Edição 51 - Revista de Agronegócios - Outubro/2010

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EDITORIAL

Confraternização e Pesquisa

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sta é a primeira edição da Revista Attalea Agronegócios após 50 outras de muita informação. São cinco anos de planejamento e trabalho contínuo de toda a nossa equipe. Mês a mês foram inúmeras entrevistas, fotos, visitas técnicas, eventos sociais, palestras, seminários e contatos profissionais. Tudo para levar a você, leitor, a melhor informação agropecuária da região da Alta Mogiana, Sul e Sudoeste Mineiro. O destaque desta edição é o trabalho das pesquisadoras Celma, Maria Carlota e Vera Lucia, do IEA - Instituto de Economia Agrícola, que traça um panorama da mão-de-obra da cafeicultura em todo o Estado de São Paulo. Em outro artigo, também relacionado à questão da mão-de-obra, retratamos que esta limita os ganhos da cafeicultura. Reproduzimos ainda informação da Fundação Pró-Café que mostra uma nova técnica de enxertia de mudas de café. Na irrigação, publicamos o primeito artigo de experiente consultor Regis Ricco Alves. Ele mostra que a irrigação é a “diferença entre produzir” e “talvez produzir”. Publicamos, também, os resultados e as personalidades presentes na

festa de premiação dao 8º Concurso de Qualidade de Café da Alta Mogiana, realizado pela AMSC - Associação de Cafés Especiais Alta Mogiana no mês passado, no Clube de Campo de Franca (SP). Dentre os eventos, apresentamos a cobertura completa do 20º Encontro Anual de Engenheiros Agrônomos de Franca e Região, onde a Revista Attalea Agronegócios foi parceira e patrocinadora. Na seção Silvicultura, mostramos o primeiros registros do ataque do fungo Ceratocistis fimbriata em talhões de Eucalipto no estado do Tocantins. Já na cultura de citros, o problema continua sendo o Greening. Entre os colunistas, ressaltamos Olivier Geneviève com “Os caminhos das Sociedades Rurais num Mercado Globalizado”; e Gerhard Bohne apresenta “O Novo Perfil do Engenheiro Agrônomo”. Na ovinocultura, apresentamos novo artigo dos pesquisadores da Embrapa, Aspaco e IBS sobre a raça Morada Nova na região de Franca (SP). Destacamos também a nova coluna da revista: “Você Sabia?”, fruto da contribuição expontânea do Dr. Hélio Casale. Boa leitura a todos!

E-MAILS ANTONIO CARLOS MARINHEIRO Proprietário Rural. Ribeirão Preto (SP). “Parabéns pelas fotos antigas da minha cidade, Batatais. Gostaria de receber gratuitamente a revista. MAURO JOSÉ ARAGÃO Gerente da Agropecuária MIL. Itaú de Minas (MG). “Quem é produtor rural tem o privilégio de ler e aprender com notícias novas e esclarecedoras da Revista Attalea Agronegócios. Ela ajuda o homem do campo a ter sucesso na labuta do dia-adia”. YASMINE MARTINS SCALABRINI Pedregulho (SP). “Gostaria de assinar a revista em nome do produtor rural Cláudio Henrique Morcia, do Sitio São Francisco”. TAIARA EVANGELISTA Pratápolis (MG). “Gostaria de assinar a revista em nome do produtor rural Romero Machado Campos Junior. Ele trabalha com confinamento bovino”. CLAUDIR FREITAG Estudante. Pato Branco (MG). “Sou estudante de Agronomia e gostaria de receber a Revista Attalea. Parabéns a toda a equipe pelas matérias e informações transmitidas”. LUCAS PAULINO Técnico em Agricultura. São Tomás de Aquino (MG). “Achei muito interessante as matérias da revista”. CUSTÓDIO JOSÉ ROSA Hortifrutigranjeiro. Franca (SP). “Tenho uma chácara na estrada Franca-Claraval. Tenho algumas criações e cultivo verduras. Gostaria de adquirir a revista”.

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FERTILIZANTES

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LEITE

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Rafael Seleme 1

seleção dos híbridos é o primeiro passo para se obter uma silagem com alta qualidade. Os híbridos para produção de silagem possuem características agronômicas especiais como a menor participação de fibras e conseqüente melhor digestibilidade e maior produção de grãos, componente este responsável pela energia da silagem. Quando o plantio dos híbridos é combinado com adequadas práticas de manejo por meio de uma correta adubação, população de plantas, além de outras, com o processo de ensilagem, observando o período ideal de corte, tamanho das partículas, compactação, tempo de vedação, dentre outras, têm-se como resultado a produção de silagens de alta qualidade.

FOTO 1 - Espiga no ponto ideal de corte 1 - Engenheiro Agrônomo e Gerente de Marketing Técnico da Pioneer Sementes

FOTOS: Divulgação Pioneer

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Silagem de milho: combinando volume com qualidade

Neste contexto, o Sistema de Combinação de Híbridos torna-se ferramenta-chave no planejamento para produção de silagem de alta qualidade com maior produção de matéria verde (MV) e matéria seca (MS) com maior valor energético (NDT - Nutrientes Digestíveis Totais). O Sistema de Combinação de Híbridos permite maior janela de corte criando um ambiente favorável para que a lavoura de milho seja cortada dentro da faixa ideal proporcionando um trabalho sem atropelos e maximizando a estrutura da propriedade. Sistema de Combinação de Híbridos – Ampliando a Janela de Corte De forma geral, o ponto ideal de

corte se dá quando os grãos de milho atingem o estádio de farináceo-duro, momento em que a planta acumula a maior quantidade de matéria seca (MS) de melhor qualidade nutricional, podendo variar seus teores de MS entre 32% e 38%. Neste estádio da lavoura, com 50% da linha do leite, colhe-se 95% dos grãos e 100% da forragem que o milho pode produzir. Na Tabela 1, verifica-se que quanto mais cedo se colhe o milho para silagem, menor é a participação de espigas e, por conseqüência menos grãos, o que produzirá uma silagem com teor de energia e qualidade abaixo da capacidade real da lavoura, simplesmente por uma decisão errada do momento de cortar a lavoura. Esta prática, o corte antecipado da silagem, sob o ponto de vista econômico, implica no aumento dos custos de produção, pois silagens de baixo valor energético demandam maiores quantidades de concentrado na dieta para atender as exigências nutricionais dos animais. A maneira mais eficiente de garantir que a lavoura será cortada no ponto ideal é ampliar a janela de corte através do uso do Sistema de Combinação de Híbridos. O plantio de diferentes híbridos com características especiais para silagem e com diferentes ciclos deve ser um recurso utilizado pelo agricultor. Esta prática permite que a janela de corte seja o maior possível,


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aumentando a probabilidade de que o corte da lavoura seja feito dentro do melhor período, ou seja, entre 32% a 38% de MS (grão farináceo-duro ou 50% da linha do leite). Isso assegurará uma silagem com maior qualidade e com mais energia. Observe no Gráfico 1, um exemplo do uso do Sistema de Combinação de Híbridos na ampliação da janela de corte, considerando que os híbridos foram plantados na mesma época/data. De acordo com os dados apresentados, é possível afirmar que, em média, principalmente em função de condições ambientais como temperatura, o uso do Sistema de Combinação de Híbridos pode ampliar para 15 dias a janela de corte quando comparado ao uso de apenas um híbrido, podendo este período variar para mais ou para menos dependendo do acúmulo térmico de cada região. Veja que uma

simples seleção e combinação de híbridos permite uma maior possibilidade de obter uma silagem de alta qualidade, reduzindo custos pela diminuição do uso de concentrados na dieta animal. Este período de corte pode ser ainda maior caso o plantio seja escalonado, ou seja, faça a semeadura dos híbridos em diferentes épocas por meio de um seqüenciamento de plantio. No caso de plantios escalonados, o uso do Sistema de Combinação deve seguir as recomendações técnicas e de posicionamento dos híbridos. A época de plantio e, conseqüentemente, as condições ambientais exercem forte influência sobre o resultado da lavoura. A

VOCÊ SABIA? por Hélio Casale # Que milho verde, até bem pouco tempo atrás, era simplesmente o milho colhido antes da maturação? Hoje, foram desenvolvidas variedades específicas para consumo in natura, com grãos amarelo-claros, macios e com bom teor de açúcar e amido. O cultivo do milho verde ocupa cerca de 28.000 ha, com produção de 250.000 toneladas anuais. # Que o Girassol é planta da família das Compostas e de origem americana. É considerada planta bocífera, ou seja, muito exigente em boro. A cabeça é chamada de capítulo e quanto maior ele for, maior a quantidade de boro disponível no solo, e capítulo menor significa que está faltando boro. Boa planta indicadora. # Que a Soja é originária das regiões frias da China e foi “tropicalizada” graças á pesquisa agronômica, permitindo seu cultivo comercial nas regiões quentes. Assim a lavoura se expandiu e está sendo cultivada em todo o Brasil.


PECUÁRIA

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Silmar Muller 1

FOTO: Editora Attalea

Céu azul para a pecuária brasileira em 2011 s novas e boas perspectivas para os mercados agrícolas em 2011, particularmente para os grãos, como soja e milho, e para algodão, café e açúcar, se estendem também à pecuária e às carnes em geral. Após período de declínio nos últimos três anos, por conta dos reflexos da crise econômico-financeira mundial sobre o consumo, a demanda por carne bovina tende a se estabilizar e encontrará oferta mais apertada no próximo ano, o que oferece novas e excelentes oportunidades para o Brasil, o maior exportador mundial, já patente pela continuada valorização do produto nos últimos meses, com o preço médio da exportação brasileira beirando os 4.200 dólares a tonelada, 17% acima de um ano atrás. A julgar pelas primeiras projeções para 2011 divulgadas em outubro pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) sobre a oferta e demanda globais, o comércio mundial de carne bovina deve crescer mais de 2% no próximo ano, a partir da ampliação das importações por tradicionais e novos países demandantes. Além disso, também o consumo interno no Brasil deve continuar crescendo na medida em que aumenta a demanda per capita, que superará os 37 quilos/ano, fazendo com que o país suba para o 3º lugar no ranking mundial, ultrapassando pela primeira vez os Estados Unidos. Pela frente, agora, só restarão nossos vizinhos mais carnívoros do Mercosul 1 - Jornalista, economista, e diretor da Probiz, empresa responsável pela realização do PecForum 2010, nos dias 17 e 18 de novembro de 2010, em Uberlândia (MG).

(Argentina e Uruguai), que devoram 54 quilos per capita/ano. Com o boi brasileiro já beirando os 100 reais/arroba (ou 60 dólares, o boi mais caro do mundo pelo nosso câmbio sobrevalorizado), devido à falta de gado pronto para abate, é hora de investir na produção, com a vantagem brasileira do boi a pasto, mais rentável no momento, por não depender tanto de rações diante da forte valorização dos preços do milho e do farelo de soja. De acordo com as projeções do USDA, a produção mundial de carne bovina dependerá em 2011 sobretudo do Brasil e, em menor grau, da Índia. Mesmo assim, a oferta não será suficiente para compensar o declínio esperado para outros países, do que resultará outro ano de suprimentos apertados. A concorrência será pequena. Nos Estados Unidos, o maior produtor mundial, da mesma forma que no Canadá ou Austrália, a perspectiva é de declínio nos rebanhos e na oferta de gado para abate, ao mesmo tempo em que o aumento dos custos da alimentação dos bovinos limitará a recuperação da oferta pela União Européia. A seca na Rússia também elevou os custos da ração e deve contrair a produção do país. Uma nova constante em termos

de concorrência está na Índia, que detém o maior rebanho bovino do mundo e cujas exportações de carne mantêm crescimento sustentado, consolidando o país asiático como o quarto exportador mundial, só superado por Brasil, Austrália e EUA. A pecuária bovina indiana é focada sobretudo em leite (a vaca é sagrada para a maioria dos hindus que, por motivos religiosos – quase ¾ da população professam o hinduísmo, não consomem carne bovina, limitada às minorias islâmicas, cristãs e outras). Com o rebanho crescendo para atender ao aumento da demanda por leite, a produção de bezerros (machos) acaba gerando um natural mercado excedente, cujo destino óbvio é a produção de carne para exportação. De qualquer forma, é bom lembrar para não generalizar: ao além do grande contingente não hinduísta (cerca de 300 milhões num país de 1,2 bilhão de habitantes), mesmo os hinduístas, embora em parte vegetarianos, além de frango também consumidores de carnes vermelhas (de búfalo) e entre as novas gerações começa a se reduzir o preconceito contra a carne bovina e seu consumo cresce, o que limita o potencial de crescimento futuro (e da concorrência) das exportações indianas. Mais importante no momento é nos preocuparmos com o potencial dos nossos próprios vizinhos do Mercosul, a Argentina em particular, que diante da melhora do mercado pode buscar recuperação de sua produção e de sua posição exportadora perdida para a Índia. As importações mundiais podem aumentar 3%, se depender do apetite de alguns países e da capacidade de atendimento dos países exportadores.

