse esquema é visualizado na Figura 1 (página anterior)


ROBERTO RODRIGUES

R E VI S TA ATTALEA AGRONEGÓCIOS Dezembro de 2007

26

A fruticultura brasileira vem ganhando mercados interessantes, graças à sua ampla variedade, inovação tecnológica e qualidade cada vez maior. O Brasil é o 3º maior produtor mundial de frutas, mas 95% do seu consumo ainda se destina ao mercado interno. Assim, o crescimento das exportações, embora expressivo, tem um extraordinário potencial. Há números que impressionam: 92% de toda uva “in natura” exportada pelo país sai de Petrolina (PE). E os produtores da região estão trocando suas variedades por outras sem sementes, muito apreciadas lá fora, o que, sem dúvida, ampliará o mercado. O açaí uma fruta tropical da Amazônia - é hoje uma coqueluche nos Estados Unidos e seus sorvetes e sucos valem uma fortuna. Grande parte deste sucesso se deve ao sistema chamado PIF - Produção Integrada de Frutas, projeto do Ministério da Agricultura que agrega tecnologias sustentáveis que racionalizam a atividade, reduzindo o uso de fertilizantes e defensivos, monitorando o uso de água, do solo, do meio ambiente, inclusive no pós-colheita, regulando todos os passos da produção, de modo a permitir a rastreabilidade e certificação. O etiquetamento dos lotes ainda no campo e até o processamento garantem a identificação do produto ao consumidor, através de embalagens contendo selos de conformidade. Hoje já existem dezenas de projetos do PIF em 14 estados, alcançando 17 espécies frutíferas em 40 mil hectares plantados, atendendo a mais de 1.500 produtores individuais, especialmente os pequenos. Estima-se que a economia com a Roberto Rodrigues é coordenador do Centro de Agronegócio da FGV - Fundação Getúlio Vargas; presidente do Conselho Superior de Agronegócio da FIESP - Federação da Indústria do Estado de São Paulo; professor de Economia Rural da UNESP Jaboticabal; e ex-ministo da Agricultura.

FOTO: Jefrey Conelli

Fruticultura, uma nova fronteira para exportação

redução do uso de fertilizantes em maçã chegue a 40%. Em uva de mesa, calculase que, de 2005 até agora, a redução do uso de fungicidas foi de 42%, o de acaricida foi de 89% e o de herbicidas, 100%! Tais dados, além de indicarem economias nos custos de produção, referenciam frutas com melhor qualidade e produtividade, além dos efeitos ambientais positivos. De todas as frutas, a mais produzida é a laranja, com uma previsão de colheita próximo de 18 milhões de toneladas este ano. Depois vem a banana, com estimativa de 7 milhões de toneladas. A uva vem a seguir, perto de 1,3 milhão de toneladas. A maçã, logo atrás, com 950 mil toneladas. O quinto colocado na produção é o coco, cuja unidade de medida é o fruto mesmo: 2 milhões de unidades. Já o abacaxi é o sexto, com 1,7 milhão de frutos. Para aumentar as exportações, os produtores estão investindo na qualidade, o que implica até a definição do tamanho da fruta; às vezes, um abacate ou abacaxi pequeno tem mais aceitação lá fora do que um grande, devido aos hábitos de

consumo. Por outro lado, investimentos importantes são necessários na cadeia do frio (armazenamento e transporte frigorífico) até o porto ou aeroporto e vem sendo feitos pelos produtores. Laboratórios que atestam a qualidade também foram instalados próximos às áreas de exportação. Em 2006, exportamos US$ 472 milhões em frutas in natura, sem falar nos sucos. Deste total, surpreendentemente, a uva representou 25% (cerca de US% 118 milhões). Em seguida vêm: melão (U% 88 milhões), manga (US$ 85 milhões), banana (US$ 38 milhões), limão (US$ 33 milhões), maçã (US$ 32 milhões) e papaia (US$ 30 milhões). A laranja fruta foi a oitava colocada, com apenas US$ 16 milhões, embora o suco de laranja tenha respondido por US$ 1,5 bilhão das exportações em 2006. Mas outras frutas vão ganhando mercado, graças ao PIF e ao trabalho caprichoso dos produtores: abacaxi, abacate, coco, figo, tangerina, goiaba e outras estão avançando. E no mercado interno, cresce o consumo de frutas como: pêssego, pêra, caqui, marmelo, melancia, mamão, entre outras. A fruticultura é uma atividade interessante, porque pode ser executada por pequenos produtores, com alto valor agregado. Adicionalmente, através de cooperativas, pode-se verticalizar a produção, com a industrialização, gerando sucos, doces, compotas, geléias, etc. Quando todo o corte da cana estiver mecanizado, cerca de 10% da área hoje plantada com a gramínea poderá ser plantada com frutas. Só no Estado de São Paulo, isto representará mais de 350 mil hectares. Sem dúvida, uma bela fronteira a conquistar. Nossos produtores vão se firmando pela competência, embora exportemos ainda pouco mais de um quarto do valor exportado pelo Chile.


associações e empresas do setor e órgãos do governo ligados à agricultura orgânica através da câmara setorial. Santiago qualifica a demora na tramitação desse decreto como “absurda”. Para Araci Kamiyama, coordenadora-executiva da AAO Associação de Agricultura Orgânica de São Paulo, a legislação proposta é de fato representativa do setor. A responsável pelo Serviço de Normas Técnicas e coordenadora substituta de Agroecologia do Ministério da Agricultura, Tereza Cristina de Oliveira Saminez, afirma que já foi fechado um acordo entre todos os ministérios envolvidos no processo de regulamentação. O texto referente ao decreto já foi assinado pelo ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, e enviado aos Ministérios da Saúde, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, do Desenvolvimento Agrário e do Meio Ambiente, para colher assinaturas eletrônicas dos ministros.