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PECUÁRIA

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Embora os mercados tradicionais tendam a se manter estáveis, outros continuam a se expandir, como são os casos de Venezuela, Irã, Egito e de vários outros países emergentes, sobretudo da Ásia. A China, também grande produtora e autossuficiente, infelizmente ainda não está nesta lista, com o consumo de proteínas crescendo mais na direção dos suínos e do frango. Mas continua sendo um grande potencial futuro também para as carnes vermelhas. As exportações, embora ainda parcialmente contidas pelos altos preços e restrições sanitárias em alguns países, devem aumentar 2% em 2011. O Brasil tem tudo para capturar a maior fatia desse aumento da demanda internacional, com crescimento previsto de 8% no volume de suas vendas externas, segundo o USDA. Para atender ao forte crescimento tanto do consumo interno (81% do total produzido, o que já torna o país o

segundo consumidor mundial) quanto das exportações, o Brasil precisará aumentar sua produção de carne bovina para 9,41 milhões de toneladas em 2011, 3% ou 265 mil toneladas a mais do que o volume estimado para 2010, projeta o organismo do governo americano. As novas demandas exigirão melhoria da qualidade do rebanho e da produção de carne bovina no país, sobretudo em produtividade, tendo em vista as novas limitações ambientais para o crescimento horizontal que surgem a partir do novo Código Ambiental Brasileiro a ser votado no Congresso ainda no final deste ano. Isso exigirá do pecuarista brasileiro maior cuidado com a gestão integrada do seu negócio. Além disso, os desafios sanitários e consequentes barreiras comerciais continuarão implicando limitações de acesso a alguns mercados, o que exige precaução e sistemas de rastreabilidade mais eficientes e confiáveis. As regras

do mercado, ademais, passam a ser ditadas cada vez mais pelo consumidor, seja interno ou externo, mais exigente em termos de qualidade e origem, o que implica satisfações de cunho sanitário, social e também ambiental. São desafios novos, é verdade, Mas também um novo e importante momento para o pecuarista brasileiro retomar os investimentos na produção, com gerenciamento novo e de forma sustentável, para garantir a rentabilidade que não teve em tempos passados. Oportunidades de demanda não faltam. E oportunidades novas de capitalização ou financiamento estão aparecendo, sejam públicas ou da área privada, como os fundos nacionais e internacionais de investimentos, que já vislumbraram nas commodities agrícolas e no agronegócio possibilidades que já não se veem em outras formas de aplicação financeira depois da crise de 2008/09. É tempo de aproveitar e voltar a lucrar. A


EVENTOS

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om um público estimado de 400 pessoas, em festa brilhantemente organizada no mês passado, no Clube de Campo de Franca (SP), a diretoria da AMSC premiou os vencedores do 8º Concurso de Qualidade de Café da Alta Mogiana. O evento contou ainda com a participação de Wagner Rossi (ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento); Manoel Bertone (Secretário de Produção e Agroenergia do MAPA) e o Dr. José Cassiano (representante da CODEAGRO). José Luiz Sanmarco Palma (Fazenda Esperança, Altinópolis/SP) venceu na categoria Café Natural. Francisco Antônio Rios Corral (Fazenda Santana, Pedregulho/SP) venceu na categoria Cereja Descascado. E na categoria MicroLote, José Lancha Filho (Fazenda Santa Terezinha, Franca/ SP) ficou em primeiro lugar. O evento contou com o patrocínio do Banco Bradesco, Yanmar-Agritech, Sami Máquinas, NaandanJain, Samaritá, Cooperfran, Colorado John Deere, Syngenta, Faesp/Senar, Bolsa Agronegócios, A.Alves New Holland, Octávios Café e Santoro Café. Entre as empresas compradoras, destaque para: Labareda do Caititu; EISA; Atlanta Coffee; Bourbon; Cafeeira Francana; Santoro; Brasc e Suplicy e Lucca Cafés. No evento foi lançado o excelente livro de memórias da cafeicultura da Alta Mogiana. De autoria de“Ao Sabor das Memórias do Café”, de Lucileida Mara de Castro. A

Wagner Rossi (ministro da Agricultura) e Carlos Arantes Corrêa (diretor da Revista Attalea Agronegócios)

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FOTOS: Editora Attalea

Com a presença de Wagner Rossi e Bertoni, AMSC premia vencedores do 8º Concurso

Manoel Bertone e a diretoria da AMSC: Flávia Olivito, Gabriel Mei Alves de Oliveira, Milton Pucci e a esposa Luisa Léia.

Sami El Jurdi, Nelson Watanabe (gerente Yanmar Agritech), Liliana Jurdi e a mãe Maria Elaine.

O cafeicultor José Milton de Souza é premiado pela Comissão Organizadora.


FOTOS: Editora Attalea

EVENTOS

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André Cunha (Monte Alegre Soluções Agrícolas) e a esposa Lucimara.

Luis Gustavo de Andrade (Syngenta) e Fernando Ribeiro (Fazenda Kissol)

José Édson (Cafeeira Silva & Diniz) e a esposa Carla

Luis Cláudio Cunha (Cooperfran) e a esposa Elaine.

Anderson Paltanin (Colorado John Deere) e o cafeicultor Toninho David

O cafeicultor José Lancha Filho e a esposa.


MÁQUINAS

FOTOS: Sami Máquinas

Cafeicultor de Altinópolis moderniza frota e adquire 10 tratores da Sami Máquinas

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o último dia 2 de outubro, na Fazenda Santa Helena, em Altinópolis, houve uma grande mobilização. Primeiro, a Sami Máquinas Agrícolas entregou os 10 tratores adquiridos pelo cafeicultor Juliano Calil. Foram 5 tratores 1155 super estreito e

À direita, o cafeicultor Juliano Calil com os tratores que foram adquiridos. À esquerda, detalhe do curso ministrado pelos técnicos da YanmarAgritech.

5 tratores 1175. Posteriormente, contando com a presença do vendedor da Sami Máquinas Rodrigo Morais e de 25 funcionários da Fazenda Santa Helena, foi realizado um curso técnico em que dois técnicos da Yanmar-Agritech abordaram a op-

eração dos tratores e manutenção dos mesmos. O curso técnico, que durou todo o período da manhã, foi dividido entre teoria e prática. Na parte prática, os funcionários tiveram também a oportunidade de testar a operação dos tratores. A

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ARTIGO 14 NOV 2010

“Os caminhos das sociedades rurais num mercado globalizado” Olivier Genevieve - presidente da ONG Sucre-Ethique e Professor na Escola de Comércio INSEEC. Lyon - Paris.

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formação das teorias econômicas modernas iniciaram-se em cima de valores do século das luzes e com o início do domínio mundial da Inglaterra no final do século 18. A alternativa francesa a este dominio acabou-se na ilha de Santa Helena “um merda que o diabo fez voando da América do Sul para a África” – com o exílio do Imperador Napoleão e o seu sonho de uma Europa Continental. Em 1821, Napoleão analisava na suas memórias a defeita deste modelo continental, explicando que o povo inglês era um povo de negociantes e sobre o fracasso do bloqueio continental que tinha com objetivo de acabar com o economia da Pérfida Albion. Frente ao pai fundador da economia moderna, o famosíssimo inglês Adam Smith (1723-1790) e o seu livro fundador do dogma econômico atual baseado em cima do comércio, “A Riqueza das Nações”; o francês François Quesnay (1694-1774) que explicava alguns anos antes que a riqueza dos povos era baseada na agricultura foi esquecido. Após a última abertura das economias modernas para as mercadorias, com a chegada a China na Organização Mundial do Comércio (OMC), em novembro de 2001 – Napoleão tinha falado sobre a China que “no dia que ela acordasse o mundo iria tremer” – a próxima fronteira da “integração das economias” será no setor agricola; no qual o Brasil hoje, e talvez a África amanhã, tem um papel preponderante. Sem acordo em cima do dossiê agrícola, a OMC fica paralizado. Será que a origem do valor é o comércio ou a agricultura? a oferta ou a procura? Talvez um pouco dos dois em

cima do paradigma de mercados nacionais, herança de centenas de anos de construção das nossas sociedades modernas e democráticas. Um fato, é que nunca um rendimento poderá ser tão bom quanto o da agricultura: plantando um, pode receber vinte, trinta após a colheita. A nao ser a magia de um Bernard Lawrence Madoff, verdadeiro Moloch capitalista, e seus «subprimes» ou seja «fundos podres». O modernismo, herança da Revolução Industrial, deu a humanidade imensas possibilidade de rendimentos por hectares. Na metade do século passado, a chamada revolução verde da Índia como a conquista da Amazônia abriu outras fronteiras tantas qualitativas do que quantitativas. Todavia, pouco a pouco, num caminho inexorável, as fronteiras foram puxadas até este início de século novo em pontos últimos da Amazônia ou da floresta africana. As multinacionais, grande atores do mercado internacional por ser intermediários entre a oferta e a procura, têm vantagem em poder controlar fontes de produtos agrícolas como os mercados com consumidores solúveis. Economicamente elas tem utilidade em cima de mercados “livres” aonde os produtos agrícolas de matérias-primas viram « commodities » ; “fluidificando” a oferta e a procura num mercado globalizado sediado nas bolsas de Nova Yorque ou Londres. Por estes motivos, os grandes atores econômicos do mercado das «commodities» estão na corrida da terra. Somente no Brasil, 23,3% das terras da cana estão controlados pelas multinacionais. A participação de empresas estrangeiras no setor sucroenergético deve ir a 37% até 2015,

de acordo com estimativa da Datagro Consultoria. Este fenômeno está também acontecendo fortemente na África, último lugar aonde terá espaços para um agricultura eficiente ou seja produtivista. Produzir comida para 9 bilhões de pessoas no mundo hoje e talvez 15 bilhões em 2015 é um desafio imenso. Mas não se pode esquecer que tudo este mundo não é economicamente seguro. O mercado somente aceita consumidores e não seres humanos. O desafio socialista deste século nosso é justamente fazer dos seres humanos consumidores e dos consumidores seres humanos. Nos últimos anos, novos consumidores chegaram no mercado nacional com a aceleração da economia nacional e redistribuição social durante o governo Lula. Não é impossível que isso não aconteça em outros países. Este lance entre consumo e cidadania somente será possível num equilíbro entre comércio e agricultura, ter e ser, oferta e procura, pragmatismo e humanismo. Porque, no final, a agricultura não mente, como falava o Marechal Petain (1856-1951) na defeita francesa de 1940 frente ao alemães ou quando no final do “...E o Vento Levou” um dos primeiros filmes em cores da história do cinema, a atriz Vivian Leigh (Scarlett O’Hara no filme) pegava a terra vermelha da fazenda “Tara”, que assegura a continuade das gerações e da espécie humana. É para isso que se deve trabalhar com força e vigor para um mundo mais justo que tudos queremos não somente os altermundalistas no qual alguns estão tão longe das realidades agrárias do que perto das ideologias de um século passado. A


CAFEICULTURA

Cafeicultores de Ibiraci (MG) e Serra Negra (SP) vencem 7º Concurso de Qualidade de Café da Cocapec

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Cocapec - Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuarias da Região de Franca premiou no dia 7 de outubro, os vencedores do 7º Concurso de Qualidade de Café da Alta Mogiana – Seleção Senhor Café. A premiação dos cinco melhores lotes de café na categoria cereja descascado e natural aconteceu no salão do hotel Shelton Inn, em Franca (SP). O evento foi apreciado pela diretoria da cooperativa, cooperados e familiares e, também, pelo coordenador do Centro de Agronegócio da Fundação Getúlio Vargas (FGV-EESP), presidente do Conselho do Agronegócio da FIESP e ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, que proferiu uma palestra com o tema “Brasil Agrícola: Presente e Futuro”. Os vencedores ganharam troféus e kits Senhor Café, sendo que os cinco premiados da categoria natural receberam, respectivamente: R$ 10 mil, R$

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8 mil, R$ 6 mil, R$ 4 mil e R$ 2 mil em vale-prêmios para compras nas lojas da cooperativa. Eurípedes Alves Pereira (Fazenda Peixinho, em Ibiraci/MG) venceu na Categoria Cereja Descascado, com pontuação 85,0. Ailton José Rodrigues (Fazenda São Domingos, em Pedregulho/SP) ficou em segundo lugar. Na Categoria Café Natural (via seca), Paulo Rogério Pul-

lini Marchi (Sítio Nossa Senhora Aparecida, em Serra Negra/SP) venceu com pontuação 86,2. Em segundo lugar ficou Célio Izidoro Pereira (Sítio Izidoro, em Itirapuã/SP). Os cinco primeiros colocados na Categoria Café Natural foram contemplados com vale-compras nas lojas Cocapec, com valores que variaram de R$ 10 mil para o primeiro lugar até R$ 2 mil para o quinto A


CAFEICULTURA

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A ocupação de mão-de-obra na cafeicultura paulista Celma da Silva Lago Baptistella 1 Maria Carlota Meloni Vicente 2 Vera Lucia Ferraz S. Francisco 3

Figura 1 – Localização Geográfica dos Eixos Cafeeiros, Estado de São Paulo, 2010.

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cultura do café há muito não é o principal cultivo no Estado de São Paulo e é uma das lavouras que exibem encolhimento em termos de área ocupada. Contudo, a cultura é muito importante quanto ao aspecto social, pois estava presente em 21.742 UPAs ocupando uma área de 211.533,65 ha no Estado em 2008. A redução de área é compensada pelo incremento no número de plantas que saltou de 380 milhões em 1996 para 512 milhões em 2008, ou seja, incremento de 34,6% no parque cafeeiro sem prejuízo à produção, que apresentou taxa de crescimento de 1,04% a.a. Embora existam diferentes tipos de colheita, a manual ainda é adotada em muitas regiões, em especial nas que possuem terrenos irregulares. Dadas as diferentes características tecnológicas e estruturais das regiões cafeeiras paulista, onde se destaca o uso intensivo e sazonal de trabalho, este estudo visa atualizar os dados estatísticos sobre a ocupação de mão de obra na cultura. A metodologia para obtenção dos dados primários foi baseada em desenho de amostra probabilística estratificada dos informantes do Levantamento Censitário de Unidades de Produção Agropecuária 2007/08 (Projeto LUPA). A estratificação seguiu dois critérios: a) geográfico - segundo eixos de localização da cultura (Figura 1); e b) dimensional - segundo tamanho do parque cafeeiro medido em hectares, a saber: 1) - até 2 ha; 2) - entre 2 e 5 ha; 3) - entre 5 e 10 ha; 4) - entre 10 e 20 ha; 1 - Pesquisadora do IEA. Email: celma@iea. sp.gov.br 2 - Pesquisadora do IEA. Email: carlota@iea. sp.gov.br 3 - Pesquisadora do IEA. Email: veralfrancisco@ iea.sp.gov.br

5) - entre 20 e 50 ha; 6) - entre 50 e 100 ha; 7) - entre 100 e 180 ha; e 8) - estrato censitário com unidades de produção agropecuárias que continham área cultivada com café superior a 180 ha.

produtividade das lavouras paulistas alcançou a média de 27 sc./ha (Tabela 1). O total de plantas foi estimado em 499,5 milhões, ocupando 175.679,0 ha, resultado do incremento da densidade de cultivo que evoluiu para 2.844 pl/ha atuais, frente às 2.420 pl/ha (LUPA 2007/08), ou seja, expansão de 17,5% no estande médio das lavouras paulistas. De acordo com informações do levantamento especial realizado entre julho e agosto de 2010, a cafeicultura paulista ocupou 76,7 mil pessoas distribuídas nas categorias de proprietário, arrendatário, parceiro (e seus respectivos familiares) e de trabalhadores assalariados, considerando-se residentes e não residentes nas UPAs. Deste total, a categoria proprietário

As informações têm como referência a safra 2009/10 e o período de coleta dos dados ocorreu em julho e agosto de 2010, mediante aplicação de questionário estruturado nas áreas que compõem a unidade de produção agrícola. Para a safra de 2010, espera-se produção3 de 4.560,0 mil sacas de café beneficiado para o Estado de São Paulo, com incremento de 35,1% frente às 3.375,2 mil sacas obtidas na safra 2009. A área de café foi de 175.679,0 ha e a

Tabela 1 - Estimativa de Área, Produção e Número de Pessoas Ocupadas na Cafeicultura, Estado de São Paulo, 2010 REGIÃO

Alta Mogiana de Franca Montanhas da Mantiqueira e Bragança Paulista Mogi-Mirim e S. J. da Boa Vista Espigão Garça-Marília e sudoeste de Ourinhos-Avaré Demais regiões ESTADO

ÁREA (ha)

%

PRODUÇÃO (sc 60kg)

%

MÃO-DEOBRA

%

50.551

28,8

1.545.881

33,9

11.552

15,1

54.704 -

31,1 -

1.226.673 -

26,9 -

27.233 -

35,5 -

49.536 28,2 20.888 11,9 175.679 100,0

1.176.511 611.056 4.560.121

25,8 13,4 100,0

20.039 17.846 76.670

26,1 23,3 100,0

FONTE: Dados elaborados pelos autores com base em CONAB/CATI/IEA


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CAFEICULTURA FOTO: EPAMIG

(e familiares) participou com 37,9%, os parceiros com 5,5%, a categoria arrendatário com 0,5% e, em maior proporção, os assalariados com 56,1% (Tabela 2). O número de arrendatários e familiares (residentes e não residentes nas UPAs) tem diminuído na cafeicultura paulista. No levantamento de 2006, a participação desta categoria era de 7,0% do Estado, ou seja, com 2.475 pessoas com 24,0% destes residindo nas unidades produtivas. Em 2010, foram totalizadas 384 pessoas nesta categoria, com 105 arrendatários residentes na UPA. A categoria assalariado (residente e não residente na UPA) apresentou maior representatividade na ocupação de mão de obra no cultivo de café no notadamente os não residentes na UPA, que Estado de São Paulo (43.035 pessoas), totalizaram 28.728 pessoas. Esses informes Tabela 2 - Estimativa da População Residente e Não Residente na UPA, por Categoria de Ocupação nas Regiões Cafeeiras, Estado de São Paulo, 2010

18 FOTOS: Editora Attalea

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REGIÃO

Alta Mogiana de Franca Montanhas da Mantiqueira e Bragança Paulista Mogi-Mirim e S. J. da Boa Vista Espigão Garça-Marília e sudoeste de Ourinhos-Avaré Demais regiões ESTADO

REGIÃO

Alta Mogiana de Franca Montanhas da Mantiqueira e Bragança Paulista Mogi-Mirim e S. J. da Boa Vista Espigão Garça-Marília e sudoeste de Ourinhos-Avaré Demais regiões ESTADO

PROPRIETÁRIOS e FAMILIARES residente

%

nãoresidente

%

ARRENDATÁRIOS e FAMILIARES residente

nãoresidente

%

%

1.843

11,8

1.315

9,8

1

1

157

56,3

5.733 -

36,6 -

5.824 -

43,5 -

2 -

1,9 -

0 -

0 -

3.026 5.077 15.679

19,3 32,4 100,0

3.782 2.463 13.384

28,3 18,4 100,0

102 105

97,1 100,0

122 279

43,7 100,0

ASSALARIADO

PARCEIRO e FAMILIARES residente

%

nãoresidente

%

residente

%

nãoresidente

%

192

10,6

471

19,9

2.269

15,9

5.305

18,5

1.313 -

72,2 -

720 -

30,4 -

6.458 -

45,1 -

7.183 -

25,0 -

174 139 1.818

9,6 7,6 100,0

27 1.153 2.371

1,1 48,6 100,0

4.121 1.459 14.307

28,8 10,2 100,0

8.685 7.555 28.728

30,2 26,3 100,0

FONTE: Dados elaborados pelos autores com base em CONAB/CATI/IEA

sinalizam mudança estrutural na ocupação de mão de obra na cafeicultura em relação a períodos anteriores, pois este cultivo sempre priorizou a mão de obra residente nas fazendas, com destaque para proprietários, arrendatários, parceiros e seus familiares. O principal eixo produtor paulista, Alta Mogiana de Franca, espera colher a quantidade de 1.545,9 mil sacas de café beneficiado na safra 2010, com incremento de 36,4%, em relação à safra de 2009, que obteve 1.133,5 mil desse produto. O grande volume de precipitações ao longo de 2009 e o adequado manejo agronômico adotado pelos cafeicultores da região são fatores responsáveis pela elevada produtividade dos talhões, calculada em 33 sc./ha. Com a colheita praticamente encerrada, os cafeicultores ainda mantêm mobilizadas suas máquinas na


FOTO: Editora Attalea

CAFEICULTURA

realização do trabalho de varreção que deverá ser utilizado em, aproximadamente, 30% da quantidade total colhida. Esse eixo produtor ocupou 11.551 pessoas e a principal categoria arregimentada foi a assalariada, que representou 65,6%, enquanto a categoria proprietário e seus familiares obteve 27,3%. Na região Montanhas da Mantiqueira, que compreende os municípios dos EDRs de Bragança Paulista, Mogi-Mirim e São João da Boa Vista, a produção esperada para a safra 2010 será de 1.226,7 mil sc. beneficiadas. Comparando com o ciclo anterior, em que foram colhidas 883.295 sacas, constatou-se expansão de 38,9% na oferta regional, com produtividade de 23 sc./ha. A condição de montanha alonga o ciclo produtivo das plantas. Assim, em torno de 30% das lavouras ainda permanecem à espera da colheita, especialmente, nas grandes propriedades. O alto custo da mão de obra rural para prestação do serviço de colheita do café e a concorrência por trabalhadores pelas outras culturas, como batata, cebola e morango, são fatores responsáveis pelo atraso na apanha dos grãos. A diversificada indústria regional e os serviços conexos a ela também imprimem forte concorrência pela mão de obra de menor capacitação, usualmente empregada na cafeicultura. Nesta região, a participação das categorias que mantêm relação de produção foi maior em comparação às outras regiões, ou seja, foram ocupados 11.557 proprietários e seus familiares e 2.033 parceiros e familiares. Mesmo não tendo finalizada a colheita, o número de assalariados (residentes e não residentes), até julho, foi de 13.641 pessoas. Esta região tem ocupado o maior número de trabalhadores no Estado. É nesta região, também, que se constatou desânimo muito acentuado com o futuro da lavoura. Por se tratar de uma cafeicultura de montanha, há uma pressão sobre os custos para os quais as cotações vigentes, nos últimos anos, não foram capazes de suportar. Ademais, percebe-se nessa cafeicultura a prevalência de produtores familiares já mais idosos e com dificuldades de sucessão para a condução das lavouras. Na ausência de mão de obra familiar para

realizar os tratos culturais e colheita, e dado o alto custo de contratação para esses serviços no mercado de trabalho local, muitos cafeicultores erradicaram seus talhões. A conversão para pastagens tem sido a alternativa mais frequente. O espigão de Garça-Marília e sudoeste de Ourinhos-Avaré caracterizam-se pela preponderância de lavouras novas e do emprego mais frequente da irrigação, especialmente na primeira localidade citada. Esses fatores explicam o incremento da atual safra, estimada em 1.176,5 mil sacas de café beneficiado. Na safra anterior, o volume obtido foi de 837,5 mil sacas. Isto significa que a expansão da oferta no atual ciclo alcançará 40,5% de incremento. Observou-se elevado percentual de varreção também nessa região. Entre 20% e 30% do total do café colhido será proveniente dessa técnica. Nessa região, os cafeicultores familiares encerraram a colheita, enquanto os empresariais ainda possuem 40% dos talhões a serem colhidos. É a segunda região na arregimentação de mão de obra e destaca-se quanto à ocupação da categoria arrendatário e seus familiares, tanto residentes quanto não residentes. A penetração das variedades de maturação mais tardia é grande nessa região. Assim, provavelmente, ao longo de todo o mês de setembro ainda ocorrerá colheita nessa região. A

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Encontro se consolida como o principal evento da classe agronômica FOTOS: Maristela Vilas Boas

ealizado há mais de 20 anos em Franca, o Encontro Anual de Engenheiros Agrônomos da Região de Franca se consolidou como o principal evento da classe agronômica do ano. Além de comemorar o “Dia do Engenheiro Agrônomo” - data oficialmente instituída em 12 de outubro de 1933 -, o Encontro Anual busca reunir os profissionais de todas as gerações para homenagens e confraternização. Na última edição, o 20º Encontro Anual foi realizado no dia 23 de outubro, no Salão do Agabê, em Franca (SP) e contou com a participação de 110 engenheiros agrônomos e um total de 280 participantes. Neste ano, a Comissão Organizadora realizou 15 reuniões, organizando o formato do evento, bem como estudando os curriculuns dos profissionais indicados por cada O homenageado do ano: o Engº Agrº José de Alencar Coelho Junior (Cocapec) e a esposa Maria Amélia Capaneli Guimarães. membro da comissão. Pelo trabalho desenvolvido na Cyanamid, na Basf, na excelente banda: a Banda Teed. Serrafértil e na Média Agrícola, junto aos agricultores de Além da brilhante organização da Comissão de Festas, toda a região, especificamente com relação à utilização de o evento só foi possível graças ao patrocínio de mais de 47 aminoácidos, foi premiado no evento o Engº Agrº José de empresas parceiras do Engenheiro Agrônomo. As empreAlencar Coelho Junior como o profissional do ano. sas participaram de várias peças publicitárias constantes no O Encontro Anual contou ainda com várias premia- Plano de Mídia, tanto durante o evento, como em placas de ções, um bom jantar, boa bebida e a apresentação de uma outdoor e na Revista Attalea Agronegócios.

A Comissão Organizadora 2010: Eder de Carvalho (Cocapec), Danielle Fernandes (Dedeagro), Antônio Rigolin (Casa das Sementes), Ricardo Ravagnani (Cocapec), Márcio Figueiredo (Cati), Antônio Carlos (Embrapa), Carlos Arantes (Revista Attalea Agronegócios), Marcelo Augusto (Cocapec), Luciano Ferreira (Coonai) e Roberto Maegawa (Cocapec). Participaram ainda da comissão: Daniel Figueiredo (Santander) e Enéias Cordeiro (Mosaic).


FOTOS: Maristela Vilas Boas

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O Engº Agrº Tomaz del Bianco é sorteado com brinde da Comissão Organizadora: uma Botina Beretta, da Schio Brasil.

O Engº Agrº Iran Francisconi é sorteado com brinde da Comissão Organizadora: um jantar com a esposa na Churrascaria Nono Mio.

O Engº Agrº Alex Faleiros (Cocapec) e a namorada.

O cafeicultor e Engº Agrº Wanderley Lima Salgado e a família.

O Engº Agrº Breno Algarte Moreno e a namorada.

O cafeicultor e Engº Agrº Maury Faleiros e a esposa.

O Engº Agrº Fernando Pavão (Viveiro Pavão) e a esposa.

O Engº Agrº Alex Rodrigues Kobal (Biolimp) e a família.


FOTOS: Maristela Vilas Boas

CAFEICULTURA

22 NOV 2010

O cafeicultor e Engº Agrº David Sebastião Ferreira a esposa.

O Engº Agrº Welson Roberto (CETESB / DEPRN) e a família

O Engº Agrº Paulo Peroni (DEDEAGRO) e a namorada.

O Engº Agrº Márcio Lima Freitas (BAYER CROPSCIENCE) e a família.

O Engº Agrº Renato Duarte (BASF) e a esposa.

O Engº Agrº André Siqueira (CASA DO CAFÉ) e a família.

O Engº Agrº Shigueru Kondo (CATI) e a esposa.

O Engº Agrº José Carlos S. Neto (NUTRINORTE) e a esposa.


FOTOS: Maristela Vilas Boas

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Os Engºs Agrºs Gisele Pereira Avelar (COLÉGIO AGRÍCOLA FRANCA) e Pedro César Avelar (Diretor EDA-Franca CATI) com o filho.

O Engº Agrº Fernando Ribeiro (FAZENDA KISSOL) e a esposa.

O Engº Agrº Giovano Algarte Moreno (CATI - Pedregulho) e a esposa.

O Engº Agrº Edson Castro do Couto Rosa e a esposa.

O cafeicultor e Engº Agrº Milton Eugênio Jorge Monteiro e a esposa.

O Engº Agrº Saulo Faleiros (COCAPEC) e a família.

O Engº Agrº Elbio Rodrigues Alves (MONTE BELO) e a esposa.

O cafeicultor e Engº Agrº Maurício Makoto Kondo e a esposa.


CAFEICULTURA

U

m novo sistema de enxertia do cafeeiro permite, através da técnica da encostia, que uma mesma planta tenha duas raízes. A tecnologia, simples e barata, aumenta a taxa de crescimento da muda e a torna mais resistente a nematóides, especialmente nas áreas com infestação por Meloidogyne incognita. Pesquisadores da Fundação Procafé estudam o sistema há quase dez anos com o objetivo de substituir a enxertia por garfagem em cunha, bastante utilizada no Brasil. O método inovador é um dos temas do 36° Congresso Brasileiro de Pesquisas Cafeeiras, que acontece de 26 a 29 de outubro, em Guarapari (ES). A principal diferença do novo sistema de enxertia é a pouca exigência de cuidados especiais. Enquanto a garfagem em cunha, feita com mudas no estágio de palito-de-fósforo, exige habilidade

FOTOS: Fundação Pró-Café

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Fundação Procafé recomenda novo sistema de enxertia: mais simples, barato e eficaz

Sementes germinadas na sacolinha: a da esquerda, de Catuaí, e a da direita, de Conillon

do enxertador e atenção com a umidade para um bom pegamento, a técnica por encostia elimina esses problemas. De acordo com o agrônomo José Braz Matiello, à frente das pesquisas, a principal característica da técnica é a simplicidade. “O novo sistema vai eliminar esse problema de pegamento. A

Mudas do 1º - 2º par de folhas, no ponto de enxertia.

gente pega a sacolinha e planta duas sementes próximas, uma que vai ser o enxerto e outra que será o porta enxerto. Nos experimentos, nós utilizamos uma muda do arábica e outra do robusta. Quando elas atingem o estágio do primeiro para o segundo par de folhas, com mais ou menos dez centímetros de altura, a gente faz o que a gente chama de encostia. Corta uma beirinha de uma e de outra, encosta as duas mudas e dá um nozinho com uma fita biodegradável ou um pregador de roupa. Após trinta dias, aquilo cola e forma uma muda. A parte que é do robusta em cima, que a gente não quer, a gente corta e então fica só a parte de baixo. A novidade é que a gente

Cortando ambos os caules das mudas, cerca de 1,5cm para a encostia para união dos caules, coincidindo as partes cortadas das duas mudinhas.