- SENAR MINAS - SENAR MINAS Doceiras de Guapé criam associação Doceiras da Comunidade Volta Grande, zona rural de Guapé (MG), criaram uma associação para produzir doces caseiros, que estão sendo vendidos diretamente para a prefeitura da cidade, a qual direciona cerca de 500 kg do produto para escolas, creches e outras entidades assistenciais do município. O negócio só foi possível depois das mulheres participarem de cursos do SENAR MINAS (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) ministrados gratuitamente na localidade. Nove doceiras participaram da associação, que ainda não tem sede e atua numa casa emprestada na própria comunidade. Todas elas participaram dos treinamentos do SENAR de “Produção de Doces, Compotas e Frutos Cristalizados” ocorridos durante este ano, numa parceria com o Sindicato dos Produtores Rurais de Guapé. “Depois que

fizemos os cursos do SENAR é que resolvemos montar a associação. A vontade era de todo mundo, porque muitas trabalhavam na panha de café e dependiam da safra para ajudar em casa”, disse uma das doceiras Cleuza Rodrigues. Conforme ela, a produção de doces em pedaço foi iniciada há mais de quatro meses com cerca de 300kg. Hoje, quase dobrou chegando a 500kg. As frutas usadas são aquelas disponíveis na região de Guapé, como banana e mamão, e ainda leite. “Já sabíamos fazer doce um pouco, mas com o SENAR, aprendemos técnicas de fabricação, esterilização, higiene e uso correto dos equipamentos e vestimentas”, contou Cleuza. Ao saber que as doceiras de Guapé estavam produzindo as guloseimas, a prefeitura resolveu encomendar 500kg de doces para distribuir nas escolas municipais, creches e outras instituições,

como o asilo, a Apae (Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais) e Casa das Crianças. O técnico agrícola da prefeitura, Carlos Eduardo Lara, informou que os doces são direcionados para estes lugares numa extensão do Programa Fome Zero, do governo federal, enriquecendo a merenda de alunos e a alimentação das pessoas. “Mais de 5 mil crianças e idosos estão recebendo os doces de leite, mamão e banana. Os doces são muito bons e eles estão adorando”, afirmou. Cada quilo de doce é vendido entre R$ 4,00 e R$ 6,00. Cleusa explica que o lucro é direcionado à compra de mais materiais para a associação. O restante é dividido entre elas. “O lucro ainda é pequeno. Se tivermos mais encomenda, podemos melhorar a renda. Mas o dinheiro já está ajudando em casa”, revelou a doceira.

27 Dezembro de 2007

FOTO: Editora Attalea

O setor de produtos orgânicos está cobrando do governo federal rapidez no processo de regulamentação da Lei 10.831, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 23 de dezembro de 2003. A lei em questão disciplinará a produção, a certificação, a fiscalização e a comercialização de produtos orgânicos no país. O anúncio de que a lei poderá ser assinada “em breve” foi feito em São Paulo no dia 16 de outubro, Feira de Produtos Orgânicos (Franca/SP) pelo ministro da Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca, Altemir cação Instituto Biodinâmico (IBD), José Gregolin, durante a abertura da feira Pedro Santiago, o texto do decreto de Biofach América Latina, que promove regulamentação e as instruções nora produção de orgânicos. Mas o mesmo mativas referentes à lei estão prontos anúncio foi feito nas duas feiras anterio- desde dezembro de 2005 e aguardam a res, pelos ministros da Agricultura, aprovação do governo para entrar em Pecuária e Abastecimento, Luís Carlos vigor. “O mercado orgânico está sofrenGuedes Pinto, em 2006, e Roberto do com essa demora”, avalia Santiago. Rodrigues, em 2005. Segundo ele, o texto do decreto que reguDe acordo com o presidente da lamenta a lei é resultado de uma discussão Câmara Setorial da Agricultura Orgâ- “ampla e democrática” realizada por nica e diretor da Associação de Certifi- todos os representantes dos movimentos,

R E VI S TA ATTALEA AGRONEGÓCIOS

Setor de orgânicos cobra rapidez do governo na regulamentação de lei federal


A Bolsa Agronegocios deseja a todos os nossos amigos, produtores rurais e fornecedores

R E VI S TA ATTALEA AGRONEGÓCIOS

um Feliz Natal e um Prospero Ano Novo!

Dezembro de 2007

28

Arysta LifeScience

R

Harmony in Growth

Sementes

R

Sacramento Ltda

“No presente semeando o futuro”

Adubos, Sementes, Defensivos, Elaboração e Implantação de Projetos de Irrigação Assistência Técnica Especializada

(16) 3720-2323 (16) 3720-2141 AV. ELIAS ABRÃO, 110, FRANCA (SP)

ALETANDO.COM


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.