FOTOS: Fundação Pró-Café

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Passando a fita biodegradável

Com 20-30 dias a união cicatrizou e pode-se cortar a parte aérea do cavalo (Robusta), podendo-se ou não cortar a parte baixa do enxerto (Catuaí)

deixou a planta com uma parte aérea e duas raízes. Uma arábica e outra robusta”, explica. O resultado, segundo o pesquisador, é um aumento considerável da taxa de crescimento da planta. O sistema radicular do arábica absorve mais os nutrientes da parte de cima do solo e o do robusta se alimenta dos nutrientes que ficam mais abaixo. Isso faz com que a planta tenha melhor absorção de água e, consequentemente, nutrientes. Ainda de acordo com Matiello, a muda pega mais fácil no sistema novo que no sistema normal, em viveiro. O nova técnica não exige cuidados especiais com ambiente úmido porque as duas mudas continuam se desenvolvendo sem

qualquer estresse, já que contam com suprimeiro de água e nutrientes através de seus sistemas radiculares. A próxima etapa da pesquisa é a realização de experimentos em nível comercial. O primeiro plantio de grande porte será feito esse ano, em um viveiro montado na Zona da Mata, com capacidade para cem mil mudas. Nessa etapa, a Fundação Procafé fará os experimentos em parceria com a Embrapa.Na opinião de Matiello, os resultados promissores vão fomentar estudos semelhantes em outras regiões, para que se comprove a eficácia e a viabilidade da técnica. (FONTE: Portal Dia de Campo e Fundação Procafé) A


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26 NOV 2010

Importância da amostragem de solo para uma cafeicultura sustentável Alysson Vilela Fagundes 1

A

AMOSTRAGEM DE SOLO

pH

P

K

5,0 8,1 72 rentabilidade da Amostragem padrão Projeção da saia atividade cafeeira do cafeeiro depende da obten- Incorreta 1 6,0 16,6 64 ção de boas produ- 30cm fora da saia tividades, as quais são obtidas Incorreta 2 6,1 8,1 46 em solos férteis e com bom Meio da rua equilíbrio entre os nutrien- FONTE: Dados elaborados pelos autores com base em CONAB/CATI/IEA tes. A cafeicultura atual está implantada em solos de baixa fertilidade ou empobrecidos por produções sucessivas, o que demanda a adição constante de fertilizantes e corretivos. Para realização de uma adubação equilibrada, o primeiro passo é a realização de uma amostragem de solo correta. A suplementação dos nutrientes requeridos pelo cafeeiro só é possível após conhecer a demanda dos mesmos pela planta e a sua disponibilidade no solo, cuja determinação é feita por análises químicas. Resultados analíticos não representativos levam a recomendações equivocadas comprometendo a produtividade e conseqüentemente elevando os custos de produção com sérios

1 - Engenheiro Agrônomo, Mestre em Fitotecnia - PROCAFÉ

Ca

Mg

V %

m

MO

Zn

Fe

Mn

Cu

B

1,43

0,32

27,8

17,2

3,41

9,4

34,2

8,4

7,7

0,74

2,80

0,78

61,9

0,0

2,36

7,8

20,8

9,6

6,1

0,45

3,09

1,02

66,8

0,0

3,0

10,8

23,7

15,3

11,3

0,37

comprometimentos na rentabilidade da atividade, podendo em alguns casos até mesmo inviabilizá-la. Por esse motivo torna-se importante a coleta de amostras de solo representativas do ambiente explorado pelo sistema radicular. Com objetivo de se estudar melhor a respeito de tal assunto, instalou-se na Fazenda Experimental de Varginha um ensaio em uma área de 0,35 ha, da cultivar Acaiá IAC 474-19 plantada em janeiro de 2003. As coletas foram feitas das seguintes formas: 1. Amostragem padrão - na projeção da saia do cafeeiro. 2. Amostragem incorreta 1 - 30 cm fora da projeção da saia. 3. Amostragem incorreta 2 - no meio da rua. Tabela 1: Resultados de análise de solo, em uma área de 0,35 ha, em uma lavoura do cultivar Acaiá IAC 474-19 plantada em 2003 na Fazenda Experimental de Varginha. Varginha(MG).

VARIAÇÕES ENTRE AMOSTRAGENS pH: 17% V: 139% P: 104% MO: 44% K: 56% Zn: 38% Ca: 116% Mn: 82% Mg: 218% B: 100% Com relação aos principais macros e micronutrientes observou-se diferenças superiores a 100% somente devido à variação na forma de coleta da amostragem de solo (Tabela 1). Diferenças dessa magnitude impactam profundamente na produtividade e conseqüentemente na rentabilidade da lavoura cafeeira. Com base no experimento acima citado podemos perceber diferenças enormes somente devido a retirada de amostras em locais considerados errados. O solo deve ser coletado sempre na faixa de adubação, ou seja, se o produtor realiza uma adubação mecanizada sob a saia do cafeeiro, o local correto de retirar essa amostra é sob a saia; se a adubação é realizada mecanicamente em toda a área da lavoura, o local correto passa a ser tanto o meio da rua quanto a projeção da copa da planta. Em resumo, a amostra deve ser retirada onde ocorre absorção pelo sistema radicular do cafeeiro e onde ocorre acidificação decorrente da adubação nitrogenada. A


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Mão-de-obra limita ganhos na cafeicultura

A

escalada das cotações do café no mercado internacional abre boas perspectivas de remuneração para quem investe na commodity nesta safra 2011/12. Para muitos produtores, pode ser a chance de ampliar ganhos obtidos no ciclo passado, em parte já favorecida pela ascensão dos preços. Mas o quadro positivo não é generalizado, e o aumento de custos, este sim geral, tende a pressionar margens sobretudo para quem não investe em produto de melhor qualidade. Apreciado no exterior, o café colombiano, por exemplo, está atualmente 45% mais valorizado do que na média dos últimos seis anos. Na mesma comparação, o grão brasileiro de boa qualidade aparece, em média, com cotações 21% superiores. Para as exportações dos dois países, a aquecida demanda externa e os problemas na oferta de concorrentes da América Central sustentam a tendência. Ontem, os preços voltaram a subir e atingiram o maior patamar nos últimos 13 anos. Os contratos para março fecharam o dia a US$ 2,0235 por libra-peso, valorização de 2%. “Ainda que o preço tenha melhorado, o aumento dos custos consumiu boa parte da renda. De qualquer forma, o mundo se prepara para enfrentar um déficit na relação entre oferta e demanda, que tende a gerar uma alta maior que, aí sim, será revertida para o produtor”, afirma Carlos Melles, presidente da Cooparaíso, cooperativa sediada em São Sebastião do Paraíso (MG). Próximo dali, no município de Guaxupé, Carlos Paulino, presidente da Cooxupé, maior cooperativa de café do mundo, diz que o fato da maior parte dos cooperados ser de agricultores familiares permite que a renda seja maior. “Quando o cafeicultor é pequeno e usa a mão de obra familiar, o peso disso no custo é menor. Isso permite que ele aproveite melhor essa alta de preços que estamos vendo”, afirma Paulino. Mas o cenário para o café de qualidade inferior é distinto. Dados da Organização Internacional do Café (OIC) apontam que, em 2010, a média de US$ 0,7483 por libra-peso paga pelo café robusta, normalmente menos valorizado que a variedade arábica, é 2,3% inferior à média dos últimos seis anos. “Houve uma valorização dos preços do café, mas isso vale para o produto fino, de alta qualidade. No caso brasileiro, da safra que colhemos em 2010 cerca de 30% foram de café robusta, 15% de café arábica de baixa qualidade e os 55% restantes de um produto melhor, capaz de aproveitar o bom momento de preços”, diz o consultor Luiz Araripe, da Valorização Empresa de Café. Se a elevação dos preços não favoreceu toda a safra de 2010 - estimada pela Conab em 47,2 milhões de sacas - o aumento dos custos, especialmente da

mão de obra, consumiram parcela significativa da rentabilidade da cultura. Em Guaxupé, onde predomina a colheita manual e os grãos têm qualidade superior, o peso da mão de obra passou a representar mais de 50% do custo total. Já nos polos onde a mecanização pode ser introduzida, como no oeste da Bahia, a realidade é diferente. Se por um lado a operação e o aluguel de máquinas respondem por 26,5% dos custos, a parcela da mão de obra tem um peso de apenas 3,7%, conforme a Conab. “Os preços foram bons, mesmo durante o pico da colheita. Mas não podemos esquecer que existem diferenças de tecnologia em cada região produtora e que interferem diretamente na formação do custo. Nossos levantamentos apontam para oscilações entre R$ 250 e R$ 400 por saca”, afirma Margarete Boteon, do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/USP). Mesmo com a renda da última safra sendo comprometida em algumas regiões por conta dos custos, a expectativa para os próximos anos é de uma valorização ainda maior com melhor aproveitamento por parte dos cafeicultores. O ritmo de crescimento da oferta será inferior ao aumento da demanda. A dificuldade dos países da América Central em elevar a oferta e com a safra 2011/12 no Brasil sendo menor, devido ao ciclo de baixa da bienalidade do café, a expectativa é de alta mais expressivas a partir de 2011. (FONTE: Valor Econômico) A

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Régis Ricco Alves 1

ntes de mais nada, agradeço à Revista Attallea pelo convite para tentar, com meu modesto entendimento, discutir sobre este tema tão importante e espero contribuir para que o faça à altura deste conceituado Informativo. Passado o período de seca, fazse necessário uma boa reflexão sobre Irrigação. A partir desta matéria, estaremos em outras próximas edições nos aprofundando sobre o tema, abordando outras questões extremamente importantes, como: manejo, balanço hídrico, stress, floradas e fertirrigação. É sabido por todos que temos uma cultura de alto valor agregado, porém com custeio elevado. Ocorre que, passamos quase todo o ano buscando mecanismos para levar as lavouras à um grau de sanidade e enfolhamento tal, que nos faça extrair ao máximo o potencial produtivo das plantas. Para isso, faz-se necessário gastos elevados com: calagem, gessagem, fosfatagem, fertilizantes (macro e micro), tratamento fitossanitário (fungicidas, inseticidas, bactericidas, etc...), além de formicidas, herbicidas, desbrotas, carpas, todas as atividades mecanizadas. Isso sem falar de custos administrativos, folha de pagamento, impostos e encargos, assistência técnica, energia elétrica, telefone, combustíveis, secagem, benefício, fretes, seguros, análises de solo e folhas, assistência jurídica, sacarias, lenha, e outras tantas despesas. Não bastasse todo o exposto, temos compromisso também com a manutenção de benfeitorias, máquinas em geral, renovação de frota e investimentos em máquinas colhedoras e para varrição, que muitas vezes se fazem necessários para tentarmos minimizar o maior de todos os gastos: a colheita. Todo esse custo pode ser absorvido e minimizado quando se consegue uma boa produtividade média, aliada à bons preços. Como preço é um ítem que não podemos manipular e interferir de maneira positiva, só nos resta o que é possível: trabalhar para ser um bom produtor e ter boa média de produtividade! Se isso dependesse somente de 1 - Diretor da RR Consultoria Rural - Café Irrigado desde 1995.

FOTO: Editora Attalea

Refletindo sobre investimento em Irrigação

nós, talvez não teríamos muitos problemas, mas em vários anos sofremos com intempéries. Podemos citar 3 (três) grandes problemas que podemos ter no decorrer de um ano agrícola: geada, chuva de granizo e seca. A geada pode ser prevista com alguma eficiência e acerto, porém muito pouco ou quase nada podemos fazer para prevenir e amenizar o desastre. A chuva de granizo não é passível de previsão e pode causar, de pequenos danos até a perda total da lavoura. Então nos resta a pior de todas as intempéries: a seca! A seca (por período além do normal) pode ser prevista, mas com pouca eficiência já no médio prazo. As previsões passam à não ser muito confiáveis a partir do 5º (quinto) dia e com pouquíssima eficiência e confiabilidade para semanas e meses adiante. Isso nos deixa numa situação de grande desconforto e insegurança na atividade. Digo isso porque, com exceção da colheita, podemos ter gastos acima dos R$ 5.000,00 (cinco mil reais) por hectare em custeio e daí em diante temos uma atividade de altíssimo risco. Tudo pode ter sido em vão e se perder aos nossos olhos por falta de apenas um insumo: a água! Em muitos casos, pode-se interferir usando mecanismos de irrigação. É sabido também que algumas propriedades não dispõem de recurso (água) para tal. Mas em outras tantas, o produtor tem a Água disponível mas tem muito receio e/ou medo de fazê-lo. Esse medo é perfeitamente justificável, haja vista o valor do investimento que, no caso do gotejamento ou pivô central, pode ser da ordem de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) até R$ 7.000,00 (sete

mil reais) dependendo da planialtimetria (topografia), energia elétrica disponível e dimensão do projeto. Tomando por base os valores atuais de mercado de café (R$ 300,00 a saca - outubro/2010), podemos transformar esse investimento em sacas de café, o que pode custar entre 17 e 23 sacas de café. Em alguns casos é até possível promover a troca da irrigação em CPR’s parceladas, mas na maioria dos casos os produtores optam por financiamento via BNDES com carência e bom parcelamento. A partir do exposto até agora, essa reflexão torna-se pertinente principalmente para as lavouras que apresentam grande potencial produtivo. Pode-se então concluir que, se perdermos algo em torno de 20 sacas por hectare, o investimento “se paga” já no primeiro ano! Isso sem considerar que, além da possibilidade de ficar no vermelho no ano em questão, pode-se colocar em situação extremamente delicada, outras questões como: pagamento de outros investimentos contratados e a própria viabilização da propriedade. É consenso em grande parte dos técnicos e produtores que, em novos plantios (lavoura nova) as respostas são superiores e rápidas, mas há que se considerar a vulnerabilidade de alguns talhões com médias baixas (em função de déficit hídrico) para que se possa buscar melhoria na média geral da propriedade. Concluindo, costumo dizer que em muitos casos, a irrigação é a diferença entre “produzir bem” e “talvez produzir”! Nas próximas edições, vamos falar sobre outros temas importantes relacionados à irrigação do cafeeiro. A


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Custo alto pode limitar lucro em algumas regiões

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escalada das cotações do café no mercado internacional abre boas perspectivas de remuneração para quem investe na commodity nesta safra 2011/12. Para muitos produtores, pode ser a chance de ampliar ganhos obtidos no ciclo passado, em parte já favorecida pela ascensão dos preços. Mas o quadro positivo não é generalizado, e o aumento de custos, este sim geral, tende a pressionar margens sobretudo para quem não investe em produto de melhor qualidade. Apreciado no exterior, o café colombiano, por exemplo, está atualmente 45% mais valorizado do que na média dos últimos seis anos. Na mesma comparação, o grão brasileiro de boa qualidade aparece, em média, com cotações 21% superiores. Para as exportações dos dois países, a aquecida demanda externa e os problemas na oferta de concorrentes da América Central sustentam a tendência. “Ainda que o preço tenha melhorado, o aumento dos custos consumiu boa parte da renda. De qualquer forma, o mundo se prepara para enfrentar um déficit na relação entre oferta e demanda, que tende a gerar uma alta maior que, aí sim, será revertida para o produtor”, afirma Carlos Meles, presidente da Cooparaíso, cooperativa sediada em São Sebastião do Paraíso, no sul de Minas. Próximo dali, no município de Guaxupé, Carlos Paulino, presidente da Cooxupé, maior cooperativa de café do mundo, diz que o fato da maior parte dos cooperados serem de agricultores familiares permite que a renda seja maior. “Quando o cafeicultor é pequeno e usa a mão de obra familiar, o peso disso no custo é menor. Isso permite que ele aproveite melhor essa alta de preços que estamos vendo”, afirma Paulino. Mas o cenário para o café de qualidade inferior é distinto. Dados da Organização Internacional do Café (OIC) apontam que, em 2010, a média de US$ 0,7483 por libra-peso paga pelo café robusta, normalmente menos valorizado que a variedade arábica, é 2,3% inferior à média dos últimos seis anos. “Houve uma valorização dos preços do café, mas isso vale para o produto fino, de alta qualidade. No caso brasileiro, da safra que colhemos em 2010 cerca de 30% foram de café robusta, 15% de café arábica de baixa qualidade e os 55% restantes de um produto melhor, capaz de aproveitar o bom momento de preços”, diz o consultor Luiz Araripe, da Valorização Empresa de Café. Se a elevação dos preços não favoreceu toda a safra de 2010 - estimada pela Conab em 47,2 milhões de sacas - o aumento dos custos, especialmente da mão de obra, consumiram parcela significativa da rentabilidade da

cultura. Em Guaxupé (MG), onde predomina a colheita manual e a os grãos têm qualidade superior, o peso da mão de obra passaram a representar mais de 50% do custo total. Já nos polos onde a mecanização pode ser introduzida, como no oeste da Bahia, a realidade é diferente. Se por um lado a operação e o aluguel de máquinas respondem por 26,5% dos custos, a parcela da mão de obra tem um peso de apenas 3,7%, conforme a Conab. “Os preços foram bons, mesmo durante o pico da colheita. Mas não podemos esquecer que existem diferenças de tecnologia em cada região produtora e que interferem diretamente na formação do custo. Nossos levantamentos apontam para oscilações entre R$ 250 e R$ 400 por saca”, afirma Margarete Boteon, do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/USP). EXPECTATIVA PARA O FUTURO - Mesmo com a renda da última safra sendo comprometida em algumas regiões por conta dos custos, a expectativa para os próximos anos é de uma valorização ainda maior com melhor aproveitamento por parte dos cafeicultores. O ritmo de crescimento da oferta será inferior ao aumento da demanda. A dificuldade dos países da América Central em elevar a oferta e com a safra 2011/12 no Brasil sendo menor, devido ao ciclo de

baixa da bienalidade do café, a expectativa é de alta mais expressivas a partir de 2011. “Existe um otimismo grande em relação ao futuro dos preços e, de fato, teremos um período de bonança por algum tempo”, diz Carlos Brando, diretor da P&A Consultoria. O consultor defende que diante do cenário atraente seria o ideal para promover mudanças necessárias à atividade. “É a chance que o Brasil tem para realizar mudanças estruturais no sentido de resolver o problema da rentabilidade da cultura”, diz. Brando, que aponta quatro pontos considerados essenciais. O primeiro seria a criação de um movo modelo tecnológico para viabilizar a cafeicultura de montanha, uma das mais atingidas pelo custo da mão de obra. O segundo ponto é a necessidade de financiar a transferência e difusão das tecnologias já existentes. Outra mudança necessária é a alteração no sistema de financiamento, que tenha como base a produtividade e não apenas a área plantada, como ocorre hoje. Por mim, o quarto ponto envolve um plano de marketing efetivo, com objetivo de agregar valor ao café. “O problema é que o setor só se une para discutir assuntos importantes quando seus problemas estão prejudicando muita gente e nunca durante um período de bonança como o que se desenha agora”, afirma Brando. (FONTE: Valor Econômico) A

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FRUTICULTURA

30 NOV 2010

O

greening, pior doença de citros no mundo, atingiu 38,8% dos talhões dos pomares paulistas, segundo o levantamento amostral realizado pelo FUNDECITRUS - Fundo de Defesa da Citricultura, no primeiro semestre deste ano. O estudo apontou que 36 mil talhões estão contaminados com a doença – em 2009, era 23 mil, o que representa um aumento de 56% em todo o Estado de São Paulo. A região mais afetada é a central, que apresentou 61,7% de talhões contaminados, seguido pela região sul, com 44%. As demais regiões possuem índices bem inferiores, onde o manejo deve ocorrer desde já e sem interrupção, dificultando o crescimento da doença. Apesar desse crescimento em talhões, a incidência da doença nas árvores é baixa, o que recomenda a política do Fundecitrus de intensificar o manejo adequado, com a qualificação do pessoal, para o controle do greening. Em todo o parque citrícola o índice de plantas doentes atingiu 1,87%. O levantamento amostral de greening foi realizado por uma equipe de 170 pessoas, que percorreu 7 mil talhões, inspeciona-

FOTO: Editora Attalea

Greening atinge 38,8% dos talhões dos pomares paulistas

ndo 10% das árvores. Esses dados dão maior validade à política de educação fitossanitária. Segundo o gerente do Departamento Técnico do Fundecitrus, Cícero Augusto Massari é fundamental que os citricultores adotem o manejo do greening, especialmente em conjunto com as propriedades vizinhas. “O problema cresce porque alguns produtores ainda não fazem o manejo, outros começam tardiamente e alguns, que adotam as medidas, sofrem com vizinhos que não realizam o processo”, afirma Massari. O manejo do greening envolve basicamente três ações: erradicação de plantas doentes, controle do inseto vetor, o psilídeo Diaphorina citri, e constantes inspeções no campo, além do uso de mudas sadias e certificadas. Pesquisas apontam que o quanto mais cedo o citricultor iniciar o manejo, melhor será o controle da doença. Um estudo recente realizado pelo Fundecitrus provou que a adoção do manejo regional, feita em conjunto por propriedades vizinhas, tem mais eficácia. Entre os principais pontos do estudo, divulgado em junho desse ano, estão a redução dos psilídeos infectivos, aqueles capazes de transmitir o greening, e a redução da incidência da doença, que chegou a ser 15 vezes menor em propriedades onde o manejo é feito em conjunto por todos os produtores. “O manejo regional se torna cada vez mais essencial para uma política eficaz de combate a doença”, destaca Massari.

Ações do Fundecitrus - A decisão tomada pelo Conselho Deliberativo, após profunda reflexão sobre a eficácia do combate ao greening, demonstra que o avanço da doença dentro do parque citrícola paulista, poderá ser minimizado intensificando as ações de conscientização. Os engenheiros da entidade ficam à disposição dos produtores para realizar palestras, reuniões, treinamentos e dar todas as orientações necessárias para o combate de doenças e pragas dos citros. Combate ao greening exige parceria. O Fundecitrus promove a organização dos citricultores em grupo para facilitar a adoção do manejo regional. Em todo o Estado, são 110 alianças, que recebem apoio da equipe da entidade. Os Dias de Campo, promovidos anualmente, também levam o conhecimento até os produtores. Este ano, três eventos já foram realizados e, até o final de novembro, serão feitos mais sete. Além do trabalho de conscientização, o Fundecitrus está desenvolvendo diversas pesquisas sobre o manejo e controle do greening, buscando a compreensão da doença e soluções práticas para o campo. A


SILVICULTURA

Fungo destrói plantação de eucalipto em Tocantins

O

FOTO: Jornal de Tocantins

Tocantins registra o primeiro caso de fungo no plantio de eucalipto. A constatação é do professor doutor em Fitopatologia da UNESP (Universidade Estadual Paulista) Edson Luiz Furtado. O local onde foi verificado o foco está localizado em Ponte Alta do Tocantins, a 189 quilômetros de Palmas, capital do estado. A propriedade conta com 800 hectares sendo que 350 já são utilizados no cultivo de eucalipto. Segundo um dos proprietários, o médico João de Deus, 50% da plantação já foi atingida pelo fungo Ceratocystis fimbriata. A ADAPEC (Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Tocantins) informou que não chegou a ser acionada pelos proprietários da fazenda que apresentou a contaminação, mas que enviará uma equipe à propriedade para diagnosticar a área, incluindo a verificação da documentação onde consta a origem das mudas e o responsável técnico que assinou o projeto agrícola. E, se for confirmada a praga, será o primeiro regis-

VOCÊ SABIA? por Hélio Casale # Que dos 8 milhões de quilômetros quadrados que a superfície do Brasil estima-se em 388 milhões de hectares (45,6%) sejam, de terras férteis passíveis de uso agropecuário. Atualmente 76,7 milhões de hectares já se encontram com lavouras permanente e temporárias enquanto os outros que os outros 172,3 milhões de hectares são ocupados com pastagens para o gado. # Que as reservas indígenas brasileiras somam 107 milhões de hectares, 48,6% mais que as terras atualmente cultivadas na agricultura. # Que o bioma Cerrado se distribui por 207 milhões de hectares, sendo, pelo menos, 100 milhões cultiváveis. Atualmente existem 78,5 milhões de ha ocupados , sendo 61 milhões com pastagens diversas, 14 milhões com lavouras anuais e 3,5 milhões com culturas perenes e florestais. # Que a nossa fronteira agrícola pode se expandir pois, existem ainda 71 milhões de hectares ainda exploráveis no país (excluindo a Floresta Amazônica) e nenhum outro país apresenta tal potencial produtivo.

tro no Tocantins. O prejuízo financeiro ainda não foi calculado, mas pelo menos 40 mil pés foram atingidos pelo fungo, o investimento gira em torno de R$ 300 mil. Entre sementes e clones, a parte atingida é proveniente de sementes, já com um ano e sete meses. O professor acredita que deve haver uma planta hospedeira deste fungo na região, daí a sua propagação para os pés de eucalipto. Além do fungo, foi detectado um déficit hídrico na propriedade. “O clima muito quente e o solo arenoso intensificam a gravidade do problema”, analisa Furtado. Foram coletadas 10 amostras, que serão analisadas no laboratório da universidade Botucatu. O laudo deve ser concluído em 15 dias (FONTE: Jornal do Tocantins) A

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GRÃOS

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Raphael Rodrigues

FOTOS: Sebastião Araújo/Embrapa

32 NOV 2010

EMBRAPA lança três variedades de feijão para colheita mecanizada rodutores de feijão terão a partir de agora mais opções para ampliar a produtividade da lavoura. A unidade Arroz e Feijão da EMBRAPA - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária desenvolveu três novas cultivares com grande potencial produtivo especializada para colheita mecanizada. As sementes BRS 9435 Cometa, BRS Estilo (grupo do carioca) e BRS Esplendor (gru- Variedade de Feijão BRS Cometa po do preto) estão sendo distribuídas em um ciclo aproximado de 80 dias. aos produtores rurais sem o pagamento “A principal característica do Cometa de royalties para a empresa. é a grande aptidão culinária do grão”, Estimativas do corpo técnico da afirma Melo. A variedade pode ser proEmbrapa apontam que as novas culti- duzida nos períodos de seca e chuva vares diminua em torno de 50% as per- em Santa Catarina e Paraná; na estação das de produção em uma safra - hoje chuvosa em São Paulo; nas safras com a média nacional aponta prejuízos na seca, chuva e no inverno em Goiás e ordem de 8%. Distrito Federal. Também é indicada Voltadas somente para a colheita na seca e no inverno em Mato Grosso mecânica às sementes tem capacidade e Mato Grosso do Sul; no inverno em de produzir plantas eretas com vagens Tocantins; e na estação chuvosa na Baacima de 12 centímetros do solo, fator hia, Sergipe e Alagoas. que propicia diretamente resistência As cultivares BRS Estilo e BRS ao acamamento. No entanto, o pesqui- Esplendor possuem características sador de melhoramento de feijão da semelhantes. Ambas podem atingir Embrapa Leonardo Melo, alerta apenas produção de 4 mil quilos por hectare para um detalhe. e o ciclo entre plantio e colheita é re“Somente o uso da semente não alizado entre 90 e 95 dias. Além do possibilita o aumento da produtivi- porte ereto das plantas e alto potencial dade. É necessário tomar cuidados com produtivo, as sementes mantêm a esexcessos de adubação nitrogenada, tabilidade de produção e resistência às observar fatores climáticos e verificar principais doenças. as ramificações que devem ser curtas e fechadas. São procedimentos triviais, mas que se não forem cumpridos fatalmente ocasionará o acamamento das plantas, prejudicando diretamente a colheita da safra”, explica. Indicado para agricultores que pretendem minimizar o tempo entre plantio e colheita, a variedade BRS 9435 Cometa pode alcançar produtividade de 3,5 mil quilos por hectare, conforme o estado onde é plantado e a época da safra Variedade de Feijão BRS Esplendor

“No caso das variedades Estilo e Esplendor as sementes foram projetadas para que não haja o aparecimento da murcha de Fusarium, que se desenvolve facilmente em solos arenosos, úmidos, com baixos pH, fertilidade e teor de potássio. Outra doença combatida é o crestamento bacteriano comum, uma das mais importantes doenças de origem bacteriana. Os sintomas da enfermidade manifestam-se em toda a parte aérea da planta, afetando folhas, caules, vagens e sementes”, observa o pesquisador da Embrapa. Com grãos claros de tamanho semelhante aos da cultivar Pérola, a BRS Estilo é indicada para as safras das águas em Goiás, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Pernambuco, Sergipe e Rio Grande do Sul; no inverno em Goiás, Mato Grosso e Tocantins; na estiagem em Goiás, Paraná, Santa Catarina, Rondônia, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Já os estados mais adequados para o plantio da cultivar de feijão de grão preto BRS Esplendor são Pernambuco, Sergipe, Rio Grande do Sul e São Paulo na safra das águas; em Tocantins no inverno; em Mato Grosso do Sul e Rondônia na seca; em Mato Grosso nas safras do inverno e seca; em Santa Catarina e no Paraná na safra das águas e da seca; e em Goiás nas safras das águas, seca e inverno. “As novas cultivares tem como objetivo beneficiar desde o agricultor familiar até os grandes produtores do grão. Além do aumento da produtividade, as novas sementes são capazes de reduzir custos de produção. Será diminuído tanto o número de aplicações de defensivos agrícolas para controlar possíveis pragas na plantação, como também não haverá necessidade de manter grandes investimentos em mão de obra”, finaliza Leonardo Melo. A


ARTIGO “O novo perfil do Engenheiro Agrônomo”

N

o mês de outubro é comemorado o Dia do Engenheiro Agrônomo, profissional responsável por elaborar e orientar a execução de trabalhos relacionados à produção agropecuária, visando obter mais produtividade, sempre pautado pelos conceitos do desenvolvimento sustentável da agricultura. Desde a regulamentação da profissão, em 1933, muitas mudanças ocorreram e atualmente o agrônomo, como é popularmente conhecido, deve ter um perfil muito mais completo. Mais do que conhecer a parte técnica, o novo profissional deve ajudar o cliente a entender melhor diversos aspectos, que vão desde questões diretamente ligadas à plantação, até aspectos mais amplos como tendências de mercado e negócios. As possibilidades de atuação do profissional de agronomia são muito maiores e vão além do campo. O engenheiro agrônomo tem um leque de oportunidades que não tinha antes: ele pode atuar em áreas de marketing, inteligência de mercado, trocas, análise de risco, entre outras. Isso demonstra uma mudança importante no papel deste profissional, que deixa de ser prioritariamente técnico e passa a ser também um consultor altamente especializado, independente da área em que trabalhe. Com o aumento das oportunidades vem também o aumento das responsabilidades. Os chamados “profissionais do futuro” já são e serão cada vez mais os encarregados de ajudar a suprir as necessidades alimentares mundiais. A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) estima que, por conta do aumento da população, será necessário aumentar em 70% a produção mundial

GERHARD BOHNE - Diretor de Operações de Negócios Brasil da Bayer CropScience de alimentos até 2050. Para atender a esta demanda, o engenheiro agrônomo tem um papel fundamental, pois é ele que vai propor soluções em produtos e serviços e orientar os agricultores sobre as melhores práticas, como o uso racional dos recursos naturais, visando produzir mais, melhor e sempre de forma responsável, alimentos para atender a crescente demanda mundial. Estima-se que no Brasil haja cerca de 150 mil engenheiros agrônomos e cresce cada vez mais a busca por profissionais bem preparados para atender as novas demandas e necessidades do mercado agrícola. Algumas empresas, principalmente as focadas em pesquisa e desenvolvimento, como é o caso da Bayer CropScience, elaboram programas específicos para desenvolvimento de pessoas, que visam, em médio e longo prazo, formar especialistas para suas diversas áreas e em complemento ao que é visto nas universidades. Há dois anos a Bayer CropScience implementou um programa de excelência operacional, baseado em três pilares: redesenho de processos para dar ainda mais foco às necessidades dos clientes, melhor sistemática de gestão de vendas e capacitação. Atualmente, os engenheiros agrônomos da empresa que atuam diretamente no campo são mais do que vendedores. Eles efetivamente se tornaram consultores do agronegócio e passaram a exercer um papel importante na elaboração e execução das estratégias da empresa. Para se ter uma ideia da mudança trazida pelo projeto, em 2008 cada engenheiro agrônomo investia, em média, 21% do seu tempo em visitas a clientes no campo. Hoje, aproximadamente 40% do tempo é dedicado ao relacionamento com o produtor e à

construção de negócios. A capacitação da equipe é parte fundamental deste programa e a Bayer CropScience oferece aos profissionais treinamentos constantes, acompanhamento individualizado, palestras e cursos de atualização. Os temas não se restringem apenas a produtos ou culturas e são abordadas questões ligadas à sustentabilidade, por exemplo. Além das atividades presenciais, os engenheiros agrônomos têm a possibilidade de fazer cursos online, no método e-learning. Desta forma, o tempo dos colaboradores é otimizado, já que não precisam se deslocar todas as vezes que forem participar de um treinamento. O resultado desta iniciativa é visível e beneficia diversos públicos. Para o próprio engenheiro agrônomo, que amplia suas possibilidades profissionais, pois está melhor preparado e se diferencia no mercado de trabalho. Também à empresa, que conta com pessoas mais comprometidas e capacitadas, o que ajuda a atingir as metas estabelecidas. Nos dois últimos anos, desde que a estratégia foi implantada, a Bayer CropScience vem apresentando crescimento, sempre de maneira sustentável. Esta frente contribui, ainda, com o desenvolvimento sustentável do agronegócio, pois ao levar informações atualizadas para o campo e o engenheiro agrônomo se torna um importante multiplicador de conhecimento. Assim, fica claro o novo perfil do engenheiro agrônomo e também o papel fundamental que este profissional tem no desenvolvimento do agronegócio. A Bayer CropScience tem muito orgulho de contar com a colaboração destes profissionais e reforça seu compromisso com o seu principal ativo: o A capital humano.

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NOV 2010


OVINOCULTURA

Sérgio Berteli Garcia1, Sérgio Novita Esteves2, Olivardo Facó3, Manoel Jacinto2, Rui Machado2, Márcio Armando Gomes de Oliveira4

F

oi encerrado no último dia 06 de outubro, em Franca (SP), o 1º Teste de Desempenho de Ovinos da Raça Morada Nova do Núcleo Paulista de Criadores da Raça Morada Nova. O teste foi realizado na Fazenda São Miguel, de propriedade do Dr. Sebastião Carlos de Figueiredo, localizada no município de Patrocínio Paulista (SP). Neste teste foram avaliados 17 animais pertencentes a quatro diferentes criatórios. Durante os 92 dias de prova, os animais foram confinados e receberam uma dieta constituída por ração total peletizada da Premix “Ração Total Ovinos” que dispensa volumosos, balanceada exclusivamente para ovinos confinados,* tamponada, enriquecida com nutrientes orgânicos e fornecida pela Premix. Para a classificação final dos animais, foi utilizado um índice que considerou o ganho de peso médio diário durante a prova (GPMD), a área de olho de lombo ponderada pelo peso metabólico (AOLp = AOL / Peso Final 0,75), o perímetro escrotal final (PE), a espessura de gordura (EG) e o somatório dos escores visuais (EV), constituído pelas características conformação, precocidade de acabamento, musculatura, tipo racial e aprumos. Na composição do índice, as características receberam as seguintes ponderações: Índice Final = 0,40(GPMD) + 0,15(AOLp) + 0,10(PE) + 0,10(EG) + 0,25(EV) A ponderação da área de olho de lombo pelo peso metabólico permite uma comparação mais justa dos 1 - Zootecnista, consultor do IBS, Franca (SP). Email: sergiozootec@yahoo.com.br 2 - Pesquisadores da Embrapa Pecuária Sudeste Cx.P.339, CEP: 13560-970 São Carlos (SP) 3 - Pesquisador da Embrapa Caprinos, Sobral (CE). Email: faco@cnpc.embrapa.br 4 - Diretor Técnico da ASPACO, São Manuel (SP). Email: mago@aspaco.org.br

FOTOS: Editora Attalea

34 NOV 2010

Teste de desempenho de ovinos da raça Morada Nova de criadores da região de Franca (SP)

Plantel de fêmeas da raça Morada Nova do criador Emílio Augusto Jorge Monteiro.

animais mais leves com aqueles mais pesados. Para retirar os efeitos da escala das diferentes características que compõem o índice e permitir sua soma, todas as medidas foram divididas pelo desvio padrão do grupo participante, tornando o índice adimensional, ou seja, sem unidade de medida. Tal precaução foi tomada para ajustar as uni-

dades de medida, já que algumas são mensuradas em quilogramas (GPMD) e outras em cm2/kg (AOLp). Ao final da prova, os animais foram classificados em quatro categorias descritas e ilustradas abaixo: • ELITE: índice final > média + 1,0 desvio padrão. • SUPERIOR: média ≤ índice final

Plantel de fêmeas da raça Morada Nova em exposição no PECSHOW, de Barretos (SP).


FOTOS: Editora Attalea

OVINOCULTURA pela espessura de gordura média de 3,0 mm (Tabela 1). Os testes de desempenho buscam identificar animais potencialmente melhoradores para serem utilizados como reprodutores referência na conexão genética dos rebanhos do núcleo. A realização de testes de desempenho faz parte da estratégia de ação do projeto Caracterização e Bases para o Melhoramento Genético de Ovinos da Raça Morada Nova, conduzido com recursos da EMBRAPA e executado pelas unidades descentralizadas Embrapa Pecuária Sudeste e Embrapa Caprinos e Ovinos. O projeto tem como objetivo contribuir para a conservação da raça através da caracterização de seu potencial produtivo e reprodutivo, da manutenção da variabilidade genética e do melhoramento genético. O núcleo, constituído por quatro rebanhos dos municípios paulistas de Franca, Itirapuã, Restinga e Sales de Oliveira, conta ainda com a fundamental parceria da ASPACO e da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia – CENARGEN. Além dos testes de desempenho, sob orientação da equipe do Programa de Melhoramento Genético de Caprinos e Ovinos de Corte – GENECOC, o projeto está orientando a escrituração zootécnica nos rebanhos participantes do núcleo para a formação de um banco de dados que, uma vez analisado, permitirá a orientação do melhoramento genético dos rebanhos da raça. Márcio Armando Oliveira, responsável técnico da ASPACO, em inspeção na O projeto prevê ainda estudos com marcadores mofazenda de Emílio Augusto Jorge Monteiro leculares que serão utilizados como ferramenta para moni≤ média + 1,0 desvio padrão. torar e otimizar a diversidade genética dos rebanhos e estu• REGULAR: média – 1,0 desvio padrão ≤ índice final < mé- dos qualitativos das peles e couros. dia. Para a avaliação estrutural das peles e qualitativa • INFERIOR: índice final < média dos couros foram abatidos cinco animais não classificados – 1,0 desvio padrão. como “elite” ou “superior”. Após o curtimento das peles, serão retiradas amostras para a avaliação da resistência dos Foram classificados três reprodutores como ELITE e couros à tração e ao rasgamento, com o objetivo de conhecer outros seis como SUPERIORES (Tabela 1). a qualidade intrínseca. A expectativa é que esses couros revelem alta qualiVale salientar que entre os quatro machos melhor clas- dade intrínseca, visto que o couro dos ovinos deslanados é sificados, havia animais de três diferentes rebanhos. Estes re- superior aos dos ovinos de lã e extrinsecamente não apresultados indicam a possibilidade de se identificar potenciais sentam defeitos. Na indústria de curtimento e de calçados o reprodutores na maioria dos rebanhos para contribuir com couro dos ovinos deslanados é referido como “de mestiço”, variabilidade genética e melhoria no desempenho produtivo. apesar de provir de animais de raça pura (Morada Nova, O ganho em peso médio foi de 237 gramas/dia e os ani- Santa Inês, Somalis Brasileiro). mais apresentaram bom acabamento de carcaça, denotado A Tabela 1. Sumário dos resultados do teste de desempenho de ovinos da raça Morada Nova Class. Nº do Animal 1 361 2 234 3 204 4 A23 5 B11 6 256 7 250 8 B13 9 225

Criador

GPMD AOL

PE

EG

EV

Índice Categoria

José Francisco C. Jacinto Emílio Augusto J. Monteiro Emílio Augusto J. Monteiro Élbio Rodrigues A. Filho Élbio Rodrigues A. Filho José Francisco C. Jacinto Emílio Augusto J. Monteiro Élbio Rodrigues A. Filho Emílio Augusto J. Monteiro

0,299 0,269 0,267 0,253 0,245 0,247 0,247 0,271 0,226

30,0 27,8 29,8 32,0 26,8 28,3 27,5 27,5 29,8

3,7 3,7 3,7 3,1 2,5 3,1 3,7 3,7 3,7

19,5 22,0 17,8 16,5 21,0 21,0 16,3 16,5 18,8

9,04 8,80 8,74 8,51 8,46 8,32 8,25 8,15 8,02

11,9 10,5 13,1 13,2 12,4 9,3 13,5 9,4 10,3

Elite Elite Elite Superior Superior Superior Superior Superior Superior

GPMD = ganho em peso médio diário; AOL = Área de Olho de Lombo; PE = Perímetro Escrotal; EG = Espessura de Gordura; AV = Avaliação Visual. Índice = GPMD (40%) + AOL (15%) + PE (10%) + EG (10%) + AV (25%)

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NOV 2010


O MERCADO DO CAFÉ

36 NOV 2010

INDICADORES DE DESEMPENHO DA CAFEICULTURA BRASILEIRA 2010

MÊS 1. Produção (milhões/saca) (1) 1.1. Área em produção (milhões/hectare) 1.2. Produtividade (sacas/hectare) 2. Exportação (verde, solúvel e torrado) (2) 2.1. Quantidade (milhões/saca) 2.2. Valor (mlhões/US$) 2.3. Preço Médio (US$/saca) 3. Consumo Interno (T, M e solúvel) 3.1 Consumo per capita (kg/hab.ano) 4. Estoques do Funcafé (milhões/sacas) 5. Orçamento aprovado Funcafé (milhões R$) 5.1. Financiamentos 5.2. Publicidade e Promoção do Cafés do Brasil 5.3. Pesquisa Cafeeira 6. Participação das exportações brasileiras em relação às exportações mundiais (em sc) (%) (4)

2009

2007

2008

2005

2006

2004

2003

2002

2001

39,5 2,1 18,9

46,0 2,2 21,2

36,1 2,2 21,2

42,5 2,2 19,8

32,9 2,2 14,9

39,3 2,2 17,8

28,8 2,2 13,1

48,5 2,3 21,0

31,3 2,2 14,4

23,5 30,5 3,8 4,3 161,49 140,38 19,3 18,4 5,9 5,8 0,5 0,5 2.846 2.844 2.673 2.673 15,0 15,0 15,0 15,3

29,7 4,8 160,20 17,7 5,6 0,5 2.561 2.441 13,0 12,0

29,7 4,8 160,20 17,7 5,6 0,7 2.147 2.026 13,0 12,0

28,0 3,4 137,03 17,1 5,5 1,9 1.680 1.579 5,6 7,5

26,4 2,9 110,80 15,5 5,1 3,2 1.282 1.249 8,4 12,0

26,7 2,0 76,30 14,9 5,0 4,3 1.226 1.201 5,0 8,0

25,7 1,5 59,59 13,7 4,7 5,1 550 524 3,5 8,0

28,4 1,4 48,17 14,0 4,8 5,4 824 693 1,6 5,1

23,3 1,4 59,88 13,6 4,9 5,6 898 855 8,0 16,0

47,2 2,1 22,7

7. Participação do café nas exportações do agronegócio (em US$) (%) (5

31,6

32,2

30,4

30,4

30,3

30,2

29,3

29,9

32,0

25,8

6,7

6,6

6,6

6,6

6,8

6,6

5,2

5,0

5,5

5,9

FONTE: DCAF, CONAB, ABIC, MDIC/SECEX, OIC, CEPEA/Esalq/BM&F. // (1) - 2010, com base no 2º Levantamento de Safra da CONAB (maio/10); // (2) - 2010, de janeiro a abril; // (3) - 2010, estimativa; // (4) 2010 - de janeiro a março.

Média Mensal dos Preços Recebidos pelos Produtores 1 ARÁBICA

MÊS

Tipo 6 BC-Duro (Base Cepea-Esalq)

ARÁBICA

ARÁBICA

Tipo C Int. 500 (Base Varginha-MG)

Tipo C Int. 500 (Base Vitória-ES)

CONILLON

Tipo 6-Pen.13 (Base Cepea-Esalq)

Evolução do Consumo Interno

CONILLON

Tipo 7 BC (Base Vitória-ES)

2009

2010

2009

2010

2009

2010

2009

2010

2009

2010

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

268,41 269,34 262,48 260,10 268,02 256,64 247,50 255,34 254,29 262,20 272,55 281,57

280,75 278,68 279,70 282,18 289,46 305,13 302,36 313,93 328,23

230,00 233,33 233,41 230,85 235,05 228,10 225,35 230,24 221,90 226,67 229,75 232,25

233,75 227,78 221,52 225,50 238,00 255,00 235,00 230,00 234,76

184,25 193,33 196,77 198,30 204,75 196,43 191,04 194,52 190,95 182,62 180,00 185,75

189,50 191,39 186,52 190,00 200,00 230,00 220,00 215,00 223,10

227,66 224,07 212,57 200,20 197,13 188,45 180,09 186,13 188,89 180,77 161,61 176,41

173,51 168,47 173,67 158,23 160,51 167,57 171,50 171,45 170,03

205,50 212,22 208,46 203,55 201,45 191,43 184,57 188,10 184,76 181,43 180,50 187,00

185,00 172,78 166,52 174,00 190,00 200,00 195,00 190,00 193,33

TOTAL

263,20

280,33

229,74

227,14

191,56

189,35

193,67

168,47

194,08

174,58

FONTE: Indicador CEPEA/Esalq/BM&F e Boletim do Café - Centro do Comércio de Café do Rio de Janeiro

-

1

- Em R$/saca de 60kg, posto, com Funrural e sem ICMS

PRODUÇÃO MUNDIAL PAÍS Brasil Vietnã Colômbia Indonésia Etiópia Índia México Guatemala Peru Honduras C. Marfim Nicarágua El Salvador Outros TOTAL

2009 Prod

(%)

2008 Prod

(%)

2007 Prod

39.470 32,37 45,992 35,91 36.070 18.000 14,76 18.500 14,44 16.467 9.000 7,38 8.664 6,76 12.504 10.700 8,77 9.350 7,30 7.777 4.500 3,69 4.350 3,40 4.906 4.827 3,96 4.371 3,41 4.460 4.200 3,44 4.651 3,63 4.150 3.500 2,87 3.785 2,95 4.100 3.750 3,08 3.872 3,02 3.063 3.870 3,17 3.450 2,69 3.842 1.850 1,52 2.353 1,84 2.598 1.418 1,16 1.615 1,26 1.700 1.115 0,91 1.547 1,21 1.621 15.751 12,92 15.588 12,17 16.138 94.758 97.666 96.573

FONTE: MAPA / SPAE / CONAB e OIC.

(%) 30,21 13,79 10,47 6,51 4,11 3,74 3,48 3,43 2,57 3,22 2,18 1,42 1,36 13,52

A N O

CONSUMO (milhões sc)

CONSUMO (kg/hab.ano)

torrado e inclusive solúvel moído

1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

10,6 11,0 12,2 12,6 13,0 13,3 12,9 14,1 14,6 15,4 16,1 16,7 17,4

11,0 11,5 12,2 12,7 13,2 13,6 14,0 13,7 14,9 15,5 16,3 17,1 17,7 18,4

kg café verde

kg café torrado

4,16 4,30 4,51 4,67 4,76 4,88 4,83 4,65 5,01 5,14 5,34 5,53 5,64 5,81

3,33 3,44 3,61 3,73 3,81 3,91 3,86 3,72 4,01 4,11 4,27 4,42 4,51 4,65

FONTE: ABIC. Período = novembro a outubro, sacas de 60kg

EXPORTAÇÃO MUNDIAL 2006 Prod

(%)

42.512 32,92 19.340 14,98 12.541 9,71 7.483 5,79 4.636 3,59 5.158 3,99 4.200 3,25 3.950 3,06 4.319 3,34 3.461 2,68 2.847 2,20 1.300 1,01 1.371 1,06 16.020 12,41 92.279

PAÍS

2009 Prod

(%)

2008 Prod

(%)

30.481 32,17 29.728 30,44 Brasil 17.090 18,04 16.101 16,49 Vietnã 7.894 8,33 11.085 11,35 Colômbia 6.519 6,88 5.741 5,88 Indonésia 1.851 1,95 2.852 2,92 Etiópia 3.108 3,28 3.378 3,46 Índia 2.838 2,99 2.448 2,51 México Guatemala 3.508 3,70 3.778 3,87 3.074 3,24 3.733 3,82 Peru 3.084 3,25 3.259 3,34 Honduras 1.884 1,99 1.585 1,62 C. Marfim 1.371 1,45 1.625 1,66 Nicarágua El Salvador 1.307 1,38 1.438 1,47 10.749 11,34 10.915 11,18 Outros TOTAL

121.951

FONTE: MIDC / SECEX e OIC.

128.088

2007 Prod 28.398 17.936 11.557 2.945 3.073 2.718 1.950 3.800 2.843 3.382 1.833 1.510 1.396 13.232 119.396

2006

(%)

Prod

(%)

29,41 18,57 11,97 3,05 3,18 2,81 2,02 3,93 2,94 3,50 1,90 1,56 1,45 13,70

27.978 13.904 10.936 4.117 2.803 3.742 2.200 3.650 4.099 3.231 2.531 1.110 1.149 10.829

30,32 15,07 11,85 4,46 3,04 4,06 2,38 3,96 4,44 3,50 2,74 1,20 1,25 11,74

129.138


O MERCADO DO LEITE

37

NOV 2010

PREÇOS PAGOS PELOS LATICÍNIOS (brutos) e RECEBIDO PELOS PRODUTORES (líquidos) 1 UF SP

MG GO RS SC PR BA

REGIÃO Franca São José Rio Preto MacroMetropolitana SP Vale do Paraíba Triângulo Mineiro / Alto Paranaíba Sul / Sudoeste de Minas Vale do Rio Doce Centro Goiano Sul Goiano Noroeste Metropolitana Porto Alegre Oeste Catarinense Vale do Itajaí Centro Oriental Paranaense Oeste Paranaense Norte Central Paranaense Centro Sul Baiano Sul Baiano

AGO/2010 prod. latic.2

JUL/2010 prod. latic.2

JUN/2010 prod. latic.2

MAI/2010 prod. latic.2

ABR/2010 prod. latic.2

0,6000 0,6390 0,7118 0,7560 0,7151 0,6695 0,6545 0,6921 0,6215 0,5615 0,6360 0,6429 0,5800 0,7231 0,6361 0,6709 0,63,50 0,6736

0,6850 0,6338 0,7286 0,7640 0,7623 0,6810 0,6870 0,7218 0,6476 0,5742 0,6651 0,6965 0,6300 0,7541 0,6647 0,6884 0,6403 0,7077

0,7340 0,6856 0,8123 0,7764 0,8328 0,7662 0,7573 0,7572 0,7144 0,6401 0,7449 0,7500 0,6400 0,7976 0,6895 0,7352 0,6253 0,7387

0,6550 0,6757 0,8100 0,7642 0,8444 0,7553 0,7347 0,7916 0,7766 0,6884 0,7437 0,7695 0,6500 0,7968 0,7129 0,7958 0,6041 0,7492

0,5190 0,6710 0,7800 0,7425 0,7704 0,7331 0,7108 0,7274 0,7125 0,6840 0,7344 0,7187 0,6350 0,7632 0,6676 0,7172 0,5814 0,7624

0,6843 0,7400 0,8063 0,7573 0,6998 0,6856 0,7335 0,6426 0,6031 0,6751 0,7053 0,6119 0,7577 0,6700 0,7187 0,6591 0,7277

0,6849 0,7558 0,8141 0,8226 0,7097 0,7164 0,7917 0,6741 0,6181 0,7088 0,7493 0,6519 0,7901 0,7111 0,7475 0,6575 0,7626

0,7341 0,8502 0,8217 0,8875 0,7913 0,8035 0,8134 0,7415 0,6747 0,7869 0,8062 0,6700 0,8244 0,7357 0,7897 0,6400 0,7969

0,7335 0,8600 0,8144 0,8851 0,7897 0,7753 0,8469 0,8060 0,7315 0,8012 0,8279 0,6800 0,8335 0,7563 0,8467 0,6184 0,8109

0,7133 0,8300 0,7927 0,8312 0,7785 0,7590 0,7854 0,7562 0,7209 0,7901 0,7766 0,6500 0,8004 0,7032 0,7765 0,5814 0,7624

FONTE: CEPEA-Esalq/USP. - 1 - Preços pagos no mês, referentes ao leite entregue no mês anterior. - 2 - Preço Bruto Médio Incluso frete e CESSR (ex-Funrural)

LITROS DE LEITE NECESSÁRIOS PARA COMPRAR INSUMOS E SERVIÇOS NA PECUÁRIA DE LEITE 1 Set/10 Ago/10 Jul/10 Jun/10 Mai/10 Abr/10 Mar/10 Fev/10 Jan/10 Dez/09

INSUMO / SERVIÇOS

R$ 0,718 R$ 0,710 R$ 0,755 R$ 0,812a R$ 0,813 R$ 0,780 R$ 0,700 R$ 0,643 R$ 0,609 R$ 0,620

Vaca em Lactação (+ 12 litros) Diarista Ração para Vaca em Lactação (sc 50kg) Farelo de Algodão (sc 50kg) Sal Comum (sc 25kg) Neguvon Tintura de Iodo a 10% (litro) Remédio para Mastite (Mastilac) Vacina Aftosa (dose) Uréia Pecuária Sulfato de Amônia (sc 50kg) Detergente alcalino (limpeza ordenha) Óleo Diesel (litro)

2.915,0 3.079,0 39,0 42,0 55,0 58,0 53,0 53,0 16,0 17,0 48,0 73,0 37,0 40,0 8,0 7,9 1,8 1,8 50,0 50,0 47,0 49,0 36,0 37,0 2,7 2,8

2.819 2.795,6 38,0 35,5 51,0 49,2 49,0 44,7 16,0 14,7 62,0 55,4 34,0 31,5 8,3 7,8 1,7 1,6 48,0 45,9 48,0 43,6 35,0 31,6 2,6 2,4

FONTE: EMBRAPA / CNPGL - Alziro Vasconcelos Carneiro e Jacqueline Dias Alves. - a - Preço médio do leite tipo C, pago ao produtor.

LEITE C 1 M Ê S

J F M A M J J A S O N D

ESTADO DE SP - REGIÃO DE FRANCA (SP)

2005 2006 2007 2008 2009 2010 0,491 0,472 0,510 0,520 0,538 0,534 0,516 0,438 0,448 0,448 0,401 0,310

0,373 0,387 0,440 0,476 0,473 0,505 0,508 0,476 0,508 0,500 0,537

0,535 0,535 0,560 0,535 0,589 0,580 0,650 0,780 0,775 0,775 0,655 0,640

FONTE: FAESP / AEX Consultoria -

1

0,635 0,615 0,585 0,670 0,760 0,739 0,733 0,703 0,696 0,606 0,577 0,588

- Em R$/litro.

0,599 0,550 0,553 0,562 0,600 0,641 0,683 0,689 0,672 0,635 0,602 0,532

0,524 0,523 0,519 0,655 0,734 0,685 0,700 0,650 0,600

2.937,0 2.950,0 3.044,0 2.960,0 3.197,0 3.224,0 35,0 35,0 39,0 44,0 43,0 43,0 49,0 51,0 61,0 68,0 67,0 64,0 46,0 49,0 54,0 62,0 67,0 65,0 15,0 15,0 17,0 18,0 19,0 19,0 55,0 58,0 67,0 74,0 71,0 77,0 32,0 33,0 37,0 41,0 45,0 43,0 8,1 8,2 9,4 10,2 9,3 7,2 1,6 1,6 1,8 1,9 2,0 2,0 45,0 48,0 54,0 60,0 61,0 58,0 44,0 49,0 54,0 56,0 54,0 55,0 32,0 35,0 41,0 44,0 42,0 47,0 2,4 2,5 2,8 3,0 3,2 3,1


CANA-DE-AÇÚCAR MÊS

38 NOV 2010

MENSAL 1 2008 2009

2007

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

0,3152 0,3028 0,3089 0,3217 0,2632 0,2299 0,2243 0,2268 0,2261 0,2174 0,2370 0,2418

FONTE: UDOP -

1

2

- 109,19 kg ATR //

BOI GORDO / SP MÊS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

2008

2009

3

38,29 37,90 37,63 35,13 31,65 29,34 28,05 27,36 26,91 26,42 26,38 26,46

2010

2008 vist1

pes2

74,61 74,85 76,19 77,24 80,52 91,53 92,79 92,05 88,82 90,79 88,39 82,20

84,01 81,54 77,54 80,03 79,47 80,85 81,39 77,92 77,25 77,18 74,35 76,64

J F M A M J J A S O N D

493,19 504,14 517,13 551,69 623,64 712,18 751,18 740,16 726,05 716,86 702,55 659,71

186,40 186,20 187,01 187,22 187,11 187,44 187,03 185,83 185,61 185,55 185,28 186,17

1

75,70 77,03 79,03 82,33 80,81 82,16 83,73 88,67 93,49

76,97 78,12 79,88 83,34 81,68 83,01 84,56 89,49 94,56

- Em R$/arroba (15kg)

J F M A M J J A S O N D

2009

140,98 142,39 146,94 139,81 133,05 130,14 131,50 125,09 124,87 126,46 120,51 116,14

116,56 115,17 111,87 111,39 124,70 119,79 117,10 116,21 115,22 116,94 124,43 132,71

119,75 118,12 114,73 114,24 127,88 122,86 120,10 119,22 118,22 119,99 127,67 136,16

2010 141,27 141,72 148,62 160,56 155,96 156,80 164,49 183,80 215,34

2010 vist1 pes2

41,22 42,47 42,59 47,42 45,08 43,03 42,41 42,38 42,98

636,23 627,96 634,15 651,69 633,71 648,49 638,08 615,85 607,08 596,24 592,23 593,97

186,21 186,22 186,82 188,46 188,39 191,75 191,75 187,65 194,29 186,79 187,09 185,99

601,17 608,98 649,59 705,26 722,07 722,78 679,96 666,82 695,40

182,58 190,86 190,77 190,61 191,01 195,16 193,76 185,28 188,76

MÊS

2006

2007

2008

2009

2010

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

341,01 341,89 341,69 347,65 364,42 370,14 361,67 365,51 369,08 374,37 370,13 366,08

366,38 377,36 394,33 408,47 419,30 427,29 434,89 452,92 462,15 466,46 473,66 480,86

492,82 503,88 518,07 553,43 624,51 713,33 752,17 740,02 724,67 717,00 703,33 660,14

636,50 629,36 635,79 657,06 661,06 656,90 641,71 618,36 604,06 597,02 585,92 592,25

599,80 614,68 647,90 699,60 718,62 721,53 684,39 669,62 686,57

FONTE: CEPEA - 1 Em R$/cabeça, descontado prazo de pagamento pela NPR

MILHO 1

vist1 praz2 vist1 praz2 vist1 praz2 183,62 137,77 142,15 135,18 128,71 126,00 126,98 120,90 120,84 122,18 116,26 112,22

2009 vist1 pes2

FONTE: CEPEA/Esalq. Para M. Grosso Sul - 1 - Em R$/cab - 2 - Em R$/kg

ALGODÃO EM PLUMA1 2008

32,88 33,49 33,93 36,32 35,18 34,49 34,99 35,53 36,54 37,83 38,85 39,85

BEZERRO / São Paulo 1

BEZERRO / Mato Grosso Sul 1 M Ê S

85,35 82,54 78,51 80,93 80,32 81,68 82,28 78,98 78,58 78,61 75,71 75,66

29,55 29,66 29,87 30,95 30,75 30,08 30,13 30,19 30,61 31,30 31,88 32,36

42,77 42,34 42,03 39,24 35,36 32,77 31,33 30,57 30,06 29,52 29,47 29,55

36,91 38,02 38,13 42,45 40,36 38,52 37,96 37,94 38,48

2010

- 121,97 kg ATR

1

vist praz vist praz

75,41 75,60 77,02 78,11 81,52 92,61 93,89 93,00 89,94 92,15 89,57 83,41

ESTEIRA 3 2008 2009

2007

2010

29,44 29,98 30,38 32,52 31,49 30,88 31,33 31,81 32,71 33,87 34,78 35,67

26,46 26,55 26,74 27,71 27,53 26,93 26,97 27,02 27,41 28,02 28,54 28,97

vist praz

FONTE: Indicador Esalq/BM&F Bovespa -

M Ê S

CAMPO 2 2008 2009

2007

0,4391 0,4726 0,4307 0,3888 0,3486 0,3253 0,3374 0,3489 0,3760

0,3238 0,3394 0,3211 0,2978 0,2802 0,2749 0,2993 0,3084 0,3375 0,3676 0,3744 0,3886

0,2402 0,2529 0,2628 0,2538 0,2506 0,2385 0,2493 0,2498 0,2685 0,2920 0,3015 0,3116

- Em R$/kg ATR //

2010

144,95 145,42 152,50 164,74 160,04 160,91 168,75 188,62 220,98

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

2006

2007

17,55 16,52 14,62 14,44 15,25 16,47 16,69 16,86 17,94 21,09 22,93 24,96

25,02 22,02 20,20 19,20 18,93 19,58 18,97 22,13 26,95 27,36 31,72 33,80

2008 30,93 27,79 27,19 26,62 27,43 26,88 27,76 24,56 23,78 22,32 20,51 20,75

FONTE: Indicador Esalq/BM&F Bovespa -

FONTE: Indicador Esalq/BM&F Bovespa - 1 - Em centavos R$/libra peso

LARANJA POSTA INDÚSTRIA

MÊS

1

SOJA 1 2009 23,67 22,26 20,62 21,29 22,25 22,24 20,55 19,42 19,13 20,60 20,41 20,02

19,66 18,35 18,47 18,16 18,67 19,43 18,74 20,42 24,36

- Em R$/saca de 60kg

LARANJA PERA

1

2010

MÊS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

2006

2007

29,25 27,53 25,70 24,91 26,46 27,59 27,73 27,30 28,11 30,54 33,06 31,93

32,00 32,58 31,80 30,01 30,08 30,71 31,34 34,56 38,67 39,91 42,07 43,98

2008

2009

46,23 47,71 45,83 44,33 44,70 49,99 50,58 44,70 46,08 44,63 45,13 44,61

FONTE: Indicador Esalq/BM&F Bovespa -

1

49,21 47,56 45,35 47,95 50,39 49,89 47,83 48,20 46,07 44,67 46,07 42,87

2010 39,80 35,73 34,14 34,49 35,59 36,09 38,58 41,32 42,59

- Em R$/saca de 60kg

LIMA TAHITI 1

1

MÊS 2005 2006 2007 2008 2009 2010

MÊS 2005 2006 2007 2008 2009 2010

MÊS 2005 2006 2007 2008 2009 2010

7,08 JAN 6,83 FEV MAR 6,01 ABR 5,85 6,10 MAI 7,14 JUN 8,71 JUL AGO 8,44 7,94 SET OUT 7,86 NOV 9,70 DEZ 11,53

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

12,13 9,90 8,66 7,58 7,21 8,10 10,06 10,76 11,04 11,52 12,51 14,26

15,46 13,46 15,50 12,39 13,68 9,66 8,79 8,38 7,88 8,27 7,97 9,72 10,93 10,95 10,16 9,71 9,78 9,33 9,89 9,57 11,77 8,63 12,61 7,27

6,80 5,92 4,95 4,50 4,05 3,68 3,65 5,04 5,66 5,86 6,41 6,95

7,70 9,77 10,17 8,24 13,00 14,70 14,88 14,90 15,19

FONTE: Indicador CEPEA/Esalq // 1 - Valores médios em R$/cx de 40,8kg, a prazo, entregue no portão, sem contrato.

9,13 9,78 12,64 11,66 9,36 8,79 8,97 9,13 9,73 11,04 12,51 13,85

15,68 19,53 19,08 13,72 10,68 9,38 10,12 11,47 12,51 12,60 12,76 13,48

15,08 17,10 19,02 16,60 13,82 11,28 10,98 11,06 10,48 11,48 13,45 14,10

15,38 10,00 10,89 16,95 9,82 17,22 17,03 11,13 19,17 14,65 10,46 16,50 12,04 9,13 14,49 11,39 7,66 15,13 11,38 6,48 14,90 11,01 6,47 14,94 10,64 7,04 16,83 10,83 7,58 10,24 8,48 9,70 8,94

FONTE: Indicador CEPEA/Esalq // 1 - Valores médios em R$/cx de 40,8kg, mercado interno, na árvore.

4,76 2,71 2,37 2,15 3,81 8,36 17,64 21,95 16,86 11,87 9,98 6,41

3,09 2,18 2,28 2,82 5,52 6,50 11,38 28,87 35,76 44,60 26,58 5,78

2,92 2,34 3,87 10,70 16,49 18,85 17,97 14,82 19,03 20,99 14,92 10,16

4,74 5,15 7,84 5,24 4,77 5,97 9,61 20,10 38,95 51,78 46,64 16,26

6,19 5,03 4,94 4,22 4,79 4,89 6,62 26,52 31,47 22,28 21,53 9,83

7,02 8,82 9,53 11,12 14,25 18,96 21,49 22,63 31,75

FONTE: Indicador CEPEA/Esalq // 1 - Valores médios em R$/cx de 27,0kg, mercado interno, colhido.


AGENDA DE EVENTOS CURSO DE AGROECOLOGIA E PERMACULTURA NA PRÁTICA Dias: 20/11. AAO. Local: Sítio Duas CachoeiJORNADA DE ATUALIZAÇÃO EM MEDICIras, Amparo (SP). Tel: (11) 3875-2625. Email:NA DE PEQUENOS ANIMAIS cursos@aao.org.br. Site:-www.aao.org.br. Dias: 08 a 11/11. FUNEP. Local: Anfiteatro Principal UNESP/FCAVJ, Jaboticabal (SP). CURSO DE CAPACITAÇÃO DE INSPETel: (16) 3209-1300. Email:- eventos@fuTORES DE PRAGAS DE CITROS nep.org.br. Site:-www.funep.com.br. Dias: 22 a 24/11. GRAVENA. Local: Gravena, Jaboticabal (SP). Tel: (16) 3203-2221. Email:16º TREINAMENTO EM SUPLEMENTAÇÃO sgravena@gravena.com.br. Site:-www. PARA BOVINOS DE CORTE A PASTO gravena.com.br. Dias: 09 a 11/11. FEALQ. Local: Centro de Treinamento Recursos Humanos Depto. Zoo24º SISTEMA ROTACIONADO INTENSIVO tecnia ESALQ/USP, Piracicaba (SP). Tel: (19) DE PRODUÇÃO DE PASTAGENS PARA 3417-6604. Email:- cdt@fealq.org.br. Site:BOVINOS LEITEIROS www.fealq.org.br. Dias: 23 a 26/11. FEALQ. Local: Centro de Treinamento Recursos Humanos Depto. ZooFEILEITE 2010 - Feira Internacional da Catecnia ESALQ/USP, Piracicaba (SP). Tel: (16) deia Produtiva do Leite 3417-6604. Email:- cdt@fealq.org.br. Site:Dias: 09 a 13/11. AGROCENTRO. Local: www.fealq.org.br. Centro de Exposições Imigrantes, São Paulo (SP). Tel: (11) 5067-6767. Email:- secretaCURSO DE INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL EM ria@agrocentro.com.br. Site:-www.feileite. ÉGUAS E COLETA, AVALIAÇÃO E CRIOcom.br. PRESERVAÇÃO DE SÊMEN EQUINO Dias: 21 a 24/11. CPT. Local: Rua Padre Se4º WORKSHOP SOBRE MUDANÇAS rafim, 50, Viçosa (MG). Tel: (31) 3899-8300. CLIMÁTICAS E SUSTENTABILIDADE DA Email:cursospresenciais@cpt.com.br. PECUÁRIA Site:-www.cptcursospresenciais.com.br. Dias: 09/11. INST. ZOOTECNIA. Local: Instituto de Zootecnia, Nova Odessa (SP). Tel: 7º ENCONTRO SOBRE A CULTURA DO (19) 3466-9413. Email:- eventos@iz.sp.gov. AMENDOIM br. Site:-www.iz.sp.gov.br. Dias: 25 a 26/11. FUNEP. Local: Centro de Convenções UNESP/FCAVJ, Jaboticabal 1º SIMPÓSIO DE INSPEÇÃO E QUALIDADE (SP). Tel: (16) 3209-1300. Email:- eventos@ DE ALIMENTOS DE ORIGEM ANIMAL funep.org.br. Site:-www.funep.com.br. Dias: 11 e 12/11. PREFEITURA - SECR. DESENVOLVIMENTO. Local: Parque de Exposições “Fernando Costa”, Franca (SP). Tel: (16) 3724-7080. Email:- pauloferreira@ CURSO DE ANÁLISE DE MERCADO FÍSIfranca.sp.gov.br. Site:-www.franca.sp.gov. CO E FUTURO DE MILHO br/alimentos. Dias: 07/12. SAFRAS EVENTOS. Local: Auditório do CMA, Vila Conceição, São Paulo CURSO DE IRRIGAÇÃO: SISTEMAS, (SP). Tel: (51) 3224-7039. Email:- cursoMANEJO E GESTÃO EM CONDIÇÕES DE eventos@safras.com.br. Site:-www.safras. CAMPO com.br. Dias: 14 a 16/11. CPT. Local: Rua Padre Serafim, 50, Viçosa (MG). Tel: (31) 3899-8300. SIMPÓSIO BRASILEIRO DE BEM ESTAR Email:cursospresenciais@cpt.com.br. DE ANIMAIS DE PRODUÇÃO Site:-www.cptcursospresenciais.com.br. Dias: 08 e 09/12. FEALQ. Local: Anfiteatro do Pavilhão da Engenharia ESALQ/USP, PiraciCURSO SOBRE MANEJO DE PSILÍDEOS E caba (SP). Tel: (19) 3417-6604. Email:- cdt@ GREENING EM CITROS fealq.org.br. Site:-www.fealq.org.br. Dias: 17/11. GRAVENA. Local: Instituto de Zootecnia, Jaboticabal (SP). Tel: (16) 3203CURSO DE CAPACITAÇÃO DE MANE2221. Email:- sgravena@sgravena.com.br. JADORES DE PRAGAS DO TOMATE Site:-www.gravena.com.br. Dias: 09/12. GRAVENA. Local: Instituto de Zootecnia, Jaboticabal (SP). Tel: (16) 32032221. Email:- sgravena@sgravena.com.br. 7º CICLO DE PALESTRAS SOBRE HEVEISite:-www.gravena.com.br. CULTURA PAULISTA Dias: 18 e 19/11. SECR. AGRICULTURA, MANEJO DO SOLO E CONTROLE ALTERAPABOR e FUNEP. Local: Ipê Park Hotel, NATIVO DE PRAGAS E DOENÇAS NA ASão José do Rio Preto (SP). Tel: (16) 3203GRICULTURA ORGÂNICA 2221. Email:- eventos@funep.fcav.unesp. Dias: 11/12. AAO. Local: Parque da Água br. Site:-www.funep.com.br. Branca, São Paulo (SP). Tel: (11) 3875-2625. Site:-www.aao.org.br.

NOVEMBRO

DEZEMBRO

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buição geográfica e histórico. Citricultura brasileira: aspectos econômicos. Variedades Copas e Porta-Enxertos. Morfologia e Taxonomia. Fisiologia e Nutrição. Genética, melhoramento e biotecnologia. Produção de material básico e propagação. Manejo do solo e Irrigação. Planejamento e implantação do pomar cítrico. Mecanização em citros Práticas culturais Manejo da fertilidade do solo. Fungos, procariotos e doenças abióticas. Doenças de citros causadas por vírus e viróides. Nematóides dos citros. Manejo integrado de doenças de citros. Biologia de insetos-praga e vetores. Ácaros fitófagos dos citros.

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39

NOV 2010


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